CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
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CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
CLARA VERARDO TAVEIRA 2020
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO A ESCOLA E A COMUNIDADE
CLARA VERARDO TAVEIRA
Trabalho final de graduação apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda como parte dos requisitos para obtenção de grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob orientação do Prof. Ms. André Luís Avezum.
RIBEIRÃO PRETO - SP • 2020
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RESUMO
Através da ênfase na importancia das relações entre o espaço público, a convivência, a escola e a comunidade, o presente trabalho propõe uma requalificação e expansão da atual Escola Estadual Expedicionários Brasileiros, transformando-a em um Centro Educacional Integrado á comunidade e ao espaço público localizado em sua frente. Palavras chave:. Centro educacional. Escola. Comunidade. Ribeirão Preto.
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AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a minha família, por todo apoio e suporte durante esses cinco anos de graduação. O amor que recebi de vocês, em suas diferentes formas de expressa-lo, foi fundamental para o desenvolvimento desse trabalho. Essa conquista é de nós cinco. Agradeço a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuiram para a minha
ABSTRACT
formação. Pessoas que estiveram ao meu lado me dando todo apoio e incentivo. Meu
This assignment mainly proposes a requalification and expansion of the current
orientador, André Avezum, quem me deu
Escola Escola Expedicionários Brasileiros through the emphasis on the importance of
todo suporte e segurança. Minha amiga Ana
the relations between the public space, coexistence, the school and the community.
Luiza, que viveu intesamente comigo cada
It will also transform it into an Educational Center Integrated to the community and
etapa desse trabalho.
the public space located in front of you.
E por fim, a todas as pessoas que fazem parte
Keywords: Educational Center. School. Community. Ribeirão Preto.
da minha história. Vocês são parte de mim.
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO
1.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1. BREVE REVISÃO HISTÓRICA DA ARQUITETURA ESCOLAR NO BRASIL 1.2. A INFÂNCIA, O ESPAÇO PÚBLICO E A ESCOLA 1.3. A EDUCAÇÃO INTRAMUROS E SEUS PROBLEMAS 1.4. A ESCOLA COMO OBJETO DE VÍNCULO COM A CIDADE 1.5. ANÁLISE PERANTE AO OBJETO DE ESTUDO
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2. 3. 4.
REFERÊNCIAS PROJETUAIS 2.1. CENTRO EDUCACIONAL CRIXÁ 2.2. ESCOLA CLASSE CRIXÁ 2.3. CENTRO COMUNITÁRIO REHOVOT
LEVANTAMENTO 3.1. LEVANTAMENTO FÍSICO E MORFOLÓGICO DO ENTORNO 3.2. LEVANTAMENTO OBJETO DE INTERVENÇÃO 3.3. PROGRAMA EXISTENTE NO BAIRRO
O PROJETO 4.1. PROGRAMA DE NECESSIDADES 4.2. PARTIDO PROJETUAL 4.3. MEMORIAL JUSTIFICATIVO DO PROJETO 4.4. DESENHOS TÉCNICOS 4.5. PERSPECTIVAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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APRESENTAÇÃO
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A
pesquisa é resultado de um trabalho final de graduação em Arquitetura e Urbanismo, onde foi desenvolvido o projeto de um Centro Educacional Comunitário inserido no sítio institucional, integrado à escola e a comunidade. Além da requalificação da Escola Estadual Expedicionários Brasileiros em questão. Estes estudos partem da premissa de que a educação necessita de seu entorno para efetuar seu papel na vida dos indivíduos de forma íntegra e humana. Este é um trabalho baseado em uma revisão bibliográfica, com o intuito de entender como a arquitetura pode influenciar na educação, nesse caso, pública. O espaço público, o coletivo e a importância deste para a formação de um indivíduo foram também temas essenciais para o desenvolvimento do projeto experimental. Além disso, foi indispensável o conhecimento sobre o pátio escolar e suas formas de aprendizados.
A caracterização e identificação da área de intervenção foram realizadas por meio de levantamentos físicos do bairro São José e da Escola Estadual Expedicionários Brasileiros. Além de levantamentos fotográficos do local. Para um melhor desdobramento do projeto, foi realizado um levantamento das necessidades e hábitos dos indivíduos que frequentam a escola e o bairro, por meio de visitas a estes e a associação de moradores inserida no local. As pesquisas documentais sobre o tema, tais como os projetos de referência, foram escolhidos com base na integração pátio-individuo-escola-cidade. Os projetos escolhidos são: Projeto vencedor do concurso Centro Educacional Crixá em São Sebastião, Distrito Federal, do escritório de arquitetura Arqbr, o projeto participante do concurso Escola Classe Crixá, também em São Sebastião, no Distrito Federal, projetado pelo escritório de arquitetura 24 7 e o Centro Comunitário
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Rehovot do escritório de arquitetura Kimmel Eshkolot Architects. Através deles,foi possível entender melhor sobre os programas já existentes e suas soluções projetuais adotadas, podendo assim, ampliar o conhecimento sobre o tema em questão. As informações obtidas com os elementos citados anteriormente possibilitaram uma análise crítica e reflexões sobre o tema abordado, além de uma melhor forma de lidar com o projeto escolhido. Através disso,pode ser realizada a conclusão do diagnóstico e das necessidades da área para a realização do anteprojeto do edifício inserido na escola, da requalificação do existente e da praça em sua frente, de maneira integrada.
INTRODUÇÃO
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I
nicia-se aqui, um estudo referente à atual necessidade de estabelecer uma relação entre a Escola Pública Expedicionários Brasileiros e o bairro onde está inserida. Para que, através disso, fique evidente a importância que o aprendizado fora da sala de aula precisa receber e que é capaz de fornecer, sempre amparado por um espaço público de qualidade e pertencente a todos. A Escola Estadual Expedicionários Brasileiros localizada no Bairro São José em Ribeirão Preto, foi escolhida para o desenvolvimento desse projeto. A comunicação do bairro com a escola já foi bastante presente na localidade e atualmente carece de um local de integração cultural baseado na convivência entre os moradores, professores e alunos. Visto que todos esses são capazes de transformar, ensinar e aprender, juntos. Em frente à escola, existe uma praça, a qual teve um papel importante para estabelecer essa relação do aprendizado dentro e fora da sala de aula.
Tendo como objeto esses dois elementos de intervenção, escola e praça, o estudo aqui proposto visa o projeto de um Centro Educacional Comunitário inserido no sítio institucional já existente, completamente integrado a praça em sua frente, realizando uma importante comunicação e interação entre os moradores do local. Deste modo, será desenvolvido o respeito pelo espaço público, a valorização do seu propósito de inclusão à sociedade, o sentido de democracia e cidadania e consequentemente uma educação inclusiva e capacitada. Sendo assim, ambos os espaços públicos presentes (Escola Estadual Expedicionários Brasileiros e a praça) foram requalificados em prol da população residente ali, deixando claro que o espaço projetado para se compartilhar experiências, vivências e aprendizados interfere muito na educação de qualidade.
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O objetivo aqui foi transformar o espaço educacional público presente no bairro em um espaço de qualidade e referência através dessa intervenção, reatando o vínculo existente da escola com a comunidade, tornando-o mais humano, respeitado, valorizado, funcional e conectado com o seu entorno. Tendo como premissa de que é possível a existência de uma educação pública de excelência através da intensa interação desta com os estudantes e com a comunidade.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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1.1. BREVE REVISÃO HISTÓRICA DA
ARQUITETURA ESCOLAR NO BRASIL
Imagem 01: Pátio do colégio, São Paulo. (História do Brasil: multirio. rj.gov.br).
A
educação brasileira teve seu início na época do Brasil Colônia, no ano de 1.500, com a chegada dos jesuítas e missionários, os quais tinham como propósito a catequização dos índios que aqui moravam. Houve então a criação de inúmeros espaços destinados ao ensino, neles, os missionários instalavamse para realizar a catequização do povo. Em São Paulo, o primeiro foi o pátio do colégio, ilustrado abaixo. Instaurado pelo Padre Manuel da Nóbrega. (CARVALHO, 2009).
imagem 01
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Com a chegada da família Real no Brasil e sua transformação em Império, houve uma reformulação na escolarização. O conhecimento era transmitido de maneira metódica e bastante exclusivo a classe mais alta, em locais fechados, como paróquias, moradias, salas fechadas, entre outros. (DORIGO 2009, VICENTINO 2009). Foi então a partir de 1889, no Brasil República, que o edifício escolar teve sua evolução, por motivos de crescimento populacional e questões políticas. Nesse período da história, a valorização da escola passou a ser vista como sinônimo de progresso, visto isso, os locais destinados ao ensino precisavam ser valorizados. Foi então que surgiu uma preocupação na esfera governamental, em construir espaços de caráter educativo. A educação passou a ser vista como um equipamento essencial. (CARVALHO, 2009).
As primeiras construções possuíam uma padronização em planta e se distinguiam somente nas fachadas. Porém, continuavam insuficientes e careciam melhoras. Com isso, teve origem em São Paulo, a Escola Modelo da Luz do Arquiteto Ramos de Azevedo.A planta a seguir, foi destaque na época por conta de sua funcionalidade e identidade arquitetônica do período, o estilo clássico. (CARVALHO, 2009). Nela, fica evidente a simetria do projeto e a distribuição de salas em corredores. Foi o primeiro momento em que o edifício escolar tomou uma melhor forma de educar no Brasil.
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Porém, nota-se ainda, a carência do pátio e de espaços de convívio, visto que o edifício escolar era composto somente por salas de aula e porões. “O prédio chama atenção pela monumentalidade que apresenta, principalmente na época, cujo entorno encontrava-se desprovido de prédios de tal porte.” (CARVALHO, 2009)
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Em 1930, surgem no Brasil os ideais da Escola Nova, buscando a modernização e democratização da educação brasileira. Deste modo, a escola pública passa a ser universalizada. Foi nesse momento que o “edifício escolar começou a se agregar com a facilidade construtiva e a economia financeira” (CARVALHO, 2009 apud BUFFA e PINTO, 2002.)
Imagem 02: Planta Baixa Escola Modelos da Luz (CARVALHO, 2009). Imagem 03: Fachada Escola Modelos da Luz (Mestres do séc. XIX: Instituto Moreira Salles).
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(CARVALHO, 2009 apud BUFFA e PINTO, 2002). Ao lado, a imagem do edifício projetado pelo arquiteto José Maria da Silva Neves, o Grupo Escolar Visconde Congonhas do Campo, ilustra, através das plantas e da fachada dos edifícios, as novas características citadas anteriormente.
Imagem 04: Perspectiva da fachada Escola Estadual Visconde de Congonhas do Campo, projeto de José Maria da Silva Neves (BUFFA & PINTO, 2002) Imagem 05: Plantas do Térreo, Primeiro e Segundo Pavimento da E.E. Visconde de Congonhas do Campo (BUFFA & PINTO, 2002)
imagem 04
imagem 05
e além disso, os edifícios passaram a ser menos simétricos e mais dinâmicos, começaram a apresentar divisões claras de funções como
museus, bibliotecas, administração e salas de aulas. A preocupação com a setorização dos ambientes começou a se tornar evidente.
A partir de 1950, esse cenário começou a mudar um pouco. Através da política educacional de Anísio Teixeira, a qual a escola pública deveria ser racional e com o espaço otimizado, os edifícios passaram a possuir um repertório formal modernista com a presença de combinações entre vidro, ferro e concreto armado. Foi nesse momento que os locais destinados ao ensino passaram a ter como finalidade oferecer formação completa ao aluno paralelamente lidando com o desafio de construir escolas baratas. (CARVALHO 2009, apud BASTOS, 2009). A educação passaria a acontecer de forma integral, havendo atividades dinâmicas como educação física
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e artística, dentro e fora da sala de aula, sempre em contato com a natureza e áreas externas, originando os Centros Educacionais e as Escolas Parques. (CARVALHO, 2009 apud ANELLI, 2004). Os edifícios passaram a ter um espaço completo com atividades
que se alternam entre práticas e teóricas e consequentemente um programa mais amplo. (CARVALHO,2009). A partir de 1960, arquitetos como Oscar Niemeyer e Afonso Eduardo Reidy começaram
a se destacar nas construções dos edifícios públicos com estilos voltados ao modernismo. A arquitetura destes era marcada por grande quantidade de espaços abertos, presença de brises e uma circulação mais fluída. (CARVALHO, 2009 apud BUFFA e PINTO, 2002). No período, alguns desses edifícios públicos eram caracterizados em blocos de salas de aulas, bloco administrativo, atividades de lazer e socialização e no centro do terreno, um pátio coberto (CARVALHO, 2009). Notase, que nesse momento o edifício escolar que antes era composto por um único bloco, sem áreas livres e poucos corredores, passa a se desmembrar, se transformando em blocos de atividades, dando valor e importância ao espaço livre, aberto e destinado para convivência. Um pouco mais adiante, no período pós moderno, além da preocupação de uma produção rápida e econômica, havia uma
Imagem 06: Esquema do Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Salvador Bahia. (CARVALHO, 2009 apud BASTOS, 2009.)
