Edição comemorativa do aniversário de 50 anos
1º Batalhão de Guardas Batalhão do Imperador / 1823
50 anos e muito mais de história
CO NST RUIR HIST ÓRI A CON STRUIR HISTÓRIA CUL TIVANDO NDOMEL MELHOR HORES ES CULTIVA REL ACI ONA MEN RELA CIO NAM ENTTOS OS.. VAM OS FAZ FAZER ER VAMOS JUN TOS?? JUNTOS JUNTOS? VAMOS FAZER RELACIONAMENTOS. CULTIVANDO MELHORES CONSTRUIR HISTÓRIA anos de parceria. Banco Real e Forças Armadas: mais de 2 5 aos 50 anos do 1 o Batalhão de Guardas. Homenagem do G rupo Santander B rasil
si ra ll ntatanndderer BB si a ra S po ru G o n d a S m ge agem do Grupo ena men H om Ho s. a rd a u G e d s. o a o ã rd a lh u ta a G B e d o 1 o ã nooss ddoo 1 Batalh an 50 a a oss 50 ao 5 e22 isdd a m 5 s: a e d a is a rm m A s s: a ça d a or F rm eall ee Forças A Rea co R nco an B Ba ia.. eria rcer parc dee pa os d a nos an
Sumário
O Imperador
05
Participação do 1º BG em Missões de paz
12
04
Editorial
06
Histórico
08
Nossos Heróis
09
Nossos Comandantes
10
Missão
11
Palavras do Comandante do Batalhão
14
Antigos Comandantes do Batalhão
Fotos históricas
16
50 anos
1ª Companhia de Infantaria de Guarda
2ª Companhia de Infantaria de Guarda
27
Entrevistas
18
Banda de Música
21
A Guarda, sua história e muito mais
22
Estágios
23 Pelotão Águia
Companhia de Comando e Serviço
24
Real Canil do Imperador
25
Palavras finais
30
26
28 3ª Companhia de Infantaria de Guarda
29
Editorial
50 anos
O 1º Batalhão de Guardas é a versão atual do Batalhão do Imperador, criado em 1823, por D. Pedro I. Esta singular unidade do Exército Brasileiro é herdeira das mais gloriosas tradições da guarda pessoal do Imperador. É verdade que a história e o trabalho do Batalhão são desconhecidos de maior parte dos militares e do público externo em geral. Por isso, vamos mostrar um pouco de nosso trabalho nas próximas linhas desta revista. A unidade se dedica, diariamente, ao cumprimento de suas missões, tais como: a guarda de instalações mi-
litares, particularmente do Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste (CML), e do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (MMSGM), além de escoltas de comboios e de autoridades. Não podemos deixar de falar da missão operacional da unidade como peça de manobra do CML, garantindo a lei e a ordem, por meio de uma SU (1ª Cia) permanentemente pronta para emprego. Como se pode observar, nossas atividades requerem uma eficaz preparação e adestramento, alicerçados por procedimentos de ges-
tão de pessoal e logísticos eficientes. Conjugando tradição e modernidade, os integrantes do Batalhão possuem, em elevado grau, a marcialidade, a operacionalidade e o exato espírito de cumprimento do dever. Nossas missões supõem uma grande responsabilidade, por isso, requerem cuidado especial na sua preparação e exigem um perfeito planejamento e execução. O objetivo principal desta revista é apresentar ao público interno e à sociedade um resumo da história e do trabalho do 1º Batalhão de Guardas (Batalhão
do Imperador/1823), ao longo destes 50 anos de redenominação. Desta forma, esta revista será um importante veículo para o Batalhão levar ao conhecimento público suas atividades. Com muito trabalho e responsabilidade, temos elevado o nome do Exército e principalmente o nome do Brasil. Se ao finalizarmos a leitura destas páginas, tivermos conseguido transmitir a todos os leitores o trabalho do 1º Batalhão de Guardas, nossa missão estará cumprida. Boa Leitura! A GUARDA!
1º Batalhão de Guardas (Batalhão do Imperador/1823) 06 de Abril de 2010 Edição comemorativa de 50 anos Tiragem 1.000 exemplares
Fotografia Sr Délcio Antônio da Silva Machado (Fotinha) Sd Daniel Aragão Batista da Silva e fotos de arquivo
1º Ten Av FAB Marcelo Rachevsky 2º Sgt Paulo Ernesto Pereira de Lucena Dias Cb Cristiano César dos Santos Andrade Sd Gelson da Rocha Rodrigues
Comandante TC Alfredo de Andrade Bottino
Agradecimento especial aos seguintes colaboradores: Gen Ex Cmb Adriano Pereira Junior Gen Ex Cmb R1 Pedro Luis de Araújo Braga Gen Ex Cmb R1 Rubens Bayma Denys Gen Ex Cmb R1 Geise Ferrari Cel Eng FAB Ronaldo Yuan TC Int R1 Marco Aurélio Gonçalves do Nascimento Maj Av FAB Arthur Carlos Guedes Naylor Júnior Cap Inf Marcos de Souza Branquinho Cap Inf Fernando César Tanure Bacelar 1º Ten Int Michele de Souza Siqueira 1º Ten Alexandre Barbosa da Silva 1º Ten Giselle Cavalcante de Castro 1º Ten Jayme Noberto da Silva Vasconcelos 1º Ten Vitor Martins Leal
A Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro: Guarda Municipal Cel PM Ricardo Coutinho Pacheco - Inspetor Geral da GM-Rio Cláudio Pena Maciel - Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento Técnológico da Guarda Municipal do Rio de Janeiro Eurivaldo Joaquim da Silva - Coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento Técnológico da Guarda Municipal do Rio de Janeiro Guarda Municipal José Isidro Frota Santana
Editor Cap Inf Marcos Paulo Dias Pinto Conselho Editorial TC Alfredo de Andrade Bottino Cap Inf Marcos Paulo Dias Pinto Revisão de Texto TC Alfredo de Andrade Bottino Adriana Cardoso
Design Gráfico e Diagramação Guarda Municipal Claudio dos Santos Fernandes e Helena de Andrade Benito Impressão Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica (PAME/RJ)
O Imperador
Dom Pedro I - Imperador do Brasil e Rei de Portugal, nosso criador Nascido em Lisboa no dia 12 de Outubro de 1798, era filho de D. João VI e de D. Carlota Joaquina. Com a ameaça de invasão de Portugal pelas tropas napoleônicas na Europa em 1807, a família real decidiu mudar para o Brasil, precisamente para a cidade do Rio de Janeiro. Com isso o jovem príncipe chegou ao Brasil com nove anos de idade. Em março de 1816, com a elevação de seu pai a rei de Portugal, recebeu o título de Príncipe Real e herdeiro do trono em virtude da morte do irmão mais velho, Antônio. Foi-lhe escolhida como noiva Carolina Josefa Leopoldina, filha da Imperatriz Leopoldina da Áustria. Casou-se por procuração a 16 de Novembro de 1816. Deste casamento teve sete filhos, entre eles D.Maria, futura rainha de Portugal. A família real retornou à Europa em 26 de abril de 1821, ficando D. Pedro como Príncipe Regente do Brasil. A corte de Lisboa despachou, então, um decreto exigindo que o Príncipe retornasse a Portugal. Essa decisão provocou um grande desagrado popular e D. Pedro resolveu permanecer no
Brasil. Isso desagradou às Cortes Portuguesas que, em vingança, suspenderam o pagamento de seus rendimentos. Mesmo assim resistiu, naquele que ficou conhecido como o “Dia do Fico” (09/01/1822). Com a popularidade cada vez mais em alta, e no trajeto de Santos para a capital paulista, recebeu uma correspondência de Portugal, comunicando que fora rebaixado da condição de regente a delegado das cortes de Lisboa. Revoltado, e no mesmo local de entrega da correspondência, em 7 de setembro de 1822, junto ao riacho do Ipiranga, o herdeiro de D. João VI resolveu romper definitivamente com a autoridade paterna e declarou a independência do Império do Brasil, rompendo os últimos vínculos entre Brasil e Portugal. Depois de ser aclamado no Campo de Santana, conforme a tradição européia, D. Pedro foi coroado e sagrado Imperador do Brasil no dia 1º de dezembro de 1822, na Catedral de Nossa Senhora do Carmo.
