Museu Irene Lisboa

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Irene Lisboa O Pouco e o Muito

museu irene lisboa Arranh贸 - Arruda dos Vinhos


Agradecimentos Inês Gouveia Professora Doutora Paula Mourão Leader Oeste AMO - Associação de Municípios do Oeste Externato João Alberto Faria Divisão Sócio - Cultural do Município de Arruda dos Vinhos

Propriedade: Município de Arruda dos Vinhos | Concepção: Ana Filipa Correia | Paginação: Cláudia Jaleco | Impressão e acabamento: Grifos - Artes Gráficas 1.ª edição - 1000 exemplares | Julho 2007 2.ª edição - 1000 exemplares | Novembro 2008


Carlos Lourenço Presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos

1 Encontro-me sem “jeito de escrever”. Atrás destes versos de leitura quase imediata, de aparência quase simples - ou não fosse o poeta um fingidor revela-se a subjectividade lírica, tão ao gosto lapidado de Irene Lisboa. Em nós, que procuramos escrever sobre ela, manifesta-se a permanente interrogação sobre não saber, efectivamente, do que pensava…Para a Poetisa, no entanto, escrever nunca foi difícil.

Jeito de Escrever «Não sei que diga. E a quem o dizer? Não sei que pense. Nada Jamais soube. Nem de mim, nem dos outros. Nem do tempo, do céu e da terra, das coisas… Seja do que for ou do que fosse. Não sei que diga, não sei que pense…» Irene Lisboa

Este catálogo representa a exposição de longa duração do espólio da Poetisa/Pedagoga que nasceu na Freguesia de Arranhó, Concelho de Arruda dos Vinhos. Representa, também ele, o primeiro contacto entre esta “casa de cultura” e o público, em geral. Descobrir as páginas deste catálogo significa também que estamos a cumprir um sonho! Um sonho de criar uma rede de museus no Concelho, onde todos poderão encontrar um pouco do passado que ergueu a nossa História. Entre esse passado e o presente, encontramo-nos em Arranhó, nesta obra da responsabilidade da Junta de Freguesia, com o apoio da Câmara Municipal e da Leader Oeste. Irene Lisboa sabia o que dizia, de si e dos outros, sabia o que pensava…Nós também sabemos, neste momento ímpar da nossa caminhada: fiquemos com a sua vida, fiquemos com a sua obra!


Joaquim Luís Presidente da Junta de Freguesia de Arranhó

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“Começa uma Vida”. Tento, desta forma, encontrar nas palavras da nossa poetisa/pedagoga Irene Lisboa a forma mais correcta de exprimir o que sinto com a edição deste catálogo. A nossa cultura afirma-se, deste modo, junto dos nossos concidadãos, estreitando laços, construindo relações de proximidade, a par do trabalho do dia a dia. Irene Lisboa também foi uma narradora de quotidianos, de pequenas histórias que muito tinham para contar. Nasceu em Arranhó, na nossa Freguesia, uma das mais ilustres “encantadoras de palavras” que este país já deu ao universo da cultura e do ensino. É um orgulho para nós, mas também um símbolo da vontade e da persistência de vencer, que todos incorporamos na nossa vida diária. Foi com essa vontade que construímos este Museu, onde se encontra a presente exposição. Contámos com o apoio e o querer da Câmara Municipal, principal entidade financiadora deste projecto, e da Leader Oeste. Demos uma nova centralidade à Freguesia de Arranhó e a esta Vila de que tanto gostamos. A nossa cultura cumpre-se uma vez mais… “Começa uma Vida”.


