01.
Capa; 02.
Índice;
03-09.
SAVITRI DEVI – O último filho da luz; 09-19.
KARL BRUGGER – O reino dos deuses; 20-22.
MIGUEL SERRANO – Os centros SS de iniciação hitlerista; 23-33.
HANS F. K. GÜNTHER – As características mentais das raças européias; 33-40.
NATIONAL ALLIANCE – O caso de John Demjanjuk.
40-45.
ARJUNA – Os Smurfs arianos; 45-49.
ARJUNA – Odiadores da diversidade?; 49-55.
THOLF – O símbolo da prosperidade e os formadores de opinião. 2
O ÚLTIMO FILHO DA LUZ* Savitri Devi
Foi em 1889, durante o primeiro ano do reinado do Kaiser Guilherme II.
Bismarck, o chanceler de ferro e criador do Segundo Reich alemão estava no poder, ainda que não por muito tempo. As forças ocultas anti-alemãs que de prontidão iriam posteriormente causar sua queda, de forma gradual, rompendo desta forma o ímpeto que ele havia dado aos acontecimentos, já estavam em plena atividade; há tempos presenciava-se o trabalho em busca deste objetivo, o qual visava vê-lo em ruínas. Além disso, existiam outros fatores imponderáveis – forças morais e místicas – ao lado e inclusive atrás delas: as mesmas forças de desintegração que haviam estado, durante mais de dois milênios1, guerreando a conduzir a raça ariana para sua perdição. Portanto, necessitava-se de um gênio mais-quepolítico, uma personalidade sobre-humana, para se impor àquele caminho. Especialmente durante os passados cem anos, concretos desde a eclosão da Revolução francesa, a Europa esteve submergindo mais depressa que nunca, sob influência do judaísmo internacional e seus hábeis agentes: a maçonaria e os diversos 1
Digo “mais de dois milênios” significando isto que a influência degradante do judaísmo sobre a raça ariana concretizou-se antes do advento do cristianismo. A desastrosa nova escala de valores delineada pela errônea aplicação da religião extraterrena, assim como a extensão de seu culto, foram as conseqüências da influência do judaísmo e, portanto, não as suas causas.
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corpos supostamente “espirituais”, direta ou indiretamente ligados a ela. Séculos de errônea explicação do cristianismo – uma crença essencialmente extraterrena – aos assuntos mundanos haviam preparado a base para o triunfo das mais perigosas superstições; a crença na “felicidade” e a “igualdade de direitos” para “todos os homens”; a crença na cidadania e na “cultura” como algo separado e inclusive mais importante que a raça em si; a crença em um progresso ilimitado através de uma suposta receptividade à “educação” e na possibilidade de uma paz e “felicidade” universal como resultado desse “progresso” – os maravilhosos descobrimentos da ciência, postos a serviço do “homem”; o direito do “homem” e a conseqüente crença deste, trabalhando contra o espírito da natureza e a favor de seu próprio prazer e benefício. Havia sido incrementado o acentuado, exaltado e popularizado nauseabundo amor ao “homem”, como algo distinto e oposto a todas as demais criaturas, ou, sendo mais exato, o “para além do bem e mal”, mas deficiente, medíocre – tão debilitado e, de certo modo, distante de toda a idéia milenar de homem guerreiro, comum aos povos arianos, integrantes de uma humanidade superior, expressada na concepção de que “o herói assemelha-se aos deuses”, usando as palavras de Homero. O colonialismo estava em seu ponto culminante e a atividade missioneira cristã também. Tão logo que se cedera à degeneração, a Europa – o continente invadido –, conduzia essas atividades cristãs, de forma veloz, ao resto do mundo. Preparava ela, desta forma, o epílogo da Idade Média: o estado de caos biológico que representava a condição preliminar para o domínio de inferiores e a conseqüente aniquilação sistemática de qualquer elite humana supervivente de sangue e caráter. Naquela época então, um digno e honesto trabalhador oficial de aduanas vivia junto de sua família em Braunau, uma bonita e pequena cidade sobre o rio Inn, na fronteira entre Áustria e Alemanha; A cidade, com sua praça principal, onde em um de seus lados presencia-se uma velha fonte ocupada por uma estátua de Cristo feita em pedra; com suas velhas casas e igrejas, com antigas vias – limpas e estreitas – e a “torre” de quatro
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andares – Salzburger Turm – que já então separava a praça principal de suas imediações1, que eram um pouco diferentes das outras numerosas e pequenas cidades da região. Provavelmente tinha o mesmo aspecto que a tem nos dias de hoje: as cidades menores transformam-se com menos intensidade se comparadas às maiores. E o oficial de aduanas, cujo nome era Alois Hitler, vivia e se relacionava com a vida como tantos outros funcionários do governo. Agraciado com enorme vontade de potência e perseverança, desde sua juventude teve formação autodidata, promovendo a si mesmo desde a posição de um rapaz do povo ao notável público do cargo governamental que ocupara, o qual se lhe manifestava acima do respeito. E agora, após todos estes anos, cujos dias foram tão desesperadamente iguais, sua vida monótona não parecia de fato ser assim diante de seus olhos, posto que não dispusesse de tempo para refletir a seu respeito. Meticulosamente rigoroso, sua única atividade era o trabalho. E os dias e anos se passaram. E deste modo, chegaria o tempo em que o honesto funcionário retirar-se-ia a uma pequena pensão. Para tanto, vivia nas imediações, a alguns passos da Salzburger Turm, em uma velha casa de dois andares, com patamares pitorescos curvados sobre os degraus da escada, além de espaçosas habitações. Sua esposa, Clara, era bela: loira, com magníficos olhos azuis. Com apenas vinte e nove anos (era ela sua terceira esposa), era dotada de apaixonada natureza, sendo pensativa e serena; tão imaginativa e intuitiva, ao passo que seu marido não dotava de romantismo; tão carinhosa como respeitoso ele o era; e capaz de um contínuo e interminável sacrifício. Ela o respeitava profundamente: ele era seu marido e, sobretudo, ela amava a suas crianças – e o Deus que havia dentro delas. E ela desconhecia o quanto estava certa, de forma tão concreta quanto o espírito divino – a divina personalidade da humanidade ariana, cuja manifestação aparece agora e então na forma de um ser humano extraordinário – e que vivia nela como o bebê que estava a amamentar: seu quarto filho.
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Die Vorstadt.
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Recém acabava de tê-lo em 20 de Abril, às seis e dezoito da noite, nesta larga e arejada habitação do segundo andar – encontrava-se ela no último cômodo à mão direta – no qual estava agora recostada, sentindo-se fraca, cansada, porém imensamente feliz. As três janelas davam vista à rua. Através de límpidos cristais e brancas persianas, ardentes raios de sol penetravam em abundância. O bebê dormia. A mãe, por sua vez, descansava – Não tinha noção de que acabava de ser o instrumento de um tremendo poder cósmico. A algumas poucas centenas de jardas mais adiante – atrás da Salzburger Turm e a ampla praça rodeada de casas relativamente altas – fluía o azulado rio Inn, afluente do Danúbio. Havia uma ponte sobre ele, tal como existe ainda nos dias de hoje. A paisagem – suaves colinas, com bosques aqui e ali; casas de telhado vermelho bem conservadas, aconchegantes por si só, além de, ocasionalmente, um campanário de uma igreja localizado entre a borda do rio e as preciosas pendentes verdes à distância – era, pois, o mesmo a ambos os lados da ponte. As pessoas que ali residiam também eram as mesmas: Bávaros – alemães, portanto. Porém este lado, de onde se encontrava a praça principal com sua velha fonte, a Salzburger Turm e as imediações, era chamado Áustria. O outro lado, Alemanha. Dormia o bebê; a mãe, por sua vez, serenava, estando grata pelos brilhantes raios de sol já próximos daqueles emitidos durante o verão. Tendo sua criança ao seu lado, poderia vê-la sempre que pudesse. Contudo, rezaria de forma intensa ao reino dos céus para que pudesse viver: seus três primeiros filhos teriam morrido, um em seqüência do outro. A criança fora batizada com o nome de Adolf. Trinta e cinco anos mais tarde, o homem em que se havia convertido escreveu: “Hoje parece que o destino me dispôs, de forma feliz, Branau como o lugar de meu nascimento. Esta pequena cidade se situa justamente à borda dos estados germânicos e sua conseqüente unificação representa, para nossos homens que integram uma nova geração, um trabalho vital que bem merece realizar-se por todos os meios”1. 1
HITLER, Adolf. Mein Kampf.
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Refere-se ele ao “destino”. Se não o fora pela singularidade de tal afirmação, em um livro escrito para milhões de europeus, dificilmente preocupados ou interessados com a idéia do nascimento ou o renascimento, poderia ele ter dito, com igual ou maior exatidão, de “sua própria eleição”. Pois, de acordo com a antiga sabedoria, homens dotados de tanta qualidade como a sua escolhem nascer, sem a obrigação de sê-los, e, do mesmo modo, escolhem ao lugar de nascimento. Invisível sobre o céu da pequena cidade de fronteira, as estradas formavam, em 20 de Abril de 1889, às seis e dezoito da noite, um claro desenho marcando o retorno à terra daquele que retorna; o homem divino “contra o tempo” – a encarnada personalidade coletiva da humanidade superior – aquele que, uma vez ou outra, e de modo heróico, interpõe-se de forma solitária contra a permanente e acelerada onda de decadência universal e prepara, através de uma árdua e sangrenta luta, o amanhecer do seguinte ciclo do tempo, ainda reconhecendo-se aparentemente estar, durante anos ou décadas, propício ao fracasso. Pois o recém nascido não era outro senão Ele.
Braunau, Áustria.
Nunca as circunstâncias teriam sido mais desfavoráveis ao seu reconhecimento. Difícil era a possibilidade da tomada de consciência de sua missão no hábito de um soberano predestinado. Não tinha somente, como qualquer um que está disposto a
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reconhecer um largo caminho desde o humilde status da criança a aquele que teria de alcançar para inserir-se, na história do ocidente, na parte política destinada a ele, sem que nada parecesse apropriado para preparar-lhe a execução de sua grandiosa tarefa, sabendo que viria a ser a de despertar a alma ariana ocidental à sua própria sabedoria natural. A sabedoria ariana, em sua forma consciente e guerreira, em oposição a todos os valores tradicionais do cristianismo, era desconhecida no mundo ocidental da época – sobretudo entre Braunau –, desconhecida à exceção de alguns poucos pensadores como Nietzsche. Os poderes celestiais, sem dúvida alguma, deram à criança divina, pois, grandiosos privilégios através dos quais ele iria, estando surpreendentemente pronto, ter consciência; a reinventar o poder com que fora presenteado, segundo o seu próprio entender: primeiro, uma pura e saudável herança, contendo o melhor tanto do sangue nórdico como de celta – a imaginação apaixonada e a intuição mística dos celtas, aliada à vontade de potência, minúcias, eficiência e senso de justiça (e também perspicácia) nórdica; e, tempo junto dele, um amor apaixonado, ilimitado e insondável por essa terra alemã que se estende a ambos os lados do Danúbio e mais adiante; e por seu povo, seus irmãos de sangue: não àqueles caracterizados como espécies perfeitas da humanidade superior (pois, contudo, não há evidências de seres perfeitos nesta Era Negra), mas seu amor direcionava-se àqueles que puderam e chegaram a ser como tais, ainda que possuam seu elemento fundamental. Através desse amor – e somente através dele – iria elevar-se à intuitiva certeza da verdade eterna sobre a qual iria construir a doutrina nacional-socialista, forma moderna da perene religião de vida; essa certeza que o separa dos maiores políticos e o estabelece diretamente dentro da categoria dos guerreiros, profetas, fundadores das mais sábias civilizações que conhecemos; dentro da categoria dos homens “contra o tempo”, cuja visão alcança algo para além de nosso enfermo mundo, condenado à rápida destruição. Homens contra o tempo, cujo mundo encontra-se próximo da Idade Dourada, na qual são profetas e deuses.
*Texto traduzido a partir da tradução em espanhol de “Lightning and thunder”, sob o título de “El rayo y el Sol”, de 1954, entre as páginas 275 a 284. DEVI, Savitri. El rayo y el Sol. Calcuta, 1954.
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Versão original online, disponível no site: http://www.savitridevi.org Tradução por Tholf.
