TCC DE ARQUITETURA E URBANISMO - PARQUE URBANO & CENTRO DE TRIAGEM DE ANIMAIS SILVESTRES

Page 106

parque
GRA -
NA
CLARIANA BOMFIM
urbano
u
POR

UNIFACS - UNIVERSIDADE SALVADOR ESCOLA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ARQUITETURA E URBANISMO CLARIANA VIEIRA BOMFIM

A IMPORTÂNCIA DA PAISAGEM AGREGANDO PARQUES URBANOS NO PLANEJAMENTO DA CIDADE COM VIÉS AMBIENTAL: Implantação do Parque Graúna e Centro de Triagem a Animais Silvestres.

Salvador/Bahia 2022

VIEIRA BOMFIM

A IMPORTÂNCIA DA PAISAGEM AGREGANDO PARQUES URBANOS NO PLANEJAMENTO DA CIDADE COM VIÉS

AMBIENTAL: Implantação do Parque Graúna e Centro de Triagem a Animais Silvestres.

Monografia do Trabalho Final de Graduação (TFG) apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Salvador (UNIFACS), como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo

Profa. Ma. e Especialista: Manoela de Siqueira Leiro

Salvador/Bahia 2022

CLARIANA

CLARIANA VIEIRA BOMFIM

A IMPORTÂNCIA DA PAISAGEM AGREGANDO PARQUES URBANOS NO PLANEJAMENTO DA

CIDADE COM VIÉS

AMBIENTAL: Implantação do Parque Graúna e Centro de Triagem a Animais Silvestres.

Monografia do Trabalho Final de Graduação (TFG) apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Salvador (UNIFACS), como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo

Salvador, 22 de Junho de 2022

BANCA EXAMINADORA

PROFA. MA. MANOELA LEIRO UNIVERSIDADE SALVADOR

PROFA. MA. LETÍCIA RÊGO UNIVERSIDADE SALVADOR

PROFA. MA. MARGARETH MAIA CONVIDADA EXTERNA - UFBA

Dedico este trabalho aos meus pais que sempre me incentivaram.

Agradeço a Deus primeiramente, pela oportunidade de fazer o que eu realmente sonhei desde criança. Esses anos na Academia me proporcionaram conhecimento e crescimento que me despertaram ainda mais sagacidade em aprender e buscar

Obrigada Mãe, por sempre está comigo em todos os momentos, por ser minha psicóloga pessoal, com você pude dividir todos os momentos dessa caminhada, todos os pormenores, fossem eles bons ou ruins. Sem seu apoio tenho certeza que essa trajetória não seria possível. Tiveram momentos muito difíceis mas sua capacidade de ser resiliente, forte e inteligente me ensinou a persistir pelo meu objetivo.

Obrigada Pai, sempre presente e atento na minha trajetória. Nunca vou me esquecer das idas e vindas para pegar o roteiro, das ligações preocupadas e das recomendações de todos os tipos. Sempre me ensinado o certo e o errado. Os conselhos arquitetônicos sempre muito presente. Obrigada também pela grande influência sobre minha escolha profissional, sua forma responsável e inteligente me inspirou desde cedo e todo esse conjunto foi imprescindível.

Agradeço aos meus pets: Vermelhinho e Lili, que nesse tempo de pandemia principalmente, participaram do home office comigo, puderam acalmar minha ansiedade de uma certa maneira e alegram todos os meus dias sempre. Especialmente, Vermelhinho que está comigo a uma extensa caminhada dessa vida.

A minha tia de consideração e vizinha Rosana Ornelas e sua família, ela sempre me disse que a casa dela é uma extensão da minha. E me apoiou em um momento muito crucial. Sempre se lembrando de mim com muito carinho.

Aos meus amigos e colegas da UNIFACS, que tiveram nessa caminhada na universidade. Não foi fácil, mas se torna mais leve seguir quando temos pessoas que possamos dividir as mesmas alegrias e problemáticas. Em especial a Kelen Gomes, Evilen Maclen, Júlia Vitória Barbosa, Nicole Reis, Anderson Bacelar, Ingrid Souza. E também aos amigos de vida e familiares que compartilhei incertezas, indecisões, alegrias, tristezas, revoltas e que tiveram a escuta ativa e/ou me ajudaram em algum momento, mesmo com pequenos gestos, isso faz a diferença.

Aos professores e professoras que me passaram todo o conhecimento necessário para essa formação. A professora Manoela Leiro que acompanhou toda minha trajetória desde TFG I, e me deu a orientação necessária em todo o processo, para que meu trabalho fosse concluído.

Muito Obrigada!

AGRADECIMENTOS

“A natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas.” (John Wolfgang Von Goethe).

RESUMO

Esse presente trabalho aborda o âmbito de Parques Urbanos, especificamente o objeto de estudo: Parque Urbano Graúna, no bairro de Piatã em Salvador/BA. Tem como objetivo mostrar a integração de um espaço verde que oferece lazer e serviço integrado a equipamentos que atendem a demandas sociais e ambientais. Tendo como objetivo a disseminação da educação ambiental para a população, juntamente com um apoio para animais silvestres. A metodologia a ser utilizada são estudos contendo levantamento de dados socioeconômicos da região, levantamento de forças e fraquezas, além de ser utilizado também juntamente com estudos dos aspectos ambientais do terreno/entorno, estudos de três projetos de parques urbanos e referenciais teóricos referente ao tema proposto, que tragam contribuições adicionais para o trabalho. Fazendo com que se viabilize a implantação do projeto do parque urbano, para oferecer qualidade urbana à população, tendo em vista que houve uma perda desta nos últimos anos, devido ao alto grau de urbanização.

Palavras-chave: Parque Urbano; Qualidade Urbana; Educação Ambiental; Integração da Natureza.

ABSTRACT

This present work addresses the scope of Urban Parks, specifically the object of study: Parque Urbano Graúna, in the Piatã neighborhood in Salvador/BA. Its objective is to show the integration of a green space that offers leisure and services integrated with equipment that meet social and environmental demands. Aiming at the dissemination of environmental education for the population, along with support for wild animals. The methodology to be used are studies containing a survey of socioeconomic data for the region, a survey of strengths and weaknesses, in addition to being used together with studies of the environmental aspects of the terrain/surroundings, studies of three urban park projects and theoretical references regarding the theme proposed, which bring additional contributions to the work. Making the implementation of the urban park project feasible, to offer urban quality to the population, considering that there has been a loss of this in recent years, due to the high degree of urbanization.

Keywords: Urban Park; Urban Quality; Environmental Education; Integration of Nature.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Imagem 1 — Centro de Triagem de Animais Silvestres 20

Imagem 2 — CETAS em Salvador Bahia 21

Figura 1 — CETAS de Pituaçu em Salvador 21

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Imagem 3 — Post Divugado pelas Mídias Sociais sobre os Animais Silvestres 22

Mapa 1 — Piatã e Bairros Vizinhos 24

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Mapa 2 — Bairro de Piatã inserido na Prefeitura Bairro de Itapuã / Ipitanga 25

Gráfico 1 — Número de habitantes em Piatã nos anos de 1991; 2000; 2010 25

Gráfico 2 — Porcentagens de homens e mulheres no ano de 2010 26

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Figura 2 — Faixa etária no bairro de Piatã no ano de 2010 27

Tabela 1 — Fator relacionado a saúde: longevidade e mortalidade da população 28

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Mapa 3 — Densidade demográfica nos bairros que compõem a PB-IV Itapuã/ Ipitanga em 2010 28

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Esquema 1 — Renda, pobreza e desigualdade 29

Figura 3 — Renda, pobreza e desigualdade 30

Esquema 2 — Taxa de atividade e situação ocupacional 30

Gráfico 3 — Situação ocupacional da população de 18 anos ou mais de idade na UDH - Piatã 31

Gráfico 4 — Fluxo escolar por faixa etária na UDH - Piatã (...) - 2000 e 2010 31

Gráfico 5 — Fluxo escolar por faixa etária na UDH: Piatã comparativo com Salvador/BA e na RM 32

Mapa 4 — Classe de IDHM das UDHs da prefeitura bairro de Itapuã / Ipitanga para os anos de 2000 e 2010. 33

Esquema 3 — IDHM e seus indicadores 33

Esquema 4 — Evolução do IDHM 34

Gráfico 6 — Posição do IDHM da UDH - Piatã (...) - 2010 34

Figura 4 — Porcentagem dos Serviços Relacionados à Infraestrutura Urbana em Piatã. 35

Gráfico 7 — Porcentagem de Áreas Verdes em Piatã. 35

Imagem 4 — Jardins Ingleses 37

Imagem 5 — Jardim de Butchard 38

Figura 5 — Praça Municipal em Salvador 39

Figura 6 — Praças No Brasil Colônia 40

Imagem 6 — PASSEIO PÚBLICO - RJ, INÍCIO DO SÉCULO XX 41

Imagem 7 — Central Parque 42

Imagem 8 — Central Park e a cidade 43

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Figura 7 — Referenciais para o Projeto Graúna 43

Figura 8 — Planta Central Park 44

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Figura 9 — Mapa do Central Park em 1863 45

Imagem 9 — Parque Ibirapuera - São Paulo 45

Figura 10 — Referenciais para o Projeto Graúna do Parque Ibirapuera 46

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Desenho 1 — Edificações do Parque Ibirapuera 47

Mapa 5 — Masterplan do Parque Ibirapuera 48

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Imagem 10 — Parque de Pituaçu 49

Figura 11 — Referenciais para o Projeto Graúna do Parque de Pituaçu 49

Imagem 11 — Folder da Secretaria do Meio Ambiente sobre o Parque de Pituaçu 50

Mapa 6 — Localização do bairro de Piatã 52

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Figura 12 — Isometria Esquemática da Localização 53

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Imagem 12 — Escultura de Caramuru Guaçu em Piatã 54

Fotografia 1 — Tribuna da Bahia sobre Piatã: Modernização da Orla 55

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Figura 13 — Tribuna da Bahia sobre Piatã 56

Quadro 1 — Parâmetros Urbanísticos - Mapas da Lei de ocupação e uso do solo (LOUS) 57

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Quadro 2 — Análise Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) 58

Quadro 3 — Macrozoneamento & Macroárea 58

Quadro 4 — Dimensões Mínimas de Lote por Zona de Uso referente ao quadro 03 da LOUS 59

Quadro 5 — Parâmetros de Ocupação do Solo referente ao quadro 06 da LOUS 59

Quadro 6 — Coeficientes Exigidos 59

Quadro 7 — Enquadramento de Usos de Uso "Não Residencial" referente ao Quadr 07 da LOUS 60

Quadro 8 — Usos Permitidos - Zona e Via referente ao quadro 10 e 11A da LOUS 60

Planta 1 — Dimensões do Terreno - Planta Humanizada 62

Planta 2 — Dimensões do Terreno - Planta Técnica 63

Imagem 13 — Cortes e Isometria do Terreno em 64

Mapa 7 — Mapa Hipsométrico da região e terreno em estudo 65

Imagem 14 — Hipsométria do Terreno 65

Mapa 8 — Localização da Sub-bacia do Rio Passa Vaca 66

Mapa 9 — Sub-bacia do Rio Passa Vaca - Hipsometria 67

Mapa 10 — Mapa da Tipologia das Edificações / Zoneamento 68

Mapa 11 — Mapa de Classificação Viária - Trecho Menor 69

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Mapa 12 — Mapa de Classificação Viária - Trecho Maior 70

Quadro 9 — Sistema Viário: Estudos do PDDU 71

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Mapa 13 — Conservação das Calçadas & Faixa de Pedestres Existentes 72

Mapa 14 — Direcionamento das Vias. 73

Mapa 15 — Transporte Público: Ponto de ônibus e metrô 74

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Mapa 16 — Fluxos Predominantes. 75

Mapa 17 — Usos e Atividades Existentes na região em estudo. 76

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Figura 14 — Estudo de potencialidades e fragilidades do terreno e entorno 77

Tabela 2 — Diretrizes Construtivas para Zona Bioclimática 08 78

Tabela 3 — Tipos de Vedações segundo a Norma Brasileira (NBR) 15.220 78

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Tabela 4 — Estratégia de Condicionamento Térmico Passivo 79

Tabela 5 — Detalhamento das Estratégias 79

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Gráfico 8 — Gráfico de Chuvas em Salvador/Bahia 79

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Imagem 15 — Estudo Solar do terreno aplicando a carta solar de Salvador/BA 80

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Quadro 10 — Estudo da Incidência Solar (horários) 80

Esquema 5 — Estratégias Bioclimáticas para Salvador/Bahia. 81 Esquema 6 — Estudo de frequência dos ventos no terreno. 82 Diagrama 1 — Estatísticas mensais da velocidade e direções do vento para Salvador 82

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Mapa 18 — Levantamento de Vegetação na Poligonal 83

Imagem 16 — Vegetação presente no terreno 84

Imagem 17 — Musaceae e Cocos nucifera 84

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Mapa 19 — Mapa de Vegetação da região em estudo 85 Esquema 7 — Esquema de Classificação para a Cobertura Vegetal Urbana. 85

Figura 15 — Estudos das Sombras realizado no Revit 86

Quadro 11 — Análise de Estudo de Demanda Inicial 88

Quadro 12 — Programa de Necessidades - Estudo Inicial 88

Tabela 6 — Setor Administrativo: Pré Dimensionamento 91

Tabela 7 — Setor de Funcionários: Pré Dimensionamento 91

Tabela 8 — Setor Cultural e de apoio Ambiental 92

Tabela 9 — Setor de Apoio Silvestre e Ambiental 92

Tabela 10 — Setor Alimentício & Setor de Áreas Técnicas 93

Tabela 11 — Áreas Externas e Somatório Geral 93

Fluxograma 1 — Fluxograma do Parque Graúna 94

Quadro 13 — Quadro de Vegetações Utilizadas no Parque 95

Quadro 14 — Quadro de Vegetações Utilizadas no Parque 96

Quadro 15 — Quadro de Vegetações Utilizadas no Parque 97

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Figura 16 — uadro de Vegetações Utilizadas no Parque 97

Quadro 16 — Quadro de Vegetações Utilizadas no Parque 98

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Quadro 17 — Quadro de Vegetações Utilizadas no Parque 98