Inês Gouveia “Conto da vida de Irene Lisboa”

No Dia de Natal de 1892, aqui em Arranhó, casal da Murzinheira, nasceu uma menina e chamaram-lhe Irene do Céu. O Pai não era novo, a Mãe rapariguinha do campo, muito linda, como contavam os antigos. Casamento não tinha havido, mas a casa posta, com criada e máquina de costura, compunha as diferenças. Passaram três anos e nasceu outra menina, Rita. Um dia a Mãe vestiu as meninas para sair - mas saiu ela e deixou-as. O Pai levou-as para a Quinta de Monfalim, onde morava, como procurador duma senhora idosa e viúva. E aí foram as meninas criadas com amor pelo Pai e pela Madrinha. O Inverno, passavam-no em Lisboa, num prédio da Baixa que pertencia à Madrinha. Aos seis anos Irene entrou como aluna interna no Convento do Sacramento, em Lisboa e mais tarde mudou para o Colégio Inglês. Andava pelos treze anos quando o Pai lhe deu uma Madrasta e, como sempre nas histórias, a vida da menina mudou. Acabou por voltar para a Madrinha, que permanecia na sua casa de Lisboa. Cursou o Liceu D. Maria Pia, junto ao castelo de São Jorge, onde conheceu Ilda Moreira. Não eram da mesma turma, mas os nomes de ambas estavam no Quadro de Honra do Liceu - e aí nasceu uma amizade que lhe deu uma nova irmã, esta atilada, e cujo apoio firme durou até à morte. Ilda Moreira foi a minha mãe, e Irene, minha madrinha. Ambas optaram pelo Curso do Magistério Primário - nem havia fácil escolha para mulheres, na altura. Foi então que a vida de Irene sofreu uma nova e mais dramática volta.

A Madrinha, muito doente, foi levada em segredo para a Quinta e a Irene, regressando depois das aulas, entrou numa casa deserta e esvaziada. Sozinha aos dezanove anos. O Padrinho, amigo do Pai desde umas obras na estrada de Monfalim, onde trabalhava como engenheiro, acudiu-lhe. Levou-a para a sua casa de Belas, onde vivia desde a reforma. Para poder frequentar a Escola do magistério, Irene ficava numa pensão, a São Mamede, em Lisboa. E só passava os Domingos em Belas. Ilda Moreira convenceu os Pais, boas pessoas, a acolherem em casa Irene, que desde então passou a fazer parte de uma família estável e segura. Este foi o conto de sua vida de criança e de jovem que a Irene, minha madrinha, me contou - extremamente reservado quanto a sentimentos, acontecimentos íntimos. Depois daquele que deveria ser o final feliz do costume nas histórias, começou a sua vida profissional como professora do ensino básico. Quando o Governo decretou a abertura de secções infantis nas escolas primárias, preparou-se, juntamente com Ilda Moreira, para uma especialização em ensino infantil. Procuraram livros estrangeiros nos catálogos das livrarias e mandaram-nos vir. Estudaram e pensaram em adaptações ao mundo real português. No concurso realizado então foram escolhidas para a primeira classe infantil na Escola da Tapada, instalada num edifício construído especificamente para escola pelo arquitecto Raul Lino. A Escola Normal enviava-lhes os alunos para fazerem ali os seus estágios e exames de aptidão. Em 1929 recebeu uma bolsa de estudo da Junta de Educação Nacional que lhe permitiu frequentar a Universidade de Genève, numa post graduação. Depois, por sua conta, estudou em Paris e Bruxelas mais um ano. Voltou à Escola da Tapada onde trabalhou até ser nomeada, em 1934, inspectora orientadora do ensino infantil e primário. Mais tarde, por motivos políticos - progresso, liberdade de acções pedagógicas e de opiniões deixaram de ser queridos - foi colocada como funcionária de secretaria no Instituto para a Alta Cultura. E depois: ou Escola do Magistério de Braga ou reforma. Optou pela reforma creio que em 1938.

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Aliás também em 38 foi extinto o Ensino Infantil. Ainda tentou o Ensino Particular, mas foi recusada. E assim acabou a história de Irene como professora. Fez algumas conferências sobre ensino e psicologia infantil e publicou alguns artigos sobre o assunto. Considerou-se sempre uma professora malograda.

A escritora

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Dizia que em todas as idades imaginara histórias, umas vezes escrevia-as e outras não. Parte dos seus livros para crianças e jovens nasceram dessas imaginações de outros tempos. Em 1926 publicou o primeiro livro 13 Contarelos. É uma joiazinha bibliográfica, impressa na tipografia da Escola Normal do Magistério, com ilustrações de Ilda Moreira. Colaborou em revistas como a Presença juntamente com António Botto, Gaspar Simões, Nemésio, Fernando Pessoa, José Régio, Torga, Almada Negreiros, Mário se Sá Carneiro, e outros - a finaflor dos valores de então e que permanecem grandes valores de todos os tempos. Fez parte do grupo da Seara Nova de que era colaboradora assídua. A crítica de qualidade apreciou-a e valorizou-a sempre. Mas nunca foi uma escritora popular. E isso desconsolava-a. Dizia que escrevia de coisas simples sobre pessoas como há tantas e não percebia como o público não se revia nas sociedades de que falava.

