Diagnóstico Socioterritorial Resende

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DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL APRESENTAÇÃO

1 – Descrição da área e seu entorno; 2 – Caracterização da população atendida e organizações comunitárias; e 3 – Ações estratégicas, formas e instrumentos de avaliação e indicação de parceiros.

SUBPRODUTOS: 1 – Diagnóstico Impresso (Caderno capa dura com todo registro fotográfico e textual do serviço prestado); 2 – Diagnóstico Digital.

ETAPAS E ATIVIDADES: • Mapeamento e pesquisa da área e seu entorno - pesquisa secundária • Entrevistas com lideranças • Reuniões com lideranças • Pesquisa de campo

Coordenação Geral: Levi Gama Vice-Coordenação: Maria Madalena Baptista Coordenação de Pesquisas: José do Carmo Alves

Volta Redonda, 31 de julho de 2019



SUMÁRIO:

Região 4......................................................................................... 116

Conceito........................................................................................... Apresentação................................................................................... Características do Município de Resende....................................... Contextualização............................................................................. Histórico.......................................................................................... Metodologia..................................................................................... Processo.......................................................................................... Entrevistas Extras............................................................................ Pesquisa Secundária - Levantamento de Dados e Entrevistas com Moradores (Bairros).................................................................

09 10 11 12 13 14 15 16

Região 1........................................................................................... Eucaliptal............................................................................. Condomínio Horizontal Tácito............................................. Jardim Brasília I .................................................................. Jardim Brasília II................................................................. Parque Ipiranga................................................................... Parque Ipiranga II................................................................ Vila Adelaide........................................................................ Vila Central.......................................................................... Vila Elizabeth.......................................................................

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Região 2..........................................................................................

61

62 68 73 79 83

Alto dos Passos................................................................... Santo Amaro........................................................................ Vicentina I e II...................................................................... Vila Moderna....................................................................... Vila Nova.............................................................................

20

24 28 32 36 42 47 49 53 57

Região 3..........................................................................................

87

Lavapés.............................................................................. Morro do Batista................................................................. Morro do Machado............................................................. Novo Surubi (Alto Surubi e Parque Castro e Silva)............ Surubi Velho....................................................................... Vila Verde...........................................................................

88 93 96 99 105 109

Barbosa Lima.................................................................... Campos Elíseos................................................................ Centro ............................................................................. Comercial......................................................................... Jardim Tropical.................................................................

117 121 125 135 138

Região 5........................................................................................ Liberdade......................................................................... Manejo.............................................................................. Nova Liberdade................................................................ Santa Cecília.................................................................... Vila Hulda Rocha.............................................................. Vila Julieta........................................................................

142 143 147 151 157 159 163

Região 6........................................................................................

169

Toyota............................................................................... Campo Belo – Fazenda da Barra II.................................. Morada da Barra – Fazenda da Barra III.......................... Jardim do Sol (Bairro do Entorno)....................................

170 180 186 194

Reunião com lideranças ............................................................... Pesquisa de campo....................................................................... Considerações sobre a pesquisa.................................................. Questionário ................................................................................. Considerações finais .................................................................... Fontes de pesquisas .....................................................................

201 220 259 262 269 270


DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL


CONCEITO

Assim como outras pesquisas sociais, o Diagnóstico Socioterritorial é uma forma de conhecimento, descrição, análise e compreensão da realidade. É um método de investigação, composto por uma metodologia que exige o afastamento do senso comum e uma postura científica, crítica e reflexiva, questionando constantemente a realidade social e os conhecimentos produzidos sobre ela. Um dos objetivos do diagnóstico é permitir que os gestores e agentes locais orientem suas ações mais efetivas, baseados em uma aproximação maior com a realidade e a vida cotidiana das pessoas. A particularidade do diagnóstico, frente a outras pesquisas sociais, está na capacidade que ele tem de produzir um conhecimento estratégico voltado à ação e à intervenção. Para subsidiar o planejamento dessas iniciativas, o diagnóstico evidencia dinâmicas, peculiaridades e movimentos dos territórios e das pessoas que ali vivem, procurando entender a realidade e agir sobre ela a partir de informações qualificadas sobre os territórios, capazes de revelar desigualdades, sutilezas e aspectos concretos que se aproximam da vida das pessoas.

Fonte: CIDADE ESCOLA APRENDIZ. Diagnóstico Socioterritorial. Disponível em:https://www.cidadeescolaaprendiz.org.br/ diagnosticobairroescola/diagnostico-socioterritorial/

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APRESENTAÇÃO

O presente Diagnóstico Socioterritorial foi construído a partir da demanda do Grupo Águas do Brasil, visando uma série de intervenções de saneamento básico na cidade de Resende – RJ, executado pela Concessionária Águas das Agulhas Negras, compreendendo nesta etapa 37 bairros. Este trabalho tem como objetivo estabelecer uma aproximação entre o ente interventor e as comunidades envolvidas, considerando e reconhecendo a diversidade regional com suas desigualdades sociais, culturais e geográficas. É sabido que a falta de saneamento básico coloca em risco a saúde da população, sendo que as doenças com maiores incidências devido à exposição a esses ambientes são: Diarreia, Dengue, Leptospirose, Parasitoses, Hepatite A, Doenças de Pele e Rotavírus, entre outras. Todavia, qualquer intervenção desta natureza impacta diretamente na vida da população e tal procedimento se faz necessário visando conscientizar a comunidade, reduzindo assim os incômodos decorrentes de tais ações. O Diagnóstico Socioterritorial no conjunto de 37 bairros da cidade de Resende - RJ foi realizado entre os meses de maio e julho do corrente ano, compreendendo o seu início a partir da reunião de integração com técnicos de segurança do trabalho da concessionária Águas das Agulhas Negras, ocorrida em 06 de maio de 2019, e o seu término em 31 de julho de 2019. Este diagnóstico, cujo projeto se deu no âmbito das demandas da concessionária Águas Agulhas Negras, tem como objetivo primordial apresentar uma radiografia das regiões envolvidas quanto às questões relacionadas ao saneamento básico. Os bairros pesquisados foram escolhidos a partir do planejamento de obras da concessionária, sendo que seu entorno imediato também foi igualmente observado, pesquisado e analisado. O Diagnóstico Socioterritorial disponibiliza um conjunto de dados e informações fidedigno da realidade local e foi realizado privilegiando áreas e situações de concentração coletiva.

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Resende-RJ

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CONTEXTUALIZAÇÃO

Resende é um município brasileiro localizado no extremo sul do estado do Rio de Janeiro, onde faz divisa com os estados de São Paulo e Minas Gerais, além de outros municípios fluminenses. Com uma população estimada em 130.334 habitantes (IBGE/2018) é o 23o município mais populoso do estado, no ranking do IBGE, e o quarto com mais habitantes da Mesorregião do Sul Fluminense, depois de Volta Redonda, Barra Mansa e Angra dos Reis. Historicamente, Resende é uma das cidades mais valiosas do Brasil, remanescente da época do Brasil Colônia, de onde partiram mudas de café para diversas partes do país, especialmente para o Oeste Paulista. Considerado o município mais antigo de sua região, o território de Resende já se estendeu, entre os séculos XIX e XX, dos limites de São Paulo, na divisa com Queluz, até Barra do Piraí (Crônica dos Duzentos Anos, livro publicado pela Academia Resendense de História – ARDHIS, no ano de 2001) – terras que depois deram origem a diversos municípios do Vale do Paraíba Fluminense. Importante polo industrial, automotivo, metalúrgico e de energia nuclear, além de ser um dos destinos turísticos mais procurados do estado, o município é sede do maior complexo militar da América Latina, e segundo maior do mundo: a Academia Militar das Agulhas Negras, única na formação de oficiais combatentes do Exército no país, cuja área total conta com 67 km2. Além disso, Resende ocupa um papel de destaque no cenário nacional e é conhecida internacionalmente por abrigar uma Fábrica de Combustível Nuclear. A unidade, que é a única do país especializada no processo de enriquecimento de urânio, faz parte do complexo das Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Distante cerca de 146 quilômetros da capital, Rio de Janeiro, o município, que também abriga áreas de Parque Nacional do Itatiaia e sedia outras reservas naturais, se estende por uma área de mais de mil quilômetros quadrados e apresenta um clima tropical, ligeiramente suavizado pela altitude de 407 metros acima do nível do mar.

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HISTÓRICO

Habitada originalmente por índios Puris, que a chamavam Timburibá, o município de Resende desenvolveu-se rapidamente, especialmente em função de sua localização estratégica, situada a meio caminho entre Rio de Janeiro e São Paulo, além da proximidade com a capitania de Minas Gerais. Em 1770, ainda na condição de Freguesia, a economia local começou a sofrer sua primeira grande transformação com a chegada das primeiras mudas de café, produto que teve seu cultivo incentivado no território, onde há havia fábricas de anil e açúcar. O ciclo do café viria então a se tornar a base da economia local por várias décadas. Fontes históricas afirmam que, em 1810, toda a área de Resende era coberta por cafezais, o que fez com que nos anos seguintes, a região se tornasse o maior centro produtor do Vale do Paraíba, além de polo irradiador de onde as plantações se expandiram para São Paulo e Minas Gerais e, depois, para o Paraná e o Espírito Santo. Resende deixa de ser Freguesia e passa à categoria de Vila em 29 de setembro de 1801, por ato do 13o Vice-Rei do Brasil e segundo Conde de Resende, general José Luís de Castro. O progresso local continua e, em 13 de julho de 1848, Resende eleva novamente seu status, passando de Vila à Cidade. Apenas dois anos depois, por volta de 1850, o cultivo do chamado “ouro verde” entra em declínio na região. A crise do café faz então com que os proprietários das fazendas cafeeiras localizadas no município decidam diversificar a sua produção, dando início a uma nova fase na economia, a pecuária leiteira. Em 1943, instala-se no município a Academia Militar das Agulhas Negras e, a partir da segunda metade do século XX, o município passa a abrigar unidades industriais - um processo de desenvolvimento que se consolida na década de 1990 com a chegada de grandes montadoras de automóveis. Todos esses fatores, aliados à chegada de novas unidades de ensino técnico e superior dedicados à preparação da mão de obra, assim como o crescimento do setor de serviços, tornaram o município um dos mais importantes do estado do Rio de Janeiro.

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METODOLOGIA

Este Diagnóstico Socioterritorial, que busca formar um raio X de uma área delimitada dentro do município de Resende, foi elaborado a partir de pesquisa exploratória, com estudo de caso, que abrangeu a escala territorial de 37 bairros, distribuídos neste trabalho em sete regiões, levando-se em consideração a proximidade entre eles, a saber: A Região 01 reúne os bairros Alto dos Passos, Vila Moderna, Santo Amaro, Vicentina I, Vicentina II e Vila Nova. Na Região 02 estão Lavapés, Morro do Batista, Morro do Machado, Vila Verde, Surubi Novo - incluindo os loteamentos Alto Surubi e Parque Castro e Silva - e Surubi Velho. A Região 03 reúne os bairros Centro, Barbosa Lima, Campos Elíseos, Comercial e Jardim Tropical. A Região 04 compreende os bairros Parque Ipiranga I e II, Jardim Brasília I e II, Vila Adelaide, Condomínio Horizontal do Tácito, Vila Central, Eucaliptal e Vila Elizabeth, tendo ainda o Tangará como bairro do entorno. Já a Região 05 inclui Manejo, Santa Cecília, Liberdade, Nova Liberdade, Vila Julieta e Vila Hulda Rocha. O bairro Toyota, na Região 06, tem no seu entorno a Nova Alegria, Itapuca e Cidade Alegria. Enquanto na Região 07 estão os bairros Campo Belo (Bairro da Fazenda da Barra II) e Morada da Barra (Bairro da Fazenda da Barra III), acrescida do Jardim do Sol e dos bairros Jardim Esperança e Fazenda da Barra I. Destes, identificamos que apenas 9 bairros possuem Associações de Moradores legalmente constituídas. A metodologia aplicada consiste no levantamento de dados, aplicação de questionários no formato de entrevistas com líderes comunitários e moradores mais antigos, encontros regionalizados com apresentação das intervenções, acompanhados da dinâmica MANCHETE FUTURA, onde foi possível captar sonhos e expectativas dos moradores. Integra ainda a metodologia utilizada, a realização de uma pesquisa de campo com amostragem científica de 800 questionários distribuídos nos 37 bairros e composto por 54 perguntas.

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Para realizá-la, foram a campo oito entrevistadores sociais, devidamente identificados, que passaram por um rigoroso treinamento quanto à abordagem e escolha de perfis, visando garantir a viabilidade técnica da pesquisa.


PROCESSO

O processo de trabalho para a elaboração do presente Diagnóstico Socioterritorial foi realizado em diferentes etapas planejadas, com alterações de curso, quando necessárias, ocasionadas por contingências previstas em todo processo de pesquisa de campo, sem prejuízos às metas. É importante ressaltar que, quando ocorreram mudanças significativas à prática participativa prevista, optou-se por regular o modus operandi de forma a qualificar, em cada atividade, os resultados obtidos para as análises aqui relatadas. Salientamos ainda que tais alterações, quando ocorreram, significaram objeto para análises conclusivas neste projeto, como veremos nos resultados finais.

ETAPAS E ATIVIDADES

O trabalho de construção deste Diagnóstico Socioterritorial foi planejado e executado em etapas e atividades afins, compreendendo as seguintes fases: levantamento de dados, entrevistas com lideranças comunitárias, encontros regionalizados com os atores envolvidos, e pesquisa de campo, além de entrevistas destaques com o Superintendente de Ordem Pública da Prefeitura de Resende e com o presidente da Agência de Saneamento de Resende - SANEAR.

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ENTREVISTAS EXTRAS SUPERINTENDÊNCIA MUNICIPAL DE ORDEM PÚBLICA

Superintendente de Ordem Pública, César Ricardo Aureliano Dia: 08/05/2019 Entrevistado: César Ricardo Aureliano Representatividade: Superintendente de Ordem Pública e comandante da Guarda Municipal Local: Gabinete do superintendente, na sede da Prefeitura de Resende, na Rua Augusto Xavier Lima, 251 - Jardim Jalisco, Resende - RJ, 27510- 090

O Superintendente de Ordem Pública do Município, César Ricardo Aureliano, disse que vem se desdobrando para atender a todas as solicitações que chegam ao setor, devido ao número reduzido de membros da Guarda Municipal. Segundo ele, para atender às frentes de obras são designados os guardas que trabalham no trânsito e, por isso, nem sempre ele consegue atender a todas as demandas. O comandante alerta que, em razão disso, os pedidos devem ser feitos com bastante antecedência, pois a prioridade é atender a Prefeitura. Para facilitar o trabalho, os bairros e distritos foram agrupados em AIOPs (Área Integrada de Segurança Pública), que são representadas no Conselho de Segurança Pública por líderes comunitários e órgãos de segurança pública. As reuniões do órgão são itinerantes e acontecem uma vez por mês em cada uma das 11 AIOPs, que reúnem os bairros por região. 16

No encontro, são discutidos e apontados os problemas que podem causar insegurança à população. Ele ressalta que nos bairros mais populosos, a preocupação dos moradores é com a iluminação pública, buracos nas vias, recolhimento de entulho, entupimento e vazamento de esgoto, além de redes de águas pluviais ligadas ao esgoto.


AGÊNCIA DE SANEAMENTO DO MUNICÍPIO DE RESENDE - SANEAR

Para realizá-la, foram a campo oito entrevistadores sociais, devidamente identificados, que passaram por um rigoroso treinamento quanto à abordagem e escolha de perfis, visando garantir a viabilidade técnica da pesquisa.