Quadro 18 — Quadro de Vegetações Utilizadas no Parque 99

Figura 17 — Pavimentação presente no Parque 99

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Esquema 8 — Piso Emborrachado de Alto Desempenho 100

Figura 18 — Volumetria Total Parque Graúna 101

Esquema 9 — Setor Cetas e Recicloteca - Parque Urbano 102

Figura 19 — Setor Salas de Pequisa e Setor Biblioteca e Café Book 103

Figura 20 — Tijolinhos vazados - Elemento da edf. das Salas de Pesquisa 103

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Figura 21 — Setor do Auditório e Estacionamento de Visitantes 104

Figura 22 — Partido Auditório - Formato de telhado asa 105 Figura 23 — Processo da Madeira Laminada Colada 105

Esquema 10 — Madeira Laminada Colada 106

Imagem 18 — Referencia de Decisão Estrutural: Casa da Árvore do Escritório Casa 03 Arquitetura 107

Tabela 12 — Tabela de Índices 108

Figura 24 — Extraído da Norma de Armazenamento Externo de Contêineres de Resíduos Sólidos 111

Figura 25 — Tipos de Contêineres 111

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABM Área de Borda Marítima

Av Avenida

Az Azimute

BA Bahia BBC British Broadcasting Corporation

CA MÍN Coeficiente de Aproveitamento Mínimo

CAB Coeficiente de Aproveitamento Básico

CAM Coeficiente de Aproveitamento Máximo

CETA Centro de Apoio a animais Silvestres

CLT Cross Laminated Timber

CNLU Comissão Normativa da Legislação Urbanística

CSE Corredor Secundário Existente

CTE Centro de Tecnologia de Edificações

hab/ha Habitante por hectare hrs Horas

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IBRAM Instituto Brasileiro de Mineração

IDH Índice de Desenvolvimento Humano

INEMA Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Informs Instituto de Pesquisa Operacional e Ciências de Gestão

IO Índice de Ocupação

IP Índice de Permeabilidade

L Litros

LOUS Lei de Ordenamento de uso e ocupação do solo NA Não se aplica

NBR Norma Brasileira

PB Prefeitura Bairro

PDDU Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano

PIB Produto Interno Bruto

REVIS Refúgio de Vida Silvestre

SAVAM Sistema de Áreas de Valor Ambiental e Cultural

UDHs Unidades de Desenvolvimento Humano

UnB Universidade de Brasília

ZCLMu Zona de Centralidade Linear Municipal

ZPR Zona Predominantemente Residencial

LISTA DE SÍMBOLOS

/

Barra

% Por cento

km² Quilometro Quadrado

m² Metro Quadrado

º Graus

1

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 17

1.1 1.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2.1 1.2.1.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2.2 1.2.3 1.2.3.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2.3.2 1.2.3.2.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2.3.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2.3.4 1.2.3.5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2.3.6 1.2.3.7 1.2.3.8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.3 1.3.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2.1 2.1.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.2 2.2.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3.1 3.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3 3.3.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3.1.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3.2 3.3.2.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3.2.2 3.3.2.3 3.3.2.4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3.2.5 3.3.2.6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

TÍTULO 17

JUSTIFICATIVA 17

Centro de Triagem para animais Silvestres (CETAS) 20 Animais Silvestres Presente na Região 22 CONQUISTAS RECENTES DO VALE ENCANTADO 23

JUSTIFICATIVA SOCIOECONÔMICA CULTURAL DO BAIRRO 23

Dados Populacionais da Região em Estudo 24

Analise Etária da Região em Estudo 26

Longevidade e Mortalidade da Região em Estudo 27

Dados Econômicos da Região em Estudo 29 Analise de Renda da Região 29

Situação Ocupacional de Jovens & Fluxo Escolar 31

Empregabilidade da Região 32 Fatores Sociais e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 32

Infraestrutura Urbana da Região em Estudo 34

OBJETIVO 35

Objetivos Intrínsecos 36 EMBASAMENTO TEÓRICO 37

BREVE HISTÓRICO SOBRE O TEMA 37

BREVE CONTEXTO DO URBANISMO MODERNO 41 PROJETOS DE REFERÊNCIA 42

CENTRAL PARK - NOVA YORK 42

DIAGNÓSTICO DA ÁREA DA PESQUISA 51

LOCALIZAÇÃO 52

BREVE HISTÓRICO SOBRE A ÁREA: BAIRRO DE PIATÃ 53

CONDICIONANTES DO PROJETO 57

Legais 57

Análises Legais Secundárias 61

Físicos 61

Fisiografia 62

Qualificação Urbana 67

Pontos Focais 74

Fluxos e Deslocamentos 75

Apropriação do Espaço 76

Potencialidades e Fragilidades 77

Ambientais 77

Análise do Clima Local 77 Estudos de Incidência Solar 80 Estudo de Ventilação Natural 82 Levantamento de Vegetação 83 Estudo Comparativo de Classificação em relação ao formato da cobertura vegetal em cidades 85 Estudo das Sombras Projetadas 86 ENTREVISTAS 86 PROGRAMA DE USOS E PRÉ DIMENSIONAMENTO 88 Estudo de Demanda 88 Programa de Usos 88

Setorização e Pré-dimensionamento 91 Fluxograma 94

CONCEITO E PARTIDO URBANÍSTICO / PAISAGÍSTICO E ARQUITETÔNICO 95

3.3.3 3.3.3.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3.3.2 3.3.3.3 3.3.3.4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3.3.4.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3.3.5 3.4 3.5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.5.1 3.5.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.5.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.5.4 4 4.1 4.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2.1 4.2.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.3 4.4 4.5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.6 4.6.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.7 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

CONCEITO DO PARQUE 95 PARTIDO URBANÍSTICO / PAISAGÍSTICO PROPOSTO NO PARQUE 95

Vegetações Proposta no Partido do Projeto 95 PISOS 99 PARTIDO ARQUITETÔNICO PROPOSTO NO PARQUE 100 ÍNDICES DE CALCULO DO PROJETO 107 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA 108 LIXO 110 Tipos de Contêineres 111

A — PERGUNTAS DO QUESTIONÁRIO DE
IMPLANTAÇÃO DO PARQUE GRAÚNA
APÊNDICE B — GRÁFICOS DAS RESPOSTAS DO
DE ESTUDO: IMPLANTAÇÃO DO
GRAÚNA
RESERVATÓRIOS 112 CONCLUSÃO 113 REFERÊNCIAS 114 APÊNDICE
ESTUDO:
119
QUESTIONÁRIO
PARQUE
120

INTRODUÇÃO

O objeto de estudo referente a esse trabalho de conclusão de curso, apresenta a implantação do Parque Urbano Graúna na cidade de Salvador/Bahia (BA). Foi observado ao decorrer dos estudos que existe um déficit muito grande no interesse em áreas que englobem áreas verdes de contemplação na cidade e que cause sentimento de pertencimento para a população.

O déficit1 é ainda maior quando se trata de aspectos que englobem a educação ambiental. Com baixa consciência da importância da fauna e flora entre as pessoas, juntamente com interesses capitalistas, as populações nas cidades priorizam a cultura de construções de grande porte, sem ao menos pensar nas áreas verdes ou em aspectos sustentáveis que integrem, também a escala urbana, conformando com um planejamento, que resulte em bem-estar local. O que faria uma boa acupuntura urbana, como discute Lerner, do que seria uma " acupuntura urbana " ideal:

É fundamental que uma boa acupuntura urbana promova a manutenção ou o resgate da identidade cultural de um local ou de uma comunidade Muitas cidades hoje necessitam de uma acupuntura porque deixaram de cuidar de sua identidade cultural. (LERNER, 2003, p. 07).

1.1 TÍTULO

A IMPORTÂNCIA DA PAISAGEM AGREGANDO PARQUES URBANOS NO PLANEJAMENTO DA CIDADE COM VIÉS AMBIENTAL: Implantação do Parque Graúna e Centro de Triagem a Animais Silvestres.

1.2 JUSTIFICATIVA

A escolha de um Parque Urbano para a região é com objetivo de trazer não somente um espaço agradável, mas também com uma responsabilidade social e ambiental. Constantemente as áreas florestais, e espaços verdes estão sendo agredidos e violados. Dando prioridade a grandes empreendimentos, a cidade se encontra sem espaços de “respiro”, de contato natural e também de abordagens que corroborem para a educação ambiental no meio social. Como aborda Herry Shaftoe sobre a questão de “respiros urbanos”:

“A vida nas cidades possui um grande diferencial espaços de convivência da população, lugares singulares, referências imagéticas de uma cidade,

1 Referente a deficiência encontrada

1
17

onde acontecem encontros, atividades de lazer Esses espaços apresentam se descuidados, em muitos casos, devido à relação problemática entre a população e o poder público Ainda assim, mantêm se como lugares chamados de “respiros urbanos” como parques, ou lugares de manifestações democrática popular, propósito para o qual as ágoras gregas foram concebidas e, com o tempo, tornaram se praças São, do mesmo modo, onde a aceitação às diferenças é exercida ” (SHAFTOE, 2008 citado e traduzido por NASCIMENTO, 2018)

O Manual de Arborização de Salvador dar uma definição do que é pertinente ao um Parque Urbano, e o seu significado em relação cidade versus área urbana.

Parque Urbano: é a área pública extensa, dotada de atributos naturais, ou entronizados, significativos para a qualidade do meio urbano, para a composição da paisagem na cidade e como referência para a cultura local, destinando se ao lazer ativo e contemplativo, à pratica de esportes, atividades recreativas e culturais da população, à educação ambiental e, eventualmente , à pesquisa cientifica. (Manual de Arborização de Salvador).

O terreno escolhido para a implantação do Parque Urbano localiza-se perto de uma reserva ecológica denominada de Vale Encantado, em uma área extensa de mata atlântica no meio urbano. Atualmente muito visada por especulações imobiliárias, fazendo com que esse refúgio natural existente, venha sendo constantemente ameaçado pelos desmates e derrubadas ilegais.

O lote em questão possui 8.332 m² encontra-se vazio com uma quantidade razoável de vegetação em partes do terreno, é uma área com grande potencial para abrigar equipamentos urbanos de lazer ao ar livre e serviços, além de ter como objetivo uma preposição que combine fatores ambientais pertinentes, interligado ao convívio e preservação da natureza.

É citado com pertinência no estatuto da cidade, lei federal 10.257 que "estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental" que:

I Garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações (BRASIL)

O Estatuto da Cidade, 2001, ainda deixa claro que, a propriedade urbana precisa cumprir uma função social, ou seja, a terra urbana deve servir para o benefício da coletividade, e não apenas aos interesses de seu proprietário.

O público alvo pretendido para o Parque Urbano são pessoas de todas as idades que convivem no bairro. Segundo Lerner (2003), " A cidade é uma estrutura de vida e trabalho, juntos. A cidade é uma integração de funções. Quanto mais você

18

integrar funções urbanas, quanto mais misturar renda, idade, mais humana a cidade ficará ". Além de todos os benefícios que um ambiente com natureza leva à população, como mostrou estudos realizados em outros países, onde cenários naturais contribuem para o bem-estar cognitivo e emocional das pessoas, como explicou um doutor em Ecologia pela Universidade de Brasília (UnB) em 2020.

A reserva Vale Encantado (também denominado de Parque Ecológico pelo Sistema de Áreas de Valor Ambiental e Cultural - SAVAM) que faz proximidade ao terreno onde será implantado, vem solicitando a criação do Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) que ainda não foi atendido pelo poder público, e com isso, o parque terá a responsabilidade de repassar o porquê da importância de instancias como essa, englobando a educação ambiental além de um apoio de triagem à animais silvestres. Outro ponto pela qual se justificativa a implantação do Parque Urbano, é pelo atual cenário vivenciado pela pandemia, devido ao Covid-19. Segundo dados da British Broadcasting Corporation (BBC), “mais da metade dos brasileiros entrevistados por uma pesquisa declararam que sua saúde emocional e mental piorou desde o início da pandemia, em índice superior à média dos 30 países e territórios pesquisados.” Nessa pesquisa foram entrevistadas 21 mil pessoas. Sendo assim, os espaços ao ar livre, de contato natural e contemplativo, contribuem positivamente para melhorar fatores psicológico das pessoas.

“Hoje com o ritmo de vida mais acelerado e o confinamento doméstico causado pela insegurança das ruas, o paisagismo traz a natureza para perto das pessoas Nas áreas tratadas paisagisticamente, as crianças e os adolescentes podem crescer, brincar e correr e descobrir as plantas. Nela os adultos e idosos podem relaxar e recarregar suas baterias para enfrentar o dia a dia das grandes cidades ” (ABBUD, 2010)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos mostra também que 85% da população vivem em áreas urbanas, o que justifica cuidar das áreas urbanizadas, trazendo espaços públicos que agreguem na qualidade de vida das pessoas e na cidade.

Teixeira aborda:

O crescimento das cidades e dos aglomerados urbanos, geralmente, reforça os problemas de ordem ambiental As agressões ao meio ambiente ocorrem devido a um somatório de fatores, ligados basicamente ao uso e ocupação desordenado do solo. Ao crescimento da malha urbana sem o acompanhamento adequado de recursos de infraestrutura e a expansão imobiliária (TEIXEIRA, 2007)

19

1.2.1 Centro de Triagem para animais Silvestres (CETAS)

As CETAS são unidades inspecionadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Fonte: Folder do Ibama

Em Salvador foi verificado a presença de somente uma unidade de CETAS no Parque de Pituaçu, o veículo de informação do Inema não informa o ano.