A pessoa A Irene era uma dessas pessoas com espírito de muitas cores e muitas mudanças. Ela própria precisava de mudança, mudança na vida, nos sítios, até nos jeitos da casa. Mudanças nas pessoas com quem convivia. O que ela gostava da novidade de conhecer gente! E então gente nova. Crianças e adolescentes, que gosto lhe davam! Sentia-se estimulada com a juventude, adaptava-se aos seus interesses. Teve sempre em todas as idades aspectos muito juvenis. Esta era uma das imagens que nos dava: vivacidade, alegria, inocência.

Outra Irene, também de todos os dias, era a Irene escritora, exigentíssima consigo própria, usando processos literários muito avançados para a sua época e para a de agora. Havia ainda a Irene solitária, amarga, tremendamente sensível e delicada aquela que só se revelava em escritos. E a Irene, mulher de alto padrão moral, com plena consciência da sua dignidade e que se não rebaixava diante de ninguém. Como sabia ser distante! Desorientava os oportunistas que dela se aproximavam - aqueles que tentam enfeitar-se com o mérito dos grandes. Dava sem limites todo o seu afecto aos amigos, mas exigia muitíssimo deles. Considerava-se pouca habilidosa no convívio com os outros. Habilidade, realmente, não tinha nenhuma. Mas aquela simplicidade directa, aquele espírito limpo de toda a banalidade, aquele coração sem reservas - como eram cativantes!


Professora Doutora Paula Morão “O «Pequeno salto sentimental» da escrita sobre a poética de Irene Lisboa”*

A profunda unidade da obra de Irene Lisboa advém do lugar axial do sujeito que nela se espelha, constitui e problematiza; mas, mesmo por razões metodológicas, uma ordenação por núcleos temáticos possibilita um estudo mais pormenorizado, esclarecendo e consolidando, afinal, essa centralidade do eu que escreve o mundo e se escreve como sujeito, ora para reedificar o passado mais antigo que o configurou, ora para conhecer e ordenar o universo, saindo de si mas ao mais intimo do eu sempre regressando. Quer as obras que tenho denominado núcleo autobiográfico1, quer as crónicas (tanto de temática urbana, como rural e serrana)2, quer ainda a literatura destinada a um público de crianças e jovens3, ganham a sua plena consciência quando pensadas a partir do modo como nelas se vai estruturando o eu, do qual tudo parte e a que tudo reverte. […] A questão tem paredes meias com a auto-análise, com a descrição do mundo interior do sujeito, que em Irene tudo estrutura, mesmo quando os textos saem do eu e estendam pela descrição de universos que, pelo menos aparentemente, lhe são exteriores. E por isso o trabalho poético de Irene Lisboa (citando o título de Carlos de Oliveira4, que se me afigura absolutamente adequado à caracterização de toda a obra da escritora) se desenvolve programaticamente em torno desta figura bifronte, que numa face a efígie do eu, e na outra lhe faz corresponder a reflexão sobre a escrita; como dizia já um poema do livro de 1937 precisamente intitulado Escrever, “Se eu pudesse, havia de transformar as palavras/ em clava./ Havia de escrever rijamente./