Resende vive processo de universalização do saneamento O Diretor-Presidente da Agência de Saneamento Básico de Resende (SANEAR), Sílvio César Fest da Silveira, afirmou que desde que assumiu o cargo, em novembro de 2018, vem adotando medidas para garantir o cumprimento das metas contratuais formalizadas entre a Prefeitura e a empresa Águas das Agulhas Negras. Para atingir seu objetivo, Sílvio aposta na intensificação da fiscalização à concessionária, focando sempre na melhoria da qualidade do serviço, na preservação do patrimônio público e na prestação de um serviço adequado à população. O diretor também comemora o início das obras da Estação de Tratamento de Esgoto do Ipiranga que, depois de concluída, colocará o município entre os poucos do país a tratar pouco menos de 100 por cento do seu esgoto. Atualmente, 72% do esgoto de Resende são coletados, transportados e afastados de efluentes sanitários. A água tratada já atingiu o percentual de 100% da população atendida. “Trabalhamos pela universalização dos serviços e já vemos que eles estão adequados ao que determina o Contrato de Concessão, em processo de evolução, o que é sempre oportuno face à relevância do saneamento básico para o atendimento do interesse público”, avalia. Na opinião de Sílvio César, seu trabalho é facilitado pelo bom relacionamento e respeito mútuo existente entre as partes envolvidas, restando a cada um a ciência de suas atribuições e responsabilidades, tais como o atendimento de cada notificação nos prazos fixados e a realização de vistorias conjuntas, objetivando o melhor para o usuário e para o meio ambiente. Ele também destaca a relação da agência com a população, priorizando o atendimento através da Ouvidoria, cujo número de telefone (3359-2822), é publicado mensalmente nas contas de água. A SANEAR tem por finalidade promover a regulação, o controle e a fiscalização dos serviços de saneamento básico de Resende, concedidos, permitidos, autorizados ou operados diretamente pelo poder público municipal. acompanhados da dinâmica MANCHETE FUTURA, onde foi possível captar sonhos e expectativas dos moradores. Integra ainda a metodologia utilizada, a realização de uma pesquisa de campo com amostragem científica de 800 questionários distribuídos nos 37 bairros e composto por 54 perguntas. 17




PESQUISA SECUNDÁRIA LEVANTAMENTO DE DADOS ENTREVISTAS COM MORADORES

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DIVISÃO DOS BAIRROS POR REGIÕES

REGIÃO 01

- Vila Elizabeth - Parque Ipiranga I e II - Jardim Brasília I e II - Condomínio Horizontal do Tácito - Vila Adelaide - Vila Central - Eucaliptal - Tangará (bairro do entorno)

REGIÃO 02

- Alto dos Passos - Vila Moderna - Santo Amaro - Vicentina I - Vicentina II - Vila Nova

REGIÃO 05

- Manejo - Santa Cecília - Liberdade - Nova Liberdade - Vila Julieta - Vila Hulda Rocha

REGIÃO 06

- Toyota (Cidade Alegria, Itapuca e Nova Alegria) - Campo Belo (Fazenda da Barra II) - Morada da Barra (Fazenda da Barra III) - Jardim do Sol

REGIÃO 03

- Lavapés - Morro do Batista - Morro do Machado - Novo Surubi (Alto Surubi e Parque Castro e Silva) - Surubi Velho - Vila Verde

REGIÃO 04

- Centro - Barbosa Lima - Campos Elíseos - Comercial - Jardim Tropical

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Considerando a complexidade de um Diagnóstico Socioterritorial, face às suas inúmeras nuances, faz-se necessária a utilização de recursos metodológicos simples, porém padronizados, visando facilitar a tomada de decisões pautadas em dados que, de fato, representem a realidade social. Os recursos metodológicos objetivados por este diagnóstico foram pautados no levantamento de dados através dos indicadores sociais existentes, encontros e entrevistas com lideranças comunitárias e pesquisa de campo. As entrevistas foram elaboradas a partir de roteiros específicos destinados a presidentes de Associações de Moradores e outras lideranças. No entanto, respostas dadas pelos entrevistados a uma ou outra pergunta abriram espaço para novos questionamentos, que se transformaram em oportunidades para obter outras informações não previstas originalmente. Com esta dinâmica, este diagnóstico apresenta indicadores reais referentes à saúde, educação, habitação, mercado de trabalho, segurança pública, infraestrutura urbana, transporte público e perfil socioeconômico.

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REGIÃO 01 Eucaliptal, Condomínio Horizontal Tácito, Jardim Brasília I e II, Parque Ipiranga I e II, Vila Adelaide, Vila Central e Vila Elizabeth, tendo ainda o bairro Tangará como bairro do entorno

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EUCALIPTAL

R. Capitão-Mor João José Carneiro

• HISTÓRICO De acordo com a arquiteta Dilza Tomás, moradora do bairro há 39 anos, o loteamento surgiu em 1970, pelas mãos dos empresários Munir Simão e Michel Arbex, para atender famílias de classe média alta, com terrenos de 800 metros quadrados. Projetado originalmente com apenas uma rua, a Lions Clube, o local ganhou, há cerca de 10 anos, um novo acesso, interligando-se ao bairro Santo Amaro.(Fonte: Histórico construído a partir de informações dadas pela moradora Dilza Tomás)

22°28’44.4”S 44°27’09.7”W elev 451m 24


DADOS DO IBGE 2010 A população do bairro Eucaliptal é de 28 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é formada por 15 habitantes (53,57%) e a feminina por 13 habitantes (46.43%).

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome

Dilza Cristina Martins Tomás José Joaquim Rodrigues Tomás

Telefone

24 99998-4321 24 98833-4488

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação e coleta de lixo nas imediações.

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ENTREVISTA

ENTREVISTA COMPLETA

Há quanto tempo mora neste bairro? José Joaquim Rodrigues Tomás: Há 39 anos. O senhor lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça da pessoas do seu bairro? José Joaquim Rodrigues Tomás: Sim, quando foi instalado o sistema de iluminação pública nas ruas. Seu bairro tem associação de moradores? José Joaquim Rodrigues Tomás: Não. Qual a média de idade dos moradores? Estão no mercado de trabalho? José Joaquim Rodrigues Tomás: A média é de 35 anos e estão no mercado de trabalho. Data: 21/07/2019 Nome: José Joaquim RodriguesTomás, engenheiro Representatividade:

Morador antigo (39 anos) Endereço: Rua Lions Clube, 168 Tel.: 24 98833-4488

RESUMO

Mais segurança e transporte público são as reivindicações dos moradores do Eucaliptal, bairro localizado entre o Santo Amaro e a parte alta do Jardim Brasília. O engenheiro José Joaquim Rodrigues Tomás acompanha de perto as realizações e os problemas do bairro, onde mora há 39 anos. Ele conta que a chegada da iluminação pública e a construção de um muro em toda a periferia do bairro são vistas pelos moradores como medidas de segurança, uma vez que em 1996 ocorreu um assalto em uma das residências, à luz do dia. A instalação de luminárias e a urbanização da praça foram outras melhorias importantes feitas no bairro. Na área de saneamento, as bocas de captação de águas pluviais estão danificadas ou entupidas e o acúmulo de detritos atrai muitos escorpiões e outros bichos. A varrição das ruas também é deficitária e pouco frequente. 26

Quais foram as maiores conquistas do seu bairro? José Joaquim Rodrigues Tomás: A construção de um muro em toda periferia do bairro, visando dar mais segurança aos moradores, uma vez que em 1996 ocorreu um assalto em uma das residências à luz do dia. A instalação das luminárias públicas e a urbanização da praça também foram avanços importantes. Quais os maiores problemas do seu bairro? José Joaquim Rodrigues Tomás: Falta de segurança; limpeza pública deficiente e feita em intervalos de tempo muito grandes; iluminação pública com pouca claridade e falta de infraestrutura na praça. O que mais preocupa os moradores do seu bairro? José Joaquim Rodrigues Tomás: Segurança. A comunidade é participativa e se interessa pelo bairro? José Joaquim Rodrigues Tomás: Sim. Quais são as realizações necessárias a curto, médio e longo prazo para o bairro? Curto prazo: Melhorar iluminação pública.


Médio prazo: Ter mais opções de internet.

José Joaquim Rodrigues Tomás: Positivamente.

Longo prazo: Melhorar a pavimentação.

Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais?

O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade? José Joaquim Rodrigues Tomás: Mais segurança e transporte público.

José Joaquim Rodrigues Tomás: Que não devemos nos acomodar.

Tem alguma sugestão ou reclamação a fazer relacionado aos assuntos: água para consumo, esgoto, lixo e água de chuva? José Joaquim Rodrigues Tomás: Em relação às águas pluviais, as bocas de captação estão danificadas e/ou entupidas. Também há muitos escorpiões nos bueiros e o serviço de varrição é deficitário. Há falta de água? Com que frequência? José Joaquim Rodrigues Tomás: Já ocorreu, mas atualmente não temos mais este problema. No seu bairro ocorre algum problema no período de chuva? José Joaquim Rodrigues Tomás: Em dias de chuvas intensas, as bocasde-lobo não conseguem dar vazão às águas. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? José Joaquim Rodrigues Tomás: Sim. Acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? José Joaquim Rodrigues Tomás: Sim. A concessionária Águas das Agulhas Negras está realizando obras de ampliação de esgotamento sanitário na cidade. Com respeito à essas intervenções programadas por Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? José Joaquim Rodrigues Tomás: Sim. Como o senhor acha que a comunidade vai se manifestar em relação a esse projeto? Quais, em sua opinião, são os pontos altos e baixos deste trabalho? José Joaquim Rodrigues Tomás: A população reagirá positivamente. Já os pontos negativos serão os transtornos causados durante as obras. Como o senhor avalia o impacto? 27


CONDOMÍNIO HORIZONTAL TÁCITO

Condomínio Tácito

• HISTÓRICO Construído numa área localizada entre a Rua Coronel Rocha Santos, no Jardim Brasília, e o Rio Sesmaria, o Condomínio Horizontal do Tácito conta com 27 terrenos e apenas um deles não está edificado nos dias atuais. O número de edificações existentes no condomínio, informado pelo morador entrevistado, diverge do que foi apresentado pelo IBGE. Deve-se levar em conta que o engenheiro é um dos primeiros moradores do bairro e, como tal, conhece toda a estrutura do condomínio, além de ter sido secretário municipal. (Fonte: Elaborado a partir de informações coletadas com o engenheiro Jorge Pereira de Menezes)

22°28’14.4”S 44°27’15.7”W elev 404m 28


DADOS DO IBGE 2010 A população do Condomínio Horizontal Tácito é de 65 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é representada por 31 habitantes (47.69%), enquanto a feminina conta com 34 habitantes (52.31%).

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome

Jorge Pereira de Menezes

Telefone 24 99216-2442

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo nas proximidades.

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ENTREVISTA

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo mora neste bairro? Jorge Pereira – Há mais de 30 anos, desde o início do condomínio. A minha casa foi a primeira a ser construída. Foram cinco anos de construção. O condomínio possui 27 terrenos e conta com 26 casas construídas e habitadas. Dez delas estão alugadas. A média de idade dos moradores fica entre 30 e 40 anos e a grande maioria está no mercado de trabalho, atuando como médicos, engenheiros, advogados e funcionários aposentados do Banco do Brasil. Temos apenas uma meia dúzia de crianças prejuízos futuros com fenômenos deste tipo, construímos um muro de arrimo em volta do bairro. O senhor lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Jorge Pereira - Tivemos três trombas d’aguas que caíram no estado de São Paulo e elevaram o nível do Rio Sesmaria, que passa dentro do condomínio, invadindo as casas. Na primeira, a água chegou ao rodapé da minha casa. Na segunda entrou meio metro, e na terceira ficamos com um metro e vinte de água dentro de casa. Todas as casas tiveram perdas e para minimizar

Data: 17/07/2019 Nome: Jorge Pereira de Menezes, 72 anos, engenheiro civil aposentado Representatividade: Morador antigo Endereço: Rua Coronel Rocha Santos, 154, casa 2 - Condomínio do Tácito Tel.: 24 99216-2442

Como o senhor vê a atuação do presidente da associação ou síndico da sua comunidade? Jorge Pereira - Não temos associação. Temos síndico. O senhor conhece o papel da associação de moradores?

RESUMO

Jorge Pereira - Sim, trabalhei muitos anos como secretário municipal e lidava diretamente com as associações. Qual foi a maior realização da sua comunidade?

Assolados por enchentes provocadas por trombas d’água, que causavam o transbordamento do rio Sesmaria, os 27 proprietários de terrenos do Condomínio do Tácito (apenas um deles não está edificado) tiveram que se unir para buscar soluções visando minimizar os efeitos do fenômeno natural que se abateu sobre eles em pelo menos três ocasiões, a última delas em 2010. A união de esforços deu resultado com a construção de um muro de arrimo ao redor do condomínio, que colocou um ponto final nos problemas enfrentados pelos moradores especialmente durante o período do verão. Situado do lado direito da principal rua de acesso ao bairro Jardim Brasília, o condomínio é habitado por famílias de classe média alta, como médicos, engenheiros, advogados e funcionários aposentados do Banco do Brasil.

Jorge Pereira - Condomínio é diferente. Não temos equipamentos públicos, mas a benfeitoria mais comemorada foi a construção do muro de arrimo. Quais têm sido os maiores problemas do condomínio? Jorge Pereira - O condomínio foi construído numa época em que não se tinha o mesmo cuidado com o esgoto que se tem hoje. Os detritos saíam das casas direto para o rio. Pagamos o condomínio mais alto de Resende e só temos dois pontos de descarte de esgoto aqui. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Jorge Pereira - Está melhorando. Na última eleição a população se mostrou

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mais consciente. Nesses 72 anos de vida nunca vi uma manifestação para solicitar reformas na previdência e na legislação trabalhista. As redes sociais foram importantíssimas neste processo.

Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais?

Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para o Condomínio?

Jorge Pereira - Qualquer um que puder se engajar, tem mais é que participar e contribuir. Não vivemos sozinhos no mundo, mas coletivamente. Cada um tem que dar a sua parcela na busca de um mundo melhor.

Jorge Pereira - Aqui no condomínio, embora seja cobrada taxa de iluminação pública, a manutenção do sistema é por nossa conta. Nós cuidamos também das redes de água e esgoto, e da limpeza. O lixo é colocado no portão e recolhido três vezes por semana. O poder público tem que assumir isso. Nossas prioridades são: Curto prazo: Água e esgoto. Médio prazo: Energia elétrica. Longo prazo: Coleta de lixo. O que o está preocupando na sua comunidade? Jorge Pereira - Nossa preocupação é com a possibilidade de uma nova tromba d’água, pois não temos como dimensionar isso. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade? Jorge Pereira - A vida aqui é boa. O que precisamos melhorar são as condições do Rio Sesmaria. A comunidade é participativa e se interessa pelo local? Jorge Pereira - Não. Eu, por exemplo, não participo mais de nada. Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Jorge Pereira - Tem que gostar. E como acha que o projeto se manifestará na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Jorge Pereira - Da melhor maneira possível. Positivamente. Como avalia o impacto? Jorge Pereira - Não se faz omelete sem quebrar ovos. Terá dificuldades, mas será para o bem comum.

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JARDIM BRASÍLIA I

R. José M. Bernardes

• HISTÓRICO O loteamento surgiu em 1959, com apenas 46 lotes, por iniciativa do engenheiro Tácito Vianna Rodrigues. O bairro recebeu o nome de Jardim Brasília em homenagem a esposa do engenheiro, Brasília de Oliveira Botelho. (Fonte: Livro escrito por Alceu Vilela Paiva e publicado pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil e Confraria dos Cidadãos de Resende, em homenagem aos 200 anos de Resende: “Eng. Tácito Vianna Rodrigues (o resendense do Século XX - um exemplo de cidadania)”.

22°28’28.5”S 44°27’18.5”W elev 427m 32


DADOS DO IBGE 2010 A população do bairro Jardim Brasília I é de 1.147 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina conta com 530 habitantes (46.21%) e a feminina com 617 habitantes (53.79%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Modalidade: Ensino Superior, com cursos de Graduação e Pós-graduação (lato sensu e stricto sensu), além de soluções corporativas e Cursos de Extensão. Recentemente, lançou o Ensino Médio, oferecendo, além da preparação para a universidade, uma formação técnica, com foco no desenvolvimento profissional. Rua Zenaide Vilela, s/nº, Jardim Brasília Tel.: 24 3383-4600 CRECHE ESCOLA TANGARÁ LTDA EPP Modalidade: Creche e Ensino Fundamental (1º ano) Rua General Pratti de Aguiar, 267 – Jardim Brasília Telefone: 24 3354-6828 / 3360-6135 SAÚDE CAPS AD RESENDE Rua Madre Angélica, 28 – Jardim Brasília Tel.: 24 3360- 5410

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MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS

RESUMO

Nome Telefone

Com cerca de 100 imóveis e aproximadamente 600 moradores, o bairro Tangará tem ocupado as manchetes dos jornais nos últimos anos, devido à ocorrência de desmoronamentos de terra, o que vêm tirando o sono de seus moradores. Encravado em um pequeno vale, entre o Jardim Brasília, a Vila Moderna e o Santo Amaro, o bairro foi construído durante o governo do prefeito José Marcos Pineschi, que cumpriu um mandato tampão entre 1971 e 1972, determinado pela legislação federal da época para a maioria dos municípios brasileiros. Segundo os moradores da localidade, que é semelhante a uma pequena Vila, os desmoronamentos acontecem principalmente durante nos meses de chuva, quando desce muita água dos morros que circundam o bairro, causando o deslizamento de terras.

