Claudia Matos

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Claudia Matos


Índice • Cláudia Matos • Sua pintura - contato • Poemas em tela • Totens • Janelas • Outras obras • Currículo - algumas exposições • Reportagens de jornal 2


Claudia Matos Artista plástica, dedica a sua vida à pintura. Doutoranda na EBA-UFRJ na linha de pesquisa de Imagem e Cultura. Professora de Artes há mais de 16 anos nos 1º, 2º, 3º graus e Pós Graduação Lato Sensu, formada em Artes pela UFJF é mestre em Ciência da Religião (UFJF-2007). Sua dissertação: "Schiller e a Arte: a beleza como elevação do homem rumo ao Absoluto", estabelece elos entre Arte, Filosofia e Religião, mediante a Educação Estética do Homem. Foi aluna de nomes de expressão da arte contemporânea como Arlindo Daibert. Inicia seus primeiros passos de ballet clássico com Leda Yuque, primeira bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que a influenciou de forma marcante. Dançou ballet por mais de treze anos em sua vida, lecionou, desenhou figurinos para espetáculos e integrou o corpo de alunos de ballet do Palácio das Artes - BH. Durante muitos anos, envolvida com as sapatilhas, inicia a pesquisa de outros materiais que lhe permitiram transpor movimento e musicalidade para os traços, pinceladas e formas circulares na pintura, o que revela a expressão da suavidade e leveza dos movimentos da dança que ainda permanecem em sua essência. A paixão pela pintura surge aos nove anos de idade, quando via a avó e a mãe envolvidas com lápis e pincéis. Começa aí o caminho a ser trilhado em sua vida.

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Sua pintura A artista trabalha seus projetos em acrílica e técnica mista mediante leituras e pesquisas. Direciona seu olhar à filosofia da arte, aos pensamentos poéticos e filosóficos que, por muitas vezes permeiam as temáticas de suas exposições. Há sempre um embasamento teórico antecessor ao processo de criação das obras. A tradução do movimento do corpo no espaço registra-se de maneira singular nos traços circulares, esferas, semi-esferas e arcos, além de manchas, texturas e transparências: características sempre presentes em seus quadros. Traços inacabados em seus devires, trajetórias aparentemente diáfanas, quase invisíveis pelo seu grau de sutileza, sugerem possibilidades para o indivíduo tornar-se o que se é a cada percurso. Obs.: Alterou seu nome artístico de Cláudia Regadas para Cláudia Matos

Contato: claudiamatosp@hotmail.com http://claudiamatosp.blogspot.com

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Poemas em tela Ao conhecer o trabalho de Jacques (18821973) e Raíssa Maritain (1883-1960) durante um curso de Filosofia da Arte, houve uma identificação com algumas reflexões metafísicas. O casal influenciou o mundo intelectual europeu da época, porém são pouco conhecidos no Brasil. Encontraram-se em uma Universidade de Paris e casaram-se em 1904. Ele - filósofo e ela - poetisa. Ambos respiravam os mesmos ares da arte e da cultura. Raíssa escreveu algumas poesias inspiradas em obras de arte. Percorri o caminho inverso, pintando telas cuja expressão decorre de suas transcendentes palavras. O filósofo francês Jacques Maritain, em seu livro "Art et Scolastique", dedicou à sua esposa Raisssa palavras reveladoras do companheirismo, cumplicidade e complementaridade de ideais que ambos nutriam na busca comum às suas indagações existenciais: "A metade da minha alma escreveu a metade de minha obra". Esta dedicatória desencadeou o processo de criação de todas as telas desta exposição, que se realizou em homenagem a este casal emblemático.