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Imagem 07: Croqui Centro Integrado de Educação Pública – Escola Piloto (Fundação Oscar Niemeyer: Niemeyer.org.br) Imagem 08: Centro Integrado de Educação Pública (Fundação Oscar Niemeyer: Niemeyer.org.br)
necessidade de dar às obras arquitetônicas um valor sociocultural. Começaram a serem criados os Centros Integrados de Educação Pública, local que além de escola integral, manteriam suas portas abertas aos finais de semana para receber a população. (CARVALHO, 2009). Oscar Niemeyer ficou responsável pela definição arquitetônica desses Centros Integrados, os quais seriam construídos pela cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de oferecer ensino público integral de qualidade. Todos possuíam semelhanças em sua composição: sem escadas, apenas com rampas, os três pavimentos do prédio principal aderiam todo o programa fornecido, visto que o térreo sempre teria grande parte de seu espaço aberto reservado para recreação. Além desse edifício, eram implantados dois anexos: uma biblioteca destinada aos alunos e a comunidade, alojamento para 12 estudantes se houvesse necessidade e um ginásio com toda a infraestrutura necessária. As construções eram marcadas principalmente pelo concreto
aparente, pouco uso de cores, uso constante de arcos e a presença de áreas externas (CARVALHO, 2009). “Esses Centros Integrados a Educação Pública, visavam aproximar a comunidade e a escola, sendo localizados próximos a morros e favelas no Rio de Janeiro”. (CARVALHO, 2009 apud XAVIER, BRITO E NOBRE,1991).
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No âmbito arquitetônico, nota-se que ao mesmo tempo em que o edifício escolar foi se tornando mais democratizado, ele foi se expandindo, englobando um maior programa para atender todos os indivíduos, não somente alunos. Oferecendo uma educação ampla, que ultrapassa os limites da sala de aula, que se ensina a viver e conviver em uma sociedade.
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Já os Centros Educacionais Unificados, começaram a ser construídos a partir dos anos 2000. Compostos por blocos dispostos de diferentes modos nos terrenos destinados a isso, não existia uma organização espacial especifica, como acontecia anteriormente. Porém, presavam o espaço a áreas de lazer e continuavam dando espaço a comunidade aos
finais de semana, atendendo o aluno de forma integral. Neles, eram usados os pré moldados, coberturas metálicas, visando rapidez na execução e adaptação em variados tipos de terrenos. São marcados pela monumentalidade, uso de cores e formas geométricas, compondo um partido de um amplo programa destinado a arquitetura escolar pública. (CARVALHO, 2009).
Atualmente, o planejamento das escolas atuais possui uma liberdade de criação, cabendo ao arquiteto remeter ou não á características de épocas passadas. (CARVALHO, 2009). Um ponto importante dos Centros Educacionais Unificados e dos Centros Integrados de educação pública, é que eles se assemelham muito com o projeto que é proposto nesse estudo. Visto que é aberto e integrado com aquilo que existe em seu entorno, sendo muitas vezes uma comunidade carente e necessitada de um espaço digno para educação. Além de priorizar a educação em tempo integral e não somente dentro das salas de aulas.
Imagem 09: Centro Educacional Unificado Três Lagos SP (Prefeitura de São Paulo: prefeitura.sp.gov. br)
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1.2. A INFÂNCIA, O ESPAÇO PÚBLICO E A ESCOLA
N
os tempos atuais, estamos cada vez mais necessitados de locais destinados a troca de saberes, conhecimentos e pontos de vistas, de pessoas diferentes, dentro e fora do ambiente escolar. Por isso, nos deparamos com uma importante relação, a qual engloba três palavras: infância, espaço público e escola. “São urgentes e necessários o diálogo com a cidade e a apropriação e o reconhecimento dos seus lugares por toda a comunidade escolar”. (AZEVEDO 2016, RHEINGANTZ 2016, TÂNGARI 2016, p.13).
Essas relações e diálogos, carregam consigo tamanha importância pois, é através da formação com acesso a diferentes culturas, às artes e à construção social e coletiva do conhecimento, que será gerada uma reflexão acerca do mundo e do espaço vivido pelos sujeitos. Sendo assim, nos deparamos com a necessidade de ultrapassar os muros da escola, ocupando praças, parques e diversas outras instâncias educativas. (AZEVEDO 2016, COSTA 2016, RHEINGANTZ 2016.). Segundo Leite (2012 p.57 apud AZEVEDO 2016, COSTA 2016, RHEINGANTZ 2016), esses locais serão imagem 10
Imagem 10: Crianças em aprendizado em um espaço público na comunidade. (Fotografo Levindo Diniz Carvalho apud AZEVEDO 2016, RHEINGANTZ 20016, TÂNGARI 2016)
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entendidos como espaços sociais, construindo, assim, um sentimento de pertencimento à cidade.
O enraizamento e o pertencimento a determinados lugares reduzem os temores e facilitam a apropriação. Assim, na medida em que os usuários iniciam um processo de construção e de limitação do seu território educativo, esses lugares se tornam mais amigáveis, os percursos mais reconhecidos e a vizinhança assumem uma postura mais parceira e articulada com as escolas, sejam as instituições existentes ou os próprios moradores da região. (AZEVEDO 2016, COSTA 2016, RHEINGANTZ 2016.).
A qualidade e a organização dos espaços públicos trazem a oportunidade de outras interações, que não sejam as existentes dentro da sala de aula, mediada pela copresença e proporcionando a aprendizagem para a cidadania (CARVALHO 2016, LANSKY 2016). Perante a isso, “é a relação da escola com a cidade a que percebemos mais potente, é a escola que expande seu território educativo, que passa a ser de todo mundo, mediado por um desejo coletivo” (GOULART, 2016). A partir do momento em que o ser humano se relaciona com a sua cidade (espaços imagem 11
públicos, praças, parques, instituições culturais, biblioteca, teatro, entre outros), são conduzidos a adquirir diversos níveis de conhecimento e experiências. Por isso, pode-se dizer que o meio urbano é um grande educador, o qual desperta diversos processos de aprendizagem em cada indivíduo. Além disso, as relações sociais construídas nesse meio, por pessoas que habitam ou frequentam o mesmo, são de extrema importância para a formação de identidades culturais de cada local. (DINIZ 2016, ROHEN 2016). Nesse mesmo contexto, nos deparamos
Imagem 11: Perspectiva Projeto Praça das Árvores integrado a Escola. (Foto e montagem elaborada por Claudia Bresciani 2011, apud AZEVEDO 2016, RHEINGANTZ 20016, TÂNGARI 2016).
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com um espaço muito valioso nos tempos atuais: o pátio. Este, é um grande elemento referencial para as crianças em sua formação escolar, apesar de sua precariedade e inadequação. (AZEVEDO 2016, RHEINGANTZ 2016, TÂNGARI 2016). O mesmo, pode ser relacionado com o sistema de espaços livres, visto tamanha desvalorização de dois locais públicos que exercem funções fundamentais na vida de um indivíduo.
A complexidade e a diversidade de funções e categorias do sistema de espaços livres urbanos justificam o interesse em entender o papel e a importância dos pátios escolares como ambientes de lazer e socialização – absorvendo funções antes atribuídas ás praças de vizinhança –, e como protagonistas do processo educativo, o que implica em reconhecer a influência do entorno
e de suas características socio espaciais. (AZEVEDO 2017, RHEINGANTZ 2017, TÂNGARI 2017, p.17). Muito dos problemas e das falhas da educação brasileira é não levar em conta que “a educação integral precisa da escola, mas também de seu entorno, da comunidade, do bairro e de toda a cidade.” (AZEVEDO 2017, RHEINGANTZ 2017, TÂNGARI 2017, p.41). Nenhuma instituição de ensino consegue responder isoladamente os desafios do desenvolvimento de suas crianças e adolescentes (SARDENBERG, 2011). Por isso, é tão necessária a conexão entre dois elementos através do espaço de forma que estes exerçam uma grande influência no crescimento das crianças e adolescentes como indivíduos mais humanos, justos, generosos e conscientes. Segundo Santos (2009, p.82 apud AZEVEDO 2017, RHEINGANTZ 2017, TÂNGARI
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2017, p.43) precisamos então abrir vasos comunicantes entre a escola e a cidade, criando novos mecanismos que revertam as tendências herdadas do modo de produção precedente e inventar outros objetos geográficos, mecanismos que potencializem o pátio como cenário de interação entre a escola e a cidade. Os muros altos que dividem as escolas e as cidades estão interrompendo a entrada da cultura urbana para dentro das instituições, e consequentemente bloqueando também a entrada e tolerância da diversidade e da criatividade. Portanto, o espaço livre vinculado a escola, de qualidade e com boa infraestrutura, que promova o contato social e tenha determinadas funções ambientais e pedagógicas, só trazem benefícios para os alunos e professores. Trazendo a integração necessária para um ser humano entender o mundo que está inserido. (AZEVEDO 2017, RHEINGANTZ 2017, TÂNGARI 2017.)
“É de extrema necessidade escolas que ofereçam espaços para que professores e alunos possam entender o seu papel na luta por cidades ambientalmente equilibradas, que ofereçam um espaço digno, e atenda às necessidades, vontades e os direitos dos seus usuários, demonstrando respeito. Espaços onde a educação não seja tratada como uma obrigação, mas como uma virtude” (AZEVEDO 2017, RHEINGANTZ 2017, TÂNGARI 2017, p.35).
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1.3. A EDUCAÇÃO INTRAMUROS E SEUS PROBLEMAS
Imagem 12: Foto da pesquisa realizada pela pós graduação da FAU UFRJ na escola E.M. Rio de Janeiro (GAE, apud AZEVEDO 2016, RHEINGANTZ 20016, TÂNGARI 2016).
A
estrutura convencional de uma instituição escolar, em seus modos tradicionais, com salas de aulas fechadas, pequenos pátios e corredores, não é mais cabível a contemporaneidade, conforme explicado anteriormente. Porém, mesmo assim, estamos vivenciando esse modelo de educação em grande parte das Escolas Estaduais Brasileiras.
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Isso acontece pois, cada vez mais, estamos nos esquecendo do potencial do equipamento público como um grande educador. A diversidade e o contato com o diferente continuam sendo evitados, fazendo com que as oportunidades educativas que o bairro fornece, não se consolidem. Além disso, o contato com o experimentar o que se
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tem do lado de fora dos muros escolares, é extremamente saudável e necessário para se constituir uma sociedade, pois cada vez mais é notável o impacto positivo que o contato com o diferente causa nos seres humanos. A autonomia, o senso crítico, sentimento de apropriação e pertencimento são penas alguns dos pontos positivos que podemos levar em conta nesse processo, além da formação de sujeitos atuantes na sociedade contemporânea. Portanto, o comportamento de isolamento, ainda praticado por muitas escolas, não se adequa mais a realidade a qual vivemos. (AZEVEDO 2017, RHEINGANTZ 2017, TÂNGARI 2017). “O contato com esse território inclui, ainda, a construção de laços afetivos que convergem no sentido de enraizamento, uma mistura de trajetórias pessoais, sociais e espaciais, dadas por um mesmo espaço vivido.” (SCHELEE et al, 2009).
Atualmente, temos muito contato com uma cidade que segrega e excluí, cheias de oportunidades desiguais, e muita insegurança. Para muitos, um lugar de medo. A ilusão de estar protegido dentro de muros é cada vez maior, visto que quem fica confinado dentro desses, é quem mais está deixando de tornar pública as suas causas e de se tornarem públicos, vistos e reconhecidos. Conhecer e apropriar-se dos espaços públicos pode trazer importantes mudanças nas condições estruturais da infância. (AZEVEDO 2017, RHEINGANTZ 2017, TÂNGARI 2017). Segundo Carvalho e Lansky (2017 p.48) “Vive-se hoje o resultado de um processo de urbanização e crescimento dos grandes centros, caracterizado pela exclusão das crianças pobres e pela crescente perda de autonomia nos espaços públicos de socialização.”
Encurralados em casa, nos condomínios, nas comunidades e nos shoppings, as crianças
têm que, mais cedo ou mais tarde, se aventurar pela cidade transferindo para ela seja uma distância medrosa, seja uma apropriação predatória. Em ambos os casos, a cidade é percebida como obra dada de antemão, finalizada sem a sua participação. Desta forma, tomada como pronta, cujo formato final parece assustador, à cidade só cabe a reserva de seus habitantes, abrigados na segurança da vida privada, ou no desfrute calculado, aproveitando daquilo Wque a cidade tem de bom para ser consumido. (CASTRO, 2013, P. 145- 146). É necessário que o espaço público tenha outros valores, além dos atribuídos a
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Imagem 13: A rua da Escola não é espaço para a criança. (Fotografo Fabio Mariz Gonçalves, apud AZEVEDO 2016, RHEINGANTZ 20016, TÂNGARI 2016).
ele no cenário atual que vivemos. Não pode mais ser palco de desigualdades sociais e de medo. E é através da educação, que podemos reverter o que vivenciamos hoje em dia. Quando o aprendizado ultrapassa o limite dos muros, ele se torna integral. O estudante passa a entender que ele faz parte de um
todo e não de um sistema individualista. Fica explicito que ele pertence a algum lugar e que é necessária a convivência com a diversidade, aprendendo assim, a lidar com ela. A partir disso, consegue se tornar um indivíduo integro, com opiniões e respeito ao próximo.
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1.4. ESCOLA COMO OBJETO DE VÍNCULO COM A CIDADE
O
reconhecimento da criança como protagonista no processo educacional ao atuar como produtora e consumidora de cultura no espaço público, é de extrema importância para poder gerar o sentimento de apropriação, pertencimento e identidade (AZEVEDO 2016, COSTA 2016, RHEINGANTZ 2016.). Nota-se que a escola tem um grande poder, que para muitos é invisível ainda, de influenciar a formação de territórios educativos. É a partir dela, que se pode disseminar a educação, integrando-a com o território. Aprender com e no território em que está inserido precisa urgentemente estar nas pautas educacionais brasileiras. Pode-se dizer então que “o direito a cidade é um direito ativo e que, ao ser praticado conforme nossas necessidades e nossos desejos coletivos, recriamos nossas vidas e podemos decidir por maneiras alternativas de sermos humanos” (FARIA, 2016, p.32).
