Planejamento de Leitura

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m a j e e n n t o a l P de Leitura

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a l o c s E r o p o i r á Sum Ano gues Dias - 1º ri d o R ra a y a no E.M.E.F. N es Dias - 2º A u g ri d o R ra a - 3º Ano E.M.E.F. Nay drigues Dias o R ra a y a N . º Ano E.M.E.F gues Dias - 5 ri d o R ra a y a E.M.E.F. N no Dártora - 1º A E.M.E.F. Gino no A º 2 Dártora E.M.E.F. Gino no A Dártora - 3º E.M.E.F. Gino no ártora - 4º A D o in G . .F .E E.M Ano Dártora - 5º no E.M.E.F. Gino l Porto - 1º A el D es d ri u o L E.M.E.F. - 2º Ano es Dell Porto d ri u o L . .F .E º Ano E.M Dell Porto - 3 es d ri u o L . .F E.M.E 1º Ano s Bayerlein E.M.E.F. Carlo º Ano Bayerlein - 2 s o rl a C . .F .E E.M Ano ayerlein - 3º B s o rl a C . .F E.M.E 1º Ano s Bayerlein E.M.E.F. Carlo 3º Ano s Bayerlein o rl a 1º Ano C . .F .E .M E e Azevedo d o ri só O im u Ano E.M.E.F. Joaq Azevedo - 3º e d o ri só O uim o - 4º Ano E.M.E.F. Joaq rio de Azeved só O im u q a 5º Ano E.M.E.F. Jo de Azevedo o ri só O im u - 2º Ano E.M.E.F. Joaq ira Bayerlein ie V a n ri a M . Ciclo II E.M.E.F a Bayerlein ir ie V a n ri a E.M.E.F. M o - 1º Ano anoel Hurtad M C E N . .F .E 2º Ano E.M el Hurtado o n a M C E N . Ano E.M.E.F Hurtado - 3º el o n a M C E E.M.E.F. N o - 4º Ano anoel Hurtad M C E N . .F .E 5º Ano E.M el Hurtado o n a M C E N . es - 1º Ano E.M.E.F gues de Mora ri d o 2º Etapa R ra ro u raes - Ciclo II o E.M.E.F. A M e d es u g ra Rodri 1º Ano E.M.E.F. Auro de Moraes es u g ri d o R no ra E.M.E.F. Auro Moraes - 2º A e d es u g ri d o ra R - 3º Ano E.M.E.F. Auro es de Moraes u g ri d o R ra 2º Ano E.M.E.F. Auro de Moraes es u g ri d o R ra E.M.E.F. Auro I ovaro - Ciclo Z iz u L i - 1º Ano E.M.E.F. ciana Pedron u L ra o ss fe E.M.E.F. Pro ky - 4º Ano endes Wines M r y h a N . .F 3º Ano E.M.E es Winesky d en M r y h a N E.M.E.F.

04 06 08 11 15 22 25 26 29 33 42 50 53 59 62 67 70 74 80 82 84 87 91 93 94 96 97 103 105 108 109 112 114 122 130 131 133 135


1º Ano

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4º Ano

2º Ano

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rimm. – irmãos G e v e N e d nca 26 Bra ote vazio e Martini P O 85 la: André d e tr s e r ta n co tem: 133 Para s besteiras o mundo Quanta 97 evedo Ricardo Az

5º Ano

3º Ano

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evedo ardo Az ic R : io a uc aspar, e 59 G igante egoísta simo s g do Verís raciliano Ramo n O a n r e F 9 2 G ís u : L e r : Lixo xand 84 O lho torto de Ale mar o n O amos a o 11 e morav or: Graciliano R u q i e r 108 O papagaio falad m 103 U

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E.M.E.F. ''Nayara Rodrigues Dias''

Planejamento de Leitura 1° ano Título Título: O Grande Rabanete. Autor: Tatiana Belinky

Antes da leitura

Durante a leitura

Depois da leitura

·Trazer alguns rabanetes para sala de aula e questionar os alunos sobre que alimento é aquele, como nascia, como é seu consumo; ·Cortar o rabanete e entregar na mão dos alunos para experimentar; ·Após discussão, apresentar o livro e questionar acerca do título; ·Apresentação da autora; Leitura da dedicatória do livro.

·Mostrar as imagens engraçadas que o texto apresenta, e antecipar o próximo personagem.

Questionar os alunos. ·Será que o vovô esperava que o rabanete fosse tão grande? ·Reler a pergunta que fecha o texto “e você acha que o rato era mesmo o mais forte?” Analisar a frase “o rabanete cresceu, cresceu e ficou tão grandão” observarem as repetições que tonam a frase divertida, propor que escrevam uma frase nesse estilo.

s leitores, o id r e u q s u e M

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Planejamento de Leitura - 1º Ano - E.M.E.F. ''Nayara Rodrigues Dias''

O grande Rabanete O vovô saiu para a horta e plantou um rabanete. O rabanete cresceu-cresceu e ficou grandão-grandão. O vovô quis arrancar o rabanete pra comer no almoço. Então ele foi para a horta e começou a puxar o rabanete. Puxa-que-puxa e nada do rabanete sair da terra. Então o vovô chamou a vovó. A vovó segurou no vovô. Puxa-que-puxa e nada pra ajudar a puxar o rabanete. O vovô segurou no rabanete. Do rabanete sair da terra. Então a vovô chamou a neta. A neta segurou na vó. Puxa-que-puxa e nada pra ajudar a puxar o rabanete. No vô, o vô no rabanete. Do rabanete sair da terra. Então a neta chamou o Totó. O Totó segurou na neta. Puxa-que-puxa e nada pra ajudar a puxar o rabanete. Na vó, a vó no vô, o vô no rabanete. Do rabanete sair da terra. Então o Totó chamou o gato. O gato segurou no Totó, o Totó. Puxa-que-puxa e nada pra ajudar puxar o rabanete. Na neta, a neta na vó, a vó no vô, o vô no rabanete. Do rabanete sair da terra. Então o gato chamou o rato. O rato segurou no gato,

A neta na vó, a vó no vô, Pra ajudar a puxar o rabanete. O gato no Totó,o Totó na neta, o vô no rabanete. E plop! arrancaram o rabanete da terra! — Eu sou o mais forte! – disse o rato. Então todos sentaram e juntos comeram o rabanete, que era tão grande que deu pra todos, e ainda sobrou um pouco pra minhoca que passava por ali. E você acha que o rato era mesmo o mais forte?

Recado da autora Eu nasci muito longe daqui, na Rússia, e chegue ao Brasil com meus país e dois irmãos menores que eu, quando tinha dez anos de idade. Isso já faz muito tempo, antes de vocês, e até mesmo meus pais e mães, terem nascido. Então eu vivi, cresci, estudei e casei aqui no Brasil, em São Paulo. Tive marido, filho e netos brasileiros. E agora, imaginem só tenho até três bisnetos paulistanos – dois meninos e uma menina. São mais três leitores para “morarem” dentro dos livros, como dizia Monteiro Lobato, o “pai” da Emília do Sítio do Pica pau Amarelo.e como eu mesmas “morei” dentro de tantos e tantos livros, desde pequena, desde antes de vir para o Brasil. Eu já lia muito nessa época: contos de fadas, histórias diversas, aventuras, poesias – em russo e alemão, antes de aprender português... E só eu sei – mas gostaria que vocês também soubessem – quando isso foi sempre tão bom e gostoso. Quantos os livros me distraíam, me divertiam, me consolavam nas horas de tristeza! E como enriqueceram a minha vida de criança com magia, fantasia, beleza, encanto, maravilha! Muito mas tarde, quando cresci e tive meus próprios filhos senti vontade de ler para eles as histórias dos outros e também de contar as minhas próprias histórias, inventadas, e ainda outras mais, traduzidas e adaptadas. Daí, de tanto contar história, acabei por escrevê-las, para reparti-la com outras crianças, como vocês. E de repente virei escritora! Agora já tenho uma porção de livros publicados e outros por publicar. Por cada livro novo meu é sempre o “penúltimo”,pois logo quero escrever outro para o meu próprio prazer e princialmente para curtição de você. Pelo menos é o que deseja e espera está “bisa”. Tatiana Belinky

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Planejamento de Leitura 2° ano Título

Antes da leitura

Durante a leitura

Depois da leitura

Título: Cinderela ·Apresentação do autor. Autor: Charles Perrault

·Paradas estratégicas para aguçar a curiosidade.

·Discutir sobres os personagens, quais se enquadram no papel de vilão e protagonista. ·Leitura de informações adicionais que o livro oferece sobre a história.

CINDERELA Cinderela era uma filha de um comerciante rico. Sua mãe havia falecido quando ela ainda era muito jovem, o que fez com que seu pai se casasse novamente. Cinderela então, passou a viver com sua madrasta, que junto de suas duas filhas, transformaram-na em uma serviçal. Ela tinha de fazer todos os serviços domésticos – lavar, varrer, cozinhar – e ainda era alvo dos deboches e malvadezas. Seu refúgio era o quarto no sótão da casa e seus únicos amigos, os animais da floresta. Um belo dia é anunciado que o Rei irá realizar um baile no Castelo, para que o príncipe escolha sua esposa dentre todas as moças do reino. No convite, distribuído a todos os cidadãos, havia o aviso de que todas as moças, fossem pobres, altas, magras, feias ou bonitas, deveriam comparecer ao Grande baile promovido pelo Rei. A madrasta de Cinderela sabia que ela era a mais bonita da região, então disse que ela não poderia ir, pois não tinha um vestido apropriado para a ocasião. Cinderela então costurou um belo vestido, com a ajuda de seus amiguinhos da floresta. Passarinhos, ratinhos e esquilos a ajudaram a fazer um vestido feito de retalhos, mas muito bonito. Porém, a madrasta não queria que Cinderela comparecesse ao baile de forma alguma, pois sua beleza impediria que o príncipe se interessasse por

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Planejamento de Leitura - 2º Ano - E.M.E.F. ''Nayara Rodrigues Dias'' suas duas filhas, muito feias. Então ela e as filhas rasgaram o vestido, dizendo que não tinham autorizado Cinderela a usar os retalhos que estavam no lixo. Fizeram isso de última hora, para impedir que a moça tivesse tempo para costurar outro. Muito triste, Cinderela foi para seu quarto no sótão e ficou à janela, olhando para o Castelo na colina. Chorou, chorou e rezou muito. De suas orações e lágrimas, surgiu sua Fada-madrinha que confortou a moça e usou de sua mágica para criar um lindo vestido para Cinderela. Também surgiu uma linda carruagem e os amiguinhos da floresta foram transformados em humanos, cocheiro e ajudantes de Cinderela. Antes de sua afilhada sair, a Fadamadrinha lhe deu um aviso: a moça deveria chegar antes da meia-noite, ou toda a mágica iria se desfazer aos olhos de todos. Cinderela chegou à festa como uma princesa. Estava tão bonita, que não foi reconhecida por ninguém. A madrasta, porém, passou a noite inteira dizendo para as filhas que achava conhecer a moça de algum lugar, mas não conseguia dizer de onde. O príncipe, tão logo a viu, se apaixonou e a convidou para dançar. A ciumenta foi generalizada, todas as moças do reino sentiram-se rejeitadas, mas logo procuraram outros pares e a festa foi animada. Apenas a madrasta de Cinderela e suas duas filhas passaram a noite em um canto, tentando descobrir de onde teria vindo àquela moça tão bonita. Cinderela e o príncipe dançaram e dançaram a noite inteira. Conversaram e riram como duas almas gêmeas e logo se perceberam feitos um para o outro. Acontece que a fada-madrinha tinha avisado que toda a magia só iria durar até a meia-noite. Quando o relógio badalou as doze batidas, Cinderela teve de sair correndo pela escadaria do Castelo. Foi quando deixou um dos pés de seu sapatinho de cristal. O príncipe, muito preocupado por não saber o nome da moça ou como reencontrá-la, pegou o pequeno sapatinho e saiu em sua busca no reino e em outras cidades. Muitas moças disseram ser a dona do sapatinho, mas o pé de nenhuma delas se encaixava no objeto. Quando o príncipe bateu à porta da casa de Cinderela, a madrasta trancou a moça no sótão e deixou apenas que suas filhas feias experimentassem o sapatinho. Apesar das feiosas se esforçarem, encolheram os dedos, passarem óleo e farinha nos pés, nada do sapatinho de cristal servir. Foi quando um ajudante do príncipe viu que havia uma moça na janela do sótão da casa. Sob as ordens do príncipe, a madrasta teve de deixar Cinderela descer. A moça então experimentou o sapatinho, mas antes mesmo que ele servisse em seus pés, o príncipe já tinha dentro do seu coração a certeza de que havia reencontrado o amor de sua vida. Cinderela e o príncipe se casaram em uma linda cerimônia, e anos depois se tornariam Rei e Rainha, famosos pelo bom coração e pelo enorme senso de justiça. Cinderela e o príncipe foram felizes para todo o sempre. Charles Perrault

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Planejamento de Leitura 3° ano Título Título: Biografia de Daniel Munduruku.

Antes da leitura

Durante a leitura

Depois da leitura

Preenchimento de uma tabela com informações sobre o índio Daniel Munduruku.

Leitura com algumas pausas em pontos importantes da vida do autor.

·Dar continuidade ao preenchimento da tabela. ·Assistir a um vídeo onde a apresentadora Xuxa faz uma entrevista com Daniel Munduruku.

O AUTOR Daniel Monteiro Costa (Daniel Munduruku – Der pó Munduruku). Nasci em Belém do Pará quando no Brasil se falava em golpe militar – um momento muito triste de nossa história, em que pessoas eram perseguidas por pensar de forma diferente dos militares (1964). Nasci índio e cresci como índio mesmo, tendo recebido toda a minha formação escolar na própria cidade de Belém. Quando criança – na fase pré-escolar – ia com frequência para uma aldeia familiar que foi construída nos arredores da cidade, onde cresci embalado pelas lindas histórias contadas por meus avós e tios. Infelizmente parte dessas histórias ficou apenas na lembrança (e não na memória) de meus pais e irmãos, e acabou por perder-se no tempo – devorador das histórias que não são contadas. Aos sete anos (1971) entrei na Escola Salesiana do trabalho, de onde só saí quando concluí o primeiro grau (1979). Lá, aprendi a gostar de esportes, tendo sempre me destacado no futebol e em atletismo. Também lá desenvolvi um grande amor ás crianças pobres e marginalizadas, uma vez que minha família vivia em situação econômica muito delicada e eu precisei trabalhar desde cedo como vendedor de doces, salgados, sacos de feira, sorvetes, picolés etc. Também com salesianos fiz um curso profissionalizante – gráfico de off-set – e, por vários motivos, não consegui exercer essa profissão.

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Muito embora fosse índio, eu não gostava que me chamassem assim: sentia vergonha de ser índio, pois todo mundo dizia que índio era preguiçoso, sujo, e eu não me identificava com esse jeito de ser. Mas não valeu muito meu esforço para evitar os apelidos: todo mundo me chamava de índio, de Peri – um personagem indígena da literatura -, de Juruna – em referência ao índio xavante que foi deputado federal. Enfim, mesmo que eu quisesse me livrar disso, todos lembravam minha origem. Devido ao meu amor por crianças e jovens achei que poderia dedicar meu tempo integralmente a eles. Por isso, ingressei na Ordem Salesiana com um grande desejo de ser padre. Durante esses anos pude repensar meus projetos pessoais, reencontrar minha identidade indígena e desenvolver meus estudos de filosofia. Tive então a oportunidade de estudar em Manaus e trabalhar em Porto Velho, onde fiz muitos amigos. Conheci também outras culturas indígenas e convivi com pessoas de formação cultural diferenciada. Tive a oportunidade, ainda, de me envolver em projetos com menores de rua e marginalizados, projetos que muito influenciaram o meu jeito de ser, meus valores e minha opção pessoal. Em 1985 deixei a Ordem Salesiana, pois percebi que teria que construir um caminho diferente para o reencontro com minha cultura indígena. Em 1986 permaneci em Manaus – uma linda cidade banhada pelo rio Negro - , onde lecionei em uma escola rural que dava formação específica para índios. Foi uma experiência gratificante. Em 1987, depois de ter concluído meu curso superior em filosofia, resolvi mudar para o estado de São Paulo, onde poderia trabalhar e estudar mais um pouco. Devido à amizade com os salesianos, fui convidado a ir morar numa cidadezinha de nome Lorena, no interior de São Paulo. Sabem o que me aconteceu quando cheguei lá? Fui trabalhar com menores abandonados! Ali coloquei em prática o que aprendera com minhas experiências anteriores. Éramos uma equipe muito bem afinada e desenvolvemos vários trabalhos gostosos com crianças. Por um breve período atuei como repórter e coordenador de um jornal de nome indígena – Guaypacaré – onde treinei escrever de forma clara e objetiva. Em fins de 1989 mudei para a capital paulista. Sabem o que vim fazer? Trabalhar com menores de rua! Adivinhem onde? Na praça da Sé e depois na Lapa! Fascinante, não? De 1990 a 95 trabalhei numa escola de nome Santa Maria, onde coordenei o grupo “Missões”, que atuava na periferia de São Paulo. Além disso, dei aulas de filosofia e ensino religioso. Nessa ocasião já conhecia a pessoa que mudou parte de minha vida: Tânia, que estudava na mesma faculdade que eu, sempre me incentivou a escrever e me deu muito apoio. Casei com ela em junho de 1990, na bela catedral de Lorena. Tânia acompanhou-me até São Paulo posteriormente. Em 1992 ingressei no Programa de Pós-graduação da Universidade de São Paulo para desenvolver uma pesquisa sobre-o meu povo indígena – os Munduruku. Atualmente estou em fase de sinalização desse trabalho, que me obrigou a reorganizar meu tempo. Em fevereiro de 1993 nasceu Gabriela, a indiazinha loura da tribo Munduruku, e em 1995 nasceu Lucas, um belo menino de olhos azuis: os dois estão aguardando a oportunidade de conhecer os parentes indígenas lá do Pará. Hoje em dia, além de me dedicar aos estudos de pós-graduação, dou palestras em escolas sobre a

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questão indígena e – quando sobra tempo – escrevo. Sobre o quê? Sobre muitas coisas, mas o que mais gosto é de escrever as histórias que os povos indígenas contam, os mitos. Gosto de ouvir música clássica, mas não dispenso uma boa música brasileira: samba, pagode, axémusic, MPB, lambada, forró e as músicas indígenas brasileiras, que me são muito queridas. Tenho alguns sonhos para o Brasil: fim da discriminação racial, religiosa, política. Porém, o que eu mais gostaria é que não houvesse mais discriminação social. Não queria que houvesse tão poucos ricos com mesa farta e tantos pobres sem mesa sequer. Se eu tivesse algum poder mágico, mudar essa situação seria o meu primeiro ato. Também daria uma atenção especial aos meus parentes índios, que muito têm sofrido com preconceito eu desrespeito. Enfim, o meu terceiro ato seria dirigido às crianças do mundo inteiro: faria com que todas as nações do mundo pusessem em prática só Direitos Universais das Crianças. Você os conhece? Não? Então corra até a biblioteca mais próxima e procure descobrir quais são; depois ensine-os para seus irmãos; em seguida, junto com seus irmãos, reúna seus amigos e os amigos de seus amigos e lhes diga quais são esses direitos. Depois, enfim, una-se a todos os adultos que amem as crianças e, juntos, gritem bem forte: EU TENHO O DIREITO DE SER CRIANÇA!

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Planejamento de Leitura 5° ano Título Título: O olho torto de Alexandre Autor: Graciliano Ramos

Antes da leitura ·Pensando nas histórias lidas anteriormente, lendo o título o que irá acontecer neste capítulo?

Durante a leitura

Depois da leitura

·Pausa para questionar: o que Alexandre encontrou espetado na árvore?

·O que seu Libório quis dizer com “está história está muito bem amarrada. E a palavra de seu Alexandre é um evangelho”.

O olho torto de Alexandre - Esse caso que vossemecê escorreu é uma beleza, seu Alexandre, opinou seu Libório. E eu fiquei pensando em fazer dele uma cantiga para cantar na viola. - Boa ideia, concordou o cego preto Firmino. Era o que seu Libório devia fazer, que tem cadência e sabe o negócio. Mas aí, se me dão licença... Não é por querer falar mal, não senhor. - Diga, seu Firmino, convidou Alexandre. - Pois é, tornou o cego. Vossemecê não se ofenda, eu não gosto de ofender ninguém. Mas nasci com o coração perto da goela. Tenho culpa de ter nascido assim? Quando acerto num caminho, vou até topar. - Destampe logo, seu Firmino, resmungou Alexandre enjoado. Para que essas nove-horas? - Então, como o dono da casa manda, lá vai tempo. Essa história da onça era diferente a semana passada. Seu Alexandre já montou na onça três vezes, e no princípio não falou no espinheiro. Alexandre indignou-se, engasgou-se, e quando tomou fôlego, desejou torce o pescoço do negro: - Seu Firmino, eu moro nesta ribeira há um bando de anos, todo o mundo me conhece, e nunca

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Planejamento de Leitura - 5º Ano - E.M.E.F. ''Nayara Rodrigues Dias''

ninguém pôs em dúvida a minha palavra. - Não se aperreie não, seu Alexandre. É que há umas novidades na conversa. A moita de espinho apareceu agora. - Mas, seu Firmino, replicou Alexandre, é exatamente o espinheiro que tem importância. Como é que eu me irei esquecer do espinheiro? A onça não vale nada, seu Firmino, a onça é coisa à-toa. Onça de bom gênio há muitas. O senhor nunca viu? Ah! Desculpe, nem me lembrava de que o senhor não enxerga. Pois nos circos há onças bemensinadas foi o que me garantiu meu mano mais novo, homem sabido, tão sábio que chegou a tenente de polícia. Acho até que as onças todo as seriam mansas como carneiros, se a gente tomasse o trabalho de botar os arreios nelas. Vossemecê pensa de outra forma? Então sabe mais que meu irmão tenente, pessoa que viajou nas cidades grandes. Cesária manifestou-se: - A opinião de seu Firmino mostra que ele não é traquejado. Quando a gente conta um caso,conta o principal, não vai esmiuçar tudo. - Certamente, concordou Alexandre. Mas o espinheiro eu não esqueci. Como é que havia de esquecer o espinheiro, uma coisa que influiu tanto na minha vida? Aí Alexandre, magoado com a objeção do negro, declarou aos amigos que ia calar-se. Detestava exageros, só dizia o que se tinha passado, mas como ma sala havia quem duvidasse dele, metia a viola no saco. Mestre Gaudêncio curandeiro e seu Libório cantador procuraram com bons modos resolver a questão, juraram que a palavra de seu Alexandre era uma escritura, e o cego preto Firmino desculpou-se rosnando. - Conte, meu padrinho, rogou Das Dores. Alexandre resistiu meia hora, cheio de melindres, e voltou ás boas. - Está bem, está bem. Como os amigos insistem … Cesária levantou-se, foi buscar uma garrafa de cachimbo e uma xícara. Beberam todos, Alexandre se desanuviou e falou assim: - Acabou-se. Vou dizer aos amigos como arranjei este defeito no olho. E aí seu Firmino há de ver que eu não podia esquecer o espinheiro, está ouvindo? Prestem atenção, para não me virem com perguntas e razões como as de seu Firmino. Ora muito bem. Naquele dia, quando o pessoal lá de casa cobrou a fala, depois do susto que a onça tinha causado à gente, meu pai reparou em mim e botou as mãos na cabeça: - “ Valha-me, Nossa Senhora. Que foi que aconteceu, Xandu?” Fiquei meio besta, sem entender o que ele queria dizer, mas logo percebeu que todos se espantavam. Devia ser por causa da minha roupa, que estava uma lástima, completamente esmolambada. Imaginem. Voar pela capoeira no escuro, trepando naquele demônio. Mas a admiração de meu pai não era por causa da roupa, não. - “que é que você tem na cara, Xandu?” perguntou ele agoniado. Meu irmão tenente (que naquele tempo ainda não era tenente) me queiram saber. Antes de me espiar no vidro, tive uma surpresa: notei que só distinguia metade das pessoas e das coisas. Era extraordinário. Minha mãe estava diante de mim, e, por mais que me esforçasse, eu não conseguia ver todo o corpo dela. Meu irmão me aparecia com um braço e uma perna, e o espelho que me entregou estava partido pelo meio, era um pedaço de espelho. “Que trapalhada será esta?” disse comigo. E nada de atinar com a explicação. Quando me vi no caco de vidro é que percebi o negócio. Estava com o focinho em miséria: arranhado, lanhado, cortado, eu pior é que olho esquerdo tinha levado sumiço. A princípio não abarquei o tamanho do desastre, porque só avistava uma banda do rosto. Mas virando o espelho, via o outro lado, enquanto o primeiro se sumia. Tinha perdido o olho esquerdo, era por

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isso que enxergava as coisas incompletas. Baixei a cabeça, trite, assuntando na infelicidade e procurando um jeito de me curar. Não havia curandeiro nem rezador que me endireitasse, pois mezinha e reza servem pouco a uma criatura sem olho, não é verdade, seu Gaudêncio? Minha família começou a fazer perguntas, mas eu estava zonzo, sem vontade de conversar, e saí dali, fui-me encostar num canto da cerca do curral. Com a ligeireza da carreira, nem tinha sentido as esfoladuras e o golpe medonho. Como é que eu podia saber o lugar da desgraça? Calculei que devia ser o espinheiro e logo me veio a ideia de examinar a coisa de perto. Saltei no lombo de um cavalo e larguei-me para o bebedouro, daí ganhei o mato, acompanhando o rasto da onça. Caminhei, caminhei, e enquanto caminhava ia-me chegando uma esperança. Era possível que não estivesse tudo perdido. Se encontrasse o meu olho, talvez ele pegasse de novo e tapasse aquele buraco vermelho que eu tinha no rosto e tapasse aquele buraco vermelho que eu tinha no rosto. A vista não ia voltar, certamente, ms pelo menos eu arrumaria boa figura. À tardinha cheguei ao espinheiro, que logo reconheci, porque, como os senhores já sabem, a onça tinha caído dentro dele a havia ali um estrago feio: ganhos rebentados, o chão coberto de folhas , cabelos e sangue nas cascas do pau. Enfim um sarapatel brabo. Apeei-me e andei uma hora caçando o diacho do olho. Trabalho perdido. E já estava desanimado, quando o infeliz me bateu na cara de supetão, murcho, seco, espetado na ponta de um garrancho todo coberto de moscas. Peguei nele com muito cuidado, limpei-o na manga da camisa para tirar a poeira, depois encaixei-o no buraco vazio e ensanguentá-lo. E foi um espanto, meus amigos, ainda hoje me arrepio. Querem saber o que aconteceu? Vi a cabeça por dentro, vi os miolos, e nos miolos muito brancos as figuras de pessoas em que eu pensava naquele momento. Sim senhores, vi meu pai, minha mãe, meu irmão tenente, os negros, tudo miudinho, do tamanho de caroços de ninho. É verdade. Baixando a vista, percebi o coração, as tripas, o bofe, nem sei que mais. Assombrei-me. Estaria malucando? Enquanto enxergava o interior do corpo, via também o que estava fora, as catingueiras, os mandacarus, o céu e a moita de espinhos, mas tudo isso aparecia cortado, como já expliquei: havia apenas uma parte das plantas, no, céu, do coração, das tripas, das figuras que se mexiam na minha cabeça. Refletindo, consegui adivinhar a razão daquele milagre: o olho tinha sido colocado pelo avesso. Compreendem? Colocando pelo avesso. Por isso apanhava os pensamentos, o bofe e o resto. Tenho rolado poe este mundo, meus amigos, assisti a muita embrulhada, mas essa foi a maior de todas, não foi Cesária? - Foi, Alexandre, respondeu Cesária levantando-se e acendendo o cachimbo de barro no candeeiro. Essa foi diferente das outras. - Pois é, continuou Alexandre. Só havia metade das nuvens, metade dos urubus que voavam nelas, metade dos pés de pau. E do outro lado metade do coração, que fazia tuque, tuque, tuque, metade das tripas do bofe, metade de meu pai, de minha mãe, metade de meu irmão tenente, dos negros e da onça, que funcionavam na minha cabeça. Meti o dedo no buraco do rosto, virei o olho e tudo se tornou direito, sim senhores. Aqueles troços do interior se sumiram, mas o mundo verdadeiro ficou mais perfeito que antigamente. Quando me vi no espelho, depois, é que notei que o olho estava torto. Valia a pena consertálo? Não valia, foi o que eu disse comigo. Para que bulir no que está quieto? E acreditem vossemecês que este olho atravessado é melhor que outro. Alexandre bocejou, estirou os braços e esperou a aprovação dos ouvintes. Cesária balançou a cabeça, Das Dores bateu palmas e seu Libório felicitou o dono da casa: - Muito bem, seu Alexandre, o senhor é um bicho. Vou botar essas coisas em cantoria. O olho esquerdo melhor que o direito, não é, seu Alexandre? - Isso mesmo, seu Libório. Vejo bem por ele, graças a Deus. Vejo até demais. Um dia destes apareceu um veado ali no monte... O cego preto Firmino interrompeu-o: - E a onça? Que fim levou a onça que ficou presa no mourão, seu Alexandre? Alexandre enxugou a testa suada na varanda da rede e explicou-se: - É verdade, seu Firmino , falta a onça. Ia-me esquecendo dela. Ocupado com um caso mais

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importante, larguei a pobre. A onça misturou-se com o gado, no curral, mas começou a entristecer e nunca mais fez ação. Só se dava bem comendo carne fresca. Tentei acostumá-lo a outra comida, sabugo de milho, caroço de algodão. Coitada. Estranhou a mudança e perdeu o apetite. Por fim ninguém tinha medo dela. E a bicha andava pelo pátio, banzeira, com o rabo entre as pernas, o focinho no chão. Viveu pouco. Finou-se devagarinho, no chiqueiro das cabras, junto do bode velho, que fez boa camaradagem com a infeliz. Tive pena, seu Firmino, e mandei curtir o couro dela, que meu irmão tente levou quando entrou na polícia. Perguntem a Cesária. - Não é preciso, responder seu Libório cantador. Essa história está muito bem amarrada. E a palavra de seu Alexandre é um evangelho.

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Planejamento de Leitura 1° ano Título Ah, cambaxirra se eu pudesse... Ana Maria Machado

Antes da leitura

Durante a leitura

·Questionar: O que é uma cambaxirra? ·Mostrar a capa e questionar se a ilustração ajuda a descobrir o que é uma cambaxirra; ·Quais os personagens que pudemos ver na capa? ·Revelar o nome da ilustradora: Graça Lima.

·Mostrar ás ilustrações concomitantes a leitura; ·Estimulá-los a participar da história, repetindo as falas que vão se acumulando ao longo da história; ·Quando chegar até o rei: E agora, Vossa Majestade irá atender ao pedido da cambaxirra?

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Depois da leitura ·Analisar as ilustrações, o quanto o Graça Lima trás de informações em seus desenhos: muitas vezes o corpo do personagem não corresponde o tamanho de sua cabeça, mostrando o quanto tem de poder ou quanto é submisso (cabeça pequena pensa pouco, mas recebe ordens; o quanto o rei se curva para falar com a cambaxirra...); ·Retomar os personagens da história e apresentar aqueles da última ilustração do livro: quem está sentado a mesa, quem está acima de todos-a cambaxirra conseguiu o que queria... a árvore, ao fundo, salva.


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AH, CAMBAXIRRA, SE EU PUDESSE... Era uma vez uma cambaxirra, toda saltitante e alegre que estava fazendo ninho na árvore de galho mais bonito da floresta. Um dia, viu um lenhador se preparando para derrubar a árvore. Começou a voar em volta e a cantar muito agitada. O lenhador perguntou: — Cambaxirra, que foi que houve? E ela disse: — É que você vai derrubar a árvore de galho mais bonito onde estou fazendo meu ninho. Não faz isso, por favor. E o lenhador respondeu: — Ah cambaxirra, se eu pudesse... Mas não é comigo. Estou só cumprindo ordens. — De quem? — Do capataz. E morro de medo dele. Então a cambaxirra voou até a casa do capataz e pediu: — Capataz, por favor, não dê ordem ao lenhador para derrubar a árvore do galho mais bonito onde estou fazendo meu ninho. E o capataz respondeu: — Ah cambaxirra, se eu pudesse... Mas não é comigo. Estou só cumprindo ordens. — De quem? — Do barão, que é o dono da terra e quer muita lenha. E morro de medo dele. Então a cambaxirra voou até o castelo do barão e pediu: — Barão, por favor, não dê ordem ao capataz para dar ordem ao lenhador para derrubar a árvore do galho mais bonito onde estou fazendo meu ninho. E o barão respondeu: — Ah cambaxirra, se eu pudesse... Mas não é comigo. Estou só cumprindo ordens. — De quem? — Do visconde, que é o dono de mais terras e mesmo assim quer muita lenha. E morro de medo dele. Então a cambaxirra voou até o castelo do visconde e pediu: — Visconde, por favor, não dê ordem ao barão para dar ordem ao capataz para dar ordem ao lenhador para derrubar a árvore do galho mais bonito onde estou fazendo meu ninho. E o visconde respondeu: — Ah cambaxirra, se eu pudesse... Mas não é comigo. Estou só cumprindo ordens. — De quem? — Do conde, que é o dono de mais terras e mesmo assim quer muita lenha. E morro de medo dele Então a cambaxirra voou até o castelo do conde e pediu: — Conde, por favor, não dê ordem ao visconde para dar ordem ao barão para dar ordem ao capataz para dar ordem ao lenhador para derrubar a árvore do galho mais bonito onde estou fazendo meu ninho.

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E o visconde respondeu: — Ah cambaxirra, se eu pudesse... Mas não é comigo. Estou só cumprindo ordens. — De quem? — Do marquês, que é o dono de mais terras e mesmo assim quer muita lenha. E morro de medo dele Então a cambaxirra voou até o castelo do marquês e pediu: — Marquês, por favor, não dê ordem ao conde para dar ordem ao visconde para dar ordem ao barão para dar ordem ao capataz para dar ordem ao lenhador para derrubar a árvore do galho mais bonito onde estou fazendo meu ninho. E o visconde respondeu: — Ah cambaxirra, se eu pudesse... Mas não é comigo. Estou só cumprindo ordens. — De quem? — Do duque, que é o dono de mais terras e mesmo assim quer muita lenha. E morro de medo dele Então a cambaxirra voou até o castelo do duque e pediu: — Duque, por favor, não dê ordem ao marquês para dar ordem ao conde para dar ordem ao visconde para dar ordem ao barão para dar ordem ao capataz para dar ordem ao lenhador para derrubar a árvore do galho mais bonito onde estou fazendo meu ninho. E o visconde respondeu: — Ah cambaxirra, se eu pudesse... Mas não é comigo. Estou só cumprindo ordens. — De quem? — Do imperador, que é o dono de mais terras e mesmo assim quer muita lenha. E morro de medo dele Então a cambaxirra voou até o palácio do imperador e pediu: — Imperador, por favor, não dê ordem ao duque para dar ordem ao marquês para dar ordem ao conde para dar ordem ao visconde para dar ordem ao barão para dar ordem ao capataz para dar ordem ao lenhador para derrubar a árvore do galho mais bonito onde estou fazendo meu ninho. E o imperador respondeu: — Em primeiro lugar, você devia me chamar de Vossa Majestade. Em segundo, não tinha nada que ir entrando assim pela janela e falando, devia marcar audiência. Em terceiro, eu faço o que bem entendo e não tenho nada que dar satisfação a ninguém. E vou dar uma ordem: saia daqui imediatamente. Mas a cambaxirra continuou:

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— De quem é que o senhor tem medo? — Vossa Majestade, não se esqueça! Eu não tenho medo de ninguém. E como você não cumpriu minha ordem, vou mandar prendê-la numa gaiola para sempre. Mas a cambaxirra estava furiosa: — Prende nada. Primeiro, vão ter que me pegar. E isso não vão conseguir. Mesmo porque eu vou sair por aí e pedir ajuda a todo mundo. — A todo mundo? E a cambaxirra, muito esperta, ameaçou: — É... a todo mundo junto. — Ah cambaxirra, não faz isso não. De todo mundo junto eu tenho medo. — Então salva a minha árvore. E o Imperador deu ordem ao duque para dar ordem ao marquês para dar ordem ao conde para dar ordem ao visconde para dar ordem ao barão para dar ordem ao capataz para dar ordem ao lenhador para não derrubar a árvore de galho mais bonito onde a cambaxirra foi fazer o ninho dela.

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Planejamento de Leitura Professoras: Alessandra; Andréa Bueno; Andréa Ribeiro; Gisele; Maria Lúcia; Nawal; Rosimeire; Vanessa.

Título “Volta ao mundo em 52 histórias”. Conto: “Branca de Neve – irmãos Grimm. Editora: Companhia das Letrinhas.

Antes da leitura ·Dar entonação em determinadas passagens, fazendo as vozes dos personagens e interpretando sentimentos; ·O que vocês conhecem deste conto de fadas? ·Nesse conto ele se inicia com “numa tarde” como vocês imaginam esta tarde? ·Glossário de algumas palavras que apareceram no conto: ·Ébano: cor de madeira escura; ·Enteada: que é filho do outro conjunge; ·Outeiro: colina.