O REINO DOS DEUSES* Karl Brugger 600.000 A.C. a 10.481 A.C. Determinar com precisão o início da história da humanidade é algo dotado de acirradas disputas. De acordo com a Bíblia, Deus criou o mundo em seis dias, esforçando-se pelo bem da humanidade. Das cinzas formou o homem e a ele deu o caminho da vida. Mas, no que diz respeito ao livro sagrado dos Maias, o Popol Vuh, da-se a entender que o primeiro homem emergiu apenas na quarta criação divina, após três prévios mundos que foram destruídos por notáveis catástrofes. A historiografia tradicional delimita o início da história humana há 600.000 anos antes de Cristo, com os primeiros humanos primitivos, os quais não dotavam nem de ferramentas, nem do uso do fogo. Por volta de 80.000 anos antes de Cristo, foram eles superados pelo homem de Neanderthal, o qual avançara significativamente, detendo-se de conhecer o uso do fogo, além de desenvolver ritos fúnebres. Pré-história, antiqüíssima história do homem, começa em 50.000 anos antes de Cristo, de acordo com resquícios arqueológicos, tendo sido dividida em Idades da Pedra, Bronze e Ferro. Durante a Idade da Pedra, foi o homem um caçador e coletor; caçava mamutes, cavalos selvagens e renas. Com a lenta regressão das calotas de gelo, gradualmente ele seguiu os animais que estiveram migrando ao norte: A agricultura e os animais domésticos ainda lhe eram desconhecidos. De qualquer forma, seus registros em forma de pinturas nas paredes que o abrigavam são uma evidencia da surpreendente arte sofisticada que 9
era baseada em mágicos e religiosos rituais de caça. Acredita-se que as primeiras tribos da Ásia central foram em direção à América 25.000 anos antes de Cristo. Mestres vindos de Schwerta A Crônica de Akakor, a história escrita de meu povo, começa à hora zero, quando os Deuses nos deixaram. Àquele tempo, Ina, a primeira princesa dos Ugha Mongulala, resolveu ter tudo o que estava ocorrendo, escrevendo em boas palavras e claros manuscritos. E assim a Crônica de Akakor situa-se como testemunha da historia do mais antigo povo do mundo, do começo, da hora zero, quando os Mestres Originários nos deixaram, até o presente momento, quando bárbaros cristãos tentaram destruir nossas pessoas. Isso explica o testamento dos Antigos Antepassados – sua sabedoria e seu conhecimento. E isso descreve a origem do tempo, quando meus irmãos foram os únicos deste continente e o Grande Rio ainda fluía a cada margem, quando o país era ainda plano e suave como pêlo de cordeiro. Tudo isto está escrito na crônica, a história de meu povo desde a partida dos Deuses, à hora zero, que corresponde ao ano de 10.481 Antes de Cristo, de acordo com o calendário oficial. "Esta é, pois, a história. A história dos Servos Escolhidos. No começo tudo fora caótico. O homem vivera como animais, sem razão nem conhecimento, sem leis e sem ao solo cultivar, sem roupas ou meios de cobrir sua nudez. Em nada sabiam eles acerca dos segredos da natureza. Viviam em grupos de dois ou três, como fruto de um acidente, em cavernas ou fendas de pedra. Andavam eles engatinhados até a vinda dos Deuses, que lhes trouxeram a luz." Não sabemos ao certo quando isto ocorreu. Quando de fato vieram é uma vaga indagação. Algo de misterioso paira sobre a origem de nossos Mestres Originários que mesmo a sabedoria sacerdotal não recusa. De acordo com a tradição, o tempo esteve 3.000 anos antes da hora zero – 13.000 anos Antes de Cristo, tendo como base o calendário oficial. Repentinamente, brilhantes e áureos navios preencheram o céu. Enormes explosões de fogo iluminaram as planícies. A terra tremeu, e um trovão ecoou sobre as colinas. O homem atirou-se em veneração diante daqueles poderosos seres que lhes eram estranhos e que tomavam posse da terra. 10
Os estranhos disseram-nos Schwerta, um mundo distante nas profundezas do universo de onde vieram eles para compartilhar sua sabedoria com outros povos de outros mundos. Nossos sacerdotes dizem, a respeito disso, que a terra destes estranhos foi um poderoso império feito a partir de diversos planetas, tão numerosos quanto grãos de poeira na estrada. Também dizem que ambos os mundos, dos nossos Mestres Originários e da terra, vêem uns aos outros a cada 6.000 anos. E então, os Deuses retornam.
que
seu
lar
chamava-se
Com a chegada desse estranho visitante a nosso mundo, a Idade Dourada iniciou-se. Cento e trinta famílias de Antigos Antepassados vieram à terra para libertar o homem da escuridão. E os Deuses os reconheceram como seus próprios irmãos. Eles acalmaram as tribos viajantes; deram a eles coisas comestíveis. Eles trabalharam diligentemente para ensinar ao homem suas leis, mesmo que seus ensinamentos se dessem através da oposição. Por todo este trabalho, e por causa de tudo o que eles sofreram pela humanidade e pelo que eles nos deram e mostraram, nos os veneramos como presenteadores de nossa luz. E sábios artistas então produziram imagens dos Deuses para testemunhar ao longo de toda a eternidade a sua grandeza e seu magnífico poder. Assim a imagem dos Mestres Originários permanece viva até os dias de hoje. Em seu aparecimento, os estranhos seres vindos de Schwerta diferiam-se do homem. Eles tinham graciosos corpos e pele branca. Seus rostos nobres contrastavam com um cabelo de um preto azulado. Uma barba grossa cobria o lábio superior e o queixo. Como homens, eram eles vulneráveis criaturas de carne e sangue. Mas o grande diferencial que distinguia os Antigos Antepassados do homem eram seis dedos em cada uma de suas mãos e pés, característica de sua origem divina.
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“Quem poderá compreender a profundeza dos atos dos Deuses? Quem estará apto para entender suas ações? Certamente foram eles poderosos, incompreensíveis aos meros mortais. Eles conhecem o curso das estrelas e as leis da natureza. Na verdade, eles estavam familiarizados com os mais altos preceitos do universo. Cento e trinta famílias de Antigos Antepassados vieram à terra e consigo, trouxeram a luz." As tribos escolhidas A lembrança de nossos mais velhos antepassados deixa-me triste e desnorteado. Meu coração está carregado pelo fato de hoje estarmos sozinhos, abandonados por nossos Mestres Originários. Nossa sabedoria e poder é fruto deles. Foram eles quem transpuseram o homem da escuridão à luz. Antes da vinda dos seres de Schwerta, o homem caminhou da mesma forma que uma criança que não consegue encontrar seus lares e cujo coração desconhece o amor. Eles descobriram raízes, bolbos, e frutas selvagens; residiam em cavernas e buracos construídos no chão; e disputaram a caça de presas com seus vizinhos. Então os Deuses vieram a estabelecer uma nova ordem no mundo. Disseram ao homem que cultivasse o solo e que aos animais respeitasse. Mostraram a eles como vestirse e designaram lares permanentes a famílias e clãs. E assim, desta forma, as tribos se desenvolveram. "Assim foi o começo da luz, vida e tribo. Os Deuses chamaram o homem para perto de si. Deliberaram, consideraram e deram conselhos. E então eles fizeram decisões. E de todas as pessoas eles escolheram a seus servos, aos quais lhes fora dada a sabedoria”. Das famílias escolhidas, os Deuses fundaram uma nova tribo, dando-lhe o nome de Ugha Mongulala, que significa Tribos Aliadas Escolhidas. E como algo que passasse a representar um elo eterno, eles se acasalaram com seus servos. Então, de algum modo, os Ugha Mongulala assemelham-se, nos dias de hoje, com seus divinos antepassados. Eles eram altos: seus rostos são 12
caracterizados por protraídas maçãs do rosto, um nariz nitidamente delineado, e olhos amendoados. Tanto o homem quanto a mulher possuem o mesmo cabelo preto azulado. A única diferença sua em relação aos Deuses era a de que eles, como mortais, possuíam cinco dedos nos pés e mãos. Os Ugha Mongulala são as únicas pessoas de pele branca em todo o continente. Embora os Mestres Originários detivessem muitos segredos, a história de meu povo não obstante também explica a história de Deus. Aqueles vindos de Schwerta fundaram um poderoso império. Com sua sabedoria, seu conhecimento superior, e dispondo de misteriosas ferramentas lhes fora fácil mudar o curso da terra de acordo com suas próprias idéias. Eles dividiram o país e construíram estradas e canais. Eles semearam o que daria origem a novas plantas que até então eram desconhecidas do homem. Eles ensinaram a nossos antepassados que um animal não é apenas uma presa como também uma posse de valor indispensável contra a fome. Pacientemente eles deram o conhecimento necessário para que então o homem pudesse compreender os segredos da natureza. Com base neste conhecimento, os Ugha Mongulala sobreviveram por milênios a despeito de horrendas catástrofes e terríveis guerras. Como Servos Escolhidos dos Mestres Originários, eles determinaram a história da humanidade por 12.453 anos, como é descrito da Crônica de Akakor: "A linha dos Servos Escolhidos não morre. Aqueles chamados de Ugha Mongulala sobreviveram. Muitos de seus filhos morreram em guerras devastadoras; catástrofes terríveis visitaram seus reinos. Mas o poder dos Servos Escolhidos permaneceu intacto. Eram eles mestres. Eram, pois, descendentes dos Deuses." O império de pedra A Crônica de Akakor, a história escrita dos Ugha Mongulala, inicia-se apenas com a partida dos Mestres Originários no ano zero. Nesta época, Ina, a primeira princesa da tribo, ordenou que todos os eventos deveriam ser relatados, em claros manuscritos, e com devida veneração aos Mestres Originários. Mas a história dos Servos Escolhidos está mais adiante, inserida na Idade Dourada, quando os Antigos Antepassados ainda comandavam o Império. Pouquíssimos resquícios desse período foram preservados. Os 13
Deuses deveriam estabelecer um grandioso império onde todas as tribos dividiriam suas tarefas a ser cumpridas. Os Ugha Mongulala mantiveram-se, neste sentido, como os mais eficientes. Deste modo, foi-lhes concedida uma sabedoria que os colocava como superiores às demais tribos. No ano zero, os Deuses presentearam suas cidades e templos às Tribos Escolhidas. Elas duraram 12.000 anos. Poucos bárbaros tiveram a oportunidade de ver os monumentos ou mesmo a cidade de Akakor, a capital de meu povo. Alguns poucos soldados espanhóis capturados pelos Ugha Mongulala tiveram sucesso ao escapar através de passagens subterrâneas. Aventureiros e colonos que descobriram nossa capital foram tomados como prisioneiros, pelas mãos de meus irmãos de sangue. Akakor, a capital do reino, fora construída há 14 mil anos atrás por nossos antepassados, sob guia dos Mestres Originários. Seu nome também remete aos mestres; Aka significa "fortaleza", e Kor "dois". Ou seja, Akakor vem a ser a segunda fortaleza. Nossos sacerdotes também falam a respeito da primeira das três fortalezas existentes, chamada de Akanis. Situa-se ela no estreito istmo daquele país que vem a ser conhecido como México, mais especificamente entre dois mares que se cruzam. Akahim, a terceira fortaleza, não fora mencionada na crônica antes do ano 7315. Sua história está estritamente ligada à de Akakor. Nossa capital se situa às alturas de um vale, nas montanhas que delimitam a fronteira entre Peru e Brasil. Ela é protegida em três lados por abruptas rochas. Ao leste, uma planície gradualmente descendente alcança longinquamente a selvagem liana da vasta região florestal. Toda a cidade está cercada por imensas paredes de pedra com treze portais. São elas tão estreitas que por vez permitem acesso a uma só pessoa. A planície do leste é adicionalmente vigiada através de torres de pedra, por onde guerreiros escolhidos avistam seus inimigos. A estrutura de Akakor é retangular. O cruzamento das duas ruas principais divide a cidade em quatro partes, correspondendo aos quatro pontos universais de nossos Deuses. O Grande Templo do Sol e o portal de pedra cortam um único bloco situado no largo quadrado junto no centro. Ao nascer do sol, o leste é visto através do templo, decorado com símbolos e imagens referentes a nossos 14