(…)/ Gostava de atirar palavras. /Rápidas, secas, pedradas!”, mas em contraposição com outras, as que haveriam de dizer “as infinitamente delicadas coisas/ do espírito…” para essas, “Gostava de escrever com um fio de água./ Um fio que nada traçasse.” (Outono havias de vir, ed.ut., p.300). “Látego” e “pedradas” mostram a face diurna, lutadora, rebelde e revoltada, de quem escreve com desassombro sobre o mundo em que vive, assumindo e sofrendo, no plano pessoal e profissional, as consequências desta voz que se torna incómoda; mas latente está sempre o reverso da medalha, o da alma infinitamente delicada que se escoa e se refaz como a água na clepsidra, à procura de si e de uma “alma nova”, outra (“Não era a minha alma que eu queria ter”), “Nova, nova, nova, nova!”5 A subtileza e a fragilidade do fio que solda estas duas faces é uma das razões pelas quais a obra de Irene Lisboa inquieta e consola, desassossega e faz pensar afinal, como todos os autores inquestionáveis da modernidade. * (excerto retirado do artigo, com o mesmo nome, publicado na revista Faces de Eva Estudos sobre a Mulher, em 2002, com autorização da autora.)

____________________ 1 São elas: Começa uma vida - novela (1940), Voltar atrás para quê? (s/d [1956]), Solidão - Notas do punho de uma mulher (1939), Apontamentos (1943), Solidão - II (1974). 2 Refiro-me aos volumes Esta Cidade! (1940), O pouco e o muito - Crónica urbana (s/d [1956]), Título qualquer serve (1958), Crónicas da Serra (s/d [1958]). 3 13 Contarelos que Irene escreveu e Ilda ilustrou (s/d [1926]), Uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma (1955), Queres ouvir? Eu conto - Histórias para maiores e mais pequenos se entreterem (1958), A vidinha de Lita, contada por Irene Lisboa, desenhos de Ilda Moreira (póstumo, 1971). 4 Cf. Carlos de Oliveira, Trabalho poético, 2 volumes, Lisboa, Livraria Sá da Costa Editora, s/d [1976]. Acrescente-se que o poeta conhecia e prezava a obra de Irene Lisboa, como mostra um seu artigo de 1966 (Diário Popular, 28/07/66) incluído, com o título «À espera de leitores», em O aprendiz de feiticeiro (3.ª edição corrigida, Lisboa, Livraria Sá da Costa Editora, 1979). 5 Cito o poema assim intitulado; cf. Outono havias de vir, ed. ut., p. 296.

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Ana Filipa Correia Rede Municipal de Museus de Arruda dos Vinhos

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A constituição do Museu Irene Lisboa teve o seu início em 1999 com a candidatura da Junta de Freguesia de Arranhó à Leader Oeste para a construção deste edifício, mas só em 2003, com a aprovação definitiva da Leader Oeste, é que o Museu dedicado a Irene Lisboa começou a ser uma realidade. Muito mais do que o acervo pessoal, constituído por peças, documentos e muitas imagens, esta exposição tem a alma, a escrita e a história de uma mulher comum, mas muito singular. A exposição Irene Lisboa: O Pouco e o Muito realça aspectos da vida desta escritora de uma maneira simples, tal como era Irene, e procura despertar a curiosidade de quem a visita. E cada vez que a visitar descobrirá algo de novo. «As coisas sem importância revestem-se subitamente de uma tão grande importância! Bastam apenas uns golpes de vista, divergentes ou casuais, enfim, impremeditados. E o que vêem uns não vêem outros. Até o que nós próprios notamos hoje, não o tínhamos notado ontem… Toda a vida é cheia de mistérios, de surpresas. E sempre obscura, sempre particular.» (O pouco e o muito - Crónica Urbana)

Esta é uma exposição contada por Irene Lisboa e por Inês Gouveia, sua afilhada. Um património imaterial que o Município de Arruda dos Vinhos se encarregará de preservar e divulgar através do Museu e das actividades que irá desenvolver. Este é um ponto de partida, será sempre uma porta aberta e deverá ser um ponto de chegada de tudo o que diga respeito a Irene Lisboa. O Museu Irene Lisboa é o primeiro projecto cultural que o Município desenvolve na área da museologia - pioneiro como Irene - e é muito bem-vindo à Freguesia de Arranhó, ao Concelho de Arruda dos Vinhos e, decerto, ao País. Está agora aberto ao público. Que seja agora do público.