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Durante a leitura

Depois da leitura

·Pausa nos parágrafos descritos abaixo: ·15°: a rainha comenta que arquitetara planos diabólicos para eliminar Branca de Neve. No primeiro plano (mostrar o objeto – fitas) o que ela tentará fazer com este objeto para eliminar Branca de Neve? ·21°: novamente a rainha tentará eliminar Branca de Neve (agora mostrar um pente). O que ela tentara fazer com este objeto para eliminar Branca de Neve? ·23°: a rainha se disfarçara de camponesa e tentara eliminar Branca de neve com uma maça (mostrar a fruta). Será que a menina comera a fruta, mesmo os anões dizendo que a rainha tentará outras formas para eliminá-las? ·Inferir o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto: -luto -soberana -esquife

Elaborar uma tabela na lousa com semelhanças e diferenças entre esse conto e os que conheciam; ● Descreve a bruxa; ● O que a fruta maça representa para vocês ● Por que o autor escolheu essa fruta para tentar eliminar Branca de Neve? ● No 1° parágrafo o autor descreve Branca de Neve usando comparações? Por que ele as utiliza? ● Podemos dizer que esta história é um conto de fadas, visto que não começa com “Era uma vez” e termina com “Viveram felizes para sempre”? Então o que caracteriza um conto de fadas? ● Compartilhar todas as suposições feitas durante a realização da leitura (o que levou cada um a pensar naquela forma). ●


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Branca de Neve NUMA TARDE NERVOSA, uma bela rainha bordava junto à janela, quando picou o dedo com a agulha, fazendo-o sangrar. “Ah, eu queria ter uma filha de pele branca como a neve, lábios vermelhos como o sangue e cabelos negros como o ébano”, ela murmurou. Meses mais tarde a rainha deu à luz uma menina como a que desejava e a chamou Branca de Neve. No entanto, morreu logo após o parto. Ao fim de um ano de luto, o rei se casou com uma mulher arrogante e vaidosa, que vivia perguntando a seu espelho mágico: “Espelho, espelho meu, existe mulher mais linda que eu?”. E ele vivia lhe respondendo: “Não, Majestade!”. Um dia, porém, quando sua enteada estava com sete anos, a orgulhosa rainha recebeu outra resposta: “Existe, Majestade! É Branca de Neve!”. Imediatamente ela chamou o caçador da corte: “Leve a filha do rei para a floresta e mate-a. Depois me traga seu coração e seu fígado, para provar que fez o serviço”. O caçador levou a princesinha para a floresta, mas não teve coragem de matá-la. Com um tiro certeiro abateu um filhote de javali e lhe arrancou o coração e o fígado para apresentar à rainha, que os comeu no jantar. Enquanto isso, sozinha na mata, Branca de Neve se pôs a correr sem rumo e foi ter a uma casa, onde encontrou uma mesa posta para sete pessoas; faminta e sedenta, comeu um pouco de cada prato e bebeu um pouco de cada copo. Depois subiu uma escada e no andar de cima encontrou sete camas; experimentou as seis primeiras, achando-as ou muito grandes ou pequenas demais, e por fim se acomodou na sétima, perfeita para seu tamanho. Ao cair da noite os donos da casa voltaram. Eram sete anões que trabalhavam nas minas de prata das montanhas. Logo perceberam que alguma coisa estranha acontecera, pois perguntaram uns aos outros: “Quem comeu de meu prato?” “Quem bebeu de meu copo?” “Quem se deitou em minha cama?” Quando viu a menina dormindo como um anjo, o sétimo anão teve pena de acordá-la e resolveu passar a noite nas camas de seus companheiros, uma hora em cada uma. Na manhã seguinte Branca de Neve lhes contou sua história, e eles disseram: “Se cuidar de nós, também cuidaremos de você”. E assim ela passou a morar na casa da floresta, fazendo todos os serviços domésticos. Tempos depois a rainha perguntou a seu espelho mágico: “Espelho, espelho meu, existe mulher mais linda que eu?”. E ele respondeu: “Existe, Majestade! É Branca de Neve!”. “Então aquela maldita está viva”, a rainha pensou, tratando de arquitetar um plano diabólico para eliminála. Não demorou muito para se disfarçar de velha vendedora de fitas e sair pelas ruas, procurando o esconderijo da enteada. Por fim chegou a casa da floresta. Os anões haviam saído para trabalhar e, como faziam diariamente, recomendaram a Branca de Neve que não abrisse a porta para ninguém, mas ela não resistiu à tentação de ver as fitas que a falsa vendedora lhe oferecia. “Experimente esta!”, a velha sugeriu. “Deixe-me colocá-la em você!” E apertou a fita de tal modo no pescoço da menina que a pobrezinha desmaiou. “Agora sou novamente a mulher mais linda do mundo!”, falou para si mesma, tratando de voltar rapidamente para o palácio. Quando retornaram, ao entardecer, e viram Branca de Neve caída no chão, os anões pensaram que ela estivesse morta. Mas felizmente tiveram a ideia de cortar a fita e com isso lhe devolveram a capacidade de respirar. No dia seguinte a rainha perguntou ao espelho se existia mulher mais linda que ela e o ouviu

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responder: “Existe, Majestade! É Branca de Neve!”. Mais uma vez a soberana invejosa se disfarçou de velha e rumou para a casa da floresta. “Não quer comprar pentes, meu bem?”, perguntou. E a enteada, sem abrir a porta, falou: “Não, senhora! Obrigada!”. A madrasta, porém, não se deu por vencida: “Então lhe dou um! Venha até a janela para eu colocá-lo em você!”. Achando que não havia mal nenhum em atender ao chamado e ganhar um presente, Branca de Neve apareceu na janela. A velha enfiou em seus cabelos negros um pente envenenado e saiu correndo, enquanto a menina caia desmaiada. Ao voltar para casa, os anões lhe tiraram o pente, e ela recobrou os sentidos. “Cuidado”, disseramlhe. “Aquela bruxa vai inventar novos truques para acabar com você!” De fato, quando novamente formulou ao espelho sua pergunta costumeira e soube que a enteada ainda vivia, a rainha se disfarçou de camponesa e tocou para a floresta, levando na mão uma linda maçã, branca de um lado e vermelha do outro. “Quer repartir comigo?”, perguntou à Branca de Neve, mostrandolhe a fruta. “Eu fico com a parte branca, e você, com a vermelha!”. Acontece que a parte vermelha continha um veneno poderoso, e, assim que a mordeu, a menina caiu morta. A madrasta soltou uma gargalhada estridente e rumou para o palácio. Naquela noite os anões tentaram de tudo, mas não conseguiram reanimar sua querida companheira. Depois de passar três dias chorando, puseram-na num caixão de vidro, onde escreveram com letras de ouro: “Princesa Branca de Neve”. Carregaram o esquife até um outeiro na floresta e ali o depositaram, decidindo que um deles sempre estaria a seu lado, velando a pobre menina, que parecia dormir placidamente. Até os bichinhos paravam para lhe prestar homenagens, e a coruja, o corvo e a pomba resolveram não se afastar mais dali. Os anos se passaram, e a menina se transformou numa bela moça. Um dia um príncipe passou por ali e, tão logo a viu, apaixonou-se perdidamente por ela. “Por favor, deixe-me levar este caixão!”, pediu ao anão que estava de guarda. “Pago-lhe bem!”. 4 anos atrás “Não o venderíamos por nada neste mundo!”, o anão respondeu. O príncipe tanto insistiu que acabou convencendo os sete homenzinhos a deixá-lo levar o esquife para seu palácio. No entanto, quando seus criados o transportavam, um deles tropeçou; o caixão balançou, e a maçã envenenada saltou da boca de Branca de Neve, que nesse momento despertou. Alguns dias mais tarde o príncipe se casou com ela, e todo mundo foi convidado para a cerimonia, até a madrasta invejosa. No inicio ela decidiu não ir; depois achou que poderia aproveitar a oportunidade para pôr em prática mais um de seus truques e eliminar a rival. Contudo, assim que desceu da carruagem, os guardas do príncipe a conduziram ao calabouço. Lá chegando, muniram-se de tenazes e tiraram de um braseiro um par de sapatos de ferro, incandescentes, que puseram diante da rainha perversa. Ela os calçou e se pôs a dançar até morrer. Observação: para a realização dessa leitura as crianças devem conhecer outras versões dese conto.

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Planejamento de Leitura 2° ano Título “João e o pé de feijão” Volta ao mundo em 52 histórias Ed. Cia das Letras.

Antes da leitura

Durante a leitura

Depois da leitura

·Informar que a primeira versão dessa história foi publicada em 1730; ·Dar aos alunos a oportunidades de contar a versão que conhecem;

·Qual será a reação da mãe quando descobrir a troca que joão fez? Nesta versão, o que vocês acham que irá acontecer com o gigante?

·Como foi que João conseguiu pegar aquilo que era de mais valor para o gigante( reler os trechos da história)? ·Em sua opinião, a atitude de joão foi correta? ·Descrever características psicológicas do personagem João; ·Você daria um final diferente para está história? Houve alguma parte diferente das versões que você já ouviu?

João e o pé de feijão

Numa aldeia distante vivia uma pobre viúva com seu único filho, um rapazote chamado João. Todos os dias ela ordenhava sua vaca, Branquinha, e João ia vender o leite no mercado. Mas certa manhã ela espremeu o quanto pode o uberê do animal e, não conseguindo uma só gota de leite, decidiu: “Temos de vender a Branquinha”. Assim, João amarrou uma corda no focinho da vaca e partiu para a cidade. Não havia caminhado nem duzentos metros quando se deparou com um homenzinho esquisito, que o cumprimentou amavelmente e lhe perguntou: “Aonde vai tão cedo, meu jovem?”. “Ao mercado, vender nossa vaquinha”. “Você parece que tem jeito para negociante ... Aposto que sabe quanto é um feijão vezes cinco grãos!” “Claro que sei!”, o garoto respondeu. “São cinco – dois em cada mão e um na boca”.

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“Muito bem! Você tem mesmo tino para os negócios!”, o homenzinho exclamou, estendendo-lhe a mão cheia de uns grãos tão esquisitos quanto ele. ! Quer trocar sua vaca por estes feijões? São legítimos!”. “Ora, nossa Branquinha vale muito mais do que isso!”. “Tudo bem ... Não faltara quem queira meus feijões mágicos!” “M-m-mágicos?”, João gaguejou, engolindo em seco. E mais que depressa entregou a vaca ao desconhecido e embolsou os cinco grãos de feijão. Quando chegou em casa, sua mãe se surpreendeu: “Já voltou, meu filho?” E vendeu a Branquinha? Por quanto?”. “Adivinhe!”, o rapazote exclamou, triunfante. “Cinquenta moedas?” “Muito mais ...” “Ai, vou até me sentar ...”, disse a pobre viúva, trêmula de emoção. “Cem?” “Muito mais ...” “Não há de ser ... mil?” “Consegui coisa bem melhor que mil moedas, ainda que fossem todas de ouro!”, João falou, mostrando-lhe os cinco grãos de feijão. A boa mulher empalideceu e por um instante ficou muda, sem conseguir acreditar no que via. Depois, refeita do susto, ergueu-se de um salto e esbravejou: “Seu palerma! Trocar uma vaca por cinco grãos de feijão! Só mesmo um cretino como você faria isso!” “Mas estes feijões são mágicos!”, o menino argumentou, perplexo com a reação da mãe. “Suma daqui, antes que eu o moa de pancadas! Hoje você nao vai beber uma gota de água, nem vai comer uma migalha de pão!”. João se retirou, enquanto a viúva jogava quatro grãos de feijão no fogo e punha o quinto na boca só para cuspí-lo pela janela. Quando acordou no dia seguinte, zonzo de fome, o rapazote viu o quarto mergulhado numa estranha luz verde. Curioso, foi espiar pela vidraça: um imenso pé de feijão se erguia junto à parede, ultrapassava o telhado e chegava até o céu. Sem pensar duas vezes, saltou pela janela e escalou o talo gigantesco, como um macaco. Lá no alto encontrou uma estrada que conduzia a um casarão, onde uma mulher descomunalmente grande parecia esperá-lo. “Bom dia”, disse ele. “Poderia me dar alguma coisa para comer?”. “Venha, meu filho”, a giganta respondeu, levando-o até a cozinha, onde lhe serviu um jarro de leite, pãozinho fresco e um pedaço de queijo. “Coma logo e vá embora, pois você corre perigo! Meu marido é muito maior do que eu e adora moleque ao molho pardo!”. João devorou tudo num minuto e entao ouviu um barulho que fez o casarão estremecer. Antes que pudesse entender o que estava acontecendo, a mulher o pegou pelo braço e o enfiou no forno. Então o gigante entrou na cozinha e tirou três vitelas dos bolsos. “Cozinhe isso, já que não temos moleque ao molho pardo”, ordenou a esposa e, farejando feito cachorro, declarou: “Sinto cheiro de menino ... Onde ele está?”. “Não há menino nenhum aqui”, a grandalhona respondeu. “Decerto é o cheiro das sobras de ontem ...”. O homenzarrão se deixou convencer, pois sentou sem dizer mais nada e comeu suas três vitelas num piscar de olhos.Depois abriu uma arca enorme, pegou dois sacos e despejou o conteúdo de um deles sobre a mesa. Eram moedas de ouro, que ele pôs a contar tão devagar que dali a pouco adormeceu. João, que espiava tudo por uma fresta, saiu do forno, pegou um saco de moedas e correu para o pé de feijão. Desceu pelo talo e logo estava em casa, com a fortuna que trazia.

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A partir desse dia mãe e filho viveram em grande estilo, até o dinheiro acabar. Então João voltou ao casarão para obter mais moedas de ouro. Quando encontrou a giganta, como na outra vez, falou: “Bom dia! Pode me dar alguma coisa para comer?”. “Você já esteve aqui”, ela retrucou. “E naquela ocasião meu marido deu por falta de um saco de ouro!”. “É mesmo? Se não tivesse tanta fome, eu poderia lhe contar algo sobre isso ...”. A mulher o levou para a cozinha, serviu-lhe leite, pãozinho fresco e queijo. De repente ouviu os passos do marido e escondeu o visitante no forno. “Sinto cheiro de menino!”, o homenzarrão rosnou, gritando em seguida para a esposa: “Traga-me a galinha dos ovos de ouro!”. Assim que se viu com a prodigiosa ave nas mãos, ordenou-lhe: “Bote!”. A galinha botou um ovo de ouro, mas demorou tanto que seu dono adormeceu e se pôs a roncar, fazendo panelas e pratos chacoalharem. João saiu do forno, agarrou a galinha e correu para o pé de feijão. Estava quase chegando lá, quando a danada resolveu cacarejar: “Có... có... ricó... “. O menino lhe tapou o bico, antes que ela acordasse o gigante, e desceu pelo talo a toda a velocidade. Entrou em casa como um relâmpago e mostrou para a mãe o tesouro que trazia. “Bote!”, ordenou, e a galinha botou mais um ovo de ouro. Encantado com as preciosidades que encontrava no casarão, João decidiu voltar lá, apesar dos protestos de sua mãe. Dessa vez esperou atrás de uma touceira até que a mulher saisse para estender a roupa. Então entrou na cozinha e se escondeu na tina de lavar. Dali a pouco o casal gigantesco apareceu. “Sinto cheiro de menino!”, o marido rosnou. “Também sinto ... Se é daquele calhorda que lhe roubou as moedas e a galinha, ele com certeza está no forno”. A mulher foi verificar, mas, como não encontrou ninguém, concluiu: “Esse cheiro deve ser do moleque que você pegou ontem à noite e que eu preparei para o jantar. Mais ágil e infinitamente mais leve, o menino logo estava no chão. “Mamãe!”, chamou. “Traga-me um machado, depressa!”. A viúva obedeceu prontamente, e João num segundo cortou o pé de feijão, que desabou com o peso de um edificio, arremessando o gigante lá longe, no mar, onde ele deve estar até hoje. Com a galinha para lhes botar ovos de ouro e a harpa para entretê-los com suas doces melodias, João e sua mãe viveram tranquilos e felizes até o fim de seus dias.

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Planejamento de Leitura 3° ano Título “A princesa que tudo sabia menos uma coisa” Ed. Brinque book.

Antes da leitura

Durante a leitura

Depois da leitura

·Leitura da sinopse; ·Questionar: “que pergunta está princesa não saberia responder?”

·Após a leitura de uma pergunta feita pelo príncipe, questionar os alunos: Qual outra pergunta tão inteligente que ela não saberá responder? ·Inferir o significado da palavra “heureca”; Qual será última pergunta que este príncipe irá a fazer a princesa?

·Em sua opinião, o príncipe mereceu casar-se com a princesa? ·Qual parte do texto deixa claro o interesse da princesa pelo rapaz? ·Nesta leitura, o que chamou especialmente sua atenção?

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E.M.E.F. ''Gino Dártora''

Planejamento de Leitura 4° ano Título “Branca de Neve”Irmãos GrimmVolta ao mundo em 52 histórias.

Antes da leitura

Durante a leitura

·O que vocês conhecem deste conto de fadas? ·Nesse conto ele se inicia com “Numa Tarde” como vocês imaginam está tarde? ·Glossário de algumas palavras que aparecerão no conto: üÉbano: cor de madeira escura; üEnteada: que é filho do outro cônjuge; Outeiro: colina.

·Dar entonação em determinadas passagens, fazendo as vozes dos personagens e interpretando sentimentos; ·A rainha comenta que arquitetara planos diabólicos para eliminar Branca Neveinferir significado desta expressão. ·Pausas nos parágrafos para antecipar os planos da rainha para eliminar Branca de Neve. ·Inferir o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto: -Luto -soberana -esquife

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Depois da leitura -Compartilhar as impressões dos alunos com a relação a história: -Você gostaria que algo tivesse acontecido de forma diferente? -Houve alguma coisa que causou espanto? -Houve algo que você achou maravilhoso? -Qual foi a diferença entre o final desta história e as outras que conhecemos? -O que a fruta maça representa para vocês? -Por que o autor escolheu essa fruta para rainha eliminar Branca de Neve? No 1° parágrafo o autor descreve Branca de Neve usando comparações. Quais são essas descrições e comparações? Por que ele a utiliza?


Planejamento de Leitura - 4º Ano - E.M.E.F. ''Gino Dártora''

Branca de Neve

Numa tarde nevosa, uma bela rainha bordava junto à janela, quando picou o dedo com a agulha, fazendo-o sangrar. “Ah, eu queria ter uma filha de pele branca como a neve, lábios vermelhos como o sangue e cabelos negros como o ébano”, ela murmurou. Meses mais tarde a rainha deu à luz uma menina como a que desejava e a chamou Branca de Neve. No entanto, morreu logo após o parto. Ao fim de um ano de luto, o rei se casou com uma mulher arrogante e vaidosa, que vivia perguntando a seu espelho mágico: “Espelho, espelho meu, existe mulher mais linda que eu?”. E ele vivia lhe respondendo: “Não, Majestade!”. Um dia, porém, quando sua enteada estava com sete anos, a orgulhosa rainha recebeu outra resposta: “Existe, Majestade! É Branca de Neve!”. Imediatamente ela chamou o caçador da corte: “Leve a filha do rei para a floresta e mate-a. Depois me traga seu coração e seu fígado, para provar que fez o serviço”. O caçador levou a princesinha para a floresta, mas não teve coragem de matá-la. Com um tiro certeiro abateu um filhote de javali e lhe arrancou o coração e o fígado para apresentar à rainha, que os comeu no jantar. Enquanto isso, sozinha na mata, Branca de Neve se pôs a correr sem rumo e foi ter a uma casa, onde encontrou uma mesa posta para sete pessoas; faminta e sedenta, comeu um pouco de cada prato e bebeu um pouco de cada copo. Depois subiu uma escada e no andar de cima encontrou sete camas; experimentou as seis primeiras, achando-as ou muito grandes ou pequenas demais, e por fim se acomodou na sétima, perfeita para seu tamanho. Ao cair da noite os donos da casa voltaram. Eram sete anões que trabalhavam nas minas de prata das montanhas. Logo perceberam que alguma coisa estranha acontecera, pois perguntaram uns aos outros: “Quem comeu de meu prato?” “Quem bebeu de meu copo?” “Quem se deitou em minha cama?” Quando viu a menina dormindo como um anjo, o sétimo anão teve pena de acordá-la e resolveu passar a noite nas camas de seus companheiros, uma hora em cada uma. Na manhã seguinte Branca de Neve lhes contou sua história, e eles disseram: “Se cuidar de nós, também cuidaremos de você”. E assim ela passou a morar na casa da floresta, fazendo todos os serviços domésticos. Tempos depois a rainha perguntou a seu espelho mágico: “Espelho, espelho meu, existe mulher mais linda que eu?”. E ele respondeu: “Existe, Majestade! É Branca de Neve!”. “Então aquela maldita está viva”, a rainha pensou, tratando de arquitetar um plano diabólico para eliminá-la. Não demorou muito para se disfarçar de velha vendedora de fitas e sair pelas ruas, procurando o esconderijo da enteada. Por fim chegou a casa da floresta. Os anões haviam saído para trabalhar e, como faziam diariamente, recomendaram a Branca de Neve que não abrisse a porta para ninguém, mas ela não resistiu à tentação de ver as fitas que a falsa vendedora lhe oferecia. “Experimente esta!”, a velha sugeriu. “Deixe-me colocá-la em você!” E apertou a fita de tal modo no pescoço da menina que a pobrezinha desmaiou. “Agora sou novamente a mulher mais linda do mundo!”, falou para si mesma, tratando de voltar rapidamente para o palácio. Quando retornaram, ao entardecer, e viram Branca de Neve caída no

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chão, os anões pensaram que ela estivesse morta. Mas felizmente tiveram a ideia de cortar a fita e com isso lhe devolveram a capacidade de respirar. No dia seguinte a rainha perguntou ao espelho se existia mulher mais linda que ela e o ouviu responder: “Existe, Majestade! É Branca de Neve!”. Mais uma vez a soberana invejosa se disfarçou de velha e rumou para a casa da floresta. “Não quer comprar pentes, meu bem?”, perguntou. E a enteada, sem abrir a porta, falou: “Não, senhora! Obrigada!”. A madrasta, porém, não se deu por vencida: “Então lhe dou um! Venha até a janela para eu colocá-lo em você!”. Achando que não havia mal nenhum em atender ao chamado e ganhar um presente, Branca de Neve apareceu na janela. A velha enfiou em seus cabelos negros um pente envenenado e saiu correndo, enquanto a menina caia desmaiada. Ao voltar para casa, os anões lhe tiraram o pente, e ela recobrou os sentidos. “Cuidado”, disseram-lhe. “Aquela bruxa vai inventar novos truques para acabar com você!” De fato, quando novamente formulou ao espelho sua pergunta costumeira e soube que a enteada ainda vivia, a rainha se disfarçou de camponesa e tocou para a floresta, levando na mão uma linda maçã, branca de um lado e vermelha do outro. “Quer repartir comigo?”, perguntou à Branca de Neve, mostrando-lhe a fruta. “Eu fico com a parte branca, e você, com a vermelha!”. Acontece que a parte vermelha continha um veneno poderoso, e, assim que a mordeu, a menina caiu morta. A madrasta soltou uma gargalhada estridente e rumou para o palácio. Naquela noite os anões tentaram de tudo, mas não conseguiram reanimar sua querida companheira. Depois de passar três dias chorando, puseram-na num caixão de vidro, onde escreveram com letras de ouro: “Princesa Branca de Neve”. Carregaram o esquife até um outeiro na floresta e ali o depositaram, decidindo que um deles sempre estaria a seu lado, velando a pobre menina, que parecia dormir placidamente. Até os bichinhos paravam para lhe prestar homenagens, e a coruja, o corvo e a pomba resolveram não se afastar mais dali. Os anos se passaram, e a menina se transformou numa bela moça. Um dia um príncipe passou por ali e, tão logo a viu, apaixonou-se perdidamente por ela. “Por favor, deixe-me levar este caixão!”, pediu ao anão que estava de guarda. “Pago-lhe bem!”. 4 anos atrás “Não o venderíamos por nada neste mundo!”, o anão respondeu. O príncipe tanto insistiu que acabou convencendo os sete homenzinhos a deixá-lo levar o esquife para seu palácio. No entanto, quando seus criados o transportavam, um deles tropeçou; o caixão balançou, e a maçã envenenada saltou da boca de Branca de Neve, que nesse momento despertou. Alguns dias mais tarde o príncipe se casou com ela, e todo mundo foi convidado para a cerimonia, até a madrasta invejosa. No inicio ela decidiu não ir; depois achou que poderia aproveitar a oportunidade para pôr em prática mais um de seus truques e eliminar a rival. Contudo, assim que desceu da carruagem, os guardas do príncipe a conduziram ao calabouço. Lá chegando, muniram-se de tenazes e tiraram de um braseiro um par de sapatos de ferro, incandescentes, que puseram diante da rainha perversa. Ela os calçou e se pôs a dançar até morrer.

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Planejamento de Leitura 5° ano Título O gigante egoístaHistórias para aprender a sonhar.

Antes da leitura

Durante a leitura

·Breve apresentação do autor Oscar Wilde. ·Inferir o significado da palavra egoísta.

· O que foi que o gigante viu de sua janela? ·Para onde foi menininho que o gigante tanto procurava? ·Por que o gigante ficou com tanto ódio?

Depois da leitura ·O que quer dizer a frase: “ A neve cobriu toda a grama com seu grade casaco branco e o gelo pintou todas as árvores de cinza.” ·Por que a primavera nunca chegava ao jardim do gigante? ·Quem era o menininho da história? ·Final trágico- marcas do estilo deste autor ; ·Qual a relação do titulo com a história? O que mais lhe surpreende nesta história?

O Gigante Egoísta Toda tarde, ao voltarem da escola, as crianças costumavam a ir brincar no jardim do Gigante. Era um jardim grande e maravilhoso, com grama verde e suave. Aqui e ali, sobre a grama, apareciam flores belas como estrelas, e havia doze pessegueiros que, na primavera, abriam-se em flores delicadas em tons de rosa e pérola, e davam ricos frutos no outono. Os pássaros pousavam nas árvores e cantavam tão docemente que as crianças costumavam parar de brincar para ouvi-los. — Como nos sentimos felizes aqui!, diziam-se elas umas às outras. Certo dia ele voltou. Ele tinha andado visitando seu amigo, o ogre da Cornualha, e ficara sete anos com ele. Depois de sete anos ele já havia dito tudo que tinha o que não tinha para dizer, já que sua

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conversa era limitada, e resolveu voltar para seu próprio castelo. Ao chegar, ele viu as crianças brincando no jardim. — O que é que vocês estão fazendo aqui? — gritou ele com uma voz muito ríspida, e as crianças saíram correndo. — O meu jardim é meu jardim — disse o Gigante. — Qualquer um pode compreender isso. Eu não vou permitir que ninguém brinque nele, a não ser eu mesmo. De modo que ele construiu um muro alto em torno do jardim e colocou um cartaz de aviso. OS INVASORES SERÃO PROCESSADOS! Ele era um Gigante muito egoísta. As pobres crianças agora não tinham mais onde brincar. Elas tentaram brincar na estrada, mas a estrada era muito poeirenta e cheia de pedras duras, e eles não gostavam. Começaram a passear em torno do muro depois das aulas, conversando sobre o lindo jardim que ficava lá dentro. "Como éramos felizes lá!", diziam uma ás outras. Então chegou a Primavera, e por todo o país apareceram pequenas flores e pequenos pássaros. Só no jardim do Gigante Egoísta é que continuava a ser inverno. Os passarinhos não gostavam de cantar lá, porque não havia crianças, e as árvores se esqueceram de florescer. Uma vez uma flor bonita chegou a brotar, mas ao ver o cartaz de aviso ficou com tanta pena das crianças que se enfiou de volta no chão e adormeceu. Os únicos que estavam contentes eram a Neve e o Gelo. — A Primavera se esqueceu deste jardim — eles exclamaram -, de modo que podemos viver aqui o ano inteiro. A neve cobriu toda a grama com seu manto branco, e o Gelo pintou todas as árvores de prata. Eles convidaram o Vento do Norte para se hospedar com eles, e ele veio. Todo enrolado em peles, rugia o dia inteiro pelo jardim, derrubando as chaminés com seu sopro. — Este lugar é ótimo — disse ele. — Nós precisamos convidar o Granizo para vir fazer uma visita. E o Granizo apareceu. Todos os dias, durante três horas, ele matracava no telhado do castelo até quebrar quase todas as telhas, e depois corria, dando voltas pelo jardim o mais depressa que podia. Sempre vestido de cinza, soprava gelo para todo lado. — Não entendo porque as Primavera está demorando tanto a chegar! — disse o Gigante Egoísta, sentado junto à janela e olhando para seu jardim frio e branco. — Espero que o tempo mude logo. Mas a Primavera não apareceu, nem o Verão. O Outono trouxe frutos dourados para todos os jardins, mas nenhum para o do Gigante .— Ele é muito egoísta — disse o Outono. De modo que ali ficou sendo sempre inverno, e o Vento Norte e o Granizo, a Neve e o Gelo dançavam em meio às árvores. Certa manhã, o Gigante estava deitado, acordado, na cama, quando ouviu uma música linda Soava com tal doçura em seus ouvidos que ele até pensou que deviam ser os músicos do Rei que passavam. Na realidade era apenas um pequeno pintarroxo cantando do lado de fora de sua janela, mas já fazia tanto tempo que ele não ouvia um só passarinho em seu jardim que aquela parecia ser a música mais bonita do mudo. E então o Granizo parou de dançar sobre a cabeça dele, e o Vento do Norte parou de rugir, e um perfume delicioso chegou até ele, através da janela aberta. — Acho que finalmente a Primavera chegou — disse o Gigante. — E, pulando da cama, olhou par fora. O que ele viu? A visão mais bonita que se possa imaginar. Por um buraquinho no muro as crianças haviam conseguido entrar, e estavam todas sentadas nos ramos das árvores. Em todas as árvores que ele conseguia ver havia uma criança. E as árvores estavam tão contentes de terem as crianças de volta que se cobriram de flores, balançando delicadamente os galhos, por cima da cabeça da meninada. Os passarinhos voavam de um lado para outro, chilreando de prazer, e as

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flores espiavam e riam. Era uma cena linda, e só em um canto é que continuava as ser inverno. Era o canto mais distante do jardim, e nele estava de pé um menininho. Ele era tão pequeno que não conseguia alcançar os ramos da árvore, e ficou andando em volta dela, chorando, muito sentido. A pobre árvore continuava coberta de neve e de gelo, e o Vento do Norte soprava e rugia acima dela. — Sobe logo, menino! — dizia a Árvore, curvando os ramos o mais que podia. Mas o menino era pequeno de mais. E o coração do Gigante se derreteu quando ele olhou lá para fora. — Como eu tenho sido egoísta! — disse ele. — Agora já sei porque a Primavera não aparecia por aqui. Eu vou colocar aquele menininho em cima daquela árvore, depois vou derrubar o muro, e meu jardim será um lugar onde as crianças poderão brincar para sempre e sempre. Ele estava realmente arrependido do que tinha feito. E assim, desceu a escada, abriu a porta da frente com toa a delicadeza, e saiu para o jardim. Mas quando as crianças o viram ficaram tão assustadas que fugiram, e o inverno voltou ao jardim. Só o menininho pequeno é que não fugiu, porque seus olhos estavam marejados de lágrimas e não viu o Gigante chegar. E o Gigante aproximou-se de mansinho por trás dele, pegou delicadamente em sua mão e o colocou em cima da árvore. A árvore imediatamente floresceu, e os passarinhos vieram cantar nela; e o menininho esticou os braços, passou-os em torno do pescoço do Gigante e o beijou. Quando viram eu o Gigante não era mais mau, as outras crianças voltaram correndo, e com elas veio a Primavera. — Agora o jardim é de vocês, crianças — disse o Gigante. E pegando um imenso machado, derrubou o muro. Quando toda a gente começava a iro para o mercado, ao meio-dia, lá estava o Gigante brincando com as crianças no jardim mais bonito que todos já haviam visto. Elas brincavam o dia inteiro, mas quando chegava a noite despediam-se do Gigante. — Mas onde está seu companhei rinho? — perguntou ele. — O menino que eu botei em cima da árvore. O Gigante gostava dele mais do que de todos os outros, porque ele lhe havia dado um beijo. Nós não sabemos — responderam as crianças. — Ele foi embora. — Vocês têm de dizer a ele par anão deixar de vir aqui amanhã — disse o Gigante. Mas as crianças disseram que não sabiam onde ele morava, e que jamais o haviam visto antes. O Gigante ficou muito triste. Todas as tardes, quando acabavam as aulas, as crianças iam brincar como Gigante. Mas o menininho de quem o Gigante gostava nunca mais apareceu.O Gigante era muito bondoso com todas as crianças, mas sentia saudades de seu primeiro amiguinho, e muitas vezes falava nele. — Como eu gostaria de vê-lo! — costumava dizer. Os anos se passaram, e o Gigante ficou mais velho e fraco. Ele já não conseguia brincar direito, e então ficava sentado em uma poltrona enorme, olhando as crianças que brincavam e admirando seu jardim. —Tenho tantas flores lindas — dizia ele -, ma as crianças são as flores mais bonitas de todas. Certa manhã de inverno, ele olhou pela janela enquanto se vestia. Agora já não odiava o inverno, pois sabia que este era apenas a Primavera enquanto dormia, e que as flores estavam descansando. De repente ele esfregou os olhos, espantado, e olhou, e olhou, e olhou. Era por certo uma visão maravilhosa. No cantinho mais distante do jardim havia uma árvore toda coberta de flores brancas. Seus ramos eram dourados, carregados de frutos de prata, e debaixo deles estavam o menininho que ela amava. O Gigante correu pelas escadas, com a maior alegria, e saiu para o jardim. Cruzou depressa o gramado e chegou perto do menino. E quando chegou bem perto, seu rosto ficou rubro de raiva, e ele disse: - Quem ousou te ferir?

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Nas palmas das mãos da criança estavam as marcas de dois pregos, como m haviam marcas de dois pregos em seus pezinhos. — Quem ousou te ferir? — gritou o Gigante. — Dize-me, para que eu possa tomar de minha grande espada para matá-lo. — Não — respondeu o menino -, pois essas são as feridas do Amor. Quem és? — perguntou o Gigante, e quando o temor se apossou dele, ajoelhou-se diante da criança. A criança sorriu para o Gigante e lhe disse: - Você me deixou, certa vez, brincar em seu jardim, e hoje você irá comigo par ao meu jardim que é o Paraíso. Naquela tarde, quando as crianças chegaram correndo, encontraram o Gigante morto, deitado debaixo da árvore, todo coberto por flores brancas.

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Planejamento de Leitura 1° ano Título Livro: Frederico Godofredo. Autora: Liana Leão. Ilustrações: Márcia Széliga. Editora: Elementar.

Antes da leitura

Durante a leitura

Depois da leitura

·Apreciação e exploração da ilustração da capa. Quem será o personagem dessa história? — Com base no título e ilustração do que tratará a história? Registro das hipóteses dos alunos na lousa.

Pausa para questionamento na p. 17- perguntar para os alunos: o que ele (Frederico Godofredo) gostava de fazer na praia?

·Apreciação das imagens do livro e retomada dos fatos. ·Roda de conversa enfatizando a respeito do SER e colocar que o TER não tem tanta importância. Podemos ser felizes com pequenas coisas. Retomada das hipóteses iniciais para verificar o que realmente apareceu na história.

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Frederico Godofredo Frederico Godofredo gostava das coisas pequenas: de brincar com besouros, de cantar minhocas, de encontrar pedras de tamanhos variados. Gostava de acompanhar o voo das borboletas, mas não só das borboletas mais bonitas. Prestava atenção também nas mariposas, e até na poeira que vagava no ar... Imaginava que os grãozinhos de pó eram estrelas caídas do céu. Frederico Godofredo gostava também das coisas descartadas, dos brinquedos jogados foram, e até dos quebrados. Com eles, ia montando coisas novas. Uma vez, fez um móbile com pequenas peças de um carrinho velho, equilibrando tudo em fios e barbantes. As coisas usadas, que eram para outras crianças não tinha serventia, para ele eram matériaprima de invenção: fazia jangadas com palitos de sorvetes e com panos velhos, fazia as velhas. Depois enchia uma bacia e soprava forte. Seu sopro virava vento. Se a maioria das crianças pedia papel novo para desenhar, ele preferia, papéis usados.Sentia que assim ajudava a preservar a natureza. Ás vezes, gostava de ficar parado, deitado no sofá olhando as sombras que dançavam no chão e sobiam até o teto. Andava pela casa, sentindo com as mãos os objetos: a madeira das coisas, o mármore frio, o cetim, o veludo, a lã grossa... Tudo tinha formato, textura, temperatura. Também gostava de investigar as menores frestas por onde o vento assoviava... quando ia à praia, adorava ver os dedos dos pés desaparecerem na areia. Cavava piscinas, encontravam caranguejos, sentia areia quente e seca e areia fria e molhada, a mesma areia; e tão diferente! Sabia perfeitamente que o mundo não acabava na linha do horizonte, que o mar continuava, que era só ir navegando e a linha sempre ia mais longe, fugindo da gente... Mesmo assim, era divertido acreditar que o horizonte era aborda do mundo. E que ele estava ali, um menino na praia, no ponto absoluto no centro de tudo... No aniversario e no natal, ele preferia ganhar livros. Os livros traziam, cada um, um mundo vasto, que ele podia visitar quando abriu as páginas... De brinquedos, ele também gostava, mas sentia a enorme responsabilidade do dono: tinha pena de deixar o boneco solitário jogado no canto... Para ele, os brinquedos eram vivo, precisavam de companhia. Assim, preferia ter poucos, para cuidar bem e conversar com todos. Frederico Godofredo era um pouco diferente de outras crianças. É verdade que, assim como algumas outras crianças, tinha medo de escuro, mas também gostava de treinar os olhos para ver com pouca luz. Frederico Godofredo não era o garoto mais popular da escola. Aliás, talvez não fosse nem mesmo popular. Não falava muito, não tinha tênis, a mochila ou boné da moda. Não era convidado para todas as festas. E algumas crianças achavam o seu nome esquisito, mas ele não se importava. Gostava de ler “Frederico Godofredo” escrito e ver como as letras se repetiam, se espelhavam. Seu nome praticamente o eco.

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Para ele o bom mesmo era existir, se sentir no mundo, “sendo”, apenas “sendo”: existir com as mãos, com ouvidos, com o nariz, com a boca e com os olhos. E existir também com seu pensamento. E a melhor coisa do mundo era olhar para cima, e ver infinitas estrelas. Quem sabe terá sorte de enxergar um monte de estrelas Cadente Cain-

do, Num piscar de olhos, do céu. Saber que somos parte de um todo assim como as estrelas. De alguma forma também brilhamos aqui embaixo. Isso era suficiente para Frederico Godofredo. Isso era, para ele, a felicidade.

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Planejamento de Leitura 1° ano Título Livro: A bruxa Salomé. Autora: Audrey Wood. Ilustrações: Don Wood. Editora: Ática.

Antes da leitura ·Apreciação da capa do livro e conversa sobre o que vai acontecer na história. OBS: A professora deve tomar o cuidado de tampar o título do livro.

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Durante a leitura

Depois da leitura

OBS: Durante a leitura da cada parte a professora irá mostrar as imagens para complementar as informações da leitura. As ilustrações são bastantes ricas. Porém os alunos devem saber que não poderão interromper a leitura para comentários, a não ser nos momentos em que forem questionados, e deverão estar cientes de que no final da leitura todos poderão ver o livro de pertinho. · Pausa no trecho: “_ Não podemos_ disseram em coro (...)”. - Como era o nome das crianças? · Pausa no trecho: “_Aqui estão os seus filhos_ disse._Se você não conseguir adivinhar quem é quem, vou comê-los no jantar.E você só tem uma chance.”... — Como você acha que a mãe vai fazer para descobrir em qual alimento os filhos foram transformados?

·Se fosse para você se transformar em um alimento, em qual se transformaria? ·Que título você daria para essa história? -Registro das sugestões na lousa. -Revelação do título dado pelo autor. Proporcionar um momento para que as crianças manuseiem o livro lido.


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A Bruxa Salomé Era uma vez uma pobre mulher que vivia bem longe, além das estradas cobertas de poeira, com seus sete filhos: Segunda -feira, Terça-feira, Quarta-feira, Quintafeira, Sexta-feira, Sábado e domingo. Todos os dias, antes que a mãe saísse para o mercado as crianças ajudavam nos afazeres domésticos. Um dia, depois que tinham terminado, a mãe disse: — Como vocês são umas crianças muito boazinhas, podem pedir o que quiserem, que eu trago do mercado. As crianças ficaram radiantes, e cada uma sabia exatamente o que queria. Segunda-feira pediu um pedaço de manteiga. Quinta-feira, um pote de mel. Sexta-feira gostaria de um pouco de sal. Terça-feira queria bolachas. E Domingo pediu uma tigela de pudim de ovo. A mãe despediu-se das crianças com um conselho: —Tenham muito cuidado e se lembrem: não deixe ninguém estranho entrar nem cheguem perto do fogo. Assim que ela saiu, as crianças trancaram a porta e começaram a brincar. Não se passara muito tempo, quando apareceu uma bruxa, que vinha mancando pela estrada. Ela estava puxando uma carroça muito pesada. Chegando perto da casa, deu batidinhas na janela e gritou: — Sou a bruxa Salomé, e acabei de perde meu pé. Deixem-me entrar! — Não podemos – disseram em coro Segunda-feira, Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-feira, Sábado e Domingo. – Nossa mãe falou para não deixarmos nenhum estranho entrar. A bruxa Salomé tirou um cachimbo do bolso e enfiou-o na boca: — Vamos, meus coraçõezinhos, tudo o que preciso é de um pouco de fogo para meu cachimbo. Só queria um pouco de palha incandescente. — Não podemos – disseram em coro Segunda-feira, Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-feira, Sábado e Domingo. – Nossa mãe falou para não tocarmos no fogo. Salomé aproximou-se da carroça e apanhou um saco. — Tenho certeza de que a mãe de vocês não vai se importar – disse. – Olhem se vocês me deixarem entrar para acender meu cachimbo, vou dar-lhes isto. Debruçando-se na janela, as crianças olharam dentro do saco e quase não acreditaram no que viram. — Ouro! – gritaram. – Por um saco de ouro nós a deixamos entrar e acender seu cachimbo. Então destrancaram a porta e deixaram a bruxa entrar.