Mestres Originários. Em cada parte, uma criatura divina segura um quadro sobre a cabeça de um jaguar. A figura é coroada com um cocar de ornamentos animalescos. As vestes são decoradas com imagens similares. Um manuscrito estranho, que pode ser interpretado apenas por nossos sacerdotes, fala acerca da criação da cidade, sendo todas as de pedra, que por nossos Mestres originários foram construídas, possuindo também o mesmo portal. A mais impressionante construção em Akakor é o Grande Templo do Sol. Suas paredes externas não dotam de adornos e são feitas de pedras cortadas. A raiz do templo é aberta e subitamente ali os raios do sol nascente seguem ao encontro de um espelho dourado, cuja entrada data dos tempos dos Mestres Originários, e é montada à frente. Figuras de pedra em seu tamanho natural inclinam-se junto de ambos os lados da entrada do templo. As paredes interiores são cobertas com uma substância que as reforça. Em uma extensa pedra de tórax afundado na parede frontal do templo estão escritas as primeiras leis de nossos Mestres Originários. Próximo ao Grande Templo do Sol estão construções destinadas aos sacerdotes e seus respectivos servos, o palácio da princesa, e a hospedaria dos guerreiros. Essas construções são de forma retangular e feitas de grandes blocos de pedra cortados. São telhados com uma grossa camada de grama apoiada por varas de bambu. No tempo do reinado de nossos Mestres Originários, outras vinte e seis cidades de pedra cercavam Akakor, sendo todas mencionadas na crônica. A mais larga era Humbaya e Patite que se encontravam na Bolívia, Emin nos mais baixos alcances do Grande Rio, e Cadira nas montanhas da Venezuela. Mas todas foram completamente destruídas na primeira Grande Catástrofe, treze anos após a despedida dos Deuses. Deixando de lado a questão que envolve a estas grandiosas cidades, pode-se afirmar que os Antigos Antepassados também ergueram três complexos templos sagrados: Salazere nos alcances superiores do Grande Rio, Tiahuanaco no Grande Rio, e Manoa às alturas do sul. Estas eram as residências terrestres dos Mestres Originários, sendo também um solo proibido aos Ugha Mongulala. Uma pirâmide gigante fora erguida em seu centro, e uma imensa escadaria dava até a plataforma onde os Deuses celebravam 15
cerimônias sobre as quais não temos conhecimento. A construção principal era cercada por pequenas pirâmides interconectadas por colunas, postas em colinas criadas artificialmente, mantendo em pé outras construções decoradas com pratos brilhantes. Na luz do sol nascente, os sacerdotes relatam a forma com que as cidades dos Deuses pareciam charmosas. Radiavam elas uma luz misteriosa, iluminando montanhas repletas de neve. De todos os templos sagrados, pude ver apenas Salazere com os meus próprios olhos. Situa-se à uma jornada de oito dias da cidade comumente conhecida como Manaus, a um tributário do Grande Rio. Seus lugares e templos tornaram-se completamente tomados pelos crescentes cipós. Somente o topo da grande pirâmide ainda eleva-se sobre a floresta, repleta de densas moitas de arbustos e árvores. Mesmo os iniciados tiveram dificuldades na busca pelo lugar que os Deuses habitavam. Ele está cercado por pântanos profundos, no território da Tribo daqueles que vivem em Árvores. Após o primeiro contato da tribo com os bárbaros, retiraram-se eles às florestas inacessíveis próximas a Salazere. Lá as pessoas viviam em árvores tal como macacos, matando a qualquer um que desejasse invadir sua comunidade. Eu somente obtive êxito na busca pelo templo porque há milênios esta tribo fora aliada dos Ugha Mongulala e mesmo nos dias de hoje eles ainda respeitam os sinais secretos de reconhecimento. Estes sinais estão gravados em uma pedra na extremidade superior da plataforma piramidal. E ainda que possamos copiá-los, ao longo dos anos nós perdemos toda a compreensão de seus significados. As proximidades do templo reservam também certo mistério ao meu povo. Suas construções são testemunhos de uma sabedoria superior, incompreensível aos humanos. Para os Deuses, as Pirâmides não eram apenas lugares para serem habitados, mas também símbolos de vida e morte. Eram elas um sinal do sol, da luz, da vida. Os Mestres Originários ensinaram-nos que existe um lugar entre a vida e a morte, entre a vida e o nada, que está sujeito a um tempo diferente. Para eles, as pirâmides atuavam como uma ponte à segunda vida. As moradas subterrâneas "Grandiosa fora a sabedoria dos Mestres Originários; grandioso foi o seu conhecimento. Sua visão alcançava às colinas, os planaltos, florestas, mares e vales. Eram eles criaturas 16
miraculosas. Conheciam o futuro. Verdades eram a eles reveladas. Perspicazes eram eles, donos de grandes resoluções. Ergueram Akanis, Akakor e Akahim. Na verdade, majestosas eram suas obras, tal como os métodos que originavam suas criações: A guerra que por eles fora determinada criara os quatro cantos do universo, bem como seus quatro lados. Os senhores do cosmos, as criaturas dos céus e terra, criaram quatro cantos e quatro lados do universo.". Akakor agora descansa em ruínas. O grande portal de pedra está quebrado. Cipós crescem no Grande Templo do Sol. Sob meu comando, e em acordo com o Conselho Supremo e demais sacerdotes, os guerreiros de Ugha Mongulala destruíram nossa capital há três anos atrás. A cidade teria traído nossa presença aos bárbaros, e nós então renunciamos Akakor. Nosso povo fugira para dentro de moradias subterrâneas, o último presente que pelos Deuses nos fora dado. Temos treze cidades, profundamente escondidas dentro das montanhas dos Andes. Seu plano corresponde à constelação de Schwerta, o lar de nossos Antigos Antepassados. A baixa Akakor é o centro. A cidade descansa em uma caverna feita de um gigante. As casas, organizadas em um círculo e ligadas por paredes decorativas, cercam o Grande Templo do Sol no centro. Como a parte superior de Akakor, a cidade é dividida por duas ruas que se cruzam, correspondendo aos quatro cantos e conseqüentemente os quatro lados do universo. Todas as ruas correm paralelas a elas. A maior construção é o Grande Templo do Sol, cujas torres encontram-se sobre as moradas dos sacerdotes e seus servos, o palácio da princesa, as habitações dos guerreiros, e as modestas casas das demais pessoas. No interior do templo existem doze entradas aos túneis que dão acesso à baixa Akakor e demais cidades subterrâneas. Elas possuem muros inclinados e raízes planas. Os túneis são largos o suficiente para que cinco homens caminhem em pé através deles. Muitos dias são necessários para se chegar às outras cidades de Akakor. Doze das cidades – Akakor, Budo, Kish, Boda, Gudi, Tanum, Sanga, Rino, Kos, Aman, Tata, e Sikon – são artificialmente iluminadas. A luz muda de acordo com o sol. Somente Mu, a décima terceira cidade que por sua vez é a menor de todas, possui cabos altos que alcançam a superfície. E um enorme espelho de prata dispersa a luz solar sobre toda a cidade. Canais que trazem água das montanhas cruzam todas as cidades subterrâneas. Pequenos tributários fornecem construções individuais e casas em geral. As entradas na superfície são cuidadosamente camufladas. 17
Em emergências, as moradas subterrâneas podem se manter fechadas do mundo exterior por um grande portal móvel feito de pedras. De nada sabemos no que tange a construção da baixa Akakor. Sua história está perdida na escuridão do mais remoto passado. Mesmo os Soldados Alemães que foram abrigados por meu povo não estão aptos a desvendar este mistério. Por anos, eles mediram as instalações subterrâneas dos Deuses, exploraram seu sistema de túneis, e partiram em busca da origem do ar para respirar, mas sem êxito. Nossos Mestres Originários construíram as moradas subterrâneas de acordo com seus próprios planos e leis que permanecem incompreensíveis a nós. Neste território eles comandaram seu vasto império, um império de 362 milhões de pessoas, como está escrito na Crônica de Akakor. "E os Deuses governaram Akakor. Governaram a homens e terra. Eles possuíam navios mais velozes que o vôo dos pássaros, navios os quais buscavam seus rumos sem velas ou remos estando noite ou dia. Eles tinham pedras mágicas para olhar à distância e deste modo conseguiram enxergar cidades, rios, vales e lagos. Tudo o que acontecia na terra ou no céu refletia-se nestas pedras. De todas as suas obras, as mais belas eram as moradas subterrâneas. E os Deuses deram-nas aos seus Servos Escolhidos como um último presente. Para os Mestres Originários são eles, os Ugha Mongulala, de mesmo sangue e, conseqüentemente, possuem um pai em comum." Por milênios, as moradas subterrâneas protegeram os Ugha Mongulala de seus inimigos, além de resistir a duas catástrofes. Os ataques das tribos selvagens quebraram os seus portais. Em seu interior, os últimos que integram meu povo estão à espera de invasores que estão avançando sobre o Grande Rio em grande número, tal como formigas. Nossos sacerdotes profetizaram que
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eles irão descobrir Akakor e encontrar nela sua própria imagem no espelho de prata. E então o círculo será fechado. *Tradução do primeiro capítulo da primeira de três partes em que o livro “The chronicle of Akakor” se divide, entre as páginas 17 e 31, cujo título original é de “The realm of gods” e consta na parte I, “The Book of Jaguar”. “Crônicas de Akakor” consiste na coleta de relatos dados ao jornalista alemão Karl Brugger por Tatunca Nara, chefe da tribo dos Ugha Mongulala. Trata-se de um trabalho de resgate de uma tradição oral até então desconhecida, que revela a criação da misteriosa cidade de Akakor, localizada na Amazônia, originada segundo a “Crônica de Akakor”, o livro sagrado da tribo, a partir de deuses brancos. Brugger manteve-se cético após o término destes relatos, mas tempos depois, segundo a introdução deste próprio livro, diz ter finalmente enxergado o sentido em uma série de coisas que lhes fora contado. Resolveu então preparar-se para dar continuidade ao seu trabalho. Planejou, junto do líder da tribo dos Ugha Mongulala, viajar até Akakor e de alguma forma retratar sobre vários de seus mitos, dentre os quais existe a menção de cidades subterrâneas, soldados alemães refugiados e aparições de discos voadores. Mas pouco antes da viagem marcada a Manaus, Brugger fora misteriosamente assassinado quando ainda estava no Rio de Janeiro, quando se preparava para a viagem definitiva que daria continuação à obra escrita. Todas as suas anotações, até então junto de seus pertences, sumiram do hotel onde estivera. Ainda que haja uma série de questões a serem analisadas sobre sua morte, cogita-se a possibilidade de Brugger ter sido assassinado a mando das autoridades militares do Brasil. A titulo de curiosidade, prefácio desta obra fora escrito pelo consagrado Erich von Dänniker, autor do bastante conhecido “Eram os deuses astronautas?”. BRUGGER, KARL. The Chronicle of Akakor. Dell Publishing. New York, 1977. Tradução por Tholf.
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OS CENTROS SS DE INICIAÇÃO HITLERISTA* Miguel Serrano Os Ordensburg eram centros de iniciação da SS. Foram construídos em “pontos terrestres”, escolhidos de forma cuidadosa. O principal era o Castelo de Wewelsburg, próximo de Padeborn, na Westfália. Três outros estavam a seu serviço, sem que estivessem concluídos: Vogelsang na Renânia, Krossinse na Pomerânia e Sonthofen na Baviera. O estilo das construções era teuto-nórdico com lagos, parques e bosques às suas redondezas. Em Wewelsburg havia uma biblioteca com doze mil volumes, uma sala para meditação, além de ginásios, corredores, dormitórios e um cemitério para os SS, com tumbas de uma forma rara, estampada com cervos voadores e símbolos rúnicos. As provas a que eram submetidos os adeptos das SS guerreiras eram de severidade e risco tremendos, segundo o que descreve o escritor belga Petitfrére, o qual se dedicou à investigação sobre estas peculiaridades. Conta-nos que deveriam lutar sem armas, com o torso nu, contra mastins embravecidos. Penso que desta forma provavam como seu próprio furor era capaz de superar ao das bestas, aterrorizando-as. Despertos, prontamente, junto do círculo de uma grandiosa energia, homem e animal recordam a existência de um lendário pacto entre eles, em Avalon, na Atlântida. E este se reintegra e aceita o sacrifício, quando o homem volta a ser um herói semi-divino. Um SS deveria abrir uma vala ao chão em apenas oitenta segundos e proteger-se em seu interior de uma carga de disparos de tanques em linha horizontal. Deveria colocar uma granada sobre suas costas e ativála, esperando a explosão sem se mover; somente sua imobilidade poderia salvar-lhe da morte.