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Algumas obras da exposição

Almas Gêmeas - 1,20m x 1,30m - acrílica sobre tela

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Livro dos dias – 90 cm x 70 cm - técnica mista

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Diário - 80cm x 80 cm - técnica mista

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Carta noturna – 1m x 0,70 m – acrílica sobre tela

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Poemas de primavera - 0,90 m x 0,70 m - acrĂ­lica sobre tela

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Poema do jardim secreto - 0,80 m x 0,80 m - acrĂ­lica sobre tela

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Mensagens da paixão – 0,80 m x 0,70 m – acrílica sobre tela

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De Profundis - 1m x 80 cm - acrĂ­lica sobre13 tela


Cartas de amor - 60cm x 80 cm - acrĂ­lica sobre tela

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Asas - 90cm x 80 cm - acrĂ­lica sobre tela

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Mandala do amor - 60cm x 80 cm - acrĂ­lica sobre tela

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Poesia de sonhos - 40 x 40 cm - acrĂ­lica sobre tela

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Poemas secretos - 40cm x 40 cm - acrĂ­lica sobre tela

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Saudade - 0,40 m x 0,33 m - acrĂ­lica sobre tela

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Poesia de inverno - 0,80 m x 0,60 m - acrĂ­lica sobre tela

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Intuição - 0,80 m x 0,70 m - acrílica sobre tela

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Harmonia - 0,80 m x 0,60 m - acrĂ­lica sobre tela

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Encontro - 0,80 m x 0,70 m - acrĂ­lica sobre tela

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Totens A motivação para esta exposição surgiu de uma pesquisa sobre povos antigos e suas relações com o universo, com os fenômenos da natureza, seus antepassados e o vínculo representativo entre estas crenças e o mundo material. Totem é um tipo de manifestação religiosa, das mais antigas, encontrada na humanidade. Fundamenta-se na relação de proximidade estabelecida entre grupos, clãs e a dimensão do sagrado, mediante o contato e devoção a estes objetos simbólicos, artisticamente elaborados. Cada tela foi realizada com a intencionalidade de expressar esta possível ponte existente entre materialidade, universo e o sagrado. Como objetos de ligação nesta transitoriedade, várias obras são entituladas como Totem de enigmas, Totem solar, Totem do tempo, Totem da fertilidade, Totem da terra, etc.... Estrelas que caem dos céus como esferas...

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Monadas? 1,78m x 1,38m -acrĂ­lica sobre tela

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Sonho - 1,30m x 1m - acrĂ­lica sobre tela

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Totem de enigmas - 1,40 m x 0,60 cm - acrĂ­lica sobre tela


Totem solar I - 1,20m x 1m - acrĂ­lica sobre 28 tela


Totem lunar - 1m x 0,80m - acrĂ­lica sobre tela

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Totem da terra - 0,60 m x 0,80 m - acrĂ­lica sobre tela

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Totem fertilitas - 1,40 m x 0,60 m -acrĂ­lica sobre 31 tela


32tela Totem solar II - 1m x 0,80 m - acrĂ­lica sobre


Totem das constelaçþes - 0,80 m x 0,60 m - acrilica sobre tela

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Totem do tempo - 0, 90m x 0,70m - acrĂ­lica sobre tela

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35 PĂŠtalas - 1m x 0,50 m - acrĂ­lica sobre tela


Janelas Janelas abertas para a vida, janelas para o cosmos, janelas para o caos...

Janelas que se abrem para o íntimo. Janelas de memórias...

"O invisível não é irreal: é o real que não é visto" Murilo Mendes

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Janela para o infinito - 0,92 m x 0,85 m -acrĂ­lica sobre tela

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Janela para o sonho - 1m x 1m - acrĂ­lica sobre tela

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Janela de mensagens - 1,25 m x 0,40m - acrĂ­lica sobre tela

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Vidraças da alma - 0,90 m x 0,70 m - acrílica sobre tela

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Vidraças do pensamento - 0,46m x 0,54 m - acrílica sobre tela

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Janela Lúdica - 0,80 m x 0,80 m - acrílica sobre tela

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Janela da paixĂŁo - 1,27m x 0,42 m - acrĂ­lica sobre tela


Janela para a vida - 1m x 0,80 m - acrĂ­lica sobre tela

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Janela de ambigĂźidades - 0,50 m x 0,40 m - acrĂ­lica sobre tela

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Janela do desejo secreto - 0,90 m x 0,70 m - acrĂ­lica 46 sobre tela


Olho mágico - 0,50 m de diâmetro - acrílica sobre tela

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Janela do reencontro - 0,70 m x 0,50 m - acrĂ­lica sobre tela