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), discorreu um pouco sobre a criação de CETAS no território baiano, com uma nova sede em Salvador:

O Estado já vinha trabalhando para criação de um CETAS na capital baiana há muito tempo Finalmente esse trabalho foi concluído e já estamos em total funcionamento das atividades. Parabenizo todos do Inema que

Imagem 1 Centro de Triagem de Animais Silvestres
20

estiveram envolvidos para que esse sonho se tornasse realidade e assim como a criação do CETAS de Cruz das Almas, podemos dizer que o de Salvador também é mais uma vitória da gestão ambiental da Bahia”, disse a diretora do Inema, Márcia Telles

Imagem 2 CETAS em Salvador Bahia

Fonte: INEMA, 2022

Figura 1 CETAS de Pituaçu em Salvador

21

Os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama são unidades responsáveis pelo manejo dos animais silvestres que são recebidos de ação fiscalizatória, resgate ou entrega voluntária de particulares. Os Cetas possuem a finalidade de receber, identificar, marcar, triar, avaliar, recuperar, reabilitar e destinar esses animais silvestres, com o objetivo maior de devolvê los à natureza, além de realizar e subsidiar pesquisas científicas, ensino e extensão. A solicitação de pesquisa deverá ser formalizada na Superintendência do Ibama (IBAMA)

1.2.1.1 Animais Silvestres Presente na Região

O Greenpeace Salvador, através das plataformas digitais divulgou uma listagem de algumas espécies de animais silvestres listadas no próprio Vale Encantado, são eles animais como: Perereca Araponga (Hypsioboas Albomarginatus); Jandaia de Testa Vermelha (Aratinga auricapillus); Tiê sangue (Ramphocelus bresilius); Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous); Sapinho do Rio (Allobates Olfersioides); Jararaca Malha de Sapo (Bothrops leucurus); Tatu-Mirim (Dasypus septemcinctus); Saíra Sete Cores (Tangara seledon).

Imagem 3 Post Divugado pelas Mídias Sociais sobre os Animais Silvestres

Fonte: INEMA, 2022
22

Geralmente a chegada desses animais a CETAS são feitos por entrega voluntária, apreensão oriunda de fiscalização, vitimas de maus-tratos ou de qualquer outra demanda que necessite de atenção especializada até o momento de soltura à sua área de origem, como é citado pelo Inema.

Pode também ser levado até o centro de triagem pelo corpo de bombeiros ou o animal pode ter sido resgatado pelo próprio Inema e necessitar de cuidados e atendimentos do CETAS.

1.2.2 CONQUISTAS RECENTES DO VALE ENCANTADO

O Vale Encantado em 2022, recebeu o titulo de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura UNESCO. Sendo assim considerado Posto Avançado da Biosfera da Mata Atlântica.

1.2.3 JUSTIFICATIVA SOCIOECONÔMICA CULTURAL DO BAIRRO

O bairro de Piatã está inserido na prefeitura bairro de Itapuã / Ipitanga e seus bairros vizinhos são Patamares, Trobogy, Bairro da Paz e Itapuã e possui segundo o Atlas Brasil, 6,70 km².

Fonte: Via mídias sociais do Greenpeace Salvador , 2022
23

A área é predominantemente residencial e próximo de shopping center, supermercados, universidades, escolas e outros comércios e serviços. Segundo o Instituto de Pesquisa Operacional e Ciências de Gestão (Informs), a prefeitura bairro de Itapuã / Ipitanga onde está inserido o bairro de Piatã, é formada por 17 bairros e está localizada a nordeste de Salvador tendo uma área de 93.882 km² e possuía segundo o último censo de 2010, uma população de 340.450 habitantes.

1.2.3.1 Dados Populacionais da Região em Estudo

De acordo os dados socioeconômicos da região referente ainda sobre o último censo, no ano de 2010, contavam com 11.441 habitantes. Sendo 45,90% homens e 54,10% mulheres. (Consultar Gráficos número 01 e 02).

Mapa 1 Piatã e Bairros Vizinhos Fonte: ORTOFOTO COM MODIFICAÇÕES GRÁFICAS PELA AUTORA MAPEAMENTO SALVADOR
24

Fonte: INFORMS (2016), com modificações gráficas pela autora Gráfico 1 Número de habitantes em Piatã nos anos de 1991; 2000; 2010

Fonte: Produção da Autora segundo dados do INFORMS

Mapa 2 Bairro de Piatã inserido na Prefeitura Bairro de Itapuã / Ipitanga
25

1.2.3.2 Analise Etária da Região em Estudo

Predominavam pessoas na faixa etária de 20 a 49 anos (48,98%) e em segundo lugar predomina-se a faixa de 50 a 64 anos (21,34%). Possui um índice baixo de crianças e adolescentes se comparado com o número de adultos e idosos. Como foi visto em consultas, analisando os dados do Informs. Como mostra nos gráficos abaixo:

26

Fonte: Produção da Autora segundo dados do INFORMS

Através da análise, mesmo o bairro sendo majoritariamente adulto, o objetivo é que o Parque abranja todas as idades, isso se justifica por ser um espaço público, ao ar livre e de lazer que possa dar espaço para todas as faixas etárias sem distinção.

1.2.3.2.1

Longevidade e Mortalidade da Região em Estudo

O Informs (2010), cita que, seguindo a tendência do município de Salvador, há um processo de envelhecimento da população na Prefeitura Bairro (PB) - IV Itapuã / Ipitanga, visto que a população da faixa etária acima de 50 anos aumentou de 8,34% para 18,03% entre os anos de 1991 e 2010.

O Atlas informa que em relação a longevidade e mortalidade para Piatã:

O valor dessa variável na UDH era de 76, 78 anos, em 2000, e de 80,97 anos, em 2010 Por sua vez, a taxa de mortalidade infantil, definida como o número de crianças nascidas vivas que morreram com menos de um ano de idade para cada mil crianças nascidas vivas, passou de 20,20 por mil nascidos vivos em 2000 para 7,60 por mil nascidos vivos em 2010 na UDH

Figura 2 Faixa etária no bairro de Piatã no ano de 2010
27

Tabela 1 Fator relacionado a saúde: longevidade e mortalidade da população

Fonte: ATLAS Brasil

Adensidade demográfica bruta variou de 2013 habitante/hectare (hab/ha), no ano de 1991, para 36,25 hab/ha em 2010. " Que se refere a população residente na prefeitura bairro de Itapuã / Ipitanga, por bairro. (INFORMS, 2010).

Mapa 3 Densidade demográfica nos bairros que compõem a PB IV Itapuã/ Ipitanga em 2010

Fonte: INFORMS (2010) com modificações pela autora para melhor visibilidade do mapa

28

1.2.3.3

Dados Econômicos da Região em Estudo

O rendimento nominal médio da população de Piatã é de 5 a 10 salários mínimos (25,3%) e tem um número considerável de pessoas sem rendimento, cerca de (11,0%).

1.2.3.4 Analise de Renda da Região

Segundo informações do Censo Demográfico, "a renda per capita mensal na UDH era de R$ 2.636,39, em 2000 e R$ 3.531,90, em 2010, a preços de agosto de 2010. Nesse período observa-se que houve crescimento desse valor a uma taxa média anual de 2,97%." (ATLAS Brasil, 2021).

E o Atlas Brasil ainda analisa:

Entre 2000 e 2010, a proporção de pessoas extremamente pobres (com renda domiciliar per capita mensal inferior a R$70,00) passou de 1,00% para 0,22%, a de pessoas pobres (com renda domiciliar per capita mensal inferior a R$ 140,00) passou de 4,35% para 0,88% e a de pessoas vulneráveis à pobreza (com renda domiciliar per capita mensal inferior a R$255,00), de 7,41% para 3,52%

Esquema 1 Renda, pobreza e desigualdade

Fonte: ATLAS Brasil

O Índice de Gini, mostrado no Esquema 1 foi "criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos." (WOLFFENBÜTTEL)

29

Figura 3 Renda, pobreza e desigualdade

Fonte: ATLAS Brasil.

De acordo com os dados do Censo Demográfico, entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais, ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa, passou, na UDH, de 72,67% para 64,57% Ao mesmo tempo, a taxa de desocupação nessa faixa etária, isto é, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada, passou de 11,77% para 7,47%. Na UDH, o grau de formalização da população, ou seja, pessoas formalmente ocupadas com 18 anos ou mais de idade, era de 73,54% em 2010 (ATLAS Brasil )

Esquema 2 Taxa de atividade e situação ocupacional

Fonte: ATLAS Brasil

30

1.2.3.5 Situação Ocupacional de Jovens & Fluxo Escolar

Gráfico 3 Situação ocupacional da população de 18 anos ou mais de idade na UDH Piatã

Fonte: ATLAS Brasil com modificações gráficas pela autora

Gráfico 4 Fluxo escolar por faixa etária na UDH Piatã ( ) 2000 e 2010

Fonte: ATLAS Brasil

31

Fonte: ATLAS Brasil

1.2.3.6 Empregabilidade da Região

Em relação a empregos, o bairro de Piatã se destacou em segundo lugar nas vagas abertas nas mineradoras na Bahia, com 153 contratações. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) onde informa o site Bahia.ba. As vagas diretas abertas nas mineradoras geram empregos indiretos da ordem de 1 para 11 ao longo das cadeias produtivas.

1.2.3.7 Fatores Sociais e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O bairro de Piatã está em segundo lugar entre os índices de Unidade de Desenvolvimento Humano (UDHs) entre os valores dos cinco maiores índices. A classe do Índice de Desenvolvimento Humano do Município (IDHM) é 0,926 verificado como “ Muito Alto."

Gráfico 5 Fluxo escolar por faixa etária na UDH: Piatã comparativo com Salvador/BA e na RM
32

Fonte: INFORMS (2010) com modificações gráficas pela autora

Segundo os dados do Censo Demográfico (2010), o gráfico mostra que o IDHM da UDH era 0,863, em 2000, e passou para 0,926, em 2010. Em 2010, a UDH se encontrava na faixa de Muito Alto Desenvolvimento Humano. (ATLAS Brasil).

Esquema 3 IDHM e seus indicadores

Fonte: ATLAS BRASIL

Mapa 4 Classe de IDHM das UDHs da prefeitura bairro de Itapuã / Ipitanga para os anos de 2000 e 2010
33

Esquema 4 Evolução do IDHM

Fonte: ATLAS Brasil

Segundo análise do Atlas Brasil: "O IDHM da UDH apresentou aumento de 7,30% entre os anos de 2000 e 2010. Em 2010, o IDHM da UDH ocupava a 14ª posição entre as 401 UDHs da RM - Salvador e a 13ª posição entre as 255 UDHs de seu município Salvador/BA. (ATLAS Brasil).

Gráfico 6 Posição do IDHM da UDH Piatã ( ) 2010

Fonte: ATLAS Brasil

1.2.3.8 Infraestrutura Urbana da Região em Estudo

O bairro de Piatã possui 6.180.699,4 m² e 1.355.384,73 de área verde. Ou seja 24,33% de área verde. A infraestrutura urbana em relação a abastecimento de água (99,21%), coleta de lixo (99,64) e esgotamento sanitário (92,25%), apresentam

34

boas condições, conforme analise dados do Informs.

Figura 4 Porcentagem dos Serviços Relacionados à Infraestrutura Urbana em Piatã

Fonte: Produção da Autora segundo dados do INFORMS

Gráfico 7 Porcentagem de Áreas Verdes em Piatã.

Fonte: Produção da Autora segundo dados do INFORMS

Possui um índice baixo de analfabetismo, mas existente, entre residentes depois de 15 anos de idade, cerca de 1,22% e referente ao total de pessoas não alfabetizadas cerca de 2,70%. A maior parte da população possui 15 anos ou mais de estudo 50,20% (INFORMS).

1.3 OBJETIVO

Viabilizar a proposta do Parque Urbano Graúna, primeiramente estudando todos os aspectos que o englobam, desde as condicionantes do terreno, condicionantes legais, estudos de viabilidade técnica, estudo socioeconômicos do bairro e estudo de entorno, impacto e outros. E em segundo desenvolver proposta de anteprojeto adjunto a todas os estudos e informações conectadas, visando um projeto urbanístico que traga benefícios

35

para a população.

1.3.1 Objetivos Intrínsecos

Estudar as tipologias de parques urbanos, entender os seus traçados e aspectos. Entender diante a esse estudo, sobre os primórdios, de como Parques Urbanos foi inserido na cidade e como seus elementos visuais podem criar e aferir sensações nas pessoas;

Estudar sobre os déficits da educação ambiental a nível local fazendo comparativos e mostrando a relevância da importância desse conteúdo, disseminando assim a importância da preservação do meio ambiente;

Criar um espaço urbano que gere conexão, que traga para as pessoas sentimento de pertencimento e que convide intuitivamente as pessoas para o local, assim promovendo um bem-estar físico e psicológico com a implantação do Parque na cidade;

Apoiar aos animais silvestres com a implantação do Centro de Apoio a animais silvestres (CETA);

Realizar manutenção da paisagem através do tratamento paisagístico.

36

EMBASAMENTO TEÓRICO

2.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE O TEMA

Foi realizado uma breve concepção dos jardins que posteriormente deram origem a parques urbanos.

O parque paisagístico vai ao encontro dos padrões estéticos que a burguesia inglesa passa a valorizar para o seu usufruto” (Segawa, 1996, p 29) A partir de 1700, segundo Laurie (1983), o jardim clássico começa a se transformar em parque Com o passar do tempo, a natureza incorpora se gradativamente ao cotidiano: o cultivo de árvores, flores e jardins tornou se um hábito comum à população urbana Ao lado do gosto pelo ornamental, o jardim recuperava uma dimensão de antiga tradição: a terra enfeitada por bela vegetação e bons animais, espelho de mitos como Éden, ou recinto de alta espiritualidade, como o Getsêmani (Segawa; Laurie; Getsêmani apud TEIXEIRA, 2007)

Imagem 4 Jardins Ingleses

É neste contexto que, já no século XVIII, como afirma Laurie (1983), o Romantismo surge como um novo estilo que, ao contrário dos estilos clássicos, cultuava a sensibilidade e o amor pela paisagem O gosto pela natureza virgem, desaparecido na Idade Média, é retomado, pondo fim à concepção de jardins projetados como monumentos arquitetônicos A arte da jardinagem se transforma na recreação da paisagem, criando jardins que se adaptavam e aproveitavam as ondulações e características naturais do terreno, procurando imitar a natureza Neste período, destacaram se os jardins ingleses que, após forte influência francesa, retornaram ao característico de seus campos com colinas ondulantes, rios sinuosos e intensamente arborizados (apud TEIXEIRA, 2007)

2
Fonte: MOREAU Karine
37

No Brasil, um dos primeiros contatos de espaços públicos para posteriormente surgir parques urbanos, são as praças, na época englobavam a cidade colônia. Era um local de encontros, de bate papo e espera entre os moradores, principalmente depois de eventos como missas e festejos. Como abrange Mary:

A praça te seu contexto histórico de criação na cidade colonial (séc XVI) É nesse momento da História que nasce a Praça. Da maneira que surgiam vilas e novas cidades com as doações das sesmarias criavam se as capelas e instituições de Paróquias Desse sistema de concessões para exploração de terras davam se os primeiros assentamentos urbanos. "As praças coloniais tinham, pois, como característica formal dominante a presença de um templo em seu entorno" (ROBBA e MACEDO, 2003 p 19) citado por MARRY, (2016).