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Segundo Julius Evola, quem desfrutou da chance de visitar estes Centros de Treinamento bem o sabe que a educação da Vontade chegava a extremos. Casos de suicídio eram capazes de ocorrer em situações como alguém que rompera uma promessa que fizera a si mesmo de, por exemplo, não mais fumar. O princípio da obediência, como nos templários, nos cavaleiros teutônicos e nos jesuítas, chegava a extremos. Uma vez ao ano, reuniam-se os SS do Círculo Interior com seus Chefes Máximos, em um período de retiro, recolhimento e meditação. Praticava-se um tipo não revelado de Yoga ocidental. Em Ordensburg, de Wewelsburg, existia uma grande sala central de reunião, com um lugar reservado a Hitler. Ali chegaria o Führer, de modo simbólico. Em uma obra completamente oposta ao nazismo, "Das Gesicht des Dritten Reiches”, seu autor, Joachim Fest, nos dá o seguinte testemunho: "Avistara-se, em certa ocasião, a Himmler e certos oficiais superiores da SS, entregando-se a exercícios de concentração da mente. Desejavam a obrigatoriedade, deste modo, de dizer a verdade a uma pessoa que se encontrava no quarto vizinho", e complementa: "O culto que se instalou em Wewelsburg e em outros lugares não permite enganos sobre o caráter de ordem religiosa e de suas solenidades. Elas representavam para os participantes um ato muitas vezes renovado de consagração, e um chamado às entradas de uma comunidade que superava todos os laços tradicionais de um universo arcaico, em termos sociais e familiares, passando por questões de casta e classe. Uma entrega absoluta, que criava uma nova comunidade com leis próprias. Os fins à busca da SS superavam de longe todos os argumentos expostos e seguidos por aqueles que se interessavam em construir um grupo de militantes políticos. Aos olhos de seus principais promotores, as SS apareciam não somente como um instrumento e um meio de ação sobre o teatro de operação interna, mas sim como a célula de um regime político completamente renovado, destinado não somente em penetrar, como restaurar progressivamente a velha ordem. Deveriam constituir nações existentes, também o
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domínio da política e da economia. As estruturas urbanas deveriam ser abolidas em certas zonas.” Em relação a esta "visão romântica de futuro", citaremos uma reflexão de Carl Schmidt, em sua obra "Politische Romantik" (Política romântica), publicada em 1925: "Todo pensamento romântico está a serviço de outra energia que, por sua vez, não é romântica". Neste sentido, Napoleão também dissera: "As revoluções não são mais que idéias encontradas em uma baioneta". Pode-se pensar assim em Nietzsche, em Wagner e mesmo em Marx. Hitler dizia: "Todo sistema teria políticos, que por sua intrínseca razão estão voltados para o compromisso. Mas, em questão de Filosofia, não se pode claudicar nem adentrar em compromisso de nenhuma espécie". Foram, pois, princípios filosóficos que obrigaram Hitler a atacar a Rússia. Ele mesmo revelou isto ao comunicar-se com Mussolini: "A meu encontro veio uma insuportável tortura mental, criada pela situação com Stalin". E Otto Skorzeny em certa ocasião confirmou-me em sua casa, em Madrid. Expus a ele minhas dúvidas sobre a decisão de atacar a Rússia. Ele então me respondeu: "Se não o tivéssemos feito, estaríamos claudicado os princípios básicos de nossa filosofia e concepção de mundo – Weltanschauung". Os futuros SS eram selecionados preferencialmente entre os membros da Juventude Hitlerista. Possuíam esses jovens um punhal com a Suástica Dextrógira e uma inscrição em sua lâmina de acero: "Blut und Ehre" (Sangue e Honra). Quando o aspirante da SS solicitava provas e serviços árduos, passava a formar parte efetiva da Ordem Negra, recebendo-se – ainda que nem sempre em todas as ocasiões – outro punhal, consagrado com o símbolo rúnico da SS, uma Suástica Dextrógira e a seguinte inscrição: "Meine Ehre heiβt Treue" (Minha hora se chama lealdade). Assim, começava-se, gradualmente, a ascensão. *Texto traduzido a partir da obra original em espanhol, entre as páginas 77 e 80. SERRANO, Miguel. El cordón dorado – Hitlerismo esotérico. Tradução por Tholf.
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CARACTERÍSTICAS MENTAIS DAS RAÇAS EUROPÉIAS* Hans F.K. Günther A raça nórdica
As descrições que têm sido ditas por observadores de vários países sobre a psicologia da raça nórdica coincidem muito bem juntas; investigações antropológicas sobre altura, a forma da cabeça e da face, e assim por diante, em relação às ocupações cotidianas e o desempenho escolar, bem como sobre os atributos corporais de homens notáveis nos diversos povos europeus. Os detalhes, que serão expressos aqui, dão uma imagem clara das características mentais da raça nórdica. De acordo com a imagem acima, podemos extrair sagacidade, honestidade e energia – qualidades comuns ao homem nórdico. É, com certo domínio de sua própria natureza, que ele, através de seu poder de julgamento, mantém-se em pé como homem – julga, em determinadas situações, não somente a seu próprio povo, como, com mais severidade, aos estrangeiros. Ele sente um forte desejo para a verdade e a justiça, mostrando, portanto, uma atitude prática, de pesagem, que muitas vezes o faz parecer frio e rígido. Diferencia-se por um senso de realidade altamente desenvolvido que, em combinação com uma energia que pode aumentar a ousadia, encoraja-o a feitos de grande alcance. Juntamente com isso, ele tem um sentido decidido pela competitiva realização, desenvolvendo-lhe uma paixão característica pelo real; enquanto isso, coisas habituais, como a excitação de sentidos ou o aumento da vida sexual, têm pouco significado para ele. Suas inclinações são sempre em direção à prudência, discrição, confiabilidade, paciência, juízo. Ele mesmo agarra a idéia do dever, por isso está inclinado para exigir o seu cumprimento por parte daqueles que 23
estão à sua volta – como ele faz de si mesmo – e isto o torna difícil, até mesmo cruel, embora nunca deixe de lado seu cavalheirismo. Nas relações com os seus companheiros, é reservado e individualista; mostra pouca percepção e certa falta de conhecimento de sobre a natureza de outros povos e, do mesmo modo, não tende à introspecção. Domina bem a narrativa, para descrever eventos e lugares, além de uma tendência para o “humor negro”. No homem nórdico, a relutância em mostrar seus sentimentos muitas vezes origina-se a partir de um caráter notavelmente profundo, que não poderá ou deverá manifestar-se com rapidez e vivacidade em questão de palavra ou comportamento. Isso pode torná-lo bastante reservado e, portanto, representa geralmente um sinal de caráter firme, de lealdade meticulosa e um animado sentimento de honra. Integridade e lealdade são virtudes peculiarmente nórdicas. Sua palavra, dita uma vez após ponderação, torna-se inviolável. Seus poderes imaginários não são facilmente incitados, mas bem mostra uma serena regularidade, embora não careça de ousadia ou mesmo de extravagância. Disso vem a aptidão da raça nórdica para conquistas de estadismo. Treitschke chamou a Baixa Saxônia de “a terra dos governadores”. Ela é uma região falante de alemão, onde a raça nórdica predomina. O senso de realidade, a energia, a autoconfiança e ousadia são razões pelas quais todos os estadistas mais importantes na história da Europa parecem, de acordo com os retratos, ser predominantemente nórdicos. A coragem nórdica cresce facilmente em alguns de seus homens a tais alturas que eles se inclinam à frieza, à negligência do seu próprio bem, à leveza e generosidade, que o força a desenvolver e planejar. Considerando absolutamente necessário ter momentos de divertido ócio ou dedicação livre ao exercício físico, a divagações ou viagens, inclina-se ele para uma vida despreocupada. A vida urbana parece exercer sobre ele um peso muito maior, se comparado com homens de outras raças européias (exceto, talvez, a Dinárica). O homem nórdico, como o Dinárico, tem decididamente um sentimento especial pela natureza. O êxodo da raça nórdica, no entanto, trouxe através do próprio fato de existir sempre um fluxo de seu sangue, do campo para a cidade, o fez e sempre o fará conduzir-se, dadas as suas peculiaridades culturais, pelo desejo de concorrência, de liderança e, sobretudo, de mérito. O fluxo de habitantes da terra, cujos 24
membros mais capazes e enérgicos nascem por meio da classe média para as principais profissões é, considerando pesquisas antropológicas adequadas, ao mesmo tempo um fluxo maior de elemento nórdico que, assim, junto da parte superior da sociedade, frequentemente traz indicativos para sua baixa taxa de natalidade. Portanto, é a própria qualificação para a liderança na raça nórdica que provoca uma queda na luta pela existência, decidida apenas pela taxa de natalidade. Em suas típicas representações, a raça nórdica tem certa singularidade que é, no entanto, geralmente mantida a partir de si própria, mostrada exteriormente: um anseio para o sublime e heróico, para ações e obras extraordinárias que apelam para uma vida de devoção. Isso, no homem nórdico, muitas vezes é visto também como um conjunto peculiar de desenvolvimento mental de vida, tendo, dentro de seu alcance, um vasto campo de ação e conhecimento e, ao mesmo tempo, uma riqueza de vida emocional – da benevolência à crueldade, da espiritualidade à determinação –, uma ação constante, do dogmático à mente aberta. Tudo isso é característico, também, para as mulheres da raça nórdica em seus mais típicos representantes simbolizado pela recatada e frágil Krimhild, que se torna a vingadora implacável do seu marido através de seu orgulho e dever conjugal. É somente na raça nórdica que as várias expressões da natureza humana e do esforço em atividades prolongadas e formas de vida encontram esta definição nítida; assim é com a figura do estadista, do comandante, do homem de ação, do pensador, do padre, do artista, do agricultor – em suma, tanto dos bons quanto dos maus. Todas estas figuras recebem a forma e os traços, que lhes são peculiares, a partir de sua característica inquietante, bem como a busca pela conquista que os impulsiona. Não é de se surpreender, portanto, que essa raça nórdica tenha produzido tantos homens criativos, em uma proporção muito importante; personagens ilustres na história européia e norteamericana mostram principalmente traços nórdicos, enquanto que nas pessoas com menos sangue nórdico, o homem criativo sempre provêm de uma região em que tenha havido, ou ainda há, uma marca significativa de presença nórdica. Uma investigação sobre vencedores de prêmios em exposições de pintura em Paris revelou que a raça nórdica é a mais rica em mentes criativas; as pesquisas
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de Woltmann1, testemunham o mesmo. Também Galton mostra que as partes nórdicas da Inglaterra têm produzido muito mais homens criativos que as partes menos nórdicas. A maioria das regiões nórdicas nas ilhas britânicas está na Escócia, e os escoceses produzem particularmente um grande número de homens líderes e pioneiros na Inglaterra e nas colônias. Se, então, a raça nórdica sempre foi especialmente rica em homens criativos, não há dúvidas de que os povos com sangue nórdico têm sempre decaído, na medida em que este sangue é misturado. Röse descobriu, como resultado de suas pesquisas antropométricas nas escolas de crianças alemãs, operários, empregados, executivos, empresários, professores, etc., que "o lado nórdico do povo alemão é a principal fonte de sua força espiritual". Isso é válido para todos os povos com essa linhagem. A raça nórdica parece mostrar aptidões especiais no domínio da ciência militar, devido ao seu espírito guerreiro, como também na navegação e em técnicas e atividades comerciais. No campo científico, parece inclinar-se mais para as ciências naturais; nas artes inclina-se particularmente à poesia, música, pintura e desenho. A música especialmente alegre da Suécia, e os interesses nacionais carregados nela, servem para mostrar que a raça nórdica não é, como tem sido assumido, menos talentosa neste sentido, embora os dons musicais da raça dinárica possa ser mais considerável. A Escandinávia, colonizada pelos nórdicos, teve, logo na Idade do Bronze, um desenvolvimento musical acima de qualquer outra parte da Europa; isso é demonstrado pela perfeição dos chifres de bronze, principalmente encontrados em pares, o que poderia ter sido utilizado, logo dois de uma vez só, para que a música dispusesse de dois acordes de harmonia. Os dinamarqueses e noruegueses atribuem ao século XII os inventores da música polifônica, em que mais tarde (depois de 1.200 DC) foram estabelecidas as bases para a música moderna da Europa. No Noroeste da Alemanha, onde a raça nórdica mostra a sua mais forte predominância dentro das tribos alemãs, tem a menor porcentagem penal. As estatísticas para o crime crescem quando vamos para leste e sul, ou seja, na direção de menor quantidade de sangue nórdico. Ploetz atribui à raça nórdica "um maior respeito para as propriedades e pessoas vizinhas".