Antônio Cardoso G. Filho Pres. Assoc. de Moradores

24 98869-9403

OBSERVAÇÃO: O bairro Jardim Brasília I não tem associação de moradores. No entanto, Antônio Gastão Filho, presidente da Associação de Moradores do Bairro Jardim Brasília II, é reconhecido como líder do bairro, representando-o em conselhos e reuniões.

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo nas imediações.

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo mora neste bairro?

ENTREVISTA

Nilda Rodrigues: Cerca de 50 anos. A senhora lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça da pessoas do seu bairro? Nilda Rodrigues: Sim e aconteceu na minha família. Há mais ou menos 40 anos, um motorista bateu num poste na Vila Moderna e seu carro desceu morro abaixo matando meu filho Ocimar, que estava soltando pipa no morro um pouco acima da minha casa. Como a senhora vê a atuação do presidente da associação de moradores na sua comunidade?

Bairro TANGARÁ (Entorno) Data: 03/06/2019 Nome: Nilda Rodrigues Bastos - 84 anos Representatividade: Moradora do bairro há cerca de 50 anos Endereço: Rua Pratti de Aguiar, 623 - Tangará Tel.: Não informado

Nilda Rodrigues: Não tem associação aqui. Os vizinhos são bons, mas ninguém se envolve com o outro. O bairro tem muitos moradores evangélicos. É muito tranquilo. Um morador fez um abaixo assinado pedindo a troca do piso da rua para asfalto e para colocar quebra-molas, mas até agora nada. O que falta para nós é a circulação de um meio de transporte que atenda quem não tem carro. Podia ser até um micro-ônibus. Sou idosa, tenho uma filha com necessidades especiais (cega) e é difícil sair com ela a pé, pois o calçamento é de paralelepípedo e as calçadas estão quebradas, impedindo o nosso direito de ir e vir. Não temos carro e fica caro um carro de aluguel. Além disso, na hora da entrada dos alunos da escola Tangará Encantado, as calçadas ficam intransitáveis e até os carros têm dificuldade para circular nas proximidades, porque não há fiscalização e os pais estacionam de qualquer jeito, fechando a única rua do bairro. A senhora conhece o papel da associação de moradores?

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Nilda Rodrigues: Não tenho certeza, mas acredito que seja para ajudar a administrar e melhorar a cidade.

Nilda Rodrigues: A realização das obras de calçamento e melhoria das calçadas.

Qual a maior realização da sua comunidade?

A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro?

Nilda Rodrigues: A Prefeitura não atende as necessidades do bairro. Quando vim morar aqui tinha um projeto para abrir uma rua ao lado da minha casa, ligando o Tangará aos bairros de cima (Vila Moderna, Santo Amaro, Eucaliptal e Jardim Brasília), mas ficou só no papel. A única coisa que ganhamos nos últimos tempos foi a troca das lâmpadas das ruas.

Nilda Rodrigues: Se interessa sim, mas o máximo de envolvimento que se consegue aqui é a participação dos moradores em abaixo assinados.

Quais têm sido os maiores problemas de sua comunidade? Nilda Rodrigues: Precisamos que seja construído um muro de arrimo ao redor de todo o bairro, para evitar novos desmoronamentos de terra, já que o Tangará fica um nível abaixo dos outros bairros do entorno. Quando chove muito, o lixo da Vila Moderna e do Santo Amaro desce e passa na frente da minha casa. Já fizeram uma rede de águas pluviais, mas pelo visto não foi suficiente. A Rua Pratti de Aguiar está afundando e o esgoto vive entupido. Um bambuzal, que fica acima da minha casa, está colocando a nossa residência em risco. Antes, a Prefeitura vinha de tempos em tempos roçar o morro, diminuindo os riscos dos bichos chegarem até os nossos quintais. Além disso, tem a questão da falta de transporte e de fiscalização do trânsito nos horários de entrada e saída da escola, como disse anteriormente. A senhora acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Nilda Rodrigues: Acho que o povo está desanimado de pedir e não ser atendido. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: A limpeza dos morros é urgente, e precisa ser feita antes do início das chuvas.

Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Nilda Rodrigues: Não sabia da realização dessas obras e torço para que elas sejam feitas logo. Mas acho que vai ter reclamação por parte dos moradores pelo fato de só termos uma rua de entrada e saída. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Nilda Rodrigues: Não sei dizer. Como a senhora avalia o impacto? Nilda Rodrigues: Vai causar problemas, porque só temos uma rua de entrada e saída do bairro, onde já fica difícil circular na hora de entrada e saída das crianças da escola. Imagina com uma obra então? Quem tem carro vai reclamar à beça. Finalmente, o que a senhora passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Nilda Rodrigues: Hoje nosso bairro tem poucas crianças, mas eu digo a elas o mesmo que eu dizia para os meus filhos e que agora repito para meus netos: “estude e tome cuidado com as companhias. O que você faz hoje para alguém, amanhã pode ser feito para seus filhos ou netos”.

Médio prazo: Drenagem dos morros, com a construção de uma rede de águas pluviais descendo os morros. Longo prazo: Acabar com o mau cheiro de esgoto que sai dos bueiros. O que a está preocupando na comunidade? Nilda Rodrigues: O calçamento irregular da rua e as calçadas esburacadas ou quebradas, que impedem o direito de ir e vir de idosos e portadores de deficiências. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade? 35


JARDIM BRASÍLIA II

R. Eric Nordskog

• HISTÓRICO Através do Decreto 083, de 12 de dezembro de 1979, foram aprovados o plano urbanístico e o projeto topográfico relativos ao loteamento de propriedade da Imobiliária Conora Ltda., situado à margem da rodovia municipal RD-02 Resende-Fazenda da Baia, Divisa do Estado de São Paulo, no 1º distrito deste município, com zoneamento de uso residencial e 54.230,94 m2 de áreas que passarão a constituir bens de domínio público, sem ônus para o município, conforme processo Nº 5.501/78. O bairro foi idealizado pelo engenheiro Tácito Vianna Rodrigues e recebeu seu nome em homenagem à Brasília de Oliveira Botelho, sua esposa. (Fonte: Expediente e Registro, setor da Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura Municipal de Resende)

22°28’45.2”S 44°27’17.9”W elev 425m 36


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Jardim Brasília II é de 378 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é formada por 177 habitantes (46.83%) e a feminina por 201 habitantes (53.17%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO

EDUCAÇÃO ASSOCIAÇÃO PESTALOZZI DE RESENDE Modalidade: Educação Especial Rua Cel. Rocha Santos, 656 - Jardim Brasília II Tel.: 24 3354-1460 166

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome Telefone * Antônio C. Gastão - Pres. Assoc. de Moradores

24 98869-9403

OBSERVAÇÃO: Antônio Cardoso Gastão Filho é economista por formação e empresário aposentado. Exerceu o cargo de Secretário Municipal de Indústria, Comércio e Turismo e foi vereador por duas legislatura: 1989/1992 37


e 1993/ 1996, presidindo a Casa de Rui Barbosa em 1995. Em 1990 presidiu a Constituinte Municipal que elaborou a Lei Orgânica do Município.

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo, que circula nas proximidades.

ENTREVISTA

ENTREVISTA COMPLETA Como o senhor se vê como presidente da sua comunidade? Gastão: Eu me vejo como legítimo representante dos moradores do bairro Jardim Brasília II, em função da eleição que houve e me consagrou como presidente da associação. Nós somos dez diretores e eu sou o presidente. Temos outros diretores que acompanham a nossa associação. Nós assumimos em maio de 2018 e temos um prazo de dois anos na presidência. Eu moro aqui há 45 anos, ou seja, fui o primeiro morador do bairro e quando vim para cá não tinha ninguém, absolutamente ninguém. Tenho um profundo conhecimento e amor por este bairro. Conheço as necessidades e as vantagens de morar aqui, por isso estou à disposição para colaborar no que for necessário. O que o mantém tão dedicado à associação?

Data: 30/04/2019 Nome: Antônio Cardoso Gastão Filho, economista aposentado e empresário Representatividade: Presidente da Associação de Moradores do Bairro Jardim Brasília - Gleba II Endereço: Rua Antônio Gastão, 90 - Jardim Brasília II Tel.: 24 98869-9403

RESUMO Gastão desconhece o projeto completo que vem sendo desenvolvido por Águas das Agulhas Negras, mas sabe que próximo ao seu bairro está sendo construída uma Estação de Tratamento de Esgoto. Ele tem acompanhado as obras que estão sendo realizadas no local. O presidente não vê maiores problemas nas intervenções, desde que os moradores sejam informados com antecedência para se organizarem frente aos transtornos que terão que enfrentar com a interdição de ruas. 38

Gastão: Em primeiro lugar, o fato de ter sido o primeiro morador do bairro Jardim Brasília II. Fui eu quem fundou a primeira associação de moradores daqui. Sinto-me feliz ao lembrar que contribuí para trazer para cá os serviços do poder público e das concessionárias da época, melhorando a nossa comunidade. Eu tive participação na vinda de quase todos os benefícios que o bairro recebeu. Essa é a razão principal. Fizemos uma estação de recalque. Numa época veio a Esamur, que pressurizava a água e fazia a interligação, e assim passamos a ter água pressurizada aqui! As bombas eram ligadas de manhã e à tarde. De manhã, até às 10 horas, depois desligava. A água só voltava a cair nas caixas durante a tarde e à noite, principalmente. Nesse intervalo do dia não caia água no bairro! Quem consumia mais água, muitas vezes ficava desabastecido porque o bombeamento era interrompido. Estou aposentado e quero ser útil para a comunidade. Eu não posso jogar fora as experiências adquiridas durante esses 80 anos da minha vida, na administração pública ou privada, onde trabalhei gerenciando a Xerox do Brasil, em Itatiaia/RJ. Eu acho que não tenho o direito de jogar isso fora, não tenho o direito de me omitir. O que eu peço à Prefeitura e as concessionárias de serviço público são para benefício da população, porque eu sou o gestor do bairro. Ajudar o poder público é o principal. Eu não ganho nada com isso. Só perco: perco meu tempo, mas faço com gosto, eu gasto meu tempo e gasto dinheiro do meu bolso. Ninguém paga a gasolina do meu carro, ninguém paga a manutenção do meu carro para falar o que está acontecendo! Se a conexão de esgoto vai para lá ou para cá, a princípio, não me incomoda nada aqui no bairro. Há cerca de um ano, a empresa de gás quebrou o piso todinho da avenida e todo o fluxo de veículos, que vem de lá para cá, passou aqui pelo bairro. Isso esculhambou a rede de esgoto, a rede de água, o piso, afundou tudo, porque o piso não estava preparado para receber um volume tão grande de veículos. Aqui é uma ZN1 especial, não pode ter comércio, não pode ter veículo pesado, não pode ter nada pela especificação da Prefeitura. Então, quando se transfere a carga pesada de todos os veículos para o bairro, danifica tudo! Eu falei com o prefeito que estava errado, que não tinha que entrar no Jardim Brasília II. Não que a gente não queira. O problema é que o


piso não estava preparado para isso. Quase tudo que estava no solo quebrou e o piso ficou uma vergonha. Até hoje sofremos com isso aqui nesta rua! Ainda temos sérios problemas no bairro e com relação à água, o recalque é um deles que, me parece, hoje é feito por uma elevatória no Alto dos Passos e chega aqui por cima do bairro. Outro problema que os moradores reclamam é de entrada de ar na tubulação, o que faz com que o hidrômetro seja acionado na chegada da água. Ou seja, ele é acionado pela pressão do ar e com isso você acaba pagando um consumo fantasma. Esta reclamação é geral aqui no bairro. Precisamos que a concessionária nos ajude nessa transparência, vindo aqui, conversando com a gente, mostrando o que é verdade e o que pode melhorar. Essa é uma reivindicação que nós fazemos neste momento. Junto com a energia elétrica, esse é o nosso maior problema hoje. Quais as maiores dificuldades que o senhor enfrentou ao longo desse período à frente da associação de moradores? Gastão - Tenho uma grande facilidade de relacionamento, tanto com o antigo governo como com o atual e isso é um facilitador. Mas o maior problema que encontramos no serviço público de uma forma geral, em todos os segmentos, é a burocracia. As coisas poderiam ser muito mais ágeis, muito mais rápidas, pois quanto mais rápido os problemas forem solucionados, maior será a satisfação do usuário. Isso melhora a receita do serviço público, seja através de impostos ou taxas, porque o usuário vai dizer o seguinte: vale à pena pagar porque estou sendo bem atendido. O grande detalhe, no meu ponto de vista, é reduzir a burocracia. O atendimento tem que ser o melhor possível, entendendo que quem recebe as reclamações está ali para atender o público que lhe paga. Então a função do presidente da associação, de um modo geral, é colaborar com a gestão pública, nada mais que isso. Infelizmente, no entanto, algumas associações são criadas ou geridas com intuito político, o que não é o nosso caso. Associações têm que produzir, buscar melhorias para a comunidade. Como gestor público na associação de moradores, o presidente e a sua diretoria são o braço direito e o esquerdo do poder público municipal. Ele não recebe absolutamente nada. Ao contrário, ele gasta dinheiro do bolso, razão pela qual ele deve ser bem atendido pelo governo e pelas suas concessionárias. Que recado o senhor passaria pra incentivar os jovens a se engajarem nas questões sociais? Gastão - Em primeiro lugar, meu incentivo seria para que ele tomasse conhecimento dos problemas da sua comunidade, do local onde ele reside. Num segundo momento, minha orientação seria para ele se dedicar sempre, tanto quanto possível, para solucionar ou levar as demandas para os órgãos onde eles podem ser solucionados. Isso é fundamental! Abrir o seu coração como jovem sabendo que ele não será jovem a vida toda. Um dia ele vai ficar idoso e precisará arcar com aquilo que, enquanto jovem, poderia ter feito e não fez. Ele vai sofrer as consequências da sua omissão na juventude. Se fizer hoje será para ele ou para os seus pais, avós e irmãos. Acho que os jovens devem buscar entender as necessidades da sua comunidade e interagir da melhor maneira com o serviço público para melhorar sua qualidade de vida.

O que o senhor faz como presidente da associação de moradores do Jardim Brasília II? Gastão - Integralmente, 24 horas, eu estou dedicado à associação de moradores. Nós buscamos atender as demandas dos moradores em todos os aspectos do serviço público, especialmente água, energia elétrica, manutenção de piso, rede de esgoto, rede de água, podas das árvores que constantemente nos deixam sem energia elétrica, entre outras demandas! Essa é a nossa atividade diária, contando sempre com o poder público para melhorar a qualidade de vida dos moradores do bairro. Quais foram, na sua opinião, as maiores realizações conquistadas desde o início da sua gestão em maio de 2018? Gastão - Minha gestão não começou agora, mas sim quando vim morar no bairro, há 44 anos. Eu fui o primeiro morador do Jardim Brasília II. Nós conseguimos o fornecimento de água, que não tinha. Existia apenas a tubulação, mas não havia ligação de água. Da mesma forma, tínhamos poste, mas não tínhamos iluminação pública, nem rede de telefonia. Nós conseguimos tudo isso no passado. E no presente o que nós buscamos é o fortalecimento da associação, após 14 anos de paralisação. Desde maio de 2018 voltamos a manter contato com o poder público e estamos sendo muito bem atendidos em todos os aspectos: na questão da poda das árvores, na melhoria do fornecimento de água, de esgoto, no fornecimento de energia elétrica. Enfim, isso é um trabalho diário. Temos demandas o tempo todo e procuramos atender todas. E quais são essas demandas? Quais são as principais delas? Gastão - As principais hoje são problemas pontuais de falta de água, já que parte do bairro fica numa colina; falta de energia elétrica, que é nosso principal problema; e manutenção do pavimento intertravado, que não é feito para suportar cargas. Além disso, a segurança também é uma demanda importante, e não é privilégio somente do nosso bairro, mas de todo o município, estado e país. Temos aqui um projeto piloto chamado Vizinhança Solidária e, em quase todas as ruas, temos placas com os telefones emergenciais das Polícias Civil e Militar, onde somos muito bem atendidos. Fale as suas expectativas para a sua comunidade a curto, médio e longo prazo. Gastão - Como sou imediatista, não vou dizer o que quero a longo prazo, mas o que eu quero o mais rápido possível, pois cada presidente tem que buscar melhorias em seu bairro para que ele seja uma referência na cidade. Nós temos a expectativa da troca das luminárias com a colocação de lâmpadas LED, o que aumentará a iluminação e, consequentemente, a segurança no bairro. Temos necessidade premente da garantia dos serviços públicos para que a população entenda que morar no Jardim Brasília II é uma grande vantagem, porque toda a infraestrutura está sendo colocada à disposição dos moradores e daqueles que queiram vir morar aqui.