Imagem 5 Jardim de Butchard Fonte: CASA Vogue
38

Fonte: PINTO, Renata.

Podemos observar que a cidade acontecia em torno da praça.

Figura 5 Praça Municipal em Salvador
39

A praça desde a antiguidade era um local de meditação e contemplação, e permaneceu assim até o século XVIII. A partir de então, surgem na Europa espaços ajardinados destinados a usos coletivos. No Brasil, o Passeio Público2 surge no fim do século XVIII (1783), na cidade do Rio de Janeiro. Surge dessa forma no Brasil o primeiro espaço de lazer ajardinado para o público, projetado pelo Mestre Valentim. (MARRY, 2016).

O Passeio Público é, oficialmente, o mais antigo parque urbano do Brasil e sua origem precede a própria constituição do país como nação. Tendo sido criado em 1783, por ordem do vice rei Luís de Vasconcelos de Sousa, foi concebido por mestre Valentim da Fonseca e Silva segundo um traçado extremamente geométrico, inspirado nas tradições de desenho do jardim clássico francês Possuía extrema sofisticação de desenho, que culminava com um belo terraço debruçado sobre o mar (TEIXEIRA, 2007)

Figura
40
2 Passeio Público: Parque no Rio de Janeiro, localizado no bairro da Lapa

Somente no final do século XIX começa a surgir essa classe social que anseia pela área pública de lazer, e em 1862 o Passeio Público passa por uma reforma pelo paisagista Auguste François Marie Glaziou, como exatamente relata MARY, 2010.

Nesse momento ocorre também o embelezamento das cidades Vias arborizadas e ajardinadas, abertura dos jardins botânicos para a população, antes abertos somente para pesquisas e fins acadêmicos As edificações começam a se deslocar para o centro dos lotes (as casas eram sempre coladas nas divisas e possuíam apenas quintais para cultivo de alguns alimentos), permitindo dessa maneira uma área livre para o cultivo de plantas e árvores: forma-se uma cultura de jardim particular A praça ajardinada no Brasil tem suas influências culturais enraizadas na França e na Inglaterra (influência de Haussmann em Paris e cidades jardim de Ebenezer Howard, Londres) Com as transformações econômicas no Brasil, a transição de cidade colonial para cidade republicana e moderna era inevitável, por isso no início do séc XIX surgem novas campanhas de modernização, salubridade e embelezamento das cidades (MARRY, 2010)

2.1.1 BREVE CONTEXTO DO URBANISMO MODERNO

O fim do século XX é marcado por metrópoles totalmente conturbadas, com grandes índices populacionais e muitos problemas urbanos e ambientais Muitos veículos, muita população, violência, degradação ambiental entre outros vários e intensos problemas são reflexo do intenso crescimento das cidades grandes Esses problemas evidenciaram a necessidade de mudanças de algumas atividades dos espaços livres públicos, permitindo,

Imagem 6 PASSEIO PÚBLICO RJ, INÍCIO DO SÉCULO XX
Fonte: MACEDO, 2003 p 16 (Imagem retirada de TEIXERA, 2007)
41

2.2

dessa forma, uma maior liberdade de usos e concepções Funções e elementos antigos como mercado, lanchonetes, feiras, camelôs, local para manifestações políticas, entre outros (MARRY, 2010)

PROJETOS DE REFERÊNCIA

2.2.1 CENTRAL PARK - NOVA YORK

Imagem 7 Central Parque

Fonte: ARCHDAILY, WALSH, 2018

O Central Park é um grandioso projeto realizado por Vaux e Olmsted segundo informações coletadas de WALSH, 2018. É um grande exemplo de respiro urbano. Em meio a cidade grande que é Nova York, com grandes movimentações de trafego: movimentação de carro, pessoas, fluxos de todos os tipos, foi implantado um Parque, uma área extensa verde, que contempla a paisagem de Nova York e sugere uma pausa para quem mora e/ou trabalha por lá. No meio do caos Urbano, encontra-se um glorioso projeto urbanístico que contempla a cidade, com diversas atividades e belezas arquitetônicas, além de ser um grande atrativo visual para as pessoas que passam por perto.

42

Imagem 8 Central Park e a cidade

Fonte: CASACOR, 2021 com sobreposição gráfica pela autora

A escolha do projeto em questão como referência se dar pela proposta que esse projeto oferece a cidade. Ele possui seu programa de usos bem diversificado, com várias atividades de tipos diferentes, englobando também a benefícios ecológicos e ambientais. O qual é objetivo do projeto do Parque Graúna.

Figura 7 Referenciais para o Projeto Graúna

Fonte: Produção da Autora, 2021.

43

Além de diversas experiências recreativas, o Central Park traz grandes benefícios ecológicos e ambientais para a cidade: suas mais de 18 000 árvores refrescam e limpam o ar e sua vasta área plantada serve de habitat para a vida selvagem, inclusive para mais de 200 espécies de pássaros que atravessam o Atlântico (CASACOR Abril, 2021)

Figura 8 Planta Central Park

Fonte: LUCCHESE, 2008.

O Central Park é o maior parque urbano de Nova York e um dos maiores do mundo. Mede mais de 4 quilômetros de comprimento e 800 metros de largura Nos 340 hectares que o Central Park ocupa podemos encontrar pradarias, lagos artificiais, cascatas e áreas que parecem um autêntico bosque. Dentro do próprio parque também se encontra o Zoo do Central Park e outras atrações (CIVITATIS)

Olmsted e Vaux projetaram o Central Park para incorporar uma variedade de paisagens e experiências. O plano evitou a simetria, optando por um design mais pitoresco que compreendia gramados extensos, bosques, riachos sinuosos e lagos amplos todos conectados por uma série de caminhos sinuosos. (CASACOR Mostras).

44

Figura 9 Mapa do Central Park em 1863

Na década de 1850, foi lançado um concurso para o projeto de um grande parque em Manhattan, Nova York O projeto buscou atender às necessidades da cidade em rápido crescimento, oferecendo aos nova iorquinos uma experiência de campo, um lugar onde pudessem escapar do estresse da vida urbana (CASACOR, 2021)

PARQUE IBIRAPUERA- SÃO PAULO

Imagem 9 Parque Ibirapuera São Paulo

Fonte: Mapa do Central Park de 1863. Biblioteca Pública de Nova York retirado de CASACOR, 2021.
45
Fonte: Noticia da Região, 2019

O aspecto mais relevante desse Parque é como ele se conecta com a cidade, assim também como o primeiro projeto de referência escolhido. O parque Ibirapuera em São Paulo é o nosso "Central Parque" brasileiro, que assim como citado anteriormente traz um espaço de respiro a cidade.

A lembrança da natureza, dos espaços verdes no meio urbano nos traz mais sensibilidade e diminui problemas de saúde. No caso do Ibirapuera ele perfeitamente oferece mais do que isso, encontramos um lugar para vivenciar cultura, lazer e entretenimento de qualidade. Esse projeto é uma referencia clássica da arquitetura, um Parque Urbano de grande relevância a nível nacional.

Figura 10 Referenciais para o Projeto Graúna do Parque Ibirapuera

Fonte: Produção da Autora, 2021.

Suas diversas atividades: com museus, auditórios, jardins, restaurantes e diversos outros, deixam as pessoas que o visitam em êxtase, para os admiradores causa sentimento de querer voltar um outro dia para conhecer "mais" por que seria impossível desfrutar de todas as maravilhosas atividades em um único dia. Além de criar um contexto para a cidade e em seu entorno, já que um Parque atrai pessoas, sendo assim entrega um contexto urbanístico mais seguro.

46

Fonte: PEREIRA, 2018

O Parque Ibirapuera constitui se de um marco na cidade de São Paulo e na arquitetura moderna brasileira Abrigando um conjunto de cinco edifícios culturais conectados por leve e sinuosa marquise, o projeto concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer em harmonia ao paisagismo, é como uma poesia pairando na malha urbana paulistana (Pereira, 2018)

Desenho
1 Edificações do Parque Ibirapuera
47

Mapa 5 Masterplan do Parque Ibirapuera

Fonte: Parque Ibirapuera Conservação Mapa: Principais pontos de interesse cultural e ambiental PARQUE DE PITUAÇU - SALVADOR

48

Imagem 10 Parque de Pituaçu

Fonte: FONSECA, 2021.

O Parque de Pituaçu é uma referência local, na mesma cidade onde será implantado o Parque Graúna. Classificado em parque metropolitano localizado em Salvador, tem proximidade à reserva do Vale Encantado. Além de proporcionar lazer, possui o primeiro centro de triagem para animais silvestres (CETA) que foi implantado em Salvador O que é pontualmente importante como referência para estudo de caso.

Figura 11 Referenciais para o Projeto Graúna do Parque de Pituaçu

Fonte: Produção da Autora, 2021

Antes das grandes modificações urbanas, sua vasta área de mata atlântica, ia de encontro com a reserva do Vale Encantado, apresentando o mesmo bioma e os mesmos aspectos.

Remanescente da Mata Atlântica, Pituaçu é um dos raros e mais belos parques ecológicos brasileiros situados dentro da área urbana Ele tem uma

49

infra estrutura que permite, ao mesmo tempo, o uso pela população e a preservação do espaço, que é a maior área verde de uso público de Salvador (INEMA)

Entre as opções de lazer, o Parque de Pituaçu oferece pista de Cooper, píer com pedalinhos, playground, um centro comercial, bares, restaurantes e lanchonetes, sorveteria, quiosques de água de coco e acarajé, além de esculturas do acervo do artista Mário Cravo (INEMA)

Imagem 11 Folder da Secretaria do Meio Ambiente sobre o Parque de Pituaçu
50
Fonte: Folder do INEMA

DIAGNÓSTICO DA ÁREA DA PESQUISA

O terreno em estudo está situado na cidade de Salvador/Bahia, na rua Tamburugy classificada como uma via coletora I, onde é ramificada de uma grande Via Expressa (Av. Paralela).

Pode-se verificar o terreno que será implantado o Parque Urbano Graúna no Mapa 06, que por sua vez se encontra nas delimitações de Piatã. Encontra-se bem próximo do Vale Encantado e possui cerca de 8.332 m², sua área é uma zona predominantemente residencial, sendo uma das poucas localidades em Salvador que abriga condomínio de casas residenciais, em comparação ao número de condomínios prediais existentes.

3
51

3.1 LOCALIZAÇÃO

Mapa 6 Localização do bairro de Piatã

52
Fonte: Produção da Autora a partir de Ortofoto e Google Maps

Figura 12 Isometria Esquemática da Localização

Fonte: Produção da Autora, 2021

3.2 BREVE HISTÓRICO SOBRE A ÁREA: BAIRRO DE PIATÃ

Piatã é um bairro na cidade de Salvador, muito conhecido pelas suas praias. Localizado perto de Itapuã, possui muitos condomínios de casas residenciais de médio e alto padrão.

Em Tupi, a palavra Piatã significa o persistente, o obstinado Este nome foi escolhido por Frederico Edelweiss3 para dar nome a fábrica de óleo de cocô do empresário Herbert Rocha Vaz, que se localizava neste trecho da orla de Salvador, hoje conhecido como Piatã. (SALVADOR Cultura).

53
3 Frederico Edelweiss: Tupinólogo, Historiador e Bibliófilo que fazia parte do meio intelectual baiano, segundo Revistas USP

Fonte: Salvador da Bahia.

O bairro que faz fronteira com o Bairro da Paz e Patamares possui uma praia com o mesmo nome e, mais próximo a Itapuã, uma outra denominada Placafor ou Placaford Esta última tem como origem do seu nome uma placa publicitária da Ford que ali se localizava Não seria errado considerar Placafor como um bairro independente de Piatã, já que os limites de suas praias, apesar da imprecisão das areias, foram nomeados em placas colocadas nas torres de observação dos salva vidas na época da reforma da orla da década de 80 do século passado As duas praias são belíssimas e muito frequentadas Nesta região privilegiada pelo mar predominam pequenas pousadas, hotéis, motéis, além das barracas de praia (Fundação Gregório de Mattos)

Imagem 12 Escultura de Caramuru Guaçu em Piatã
54

Em 1984, Piatã foi noticiado pelo grande impacto da modernização que a orla iria trazer para a cidade. No texto escrito na seção de turismo do Jornal A Tarde aborda que seria um projeto de valorização da Orla Marítima de Salvador, onde abrangeria treze quilômetros e seria divida em três etapas, sendo ela melhoramento do sistema viário, parques turísticos e equipamentos. Citava ainda sobre preços, cerca de 27 bilhões, com recursos do governo federal e que a revitalização da orla seria concluída no prazo de dois anos. No antigo jornal como é possível verificar, ainda citava sobre o impacto e importância desta intervenção e como seria importante por exemplo para o setor turístico.