“Nosso pressuposto é que esse conjunto de relações, interações e contradições que envolvem uma diversidade de atores constitui uma rede social composta de “centros irradiadores” (as escolas), de fluxos e percursos, das instituições parceiras, das áreas livres e áreas residuais, enfim, lugares pedagógicos construídos pelo cotidiano da escola e do bairro, e qualificado por valores colaborativos e relações de convivialidade entre vizinhos” (VIDAL, 1997). É através da integração desses espaços, ambos públicos, mesmo que a escola muitas vezes não seja classificada como de todos, que possibilita a experiencia do contato com o
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diferente, o externo. Desta forma, humanizando o que hoje em dia muitos classificam como assustador: a cidade. Segundo Faria (2016, p. 39) “...é o território usado, humanizado, solidário e aproximativo que o desenvolvimento integral da primeira e de todas as infâncias carecem.” Por isso, o importante papel da escola como objeto de vínculo. É necessário “ampliar o olhar na perspectiva dos territórios educativos escolares e urbanos, e criarmos metodologias projetuais que produzam escolas e cidades menos confinantes e mais integradoras”. (FARIA, 2016, p.41).
Imagem 14: Perspectiva do projeto “Rua Educadora” na Escola Municipal Bolívar (Autora do projeto, apud AZEVEDO 2016, RHEINGANTZ
“Desafiando-nos a inventar algo que não temos, uma organização e uma estrutura específica, que respeite, não violente os processos de formação, socialização, desenvolvimento pleno, de aprendizagens próprios do tempo humano, social, cultural,
indenitário da infância.” (ARROYO,2011, p.191)
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criatividade, convivência nas diferenças, produção cultural, exercício de cidadania e diálogo com a sua própria identidade cultural. Por isso, sua extrema importância.
“Colocar” as escolas nas ruas, é um meio de fazer a cidade pertencer mais as crianças e aos seus aprendizados. Dizer colocar nas ruas, significa usar o território como um importante meio de aprendizagem, interação,
“A escola que se entende transformadora e parte do território educativo, do tecido urbano e social, é promotora de novos tempos, espaços e sentidos do fazer pedagógico na escola e na cidade, e dá forma com as suas práticas a uma cidade educadora. Nessa descoberta do potencial educador da escola, ela e a cidade se conectam, porque se percebem parte de um mesmo tecido urbano que influencia e é influenciado pelas mesmas políticas e ações.” imagem 14
(GOULART, 2016 p.72)
1.5. ANÁLISE PERANTE AO OBJETO DE ESTUDO
A
través da fundamentação teórica citada anteriormente, é possível constatar o tamanho da importância e necessidade de uma educação realizada de forma integrada ao espaço público. A situação precária em que se encontra a praça localizada em frente a Escola Estadual Expedicionários Brasileiros e os grandes muros presentes no edifício deixa evidente que a educação pública no Brasil não concede a importância necessária à essa temática. Visto que grande parte dos prédios institucionais e a pedagogia de ensino inserida na escola, valoriza a educação intramuros e sem interferência da comunidade, como é o caso do objeto de estudo. Penso que é através de uma digna infraestrutura e do espaço projetado para a convivência e integração que o vínculo educação, comunidade e espaço público é potencializado. E com esse potencial, a educação tem a capacidade e os
instrumentos necessários para ser muito mais íntegra e humana. O objeto de intervenção estudado aqui, tem muita aptidão para receber um projeto com as premissas citadas anteriormente, visto que possui uma praça em sua frente e um antigo vínculo muito forte entre o bairro e a escola, o qual foi acabado através das mudanças de direções da Escola Estadual citada e que serão explicados e descritos posteriormente, ao longo do trabalho. Em suma, o espaço escolar projetado para dar abertura à interferência do entorno em seu interior tem grande capacidade para iniciar a transformação de uma sociedade mais democrática e aberta às diversidades. Sendo assim, o pátio, local onde acontece tamanha integração entre os alunos e professores, passa a ser o objeto designado a realizar essa função de ligação entre a cidade e a escola.
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REFERÊNCIAS PROJETUAIS
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2.1. CENTRO EDUCACIONAL CRIXÁ
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Projeto: Centro Educacional Crixá Autores: Escritório de Arquitetura Arqbr Data do concurso: 2018 Premiação: primeiro lugar Local: Brasília – DF Imagem 15: Perspectiva Geral. Fonte: Arqbr
Área construída: 6.450m²
Segundo os profissionais, “o projeto do centro educacional parte da premissa de que a escola é um equipamento de transformação social, deve ser concebida como um centro de convivência, um espaço aberto a comunidade, vivo e útil por todo o dia.”
IMPLANTAÇÃO | VOLUMETRIA
Foi necessário pensar em uma solução para os nove metros de desnível entre os extremos do terreno sem deixar de perder o objetivo inicial e sem deixar de favorecer os acessos, integrando-os com a calçada ao redor.
LÂMINA MODULAR REPOUSADA SOBRE O SOLO NA PORÇÃO MAIS ALTA DO LOTE BASE CONSTRUÍDA, LOCAL ONDE APOIA A LÂMINA MODULAR PONTO MAIS ALTO DO TERRENO
A proposta foi um edifício com três níveis distintos. Nota-se nas imagens ao lado, que o térreo inferior e intermediário, são uma extensão das calçadas, se tornando acessos receptivos. Já o Térreo superior, é a parte mais reservada da escola. Depois de criados os platôs, o programa da escola foi distribuído de acordo com as relações de intimidade estabelecidas com o público através de seus níveis, o que será explicado a seguir. A volumetria do edifício se baseia em uma lâmina modular repousada sobre o solo na porção mais alta do lote e apoiada em uma base construída..
TÉRREO SUPERIOR
TÉRREO INTERMEDIÁRIO ENTRADA CONVIDATIVA
PONTO MAIS BAIXO DO TERRENO TÉRREO INFERIOR ENTRADA CONVIDATIVA imagem 16
Imagem 16 Módulos de Implantação. Fonte: Arquivo pessoal realizado com imagens do Arqbr
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
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Imagem 17: Corte Longitudinal. Fonte: Arqbr Imagem 18 Módulos de implantação Fonte: Arquivo pessoal realizado com imagens do Arqbr
imagem 18 LÂMINA MODULAR REPOUSADA SOBRE O SOLO NA PORÇÃO MAIS ALTA DO LOTE
BASE CONSTRUÍDA, LOCAL ONDE APOIA A LÂMINA MODULAR
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ACESSOS
ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS
Conforme já dito anteriormente, os acessos ao Centro Educacional se dão de maneira convidativa e dão a sensação de uma extensão da calçada aos estudantes e a comunidade. Além de dessas entradas, existe o estacionamento, o qual da acesso a entrada de serviços e professores.
Térreo Inferior, conforme dito anteriormente, é a parte publica da escola. Há a presença de um pátio aberto, uma quadra poliesportiva e espaços destinados a população da cidade. São ambientes completamente integrados com o exterior da escola, permitindo a visualização de seu interior por pessoas que por ali passam e dando a elas a vontade de entrar para vivenciar e conhecer o local.
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PÚBLICO
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Já o térreo intermediário, é a parte administrativa e de apoio da escola. Esta, tem acesso ao estacionamento e a entrada de serviços. Mas, além disso, é um local que também possuí uma entrada convidativa e é integrado ao espaço público citado anteriormente, através de amplas rampas de acesso. Visto isso, o local não deixa de ser público, porem, as suas premissas de implantação o coloca em um patamar um pouco mais restrito, podendo ser chamado de semi publico.
SEMI PÚBLICO
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Imagem 19 : Acessos. Fonte: Arqbr Imagem 20: Perspectiva esquematizada térreo inferior. Fonte: Arqbr
ESTACIONAMENTO ACESSO SERVIÇOS
ALUNOS COMUNIDADE
ALUNOS COMUNIDADE
Imagem 21:Perspectiva esquematizada térreo intermediario .Fonte: Arqbr
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
imagem 22 Imagem 22:Perspectiva quadra Poliesportiva .Fonte: Arqbr Imagem 23:Perspectiva integração entre os pavimentos. Fonte: Arqbr. Imagem 24: Perspectiva acesso térreo intermediário. Fonte: Arqbr.
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Térreo superior, voltado para o pátio interno, é reservado para as funções pedagógicas da escola. O fato de ser “privado” é que é um local mais reservado para o processo de aprendizagem dos alunos. Nele se localizam as salas de aulas. O acesso a este pavimento é realizado através de rampas amplas e integradas que se originam no térreo intermediário. Pelo fato que não ter abertura direta a rua, pode-se dizer que é um local mais privado.
RESERVADO
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Imagem 25: Perspectiva esquematizada térreo superior/ Fonte: Arqbr Imagem 26: Perspectiva pátio intErno.Fonte: Arqbr Imagem 27: Perspectiva sala de aula. Fonte: Arqbr
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
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CIRCULAÇÃO
É perceptível durante todo o projeto, o uso de rampas extensas e amplas, integrando os ambientes e seus diferentes níveis. Fazendo com que o lugar se torne um local de agradável e fácil circulação. Além disso, a ventilação se da de forma cruzada, visto a variedade de espaços abertos e brises usados nas fachadas ABERTURAS
Imagem 28 e 29 :Perspectiva circulação interna. Fonte: Arqbr Imagem 30: Perspectiva aberturas. Fonte: Arqbr
É interessante notar que além das dos acessos e dos programas, a relação com as fachadas dos ambientes também mudam de acordo com os níveis do edifício. Nos locais mais reservados, foram propostas soluções para evitar a visibilidade da rua. imagem 30
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Já nos ambientes mais integrados a cidade, as fachadas foram escolhidas para garantir esse olhar e integração com o externo.
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Em alguns casos, até retirando elas, como podemos notar nas entradas., como podese observar na imagem abaixo.
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BALANÇO EM PERFIS I
ESTRUTURA | MATERIALIDADE
Em relação a estrutura, foi pensado em um sistema metálico de 6x12m com duplo balanço em perfis I , se adequando a produção industrial e favorecendo a rápida montagem e dimensionando perfeitos espaços escolares. Junto com essa estrutura, é integrado a ela o sistema de vedação em tijolos maciços. Existe então uma combinação entre tecnologias do metal e da cerâmica. RELAÇÕES E ITENS APROPRIADOS AO OBETO DE ESTUDO
A escolha desse projeto de referência foi realizada pois, ao estuda-lo, é notável a extrema importância que se da ao fato de integrar a comunidade com o Centro Educacional. Isso se da pelo fato das aberturas, dos acessos, da quadra poliesportiva e o pátio como objeto de vínculo com o bairro, de
acordo com a implantação posposta a estes. Além da circulação ampla e convidativa entre os pavimentos e os ambientes sem perder a privacidade necessária na hora dos estudos. O modo como foi solucionada a relação público / semi publico / reservado com a existência de uma integração dos ambientes e do interno x externo, foi extremamente válida e s itens apropriados no anteprojeto que será desenvolvido nesse trabalho. Além disso, as rampas extensas e amplas, o sistema estrutural metálico, o uso de brises e a vedação em tijolos maciços também serão apresentados ao longo do desenvolvimento desse trabalho.
Imagem 31: Perspectiva balanço em perfis I. Fonte: Arqbr
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2.2. ESCOLA CLASSE CRIXÁ
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Projeto: Escola Classe Crixá Autores: Escritório de Arquitetura 24 7 – SP. Data do concurso: 2018 Premiação: Menção Honrosa Imagem 32: Perspectiva Pátio Integrado. Fonte: 24 7 arquitetura
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Local: Brasília - DF. Área do terreno: 8.000 m²
O projeto parte da premissa de que o aprendizado é como passagem, encontro e troca entre alunos e professores, de maneira igualitária. O projeto é baseado em um “desenho que expande os limites entre educação e escola, apostando em um conceito de espaço que ampliem a relação entre edifícios e contextos, entendendo toda a territorialidade como base para a discussão e aprendizagem”.
IMPLANTAÇÃO | VOLUMETRIA | ACESSOS
O edifício é implantado quase em toda a totalidade do terreno, de forma que é a partir do átrio central que existe uma conexão entre o pátio jardim e o pátio coberto. Tudo projetado de maneira integrada e havendo uma intensa relação entre interior e exterior, dando a sensação de extensões de salas de aula e de liberdade aos alunos que ali irão estudar. Os acessos se dão de maneira convidativa, sempre instigando o olhar do estudante para fora da escola e da comunidade para dentro da escola. Reconhecendo a necessidade de um equipamento ponte entre educação e comunidade. Ponto importante que pode ser relacionado com o objetivo desse trabalho, essa integração com o externo e com os habitantes do bairro.
ACESSO FUNCIONÁRIOS E ESTACIONAMENTO
ACESSO ALUNOS
Imagem 33:Implantação evidenciando acessos.Fonte: Arquivo pessoal realizado com imagens do 24 7
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ACESSO ALUNOS
Imagem 34: Perspectiva acesso ao edifício. Fonte: 24 7 arquitetura
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
CONFORTO AMBIENTAL
Em relação ao conforto ambiental, o projeto enfatiza a mescla entre construções e espaços vazios, fazendo a adição e subtração de volumes, garantindo o respiro do edifício através de sombras e permeabilidade do solo. A utilização de brises e chapas metálicas no entorno do edifício, amenizam a velocidade do ar no interior da unidade e filtram a intensidade dos raios solares. Imagem 35: Implantação esquemática. Fonte: Arquivo pessoal realizado com imagens do 24 7 Imagem 36: Perspectiva evidenciando cobertura afastada da laje. Fonte: 24 7 arquitetura
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A cobertura se afasta da laje ganhando movimento permitindo que o ar quente que nela incide seja renovado, garantindo maior conforto térmico. Além disso, toda a ACESSO ALUNOS estrutura metálica e cobertura são revestidas com pintura branca para refletir a radiação e reduzir absorção de calor.
