O design como ferramenta de expressão e ativismo

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Clara Pinheiro Rodrigues. Projeto: Impresso. Curso superior de tecnologia em design gráfico. Una - EAD.

O design

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como ferramenta de expressão e ativismo

INTRODUÇÃO

A arte, em seu âmbito, é capaz de expressar opiniões, ativismos, noções culturais, históricas, econômicas e sociais, e é, atualmente, ferramenta de significação pessoal.

O design, como um campo no âmbito artístico, torna-se também um importante mecanismo desta ideologia. Assim, proponho, através deste trabalho, uma reflexão acerca da importância social, cultural e artística do design gráfico atualmente.

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A DEMANDA POR INFORMAÇÃO

O advento da revolução industrial foi, como se sabe, um dos maiores motivadores para o aumento da demanda por informação em nossa sociedade. A crescente evolução e desenvolvimento das tecnologias tornaram impossível que os meios de divulgação de conhecimento permanecessem estáticos, o que levou ao desenvolvimento de novas tecnologias para a criação de conteúdo.

Uma das primeiras tecnologias a serem desenvolvidas para suprir o aumento da necessidade de informação, foi a litografia, desenvolvida por Alois Senefelder em 1798, que possibilitou a divulgação de conteúdo através de pôsteres divulgativos, decorativos ou informativos. Além disso, passou a ser utilizada a cromolitografia, ou seja, foi aplicado o uso de cores à essa tecnologia, que passou a ser utlizada em embalagens de produtos e pôsteres coloridos.

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A PROFISSIONALIZAÇÃO DO DESIGN

A partir da revolução industrial, foram desenvolvidas, portanto, inúmeras tecnologias que visavam revolucionar o meio de comunicação e tornar possível a criação e divulgação de conteúdos de diversas formas distintas.

Assim, o aumento da necessidade de comunicação visual levou à criação de novas tecnologias para suprir toda a demanda por conteúdo, o que levou à criação de um novo ofício, especializado em estudar e criar tecnologias inovadoras para desenvolver tecnologias gráficas, produtos, embalagens, e até mesmo avanço na indústria têxtil, a partir da qual o design se desenvolveu de forma exorbitante. Desta forma, foi oficializada a profissão do designer gráfico.

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Desta forma, torna-se senso comum a forma com que o design é capaz de inovar a distribuição de conteúdos, e como esta área desempenha um papel imprescindível cultural e socialmente, desde o século XVIII até os dias atuais.

Nos dias de hoje, a evolução tecnológica chegou a um nível ainda mais avançado e inovativo. Assim, repete-se o ciclo: eleva-se a necessidade por informação, o que exige a criação de novas formas de conteúdo e inovação dos meios de comunicação. Assim, é possível afirmar que o design, em todas as

suas a´reas, é um campo abrangente e suscetível a constante mutação. o que torna o papel do designer ainda mais relevante para nossa sociedade, visto que este está sempre à mercê das exigências socioculturais e evolutivas de nossa sociedade.

Entretanto, o design existe não apenas para cumprir demandas, mas para revolucionar. Através desta ferramenta, podemos expressar ideias, reinvindicar direitos e garantir à toda população, acessibilidade a estes conteúdos. O papel do designer se torna, portanto, essencial para o desenvolvimento social.

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ATIVISMO E EXPRESSÃO

Como foi dito anteriormente neste trabalho, são inúmeras e imprescindíveis as funções do design para nossa sociedade como um todo. Entretanto, este pode também servir às necessidades de expressão individual ou de um grupo específico, como minorias sociais e grupos focais. Torna-se possível a expressão e divulgação de ideologias, a reinvidicação de direitos e a afirmação pessoal e coletiva da população.

Isso é possível graças aos profissionais da área, que muitas vezes abrem mão se suas próprias necessidades e fins lucrativos para atender a um bem social maior, criando trabalhos que ressignifiquem questões políticas e desenvolvam projetos cr´ticos, como forma de promover uma mudança ou conscientização social. Criar conteúdos impactantes que levem o expectador à reflexão de suas próprias ações como membro de uma sociedade está no cerne desta área do design g´rafico.

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O design pode estar presente como forma de ativiso em diversas causas que visam o bem estar social de uma pessoa, grupo, ou da sociedade como um todo. Alguns exemplos destas causas podem ser a luta contra a desigualdade de gênero, pela reinvidicação dos direitos da comunidade LGBTQIAP+, pelo fim de conflitos armados e da violência, pela afirmação dos direitos de pessoas pretas, e pela luta contra o racismo. Além disso, causas ecológicas e de acessibilidade para pessoas portadoras de deficiências não podem ser esquecidas neste âmbito.

São inúmeros os campos que o deisign pode alcançar e imensusáveis os avanços que esta área de criação garantiu e garante constantemente para nossa sociedade.

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CONCLUSÃO

Assim, conclue-se que o design não se trata apenas da criação de conteúdo por si só, mas também daquilo que é capaz de expressar através das cores escolhidas, da diagramação dos elementos e o que a harmonização dos componentes gráfcos tenta expressar para o expectador.

O design pode ser explorado ainda mais no âmbito social, pode tornar possível o desenvolvimento de ínumeras ideoogias, alcançar a reinvidicação de direitos e ser ferramenta de expressão pessoal, coletiva e cultural em nossa sociedade.

Portanto, concluo este trabalho com a reflexão de que o design é e pode ser tornar muito mais, desde que exista um incentivo para o pensamento crítico e para a expressão de ideias como forma de moldar um futuro melhor para nosso

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país, nossa sociedade e nosso mundo, promovendo a reflexão e empatia entre a população. É imprescindível que o design seja explorado ao máximo para atingir às necessidades sociais conforme estas evoluem, e moldado para que posssa garantir acessibilidade, expressão e desenvolvimento através da comunicação visual.

O design pode e deve ser utilizado como vetor de mudança, melhora e evolução social, e cabe a cada um de nós lutar para que as melhorias sejam efetivadas na prática em nossa sociedade.

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