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Depois, correram até a lareira e pegaram diversos pedaços de palha incandescente para acender o cachimbo dela. Mas assim que o cachimbo estava aceso, a bruxa Salomé atirou-o no chão e gritou: — Agora peguei vocês! E imediatamente transformou as crianças em comida. Segunda-feira virou um pedaço de pão. Terça-feira transformou-se em uma torta. Quarta-feira virou leite. Quinta-feira, um mingau de aveia. Sexta-feira transformou-se num peixe. Sábado, num queijo. E Domingo virou uma costela assada. Em seguida, Salomé reuniu toda aquela comida e colocou em sua carroça. Sem olhar para trás, começou a puxar sua carga estrada afora, passou pela ponte, cruzou a cidade, o campo de trigo e, finalmente, penetrou na floresta, onde ficava sua cabana. Logo depois, a mãe voltou para casa, carregando uma cesta enorme. Lá dentro estavam todas as coisas que as crianças tinham pedido: um pedaço de manteiga para Segunda-feira, um canivete para Terça-feira, um jarro de louça para Quarta-feira, um pote de mel para Quinta-feira, um vidro de sal para Sexta-feira, bolachas para o Sábado e uma tigela de pudim de ovo para o Domingo. — Segunda-feira, Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-feira, Sábado, Domingo! — chamou ela, mas ninguém respondeu. Então, encontrou o cachimbo quebrado da bruxa e viu os pedaços de palha queimado no chão. Lágrimas saltaram de seus olhos. — Quem pegou meus filhos? – gritou. Um pássaro preto que tinha visto todo ficou com pena da mulher e, de um salto, pousou no peitoril da janela. — Siga-me! – gorjeou. - Foi a bruxa Salomé. Ela perdeu o pé, e eles a deixaram entrar. Com a cesta na mão, a mãe seguiu o pássaro estrada afora, passou pela ponte, cruzou a cidade e os campos de trigo e atravessou a floresta, até chegar na cabana da broxa. Salomé tinha acabado de se sentar para jantar e estava prestes a dar a primeira dentada, quando ouviu uma forte batida na porta. — Deixe-me entrar! – gritou a mãe. — Quero meus filhos de volta! — Você não pode entrar! – respondeu Salomé. – Seus sapatos estão sujos. — Eu tiro os sapatos – disse a mãe, e assim fez. — Deixe-me entrar! – gritou a mãe. — Quero meus filhos de volta!

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— Você não pode entrar! – respondeu Salomé. – Suas meias estão sujas. — Eu tiro as meias – disse a mãe, e assim fez. —Deixe-me entrar! – repetiu a mãe. — Quero meus filhos de volta! — Você ainda não pode entrar! – disse Salomé. – Seus pés estão sujos. — Então vou cortá-los – disse a mãe, e foi saindo como se fosse mesmo fazer aquilo. Mas, em vez de cortar os pés, deu m jeito de escondê-los debaixo da saia e voltou de joelhos até a cabana da bruxa. — Deixe-me entrar! – pediu de novo. – Quero meus filhos de volta! Quando Salomé olhou para baixo, pensou que a mãe não tinha mais pés e a deixou entrar.

Depois apontou para a mesa. — Aqui estão seus filhos – disse. – Se você não conseguir adivinhar quem é quem, vou comêlos no jantar. E você só tem uma chance. A mãe continuou com os pés dobrados para trás e engatinhou até a mesa. Como conseguiria adivinhar que alimento era cada criança? Desesperada, olhou para dentro da cesta. Aqui estão as coisas que meus filhos queriam – pensou – e agora eles nunca vão tê-las. — Depressa! – ordenou Salomé. – Estou com fome! A mãe olhou de novo para os alimentos em cima da mesa. — Fale! – ordenou a bruxa. – Meu jantar esta ficando frio! De repente, a mãe descobriu o que tinha de fazer. Tirando as coisas da cesta: — Vou descobrir que alimento é cada filho pelas coisas que queriam: O pão quer manteiga. Então é Segunda-feira. A torta quer uma faca. Então é Terça-feira. O leite quer um jarro. Então é Quarta-feira. O mingau quer mel. Então é Quinta-feira.

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Planejamento de Leitura 1° ano Título Livro: As aventuras de Pedro Malasartes. Autor: Júlio Emílio Braz. Ilustrações: Pierre Trabbold. Editora: Cortez.

Antes da leitura

Durante a leitura

üBreve apresentação bibliografia e foto do autor: Júlio Emílio Braz. üLevantamento de hipóteses, com registro na lousa: - Por que a panela seria mágica? - O que ela iria fazer de diferente?

-Pausa no trecho: “(...) ele cozinhava seu almoço, quando avistou um grupo de tropeiros passando pela estrada.” - Como a panela cozinhava sem fogo? (p.35) -Pausa no trecho: “_ Você não quer Vendê-la? _ perguntou um deles. - Será que ele irá vender a panela mágica para os viajantes? Por enquanto?

Depois da leitura üDiscussão coletiva: - Como eles descobriram que foram enganados? - Quanto tempo demorou?

As aventuras de Pedro Malasartes A panela mágica

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Malasartes não perdia a oportunidade de divertir-se e de alguma forma lucrar à custa da ingenuidade ou da esperteza dos outros. Surgida a oportunidade, ele pensava rápido. Recordo-me de certa vez em que ele, viajando pelo mundo, sua maior paixão, comprou uma panelinha (é, de vez em quando ele adquiria as coisas da maneira mas convencional) para fazer comida. Pouco depois, acampado no meio do mato, lá estava ele cozinhando seu almoço, quando avistou um grupo de tropeiros passando pela estrada. Um


Planejamento de Leitura - 1º Ano - E.M.E.F. ''Lourides Dell Porto'' deles acenou para ele. — O cheiro está muito bom, moço – comentou o tropeiro. - tem pra mais um aí? Malasartes sorriu astuciosamente e respondeu: — Como não? Chegue mais perto, viajante! Enquanto os tropeiros desmontavam e se aproximavam, apressou-se em cavar um buraco e empurrou para dentro todas as brasas e tições, cobrindo tudo com a terra. Em seguida, colocou por cima a panela que fervia, o cheiro do ensopado espalhando-se convidativamente em todas as direções. Os tropeiros ficaram espantados ao ver a panela fervendo sem fogo algum. — Mas como é que você consegue? – espantou-se um deles. – Ninguém consegue cozinhar sem fogo... Malasartes muito cândida, mas falsamente, explicou que aquela panela era mágica. Claro, de inicio ninguém acreditou, mas como o ensopado continuasse a ferver dentro da panela, as dúvidas começaram a aparecer. — Será que é mesmo? — Você não quer vendê-la? —perguntou um deles. — Ah, não – respondeu Malasartes. – Eu paguei bem caro por ela e... — Nós pagamos mais! – ajuntou um dos tropeiros. — Não sei, não. Eu a comprei faz tempo e numa cidade bem longe daqui. Nem sei se poderei comprar outra. — A gente vai lhe dar dinheiro suficiente para comprar outra... - garantiu um terceiro. Malasartes encarou-os. — Mesmo? — Com certeza – e os tropeiros se consultaram e mais do que depressa o dinheiro foi rapidamente retirado dos bolsos e amontoado na mão de um deles. - isto é o bastante? — Eu acho... Antes que Malasartes dissesse qualquer coisa, os tropeiros ofereceram um de seus cavalos. — Está bem – Malasartes finalmente concordou acrescentando: - Acho que com o cavalo minha viagem será mais curta e eu consigo comprar outra panelinha. E, dizendo isso, montou e disparou para bem longe dos tropeiros, que só mais tarde descobriram que haviam sido enganados.

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Planejamento de Leitura 2° ano Título Livro: No meio da noite escura tem um pé de maravilha. História: O filho mudo do fazendeiro. Autor:Ricardo Azevedo. Ilustrações: Editora: Ática.

Antes da leitura

Depois da leitura

Durante a leitura

Como será que esta história começa? – deixar que as crianças levantem hipóteses sobre o inicio deste conto e registrá-los na lousa. ● Qual seria o enredo? – estes levantamentos também serão registrados na lousa para que as informações possam ser validadas ao final da história. ● Quais personagens, vamos encontrar nesta viagem... ●

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Neste momento o professor realizará momentos de intervenção, utilizando três momentos diferentes da história. ● Primeiro momento: O que você faria na história das irmãs? Com quem o príncipe deveria se casar? – escolher três alunos para responder as questões colocando em prova aquilo que é respondido.(p.111) ● Segundo momento: O que o homem da segunda história deve fazer? Ficar com sua mulher? Ou deixa lá? (p.113) Terceiro momento: O que a mulher da terceira história deve fazer? Ficar com o marido e o filho ou vestir as asas douradas e partir em busca de outro destino. (p.115). ●

Vocês concordaram com o final da história? ● Validação dos registros feitos no inicio da leitura. ●

Ilustração: Ricardo Azevedo


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No meio da noite escura tem um pé de maravilha! Era uma vez um fazendeiro muito rico. O homem comandava fazenda, plantações, criações de gado, usinas e um monte de dinheiro. Infelizmente seu único filho era mudo e nascença. O fazendeiro já tinha feito tudo. Convocado médicos, consultados sábios e videntes, experimentado remédios e tratamentos. Chegou até a mandar chamar feiticeiros e curandeiros. Nada adiantou. A boca do filho parecia um deserto morto, silencioso e sem sentido. Quando o rapaz completou dezoito anos, o fazendeiro mandou espalhar uma notícia pela cidade. Era uma promessa. Quem conseguisse fazer seu filho falar ganharia uma rica fazenda, muito gado e muito dinheiro. Mas o homem também fez uma advertência: quem tentasse e não conseguisse teria a cabeça cortada e o corpo atirado nas águas do rio. Como o prêmio era muito bom, vários homens criaram coragem e resolveram arriscar. Todos, infelizmente, tiveram suas cabeças cortadas e seu corpo devorado pelos peixes do rio. Perto da fazenda, morava uma moça. Ela era pobre e não tinha pai nem mãe. Vivia com sua avó num casebre caindo aos pedaços. Certa manhã, a moça acordou e foi correndo procurar a avó: — Vó,tive um sonho. Foi uma voz. Apareceu no meio da noite. Me mandou ir à fazenda tentar fazer o filho do fazendeiro falar! A velha continuou varrendo a cozinha. Para ela aquilo era besteira da grossa. Bobajada de menina sem juízo. — Voz? – resmungou a avó. – Era só o que faltava! Achava melhor a moça tirar aquele sonho da cabeça. Lembrou dos mil homens que tinham virado comida de peixe.

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— É perigoso, filha! Mas a menina encasquetou com o sonho. Teimou. Disse que ia. Disse que tinha coragem. Disse que ia tentar. — Vou precisar de sua ajuda, vó! —Ajudar como? – Quis saber a velha colocando os óculos. A menina explicou. A avó tinha experiência de vida e muita sabedoria. Pediu a ela que lhe ensinasse tudo o que sabia. — Mas isso vai demorar! – disse a velha. — Não faz mal. — Mas vai ser cansativo! — Não faz mal. — Mas vai ser preciso esforço! — Não faz mal. A velha senhora, então, disse que ensinava mas com uma condição. Durante três dias e três noites, ela falaria sem parar contando tudo o que sabia sobre a vida e sobre o mundo. — Em compensação, você vai prometer que vai ficar acordada e aguentar firme. A menina prometeu e assim foi. O sol pareceu e desapareceu três vezes no céu. Enquanto isso, a velha mulher falou, falou e falou contando tudo o que tinha visto, experimentando, sentindo, pensando a aprendido ao longo de sua longa vida. Descreveu erros e acertos. Jeitos e manias. Horas de fazer e não fazer. Horas de ficar e horas de fugir. No quarto dia, cansada mais confiante, a moça acordou cedo, despediu-se da avó e partiu. Foi falar com o fazendeiro. Ao ver a menina, o homem deu um muxoxo. — Se até homem esperto, sábio e forte já veio e não conseguiu nada! Balançando a cabeça, aconselhou a menina a voltar para a casa. — Não quero ter de cortar um pescoço tão lindo. A menina insistiu. Lembrava do sonho e da voz que tinha escutado dentro da escuridão. Admirado com a coragem da moça, o fazendeiro acabou concordando. — Mas você vai ter de passar a noite no quarto com o meu filho e uma testemunha. Quero ver se consegue ou não o menino falar! A moça foi. Deitado na cama o filho do fazendeiro olhava e olhava sem dizer nada. A testemunha sentada na cadeira espiava o tempo demorado. Quando deu uma hora da manhã, a moça pediu: — Por favor, testemunha. Estou com muito medo. Sinto que vou morrer amanhã. Será que você pode contar uma história que me faça esquecer da morte que vem vindo me contar? A testemunha explicou que era apenas uma testemunha e não sabia contar história nenhuma. — Então eu mesmo conto – respondeu a moça. E contou que era uma vez três lindas irmãs. A mais velha tinha um binóculo encantado que via tudo o que acontecia no mundo. A do meio tinha uma carruagem com asas que levava as pessoas aonde quisessem ir. A menor tinha uma fruta mágica capaz de fazer gente morta voltar a viver. Um dia, as três estavam com o binóculo encantando espiando as coisas do mundo, quando viram um lindo príncipe de um país distante. O rapaz estava deitado. O rapaz tinha acabado de morrer. As três irmãs não se conformaram. Saltaram na carruagem com asas e voaram até o reino distante. Lá chegando, a mais moça foi correndo colocar um pedaço de fruta na boca do príncipe. Ao senti-la nos lábios, o rapaz abriu os olhos e voltou a viver. — E agora eu pergunto - disse a moça à testemunha: - Com qual das três irmãs que o príncipe deve

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se casar? A testemunha não sabia. Disse que a questão era muito difícil. Disse que era apenas uma testemunha e de história não entendia nada. Foi quando o filho do fazendeiro pediu a palavra: — Tem uma opinião sobre essa história. — Que bom ouvir a sua voz! – Exclamou a moça. O rapaz achava que o príncipe devia se casar com a irmã mais moça, a dona da fruta mágica. — Você tem razão – Exclamou a moça admirada. – As duas outras irmãs continuaram com a carruagem de asas e com o binóculo encantado. Quem realmente deu alguma coisa foi a irmã caçula. Salvou a vida do príncipe mais ficou sem a sua fruta preciosa. No dia seguinte, o fazendeiro apareceu. A moça contou o que havia acontecido, a testemunha confirmou tudo, mas o rapaz, deitado na cama, não disse uma palavra. O homem ficou desconfiado. Chegou a pegar a faca para cotar o pescoço da jovem, mas disse: — Vamos fazer o seguinte. A moça vai ter que passar outra noite no quarto com o meu filho.Agora com duas testemunhas. Quero ver se consegue fazer ou não o menino falar. A moça foi. Deitado na cama, o filho do fazendeiro olhava e olhava sem dizer nada. As duas testemunhas sentadas em duas cadeiras espiavam o tempo demorado. As duas horas da manhã, a moça pediu: — Por favor, testemunhas. Estou com muito medo. Sinto que vou morrer amanhã. Será que vocês podem contar uma história que me faça esquecer da morte que vem vindo me pegar? As testemunhas explicaram que eram apenas duas testemunhas e não sabiam contar história nenhuma. — Então eu mesmo conto – respondeu a moça. E contou que era uma vez um casal que se dava muito bem. Acontece que a mulher tinha um segredo. Toda sexta-feira, à meia noite, quando o marido estava dormindo, ela virava bruxa e saia pelas estradas para cumprir sua sina. Certa noite de sexta-feira o marido voltou do trabalho mais tarde e, no caminho, encontrou uma bruxa. Assustado, antes de fugir para casa, atirou três pedras. Uma acertou a cabeça. A outra, o cotovelo. A última, o dedo mindinho da mão esquerda da bruxa. No dia seguinte, ao acordar, o homem percebeu que sua mulher estava com a cabeça, o cotovelo e o dedo mindinho da mão esquerda machucados. Desconfiado, tanto fez, tanto falou, tanto perguntou, tanto insistiu que no fim a mulher acabou confessando a verdade: Infelizmente era uma bruxa. — E agora eu pergunto – disse a moça as duas testemunhas.- O que o marido deve fazer? Ficar com a mulher ou ir embora? As testemunhas não sabiam. Disseram que a questão era muito difícil. Disseram que eram apenas duas testemunhas e que de histórias não entendiam nada. Foi quando o filho do fazendeiro pediu a palavra: — Tenho uma opinião sobre essa história. — Que bom ouvir a sua voz! – Exclamou a moça. O rapaz achava que seu marido gostava da mulher, devia ficar com ela mesmo que ela fosse uma bruxa. — Você tem razão - exclamou a moça admirada. - um casal que se ama precisa aprender a conviver com as diferencias um do outro. Além disso – completou ela -, um casal que se ama sempre têm segredos para compartilhar. No dia seguinte, o fazendeiro apareceu. A moça contou o que havia acontecido, as testemunhas confirmaram tudo, mas o rapaz, deitado na cama, não disse uma palavra. O homem ficou furioso. Ameaçou cortar o pescoço da moça ali mesmo. A moça baixou a cabeça. Deitado na cama, o filho do fazendeiro ficou só olhando.

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As duas testemunhas pediram a palavra. Garantiram, mais uma vez, que a moça tinha contado a verdade. — Vamos fazer o seguinte – disse o fazendeiro. – É a última vez! A moça vai passar outra noite no quarto com o meu filho. Agora com três testemunhas. Quero ver se ela consegue fazer ou não o menino falar. A moça foi. Deitado na cama, o filho do fazendeiro olhava e olhava sem dizer nada. As três testemunhas sentadas em três cadeiras espiavam o tempo demorado. As três horas da manhã, a moça pediu: -Por favor, testemunhas. Estou com muito medo. Sinto que vou morrer amanhã. Será que vocês podem contar uma história que me faça esquecer da morte que vem vindo me pegar? As três testemunha explicaram que eram apenas testemunhas e não sabiam contar história nenhuma. — Então eu mesmo conto – respondeu a moça E contou que era uma vez um rapaz que tinha andado por uma estrada deserta. De repente, uma luz surgiu brilhando. A luz não era luz. Era uma linda mulher apareceu no céu voando com asas douradas. O rapaz ficou escondido atrás de uma moita. Nunca na vida tinha visto uma pessoa tão bonita. A mulher aterrisso, tirou as asas e, nua, mergulhou numa lagoa. Mas do que depressa, o moço foi e escondeu as asas da moça. A noite caiu. A mulher saiu da lagoa e não encontrou as asas. Ficou sem saber o que fazer. Foi quando o moço surgiu e disse: — Puxa, como você é bonita! Deve estar morrendo de frio. Quer o meu casaco emprestado? A moça não tinha jeito. Aceitou. — Moro aqui perto – disse ele. – Quer passar a noite me minha casa? A moça não tinha jeito. Aceitou. Os dois acabaram conversando trocando ideias e gostando um do outro. Passaram a viver juntos. O tempo passou. A mulher teve um filho. Quando o menino completou sete anos, estava, um dia, brincando no mato e encontrou uma lagoa. Mexendo aqui e ali, achou um par de asas douradas atrás de uma moita e, encantado, levou para a sua mãe ver. — E agora eu pergunto – disse a moça as três testemunhas: - o que a mulher deve fazer? Ficar com o filho e o marido ou vestir as asas douradas e partir em busca do seu outro destino? As três testemunhas não sabiam. Disseram que a questão era muito difícil. Disseram que eram apenas testemunhas e de histórias não entendiam nada. Foi quando o filho do fazendeiro pediu a palavra: — Preciso fazer um comentário sobre essa história. — Que bom ouvir sua voz! – exclamou a moça. O rapaz achava que aquela era a história mais incrível que já tinha escutado na vida. Para o filho do fazendeiro era uma história sem saída. — Se a mulher ficar com o marido e o filho – disse ele -, vai abandonar uma outra vida que havia sido reservada para ela. Se colocar as asas douradas e partir – completou ele -, vai abandonar as pessoas que mais ama! — Você tem razão – exclamou a moça admirada. – Há histórias que, como na vida, não têm uma única verdade ou um único desfecho. No lugar da mulher de asas douradas cada um de nós teria que construir uma resposta. Uma coisa é certa – concluiu a moça: - para cada escolha que fazemos há sempre uma perda. Sempre que tomamos um caminho, deixamos passar muitos outros de lado. No dia seguinte, o fazendeiro apareceu. A moça contou o que havia acontecido, as testemunhas confirmaram tudo, mas o filho do fazendeiro continuou deitado na cama sem dizer uma palavra. Furioso, o homem colocou a faca no pescoço da pobre menina. Depois parou e examinou a moça. Ela parecia estar falando a verdade. Examinou as três testemunhas. Elas pareciam estar falando a verdade. Confuso, o fazendeiro balançou a cabeça. — Chega! – Disse ele.

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Planejamento de Leitura - 2º Ano - E.M.E.F. ''Lourides Dell Porto''

Chamou a moça. Declarou que ela tinha vencido. Perguntou a ela o que queria ganhar. A moça coçou a cabeça. Confessou que ainda não tinha pensado nisso. — Tive tanto medo de morrer – explicou ela sem jeito – que nem tive tempo de pensar em mais nada. Nesse momento, o filho do fazendeiro saltou da cama, atravessou o quarto, pegou a moça pelos ombros e disse: — Case-se comigo! Quem canta seu mal espanta Quem chora não se contenta Quem conta história se encanta Quem não conta se arrebenta!

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Planejamento de Leitura 2° ano Título Livro: As cem melhores crônicas brasileiras História: Ser Gagá Autor: Millôr Fernandes Editora: Objetiva

Antes da leitura

Durante a leitura

Organização de um glossário das palavras desconhecidas dos pelos alunos; a seleção das palavras será feita pela professora de possível palavras que as crianças não conheçam, o registro será feito na lousa, as crianças ficarão divididas em duplas para procurar as palavras, a professora será a escriba, formando assim um banco de palavras. ●Questionar os pequenos sobre: O que é ser Gagá? ●

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Depois da leitura Questionar os alunos sobre quais as ações, atitudes, manias apresentam uma pessoa mais velha. ●Apresentação da bibliografia de Millôr Fernandes com o auxilio de video extraído do You tube.

Ilustração: Ricardo Azevedo

Millôr Fernandes (by J. Bosco)


Planejamento de Leitura - 2º Ano - E.M.E.F. ''Lourides Dell Porto''

Ser gagá Ser Gagá não é viver apenas nos idos do passado:é muito mais!É saber que todos os amigos já morreram e os que teimam em viver, são entrevados. É sorrir, interminavelmente, não por necessidade interior, mas porque a boca não fecha ou a dentadura é maior do que a arcada. Ser Gagá é ficar pensando o dia inteiro em como seria bom ter trinta anos ou, vá lá, quarenta, ou mesmo, ó Deus, sessenta! É ficar olhando os brotinhos que passeiam, com o olhar esclerosado, numa inútil esperança. É ficar aposentado o dia inteiro, olhando no vazio, pensando em morrer logo, e sair subitamente, andando a meia hora que os separa dos cem metros da esquina, porque é preciso resistir. É dobrar o jornal encabulado, quando chega algum jovem da família, mas ficar olhando, de soslaio, para os íntimos da coluna funerária. Ser Gagá é saber todos os mortos inscritos no Time, em Milestones. Não é saber o Who is Who, mas é WHEN. É só pensar em comer, como na infância. E em certo dia passar fome às vinte e quatro horas, só de melancolia. É, na hora mais ativa do mais veloz Bang-bang, descobrir, lá no terceiro plano um ator antigo, do cinema mudo, e sentir no peito a punhalada. É surpreender, subitamente, um olhar irônico que trocam dois brotinhos, que, no entanto, o ouvem seriamente. É querer aderir à bossa-nova, falar “Sossega leão” e morrer de vergonha ao perceber o fora. É não querer, não querer, mas cada dia ficar mais necessitado de amparo do que outrora. É ter estado em Paris, e 19. É descobrir, de repente, um buraco na roupa e dar graças a Deus, por ser na roupa. Ser Gagá é sentir plenamente que tudo que se leu, que se aprendeu, que se viu e se viveu não vale nada diante do que estua. Ser Gagá é estar sempre na iminência de ouvir em plena rua: “Olha o tarado!” É ficar contente em ver Chaplin e Picasso como os “mais charmosos” de sessenta! É chamar de menina à quarentona. É ter uma esperança senil dos cientistas. É reparar, nos mais jovens, o imperceptível sinal de decadência. É ficar olhando o detalhe, nos amigos; a lentigem nas mãos, o cabelo que afina, a pele que vai desidratando. Ser Gagá é o orgulho vão de ainda ter cabelo e poucos brancos! A vaidade tola de não ter barriga; a felicidade de ter dentes próprios. É fazer grandes planos quinquenais que espantam os jovens que acham cinco anos a própria eternidade, mas que o Gagá sabe que voam como voaram tantos, tantos, tantos. É se apegar, desesperadamente, pelo tremendo impulso de existência, aos filhos, aos netos, aos bisnetos, embora saiba que elas não o querem, que a convivência com eles é apenas parte e total do egoismo vital que o enterra. É sentir que agora, outra vez, está bem de saúde. É sentir a saúde ocasional. É carregar o corpo o tempo todo. É sentir o caixão no próprio corpo. É saber que já não há quem tenha prazer em lhe acarinhar a pele. É já não ter prazer em passar a mão na própria pele. É esquecer de coisas importantes e lembrar, sem saber por que, um gosto, um calor, uma palavra há tempos esquecidos. Ser Gagá é procurar com afá a importância do cargo para de novo ser solicitado, embora pelo cargo. É sentir que nado do que faça, espantoso que seja, terá a importância do feito de outro homem, nos inícios da vida. Ser Gagá é quando dormir tarde se torna uma loucura, resgata em feroz resfriado que dura uma semana. É ter sabido Francês, e esquecido. É já não jogar xadrez como outrora! É olhar o retrato amarelo e lembrar que fotógrafo usava magnésio. É dizer, como um feito, que ainda lê sem óculos. É ficar galante e baboseiro na terceira taça de champanha. É casar com uma mulher mais jovem e querer dar logo ao mondo a inegável prova de um filhinho. Ser Gagá é, num esforço mortal, aceitar tudo que inventam, todas as ideias, as modas, a música, o ritmo de vida, mas não deixar de dizer numa ironia profunda e amargurada. “Eu não entendo”. É sentir de repente o isolamento. É ficar egoísta e amedrontado. É não ter vez e nem misericórdia. Ser Gagá é fogo. Ou melhor, é muito frio.

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Planejamento de Leitura 3° ano Título Livro: Fábulas tortas. Historias: A dificuldade e a felicidade (p.14). Autora: Dilea Frate. Ilustrações: Simone Traina. Editora: Companhia das letrinhas.

Antes da leitura - Apresentar o título da história e informar que trata de uma fábula. Relembrar com os alunos as características desse gênero.

Durante a leitura - O que ela quis dizer com: “você atrapalha minha existência.”?

Depois da leitura - O que vocês entendem pela frase: “Eu existo para que você me vença, não para impedir sua passagem”. - Discussão coletiva das impressões dos alunos.

A DIFICULDADE E A FELICIDADE A Felicidade se encontrou com a Dificuldade e falou: "Você atrapalha a minha existência.» A Dificuldade, muito difícil que era, em vez de responder, criou um caso: colocou dez pedras enormes no caminho da Felicidade. A Felicidade, que já estava com as asas meio tortas de tanto levar pedrada, pulou uma, duas, três, quatro, cinco... e quando chegou na sexta, ufa! Descansou e reclamou um pouco: "Você não me deixa passar, saia do meu caminho!» Então a Dificuldade, chatinha e difícil que era, continuou calada e colocou mais doze pedras no caminho da Felicidade. Puxou outra vez a alavanca da determinação e começou a pular: uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete... ufa! Na hora da oitava, se deitou e pensou: Estou cansada. Por que ela não sai do caminho?! Ai... a Dificuldade colocou mais catorze pedras enormes na estrada. A Felicidade levantou-se, determinada e séria, e começou a pular: uma, duas, três, quatro, cinco, seis... exausta, chegou a pular treze pedras, e quando já estava quase na última, ops! Deu de cara de novo com a Dificuldade: "O que é isto, não acredito! Outra vez você no meu caminho?" A Felicidade não vacilou. Respirou fundo, sorriu e alavancou a força necessária para pular a última pedra. A Dificuldade ficou parada, olhando, e disse apenas: "Eu existo para que você me vença, não para impedir a sua passagem.» A Felicidade então prosseguiu mais feliz: sabia agora como pular as pedras que iria encontrar pela estrada. Uma estrada muito, muito longa.

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Planejamento de Leitura 3° ano Título Livro: Volta ao mundo em 52 histórias. História: João Preguiça (p.66). Autor: Neil Philip. Ilustrações: Nilesh Mistry. Editora: Companhia das letrinhas.

Antes da leitura -Apresentação de um glossário pela professora de palavras que possivelmente as crianças não conheçam. Em formar que durante a leitura as palavras irão aparecer e se tiveram duvidas sobre o que significam podem retomar o glossário.

Durante a leitura - Pausa no trecho: “Ao amanhecer, saiu para prestar serviço a um queijeiro, que o recompensou com um queijo cremoso”. (p.66) - Onde João irá colocar o queijo? - Pausa no trecho: “Você é mesmo um tolo!, disse a mãe, desacorçoada.Devia tê-lo trazido nas mãos!” - Qual era o tratamento da mãe com o João.

Depois da leitura - Qual sua opinião em relação ao João. - Vocês concordaram com o desfecho da história? Vocês dariam outro final apara está história? Qual?

João Preguiça

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Era uma vez um rapaz chamado João, que vivia com sua mãe numa tapera caindo aos pedaços. No inverno ele passava os dias sentado junto ao fogão e no verão só queria ficar estendido ao sol. O sustento de ambos estava a cargo de sua mãe, que ganhava uns trocados costurando e remendando trapos alheios. Um dia a pobre mulher se cansou e lançoulhe um ultimato: “Ou você trabalha, ou não come!”. João não teve outra alternativa senão oferecer seus serviços a um sitiante, que no fim da jornada lhe deu um vintém. Ao voltar para casa, o rapaz deixou a moeda cair num riacho. Quando contou a mãe, ela explodiu: “Como você é burro! Devia tê-la guardado no bolso!”. Na manhã seguinte João foi cuidar das vacas de um fazendeiro, que lhe pagou com uma jarra de leite.


Planejamento de Leitura - 3º Ano - E.M.E.F. ''Lourides Dell Porto'' Lembrando-se da recomendação maternal, o rapaz tratou de enfiar a jarra no bolso e rumou para sua tapera. No caminho, porém, todo o leito se derramou. “Cretino!”, a mãe esbravejou. “Devia tê-la carregado na cabeça!”. No dia seguinte João foi trabalhar para um padeiro, que em troca lhe deu um gato. Atento as instruções maternas, pegou o bichano no colo e tocou para casa. Mas o gato o arranhou tanto que teve de soltá-lo. “Ah, seu bocó!”, a mãe gritou, sem saber mais o que fazer. “Devia tê-lo amarrado com uma cordinha para poder puxá-lo!” Pela manhã lá se foi o rapaz oferecer seu serviço a um açougueiro, que lhe pagou com um pernil. João amarrou um barbante no pernil e o arrastou ate sua choupana. “Idiota!”, a mãe berrou, perdendo a pouca paciência que lhe restava. “Devia tê-lo carregado nas costas!”. Com essa recomendação em mente, no dia seguinte ele foi trabalhar para um sitiante, que lhe deu um burro. Apesar de forte, João teve muita dificuldade para levantar o animal e colocá-lo nas costas, como sua mãe lhe dissera. Por fim conseguiu e tomou o caminho de casa, bufando e suando sob tanto peso. No trajeto passou pela rua onde morava um homem riquíssimo, pai de uma jovem linda e triste, que nunca sorria. Esse homem anunciara que aceitaria como genro quem fizesse sua filha rir. A moça estava sentada junto a janela de seu palacete, melancólica como sempre, quando viu João se arrastando a duras penas, com o burro de patas para o alto se arrebentando em seu costado. Foi o quanto bastou para ela cair na gargalhada. Seu pai, as empregadas, o vizinho escutaram seu riso interminável e, sem acreditar no que estavam ouvindo, correram para ver de perto a cena extraordinária. Pouco depois a moça rica se casou com João Preguiça numa cerimônia suntuosa. O noivo, feliz da vida, chamou sua mãe para morar com ele no palacete e nunca mais precisou trabalhar.

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E.M.E.F. ''Carlos Bayerlein''

Planejamento de Leitura 1º ANO Título A Vassoura Encantada

Antes da leitura - Apresentar a capa e ler título proposto: por que esta vassoura é encantada? - Mostrar a segunda capa e questionar: o que esta vassoura será capaz de fazer? - O que esperar desta história? Citar o autor e o ilustrador.

Coordenadoras Rafaela e Cida Barros

Durante a leitura

Depois da leitura

- Pausa: O que a bruxa pretende? Fará alguma coisa com Minna Shaw? Será que a vassoura realmente perdeu seus poderes mágicos (retomar o título) - O que a fez se assustar? - Vocês concordam: a vassoura sendo de uma bruxa, poderá lhes fazer mal? - A velha irá dar a vassoura? Quem está tocando a música?