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ACESSO FUNCIONÁRIOS
ACESSO ALUNOS
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FECHAMENTOS E ABERTURAS
Nos elementos de fechamento, existem uma transparência, como pode-se observar na elevação e na imagem ao lado. Isso acontece para estender o olhar do estudante para além daquilo, mas ao mesmo tempo o convidando a pertencer aquele lugar de abrigo. Nas salas de aula há a presença de vidros, estabelecendo muita relação com o que acontece fora do local e consequentemente ampliando os ambientes. Sempre enfatizando e tendo como premissa a integração do interior com o exterior do edifício e dos ambientes, ressaltando a importância da convivência ampla.
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Imagem 37: Elevação.Fonte: 24 7 arquitetura Imagem 38 : Corte Longitudinal Fonte: 24 7 arquitetura Imagem 39: Perspectiva fechamentos sala de aula Fonte: 24 7 arquitetura
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS
Observa-se através das plantas, a extensão do pátio. Este, vai do meio das salas de aula até a quadra poliesportiva e a calçada, moldando um lugar único de convívio e comunicativo com todo o programa do edifício. No primeiro pavimento, ele é mais restrito ao público, mas mesmo assim, não deixa de evidenciar tamanha integração.
Imagem 40 : Planta programa pavimento térreo. Fonte: Arquivo pessoal realizado com imagens do 24 7 Imagem 41 : Planta programa pavimento superior. Fonte: Arquivo pessoal realizado com imagens do 24 7
ACESSO AO PAVIMENTO SUPERIOR ÁREA INTEGRADA AO EXTERNO. LOCAL QUE CONTÉM QUADRA POLIESPORTIVA, AUDITÓRIO, VESTIÁRIO, CANTINA, ÁREA DE CONVIVÊNCIA E DE ÁREA ADMINISTRATIVA SALAS DE AULAS E DE ESTUDOS, BIBLIOTECA INFORMÁTICA E LABORATÓRIO
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CIRCULAÇÃO
O projeto tem como proposta uma circulação bastante livre, permitindo os usuários do edifício a sentir liberdade de ir e vir, sem propor um caminho especifico a ser seguido. O acesso para o pavimento superior é efetuado através de rampas amplas, lúdicas e coloridas. Fazendo com que o “caminhar” seja prazeroso e satisfatório. imagem 43 imagem 42
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Imagem 42: Perspectiva circulação para pavimento superior. Fonte: 24 7 arquitetura Imagem 43: Perspectiva circulação livre. Fonte: 24 7 arquitetura Imagem 44: Perspectiva circulação livre. Fonte: 24 7 arquitetura
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
metálica, as grandes aberturas em vidro (tanto das salas de aula, quanto dos ambientes comunitários), as grandes rampas e o uso de brises são itens que também serão abordados na elaboração do Centro Educacional Integrado.
ESTRUTURA E MATERIALIDADE
O edifício apresenta uma estrutura modular metálica de montagem rápida, fácil e de baixo custo.
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RELAÇÕES E ITENS APROPRIADOS AO OBJETO DE ESTUDO
O modo com que o programa do edifício é disposto, a forma de integração aderida e a livre circulação presente no projeto escolar são fatores importantes que levaram a escolha desta referencia. São diretrizes projetuais que influenciam e incentivam o aprendizado de forma comunitária e a convivência entre os indivíduos que usufruem o local.
Imagem 45:Corte esquemático estrutura.Fonte: 24 7 arquitetura Imagem 46:Perspectiva estrutura modular. Fonte: 24 7 arquitetura
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O átrio central presente no edifício será uma premissa para o desenvolvimento do anteprojeto estudado aqui. A estrutura
Outro fator muito relevante que também é uma referencia, é a conexão e a integração do pátio jardim e do pátio coberto, o modo com que ambos foram implantados favorece a convivência entre alunos, professores e comunidade. Além de reafirmar a importância do aprendizado fora da sala de aula, em espaços cobertos e abertos.
2.3. CENTRO COMUNITÁRIO
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REHOVOT
Projeto: Centro Comunitário Rehovot Autores: Escritório arquitetura K. E. Architects Data do projeto: 2016 Local: Israel
Um dos objetivos da equipe, era que o equipamento fosse extremamente convidativo para quem estivesse passando pelo local, e não um espaço destinado somente aos usuários das atividades. O posicionamento dos edifícios entorno do pátio protegido é um dos partidos do projeto para exercer essa função anteriormente dita..
Imagem 47 : Centro comunitário Rehovot Fonte: Archdaily
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Imagem 48 : Implantação Fonte: Archdaily Imagem 49: Complexo comunitário Rehovot. Fonte: Archdaily
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CONFORTO AMBIENTAL | IMPLANTAÇÃO
Observa-se que os edifícios foram implantados com o propósito de não existir um limite claro imposto entre o lote e a rua, e sim uma maneira de atrair os habitantes da região para dentro do terreno e posteriormente, para dentro do edifício. Além do centro comunitário , existiu também a construção de uma biblioteca que atua como um centro de multimidia. Além desses dois edifícios presentes no lote, no seu entorno também existem muitos equipamentos, os quais geram uma interação dos habitantes do bairro com eles. Em relação ao pátio, ele é parcialmente sombreado ao longo do ano e o modo com que os edifícios estão posicionados faz com que este seja também protegido dos ruídos das ruas.
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ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS | ACESSOS | CIRCULAÇÃO
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ALA PARA ESTUDOS OFICINA DE ARTESANATO BIBLIOTECA | MULTIMIDIA
O edifício conta com um extenso programa para a população. No local existe: estúdios de dança, musica, esportes, oficina de artesanato, auditório, biblioteca, salas para artes marciais, salão multifuncional e ala para estudos de jovens. Os dois blocos de edifícios foram projetados para operar em conjunto e separadamente e são unidos através da área de convivência entre eles. Mesmo não tendo acesso as plantas do segundo e terceiro pavimento do edifício, nota-se através da descrição acima que o amplo programa que o edifício possui é de extrema importância e se relaciona muito com objeto de estudo e pesquisa desse trabalho. São ambientes que promovem o estimulo a atividades realizadas pelos moradores, muitas vezes carentes de espaços dignos para convivência e realização dessas.
CIRCULAÇÃO VERTICAL BANHEIROS | VESTIARIOS AUDITÓRIO CIRCULAÇÃO INTERNA
O uso de cores vibrantes é bastante notável, criando ambientes internos alegres que transmitem aconchego e vontade de permanecer no local, como pode ser observado nas imagens a seguir.
Imagem 50 : Planta pavimento térreo .Fonte: Arquivo pessoal realizado com imagens do Archdaily.
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imagem 52 Imagem 51: Biblioteca e multimidia.Fonte: Archdaily Imagem 52 : Corredores de circulação.Fonte: Archdaily Imagem 53: Biblioteca e multimidia.Fonte: Archdaily
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FECHAMENTOS
As fachadas possuem bambus como elementos de sombreamento. Os chamados Brise Soleil, criam uma aparência continua ao longo do edifício e protege-o da grande intensidade solar existente no Israel. Já no interior, o Brise cria um padrão variável de luz e sobra sobre as paredes e pisos. A o mesmo tempo, quem esta passando por perto da construção consegue ver as atividades internas, acentuando ainda mais a relação com o exterior e não deixando de prezar o conforto térmico e o sentimento de aconchego. imagem 55
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Imagem 54: Fechamento em brises Fonte: Archdaily Imagem 55 :Centro Comunitário Rehovot Fonte: Archdaily Imagem 56:Centro Comunitário Rehovot Fonte: Archdaily
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RELAÇÕES E ITENS APROPRIADOS AO OBJETO DE ESTUDO
O programa proposto pelo escritório de arquitetura é de extrema importância para o objeto de pesquisa. Um local aberto para a comunidade, onde diferentes pessoas possam usufruir, é necessário atualmente no bairro estudado e foi referencia na realização desse trabalho. Visto que a associação de moradores presente no local carece melhor infraestrutura para realizar as atividades existentes ali. O sistema de fechamento, o brise de madeira , presente no edifício é uma proposta bastante interessante para o objeto de pesquisa. Além das cores vibrantes nos ambientes internos, as quais estimulam o aprendizado de forma leve e mais divertida. O pátio central, convidativo, e os edifícios implantados de modo que não exista um limite claro imposto no lote é uma premissa de
projeto do Centro Educacional Integrado. Para que deste modo a comunidade tenha acesso e se conecte ao edifício de forma mais facilitada.
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LEVANTAMENTO
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3.1. LEVANTAMENTO FÍSICO E
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LOCALIZAÇÃO
O objeto de estudo e intervenção está localizado na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. A seguir, será realizado o estudo e levantamento físico e morfológico de seu entorno.
MORFOLÓGICO DO ENTORNO
OBJETO DE INTERVENÇÃO
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IDA DR. SO
CEL CHA
BAIRRO SÃO JOSÉ
I RUR
Mapa 02 : Perímetro Urbano de Ribeirão Preto SP. Fonte: Google Earth
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Mapa 01:Bairros São José e Jardim Roberto Benedetti. Fonte: Arquivo pessoal realizado com mapa aerofotogramétrico de RP.
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RODOVIA ANHANGUERA
BAIRRO JARDIM ROBERTO BENEDETTI
mapa 02
USO DO SOLO
Os bairros São José e Jardim Roberto Benedetti, são predominantemente residênciais, visto que o São José é uma COHAB fundada em 1985. Além disso, o comércio é de caráter local, há a presença de estabelecimentos que atendem as primeiras necessidades dos habitantes. Os serviços
presentes nos bairros, em sua grande maioria, são pessoas que atendem em suas próprias residências, tais como: pequenos bares, manicures, mecânicos e etc. Os grandes serviços situados perto da rodovia Anhanguera estão voltados para peças automotivas, caminhões, entre outros.
RESIDENCIAL COMÉRCIO SERVIÇO INSTITUCIONAL VAZIO ÁREA VERDE INDUSTRIAL
Observa-se pelo mapa, a considerável presença de áreas institucionais, visto que três delas são escolas. Um Centro de Educação Infantil Municipal, uma escola particular, e o objeto de pesquisa: Escola Estadual Expedicionários Brasileiros, a qual atende alunos do
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ensino fundamental e ensino médio. Essa ultima, é frequentada por habitantes do São José e outros dois bairros do entorno : Jardim Roberto Benedetti e Manoel Penna. De um modo geral, pode-se concluir que o São José é um bairro que atende as principais necessidades dos indivíduos que moram ali (e no entorno também), proporciona uma boa quantidade de áreas verdes com praças aos moradores, porém, descuidadas e com falta de infraestrutura. Nele, há também a presença de um centro comunitário em um lote institucional (o qual será detalhado ao longo do trabalho) e uma UBDS. Recentemente, é notável a crescente quantidade de condomínios fechados ao redor do bairro, em sua grande maioria, pequenos prédios.
Mapa 03 : Uso do Solo. Fonte: Arquivo pessoal realizado com mapa de loteamento de RP.
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OCUPAÇÃO DO SOLO
Como já dito anteriormente, o bairro São José foi construído como uma COHAB. Por isso, as residências foram construídas de modo simples e padronizados, com gabarito baixo e pouca área construída, como ilustrado no mapa aerofotogramétrico abaixo.
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Imagem 57: Aerofotogramétrico de Ribeirão Pretocasas COHAB quando foram entregues aos moradores. Fonte: Prefeitura de Ribeirão Preto.
Com o passar dos anos, as residências foram submetidas a reformas, pelos indivíduos que nelas moravam e moram. Visto isso, os edifícios passaram a ocupar maior parte do lote e um muitos casos, a totalidade dele, como pode ser visto no mapa figura fundo na próxima página. Visitando o local, observase que são poucos os lotes que mantiveram as casas originais da COHAB. A maioria delas
53
foram submetidas e reformas, e possuem hoje uma maior área construída. Em relação ao gabarito das edificações, são baixos, de no máximo dois pavimentos (com exceção dos conjuntos habitacionais implantados recentemente), outra ponto que mudou desde que as casas foram entregues.
TÉRREO DOIS PAVIMENTOS QUATRO PAVIMENTOS
Mapa 04: Figura Fundo. Fonte: Arquivo pessoal realizado com mapa de loteamento de RP.
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mapa 05
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Mapa 05: Gabarito. Fonte: Arquivo pessoal realizado com mapa de loteamento de RP.
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SISTEMA VIÁRIO
As vias do entorno fornecem bons acessos aos bairros, visto que ambas são vias expressas e ligam Ribeirão Preto a outras cidades. Mais a dentro, as vias de maiores movimentos são as coletoras, as quais captam o fluxo das expressas, levando aos bairros e interligandoos. As vias locais são de baixo fluxo, conectando o bairro em seu interior. Todas são de mão dupla e possuem uma largura e um trafego suficiente para serem aptas a essa função. Mapa 06: Hierarquia Física. Fonte: Arquivo pessoal realizado com mapa de loteamento de RP. Mapa 07: Hierarquia Funcional. Fonte: Arquivo pessoal realizado com mapa de loteamento de RP.