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Ver: “Die Germanen und die Renaissance in Italien”, de 1905, e “Die Germanen in Frankreich”, de 1907. 26
A raça mediterrânea
Esta raça é descrita por todos os observadores como passional e emotiva. Tem menor profundidade da mente e é facilmente despertada à conciliação de amores fortes, cores vivas e vívidas impressões de todos os tipos; toma grande alegria na palavra e em movimentos agradáveis e animados, e está inclinado a encontrar ofícios dignos de merecimento e louvor. Com todas essas qualidades, o homem mediterrâneo percebe a vida com olhos alegres mais como um jogo, enquanto os nórdicos vêem-na mais como uma tarefa estabelecida. Ele é eloqüente, sendo muitas vezes um hábil orador, e não raramente ele é (pelo menos para o observador nórdico) falador e um tanto superficial. Seu espírito sobe com facilidade e, do mesmo modo, cai e se afunda. Ele é bastante preparado, também, para entrar em conflitos, e perdoa mais cedo se comparado aos homens de outras raças. Com isso, seu sentimento forte de honra não o abandona, nem sua disposta autoexpressão em palavra e gesto. As energias mentais são todas direcionadas para o seu exterior, enquanto que introspectivamente no homem nórdico. Ele não tem muita disposição para o trabalho pesado. Muitas vezes é preguiçoso, prendendo-se mais aos prazeres da vida. O gasto não faz parte de seu costume. Possui pouco da energia nórdica; pouco também da aptidão característica da raça Alpina. Sendo assim, temos, portanto, a menor dolicocefalia, isto é, a mais forte braquicefalia (até aqui asiática e Alpina) das classes altas no sul da Itália. O homem mediterrâneo é muito influenciado pela vida sexual; não é tão continente, se comparado ao nórdico. O sexo lhe representa algo como um jogo (o espírito de Gaulois ilustra bem 27
essa característica), um objeto de sua paixão; e é o sexo aquilo que lhe desperta a sensibilidade por esquemas de cores em roupas, com seu rápido e superficial dom artístico. Possui certa disposição para a tortura e crueldade animal. Talvez devido à forte relação com a sexualidade, possui uma inclinação incomum ao sadismo. Tomando a afirmação de Lapouge, de que é o espírito do protestantismo visto no homem nórdico – uma conexão apontada no seu conjunto por uma comparação da distribuição de raça e fé na Europa – poderíamos dizer que essa vertente religiosa é algo bastante estranho ao mediterrâneo, com o seu amor à oratória estimulante, de gestos e de cores brilhantes. A fé do homem mediterrâneo não é tão profundamente enraizada na consciência como com o nórdico; pertence mais aos sentidos, sendo uma expressão de alegria de viver e bondade de coração que tanto o caracteriza. Esta bondade de coração mostrase em primeiro lugar e principalmente no homem Mediterrâneo, em seu amor (o que na visão dos nórdicos parece exagerado às vezes) para suas crianças e, em geral, na profunda afeição pela família. Na vida pública do homem mediterrâneo, mostra-se uma pequena sensação de ordem e lei, e uma busca por planejamento. Ele é rapidamente incitado à oposição, e está sempre desejando a mudança; o sul da França, predominantemente mediterrâneo, antecipa votos 'radicais'. A agitação mediterrânea é o oposto a contenção nórdica na vida social. Assim, há uma tendência para condições fora da lei (anarquia), para conspirações secretas (Camorra e Máfia na Itália, Sinn Féin, na Irlanda, algumas das características da maçonaria italiana e francesa), e de uma vida arriscada, regada a roubos. O mediterrâneo predominante do sul da Itália (como a Sicília e Sardenha) caracteriza-se por uma porcentagem maior de atos de violência e assassinato; Nicéforo, uma região na Sardenha, na qual o elemento Mediterrâneo é marcadamente predominante, é, conseqüentemente, a mais criminosa – uma zona delinqüente.
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A raça dinárica
Os membros desta raça são caracterizados por uma força áspera e perfeccionista, por uma peculiar confiabilidade, por um sentimento de honra e amor do lar, pela coragem e certa autoconsciência. São esses atributos que, na Primeira Guerra Mundial, fizeram desses homens, provindos de ambos os lados vindos de regiões predominantemente Dináricas, os melhores lutadores no Front do Sudeste europeu. Seu sangue faz a diferença entre a natureza da Baviera e do Norte Alemão, e dá lugar à autoconsciência das regiões do Sul-alemão e Alpes Austríacos. O homem dinárico é caracterizado por uma calorosa sensibilidade à natureza, um grande amor ao lar e um espírito de criatividade nos seus arredores, sendo metódico; sua expressão reflete-se em utensílios, costumes e em seu jeito de falar. Ele, porém, não consegue direcionar seus dons para grandes empreendimentos, para liderar nas mais variadas esferas da vida, ou para o progresso desenfreado e a competição vigorosa. Vive mais no presente que na previdência. Sua grande ousadia está nas conquistas corporais: o verdadeiro desejo espiritual para conquistar, como muitas vezes caracteriza o homem nórdico, parece-lhe raro. Algo característico do dinárico é sua súbita inclinação à explosão emocional, irritando-se rápido e/ou brigando – características, todavia, que são incomuns à sua disposição integral bemhumorada, alegre, e amigável. Mas não é por acaso que o dinárico, predominante no sudeste alemão, seja marcado por uma particular porcentagem elevada de condenações penais por lesões corporais graves.
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A natureza do Dinárico tem um alcance de desenvolvimento definitivamente reduzido em toda direção em comparação ao Nórdico. Os sinais são ambicionados de qualquer grande perspicácia mental, ou de rígida determinação. A perspectiva espiritual é restrita, embora a vontade possa ser forte. No geral, a raça dinárica representa uma parcela que não raramente demonstra-se bruta e, de certa forma, com áspera alegria ou mesmo humor, e facilmente é levada ao entusiasmo. Ele possui um dom para a réplica e vívida descrição, mostrando um conhecimento de humanidade e poderes afetuosos como um dote racial. Capacidade de negócios, também, parece não ser-lhe rara. O dom para a música, acima de tudo, é particularmente acentuado. A região predominantemente dinárica dos Alpes é onde canções folclóricas alemãs mais florescem. O dom das línguas, também, parece ser mais freqüente nela. A sociabilidade desta raça é rude e barulhenta. Entre homens, é geralmente sincera e honrada. A raça alpina
Existe uma notável concordância entre os observadores dos mais diferentes países sobre o conjunto mental da raça alpina. O homem alpino pode ser caracterizado como reflexivo, trabalhador e conservador. As duas últimas são as qualidades que mais integram o seu comportamento, juntamente com a reserva, mal-humor, desconfiança, lentidão e paciência quando se está lidando com estranhos. Temos aqui um tipo que como um todo mostra muitas qualidades que são geralmente encontradas no burguês, fazendo-se o uso desta palavra no que diz respeito a uma percepção mental, e não para designar uma classe. Ele é sóbrio, “prático”, um trabalhador de pequenas empresas que pacientemente faz o seu caminho pela força da economia (e não do 30
empreendimento), e não raramente mostra considerável habilidade em adquirir "cultura" e importância social. Uma vez que seus objetivos são mais limitados e ele carece de uma verdadeira ousadia no pensamento ou ação, às vezes demonstra-se melhor do que o mais descuidado, ousado, e não raramente altruísta homem nórdico e dinárico. O alpino inclina-se à perseverança e à facilidade; ele é prudente e gosta de sentir que seus pensamentos e idéias não diferem da maioria. Ele “acredita em dinheiro”1, e “venera uniformidade”2. Em sociedades de predominância alpina, as distinções de classes têm pouca importância; "todos são iguais”3 e possuem um gosto pelo medíocre e ordinário, desencorajando a concorrência. “Sua inclinação para a teoria democrática de igualdade é baseada no fato de que eles nunca crescem acima da média, e não gostam, quando não odeiam, a grandeza que não podem compreender”4. Assim, tudo nobre ou heróico – generosidade, alegria, tolerância - são essencialmente atributos dos Alpinos. Por esta razão, o Homem Alpino se sente mais em casa todos os dias, uma vida normal. Sua mente está voltada para aquilo que o cerca. Isto é visto, também, em questão de sua espiritualidade racial, quando ele se sente atraído pela reflexão e pela a tranqüilidade, por vezes olhando à sua volta, de modo positivo, como tendência para sentimentos calorosos que lhe parecem não distinguirem-se. Em sua vida religiosa, mostra-se profundamente apegado, de forma mais sensível se comparado com os homens de outras raças européias. Inclina-se para uma serena devoção cultivada em grupos conscientes, mas ela rapidamente assume toques moralistas, estúpidos e intolerantes. Estas características, porém, são mais evidentes na Igreja Protestante e nas seitas do que na Igreja Católica. De Lapouge atribui ao homem Alpino uma tendência ao catolicismo. O homem alpino e sua família tornam-se um grupo apegado, ocupado, egoísta. Toda individualidade lhe é estranha; na vida política, também se inclina para a organização total em massa. Mas, em geral, sua perspectiva ultrapassa o grupo mais familiar. Ele está distante de qualquer inclinação bélica, bem como da vontade 1
Garborg. Lapouge. 3 Arbo. 4 Amon. 2
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de governar ou de liderar. Como é o seu feitio a ser conduzido, geralmente é um seguidor quieto (embora com uma tendência de reclamar e ser invejoso), e com pouco amor por seu país. Entre eles, costumam serem pacíficos, em comunidades moderadas, convivendo em contente conforto; eles podem tornarse, especialmente depois de álcool, confiantes e apegados; quando estão bebendo, segundo Arbo, este excesso de amizade pode até tornar-se ofensivo. A vida sexual entre parece ser menos moderada que entre os nórdicos, não tão fresca e saudável como geralmente o é entre os dináricos, nem tão apaixonada como entre os mediterrâneos. É mais prática, por assim dizer, e muitas vezes mais triste. Com estranhos, o homem alpino é frequentemente desconfiado, reservado, rude, às vezes lento e teimoso; ele raramente é livre de suspeita, aberto ou franco. Na vida pública, muitas vezes mostra pouca confiança e não tem uma forte disposição para o cumprimento exato de suas obrigações. A criança alpina é, também, menos ingênua e aprende mais rapidamente com a experiência, observando aos outros até atingir uma finalidade. A mulher alpina é mais determinada que o homem para a vocação industrial e para o trabalho pesado. Os alpinos em geral mostram pouco ou nenhum senso de humor, tanto em relação a outros povos como ao seu próprio. A respeito da inexistência de piadas, Arbo diz que “eles acham que estão sendo feitos de tolos". Há sempre uma desconfiança do estranho, que facilmente transforma-se em antipatia e ódio. Em qualquer nação, a parte alpina (que não é a dos líderes, mas dos liderados) será, por sua vocação industrial moderada e econômica, também por certo senso comum, mais provável tornarse um elemento burguês pacífico, aparecendo em cada ocupação e classe (diminuindo gradualmente à medida que sobe); satisfação e felicidade, após uma vida de ocupações, é um ideal essencialmente alpino. *Texto traduzido a partir do inglês, sob o título de "The mental characteristics of the european races". GÜNTHER, Hans F. K. The racial elements of european history. Londres, 1927. Versão original online, disponível no site: http://www.white-history.com
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Tradução por Zoroastro.
ÓDIO JUDAICO EXPOSTO – O CASO DE JOHN DEMJANJUK* National Alliance O caso de John Demjanjuk serve como um dos mais gritantes fatos de ódio judaico e completas mentiras sobre o então chamado “Holocausto”. Os judeus, que falsamente o acusaram, conseguiram não somente expor o seu vicioso, sem provas e mentiroso “Holocausto”, mas também, durante o processo, arruinaram a vida de John Demjanjuk. A história de John Demjanjuk começa em outubro de 1975, quando uma lista de supostos criminosos de guerra nazistas circulou entre membros do senado americano. A lista foi originada na KGB (Serviço Secreto Soviético), supostamente vinda de material capturado pelo exército soviético no final da Segunda Guerra Mundial. Um dos nomes aparecidos na lista era o de John Ivan Demjanjuk, um Ucraniano que emigrou para os Estados Unidos em 1951 e que estava vivendo em Cleveland, Ohio, dês de 1958. O documento da KGB alegava que Demjaniuk teria sido um soldado do Exército Vermelho, mas que após cair sobre cativo alemão, alistou-se como voluntário para serviço nas S.S. Ele tinha, segundo esse documento, prestado treinamento no campo da SS na cidade de Trawniki, Polônia e que havia servido em Março de 1943 como guarda da SS, no campo de Sobibor e após isso, no Campo de Concentração de Floenbuerg. Governo Americano começa a desnaturalização juntamente com a investigação criminal. Agindo com base nesta informação, o Governo americano começou com o processo de desnaturalização de Demjanjuk, 33
baseados em seu secreto passado nazista, que ele havia escondido dos serviços de imigração e naturalização. Junto disso, o Governo instruiu seu Departamento de Justiça para começar uma investigação completa, tendo como base as alegações contidas no documento soviético, preparando uma audiência de deportação – Demjanjuk seria enviado para Israel, sendo julgado neste país. Israelenses encontram “Testemunhas Oculares” que relacionam Demjanjuk a Treblinka Em fevereiro de 1976, o Governo americano pediu pela cooperação do Governo israelense para encontrar cidadãos que fossem sobreviventes do campo de Sobibor e que pudessem identificar Demjanjuk. A fonte de identificação consistia em fotos de seu passaporte para os serviços de imigração dos EUA, feitos durante seu pedido pela cidadania em 1950 – A lógica era que Demjanjuk ainda pareceria relativamente similar à maneira que ele era no ano de 1943. Durante 1976, a policia israelense identificou um número de judeus que estavam registrados como tendo sido resgatados, ou que tinham escapado dos campos de Treblinka ou de Sobibor. Estes “sobreviventes”, após terem sido apresentados às fotos de Demjanjuk, identificaram-no como um guarda que eles chamavam de “Ivan, O Terrível”, que supostamente operava a câmara de gás em Treblinka. Mesmo após o governo Americano ter identificado Demjanjuk como tendo sido um guarda no, geograficamente separado, campo de Sobibor, as “testemunhas sobreviventes” colocaram Demjanjuk no campo de Treblinka, e como sendo o operador da câmera de gás neste local. Demjanjuk desnaturalizado e deportado para Israel. No ano seguinte, 1977, o Serviço de Imigração Norteamericana deu início ao processo de desnaturalização contra Demjanjuk. Enquanto esses procedimentos estavam em andamento, o Departamento Americano de Justiça criou um
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Escritório de Investigações Especiais (OSI), cujo único trabalho era encontrar supostos criminosos de guerra nazistas em seu solo. Parcialmente, como resultado da criação do OSI, a audiência de desnaturalização de Demjanjuk efetuou-se somente em fevereiro de 1981. Em junho de 1985, ele finalmente perdeu sua cidadania americana, ficando à mercê de uma audiência de deportação realizada pelo Estado de Israel. Foram levados outros cinco anos de disputas legais antes de Demjanjuk ser deportado para Israel, em 1986, para ser julgado. Caso israelense baseado em testemunhas oculares e em um cartão de identificação da SS O pedido de extradição feito pelo Estado de Israel foi baseado em ”testemunhos oculares”, e no cartão de identificação da SS, alegadamente relacionado ao termino do treinamento de Demjanjuk no campo da SS de Trawniki.