- Será que a vassoura levada pelos vizinhos era a vassoura encantada? - O que vocês fariam se tivesse uma vassoura encantada? - Por que a vassoura não era mais útil para a bruxa? - Explorar as ilustrações: o autor utilizou qual material para fazer as ilustrações? Destacar as expressões dos personagens

A VASSOURA ENCANTADA Vassouras de bruxas não dura para sempre. Vão envelhecendo com o tempo e, um dia, mesmo as melhores vassouras perdem o poder de voar. Felizmente, isso não acontece de uma hora para outra. Uma bruxa pode sentir que a força de sua vassoura está aos poucos diminuindo. Os arranques de energia que antes a levavam rapidamente pelos céus tornam-se fracos. As corridas são cada vez mais longas para lhe dar impulso e alçar voo. Vassouras ultravelozes que na juventude voavam mais rápido que gaviões começam a ser ultrapassadas pelo lento voo dos gansos. Quando essas coisas acontecem, a

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Planejamento de Leitura - 1º Ano - E.M.E.F. ''Carlos Bayerlein'' bruxa percebe que chegou a hora de deixar de lado sua velha vassoura e mandar fazer uma nova. Mas, às vezes, uma vassoura pode perder inesperadamente o poder de voar e despencar lá de cima com bruxa e tudo… E foi exatamente isso o que aconteceu numa fria noite de outono muitos anos atrás. Do alto do céu enluarado caiu rodopiando em direção ao solo uma figura vestida de negro. A bruxa e sua velha vassoura aterrissaram em uma pequena fazenda, ao lado de uma casa toda branca onde morava sozinha uma viúva chamada Minna Shaw. Ao raiar do dia, a viúva encontrou a bruxa caída no meio de sua horta. Ela estava arranhada, ensanguentada e não conseguia se levantar sozinha. Minna Shaw era uma mulher muito bondosa, por isso, apesar de estar com medo, levou a bruxa até sua casa e fez com que ela se deitasse. A bruxa pediu a Minna Shaw que fechasse as cortinas, enrolou-se em sua capa negra e adormeceu profundamente. Lá ficou, completamente imóvel, durante horas e horas. À meia-noite, quando por fim despertou, seus ferimentos haviam desaparecido. A bruxa levantou-se da cama e caminhou silenciosamente pela casa da viúva. Minna Shaw dormia sentada numa cadeira ao lado da lareira, onde do fogo já apagado restavam brasas incandescentes. A bruxa ajoelhou-se e apanhou uma brasa com a mão. Do lado de fora da casa, fez uma fogueira com folhas e galhos, depois arrancou um fio de seus cabelos e o atirou às chamas. A fogueira sibilou e o fogo aumentou, produzindo uma luz azulada e brilhante. Logo a bruxa avistou uma silhueta negra voando sobre ela. Era outra bruxa, que fez um lento círculo no ar e aterrissou ao lado da fogueira. As duas mulheres conversaram um pouco, e a primeira gesticulava apontando em direção à horta onde tinha caído sua velha vassoura. Então as duas montaram lado a lado na vassoura da segunda bruxa e saíram voando em direção ao céu. Quando Minna Shaw despertou, não ficou surpresa ao descobrir que sua convidada havia partido. Sabia que as bruxas têm poderes sobrenaturais. Também não se surpreendeu ao ver que a velha vassoura fora abandonada em sua casa. Logo a viúva adivinhou que ela deveria ter perdido os poderes mágicos. Com certeza agora não passava de uma vassoura comum, igualzinha à sua de varrer a cozinha. A viúva começou a usá-la para varrer em torno da casa e percebeu que não era nem um pouco das vassouras que tinha usado antes. Certa manhã, Minna Shaw ainda estava na cama quando ouviu um ruído na cozinha. Deu uma olhada e viu uma coisa que lhe deu um susto terrível, Lá estava a vassoura, varrendo o chão sozinha. A vassoura parou de varrer, virou-se em direção à viúva e depois voltou a trabalhar. Primeiro, Minna ficou amedrontada. Mas a vassoura parecia inofensiva e, além disso, fazia o serviço muito bem. O único problema é que não parava de varrer um só instante. À noite, para ter um pouco de sossego, a viúva trancou a vassoura no armário, mas ela ficou batendo na porta sem parar. Mais de uma hora depois, Minna sentiu-se culpada e deixou-a sair. Deitada, enquanto ouvia o ruído da vassoura varrendo todos os cômodos sem parar, a viúva ficou imaginando se ela seria capaz de aprender outras coisas. Pela manhã, Minna levou a vassoura para fora de casa e descobriu que ela aprendia tudo rapidamente. Era só mostrar, uma única vez, como se fazia a tarefa, e a vassoura já a imitava. Num minuto, aprendeu a cortar lenha, carregar o balde d'água, alimentar as galinhas e levar as vacas para o pasto. Aprendeu até a tirar umas notas do piano. Mal se passara uma semana e os vizinhos da viúva, os Spivey, descobriram a história da vassoura. Sua fazenda ficava na mesma estrada e eles eram os únicos vizinhos da redondeza. O primeiro a ver a vassoura foi um dos oito filhos da família. Quando o garoto contou ao pai o que viu, o senhor Spivey correu direto para a casa da viúva. — É verdade? – perguntou. – A senhora tem mesmo uma vassoura encantada? — Tenho, sim – respondeu Minna Shaw – É ótima! Contou tudo ao seu vizinho e também falou da bruxa que a deixara lá. Depois o levou até o fundo da casa onde a vassoura estava ocupada cortando

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Planejamento de Leitura - 1º Ano - E.M.E.F. ''Carlos Bayerlein'' lenha. O senhor Spivey ficou horrorizado. — Esta vassoura é danada – disse. – Isso é coisa do demônio! A vassoura parou de trabalhar e, com o machado preso na ponta do cabo virou-se para a viúva e seu vizinho.” “O senhor Spivey, a cara vermelha de raiva, voltou correndo para casa. Logo apareceram vizinhos mais distantes para ver a tal da vassoura na fazenda da viúva. Os homens que a observaram pareciam concordar que a vassoura provavelmente era uma coisa do mal. Mas as esposas diziam que a vassoura ajudava muito a viúva e tocava piano muito bem, mesmo que só pudesse tocar uma nota de cada vez. Ninguém se assustava tanto quanto o senhor Spivey: - A vassoura é do demônio, a vassoura é perigosa – ele dizia a todos que o quisessem ouvir. – Nós vamos nos arrepender de deixar que essa coisa fique no meio de nós. A cada dia que passava, a vassoura parecia mais inocente e trabalhadeira. Embora tivesse aprendido como executar muitas tarefas, varrer era o que mais gostava de fazer. Afinal, era uma vassoura. Vez ou outra, quando não restava mais nada o que limpar na casa da viúva, ela ia até a estrada que separava a fazenda de Minna Shaw e a dos Spivey. A estrada era de terra, naturalmente, e a vassoura passava horas divertindo-se em varrê-la. Certa tarde, dois dos meninos da família Spivey e seu cachorro foram caminhando até o lugar em que a vassoura estava feliz varrendo a estrada. Quando viram o que ela estava fazendo, chutaram de volta as pedrinhas que ela tinha varrido para fora do caminho. A vassoura os ignorou e foi varrer outro trecho da estrada. Mas os meninos não queriam deixá-la em paz. Passaram a xingar a vassoura e, como ela continuava a ignorá-los, cada garoto pegou um pau e começou a cutucála. Até que a vassoura parou de varrer, virou-se para os dois e bateu com o cabo na cabeça deles com tanta força que ambos caíram chorando no chão. Depois se afastou, mas o cachorro dos garotos a perseguiu latindo e mordendo seus fios. — Pega a vassoura! – gritaram os meninos. O cachorrinho saltou em pleno ar e mordeu o cabo da vassoura. Mas não conseguiu segurá-lo por muito tempo. Naquela noite, o senhor Spivey foi de carroça até a casa da viúva. Ele não estava sozinho. Três homens das fazendas vizinhas o acompanhavam, levando uma estaca de madeira e uma corda. O senhor Spivey bateu na porta feito um louco. Quando a viúva a abriu, ficou assustada. — Viemos pegar a vassoura! – disse-lhe o vizinho. – A vassoura bateu nos meus filhos e fez coisa bem pior com meu cachorro. Ninguém consegue encontrar o pobre animal! A viúva olhou bem para a cara dos homens e percebeu que eles não iriam embora sem levar sua vassoura. Não havia nada que ela pudesse fazer para detê-los. Ficou parada, silenciosa, e depois respondeu: — É claro que vocês estão certos. Se a vassoura fez todas essas coisas, é melhor nos livrarmos dela. Levou os homens até a cozinha. — É lá que ela dorme – disse baixinho apontando para o armário. – Se vocês não fizerem barulho, ela não acorda. Os homens sabiam que a vassoura era forte, e torceram para que a viúva tivesse razão. Abriram a porta do armário surpreendendo a vassoura adormecida. Um dos fazendeiros a retirou de lá e

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Planejamento de Leitura - 1º Ano - E.M.E.F. ''Carlos Bayerlein'' cuidadosamente a segurou contra a estaca enquanto os outros a amarravam com muitos metros de corda. Levaram a vassoura para fora, afundaram a estaca no chão e a cercaram de feno. O senhor Spivey ateou fogo. Num minuto, as chamas transformaram a vassoura em cinzas. A vida logo voltou ao normal na fazenda da viúva. Os Spivey até encontraram seu cão, saudável, mas faminto, preso nos ramos de uma grande árvore. Então, certa manhã Minna Shaw reuniu os vizinhos para transmitir-lhes uma terrível notícia. Ela havia visto o fantasma da vassoura. Era branco feito neve e deslizava à noite pela floresta carregando um machado. O senhor Spivey não acreditou nela. Mas, naquela noite de lua cheia, espiou pela janela e viu o fantasma branco da vassoura sair da floresta e lentamente rodear sua casa. Na noite seguinte, o fantasma voltou, aproximou-se mais ainda da casa, e na terceira noite retornou, batendo levemente na porta dos Spivey com o machado. Quando o sol nasceu, o senhor e a senhora Spivey reuniram seus pertences, seus oito filhos e amontoaram tudo dentro de uma carroça. O senhor Spivey tentou convencer a viúva a partir com eles, mas ela preferiu continuar morando em sua fazendinha. Ao acenar um adeus aos seus vizinhos, Minna ainda pôde ouvir do senhor Spivey, já na estrada: —Você é uma mulher de coragem! Naquela noite a viúva adormeceu em sua cadeira, ao lado da lareira. Ela tinha ouvido música, melodias simples tocadas no piano, nota por nota. Uma suave batidinha no ombro a despertou. Minna Shaw levantou os olhos e sorriu para a vassoura, que não era fantasma coisa nenhuma, mas ainda estava coberta pela camada de tinta branca que lhe havia aplicado. — Você toca tão bem… – comentou. A vassoura curvou-se, colocou uma tora de lenha na lareira e tocou outra melodia no piano.

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Planejamento de Leitura 1º ANO Título Furos no céu Lenda

Antes da leitura - Apreciar um conto africano, evidenciando a sensibilidade das explanações contidas no livro; - Antes da leitura (alunos sentados em roda em um ambiente calmo da escola). - A professora explicará que o livro contém seis contos africanos, porém nesse momento estarão apreciando a primeira, intitulada – Furos no céu. - erá entregue a sinopse do livro, para cada aluno em que a professora prepara os alunos quanto as explicações que ela traz, como também a preocupação em evidenciar a memória, as histórias dos antigos, a fonte de sabedoria que esse povo contém; - Mostrar a primeira imagem para explicar o significado de um pilão e as piladeiras;

Durante a leitura - Pausa no 8º Parágrafo - “Toque alto, por favor! - Chegue aos ouvidos das piladeiras - Convidando-as a me olharem - Sob a sete luas que as iluminam” - Vocês acreditam que piladeiras atenderão ao pedido céu? Por quê? - Pausa no 1º Parágrafo da página 10 - “ E não é que ele sentiu saudades do tum – tum – tum do tambor, do barulho dos grãos no pilão, das histórias das mulheres e suas canções?! Foi então que o céu teve a ideia... Qual a ideia do céu?

Furos no Céu Houve um tempo em que o Céu e a Terra eram muito próximos um do outro. Diziam que da torre do palácio se podia colher um ramalhete de nuvens, rabiscos de pássaros, carneirinhos saltitando... Esta história aconteceu numa aldeia africana. Havia tanta luza naquele dia que duas mulheres pegaram seus pilões para amassar grãos de milho no quintal de

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Depois da leitura - etornar a sinopse entregue anteriormente. - Releitura da professora do último parágrafo da sinopse; A professora entregará então a bela imagem da última página para que as crianças façam a relação entre a sinopse – memória, histórias de velhos


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casa. Elas diziam amar a claridade e o festejo da lua cheia na aldeia. Tudo era muito mágico. Assim, trocavam mexericos e gargalhadas narrando histórias, que as levavam longe, longe. Naquele converseiro o tempo ia passando e as histórias se derramando, feito um rosário de ave-marias. Uma das mulheres, entusiasmada com a conversa, levantou a mão do pilão com tanta força e tão alto, que fez um furo no céu. O Céu tomou um susto ao ver aquele furo e desabou a berrar. Elas de tão entretidas nem ouviram, continuaram em sua conversa, pisando nos seus pilões. Assim o infinito azul foi ganhando furos e mais furos. Aquelas mulheres jamais imaginavam que seus pilões iam transformando o céu numa grande peneira. O Céu irado, da cor das violetas, gritou mais que um tanto: - Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! O grito chamou a atenção das mulheres, que olharam para o alto e disseram: “Vai chover”. Diziam uma para outra: “Avia, avia, avia... Recolhe o milho e o pilão...” Parecia uma cantoria. Indignado, o Céu resolveu ordenar ao tambor em tom de autoridade: “Toque alto, por favor” Atravesse portas e janelas Chegue aos ouvidos das piladeiras Convidando-as a me olharem Sob as sete luas que as iluminam”. Elas, encantadas pelo soar do tambor, aproveitaram para dançar. A cadência foi crescendo, crescendo e crescendo. O Céu achou bonita aquela dança que alegrava o seu universo. Mas nada podia mudar sua decisão de separar-se da terra. Ou subia ou ficava todo furado. Foi subindo, subindo, até chegar num lugar perfeito: nem tão perto que alguém pudesse tocá-lo com a mão do pilão, nem tão alto que ninguém pudesse vê-lo. E não que ele sentiu saudades do tum-tum-tum do tambor, do barulho dos grãos no pilão, das histórias das mulheres e de suas canções?! Foi então que o Céu teve a ideia de transformar os furos que as mulheres haviam feio em estrelas, para que pudesse continuar espiando as coisas da terra. Satisfeito, o Céu sorriu. E foi contando essa história de aldeia em aldeia, com a intenção de que ela se espalhasse pelo mundo e pudesse ser contada e recontada onde houvesse alguém para escutá-la. Assim, segundo os africanos, nasceram as estrelas do céu, pontinhos luminosos no azul, para iluminar a África.

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Planejamento de Leitura 5° ano Título Meu Livro de folclore Autor: Ricardo Azevedo História: Gaspar, eu caio!

Antes da leitura

Durante a leitura

Depois da leitura

- Pausa para a pergunta: De quem seria o gemido no ar?

O que você achou da coragem de Gaspar? Retomar os perigos que ele passou no meio do mato. De que forma você enfrentaria tudo isso sozinho?

- Apresentar o livro e o autor aos alunos, explicar o que é um livro de folclore com vários contos.

Gaspar, eu caio! Conto de susto Noite escura no mato. Estrada de terra sem vivalma. O vento gemendo pelos galhos e as nuvens passando nervosas, querendo chover. Um homem vem vindo lá longe. Devagarinho. Sem lua nem estrela para iluminar a viagem. Vem de sacola pendurada no ombro e, na mão, um pau de matar cobra. Trovoada. Os pingos da chuva principiam a cair. O viajante aperta o passo. Na curva, dá com uma casa abandonada. Cai um raio de despedaçar árvore. A chuva aperta. Na porta da tapera tem uma cruz desenhada. O homem não quer saber de nada. Mete o pé na porta e entra. Dentro, um pouco de tudo. Pedaços de

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mobília, tigelas, troços e trecos jogados no escuro. O viajante faz fogo. Agachado, tira um pedaço de carne da sacola e bota para assar. Está morto de fome. Deita no chão e solta o corpo, esperando a comida ficar pronta. A chuva vai minguando. 0 mato fica quieto. De repente, o telhado range. De lá de cima, um gemido rabisca o ar: - Gaspar! O homem estremece. Aperta os dentes. A luz do fogo é fraca. Não dá para ver nada. A voz chama e chama. - Gaspar! Já passa da meia-noite. Quem será? A voz insiste: - Gaspar! O viajante pensa em fugir. Mas, e a carne? E o frio? E a chuva ameaçando cair? Encolhido num canto, o homem arrisca: - Quem está aí? A voz, no telhado, continua grossa: - Gaspar! - Quem está aí? - Gaspar! - Quem está aí? – pergunta o homem. A voz então diz: - Gaspar... Eu caio! - Pois caia! – responde o viajante. Estrondo. Espanto. Uma coisa despenca lá de cima – catapram – e cai no chão. Os olhos do homem crescem de pavor. É um pé. A ossada de um pé. E vem com os dedos mexendo! A voz boia no ar: - Gaspar! O homem treme. - Eu caio! - Pois caia! – grita o homem de novo. Catapram. Vem outro pé. Cai e vai se arrastando para junto do primeiro. - Gaspar! O viajante respira curto. A cada resposta sua, desabam do forro pernas, coxas, tronco, braços e mãos de um esqueleto que vai se formando no chão. O esqueleto começa a dançar. A luz do fogo desenha sombras estranhas no casebre. - Gaspar! Gaspar! Gaspar! A voz grossa voa cada vez mais alto. - Eu caio! - Pois caia! – berra o viajante, sentindo sua hora chegar. E então – ploct – uma cabeça cai lá do alto. Meio de medo, meio de raiva, o homem chuta a caveira longe. O corpo descarnado fica zangado. Pára a dança, agacha e, cuidadoso, enfia o crânio no pescoço. Depois, lambuza a carne que assa no fogo com seu cuspe escuro. O sangue do viajante ferve. Estava morto de fome. A carne era tudo o que havia para comer. O homem cata o pau de matar cobra.

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Planejamento de Leitura - 5º Ano - E.M.E.F. ''Carlos Bayerlein''

- Pra mim chega! - De olhos fechados, mergulha sobre o esqueleto dando soco e pancada. 0 morto gargalha. Os dois rolam atracados pelo chão da tapera. A luta vara a noite. O homem bate, chora e sangra. O esqueleto range os dentes. Os dois quebram tudo, apagam o fogo com o corpo e vão parar do lado de fora, rugindo na lama. O tempo passa. Um golpe seco estala no mato. Silêncio. O morto suspira e cai. O viajante continua de pé, vitorioso. Passa o braço machucado sobre o rosto. Do chão, a caveira pede para o homem cavar um buraco no pé de uma árvore. O homem responde: - Nem nunca! Em seguida, vai até a árvore e trepa num galho bem alto. Abatido, o esqueleto pega e cavuca ele mesmo. Tira do buraco fundo um tacho cheio de ouro e prata. Depois, olhando para o homem pendurado na árvore, solta um gemido e some no vento. O viajante fica onde está. Manhã nascendo no mato. Seu peito mexe com força, indo e vindo. Olha as mãos sujas de sangue. Estrada de terra sem vivalma. A roupa rasgada. O suor. O sol avermelhado sopra uma brisa quente entre as folhagens. O homem sente o corpo doído e leve. Olha a tapera. Tem vontade de rir, cantar, conversar com alguém. Salta aliviado do galho, junta as coisas e vai embora.

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Planejamento de Leitura 3° ano Título

Antes da leitura

João da Água: Lenda budista recontada por Patrícia Engel Secco

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Durante a leitura

Depois da leitura

-Página 8: João tem noção de que seu latão está furado. -Página 10: Acreditam que João irá gostar e aceitar o novo latão? Por que? -Página 11: Por que João insiste em ficar com o latão furado, sabendo que metade da água fica pelo caminho?

-Relacionar a letra da música com a lenda budista: O que é necessário para construirmos o “vilarejo”; O que estamos fazendo para construir um “vilarejo”? O que João fez para florir seu caminho? -Deixar ao grupo uma mensagem: Somente um lado tinha flores, o lado que João deixava cair as gotas D'Água... Temos objetivos a cumprir todos os dias, fazemos uma trajetória, percorremos um caminho... Será que algo de nós fica pelo caminho ? O que estamos deixando pingar d propósito de nosso latão? Estamos regando as flores que encontramos pelo caminho? Depende de cada um de nós rever o que estamos deixando respingar pelo caminho: podemos fazer brotar flores ou sufocar as sementes... podemos construir um vilarejo ou simplesmente deixar tudo como está... Nossa vida é simplesmente um reflexo de nossas ações...


Planejamento de Leitura - 3º Ano - E.M.E.F. ''Carlos Bayerlein''

João da Água Tinha 19anos e era o filho mais velho de dona Maria, mão de três outras crianças. Todos os dias João acordava bem cedo e, antes mesmo d o sol raiar, caminhava até o riacho fundo para pegar água. Levava sempre nos ombros um pedaço de bambu com dois latões amarrados, um de cada lado. Por esta razão, todos o chamavam de João da Água. Ninguém mandava João pegar água, ninguém pedia. João caminhava com o bambu nas costas porque sabia que sua mãe precisava de água para cozinhar e cuidar dos irmãos. João adorava o caminho do rio. Por onde passava, encontrava pessoas que o cumprimentavam: - Olá, João da água! – Dizia aos amigos. - Olá, Bom dia! – Respondia João. E seguia, feliz, seu caminho para o rio. Todos percebiam o esforço que João da Água fazia para carregar os latões. Mas ninguém compreendia por que ele não trocava seu latão furado, e isso era motivo de brincadeira por toda a cidade. - João da Água, João do latão, pingando assim você parece um bobão! - Caçoavam todos. Chegando no rio, João enchia os latões e, alegre como sempre, volta para casa, sorrindo, apreciando a vida e a natureza que o sol começava a colorir. Entretanto, um dos latões que João carregava estava furado e vazava por todo o caminho. Quando João da Água chegava em casa, só restava um latão e meio de água para sua mãe usar na cozinha. Muitas vezes, os amigos de João avisavam: - João da Água, seu latão está furado! E, outras vezes, algumas pessoas zoavam: - João, João, troquei seu latão!furado desse jeito, ele não presta mais não! Mas João da Água, calmo como sempre, respondia: - Não se preocupem, amigos, o meu latão está ótimo! Um belo dia, cansados de ouvirem chamar o João de bobão, seus irmãos decidiram trocar o latão e, assim, fazer uma surpresa pra ele. Entretanto quando João da Água percebeu a troca, chamou as crianças e perguntou: - Queridos irmãozinhos, vocês sabem como eu gosto de ir todos os dias buscar água para vocês, não sabem? - Sim, João, nós sabemos! - E vocês também sabem que eu gosto muito do meu latão furado, não sabem? - Sim, João, mas... Mesmo sabendo que você gosta muito do seu latão furado, nós não entendemos por que você o carrega assim, vazando por todo o caminho – Disse o irmão mais velho. - Isso mesmo, João. Você não percebe que o latão chega aqui quase vazio? – Perguntou o irmão do meio. - E que as pessoas até fazem piada de você, João? – Perguntou o irmão mais novo. - Crianças, agradeço muito a preocupação de vocês. Obrigado. Mas eu não ligo para as piadas e adoro carregar meu latão furado. Vou lhes contar o porquê: prestem atenção no caminho que eu faço, todos os dias, do rio para nossa casa – Pediu o moço. – O que vocês veem? - Bem, eu vejo uma estrada de terra...- disse o irmão mais velho. - Eu vejo uma estrada de terra bem bonita... - disse o irmão do meio. - Eu vejo uma estrada de terra, bonita e cheia de flores... - disse o irmão mais novo. Seus irmãos mostraram para todos da cidade as flores do caminho e, assim, João ganhou outro apelido, o de João das Flores. - E eu – disse João da Água, pensativo -, eu vejo uma estrada com flores de um lado só, flores que eu rego todos os dias com a água do rio, com os pingos, que vazam do meu latão furado, de que eu tanto gosto. A partir daquele dia, ninguém mais riu de João da Água.

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Planejamento de Leitura 3° ano Título A moça tecelã

Antes da leitura -Apresentação da biografia da Marina Colasanti -Apresentação também de suas obras -O que este título nos revela, e também esta imagem. O que vocês acham que é um tecelã?

Durante a leitura -Será que ela conseguirá tecer um bom marido? Pg.2 (ao final do 4º parágrafo). -Será que ela seria feliz, com este marido que ela teceu? Pg.2 (depois da descrição do marido). -Espantado, o que o marido pensou quando viu seus sapatos se desfazendo? Pg.7 (primeiro parágrafo).

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Depois da leitura -Relacionar as passagens da história, com as cores das ilustrações. -Qual relação entre o último parágrafo com o inicio da história. Onde a moça tecelã, começa há tecer o dia com uma linha clara. -O que a autora quis dizer com esta passagem (Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma e foi entrando na sua vida...). -Fazer relação com o seu dia a dia, sua vivencia na escola, na sua casa e na sua vida (com o questionamento... Foi entrando na sua vida...)


Planejamento de Leitura - 5º Ano - E.M.E.F. ''Carlos Bayerlein''

A Moça Tecelã Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear. Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte. Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo, hora a hora, em longo tapete que nunca acabava. Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossas fios cinzentos de algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolha um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela. Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados para que o sol voltasse a acalmar a natureza. Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias. Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto da ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E, à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranquila. Tecer era tudo que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer. Mas, tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou como seria bom ter um marido ao lado. Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa

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nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seus desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato exagerado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponta dos sapatos, quando bateram à porta. Nem precisou abrir: O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma e foi entrando na sua vida. Aquela noite, deitada contra o ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade. E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo se esqueceu. Porque, descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar. — Uma casa melhor é necessária – disse para a mulher: E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer. Mas pronta casa, já não lhe pareceu suficiente – perguntou sem querer a raposa, imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata. Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas,e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caia lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira. Afinal, o palácio ficou pronto. E, entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torr. — É para que ninguém saiba do tapete – disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos! Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer. E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou como seria bom estar sozinha de novo. Só esperou anoitecer. Levantou-se, enquanto o marido dormia., sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear. Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário e, jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela. A noite acabava quando o marido, estranhando a cama dura, acordou e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada lhe subiu pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu. Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte. Uma história de amor, entrega e desencanto. E a possibilidade de tecer um recomeço com a luz da manhã . Na urdidura perfeita do texto de Marina Colasanti, as Dumont Bordam, guiadas pela luz.

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Planejamento de Leitura 1° ano Título

Antes da leitura

Durante a leitura

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Depois da leitura


Planejamento de Leitura - 1º Ano - E.M.E.F. ''Carlos Bayerlein''

Chapeuzinho Amarelo Era a Chapeuzinho Amarelo. Amarelada de medo. Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho. Já não ria. Em festa, não aparecia. Não subia escada, nem descia. Não estava resfriada, mas tossia. Ouvia conto de fada, e estremecia. Não brincava mais de nada, nem de amarelinha. Tinha medo de trovão. Minhoca, pra ela, era cobra. E nunca apanhava sol, porque tinha medo da sombra. Não ia pra fora pra não se sujar. Não tomava sopa pra não ensopar. Não tomava banho pra não descolar. Não falava nada pra não engasgar. Não ficava em pé com medo de cair. Então vivia parada, deitada, mas sem dormir, com medo de pesadelo. Era a Chapeuzinho Amarelo… E de todos os medos que tinha O medo mais que medonho era o medo do tal do LOBO. Um LOBO que nunca se via, que morava lá pra longe, do outro lado da montanha, num buraco da Alemanha, cheio de teia de aranha, numa terra tão estranha, que vai ver que o tal do LOBO nem existia. Mesmo assim a Chapeuzinho tinha cada vez mais medo do medo do medo de um dia encontrar um LOBO. Um LOBO que não existia. E Chapeuzinho amarelo, de tanto pensar no LOBO, de tanto sonhar com o LOBO, de tanto esperar o LOBO, um dia topou com ele que era assim: carão de LOBO, olhão de LOBO, jeitão de LOBO, e principalmente um bocão tão grande que era capaz de comer duas avós, um caçador, rei, princesa, sete panelas de arroz… e um chapéu de sobremesa.

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Finalizando… Mas o engraçado é que, assim que encontrou o LOBO, a Chapeuzinho Amarelo foi perdendo aquele medo: o medo do medo que tinha do LOBO. Foi ficando só com um pouco de medo daquele lobo. Depois acabou o medo e ela ficou só com o lobo. O lobo ficou chateado de ver aquela menina olhando pra cara dele, só que sem o medo dele. Ficou mesmo envergonhado, triste, murcho e branco-azedo, porque um lobo, tirado o medo, é um arremedo de lobo. É feito um lobo sem pelo. Um lobo pelado. O lobo ficou chateado. Ele gritou: sou um LOBO! Mas a Chapeuzinho, nada. E ele gritou: EU SOU UM LOBO!!! E a Chapeuzinho deu risada. E ele berrou: EU SOU UM LOBO!!!!!!!!!! Chapeuzinho, já meio enjoada, com vontade de brincar de outra coisa. Ele então gritou bem forte aquele seu nome de LOBO umas vinte e cinco vezes, que era pro medo ir voltando e a menininha saber com quem não estava falando: Aí, Chapeuzinho encheu e disse: "Pára assim! Agora! Já! Do jeito que você tá!" E o lobo parado assim, do jeito que o lobo estava, já não era mais um LO-BO. Era um BO-LO. Um bolo de lobo fofo, tremendo que nem pudim, com medo de Chapeuzinho. Com medo de ser comido, com vela e tudo, inteirim. Chapeuzinho não comeu aquele bolo de lobo, porque sempre preferiu de chocolate. Aliás, ela agora come de tudo, menos sola de sapato. Não tem mais medo de chuva, nem foge de carrapato. Cai, levanta, se machuca, vai à praia, entra no mato, Trepa em árvore, rouba fruta, depois joga amarelinha, com o primo da vizinha, com a filha do jornaleiro, com a sobrinha da madrinha e o neto do sapateiro. Mesmo quando está sozinha, inventa uma brincadeira. E transforma em companheiro cada medo que ela tinha: O raio virou orrái; barata é tabará; a bruxa virou xabru; e o diabo é bodiá. Ah, outros companheiros da Chapeuzinho Amarelo: o Gãodra, a Jacoru, o Barãotu, o Pão Bichôpa… e todos os tronsmons. 69


E.M.E.F. ''Carlos Bayerlein''

Planejamento de Leitura 3° ano Título “O Diário do lobo- A verdadeira Histórias dos três porquinhos!” Autor: Jon Scieszka

Antes da leitura Durante a leitura - Explorar a capa: o que está escrito, de que maneira, o que o ilustrador quis retratar na capa (questionar quem está lendo o jornal). - Apresentar a página de abertura de um jornal para comprar com a ilustração da capa ( o ilustrador- Lane Smith quis retratar uma capa de jornal com uma suposta notícia com a verção do lobo). - Retomar o que conhece na história original. Quem são as personagens e qual foi o fim d cada um. - Questionar quem conta a história original dos três porquinhos. Comentar sobre o autor e a história: conta a versão do lobo.

- Ler as declarações iniciais de Alex, questionar sobre a alimentação do lobo e por que Alex diz “a verdadeira história é sobre um espirro e uma xícara de açúcar” ( Antecipar a história) - Quem deve ser o vizinho de Alex? - Pausar: “Eu perco a cabeça...”: O que Alex deve ter feito?Relembrar a história original para que antecipem.

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Depois da leitura - Apresentar as ilustrações e Lane Smith retomando a história e questionar sobre algumas colocações de Alex ( o que quis dizer com as frases ou expressões) - “... Ou, pelo menos, acham que conhecem”; - “...E não era muito inteligente também...” - “...Imagine o porquinho como se lê fosse um grande cheeseburguer dando sopa...” - “...Devia ser o crânio da família...” - “...O resto, como dizem, é história.” - “...E fizeram de mim o lobo mau...” - Mostrar a penúltima ilustração e analisá-la: quem escreveu a notícia? As ilustrações mostram quem são os personagens e policiais?


Planejamento de Leitura - 3º Ano - E.M.E.F. ''Carlos Bayerlein'' Sobre o autor e o ilustrador Jon Scieszka NASCEU EM Michigan, Estados Unidos, em 1954. Tem cinco irmãos, é mestre em literatura pela universidade de Colúmbia (EUA), deu aulas para o ensino fundamental por dez anos e escreveu muitos livros infantis ( seis em parceria com Lane Smith.) Vive em Nova York com a mulher e dois filhos. Lane Smith nasceu em Oklahoma, Estados Unidos, em 1959. Tem um irmão chamado Shane ( seus pais gostavam de rimas!), fez faculdades de artes plásticas e trabalhou cinco anos como faxineira na Disneylândia- ele adorava ficar sozinho na casa mal- assombrada. Hoje, além de escrever e ilustrar livros para crianças, Lane faz desenhos para revistas e jornais importantes do seu país. Conheceu Jon Scieszka em 1986, e desde então a vida dos dois nunca mais foi a mesma. A verdadeira história dos três porquinhos! É a primeiro crianção da dupla.Escrito em 1989, o livro, que chegou a se rejeitado por diversas editoras, já vendeu milhões de cópias em onze países Jon Scieszka Lane Smith Jon Scieszka

A verdadeira história dos três porquinhos “Em todo o mundo as pessoas conhecem a história dos três porquinhos. Ou, pelo menos, acham que conhecem. Mas eu vou contar um segredo. Ninguém conhece a história verdadeira, porque ninguém jamais escutou o meu lado da história. Eu sou o lobo. Alexandre T. Lobo. Pode me chamar de Alex. Eu não sei como começou todo esse papo de Lobo Mau, mas está completamente errado. Talvez seja por causa de nossa alimentação. Olha, não é culpa minha se os lobos comem bichos engraçadinhos como coelhos e porquinhos. É apenas nosso jeito de ser. Se os cheeseburguer fossem uma gracinha, todos iam achar que você é Mau. Mas como eu estava dizendo, todo esse papo de Lobo Mau está errado. A verdadeira história é sobre um espirro e uma xícara de açúcar. A verdadeira história dos três porquinhos No tempo do Era uma Vez, eu estava fazendo um bolo de aniversário para minha querida e amada vovozinha. Eu estava com um resfriado terrível, espirrando muito. Fiquei sem açúcar. Então resolvi pedir uma xícara de açúcar emprestada para o meu vizinho. Agora, esse vizinho era um porco. E não era muito inteligente também. Ele tinha construído a sua casa toda de palha. Dá para acreditar? Quero dizer, quem tem a cabeça no lugar não constrói uma casa de palha. É claro que, assim que bati, a porta caiu. Eu não sou de ir entrando assim na casa dos outros. Então chamei: “Porquinho, você está aí?”. Ninguém respondeu.

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Planejamento de Leitura - 3º Ano - E.M.E.F. ''Carlos Bayerlein''

Eu estava a ponto de voltar para casa sem o açúcar para o bolo de aniversário da minha querida e amada vovozinha. Foi quando meu nariz começou a coçar. Senti o espirro vindo. Então inflei. E bufei. E soltei um grande espirro. Sabe o que aconteceu? Aquela maldita casa de palha desmoronou inteirinha. E bem no meio do monte de palha estava o Primeiro Porquinho – mortinho da silva. Ele estava em casa o tempo todo. Seria um desperdício deixar um presunto em excelente estado no meio daquela palha toda. Então eu o comi. Imagine o porquinho como se ele fosse um grande cheeseburguer dando sopa. Você não comeria também? Bom, eu estava me sentindo um pouco melhor do resfriado, mas ainda não tinha minha xícara de açúcar. Então fui até a casa do próximo vizinho. Esse vizinho era irmão do primeiro Porquinho. Ele era um pouco mais esperto, mas não muito. Tinha construído a sua casa com lenha. Toquei a campainha da casa de lenha. Ninguém respondeu. Chamei: “Senhor Porco, senhor Porco, está em casa?”. Ele gritou de volta: “Vá embora Lobo. Você não pode entrar. Estou fazendo a barba de minhas bochechas rechonchudas”. Eu tinha acabado de pegar na maçaneta quando senti outro espirro vindo. Eu inflei. E bufei. E tentei cobrir minha boca, mas soltei um grande espirro. Você não vai acreditar, mas a casa desse sujeito desmoronou igualzinho a do irmão dele. Quando a poeira baixou, lá estava o Segundo Porquinho – mortinho da silva. Palavra de honra. Na certa você sabe que a comida estraga se ficar abandonada ao relento. Então fiz a única coisa que tinha de ser feita. Jantei de novo. Era o mesmo que repetir um prato.” Eu estava ficando tremendamente empanturrado. Mas estava um pouco melhor do resfriado. E eu ainda não conseguira aquela xícara de açúcar para o bolo de aniversário da minha querida e amada vovozinha. Então fui até a casa do próximo vizinho. Esse sujeito era irmão do Primeiro e do Segundo Porquinho. Devia ser o crânio da família. A casa dele era de tijolos. Bati na casa de tijolos. Ninguém respondeu. Eu chamei: “Senhor Porco, o senhor está?”. E sabe o que aquele leitãozinho atrevido me respondeu? “Cai fora daqui Lobo. Não me amole mais.” E ainda dizem que eu é quem sou grosseiro. Ele tinha provavelmente um saco cheio de açúcar. E não ia me dar nem uma xicrinha para o bolo de aniversário da minha querida e amada vovozinha. Que porco!! Eu estava quase indo embora para fazer um lindo cartão de aniversário em vez do bolo, quando senti um espirro vindo. Eu inflei. E bufei. E espirrei de novo. Então o Terceiro Porquinho gritou: “E a sua velha vovozinha pode ir às favas.” Sabe, sou um cara geralmente bem calmo. Mas, quando alguém fala desse jeito da minha vovozinha, eu

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Planejamento de Leitura - 3º Ano - E.M.E.F. ''Carlos Bayerlein''

perco a cabeça. Quando a polícia chegou, é evidente que eu estava tentando arrebentar a porta daquele Porco. E todo o tempo eu estava inflando, bufando e espirrando e fazendo uma barulheira. O resto, como dizem é história. Tive muito azar: os repórteres descobriram que eu tinha jantado os outros dois porquinhos. E acharam que a história de um sujeito doente pedindo açúcar emprestado não era muito emocionante. Então enfeitaram e exageraram a história com todo aquele negócio de “bufar, assoprar e derrubar sua casa”. E fizeram de mim o Lobo Mau. É isso aí. Esta é a verdadeira história. Fui vítima de uma armação. Mas... Será que você pode me emprestar uma xícara de açúcar??

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E.M.E.F. ''Joaquim Osório de Azevedo''

Planejamento de Leitura 1° ano Título

Antes da leitura

Durante a leitura

Depois da leitura

Texto na íntegra: A formiguinha e a neve

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Certa manhã de inverno, uma formiguinha saiu para seu trabalho diário. Já ia muito longe, à procura de alimento, quando um floco de neve caiu - pim! - e prendeu o seu pezinho! Aflita, vendo que não podia se livrar da neve e iria assim morrer de fome e de frio, voltou-se para o Sol e disse: - Oh, Sol, tu que és tão forte, derrete a neve e desprende meu pezinho... E o Sol, indiferente nas alturas, falou: - Mais forte do que eu é o muro que me tapa! Olhando então para o muro, a formiguinha pediu: - Oh, muro, tu que és tão forte, que tapas o Sol, que derrete a neve, desprende meu


Planejamento de Leitura - 1º Ano - E.M.E.F. ''Joaquim Osório de Azevedo''

pezinho... E o muro que nada vê e muito pouco fala respondeu apenas: - Mais forte do que eu é o rato que me rói! Voltando-se então para um ratinho que passava apressado, a formiguinha suplicou: - Oh, rato, tu que és tão forte, que róis o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... Mas o rato, que também ia fugindo do frio, gritou de longe: - Mais forte do que eu é o gato que me come! Já cansada, a formiguinha pediu ao gato: - Oh, gato, tu que és tão forte, que comes o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o gato, sempre preguiçoso, disse bocejando: - Mais forte do que eu é o cão que me persegue! Aflita e chorosa, a pobre formiguinha pediu ao cão: - Oh, cão, tu que és tão forte, que persegues o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o cão, que ia correndo atrás de uma raposa, respondeu sem parar: - Mais forte do que eu é o homem que me bate! Já quase sem forças, sentindo o coração - Oh, homem, tu que és tão forte, que bates no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o homem, sempre preocupado com seu trabalho, Respondeu apenas: - Mais forte do que eu é a morte que me mata! Trêmula de medo, olhando a morte que se aproximava, a pobre formiguinha suplicou:- Oh, morte, tu que és tão forte, que matas o homem, que bate no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E a morte, impassível, respondeu:- Mais forte do que eu é Deus que me governa! Quase morrendo, a formiguinha rezou baixinho:- Meu Deus, tu que és tão forte, que governas a morte, que mata o homem, que bate no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E Deus, então, que ouve todas as preces, sorriu. Estendeu a mão por cima das montanhas e ordenou que viesse a primavera! No mesmo instante, a primavera desceu sobre a Terra, enchendo de flores os campos, enchendo de luz os caminhos! E, vendo a formiguinha quase morta, gelada pelo frio, tomou-a carinhosamente entre as mãos e levou-a para seu reino encantado, onde não há inverno, onde o Sol brilha sempre e onde os campos estão sempre cobertos de flores!

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E.M.E.F. ''Joaquim Osório de Azevedo''

Planejamento de Leitura 1° ano Título Rapunzel Autor: Irmãos Grimm Editora: Livro ler e escrever

Antes da leitura Questionar aos alunos se conhecem esse conto, ou o que sabem a respeito do mesmo;

Durante a leitura

Depois da leitura

Será o que o príncipe mesmo cego irá encontrar a Rapunzel?