VIA EXPRESSA PRIMEIRA CATEGORIA
VIA DE ALTO FLUXO
VIA EXPRESSA FUNDO DE VALE
VIA DE MÉDIO FLUXO
VIAS COLETORAS
VIA DE BAIXO FLUXO
VIAS LOCAIS
Uma observação importante é que no recorte a baixo não há a presença de semáforos, com exceção de dois na Av. Dr. Celso Charuri. Por serem vias de baixo fluxo, os habitantes conseguem usar a bicicleta como um meio de transporte, porém, é inexistente a presença de vias especificas de acesso as bicicletas em todo o recorte ao lado.
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TRANSPORTES
No mapa ao lado, destaca-se os pontos de ônibus presentes na área e suas respectivas linhas. Aspecto importante para ser analisado, pois, são através deles que percebemos a conexão dos habitantes do entorno com o objeto de estudo. O fato de existir um terminal urbano na praça localizada na área de intervenção, chamado Sudeste Renê Andrade, trás aspectos positivos a escola estudada. Muitos dos estudantes, em sua grande parte do bairro e dos bairros vizinhos, se conectam a escola através desse terminal e dos diversos pontos de ônibus presentes no local. Há uma diversidade de linhas presentes no Bairro São José, as quais permite um bom acesso ao bairro através do transporte público.
utilizada também, principalmente pelos jovens que habitam o local.
PONTOS DE ÔNIBUS PRÓ URB. 503 PRÓ URB. Y 53
Abaixo, um gráfico dos meios de transportes usufruídos pelos estudantes da Escola Estadual Expedicionários Brasileiros para chegar até ela. Vale ressaltar que muitos dos alunos moram no bairro ou em bairros vizinhos e por isso, não necessitam de um meio de transporte até o local.
PRÓ URB. 236 PRÓ URB. 403
mapa 08 Mapa 08 : Linha de Ônibus da Região.Fonte: Arquivo pessoal realizado com mapa de loteamento de RP.
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Além dos ônibus, o transporte automotivo individual é bastante presente no local pelos moradores do bairro, pois muitos, trabalham fora do recorte abaixo. A bicicleta, é muito
Gráfico 01:Meios de transportes dos estudantes para a Escola.Fonte: Arquivo pessoal realizado através de entrevista com inspetora da escola. Imagem 58 : Terminal Sudeste Renê Andrade localizado na Praça.Fonte: emribeirao.com
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SOLO E VEGETAÇÃO
A presença do córrego Retiro Saudoso na região, faz com que a área recortada tenha um declive em direção a ele. Além disso, a drenagem natural corre também para o córrego, conforme o mapa de Solo a seguir. A respeito dos lotes dos objetos de intervenção (praça e escola) , serão detalhados posteriormente, ao longo do trabalho. Os ventos dominantes tem direção sudeste/noroeste.
Mapa 09: Solo. Fonte: Arquivo pessoal realizado com mapa de loteamento de RP. Mapa 10: Vegetação. Fonte: Arquivo pessoal realizado com mapa de loteamento de RP.
Conforme já dito na análise do mapa de uso do solo, há na região uma grande presença de áreas verdes, que pode ser observada posteriormente no mapa de Vegetação. Muito disso se da pelo fato do local ser Zona Urbana Restrita e vulnerável á ocupação intensa devido a ser área de afloramento ou recarga do Aquífero Guarani. Existe, além disso, as APP’s presentes ao longo do córrego
retiro saudoso. Infelizmente, as áreas verdes destinadas ao lazer dos habitantes estão, em sua grande maioria, descuidadas.
SENTIDO AGUAS PLUVIAIS SENTIDO VENTO
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mapa 09
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EQUIPAMENTO URBANO
A respeito dos equipamentos urbanos existentes na área, existe somente uma Unidade Básica de Saúde, visto isso, ela atende os habitantes dos três bairros presentes: São José, Manoel Penna e Jardim Roberto Benedetti. Relacionando diretamente com o objeto de estudo, as escolas presentes no local, são de escala cidade, pois não atendem somente moradores dos bairros que estão inseridas. Há, por sinal, uma relevante quantidade, tendo em vista o tamanho da área recortada. Porém, apenas três delas são públicas.
ÁREAS VERDES
[M]
IGREJAS ESCOLAS UBDS POSTO DE GASOLINA CENTRO COMUNITÁRIO POSTO POLICIAL
[M] [P]
ESCALA VIZINHANÇA ESCALA BAIRRO
[P]
ESCALA CIDADE
[E]
ESCALA TERRITORIAL
PARTICULAR
O bairro Manoel Penna e São José possuem centros comunitários os quais proporcionam variadas atividades aos moradores do bairro. Porém o do bairro onde se localiza a Escola Estadual Expedicionários Brasileiros, o São José, carece de uma melhor infraestrutura visto que promove importantes ações na comunidade.
MUNICIPAL
ESTADUAL
mapa 11
0m
200m 300m
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Mapa 11 : Equipamento Urbano.Fonte: Arquivo pessoal realizado com mapa de loteamento de RP.
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
3.2. LEVANTAMENTO OBJETO DE
INTERVENÇÃO
Área do terreno: 6.655 m² Área construida: 2.119 m² Restrições de loteamento: Gabarito básico/máximo: 10 / 21 metros Taxa de ocupação: 80% do lote C.A.: 3x a área do terreno Área permeável: 15% do lote Recuo Frontal: H/6 minimo 5 metros Recuo lateral e fundo: R= H/6 maior ou igual a dois metros
°
°
GA O BRA
OUZA
76.53M
O DE S
ION O VAS
76.53M
76
IN ATURN RUA S
90
61.57M
LIN NGELO RUA A
OLI
DI BIAS
ARIBAL
RG OFESSO RUA PR
RIVALD
ZUR : Zona de urbanização restrita. São áreas frágeis e vulneráveis a ocupação intensa. Áreas de afloramento ou recarga das Formações Botucatu – Pirambóia (Aquífero
Guarani), segundo o Plano Diretor e Código do Meio Ambiente.
RUA O
Mapa 12: Planta de Situação da Escola Estadual Expedicionários Brasileiros.Fonte: Arquivo pessoal realizado com mapa aerofoto gramétrico de RP.
A área escolhida para a realização da pesquisa e do anteprojeto é a Escola Estadual Expedicionários Brasileiros, localizada na Rua Orivaldo Braga, 617, Jardim São José – Ribeirão Preto SP. A escolha dessa área foi feita pois essa escola e o bairro que esta inserida necessitam de uma melhor infraestrutura para atender os indivíduos que os frequentam, tanto alunos quanto professores e moradores. Além da necessidade de estímulo para a convivência de maneira benéfica entre eles, como já citado anteriormente. Possuindo assim, espaços vazios para execução dessas melhorias. Um dos fatos que também influenciaram a escolha da área foi a praça localizada em sua frente, a qual carece de melhores cuidados e favorece a melhoria da escola através da integração de ambas.
59
°
89 83°
61.57M
0m
25m
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R OFESSO RUA PR
75m
O
D BUEN
EDGAR
N
100m
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Imagens 59 60 61 62 63 64 65 66 67 : Levantamento fotográfico local de intervenção, praça e escola existentes. Fonte:Arquivo pessoal.
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
HISTÓRICO DO EDIFÍCIO
Com a construção do Jardim São José, um conjunto habitacional executado pela COHAB/ RP, em 1985, os moradores dos bairro e do entorno se organizaram para sensibilizar as autoridades da primeira grande necessidade, a implantação de uma Escola Pública que pudesse atender as crianças da comunidade. (JUNIOR, 2007) Paralelamente ao inicio do bairro, a Associação dos Moradores (a qual será detalhada posteriormente) foi fundada e adaptada ao funcionamento de nove salas de aula para atender emergencialmente os moradores entre 07 a 10 anos de idade. (JUNIOR, 2007) Em junho de 1986, foi aberto um processo para a construção da EEPG do Jardim São José. O prédio seria composto de cinco salas de
aula, uma sala administrativa, dois sanitários para professores , dois sanitários para alunos, depósito, cozinha, despensa e um pátio coberto. (JUNIOR, 2007) Depois de concluído em 1887, no prédio escolar, fora dos horários de aula, funcionavam: reuniões da Associação dos Moradores, atividades comunitárias (durante a semana e aos finais de semana) e as dependências ficavam abertas para o uso da comunidade. A comunidade assumiu para si a responsabilidade pelo apoio a diretoria da Escola em todas as necessidades e além disso, essa troca de conhecimentos, permitia que os alunos tinham aulas curriculares especiais em locais específicos, passeios e atividades extracurriculares, com o fornecimento de transporte aos alunos para os mais diversos locais, além da participação ativa da escola em todos os eventos estudantis da cidade. (JUNIOR, 2007). Pode-se notar a intensa
61
relação entre a escola e o bairro que esta inserida e os benefícios e qualidade de vida que isso levava aos moradores da região. Em 1989 foram realizadas reformas no prédio escolar aumentando o programa proposto anteriormente e arrumando alguns erros da primeira construção. Após isso, com a mudança de direção, o vinculo comunidade x escola foi rompido. A decisão se transformou em um confronto entre os moradores do bairro e a direção da Escola Estadual, finalizado em 1990, em um rompimento formal entre a comunidade e a escola, com a devolução das chaves das dependências escolares que ficavam também sob cuidado dos lideres comunitários. (JUNIOR, 2007). Em 1991, através de outra troca de direção, as relações entre a escola e a comunidade voltaram a tentar ser restabelecidas, porém, gradativamente.
Com as trocas muito frequentes de diretores, em 1999, nota-se a perda da qualidade pedagógica e disciplinar que a escola tinha. (JUNIOR, 2007). A escola que era referencia no âmbito de comunicação com os que a frequentavam, foi perdendo seu potencial e se tornando apenas mais uma Escola Estadual Brasileira comum, sem o diferencial que existia. Em 2002, foi executada a cobertura da quadra Poliesportiva da Escola. E em 2004 foi implantado na Escola o programa “Escola da Família” e em função disso a escola volta a ser aberta a comunidade aos finais de semana, porém não mais como uma atitude local, mas como um programa do governo. Junto a isso, nesse mesmo ano, foram instaladas classes de ensino médio, que até então eram inexistentes. (JUNIOR, 2007) Como comemoração dos 20 anos de existência do edifício, a Escola começa a passar por uma
nova reforma em suas instalações promovidas pelo governo do Estado. (JUNIOR, 2007). Atualmente, o edifício conta com a presença de 400 alunos da primeira série até o terceiro colegial do ensino médio, no período diurno. Através de conversas com alguns moradores do bairro, pude observar que não existe mais o grande vinculo que existia entre a comunidade o edificio escolar, hoje, acontecem esporadicamente eventos que incentivam e reforçam essa relação existente no passado. A planta original do prédio, a qual será exibida na próxima pagina, sofreu três expansões no decorrer dos anos. Devido a dificuldades com o acesso a esses documentos e ao prédio, na planta a seguir esses espaços acrescentados estão somente demarcados com suas dimensões. As funções aderidas a eles são as seguintes:
EXPASÃO 01: casa do caseiro EXPASÃO 02: prolongamento do pátio EXPASÃO 03: prédio de dois pavimentos contendo banheiro feminino, masculino, sala de vídeo, biblioteca, laboratório e mais cinco salas de aula.
IMPLANTAÇÃO PRÉ EXISTÊNCIA
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE 63
A
RUA PROFESSOR GARIBALDI BIASOLI
TERMINAL URBANO SUDESTE RENÊ ANDRADE
RUA SATURNINO DE SOUZA
1
SOL DA TARDE B
2
4
13.57
3
5
B
6.76
C
6
8
RUA ÂNGELO LINO VASION
C 571,0
RUA ORIVALDO BRAGA
7 QUADRAS PINTADAS NA RUA
RAMPA DE SKATE
CAIXA D´AGUA SUSPENSA
SOL MANHÃ
574,0
573,0
IMPLANTAÇÃO FONTE: Arquivo pessoal elaborado através de documentos fornecidos pela Escola Estadual Expedicionários Brasileiros
A 572,0
RUA PROF. EDGARD BUENO
N 0m
ORELHÃO ACESSO ESCOLA SENTIDO VENTO E AGUAS PLUVIAIS
25m
50m
100m
PLANTAS | CORTES | ELEVAÇÕES PRÉ EXISTÊNCIA A
RUA PROFESSOR GARIBALDI BIASOLI
TERMINAL URBANO SUDESTE RENÊ ANDRADE
B
4
SALA DE AULA
ADMINISTRAÇÃO
SALA DE AULA
SALA DE AULA
SALA DE AULA
SALA DE AULA
RUA SATURNINO DE SOUZA
1
2
WC WC EXPANSÃO 01
3 5
WC
C
8
B
COZINHA GALPÃO
WC
6
C
EXPANSÃO 02
RUA ÂNGELO LINO VASION
DESP.
RUA ORIVALDO BRAGA
7 QUADRAS PINTADAS NA RUA
RAMPA DE SKATE
EXPANSÃO 03
CAIXA D´AGUA SUSPENSA
ELEVAÇÃO 01 FONTE: Arquivo pessoal elaborado através de documentos fornecidos pela Escola Estadual Expedicionários Brasileiros
ELEVAÇÃO 02 ELEVAÇÃO 04 FONTE: Arquivo pessoal elaborado através de documentos fornecidos pela Escola Estadual Expedicionários Brasileiros
RUA PROF. EDGARD BUENO
PLANTA BAIXA FONTE: Arquivo pessoal elaborado através de documentos fornecidos pela Escola Estadual Expedicionários Brasileiros
ELEVAÇÃO 05 FONTE: Arquivo pessoal elaborado através de documentos fornecidos pela Escola Estadual Expedicionários Brasileiros
0.55
2.73
ELEVAÇÃO 03 FONTE: Arquivo pessoal elaborado através de documentos fornecidos pela Escola Estadual Expedicionários Brasileiros
A
EXPANSÃO 01
CORTE BB FONTE: Arquivo pessoal elaborado através de documentos fornecidos pela Escola Estadual Expedicionários Brasileiros
ELEVAÇÃO 08 ELEVAÇÃO 06 FONTE: Arquivo pessoal elaborado através de documentos fornecidos pela Escola Estadual Expedicionários Brasileiros EXPANSÃO 02 0.55
ELEVAÇÃO 07 FONTE: Arquivo pessoal elaborado através de documentos fornecidos pela Escola Estadual Expedicionários Brasileiros
EXPANSÃO 01
CORTE CC FONTE: Arquivo pessoal elaborado através de documentos fornecidos pela Escola Estadual Expedicionários Brasileiros.