D. Pedro I
O nome de batismo de Dom Pedro I: “Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon”.
5
Histórico
50
Histórico do 1ºBatalhão de Guardas Rio de Janeiro, essa Tropa de Elite, organizada com estrutura semelhante a de um Batalhão de Caçadores. Formou-se então a Guarda Pessoal do Imperador. A criação da Unidade obedecia a um processo curioso, pois o próprio Imperador D. Pedro I, em outubro de 1822, mandou reunir no Campo de Santana todas as tropas da guarnição e escolheu, homem a homem, oitocentos militares, que logo passaram a integrar o Batalhão do Imperador. Seu primeiro Comandante foi o Barão de Magé, Coronel José Joaquim de Lima e Silva, irmão do Marechal de Campo Francisco de Lima e Silva, pai do futuro Duque de
Luís Alves de Lima e Silva (duque de Caxias)
Em 10 de novembro de 1822, realizou-se na Capela Imperial a cerimônia de entrega da primeira Bandeira Nacional. O Imperador, ajoelhado diante do altar, recebeu a primeira Bandeira Imperial das mãos do Bispo Dom José Caetano Da Silva Coutinho, que lançou sobre ela a sua bênção. Em seguida, D. Pedro I passou-a ao Ministro da Guerra, o qual por sua vez a entregou ao jovem Tenente Luiz Alves de Lima e Silva, futuro Duque de Caxias, e o Primeiro Porta-bandeira da Unidade. Com a denominação de honra de “Batalhão do Imperador”, pelo Decreto de 18 de Janeiro de 1823, foi criada, na Cidade do
6
Caxias. Agora com o seu comandante recém-nomeado e conduzindo a Bandeira Nacional do Império, partiu o Batalhão para incorporar-se às forças do general Labatut, que na Bahia lutavam pela Independência do Império. A 02 de julho de 1823, o Exército Pacificador, tendo à frente o Batalhão do Imperador, sitiou a capital da Bahia e ocupou as fortalezas e demais estabelecimentos públicos que haviam sido abandonados pelas tropas do General Madeira de Melo, pacificando aquela Província e pondo fim aquela revolta contra o Império. Ali permaneceu em operações até 16 de novembro de 1823, quando retornou ao Rio de Janeiro. Chegando notícias à Corte que o Exército sofrera reveses no sul do Brasil, Sua Majestade Imperial fez embarcar sua Tropa de Elite para Montevidéu, a fim de reforçar a guarnição daquela praça e colônia. O Batalhão, agora comandado pelo Tenente-Coronel Manoel da Fonseca Lima e Silva, participou da Guerra da Cisplatina e destacouse dentre as unidades em combate. Após o encerramento da campanha, o Batalhão do Imperador retornou à Corte, mais uma vez coberto de glórias. No início de 1831, crescia a insatisfação popular contra o regime político
anos
de Sua Majestade Imperial, que se mantinha no poder apenas com a proteção de suas tropas. A 07 de abril, a manifestação popular no Campo de Santana era grande e insustentável, sendo que as tropas começavam a se confraternizar com o povo, exigindo mudanças no Ministério. O Batalhão, numa manifestação de pura lealdade ao seu criador, retirou-se do Campo de Santana e se separou do resto das Tropas Brasileiras contaminadas pelo espírito anárquico e postou-se em São Cristóvão, à disposição do Imperador, onde nasceu o nosso lema, “A guarda morre, mas não se rende”, inspirado na guarda pessoal de Napoleão que, protegendo seu Imperador, foi totalmente dizimada na Batalha de Waterloo, em 18 de junho de 1815, contra tropas aliadas da Inglaterra, Prússia, Rússia e Aústria. Para evitar o sacrifício de sua guarda pessoal, D. Pedro I mandou que o Batalhão do Imperador se reunisse a seus companheiros no Campo de Santana e, logo em seguida, abdicou ao trono em favor de seu filho Pedro, que contava com apenas 5 anos de idade, e regressou à Europa. Com a abdicação de D. Pedro I, começou a reorganização das tropas de primeira linha do Império,
Histórico
onde foi criado o Batalhão do Imperador, já com a denominação de 1º Batalhão de Guardas, a manter suas missões junto ao então I Exército. Hoje, o 1º Batalhão de Guardas, ainda sediado na região do antigo Paço do Imperador e diretamente subordinado ao Comando Militar do Leste, é a unidade encarregada de prestar honras às autoridades civis e militares, além de guardar e zelar pela manutenção do patrimônio em área Acima, folha de pagamento datada de 1823 onde encontramos os nomes do então Maj Manoel da Fonseca da administração federal, Lima e Silva( Barão de Suruí ) e do Tenente Ajudante Luís Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias). destacando-se o Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, e o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. Concomitantemente, constitui-se na Tropa de Pronto Emprego de seu comando imediato, atuando na área de defesa interna, estando dentre suas missões realizar Operações de Garantia da Lei e da Ordem e a Defesa de Pontos Sensíveis. Dos exemplos legados por seus antepassados, nos principais momentos que marcaram nossa história, ecoa a responsabilidade de seus atuais integrantes para com aqueles que deram suas vidas em defesa da Pátria, fiel ao seu lema : Jose Joaquim de Lima e Silva (barão de Magé) - 1º Comandante
através do Decreto de 04 de maio de 1831, e por não constar dele, o Batalhão do Imperador foi extinto. Em 1933, com o mesmo espírito que norteou D. Pedro I, foi criado o Batalhão de Guardas (BG), pelo Exmo Sr. Presidente da República, Getúlio Vargas, com os mesmos propósitos do passado, oficializando-o como legítimo herdeiro das tradições do Batalhão do Imperador. Da mesma forma que seu antecessor, o BG constituiu-se como uma Unidade de Elite, integrada por pessoal selecionado e de inteira confiança do Presidente da República. Nos seus anos de existência, o BG teve atuação destacada na defesa das instituições e dos ideais democráticos, como aconteceu em 27 de novembro de 1935, quando o Batalhão foi a primeira tropa a chegar na Praia Vermelha para combater o foco comunista no 3º RI, na Intentona de 1935, onde quatro soldados tombaram, cumprindo o seu dever. Com a mudança da capital para Brasília, em 1960, o Batalhão de Guardas encaminhou para aquela cidade um núcleo para a formação do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) e continuou no Rio de Janeiro, no mesmo bairro imperial de São Cristovão
“A GUARDA MORRE, MAS NÃO SE RENDE” 7
Nossos heróis