Fotografia 1 Tribuna da Bahia sobre Piatã: Modernização da Orla Fonte: Seção Turismo no Jornal A Tarde (1984), por FUNDAÇÃO GREGÓRIO DE MATTOS.
55

Figura 13 Tribuna da Bahia sobre Piatã

Fonte: AÍDA, 1985 no Jornal A Tarde

56

3.3

CONDICIONANTES DO PROJETO

3.3.1 Legais

Segundo lei nº 9069/2016 que dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) do Município de Salvador, subseção V, artigo 276:

Parque Urbano é a área pública extensa, dotada de atributos naturais, ou entronizados, significativos para a qualidade do meio urbano, para a composição da paisagem da cidade e como referência para a cultura local, destinando se ao lazer ativo e contemplativo, à pratica de esportes, atividades recreativas e culturais da população, à educação ambiental, e eventualmente, à pesquisa científica;

Parágrafo único Os parques urbanos poderão incluir na sua concepção trechos urbanizados, dimensionados de acordo com a extensão territorial e as características ambientais, e funcionais de cada área, e serão dotados de mobiliário e equipamentos de apoio aos usuários que favoreçam a visitação o desenvolvimento de atividades culturais e uso pleno do espaço público.

diretrizes para os Parques Urbanos, segundo artigo 279 do PDDU:

I Elaboração de planos específicos objetivando a definição das atividades a serem desenvolvidas em cada parque, considerando os atributos ambientais existentes e sua fragilidade, de modo a compatibilizar a conservação ambiental com o uso para o lazer, a recreação, o turismo ecológico, atividades culturais e esportivas e como centro de referência para a educação ambiental;

II Tratamento urbanístico e paisagístico adequado às funções de cada unidade, que assegurem a conservação ambiental, a preservação e valorização da paisagem e dos equipamentos públicos instalados, a manutenção de índices altos de permeabilidade do solo e da vegetação adaptada para o sombreamento e o conforto ambiental;

III Adoção de medidas de controle de invasões e danos ambientais, com participação das comunidades vizinhas;

IV Implantação de programas para recuperação de áreas degradadas, contemplando a recomposição ambiental e paisagística

Quadro 1 Parâmetros Urbanísticos Mapas da Lei de ocupação e uso do solo (LOUS)

CLASSIFICAÇÃO INSERÇÃO

ZONEAMENTO

ZONA PREDOMINATEMENTE RESIDENCIAL 3 (ZPR3)

(continua)

CENTRALIDADES PERTO DE UMA ZONA DE CENTRALIDADE LINEAR MUNICIPAL (ZCLMu)

SAVAM NÃO SE APLICA (NA)

São
57

Quadro 1 Parâmetros Urbanísticos Mapas da Lei de ocupação e uso do solo (LOUS)

CLASSIFICAÇÃO

INSERÇÃO

MATA ATLÂNTICA NÃO SE APLICA (NA) ZONAS AMBIENTAIS NÃO SE APLICA (NA) CLASIFICAÇÃO VIÁRIA

(conclusão)

VIA DEFRONTE AO TERRENO EM ESTUDO: COLETORA I (CONSULTAR MAPAS NÚMEROS 11 e 12 PARA DEMAIS INFORMAÇÕES

GABARITO DE ALTURA ÁREA NÃO SUJEITA A RESTRIÇÃO DE GABARITO

Fonte: Produção da autora com informações retiradas da LOUS, 2016

Quadro 2 Análise Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU)

CLASSIFICAÇÃO INSERÇÃO

PREFEITURA BAIRRO IV ITAPUÃ / IPITANGA OPERAÇÕES URBANAS (ÁREAS PROPOSTAS) OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ORLA ATLÂTICA

SISTEMA DE TRANSPORTE DE CARGAS

NA AVENIDA (AV) PROFESSOR PINTO DE AGUIAR E AV ORLANDO GOMES (NAS PROXIMIDADES NO TERRENO), SE APLICAM: CORREDOR SECUDÁRIO EXISTENTE (CSE)

SISTEMA VIÁRIO VERIFICAR QUADRO N° 08

Fonte: Produção da Autora com dados do PDDU, 2021 Quadro 3 Macrozoneamento & Macroárea

CLASSIFICAÇÃO

INSERÇÃO

MACROZONA DE OCUPAÇÃO URBANA MACROÁREAS

MACROZONEAMENTO

MACROÁREA DE REQUALIFICAÇÃO DA BORDA ATLÂNTICA

Fonte: Produção da autora com informações retiradas do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, 2016

Ainda analisando a lei nº 9069/2016 Subseção IV da Área de Borda Marítima (ABM) que dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município de Salvador, aborda sobre as diretrizes para a área de borda atlântica, que reforçam o intuito da implantação do Parque Urbano nesta região.

58

Sendo Piatã o bairro referente a implantação, trecho onze da área que compreende a ABM.

Art 275 São diretrizes para a Borda Atlântica: I - Elaboração de projeto urbanístico integrado, contemplando: a) requalificação dos espaços públicos, dotando-os de equipamentos e mobiliário urbano adequados, tratamento paisagístico e controle da poluição visual, notadamente aquela provocada pela fiação elétrica aérea;

b) Elaboração de estudo de desenho e imagem ambiental urbana de cada trecho da ABM, considerando a quadra como unidade de análise, de conformidade ao disposto no art 272;

c) Proteção do patrimônio ambiental, notadamente o saneamento dos cursos d´água e o controle das demais fontes de contaminação das praias; d) valorização do patrimônio cultural e paisagístico;

e) ampliação da rede de ciclovias e ciclofaixas, bem como a recuperação de passeios e calçadões;

f) resolução de pontos críticos de trânsito e a melhoria da circulação nos corredores de média e baixa capacidade

Quadro 4 Dimensões Mínimas de Lote por Zona de Uso referente ao quadro 03 da LOUS TIPO DE ZONA ZONA FRENTE MÍNIMA (m) ÁREA MÍNIMA (m²)

ZPR ZPR3 5,00 125,00

Fonte: Produção da autora com informações retiradas da LOUS

Quadro 5 Parâmetros de Ocupação do Solo referente ao quadro 06 da LOUS

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO MÍNIMO (CA MÍN)

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO BÁSICO (CAB)

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO MÁXIMO (CAM)

ÍNDICE DE OCUPAÇÃ O MÁXIMA (IO)

ÍNDICE DE PERMEABILIDADE (IP)

RÉCUO DE FRENTE

Fonte: Produção da autora com informações retiradas da LOUS

RÉCUO LATERAL

RÉCUO DE FUNDO 0,30 1,50 3,0 0,50 0,20 4,0 1,50 2,50

Quadro 6 Coeficientes Exigidos

CAB (SOLICITADO) IO IP 12 498 4 166 1 666,4

Fonte: Produção da Autora, 2021

59

Quadro 7 Enquadramento de Usos de Uso "Não Residencial" referente ao Quadr 07 da LOUS ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE GRUPO 14

USOS ESPECIAIS

20 PARQUE METROPOLITANO E DISTRITAL, JARDIM BOTÂNICO E JARDIM ZOOLÓGICO [...]

Fonte: Produção da autora com informações retiradas da LOUS

Das Áreas Especiais Segundo a LOUS, 2016:

Art 34 As Áreas Especiais compreendem setores para os quais são estabelecidas ordenações especiais de uso e ocupação do solo, que se sobrepõem e prevalecem em relação às das zonas, e que deverão ser observadas em qualquer tipo de empreendimento e/ou atividade

Cita ainda que Parques Urbanos é subsistema de áreas de valor urbanoambiental. No artigo 35 dessa mesma lei, complementa sobre a Comissão Normativa da Legislação Urbanística (CNLU):

§ 2º Até a regulamentação específica de cada área, as solicitações de alvarás de construção para empreendimentos e o licenciamento de atividades em Parques Urbanos, Parques Urbanos Propostos, Áreas de Proteção de Recursos Naturais APRN e em Áreas de Proteção Cultural e Paisagística APCP deverão ser analisados pela Comissão Normativa da Legislação Urbanística - CNLU, que deliberará à luz das diretrizes desta Lei, do PDDU e das normas pertinentes da legislação ambiental, ouvido o órgão de planejamento e o órgão ambiental do Município (LOUS, 2016)

Quadro 8 Usos Permitidos Zona e Via referente ao quadro 10 e 11A da LOUS USOS PERMITIDOS

ZONA PERMITIDO NA ZONA DE USO VIÁRI O REQUER ANÁLISE DA COMISSÃO NORMATIVA DE LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA (CNLU)

Fonte: Produção da autora com informações retiradas da LOUS

Seção XI - Da transformação Urbana Localizada, referente ao PDDU, 2016:

Art 333 - O Executivo Municipal poderá fazer uso do instrumento urbanístico da Transformação Urbana Localizada, mediante lei específica, garantida ampla participação popular, sempre motivada por interesse público relacionado à urbanização, reurbanização e requalificação de partes do território do Município, objetivando viabilizar projetos urbanísticos especiais em áreas definidas no Art 334, para atendimento dos objetivos, diretrizes e prioridades estabelecidas neste PDDU, através de intervenções de menor porte, tais como:

II Implantação de equipamentos com finalidade de uso público tais como:

60

e) estruturação dos parques urbanos e áreas de interesse ambiental.

O número de vagas é um item que requer análise particularizada pela CNLU.

3.3.1.1 Análises Legais Secundárias

Em análise as Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, lei nº 12.587, de 3 de Janeiro de 2012. Faz aqui uma pequena referencia de diretrizes para mobilidade urbana, justificando que um Parque Urbano se relaciona também com os meios de transporte e como os usuários que frequentam o espaço público, se relacionam com o ato de se locomover pela cidade.

Art 24 O Plano de Mobilidade Urbana é o instrumento de efetivação da Política Nacional de Mobilidade Urbana e deverá contemplar os princípios, os objetivos e as diretrizes desta Lei, bem como:

I os serviços de transporte público coletivo; II a circulação viária; III as infraestruturas do sistema de mobilidade urbana; III as infraestruturas do sistema de mobilidade urbana, incluindo as ciclovias e ciclo faixas; IV a acessibilidade para pessoas com deficiência e restrição de mobilidade; V a integração dos modos de transporte público e destes com os privados e os não motorizados.

3.3.2 Físicos

Foram feitas análises e diagnostico da área de estudo e preposição abordada.

61

3.3.2.1 Fisiografia

Planta 1 Dimensões do Terreno Planta Humanizada

Fonte: Produção da Autora, 2021.

62

Planta 2 Dimensões do Terreno Planta Técnica

Fonte: Produção da Autora, 2021

A cota de nível mais alta do terreno verificada foi de 16,55 e a mais baixa 8,00.

63

Fonte: Produção da Autora, 2021

Foi analisado estudo hipsométrico para verificação da altimetria. As cores de representação nesse estudo normalmente ocorrem da seguinte forma: as cores mais frias representam as áreas mais baixas e as cores mais quentes as áreas mais altas da região topográfica. No estudo hipsométrico macro foi verificado altimetria de nove metros. A análise foi feita no Topograpic Map como pode-se verificar no Mapa 07.

64

Mapa 7 Mapa Hipsométrico da região e terreno em estudo

Fonte: Retirado do Topographic Map com modificações gráficas pela autora

Imagem 14 Hipsométria do Terreno

Fonte: Produção da Autora, 2021

No estudo hipsométrico (específico), com estudo da altimetria curvas do terreno onde será implantado o Parque Urbano, podemos notar uma diferença de nível existente em uma parcela do terreno, como mostra a imagem. Posteriormente na decisão de projeto, será verificado a implantação do parque no nível da rua, tendo que realizar cortes / aterros para uma melhor adaptação que pretende-se oferecer com a proposta do espaço urbano.

65

A poligonal que será feita a implantação do Parque Graúna, é próximo do Rio Passa Vaca. Essa hidrografia é presente na Reserva do Vale Encantado.

Mapa 8 Localização da Sub bacia do Rio Passa Vaca

66

3.3.2.2 Qualificação Urbana

O zoneamento da região próxima a poligonal é composto de condomínio de casas em sua maioria, sendo classificada pela LOUS como uma zona preferencialmente residencial 3.

Há presença de comércio e serviços de forma salteadas, dentro da quadra próximo ao terreno não foi encontrado mas não significa a falta deles, pois tem uma grande variedade e oferta, pelas proximidades da orla marítima, e também ao decorrer da via expressa (Av Paralela), onde conduz para shoppings, faculdades, concessionárias automobilísticas e outros. (Consultar mapas 10 e 17).

Mapa 9 Sub bacia do Rio Passa Vaca Hipsometria
67

No sistema viário acontece da seguinte forma: Via Expressa (Av. Paralela) que ramifica a avenida Tamburugy, classificada como coletora I, avenida que margeia o terreno do Parque Graúna. Em segundo plano, nas quadras vizinhas temos as avenidas: Professor Pinto de Aguiar e Orlando Gomes, sendo duas avenidas de referência na cidade de Salvador, ambas classificadas como arterial I. Como podemos analisar nos mapas 11 e 12.

Mapa 10 Mapa da Tipologia das Edificações / Zoneamento Fonte: Produção da Autora, 2021
68

Mapa 11 Mapa de Classificação Viária Trecho Menor

Fonte: Produção da Autora, 2021

69

No Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), observa-se mudanças previstas que estão em discursão e/ou andamento, e que até mesmo já foram implantadas, como é o caso do Metrô de Salvador

Alguns desses projetos como a Via Expressa (Via Atlântica), prevista no PDDU que passaria pelo Vale Encantado, geram discursões, pois ameaçaria a vida animal e vegetal da reserva. Atualmente é alvo de pautas na justiça e protesto de ativistas e defensores da causa ambiental.

A Via Atlântica é um fantasma que assombra duas importantes áreas verdes de Salvador, os parques de Pituaçu e do Vale Encantado Com previsão de ligar a Avenida Luís Eduardo Magalhães à Dorival Caymmi, se concretizada ela atravessaria o Parque de Pituaçu através de uma ponte e rasgaria o Parque Ecológico do Vale Encantado, inviabilizando sua conservação A construção da via impactaria diretamente nos dois fragmentos florestais da região da Paralela, ambos com grande riqueza de flora e fauna incluindo

Mapa 12 Mapa de Classificação Viária Trecho Maior Fonte: Produção da Autora através de foto satélite via Google Earth Pro, 2021
70

10 espécies ameaçadas registradas em Pituaçu e 4 no Vale Encantado (GRUPO AMBIENTALISTA DA BAHIA, 2019)

Quadro 9 Sistema Viário: Estudos do PDDU

Fonte: PDDU com sobreposições gráficas da autura, 2021

71
Mapa 13 Conservação das Calçadas & Faixa de Pedestres Existentes
72
Fonte: Produção da Autora através de foto satélite via Google Earth Pro, 2021 Mapa 14 Direcionamento das Vias
73
Fonte: Produção da Autora através de foto satélite via Google Earth Pro, 2021

3.3.2.3 Pontos Focais

Não foi verificado presença de pontos focais próximo ao terreno em estudo, ou até mesmo que façam referência na região. Em relação a ponto modal, podemos indicar a Lagoa de Piatã, que fica de frente ao terreno, que é uma referência para o pedestre.