Questionar: Se o príncipe não tivesse encontrado a Rapunzel, o que poderia ter acontecido om el

Conto Rapunzel Era uma vez um lenhador, que vivia feliz com sua mulher numa casa simples, mas confortável. Os dois estavam muito feliz porque ia nascer um nenê para fazer companhia a eles. Por isso a mamãe tratava de fazer as roupinhas para as crianças, enquanto o papai construía um bom bercinho. Ao lado da casa do lenhador morava uma velha bruxa, banguela, feia e egoísta, que dava nada para ninguém. A bruxa tinha um quintal enorme, muito bem cuidado, onde havia um pomar e sua horta cheios de frutas e verduras gostosas. Mas a bruxa era tão egoísta que mandou cercar o quintal com um muro bem alto. Só para que ninguém tivesse o gostinho de olhar o que havia lá dentro! Acontece que a casa do lenhador tinha uma janela que se abria para o lado do quintal da bruxa. Uma manhã, sua mulher, indo até a janela, viu os lindos rabanetes da horta da bruxa, vermelhinhos e apetitosos.- Eu bem que gostaria de comer alguns...- pensou ela.Pena que não são nossos e a velha bruxa não dá nada para ninguém... 76 Era tanta a vontade de comer aqueles


Planejamento de Leitura - 1º Ano - E.M.E.F. ''Joaquim Osório de Azevedo''

rabanetes vermelhinhos... Mas o jeito era ter paciência. Não adiantava cobiçá-los. Um dia a mulher ficou doente, muito ruim mesmo. Não conseguia comer nada do que o marido lhe trazia. Passou -se um dia, e mais outro... Ela só falava nos rabanetes e não comia outra coisa. O lenhador decidiu então ir buscar aqueles famosos rabanetes. Esperou a noite ficar bem escura, para que a bruxa não o visse. Devagarinho, devagarinho escorregou da janela para dentro do pomar, e...zapt! Arrancou um punhado. Os rabanetes estavam gostosos mas ão gostosos que a mulher quis comer no outro dia e no outro e no outro ainda! O pobre marido teve que várias noites ao quintal da velhota, para colhê-los. Enquanto isso sua mulher, graças aos rabanetes, dia a dia sentia-se mais forte. Numa noite escura quando colhia os rabanetes, o lenhador viu a velha bruxa surgir dele, cercada por seus corvos de estimação. - Olhem só!- disse a velhota.- Então o misterioso ladrão dos rabanetes era você, heim? Bem que meu corvo predileto já tinha me falado! O lenhador explicou que os rabanetes eram para sua mulher, que não queria comer outra coisa. A bruxa sabia de tudo, nem precisa de explicações. E aproveitou para pedir em troca dos rabanetes a criancinha que ia nascer. O pobre lenhador tremia tanto, mas tanto, que seus dentes batiam um no outro: tac,tac,tac... Apavorado diante da velha bruxa, nem conseguiu dizer não.- Não precisa se preocupar- disse ela.- Eu vou ser boazinha. Serei uma verdadeira mãe para o bebê, pode acreditar em mim. Depois de pouco tempo, nasceu a menina, gorduchinha e de cabelos loiros. O lenhador e a mulher ficaram muito contentes. Cuidaram da criança com todo carinho. Toda noite cantavam para ela: Dorme, nenê, No teu bercinho lindo. Papai está contente, Mamãe está sorrindo. Mas logo a velha bruxa veio buscá-la. Os pais choraram muito e lhe pediram que não levasse a menina mas não adiantou. A velha levou-a e lhe deu o nome de Rapunzel. A menina cresceu, cada vez mais bonita. Passaram-se os anos Rapunzel ficou linda... Seus cabelos loiros crescem e todos os dias ela os penteava fazendo duas longas tranças. A velha bruxa, feia e banguela, com um dente só, num cantinho da casa começou a pensar: - Rapunzel é linda. Preciso escondê-la para que ninguém a roube de mim. Devo fazer alguma coisa... Já sei! Vou levar Rapunzel para a floresta e trancá-la em uma torre! Isso mesmo! Uma torre com uma janela só e... sem porta, para que ninguém possa entrar lá... Ponho uma escada ara Rapunzel subir na torre, mas, depois que Rapunzel estiver presa, eu levo a escada embora! E... como é que eu me arranjo depois para ir vê-la? Já sei! Não dou nenhuma tesoura para Rapunzel. Assim ela não poderá cortar os cabelos. Eles crescerão cada vez mais e ela ficará com duas tranças tão compridas, que servirão de cordas! É isso mesmo! Toda vez que eu quiser falar com Rapunzel, subirei pelas tranças! Assim ninguém mais poderá visitar Rapunzel, só eu! A velha bruxa fez o que planejara e Rapunzel ficou presa lá na torre. A menina loira passava o tempo todo a fazer suas longas tranças e repetir as canções que os passarinhos, seus amigos, cantavam. Cada vez que a bruxa velha queria visitá-la, ia até a torre. Primeiro olhava para todos os lados, para ver se não havia ninguém por perto. Olhava muito bem e depois gritava lá de baixo: - Rapunzel! Jogue-me suas tranças! E Rapunzel respondia: - Já vai!... Mas suba devagarinho! A menina jogava as tranças pela janela e a velha subia, toda contente da vida. Uma tarde, enquanto a menina cantava, passou por ali um príncipe, que a ouviu: Queridas estrelinhas que brilhais

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Planejamento de Leitura - 1º Ano - E.M.E.F. ''Joaquim Osório de Azevedo''

nas noites mais bonitas, deixo esta torre; e espero enquanto o tempo corre e corre e não volta nunca mais... -Que será tem uma voz tão bonita assim?- pensou o príncipe. O príncipe andou ao redor da torre e não viu nenhuma entrada. Ficou com muita vontade de saber quem é que cantava, presa naquela torre sem porta. Ouvindo um barulho de gente pisando nas folhas secas que cobriam o chã, escondeu-se depressa e viu a velha bruxa, ela chegou embaixo da janela e gritou: - Rapunzel, jogue-me suas tranças! O príncipe descobrira o segredo! Na noite seguinte, com muito cuidado, ele chegou bem perto da parede da torre e gritou: - Rapunzel, jogue-me suas tranças! A menina ficou meio indecisa por causa daquela voz diferente, mas pensou que a velha estivesse resfriada e jogou as tranças. Ágil e rápido, o príncipe subiu por elas. Quando o príncipe entrou pela janela, Rapunzel exclamou, assustada: -Oh! Não é, a velha bruxa! Quem é você, então? O príncipe contou o que acontecera e Rapunzel, com medo de que a se bruxa zangasse, falou: - Você precisa ir embora o mais depressa possível! Se a bruxa o encontra aqui... Depois, pensando um pouco, mudou de ideia: - Bem que eu gostaria de ter companhia... estou sempre tão sozinha... é tão triste... O príncipe prometeu vir visitá-la todas a tarde. E assim aconteceu... e chegou o dia em que os dois amigos descobriram que seria bom que ficassem sempre juntos. Resolveram se casar. Mas, e a torre? Como sair dela? Rapunzel, muito animada, teve uma boa ideia, que contou logo para o príncipe. - Toda vez que você vier à torre, traga um pedaço de corda. Depois nós emendamos os pedaços e fazemos uma escada com eles. No dia em que a escada estiver pronta, é só amarrá-la na janela... e descer! O plano era om e o príncipe prometeu trazer as cordas. Depois levaria Rapunzel para seu reino, onde se casariam. Mas acontece que Rapunzel era muito distraída, e um dia, quando a velha estava subindo pelas tranças, ela disse sem querer: - Mas como a senhora está gorda! Parece até que está mais pesada que o príncipe! A bruxa, doida de raiva, descobriu. Furiosa, imediatamente pensou na melhor maneira de impedir que Rapunzel tornasse a ver o príncipe. A primeira coisa que fez foi cortar as tranças de Rapunzel. Não adiantou nada a menina chorar e pedir perdão. A velhota estava danada mesmo. Com uma só

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Planejamento de Leitura - 1º Ano - E.M.E.F. ''Joaquim Osório de Azevedo''

tesoura, lá se foram as tranças para o chão. E a bruxa não parou por aí. Chamou seus servos, fez uma reunião com eles e ordenou que levassem Rapunzel para o deserto, para que ela vivesse sozinha, longe de tudo mundo. Mas o príncipe, que não sabia de nada, voltou a visitar Rapunzel.chegou embaixo da janela e gritou: -Rapunzel! Jogue-me suas tranças! A velha, que estava escondida lá torre, jogou as trancas e puxou o príncipe para cima: o príncipe levou um susto enorme quando viu aquela cara feia dizendo: - A menina não está aqui, seu danado, ela foi para muito longe! Ah! Ah!ah! Dando uma gargalhada, a bruxa largou trancas onde o príncipe estava, suspenso e ele caiu lá do alto para o chão. Coitado do príncipe, tão bonzinho que era. A bruxa, com as mãos na cintura, ficou olhando para baixo e quando viu o que aconteceu com o príncipe, deu mais uma gargalhada, a malvada! Se o príncipe tivesse caído no chão. Apenas, ainda não seria tão grave, mas ele caiu em cima de uma enorme roseira. Ficou todo espetado, machucado e cego. Mesmo machucado, mesmo cego, mesmo sozinho, o príncipe resolveu que iria procurar Rapunzel. Os esqui linhos viam o estado do rapaz e cochichavam: - Mas aquele não é o príncipe? Coitado, como ele está machucado! E ainda vai procurar Rapunzel...Que judiação o que a bruxa fez com eles! - Rapunzel! Rapunzel, onde é que você está?- ia chamando o príncipe por onde passava, procurando sua amada. Até que um dia, cansado e sem saber que direção deveria tomar, percebeu que tinha chegado a um deserto. - Não aguento mais, sei que não vou encontrar Rapunzel! Ela está perdida para sempre... Vou gritar o nome pela última vez: - Rapunzeeeeee! E o príncipe caiu na terra quente. Acontece que Rapunzel estava ali perto! Ela ouviu a voz desesperada de alguém que a chamava. Andou até ver o moço, que de longe parecia um viajante desconhecido. - Como será que ele sabe meu nome?- pensou ela. Chegando bem perto, viu que era o seu príncipe! Quando descobriu que ele estava cego, Rapunzel começou a chorar. Duas lágrimas suas caíram dentro dos olhos do rapaz, e imediatamente ele começou a chorar outra vez. Que coisa maravilhosa! Rapunzel estava ali mesmo, bem juntinho dele! Os dois jovem finalmente reunidos, deixaram o deserto e foram para o palácio do príncipe com os filhos gêmeos. Lá se casaram e viveram felizes para sempre.

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E.M.E.F. ''Joaquim Osório de Azevedo''

Planejamento de Leitura 3° ano 1° Título

Antes da leitura Durante a leitura

Almanaque - Explicar o que é e Ruth Rocha / A quando foi inventado o Roupa Nova do almanaque; Rei Autor: Ruth Rocha Editora: Ilustrações: Helena Alexandrino

No 4° questionar: Como seria a roupa do rei visto que é feito de um tecido fantástico?

A Roupa Nova do Rei Era uma vez um rei. Muito rico e muito prosa. Um dia apareceram uns homens que vieram vender para ele um tecido para fazer uma roupa. Mas, antes de mostrar o tecido, eles disseram que era um pano tão fantástico, que só as pessoas muito espertas conseguiam ver. Então eles abriram uma mala e começaram a tirar o tecido. Tirar o tecido? Que nada! Eles fingiam que tiravam, mas não havia nada na mala. Então as pessoas que estavam perto do rei começaram a fingir que estavam vendo o pano para não passarem por bobos. E o rei? O rei também não queria passar por bobo, então ele fingia que estava vendo o tecido:

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Depois da leitura Questionar: O que o povo do rei aprendeu após o ocorrido? Após a socialização das respostas mostrar as ilustrações;


Planejamento de Leitura - 3º Ano - E.M.E.F. ''Joaquim Osório de Azevedo''

- Que maravilha, que cores tão lindas! Que brilho! E quanto mais o rei fingia que estava vendo alguma coisa mais as pessoas também fingia: - É muito lindo! - É fantástico! - Nunca se viu um pano mais bonito! Então o rei encomendou alfaiate que fizesse uma roupa muito linda para ele, que ficasse pronta para uma grande festa que ia haver. O alfaiate fez como todo mundo. Também fingiu que experimentou a roupa no rei e tudo. E no dia da festa, o alfaiate ajudou o rei a vestir a roupa que não existia. O rei saiu para a rua nuzinho, nuzinho! As pessoas bem que viram que ele não estava vestido, mas fingiam que estavam vendo a roupa para que não pensassem que elas eram idiotas. Só que no meio do povo havia uma criança, que não estava nem ligando que achassem que ela era boba e que começou a gritar: - Olha só! O rei está nu! O rei está nu! As pessoas em volta diziam: - Cala a boca, vão pensar que você é tola! Mas a menina nem ligava: - O rei está nu! Está nuzinho da silva! E então todos perceberam que tinham sido enganados, que eles eram muito bobos por repetir o que os outros diziam. E o rei também percebeu e saiu correndo para o palácio, muito envergonhado. - Que bobo que eu sou! Se eu tivesse dito o que pensava não fazia papel de idiota!

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E.M.E.F. ''Joaquim Osório de Azevedo''

Planejamento de Leitura 4° ano Título

Antes da leitura

Durante a leitura

Depois da leitura

O Pote vazio Há muito tempo, na China, vivia um menino chamado Ping, que adorava flores. Tudo o que ele plantava florescia maravilhosamente. Flores, Arbustos e até imensa árvores frutíferas desabrochavam como por encanto. Todos os habitantes do reino também adoravam flores. Eles plantavam flores por toda a parte e o ar do país inteiro era perfumado. Todos os habitantes do reino também adoravam flores.Eles plantavam flores por toda a parte e ar da pia

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Planejamento de Leitura - 4º Ano - E.M.E.F. ''Joaquim Osório de Azevedo''

inteiro era perfumado. O imperador gostava muito de pássaros e outros animais, mas o que ele mais apreciava eram as flores. Todos os dias ele cuidava de seu próprio jardim. Acontece que o imperador estava muito velho e precisava escolher um sucessor. Quem podia herdes seu trono? Como fazer essa escolha? Já que gostava muito de flores, o imperador resolver deixar as flores escolherem. No dia seguinte, ele mandou anunciar que todas as crianças do reino deveriam comparecer ao palácio. Cada uma delas receberia do imperador uma semente especial.- Quem provar que fez o melhor possível dentro de um ano- ele declarou- será meu sucessor. A notícia provocou muita agitação. Crianças do país inteiro dirigiram-se ao palácio para pegar suas sementes de lores. Cada um dos pais queria que seu filho fosse escolhido para ser o imperador, e cada uma das crianças tinha a mesma esperança. Ping recebeu sua semente do imperador e ficou felicíssimo. Tinha certeza de que seria capaz de cultivar a flor mais bonita de todas. Ele em um o vaso com terra de boa qualidade e plantou a semente om muita cuidado. Todos os dias ele regava o vaso. Mal podia esperar o broto surgir, crescer e depois dar uma linda flor. Os dias se passaram, mas nada crescia no vaso. Ping começou a ficar preocupado. Pôs terra nova e melhor num vaso maior, depois transplantou a semente para aquela terra escuta e fértil. Esperou mais dois meses e nada aconteceu. Assim se passou o ano inteiro. Chegou a primavera e todas as crianças vestiram suas melhoras roupas para irem cumprimentar o imperador. Então correram ao palácio com suas lindas flores, ansiosas por serem escolhidas. Ping estava com vergonha de seu vaso sem flor. Achou que as outras crianças zombariam dele por que pela primeira vê na vida não tinha conseguido cultivar uma flor. Seu amigo apareceu correndo, trazendo uma planta enorme: - Ping disse ele você vai mesmo se apresentar ao imperador levando um vaso sem flor? Por que não cultivou uma flor bem grande como a minha? - Eu já cultivei muitas flores melhores do que a sua – disse Ping -Foi essa semente que não deu nada. O pai de Ping ouviu a conversa e disse: - Você fez o melhor que pôde, e o possível deve ser apresentado ao imperador. Ping dirigiu-se ao palácio levando o vaso sem flor. O imperador estava examinando as flores vagarosamente, uma por uma. Como eram bonitas! Mas o imperador estava muito sério e não dizia uma palavra. Finalmente chegou a vez de Ping. O menino estava envergonhado, esperando um castigo. O imperador perguntou: - Por que você trouxe um vaso sem flor? Ping começou a chorar e respondeu: Eu plantei semente que o senhor me deu e a reguei todos os dias, mas ela não boou. Eu a coloquei num vaso maior com terra melhor, e mesmo assim ela não brotou. Eu cuidei dela o ano todo, mas não deu nada. Por isso hoje eu trouxe um pote vazio. Foi o melhor que eu puder fazer. Quando o imperador ouviu essas palavras, um sorriso foi se abrindo em seu rosto e ele abraçou Ping. Então ele declarou para todos ouvirem: - Encontrei! Encontrei alguém que merece ser imperador! - Não sei onde vocês conseguiram essas sementes, pois as que eu lhe dei estavam todas queimadas. Nema delas poderia ter brotado. Admiro a coragem de Ping, que apareceu diante de mim trazendo a pura verdade. Vou recompensá-la e torná-lo imperador deste país.

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E.M.E.F. ''Joaquim Osório de Azevedo''

Planejamento de Leitura 5° ano Título

Antes da leitura

Durante a leitura

O Lixo

Depois da leitura

Luís Fernando Veríssimo Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam. - Bom dia... - Bom dia. - A senhora é do 610. - E o senhor do 612 - É. - Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente... - Pois é... - Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo... - O meu quê? - O seu lixo. - Ah... - Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena... - Na verdade sou só eu. - Notei também que o senhor usa muito comida em lata. - É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...

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Planejamento de Leitura - 5º Ano - E.M.E.F. ''Joaquim Osório de Azevedo''

- Entendo. - A senhora também... - Me chame de você. - Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim... - É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra... - A senhora... Você não tem família? - Tenho, mas não aqui. - No Espírito Santo. - Como é que você sabe? - Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo. - É. Mamãe escreve todas as semanas. - Ela é professora? - Isso é incrível! Como foi que você adivinhou? - Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora. - O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo. - Pois é... - No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado. - É. - Más notícias? - Meu pai. Morreu. - Sinto muito. - Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos. - Foi por isso que você recomeçou a fumar? - Como é que você sabe? - De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo. - É verdade. Mas consegui parar outra vez. - Eu, graças a Deus, nunca fumei. - Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo... - Tranquilizantes. Foi uma fase. Já passou. - Você brigou com o namorado, certo? - Isso você também descobriu no lixo? - Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de

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Planejamento de Leitura - 5º Ano - E.M.E.F. ''Joaquim Osório de Azevedo''

papel. - É, chorei bastante, mas já passou. - Mas hoje ainda tem uns lencinhos... - É que eu estou com um pouco de coriza. - Ah. - Vejo muita revista de palavras-cruzadas no seu lixo. - É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é. - Namorada? - Não. - Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha. - Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga. - Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte. - Você já está analisando o meu lixo! - Não posso negar que o seu lixo me interessou. - Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia. - Não! Você viu meus poemas? - Vi e gostei muito. - Mas são muito ruins! - Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados. - Se eu soubesse que você ia ler... - Só não fiquei com eles porque, afinal, roubaria. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela? - Acho que não. Lixo é domínio público. - Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso? - Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que... - Ontem, no seu lixo... - O quê? - Me enganei, ou eram cascas de camarão? - Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei. - Eu adoro camarão. - Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode... - Jantar juntos? - É. - Não quero dar trabalho. - Trabalho nenhum. - Vai sujar a sua cozinha? - Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.- No seu lixo ou no meu?

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E.M.E.F. '’Marina Vieira Bayerlein''

Planejamento de Leitura 2° ano Título

Antes da leitura

Durante a leitura

-O menino que quase morreu afogado no lixo -Ruth Rocha -Quinteto Editorial

-Compartilhar com os alunos o propósito da leitura: a importância da coleta seletiva e o cuidado com o meio ambiente, evitando os problemas causados pelo lixo. -Com base nas ilustrações da capa e o nome do livro tampado, questionar qual nome eles dariam ao livro, marcar na lousa as sugestões. - Ler a biografia da autora;

-Pag.16- “... e o lixo?” o que Ronaldinho fazia com o lixo do seu quarto? -Pag.19- “...Xuxa bateu na porta e...”- o que aconteceu?

O Menino que quase morreu afogado no lixo Essa história que eu vou contar aconteceu na minha rua. Quer dizer, eu nem sei se aconteceu no duro, que ela parece umas histórias que a minha mãe inventa, que é pra convencer a gente a se comportar bem, a arrumar o quarto direitinho, a não apanhar lixo por todo o lado. Mas quem me contou não foi o Armandinho que ouviu da própria Xuxa que era empregada na casa do Ronaldo. O Ronaldo era um menino como todo mundo. Nem melhor, nem pior. Era louco por videogame, por flocos de milho e por filme de pancadaria. Uma vez, os pais do Ronaldinho foram viajar. Uma vigem comprida. Ronaldinho ficou sozinho em casa. Quer dizer, sozinho, não. A empregada vinha todas as manhãs, fazia uma faxina e ia embora. A vovó vinha à noite e dormia no quarto de Dona Laura. 87

Depois da leitura -Relembrar a história através das ilustrações; -Desvendar o nome do livro - Falar sobre a importância da coleta de lixo;


Planejamento de Leitura - 2º Ano - E.M.E.F. ''Marina Vieira Bayerlein'' O freezer ficou cheio de comida, que Ronaldinho esquentava no micro-ondas quando queria. Deixava os pratos, os talheres e os corpos pra Xuxa lavar. Um dia, logo que os pais do Ronaldinho viajaram, a Xuxa deu uma bronca: — Olha aqui, Ronaldinho. Tudo bem que você deixe os pratos, os talheres, os copos e as panelas pra eu lavar. Eu estou aqui é para isso mesmo. É minha obrigação, sua mãe me paga muito bem pra isso. Mas você deixa tudo sujo pela casa inteira, tem prato embaixo dos sofás, tem copos em cima dos móveis, eu hoje encontrei uma banana podre debaixo da televisão. Não custa nada levar as coisas pra cozinha e jogar os restos fora. Eu vou deixar uma bacia com água e detergente, prontinha na pia, você põe a louça dentro que, quando eu chegar, eu lavo, eu enxugo, eu guardo. O Ronaldinho ainda reclamando um pouco: — Puxa vida, Xuxa, o que é que tem? — Tem que enche a casa de baratas, tem que mancha os móveis, tem que hoje e quebrei um copo daqueles de cristal da sua mãe que estava no chão, eu não vi e chutei na parede. E tem que a casa fica fedorenta. Seu quarto está um horror... Eu quero mudar a roupa de chama, você não deixa, fica dormindo até a hora de ir para o colégio. Outro dia eu fui limpar suas gavetas e saiu um monte de bichos, que eu nem sei que bicho que deu, você disse que era uma coleção de orto pi não sei o que, que você ganhou do Caio, o filho da Dona Anna Flora. Ronaldinho dormia a manhã inteira, almoçava correndo e ia pra escola. Quando chegava da escola, pegava uma porção de besteiras na geladeira – queijinhos, iogurte com morango, guaraná,flocos de milho, biscoito de chocolate, lata de sorvete -, às vezes fazia pipoca no micro-ondas, levava tudo pro quarto e ficava vendo TV, comendo, tocando seus CDs no aparelho de som. De vez em quando ele trazia uns amigos e eles ficavam jogando videogame, comendo tudo que é tranqueira e bebendo tudo que é refrigerante. Quando ele ouvia a vovó chegando, saía depressa do quarto, fechava a porta e vinha fazer festinha pra ela. — Oi, vó, cê tá boa? A vó, toda feliz, entregava um monte de coisas que ela trazia pro Ronaldinho. — Olha, querido, eu trouxe uma caixa de bombons, trouxe um bolo de cenouras coberto de chocolate que eu mesma fiz. Você já jantou? Então eles esquentavam a comida no forno. Às vezes, Ronaldinho inventava: — Ah, vó, eu hoje queria comer pizza! — Tá bem, tá bom! Vou mandar buscar pizza com refrigerante. E os dois jantavam pizza. Ou, se não, Ronaldinho inventava que queria sanduíche do Mic Mac, queria comida japonesa de Sugiro Roberto ou comida chinesa do Lig Lig Lé. Daí a vovó ia pro quarto da Dona Laura pra ver TV e dormia logo, que a vovó era muito dorminhoca. De manhã ela saía antes da Xuxa chegar, que, assim como ela dormia cedo, também acordava cedissimo e já ia correr no parque. Ronaldinho acordava, tomava café correndo e levava pro quarto o resto da pizza do dia anterior, meio copo de milquecheique que tinha sobrado, outra porção de porcarias, comia tudo aquilo e dormia d novo. E o lixo? Ah, o lixo ele ia amontoando. Junto da janela, tinha uma pilha de lixo que já estava quase da altura da porta. Do lado da cama tinha outro que já estava chegando no teto. A Xuxa não estava gostando nada, nada dessa história. Mas os dias foram passando, até que uma manhã o Ronaldinho não levantou para tomar café. A Xuxa bateu na porta e só ouviu um

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Planejamento de Leitura - 2º Ano - E.M.E.F. ''Marina Vieira Bayerlein'' barulho fraquinho, que ela não entendeu. Então ela resolveu abrir a porta, para ver o que estava acontecendo. Mas a porta não abria. Não estava trancada, mas dava a impressão de que alguma coisa estava travando a porta. Ela foi só ficando preocupada. Tentou ligar para Dona Mirtes, que era a avó do Ronaldinho, mas disseram que ela tinha saído, que só voltaria à tarde. Quando chegou a hora do almoço Ronaldinho não apareceu, a Xuxa ficou assustada. Procurou o telefone do lugar onde os pais do Ronaldinho estavam e falou com eles. Contou que não estava conseguindo abrir a porta, que o Ronaldinho não respondia quando ela chamava, disse que não sabia o que fazer. Os pais do Ronaldinho disseram que iam tomar o avião e voltar imediatamente e que ela chamasse os tios do Ronaldinho para que vissem o que estava acontecendo. A Xuxa bem que tentou, mas na casa da Tia Rosa o telefone não atendia. Tia Mariana estava viajando. Tio orlando tinha ido levar os meninos à Disneyword. Os outros avós moravam em Patos de Minas. A Xuxa chamou o zelador do prédio, mas Seu Antunes ficou com medo de empurrar a porta, que cada vez que ele tentava se ouvia um barulham, como faz caminho que despeja entulho. Até Dona Mirtes chegou, ficou muito assustada e resolveu chamar os bombeiros. Ao mesmo tempo em que os bombeiros chegaram, chegaram os pais do Ronaldinho, com os olhos arregalados de susto. Os bombeiros resolveram subir pelo lado de fora e forçar a janela. No que o sargento conseguiu abrir uma fresta da janela, começou a despencar tudo que é tipo de lixo: Caixas de flocos de milho, garrafas de refrigerante, cascas de frutas, copos de papel, papéis de bombom, caixas de pizza, revistas velhas, canudinhos de refresco, tampas de garrafa, roupa suja, aviãozinho de brinquedo, pontas de lápis, lápis sem ponta, pacotes de bala, pratos de papelão, etc., etc.,etc. Enquanto isso, o pai do Ronaldinho estava forçando porta devagarinho e já tinha conseguido abrir uma fresta por onde despencavam todas aquelas coisas que despencaram da janela e mais: Um par de patins, uma bola de futebol, um aquário de peixes, uma bicicleta Caloi de dez marchas, um par de pernas de pau, um guarda-sol de praia, uma prancha de surfe, uns quinze livros, três álbuns de figurinhas, uma porção de brinquedos de Kinder Ovo, um é de tênis Adidas, um suéter suja de Coca cola, um par de óculos, cinco garrafas de água Minalba. E mais quinze bolas estouras da festa do Caio, um jogo de damas sem damas, um jogo de xadrez faltando cinco peças, um tambor furado, uns cento e cinquenta carrinhos quebrados, meio pacote de serpentinas do ano passado, cinco cadernos do primeiro ano, uma doze caixas de lápis de cor usados e faltando os lápis vermelhos, azuis, verdes e amarelos. À medida que aquela tranqueira toda caía por todos os lados, as pessoas começavam a ouvir uns gemidos fraquinhos, e o pai do Ronaldinho foi puxando bolsas sem alça, super-heróis sem cabeça, brinquedos de pilhas, pilhas sem brinquedos, gibis de todos os formatos e sei lá que mais. Mas casa vez caíam mais coisas, até que Seu Breno conseguiu agarrar um pé e começou a puxar, a puxar, e lá veio o Ronaldinho, pálido, desfalecido, largado. A mãe dele começou a chorar: — Morreu meu filhinho! Meu filhinho morreu afogado no lixo! Nessa hora já estava chegando a ambulância que os bombeiros chamaram. O Doutor Sálvio já estava tratando de salvar o Ronaldinho. Mas as tias e os tios e Dona Mirtes e os vizinhos, todos culpavam todos pela tragédia: — A culpa e da mamãe que devia tomar conta dele! — A culpa é da Saúde Pública, que não fiscaliza nada! — A culpa é do Fernando Henrique, que não governa direito! — A culpa é do síndico, que não sabe nada! — A culpa é do Pitta, que não apita! — A culpa é da CPI, que sempre acaba em pizza! — A culpa é do caminhão de lixo, que recolhe o lixo! Nessa altura, o Doutor Sálvio estava reparando uma injeção desse tamanho pra dar no Ronaldinho, e deu um treco nele que ele sentou com os olhos arregalados.

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Planejamento de Leitura - 2º Ano - E.M.E.F. ''Marina Vieira Bayerlein''

— A culpa é minha! E tornou a desmaiar e levaram ele pro hospital e trataram dele e ele ficou bom. Depois de bom ele ainda quis voltar atrás, dizer que ele não teve muita culpa, não, mas a verdade é que ele arranjou quatro latas de lixo e botou no quarto dele. Uma pra papel, uma pra restos de comida, uma pra vidro e uma pra plásticos. E todo dia ele recolhe direitinho o lixo e joga no lixo. Não parece história que a mãe da gente inventa pra gente ajudar a tal Ecologia?

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E.M.E.F. '’Marina Vieira Bayerlein''

Planejamento de Leitura II Ciclo Título

Antes da leitura

Durante a leitura

-O duelo entre o sábio e o camponês

-Observação das imagens e sugestão de um título para a história.

-Questionar sobre o que os dois personagens conversaram;

Depois da leitura -Discussão sobre o final da história; -Apresentação da biografia de Ricardo Azevedo.

O Duelo entre o Sábio e o Camponês Era uma vez um velho ermitão que morava sozinho no alto de uma montanha. O povo dizia que o homem era sábio, um grande conhecedor da filosofia, das letras e das ciências humanas. A fama de sábio chegou aos ouvidos do rei que, impressionado, resolveu nomeá-lo seu principal conselheiro. Essa atitude gerou mal-estar entre os nobres da corte. Representando os demais, um deles procurou monarca. Lembrou-lhe que existiam outros homens sábios no reino. Seria injusto que o ermitão assumisse posto tão importante sem antes provar sua sabedoria. Para tanto, o nobre propunha um duelo. Que, numa cerimônia pública, o velho sábio fizesse uma pergunta. Podia ser qualquer pergunta, sobre qualquer assunto. Se nenhum ministro ou conselheiro conseguisse respondê-la, aí sim, sua sabedoria estaria realmente comprovada, ele seria aceito por todos como grande mestre e passaria, legitimamente, a ocupar o cargo de conselheiro principal do rei. Julgando o pedido justo, o monarca determinou que a assembleia fosse organizada, convocando o velho sábio e as maiores inteligências do reino. No dia marcado, diante da plateia, o sábio ermitão lançou uma estranha questão. Levantando-se, dirigiu-se aos ministros e fez um pequeno gesto com as mãos. Depois, voltou a sentar-se. Surpreendidos diante da pergunta feita através das mãos e não das palavras, ministros e conselheiros do reino acabaram pedindo um prazo de três dias para pensar. Após várias reuniões, reconheceram que não conseguiam responder a uma pergunta como aquela. Um dos ministros sugeriu então, que se convocasse um homem do povo, uma pessoa simples, alguém que não soubesse nada e não tivesse ideias preconcebidas sobre isso ou aquilo. Talvez só assim, declarou o ministro através da intuição e do instinto, a questão do eremita pudesse ser resolvida. Por falra de uma ideia melhor, a proposta foi aprovada.

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Planejamento de Leitura - Ciclo II - E.M.E.F. ''Marina Vieira Bayerlein''

O escolhido, um jovem camponês, alfabeto e recém-chegado do interior, trabalhava no mercado vendendo ovos e verdura. No começo, o rapaz não quis aceitar o desafio. Disse que tinha medo. Confessou que sentia vergonha e tremia só de se imaginar diante da presença magnífica do rei. Os ministros ofereceram muito dinheiro. O rapaz, aquele dia, não tinha conseguido vender quase nada, por isso acabou aceitando. Passando os três dias, a nova assembleia foi reunida. A plateia atenta sorriu ao ver aquele jovem humilde, mal vestido, olhando encabulado para o chão. O monarca declarou que a sessão estava iniciada. O velho ermitão parou na frente do camponês e fez um gesto mostrando um dedo. O rapaz respondeu mostrando mostrando dois dedos. O ermitão ficou na ponta dos pés e levantou a mão como se quisesse mostrar algo muito alto. O outro responde agachando-se e colocando as duas mãos no chão. O silêncio era geral. O sábio pegou uma caixa de madeira, tirou da caixa uma galinha e jogou a ave sobre o camponês. O rapaz respondeu tirando uma pedra do bolso e atirando na testa do ermitão. O rei coçava a barba. Os ministros e conselheiros trocavam olhares cheios de dúvidas. Diante da última resposta, o velho ermitão, exultante e ainda atordoado por causa da pedrada, abraçou e beijou o rapaz. Em seguida, declarou ao rei que, realmente, ele não precisava de seus préstimos pois tinha o privilégio de contar com um jovem e maravilhoso sábio. A sessão foi encerrada. O jovem camponês estava muito alegre por causa do dinheiro que iria receber. Os conselheiros e ministros pareciam vitoriosos e confusos. O eremita anunciou que voltaria para a montanha, onde pretendia passar o resto dos dias estudando e meditando. Inconformado com aquela situação, o monarca chamou o camponês de lado, e com humildade, revelou sua ignorância. Sinceramente, não tinha conseguido entender nada. Desejava saber, afinal, sobre que assunto os dois haviam conversado. Risonho, o rapaz explicou que, na verdade, quando o ermitão havia mostrado um dedo, estava querendo dizer: “se você não prestar atenção, eu furo seu olho!”, e que ele, com os dois dedos, deu o troco: “tente fazer isso que eu furo os seus!”. Explicou que quando o velho sábio havia esticado o corpo elevando a mão, quis dizer: “acho bom você desistir senão eu enforco você em uma arvore bem alta!” e que sua resposta colocando as mãos no chão significava: “vem fazer isso que eu enterro você vico no chão!”. Finalmente, quando o ermitão jogou sobre ele a galinha, quis dizer: “você é um coitado, um morto e fome. Toma de esmola essa galinha velha e dá o fara!”. E que com sua resposta atirando a pedra quis dizer: “pega essa pedra, morde, engole e engasga!”. O rei arregalou os olhos. Não queria, nem podia acreditar que uma conversa entre dois sábios pudesse chegar a níveis tão grosseiros. Dispensou o alegre camponês e mandou chamar o ermitão. O velho sábio fez novamente os mais altos elogios ao jovem camponês. Explicou que com o gesto mostrando um dedo quis dizer que no céu, acima de todos e de tudo, havia uma força superior única e incompreensível. E que a resposta do rapaz mostrando os dois dedos significava: “A força está nas alturas mas o homem representa essa força na terra”. Explicou que quando espichou o corpo e colocou a mão no alto quis dizer que a sabedoria composta pela razão, colocando as mãos no chão, respondeu que, sem a terra, sem a sem a semente e sem o corpo, a sabedoria não tinha razão de ser. Para concluir, o velho explicou que ao jogar a galinha no camponês quis dizer que a vida era mole e quente e que o rapaz, atirando a pedra, respondeu, sabiamente, que a morte era dura e fria. O jovem camponês recebeu seu dinheiro e voltou feliz para casa. O velho eremita foi para o alto da montanha meditar sobre a sabedoria da juventude. O velho rei sentou-se no trono maravilhado diante da dupla existência da verdade.

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E.M.E.F. ''NEC Manoel Hurtado''

Planejamento de Leitura 1° ano Título -A princesa e o grão de ervilha

Antes da leitura - Apresentação do gênero conto de fadas; - Com o título tampado os alunos contarão suas antecipações através das imagens; Apresentação do título e socialização;

Durante a leitura - O conto é curto não havendo necessidade de pausas;

Depois da leitura - Em 3 grupos os alunos contarão o conto de três formas diferentes, um apresentará em listas outras em frases e outros em desenhos; - Falar sobre a importância do portador para conseguirem realizar esse resumo

A PRINCESA E O GRÃO DE ERVILHA Era uma vez um príncipe que queria se casar. Mas a noiva que ele estava procurando tinha de ser uma princesa verdadeira, Sem nenhum defeito! para encontrá-la, o príncipe viajou muito e conheceu várias princesas, mas não gostou de nenhuma. Essa era briguenta... aquela era alta demais, a outra se vestia mal, e aquela tinha muitos cachorros! Então, numa noite de tempestade, ele escutou alguém bater na porta. Do lado de fora estava uma moça toda molhada e suja de lama. ela disse que era uma princesa, mas ninguém no palácio acreditou. Depois de tomar um banho quente e vestir uma camisola limpa, a princesa foi conduzida a um quarto maravilhoso. A rainha tinha posto um grão de ervilha embaixo de vinte colchões macios. " Tenho um teste infalível para sabe se ela é princesa mesmo", a rainha falou. Então foi buscar um gão d ervilha e convidou a moça a passara noite no palácio. Na manhã seguinte, a pobre moça reclamou que não tinha conseguido dormir. "Havia uma coisa dura na cama",ela disse, "e eu passei a noite inteira me revirando de um lado para o outro." “Como ela é sensível!”, o príncipe exclamou. “Só uma princesa verdadeira seria capaz de sentir um grão de ervilha embaixo de tantos colchões!” E então os dois se casaram e foram felizes para sempre. Quanto ao grão de ervilha, foi posto numa redoma, no museu do palácio, onde está até hoje.

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E.M.E.F. ''NEC Manoel Hurtado''

Planejamento de Leitura 2° ano Título -O príncipe sapo

Antes da leitura

Durante a leitura

- Organizar espaços para os alunos sentarem, puffs em círculos; - Explorar capa, autor, questionar o nome do livro; - A professora abordará como surgiu os contos de fadas, qual era o objetivo naquela época e o que eles sabem sobre contos;

- Perguntas aos alunos sobre qual será a reação do rei após saber que a filha deixou de cumprir a promessa? - Ele pode mandar jogar o sapo fora?

Depois da leitura - Validar as respostas dadas durante a leitura. Enfatizar com os alunos que naquela época era muito importante aos reis que se comprometiam, continuar com suas honras;

O Príncipe Sapo Há muitos e muitos anos um rei vivia feliz com sua linda filha num castelo perto de um bosque. A princesa gostava de brincar ali com sua bola de ouro, em volta de um poço. Um dia – plaft! – a bola caiu no poço, e a princesa se pôs a chorar. "Qual é o problema?", uma voz esquisita perguntou. A moça olhou em torno, mas só viu um sapo. "Ora, é você!", exclamou, enojada, porém logo mudou de tom. "Minha bola caiu no poço", disse, fungando. "O que você me dá, se eu for buscá-la?" "O que você quiser... Minhas roupas, minhas joias... até minha coroa!" "Não quero nada disso! Só vou buscar a bola se você me prometer que vai ser minha amiga, vai me deixar comer em seu prato e dormir em sua cama." "Eu prometo! Prometo!", ela exclamou, pensando: "Que bicho mais feio! Nunca deveria sair do brejo onde vive coaxando...". O sapo mergulhou no poço e dali a pouco voltou, trazendo na boca o brinquedo precioso. Mais que depressa a jovem agarrou a bola e correu para o palácio. "Espere! Não consigo ser tão rápido!", o sapo reclamou. À noite, quando jantava com seu pai, a princesa ouviu uma batida na porta. Foi atender, mas não

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Planejamento de Leitura - 2º Ano - E.M.E.F. ''NEC Manoel Hurtado''

deixou ninguém entrar. "Quem era, filhinha?", o rei perguntou. "Apenas um sapo nojento." "E o que ele queria?" "Queria jantar com a gente... Imagine..." "Como assim? Você o convidou?" "Bem... sabe...", a princesa explicou. "Ontem minha bola de ouro caiu no poço e ele foi buscá-la. Mas antes me fez prometer que eu seria sua amiga. Nunca pensei que tivesse a ousadia de vir aqui..." "Então você precisa cumprir a promessa, minha filha!" Muito contrariada a moça foi abrir a porta. O sapo entrou, todo contente, pediu que ela o colocasse sobre a mesa e falou: "Ponha seu prato mais perto de mim". Enquanto o hóspede indesejado comia com apetite, sua anfitriã mal conseguiu engolir uma garfada. "Estou exausto", disse ele, depois de encher a barriga. "Vamos dormir?" A princesa se pôs a chorar de raiva, mas o rei declarou: "Você aceitou a ajuda dele e agora não pode deixar de fazer o que prometeu..." Diante disso, ela pegou o sapo com a pontinha dos dedos, levou-o até seu quarto e o largou em um canto. Mas, assim que deitou, ele saltou para sua cama, anunciando: "Vou dormir aqui!". "Deixe-me em paz!", a jovem berrou, furiosa. E, num gesto violento, agarrou-o e o jogou contra a parede. Nesse instante o sapo desapareceu e em seu lugar surgiu um lindo príncipe! "Uma bruxa me transformou naquela asquerosa criatura", ele explicou. "Mas a sua promessa de amizade quebrou o encantamento! Agora vamos dormir, e amanhã partiremos para o meu reino." No dia seguinte uma carruagem parou diante do palácio. O cocheiro era um velho criado do príncipe, que, após a transformação de seu amo, pedira ao ferreiro que prendesse seu coração com três aros de ferro para que não se despedaçasse. Agora estava que não cabia em si de felicidade. Na estrada o príncipe ouviu de repente um barulho forte e exclamou: "A carruagem está se quebrando!" "Não, Alteza!", o velho cocheiro explicou. "O que quebrou foi um dos aros de ferro que prendiam meu coração!" Por mais duas vezes o príncipe ouviu o mesmo barulho, e seu fiel servidor lhe deu a mesma explicação, entre risos da mais pura alegria.