A participação do Batalhão de Guardas na Intentona Comunista de 1935 Entre os dias 23 e 27 de novembro de 1935, irrompeu em Natal - RN, no Recife-PE e no Rio de Janeiro-RJ a Intentona Comunista, chefiada pelo exCapitão do Exército Luiz Carlos Prestes, com o fim de implantar uma ditadura do proletariado sob o regime soviético. O golpe deveria ser desfechado com a máxima surpresa e violência em todo o território nacional. Do comitê moscovita partiam as ordens e um substancial apoio financeiro. Esse grande movimento deveria eclodir simultanea-
mente, mas por um erro de interpretação, a insurreição começou prematuramente no dia 23 de Novembro de 1935, em Natal. Os revoltosos tentaram tomar outras unidades do Exército, mas, não conseguiram, porque a antecipação do movimento prejudicou a surpresa e colocou a guarnição federal em total alerta. O Batalhão de Guardas foi a primeira Unidade do Exército a dar combate aos revoltosos, tendo chegado ao quartel do 3º Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha, no
Rio de Janeiro, ainda na madrugada do dia 27 de novembro. Aos primeiros raios daquele dia, o 1º Grupo de Obuses já se achava também desdobrado na Avenida Pasteur. O Grupo, em tiro direto, passou a apoiar a progressão do Batalhão de Guardas. Não foi fácil, pois, a progressão a peito aberto da brava Infantaria do Batalhão de Guardas, assim como o acionar dos canhões de baixa, as rajadas cortantes das metralhadoras inimigas que atiravam das janelas do edifício principal do quartel do 3° Regimento de
Infantaria, dificultavam o cumprimento da missão. Muitos graduados, chefes de peças de metralhadoras e comandantes de grupos ou de pelotões, deram autênticos exemplos de bravura aos soldados, durante a progressão. Perderam a vida em combate, lutando pelos ideais de liberdade, os Soldados Heróis: Clodoaldo Ursulano, Alberto Bernardino de Aragão, Pedro Maria Neto e Manoel Birê de Agrella. Como se pode verificar, as calçadas da histórica Praia Vermelha, ficaram manchadas pelo sangue derramado por aqueles soldados do Batalhão do Imperador, que defendiam a democracia e a liberdade brasileira. Autor: Sd Gelson da Rocha Rodrigues
Monumento aos soldados mortos durante a Intentona Comunista
Sd Clodoaldo Ursulano
8
Sd Alberto Bernardino de Aragão
Sd Pedro Maria Neto
Sd Manoel Birê de Agrella
Nossos Comandantes
Luís Inácio Lula da Silva Presidente da República
Nelson Azevedo Jobin Ministro da Defesa
Gen Ex Enzo Martins Peri Comandante do Exército
Gen Ex Adriano Pereira Junior Comandante Militar do Leste
Gen Bda Roberto Severo Ramos Chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Leste 9
Missão
Missão
Missão
A fim de permitir ao Comando Militar do Leste o cumprimento de suas missões constitucionais: 6) Como ação subsidiária, 2) Realizar a guarda de ins- segurança pessoal – para 1) Manter-se permanenteparticipar do desenvolvidignitários, autoridades mente em condições de ser talações e próprios naciomento nacional e da defesa civis e militares; nais, pelo estabelecimento empregado, na Garantia civil, na forma da Lei; 4) Realizar a segurança de dos Poderes Institucionais, de segurança no interior 7) Formar reservistas para comboios militares; e no perímetro das áreas da Lei e da Ordem, em 5) Na Defesa Externa, atu- compor a reserva mobilizámilitares; qualquer ponto da Área vel do Exército Brasileiro; e ar na segurança da Zona 3) Realizar atividades de de Responsabilidade do de Defesa ou do Teatro de 8) Ficar em condições de Comando Militar do Leste segurança e cerimonial atuar como Força de Paz. Operações; militar – guarda, escolta, (CML);
Missão
Visão de Futuro
Visão de Futuro Ser Unidade de confiança do CML para as missões operacionais que requeiram o emprego de tropa especializada em segurança e na GLO. Para isso: - alcançar e manter elevado grau de competências técnicas e táticas – individuais e coletivas – para o seu emprego diuturno como tropa de guarda.
- manter altos índices de adestramento da tropa para seu emprego como Força de Paz. - manter alto índice de disponibilidade de armamentos, equipamentos e viaturas especializados, necessários ao seu emprego com efetividade e segurança. Ser referência no âmbito
das Unidades do CML pelo espírito de corpo e pelo espírito de cumprimento de missão de seus integrantes. Para isso, manter elevado índice de satisfação do público interno pelo desenvolvimento de um ambiente de sã camaradagem e a manutenção de instalações
apropriadas à instrução militar e à acomodação da tropa. Ser reconhecida como OM de excelência na realização do cerimonial militar, pela perfeição na execução das missões de escolta e guarda e nas demais honras militares.
Visão de Futuro
Visão de Futuro
Princípios, Crenças e Valores
Princípios, Crenças e Valores O 1º Batalhão de Guardas, conforme diz a própria canção do Batalhão, é o legítimo herdeiro das “tradições gloriosas herdadas do Batalhão do Imperador”. Dentre os princípios, crenças e valores morais e profissionais cultuados, destacam-se:
sacrifício da própria vida. Dever - cumprir a legislação e a regulamentação, a que estiver submetido, com autoridade, determinação, dignidade e dedicação além do dever, assumindo a responsabilidade pelas decisões que tomar.
Probidade - pautar a vida, como Soldado e Cidadão, pela honradez, honestidade e pelo senso de justiça.
pessoais, no intuito de cumprir o dever, assumindo a responsabilidade por sua atitude.
Princípios, Crenças e Valores
Patriotismo - amar a Pátria - História, Símbolos, Tradições e Nação - sublimando a determinação de defender seus interesses vitais com o
Disciplina e Respeito à Hierarquia – cumprir normas, regulamentos e leis que regem a Instituição, respeitando a hierarquia e a disciplina.
Lealdade - cultuar a verdade, sinceridade e sadia camaradagem, mantendose fiel aos compromissos assumidos.
Coragem - ter a capacidade de decidir e a iniciativa de implementar a decisão, mesmo com o risco de vida ou de interesses
Espírito de Corpo – ter a capacidade de integrar as pessoas e auxiliar voluntariamente seus companheiros. Os lemas “A guarda morre, mas não se rende” e “Granadeiros do Imperador” traduzem o espírito de cumprimento de missão desta unidade de elite do Exército Brasileiro.