N 0m
25m
50m
100m EXPANSÃO 03 0.50
ORELHÃO ACESSO ESCOLA
0.55
0.50
0.55
CORTE AA. FONTE: Arquivo pessoal elaborado através de documentos fornecidos pela Escola Estadual Expedicionários Brasileiros.
1.40
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
3.3. PROGRAMA EXISTENTE NO
BAIRRO
Ao visitar a Escola Estadual Expedicionários Brasileiros e o bairro que ela esta inserida, o São José, acabou sendo possível conhecer o administrador da associação dos moradores do bairro. Foi através deste, que conheci o centro comunitário do bairro, internamente e externamente. Foi surpreendente ver que ainda existem pessoas que se dispõe a oferecer melhor qualidade de vida as outras, oferecendo de forma voluntária inúmeras atividades para os moradores do bairro, tais como: aula de dança, de luta , de musica, terapia ocupacional, atividades com cinema, festas em datas comemorativas, entre outras. Pude notar também, que muitas dessas festas e atividades tem um vínculo muito forte com a praça e a escola, ambas objeto desse estudo. Mateus, o Líder da associação comunitária, me contou que várias vezes utilizaram a praça como local dessas festividades e a escola em sua frente como um apoio, por exemplo, usando a cozinha desta para a produção de alimentos.
65
Em média, 300 alunos utilizam esse centro do bairro, sendo alguns dos bairros ao lado também. Visto isso, o mínimo que a cidade tinha que oferecer, seria um espaço de qualidade para execução dessas atividades por pessoas tão carentes, que muitas vezes veem ali, uma oportunidade de vida. Porém, me surpreendi novamente, mas dessa vez negativamente, ao ver o ambiente que utilizam para a realização disso tudo. Digo tudo, porque penso e consigo enxergar o tamanho da importância que isso tem nos dias de hoje, e o tanto que precisa de uma maior valorização. O local conta com poucos ambientes que são utilizados: o salão central, algumas pequenas salas destinadas a administração do centro, uma área externa, uma pequena cozinha, e os banheiros.
imagem 68
O salão central ilustrado na segunda imagem representa o único salão central onde acontecem as reuniões do bairro e as inúmeras aulas oferecidas. Muito do que é feito e reformado no edifício, é executado pelo Mateus, o administrador desse centro.
imagem 71
Imagem 68:Entrada da Associação Comunitária do Bairro São José. Fonte: Arquivo pessoal. Imagem 69 : Salão principal da Associação Comunitária do Bairro São José. Fonte: Arquivo pessoal.
Através dessas imagens, pode-se notar tamanha falta de estrutura do local.
Imagem 70 : Símbolo da Comunidade do Jardim São José. Fonte: Arquivo pessoal. imagem 69
imagem 70
imagem 72
Imagem 71: Vestiário da Associação Comunitária do Bairro São José. Fonte: Arquivo pessoal. Imagem 72: Área externa da Associação do Bairro São José.
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
Mapa 13 : Lotes Institucionais Bairro São José.Fonte: Arquivo pessoal realizado com mapa aerofoto gramétrico de RP.
No mapa abaixo, estão hachurados em vermelho os lotes os quais seus programas foram citados anteriormente. Pode-se notar a pequena distancia entre eles, favorece um novo programa no lote da escola, o qual será citado ao longo do trabalho. RUA FECHADA
LOTE PRAÇA LOTE ESCOLA
LOTE ASSOCIAÇÃO COMUNTÁRIA DO BAIRRO
mapa 13
67
O PROJETO
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
4.1. PROGRAMA DE NECESSIDADES
Foi conhecendo a associação comunitária do bairro e vendo tamanha interação dos moradores com ela, mesmo nas condições em que se encontra, que ficou evidente que os habitantes do entorno precisam de um local melhor para realização das atividades proporcionadas. De acordo com o documento fornecido pelo líder dessa associação do bairro, as atuais prioridades da comunidade são: Sala para assistente social, Salão de atividades comunitárias, Salão Social, Escola de Informática e Rádio Comunitária. Além disso, tendo como premissa o tamanho vínculo que existia entre associação comunitária com a escola, a praça e os moradores, a proposta desse trabalho é o projeto de um espaço que incentive essa relação existente no passado, através de um espaço adequado para isso. O objetivo foi a criação de um Centro Educacional no lote da escola (em sua extensa área vazia), vinculado com a
69
praça em sua frente. Colocando a Escola Estadual Expedicionários Brasileiros como objeto de vínculo com a cidade e seu entorno, evidenciando a importância da relação infância, espaço público, escola e comunidade. O centro comunitário do bairro, o qual conheci, descrito no levantamento, ganhou um melhor ambiente, com salas mais amplas de atividades, espaços mais bem dimensionados, local para estudo, quadra poliesportiva, biblioteca, entre outros. Tudo isso na sítio onde a escola está inserida e tendo completa integração com ela e com a praça a frente. Sempre deixando claro a importância do aprendizado em contato com a diversidade e com a comunidade. Além disso tudo, a requalificação da escola , visto que o edifício foi construído em 1987 e necessita de uma readequação de acordo com as normas atuais. Nela, também havia uma carência de locais para realização de atividades extracurriculares, tais como: sala de informática, laboratório,
salas de estudo, anfiteatro e o principal: um pátio amplo e integrado com o espaço público localizado em frente a escola. Somente o primeiro prédio (de salas de aula) foi mantido de acordo com a planta original da escola, sendo submetido a algumas reformas pra atender as novas leis e se adequar ao programa . O restante foi demolido, dando lugar a um programa mais extenso para oferecer uma melhor infraestrutura aos 400 alunos da escola, de acordo com as necessidades deles e dos moradores do bairro que irão frequentar o edifício. A praça também se adequou a um novo programa, de modo que interaja com a escola.
PRÉ DIMENSIONAMENTO DOS AMBIENTES
Tabela 01: Pré dimensio namento de áreas do setor administrativo do edifício. Fonte: Arquivo pessoal.
O programa foi distribuído entre ambientes do setor administrativo, de serviços, de circulação horizontal e vertical, de atividades extracurriculares e para comunidade e setor de salas de aula e atividades curriculares. Como ilustrado na tabela de áreas, no ornogano rama e no fluxograma seguir.
Tabela 02: Pré dimensiona mento de áreas do setor de serviços do edifício. Fonte: Arquivo pessoal.
PAVIMENTO TÉRREO
tabela 03
tabela 01
Tabela 03: Pré dimensio namento de áreas do setor de atividades extracurriculares do edifício. Fonte: Arquivo pessoal Imagem 73: Perspectiva Pavimento Térreo Estudo Preliminar. Fonte: Arquivo Pessoal.
imagem 73 tabela 02
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
Tabela 04: Pré dimenisona mento de áreas do primeiro pavimento do edifício. Fonte: Arquivo pessoal. Imagem 74: Perspectiva estudo preliminar primeiro pavimento. Fonte: Arquivo Pessoal
PRIMEIRO PAVIMENTO
SEGUNDO PAVIMENTO LIMPEZA FUNCIONÁRIOS WC DEPÓSITO
tabela 04
DESPENSA REFEITÓRIO
tabela 05
LANCHONETE
Tabela 05: Pré dimensiona mento de áreas do segundo pavimento do edifício. Fonte: Arquivo pessoal.
COZINHA VESTIÁRIO PÁTIO ABERTO QUADRA
Imagem 75: Perspectiva Estudo Preliminar segundo Pavimento. Fonte: Arquivo Pessoal Organograma: distribuição e organização dos ambientes. Fonte: Arquivo pessoal
71
PROFESSORES WC DIRETORIA SECRETARIA ALMOXARIFADO RECEPÇÃO MULTIFUNCIONAL BIBLIOTECA ANFITEATRO ASSIST. SOCIAL RÁDIO
PÁTIO COBERTO SALAS DE AULA SALA ESTUDOS WC ALUNOS imagem 74
imagem 75
PRAÇA LABORATÓRIO INFORMÁTICA Organograma
4.2. PARTIDO PROJETUAL
Integração
DIRETRIZES PROJETUAIS
Continuidade
Estabelecer uma relação que integre e incentive relações entre comunidade e escola.
Imagem 76: Perspectiva conexão praça x edificio.Fonte: Arquivo pessoal.
Espaços e circulações amplas para entrada de Conexão O projeto inicia-se com a premissa de integração da Escola com a Comunidade através do pátio e do espaço público. Por meio de sua implantação, estabelece a sensação de continuidade da calçada, realizada por uma conexão entre o edifício escolar e a praça localizada em sua frente.
iluminação e ventilação natural. Átrio central do edifício destinado ao convívio entre alunos, moradores e comunidade. Manter ao menos um edifício pré existente, podendo ser revitalizado. Ambientes distribuídos de modo que as salas de aula tenham uma relação mais privada em comparação aos outros ambientes. Acessos de estudantes e comunidade através da praça. imagem 76
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
4.3. MEMORIAL JUSTIFICATIVO
DO PROJETO
A solução para o partido do projeto se deu por meio da alta cobertura metálica localizada na entrada do edifício escolar. É através dela que é transmitida a sensação de continuidade e extensão da calçada, integrando todo o prédio com a cidade e principalmente com a praça localizada a frente. A proposta é que a Escola Estadual Expedicionários Brasileiros volte a ter o vínculo que tinha com os moradores do bairro antigamente, mas dessa vez, com um espaço digno para isso, que incentive a convivência e o aprendizado integrado ao espaço público e as relações diversas. Vale ressaltar que, os Centros Integrados, citados na fundamentação teórica sobre a breve história da arquitetura escolar brasileira, tinham esse mesmo caráter. Carregavam consigo o objetivo de oferecer ensino público integral de qualidade através das seguintes
73
soluções de projeto: uso de rampas, três pavimentos e térreo voltado para recreação e convivência. Além de ser aberto aos finais de semana para a comunidade. Além da grande cobertura metálica projetada na entrada principal do edifício, o programa da praça também foi readequado e os caminhos foram propostos de modo que garantam a continuidade da escola para a praça e da praça para a escola. São caminhos amplos, que conectam o pátio externo com o interno. Locais convidativos, com a premissa e todo o suporte para receber programas e atividades temporárias, tanto festivas incluindo a comunidade, quanto pedagógicas. São caminhos que estimulam mais ainda a conexão entre os dois equipamentos públicos presentes, enfatizando a importância da praça no aprendizado em conjunto com a comunidade.
Ao implantar e projetar o edifício, foi pensado um meio de manter pelo menos um pouco do pré existente. Este, não tem valor histórico e precisa ser requalificado. Com isso, foi concluído que somente o primeiro prédio será mantido. O mesmo, atualmente é destinado a salas de aula. Nele, foram realizadas reformas para que o novo programa proposto (área voltada para os serviços) tenha sido inserido.
Além de uma modificação na distribuição dos ambientes, houve também uma readequação de acordo com as novas leis do código de obras. A conexão entre o novo e o pré existente foi realizada através de duas coberturas metálicas em determinados locais e a colocação de brises na fachada para estabelecer uma relação de continuidade e integração de ambos, não deixando de evidenciar a diferença entre o novo e o antigo. O edifício existente manteve seus tijolos a vista e seu telhado de duas águas, somente
algumas aberturas e alvenarias internas foram readequadas. Como dito anteriormente, o restante da escola atual foi demolida e deu-se lugar a um Centro Educacional para o Bairro São José, aderindo todas as necessidades da
Planta baixa com o que será demolido do edifício existente. Fonte: Arquivo pessoal elaborado através de documentos fornecidos pela Escola Estadual Expedicionários Brasileiros. Imagem 77: Perspectiva fachada novo x existente. Fonte: Arquivo Pessoal imagem 77
0m
25m
DEMOLIDO
75m
100m
Planta baixa com o que será demolido do edifício existente.
N
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
Corte AA. Fonte: Arquivo pessoal.
Em relação a topografia, pode-se notar nos desenhos técnicos que serão apresentados, que é bem suavizada, contendo poucas curvas de níveis no sítio institucional. Porém, o nível usado como referência é o do edifício préexistente – nomeado como nível 0.00. O novo
02
01
edifício será construído neste mesmo nível e deste modo foi realizado um corte no terreno em determinado local, além de uma parte também precisou ser aterrada.
03
comunidade e dos estudantes, através de um espaço digno, conectado e integrado com a praça e consequentemente, com a cidade.
04
Planta de cobertura. Fonte: Arquivo pessoal.
75
EDIFÍCIO PRÉ EXISTENTE
Abaixo da cobertura principal, voltada para a praça, o nível está um pouco abaixo do 0.00 (nível interno do edifício), por ser uma extensão da topografia natural da praça. Como consequência disso, foram colocadas EDIFÍCIO NOVO 0m
25m
75m
100m
N
Planta de cobertura.
0m
5m
Corte AA.