Acima: O “Certificado de Trawniki” – Um certificado de identificação da SS, contendo o nome e a foto de Demjanjuk. Fornecido pela KGB, era uma peça fundamental de evidência – Até que o colapso da União Soviética permitiu que fosse revelado que não passava de uma falsificação feita pela KGB.
Esta identificação, que ficou conhecida como o “Certificado de Trawniki”, era uma evidência vital, já que continha a fotografia de Demjanjuk. O cartão em si foi fornecido diretamente à dos arquivos soviéticos. Juntamente do cartão de identificação, a promotoria produziu cinco “testemunhas oculares” que disseram que 35
Demjanjuk era “Ivan, O Terrível”, que operava as câmaras de gás em Treblinka. Demjanjuk nega todas as acusações A defesa de Demjanjuk era a de que ele foi capturado pelos alemães, e se manteve sob cativo destes durante a guerra, nunca servindo à SS. A promotoria dispensou sua defesa, produzindo mais testemunhas oculares que, desta vez, identificaram-no pessoalmente, juntamente com um cartão de identificação da SS com sua fotografia – O caso contra Demjanjuk parecia esmagador e, sem surpresa alguma, ninguém acreditava nele. Testemunha aponta o dedo contra Demjanjuk O primeiro “sobrevivente”, Pinhas Epstein, testemunhou em 23 de fevereiro de 1987, e falou para a corte: “Eu estou convencido que o homem sentado à minha frente é Ivan, O Terrível, de Treblinka”. (Reuters, 23 de fevereiro de 1987). Epstein disse que viu a fotografia de Demjanjuk em um álbum mostrado para ele em 1978 por investigadores israelenses. “Estavam me mostrando um álbum, e minha atenção dirigiu-se diretamente para uma figura; eu a identifiquei como sendo a de Ivan”. (Reuters, 23 de fevereiro de 1987).
“Eu disse que a foto não era particularmente precisa. Era mais velho que aquele Ivan que eu conheci, mas definitivamente era ele. As feições, a face redonda, o pescoço curto, os largos ombros e as grandes orelhas. Eu disse para eles, este é o Ivan que eu me lembro”, Epstein disse. (Reuters, 23 de fevereiro de 1987).“Eu ia para as câmaras de gás para retirar os cadáveres... ele parava e 36
olhava para o resultado de seu trabalho... O esfaqueamento de garotas, enfiando seus polegares nos olhos delas e em partes de seus seios... Tudo isso ocorria a metros de mim”, Epstein continuou em sua evidência (Reuters, 23 de fevereiro de 1987). O próximo sobrevivente e “testemunha ocular”, Eliyahu Rosenberg, contou então à corte, em 25 de fevereiro de 1987: “Este homem é Ivan, sem sombra de dúvidas – Ivan de Treblinka, das câmaras de gás – o homem para quem estou olhado agora”. (Reuters, 25 de fevereiro de 1987). Rosenberg testemunhou que ele chegou a conhecer Demjanjuk muito bem, e que uma vez o acusado desferiu-lhe 30 chicotadas por roubar um pedaço de pão, e que, após isto, ainda teria sido forçado a dizer-lhe “muito obrigado”. (Reuters, 25 de fevereiro de 1987). Rosenberg disse à corte que, na idade de 12 anos, teria sido forçado a retirar cadáveres das câmaras de gás e enterrá-los ou queimá-los. “Nós rapidamente descobrimos que mulheres e crianças queimam mais rápidos que os homens”. Os alemães diziam a nós: “Joguem as crianças primeiro, porque eles queimam mais rápido”, Rosenberg disse. (Reuters, 25 de fevereiro de 1987). Demjanjuk é condenado, sentenciado à morte!
Para a surpresa de ninguém, a corte de Israel declarou Demjanjuk culpado em 18 acusações, e, em 18 de abril de 1988, uma semana depois, o acusado foi sentenciado à morte pelo único crime que o Estado de Israel pune com a pena de morte – ser um nazista. A condenação foi obtida primeiramente com base no cartão de Identificação da SS, e com os testemunhos que o identificaram como o operador da câmara de gás em Treblinka.
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A defesa imediatamente apelou, citando várias irregularidades no processo da corte, regras de evidência e outras questões. O colapso da União Soviética revela a falsificação de Trawniki Em um momento crítico no processo de apelação – quando a vida de Demjanjuk estava presa à balança – o destino interveio. Um dos juízes de apelação sofreu um ataque cardíaco. E então, o caso foi adiado. Durante esta interrupção, em 1990, a União Soviética subitamente entrou em colapso. E, como resultado, os arquivos da KGB com relação ao caso foram abertos (o leitor irá lembrar-se de que o Certificado de Trawniki tinha sido originado na KGB). No arquivo da KGB com relação à Demjanjuk, a chocante verdade foi revelada: o certificado de Trawniki tinha sido forjado, sendo usado como parte de uma campanha contra os nacionalistas ucranianos.
Acima: O “sobrevivente” do holocausto e testemunha ocular: Eliyahu Rosenberg cai em pedaços, e chora na corte israelense após identificar John Demjanjuk como sendo “Ivan, O Terrivel”. O testemunho de Rosenberg, assim como o de todos os “sobreviventes” que testemunharam contra Demjanjuk se mostraram falsos.
O caso entra em colapso – Demjanjuk absolvido na apelação Enfrentando a revelação de que o Certificado de Trawniki era uma ultrajante falsificação, a corte suprema israelense nos seus créditos, reconheceu que o caso contra Demjanjuk teria sido inteiramente fabricado, do começo ao fim. Consideraram-no
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inocente em Julho de 1993, com a declaração de que não havia nenhuma evidência que mostrava que Demjanjuk era “Ivan, O Terrível”. No dia 22 de setembro de 1993, John finalmente foi libertado e recebeu permissão para retornar para sua casa em Cleveland, Ohio – um homem inocente que passou sete anos em uma prisão israelense, por conta de uma falsificação feita pela KGB, e um pacote de evidências fabricadas pelos “sobreviventes do holocausto”.
Acima: John Demjanjuk, ainda em seu traje de prisão israelense, ri prazerosamente após sua absolvição – E após a dispensa feita pela suprema corte Israelense das “testemunhas oculares” que diziam que o tinham visto operando uma câmara de gás em Treblinka.
A corte suprema israelense dispensa a evidência de “Testemunhas Oculares”. Implicitamente no colapso do caso contra Demjanjuk, a Corte Suprema Israelense reconheceu que todas as “testemunhas oculares” e seus respectivos depoimentos, que colocavam-no em Treblinka, eram falsos – o que não resta dúvidas! Por esta razão, o caso de John Demjanjuk serve como um magnífico exemplo de como as “testemunhas oculares” e os “sobreviventes do holocausto” são falíveis. Se a Corte Suprema Israelense não conseguia dar créditos às suas palavras – e essa instituição seria a mais provável de todas para aceitá-las –, então tudo isso serve como indicativo do quão falsas as afirmações foram.
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Se os “sobreviventes” mentiram tão flagrantemente na identificação de Demjanjuk, então é justo perguntá-los “O que mais nos seus testemunhos foi fabricado?”. Agora, em 2006 (data em que o artigo foi originalmente escrito), não contente com a injusta detenção e sentença de morte a John Demjanjuk, em uma prova das mentiras judaicas, o Sistema Legal Americano, sob influência judaica, não poupa este homem de 85 anos de idade de seu sofrimento: além de sua cidadania americana ter sido anulada, ele está próximo de ser deportado para a Europa Oriental. É, em suma, uma grande infelicidade. Mas, um dia, aqueles que executaram esta injustiça ainda serão chamados pagá-la. *Texto traduzido a partir do inglês, sob o título de "Jewish hate exposed – the case of John Demjanjuk". NATIONAL ALLIANCE Versão original online, disponível no site: http://www.natallnews.com/page.php?id=2 Tradução por Arjuna
OS SMURFS ARIANOS* Arjuna
Pierre Culliford, apelidado de “Peyo”, é o pai e criador de um dos mais bem sucedidos e populares desenhos animados da história, chamado de “Os Smurfs”. Nascido em Flandres (em 1928), filho de um inglês, Peyo cresceu em um país completamente homogêneo. Tinha 11 anos quando a II Guerra Mundial eclodiu, e 17 quando terminou. Foi, então, um dos poucos que viu a Europa antes da invasão de
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imigrantes que aconteceu após 1945. Peyo desenhou os Smurfs em 1959. Ele nunca deu explicação alguma do porque colocou tantos sinais e mensagens subliminares em seus desenhos. Por que os Smurfs eram todos da mesma cor, falavam a mesma língua, professavam as mesmas tradições. Falar com a imprensa (manipulada) nunca foi muito de seu agrado, e os seus parentes e amigos contaram ao mundo, após sua morte, no ano de 1992, que Peyo não ficou feliz com a derrota da Alemanha na guerra. Eles também revelaram que Peyo era uma pessoa de crenças nacionalsocialistas e afiliado à Ku Klux Klan, e que, além disto, era um grande crítico com relação à imigração em massa de estrangeiros não-brancos para a Europa. Peyo era um bom homem, honesto e gentil, um herói branco lutando de sua maneira para passar mesmo que subliminarmente as crenças nacional-socialistas adiante! Vestes, rituais e suas simbologias
Em primeiro lugar, vamos analisar as roupas usadas por seus personagens. O vilarejo é governado pelo Papai Smurf, um velho e sábio homem de chapéu vermelho que é o líder dentre os outros Smurfs de capuzes brancos. Similarmente, o líder da Ku Klux Klan, conhecido como o “Grande dragão”, usa um capuz vermelho entre os outros membros de capuzes brancos da Klan. Existem também vários episódios em que os Smurfs dançam ao redor de fogueiras, em rituais muito semelhantes aos rituais tradicionais da Ku Klux Klan. Além disso, alguns autores, como o chileno Miguel Serrano1, citam que os antigos hindus pintavam os corpos de azul em seus rituais, para representar os antigos povos hiperbóreos que deram origem aos arianos. O vilarejo habitado por eles é tão pacífico, tão perfeito, tão inofensivo, tão educado, tão cultural e habitado apenas por uma raça de criaturas. É uma perfeita comunidade homogênea nacional-socialista. 1
SERRANO, Miguel. NOS – El libro de la resurrección. Editorial Kier. Buenos Aires, 1980. 41
A Smurf Loira Olhe para esta bela criação de Peyo! Há apenas uma Smurf feminina em seu vilarejo, e ela é uma típica “beleza ariana”, com seus cabelos loiros que parecem com os raios do próprio sol que o iluminam, com grandes olhos azuis da cor do mais profundo e puro oceano! Originalmente, ela foi encontrada por Gargamel (que neste caso representaria um judeu), que vendo possibilidades práticas para o seu achado, planejava usá-la como uma armadilha do mal contra os Smurfs. Mas os pacíficos e puros Smurfs junto à bondade do vilarejo sagrado transformaram Smurfete (este é seu nome) em uma boa Smurf, que se integrou perfeitamente ao vilarejo. Percebam como Peyo foi genial! Um judeu (neste caso, Gargamel) que traz uma Smurf-armadilha (representando a prostituição, indústria pornográfica, etc.) para enfraquecer e derrotar os outros Smurfs, que representam o Homem Branco.
Digam “oi” ao ganancioso!
O personagem mais maléfico do desenho! Seu nome é Gargamel, um nome típico de judeus provenientes da Alemanha, que possui uma aparência típica do estereótipo judaico: cabelo escuro, nariz grande e dentes pontudos. Ele vive em uma casa grande, suja e velha, juntamente com seu gato, chamado por ele de Azrael (De acordo com a Torah, este é o anjo que separa a alma do corpo na hora da morte), e pratica magia (Cabala). Gargamel é representado no desenho como sendo um assassino impiedoso, um eterno inimigo dos Smurfs. Está sempre produzindo venenos e armadilhas mortais para assassinálos, ou tentando sequestrá-los para comê-los. 42
Como Peyo Foi genial!