Princípios, Crenças e Valores 10
Palavras do Comandante do Batalhão
GRANADEIROS DO IMPERADOR! Nesta ocasião em que comemoramos nosso aniversário de cinquenta anos, é com orgulho e vibração que dirijolhes algumas palavras. O ano de 2010 entra para a história do Batalhão não só pela comemoração do nosso cinquentenário, mas, pela nossa participação no 12º contingente de força de paz do Batalhão Haiti, com um pelotão composto por 39 (trinta e nove) homens. O Brasil possui relevante atuação nas operações de paz. E o Batalhão possui histórico de apoio à política externa brasileira, desde a década de 1960 quando militares da Unidade integraram o Batalhão SUEZ. A rica experiência acumulada ao longo destes anos, somada à nossa recente participação no Haiti, nos credencia a sermos uma Unidade de destaque, diferenciada por nossas tradições e glórias. Aqui, palavras de ordem como Hierarquia, Disciplina, Coragem, Dever e Profissionalismo, são intensamente vividos em nosso dia–a–dia. O garbo, a marcialidade e a
destreza são características dos Granadeiros do Imperador, e fazem resplandecer as glórias da Unidade criada por D. Pedro I, há cento e oitenta e sete anos. Cada integrante do Batalhão desenvolve intensamente estas virtudes e procura, sempre, assimilar tais valores, essenciais à vida castrense. Sentimentos como União, Espírito de Corpo, Companheirismo, Confiança e Camaradagem são despertados em cada um de nós para enfrentarmos todas as adversidades. Ressalto, entretanto, que não nos basta termos a coragem, sem amor pelo que fazemos e nem mesmo o espírito de corpo, se não cultuarmos a todo o momento, a Honra, a Disciplina e a Lealdade. Ser disciplinado significa adotar, sobretudo, uma ação espontânea, correta e tenaz, de sacrifício até, ante um desejo momentâneo, de fazer o que é mais prático. Isso nos destaca dos demais e nos permite conquistar a vitória. Granadeiros! Sejamos enérgicos nas atitudes e inflexíveis
em nossas responsabilidades, para que tenhamos orgulho de termos cumprido nosso dever! Agradeço aos nossos chefes imediatos que acreditam em nossa capacidade e nos confiam missões desafiadoras; aos nossos antigos comandantes e reservistas, obrigado por terem contribuído com seu suor, nos legando o 1º BG de hoje; aos oficiais, subtenentes e sargentos que integram nosso Batalhão, agradeço pelo espírito de cumprimento do dever, pela Lealdade e pelo profissionalismo demonstrado em todas as nossas missões; aos cabos e soldados do Batalhão do Imperador com admiração e orgulho, obrigado pela presteza e vibração no cumprimento de todas as missões, demonstrando a vontade de elevar o nome de nossa Unidade em todas as oportunidades, valorizando o nome do Batalhão junto à sociedade, ao Exército e ao Comando Militar do Leste; aos nossos amigos, a gratidão pela colaboração permanente nas atividades desenvolvi-
das no Batalhão; às nossas famílias pelo apoio irrestrito e a compreensão constante, o nosso obrigado; e finalmente ao Grande Arquiteto dos Mundos, Comandante das Legiões Celestiais, General dos Exércitos, agradecemos pela proteção e pelas bençãos derramadas sobre nosso Quartel. Esse é o 1° Batalhão de Guardas, Batalhão do Imperador! Escola de civismo e fiel mantenedor das tradições históricas do nosso Exército e de nosso País! Ontem, como hoje e sempre, estaremos de pé e à ordem prontos a lutar pelos ideais de liberdade e pelo povo brasileiro! Como diz nossa canção: “Rincão de liberdade, Brasil ó pátria amada, Dispõe de nossas vidas, Ó Brasil terra adorada, Marchar pela vitória, Marchemos que a glória nos quer ver, O auriverde pendão nos ordena, Lutar Vencer!”
“A GUARDA!” 11
Missões de paz
Posto de Observação das Tropas Brasileiras, em Suez.
O ontem...
1º BATALHÃO DE GUARDAS Como instrumento de paz no Oriente Médio O Canal de Suez é um canal que liga Porto Said, porto egípcio no Mar Mediterrâneo, a Suez, no Mar Vermelho. Com a extensão de 163 quilômetros, permite que embarcações naveguem da Europa à Ásia sem terem que contornar a África pelo Cabo da Boa Esperança. Antes da sua construção, as mercadorias tinham que ser transportadas por terra entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho. A Guerra de Suez, também conhecida como Segunda Guerra Israelo-Árabe ou Crise de Suez, teve início em outubro de 1956, quando Israel, com o apoio da França e Reino Unido, que utilizavam o canal para ter acesso ao comércio oriental, declarou guerra ao Egito. O Egito numa atitude unilateral de combate ao colonialismo anglo-francês tinha nacionalizado o canal de Suez e fechado o porto de Eliat, o que ameaçava os projetos de Israel de irrigação do deserto do Negev e cortava o seu único contato com o Mar Vermelho no golfo de Agaba. Em contrapartida, Israel conquistou a península do Sinai e controlou o golfo de Agaba, reabrindo o porto de Eliat. No desenrolar do conflito, os egípcios foram derrotados, mas os Estados Unidos da América e a União Soviética interferiram, e em 1959 obrigaram os três países a retirarem-se dos territórios ocupados sob a supervisão das tropas da 12
Organização das Nações Unidas (ONU). Neste contexto histórico, o Brasil, por suas tradições diplomáticas, foi cotado e aceitou integrar a Força de Paz da ONU. Pela primeira vez na história as Nações Unidas iriam ao Teatro de Operações com a missão de manutenir a paz. O Brasil, por satisfazer uma série de condições exigidas pela ONU, passou a figurar entre os países escolhidos como membros dessa Força de Emergência, dentre os 29 países convidados, a contribuírem com contingentes militares para a manutenção da paz mundial. Foram escolhidos inicialmente 10 países para compor essa Força de Emergência: Brasil, Canadá, Colômbia, Dinamarca, Finlândia, Índia, Indonésia, Iugoslávia, Noruega, e Suécia, na integração da UNEF1. O 1º Batalhão de Guardas, Batalhão do Imperador, contribuiu com alguns de seus militares para compor a Força de Paz. Foram utilizados naquele País 20 (vinte) contingentes de militares, e o nosso Batalhão sente-se orgulhoso de ter contribuído com tão nobre missão. Nossos militares mostrando o valor do soldado de Caxias, e nada melhor do que o soldado do quartel onde Caxias se fez presente, cumpriram com maestria a missão de representar o Brasil, o Exército e o Batalhão do Imperador.
Missões de paz
O hoje...
1º BATALHÃO DE GUARDAS Em Operações de Manutenção de paz no Haiti Em janeiro de 2010, o mundo presenciou uma de suas maiores catástrofes, pois, o Haiti, uma ilha localizada na América, foi atingido por um dos maiores terremotos da história da humanidade matando cerca de 200 mil habitantes, o que gerou mobilização mundial. Dentro deste quadro caótico, o Brasil decidiu aumentar seu efetivo de militares, naquele País. Assim, o Exército Brasileiro preparou e enviou um contingente extra de militares. O 1º BG teve a honra de representar o Brasil no exterior integrando a Operação de Manutenção de Paz promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), na reconstrução e manutenção da paz no Haiti, por meio de um pelotão composto de 39 (trinta e nove) militares. A tropa do 1º BG integrou o 12º Contingente Brasileiro no Haiti, embarcando em fevereiro de 2010, com retorno
previsto para agosto de 2010, compondo o BRABATT 2 (Batalhão Brasileiro naquele País). Tratou-se de uma preparação emergencial, pois, cada dia em solo brasileiro era um dia a menos para o sofrido povo haitiano. Nossos militares, abnegados, cívicos, solidários e com extremo senso de cumprimento do dever, deixaram seus lares e seguiram para a missão da ONU com a vibração e a coragem inerentes aos Granadeiros do Imperador. Ao longo desses poucos meses no Haiti temos notícias de que nossa tropa vem desempenhando suas missões com extrema competência, sendo alvo de vários elogios, mostrando o valor do militar do 1º Batalhão de Guardas.
PARABÉNS GRANADEIROS DO IMPERADOR!