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De que maneira o senhor se comunica com a comunidade, trazendo-a para as atividades da associação? Gastão - Assim que assumimos, criamos o grupo Vizinhança Solidária. Todos os moradores foram envolvidos nesta iniciativa e nós investimos cerca de R$ 5 mil na confecção e instalação de placas que ficam em frente a várias casas e onde constam os números das Polícias Civil e Militar; criamos um grupo no whatsapp onde são colocadas as demandas do bairro, que são avaliadas pelos próprios moradores. Neste grupo não é permitido falar sobre política, religião, esporte e ou qualquer outro assunto. Ele é exclusivo para falar sobre as necessidades dos moradores. Criamos uma página da associação no facebook, onde as nossas demandas são colocadas publicamente e podem ser acompanhadas pela Prefeitura e concessionárias de serviços. Não são críticas ao que está acontecendo, mas sim, demandas do bairro, pois, se o poder público não tomar conhecimento do que está acontecendo vai demorar muito mais para resolver o problema. Também produzimos um guia de profissionais e distribuímos por email entre todos os moradores. Se o cidadão precisar de um pedreiro, carpinteiro, costureira, limpador de piscina, jardineiro ou professor de inglês, por exemplo, ele vai encontrar no guia. São profissionais que preferencialmente moram no bairro, mas também aqueles que já prestaram serviços para alguns de nós, com eficiência e honestidade. O nosso relacionamento com as pessoas é muito próximo aqui. Como presidente, percorro o bairro diariamente para ver o que está acontecendo. Temos uma área de preservação ambiental que cuidamos com o maior carinho. No passado, um grande número de moradores fazia a limpeza de seu bairro, da sua rua, da sua residência e jogavam o lixo nesta área de preservação ambiental. Hoje isso não acontece mais isso. Tem várias placas de proibição, mostrando o cartão vermelho para quem jogar lixo nela. Se nos deparamos com construção ilegal também orientamos a pessoa para que procure a Prefeitura e legalize sua obra. Sua diretoria é atuante? Gastão - Ela é atuante sempre que necessário. Nós temos uma reunião por mês para tratar dos assuntos pendentes e fazer a prestação de contas. Não temos um centavo de receita de moradores e os nossos projetos são pontuais. Qual a importância de uma associação de moradores? Gastão – Como gestor, eu já estive dos dois lados da moeda, pois fui executivo de uma multinacional e também secretário municipal. Além disso, fui vereador durante oito anos e presidi a Câmara Municipal duas vezes. Eu sei como as coisas acontecem. Quando você tem um facilitador, os processos tornam-se mais ágeis. Preciso pedir ao secretário de Obras para que ele faça um ofício comunicando à Águas das Agulhas Negras a existência de uma erosão no bairro causada pela rede de esgoto? Este ofício pode gerar uma Ordem de Serviço, como ocorre quando ligo para o 0800 da empresa. O mesmo eu faço com outros setores ou outros escritórios para arrumar alguma coisa aqui e eles sempre vêm. Não entendo porque o poder público, que dá a concessão, tem que fazer o ofício para pedir reparo. Ele manda, pois é o 40

poder concedente! O usuário também pode e deve fazer. Esse vazamento de esgoto, por exemplo, assoreou a rua. Infelizmente, eu, como presidente da associação, não posso pedir retoque, porque Águas das Agulhas não aceita. Tem que ser o usuário mais próximo, é ele que tem que ligar e dar o número da conta dele para servir de referência. Agora vamos refletir: se eu fundei a associação e fui eleito por essas pessoas para representá-las, como não posso fazer a solicitação? Há um mês, três moradores me ligaram dizendo que estava faltando água no bairro. Peguei o nome dos reclamantes, número da casa e liguei para Águas das Agulhas Negras pedindo a verificação. A empresa pediu o meu endereço e o número da minha conta! O cidadão que me atendeu na concessionária falou que não podia ir até as casas dos reclamantes porque quem havia feito o pedido tinha sido eu. Achei um absurdo o presidente da associação de moradores não ter o direito de ligar para a concessionária para reclamar de um vazamento de água, um entupimento de esgoto ou outro problema da sua comunidade, se ele foi eleito para representar os moradores. Se existe um problema no bairro, eu não posso pedir o reparo, tem que ser o usuário, o morador mais próximo ou que está sendo impactado pelo problema. No caso de assoreamento da rua, como é que o usuário vai saber se é dele ou não?! Esta burocracia atrapalha. Entendo que as pessoas que trabalham no serviço público tem que atuar como um facilitador e não dizer aquilo que nós conseguimos acabar quando atuávamos na empresa Xerox: “Sempre foi feito assim!”. Sempre foi feito assim, mas pode melhorar, ou piorar. E se sempre foi assim, por que não melhorou? “Ah! Porque eu recebi assim e foi feito assim, sempre”. Tem que ter alguém em Métodos e Procedimentos para dizer: “nós vamos alterar isso, vamos adotar outro procedimento, outro método!”. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar? Por quê? Gastão - Podemos responder esta pergunta de diversas maneiras. Eu acho, em síntese, que a população está mais participativa sim, através de seus representantes, especialmente a associação de moradores. O que eu lamento, pois já tive a oportunidade e o privilégio de ser vereador, é que, infelizmente, com raríssimas exceções, a casta política está desacreditada. Os verdadeiros representantes de uma comunidade são os vereadores, eles foram eleitos não só para defender a sua comunidade, mas o munícipio como um todo. Mas, a maioria deles, está preocupada apenas com a sua reeleição e não se preocupa em atender o público, a população. Por outro lado, quando se trata de uma associação de moradores, as reivindicações são carreadas 99% das vezes pela diretoria da entidade, quando poderiam ser redirecionadas pelo próprio usuário, pelo próprio interessado. Faltou iluminação pública no seu bairro porque está chovendo, qualquer morador pode pegar o telefone e ligar para concessionária de energia elétrica. Mas não, ele vai ligar para a associação para que ela tome a iniciativa! Se for falta de água, ao invés de ligar para o telefone de emergência da concessionária, que está na conta d’água, ele liga para a associação para que ela peça o reparo. Ele é participativo nesse sentido, mas não é participativo direto, para agilizar o processo. Se tiver uma obra, uma árvore tocando o galho de alta tensão de energia elétrica, ele liga para associação, mas não liga para as empresas de poda da Prefeitura. Ele é participativo, mas, dependente da


associação de moradores, pois não tem iniciativa de resolver o problema. Aqui no bairro todos têm os números dos telefones de todos os setores do serviço público. Na verdade, o morador repassa o problema. Nesse sentido, ele não é participativo. Com isso ficamos sobrecarregados porque as nossas demandas, que não são muitas perto de outros bairros, exigem muito de nós. Nossas demandas são pontuais e todas já estão reivindicadas. Aqui no Jardim Brasília nós fizemos um ofício com 12 itens ao poder público municipal, e nossas necessidades estão sendo resolvidas devagar porque também há demandas de outros bairros do município. O senhor falou em doze demandas, quais são elas? Gastão - Sim. Nosso bairro é muito arborizado e tínhamos aqui 14 árvores sem poda. A questão da falta d’água, talvez em função de problemas de recalque, acontece ainda, não com muita frequência. É há ainda problemas na tubulação de água. Eu creio que isso só vai acabar quando houver abastecimento 24 horas. Também precisamos de melhorias no calçamento, troca das luminárias de energia elétrica para melhorar a segurança do bairro, resolver a questão dos animais soltos nas ruas, e melhorar a limpeza urbana e dos lotes vazios. São basicamente essas necessidades, mas estamos conseguindo melhorar a qualidade de vida da população. Como o senhor acha que a comunidade vai receber essas intervenções que Águas das Agulhas Negras está prevendo para o bairro? Gastão - Como morador do Jardim Brasília precisava entender um pouco mais como serão feitas essas ações físicas dentro do bairro e nos seus acessos, pois como falei anteriormente, o nosso calçamento não foi feito para receber tráfego pesado. O piso é muito frágil e as tubulações não estão enterradas nas calçadas como se faz hoje; as daqui estão nas ruas. Eu não vejo maiores problemas nesta intervenção, desde que os moradores sejam devidamente informados com antecedência para se organizarem. É claro que cortar uma rua vai prejudicar o estacionamento livre e a entrada de algumas garagens causando aborrecimentos, mas entendo isso como necessário. Com um bom planejamento as coisas poderão chegar a um bom termo, no meu ponto de vista. Posso garantir que os moradores do Jardim Brasília são muito conscientes da necessidade de melhoria da qualidade de vida da população. Ainda que a estação que está sendo construída seja um pouco à frente daqui, ela vai atender o bairro também. Eu tenho quase certeza de que a população local vai entender e colaborar, mesmo sabendo que o esgoto tratado trará majoração na tarifa. Mas esses critérios devem ser discutidos antecipadamente para não pegar as pessoas de surpresa. Todos nós sabemos que a população brasileira está pagando muita tarifa, muito imposto. Reduzir ou manter a tarifa seria o ideal, mas conhecemos a legislação municipal.

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PARQUE IPIRANGA

R. Cel. Rocha Santos

• HISTÓRICO Através do Decreto Nº 47, de 13 de agosto de 1979, foram aprovados o plano urbanístico e o levantamento topográfico relativos ao loteamento Parque Ipiranga, localizado no 1º Distrito de Resende, de propriedade de Valparaíba Empreendimentos Imobiliários Ltda. (Fonte: Expediente e Registro, setor da Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura Municipal de Resende)

22°28’49.1”S 44°27’36.1”W elev 405m 42


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Parque Ipiranga I é composta de 951 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é representada por 483 habitantes (50.8%) e a feminina por 468 habitantes (49.2%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO ESCOLA PARQUE IPIRANGA

Modalidade: Creche e Educação Infantil Rua Joaquim José Ribeiro, 475 - Parque Ipiranga Tel.: 24 3359-4956

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome Telefone Florival Nascimento Filho Valéria Fernandes Rocha Marachin

24 98825-7230 24 99832-0698

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SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação precária, coleta de lixo e transporte coletivo circulando nas proximidades (Avenida Augusto de Carvalho).

ENTREVISTA

casas a rede de águas pluviais está ligada à rede de esgoto. Já no Ipiranga II, todas as ruas são asfaltadas e as redes de águas pluviais e de esgoto são separadas. “Carecemos de mais informações sobre o projeto de saneamento, que inclui a construção de uma Estação de Tratamento de Esgotos e suas interligações, para levarmos ao conhecimento dos moradores. Esperamos que, na medida em que a Águas das Agulhas Negras faça seu trabalho, a Prefeitura também faça a sua parte, que é a drenagem”, disse, acrescentando que a região também tem problemas de abastecimento na parte alta do Ipiranga II e que os moradores sofrem por dias com a falta d’água. Além disso, a associação também reclama de ar na tubulação, mau atendimento e deboche quando ligam para o 0800.

ENTREVISTA COMPLETA Como o senhor se vê como presidente da associação na sua comunidade? Florival Nascimento Filho: Me vejo como um voluntário que pensa em contribuir para a melhoria da qualidade de vida do bairro. O senhor assumiu a presidência da associação por meio de eleição? Como foi a disputa? Florival Nascimento Filho: Fui intimado. Era vice-presidente e aceitei o desafio de montar uma chapa para que a Associação não acabasse. Era chapa única, para dois anos de mandato*. *Observação RHO2: o mandato acabou em junho Data: 08/05/2019 Nome: Florival Nascimento Filho Representatividade: Presidente da Associação de Moradores dos bairros Parque Ipiranga I e II Endereço: Mercearia Sabor de Minas, na Avenida Augusto de Carvalho Ipiranga I Presentes os seguintes diretores: Valéria Fernandes Rocha - Dir. Tesoureira Paulo Tefani C. Daroz – Vice-presidente João Francisco S. Teixeira - 2o Tesoureiro Telefone: 24 98825-7230 (Presidente)

RESUMO O bairro Parque Ipiranga I começou a ser habitado na década de 1980. O presidente da associação de moradores local e seus diretores afirmam que a tubulação de esgoto em algumas ruas do bairro está instalada a apenas 30 centímetros de profundidade. Além disso, segundo ele, na maioria das 44

O que o senhor faz hoje como presidente da comunidade? Qual é o seu papel? Florival Nascimento Filho: Busco contribuir para a melhoria do bairro. Este é o meu papel enquanto liderança comunitária: desenvolver ações em busca de soluções para as demandas do bairro, fazendo a interface com o poder público. Qual a sua maior realização como presidente da associação até hoje? Florival Nascimento Filho: Fazer o monitoramento do bairro por meio de vigilância comunitária, por iniciativa da população, com o apoio da Polícia Militar. Além disso, também conseguimos a troca de todas as lâmpadas queimadas do bairro. Quais têm sido os maiores desafios que o senhor têm vivido como presidente da associação?


Florival Nascimento Filho: Sensibilizar o poder público acerca das necessidades do bairro e conseguir que as demandas sejam atendidas pela Prefeitura, que diz não ter verba suficiente para pavimentar as ruas do bairro. Hoje, só temos asfalto na rua principal do Ipiranga I, a Rua Augusto de Carvalho, embora conste na Prefeitura que todas as ruas são calçadas. No entanto, os bloquetes que tínhamos em algumas ruas foram retirados e levados para outros bairros. Já as 11 ruas do Parque Ipiranga II são pavimentadas porque o bairro foi remodelado em 2004/2005. Além disso, a tubulação da rede de esgoto do Ipiranga I está instalada a cerca de 30 centímetros de profundidade e também não temos área de lazer para nossos moradores. Outro problema que enfrentamos é que a Área de Proteção Ambiental (APA), localizada entre as ruas Joaquim José Ribeiro e a Santa Ângela, no Ipiranga II, é utilizada por uma pessoa que cria animais. Em função disso, animais vivem soltos nas ruas dos dois bairros, colocando em risco a vida dos moradores e de quem trafega por aqui.

De que maneira envolve a comunidade nos projetos da associação?

Florival Nascimento Filho: Criamos grupos no whatsapp para ampliar a participação das pessoas. Os dois maiores são Ipiranga e Parque Ipiranga. O primeiro tem 168 moradores e o segundo, 204. Temos ainda, o Emergência Ipiranga, com 146 moradores, e o Vigilância Ipiranga, com 237 participantes. A diretoria também tem um grupo específico.

Sua diretoria é participativa?

Florival Nascimento Filho: Sim, no grupo da diretoria estão incluídos o comandante o 37o Batalhão da Polícia Militar; a Coordenadoria de Relações Comunitárias da Prefeitura; e o comando da 1a Companhia.

O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê?

Sua comunidade é participativa?

Florival Nascimento Filho: Não. Reclamar faz parte, mas a comunidade não é participativa. Nossa maior dificuldade é reunir as pessoas para discutir os problemas do bairro.

Florival Nascimento Filho: Aqui é um bairro dormitório e a participação presencial é difícil. Por isso, as redes sociais ajudam a diminuir esta distância.

Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade?

Com respeito à intervenção de saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber?

Curto prazo: Pavimentação geral.

Florival Nascimento Filho: Precisamos de mais informações sobre essas intervenções para levar para a comunidade. Precisamos saber, por exemplo, se à medida que a concessionária fizer a sua parte, a Prefeitura também fará a dela, com a drenagem das ruas. Elas vão trabalhar juntas? Essas informações são importantes para nós!

Médio prazo: Segurança. Longo prazo: Recuperação da área institucional, que está cedida para a Associação dos Servidores Públicos de Resende (ASPR). O que o está preocupando na sua comunidade?

E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos?

Florival Nascimento Filho: Diversos moradores têm reclamado de infestações de insetos, fato ocasionado pelo mato alto e pelos terrenos sem manutenção, que também servem de esconderijo para escorpiões, cobras, ratos e outros bichos. Precisamos de uma ação urgente da Prefeitura nesta questão.

Florival Nascimento Filho: Temos muitas pendências com relação ao saneamento nos dois bairros. A água não chega à parte alta, e os moradores das ruas Angelina Monteiro, Jurandir Rinaldo, Emanoel Pedro, Amália Machado e Abdo Miguel Arbex sofrem por vários dias com o desabastecimento. A reclamação de ar na tubulação também é constante.

O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade?

Como o senhor avalia o impacto?

Florival Nascimento Filho: A pavimentação das ruas.

Florival Nascimento Filho: Haverá de muita reclamação.

Quais seus planos para o futuro junto à comunidade?

O político precisa mais do líder comunitário ou é de maneira inversa? Por quê?

Florival Nascimento Filho: Melhorar o sistema de energia.