Irene Lisboa: O Pouco e o Muito

Irene Lisboa (fotografia de Francisco Keil do Amaral)


Irene Lisboa Nasceu na Quinta da Murzinheira, freguesia de Arranhó e concelho de Arruda dos Vinhos, no dia 25 de Dezembro de 1892. Estudou em colégios e num liceu de Lisboa, onde tirou o magistério primário. Viveu em Lisboa com a madrinha, depois do casamento do pai, e passava férias na Quinta de Monfalim, concelho de Sobral de Monte Agraço, onde morava o pai e a sua família. 8

Estudou na Bélgica, França e Suiça tendo-se especializado em pedagogia. Trabalhou como professora do ensino pré-primário, mais tarde foi inspectora orientadora de ensino e funcionária administrativa do Instituto de Alta Cultura.

Reformou-se aos 48 anos. A escrita dominou toda a sua vida. Escreveu sobre pedagogia, para crianças e para adultos, mas a sua obra não foi reconhecida pelo público. Morreu a 25 de Novembro de 1958. A um mês de completar 66 anos de idade. A freguesia onde Irene nasceu acolhe esta exposição de forma a homenagear a escritora. 24 de Junho de 2007


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Jo達o Falco Manuel Soares Maria Moira


Página 9 1 - Irene Lisboa com o pai, a irmã e a madrinha no portão da Quinta de Monfalim (2.ª a contar da esquerda) 2 - Irene Lisboa no dia do baptizado, com seis anos 3 - Irene Lisboa em criança 4 - Pai de Irene Lisboa no portão da Quinta de Monfalim - Dr. Luiz Emílio Vieira Lisboa Página 10 5 - Irene Lisboa no Lyceu Maria Pia, em 1908-1909, com 16 anos (5.ª a contar da esquerda na fila de cima) 6 - Irene Lisboa no Lyceu Maria Pia, em 1909-1910, com 17 anos (1.ª à direita na 2.ª fila a contar de cima) 7 - Diploma da Escola Normal Primária de Lisboa 8 - Irene Lisboa na Escola Normal Primária de Lisboa, em 1914 (3.ª a contar da direita na fila de cima) 9 - Irene Lisboa aos 25 anos 10 - Padrinho de Irene Lisboa - Eng. Luiz Veiga Dias

Legendas 21 - Irene Lisboa (à esquerda) e Ilda Moreira com as crianças, na Escola da Tapada 1921 22 - Irene Lisboa (à direita) e Ilda Moreira com as crianças, na Escola da Tapada 1927 Página 14 23 - Cromos utilizados com as crianças nas actividades escolares 24 - Irene Lisboa (3.ª a contar da esquerda) e Ilda Moreira com as estagiárias, na Tapada da Ajuda - 1927 Página 15 25 - Diploma de Funções Públicas (frente e verso) 26 -Irene Lisboa numa reunião de Inspectores na região de Setúbal - 1933 (na fila da frente ao centro) 27 - Irene Lisboa na Escola Normal Primária de Lisboa, como Orientadora do Ensino Infantil - 1933/34 (2.ª a contar da esquerda) 28 - Irene Lisboa a passear durante uma visita de inspecção - 1933

Página 11 11 - Léon Darras em Abril de 1915 12 - Paul Desprets em Julho de 1917 13 - Irene Lisboa no Natal de 1917

Página 16 29 - Irene Lisboa na Quinta dos Lacerdas (Outubro 1933)

Página 12 14 - Professor Édouard Claparède 15 - Irene Lisboa na Universidade de Genebra, em 1929 (9.ª a contar da esquerda na 2.ª fila a contar de baixo) 16 - Diploma da Universidade de Genebra - Certificado de Pedagogia 17 - Irene Lisboa na Universidade de Genebra, em 1929 (3.ª a contar da direita na 3.ª fila a contar de baixo) 18 - Irene Lisboa em Saint Tropez - 1930 19 - Irene Lisboa com afilhado, em Roma - 1930

Página 17 30 - Irene Lisboa na Herdade do Monte Branco, em Odeceixe (Setembro 1955) 31- Irene Lisboa em S. Cosmado «Casinha das Aldeias Estrela» 32 - Maria Keil, Ilda Moreira e Irene Lisboa (fotografia de Francisco Keil do Amaral) 33 - Irene Lisboa aos 53 anos, em Melo (fotografia de Vergílio Ferreira) 34 - Ementa do jantar de 20.º aniversário da revista “Seara Nova” 35 - Irene Lisboa no jantar de 20.º aniversário da revista “Seara Nova” - Outubro 1941 (única mulher no grupo) 36 - Irene Lisboa aos 49 anos