13
Galeria
Galeria dos Antigos
14
Cel Augusto de Oliveira Pereira 01 Jun 1960 à 19 Set 1961
Cel Ito Justino Damatta Garcia 31 Out 1961 à 01 Abr 1964
Gen Aloysio Guedes Pereira 02 Abr 1964 à 01 Dez 1964
Cel Hugo de Andrade Abreu 17 Dez 1964 à 24 Fev 1967
Cel Geise Ferrari 06 Jan 1976 à 11 Jan 1978
Cel Paulo Cardoso Almeida 11 Jan 1978 à 15 Jan 1980
Cel Expedito Hermes Rego Miranda 15 Jan 1980 à 25 Jan 1983
Cel Hélio Monteiro Pegado 25 Jan 1983 à 29 Jan 1985
Cel José de Oliveira Souza 30 Jan 1993 à 30 Jan 1995
Cel Paulo Cesar dos Reis Cebete 30 Jan 1995 à 06 Fev 1998
Cel Mário Luíz Nunes do Nascimento 06 Fev 1998 à 07 Fev 2000
Cel José Arimatéia da Silva 07 Fev 2000 à 31 Jan 2002
Galeria
Comandantes do 1ºBG
Cel Gilberto Costa Pereira 24 Fev 1967 à 21 Mai 1969
Cel Luiz Carlos Figueirôa Nepomuceno da Silva 21 Mai 1969 à 27 Mai 1971
Cel Pedro Luis de Araújo Braga 27 Mai 1971 à 10 Ago 1973
Cel Rubens Bayma Denys 10 Ago 1973 à 06 Jan 1976
Cel Ennio de Mattos Bueno 29 Jan 1985 à 30 Jan 1987
Cel Augusto César Monteiro Teixeira Coimbra 30 Jan 1987 à 31 Jan 1989
Cel Silvério Mendes 31 Jan 1989 à 01 Fev 1991
Cel Lauro Luck de Castro e Souza 01 Fev 1991 à 29 Jan 1993
TC José Teixeira Correia 31 Jan 2002 à 21 Jan 2004
Cel Mauro Pereira Andrade 21 Jan 2004 à 18 Jan 2006
TC João Pinto Sarmento 18 Jan 2006 à 16 Jan 2008
TC Carlos Antônio Wunderlich 16 Jan 2008 à 02 Fev 2010
15
Fotos hist贸ricas
50 anos e muito
mais de hist贸ria
Entrevista
General de Exército PEDRO LUIS DE ARAÚJO BRAGA Antigo Comandante do 1ºbatalhão de Guardas de 27 de maio de 1971 à 10 de agosto de 1973
Nascido em 29 de junho de 1926, na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Vila Isabel, foi o primeiro e único militar de sua família. Cursou como aluno o Colégio Militar do Rio de Janeiro e também a Escola Preparatória de Cadetes de São Paulo (Rua da Fonte, nº91, São Paulo). Ingressou em 1944 na Escola Militar de Resende, hoje Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), concluindo o curso na 1ª turma formada integralmente na AMAN. Formou-se Aspirante-aOficial de Infantaria em 28 de dezembro de 1946. Nosso antigo comandante lembra-se, com carinho, dos tempos de início de sua carreia na academia, e diz: “Resende naquela época só tinha ligação com o Rio de Janeiro por trem, tanto que 18
foi criado um guarda pó verde oliva para os cadetes usarem nos licenciamentos.” O General Braga foi voluntário e realizou vários testes em 1963, para integrar o 14º Contingente do Batalhão Suez. Naquela oportunidade mostrou o valor do antigo líder, quando representou o Brasil e o Exército Brasileiro com galhardia. Foi um dos fundadores do Centro de Inteligência do Exército (CIE), onde serviu por vários anos. Naquela Organização Militar, foi Sub-Chefe e Chefe da Seção de Informações, na produção e análise de dados. Chefiou a 2ª Seção do Estado-Maior do Exército (EME). Foi promovido ao posto de General de Brigada em 31 de março de 1979, e comandou a 16ª Brigada de Infantaria Motorizada (hoje, 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em
Tefé-AM). Como Generalde-Exército, foi Secretário de Economia e Finanças, e como General-de-Divisão foi Comandante Militar do Planalto e Comandante da 11ª Região Militar (na época da Assembléia Nacional Constituinte). Nosso antigo comandante, com emoção, fala que mantendo as tradições históricas o 1º Batalhão de Guardas recebeu a denominação de Batalhão do Imperador/1823, para que as heranças herdadas do antigo Batalhão de Guardas fossem guardadas e preservadas pelos legítimos granadeiros do imperador. Situado no bairro de São Cristovão, Bairro Imperial, no Rio de Janeiro que “respira” história e cultura, o 1º Batalhão de Guardas mantém vivas as tradições de ontem. O General Pedro Braga quando comandou o Batalhão do Imperador, dava prioridade às instruções militares voltadas ao controle de distúrbios e a ordem unida, mantendo o adestramento operacional da tropa sempre em ótimas condições, para que quando fosse necessário, o 1ºBG mostrasse o valor do Soldado do Imperador. Naquela oportunidade, editou um caderno de instrução sobre “Lições de Fé e Civismo (1973)”. Nosso antigo
comandante quando estava no comando do Serviço de Informações (BrasíliaDF) adquiriu sofisticados equipamentos de adestramento de tiro para aquela unidade militar e sabedor das necessidades operacionais do 1ºBG, contemplou o Batalhão do Imperador com este equipamento, para aumentar o nível de adestramento dos militares do 1ºBG que realizavam, dentre outras missões, a segurança de autoridades na cidade do Rio de Janeiro. O General lembra-se saudoso desse período de sua notória carreira militar: “Havia uma tela onde projetávamos situações onde o militar sacava o armamento e atirava. Neste momento, o filme parava e assim conferíamos o impacto, com isso o militar era avaliado se atirou no momento certo.” Isso mostra que a preocupação com o adestramento dos integrantes do 1ºBG, sempre foi a tônica da Unidade. O nosso antigo comandante fala saudoso dos tempos em que esteve à frente do 1ºBatalhão de Guardas e, de forma simbólica, brada novamente para seus soldados: “Granadeiros do Imperador!
A Guarda!”, e seus soldados respondem: “Morre, mas não se rende!”
Entrevista
General de Exército RUBENS BAYMA DENYS Antigo Comandante do 1ºbatalhão de Guardas de 10 de agosto de 1973 à 06 de janeiro de 1976
Nascido em 07 de junho de 1929, na cidade do Rio de Janeiro, o General Denys é filho do Marechal Odylio Denys e da Senhora Maria Helza Bayma Denys. Desde cedo, inspirado em seu pai (o Marechal que no posto de Tenente, integrou a “Missão Indígena” do Exército, em 1918), o General Denys pautou sua carreira. Foi declarado Aspirante-aOficial de Infantaria em 15 de dezembro de 1949, na Academia Militar das Agulhas Negras, obtendo o segundo lugar geral. Tendo acompanhado a brilhante carreira do seu pai, desde criança, quando o viu desempenhar funções de destaque na Força Terrestre, dentre elas a de comandante do Batalhão de Guardas (1940), Comandante do I Exército
(1954/1955) e Ministro da Guerra (1960/1961), nosso antigo comandante procurou espelhar-se no exemplo do Marechal. Por este motivo, foi voluntário para assumir o comando do 1º Batalhão de Guardas, em agosto de 1973. Movido pelos mesmos ideais de renovação que nortearam o Movimento Tenentista de 1922, do qual seu pai o então 1º Tenente Odylio Denys participou, em um momento de crise política de nossa história, o General Denys desempenhou seu comando à frente do 1º BG, com galhardia e vibração. Usar o uniforme histórico do 1ºBG nas solenidades o fazia lembrar de seu pai, no comando do Batalhão de Guardas, à frente dos “Granadeiros do Imperador”. No
posto de General, nosso antigo comandante exerceu funções de destaque como, comandante da Academia Militar das Agulhas Negras (19841985), Ministro-Chefe da Casa Militar (1985-1990), Comandante Militar do Sul (1991-1993), Comandante Militar do Leste (1993-1994) e Ministro dos Transportes (1994). Como Comandante Militar do Leste teve a oportunidade de ter o 1ºBG como sua organização militar diretamente subordinada, ocasião em que pode constatar, mais ainda, a importância da Unidade para aquele Grande Comando. Durante seu comando, o Batalhão cumpriu inúmeras missões em proveito do CML. Entre elas, guardas de honra
para oficiais generais do Brasil e de Nações Amigas, para o Presidente da República e Presidentes de outros Países, além de escolta de autoridades, cerimônias fúnebres e eventualmente, foi empregado como força de choque do Comando Militar de Área. O General Denys tem orgulho todo especial de ter comandado os Granadeiros do Imperador. Neste momento prestamos a continência solene a nosso antigo Comandante, que muito contribuiu para elevar o nome de nossa Unidade. A GUARDA!