Florival Nascimento Filho: A situação é inversa, pois somos nós que procur45


amos atender as demandas dos moradores. Fale sobre o senhor e da sua importância dentro do cenário político atual! Florival Nascimento Filho: Sou voluntário da minha comunidade, só isso. Como os moradores o têm recebido e ao seu trabalho? Florival Nascimento Filho: comunidade.

Temos trabalhado muito e recebido o apoio da

O que o mantém dedicado a esse trabalho? Florival Nascimento Filho: A melhoria dos dois bairros. Finalmente, o que você passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais?

Participar da vida comunitária em busca de melhorias para o seu bairro, sua cidade e seu país. Florival Nascimento Filho:

Sua diretoria estará presente em nossa reunião de apresentação dos projetos da empresa Águas das Agulhas Negras? Florival Nascimento Filho: Sim

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PARQUE IPIRANGA II

R. G

• HISTÓRICO Através do Decreto Nº 47, de 13 de agosto de 1979, foram aprovados o plano urbanístico e o levantamento topográfico relativos ao loteamento Parque Ipiranga, localizado no 1º Distrito de Resende, de propriedade de Valparaíba Empreendimentos Imobiliários Ltda. (Fonte: Expediente e Registro, setor da Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura Municipal de Resende)

22°28’49.1”S 44°27’36.1”W elev 405m 47


DADOS IBGE 2010 Segundo informações obtidas no escritório local do IBGE, alguns bairros do município, como é o caso do Jardim Brasília II, não foram recenseados em 2010 por não serem reconhecidos oficialmente pela Prefeitura de Resende, que é o órgão responsável pelo encaminhamento da relação nominal e oficial dos bairros para a realização do Censo pelo IBGE. Outra possibilidade, segundo os funcionários do Instituto, é de que o bairro possa ter sido anexado a algum outro localizado nas proximidades, para a realização do Censo.

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome Telefone Valéria Fernandes Rocha Marachin

(24) 99832-0698

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação precária, coleta de lixo e transporte coletivo nas proximidades.

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VILA ADELAIDE

R. Vila Adelaide

• HISTÓRICO O loteamento, com 92 terrenos, foi implantado em 1941 pelo engenheiro Tácito Vianna Rodrigues, visando atender famílias de classe média alta. O nome do bairro foi dado em homenagem a mãe do construtor, Adelaide Pereira Vianna. (Fonte: Livro escrito por Alceu Vilela Paiva e publicado pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil e Confraria dos Cidadãos de Resende, em homenagem aos 200 anos de Resende: “Eng. Tácito Vianna Rodrigues (o resendense do Século XX - um exemplo de cidadania)”.

22°28’31.7”S 44°27’08.4”W elev 431 49


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Vila Adelaide é formada por 263 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é representada por 138 habitantes (52,47%) e a feminina por 125 habitantes (47,53%).

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo nas proximidades (Rua do Rosário).

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ENTREVISTA

ENTREVISTA COMPLETA

Há quanto tempo mora neste bairro?

Moro no bairro Jardim Brasília há 40 anos. Não sei como surgiu meu bairro e nem quanto tempo ele tem. Luciana Araújo:

A senhora lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Luciana Araújo: Não. Seu bairro tem associação de moradores? Luciana Araújo: Que eu saiba

não!

A senhora conhece o papel da associação de moradores? Luciana Araújo: Sim. Data 28/07/2019 Nome: LucianaAraújo Carneiro, fonoaudióloga e psicóloga Representatividade: moradora antiga Endereço: Rua Vila Adelaide, 60 – Vila Adelaide Tel.: 24 99833-9977

Qual a média de idade dos moradores? Estão no mercado de trabalho? Luciana Araújo: Bom aqui em casa tenho meu pai, com 83 anos, que ainda está no mercado de trabalho. Qual foi a maior realização aqui na sua comunidade? Luciana Araújo: Nossa! Não vejo nada acontecer há muito tempo.

RESUMO

O bairro Vila Adelaide se funde a tal ponto com o Jardim Brasília que nem mesmo os moradores mais antigos conseguem distinguir onde um acaba e o outro começa. Habitado por famílias de classe média alta, os moradores reivindicam mais presença do poder público para sanar problemas de segurança, trânsito, esgoto entupido e rede de águas pluviais misturada com rede de esgoto, o que causa mau cheiro nas ruas. Além disso, os moradores também têm problemas com mosquitos, pragas e ratos que saem dos terrenos baldios, que não recebem a devida manutenção por parte de seus proprietários.

Quais têm sido os maiores problemas da sua comunidade? Luciana Araújo: O trânsito insatisfatório; segurança péssima; iluminação que deixa a desejar; redes de água e esgoto que vivem com mau cheiro, vazando e alagando quando chove forte; falta de controle de zoonoses (pragas, insetos e ratos). A infestação de mosquitos, no momento, é um de nossos maiores problemas. O que está te preocupando na comunidade? Luciana Araújo: Segurança, trânsito, água e esgoto, e a quantidade de mosquitos, pragas e ratos que saem dos terrenos dos vizinhos. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Controle de pragas, mosquitos e ratos. Médio prazo: Melhorar o serviço de água e esgoto, iluminação e segurança. Longo prazo: Manutenção contínua dos itens acima citados. 51


O que precisa para melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade? Luciana Araújo: Investimento. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Luciana Araújo: Não, apesar de eu considerar que todos têm interesse. Acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Luciana Araújo: Sim, sem dúvida! A internet e as redes sociais são hoje veículos favoráveis e desfavoráveis para isso acontecer. A concessionária Águas das Agulhas Negras está realizando obras de ampliação de esgotamento sanitário na cidade. Com respeito à essas intervenções programadas por Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Luciana Araújo: Tudo que vier para melhorar será bem-vindo. Como a comunidade vai se manifestar em relação a esse projeto? Luciana Araújo: Acho que a comunidade precisa ser comunicada sobre o que vai acontecer com relação às melhorias. O que normalmente acontece são as obras já ocorrendo, buracos, barulho e nenhuma informação à população sobre o que está acontecendo. Quais, na sua opinião, são os pontos altos e baixos deste trabalho? Como a senhora avalia o impacto? Luciana Araújo: Tudo que vem para melhorar é bem-vindo. Porém, para que haja envolvimento da comunidade é necessário haver parceria e informação entre ambas as partes. A comunidade precisa ser informada sobre o que vai acontecer no bairro para, desta forma, ser mais participativa e parceira. Finalmente, o que a senhora passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Luciana Araújo: Que ele lute e nunca desista de seus sonhos.

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VILA CENTRAL

R. Onze

• HISTÓRICO Não foram encontradas informações oficiais, como data de fundação, criação do loteamento e início de seu povoamento, nos arquivos do Setor de Expediente e Registro da Prefeitura, onde são catalogados todos os projetos de criação e/ou modificação dos loteamentos existentes no município. Consultado, o Arquivo Histórico Municipal também não dispõe de registros que permitam a elaboração de um histórico seguro sobre o surgimento do bairro.

22°28’23.3”S 44°27’06.5”W elev 426m 53


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Vila Central é composta por 273 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina conta com 134 habitantes (49.08%) e a feminina com 139 habitantes (50.92%).

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome Telefone Amanda Elias Pereira

24 98157-3041

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação e coleta de lixo.

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ENTREVISTA

Amanda: Não. Seu bairro tem associação de moradores? Amanda: Não. Qual a média de idade dos moradores? Estão no mercado de trabalho? Amanda: Os moradores têm entre 10 e 60 anos, e a maioria está inserida no mercado de trabalho. Quais foram as maiores conquistadas do seu bairro e há quanto tempo? Amanda: A implantação da coleta do lixo reciclável. Quais os maiores problemas do seu bairro? Amanda: Segurança e ruas desniveladas. O que mais preocupa os moradores do seu bairro?

Data: 16/07/2019 Nome: Amanda Elias Pereira, publicitária Representatividade: Moradora antiga Endereço: Rua Francisco Muratori, 106 - Vila Central

Amanda: Segurança e ruas desniveladas.

RESUMO

Quais são as realizações necessárias a curto, médio e longo prazo para o bairro?

O desnivelamento das ruas e a falta de segurança são citados por Amanda Elias Pereira como os principais problemas que afetam o dia a dia dos moradores da Vila Central. Ela aponta para a necessidade do asfaltamento das ruas como garantia do direito de ir e vir das pessoas e também como uma forma de reduzir os riscos de queda dos idosos que moram no bairro. Por outro lado, ela aplaude a iniciativa da administração municipal pela implantação do serviço de coleta seletiva, como medida de proteção ao meioambiente. Amanda afirma ainda que as obras propostas por Águas das Agulhas para tratamento do esgoto do bairro são muito bem-vindas, mas se preocupa com as condições das ruas, após as intervenções.

A comunidade é participativa e se interessa pelo bairro? Amanda: Não muito.

Curto prazo: Aumentar a segurança. Médio prazo: Asfaltar as ruas. O que precisa para melhorar a qualidade de vida da sua comunidade? Amanda: Asfaltar as ruas. Acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê?

ENTREVISTA COMPLETA

Amanda - Não, pois ainda não temos essa união.

Qual é o seu bairro e há quanto tempo a senhora mora neste bairro?

A concessionária Águas das Agulhas Negras está realizando obras de ampliação de esgotamento sanitário na cidade. Com respeito à essas intervenções programadas por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber?

Amanda: Vila Central/Jardim Brasília, onde moro há 15 anos. A senhora se lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro?

Amanda: Sim. 55


Como a senhora acha que a comunidade vai se manifestar em relação a esse projeto? Quais os pontos altos e baixos deste trabalho? Amanda: Acho bom, vai melhorar o esgoto, porém as ruas estão ficando muito ruins para que isso seja feito. Como a senhora avalia o impacto? Amanda: Acho bom, vai melhorar o esgoto, porém as ruas estão ficando muito ruim para que isso seja feito. Finalmente, o que você passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Amanda: Acredito que o primeiro passo que devemos dar é nos unir às pessoas que pensam como a gente e depois, com a força de todos, lutar pelos nossos ideais.

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VILA ELIZABETH

R. Dr. Armando Fajardo

• HISTÓRICO Não foram encontradas informações oficiais, como data de fundação, criação do loteamento e início de seu povoamento, nos arquivos do Setor de Expediente e Registro da Prefeitura, onde são catalogados todos os projetos de criação e/ou modificação dos loteamentos existentes no município. Consultado, o Arquivo Histórico Municipal também não dispõe de registros que permitam a elaboração de um histórico seguro sobre o surgimento do bairro.

22°28’13.6”S 44°27’09.2”W elev 409m 57


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Vila Elizabeth é formada por 73 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina conta com 33 homens (45.21%) e a feminina com 40 mulheres (54.79%).

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo nas imediações.

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ENTREVISTA Data: 03/06/2019 Nome: Rosa Maria Gomes Nogueira, aposentada, 69 anos Representatividade: moradora antiga do bairro Endereço: Rua Joaquim Garcia Silveira, casa 01 - Vila Elizabeth Tel.: Não informado Observação: A entrevistada solicitou que não fosse publicada sua foto.

Rosa Maria Gomes: Nosso bairro nunca recebeu obras, desde quando cheguei aqui. Quais os maiores problemas da sua comunidade? Rosa Maria Gomes: Falta de drenagem. As águas pluviais parecem que não são canalizadas e tomam conta da rua quando chove, entrando nas casas. Acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Rosa Maria Gomes: Não, nem reivindicar ele sabe. Só quando se sente prejudicado.

RESUMO

Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Instalação de rede de águas pluviais.

A aposentada Rosa Maria Gomes, moradora da primeira casa da Vila Elizabeth, fala com tristeza da situação em que o bairro se encontra nos últimos anos. Ela afirma que os maiores problemas do local são o pavimento irregular da rua e falta de bueiros para escoamento das águas pluviais. “Nosso bairro é pequeno e Águas das Agulhas Negras atende prontamente quando precisamos”.

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo a senhora mora neste bairro? Rosa Maria Gomes: Há 14 anos. A senhora lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro?

Médio prazo: Fiscalização e exigência para separação da rede de esgoto das águas pluviais; Longo prazo: Melhoria do calçamento. O que o está preocupando em sua comunidade? Rosa Maria Gomes: A água entrando na minha casa nos dias de chuva. Como moro na entrada do bairro, a água escorre para cá e, sem rede coletora, entra na minha casa. Isso acontece porque a rua, que é sem saída e tem poucos metros de extensão, sofre uma pequena elevação no seu traçado, o que contribui para que a água seja escoada para o ponto onde moro e que fica mais próximo à Rua do Rosário. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida na sua comunidade?

Rosa Maria Gomes: Não, o bairro aqui é muito tranquilo.

Rosa Maria Gomes: Solucionar a questão do esgoto, que hoje está misturado com as águas pluviais e provoca um mau cheiro muito grande na rua.

Como na senhora vê a atuação do presidente da associação em sua comunidade?

A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro?

Rosa Maria Gomes: Não temos associação. O bairro é muito pequeno, só tem uma rua de entrada e saída. A senhora conhece o papel da associação de moradores? Rosa Maria Gomes: Sim. Qual foi a maior realização da associação de moradores na sua comunidade?

Rosa Maria Gomes: Que nada! Ninguém reclama. Eu reclamo porque desce tudo para cá, na direção da minha casa. Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Rosa Maria Gomes: Eu vou gostar e acho eu todo mundo vai gostar também.

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E como é que o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Rosa Maria Gomes: Ninguém sabe dessas obras aqui. Só sabem que estão fazendo uma intervenção no Jardim Brasília, mas não sabem que ela chegará até aqui. Como você avalia o impacto? Rosa Maria Gomes: Só temos uma rua, que serve de entrada e saída do bairro, por isso acho que tudo terá que ser muito bem estudado. Finalmente, o que você passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Rosa Maria Gomes: Tem que estudar.

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REGIĂƒO 02 Alto dos Passos, Santo Amaro, Vicentina I e II, Vila Moderna e Vila Nova

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ALTO DOS PASSOS R. Padre Marquês

• HISTÓRICO O bairro Alto dos Passos cresceu ao redor da Igreja dos Passos (1827), cujas terras, doadas à Paróquia local pelo fazendeiro Domingos Gomes Jardim, foram sendo pouco a pouco ocupadas por posseiros pobres. Em razão disso, até hoje a situação fundiária ali é complexa. Com a abolição, os escravos libertos também foram para lá. Ainda hoje, manifestações culturais afro-brasileiras e populares, como capoeira, jongo, pau-de-sebo e malhação de Judas, sobrevivem no bairro. (Fonte: Histórico construído a partir de informações obtidas no site da Prefeitura de Resende e com antigos moradores)

22°28’21.8”S 44°26’57.9”W elev 432m 62


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Alto dos Passos é de 836 habitantes, segundo o Censo de 2010. Deste total, 393 são homens (47.01%) e 443 são mulheres (52.99%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO O Alto dos Passos não conta com atendimento local em educação e saúde. Para serem atendidos, os moradores recorrem aos bairros vizinhos. O bairro conta com: • CEMITÉRIO MUNICIPAL Rua Senhor dos Passos, 100 - Vila Moderna Tel.: 24 3360-1069 • QUADRA DE ESPORTE Rua Cecília de Souza - Vila Moderna • ACADEMIA DA TERCEIRA IDADE (INCOMPLETA) Observação: a Academia da Terceira Idade ocupa um pequeno espaço no interior da quadra de esporte na Rua Cecília de Souza - Vila Moderna

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MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome Telefone Luciano Soares Farias – morador antigo 24 99880-5237 Marcelo Joaquim – Pres. da Associação de Moradores 24 99961-3347

SERVIÇOS PÚBLICOS

Bairro conta com iluminação pública, pavimentação em paralelepípedo, transporte coletivo e coleta de lixo.

ENTREVISTA I

Luciano afirma que em relação às intervenções que serão feitas no bairro por Águas das Agulhas Negras, com certeza a comunidade ficará agradecida. “Tudo que for feito para melhorar será sempre bem-vindo. Além disso, temos muitos problemas de saneamento no bairro, devido ao fato de a tubulação de água ser muito antiga. Enfrentamos, com frequência, problemas de vazamento de água, mas a concessionária sempre nos atende rápido. A empresa já trocou a canalização de ferro, mas ainda temos problemas na rede. Hoje, por exemplo, vi um vazamento quando andava pelo bairro, fiz contato com a empresa às 8h15 e às 12h30 a equipe já estava no local fazendo o reparo”.

ENTREVISTA COMPLETA

Há quanto tempo o senhor mora neste bairro? Luciano Soares: Há mais de 40 anos. O senhor lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Luciano Soares: Sim. Que o cemitério de Resende ficava na área onde hoje estão as ruas Antônio de Almeida Viana, Cecília de Souza e Jucas Matos, até ser construído o Cemitério dos Passos. Essas são as únicas ruas do bairro, que possui cinco becos e em cada um deles várias casas. Como o senhor vê a atuação do presidente da associação de moradores da sua comunidade?