Em um episódio, Gargamel produz um veneno perigoso, que acidentalmente um Smurf descuidado pegou, e quando o ingeriu, adquiriu uma cor escura; não somente isso – ele se tornou violento, frio e insensível. Este Smurf envenenado se escondia na floresta e agredia seus companheiros normais. E até que os Smurfs achem uma cura para este Smurf negro, este continuará sendo violento. Olhem como Peyo foi genial! Um judeu (neste caso, representado por Gargamel), que através de um veneno (Televisão, propaganda, música degenerada), fez com que um Smurf que se tornou negro, violentasse os Smurfs normais (neste caso, pessoas brancas). Isto não nos é similar a algo? Gargamel, a certa altura, descobre através de sua magia, uma fórmula para obter ouro, utilizando a pedra filosofal. Necessitava-se, como ingrediente, pelo menos seis Smurfs (que, neste caso, fazem o papel de seis homens brancos, honestos, que trabalham arduamente, sem que sejam devidamente recompensados), mas tendo falhado por várias vezes, a simples vingança (a vingança pelo fato do homem ariano ter-se revoltado contra o judeu e seu sistema) já era motivo suficiente para desejo de livrar-se deles! O vilão, em um dos episódios, entrega uma moeda a um Smurf, na esperança de que ele a guarde e torne-se ganancioso (oferecendo dinheiro, materialismo, para que até o mais puro dos seres se corrompa pela ambição). O plano funciona e o Smurf torna-se ganancioso, deixando de ver impedimentos éticos, nem morais para conseguir mais moedas. Com isso, a paz e a tranqüilidade no vilarejo Smurf é abalada. Mas, no final, tudo é
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resolvido quando este Smurf decide dividir sua riqueza com os outros habitantes, e o vilarejo torna-se novamente um lugar de paz. Em um outro episódio, Gargamel (novamente representando um judeu) se transforma em um pequeno ser azul, através de um encantamento (tentando mudar sua aparência ideológica), para se infiltrar no pacífico vilarejo Smurf (sendo alguns de seus principais meios, a propina, o dinheiro, e os “benefícios”), e quando finalmente entra no vilarejo, tenta escravizar os pequeninos para que estes se tornem seus servos, e que assim produzam ouro para ele, para depois os matar (através de propagandas, culpa, materialismo, escravizando o espírito do homem branco para poder dominá-lo e fazê-lo produzir riquezas em seu benefício). Mas, assim como em outros episódios, os Smurfs descobrem a farsa de Gargamel, e acabam com seus planos antes que ele conseguisse finalizá-los (o homem ariano descobre a farsa dos judeus, o “Holocausto”, a culpa, o materialismo, e acaba pondo um fim aos planos que viriam a destruí-lo). Qual foi a mensagem que Peyo nos deixou? A grande mensagem que Peyo nos deixou pode ser exemplificada, novamente, pelos próprios contos de sua genial criação: Gargamel, em algumas vezes, chegou a capturar alguns Smurfs desavisados, que estavam vagando pela floresta sozinhos, mas nunca conseguiu acabar com nenhum deles. Desta mesma forma, algumas vezes o homem ariano desviase de seu caminho e acaba vagando pela obscuridade da omissão; não percebe o que faz, até o momento em que ele se sinta culpado pela gana e pelo individualismo. Só assim é capaz de compreender o quanto esses valores eram danosos não somente para si, mas para sua comunidade, quando o caminho parece irreversível, quando a luz do sol parece esvaecer-se dentre as árvores da floresta... Mas assim como os Smurfs, o homem ariano não perecerá. Ele, através de sua criatividade, de seu esforço coletivo, acabará reencontrando o caminho de volta à luz por entre uma negra floresta. Regressará, deste modo, mais sábio, sabendo agora dos perigos que o cercam.
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A comunidade Smurf toma a forma de uma cooperativa, compartilhando de um ambiente agradável, baseados no princípio de que cada membro possui algo de bom e que, sendo assim, possa contribuir para a Sociedade Smurf, da maneira como puder. Em troca disto, parece que cada membro se absteve de seu individualismo pelo bem comum a toda uma comunidade. Assim como a comunidade Smurf, a comunidade Ariana nacional-socialista se moldará também na forma de uma grande cooperativa, em que cada Ariano, sabendo de seu grande papel nesta sociedade, trabalhará naquilo em que ele/ela seja esteja mais apto para fazer, contribuindo individualmente para a coletividade. Desta forma, o homem Ariano se absterá do individualismo fútil, prezando pelo bem de seus semelhantes. ...Como Peyo foi genial! ______________________________________________________ *Artigo lançado originalmente na Revista Cultural Tholf #03, em Junho de 2009. Escrito por Arjuna.
ODIADORES DA DIVERSIDADE?* Arjuna Durante muito tempo foi posto sobre nós o manto branco do ódio, que nos transforma subitamente, e sem chances de real argumentação em assombrações de um passado obscuro e destrutivo, que na presente modernidade não possui espaço algum, pois vivemos no mundo da diversidade, mas de uma falsa “diversidade”, que nos toma como seus maiores opositores e inimigos. Sempre somos representados como fomentadores do ódio, aqueles que pregam a desarmonia, que se consideram superiores aos outros em todo e qualquer aspecto. Estas idéias estão demasiado fixas neste mundo, assim como em nosso coletivo, de modo que até mesmo alguns dos que se vêem como camaradas as 45
aceitam e incorporam-nas em suas vidas, e que, por causa disso, quase sempre acabam sujando o nome de nossa causa – uma causa do bem, da honra e liberdade. Sei que seria muita presunção tentar mudar o mundo com apenas um artigo, e este não é o meu objetivo; longe disto, pretendo mostrar que não somos odiadores daquelas pessoas diferentes de nós, mas, pelo contrário, somos os maiores amantes da diversidade. Acreditamos que todos os povos devam ter sua terra, na qual possam dar-se à prática de suas mais enraizadas tradições; na qual possam criar seus filhos e netos em um ambiente saudável, onde exista uma real harmonia entre seus habitantes – algo que acontece somente quando as pessoas sentem-se fazer parte de algo em comum, um mesmo povo, uma mesma identidade. Não somos odiadores; odiadores são aqueles que fazem com que povos sem desavenças sejam obrigados a conviver juntos, tendo de renunciar seus mais antigos ritos e tradições em nome de um “bem comum”, que, na verdade, é benéfico apenas àquele que os está prejudicando. Este pouco se importa com as pessoas; pensa apenas no capital que os seres podem gerar-lhe, fazendo com que povos que se respeitavam de forma mútua, convivendo de forma pacífica, cada um em sua respectiva terra, voltem-se uns contra os outros em forma de uma guerra civil não-declarada. Esta guerra pode acontecer diante de nossos olhos, sem que sequer possamos percebê-la. Um exemplo claro disto é quando um grupo consegue uma maioria (não precisando ser necessariamente em números, mas também dotando de poder e ideologia) em seu parlamento nacional, e que, por conta disto, usa sua situação para fazer reformas em favor de seu povo. Isto não prejudica diretamente o outro, mas cria um malestar nacional, fazendo com que as pessoas revejam a máquina governamental, que deveria estar trabalhando para um bem comum, utilizando-se para fazer reformas de “maquiagem” em favor de um grupo específico. Ao invés desses povos porem-se à luta por um bem comum, acabam afrontando em favores e vantagens ínfimas entre si, por mais que estejam em um mesmo território, e que, por este motivo, 46
deveriam lutar por um mesmo bem coletivo. Os verdadeiros odiadores são aqueles que lucram com o conflito entre os povos previamente amigos, mas que são jogados à arena um contra o outro. E nesta arena, nenhum povo sai como vencedor; leões famintos aparecem e devoram-nos, fazendo com que restem apenas os esqueletos empilhados daquilo que um dia foram vidas. O odiador lucra não apenas com a economia e a política, mas também com essa guerra não-declarada que assola as ruas; quando existem dois ideais conflitantes em um mesmo local, as pessoas deixam de perceber o que está acontecendo fora dessa esfera minúscula, gastando toda sua energia na luta por um "microcosmo". Enquanto isso, o odiador toma todo o sistema financeiro e a mídia, e, assim, exerce seu controle sobre o raciocínio de uma nação. A propaganda, assim, continuará mostrando que a vinda de povos completamente diferentes, para fixar-se em determinada localidade, é positivo não só para esses que imigram, mas também para os nativos de sua nova terra. Propõem que, com esta vinda, o elemento estrangeiro traz experiências novas. Com este argumento, até mesmo tentará insinuar, de forma subliminar, que a cultura predominante deverá ser subjugada, pois ela é vista como retrógrada, já em nada acrescenta ao país; em outras palavras, ela passa a ser vista como uma forma de resistência à usurpação que acontece ao seu redor. Os povos que antes deste feito estavam isolados, de repente se vêem de fuzil em mãos, discursando e atacando uns aos outros, de modo enérgico, em pequenas demonstrações de revolta; o odiador, contudo, não permite que isso desestabilize o local por completo – isto o faria perder o controle das massas, a qual serve ao seu propósito somente quando obedece ao que por ele é ditado, sobre o quê e como se deve odiar ou amar. Ele, do alto, observa e desfruta de toda a desordem que ocorre, sendo, em sua vista, esta confusão proveitosa – já que ela "amacia" ao povo, impedindo-o de raciocinar. O povo é incapaz de perceber o quão ruim sua situação está, se ela for 47
gradativamente e lentamente piorando. A desordem o distrai daquilo que este odiador faz. Este dá suporte a um ou outro lado, sendo que, na verdade, financia a ambos. Algumas pessoas “comuns” percebem essa situação, mas são silenciadas pelo sistema, sendolhes necessariamente colocados rótulos degenerativos – e se o rótulo de algum produto não diz algo positivo sobre seu conteúdo, torna-se improvável que alguém, em sã consciência, o consuma. Enquanto isso, ele, o odiador, vende armas ideológicas, realiza programas para ambos os lados, tornando-se seu senhor feudal. Nesta guerra, ele é o único que não perde, pois não se envolve no conflito; apenas movimenta os peões, pois a guerra não é sua. Ele apenas provocou-a para aproveitar-se da situação de desordem que ela resulta e, enquanto isso, estará fechado em sua comunidade homogênea, criando seus filhos assim como os seus ancestrais o faziam, há mais de 4 mil anos atrás. Nós não acreditamos no ódio; o ódio pelo diferente apenas por aquilo que o diferencia de nós é apenas ignorância. A força de nosso ideal está no amor por nosso semelhante, e ao contrário do que se propaga sobre nós, no respeito pelo diferente. Esta é a nossa causa – a causa do bem e da verdade. E talvez justamente por isso é que somos odiados e perseguidos pelo mundo afora; somos, pois, a brava centelha que sobrevive, procurando voltar crescer, para tornar-se uma chama, que por uma vez mais iluminará o mundo inteiro, mesmo que tentem apagar-nos. Odiados somos, pois representamos o bem em um mundo em que a bondade não existe – ela, há tempos, foi substituída pelo lucro e pelos interesses. Queremos o bem de todas as raças, e, por este motivo, desejamos nossa separação das outras; todos os povos têm o direito de criar raízes em suas terras, nas quais seus filhos possam sentir-se em casa, pois neste solo, seus ancestrais um dia semearam o futuro que hoje eles estão colhendo. Sempre que ouvirmos algum relato de alguma tribo ou vilarejo da América Central que está retomando alguns de seus antigos costumes indígenas, deveríamos ficar felizes por este lugar, pois esta é uma vitória do bem sobre o mal do multiculturalismo. Qual 48
seria a finalidade de um mundo multicultural, da maneira como esta expressão comumente é dita? Isso representaria o fim de todas as belas e diferentes culturas e raças que existem neste planeta, a favor de uma anti-idéia de que predomine um só povo e uma só cultura. Um mundo multicultural, como nos tem sido proposto, representa a destruição de todas as raças e culturas existentes neste planeta – uma incoerência para quem deseja um mundo verdadeiramente multicultural, como nós! Quem, então, luta contra a destruição das mais diversas culturas milenares que possuímos neste pequeno ponto azul em nossa galáxia, que até hoje parece ser o único lugar com vida conhecida em toda a imensidão do universo são aqueles que são chamados de odiadores? Nós definitivamente não somos odiadores da diversidade. Somos, pelo contrário, os maiores e mais verdadeiros amantes dela.