19
Entrevista
General de Exército GEISE FERRARI Antigo Comandante do 1ºbatalhão de Guardas de 06 de janeiro de 1976 à 11 de janeiro de 1978
Orlando Ferrari. Naquele dia, um menino de 7 anos, morador da rua Sorocaba em Botafogo, via em seu irmão mais velho um espelho de profissionalismo e de dedicação à Pátria. Este menino, anos mais tarde, tornou-se o Gen Geise Ferrari, que lembra emocionado aqueles dias:
Capitão Orlando Ferrari irmão do General Ferrari
20
25 de dezembro de 1949. Comandou o 1º Batalhão de Guardas entre 06 de janeiro de 1976 à 11 de janeiro de 1978. Entre os dias 23 e 27 de novembro de 1935, eclodiu no Brasil a Intentona Comunista e como tropa de pronto emprego no Rio de Janeiro, o 1º Batalhão de Guardas foi a primeira Unidade a chegar ao local onde se encontravam os revoltosos (3º Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha). A frente da Companhia de Metralhadoras Pesadas do Batalhão do Imperador estava o 1º Tenente de Infantaria
“O 1º Batalhão de Guardas é mais do que de guarda é uma Unidade de CHOQUE! Trata-se de uma tropa especializada que sempre deve estar direcionada à instrução de quadros para manter a excelência de seus soldados.”
O nosso entrevistado possui um estreito relacionamento com o 1ºBG e fica emocionado ao falar da unidade, dizendo: “Eu tenho uma afinidade muito grande com o Batalhão, pelo lado sentimental por causa do meu irmão, e pelo lado profissional em função de ter passado uma ótima fase da minha vida nesta Unidade, como tenente e como coronel comandante.” Quando foi Comandante de Operações Terrestres, o Gen Ferrari deu ênfase à parte operacional da Força
Cadete Ferrari
Nasceu em 29 de junho de 1928, na cidade do Rio de Janeiro. Ingressou em 1946, na Escola Militar de Resende, hoje Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), sendo declarado Aspirante-aOficial de Infantaria em
“Quando meu irmão entrou na Avenida Pasteur, em frente ao Iate Clube, as metralhadoras dos revoltosos atiraram nos pneus das viaturas deixando os militares encurralados dentro dos ônibus. Naquele dia morreram quatro militares do 1ºBG; vi meu irmão chegando em casa banhado em sangue de companheiros mortos naquele dia.”
Terrestre e cita que o 1º Batalhão de Guardas é uma Unidade de choque tendo valor estratégico para o Comando Militar do Leste (CML). Prova disso foi seu emprego durante a Intentona Comunista. Segundo nosso antigo comandante:
Com uma visão estratégica de um antigo comandante, encerramos a entrevista certos de que as tradições do Batalhão do Imperador se mantém e se manterão ao longo do tempo. E como homenagem ao nosso antigo comandante, perfilados, os Granadeiros do Imperador bradam: “A GUARDA MORRE MAS NÃO SE RENDE!”
Banda
Nossa Banda de Música De acordo com o decreto de 18 de janeiro de 1823, o Batalhão do Imperador era constituído por um Estado-Maior e 06 (seis) Companhias, tendo uma Banda de Música formada por 24 músicos. Oriunda do Batalhão do Imperador, a Banda de Música de hoje é composta por 96 (noventa e seis) músicos. Seus integrantes possuem tamanha sensibilidade e técnica que a torna uma das melhores Bandas de Música da América Latina.
Além de recepcionar as diversas autoridades nacionais e estrangeiras que vêm ao Rio de Janeiro e realizar apresentações em escolas, universidades, teatros e salas de concertos, a nossa Banda de Música é convocada a participar de eventos significativos, entre eles: a Passagem da Guarda do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial; apresentações promovidas pelo Projeto Aquárius; Concertos com a Orquestra Sinfônica Brasileira e a Orquestra Filarmônica do Estado do Rio.
Canção do 1º Batalhão de Guardas Letra: Iracy de Castro Música: Luiz Gonzaga Carneiro
Avante soldados marchemos, Garbosos na guerra ou na paz A Pátria e ao mundo mostremos Do que nosso infante é capaz Tenhamos em mente gravadas, Em sua grandeza o esplendor, As tradições gloriosas, herdadas Do Batalhão do Imperador, Rincão da liberdade, Brasil! Oh, Pátria amada ! Dispõe, de nossas vidas, Oh, Brasil, terra adorada! Marchar pela vitória Marchemos que a glória nos quer ver o auriverde pendão nos ordena, - Lutar , vencer.
Na paz ou na guerra empenhado, Honrosa é a tua missão Em nós brilha o fogo sagrado Que eleva e enaltece a Nação Da morte receio não temos Lutamos em suas vanguardas Se for preciso morrer, morreremos, Primeiro Batalhão de Guardas Rincão da liberdade, Brasil! Oh, Pátria amada ! Dispõe, de nossas vidas, Oh, Brasil, terra adorada! Marchar pela vitória Marchemos que a glória nos quer ver o auriverde pendão nos ordena, - Lutar , vencer. 21
Mensagem
A Guarda, sua história e muito mais... Por Carlos Alberto Lemes de Andrade
“Quando a Pátria precisa ser defendida e o exército tem por divisa “Independência ou Morte”, a Pátria descansa tranquila e os inimigos assustam-se; são vencidos e a glória da Nação redobra em brilho. Com as bandeiras do Batalhão do Imperador em frente ao campo de honra, destruiremos os nossos inimigos e no maior dos combates gritaremos constantemente: “Viva a Independência do Brasil.” Dom Pedro de Alcântara, Primeiro Imperador Constitucional do Brasil em 10 de novembro de 1822 na entrega de bandeiras à unidade de sua Guarda Imperial e Pessoal.” Esta publicação celebra de forma honrosa e com orgulho os cinquenta anos da atual denominação do 1° Batalhão de Guardas, a histórica unidade do Exército Brasileiro que ostenta de forma envaidecedora a denominação de “Batalhão de Guardas do Imperador”. Com suas origens na unidade especialmente criada para a proteção do símbolo da nacionalidade representado pela figura do Imperador que era, segundo o artigo 98 da Constituição Imperial, a expressão pessoal da independência do País e, por conseguinte, de sua integridade como Nação, cumpri-se o dever do registro histórico de uma caminhada de glórias e feitos de que todos
22
nos orgulhamos. E essa origem, de forma notável, é centrada na figura ainda não de todo reconhecida em sua grandeza de um dos maiores estadistas do Século XIX, o nosso D. Pedro de Alcântara, o Duque de Bragança que se fez Imperador do Brasil, o primeiro de sua linhagem e, mais tarde, Rei em Portugal onde assumiu o trono como D. Pedro IV. A evocação da figura histórica de Pedro I tem suas razões nesta comemoração de agora. Ao celebrar-se o cinquentenário de tão nova unidade, não podemos nos esquecer de que foi ela originada nestas mesmas ruas da velha Corte Imperial e na dualidade de vida e caminhada histórica daquele rei em dois mundos que nos legou o extremado amor ao Brasil. Nessa raiz primeira se assentam as tradições e temos que reconhecer de que o ato do Imperador fez surgir nas fileiras do Exército Brasileiro não apenas uma, mas duas unidades de Guarda a velar pelo patrimônio de honra e glórias que nos unem. Hoje aqui, no Rio de Janeiro a antiga Corte que assistiu a solene entrega das bandeiras dos guardas de Sua Majestade, foram fincadas as bases do 1° Batalhão de Guardas, o “Batalhão do Imperador”.