Data: 08/05/2019 Nome: Luciano Soares Farias (Ganinha) Representatividade: Morador antigo, ex-presidente da Associação de Moradores do bairro Alto dos Passos e ex-administrador regional dos bairros Alto dos Passos, Vila Moderna, Vila Central e Vila Elizabeth Endereço: Rua Antônio A. Viana, 44, Vila Moderna Tel.: 24 99880-5237

RESUMO Funcionário público, 47 anos, Luciano Soares Farias foi responsável pela Administração Regional da região, que incluía os bairros Alto dos Passos, Vila Moderna, Vila Central e Vila Elizabeth, durante oito anos (2009/2016). Segundo Luciano, as maiores carências do bairro são alternativas de lazer para os jovens, construção de praças e parques, e a reforma da única quadra esportiva da comunidade. 64

Luciano Soares: Vejo como sendo uma batalha diária. É muito trabalho e na maioria das vezes, sem nenhum apoio. O senhor conhece o papel da associação de moradores? Luciano Soares: Sim, sempre participo e, ainda hoje continuo trabalhando pelo bairro. Por onde eu passar e detectar um problema eu tentarei ajudar na solução. Qual a maior realização da associação de moradores na sua comunidade? Luciano Soares: O bairro não teve muitas, mas teve grandes realizações, como a ampliação do Cemitério dos Passos e a reforma de Capela Mortuária. Também ganhamos uma quadra de esportes e um parque infantil, que hoje estão deteriorados e precisando de manutenção. Por um bom tempo os moradores utilizaram um dos lados da quadra como lixeira, jogando tudo ali, de lixo doméstico a geladeiras, sofás e televisores velhos, e até mesmo restos de obras. Com a regularização da limpeza do bairro, os moradores aprenderam e já não se vê tanto entulho pelas ruas e vielas. No lugar da


lixeira ao lado da quadra foram plantadas floreiras feitas de pneus velhos. Quais têm sido os maiores problemas da sua comunidade? Luciano Soares: Além dos encanamentos antigos de água que o bairro ainda possui, a comunidade reclama da pavimentação, cujo piso é de paralelepípedo, e também do transporte coletivo, pois embora o bairro seja servido pela linha de ônibus 285, que circula em seis bairros, ele não atende as necessidades dos moradores daqui porque atrasa muito. Temos a sorte de estarmos a poucos metros do centro da cidade, porém a nossa comunidade tem muitos idosos que precisam do transporte coletivo para se locomover, além de nossas crianças e jovens, que dependem do ônibus para ir para as Escolas Bernarda Brandão, na Vila Moderna, Dona Mariúcha, no Santo Amaro, João Maia, na Praça Oliveira Botelho, Souza Dantas, no Centro, e Sagrado Coração, no Lavapés. Com relação à segurança, não temos maiores problemas.

Luciano Soares: Tenho certeza que sim, pois essas obras significam o fim dos vazamentos e a garantia de que o nosso esgoto não vai mais in natura para o Rio Paraíba. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Luciano Soares: Acredito que mesmo com os transtornos comuns durante as obras, o serviço será bem aceito pela maioria. Como o senhor avalia o impacto? Luciano Soares: Haverá reclamação, mas se a informação chegar aos moradores com antecedência, eles terão tempo para se organizarem e, com isso, diminuir os impactos que a obra poderá lhes trazer.

O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê?

Finalmente, o que senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar em questões sociais?

Luciano Soares: Não. Reclamar sim, reivindicar não.

Luciano Soares: Estudar e participar mais da vida da comunidade.

Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Manutenção da área de lazer e do parque infantil; complemento da Academia da Terceira Idade; e mais horários de ônibus circulando no bairro.

ENTREVISTA II

Médio prazo: Uma ambulância para atender o bairro. Longo prazo: Asfaltamento do bairro. O que o está preocupando em sua comunidade? Luciano Soares: A falta de espaços de lazer. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida em sua comunidade? Luciano Soares: Lazer. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Luciano Soares: Muito pouco. Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção.

Data: 08/05/2019 Nome: Ronaldo Pires - 58 anos Representatividade: Morador antigo do bairro Alto dos Passos Endereço: Rua Antônio A. Viana, 44 - Vila Moderna Tel.: Não informado

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RESUMO

Nascido e criado no Alto dos Passos, Ronaldo Pires lamenta a falta de interesse e participação dos membros da comunidade na organização de uma associação de moradores que possa lutar por melhorias no bairro. “A associação tem a palavra pública diante da Prefeitura para solicitar e fiscalizar o trabalho do Executivo. Não temos uma aqui no bairro há mais de 10 anos e quem perde somos nós mesmos”, avalia. Ele revela que não tinha conhecimento da intervenção de saneamento que será feita no bairro, mas acha a medida importantíssima. “Quanto melhor tratar o esgoto, melhor será a água do Rio Paraíba”, diz.

ENTREVISTA COMPLETA

Quais têm sido os maiores problemas da sua comunidade? Ronaldo Pires: Os problemas do bairro são os mesmos de todos os outros. Falta manutenção de qualidade e a população também tem culpa porque não cobra. Já era para o bairro estar asfaltado. O piso aqui é de paralelepípedo, responsável por causar muitos acidentes por ficar escorregadio quando chove. Falta infraestrutura. O bairro tem captação de esgoto, mas não tem tratamento. Felizmente não falta água. Os jovens não têm o que fazer, pois o bairro nada oferece. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Ronaldo Pires: Os moradores mais antigos são unidos, mas não participativos. Se fossem, a associação seria mais ativa. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Melhorar a infraestrutura.

Há quanto tempo o senhor mora neste bairro?

Médio prazo: Asfaltamento do bairro.

Ronaldo Pires: Sou nascido e criado no bairro.

Longo prazo: Uma base avançada de um posto de saúde para atendimento rápido.

O senhor lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro?

O que o está preocupando na sua comunidade?

Ronaldo Pires: O suicídio de um morador. Ele se enforcou numa enorme figueira do bairro. Como o senhor vê a atuação do presidente da associação de moradores da sua comunidade? Ronaldo Pires: A falta de interesse da comunidade sobrecarrega o presidente da associação. O senhor conhece o papel da associação de moradores? Ronaldo Pires: Sim, o papel é melhorar a qualidade de vida da sua comunidade. É ela que tem a palavra pública diante da Prefeitura, solicitando e fiscalizando o trabalho do executivo. Seu papel também é orientar a população sobre como ajudar a administrar o bairro. Qual a maior realização da associação de moradores na sua comunidade? Ronaldo Pires: A instalação de bombas de água (1980), a construção da Capela Mortuária e a ampliação do cemitério.

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Ronaldo Pires: Agora nada. A Polícia Militar está bem atuante no bairro. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade? Ronaldo Pires: Maior valorização do bairro. Falta infraestrutura num bairro que possui árvores centenárias, uma igreja datada de 1848, um reservatório de água do século XIX (conhecido como caixa d’água), que já foi sede do Tiro de Guerra (alistamento militar), abrigou o Mobral, a Junta do Serviço Militar e a sede da associação de moradores, além de ter sido usado para cursos de artesanato. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Ronaldo Pires: Não. Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Ronaldo Pires: Aqui ninguém sabia desta obra até a realização desta entrevista. Acho importantíssimo. Quanto melhor tratar o esgoto, melhor será


a água do Rio Paraíba. E como o senhor acha que o projeto se manifestará na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Ronaldo Pires: No primeiro momento vai atrapalhar, mas isso é passageiro. Como o senhor avalia o impacto? Ronaldo Pires: Informar a população antes do início da obra é muito importante, para que os moradores se preparem para o que virá. Não que agrade, mas tem que ser feito. Finalmente, o que senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar em questões sociais? Ronaldo Pires: Se informar. Feito isso, tudo fica mais fácil. Informação é tudo.

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SANTO AMARO R. José Americo Coutinho

• HISTÓRICO Não foram encontradas informações oficiais, como data de fundação, criação do loteamento e início de seu povoamento nos arquivos do Setor de Expediente e Registro da Prefeitura, onde são catalogados todos os projetos de criação e/ou modificação dos loteamentos existentes no município. Consultado, o Arquivo Histórico Municipal também não dispõe de registros que permitam a elaboração de um histórico seguro sobre o surgimento do bairro.

22°28’53.9”S 44°27’00.7”W elev 442m 68


DADOS IBGE 2010 Os bairros Vicentina I e II têm, juntos, 2.046 habitantes, segundo o Censo 2010. Deste total, 983 são homens (48.04%) e 1.063 são mulheres (51.96%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO E. M. DONA MARIÚCHA Modalidade: Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) e EJA Rua Claudino José de Paula, 250 - Santo Amaro Tel.: 24 3360-1794 SAÚDE UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA VICENTINA/SANTO AMARO Rua Pref. Clodomiro Maia, s/nº – Vicentina Tel.: 24 3360-5238 Funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h ESPORTE E LAZER QUADRA POLIESPORTIVA Rua Jorge Pedro de Moura, 74 - Santo Amaro

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MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome

Telefone

Juliano Miranda Rosa

21 96439-7895

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo.

ENTREVISTA

moradores é com a violência, os casos de balas perdidas e as brigas, entre outras ações, causadas por moradores da Vicentina II (Marrocos), mas que acabam impactando o Santo Amaro. Além disso, o presidente também cita um vazamento de esgoto existente na Rua Antônio Batista. Ele acredita que com as obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário este problema será resolvido, deixando para trás os riscos dos moradores contraírem diarreia, leptospirose e doenças de pele.

ENTREVISTA COMPLETA Como o senhor se vê como presidente da associação na sua comunidade? Juliano Miranda: Bem atuante. Temos muitas ações em andamento e outras que já foram realizadas. O bairro está bem. Encaminhado. O senhor assumiu a presidência da associação por meio de eleição? Como foi a disputa? Juliano Miranda: Sim, em dezembro/2016. Foi uma disputa acirrada entre duas chapas: uma, que era apoiada pelo vereador Roque, e a minha, que não tinha apoio de vereador. Meu apoio veio dos grupos de futebol, amigos e moradores que me conheciam. O que o senhor faz hoje como presidente dessa comunidade? Qual é o seu papel?

Data: 15/05/2019 Nome: Juliano Miranda Rosa Mendes Representatividade: Presidente da Associação de Moradores do bairro Santo Amaro Endereço: Rua Jorge Pedro de Moura, 74 - Santo Amaro Tel: 21 96439-7895

RESUMO O presidente Associação de Moradores e Amigos do Santo Amaro, Juliano Miranda Rosa Mendes, se orgulha de ter ajudado na conquista de muitas obras para o bairro. “Temos muitas ações em andamento e outras já realizadas, como a reforma da quadra, feita em 2018, e a retomada do Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO), que estava desativado e hoje está em pleno funcionamento com duas viaturas e quatro policiais que cuidam da segurança do bairro”, destaca. Atualmente, segundo ele, a principal preocupação dos 70

Juliano Miranda: Fazemos todo o tipo de manutenção do bairro. Nosso papel é apontar as falhas e as necessidades da comunidade. Fazemos o acompanhamento das atividades realizadas na quadra; do posto de saúde (falta de remédios); e prestamos atendimento à população do bairro às quartasfeiras na sede da associação localizada na quadra; entre outros trabalhos. O morador solicita e nós encaminhamos a demanda para a secretaria afim. Às vezes resolvemos via whatsapp. Qual a sua maior realização como presidente da associação até hoje? Juliano Miranda: A reforma e a reativação do Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO), no final do ano passado; a reforma da quadra em maio de 2018; e a recuperação do Posto de Saúde da Família, que atende os bairros Vicentina e Santo Amaro. Esperamos agora a reforma da Escola Dona Mariúcha, que deve acontecer ainda este ano. Quais os maiores desafios que o senhor têm vivido como presidente da Associação? Juliano Miranda: A compreensão das pessoas. O desafio é fazer a comunidade entender que seguimos protocolos e prazos. Ela quer tudo para


ontem. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê?

de currículos, apresentação culturais (capoeira), e cursos (cabeleireiro, corte e costura e artesanato, entre outros). Sua diretoria é participativa?

Juliano Miranda: No nosso caso aqui, não. Os moradores têm que ser parte integrante da associação, tem que nos ajudar a decidir, mas não participam. Até 2018 participavam mais. Já fizemos reuniões com cerca de 200 pessoas. Hoje isso não acontece mais. Conseguimos reunir entre 30 e 50 pessoas apenas. Reivindicar é direito de todos, mas não há participação.

Juliano Miranda: Sim.

Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade?

Com respeito à intervenção de saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber?

Curto prazo: Instalação de quebra-molas. Precisamos de cinco em pontos estratégicos, onde os motoristas voam.

Juliano Miranda: Vemos como melhorias. Se formos devidamente informados, repassaremos à população e as intervenções serão bem recebidas.

Médio prazo: Um posto de saúde exclusivo para atender os moradores do bairro Santo Amaro.

E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos?

Longo prazo: A construção de mais uma escola, desta vez para atender os alunos do 6º ano em diante; além de mais uma creche.

Juliano Miranda: Temos um problema de vazamento na Rua Antônio Batista há mais de um ano e a empresa ainda não resolveu.

O que o está preocupando em sua comunidade?

Como o senhor avalia o impacto?

Juliano Miranda: Violência, balas perdidas, brigas. E não estou falando de moradores do Santo Amaro, mas do Bairro Vicentina 2 (Marrocos). Tiroteios são comuns. Além disso, no mês passado, ocorreram dois assaltos a ônibus no mesmo dia. Quando assumimos, os usuários de drogas usavam a quadra para manterem seus vícios e traficar, mas conseguimos acabar com isso.

Juliano Miranda: Ainda não conheço o projeto de saneamento e, sem conhecer, não é possível apontar os pontos altos e baixos.

O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida em sua comunidade?

Juliano Miranda: O político precisa mais da liderança. Não precisamos de favor, pagamos nossos impostos. O que conseguimos fazer aqui é só com o apoio dos comerciantes locais.

Juliano Miranda: Mais atividades de lazer. Mantemos atualmente uma escola de futebol com 36 alunos, e ainda oferecemos vôlei e basquete, além de promovermos o campeonato de bairro. Quais seus planos para o futuro junto à comunidade? Juliano Miranda: Melhorar a parte esportiva com melhorias na quadra e fazer a instalação de uma Academia da Terceira Idade. Estamos trabalhando para a instalação dos equipamentos e na parte elétrica. O grupo da terceira idade do bairro conta atualmente com 120 pessoas. De que maneira o senhor envolve a comunidade em torno dos projetos da associação? Juliano Miranda: Através de eventos e também repassando informações do interesse deles, como leituras, ações sociais, comunicados do SINE, registro

Sua comunidade é participativa? Juliano Miranda: Nem tanto.

O político precisa mais do líder comunitário ou é de maneira inversa? Por quê?

Fale sobre o senhor e da sua importância dentro do cenário político atual! Juliano Miranda: Não sou candidato. Vejo-me como uma forte liderança, mas sem pretensão política. Como os moradores têm recebido o senhor e o seu trabalho? Juliano Miranda: Falam bem, mas que podia estar melhor. Também elogiam e agradecem. Temos atualmente 12 processos com pedidos de melhorias para o bairro. Deste total, 50% já foram atendidas. O que o mantém dedicado a esse trabalho? Juliano Miranda: O reconhecimento das pessoas e da minha família. 71


Finalmente, o que senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Juliano Miranda: Diria para eles conversarem com os mais experientes. Ouvir e conversar com os mais velhos e extrair dessas conversas o que ele quer para a sua vida. O mundo oferece muito, mas por pouco tempo. Família também é fundamental. Sua diretoria estará presente em nossa reunião de apresentação dos projetos da empresa Águas das Agulhas Negras? Juliano Miranda: Sim. Não poderão ir todos, mas o presidente estará lá.