10m
30m
50m
03
02
01
RUA PROFESSOR GARIBALDI BIASOLI
RUA ANGELO LINO VASION
Os ambientes foram pensados de modo
ENTRADA ADMINISTRATIVA
RUA ORIVALDO BRAGA
Existem três maneiras de acessar o edifício. A entrada de serviços se localiza próxima ao ambiente destinado a eles, pela rua Orivaldo Braga. A administrativa, local que recebera responsáveis ou pais de alunos, esta implantada na rua Professor Garibaldi Biasioli, e contará com vagas para automóveis. Já a entrada principal, é pela praça, de modo que intensifique a relação das pessoas com o espaço público. Mesmo proporcionando essa integração, existe também determinada proteção e segurança, visto que é uma escola de educação infantil também. Logo após a extensão da praça para a entrada do edifício, há presença de catracas, com o intuito de limitar e controlar a entrada de pessoas e segurança de todos.
ENTRADA SERVIÇOS
04
duas pequenas rampas nas laterais, após as catracas, para dar acesso ao edifício.
ENTRADA PRINCIPAL
RUA PROFESSOR EDGARD BUENO 0m
25m
Implantação.
75m
100m
N
Implantação. Fonte: Arquivo Pessoal.
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
Imagem 78: Perspectiva brise móvel de madeira. Fonte: Arquivo pessoal.
Imagem 79: Perspectiva brise fixo de madeira. Fonte: Arquivo pessoal.
Corte BB. Fonte: Arquivo Pessoal.
0m
que não tenha radiação solar direta nos locais de alta permanência, como as salas de aula, biblioteca e salas multifuncionais. Desta maneira, se tornam locais agradáveis, com amplas aberturas dando possibilidade a uma iluminação natural que pode ser controlada por brises de madeira verticais móveis. Já nos ambientes que recebem essa iluminação diretamente, também serão instalados esses mesmos brises. Além do conforto de iluminação transmitido por eles, o edifício adere um caráter de continuidade em sua fachada.
5m
Corte BB.
10m
30m
Somente os brises da fachada sul, são fixos por conta da inexistência de radiação solar direta no local. Na fachada oeste, onde se localiza a quadra poliesportiva, a vegetação presente ali a preserva da radiação solar aos finais de tarde, mantendo o ambiente agradável. Nessa mesma fachada, foram projetados grandes brises fixos de madeira, como elemento de vedação. As duas aberturas presentes nos lados opostos dos ambientes, permitem uma ventilada cruzada voltada para o átrio central. A mesma, também pode ser controlada pelos
50m
imagem 78
imagem 79
77
brises da fachada.
edifício novo e o existente.
O novo edifício foi estruturado com pilares H e vigas metálicas I, se adequando a produção industrial e favorecendo a rápida montagem. Junto com essa estrutura, é integrado a ela o sistema de vedação em tijolos maciços.
As lajes do edifício são nervuradas com EPS. Estas, possuem como vantagens maior economia no orçamento, permitem flexibilidade no layout do edifício e por conta do isopor, proporcionam maior efeito térmico e acústico. Além disso, as lejes também possuem um tratamento acústico e térmico especial, através de uma manta acústica que foi colocada em cima da laje e embaixo do assentamento do piso.
A rampa, a escada, e a passarela foram projetadas com estrutura metálica aparente em sua totalidade, preparadas para suportar os grandes vãos impostos pela implantação do edifício. Para a cobertura, foi pensada uma treliça metálica apoiada em pilares metálicos em suas extremidades e em pilares de concreto na parte central, os quais também suportam parte da carga da rampa. As platibandas dos blocos laterais foram pensadas para receber uma cobertura termo acústica metálica, a qual controla a temperatura e funciona como isolante acústico. Essa mesma cobertura será colocada na estrutura metálica aparente citada anteriormente e nas duas conexões entre o
Nota-se que o edifício é composto por uma mistura de estrutura metálica aparente, tijolos maciços e concreto aparente.
Imagem 80: Perspectiva estrutura metalica edificio. Fonte: Arquivo pessoal.
Imagem 81: Perspectiva estrutura e vedações edificio. Fonte: Arquivo pessoal. imagem 80 imagem 81
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
Imagem 82:Programa do edifício em esquemas. Fonte: Arquivo Pessoal.
Os três pavimentos do edifício foram implantados para receber os 400 alunos mais a comunidade em determinados períodos. A escola atende atualmente as classes de ciclo 01 (cinco salas do primeiro ao quinto ano), ciclo 02 (quatro salas do sexto ao nono ano) e ensino fundamental (seis salas, duas de primeiro colegial, duas de segundo e duas de terceiro). Visando o vínculo do edifício não só com os alunos, mas com os moradores do bairro também, o programa foi distribuído de modo que os ambientes destinados ao uso compartilhado com os moradores se
localizassem no térreo, visto que é de mais fácil acesso. Os blocos de salas de aula, estão inseridos nos outros dois pavimentos superiores, sendo assim constituída uma maior privacidade aos alunos na hora da concentração e do aprendizado dentro da sala de aula. Já os serviços, localizados no pavimento térreo do edifício, possuem um acesso próximo, na rua Orivaldo Braga, por conta da necessidade frequente de carga e descarga de alimentos, resíduos, entre outros.A área administrativa é mais restrita ao restante dos ambientes do prédio escolar (no edifício já existente), se
conectando a ele através da solução projetada entre edifício novo e o pré existente, citada anteriormente.Com essa nova implantação, as salas de aula ficaram dispostas da seguinte forma: Ciclo 01: cinco salas, 23 alunos por sala. Ciclo 02: quatro salas, 32 alunos por sala. Ensino médio: seis salas, 27 alunos por sala. O layout dessas, e de todos os ambientes, foram pensados de modo que favoreça a ventilação, a iluminação natural e amplas circulações no local, além do bem estar dos
BLOCOS COM ATIVIDADES EXTRACURRICULARES E PARA COMUNIDADE
SERVIÇO
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
BLOCOS SALAS DE AULA E ATIVIDADES CURRICULARES
ADMINISTRATIVO
CIRCULAÇÃO VERTICAL COBERTURA METÁLICA
Imagem 82
79
indivíduos que frequentam o prédio. A circulação é pouco interrompida, visto sua tamanha continuidade, conectando os ambientes do local, tanto horizontalmente, através de grandes corredores, quanto verticalmente, pela implantação de rampas e escadas abertas e bem articuladas, além dos
dois elevadores implantados no edifício, com capacidade de 600kg.
LEGISLAÇÃO
Área do terreno: 6.655 m² Área construida: 7.897 m² Gabarito: 18.60 metros Taxa de ocupação: 6.655 x 80% = 5.324m² área ocupada: 4.441 m² C.A.: 3 x 6.655m² = 19.965 m² área aproveitada: 7.897 m² Área permeável: 1.310 m² Recuos: Recuo Frontal Rua Prof. Garibaldi Biasoli: 10.35 m Recuo Lateral praça: 8.35 m Recuo Lateral Rua Orivaldo Braga: 5.35 m Recuo Fundo rua Prof. Edgard Bueno: 3.70 m
Imagem 84
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL CIRCULAÇÃO VERTICAL
Imagem 83
Imagem 83: Circulações do edifício em esquemas.Fonte: Arquivo Pessoal. Imagem 84: Perspectiva rampas e escadas edificio. Fonte: Arquivo pessoal.
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
4.4. DESENHOS TÉCNICOS
81
RUA ANTÔNIO LUÍS DE OLIVEIRA
RUA PROFESSOR GARIBALDI BIASOLI 61.57M
TERMINAL SUDESTE RENÊ ANDRADE
ÁREA QUADRA PRAÇA: 6.655M²
61.57M RUA PROFESSOR EDGARD BUENO
RUA FRANCISCO EVANGELISTA
N
PLANTA DE SITUAÇÃO. FONTE: Arquivo Pessoal 0m
QUADRA DE INTERVENÇÃO
25m
50m
100m
RUA ÂNGELO LINO VASOIN
RUA SATURNINO DE SOUZA
76.53M
76.53M
RUA ORIVALDO BRAGA
RUA EUCLÍDES VITÓRINO DA SILVA
RUA JOSÉ DA SILVA MELO
ÁREA DO TERRENO: 6.655M²
RUA ANTÔNIO BORIN
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE 83
N
IMPLANTAÇÃO. FONTE: Arquivo Pessoal ESCALA 1:500 0m
25m
50m
100m
RUA PROFESSOR GARIBALDI BIASOLI 2 B
A
TERMINAL SUDESTE RENÊ ANDRADE
04
03
i = 6.25%
02
01
i = 6.25%
TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.= 5%
TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.= 5%
TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.= 5%
TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.=
3
5%
RUA ÂNGELO LINO VASION
RUA ORIVALDO BRAGA
TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.= 5%
1
C
C TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.= 5%
TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.= 5%
TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.= 5%
TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.= 5%
TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.=
5%
TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.= 5%
D
D
TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.= 5%
B
A 4
RUA PROF. EDGARD BUENO
Forro de gesso
TERMINAL SUDESTE RENE ANDRADE
Forro de gesso
RUA ÂNGELO LINO VASION
Forro de gesso
perfil natural do terreno
RUA ORIVALDO BRAGA
CORTE DD FONTE: Arquivo Pessoal ESCALA 1:500 0m
5m
10m
30m
50m
2 B
A
-0.664
-0.514 571,043
13 BIBLIOTECA
1 COZINHA
571,24
ÁREA: 130 M²
ÁREA: 46 M²
14 REFEITÓRIO
2 LIMPEZA
ÁREA: 85 M²
ÁREA: 22.5 M² ÁREA: 22.5 M²
i = 6.25%
-0.50
-0.44
4 SALA FUNCIONÁRIOS
01
-0.90
03
02
i = 6.25%
15 CANTINA
3 DEPÓSITO
571,42
571,029
ÁREA: 43 M²
16 QUADRA POLIESPORTIVA ÁREA: 480 M²
04
ÁREA: 22.5 M² 0.00
5 WC FEMININO FUNCIONARIOS
17 PÁTIO INTERNO ABERTO ÁREA: 401 M²
ÁREA: 22.5 M² 1 0.015
2 0.015
3 0.015
4 0.015
5
6
7 0.015
9 0.015
8 0.015
10 0.015
6 WC MASCULINO FUNCIONARIOS 7 ALMOXARIFADO
19 RÁDIO COMUNITÁRIA ÁREA: 30 M²
ÁREA: 22.5 M² 0.00
8 SALA PROFESSORES
0.00
20 SALA PARA ASSISTENCIA SOCIAL
i = 8.33%
ÁREA: 46 M²
11 -0.02
15
14 0.015
13 0.015
21 VESTIÁRIO FEMININO ÁREA: 23.60 M²
ÁREA: 46 M²
0.00
22 VESTIÁRIO MASCULINO
10 RECEPÇÃO
12 -0.02
-0.80
ÁREA: 30 M²
9 DIRETORIA E SECRETARIA
-0.79
ÁREA: 94.70 M²
11 WC FEMININO
0.00
ÁREA: 23.60 M²
23 SALA INTEGRADA PARA APRESENTAÇÕES E PALESTRAS
ÁREA: 192 M²
ÁREA: 23.60 M² 0.00
-0.15
13 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01
572,024 -0.11
1
12 WC MASCULINO
24 SALA MULTIFUNCIONAL PARA A COMUNIDADE ÁREA: 62.95 M²
ÁREA: 23.60 M²
P.C.R.
P.C.R.
26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14
P.C.R.
3
ÁREA: 351 M²
ÁREA: 22.5 M² 0.00
0.00
18 PÁTIO COBERTO
P.C.R.
25 SALA MULTIFUNCIONAL PARA
-0.22
1.00
A COMUNIDADE ÁREA: 62.95 M²
17 0.00
C
i = 8.33%
C 16 0.00
572,32 0.22
i = 6.25%
i = 6.25%
18
13 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01
26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14
JARDIM EMBAIXO RAMPA
-0.10 0.33 572,54
0.00 0.00
0.00
21 -0.02
25 0.015
D
24 0.015
19 0.015 0.00
572,065 -0.07
23 0.015
D
20 0.015
22 -0.02
572,72
572,21 -0.10
572,74 0.50
B
A 4
N
PLANTA TÉRREO FONTE: Arquivo Pessoal ESCALA 1:250
0m
5m
10m
30m
50m
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE 85
2 B
A
27 WC FEMININO ÁREA: 23.70 M²
28 WC MASCULINO ÁREA: 23.70 M² 01
i = 6.25%
02
i = 6.25%
04
03
30 LABORATÓRIO DE INFORMATICA ÁREA: 62 M²
31 LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS ÁREA: 127 M²
32 SALAS DE ESTUDO ÁREA: 127 M²
33 SALAS DE AULA ENSINO MÉDIO TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.= 5%
ÁREA: 62 M²
TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.= 5%
27 8.38 33 8.415
33 8.415
33 8.415
8.40
31 8.415
30 8.415
28 8.38
13 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01
P.C.R.
P.C.R.
1
8.40
P.C.R.
P.C.R.
3
26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14
8.40
C
C
i = 8.33%
i = 8.33%
0.00
8.40
13 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01
26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14
6.20
8.40
8.40
27 8.38
33 8.415
33 8.415
33 8.415
32 8.415
D
30 8.415
8.40
D
28 8.38
N
PLANTA SEGUNDO PAVIMENTO FONTE: Arquivo Pessoal ESCALA 1:250
0m
B
A 4
5m
10m
30m
50m
2 B
A
27 WC FEMININO ÁREA: 23.70 M²
28 WC MASCULINO ÁREA: 23.70 M² 01
i = 6.25%
02
i = 6.25%
04
03
30 LABORATÓRIO DE INFORMATICA ÁREA: 62 M²
31 LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS ÁREA: 127 M²
32 SALAS DE ESTUDO ÁREA: 127 M²
33 SALAS DE AULA ENSINO MÉDIO TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.= 5%
ÁREA: 62 M²
TELHA TERMO ACÚSTICA INCL.= 5%
27 8.38 33 8.415
33 8.415
33 8.415
8.40
31 8.415
30 8.415
28 8.38
13 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01
P.C.R.