E esse legado se desdobrou com os seus irmãos em armas do Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília. Ambos são os legítimos herdeiros da unidade de nossa Força que teve por destino não apenas fazer a guerra, mas manter a paz. Sua determinação histórica e propósito de existência se fundem pela origem e destino à manutenção da existência da própria Nação Brasileira simbolizada na defesa da integridade e da independência nacionais. Celebra-se assim não apenas uma data, mas o destino diferencial que os faz orgulhosos de ter em suas bandeiras de guerra a vocação para guardar o Brasil, defender a Pátria e morrer sem se render. Neste cinquentenário de nova denominação cabe trazer com orgulho ao valoroso Exército Brasileiro uma tradição de honra e dignidade que patenteia a destinação primeira surgida como necessidade imperiosa de garantir a independência da Nação em seus primeiros passos, em conturbada quadra do surgimento da maior Nação da América naqueles anos em que findava a dominação européia no Continente. São os “Guardas do Imperador” e por isso mesmo, as primeiras armas a se levantar pelo Brasil que a
figura Imperial encarnava em sua inviolável pessoa e posto. “A formação deste corpo foi curiosa. O senhor D. Pedro I, em outubro de 1822, mandou reunir todas as tropas da guarnição no Campo de Santanna. Ali escolheu, homem por homem, 800, que logo constituíram o casco do Batalhão do Imperador. Nomeou comandante o barão de Magé e ajudante o Barão de Suruhy. Era considerada grande distinção o pertencer a este corpo do Exército Brasileiro.” Trecho do livro “A vida do grande Cidadão Brasileiro, Luiz Alves de Lima e Silva de autoria do Padre Joaquim Pinto de Campos. Celebrar a história é resgatar passado de que não se pode esquecer em momento importante em que esta unidade espelha o orgulho em ser um centro de formação de caráter e de respeito às tradições históricas e herança. É, mais que tudo, patentear o orgulho em ser o soldado do Brasil em permanente vigília em torno dos anseios e das conquistas que honram nosso povo tornando não apenas registro do passado a afirmativa do biógrafo de Caxias que afirmava em sua obra ser grande distinção pertencer a esta unidade do nosso Exército. Se nos punhos de sua farda
criada com especificações do próprio Imperador, ostentam galardão em verde e amarelo, em suas mãos que elas guarnecem reside a força do soldado em cujas veias corre sangue em azul, vermelho e branco de sua bandeira. E essa mesma bandeira mostra hoje outra das menções históricas que liga este corpo a elite do Exército Nacional. De suas cores, duas delas, o rubro do sangue e o anil da fidelidade se tornaram cores oficiais da Força Terrestre Brasileira. Isso os une ainda mais na determinação da garantia do território íntegro da Nação e da perpétua independência do Brasil, pois, foi exatamente o pacificador, o unificador das Províncias e hoje Patrono do Exército Brasileiro, o Duque de Caxias que recebeu aqui no chão dadivoso deste Rio de Janeiro, a primeira
dessas bandeiras, a flâmula de honra que ostenta o orgulho dos Guardas do Imperador. Caixas deu início a uma série de passagens honrosas por esta unidade, nomes dos mais distintos da vida pátria, aqui serviram deixando seu exemplo de dedicação e amor à Pátria às gerações que os seguiram. Caxias era o tenente ajudante do Corpo dos Guardas, Os que o seguiram herdaram disso o entranhado senso de amor à Pátria e a glória de ver homens erguidos em armas em defesa daquilo que é sacrossanta missão do nosso soldado: a de defender a Pátria. Por isso, orgulhem-se em poder dizer, sem citar nomes e mencionar patentes que por suas fileiras sempre armados em patriotismo e férrea vontade na defesa da Pátria, passaram
aqueles que agora fazem todo esteio de dignidade do Exército. São evocações que nos levam a uma história hoje cinquentenária, mas cujos primeiros passos se deram longe no tempo e perto na memória e no amor enraizado em seus corações pela dignidade do Brasil. Esta publicação não é o relato definitivo de presença à frente dos maiores feitos de armas e sim o registro da honra que cerca esta tropa. A todos os oficiais e praças que já ostentaram e ostentam em suas fardas o glorioso brasão de armas do Batalhão do Imperador, fica o registro de suas vidas com esta publicação que marca um momento importante em sua caminhada profissional a serviço da Pátria. A Guarda não se rende, morre!!!
Carlos Alberto Lemes de Andrade, é jornalista, sendo o responsável, há trinta anos, pelo horóscopo diário do “Jornal do Brasil”, com o pseudônimo de Max Klim. Além de jornalista, é advogado, administrador de empresas e professor de história. Ingressou no jornalismo em 1960, em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, transferindo-se posteriormente para o Rio de Janeiro, onde foi, ao longo de mais de 16 anos, funcionário do Sistema JB, ocupando funções de gerência e direção na Agência JB. Foi colunista de filatelia do Jornal do Brasil e atualmente é o responsável por seu horóscopo, além de colaborador eventual do próprio JB; tradutor da agência soviética Novosti; redator de verbetes dos livros do ano da Enciclopédia Delta Larousse; redator da Revista Bolsa; colaborador de diversos jornais; Executivo Regional Sul da The United Press International foi editor de diversos jornais em Minas. Historiador e autor das pesquisas históricas “Chibatas da Liberdade”, sobre a Inconfidência Mineira e “Negro de Guerra” sobre a Guerra do Paraguai, por seus estudos recebeu a medalha dos 200 anos da Inconfidência Mineira. Atualmente mantém páginas sobre astrologia no JB Online Edição Eletrônica (www.jbonline.com.br) – Caderno B .
O Estágio de Proteção e Segurança de Autoridade, com a duração de duas semanas, tem por finalidade preparar militares para o cumprimento das missões de segurança e de proteção das autoridades no âmbito do Comando Milita do Leste (CML).
1º BATALHÃ O
E
DAS - MOT AR OC GU I
ILITAR AM ST LI C
O Estágio de Adestrador de Cães de Guerra tem por finalidade habilitar oficiais e praças do Exército Brasileiro no adestramento de cães, para emprego operacional. Propicia ao militar conhecimento técnico para utilizar os cães nas ações de busca de material ilícito (em ações de GLO) e no controle de distúrbios civis. Tem a duração de 10 (dez) semanas.
D
Estágios Realizados no 1º Batalhão de Guardas
PE
LO
TÃO ÁGU
IA
O Estágio de Motociclista Militar, com a duração de 10 (dez) semanas, tem por finalidade habilitar o militar a realizar diversas missões de escolta de comboios e escolta de autoridades.
23
CCSv
A Companhia de Comando e Serviços “Sempre prontos a cumprir a missão em prol do batalhão”
A Companhia de Comando e Serviços (CCSv) , do 1º Batalhão de Guardas, Batalhão do Imperador, é responsável por mobiliar as seções da Unidade com militares especializados em diversas áreas operacionais e administrativas, como:
enfermagem, manutenção de rede (internet), web designer, montagem e manutenção de microcomputadores, confecção de gêneros alimentícios, almoxarifado, cinófilos, manutenção, pintura, lanternagem e elétrica de autos, motociclistas e pedreiros.
A CCSv tem como principal missão apoiar o Comando do 1º BG e prestar o apoio logístico necessário às subunidades operacionais, visando o fiel cumprimento das missões dadas ao Batalhão, pelo Escalão Superior.