Mapa 15 Transporte Público: Ponto de ônibus e metrô Fonte: Produção da Autora através de foto satélite via Google Eath Pro, 2021
74

3.3.2.4 Fluxos e Deslocamentos

Mapa 16 Fluxos Predominantes

75
Fonte: Produção da Autora a partir de foto satélite via Google Eath Pro, 2021

3.3.2.5 Apropriação do Espaço

Mapa 17 Usos e Atividades Existentes na região em estudo.

Fonte: Produção da Autora através de foto satélite via MAPEAMENTO SALVADOR, 2021.

76

3.3.2.6

Potencialidades e Fragilidades

Figura 14 Estudo de potencialidades e fragilidades do terreno e entorno

Fonte: Produção da Autora, 2021.

3.3.3 Ambientais

Foram feitas análises ambientais da área em estudo, respectivamente.

3.3.3.1 Análise do Clima Local

A cidade de Salvador Bahia está inserida na Zona Bioclimática 08 e algumas diretrizes pela NBR-15220 , são necessárias para entender o clima da região e das estratégias que são proferidas para condicionamento térmico.

77

Tabela 2 Diretrizes Construtivas para Zona Bioclimática 08

Fonte: Norma Brasileira de Desempenho Térmico nas Edificações parte 03

Tabela 3 Tipos de Vedações segundo a Norma Brasileira (NBR) 15 220

Fonte: NBR 15.220

78

Tabela 4 Estratégia de Condicionamento Térmico Passivo

Fonte: NBR 15 220

Tabela 5 Detalhamento das Estratégias

Fonte: NBR 15 220 Gráfico 8 Gráfico de Chuvas em Salvador/Bahia

Fonte: PROJETEEE, 2016

79

3.3.3.2 Estudos de Incidência Solar

Imagem 15 Estudo Solar do terreno aplicando a carta solar de Salvador/BA

Fonte: Produção da Autora, 2021

O estudo de incidência solar foi realizado com base na carta solar da cidade de Salvador/BA, nessa análise foi verificado o horário de incidência nas testadas do terreno. Sendo elas: testada 340° Azimute (Az); testada 70° Az; testada 145° Az; testada 268° Az. No período do verão, equinócios e inverno. Como apresentado na tabela abaixo:

Quadro 10 Estudo da Incidência Solar (horários)

(continua)

PERÍODO FACHADA 340° FACHADA 70° FACHADA 145° FACHADA 268°

VERÃO 15:00 às 18:30 05:30 às 11:40 5:30 às 13:00 12:00 às 18:30

EQUINÓCIOS 10 às 18:00 6:00 às 12:10 6:00 às 11:00 12:00 às 18:00

80

Quadro 10 Estudo da Incidência Solar (horários)

(conclusão)

PERÍODO FACHADA 340° FACHADA 70° FACHADA 145° FACHADA 268°

INVERNO 6:30 ás 17:30 6:30 às 13:00 6:00 às 8:30 12:00 às 17:30

Fonte: Produção da Autora, 2021

Podemos analisar que a testada 145° é a que tem mais incidência no verão (5:30 hrs até 13:00 hrs) e também a testada 268° (12hrs até 18:30), essa por sua vez sendo mais crítica, pois recebe toda incidência do período vespertino.

As fachadas que apresentam incidências indesejadas serão analisadas para posteriormente serem aplicadas no projeto estratégias bioclimáticas, atendendo as diretrizes da Norma Brasileira (NBR) 15.220.

Esquema 5 Estratégias Bioclimáticas para Salvador/Bahia
81
Fonte: Croquis retirando do Proeteee com produção da autora, 2021

3.3.3.3 Estudo de Ventilação Natural

Esquema 6 Estudo de frequência dos ventos no terreno

Fonte: Retirado do SOL AR com produção da autora, 2021

Diagrama 1 Estatísticas mensais da velocidade e direções do vento para Salvador

Fonte: Windfinder, 2021

82

3.3.3.4 Levantamento de Vegetação

É existente no terreno, algumas vegetações de resquício da reserva Vale Encantado, onde o bioma de mata atlântica é dominante. É presente na ponta superior do terreno, precisamente na testada do terreno 340° Az, como pode ser observado no mapa 18 e na imagem 14.

Mapa 18 Levantamento de Vegetação na Poligonal

Grande parte dessa área no terreno, possui resíduos orgânicos, árvores existentes e outras que já sofreram derrubadas. Não é possível avaliar com grande precisão as espécies, por que o terreno atualmente encontra-se murado. Algumas árvores que foram perceptíveis através do street view4 foram coqueiros (Cocos nucifera) e Bananeiras (Musaceae).

4 Ferramenta de visualização de ruas do Google

Fonte: Produção da Autora, 2021
83
Imagem 16 Vegetação presente no terreno Fonte: Foto Satélite retirada do Earth Pro Imagem 17 Musaceae e Cocos nucifera
84
Fonte: Produção da Autora com fotos do Street View via Google Earth, 2021

3.3.3.4.1 Estudo Comparativo de Classificação em relação ao formato da cobertura vegetal em cidades

Podemos analisar que a vegetação da região em estudo apresentar formatos curvinelinear De acordo com o estudo "Cobertura Vegetal em Áreas Urbanas Conceitos e Métodos, observados em um estudo realizado em Hong Kong de JIM (1988) apud NUCCI; CAVALHEIRO, em que analisa "configurações das manchas de cobertura vegetal": Curvilinear: cinturões largos e meandrados com vertentes naturais ou modificadas adjacentes às ruas. (NUCCI; CAVALHEIRO).

No tipo Linear, embora grande parte das formas da variante Rectilinear ser formada por árvores cultivadas, nas variantes Curvilinear e Annular ocorrem, principalmente, florestas pré-existentes. (NUCCI; CAVALHEIRO).

Esquema 7 Esquema de Classificação para a Cobertura Vegetal Urbana

Fonte: JIM (1998), retirado e recortado de NUCCI; CAVALHEIRO

Mapa 19 Mapa de Vegetação da região em estudo Fonte: Produção da Autora através de Ortofoto de Mapeamento Salvador, 2021
85

3.3.3.5 Estudo das Sombras Projetadas

Figura 15 Estudos das Sombras realizado no Revit

Fonte: Produção da Autora, 2021

3.4 ENTREVISTAS

Foi aplicado questionário do Google Forms, fazendo com que se tenha aprofundamento de estudo para a implantação do Parque Urbano Graúna. Nessa pesquisa obteve-se 170 respostas até dia 16 de setembro de 2021. Onde as perguntas foram voltadas para uso e interesse de frequentar Parques e sobre questões ambientais, referindo-se também a perguntar se o público tinha

86

conhecimento sobre a Reserva do Vale Encantado, nesse caso feita para os residentes de Salvador e sua Região Metropolitana.

A faixa etária predominante da pesquisa foi o público de 20 a 30 anos com 69,4% e em relação ao nível de escolaridade predominou, ensino superior incompleto com 39,3%. Sendo uma quantidade de pessoas razoavelmente da cidade de Salvador/Ba e também de tantas outras localidades do Brasil, já que a pesquisa se referenciou não só a nível local, mas também a parques urbanos: seu funcionamento e tipologia, para entendimento e estudo do tema.

Na pesquisa referente foi perguntado se as pessoas tinham costume de frequentar parques urbanos, em primeiro lugar com 35,8% responderam a "muito pouco" e em segundo com 34,7% responderam que sim, mas que ocorriam a fazerem visitas em parques esporadicamente. Também foi perguntado sobre o que agradou a elas quando visitaram um Parque, envolvendo tanto fatores físicos como psicológicos. A maior parte das respostas por escrita, foram referentes ao contato com a natureza (áreas arborizadas) junto com o espaço ao ar livre. Também foi dito sobre a quantidade de entretenimento encontrado nesse espaço público, sobre o paisagismo local, e até sobre ciclovias que possibilitaram passeios de bicicleta, etc. Sobre a tipologia de Parque que mais agrada para o público, as possibilidades dadas no questionário foram: Parques Metropolitanos, Parques Temáticos, Parques de Bairro, Parques Urbanos e Parques Aquáticos, ganhando por sua vez parque urbanos com 66,5%. Foi perguntado sobre qual parque na cidade natal delas (tendo em vista que não foram analisados a nível somente da cidade de Salvador), elas frequentam. Sendo eles: Parque da Cidade; Ibirapuera; Parque das Nações Indígenas; Parque de Exposições; Parque da Jaqueira; Paque dos Ventos; Parque Carlos Raya; Parque Curupira; Villa Lobos; Parque Barigui; Jardim Botânico; Parque Tanguá; Parque de Pituaçu; Parque das Dunas entre diversos outros.

Com relação aos recintos que chamam mais atenção em um parque urbano, com base em montar um programa analisando essas preferencias, foram dadas onze opções para serem marcadas, quantas fossem preferíveis para o público, ficando as áreas ajardinadas com 81,5% em primeiro lugar, em segundo lugar mirantes e decks com 69,9%, e em terceiro com 65,3% cafés e quiosques.

O público também foi questionado se eles tinham conhecimento sobre Parques Urbanos poderem ter uma responsabilidade social e/ou ambiental, 81,5% responderam que sim e 18,5% responderam que não sabiam. A partir disso foi feita outra pergunta se eles conheciam sobre Centro de Apoio a Animais Silvestres (CETA), uma instalação de viés ambiental que um parque poderia vir a oferecer, 37,6% responderam que não, 29,5% responderam que sim e 32,9% responderam que tinha conhecimento sobre a CETA mas não que poderia ser implantada em um

87

parque urbano. Dessas pessoas 93,4% responderam que têm interesse em frequentar um parque com viés ambiental e em uma outra pergunta que foi estipulada uma escala de 0 a 10 a maior parte das pessoas responderam com 10 que se preocupam com questões ambientais, com 37,6%.

Para finalizar a pesquisa, foi questionado para residentes de Salvador e Região Metropolitana, se conheciam a Reserva do Vale Encantado, onde possui um milhão de metros quadrados remanescentes de mata atlântica e foi respondido com 80,8% que não tinha conhecimento sobre a reserva.

3.5 PROGRAMA DE USOS E PRÉ DIMENSIONAMENTO

3.5.1 Estudo de Demanda

Quadro 11 Análise de Estudo de Demanda Inicial

FATOR INFLUENCIADOR

INFORMAÇÃO ANALISADA

NÚMERO DE PESSOAS NO BAIRRO 11 441 habitantes (2010) IDADE PREDOMINANTE NO BAIRRO 20 a 49 anos (48,98%) ESTIPULAÇÃO DE PÚBLICO POR SEMANA 3.500 pessoas ATIVIDADES DE MAIORES INTERESSES COM BASE NA PESQUISA FEITA PELA AUTORA

Áreas Ajardinadas; Mirantes e Decks; Cafés e Quiosques QUANTIDADE DE VAGAS Á DEFINIR PELA CNLU SITUAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS NO BAIRRO CARÊNCIA DE ESPAÇOS PÚBLICOS

Fonte: Produção da Autora, 2021.

Quadro 12 Programa de Necessidades Estudo Inicial

(continua)

LISTAGEM GERAL - PROGRAMA DE NECESSIDADES DO PARQUE GRAÚNA SETOR ADMINISTRATIVO 1 Recepção 2 Adm do Parque

3.5.2 Programa de Usos
88

SETOR DE FUNCIONÁRIOS

12
4. Secretaria 5 Depósito 6 DML 7 Guarda
8.
9
10
11
(continuação) Quadro
Programa de Necessidades Estudo Inicial LISTAGEM GERAL PROGRAMA DE NECESSIDADES DO PARQUE GRAÚNA
Bagagens
Sanitário Feminino
Sanitário Masculino
Sanitário Feminino PCD
Sanitário Masculino PCD
12 Sala
13 Copa 14.
15
16
17
18
19
20.
21
22
23.
24
25 Recicloteca
26 Restaurante 27 Quiosques
28. Casa
29 Reservatórios 30 Depósito
89
de Descanso
Sanitário Feminino
Sanitário Masculino SETOR CULTURAL E DE APOIO A PESQUISA AMBIENTAL
Sala Multiuso
Biblioteca
Café Book
Escritório para pesquisa
Sanitário Feminino
Sanitário Masculino
Auditório ou Anfiteatro (Á DEFINIR) SETOR DE APOIO SILVESTRE E AMBIENTAL
Centro de Triagem para animais Silvestres (CETA)
Veterinário especialidade em aves silvestres
SETOR ALIMENTÍCIO
SETOR DE ÁREAS TÉCNICAS
do Lixo
ÁREAS EXTERNAS E ABERTAS

Quadro 12 Programa de Necessidades Estudo Inicial

(conclusão)

LISTAGEM GERAL PROGRAMA DE NECESSIDADES DO PARQUE GRAÚNA

Jardim Sensorial Áreas Ajardinadas Playground

Espaço Pet Pista de Skate

Parque Infantil Parque Juvenil Academia ao ar livre

Jardim com lago Jardins Comuns Pista de Ciclismo

Estacionamento

Fonte: Produção da Autora, 2021

90

3.5.3 Setorização e Pré-dimensionamento

Tabela 6 Setor Administrativo: Pré Dimensionamento

Fonte: Produção da Autora, 2021

Tabela 7 Setor de Funcionários: Pré Dimensionamento

Fonte: Produção da Autora, 2021

91

Tabela 8 Setor Cultural e de apoio Ambiental

Fonte: Produção da Autora, 2021

Tabela 9 Setor de Apoio Silvestre e Ambiental

Fonte: Produção da Autora, 2021

92

Tabela 10 Setor Alimentício & Setor de Áreas Técnicas

Fonte: Produção da Autora, 2021 Tabela 11 Áreas Externas e Somatório Geral

Fonte: Produção da Autora, 2021

93

3.5.4 Fluxograma

Fluxograma 1 Fluxograma do Parque Graúna

Fonte: Produção da Autora, 2022

Conceito e Partido Urbanístico / Paisagístico e Arquitetônico

94

CONCEITO E PARTIDO URBANÍSTICO / PAISAGÍSTICO E ARQUITETÔNICO

4.1 CONCEITO DO PARQUE

O conceito que foi pensado para o Parque Urbano foi de contemplação e integração com a natureza, onde os espaços externos fossem contemplados junto com os ambientes internos, sendo criado um local urbano acolhedor e receptivo ao público de forma geral: crianças, adultos e idosos.