O SÍMBOLO DA PROSPERIDADE E OS FORMADORES DE OPINIÃO* Tholf Estava eu em meus primeiros dias como acadêmico no curso de História de minha cidade natal. Um misto de ingenuidade, infantilidade e ousadia fizera-me com que ao primeiro dia de aula, ostentasse em minhas vestes, ainda que não sendo de forma agressiva, a simbologia com a qual é certo de que para um bom entendedor, estaria ali o retrato de um possível adepto ou simplesmente simpatizante do que fora o Nacional Socialismo. Reconheço hoje, quatro anos após tal feito, que o fizera com o intuito de ser notado – fruto de um comportamento enérgico e bastante comum àqueles que integram a faixa etária na qual estava naquele tempo inserido. Infeliz fui eu que ao infantilmente exteriorizar o meu eu, semearia a pólvora de que desde então, durante o percurso de longos anos, ainda viria a me perseguir – o desejo de destruição, movido pela inconformidade em relação aos meus princípios, que pelos ditos democráticos é contemplado. Contudo soube, através da ingenuidade pela qual me tornei um
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acadêmico crucificado que incansavelmente resiste à morte e às ferrugens dos imprestáveis pregos que me são postos, ao longo dos anos, tirar destas experiências fabulosas lições. Segundo ou terceiro dia de aula – falha-me a exatidão neste instante. Chegara à sala um rapaz que de forma muito amigável, convidava a todos os alunos para que participassem de pichações que deveriam ser feitas às paredes do Centro Acadêmico que tão logo iria ser reformado. Seria também aquela atividade um meio de sociabilidade daqueles alunos recém chegados e que tímidos, mantinham-se isolados uns dos outros, sendo eu obviamente um deles. Levantamo-nos, pois, e seguimos pelos até então desconhecidos corredores da universidade que não para menos, segundo alguns que lá estudam, assemelha-se, esteticamente falando, a um presídio. O entusiasmo não me acompanhava, mas sentia-me como se não gozasse ainda de autonomia o suficiente, nestes primeiros dias de aula, para escapar daquilo que me fora proposto fazer e em casa realizar algo de maior interesse meu. Fomos todos conduzidos pela professora que lecionaria aulas que ao longo daquele ano, revelar-se-iam completamente desorganizadas e que em boa parcela dos alunos com quem estive em contato, não nutriu algo senão o tédio. Cabelos longos e ondulados. Trajava ela, se bem recordo, uma longa saia já próxima dos pés. Notavelmente acima do peso, era dona de um sotaque incomum ao meu estado e região.
Passeata estudantil em favor do homossexualismo
Já junto do local que tão logo submeter-se-ia a um processo de regeneração, ainda que na posteridade seria esta mesma sede palco de reuniões de acadêmicos em sua maioria voltados às ciências humanas, reuniões estas regadas a álcool, drogas e a típica militância esquerdista. Pouco antes de efetivamente dar-se 50
início ao que nos fora proposto, dissera-nos o jovem que há pouco tempo havia estado em nossa sala a propor que nos ocupássemos de tal atividade, para que ali estando, liberássemos nossos demônios aristotélicos. Vendo-me sem meios de retornar a meu lar e mesmo desconhecendo como seria o reflexo destes demônios aristotélicos em minhas ações, forcei-me à distração com latas de spray entre aquele verdadeiro aglomerado de acadêmicos recém chegados. Ocupavam praticamente todos os cantos, deixando-me inquieto. Além do mais, tendo me restado uma das últimas latas de spray, coube-se a cor amarela que por uma questão de ausência de contraste, faria com que qualquer desenho, qualquer palavra, ficasse, ao fim, sem vida em uma parede branca que também estava a agonizar. Desprovido de absurda criatividade diante de desconhecidas pessoas em uma tarde de sol miseravelmente escaldante, escrevi a algumas poucas frases que me corriam à mente. Frases de efeito, mas que por uma questão de contraste, muito provavelmente passariam despercebidas aos olhos dos que posteriormente freqüentariam a aquele lugar. Por sorte, não levariam algumas horas para que a turma fosse dispensada, visto que os materiais disponibilizados para realizar a típica arte degenerada estavam esgotando-se. Euforicamente juntei meus poucos pertences e enfim parti, não tendo sequer notado o que pelos outros fora feito. Lembro-me apenas que junto da fachada, em letras grandes pichadas em vermelho, constava, de autoria daquele por quem haveria eu de traçar uma longa amizade que por um tempo se esfriara devido a circunstâncias da vida, a seguinte frase: “Quantos dentes tem o seu Deus, para comer o pão que o diabo amassou?”. Esta ainda estaria estampada na capa de um jornal de circulação interna dos acadêmicos do curso de Jornalismo, muito provavelmente para ilustrar a precariedade à qual se encontrava a sede destinada às reuniões do Centro Acadêmico. Retornávamos à sala de aula no próximo dia. De súbito, dissera-nos a professora o quão produtivo, a seu ver, teria sido aquela tarde anterior, quando ocupamo-nos de pichações. Disseranos ser de grandiosa importância pela sociabilidade e, sobretudo, pela liberdade que nos fora dada. Com o intuito de conhecer o que pelos alunos havia sido pichado, propôs ela que falássemos a respeito, deixando a critério daqueles que tivessem interesse em expor o que naquele dia haviam feito. “Eu, professora”, dissera um aluno sentado passos à esquerda da professora, “Pichei um símbolo da paz”. Respondera51
lhe a professora da seguinte forma: “Muito interessante a sua iniciativa. Trata-se inevitavelmente de uma crítica a todas estas guerras que aconteceram e que ainda acontecem no mundo em que vivemos. Com seu gesto simples, você fez um apelo pela harmonia que ainda há se pairar sobre nosso mundo caótico”. Extasiados, boa parte dos alunos, com este comentário que pela professora fora feito, sentiram-se mais à vontade para expor o fruto de seus demônios aristotélicos. Levantara o dedo o segundo que à sala desejava expor o que fizera. “Eu, professora”, disse, “Bem, eu pichei um pé de maconha”. Todos riram e no intuito de restabelecer a ordem em sala, levantara a voz a professora para responder-lhe da seguinte forma: “Legal! Muito interessante a sua iniciativa. É certo de que um pé de maconha representa uma crítica à predominância opinativa de uma sociedade conservadora que mantém-se integralmente contrária à liberação das drogas.”. Na seqüência, mais dois alunos motivaram-se para tratar sobre seus feitos naquela tarde também ensolarada. O primeiro dissera à professora e à turma, que teria feito uma bola de futebol. Dissera-lhe ela que com este gesto, estaria ele incentivando o esporte, e conseqüentemente o que por ela é tido como orgulho nacional, fazendo assim, portanto, um apelo à substituição da violência cotidiana pelo futebol. O próximo, que viria a ser amigo meu, repetira na íntegra, de forma bem humorada e sem qualquer pudor diante de seus colegas notavelmente cristãos, a frase que pichou. Dissera-lhe a professora que sua iniciativa era também interessante e de forma engraçada, fazia uma crítica ao cristianismo, religião predominante em quase todas as partes do mundo. Anterior a estas revelações, sentava-se logo à frente da professora uma moça que talvez sem perceber, transparecia inquietude. Agitada, ouvia com leve agonia tudo o que pelos colegas era dito, como se ao fim nada absorvesse enquanto não tomasse a iniciativa de pronunciar o fruto de sua inquietude. E ao vê-la, sentia-me também inquieto, perguntando-me por que de fato estaria ela daquele modo. “Mais alguém? Mais alguém se propor a falar algo?”, falava a professora, direcionando seu esverdeado olhar em direção àqueles que diante de suas impressões, revelavam-se tímidos. “Eu, professora”, dissera a aluna por quem, ainda que de forma inexplicável, em alguns meses haveria eu de nutrir uma amarga 52
paixão platônica. “Olha... Não sei como explicar, mas... Picharam uma suástica!”. Sua revelação fora recepcionada com um silêncio próximo da indiferença por parte da turma, à exceção de alguns que viravam seus pescoços e através de qualquer reação, qualquer gesto, qualquer expressão facial, procuravam encontrar ali, entre seus colegas, o seu novo Judas. Com espanto e indignação, respondera a professora, entoando palavras de fúria, em decibéis incomuns àqueles cujos comentários foram pronunciados anteriormente. “Uma suástica?”, perguntara a si mesma, “Meu Deus, como isto pôde acontecer?”. Falara em Deus, ou ao menos deixara com que esta palavra escapasse ao seu controle para comover a grande maioria dos que ali estavam presentes, mesmo sendo ela adepta do gênero mais ignorante dentro do ateísmo – o ateísmo comunista. “Pessoal, eu não posso acreditar. Confesso que não posso acreditar como existem pessoas que estando no Século vinte e um ainda nutrem simpatia por este movimento arcaico e desumano que foi o Nazismo. Não consigo acreditar, sinceramente, como aqui, entre nós, existem pessoas que sejam capazes de aderir a este símbolo que expressa o preconceito, o racismo, o genocídio”. Naqueles instantes, punha-me de antemão, quietamente, a questionar a liberdade que nos fora dada. Não dissera-nos o rapaz que expressássemos o que fosse de nossa vontade? Bem o sei que muitos, senão todos naquela turma, cogitaram ter sido eu o autor daquele ato. Talvez se a distração não me acompanhasse feito uma sombra, uma naturalidade atrelada à minha personalidade cuja transcendência me é comum, teria eu percebido que naquele momento, olhares de culpabilidade me foram direcionados, atirados feito flechas que pretendiam derrubar aquele que desde então fora tido como o grande inimigo do curso de História, ainda que todos os dias fizesse ele questão de a todos tratar com educação e respeito. Posteriormente soube, através da proximidade que obtive junto de colegas da sala, que o ato fora feito por um rapaz que fizera aquilo justamente no intuito de direcionar-me a culpa.
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Ao fim de tudo, ao fim desta situação cotidiana, creio que algumas questões poderiam ser formuladas. De início, como dito anteriormente, chega a ser irônico pensar que nos fora proposto a liberdade para que realizássemos o que era de nosso desejo, quando, na prática, isto não ocorreu. Espantoso é pensar na tolerância, na passividade daquela que diante de nós era uma representante do saber acadêmico, perante a insignificantes meios de se conter a violência e as guerras, como símbolos de paz ou o apelo ao esporte como meio de abandonar os problemas cotidiano. O suporte dado ao consumo de drogas também é outra questão susceptível à reflexão. Justamente estes, que ocupam o imemorável trono dos disseminadores do conhecimento, pregam, através de tais atitudes, um culto à nossa auto-destruição e principalmente ao escapismo, ao refúgio dos que pela fraqueza são movidos, incapazes de enxergar a inquietude do mundo. É, pois, desta maneira que aqueles por quem tanto tempo nos referíamos como mestres incentivam-nos, logo nos primeiros dias de aula, a aguçarmos nossa visão de mundo? Através de jogos, símbolos vagos e, sobretudo, fechando-nos nas fumaças e alucinantes sensações que as drogas são capazes de proporcionar?
A suástica em suas mais variadas formas, tendo um significado especial para inúmeras civilizações.
Espanta-me, assim como outrora reagi diante de seus comentários desnecessários e completamente carentes de aguçada argumentação no que diz respeito à Suástica, um símbolo milenar que pertencera a uma infinidade de civilizações gloriosas; que representou a boa sorte, a prosperidade, a luta e o triunfo de povos 54
que por ela guardaram e ainda guardam indescritível respeito. Anterior à cruz cristã, ao símbolo da paz, à planta da maconha, às bolas de futebol, a Suástica representou a fé das civilizações que em sua riqueza cultural, foram, de certo modo, os grandes pilares do mundo, tanto ocidental como oriental. Houve mesmo um tempo, muito anterior à contaminação do mundo por parte dos expansivos valores do cristianismo, mero fruto do judaísmo, em que a Suástica fora estampada em diversos monumentos que em si guardavam objetivos nobres, e não um preconceito racial como pela professora fora afirmado, porque representava a boa sorte. Aos hindus, fora este símbolo milenar a representatividade do Sol, da luz que ao solo alimenta e que de sementes árvores cresceram no intuito de trazer às castas mais altas um elo, através de galhos, com os deuses do panteão ariano. Da glória, fé e respeito, passara esta tétrade incendiária à categoria de disseminador de agressividade e ignorância, por parte daqueles que a meu ver de triste modo, hoje são formadores de opinião. E passivamente levantaram-se os novos acadêmicos ao término daquele desabafo de uma típica célula cancerígena que o possível faz para colaborar com a degeneração de um mundo que há anos encontra-se em ruínas. Como robôs, ainda que apodrecidos feito zumbis, é, pois, desta forma que nossos futuros formadores de opinião, professores e professoras de História, encararam o que lhes é ensinado – com indiferença ou, em sua maioria, com receptividade, passando adiante o que lhes é dito. E assim a pá tendenciosa, de envergadura sionista, é por grande parte dos historiadores compartilhada, no intuito de cobrir com a terra que fora solo de grandes batalhas, a glória e os nobres e respeitosos valores de tempos passados. Desta forma vivenciei, portanto, a experiência dos meus primeiros dias como um acadêmico no curso de História. ______________________________________________________ *Artigo lançado originalmente na Revista Cultural Tholf #03, em Junho de 2009. Escrito por Tholf.
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EDIÇÕES ANTERIORES
THOLF #01 - 2009 MIGUEL SERRANO – A iniciação; LEON DEGRELLE – O enigma de Hitler; SAVITRI DEVI – O trem vazio; THOLF – A sede por números.
THOLF 02 - 2009 SAVITRI DEVI – A prisão; ALFRED ROSENBERG – Raça, alma e religião Indo-ariana; MIGUEL SERRANO – Führer e Jung; GOBINEAU – A história não existe senão entre nações brancas; THOLF – O sacrifício revisionista
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