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Criando vidraças I - 0,49 x 0,40 m - acrílica sobre tela

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Criando vidraças II - 0,43 m x 0,39 m - acrílica sobre tela

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Criando vidraças III - 0,57 m x 0,40 m - acrílica sobre tela

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Vitral dos vários eus - 0,55 m de diâmetro - acrílica sobre tela

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Outras obras

Mandala da primavera -1,10m de diâmetro - acrílica sobre tela

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Casas de Vidro é uma tela inspirada no poema de Raïssa Maritain - Le Lac - traduzido por Cesar Xavier Bastos, em seu livro Poemas e Ensaios (p.113), o qual transcrevo abaixo.

O Lago O lago cheio de casas de vidro Acalentado por sua massa frágil Abrigo das almas sinceras Que o habitam como ilha Desde muito tempo em silêncio A lua e o céu nele se movem Ramos entram pelas janelas Velas agitadas nele se refletem E as almas se lembram De aventuras muito antigas Nas casas da terra Raïssa Maritain 54


Casas de Vidro - 0,90m x 0,70m - acrĂ­lica sobre tela

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As telas a seguir, inspiram-se em um poema escrito em francês, por Murilo Mendes, em Maio de 1955 - Papier. Tradução de César Xavier Bastos em 2001, Juiz de Fora - MG .

Saudação à Arpad Szenes Nos intervalos do branco, Nos escuros espelhos do branco, Nos palácios do branco, Negros, cinzentos e amarelos, Eu te encontro espírito, Sombra real, concreta, De cristais superpostos, De finas espadas. Eu te deduzo Da convexidade dos espelhos; Da estrela dos cristais Que se unem, brancos, Para um exemplo único, Para um silêncio único, Um amor conciso, Uma só eternidade tirada Desta terra mesmo, Deste espaço domado: Átomo puro Cujos traços desaparecem Nos labrintos negros do branco; Átomo igual a ele mesmo Pela ascese e o rigor do branco. Murilo Mendes

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Rachaduras do branco - 1m x 0,80 m - acrĂ­lica 57sobre tela


Silêncio único - 1 m x 0,70 m - acrílica sobre tela

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Algumas exposições •

Exposição - Reitoria da UFJF: 45 Anos do Colégio de Aplicação João XXIII, MG, 2010.

5ª Bienal de Artes dos Colégios Jesuítas –JF, MG, 2009.

Exposição Colcha de Retalhos - (Instalação), JF, MG, 2008.

Exposição de Pinturas Afro - Dia Nacional da Consciência Negra,JF, MG, 2008.

Fraternidade e Defesa da Vida - Exposição Interdisciplinar, JF, MG, 2008.

Exposição Rodas da Vida - JF, MG, 2008.

4ª Bienal de Arte dos Colégios da Companhia de Jesus, 2007. São Paulo

Honra ao Mérito - Participação na Exposição de Artes do IX Festival Cultural de Matias Barbosa - MG, 2006.

Exposição Pintura - Olhares de Minas, 2006. UFJF, HU – MG

Exposição Um olhar dos 15 anos sobre a Lira dos 20 - Homenagem a Álvares de Azevedo, 2005. Espaço Cultural Mascarenhas JF, MG.

Exposição Coletiva 2004 - Pintores de Juiz de Fora, 2004. Pró-Música JF, MG.

Exposição individual - Espaço Cultural Estação Geraes - Juiz de Fora - MG., 2003.

Exposição Coletiva 2002 - Pintores de Juiz de Fora, 2002. Caixa Econômica Federal. MG.

Exposição Individual na Galeria Arte 5 - BrasilCenter - Juiz de Fora - MG, 2002.

Participação no 5° Festival Cultural de Matias Barbosa - Matias Barbosa - MG, 2002.

Exposição coletiva dos alunos de seu atelier - Caminho da Roça - Biblioteca do Espaço Mascarenhas, JF, MG, 2001.

Exposição Coletiva na Galeria Arte 5 - BrasilCenter - Juiz de Fora - MG, 2001.