4.2 PARTIDO URBANÍSTICO / PAISAGÍSTICO PROPOSTO NO PARQUE

O partido urbanístico do Parque Urbano foi proposto com espaços em que as pessoas posam se sentir inclusas com a natureza. O projeto, tem como objetivo proporcionar atividades para o público de todas as faixas etárias, integrado a um espaço amplo que respeite a flora e fauna já existente, onde em parte abriga vegetação nativa da Mata Atlântica, nesse espaço em questão, foi empregado a trilha do parque. Outras áreas externas que foi implantadas no parque foram, jardins trabalhando o paisagismo, com espécies locais e nacionais. Dentre esses espaços se têm o jardim no lago, espaço de contemplação, mirante que acontece junto a edificação do café book, parque infantil e juvenil, local para pratica de sketismo, academia ao ar livre, cachorródromo, pracinha, praça do obelisco, espaço do deck central com mobiliário que permite convivência e bicicletário.

4.2.1 Vegetações Proposta no Partido do Projeto

Quadro 13 Quadro de Vegetações Utilizadas no Parque

4
95

Fonte: Imagens e Textos do Manual de Arborização de Salvador com produção da Autora (2022)

Quadro 14 Quadro de Vegetações Utilizadas no Parque

Fonte: Imagens e Textos do Manual de Arborização de Salvador com produção da Autora (2022)

96

Quadro 15 Quadro de Vegetações Utilizadas no Parque

Fonte: Imagens e Textos do Manual de Arborização de Salvador com produção da Autora (2022)

Figura 16 uadro de Vegetações Utilizadas no Parque

Fonte: Imagens e Textos do Manual de Arborização de Salvador com produção da Autora (2022)

97

Quadro 16 Quadro de Vegetações Utilizadas no Parque

Fonte: Imagens e Textos do Manual de Arborização de Salvador com produção da Autora (2022)

Quadro 17 Quadro de Vegetações Utilizadas no Parque

Fonte: Imagens e Textos do Manual de Arborização de Salvador com produção da Autora (2022)

98

4.2.2 PISOS

A pavimentação não permeável na sua grande maioria foi feita de piso intertravado, utilizado nos caminhos e nas áreas de praça do parque. Mesclando a pavimentação com cores do piso intertravado natural, ocri e grafite. A grama presente em grande parte, foi especificado esmeralda. Tendo aplicação também da pavimentação em concregrama, onde nesse tipo, oferece em parte, uma porcentagem de permeabilidade. Na área de parque infantil e juvenil foi empregado piso emborrachado de alta resistência, ante impacto e cem por cento ecológico.

Figura 17 Pavimentação presente no Parque

Quadro 18 Quadro de Vegetações Utilizadas no Parque Fonte: Produção da Autora (2022)
99

4.3 PARTIDO ARQUITETÔNICO PROPOSTO NO PARQUE

As edificações que foram propostas no parque possuem quase todas pavimento térreo, exceto a edificação das salas de pesquisa que são sustentadas por pilotis com o térreo livre. Manter o pavimento das edificações térreo foi importante, visto que, era primordial priorizar a escala humana e o conceito ambiental que o parque propôs. As edificações presentes no parque, são: Centro de

Fonte: Produção da Autora (2022) Esquema 8 Piso Emborrachado de Alto Desempenho Fonte: ECOPEX
100

Triagem de Animais Silvestres; Recicloteca; Quiosques; Edificação Administrativa; Biblioteca; Banheiros; Edificação do Auditório e Edificação da Salas de Pesquisa, juntamente integrado com todos os espaços de contemplação e lazer, como mencionado anteriormente.

Figura 18 Volumetria Total Parque Graúna

Fonte: Produção da Autora (2022)

O Centro de Triagem de Animais Silvestres é a maior edificação proposta no parque com 469 m² de área construída, onde será feito uma triagem reduzida para animais silvestres, tendo em vista que o terreno é para abrigar não somente essa edificação mas todos os outros equipamentos do Parque Urbano. Onde foi observado que em Salvador, onde foi proposta sua implantação e observado também em regiões próximas, uma única unidade de CETAS, sendo essa localizada no Parque de Pituaçu, para atender aos animais que aparecem na cidade machucados, lesionados, ou precisam de alguma atenção especifica. Justificando assim, pela necessidade de mais equipamentos que dão assistência para esses animais. A CETAS pode ser visitada por frequentadores do parque, pesquisadores e estudantes.

101

Em termos técnicos a edificação possui malha de pilares de 40x40, com previsão de parede estrutural no centro da edificação para sustentar a claraboia que foi colocada na edificação, possui iluminação e ventilação natural e cobertura com laje, sendo utilizado telhas ecológicas, composta por fibras naturais no telhado platibanda e ainda alguns módulos fotovoltaicos, que estão posicionados nas telhas.

Esquema 9 Setor Cetas e Recicloteca Parque Urbano

Fonte: Produção da Autora (2022)

A edificação da Recicloteca do parque, possui um viés de reciclagem, tendo a separação de resíduo comum do parque, como material pet e resíduo orgânico que será utilizado para compostagem, servindo de insumo para adubo das plantas que serão distribuídas, promovendo a prática de sustentabilidade local, com a distribuição de mudas da mata atlântica, como geralmente acontece com o apoio da própria prefeitura da cidade de Salvador. Uma campanha feita para distribuição de mudas de árvores da mata atlântica para a população que tenha interesse.

Foi empregada nesta edificação uma malha de 20x20, foi usado também o telhado verde de tipo intensivo, juntamente com os quiosques de alimentação, a mesma solução de cobertura, trazendo sustentabilidade e beleza para as edificações.

A Biblioteca é uma edificação que trás cultura para o local urbano proposto, e serve de complemento para estudantes, pesquisadores e biólogos. A edificação com um tanto de imponência, traz esquadrias e paredes cortinas de vidro para integrar-se

102

com a natureza, possui malha estrutural de 40x40 e integração também com o deck central, que abriga mobiliários de convivência. Também possui em sua cobertura telha ecológica.

Figura 19 Setor Salas de Pequisa e Setor Biblioteca e Café Book

Fonte: Produção da Autora (2022)

As salas de pesquisa por sua vez, é um pavimento suspenso através dos pilotis, nesse pavimento superior em questão é possível ter vista do parque, também com iluminação e ventilação natural, através dos tijolinhos vazados, que permitem uma beleza própria. Uso da ventilação cruzada dos laboratórios, e nas salas esquadrias amplas, com visibilidade. A estrutura interna de divisão das salas é composta por paredes de drywall, já as paredes externas são estruturais, permitindo assim que sustente o telhado. Em sua cobertura é utilizado telhado platibanda com a telha ecológica.

Figura 20 Tijolinhos vazados Elemento da edf das Salas de Pesquisa

103

O Café Book é um dos pontos de área alimentícia presente no parque além dos quiosques, também foi utilizado as esquadrias de vidro, junto com paredes cortinas para proporcionar a integração com os jardins externos, os pilares estão distribuídos em uma malha de 20x20, o uso da madeira em seu interior para promover aconchego, com equipamentos para abrigar alguns livros Conta com um terraço para contemplação externa, e que permita também aos usuários ficarem não somente em um ambiente interno do café. No terraço ainda acontece o mirante, dando charme e vista panorâmica do parque, nesta edificação.

Já o prédio do Auditório conta com uma estrutura exuberante de treliças de madeira que ficam a mostra, para assim estruturar a cobertura de Madeira Laminada Colada, que é uma tecnologia de cobertura resistente. As águas do telhado indo de encontro, tendo formato que lembra uma asa.

Figura 21 Setor do Auditório e Estacionamento de Visitantes

104

Fonte: Produção da Autora (2022)

Figura 22 Partido Auditório Formato de telhado asa

Fonte: Produção da Autora (2022)

A madeira pode passar por uma variedade de processos industriais, resultando em diferentes tipos de madeira engenheirada Os mais conhecidos para a Construção Civil é a CLT (sigla para madeira laminada cruzada, Cross Laminated Timber em inglês) e a MLC (sigla para madeira lamelada colada, Glue Laminated Timber ou Glulam em inglês)

Figura 23 Processo da Madeira Laminada Colada

105

Fonte: CTE, 2020

Segundo o professor Carlito Calil Junior, da Escola de Engenharia da USP de São Carlos: “O CLT é um painel estrutural composto de no mínimo três camadas de “tábuas” de madeira empilhadas de forma perpendicular à camada imediatamente inferior e coladas, normalmente, nas faces largas É empregado na fabricação de painéis de grandes dimensões para a utilização em paredes e lajes ” (CTE Centro de Tecnologia de Edificações, 2020)

A fabricação da Madeira Laminada Colada MLC (ou GLULAM) reúne duas técnicas bastante antigas: 1) a técnica da colagem e 2) técnica da laminação Assim, quando se fala em “Madeira Laminada Colada” isso quer dizer madeiras cujas lâminas são coladas, de maneira que suas fibras fiquem paralelas entre si (MIGLIANI, 2019)

Esquema 10 Madeira Laminada Colada

Fonte: ArchDaily, 2019

Ainda na entrada da edificação foi tomado o partido de se implantar pequenos pilares para dar sustentação e acompanhar o nível que foi criado no auditório, um pouco mais alto. Como a implantação se deu em parte do terreno, que é plano,

106

precisou se criar um pequeno desnível, onde é sustentando a primeira parte da edificação, trabalhando também o paisagismo no local. Também permite a ventilação por baixo da laje, não criando um paredão diante a área externa próxima da edificação do auditório. Nessa edificação também se faz presente espaço de interatividade digital, com cabines interativas, aberto ao público que o frequenta.

Nesse partido foi pego também uma referencia, de uma edificação de 630 m² onde se utilizou decisão projetual, parecida. Sendo uma parte suspensa, só que desta vez por uma laje, juntamente trabalhado com o paisagismo no local.

4.4 ÍNDICES DE CALCULO DO PROJETO

Sendo um Projeto Urbano que contempla os espaços verdes, áreas recreativas ao ar livre, e a preservação da natureza. A área construída foi a necessária para atender ao programa de necessidades proposto para o parque urbano. Atendendo aos objetivos da educação ambiental, da disseminação da preservação ao meio ambiente e do viés de apoio aos animais silvestres.

Imagem 18 Referencia de Decisão Estrutural: Casa da Árvore do Escritório Casa 03 Arquitetura Fonte: ArchDaily.
107

Priorizando a integração, uso de materiais que agregam positivamente na sustentabilidade junto com o conforto do usuário.

Tabela 12 Tabela de Índices

Fonte: Produção da Autora (2022)

4.5 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

Com base na NBR 9077, foi se calculado para cada edifício do parque, as saídas de emergência, e foi aplicado conforme necessário, já que todas as edificações são térreo, exceto a edificação das salas de aula que é sustentada por pilotis. Em suma, são edificações de pequeno a médio porte e de difícil propagação do fogo, pela materialidade do modelo construtivo convencional e pela tecnologia

108

empregada nos materiais atualmente.

Ambiente: BIBLIOTECA

Área: 80 m²

TABELA 01: GRUPO F-1

TABELA 02: L – Edificações Térreas TABELA 03: Pequeno Pavimento / N.A / Edificação Pequena < ou igual 750m² ( P – N.A – T)

TABELA 04: Z – Edificações em que a propagação do fogo é difícil TABELA 05: (Capacidade de u. passagem) Portas = 100 80 pessoas/3 por m³ = 27 pessoas 27/100 = 0.27 = 1 und. passagem = 0.55 m

AUDITÓRIO

Área: 585m² Pop: 585/75 pessoa por m² = 585 pessoas TABELA 01: GRUPO F-2

TABELA 02: M – Edificações de média Altura TABELA 03: Pequeno Pavimento / N.A / Edficação Pequena < ou igual 750m² (P – N.A – T)

TABELA 04: Z – Edificações em que a propagação do fogo é difícil TABELA 05: (Capacidade de u. passagem) Escadas e Rampas = 75 585 m²/3 pessoas por m² = 195 pessoas 195/100 = 1,95 = 2 x 0.55 = 1.10m Portas = 100 585 m²/3 pessoas por m² = 195 pessoas 195/100 = 1,95 = 2 x 0.55 = 1.10m

CENTRO DE TRIAGEM DE ANIMAIS SILVESTRES

Área: 770 m²

TABELA 01: GRUPO H-1

TABELA 02: L – Edificações Térreas (H= < 6m)

TABELA 03: Pequeno Pavimento / N.A / Edficação Pequena < ou igual 750m² ( P – N.A – T)

TABELA 04: Z – Edificações em que a propagação do fogo é dificil TABELA 05: (Capacidade de u. passagem)

109

Portas = 100

770 m²/7 pessoas por m² = 110 pessoas 110/100 = 1.10 = 2 x 1.10 = 2.20 m

EDF. SALAS DE PESQUISA

Área: 356 m²

TABELA 01: GRUPO E-3

TABELA 02: M – Edificações de média Altura

TABELA 03: Pequeno Pavimento / N.A / Edificação Pequena < ou igua 750m² (P – N.A – T)

TABELA 04: Z – Edificações em que a propagação do fogo é difícil TABELA 05: (Capacidade de u. passagem)

Escadas e Rampas = 60 356 m²/1,5 m² = 237 pessoas 237/60 = 3.95 = 4 x 0.55 = 2.20m Portas = 100 356 m²/1,5 m² = 237 pessoas 237/100 = 2,37 = 3 x 0.55 = 1.65 m

CAFÉ BOOK

Área: 111 m²

TABELA 01: GRUPO F-8

TABELA 02: M – Edificações de média Altura

TABELA 03: Pequeno Pavimento / N.A / Edificação Pequena < ou igual 750m² ( P – N.A – T)

TABELA 04: Z – Edificações em que a propagação do fogo é difícil

TABELA 05: (Capacidade de u. passagem)

Escadas e Rampas = 75 111 m²/1 = 111 pessoas 111/75 = 1.48 = 2 x 0.55 = 1.10m Portas = 100 111 m²/1 = 111 pessoas 111/100 = 0,11 = 1 x 0.55 = 0.55 m

4.6 LIXO

NORMA MUNICIPAL Nº. 054 Portaria Nº.054. de 05 de julho de 2001 Norma de Armazenamento Externo de Contêineres de Resíduos Sólidos.