Sua estrutura organizacional:
Seção de Comando
Pelotão de Escolta
Pelotão de Manutenção e Transporte
Seção de Cães de Guerra, Tropa operacional especializada em emprego tático com cães, especialmente em Operações de Garantia da Lei e da Ordem;
24
Pelotão de Administração
Pelotão de Saúde
Serviço de Aprovisionamento
Pelotão de Comunicações
Serviço de Veterinária e Canil
Almoxarifado
Canil
Real Canil do Imperador
O Real Canil do Imperador foi inaugurado em 11 de Fevereiro de 1999, com a finalidade de auxiliar o Batalhão em suas atividades de policiamento, operações de controle de distúrbios, guarda de instalações, segurança de autoridades e faro de entorpecentes, armas e explosivos, além de participar de diversos eventos como: competições
de adestramento, estrutura e beleza, agility, demonstrações de Dog Show e provas de trabalho e faro. O treinamento dos cães segue uma rotina que consiste em treinos de obediência, faro e proteção (ataque). Após a formação dos cães, os treinos são conduzidos por simulações de situações de emprego em diferentes cenários.
O Estágio de Adestrador de Cães de Guerra é realizado anualmente e conta com a participação de oficiais e praças do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e Forças Auxiliares Federais, militares e civis. No estágio os estágiários recebem aulas sobre psicologia canina e enfermagem veterinária, além de instruções práticas diárias com cães. Cada aluno é responsável por desenvolver a obediência de um cão, que poderá ser trazido pelo estagiário, desde que aprovado em avaliação realizada pela equipe de
instrutores e monitores do Batalhão. O Pelotão de Cães de Guerra do 1º BG possui em seu plantel atualmente 12 cães distribuídos dentre as seguintes raças: Pastor Alemão, Rottweiler, Pastor Belga de Malinois, Labrador, American Staffordshire Terrier e Golden Retriever. Atualmente, os cães estão sob cuidados de uma Oficial Veterinária e 13 militares, todos habilitados com o Estágio de Adestrador de Cães de Guerra.
25
Pelotão Águia
Pelotão Águia O Batalhão do Imperador possui um Pelotão de Motocicletas (Pelotão de Escolta) designado por Pelotão Águia, animal escolhido por sua aguçada capacidade de visão e de procura da caça no terreno. Este pelotão é
composto por militares possuidores do Estágio de Motociclista Militar. Atualmente, o Pelotão Águia desempenha a nobre missão de escoltar diversos comboios e autoridades civis e militares. A formação do Motociclis-
ta Militar é feita por meio de estágio realizado no Batalhão, com duração de 10(dez) semanas, exigindo do candidato atributos especiais como coragem, vontade, persistência, confiança na equipe e habilidade específica em conduzir sua motocicleta,
26
além da atuação como agente de trânsito. Cumprindo diversas missões e escoltando inúmeros comboios ao longo desses anos, estes soldados de valor mostram toda garra e tenacidade de herdeiros das tradições dos granadeiros do imperador.
1º Cia
PIONEIRA 1ª Companhia de Infantaria de Guarda A 1ª Companhia de Infantaria de Guarda, subunidade operacional da Unidade, detém em seu quadro de organização militares dotados de atributos que os torna altamente capazes e em plenas condições de cumprirem as diversas missões destinadas ao Batalhão. Tem efetivo profissional, devidamente apto e selecionado, com a grandiosa missão de controle de distúrbios. A Companhia é denominada PIONEIRA e têm como principal missão realizar Operações de Controle de Distúrbios (OCD) operando contra multidões em desordem
caracterizadas por intensa agitação, perda de senso de racionalidade e respeito à lei, atuando sob influências de lideranças negativas. Nestas condições, observando-se a incapacidade das forças policiais de restabelecerem a ordem, a Pioneira atua no controle e na repressão de distúrbios como Tropa de Choque devidamente equipada com seus escudos, cassetetes, armamentos não letais, munição lacrimogênea e empregando os cães de guerra. Tendo como objetivo tornar-se uma excelente tropa de emprego em OCD, a Companhia realiza seu
adestramento executando tarefas de interdição de área, prevenindo a ação de grupos de manifestantes, evacuação de área já ocupada por manifestantes, reestabelecimento da ordem pública em situações
de vandalismo, garantia da integridade do patrimônio público e desobstrução de vias de circulação. Tudo em consonância com a Doutrina Alfa de Emprego da Força Terrestre.
27
2ª Cia
VANGUARDEIRA
2ª Companhia de Infantaria de Guarda A 2ª Companhia de Infantaria de Guarda é uma subunidade integrante do 1º Batalhão de Guardas – “Batalhão do Imperador” responsável pelo cerimonial militar. A Companhia tem um efetivo aproximado de 250 homens e está envolvida
em todas as atividades de responsabilidade do Batalhão, desempenhando mais diretamente atividades de formação de soldados do efetivo variável, guardas de honra em que é utilizado o tradicional uniforme histórico do Batalhão e dos diversos serviços que envolvem a segurança de instalações e pessoal militar. Neste cinqüentenário do Batalhão os integrantes da Vanguardeira sentem-se orgulhosos em fazer parte de tão tradicional Unidade do Exército Brasileiro e seguem firmes nas missões diárias de formação, guarda
28
e serviço, cientes de que o excepcional cumprimento destas atividades mantém e enaltecem os valores e virtudes do 800 homens selecionados por Dom Pedro I no Campo de Santana, há cento e oitenta e sete anos.
3ª Cia
GUERREIRA 3ª Companhia de Infantaria de Guarda A 3ª Companhia de Infantaria de Guarda possui 261 militares, sendo 167 (cento e sessenta e sete) recrutas incorporados no ano de 2010, e tem por finalidade formar os soldados recém incorpo-
rados, para que possam, em um curto período de tempo, estar em plenas condições de cumprir as mais variadas missões que são delegadas ao 1º BG, tais como: Guarda do Quartel, Guarda do PDC,
Guarda do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, escoltas, etc. Treinados para executar cerimonial militar, como: Guarda de Honra, Desfiles, Honras
Fúnebres, Passagem da Guarda do Pantheon de Caxias, Ordem Unida Sem Comando, entre outros, a Subunidade está sempre pronta a elevar o nome do Batalhão.
29
Considerações Finais
Palavras finais Procuramos mostrar ao longo desta revista um pouco do trabalho de soldados do Brasil que, com dedicação, cumprem diuturnamente as missões que o País nos confia. Apesar das dificuldades, estes homens e mulheres cumprem com lealdade e coragem suas tarefas, orgulhosos do passado do Batalhão, onde há cento e oitenta e sete anos, o maior dos soldados brasileiros, Luís Alves de Lima e Silva, iniciava sua carreira militar. O 1º Batalhão de Guardas de hoje é o mesmo Batalhão do Imperador de ontem, onde o braço forte continua garantido os interesses nacionais, por meio de manutenção da ordem, permitindo o progresso do País, e a mão amiga permanece estendida, levando a solidariedade à sociedade e a outros países.
30
Durante todos estes anos de história, bonanças e tempestades alternaram-se, mas, os integrantes do Batalhão sempre mantiveram-se intrépidos. Aliás, dizem os sábios que os ensinamentos nascem nas calmarias, mas, é nas tempestades que maturam. E assim, sempre soube o Batalhão construir sua história e sua fama. Este legado é a motivação para continuarmos respaldando as decisões de nossos chefes e da sociedade brasileira. Afinal, “na paz os homens de armas devem se preparar para a guerra; e na guerra, devem se preparar para a paz”. Hora de saudarmos nossos leitores! Perfilados, agora nos encontramos em posição de sentido! A GUARDA! TC Alfredo de Andrade Bottino
50 anos