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VINCETINA I e II R. Euridge Paulina de Almeida

• HISTÓRICO Através do Decreto Nº 268, de 23 de dezembro de 1999, foram aprovados o plano urbanístico e o projeto topográfico relativos ao loteamento de interesse social, denominado “Conjunto Habitacional Vicentino II”, situado em zona urbana do 1º distrito deste Município, destinado ao Programa Habitacional da Prefeitura Municipal de Resende, Lei n° 2.157, de 21 de junho de 1999 e processo Nº 8.684/1999 (Lançamento). (Fonte: Expediente e Registro, setor da Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura Municipal de Resende)

Vicentina 22°28’48.7”S 44°26’50.9”W elev 434m Vicentina II 22°28’49.6”S 44°26’59.6”W elev 433m 73


DADOS IBGE 2010 Os bairros Vicentina I e II têm, juntos, 2.046 habitantes, segundo o Censo 2010. Deste total, 983 são homens (48.04%) e 1.063 são mulheres (51.96%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO E. M. BAIRRO VICENTINO Modalidade: Educação Infantil e Ensino Fundamental (até o 3º ano) Rua Olímpio Batista Campos, nº 16 – Vicentina Tel.: 24 3383-1854 E. M. JÚLIO VERNE Modalidade: Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) Rua Eurídice Paulina de Almeida, 150 - Vicentina Tel.: 24 3360-6075 CRECHE MUNICIPAL VICENTINA Modalidade: Educação Infantil Rua São José, s/n°, Vicentina Tel.: 24 3360-2448 SAÚDE UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA VICENTINA/SANTO AMARO Rua Pref. Clodomiro Maia, s/nº - Vicentina Tel.: 24 3360-5238 Funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h 74


CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES (CCZ) Rua Eurídice Paulina de Almeida, 300 – Vicentina Tel.: 24 3381-9802 / 3360-9690 ESPORTE PROGRAMA MELHOR IDADE + ATIVA Quadra da E.M. Júlio Verne Rua Eurídice Paulina de Almeida, 150, Conjunto Habitacional Vicentina

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome Maria Aparecida Mayane Dias Jane Alves

Telefone

24 99858-0100 24 99939-8247 24 99814-1376

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo.

ENTREVISTA I

RESUMO Morando no bairro desde criança, e reconhecida como uma das principais lideranças do local, Maria Aparecida Barbosa lembra que em gestões anteriores foi canalizado um esgoto a céu aberto que atravessava todo o bairro. Segundo ela, parte do trabalho foi feita aproveitando a mão de obra local que estava desempregada. Ela afirma que, ainda hoje, a rede de esgoto, que apresenta constantes entupimentos e vazamentos, é um dos principais problemas do bairro. “Nosso bairro é muito carente, e o nosso campo de futebol, único local que tínhamos para a recreação das crianças, está tomado pelo lixo. Programas sociais são fundamentais para tirar as crianças das ruas, ocupar as mulheres e reduzir a violência”, afirma. Segundo ela, as obras previstas por Águas das Agulhas Negras para a Vicentina são muito bem-vindas porque contribuirão para melhorar a qualidade da água que chega às torneiras e que hoje é amarelada. “Finalmente, alguém está olhando por nós. Nossa comunidade é boa e mesmo com os transtornos que uma obra pode causar, a ação será bem aceita porque vai despoluir os rios, córregos, lagos, lagoas e os canais do Município”, acredita.

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo mora neste bairro? Maria Aparecida Barbosa: 56 anos A senhora lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Maria Aparecida Barbosa: Muitas histórias de violência, do quilombo e do futebol feminino, cujo time montamos na tentativa de afastar as meninas da prostituição, das drogas e da violência. Como a senhora vê a atuação do presidente da associação em sua comunidade? Maria Aparecida Barbosa: De fundamental importância. O bairro tem muitas deficiências e o presidente da associação aponta as prioridades para a administração municipal. Durante todos esses anos em que estive ligada a associação conseguimos muitos benefícios para o bairro.

Data: 16/05/2019 Nome: Maria Aparecida Barbosa (Nega) Representatividade: Moradora antiga do bairro Vila Vicentina Endereço: Alameda Projetada, 73, Vicentina Tel: 24 99858-0100

A senhora conhece o papel da associação de moradores? Maria Aparecida Barbosa: Sim, apontar as prioridades do bairro para a administração municipal.

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Qual foi a maior realização da associação de moradores na sua comunidade? Maria Aparecida Barbosa: As construções do posto de saúde, da Escola Júlio Verne, da creche e do campo de futebol, que ganhou muros de arrimo, arquibancadas, churrasqueira e parquinho para as crianças. Infelizmente, hoje o campo virou depósito de lixo. Quais têm sido os maiores problemas de sua comunidade?

Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Maria Aparecida Barbosa: A comunidade aceitará porque sabe que será bom. A qualidade da água aqui não é boa. Cai amarelada das torneiras. Mas com essas obras pode mudar.

Maria Aparecida Barbosa: Os principais são a limpeza urbana (entulhos, lixo, etc), e o esgoto (com entupimentos e vazamentos em vários pontos do bairro, entre eles, o escadão, que está com uma grande erosão e com risco de causar o desabamento de uma casa). Além disso, o Posto de Saúde presta um mau atendimento porque faltam médicos e não há um espaço de lazer para os jovens.

E como é que o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos?

A senhora acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê?

Maria Aparecida Barbosa: O resultado será bom.

Maria Aparecida Barbosa: Não. E acho que isso acontece devido às cobranças sem sucessos. O posto de saúde é um exemplo. Ele está sediado no bairro Santo Amaro. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Revitalização do campo de futebol para atender a população. Médio prazo: Implantação de programas e oficinas para os moradores, como por exemplo, aulas de artesanato. Houve uma época que a associação montou uma fábrica de blocos. Os moradores doavam o material e nós fabricávamos. A AMPLA - antiga concessionária de energia elétrica - comprou muito bloco na nossa mão! Longo prazo: Mais segurança. O que está te preocupando em sua comunidade? Maria Aparecida Barbosa: A violência. Não se consegue fazer mais nada em casa. Por outro lado, as crianças não podem continuar soltas na rua, sem ter o que fazer. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida em sua comunidade? Maria Aparecida Barbosa: Mais união entre os moradores; diálogo e ocupação para as crianças; e escola em tempo integral. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? 76

Maria Aparecida Barbosa: Sim.

Maria Aparecida Barbosa: Não sei responder. Como você avalia o impacto?

Finalmente, o que você passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Maria Aparecida Barbosa: O mesmo que falo para os meus filhos: ajudemse uns aos outros, dando ideias, participando, e trabalhem honestamente. O que eu quero é que eles encontrem seu rumo. Como jovens, que pensem, estudem e respeitem o bairro onde moram. Respeitem os mais velhos, e que o nosso país seja de fato um país de liberdade. Um país democrático!


ENTREVISTA II

Verne, e se expandiu muito nos últimos 10 anos. A senhora lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas no seu bairro? Jane Alves - Sim. Da violência e mortes de alguns envolvidos com o tráfico de drogas. Como a senhora vê a atuação do presidente da associação em sua comunidade? Jane Alves - Na Vicentina 2 não tem associação de moradores, mas como líder comunitária posso afirmar que os moradores têm de zero a 70 anos e a maior parte não tem emprego fixo. A senhora conhece o papel da associação de moradores? Jane Alves - Sim, ser o elo entre a comunidade e o poder público.

Data: 12/07/2019 Nome: Jane Alves, diarista, moradora do bairro há 10 anos Representatividade: Líder comunitária (a Associação de Moradores do bairro está em processo de reestruturação) Endereço: Eurídice Paulina de Almeida, 83, Vicentina II Tel.: 24 99814-1376

RESUMO Fruto de uma invasão, ocorrida a partir da construção do CIEP Júlio Verne, em 1993 (a unidade de ensino hoje é municipalizada e tem o nome de Escola Municipal Júlio Verne), o bairro Vicentina II, popularmente conhecido como Marrocos, tem sua história marcada por casos de violência e mortes, consequências do tráfico de drogas. A maioria da população, segundo a antiga moradora, não tem emprego fixo e toda a comunidade sofre com a falta de infraestrutura local. Sem pavimentação nas ruas ou saneamento básico, o bairro é conhecido por abrigar o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura. Entre as principais reivindicações da comunidade estão mais segurança e o fim de valas negras por onde o esgoto de muitas casas corre a céu aberto.

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo mora aqui neste bairro? Jane Alves - Há 10 anos. O bairro surgiu há mais ou menos 25 anos, depois de um processo de ocupação ocorrido durante a construção do CIEP Júlio

Qual foi a maior realização da associação de moradores aqui na sua comunidade? Jane Alves - Nossa maior conquista foi a construção do Centro de Controle de Zoonoses, pois, com ele, nosso bairro passou a ser conhecido em toda a cidade. Quais têm sido os maiores problemas de sua comunidade? Jane Alves – Falta de infraestrutura e de saneamento básico, além da violência. A senhora acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Jane Alves - A nossa comunidade é participativa. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Asfalto. Médio prazo: Segurança. Longo prazo: Construção de uma área de lazer. O que está te preocupando em sua comunidade? Jane Alves - A falta de segurança provocada pelo tráfico de drogas. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida em sua 77


comunidade? Jane Alves - Ter mais segurança e uma área de lazer. A comunidade é participa e se interessa pelo bem do bairro? Jane Alves - Sim. Com respeito à intervenção em saneamento programada pela Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Jane Alves - Sim, pois convivemos com ruas sem asfalto e água empossada nas ruas quando chove, o que tem ocasionado muitos casos de Dengue no bairro. Sem saneamento básico estamos expostos a várias doenças. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Jane Alves - Acho que vão gostar. Aqui a maioria das casas tem esgoto a céu aberto. Do jeito que estamos abandonados pelo poder público aceitamos todos os benefícios que chegam aqui. Como avalia o impacto? Jane Alves - Positivamente. Finalmente, o que você passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Jane Alves - Tenho um sonho, que é poder fazer mais por esses jovens. Há sete anos eu promovo festas para eles e gosto muito do resultado porque durante o evento conseguimos interagir com eles, que participam bastante. É um momento em que eles ficam tão ocupados que não têm tempo para pensar em algo negativo. Sempre digo que a prevenção é mais viável economicamente do que o resgate desses jovens depois. Acredito no futuro do meu país e sou eu que faço a diferença para um futuro maior.

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VILA MODERNA R. Euridge Paulina de Almeida

• HISTÓRICO Loteamento implantado em 1943, era conhecido, na época, como Vila Operária. Foi projetado com 158 lotes, com a finalidade de abrigar os operários e funcionários da firma TVR (Tácito Vianna Rodrigues). A empresa vendia as casas para os trabalhadores com pagamento mensais, com, no mínimo, cinco anos de prazo. (Fonte: Livro escrito por Alceu Vilela Paiva e publicado pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil e Confraria dos Cidadãos de Resende, em homenagem aos 200 anos de Resende: “Eng. Tácito Vianna Rodrigues (o resendense do Século XX - um exemplo de cidadania)”.

22°28’35.2”S 44°27’01.8”W elev 436m 79


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Vila Moderna é de 1.090 habitantes, segundo o Censo 2010. Deste total, 495 são homens (45.41%) e 595 são mulheres (54.59%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO E. M. BERNARDA BRANDÃO Modalidade: Educação Infantil Pç. Itatiaia, 60 - Vila Moderna Tel.: 24 3360-6051 UTILIDADE PÚBLICA CEMITÉRIO MUNICIPAL Rua Senhor dos Passos, 100 - Vila Moderna Tel.: 24 3360-1069 CAPELA MORTUÁRIA ALTO DOS PASSOS Rua Senhor dos Passos, s/nº - Vila Moderna Tel.: 24 3360-1069 OBSERVAÇÃO: De acordo com o serviço de telefonia da Prefeitura Municipal de Resende, o telefone da Capela Mortuária é o mesmo número do Cemitério dos Passos. 80


ESPORTE E LAZER

RESUMO

PRAÇA ITATIAIA Vila Moderna PRAÇA VARINO SOARES (em frente do Cemitério) Endereço: Entre as Ruas Senhor dos Passos e Vera Lúcia

O jornalista Flávio Collistet, residente na Vila Moderna há 44 anos, afirma que o bairro, onde fica o Cemitério Municipal e a Capela Mortuária da cidade, não sofre com problemas de falta d’água há muitos anos. Ele lamenta apenas que o esgoto do bairro ainda não seja tratado, mas adianta que o serviço de manutenção das redes é realizado com frequência, quando solicitado.

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome

Telefone

Marco Aurélio Diniz 24 99852-0267 Paulo Souza Costa Filho Não tem telefone Ivani Barbosa Dias 24 99981-3420 Flávio Collistet 24 99969-4873

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo precário.

ENTREVISTA

O bairro também não oferece nenhum lazer a seus moradores. Collistet aponta a necessidade de construção de áreas de lazer para ocupar o tempo livre das crianças e dos jovens, além de um posto de saúde para atender os mais de mil habitantes locais, a maioria deles jovem, de acordo com o censo de 2010. A Vila Moderna fica na região central de Resende e seus habitantes mais antigos se lembram com orgulho de Manoel Adão, morador ilustre do bairro, já falecido, que foi jogador de futebol e um dos mais animados carnavalescos da comunidade. Além do atleta, Tereza Silva, fundadora da comunidade católica local, também é sempre lembrada quando o assunto diz respeito às pessoas que fizeram e ainda fazem a diferença no bairro que, atualmente, não possui associação de moradores. Em 2018, a Prefeitura fez uma reforma completa na Capela Mortuária que fica na localidade, com correções no interior do prédio, recuperação e revitalização de banheiros e corredores, que agora são adaptados, adequação do espaço interno, além da revitalização da fachada e do jardim da unidade. O muro em frente à capela, que foi construída na década de 1980 e nunca tinha passado por uma reforma geral, também foi derrubado e substituído por grades, trazendo mais segurança para o local.

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo o senhor mora neste bairro? Collistet - Desde novembro de 1975. O senhor lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas no seu bairro?

Data: 14/05/2019 Nome: Flávio Rodolfo Collistet Representatividade: morador antigo, jornalista Endereço: Rua Vera Lúcia, 186 - Vila Moderna Tel: 24 99969-4873

Collistet - Logo que a Capela Mortuária foi inaugurada, em 1976, a filha de um homem que estava sendo velado no local gritou que ele tinha aberto um dos olhos durante o velório. Todo mundo saiu correndo, deixando o defunto sozinho. Como o senhor vê a atuação do presidente da associação da sua comunidade? Collistet - Não temos mais associação de moradores. 81


O senhor conhece o papel da associação de moradores? Collistet - Sim, trabalhar por melhorias em favor do bairro. Qual foi a maior realização da associação de moradores na sua comunidade?

Collistet - Por desconhecer o projeto, não sei informar. Como avalia o impacto?

Collistet - Nem me lembro. Há muitos anos não temos representatividade.

Collistet - Por desconhecer o projeto, não sei informar.

Quais têm sido os maiores problemas de sua comunidade? Collistet - Falta de uma área de lazer e de um posto de saúde.

Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais?

O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê?

Collistet – Para que ele não desanime ou se acomode, pois o tempo não volta.

Collistet - Vejo que a população, de modo geral, ainda participa muito pouco de movimentos pelas causas populares. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Área de lazer. Médio prazo: Posto de saúde. Longo prazo: Creche. O que está te preocupando na sua comunidade? Collistet - A falta de programas de inclusão social para a juventude. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida na sua comunidade? Collistet - Mais opções de lazer. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Collistet - Muito pouco. Com respeito à intervenção de saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Collistet - Não tenho conhecimento da intervenção programada no bairro pela concessionária. Posso afirmar, no entanto, que o sistema de abastecimento de água potável funciona muito bem. Tratando o esgoto, tudo ficará melhor ainda.

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E como é que o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos?


VILA NOVA R. Prefeito Clodomiro Maia

• HISTÓRICO Loteamento implantado em 1943, era conhecido, na época, como Vila Operária. Foi projetado com 158 lotes, com a finalidade de abrigar os operários e funcionários da firma TVR (Tácito Vianna Rodrigues). A empresa vendia as casas para os trabalhadores com pagamento mensais, com, no mínimo, cinco anos de prazo. (Fonte: Livro escrito por Alceu Vilela Paiva e publicado pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil e Confraria dos Cidadãos de Resende, em homenagem aos 200 anos de Resende: “Eng. Tácito Vianna Rodrigues (o resendense do Século XX - um exemplo de cidadania)”.

22°28’30.7”S 44°26’47.8”W elev 422m 83


DADOS IBGE 2010 Segundo informações obtidas no escritório local do IBGE, alguns bairros do município, como é o caso da Vila Nova, não foram recenseados em 2010 por não serem reconhecidos oficialmente pela Prefeitura de Resende, que é o órgão responsável pelo encaminhamento da relação nominal e oficial dos bairros para a realização do Censo pelo IBGE. Outra possibilidade, segundo os funcionários do Instituto, é de que o bairro possa ter sido anexado a algum outro localizado nas proximidades, para a realização do Censo.

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome

Telefone

Rubens Bastos Lobo

Não informado

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo.

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ENTREVISTA

Como o senhor vê a atuação do presidente da associação em sua comunidade? Rubens Bastos - Não temos associação de moradores.