Página 13 20 - Irene Lisboa e Ilda Moreira a desenvolver actividades escolares com as crianças, na Escola da Tapada - 1921

Página 18 37 - Irene Lisboa na Serra de Linhares 38 - Irene Lisboa, aquando a publicação dos «13 Contarelos» - 1926

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Ficha Técnica da Exposição Exposição de longa duração Irene Lisboa: O Pouco e o Muito Inaugurada a 24 de Junho de 2007 20 Responsabilidade Município de Arruda dos Vinhos Divisão Sócio-Cultural Concepção da exposição e conteúdos Ana Filipa Correia Imagem e concepção gráfica da exposição Cláudia Jaleco Renato Batalha Candidatura à Leader Oeste Natália Fernandes Propriedade do Museu Município de Arruda dos Vinhos Propriedade do Edifício Junta de Freguesia de Arranhó Gestão do Museu Município de Arruda dos Vinhos Freguesia de Arranhó


Catálogo de Peças Óculos graduados de Irene Lisboa

Pasta de palhinha que Irene Lisboa colocava na parte inferior da secretária com manuscritos

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Bolsa de óculos, em pele

Máquina de escrever “Continental”

Sinete da madrinha de Irene Lisboa

Caneta permanente

Sinete de Irene Lisboa quando era pequena, com pega em marfim

Secretária de Irene Lisboa

Banco de Irene Lisboa


Faca de cortar papel evocativa da 1.ª Guerra Mundial, oferecida a Irene Lisboa pelo afilhado de guerra

Conjunto de cromos de actividades escolares

22 Zincogravura de ilustração de Esta Cidade, por Maria Keil

Conjunto de zincogravuras da capa de Esta Cidade, por Ilda Moreira

Colar de marfim que Rita Vieira Lisboa trouxe de Angola para Irene Lisboa Moldura de veludo com fotografia de Maria Guilhermina da Conceição Chaves

Caixa, de cartão, onde Irene Lisboa guardava a cruz de guerra do afilhado de guerra

Pasta de linho bege decorada por Ilda Moreira, onde Irene Lisboa guardava os manuscritos, em cima da secretária

Pega, em madrepérola, de sombrinha que Irene Lisboa usava quando era nova

Cruz de guerra do afilhado de guerra de Irene Lisboa


Bordado utilizado com o conjunto de chá

Bordado de cómoda, por Irene Lisboa

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Bordado com dragão no centro Peitilho de Irene Lisboa, em renda Conjunto de suspensórios que a madrinha de Irene Lisboa bordou para o marido, quando era nova

Camisa de bebé feita por Irene Lisboa para Inês Gouveia, quando esta nasceu

Almofada que Irene Lisboa comprou em França para usar no banco da secretária

Bordados de mesa-de-cabeceira


Argola de guardanapo com o monograma da madrinha “G.C.C.”

24 Tinteiro, em barro vidrado

Jarras de flores feita de cápsula de granada, evocativa da 1.ª Guerra Mundial, oferecida a Irene Lisboa pelo afilhado de guerra

Taça de vidro para colocar em cima da cómoda

Fruteiras de vidro da madrinha de Irene Lisboa

Biscoiteira em vidro com tampa de alumínio

Argola de guardanapo evocativa da 1.ª Guerra Mundial, oferecida a Irene Lisboa pelo afilhado de guerra

Caixa redonda de prata


Chรกvenas de chรก compradas em Genebra

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Pratos de chรก comprados em Genebra

Pratos de sobremesa comprados em Genebra

Garfos de sobremesa comprados em Genebra

Faca de sobremesa compradas em Genebra


museu irene lisboa Rua 5 de Outubro - Arranh贸 2630 Arruda dos Vinhos Tel.: 263 977 000 museus@cm-arruda.pt www.cm-arruda.pt/mil

Junta de Freguesia Arranh贸

Projecto co-financiado pela Uni茫o Europeia

Manuscrito de Irene Lisboa


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