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E.M.E.F. ''NEC Manoel Hurtado''

Planejamento de Leitura 3° ano Título - Para ficar bonito

Antes da leitura Durante a leitura - Antecipação do livro, motivo, falar sobre as parcerias de autor e ilustrador, levantamento de hipóteses sobre o livro a partir das ilustrações da capa;

- Não haverá;

Depois da leitura - Quem conta a história? - Qual é o perfil psicológico da mãe de Pedro Malasartes? - Encontre no texto a passagem que mostra o comportamento ou que descreva as características psicológicas apresentadas pela mãe de Pedro Malasartes;

Para ficar bonito A outra história da infância do Pedro Malasartes e da mãe dele deixava-me mais indignado ainda. Se não fosse contada por minha bisa, eu nem acreditava. Sempre me pareceu mentira uma mãe poder enganar o filho, como a dele fazia. Dizia ela, afirmando ter ouvido palavra por palavra da própria boca do Pedro, que, uma vez na vida e outra na morte, quando a mãe dele tinha um dinheirinho sobrando, carnívora como era, corria a comprar um pedaço de carne. Mas como o dinheiro sempre era pouco, só comprava carne ruim. Por isso cozinhava a carne até acabar a lenha catada. Mesmo bastante cozida, a carne era sempre tão ruim, que a maioria dos pedaços não amolecia do jeito nenhum. Então, ela soprava os pedaços mais macios para si e deixava os cheios de nervos para os meninos comerem. Quando o Pedro e seu irmão, João, reclamavam da dureza da carne, a velha ralhava: - Está dura porque vocês não sabem comer carne! Do boi a gente não perde nada. Basta ir atrás da porta e comer lá, esticando a carne no dente e pedindo para ficar bonito. Crédulos, lá iam os meninos para trás da porta, esticando a carne entre as mãos e os dentes e dizendo: - Quero dicar bonito! Quero ficar bonito! Quero ficar bonito... Enquanto isso, a safada da mulher comia à mesa a porta mais macia que havia separado da carne. A bisa lembrava ainda que, quando o Pedro protestou, dizendo que aquilo não adiantava nada, a velha ponderou: - Você tem razão, meu filho. Só agora me lembro que isso de boniteza é coisa de menina. homem não tem mesmo de ser bonito. Homem tem de ser macho. E lá ia o Pedro e seu irmão, João, para atrás da porta a fim de esticar a carne e pedir: - Quero ser macho! Quero ser macho! Quero ser macho...

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E.M.E.F. ''NEC Manoel Hurtado''

Planejamento de Leitura 4° ano Título •Quantas besteiras o mundo tem. •Autor: Ricardo Azevedo

Antes da leitura - Apresentar o início do conto do livro; - O que será que o autor quis dizer com esse título?

Durante a leitura

Depois da leitura

- Os dois homens estão querendo tirar algo do rio, o que seria?

- Criar uma situação parecida com a do viajante;

Quanta besteira o mundo tem! Era uma moça muito bonita, mas burra como ela só. Um dia, apareceu um jovem pedindo sua mão em casamento. Os pais da moça ficaram felizes apesar de nunca terem visto aquele moço na vida. Para comemorar o noivado, o pai da moça convidou o rapaz para passar uma tarde em sua casa. Conversa vai, conversa vem, mandou a filha buscar dois copos de pinga no porão. – É uma cachaça de primeira, explicou ele lambendo os beiços. No porão da casa, havia um barril enorme, cheio de pinga. Quando a moça abriu a torneira para pegar a bebida, olhou para cima e viu um machado preso no teto. Ficou preocupada: – E se um dia eu me casar; e se um dia eu ficar grávida; e se um dia meu filho nascer; e se um dia meu filho crescer; e se um dia eu vier visitar meus pais; e se um dia meu filho resolver brincar no porão; e se um dia o machado despencar do teto e cortar a cabeça dele fora? Diante de tão triste pensamento, a moça desandou a chorar e a soluçar. Enquanto isso, a cachaça escorria à vontade pela torneira aberta. Como a filha estivesse demorando muito, seu pai mandou a mulher verificar o que estava acontecendo. A mãe encontrou a pinga caindo e a filha chorando, olhando o machado preso no teto do porão, e chorando mais ainda. – Que foi isso, filha? A moça explicou: – Mãe! E se um dia eu me casar; e se um dia eu ficar grávida; e se um dia meu filho nascer; e se um dia meu filho crescer; e se um dia eu vier visitar vocês; e se um dia meu filho resolver brincar no porão; e se um dia o machado despencar do teto e cortar a cabeça dele fora? Diante de tão triste pensamento, a mãe abraçou a filha e também desandou a chorar e a soluçar. Enquanto isso, a pinga espirrava do barril empapando o chão.

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Planejamento de Leitura - 4º Ano - E.M.E.F. ''NEC Manoel Hurtado'' Como a mulher estivesse demorando muito, o futuro sogro achou melhor ir ele mesmo, junto com o moço, ver o que estava acontecendo. Encontrou a pinga jorrando do barril feito cachoeira e a -mulher e a filha chorando, olhando o machado preso no teto do porão e chorando mais ainda. – Que foi isso, gente? A moça explicou. – Pai! E se um dia eu me casar; e se um dia eu ficar grávida; e se um dia meu filho nascer; e se um dia meu filho crescer; e se um dia eu vier visitar vocês; e se um dia meu filho resolver brincar no porão; e se um dia o machado despencar do teto e cortar a cabeça dele fora? Diante de tão triste pensamento, o pai da moça gritou: – Meu pobre netinho!, abraçou a mulher, abraçou a filha e também desandou a chorar e a soluçar. Enquanto isso, um riacho de cachaça formava um lago no chão. Foi quando o noivo disse: – Vamos fazer o seguinte: enquanto vocês ficam aí esperando o machado cair, vou correr mundo pra ver se encontro um remédio que salve meu futuro filho. Mas pensou baixinho: – Só volto se conseguir encontrar gente mais burra do que essa! E assim, montado em seu cavalo alazão, o moço despediu-se e partiu pelo mundo afora. Andou, andou, andou. Já era noitinha quando encontrou dois homens debruçados numa ponte. No chão, encostado num canto, um rolo de corda grossa. Os dois pareciam tentar tirar alguma coisa do rio. – Enquanto eu penduro você de cabeça pra baixo pelas pernas – explicava um deles – você estica bem os braços e pega o ouro. E o outro: – Já disse mil vezes que não é ouro. Aquilo é um pedaço de queijo. – É ouro! afirmava o primeiro. – É queijo! discordava o outro. O noivo viajante resolveu descer do cavalo e espiar. Havia um brilho nas águas. Olhou para o céu. O brilho não era nem ouro, nem queijo. Era a lua cheia refletindo sua luz sobre o rio. – Com licença, pessoal, disse o rapaz. – Vocês estão enganados. Aquele brilho na água não é ouro, não. Nem queijo. É só o reflexo da lua! Os dois homens examinaram o moço de alto a baixo. Depois, olharam um para o outro e caíram na gargalhada. – Mas é uma besta-quadrada! disse um deles. – É uma anta!, disse o outro. – Que é isso, rapaz, continuou o primeiro. – Ou você é cego ou está precisando usar óculos. Que lua coisa nenhuma! E o outro: – A lua está lá no céu, disse apontando para cima. – E aquilo, explicou apontando para baixo, – está dentro da água. Onde já se viu uma coisa estar em dois lugares ao mesmo tempo? E completou:– Aquilo é um queijo. – É ouro! disse o primeiro. – É queijo! disse o outro.. Sem ligar para o moço, os dois arregaçaram as mangas e voltaram ao trabalho. Debruçando-se na mureta da ponte, seguro pelos pés, o primeiro soltou o corpo perigosamente para frente e ficou pendurado no ar. O que segurava, com o rosto vermelho por causa do esforço, foi também, pouco a pouco, inclinando-se para frente. Esticando os braços, foi deixando o primeiro chegar perto da água. De repente, o que segurava avisou: – Pera um pouquinho que meus dedos estão ardendo! Largou as pernas do que estava pendurado e assoprou as mãos. O outro, claro, foi parar dentro d'água. Sumiu lá no fundo e voltou engasgado. – Socorro! Não sei nadar! Jogue a corda! Em vez de pegar o rolo de corda no chão, o outro subiu na mureta da ponte e respondeu ofendido: – Acorda coisa nenhuma! Quem disse que estou dormindo? Espera aí que eu ajudo você! Disse isso e mergulhou de cabeça no rio. Sumiu lá no fundo e voltou engasgado. – Socorro! gritou ele. – Também não sei nadar!

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Planejamento de Leitura - 4º Ano - E.M.E.F. ''NEC Manoel Hurtado'' O viajante ainda tentou atirar a corda, mas não houve tempo para nada. Agarrados um no outro, os dois infelizes acabaram desaparecendo na correnteza escura e incontrolável do rio. A lua, lá no alto, continuou brilhando cheia sobre as águas. O noivo que saiu pelo mundo afora ficou parado na ponte, olhando. Depois, montou no cavalo alazão e partiu balançando a cabeça. Na manhã do dia seguinte, passando perto de uma igreja, percebeu que por ali haveria um casamento. Vestidas para a festa, usando ternos, chapéus, joias e vestidos compridos, as pessoas discutiam acaloradamente. No meio da roda, gesticulando, estavam o padre, o noivo e a noiva. Chegando mais perto, o viajante notou que as pessoas do lugar eram muito baixas, do tamanho de anões, menos a noiva, uma moça comprida, de olhos azuis. Era ela quem falava naquele momento. Sua voz parecia triste e conformada: – Tá bom, gente. Se for pra cortar alguma coisa, entre a cabeça e as pernas, eu prefiro a cabeça. Cabeça não serve pra quase nada, a não ser carregar penteados e chapéus. Já as pernas – completou a noiva – isso nunca! Sem elas, como é que a gente vai andar pra lá e pra cá? O padre apareceu com um machado na mão. Descendo do cavá-lo, o viajante pediu desculpas pela curiosidade. Quis saber o que estava acontecendo. O padre explicou: – Acontece que aqui todo mundo é baixinho e essa noiva é alta demais. Tão alta que não consegue passar pela porta da igreja. Por isso, para que o casamento aconteça, vai ser necessário cortá-la. A dúvida era cortar a cabeça ou as pernas, mas o problema já está resolvido. Vai ser a cabeça mesmo. Disse isso e já foi erguendo o machado. O jovem viajante ficou chocado. Garantiu que não era necessário arrancar um pedaço da noiva para resolver um problema tão simples. – Basta que ela, por exemplo, abaixe a cabeça, explicou o moço. – Ou, se preferir, que dobre os joelhos e entre na igreja agachada! As pessoas ficaram confusas. – Isso não vai dar certo nunca, declarou o pai da noiva, um homem velho, com ar experiente. – Também estou achando impossível, disse o noivo. – Não custa tentar, sugeriu o viajante. Foram todos para frente da igreja. Primeiro, a noiva dobrou os joelhos e entrou agachada na igreja. – Deu certo! exclamaram todos espantados. Depois, a noiva saiu da igreja e entrou de novo, agora com a cabeça abaixada. A alegria foi geral. – Você é muito inteligente, disse o padre, guardando o machado e cumprimentando o moço. – É um gênio! disse alguém para não sei quem. – Fica sendo nosso convidado de honra! declarou o pai da noiva. Após a cerimônia, os convidados saíram da igreja e, felizes da vida, começaram a comer, a beber e a dançar. O viajante estava cansado. Não conseguia tirar da cabeça o caso dos dois trapalhões afogados. Por causa deles nem tinha conseguido dormir direito à noite. Depois de comer um pouco, deitou-se debaixo de uma árvore para descansar. Acordou com uma gritaria daquelas. – Socorro! Eram vozes finas e grossas gemendo ao mesmo tempo O jovem viajante tomou um susto. Na sua frente, caídos no chão, estavam todos os convidados enroscados uns nos outros, formando um inesperado bolo de gente. Parecia uma maçaroca estranha cheia de pernas, coxas, mãos, braços, pés, narizes, olhos, orelhas, pescoços, cotovelos, unhas, joelhos, cabelos, cabeças, troncos e membros. – Me ajudem! Berravam as pessoas enroscadas, lutando, sem sucesso, para escapar da barafunda. O viajante tentava mas não conseguia acreditar nos próprios olhos. – Mas que bagunça é essa? perguntou ele. Falando do meio de um emaranhado de braços e coxas, com uma perna que quase tapava sua boca, o noivo tentou resumir a situação: – Ninguém sabe direito como tudo começou! A gente estava dançando, alguém deve ter tropeçado e caído, uma pessoa foi empurrando a outra e, de repente, todo mundo acabou indo parar no chão! – Agora a gente está embrulhado! gritou o padre.

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Planejamento de Leitura - 4º Ano - E.M.E.F. ''NEC Manoel Hurtado'' – A coisa aqui está preta! disse a noiva. – A gente não consegue desatar o nó, explicou o noivo, porque, nessa tremenda enrascada, ninguém sabe mais de quem é a perna, o braço e o corpo de quem! – Ajude a gente a sair dessa trapalhada! implorou a mãe da noiva quase chorando. O viajante estava mal-humorado, tanto pelo sono interrompi-o, como por causa do caso dos pescadores da lua tragados pelo rio. – Deixa comigo! Agarrando um pedaço de pau, dos grandes, saltou no meio do labirinto de braços, corpos e pernas e começou a dar paulada para todos os lados. O efeito foi fulminante. Debaixo da chuvarada de pancadas, as pessoas gritavam, uivavam e, rapidamente, se desataram, se desentrelaçaram e se desembaralharam. Em poucos instantes, estavam todos de pé, gemendo e capengando, felizes da vida. – Munto obrigado, disse o noivo com o olho roxo e vários dentes quebrados. Abraçou o viajante com lágrimas nos olhos. – Se não fosse você, onde a gente ia parar! Agradecidos, os convidados, mais de duzentas pessoas, decidiram juntar dinheiro e dar de presente ao viajante que partiu levando a bolsa recheada. Continuando seu caminho, depois de andar um bocado, chegou a uma cidade pequena, esquecida entre as montanhas. Escutou dois homens discutindo perto de uma praça. Resolveu chegar mais perto. - Não sou, não sou e não sou! - dizia um deles. - É, é e é! - afirmava o outro. O moço pediu licença e perguntou qual era o motivo da discussão. - O problema é que ele teima em dizer que é meu parente e eu digo que não é. - Sou, sou e sou! - Não é, não é, não é! O moço quis saber como eles se chamavam. -Eu me chamo Zé Pereira - contou um deles. - Ele se chama Zé Oliveira. Somos ou não somos parentes? - E o próprio sujeito respondeu: - É claro que sim! Segundo ele, se o sobrenome dele era Pereira e o sobrenome do outro era Oliveira, os dois tinham de ser parentes, pois ambos eram vegetais. O outro negava. - Concordo que é tudo fruta e é tudo vegetal, mas são coisas diferentes - argumentava ele. - Pera é pera e vem da pereira. azeitona é azeitona e vem da oliveira! Uma coisa não tem nada a ver com a outra! O viajante não sabia direito o que pensar. Foi quando a coisa piorou. - Estou começando a ficar cheio! - avisou o que se chamava Zé Oliveira. - Acho bom retirar o que disse! A família Oliveira não tem nada a ver com a família Pereira. Aliás, os Oliveiras são mil vezes melhores que os coitados dos Pereiras. -E partiu para as ameaças: - Se continuar com essa história de que é meu parente, eu quebro sua cara! - Quero ver se você é homem! - desafiou o Pereira. Foi quando apareceu um sujeito e perguntou o que estava acontecendo. Ao saber o motivo da discussão, arreganhou os dentes e disse: - Meu nome é Zé Machado! Zé Pereira e Zé Oliveira ficaram pálidos. depois, recuaram e saíram correndo apavorados. O tal de Zé Machado foi atrás deles. Coçando a cabeça, o viajante ainda ficou um bom tempo na praça. Depois, montou no cavalo alazão e seguiu viagem. No fim daquela tarde, encontrou um homem sentado debaixo de árvore, diante de uma fogueira acesa. O noivo que saiu pelo mundo afora se aproximou. Perguntou se podia passar a noite ali também. O sujeito disse que sim. Enquanto preparavam a comida começaram a conversar. O jovem viajante contou que estava noivo e que, antes de se casar tinha resolvido conhecer melhor o mundo. O outro parecia angustiado. Confessou que sua vida era um inferno. Que quase não conseguia dormir de tanto medo e que de dia, então, era pior ainda.

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Planejamento de Leitura - 4º Ano - E.M.E.F. ''NEC Manoel Hurtado'' O viajante quis saber o porquê. O outro começou a falar baixinho. Chegou mais perto, olhando para os lados. Explicou que vivia sendo perseguido por uma mancha. - Mancha? - perguntou o noivo viajante, sem entender. - É um monstro escuro, um fantasma que vive atrás de mim contou o outro. - Onde eu vou, ele vai. Onde eu paro, ele para. Onde eu ando, ele anda. E o infeliz abriu o coração. Disse que não suportava mais aquela perseguição. Que ás vezes sentia vontade de morrer. Começou a chorar. Sabia que a qualquer hora, de surpresa, o monstrengo podia atacar. - Mas como é o tal monstro? - quis saber o viajante. Segundo o outro, era difícil explicar. Durante a noite, o danado sumia. Bastava chegar o sol e pronto: lá vinha ele de novo, ecuro, silencioso e traiçoeiro, sempre escondido, sempre pronto para dar o bote. O tempo passou. O noivo viajante estava cansado e resolveu dormir um pouco. Acordou com o outro agarrando seu braço. - Já está clareando! Logo o monstro vai chegar! - dizia ele quase chorando. E a madrugada raiou. E o homem começou a tremer, a suar e a roer as unhas. Finalmente, o sol apareceu, redondo e vermelho. O sujeito ficou em pé. Olhou de lado. Gritou desesperado: - Olha-o aqui! O viajante examinou o chão perto do homem. Olhou, olhou e sorriu: - Mas isso não é monstro coisa nenhuma! Contou que aquilo era uma sombra. - Sombra? - perguntou o outro sem compreender. O moço então explicou o que eram as sombras. Disse que todo mundo tinha uma. - Quando a luz bate numa coisa e só consegue passar pelas laterais dessa coisa, do outro lado surge uma sombra. O outro não queria acreditar. O viajante então mostrou que também tinha uma sombra. Ele, o cavalo, as árvores, as casas, os cachorros, as vacas, os burros e tudo o mais. Ao descobrir que era mesmo verdade, o homem caiu de joelhos e beijou os pés do noivo viajante. Agradeceu muito. Disse que aquele era o dia mais importante de sua vida. Agora si - completou ele animado estava livre para viver e construir sua vida. Em seguida, abriu a mochila, tirou u saco de dinheiro e ofereceu ao viajante. - É tudo o que eu tenho - disse ele. Era um presente de agradecimento. Garantiu que fazia questão. Depois, despediu-se e partiu. Seguindo sua viagem pelo mundo afora, o noivo viajante andou, andou, andou e, na tarde daquele mesmo dia, parou para pedir pousada numa casa. Bateu na porta. Nada. Bateu mais.Nada. Bateu de novo. Apareceu uma senhora. Andava encurvada, arrastando os pés, com o ar muito cansado. - Boa tarde, dona - disse o rapaz tirando o chapéu. - Estou e sem lugar para passar a noite. - Entre aí - disse a mulher com voz desanimada. - Onde cabem dois, cabem três. A dona da casa parecia muito acabada, doente e exausta. Caminhava devagar, com dificuldade, como se sentisse dores pelo corpo inteiro. Durante o jantar, explicou que era viúva e que tinha um filhinho. Arregalou os olhos: - Nunca pensei que filho desse tanto trabalho! E começou a resmungar. Disse que a vida era difícil demais. Que seu filho era muito comilão. Que o danado vivia sujando as fraldas. Que só fazia bagunça o dia inteiro. Que para dar banho, então, era um sacrifício. - E pra carregar no colo? - perguntou a mulher, quase chorando. E a viúva reclamou de dor de barriga, de dor nas pernas, de dor no peito, de dor de cabeça, de dor de barriga, de dor aqui e de dor ali. Querendo puxar outro assunto, viajante contou que era noivo e que, se tudo desse certo, quando voltasse de viajem, pretendia, talvez, se casar e ter muitos filhos. Os olhos da mulher ficaram maiores. - Não faça uma coisa dessa! - recomendou ela. - Um filho já dá muito trabalho! Imagine vários! Quer matar sua futura esposa?

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Planejamento de Leitura - 4º Ano - E.M.E.F. ''NEC Manoel Hurtado'' O moço sorriu. Para ele, a mulher estava exagerando. Contou que adorava crianças e que elas até podiam dar um pouco de trabalho, mas não era tanto assim. Tentando desconversar, perguntou se o bebê estava dormindo. - Graças aos céus! - respondeu a mulher. O visitante quis saber se podia dar uma espiada na criança. - Vá se quiser. O quarto fica no fundo do corredor - respondeu ela. - Só peço uma coisa. A voz da mulher veio baixa mas firme: - Pelo amor de Deus! Não vá acordar o bebê! O moço atravessou o corredor andando na ponta dos pés e, com cuidado, abriu a porta do quarto. Tomou um susto. Esparramado num berço do tamanho de uma cama de casal, de touca e roupinha de tricô cor-de-rosa, usando fralda, chupeta e babador, dormia um homem gordo e barbudo segurando um chocalho. Pelo chão, muitas e muitas mamadeiras vazias. O homenzarrão, ainda por cima, roncava feito um besouro. Abismado, o rapaz encostou a porta, voltou até a sala e perguntou qual a idade daquela criança. Pelos cálculos da mulher, devia ter mais ou menos uns trinta e dois anos - Mas está tudo errado! - gritou o viajante dando risada. Explicou a ela que pessoas daquela idade já não eram consideradas mais bebês, nem mesmo crianças, e que já estava mais do que na hora de a mulher tirar as fraldas e mandar o filho se cuidar sozinho. - Eu mesmo - completou ele - tenho quase vinte anos e já tomo conta de mim faz tempo! No começo, a pobre viúva não queria acreditar. Depois, diante de tantas palavras , exemplos e argumentos, ficou eufórica. Dançou pela sala alegre e aliviada. Parecia outra mulher. Ficou até mais jovem. Beijando e abraçando o rapaz, fez questão de dar a ele, de presente, um saquinho de dinheiro. No dia seguinte, o noivo viajante acordou e sentiu que já era hora de voltar.montou no cavalo alazão e caiu na estrada. Chegou na casa dos pais de sua noiva no comecinho da noite. Encontrou o barril de pinga seco e a família no porão, chorando, soluçando e olhando o machado preso no teto. O viajante desceu do cavalo admirado. - Mas vocês ainda estão nessa? - E a noiva: - Mas será que você não entende? E se um dia a gente se casar; e se um dia eu ficar grávida; e se um dia nosso filho nascer; e se um dia nosso filho crescer; e se um dia eu vier visitar meus pais; e se um dia nosso filho resolver brincar no porão; e se um dia o machado despencar do teto e corta a cabeça dele fora? - Que tal tirar o machado antes que ele caia? - perguntou o moço. Em seguida ,entrou no porão, arrancou o machado do teto e guardou num armário. - Graças a Deus! - exclamou a mãe da noiva, aliviada. - Como ninguém tinha pensado nisso antes?! - disse o pai da moça, orgulhoso pelo genro que ainda ia ter. A noiva, que era muito bonita, correu agradecida e encheu o rapaz de beijinhos. Dias depois, numa linda festa, o casamento aconteceu. O noivo só pediu uma coisa: nada de dança após a cerimônia. Tudo por causa de uma outra festa, de uma outra noiva e de um bando de convidados engalfinhados, enroscados e emaranhados.

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E.M.E.F. ''NEC Manoel Hurtado''

Planejamento de Leitura 5° ano Título •Um papagaio falador •Graciliano Ramos

Antes da leitura

Durante a leitura

• Escrever na lousa o significado das palavras: "pabulagem; cabedal;rebenque” •Antecipação do tema ou ideia principal a partir do elemento para textual como título.

• Continue a história....será que a velha irá vender o papagaio à Alexandre.

Um papagaio falador

Depois da leitura •Reflexões •Onde Alexandre errou? •Será que a ansiedade atrapalhou? •Ele poderia ter comprado o papagaio na volta e cuidado melhor dele na viagem, pois ao fazer isso alegraria sua mulher.

Quem principiou a história do papagaio foi Cesária, mas os homens se aproximaram da esteria onde ela cochichava com Das Dores e depois de alguns minutos Alexandre concluiu a narração. Cesária falou assim: - O nosso casamento foi pouco depois da vaquejada. Você se lembra, Das Dores? O caso da novilha se espalhou de repente e o nome de Alexandre correu de boca em boca. Ele não disse isto porque não gosta de pabulagem, mas acredite que ficou o homem mais importante do sertão. Os fazendeiros tiravam o chapéu quando passavam por ele e cumprimentavam com respeito: - “ Como vai a obrigação, Major Alexandre?” É isto, Das Dores. Alexandre num instante virou major. Meu pai era pessoa de muito cabedal; e todo mundo por aquelas bandas queria casar comigo. Eu fazia conta de ninguém, mas quando Alexandre se apresentou, bem vestido e bem falado, quebrou-me as forças. Vinha preparado, com um rebenque de cabo de ouro, esporas de ouro... - Montado HP bode? Perguntou Das Dores. - Não, respondeu Cesária. O bode era para as vaquejadas. Vinha num cavalo baixeiro, arreado com arreios de ouro, espelhando. Só queria que você visse, Das Dores. Meu pai ficou muito satisfeito com o pedido e eu concordei logo: - “ Se vossemecê acha que deve ser, está certo.” Marcou-se o dia e preparou-se o enxoval, que foi uma beleza, Das Dores. Só queria que você visse. Um enxoval em que trabalharam todas as costureiras do lugar. A festa do nosso casamento durou uma semana. Muita dança, muita bebida, muita comedeira. Não ficou peru nem porco para semente. Veio o Vigário, veio o promotor, veio o comandante do destacamento, veio o Prefeito. Meu pai estava se estragando, mas era senhor de muitas posses e dizia: - “ Festa é festa. Mas vale um gosto que quaro vintens.”Quando os derradeiros convidados se retiraram, fomos morar na nossa casa nova, uma casa bonita como as da cidade. E o pai de Alexandre deu a ele um baú cheio de moedas de ouro. Aí era preciso a gente tratar da vida. Eu vendia e comprava, dirigia as coisas direito. Sempre tive cadência para as arrumações. Mas as viagens e as transações de muito dinheiro que fazia era Alexandre. Na primeira viagem dele encomendei um papagaio. Queria um papagaio falador, custasse o que custasse. Agora você o resto, Alexandre. - Não senhora, respondeu o marido. Você não começou a história? Então acabe. - Não senhor, replicou Cesária. Comecei porque podia começar, mas acabar não acabo. Contei a minha

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Planejamento de Leitura - 5º Ano - E.M.E.F. ''NEC Manoel Hurtado'' parte, que dei a encomenda, mas quem comprou o papagaio foi você. Depois de muitas razões, Alexandre se resolveu a tomar a palavra: - Em vista disso, eu conto. Isto é, conto o fim da história, que o princípio os senhores já sabem. E nesse princípio não acrescento nada, porque tudo quando, Cesária disse é a pura verdade. Amarro o negócio no ponto em que ela ficou. Realmente esse caso não tem importância , e até nem sei como Cesária foi mexer nele. Papagaio é bicho besta, ninguém presta atenção a lorotas de papagaio. Esse era melhor que os outros, sem dúvida. Eu nem me lembrava dele, mas como a patroa foi desenterrá-lo, vá lá. Escutem. Estávamos na viagem, não é isto? Viagem do sertão à mata, para vender gado. Como era a primeira que eu fazia, a separação foi custosa. Cesária chorou, deume conselhos, afinal se aquietou com a esperança de possuir um louro falador. Prometer eu não prometia, que não ia oferecer a minha mulher um bicho ordinário, mas se aparecesse coisa boa, Cesária estava servida. Separei o gado, escolhi os tangerinos, despedi-me da mulher depois de muitos poréns e tomei o caminho do Sul, sempre aumentando a boiada com o que havia de melhor por aquelas redondezas. Aves de pena vi em quantidade, araras, araróes, e canindés, mas viventes de pouca fala . Procurei, pedi informações – não achei nada que servisse. Larguei a encomenda e decidi levar uma lembrança diferente para Cesária, volta de ouro ou corte de pano fino. Ora um dia de calor bati numa porta, com vontade de pedir água: - “ Ô de casa!” Uma voz de homem perguntou lá de dentro: - “ Ô de fora! Quem é?”E eu respondi: - “È de paz. O senhor faz favor de arranjar uma sede de água para um viajante,” - “Não posso, tornou a voz. Não posso porque estou amarrado.” Espantei-me: - “ Como? Quem amarrou o senhor? Diga, que eu desamarro.” - “ Não se incomode não, moço, foi a resposta. Aqui em casa o costume é este. Vivo acorrentado.” - Nessa altura uma velha apareceu com um caneco de água e falou: “Cala a boca. Deixa de tomar confiança com quem tu não conheces.” Bebi e ia agradecer quando percebi que ela se dirigia a um papagaio que batia as asas, na gaiola pendurada à parede. Não é que eu tinha sido embromado, comendo o bicho por gente. - “Sinha dona,perguntei vossemecê me vende esse louro?” - “ Não vendo não, moço, é de estimação.” Eu cantei a velha: - “Que seja de estimação não duvido. Mas pense direito, Sinha dona. Quem tem vida morre. Se botarem mau-olhado nele, vossemecê fica sem mel nem cabaço. Eu pago bem. Faça preço do papagaio,dona.” A velha endureceu, depois chegou as boa-se acabou pedindo pelo bicho um despropósito. Discutimos e findamos o ajuste, comprei o papagaio por quinhentos e cinquenta e quatro mil e setecentos réis. Vejam que dinheirão. Quinhentos e cinquenta e quatro mil e setecentos. Bem. Recebi a gaiola e fiquei atrapalhado. Como havia de levá-la numa viagem que ia durar meses? Depois de refletir, desculpei uma bolsa de roupa, fiz uns buracos nela e meti ali o papagaio, que protestou,muito contrariado. Arrumei a bolsa nomeio de uma carga e tocamos para a frente. Onde andei e quanto ganhei não precisa contar, basta se dizer que a boiada se vendeu e fiz bom negócio. Conheci homens de consideração e vi sobrados. Quando voltei, trazia um surrão cheio de ouro e cargas de mantimentos. Dei uma festa quase tão grande como o do casório. O povo da rua se admirou, meu pai e meu sogro arregalaram os olhos. Eu de correntão HP peito, eu lorde, mandando abrir caixas de bebidas. Quem quisesse beber bebia até cair. Dinheiro não faltava. Enfim tudo se acomodou, o pessoal saiu e nós fomos endireitar a casa, varrer, lavar, limpar, arranjar as coisas. Cesária passou um dia arrumando a bagagem, abrindo malas e guardando troços nos armários. No meio do trabalho me chamou: - “ Está aqui uma bolsa furada, Alexandre. Que é isto?” E eu me lembrei: - “Aí,Cesária! É o papagaio. Tranquei o papagaio na bolsa. Coitado. Esqueci-me dele e o pobre viajou sem comer.” Corri mais que depressa e fui abrir a bolsa. Encontrei o infeliz nas últimas, enrolado num canto, feio como um pinto molhado. Cesária trouxe um pires de leite, mas era tarde, não havia jeito não. O papagaio olhou para mim, balançou a cabeça, levantou-se tremendo,encorujado, e disse baixinho: - ''Sim senhor, Seu Major, isto não é coisa que se faça.” Amunhecou e morreu.

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E.M.E.F. 'Aurora Rodrigues de Moraes''

Planejamento de Leitura 1° ano Título

Antes da leitura

Durante a leitura

Depois da leitura

• O ratinho da cidade e o ratinho do campo. • Autor: Esopo

• Questionar através do título as diferenças entre campo e cidade;

• Antes da moral:os ratos sentiram diferenças entre campo e a cidade? Quais? Voltar ao texto para confirmar o relato dos alunos.

• Trazer para realidade: Você gostaria de morar na campo ou na cidade, instigar para que justifiquem a resposta.

O ratinho da cidade e o ratinho do campo Certo dia um ratinho do campo convidou seu amigo que morava na cidade para ir visitá-lo em sua casa no meio da selva o ratinho da cidade foi, mas ficou muito chateado quando viu o que havia para jantar: Grãos de cevada e umas raízes com gosto de terra. - Coitado de você, meu amigo! - Exclamou ele – Leva uma vida de formiga! Venha mora comigo na cidade que nós dois juntos vamos acabar com todo o toucinho deste país. E lá se foi o ratinho do campo para a cidade. O amigo mostrou para ele uma dispensa com queijo, mel, cereais, figos e tâmaras. O ratinho do campo ficou de queixo caído. Resolveram começar o banquete na mesma hora. Mas mal deu para sentir o cheirinho: A porta da dispensa se abriu e alguém entrou. Os dois ratos fugiram apavorados e se esconderam no primeiro buraco apertado que encontraram. Quando a situação se acalmou os amigos iam saindo com todo o cuidado do esconderijo, outra pessoa entrou na dispensa e foi preciso sumir de novo. A essas alturas o ratinho do campo já estava caindo pelas tabelas. - Até logo – já vou indo estou vendo que sua vida é um luxo só, mas para mim não serve é muito perigoso. Vou para a minha casa, onde posso comer minha comidinha simples em paz. Moral: Mais vale uma vida modesta com paz e sossego que todo o luxo do mundo com perigos e preocupações. Do livro: Fábulas de Esopo. Companhia das letrinhas.

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E.M.E.F. 'Aurora Rodrigues de Moraes''

Planejamento de Leitura 1° ano Título •Bruxa, bruxa venha à minha festa. •Autor: Aren Druce. •Ilustração: Pat Ludlow •Gênero: Conto acumulado. •Editora: Brinque-Book •Editora: Brinque-Book

Antes da leitura

Durante a leitura

• Explorar a capa fazer levantamento prévio: olhando a ilustração o que falará esta história? • Revelar o título.

• Pausar toda vez que for aparecer um novo personagem, questionar quem será o próximo convidado? • Deixar as crianças falarem os trechos que se repetem.

Depois da leitura • Apresentar o autor e ilustrador; • Recapitular a história através das ilustrações.

BRUXA, BRUXA VENHA A MINHA FESTA _ Bruxa, Bruxa, por favor, venha a minha festa. _ Obrigada, irei sim, se você convidar o Gato. _ Gato, Gato, por favor, venha a minha festa. _ Obrigado, irei sim, se você convidar o Espantalho. _ Espantalho, Espantalho, por favor, venha a minha festa. _ Obrigado, irei sim, se você convidar a Coruja. _ Coruja, Coruja, por favor, venha a minha festa. _ Obrigada, irei sim, se você convidar a Árvore. _ Árvore, Árvore, por favor, venha a minha festa. _ Obrigada, irei sim, se você convidar o Duende. _ Duende, Duende, por favor, venha a minha festa. _ Obrigado, irei sim, se você convidar o Dragão. _ Dragão, Dragão, por favor, venha a minha festa. _ Obrigado, irei sim, se você convidar o Pirata. _ Pirata, Pirata, por favor, venha a minha festa. _ Obrigado, irei sim, se você convidar o Tubarão. _ Tubarão, Tubarão, por favor, venha a minha festa. _ Obrigado, irei sim, se você convidar a Cobra.

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Planejamento de Leitura - 1º Ano - E.M.E.F. ''Aurora Rodrigues de Moraes'' _ Cobra, Cobra, por favor, venha a minha festa. _ Obrigada, irei sim, se você convidar o Unicórnio. _ Unicórnio, Unicórnio, por favor, venha a minha festa. _ Obrigado, irei sim, se você convidar o Fantasma. _ Fantasma, Fantasma, por favor, venha a minha festa. _ Obrigado, irei sim, se você convidar o Babuíno. _ Babuíno, Babuíno, por favor, venha a minha festa. _ Obrigado, irei sim, se você convidar o Lobo. _ Lobo, Lobo, por favor, venha a minha festa. _ Obrigado, irei sim, se você convidar a Chapeuzinho Vermelho. _ Chapeuzinho Vermelho, Chapeuzinho Vermelho, por favor, venha a minha festa. _ Obrigada, irei sim, se você convidar as Crianças. _ Crianças, Crianças, por favor, venham a minha festa. _ Obrigado, iremos sim, se você convidar a Bruxa. Bruxa, Gato, Espantalho, Coruja, Árvore, Duende, Dragão, Pirata, Tubarão Cobra, Unicórnio, Fantasma, Babuíno, Lobo, Chapeuzinho Vermelho e crianças estão indo para uma festa. Que tipo de festa será? Quem os convidou?será que eles irão? Explorando as exuberantes ilustrações de Pat Ludlow, países filhos irão passar horas divertidas ao tentar decifrar o final dessa história escrita por Arden Bruce de forma envolvente e original.

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E.M.E.F. 'Aurora Rodrigues de Moraes''

Planejamento de Leitura Ciclo II - 2º Etapa Título

Antes da leitura

• O rei que morava no mar

• Apresentar diferentes imagens e questionar: que imagem se parece mais com sua realidade? • Solicitar que os alunos oralmente descrevam que sentimento despertam, ao olhar as imagens?

Durante a leitura •Leitura sem pausa.

O rei que mora no mar Diz a lenda que na praia dos lençóis no Maranhão há um touro negro encantado e que esse touro é Dom Sebastião. Dizem que, se a noite é feia, qualquer um pode escutar o touro a correr na areia até se perder no mar onde vive num palácio feito de seda e de ouro. Mas todo encanto se acaba se alguém enfrentar o touro. E se alguém matar o touro o ouro se torna pão. Nunca mais haverá fome nas terras do maranhão. E voltará a ser rei o rei Dom Sebastião. Isso é que diz a lenda. Mas eu digo muito mais. Se o povo matar o touro, a encantação se desfaz. Mas não é o rei, é o povo que afinal se desencanta. Não é o rei, é o povo que se liberta e levanta como seu próprio senhor. Que o povo é o rei encantado no touro que ele inventou.