Exposição individual - Homenagem ao Centenário de Murilo Mendes – Desenhos - Espaço Cultural Estações Geraes, JF, MG, 2001.

Exposição Coletiva - O Sol da Liberdade - Alunos de seu atelier - Biblioteca do Espaço Mascarenhas, JF, MG, 2000.

Exposição coletiva - Raissa por seus Amigos - Atelier Janice Lopes, JF - MG, 2000.

Exposição coletiva - Terra Brasilis - Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF - MG (Dez/Jan) 2000/2001.

Exposição coletiva -Isto ou Aquilo - Ilustrações de poemas de Cecília Meireles - Centro Cultural Bernardo Mascarenhas - FUNALFA, JF. MG, 2000.

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3° Festival Cultural de Matias Barbosa - Mostra: Olhares de Minas - MG, 2000.


Exposição Coletiva - Amigos da Escola - Rede Globo -TV Panorama -JF - MG, 1999.

Exposição Coletiva – 1ª Tarde Cultural - Escritório de Arte Eny Sarmento - JF-MG, 1999.

Exposição Coletiva – 2ª Tarde Cultural - Escritório de Arte Eny Sarmento, JF - MG, 1999.

Exposição coletiva de Primavera - Atelier Janice Lopes, JF - MG, 1999.

Exposição Inaugural na Aliança Francesa, Juiz de Fora - MG, 1999.

Participação no IV Salão de Artes Plásticas da Semana do Soldado – Exército - Juiz de Fora, MG, 1999.

Prêmio Salão Feminino- Menção Honrosa - Sociedade Brasileira de Belas Artes do Rio de Janeiro, RJ, 1999.

CHROMOS - Galeria de Arte - Belo Horizonte - MG -1998/1999.

Salão de Poesia e Literatura na Pintura - Sociedade Brasileira de Belas Artes do Rio de Janeiro, RJ, 1999.

Salão Primavera - Sociedade Brasileira de Belas Artes do Rio de Janeiro, RJ, 1999.

Prêmio Medalha de Bronze Salão Primavera - Sociedade Brasileira de Belas Artes do Rio de Janeiro (Setembro) Título do quadro Premiado: Poemas de Primavera. RJ.

Exposição coletiva - Atelier Janice Lopes - Juiz de Fora - MG, 1998.

Exposição coletiva em Holambra - São Paulo - Projeto Arte em Suas Mãos, SP, 1998.

Exposição coletiva na Aliança Francesa - Juiz de Fora - MG, 1998.

Exposição coletiva na Livraria e Cafeteria A Terceira Margem - Juiz de Fora, 1998.

Exposição coletiva no Centro Cultural Pró - Música – JF - MG, 1998.

Exposição individual no Atelier Janice Lopes - Juiz de Fora - MG, 1998.

III Salão de Artes Plásticas da Semana do Soldado – Exército - Juiz de Fora, 1998. Exposição coletiva na Galeria do Banco Central, Belo Horizonte - MG, 1997.

Exposição coletiva no Astória, em Juiz de Fora - MG, 1997.

Exposição Individual -Galeria da Caixa Econômica Federal -JF - MG, 1997.

Exposição coletiva - Abstratos - Atelier Janice Lopes - Juiz de Fora - MG, 1996. Exposição Individual Janelas - Galeria Portinari -Juiz de Fora - MG, 1996.

Exposição e Prêmio Pintura - Bienal Casa do Caminho JF, MG, 1993.

PACE - Arte Galeria - Belo Horizonte - Minas Gerais, 1991.

REGARD - Galeria de Arte - Belo Horizonte – MG, 1990/1991.

Exposição Coletiva de Inverno na Galeria Portinari - Juiz de Fora - MG, 1990.

Exposição coletiva na Galeria da Caixa Econômica Federal de Juiz de Fora - MG, 1990. Exposição individual - Enigmas - Galeria Portinari, Juiz de Fora - MG, 1990.

Exposição individual na Galeria L’Amour et Vie - Três Rios - RJ, 1990.

Exposição

coletiva

do

21º

Festival

de

Inverno

da

60BH

UFMG,

-

MG,

1989.


Reportagens

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“Arte é infinitude na finitude”


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