110

Figura 24 Extraído da Norma de Armazenamento Externo de Contêineres de Resíduos Sólidos

Fonte: Norma de Armazenamento Externo de Contêineres de Resíduos Sólidos.

Quantidade da população = 500 pessoas Geração per capta de resíduos por dia = 1,02 kg Peso Especifico = 275 kg/m³

DENSIDADE = MASSA/VOLUME

500 pessoas x 1,02 kg = 510 kg

500/275 = 1,81 M³ = 1810 litros + 15% para resíduos de áreas livres = 2081,5 litros

Coleta 03 vezes na semana Logo, 2081,5/4 = 520,37 litros

4.6.1 Tipos de Contêineres

A dimensão do container será de 660 litros ou 2 de 260 litros.

Figura 25 Tipos de Contêineres

111

Fonte: LIMBURB SALVADOR, 2001

4.7 RESERVATÓRIOS

O modelo de reservatório utilizado foi tipo taça, coluna cheia.

Consumo Diário Per Capta considerado = 50 LITROS (L)

500 pessoas/dia x 50 L = 25.000 L

Tipo de Reservatório: Taça Coluna Cheia

Material: Reservatório Metálico

Litros: 02 taças de 25.000 L

Capacidade: 02 dias

112

O Parque Graúna foi idealizado e projetado com objetivo de promover apoio ao Vale Encantado, a vida dos animais silvestres, disseminando a preservação ao meio ambiente e a educação ambiental, além de aumentar a qualidade de vida da população, promovendo espaços contemplativos e de lazer para todos os públicos Com base nisso foi criado e implantado um equipamento para atender a estes requisitos. A criação de recintos que integrassem com a natureza, com um viés importante de conscientização ambiental e convivência urbana. Promovendo vigor a cidade, bem estar e respiro urbano.

As melhoras significativas são visíveis em um equipamento que promove benefícios na cidade com este, que por muitas vezes a cidade já encontrasse saturada de grandes construções, grandes prédios, com pequena taxa de permeabilidade local e microclima afetado por todas condicionantes precarizadas no meio urbano.

5 CONCLUSÃO
113

REFERÊNCIAS

ABBUD, Benedito Criando Paisagens Senac, 2010 33 p

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15-220 . Desempenho Térmico de edificações Parte 03: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social, 2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077, saídas de emergência. Rio de Janeiro, 2001.

ATLAS Brasil Disponível em: http://www.atlasbrasil.org.br/perfil/udh/1292740800162#idhm-all Acesso em: 10 jun. 2022

AÍDA, Celeste Em Agosto será inaugurada a 1ª Etapa de Itapuã-Piatã: A Tarde Salvador Cultura Todo Dia Bahia, 1985 Disponível em: http://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br/doc-polo/emagosto.pdf Acesso em: 24 set. 2021

BRASIL. Senado, de 09 de junho de 2001. REGULAMENTA OS ARTS. 182 E 183 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ESTABELECE DIRETRIZES GERAIS DA POLÍTICA URBANA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.. Diário Oficial da União. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm. Acesso em: 9 set. 2021.

BRITISH BROADCASTING CORPORATION. BBC News. 2021. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-56726583. Acesso em: 14 ago. 2021.

CASA da Árvore / Sala 03 Arquitetura ArchDaily Disponível em: https://www.archdaily.com/981794/tree-house-sala-03-arquitetura Acesso em: 4 jun. 2022

CENTRAL Park CIVITATIS Nova York Disponível em: https://www.novayork.net/central-park Acesso em: 31 ago. 2021

CONDER. INFORMS. 2016. Bairro de Patamares na Prefeitura Bairro de Itapuã / Ipitanga no município de Salvador.

DADOS Climáticos. Projeteee. Disponível em: http://projeteee.mma.gov.br/dadosclimaticos/. Acesso em: 8 set. 2021.

ESTUDO inédito no Brasil comprova benefícios do contato com a natureza Jardim Botânico de Brasília 2020 Disponível em: http://www.jardimbotanico.df.gov.br/estudo-inedito-no-brasil-comprova-beneficios-docontato-com-a-natureza/ Acesso em: 24 ago. 2021

FONSECA, Adilson Pituaçu proporciona dia de saúde e lazer 2021 Disponível em: https://www.bahianoiteedia.com.br/pituacu-proporciona-dia-de-saude-e-lazer-logoestara-reaberto/ Acesso em: 4 set. 2021

114

FUNDAÇÃO GREGÓRIO DE MATTOS. PIATÃ E PLACAFOR. Salvador Cultura Todo Dia Salvador Bahia Disponível em: http://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br/vivendo-polo.php? cod_area=5&cod_polo=56 Acesso em: 22 set. 2021

FUNDAÇÃO GREGÓRIO DE MATTOS. Modernização da Orla terá grande impacto: A Tarde. Salvador Cultura Todo Dia. Bahia, 1984. 3 p. Disponível em: http://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br/doc-polo/modernizacaodaorla.pdf. Acesso em: 24 set. 2021.

GOOGLE Earth Pro. Mapeamento Satélite. GOVERNO do Estado inaugura CETAS no parque de Pituaçu INEMA BA 2022 Disponível em: http://www.inema.ba.gov.br/2020/08/governo-do-estado-inauguracetas-no-parque-de-pituacu/#!prettyPhoto Acesso em: 1 jun. 2022

GRUPO AMBIENTALISTA DA BAHIA. Parque Ecológico do Vale Encantado ainda aguarda implantação e via atlântica volta a preocupar. GAMBA. Bahia, 2019. Disponível em: https://www.gamba.org.br/sem-categoria/parque-ecologico-do-valeencantado-ainda-aguarda-implantacao-e-via-atlantica-volta-a-preocupar. Acesso em: 14 set. 2021

GUIA geográfico Salvador. Bahia Turismo. Disponível em: http://www.bahiaturismo.com/salvador/itapua/antigas.htm. Acesso em: 12 set. 2021.

IBGE Educa População Rural e Urbana Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18313-populacao-rurale-urbana.html Acesso em: 10 jun. 2022

IBGE CENSO DEMOGRÁFICO

DE 2010

INEMA. Parque de Pituaçu: Disponível em PDF. Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Disponível em: http://www.inema.ba.gov.br/wpcontent/uploads/2011/10/folder_pituacu.pdf. Acesso em: 18 set. 2021.

INEMA. Parque Metropolitano de Pituaçu : Histórico. Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Disponível em: http://www.inema.ba.gov.br/gestao-2/parquesmetropolitanos/parque-metropolitano-de-pituacu/historico/. Acesso em: 18 set. 2021.

JADINS Casa Vogue Disponível em: https://casavogue.globo.com/Arquitetura/Paisagismo/noticia/2018/04/jardim-conhecatodos-os-estilos.html Acesso em: 10 jun. 2022

LABORATÓRIO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES SOL-AR Disponível em: Aplicativo para Desktop Acesso em: 9 set. 2021

LABORATÓRIO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES. Projetando Edificações Energeticamente Eficientes. Projeteee. Disponível em: http://projeteee.mma.gov.br/pergunta/o-que-e-o-projeteee/. Acesso em: 10 set. 2021.

LERNER, Jaime. Acupuntura urbana, f. 69. 2003. 07 p.

115

LUCCHESE, Cecilia Reflexões para um mundo urbanizado THE URBAN EARTH 2008 Disponível em: https://theurbanearth.wordpress.com/2008/06/18/paisagismo-central-park-em-novayork-landscape-central-park-in-new-york/ Acesso em: 1 set. 2021

MADEIRA engenheirada: você conhece essa nova tecnologia construtiva?. Centro de Tecnologia de Edificações. São Paulo. Disponível em: https://cte.com.br/blog/inovacao-tecnologia/madeira-engenheirada-voce-conheceessa-nova-tecnologia-construtiva/. Acesso em: 4 jun. 2022.

MAPA: Principais pontos de interesse cultural e ambiental. Parque Ibirapuera Conservação. Disponível em: https://parqueibirapuera.org/parque-ibirapuera/mapasdo-parque-ibirapuera/. Acesso em: 3 set. 2021.

MAPA Hipsométrico Disponível em: https://pt-br.topographicmap.com/maps/gnry/Bahia/ Acesso em: 10 jun. 2022

MAPEAMENTO SALVADOR Mapeamento Cartográfico de Salvador Disponível em: mapeamento.salvador.ba.gov.br/geo/desktop/index.html Acesso em: 11 set. 2021

MARY, Fernanda Schwarc. Parque Urbano: Concha Acústica de Niterói. Rio de Janeiro Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade Federal Fluminense, 2016.

MIGLIANI, Audrey O que é Madeira Laminada Colada (MLC ou Glulam)?. ArchDaily. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/928061/o-quee-madeira-laminada-colada-mlc-ou-glulam Acesso em: 4 jun. 2022

MINERAÇÃO BAIANA Disponível em: https://bahia.ba/economia/mineracao-baianagerou-quase-1-500-novos-postos-de-trabalho-nos-ultimos-12-meses/ Acesso em: 10 jun. 2022

MOREAU, Karine Os jardins Ingleses Paisageiro Disponível em: https://www.paisageiro.com/blog/os-jardins-ingleses Acesso em: 10 jun. 2022

NASCIMENTO, Alana Cury. Parque Urbano Entre Fluxos: o elo entre bairro avulsos e o centro da cidade de campanha. Vaginha/MG, f. 87, 2018 Trabalho de Conclusão de Curso (Arquitetura e Urbanismo) - Centro Universitário do Sul de Minas.

NORMA MUNICIPAL Nº. 054 PORTARIA Nº.054. DE 05 DE JULHO DE 2001 NORMA DE ARMAZENAMENTO EXTERNO DE CONTÊINERES DE RESÍDUOS SÓLIDOS

NUCCI, João Carlos; CAVALHEIRO, Felisberto Cobertura Vegetal em Áreas Urbanas: Conceito e Método São Paulo Disponível em: Acesso em: 12 set. 2021

O PAISAGISMO do Central Park : uma obra-prima que ultrapassa os tempos . CASACOR Mostras. 2021. Disponível em: https://casacor.abril.com.br/paisagismo/paisagismo-central-park-nova-york/ Acesso em: 1 set. 2021

116

O PISO de borracha para playground ECOPEX Disponível em: https://ecopex.com.br/piso-de-borracha-para-playground/ Acesso em: 9 jun. 2022

ORTOFOTO. Mapeamento Salvador. Disponível em: http://mapeamento.salvador.ba.gov.br/geo/desktop/index.html. Acesso em: 19 ago. 2021.

PEREIRA, Matheus. Clássicos da Arquitetura: As Arquiteturas do Parque Ibirapuera / Oscar Niemeyer. Archdaily. 2018. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/898302/classicos-da-arquitetura-as-arquiteturas-doparque-ibirapuera-oscar-niemeyer. Acesso em: 3 set. 2021.

PIATÃ Atlas Brasil Disponível em: http://www.atlasbrasil.org.br/perfil/udh/1292740800162#idhm-all Acesso em: 10 jun. 2022

PINTO, Renata A praça na história da cidade: o Caso da Praça da Sé - Suas faces durante o século XX (1993 / 1999) Trabalho de Conclusão de Curso

PRAIA de Piatã. Salvador da Bahia. Salvador. Disponível em: https://www.salvadordabahia.com/experiencias/praia-de-piata/. Acesso em: 22 set. 2021.

RESEARCHGATE. SUB-BACIA DO RIO PASSA VACA (SALVADOR 2006) HIPSOMETRIA. RESEARCHGATE. Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-HIPSOMETRIA-E-REDE-DEDRENAGEM-DA-BACIA-DO-RIO-PASSA-VACA_fig2_323118170. Acesso em: 20 set. 2021.

SALVADOR Dispõe sobre o Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo do Município de Salvador e dá outras providências. Diário Oficial, Salvador Disponível em: https://leismunicipais.com.br/plano-de-zoneamento-uso-e-ocupacaodo-solo-salvador-ba-2016-09-08-versao-original Acesso em: 8 set. 2021

SALVADOR Dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município de Salvador - PDDU 2016 e dá outras providências, de 30 de junho de 2016 Diário Oficial, Salvador Disponível em: https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-salvadorba Acesso em: 7 set. 2021

SENA, Consuelo Pondé. Frederico Edelweiss: Resumo. Revistas USP, 14/09/1977. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/75685. Acesso em: 24 set. 2021.

SHAFTOE, Henry. Convivial Urban Spaces: Creating Effective Public Places. Routledge, 2008.

SOBRE os Cetas IBAMA 2022 Disponível em: http://www.ibama.gov.br/centros-detriagem-de-animais-silvestres-cetas Acesso em: 1 jun. 2022

TEIXEIRA, Ricardo dos Santos ANÁLISE DA APROPRIAÇÃO

PELOS

USUÁRIOS DE PARQUES URBANOS: ESTUDO DE CASO NA BACIA DA PAMPULHA - BELO

117

HORIZONTE, MG. Minas Gerais, 2007 Dissertação - Universidade Federal de Viçosa. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2022.

TORRES, Antonio Puentes ; ALMEIDA, Ricardo Acásio. Esboço sócio-ambiental da bacia hidrográfica do rio Passa Vaca, SSA-BA. PDF. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/1479/1/2408.pdf. Acesso em: 20 set. 2021.

WALSH, Niall Patrick Como seria o Central Park se outro projeto tivesse sido escolhido há 160 anos ArchDaily 2018 Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/904315/como-seria-o-central-park-se-outro-projetotivesse-sido-escolhido-ha-160-anos?

ad_source=search&ad_medium=search_result_all Acesso em: 31 ago. 2021

WINDFINDER Estatísticas anuais do tempo e vento para Salvador Aeroporto Windfinder Disponível em: https://pt.windfinder.com/windstatistics/salvador Acesso em: 10 set. 2021

WOLFFENBÜTTEL, Andréa . O que é? : Índice de Gini. IPEA. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=2048:catid=28. Acesso em: 1 nov. 2004.

118

APÊNDICE A — PERGUNTAS DO QUESTIONÁRIO DE ESTUDO: IMPLANTAÇÃO DO PARQUE GRAÚNA

119

APÊNDICE B — GRÁFICOS DAS RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO DE ESTUDO: IMPLANTAÇÃO DO PARQUE GRAÚNA

120
121
122
123
parqueurbano GRAUNA -

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.