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Depois da leitura •Quem seria esse touro?(relação estabelecer). •Na sua região existe alguma lenda? Qual? Quais as principais dificuldades da sua região? •Se você pudesse criar um ser imaginário para salvar sua região, como ele seria? •Direcionar as questões para propiciar que todos participem.


E.M.E.F. 'Aurora Rodrigues de Moraes''

Planejamento de Leitura 1° ano Título

Antes da leitura

Durante a leitura

·Como a princesa Constância perdeu o seu reino ·Didier Lévy ·Companhia da letrinha

• Pedir para as crianças dizerem como elas acham que é Constância e ao seu reino (descrever). • Como acham que ela perdeu o seu reino? • E agora o que ela fará sem seu reino?

• Quando Constância acordou onde estava ela e Pio?

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Depois da leitura • Questionar porque o coração de Constância ficou disparado? • Quais as diferenças entre conto e os outros que conhecem?


E.M.E.F. 'Aurora Rodrigues de Moraes''

Planejamento de Leitura 1° ano Título • O guarda-chuva do vovô • Carolina Moreyra • Difusão cultural do livro

Antes da leitura

Durante a leitura

• Questionar os alunos sobre a vivência com os avós

• Mostrar a ilustração e perguntar – porque o avô não estava?

Depois da leitura • Voltar ao livro onde encontra-se a expressão “e seus olhos dicaram pequenininhos” para que os alunos infiltram o significado. Pedir que expliquem porque a menina fica feliz quando chove?

Sobre a obra O vovô morava na casa da vovó. Assim começa o relato de uma menina sobre sua relação com um misterioso avô que nunca saía do quarto e não gostava de nada. Uma relação afetiva a distância e que só se concretiza por meio de um objeto herdado por ela: o guarda-chuva de seu avô. Sobre o autor Carolina Moreyra estudou cinema na London Film School, na Inglaterra. Escreveu e dirigiu dois curtasmetrangens, um deles ganhador do Grand Prix A l’ Affiche Du Monde, na França, em 2001. De volta ao Brasil, trabalhou como pesquisadora no quadro “Retrato Falado”, do programa Fantástico, da TV Globo. Este é o primeiro livro para crianças.

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Planejamento de Leitura 1° ano Título •A grande aventura de Maria Fumaça •Ana Maria Machado •Global

Antes da leitura •Explorar o título: o que é uma Maria Fumaça? •Apresentar a capa: questionar como será a história triste, alegre através das cores.

Durante a leitura • Parada estratégica: a Maria fumaça vai até a cidade?

Depois da leitura • Leitura da biografia da autora e ilustradora.

Sobre a obra Maria Fumaça era uma locomotiva que estava abandonada num canto da estação. Cansada de ficar parada enferrujando num canto, Maria Fumaça resolveu seguir os trilhos e conhecer o mundo.

Sobre o autor Ana Maria Machado (1941) é escritora, jornalista brasileira. Autora de livros infantis, foi a primeira desse gênero, a fazer parte da Academia Brasileira de Letras. Foi eleita para a presidência da Academia, para o biênio 2012/2013. Ana Maria Machado (1941) nasceu em Santa Tereza, Rio de Janeiro, no dia 24 de dezembro de 1941. Foi aluna do Museu de Arte Moderna. Iniciou a carreira de pintora, participou de exposições individuais e coletivas. Formou-se em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na mesma universidade, lecionou no curso de Letras. Abandonou a carreira de pintora para se dedicar aos livros. Nos anos sessenta, foi exilada pelo regime militar, indo morar na Europa. Em Paris, trabalhou na revista Elle. Fez doutorado em linguística orientada por Roland Barthes. De volta ao Brasil, Ana Maria retomou o seu projeto de escrever livros infantis. Em 1977, ganhou o prêmio João de Barro pelo livro "História Meio ao Contrário". Em 1979, fundou a primeira livraria dedicada a livros infantis no Brasil, a Malasartes. Em 1993, foi hors concours do prêmio da Fundação Nacional do Livro Juvenil. Em 2000, ganhou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o prêmio Nobel de Literatura Infantil Mundial. Em 2001, recebeu o Prêmio Literário Nacional Machado de Assis, na categoria conjunto da obra. Atualmente tem mais de 100 livros publicados. Ana Maria Machado ocupa a cadeira nº 1 da Academia Brasileira de Letras. Foi eleita presidente para o biênio 2012-2013. Foi a primeira escritora de livros

infantis a fazer parte da ABL.

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E.M.E.F. 'Aurora Rodrigues de Moraes''

Planejamento de Leitura 2° ano Título A alma e o coração da baleia

Antes da leitura •Perguntar sobre o título “a alma e o coração da baleia” •Por que será que a história tem esse título? •A que se refere a história? •A baleia tem alma? •O que seria alma? •Perguntar se os alunos já ouviram falar no Alasca •Mostrar no mapa Múndi ou globo onde fica o Alasca e falar como é o clima neste lugar.

Durante a leitura •Parar na parque em que o corpo depara com a baleia e perguntar: o que vai acontecer quando os dois se verem? •Na parte que o corvo esta na barriga da baleia e encontra a moça lá dentro e perguntar: o que a moça esta fazendo la dentro? Será que a baile também a engoliu? •O corvo questiona o porque da lanterna dentro da barriga da baleia: o que tem esta lanterna? Por que a moça tem essa lanterna para que serve? •Última parada quando o corvo tocar a lanterna: o que acontecerá?

Depois da leitura •Em que parte da história o corvo descumpre o combinado com a moça? Você chegou a imaginar alguma vez que a moça pudesse ser a alma e o coração da baleia? •Qual foi a atitude mais feia do corvo? •Foi justo ele se tornar um homem importante depois de ter matado a baileia num ato de descumprimento de trato com a tal moça? •Você enquanto autores pensariam em qual final para o corvo?

A Alma e o Coração da Baleia Era uma vez um corvo, muito bobo e convencido, que voou para bem longe e foi para o mar. Exausto de tanto bater as asas procurou um lugar para descansar, mas não avistou nenhum pedaço de terra no meio de toda aquela água. Vou morrer afogado, suspirou, já sem forças para continuar voando. Nesse exato momento uma enorme baleia subiu à tona e o corvo, sem pensar duas vezes, mergulhou naquela bocarra aberta. Foi parar na barriga da baleia onde, para o seu espanto, deparou-se com uma casa muito limpa e confortável, bem iluminada e quentinha. Uma jovem estava sentada na cama, segurando uma lanterna. "Fique à vontade", disse ela amavelmente. "Mas, por favor, nunca

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Planejamento de Leitura - 2º Ano - E.M.E.F. ''Aurora Rodrigues de Moraes''

toque em minha lanterna." O corvo feliz da vida prometeu que jamais faria tal coisa. A moça parecia inquieta; a todo instante se levantava, ia até a porta e voltava a sentar na cama. "Algum problema?", o corvo perguntou. "Não...", ela respondeu. "É só a vida... A vida e o ar que se respira." O corvo estava morrendo de curiosidade. Assim, quando a jovem foi até a porta, resolveu tocar na lanterna para ver o que acontecia. E aconteceu que a moça caiu estatelada na sua frente e a luz se apagou. O mal estava feito. A casa ficou fria e escura, o cheiro de gordura e sangue deixou o corvo enjoado. Inutilmente ele procurou a porta para sair dali e, cada vez mais nervoso, começou a se coçar de tal modo que arrancou todas as penas. Agora é que eu vou morrer congelado, choramingou, tremendo até os ossos. A moça era a alma da baleia que a impelia para a porta toda a vez que enchia os pulmões de ar. Seu coração era a lanterna acesa. Quando o corvo a tocou, a chama se extinguiu. Agora a baleia estava morta e guardava em seu interior o pássaro intrometido. Depois de muito chorar e pensar, o corvo finalmente conseguiu sair das escuras entranhas e sentou no dorso daquele imenso defunto. Ensebado, sujo, depenado, era uma tristíssíma figura. A baleia morta ficou flutuando no mar até que desabou uma tempestade e as ondas a empurraram para a praia. Quando a chuva parou, alguns pescadores saíram para trabalhar e viram a baleia. O corvo também os viu e se transformou num homenzinho feio e estropiado. Então, em vez de confessar que se intrometera onde não fora chamado e destruira algo de belo que não conseguira compreender, pôs-se a gritar: "Eu matei a baleia! Matei a baleia." E assim se tornou um grande homem entre os seus pares.

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E.M.E.F. 'Aurora Rodrigues de Moraes''

Planejamento de Leitura 3° ano Título · Pode ser a gora D'Água

Antes da leitura Durante a leitura • Olhar a imagem e antecipação o assunto que será falado

•O que são os mananciais ?

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Depois da leitura •O que a reportagem quis dizer com “não adianta mais chorar a água derramada” •Conversa sobre atitudes de economia da água.


E.M.E.F. 'Aurora Rodrigues de Moraes''

Planejamento de Leitura 3° ano Título •Que história é essa – o príncipe desencantado •Flávio de Souza

Antes da leitura

Durante a leitura

• Antecipação do assunto com questionamentos sobre a origem do conto. Em que tipo de história aparecem os príncipes encantados? • Qual o contrário de encantado? Porque será que o príncipe desta história é desencantado?

• Diante de tantas reclamações da parte da princesa o que o príncipe deverá fazer? O que você faria?

Depois da leitura •Este conto é uma adaptação de um clássico conto de fadas por Flávio de Souza. Que conto é este? •Relembrar algumas obras do mesmo autor e destacar a característica de se escrever versões diferentes de um conto conhecido.

·Que história é essa – o príncipe desencantado O primeiro beijo foi dado por um príncipe numa princesa que estava dormindo encantada há cem anos. Assim que foi beijada, ela acordou e começou a falar: — Muito obrigada, querido príncipe. Você por acaso é solteiro? — Sim, minha querida princesa. — Então nós temos que nos casar já! Você me beijou e afinal de contas não fica bem, não é mesmo? — É... querida princesa. — Você tem um castelo, é claro. — Tenho... princesa. — E quantos quartos tem o seu castelo, posso saber? — Trinta e seis. — Só? Pequeno, hein! Mas não faz mal, depois a gente faz umas reformas... Deixa eu pensar quantas amas eu vou ter que contratar... Umas quarenta eu acho que dá! — Tantas assim? — Ora, meu caro, você não espera que eu vá gastar as minhas unhas varrendo, lavando e passando, não é? — Mas quarenta amas! — Ah, eu não quero nem saber. Eu não pedi para ninguém vir aqui me beijar, e já vou avisando que quero umas roupas novas, as minhas devem estar fora de moda, afinal, passaram-se cem anos, não é mesmo? E quero uma carruagem de marfim, sapatinhos de cristal e... e... jóias, é claro! Eu quero anéis, pulseiras, colares, tiaras, coroas, cetros, pedras preciosas, semipreciosas, pepitas de ouro e discos de platina! — Mas eu não sou o rei das Arábias, sou apenas um príncipe... — Não me venha com desculpas esfarrapadas! Eu estava aqui dormindo e você veio e me beijou e agora vai querer que eu ande por aí como uma gata borralheira? Não, não e não, e outra vez não e mais uma vez não! Tanto a princesa falou, que o príncipe se arrependeu de ter ido lá e a beijado. Então, teve uma idéia. Esperou a princesa ficar distraída, se jogou sobre ela e deu outro beijo, bem forte. A princesa caiu imediatamente em sono profundo, e dizem que até hoje está lá adormecida. Parece que a notícia se espalhou e os príncipes passam correndo pela frente do castelo onde ela dorme, assobiando e olhando para o outro lado.

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Planejamento de Leitura 3° ano Título ·Conto de animais do mundo todo - O coelho na lua ·Martins Fontes

Antes da leitura •Apresentação do livro •Leitura do sumário •O que é uma adaptação •Ressaltar a origem do conto;

Durante a leitura •Qual a ideia que o coelho teve? •O que o coelho propôs ao homem?

Depois da leitura •O coelho toma a decisão correta? •A atitude do homem justificou decisão do coelho?

Você já observou bem a Lua, quando ela está cheia e brilhante? Já se perguntou o que é aquele vulto azul-prateado na superfície dela? Pois, se você olhar bem, vai ver que aquele vulto tem orelhar cumpridas e o corpo de um coelho. Tem até aquele rabinho que parece um pompom. Alguns acham? Na próxima lua cheia, fique em silêncio e olhe bem. E depois você me fale se viu o coelho lá dentro. Você deve estar se perguntando: Como foi que esse coelho conseguiu chegar lá? Isso é uma história longa que veio da Índia e eu vou tentar resumir para vocês. Há muito, na Índia, havia a mais bela floresta que se pode imaginar. Nessa floresta havia árvores de todas as formas e tamanhos. No chão, havia flores das mais viçosas, que exalavam perfumes doces. As árvores estavam sempre carregadas de todos os tipos de frutas e flores. Pássaros e outros animais viviam nessa floresta. Entre todos os animais que viviam nessa floresta encantada, quatro deles tinham se tornado grandes amigos: o macaco, a lontra, o elefante e o coelho. Os quatro se adoravam. Mas o mais querido de todos era o coelho. Na verdade, todos os animais da floresta gostavam mais do coelho do que de qualquer outra criatura do mundo. De fato, o coelho era um ser muito especial. Era sábio e corajoso, generoso e puro. Mas, sobretudo, tinha um coração de ouro. Muitas vezes ele ficava horas contando histórias para os outros animais da floresta. Falava do poder d a cura das plantas, da importância da bondade e, principalmente, de como o amor pode transformar as criaturas. Até os animais mais verozes vinham para ouvir o que o coelho tinha para falar. Com seus bons exemplos o coelho conseguiu mudar o macaco que deixou de ser levado e malcriado. Ele passou a respeitar os amigos da floresta. A lontra era gananciosa sempre queria o peixe só para ela. Depois de conversar

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Planejamento de Leitura - 3º Ano - E.M.E.F. ''Aurora Rodrigues de Moraes'' com o coelho começou a dividir. E o elefante que era reservado, que nunca dizia aos outros animais onde ficavam as fontes e os poços de água, passou a compartilhar e a ajudar os outros. Isso que é amigo! Um dia o coelho falou com seus amigos da floresta que gostaria de ajudar a outras pessoas que moravam fora da floresta. Todos toparam. Ele contou uma pequena história: A lua com seu brilho lança seus raios prateados através da escuridão da noite. Com sua luz, ela transforma a escuridão em claridade e brilho. Todos passaram a noite toda pensando no que poderiam dar para ajudar o mundo. O coelho só tinha ervas e ervas ninguém iria querer. Ele então resolveu oferecer a sua carne. Foi quando apareceu um homem pedindo comida: Todos os animais ofereceram tudo, mas o homem queria mais. O coelho disse que iria preparar uma fogueira para que o mendigo pudesse comê-lo. - E sem pensar duas vezes, pulou dentro do fogo. Mas nem um pêlo dele se chamuscou, pois no mesmo instante o ser celestial (que estava vestido de mendigo) colocou-o na palma da mão e disse: - Nunca vi tanto amor e tanta coragem nesta terra. Seu desprendimento precisa ser contado ao mundo todo. Vou colocá-lo na Lua. Assim surgiu o conto do coelho na Lua.

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Planejamento de Leitura 3° ano Título ·Histórias de bobos, bocós, burraldos e paspalhões ·Ricardo Azevedo ·Pega – trouxa – de – papofurado.

Antes da leitura

Durante a leitura

•Questionar os alunos a respeito da capa com o titulo tampado: o sentido do homem estar sentado ao contrario em cima do burro? Qual a relação da atitude do homem com as histórias que serão lidas? •Revelar para os alunos que é um livro que possui várias histórias e apresentar o titulo do livro: Histórias de bobos... •Por que vocês acreditam que são histórias de bobos...? •Inferir o sentido através do titulo: O que acreditam que seja pega trouxa? E papofurado? O que o titulo nos revela sobre a história? Qual a relação do titulo com a imagem? Por que o homem esta sentado ao contrario?

•Pausa na página 76º parágrafo: Porque será que o Chico Goiaba estava triste? •Pausa na página 111º parágrafo: Será que o moço vai concordar em lavar a mala para o pai de chico Goiaba e zé Goiaba? Qual será sua intenção? •Pausa na página 152º parágrafo: qual será a idade de Zé Goiaba? Acreditam que dará certo?

Depois da leitura •Quem foi realmente o pega trouxa de papo furado? •Qual a estratégia que teve para enganar os dois irmãos? •Qual a relação da imagem na capa com o trecho “O problema é que estou muito cansado. Esse burro que meu pai deixou pra gente tem alguma coisa errada... Pescoço. (página 14). •Qual o sentido da palavra do trecho: Xaco migo no trecho: Xaco migo! Respondeu o Chico Goiaba...

Pega – trouxa – de – papo- furado

Pega trouxa de papo-furado Era uma vez dois irmãos, Zé Goiaba e Chico Goiaba. Eram gêmeos e viviam numa casinha lá longe na beira do rio. Os dois eram mestres na arte de fazer burrada e besteira. Um dia, Zé Goiaba viu seu irmão sentado no galho de uma goiabeira. Chico Goiaba estava jururu, chorando lá no alto. -O que houve? - perguntou Zé Goiaba.

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Planejamento de Leitura - 3º Ano - E.M.E.F. ''Aurora Rodrigues de Moraes'' - Estou triste pra burro – respondeu o irmão. - Triste por quê? - É que eu estava pensando. Se um dia por acaso eu arranjar uma namorada, depois ficar noivo, depois me casar e depois tiver um filho, o coitado não ter nome. - Não vai ter nome por quê? - Porque todos os nomes já foram usados. Não posso chamar meu filho de Antônio, José, Pedro, Manuel, Felipe, Francisco, Renato, Eduardo, Joaquim, Marcelo, Roberto Gilberto, Lucas, Rodrigo ou Carlos, pois tudo quanto é nome já tem dono. - E daí? -Ué! Se eu, por exemplo, chamar meu filho de Clóvis e gritar “Clóvis”, em vez de meu filho vai aparecer outra pessoa! - É mesmo. Nunca tinha pensado nisso! - exclamou Zé Goiaba. - Então.. se um dia por acaso você arranjar uma namorada, depois dicar noivo, depois se casar e depois tiver um filho, o coitado do meu sobrinho... não vai ter nome também! E Zé Goiaba chorava no pé da goiabeira. E Chico Goiaba chorava no alto da goiabeira. No fim, Zé Goiaba cansou e mudou de assunto: - Chico, acho que vou até a cidade comprar goiaba. O outro estranhou: - Mas nossa goiabeira está carregadinha! - E daí? - respondeu Zé Goiaba. E disse mais: - Toma cona de tudo e vê se não faz coisa errada. Chico Goiaba, lá no alto do pé de goiaba, não gostou: - Coisa errada aqui quem faz é você! Zé Goiaba caiu na risada: - Ah é? E quem foi que outro dia pegou o estilingue pra matar um pernilongo e deu uma pedrada na própria testa? - Ah é !? - respondeu Chico Goiaba. - E quem foi que outro dia ajudou um ladrão? - Ajudou sim. O ladrão roubou a loja. O dono da loja correu atrás do cara. Você foi e passou uma rasteira no dono da loja, deixando o bandido fugir! - Acontece que o dono da loja era gordão, fortão, grandão, e o bandido era magrinho, fraquinho, baixinho! - E daí? Não tem nada a ver! - Tem sim! - Não tem ! - Cala a boca! - Fecha o bico! - Cala o bico! Fecha a boca! Antes de sair, Zé Goiaba ainda aconselhou: - Vê se toma conta da mala de dinheiro que nosso pai deixou pra gente antes de morrer! - Xaco migo! - respondeu Chico Goiaba, fazendo cara de valente. Zé Goiaba pegou uma goiaba na árvore e, comendo goiaba, foi comprar goiaba na cidade. Enquanto isso, seu irmão armou o estilingue para acertar um mosquito pousado no vidro da janela. Justo quando ia atirar, bateram na porta. Era um homem pedindo um pouco D'Água. Chico Goiaba perguntou: - Água pra quê? - Pra matar a sede. - O senhor veio de longe? - Longe? - respondeu o recém-chegado. - Bota longe nisso! - Veio da cidade? - Muito mais longe. - Veio de outro estado? - Muito mais longe. - Veio de outro país? - Muito mais longe. Chico Goiaba coçou o queixo admirado. - Afinal de onde o senhor veio?

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Planejamento de Leitura - 3º Ano - E.M.E.F. ''Aurora Rodrigues de Moraes''

Acontece que o tal viajante era um tremendo malandro. - Cheguei do céu agorinha mesmo. - Não dia! - exclamou o Chico espantado.- e lá no céu, por um acaso o senhor não viu meu pai ? - Como é que ele é ? - Ele não é nem alto nem baixo, nem magro nem gordo, nem forte nem fraco, nem velho nem moço. - Ele usava calça e camisa e andava pra frente e pra trás? - Isso mesmo! - Então vi sim! Os olhos de Chico Goiaba ficaram encharcados de tanta lágrima. - É meu falecido pai! Morreu tem pouco tempo! Chico queria porque queria saber mais detalhes. Convidou o malandro para entrar em casa. - Mas me conte tudo direitinho. Como vai meu pai? As notícias, infelizmente, eram as piores possíveis. O sujeito contou que o pai de Chico Goiaba, o homem nem alto nem baixo, nem magro nem gordo, e nem forte nem fraco, nem velho nem moço, que usava calça e camisa e andava para a frente e para trás vivia no céu na maior miséria. - Não me diga uma coisa dessas! - O coitado do seu pai anda mendigando, esfarrapado, pedindo esmola e morrendo de fome no paraíso. Chico Goiaba não se conformou. - Esfarrapado e morrendo de fome no céu? Foi até um armário e pegou uma mala. - O senhor me faça um favor. Essa mala tem o dinheiro que nosso pai deixou pra gente. - E acrescentou: - Peço ao senhor que, quando voltar ao céu, leve a mala e entregue a ele. O malandro perguntou: - Mas a mala de dinheiro é pesada? E o Chico: - Só um pouco. - Então, não sei. O caminho até o céu tem muita ladeira. - Mas como é que eu posso deixar meu pai passando fome no miserê? - Não sei não... carregar uma mala pesada... No fim, depois de muita insistência, o bandido concordou em fazer esse grande favor, despedi-se, pegou a mala de dinheiro e foi embora. Quando Zé Goiaba voltou e soube da história, ficou furioso. - Mas você é burro mesmo! Deu todo nosso dinheiro pro nosso pro tal sujeito! - Dei,não! Pedi a ele que levasse a mala de dinheiro pro nosso pai, que está passando necessidade lá no céu. - Mas onde já se viu passar necessidade no céu? O outro coçou a cabeça. - Foi o que o homem disse! - O cara mentiu! - Não mentiu! - Mentiu, sua anta! - Mentiu, nada, seu burro! Quando ouviu a palavra “burro”, Zé Goiaba lembrou que tinha um burro preso HP cercado. - Vou pegar o bicho pra ir atrás do cara que levou nossa mala de dinheiro. O problema é que o Zé não sabia nem andar a cavalo, quanto mais de burro. Botou a sela ao contrário, montou no bicho sentado para trás e foi embora dando chicotada. Como por ali só tinha aquela estrada mesmo, o burro seguiu o caminho certo. E andou e trotou e galopou. E galopou e andou e trotou. E trotou e galopou e andou. O malandro ia andando lá na frente. Quando viu um burro chegando com um cavaleiro montado de costas,percebeu logo que era o irmão de Chico Goiaba. E teve uma ideia. Escondeu-se a mala de dinheiro atrás de uma moita, voltou pela estrada e foi até um monte de estrume de vaca

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Planejamento de Leitura - 3º Ano - E.M.E.F. ''Aurora Rodrigues de Moraes''

fresquinho esparramado no chão. O bandido botou o chapéu em cima da bosta, se agachou e ficou segurando o chapéu. Logo apareceu o burro com Zé Goiaba em cima. O moço foi chegando e perguntando: - Por acaso o senhor viu um homem na estrada carregando uma mala? E o malandro: - Vi sim. O sujeito passou por aqui agorinha mesmo. Ia bem apressado. Disse que levava uma mala cheia de dinheiro. Zé Goiaba arregalou os olhos: - É ele mesmo! E contou todo o caso, explicou que o coitado do irmão era uma anta e tinha sido enganado por um homem que morava no céu: - O homem do céu mentiu – explicou Zé Goiaba. - Disse que nosso pai vivia la no alto esfarrapado e pedindo esmola.. Segundo Zé, isso era impossível, pois todo mundo sabe que no céu ninguém passa necessidade. Com certeza o homem que veio do céu tinha levado a mala de dinheiro por outra razão. - Vai ver ele pretende comprar uma casa nova lá nas nuvens – disse o malandro. - Ou então emprestar para algum santo. - Mesmo que ele queira emprestar dinheiro para São Pedro ou algum São Francisco daqueles, não quero nem saber – respondeu o Zé.- Eu sei que os santos são pobres, mas a mala de dinheiro é minha e da anta do meu irmão! E completou: - O problema é que estou muito cansado. Esse burro que meu pai deixou pra gente tem alguma coisa errada. O bicho só anda de marcha ré. Tenho que dicar virando a cabeça para trás pra ver se ele está no caminho certo e já estou até com dor no pescoço. \Então o bandido disse: - Sou um ótimo cavaleiro e sei montar muito bem, principalmente burros que andam de marcha ré. Podia até pegar seu burro e encontrar o cara da mala de dinheiro, mas infelizmente não vai dar para ajudar. Explicou que tinha caçado um passarinho muito raro e que o bicho estava ali preso debaixo do chapéu. Olhou para os lados e disse em voz baixa para ninguém ouvir: - É um segredo, viu? - Segredo? - Jura que não espalha? Zé Goiaba jurou. - Embaixo desse chapéu tem um verdadeiro Pega-trouxa de papo-furado. - Pega-trouxa de papo-furado? O malandro fez cara de espanto. - Nunca ouviu falar? É um bicho famoso. Um dos pássaros mais raros do mundo! É o único passarinho perfumoso que existe na face da Terra! Vale uma nota preta! - Um dos pássaros mais raros do mundo? - Um Pega-trouxa de papo-furado desses custa, por baixo, uns dez mil contos. Os olhos de Zé Goiaba brilharam feito duas bolas de gude. Dez mil contos era muito mais do que tinha na mala de couro deixada por seu velho pai. Foi quando Zé teve uma ideia. Achou que era a melhor ideia que tinha tido na vida até aquele dia. Fez cara de espanto e disse que precisava de ajuda. Pediu ao homem que, por favor, pegasse seu burro e fosse de marcha ré atrás do homem da mala de dinheiro. - Não precisa se preocupar – garantiu ele. Prometo que fico aqui segurando o chapéu com o Pega-trouxa de papofurado até você voltar. O homem não queria de jeito nenhum. Zé Goiaba deu um sorrisinho cheio de esperteza. Seu plano era o seguinte: agarrar o Pega-trouxa de papo-furado e vender na feira da cidade. - Quero ver a cara do Chico quando eu voltar pra casa cheio de grana! Então, Zé Goiaba levantou o chapéu com cuidado para o pássaro não escapar e agarrou com força a gosma mole, perfumosa e quente. Fim da história.

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E.M.E.F. 'Aurora Rodrigues de Moraes''

Planejamento de Leitura 2° ano Título

Antes da leitura

A Galinha da vizinha chegou ao fim da linha Autor: Lilian Sypriano Gênero: conto

• Exploração da capa do livro, e questionar o que autor quis dizer com a expressão “ fim da linha” Obs.: A leitura será realizada por capítulos - Será que Rubião acertou realmente um tiro na galinha?

Durante a leitura ·Questionar -Por que liloca chegou a conclusão que havia sido a galinha do vizinho quem tinha comido sua torta? ·Questionar - Qual personagem realmente terá coragem de matar a galinha?

A Galinha da vizinha chegou ao fim da linha Domingo é sempre um dia legal. Mas aquele domingo era especial. E o pessoa da casa amarela trabalhava com atenção, na maior empolgação. Tanta animação era causa da festa anual da cidades, denominada “ Mostre o seu talento”. Toda a comunidade aguardava o acontecimento com grande ansiedade. O melhor momento ficava sempre por conta do julgamento dos trabalhos apresentados e da premiação: o ganhador era vaiado pelos despeitos e o perdedor aturava a gozação. Rubião se esmerou e fez uma linda escultura em madeira que, depois de lixada, pintou de cor escura. Vovô passou dias e dias ocupado em separar e catalogar os selos que ia levar para a exposição dos aposentados. Julinho escolheu mostrar os bonecos de massa de modelar que tinha aprendido a fazer com o Marcelo. Do ASA DE PAPEL.

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Depois da leitura •Pausar na parte em que diz “ Rubião sem titubear, apontou a arma e atirou...” •Criar suspense para a continuação em outro dia. •Questionar sobre qual foi o episódio de maior suspense e o mais engraçado da história.


Planejamento de Leitura - 2º Ano - E.M.E.F. ''Aurora Rodrigues de Moraes'' Liloca já se achava a grande campeã e cantarolava animada enquanto espetava um palitinho numa torta de limão em forma de coração. - Hum, que cheirinho delicioso! Aposta que, na competição, vai ser quitute mais gostoso! Orgulhosa, correu até a sala e falou, toda prosa: - Vovó, a senhora tem de ver a torta que eu acabei de fazer. Assim que esfriar, vou colocar o glacê e enfeitar com cereja.Depois é só decorar a bandeja e aguardar o primeiro lugar... Vovó sorriu: -Você é mesmo muito caprichosa... Estou torcendo pra você ganhar o prêmio de melhor doceira da comunidade. A bem da verdade, você é uma excelente cozinheira. Mas agora me deixe terminar a minha almofada. Eu também quero ser premiada como a melhor tricoteiro da cidade. Lilica, voltando pra cozinha, aproveitou pra elogiar: - Então lindos os bonequinhos do Julinho... Nem bem terminou de falar, começou a gritar. O susto foi tanto que o ponto do tricô se desfez. E vovó pensou: - O que será que aconteceu desta vez? A casa era grande e amarela e moravam muitos gatinhos nela. Desta nossa história participam: Vovô Antônio Gatônio Vovó Catita Gatita Julinho Gatinho, o netinho Liloca Gatoca, a copeira-arrumadeira-cozinheira Rubião gatão, o mordomo de bom coração a galinha da vizinha- que, ao que parece, chegou ao fim da linha. Vovó correu pra saber o que foi que aconteceu. Quando entrou na cozinha, enrubesceu:Liloca berrava, a plenos pulmões, um sem-número de palavrões.Vovó, chocada, repreendeu a empregada. (Não posso escrever aqui tudo o que ela xingou, mas você pode acreditar: foi mesmo de arrepiar! Muito pior do que você possa imaginar...) Depois de esgotar o repertório de botequim, Liloca falou assim: -Emplumada desvairada! Olha só o que a destrambelhada fez com a minha torta de limão! A estúpida comeu um pedação! Vovó, quando viu o estrago, até se arrependeu de ter censurado a empregada: - Ah, que judiação! Coitada da Liloca! Desta vez estava coberta de razão. O doce estava tão esburacado que parecia ter sido metralhado. Mas o pior era a quantidade de farelos espalhados pelo chão. Vovó pensou na festa e perguntou: - E agora? Está quase na hora da apresentação dos doces e salgados na competição. Não vai dar tempo de fazer outra torta... Foi então que o rosto de Liloca se transformou numa máscara de ódio. E, irada, ela anunciou: -Tudo bem, eu não vou subir no pódio nem ganhar nenhum troféu, mas em compensação, vou acabar com essa alucinada! Ninguém imagina o que sou capaz de fazer quando fico zangada. Ela não perde por esperar! Vovó, quando viu a cena,ficou impressionado.e , sem saber quem tinha estragado a torta, indagou: -Mas quem provocou esse acidente tão desagradável? O olhar de Liloca fuzilou: - A indesejável galinha da vizinha! Dizendo isso, abriu a gaveta da mesinha, pegou um facão, ergueu a mão e sentenciou: -O dia dessa maldita chegou! Ela vai pagar com a vida a minha decepção! E saiu pro quintal feito uma fera. Vovó, que estava olhando pela janela, ficou impressionada: - Gente, nunca vi Liloca tão zangada. Mas também, coitada, justamente no dia da premiação acontece essa triste situação... O jeito era deixar Liloca saciar sua raiva correndo atrás da galinha. Estava claro que ela não ia alcançar a coitada!

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Planejamento de Leitura - 2º Ano - E.M.E.F. ''Aurora Rodrigues de Moraes''

Apensar de penalizado, Rubião tentou amenizar a confusão e, levando as mãos à boca, gritou em alto e bom som: - Esquece isso, Liloca! Também, não há motivo pra tanta irritação... Você nunca ouviu falar em perdão? Mas Liloca não lhe deu a mínima atenção: continuou a perseguição. O mordomo retornou à sala pra terminar de pintar sua escultura. Mas, quando chegou à varanda, notou alguma coisa estranha. Abaixou-se para conferir e estranhou: - Pegadas de cor escura? A certeza explodiu feito um clarão. Olhando aterrorizado, Rubião viu a lata de tinta virada e o líquida derramado. Sem conseguir se controlar,começou a gritar: -desgraçada! Sou eu quem vai te matar! Correu e pegou a espingarda enferrujada que ficava pendurada enfeitando a parede da sala. Certificou-se de que ela estava carregada e saiu em disparada. Vovó, vovó e Julinho, ao ouvirem a gritaria, acudiram rapidinho. Vovó até tentou intervir: - Largue isso,Rubião, alguém pode se ferir. Fique calmo, olha a sua pressão! Vai acabar tendo um ataque do coração! Mas o mordomo estava desesperado com o trabalho estragado e respondeu, malcriado: - Acho melhor o senhor não se intrometer. Esse bicho vai morrer e é na minha mão, ou eu não me chamo Rubião! E entrou na perseguição. Quando chegou ao quintal, avistou Li loca, que correria feito louca atrás do animal. Rubião, espumando de raiva, ergueu o braço, com a arma na mão, e gritou: -Avante, brigada de execução! Li loca parou um instante e quando percebeu que o amigo estava do seu lado, deu um sorriso animado: - É isso aí, Rubião! A galinha da vizinha chegou ao fim da linha! Ao perceber que tinha mais um perseguidor, a galinha sentiu um calafrio de terror. E apavorada, correu pra dentro da casa, aproveitando a porta escancarada. O mordomo e a empregada vinham logo atrás da coitada, numa corrida desenfreada. A bichinha, de tanto que corria, mal conseguia respirar. Pulou no sofá, e Rubião, sem titubeá apontou arma e atirou. E acertou! Não a galinha, mas a vidraça, que se espatifou. Vovô, quando viu o vidro estilhaçado, começou a berrar: - Parem com essa destruição! Era tanta a irritação dele que na empolgação, ao abrir a boca, sua dentadura se deslouco, caiu e saiu quicando pelo chão. Vovó, coitado, muito envergonhado, se abaixou e pegou os dentes, tentando disfarçar, inutilmente. Todo mundo ficou com pena do vovô: aquilo foi uma humilhação! A emplumada aproveitou que Li loca se distraiu e voou para a mesa de jantar, tentando se salvar. Mas deu um tremendo azar: o deslocamento do ar provocou uma brisa que espalhou e misturou os selos, que já estavam separados, só faltando colar. Vovô, descontrolado, pegou a primeira coisa que achou pra eliminar aquela safada e se juntou à brigada de execução. Infelizmente, essa coisa foi a agulha de tricô que vovó estava usando. Resultado: a almofada só sendo rapidamente desmanchada. Aí doí vovó quem ficou desesperada, gritando, com voz estridente: -Parem com essa confusão! A galinha estava tão amedrontada que começou a sentir uma dor de barriga incontrolável. E foi inevitável: em quando corria, ela ia deixando pequenos montinhos ao longo do caminho... Pois foi num desses montinhos que Julinho, inadvertidamente, pisou e escorregou, caindo de bumbum no chão. Pronto: mais um integrante da brigada de execução! Decidido, Julinho tirou do bolso a atiradeira, colocou uma bola de gude e atirou. Acertou o vidro da cristaleira. Vovó, quando viu o estrago começou a choradeira: - Esse demônio provocou um pandemônio! Olha o estado desta sala! Não sobrou quase nada! Eu mato essa desgraçada!

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Planejamento de Leitura - 2º Ano - E.M.E.F. ''Aurora Rodrigues de Moraes'' E, sem raciocinar, agarrou uma cadeira e arremessou na desordeira. Rubião, que estava parado olhando a confusão, ouviu um estalo, sentiu uma dor e ganhou um galo. Bem no meio da testa. E ficou revoltado: - Eu vou esquartejar essa peste! O corre-corre prosseguiu por toda a tarde, até o anoitecer. E, como não deixar de ser, lá pelas tantas foi decretada uma trégua na perseguição. A brigada de execução precisava se recuperar pra continuar a atacar. Vovó estava acabada, jogada no sofá; vovô, então, nem se fala; Liloca mais parecia um zumbi, sem dar conta de si; e Julinho mesmo de pé cochilava, coitadinho. Rubião tentou avaliar os prejuízos e ficou impressionado: estava tudo estragado! O único que tinha sido poupado era Julinho, com seus bonequinhos. Mas Rubião foi verificar e ficou chateado: com tanta correria, os pobrezinhos, jogados no chão, tinham sido pisoteados. Quando o mordomo contou, o menino ficou tão triste que até chorou. Diante de tanta confusão, Rubião pensou que, pra agarrar a maldita, precisavam de muita inteligência e de uma paciência infinita... E fingiu que cochilava. Mas, na verdade, estava bem atento a qualquer movimento. Um tempinho depois, achando que todos já estavam sonhando, a galinha veio andando devagarinho, sempre vigiando. Quando ia passando bem diante de Rubião, ele se levantou de um pulo, apontou a espingarda e gritou: - Parada! Você está cercada! Todo mundo acordou alvoroçado e o animal foi, finalmente, capturado. Toda encolhida, a galinha aguardava o momento final! Rubião, feliz da vida, falou, debochado: - É,dona galinha, lamento informar, mas chegou o fim da linha.Você vai ser executada lá fora. Uma procissão seguiu Rubião: era a brigada de execução sentido-se vingada. O silêncio era total. Só se ouvia o bater do coração do animal. Rubião, espingarda na mão, se achava o dono da situação. Deu um passo à frente, olhando fixamente nos olhos da galinha. Preparou, apontou e... -É com você, liloca:acabe com a danada.vingue a sua torta estragada. Liloca escondeu o facão. - Eu, não! Mais prejudicada foi a Vovó, que aquela linda almofada desmanchada. Vovó deu um passo pata trás: - Eu não seria capaz! Quem sabe vovô, que ficou zangado por ter os selos misturados? Vovô desconversou: - Seria melhor o Julinho, que perdeu os bonequinhos. Julinho olhou para Rubião e falou: - Mata você. Foi essa criatura que destruiu sua escultura. O tempo passava e ninguém se apresentava pra consumar a execução. Então, começou a troca de olhares: Liloca olhava e consultava vovó, que olhava e consultava Vovó, que olhava e consultava Julinho, que olhava e consultava Rubião, que olhava e consultava Liloca, que agora tinha os olhos no chão. A galinha? Coitada, sofria e morria por antecipação. Nesse momento, o telefone tocou lá dentro. Todos, ao mesmo tempo, saíram correndo: - Deixa que eu atendo! E a galinha ficou ali. Sozinha. A princípio muito ressabiada, continuou abaixada, achando que aquilo udo podia ser coisa planejada. O tempo passava e nada: ninguém voltava. Lá pelas tantas, a penosa tomou uma atitude ousada: cobriu a cabeça com as asas e saiu andando bem devagar, torcendo pra não ser notada. Quando chegou ao portão, acelerou e fugiu em desabalada carreira. A coitada só deve ter parado na segundafeira... Na manhã seguinte, o jornal dizia assim: A festa mostre o seu talento foi um grande acontecimento. Quem não compareceu perdeu. Deve ter passado um dia entendiado. Na festa, não: teve muita agitação... quem ficou em casa deve mesmo ter passado um dia pacato. Perdeu as gostosuras e brincadeiras da festa, deixou de ganhar prêmios. Bobeou, dançou...