P.C.R.
1
8.40
P.C.R.
P.C.R.
3
26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14
8.40
C
C
i = 8.33%
i = 8.33%
0.00
8.40
13 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01
26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14
6.20
8.40
8.40
27 8.38
33 8.415
33 8.415
33 8.415
32 8.415
D
30 8.415
8.40
D
28 8.38
N
PLANTA SEGUNDO PAVIMENTO FONTE: Arquivo Pessoal ESCALA 1:250
0m
B
A 4
5m
10m
30m
50m
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE 87
TELHA METÁLICA TERMO ACUSTICA I= 5%
TRELIÇA METÁLICA
FECHAMENTO METÁLICO DETALHAMENTO 02
CALHA P/ CAPTAÇÃO DE AGUA DETALHAMENTO 02
TELHA METÁLICA TERMO ACUSTICA I= 5%
TELHA METÁLICA TERMO ACUSTICA I= 5%
PLATIBANDA
CALHA P/ CAPTAÇÃO DE AGUA
PLATIBANDA
BRISE VERTICAL FIXO DE MADEIRA
CIRCULAÇÃO
CIRCULAÇÃO
CIRCULAÇÃO
8.40
8.40
CIRCULAÇÃO
4.20
8.40
CIRCULAÇÃO
4.20
4.20
CIRCULAÇÃO
8.40
BRISE VERTICAL MÓVEL DE MADEIRA DETALHAMENTO 01
CONEXÃO NOVO | PRÉ EXISTENTE COBERTURA METALICA TERMO ACUSTICA DETALHAMENTO 03
CIRCULAÇÃO
4.20
EDIFÍCIO PRÉ EXISTENTE REQUALIFICADO
0.50 RUA PROF. EDGARD BUENO
CIRCULAÇÃO
0.00
CIRCULAÇÃO
0.05
0.00
0.00
CIRCULAÇÃO
0.00
RECEPÇÃO
0.05
0.00
-0.50
perfil natural do terreno
RUA GARIBALDI BIASOLI
perfil natural do terreno
CORTE AA FONTE: Arquivo Pessoal ESCALA 1:250 0m
5m
10m
30m
50m
TELHA METÁLICA TERMO ACUSTICA I= 5%
TELHA METÁLICA TERMO ACUSTICA I= 5%
PLATIBANDA
TELHA METÁLICA TERMO ACUSTICA I= 5%
CALHA P/ CAPTAÇÃO DE AGUA
PLATIBANDA
BRISE VERTICAL MÓVEL DE MADEIRA DETALHAMENTO 01
CONEXÃO NOVO | PRÉ EXISTENTE COBERTURA METALICA TERMO ACUSTICA DETALHAMENTO 03
SALA DE AULA
CIRCULAÇÃO
CIRCULAÇÃO
SALA DE AULA
8.415
8.40
8.40
8.415
SALA DE AULA
CIRCULAÇÃO
CIRCULAÇÃO
4.20
4.00
SALA DE AULA
4.215
CIRCULAÇÃO
CIRCULAÇÃO
CIRCULAÇÃO
CIRCULAÇÃO
SALA DE APRESENTAÇÕES E PALESTRAS
-0.02
0.00
0.00
0.00
0.00
0.015
-0.51 RUA GARIBALDI BIASOLI
perfil natural do terreno
CORTE BB FONTE: Arquivo Pessoal ESCALA 1:250 0m
5m
10m
4.215
WC FUNCIONARIOS
0.00
30m
50m
BRISE VERTICAL FIXO DE MADEIRA
RUA PROF. EDGARD BUENO
TRELIÇA METÁLICA
TELHA METÁLICA TERMO ACUSTICA I= 5%
TELHA METÁLICA TERMO ACUSTICA I= 5%
TRELIÇA METÁLICA
FECHAMENTO METÁLICO DETALHAMENTO 02
BRISE VERTICAL MÓVEL DE MADEIRA DETALHAMENTO 01
PASSARELA
8.40
RAMPA I= 8.33 %
RAMPA I= 8.33 %
PASSARELA
4.20
RAMPA I= 6.25 % BRISE FIXO VERTICAL DETALHAMENTO 04
RAMPA I= 6.25 % QUADRA POLIESPORTIVA
PÁTIO INTERNO ABERTO
0.00
RUA ORIVALDO BRAGA
RAMPA I= 8.33 %
0.00
0.22
-0.22
PRAÇA
perfil natural do terreno
CORTE CC FONTE: Arquivo Pessoal ESCALA 1:250 0m
FECHAMENTO METÁLICO DETALHAMENTO 02
5m
RAMPA EM ESTRUTURA METÁLICA
10m
30m
PASSARELA EM ESTRUTURA METÁLICA
50m
TELHA METÁLICA TERMO ACUSTICA I= 5%
PLATIBANDA Forro de gesso
SALA DE AULA
SALA DE AULA
SALA DE AULA
8.415
8.415
8.415
SALA DE ESTUDOS
8.415
SALA DE ESTUDOS
WC
CIRCULAÇÃO
SALA DE AULA
8.415
8.38
8.40
8.415
WC
CIRCULAÇÃO
4.18
4.20
SALA DE AULA
BRISE VERTICAL MÓVEL DE MADEIRA DETALHAMENTO 01
Forro de gesso
SALA DE AULA
SALA DE AULA
4.215
4.215
SALA DE AULA
4.215
SALA DE AULA
4.215
SALA DE AULA
4.215
4.215
BRISE FIXO VERTICAL DETALHAMENTO 04 Forro de gesso
SALA MULTIFUNCIONAL
-0.07
RUA ORIVALDO BRAGA
SALA MULTIFUNCIONAL
0.015
0.015
SALA DE APRESENTAÇÕES E PALESTRAS
0.015
5m
10m
-0.02
SALA ASSISTÊNCIA SOCIAL
0.015 perfil natural do terreno
CORTE DD FONTE: Arquivo Pessoal ESCALA 1:250 0m
VESTIÁRIO
30m
50m
0.40
0.40
PRAÇA
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE 89
PASSARELA COM ESTRUTURA METÁLICA
RAMPA COM ESTRUTURA METÁLICA
COBERTURA EM TRELIÇA METÁLICA
PILAR DE CONCRETO CONCRETO APARENTE
BRISE MÓVEL DE MADEIRA
BRISE MÓVEL DE MADEIRA
EDIFÍCIO PRÉ EXISTENTE REQUALIFICADO
RUA PROF. EDGARD BUENO RUA GARIBALDI BIASOLI
ELEVAÇÃO 1 FONTE: Arquivo Pessoal ESCALA 1:250 0m
5m
10m
30m
50m
COBERTURA EM TRELIÇA METÁLICA
CONCRETO APARENTE
BRISE MÓVEL DE MADEIRA
EDIFÍCIO EXISTENTE
BRISE MÓVEL DE MADEIRA
PRAÇA RUA ORIVALDO BRAGA
ELEVAÇÃO 02 FONTE: Arquivo Pessoal ESCALA 1:250 0m
5m
10m
30m
50m
ESCADA COM ESTRUTURA E COBERTURA METÁLICA
PASSARELA COM ESTRUTURA METÁLICA
RAMPA COM ESTRUTURA METÁLICA
COBERTURA EM TRELIÇA METÁLICA
CAIXA D'AGUA 40.000 L
CONCRETO APARENTE
ESTRUTURA METÁLICA
EDIFÍCIO PRÉ EXISTENTE
RUA PROF. EDGARD BUENO RUA GARIBALDI BIASOLI
BRISE FIXO DE MADEIRA
ELEVAÇÃO 3 FONTE: Arquivo Pessoal ESCALA 1:250 0m
5m
10m
30m
50m
COBERTURA EM TRELIÇA METÁLICA
CONCRETO APARENTE
BRISE FIXO DE MADEIRA
PRAÇA RUA ORIVALDO BRAGA
ELEVAÇÃO 4 FONTE: Arquivo Pessoal ESCALA 1:250 0m
5m
10m
30m
50m
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE 91
.20
eixo do brise chumbado na laje
peça= .50
4
peça= .50
2
4.00
3.60
eixo .52
.19
.52
.52
.52
.50
.02
.52
.50
.02
.52
.52
.50
espaçamento de 2cm entre as peças fechadas
.20
brises de .50cm
.52
rufo metálico
eixo do brise chumbado na laje .23
.05
.84 .74
calha para captação de agua
.05
telha termo acústica 1.30
DETALHAMENTO 01: BRISES VERTICAIS MÓVEIS. Esc: 1:25
3.85
vedação metálica
peças chumbadas no pilar metálico
.20 .04
DETALHAMENTO 02: COBERTURA E FECHAMENTO METÁLICOS. Esc: 1:25
estrutura metálica (pilar + treliça)
mesa
armadura de distribuição piso contrapiso manta acustica
8
.25 .20 5 15
.48
.26
armadura principal
.50
.30
.50
.50
.50
.50
.50
isopor (EPS)
viga "i" para sustentação da cobertura
nervura
.48
5.20
DETALHAMENTO 05: LAJE NERVURADA COM TRATAMENTO ACÚSTICO. Esc.: 1:25
cobertura metálica telha termo acústica
calha p/ captação de agua
DETALHAMENTO 03: CONEXÃO NOVO E EXISTENTE. TELHA TERMO ACUSTICA. Esc: 1:25
2.0
2.0
2.0
0
0
3.50
0
1.25
1.75
espaçamento de 1.75m entre os eixos dos brises 2.00 .15 DETALHAMENTO 04: BRISE VERTICAL FIXO. Esc: 1:25
.15
base toda do brise chumbada na laje
1.75
brises de 2m
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
4.5. PERSPECTIVAS
93
Imagem 85: Perspectiva externa edifício.Fonte: Arquivo pessoal.
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
Imagem 86: Perspectiva externa edifício.Fonte: Arquivo pessoal.
95
Imagem 87: Perspectiva externa edifício.Fonte: Arquivo pessoal.
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
Imagem 88: Perspectiva externa edifício.Fonte: Arquivo pessoal.
97
Imagem 89: Perspectiva externa edifício.Fonte: Arquivo pessoal.
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
Imagem 90: Perspectiva externa edifício.Fonte: Arquivo pessoal.
99
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
AZEVEDO, G.A.N.; RHEINGANTZ, P.A.; TÂNGARI, V.R. (Org). O lugar do Pátio escolar no sistema de espaços livres: uso, forma e apropriação. Rio de Janeiro, UFRJ/FAU/ PROARQ. v.2,2017, p.15-97. AZEVEDO, G.A.N.; RHEINGANTZ, P.A.; TÂNGARI, V.R. Do espaço escolar ao território educativo: o lugar da arquitetura na conversa da escola de educação integral com a cidade. Rio de Janeiro, UFRJ/FAU/PROARQ, 2016. SARDENBERG, A. Trilhas educativas: O diálogo entre o território e a escola. São Paulo, Editora Moderna. v.2, 2011. FREIRE, M. R. Arquitetura na interface com a educação: outras referências. Salvador, 2007. Dissertação (doutorado)- Universidade Federal da Bahia, Salvador.
CARVALHO, Isabella Chaves. Projeto Arquitetônico Escolar: uma proposta voltada a educação Ambiental. 2009. 227 p. Trabalho Final de Graduação (TFG) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará (FAU-UFPa). Pará, 2009. CASTELLI, Daniel da Cruz. Conforto do Pensamento: Iluminando a Educação. 2017. Trabalho Final de Graduação (TFG) – Centro Universitário Moura Lacerda Ribeirão Preto. São Paulo, 2017. GIANPAOLO, D.; VICENTINO, C. História Geral e do Brasil. São Paulo, Editora Scipione, 3° edição, 2009. JÚNIOR, W.B.B. JARDIM SÃO JOSÉ: História do Bairro. Ribeirão Preto, 2007. MORAES, César Augusto do Prado Moraes. Recursos digitais na matemática: prática
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docente na perspectiva de narrativas discentes do ensino fundamental. 2018. Pós Graduação em Educação da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). São Bernardo do Campo, 2018. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520. Informação e documentação – citações em documentosapresentações. Rio de Janeiro 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, segunda edição, 2018. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050. Acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, quarta edição, 2020.
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obtencao-de-licenciamento-ordenamentona-execucao-manutencao-e-utilizacao-deobras-e-edificacoes-dentro-dos-limites-dosimoveis-no-municipio-visando-garantir-opadrao-de-higiene-seguranca-e-confortodas-habitacoes-e-da-outras-providencias. Acesso em 26 de maio 2020. ARQUITETURA, 24 7. Projeto Escola Classe Crixá. Brasília - DF, 2018. Seção Projetos concursos. Disponível em: https://247arquitetura.com.br/projeto/1200/. Acesso em 26 de maio 2020. ARQBR.
Projeto
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Crixá. Brasília- DF, 2018. Seção Projetos. Disponível em: https://arqbr.arq.br/projeto/ centro-educacional-crixa/. Acesso em 26 de maio 2020. ARCHITECTCTS, Kimmel Eshkolot. Centro Comunitário Rehovot. Israel, 2016.
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103
CLARA VERARDO TAVEIRA
CENTRO EDUCACIONAL INTEGRADO: A ESCOLA E A COMUNIDADE
2020