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E.M.E.F. 'Aurora Rodrigues de Moraes''

Planejamento de Leitura 2° ano Título Livro: No meio da noite escura existe um pé de maravilha. Gênero: Conto de amor e aventura. Autor:Ricardo Azevedo. Titulo: O filho do Ferreiro e a moça invisível.

Antes da leitura

Durante a leitura

•Apresentação em painel do escritor com biografia e livros publicados; •investigação sobre o assunto da história através da imagem inicial.

•Pausa estratégica para antecipação do próximo assunto; •Porque as pessoas tinham medo do buraco? O que havia? •Quem poderia estar lá?

Depois da leitura • Retomada das hipóteses inicias.

O Filho do Ferreiro e a Moça Invisível O Filho do Ferreiro e a Moça Invisível E um reino longe daqui. Ficava depois das montanhas, das florestas e dos mares distantes. O rei, a rainha e o povo do lugar viviam tristes porque a princesa, a filha do rei, a menina linda como as flores do campo, havia desaparecido. Um dia, um buraco escuro apareceu no chão ninguém sabe como nem por quê. O rei ficou zangado. Mandou fechar, mas aquele buraco ninguém fechava. Não adiantou chamar pedreiros e engenheiros. Não adiantou chamar soldados e generais. Não adiantou chamar nem sábios nem feiticeiros. As pessoas trabalhavam, lutavam, suavam, colocavam pedra, madeira, ferro e cimento mas no dia seguinte o buraco escuro estava lá aberto de novo. Mas o pior não não era isso. Aquele buraco era muito perigoso. As pessoas que tiveram coragem de entrar nele nunca mais voltaram. Um dia, o filho do ferreiro, um moço alegre e brincalhão, conversando com os amigos, disse de brincadeira, para

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Planejamento de Leitura - 2º Ano - E.M.E.F. ''Aurora Rodrigues de Moraes'' contar vantagem, que não tinha medo de entrar no buraco. A conversa, infelizmente, chegou aos ouvidos do rei. O jovem foi convocado a ir imediatamente ao palácio real. - Soube que você não tem medo de entrar no buraco escuro que ninguém fecha! - disse o rei. O moço explicou que tinha falado aquilo por falar. O monarca não quis saber de conversa. - Se falou, vai ter de provar! Ou entra no buraco e conta o que tem lá dentro ou vai para a forca! Sem saída, o filho do ferreiro prometeu que ia tentar. Partiu, no dia seguinte, com uma sacola nas costas e um pedaço de pau grosso. Entrou no buraco, respirou fundo e foi descendo. Desceu, desceu, desceu e acabou encontrando uma estrada. Foi, foi, foi e acabou encontrando um castelo. O castelo era muito. O filho do ferreiro bateu palmas. Gritou: - Ó de casa – ninguém apareceu. Como a porta estava aberta, o moço resolver entrar. Encontrou uma sala cheia de instrumentos musicais. O moço gostava muito de música. Ficou por ali um bom tempo tocando e experimentando os vários instrumentos. Foi para outra sala. Era uma biblioteca imensa. O moço nunca tinha visto tanto livro em sua vida. Como gostava de ler, pegou um deles, sentou-se numa poltrona e ficou por ali um bom tempo lendo. Mais tarde, sentiu fome. Saiu andando pelos corredores. Escutou passos. Tomou um susto. Viu dois sapatinhos amarelos passando por um corredor. O moço sentiu medo mas foi atrás dos sapatinhos. Encontrou uma sala de jantar com mesa posta, comida e bebidas deliciosas. O filho do ferreiro estava morto de fome. Sentou, comeu e bebeu até ficar saciado. Quando a noite chegou, ouviu passos de novo. Viu os sapatinhos amarelos passando apressados. Foi atrás. Encontrou um quarto muito confortável com cama feita, roupas e água para o banho. O rapaz tomou banho, colocou a roupa limpa e foi dormir. Assim que apagou a luz, escutou um ruído. Eram os passos, outra vez. Percebeu que alguém no quarto tirava sete saias. Depois, alguém, uma pessoa, deitou-se ao seu lado na cama. Seria um monstro, um sonho ou um fantasma? O moço sentiu medo. Como estava cansado, acabou pegando no sono. No dia seguinte, tudo se repetiu. A diferença é que agora os sapatinhos que passavam para lá e para cá eram azuis. O filho do ferreiro tocou música, leu, comeu muito bem e tomou banho. Quando foi dormiu e apagou a luz, escutou passos. Sentiu que alguém no quarto tirava sete saias. Depois percebeu que uma pessoa se deitava na cama. Seria um monstro, um sonho ou um fantasma? O moço sentiu medo. Mesmo assim, resolveu esticar o braço. Encontrou uma mão de moça! Com medo e sem saber o que fazer, o moço largou a mão depressa. Como estava cansado, virou para o outro lado e acabou pegando no sono. No dia seguinte, tudo se repetiu. A diferença é que agora os sapatinhos que passavam para lá e para cá eram vermelhos. O filho do ferreiro tocou música, leu, almoçou, comeu muito bem e tomou banho. Quando foi dormir e apagou a luz, escutou passos. Sentiu que alguém no quarto tirava sete saias. Depois percebeu que uma pessoa se deitava na cama. Seria um monstro, um sonho ou um fantasma? O moço sentiu medo. Mesmo assim, resolveu esticar o braço. Encontrou uma mão pequena e quentinha. Tinha certeza. Aquilo era mão de moça! Com medo e sem saber o que fazer o moço resolveu puxar assunto. Moço e moça conversaram um tempão. A noite inteira. A moça contou que era invisível. Que estava encantada, prisioneira naquele castelo. O moço também falou de sua vida. Lamentou sua mania de contar vantagem. Contou das ordens do rei e do buraco escuro. Os dois falaram sobre o que achavam e sobre o que não achavam. Falaram sobre o que gostavam e não gostavam. Falaram sobre as coisas da vida. Conversa vai, conversa vem, o filho do ferreiro e a moça invisível começaram a namorar. Passou um tempo, o moço disse que precisava voltar. Estava preocupado. Tinha prometido dar uma notícia ao rei e, além disso, sentia saudade da família. A moça invisível ficou triste. Disse que estava gostando do moço cada vez mais. No fim, aceitou mas fez um

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Planejamento de Leitura - 2º Ano - E.M.E.F. ''Aurora Rodrigues de Moraes'' pedido: - Leva essas três rosas e entrega ao rei. Mas não conte nada a ninguém. Prometa não falar do castelo nem nunca, de jeito nenhum, diga que me viu. A moça encantada continuou: - Fique sempre atento. Quando der meia-noite, um cavalo vai aparecer para buscar você. O cavalo vai relinchar chamando. Venha assim que escutar a voz do cavalo. Não deixe o bicho relinchar três vezes senão tudo está perdido! O moço não compreendeu bem mas aceitou e prometeu tudo. Ele também estava gostando cada vez mais da moça invisível. No dia seguinte, pegou um cavalo branco muito bonito e foi embora. O rei ficou feliz da vida quando viu o filho do ferreiro entrando no palácio. Estava curioso. Quis saber, afinal, o que havia no fundo do buraco escuro. Fez questão de ouvir todos os detalhes. O moço cumpriu a promessa. Desconversou. O rei percebeu e não gostou: - Ou prova que esteve no buraco escuro ou vai pra forca! O moço deu as três rosas lindas e impossíveis. Aquelas flores não existiam em lugar nenhum do mundo inteiro. O rei ficou convencido de que o moço tinha entrado mesmo no buraco escuro. Em seguida, o filho do ferreiro pediu licença. Disse que queria visitar seus pais. Quantos abraços. Quanta saudade. Quantos beijos. A mãe do moço preparou um jantar especial e a família ficou conversando até tarde. Quando deu meia-noite, um cavalo relinchou lá fora. O moço avisou que estava na hora de partir. A mãe não queria: - Fique mais um pouquinho! O cavalo lá fora relinchou pela segunda vez. O moço disse que precisava partir. A mãe não queria: - Fique só mais um pouquinho! O cavalo lá fora relinchou pela terceira vez. Apressado, o moço pegou a sacola, abraçou e beijou os pais e saiu correndo. Encontrou o cavalo branco enterrado no chão só com a cabeça de fora. O filho do ferreiro pegou uma pá, desenterrou o animal, montou e saiu galopando. Tarde demais! Quando chegou no castelo do fundo do buraco escuro, escutou uma tristonha. Era a voz da moça invisível: - Ah, malvado! Ah, bandido! Ah ingrato! Você se esqueceu de mim! Agora fico encantada mais sete anos! Então tudo explodiu: castelo, sala de música, biblioteca, comidas deliciosas e vida gostosa. O filho do ferreiro desmaiou de susto. Quando acordou, estava com sua sacola e seu pedaço de pau sozinho num lugar desconhecido. Como não tinha outro jeito, resolveu sair andando. Andou três dias e três noites. No quarto dia, encontrou um velho sentado debaixo de uma árvore. Ao vê- lo, o velho ficou assustado e saiu correndo. O filho do ferreiro correu atrás dele. Mas como o tal do velho corria! E subiu morro e desceu morro e atravessou campina e entrou na mata e saiu da mata e subiu ladeira e desceu ladeira, e foi e foi e foi! O filho do ferreiro era jovem e forte mas quase não estava aguentando mais tanta correria. Por sorte, o velho também acabou ficando cansado. Os dois pararam na beira de uma lagoa para matar a sede e descansar. Começaram a conversar. O moço, ainda bufando, contou sua vida. Disse que estava procurando uma moça invisível. Explicou que ela era encantada. O velho, ainda bufando, deu risada. - Moça invisível? Essa você não acha nunca mais! O moço insistiu. Disse que queria porque queria porque queria! Chorou. Confessou que gostava muito da moça.

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Planejamento de Leitura - 2º Ano - E.M.E.F. ''Aurora Rodrigues de Moraes'' Estava arrependido. Por causa de um descuido, conversando com a família, tinha atrapalhado a vida da moça. Velho ficou com pena do rapaz. Contou que talvez pudesse ajudar. -Vai ser difícil- aviso ele.- Acho até que é impossível! Deu um arco e várias flechas para o moço. Mandou treinar pontaria. Disse que dali a um ano ele voltava. O filho do ferreiro não sabia nem pegar no arco. Começou a treinar. Passou o ano inteiro treinando, treinando, treinando. Um ano depois, o velho apareceu. Pegou um ovo de passarinho e atirou para cima com um estilingue. - Quero ver você acertar o ovo! O moço atirou mas a flecha passou longe. O velho balançou a cabeça. Aconselhou o moço a treinar mais. Disse que voltava dali a um ano. O filho do ferreiro treinou, treinou e treinou. Um ano depois, o velho apareceu. Pegou um ovo de passarinho e atirou para cima com um estilingue. - Quero ver você acertar! O moço atirou, a flecha passou perto mas não acertou. O velho balançou a cabeça. Disse que era melhor desistir. O filho de ferreiro gritou: - Eu não! Então, o velho aconselhou o moço a treinar mais. Disse que voltava dali a um ano. O filho do ferreiro treinou, treinou e treino. E quando estava cansado treinava mais e mais. Passou o ano inteiro assim. Mais uma vez pegou um ovo de passarinho e atirou para cima com uma estilingue. - Quero ver você acertar! O moço prendeu a respiração e atirou. A flecha acertou o ovo bem no meio. - Agora sim!- exclamou o velho, sorridente. E ensinou: – Amanhã cedo, pegue seu arco e fleche escondido atrás daquela moita perto da lagoa. Um bando de garças brancas vai aparecer voando. Não faça nada. Deixe-as beber água e ir embora. Um bando de garças cinzentas vai aparecer voando. Não faça nada. Deixe – as beber água e ir embora. Mas atenção. Depois, um bando de garças negras vai aparecer. O velho mandou o moço pegar o arco e ficar atento. Entre as garças negras haveria uma especial. Era a mais linda. Tinha jeito dedicado. Usava um colar no pescoço. Preso no colar, tinha um coraçãozinho de ouro do tamanho de um grão de feijão. - Espere as graças beberem água. Quando elas levantarem vôo para continuar a viagem, atire a flecha no coraçãozinho de ouro do tamanho de um grão de feijão preso naquele colar! Boa sorte! O rosto do velho ficou sério: - mas tome cuidado! Se você errar e acertar n graça, o bicho morre!- disse isso e desapareceu no ar. O dia seguinte amanheceu com o rapaz escondido atrás da moita perto da lagoa. Vieram graças brancas. Vieram as garças cinzentas. Vieram as garças negras. Uma delas era muito mais linda. Tinha um jeito doce e feminino. Após matarem a sede, os pássaros levantaram voo. Então, o moço prendeu a respiração, fez pontaria e atirou a flecha. A terra inteira estremeceu. As nuvens começaram a girar no céu.um arco-íris nasceu do nada. O vento passou derrubando árvores. Um estrondo. O filho do ferreiro desmaiou. Acordou com a cabeça deitada no colo de uma moça muito linda. Quando a moça falou, o filho do ferreiro reconheceu aquela voz. Era ela. A moça invisível! A linda menina contou sua história. Era a filha do rei que um dia havia desaparecido. O moço sentiu duas mãos pequenas e quentinhas segurando as suas: - Graças a você, estou livre para sempre!- sempre! Disse ela sorrindo e chorando. O casal de namorados pegou o cavalo branco, saiu do buraco escuro e foi viver sua vida. Ao ver a filha, o rei por pouco não morreu de alegria. Saiu dançando com a rainha pelo palácio. Mandou dar uma festa tão bonita que até hoje quem foi não esquece. Minha gente eu vou- me embora É hora de terminar Vamos ver quem tem agora Outra história pra contar!

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E.M.E.F. '’Luiz Zovaro''

Planejamento de Leitura Ciclo I Título Livro: O grande Rabanete Autora: Tatiana Belinky Editora: Moderna

Antes da leitura •A professora apresentará aos alunos o tubérculo “rabanete” e elencará os conhecimentos prévios dos mesmos, anotando-os. •Posteriormente apresentará o livro, autora e ilustrador. •Mostrará a imagem do ratinho questionando “Porque ele se acha o mais forte?”

Durante a leitura

Depois da leitura

•Realizará a leitura apresentando-as imagens para enriquecer a história. •Questionar aos alunos após o personagem Totó quem seria o próximo a auxiliar na retirada do rabanete.

•A professora retomará o que foi elencado no início sobre a imagem do ratinho para validar se realmente ele foi o mais forte ou o resultado foi obtido pela união de todos. •Após a discussão selecionará alunos e distribuíra fichas contendo o nome dos personagens para que os mesmos realizem a dramatização da história.

O Grande Rabanete

O vovô saiu para a horta e plantou um rabanete. O rabanete cresceu-cresceu e ficou grandão-grandão. O vovô quis arrancar o rabanete pra comer no almoço. Então ele foi para a horta e começou a puxar o rabanete. Puxa-que-puxa e nada do rabanete sair da terra.Então o vovô chamou a vovó pra ajudar a puxar o rabanete. A vovó segurou no vovô, o vovô segurou no rabanete. Puxa-que-puxa e nada do rabanete sair da terra. Então a vovô chamou a neta pra ajudar a puxar o rabanete. A neta segurou na vó, a vó no vô no rabanete. Puxa-que-puxa e nada do rabanete sair da terra. Então a neta chamou o Totó pra ajudar a puxar o rabanete. O Totó segurou na neta, a neta na vó, a vó no vô, o vô no rabanete. Puxa-que-puxa e nada do rabanete sair da terra. Então a neta chamou o Totó pra ajudar a puxar o rabanete. O Totó segurou na neta, a neta na vó, a vó no vô, o vô no rabanete. Puxa-que-puxa e nada do rabanete sair da terra. Então o Totó chamou o gato pra ajudar puxar o rabanete. O gato segurou no Totó, o Totó na neta, a neta na vó, a vó no vô, o vô no rabanete. Puxa-que-puxa e nada do rabanete sair da terra. Então o gato chamou o rato pra ajudar a puxar o rabanete. O rato segurou no gato, o gato no Totó,o Totó na neta, A neta na vó, a vó no vô, o vô no rabanete. E plop! arrancaram o rabanete da terra! — Eu sou o mais forte! – disse o rato. Então todos sentaram e juntos comeram o rabanete, que era tão grande que deu pra todos, e ainda sobrou um pouco pra minhoca que passava por ali. E você acha que o rato era mesmo o mais forte?

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E.M.E.F. '’Professora Luciana Pedroni''

Planejamento de Leitura 1° ano Título

Antes da leitura

Título: O Rato, o Canário e a Salsicha. Autor: Walcyr Carrasco Editora: Manole

Durante a leitura

·Mostrar o portador ·Leitura sobre os Irmãos Grimm e suas criação sobre as versões das histórias chama a atenção das crianças para o título da história. O que será que tem em comum o rato, o canário e uma salsicha, o que irá acontecer.

•Pausa na página 42 •A gora o que será eles vão fazer para resolver este problema que o canário não ia mais ser escravo de todos? •Será que o canário vai procurar o rato já que eles eram amigos de verdade?

Depois da leitura • Amigo que diz ser amigo de verdade, ajuda em todos os momentos, seja feliz ou triste. O que vocês acham disso?

O Rato, o Canário e a Salsicha Um rato, um canário e uma salsicha moravam juntos e sentiam- se muito felizes na companhia um do outro. Todos os dias, o canário voava até a floresta e trazia gravetos para acender o fogo e aquecer a casa, pois a região onde viviam era muito fria. O dever do rato era do poço, acender o fogo e pôr a mesa. A salsicha cozinhava. Mas quando tudo vai bem, sempre há quem dê palpite. Um dia, o canário encontrou um pardal no caminho. Conversaram, piando como fazem os passarinhos. Contou como vivia. O pardal surpreendeu-se, afirmando: - Você é tonto! É o que mais trabalha, enquanto os outros dois vivem folgados, em casa! Sempre que o rato acabava de acender o fogo e de tirar a água do poço, aproveitava para descansar em seu quartinho, até o momento de pôr a mesa. A salsicha ficava junto às panelas, cuidando da comida. Se precisava mexer o feijão, usava seu próprio corpo de salsicha! O canário chegava com os gravetos. Todos sentavam-se à mesa. Comiam e conversam, como amigos que eram. Depois, iam dormir até o dia seguinte. Era uma vida muito agradável! Depois de ouvir os palpites do pardal, o canário chegou em casa decidido a nunca mais buscar gravetos! Chamou os outros dois e piou: - Até agora fui um escravo de vocês. Deixei de ser! Não vou mais trazer gravetos para alimentar o fogo! O rato e salsicha tentaram mudar a decisão do canário. Mas ele recusou-se a mudar de atitude. Os três resolveram tirar a sorte, para distribuir novamente as tarefas. Decidiu-se que a salsicha iria buscar

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Planejamento de Leitura - 1º Ano - E.M.E.F. ''Professora Luciana Pedroni''

gravetos, o rato iria cozinhar e o carneio tiraria água do poço e acenderia o fogo! É claro que deu errado! No dia seguinte, a salsicha foi para a mata em busca de gravetos. O rato pegou as panelas para cozinhar . O canário preparou-se para acender o fogo. Esperaram a salsicha voltar com os gravetos para acender o fogo, mas ela não chegava. O canário saiu à sua procura. Percorreu uma boa parte do caminho para ver se tinha notícias. Que surpresa mais triste! Um cachorro confessou para o canário: - Quando vi a salsicha, não pensei duas vezes. Eu a devorei! O canário quis chamar a polícia, acusando o cachorro do crime de devorar uma salsicha. Mas a polícia declarou: - Se a salsicha era sua amiga , senhor canário, porque a deixou sair sozinha? Na minha opinião, cachorro que é cachorro não resiste a uma salsicha! O canário, então, buscou gravetos. Levou para casa. Contou tudo ao rato, que chorou pelo triste fim da salsicha. Mesmo assim, o canário e o rato resolveram continuar a viver juntos. Dessa maneira, o rato faria a comida. Não encontrou colher para mexer o ensopado. Lembrou-se que a salsicha usava o próprio corpo. Então sentou-se na beira da panela e colocou o rabo na comida quente! - Ah, está queimando! - gritou ele. Pulou, assustado, e caiu dentro da panela! O canário estava descansando. Quando chegou para pôr a mesa, assustou-se: - Onde foi parar o rato? Procurou no feixe de gravetos. Não achou. Foi para o poço, de onde deveria tirar a água. Olhou para baixo e não viu nada, porque estava muito escuro. Resolveu descer no balde. Mas, quando estava lá embaixo, suas asas molharam -se na água. E ficou para sempre dentro do poço!

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E.M.E.F. '’Nahyr Mendes Winesky''

Planejamento de Leitura 4° ano Título Título: Para contar estrela Autor: André de Martini Editora: Revista Nova Escola – edição especial contos

Antes da leitura •Apresentar aos alunos o título do conto e a ilustração e perguntar do que se trata o conto, qual informação que este conto nos transmitirá. •Questionar se algum aluno já contou estrelas. •Definir as informações de palavras não conhecidas pelos alunos através do uso do dicionário, através de imagens, como por exemplo a palavra “telescópio”. Pedir para os alunos grifar palavras desconhecidas. •Professor deverá formular perguntas sobre o universo, planetas fazendo uma relação com título do texto. •Após exploração do título e ilustração pedir para alunos comentar que outras relações do conhecimento deles, se tem com o título do texto. Comparação de filme, música, e outra versão da mesma história

Durante a leitura

Depois da leitura

•Fazer pausa nas frases: •“Olhou para o céu” - qual será a atitude de Lelê diante da situação. •“Hum, sabe eu conheço um jeito de fazer caber todas as estrelas na mão de uma só vez” deduzir com os alunos qual será a solução encontrada pela avó de Lelê.

•Socializar com a turma a opinião sobre o conto, o que eles aprenderam com essa leitura e fechar relembrando as partes que lhes chamaram mais atenção ou que gostaram mais. •Solicitar que o aluno retome o texto e encontre um trecho que descreve parte do cenário onde ocorre a história. •Questionar os alunos sobre o título e o texto se houvesse uma relação adequada. E que outro nome eles dariam ao texto lido.

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Para contar estrelas -Pai, como é que a gente conta estrelas do céu?, perguntou Lelê. O pai, baixando o jornal, foi logo fazendo pose de explicação. - Bem, existem equipamentos especiais para isso. Eles tiram fotos do céu e fazem medições. E tem o Hubble, que é o bambambã dos telescópios! Mas só os cientistas podem usá-lo. Então, cada um conta com o que tem à mão. - Ah!, disse Lelê com admiração, mesmo sem ter entendido muito bem (ele ainda estava no segundo ano). A mãe o chamou na cozinha para um lanche. Ele se sentou à mesa pensando ainda no que o pai tinha dito. Decidiu perguntar para ela também.


Planejamento de Leitura - 4º Ano - E.M.E.F. ''Nahyr Mendes Winesky'' - Isso seu pai deve saber. Por que não pergunta para ele? - Já perguntei. Ele falou várias coisas, mas não entendi direito: o que cada um tem nas mãos e... - Ora, nas mãos a gente tem dedos! Por que você não conta nos dedos?, disse a mãe, que era bem mais esperta que o pai nos assuntos práticos. - Hum..., pensou Lelê. Assim eu sei! E foi logo devorando o sanduíche. Uns minutinhos depois, Lelê já estava no quintal. Olhava para o alto, bem fundo no céu de estrelas. Para começar, mirou a mais brilhante e passou a contar em voz alta: Um... Dois... Três..., recolhendo um dedo de cada vez. Chegou até dez. Olhou para as mãos, olhou para o céu. Suspirou. O problema é que ele tinha só dez dedos, e o céu tinha muito mais estrelas. Desanimado, sentou-se na varanda, apoiando o queixo nas mãos. Sua avó, que sempre observava tudo bem quietinha, foi lá falar com ele. - O que foi, filho? - Nada... - Hum. Sabe, eu conheço um jeito de fazer caber todas as estrelas na mão, de uma só vez. Lelê olhou desconfia ado, mas ficou atento, esperando o resto da história. - Está vendo as estrelas lá em cima? São tão pequenininhas, não é mesmo? Pois então. Basta você olhar bem para elas, como se fossem grãozinhos de areia. Daí você passa a mão, assim, por todo o céu, como se estivesse varrendo, e fecha de uma vez no final! Depois, chacoalha bem e põe em cima do coração, pegando emprestado um pouco da luz delas. Ela deu então uma piscadela e foi se levantando para entrar em casa. Lelê percebeu uma emoção estranha no peito, sentiu uma saudade imensa da avó, queria que ela morasse com ele para sempre. Desde então, sempre que tinha vontade, Lelê contava todas as estrelas do céu. E num punhado

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E.M.E.F. '’Nahyr Mendes Winesky''

Planejamento de Leitura 3° ano Título Título: No meio da noite escura tem um pé de maravilha/ o filho do ferreiro e a moça invisível. Autor: Ricardo Azevedo Editora: Á

Antes da leitura

Durante a leitura

A professora dará uma ilustração e solicitará que analisem respondendo algumas questões: •Através dela qual é o título da história? •Quais personagens encontraremos? •Qual é o gênero da história? •Para garantir uma boa fluência da leitura a professora lerá o texto fazendo as mudanças das vozes e entonação de acordo com os personagens; •Socialização das características dos gêneros estudados; •Comparar as histórias do autor Ricardo Azevedo;

Pausa para aguçar interesse do leitor no fato a seguir; •Porque as pessoas tinham medo desse buraco? O que havia? •Quem poderia estar lá com o filho do ferreiro? •Pausa no trecho onde se retira as sete saias, e questioná-los, quem está se deitando ao lado do filho do ferreiro; •Retomada do texto para explicar palavras desconhecidas;

O Filho do Ferreiro e a Moça Invisível E um reino longe daqui. Ficava depois das montanhas, das florestas e dos mares distantes. O rei, a rainha e o povo do lugar viviam tristes porque a princesa, a filha do rei, a menina linda como as flores do campo, havia desaparecido. Um dia, um buraco escuro apareceu no chão ninguém sabe como nem por quê. O rei ficou zangado. Mandou fechar, mas aquele buraco ninguém fechava. Não adiantou chamar pedreiros e engenheiros. Não

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Depois da leitura •Retomada das informações seguindo as etapas e validação das mesmas; •Fazer a ilustração de conto; •Retomar o texto e compartilhar as situações marcantes; •Dar suas opiniões sobre o conto; se colocar no lugar dos personagens;


Planejamento de Leitura - 3º Ano - E.M.E.F. ''Nahyr Mendes Winesky'' adiantou chamar soldados e generais. Não adiantou chamar nem sábios nem feiticeiros. As pessoas trabalhavam, lutavam, suavam, colocavam pedra, madeira, ferro e cimento mas no dia seguinte o buraco escuro estava lá aberto de novo. Mas o pior não não era isso. Aquele buraco era muito perigoso. As pessoas que tiveram coragem de entrar nele nunca mais voltaram. Um dia, o filho do ferreiro, um moço alegre e brincalhão, conversando com os amigos, disse de brincadeira, para contar vantagem, que não tinha medo de entrar no buraco. A conversa, infelizmente, chegou aos ouvidos do rei. O jovem foi convocado a ir imediatamente ao palácio real. - Soube que você não tem medo de entrar no buraco escuro que ninguém fecha! - disse o rei. O moço explicou que tinha falado aquilo por falar. O monarca não quis saber de conversa. - Se falou, vai ter de provar! Ou entra no buraco e conta o que tem lá dentro ou vai para a forca! Sem saída, o filho do ferreiro prometeu que ia tentar. Partiu, no dia seguinte, com uma sacola nas costas e um pedaço de pau grosso. Entrou no buraco, respirou fundo e foi descendo. Desceu, desceu, desceu e acabou encontrando uma estrada. Foi, foi, foi e acabou encontrando um castelo. O castelo era muito. O filho do ferreiro bateu palmas. Gritou: - Ó de casa – ninguém apareceu. Como a porta estava aberta, o moço resolver entrar. Encontrou uma sala cheia de instrumentos musicais. O moço gostava muito de música. Ficou por ali um bom tempo tocando e experimentando os vários instrumentos. Foi para outra sala. Era uma biblioteca imensa. O moço nunca tinha visto tanto livro em sua vida. Como gostava de ler, pegou um deles, sentou-se numa poltrona e ficou por ali um bom tempo lendo. Mais tarde, sentiu fome. Saiu andando pelos corredores. Escutou passos. Tomou um susto. Viu dois sapatinhos amarelos passando por um corredor. O moço sentiu medo mas foi atrás dos sapatinhos. Encontrou uma sala de jantar com mesa posta, comida e bebidas deliciosas. O filho do ferreiro estava morto de fome. Sentou, comeu e bebeu até ficar saciado. Quando a noite chegou, ouviu passos de novo. Viu os sapatinhos amarelos passando apressados. Foi atrás. Encontrou um quarto muito confortável com cama feita, roupas e água para o banho. O rapaz tomou banho, colocou a roupa limpa e foi dormir. Assim que apagou a luz, escutou um ruído. Eram os passos, outra vez. Percebeu que alguém no quarto tirava sete saias. Depois, alguém, uma pessoa, deitou-se ao seu lado na cama. Seria um monstro, um sonho ou um fantasma? O moço sentiu medo. Como estava cansado, acabou pegando no sono. No dia seguinte, tudo se repetiu. A diferença é que agora os sapatinhos que passavam para lá e para cá eram azuis. O filho do ferreiro tocou música, leu, comeu muito bem e tomou banho. Quando foi dormiu e apagou a luz, escutou passos. Sentiu que alguém no quarto tirava sete saias. Depois percebeu que uma pessoa se deitava na cama. Seria um monstro, um sonho ou um fantasma? O moço sentiu medo. Mesmo assim, resolveu esticar o braço. Encontrou uma mão de moça! Com medo e sem saber o que fazer, o moço largou a mão depressa. Como estava cansado, virou para o outro lado e acabou pegando no sono. No dia seguinte, tudo se repetiu. A diferença é que agora os sapatinhos que passavam para lá e para cá eram vermelhos. O filho do ferreiro tocou música, leu, almoçou, comeu muito bem e tomou banho. Quando foi dormir e apagou a luz, escutou passos. Sentiu que alguém no quarto tirava sete saias. Depois percebeu que uma pessoa se deitava na cama. Seria um monstro, um sonho ou um fantasma? O moço sentiu medo. Mesmo assim, resolveu esticar o braço. Encontrou uma mão pequena e quentinha. Tinha certeza. Aquilo era mão de moça! Com medo e sem saber o que fazer o moço resolveu puxar assunto. Moço e moça conversaram um tempão. A noite inteira. A moça contou que era invisível. Que estava encantada, prisioneira naquele castelo. O moço também falou de sua vida. Lamentou sua mania de contar vantagem. Contou

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Planejamento de Leitura - 3º Ano - E.M.E.F. ''Nahyr Mendes Winesky'' das ordens do rei e do buraco escuro. Os dois falaram sobre o que achavam e sobre o que não achavam. Falaram sobre o que gostavam e não gostavam. Falaram sobre as coisas da vida. Conversa vai, conversa vem, o filho do ferreiro e a moça invisível começaram a namorar. Passou um tempo, o moço disse que precisava voltar. Estava preocupado. Tinha prometido dar uma notícia ao rei e, além disso, sentia saudade da família. A moça invisível ficou triste. Disse que estava gostando do moço cada vez mais. No fim, aceitou mas fez um pedido: - Leva essas três rosas e entrega ao rei. Mas não conte nada a ninguém. Prometa não falar do castelo nem nunca, de jeito nenhum, diga que me viu. A moça encantada continuou: - Fique sempre atento. Quando der meia-noite, um cavalo vai aparecer para buscar você. O cavalo vai relinchar chamando. Venha assim que escutar a voz do cavalo. Não deixe o bicho relinchar três vezes senão tudo está perdido! O moço não compreendeu bem mas aceitou e prometeu tudo. Ele também estava gostando cada vez mais da moça invisível. No dia seguinte, pegou um cavalo branco muito bonito e foi embora. O rei ficou feliz da vida quando viu o filho do ferreiro entrando no palácio. Estava curioso. Quis saber, afinal, o que havia no fundo do buraco escuro. Fez questão de ouvir todos os detalhes. O moço cumpriu a promessa. Desconversou. O rei percebeu e não gostou: - Ou prova que esteve no buraco escuro ou vai pra forca! O moço deu as três rosas lindas e impossíveis. Aquelas flores não existiam em lugar nenhum do mundo inteiro. O rei ficou convencido de que o moço tinha entrado mesmo no buraco escuro. Em seguida, o filho do ferreiro pediu licença. Disse que queria visitar seus pais. Quantos abraços. Quanta saudade. Quantos beijos. A mãe do moço preparou um jantar especial e a família ficou conversando até tarde. Quando deu meia-noite, um cavalo relinchou lá fora. O moço avisou que estava na hora de partir. A mãe não queria: - Fique mais um pouquinho! O cavalo lá fora relinchou pela segunda vez. O moço disse que precisava partir. A mãe não queria: - Fique só mais um pouquinho! O cavalo lá fora relinchou pela terceira vez. Apressado, o moço pegou a sacola, abraçou e beijou os pais e saiu correndo. Encontrou o cavalo branco enterrado no chão só com a cabeça de fora. O filho do ferreiro pegou uma pá, desenterrou o animal, montou e saiu galopando. Tarde demais! Quando chegou no castelo do fundo do buraco escuro, escutou uma tristonha. Era a voz da moça invisível: - Ah, malvado! Ah, bandido! Ah ingrato! Você se esqueceu de mim! Agora fico encantada mais sete anos! Então tudo explodiu: castelo, sala de música, biblioteca, comidas deliciosas e vida gostosa. O filho do ferreiro desmaiou de susto. Quando acordou, estava com sua sacola e seu pedaço de pau sozinho num lugar desconhecido. Como não tinha outro jeito, resolveu sair andando. Andou três dias e três noites. No quarto dia, encontrou um velho sentado debaixo de uma árvore. Ao vê- lo, o velho ficou assustado e saiu correndo. O filho do ferreiro correu atrás dele. Mas como o tal do velho corria! E subiu morro e desceu morro e atravessou campina e entrou na mata e saiu da mata e subiu ladeira e desceu ladeira, e foi e foi e foi! O filho do ferreiro era jovem e forte mas quase não estava aguentando mais tanta correria. Por sorte, o velho também acabou ficando cansado.

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Planejamento de Leitura - 3º Ano - E.M.E.F. ''Nahyr Mendes Winesky'' Os dois pararam na beira de uma lagoa para matar a sede e descansar. Começaram a conversar. O moço, ainda bufando, contou sua vida. Disse que estava procurando uma moça invisível. Explicou que ela era encantada. O velho, ainda bufando, deu risada. - Moça invisível? Essa você não acha nunca mais! O moço insistiu. Disse que queria porque queria porque queria! Chorou. Confessou que gostava muito da moça. Estava arrependido. Por causa de um descuido, conversando com a família, tinha atrapalhado a vida da moça. Velho ficou com pena do rapaz. Contou que talvez pudesse ajudar. -Vai ser difícil- aviso ele.- Acho até que é impossível! Deu um arco e várias flechas para o moço. Mandou treinar pontaria. Disse que dali a um ano ele voltava. O filho do ferreiro não sabia nem pegar no arco. Começou a treinar. Passou o ano inteiro treinando, treinando, treinando. Um ano depois, o velho apareceu. Pegou um ovo de passarinho e atirou para cima com um estilingue. - Quero ver você acertar o ovo! O moço atirou mas a flecha passou longe. O velho balançou a cabeça. Aconselhou o moço a treinar mais. Disse que voltava dali a um ano. O filho do ferreiro treinou, treinou e treinou. Um ano depois, o velho apareceu. Pegou um ovo de passarinho e atirou para cima com um estilingue. - Quero ver você acertar! O moço atirou, a flecha passou perto mas não acertou. O velho balançou a cabeça. Disse que era melhor desistir. O filho de ferreiro gritou: - Eu não! Então, o velho aconselhou o moço a treinar mais. Disse que voltava dali a um ano. O filho do ferreiro treinou, treinou e treino. E quando estava cansado treinava mais e mais. Passou o ano inteiro assim. Mais uma vez pegou um ovo de passarinho e atirou para cima com uma estilingue. - Quero ver você acertar! O moço prendeu a respiração e atirou. A flecha acertou o ovo bem no meio. - Agora sim!- exclamou o velho, sorridente. E ensinou: – Amanhã cedo, pegue seu arco e fleche escondido atrás daquela moita perto da lagoa. Um bando de garças brancas vai aparecer voando. Não faça nada. Deixe-as beber água e ir embora. Um bando de garças cinzentas vai aparecer voando. Não faça nada. Deixe – as beber água e ir embora. Mas atenção. Depois, um bando de garças negras vai aparecer. O velho mandou o moço pegar o arco e ficar atento. Entre as garças negras haveria uma especial. Era a mais linda. Tinha jeito dlicado. Usava um colar no pescoço. Preso no colar, tinha um coraçãozinho de ouro do tamanho de um grão de feijão. - Espere as graças beberem água. Quando elas levantarem voo para continuar a viagem, atire a flecha no coraçãozinho de ouro do tamanho de um grão de feijão preso naquele colar! Boa sorte! O rosto do velho ficou sério: - mas tome cuidado! Se você errar e acertar n graça, o bicho morre!- disse isso e desapareceu no ar. O dia seguinte amanheceu com o rapaz escondido atrás da moita perto da lagoa. Vieram graças brancas. Vieram as garças cinzentas. Vieram as garças negras. Uma delas era muito mais linda. Tinha um jeito doce e feminino. Após matarem a sede, os pássaros levantaram vôo. Então, o moço prendeu a respiração, fez pontaria e atirou a flecha. A terra inteira estremeceu. As nuvens começaram a girar no céu.um arco-íris nasceu do nada. O vento passou derrubando árvores. Um estrondo. O filho do ferreiro desmaiou. Acordou com a cabeça deitada no colo de uma moça muito linda. Quando a moça falou, o filho do ferreiro reconheceu aquela voz. Era ela. A moça invisível! A linda menina contou sua história. Era a filha do rei que um dia havia desaparecido. O moço sentiu duas mãos pequenas e quentinhas segurando as suas: - Graças a você, estou livre para sempre!- sempre! Disse ela sorrindo e chorando. O casal de namorados pegou o cavalo branco, saiu do buraco escuro e foi viver sua vida. Ao ver a filha, o rei por pouco não morreu de alegria. Saiu dançando com a rainha pelo palácio. Mandou dar uma festa tão bonita que até hoje quem foi não esquece. Minha gente eu vou- me embora É hora de terminar Vamos ver quem tem agora Outra história pra contar!

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