FOTOGRAFIA NÃO AUTORIZADA Data: 24/07/2019 Nome: Rubens Bastos Lobo, 79 anos Representatividade: Morador e comerciante antigo Endereço: Rua João Pessoa, 288 - Vila Nova Telefone: Não informado

RESUMO O bairro Vila Nova, localizado entre o Lavapés e a Vila Vicentina, reúne uma pequena comunidade, que conta apenas com uma quadra esportiva para o lazer e o entretenimento de suas crianças e jovens. Uma academia de ginástica para a Terceira Idade começou a ser instalada no local pela Prefeitura, mas ainda não foi concluída. De acordo com o Senhor Rubens, a comunidade ainda enfrenta a falta de policiamento e o aumento das drogas, em especial o crack. A canalização de um riacho que recebia águas pluviais e esgoto de toda a região (Vicentina, Santo Amaro e outros bairros) é considerada, ainda hoje, como a principal obra realizada em benefício dos moradores. Antes da obra, para entrar em suas casas, construídas entre a rua e o valão de esgoto, os moradores tinham que passar sobre pequenas e estreitas pontes de madeira (pinguelas) feitas por eles, sem nenhuma segurança ou condições para o tráfego de veículos. Atualmente o esgoto não escore a céu aberto e o bairro não tem problemas de falta de água.

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo mora neste bairro? Rubens Bastos: Há 40 anos. Quando cheguei aqui tinha meia dúzia de casas, a rua era de terra e havia um valão de esgoto correndo a céu aberto. Este valão recebia contribuições do Santo Amaro, Alto dos Passos, Vila Moderna e da Vicentina. Além da água e do esgoto, descia todo o tipo de lixo neste valão, até sofás velhos. O senhor se lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Rubens Bastos: Não lembro.

O senhor conhece o papel da associação de moradores? Rubens Bastos: Não me envolvo, mas sei que é para ajudar o bairro. Qual foi a maior realização da associação de moradores na sua comunidade? Rubens Bastos - A canalização do esgoto que corria a céu aberto, pois quando chovia, a vala enchia e a água podre de esgoto entrava nas casas. O bairro também ganhou uma quadra e um parque infantil, que foi retirado pela Prefeitura para ser reformado. Ao lado da quadra também colocaram um aparelho de ginástica para a terceira idade. Quais têm sido os maiores problemas da sua comunidade? Rubens Bastos: O esgoto sem tratamento, que mesmo assim é cobrado. Também não temos varrição nas ruas. Não pagamos impostos para cobrir esses serviços? O pessoal do bairro é quem limpa. Aqui nada é feito pelo poder público. Mas também, a comunidade não elege nenhum vereador! Vota em pessoas de outros bairros! E com isso ficamos abandonados. Outro problema sério aqui é o consumo de drogas, principalmente o crack. Quando a polícia começou a apertar, eles sumiram um pouco. O bairro é tranquilo, mas a saúde e a segurança precisam melhorar. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Rubens Bastos: Não. Só reivindica para si próprio. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Cobertura da quadra. Médio prazo: Tratamento de todo o esgoto. Longo prazo: Escola. O que o está e preocupando na sua comunidade? Rubens Bastos: A falta de uma escola. Nossas crianças têm que ir para a Vicentina ou para a Vila Moderna para estudar. Também precisamos que a Prefeitura volte a limpar os morros, como fazia antes. Agora está cheio de mato.

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O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida na sua comunidade? Rubens Bastos: Precisa tratar o esgoto e limpar os bueiros, que hoje são limpos pelos próprios moradores do bairro, quando tem algum perto da sua casa. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Rubens Bastos: Não. Com respeito à intervenção em saneamento programada pela Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Rubens Bastos: Vai gostar. E como é que o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Rubens Bastos: Vai atrapalhar, mas a obra tem que ser feita. Como avalia o impacto? Rubens Bastos: Acho que os impactos serão positivos. Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Rubens Bastos: Essa juventude está perdida, não aceita o que a gente fala. Eu diria para eles buscarem uma vida melhor. Trabalho desde os sete anos e não morri.

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REGIĂƒO 03 LavapĂŠs, Morro do Batista, Morro do Machado, Novo Surubi - incluindo os loteamentos Alto Surubi e Parque Castro e Silva, Surubi Velho e Vila Verde

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LAVAPÉS R. Eduardo Cotrim

• HISTÓRICO É considerado o bairro mais antigo da cidade. A Rua Lavapés, hoje Eduardo Cotrim, ganhou este nome porque os tropeiros, antes de entrarem na cidade, paravam no córrego que travessa a rua – hoje parcialmente canalizado - para limpar os pés sujos de lama. Com o tempo, o apelido passou a denominar o bairro todo e a rua ganhou vários nomes, como Rua da Misericórdia, devido à presença da Santa Casa; e Rua do Comércio, em função da concentração de atacadistas, armazéns e selarias, entre outros estabelecimentos comerciais. Foi também a primeira rua iluminada por lampiões a gás, em 1874. A denominação de Rua Eduardo Cotrim, nome de um ex-prefeito da cidade, foi dada em 1921. (Fonte: Livro “Resende, Cidade Histórica” - Fascículo No 5 lançado em janeiro de 2011 pelo Jornal Beira Rio, em comemoração aos 200 anos de emancipação político-administrativa de Resende)

22°28’19.4”S 44°26’43.2”W elev 406m 88


DADOS IBGE 2010 Segundo informações obtidas no escritório local do IBGE, alguns bairros do município, como é o caso do Lavapés, não foram recenseados em 2010 por não serem reconhecidos oficialmente pela Prefeitura de Resende, que é o órgão responsável pelo encaminhamento da relação nominal e oficial dos bairros para a realização do Censo pelo IBGE. Outra possibilidade, segundo os funcionários do Instituto, é de que o bairro possa ter sido anexado a algum outro localizado nas proximidades, para a realização do Censo.

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO E. M. SAGRADO CORAÇÃO Modalidade: Educação Infantil, Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) e EJA Rua Eduardo Cotrim, nº 391 – Lavapés Tel.: 24 3360-5008 CRECHE MUNICIPAL LAVAPÉS Modalidade: Educação Infantil Rua do Rosário, nº101- Lavapés Tel.: 24 3359-6726 / 3360-4199 (Orelhão) SAÚDE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE RESENDE Praça Clemente Ferreira, 39 - Lavapés Tel.: 24 3355-1159 Todos os dias, 24h

CRAS LAVAPÉS Rua Eduardo Cotrim, 36 – Lavapés Tel.: 24 3360-9887 CENTRO POP (CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO PARA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA) Rua do Rosário, 230 – Lavapés Tel.: 24 3360-9739 CASA DOS CONSELHOS MUNICIPAIS Rua do Rosário, nº 45 – Lavapés Tel.: Não tem telefone

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome

Telefone

Luís R. L. Martins -Pres. da Associação de Moradores

2499991-0027

Jackeline de P. Martins Moradora antiga

24 99876-0314

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo.

SERVIÇO DE REFERÊNCIA HOSPITALAR EM SAÚDE MENTAL – SANTA CASA End.: Praça Clemente Ferreira, 39 – Lavapés Tel.: 24 3354-5096 Todos os dias, 24h ASSISTÊNCIA SOCIAL CRAS ITINERANTE Rua do Rosário, 45 – Lavapés Tel.: 24 3360-9510 89


ENTREVISTA

ENTREVISTA COMPLETA Como o senhor se vê como presidente da associação na sua comunidade? Luís Ricardo Leite: Tenho uma preocupação muito grande com o bem estar coletivo, primeiro em casa, depois na rua e na cidade. É uma satisfação quando você consegue atingir seu objetivo em prol da comunidade. O senhor assumiu a presidência da associação por meio de eleição? Como foi a disputa? Luís Ricardo Leite: Sim. Foram duas chapas. Obtivemos 238 votos e a concorrente menos de 100. Foi uma disputa tranquila. Contamos com o apoio da Federação das Associações de Moradores (FAMAR). A associação foi fundada em 1987. Atualmente não está legalizada, pois está com o cadastro fiscal em aberto. A ideia é regularizar, mas faltam recursos. O que o senhor faz hoje como presidente dessa comunidade? Qual é o seu papel?

Data: 11/05/2019 Nome: Luís Ricardo Leite Martins, militar reformado Representatividade: Presidente da Associação de Moradores dos bairros Lavapés / Morro Batista / Morro Machado Endereço: Rua Celestina Machado, 231, Morro do Machado Tel.: 24 99991-0027

Luís Ricardo Leite: Trabalho em parceria com o poder público. Sabemos que os problemas existem: as ruas estão esburacadas, os bueiros estão entupidos e nós vamos tentando buscar soluções. Não fazemos reuniões porque, infelizmente, as pessoas não participam. Tento envolver as pessoas colocando-as como fiscais da área onde moram. Quando ela visualiza ou detecta algum problema na sua rua ou no seu bairro, faz contato conosco. Elencamos os problemas e juntos buscamos as soluções para o caso. Fiscalizamos também o trabalho das empresas prestadoras de serviço no nosso bairro.

RESUMO

Qual tem sido a sua maior realização como presidente da associação até hoje?

Luís Ricardo diz que trabalha em parceria com o poder público em busca de melhorias para os bairros que representa: “os problemas existem e são muitos, como ruas esburacadas e bueiros entupidos, mas vou buscando soluções para melhorar a qualidade de vida das cerca de 1.500 famílias que moram nos três bairros”, diz, lembrando que o Parque Zumbi, que era para ser a principal área de lazer da região, se transformou em ponto de drogas e prostituição. Luís Ricardo disse que não tem muitos dados sobre o projeto de saneamento que vem sendo realizado na cidade por Águas das Agulhas Negras e que também vai beneficiar os bairros que ele representa, mas pretende buscar mais informações para que possa conversar com os moradores sobre a importância da iniciativa. “Se é para melhorar, será ótimo”, afirma, sugerindo que intervenções no bairro Lavapés sejam realizadas a partir das 13h, devido o fluxo de pessoas que busca atendimento médico na Santa Casa de Misericórdia.

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Luís Ricardo Leite: Conseguir ser uma voz junto ao poder público e obter resultados. O Lavapés ficou esquecido ao longo dos anos. A nossa cobrança atual é por sinalização, asfaltamento e limpeza das galerias de águas pluviais. Essas pequenas conquistas melhoraram bastante. Apontamos o problema para termos melhorias para todos. Quais têm sido os maiores desafios que o senhor têm vivido como presidente da associação? Luís Ricardo Leite: A compreensão da população, fazer com que as pessoas entendam que o trabalho deve ser feito em nome da coletividade e não individualmente. Hoje, por exemplo, estamos recebendo a Campanha 10 minutos contra a Dengue e uma equipe da Secretaria Municipal de Obras está fazendo a limpeza do bairro, recolhendo entulhos e materiais inservíveis. Quando não tem campanha, geralmente num domingo, fazemos mutirão com a ajuda dos moradores. Somos unidos. Criamos um grupo de whatsapp com cerca de 150 pessoas que moram em pontos estratégicos das três


comunidades (Lavapés, Morro do Batista e Morro do Machado).

uma diretoria, somos moradores.

O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê?

Sua comunidade é participativa?

Luís Ricardo Leite: Acho que sim. Cobram bastante, agem pouco, mas essa participação já é importante. À quem cobra, também agrademos. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Transformar a Rua Clodomiro Maia em mão única, pois ela é muito estreita. Hoje a via tem mão dupla e é muito usada pelas pessoas que vão e voltam da Santa Casa de Misericórdia, em direção aos bairros Vila Nova, Vicentina e Santo Amaro. Os motoristas usam inclusive as calçadas das casas para abrir espaço na rua.

Luís Ricardo Leite: Pouco. Com respeito à intervenção de saneamento programada, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Luís Ricardo Leite: Não tinha conhecimento dessas obras. Como vai ser desenvolvido o projeto? Precisamos conhecê-lo, estudá-lo. Tem que ser conversado, inclusive com os moradores. Mas se é uma melhoria, com certeza será boa. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos?

Médio e longo prazo: Revitalização do Parque Zumbi, com a instalação de quiosques, Academias da Terceira Idade e parques de lazer. Para o Morro do Batista propomos a construção de uma quadra de esporte.

Luís Ricardo Leite: O trabalho tem que ser feito em parceria.

O que o está preocupando na sua comunidade?

Luís Ricardo Leite: Se for previamente conversado e informado, será mínimo!

Luís Ricardo Leite: As drogas e a criminalidade. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade? Luís Ricardo Leite: Temos uma boa qualidade de vida e a revitalização da Santa Casa, que foi uma grande conquista, até melhorou o comércio dentro do bairro! Não precisamos de muita coisa. Aqui é um dos melhores lugares para viver no mundo. Qualidade de vida está na simplicidade! Quais os seus planos para o futuro junto à comunidade? Luís Ricardo Leite: Continuar sendo um bairro familiar, mantendo a tradição da união entre os moradores. Aqui somos uma grande família. Precisamos manter e fortalecer isso! De que maneira envolve a comunidade em torno dos projetos da associação? Luís Ricardo Leite: Conversando. Normalmente procuro as pessoas, me aproximo, vou às suas casas e busco derrubar barreiras e animosidades com transparência, porque tenho a credibilidade delas. Sua diretoria é participativa? Luís Ricardo Leite: Cinquenta por cento dela sim. Mantemos contato frequente e sempre que é preciso eles estão presentes. Não somos somente

Como o senhor avalia o impacto?

O político precisa mais do líder comunitário ou é de maneira inversa? Por quê? Luís Ricardo Leite: O líder comunitário conhece os problemas e vai apontalos para os políticos. Este, por sua vez, vai ouvir e dar retorno. Nós, lideranças, éramos esquecidos. Não tem mais essa de depender um do outro. Fale sobre o senhor e da sua importância dentro do cenário político atual! Luís Ricardo Leite: Fui candidato a vereador na última eleição. Com formação militar, tenho divergências em muitas coisas do mundo político. No entanto, vi que através da política você consegue alguns avanços. Como os moradores têm recebido o senhor e o seu trabalho? Luís Ricardo Leite: A recepção tem sido boa, com críticas pontuais, umas com fundamento e outras não. Em 2020 vence meu mandato à frente da associação, mas continuarei ajudando a entidade. É preciso dar oportunidade para outras pessoas exercerem este direito. Entendi que tudo é política. O que o mantém dedicado a esse trabalho? Luís Ricardo Leite: É a realização pessoal de estar fazendo alguma coisa, de poder ajudar! Gostaria de ser lembrado e de me tornar referência como são meus bisavós, avós e pais. Quero manter a tradição. 91


Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Luís Ricardo Leite: Que ele sonhe e busque seus objetivos. Felicidade é um estado de espírito. Os jovens de hoje não tem objetivos. Também diria para eles analisarem sempre as escolhas que fazem, pois a vida é feita de escolhas, além de buscar sempre novos sonhos. Sua diretoria estará presente em nossa reunião para apresentar os projetos da empresa Águas das Agulhas Negras? Luís Ricardo Leite: Sim

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MORRO DO BATISTA R. Santa Isabel

• HISTÓRICO O bancário João Gomes Batista foi pioneiro do processo de povoamento do Morro, construindo cerca de oito casas geminadas, entre os anos de 1942 e 1945. Por ser a primeira vila do local, ele teve a ideia de chamá-la de Vila Isabel mas, ao ser informado que o município já tinha um bairro com este nome, ele decidiu dar seu próprio sobrenome ao lugar, que passou a ser denominado como Morro do Batista. (Fonte: Histórico elaborado a partir de informações colhidas com a família de Jorge Luís Pinto Ferreira, uma das mais antigas do bairro)

22°28’27.8”S 44°26’45.3”W elev 432m 93


DADOS IBGE 2010 A população do Morro do Batista é de 666 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é representada por 316 habitantes (47.45%) e a feminina por 350 habitantes (52.55%).

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome Luís R. L. Martins

Telefone 24 99991-0027

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação precária, coleta de lixo e transporte coletivo nas proximidades.

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ENTREVISTA Data: 11/05/2019 Nome: *Luís Ricardo Leite Martins Representatividade: Presidente da Associação de Moradores e Amigos dos bairros Lavapés, Morro Batista e Morro do Machado Endereço: Rua Celestina Machado, 231, Morro do Machado Tel: 24 99991-0027

*Observação: Luís Ricardo Leite Martins é presidente da associação de moradores que representa os bairros Morro do Batista, Morro do Machado e Lavapés, motivo pelo qual sua entrevista foi inserida nas informações do bairro Lavapés.

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MORRO DO MACHADO R. Celestina Machado

• HISTÓRICO Entre as décadas de 1930 e 1940, o morro era parte integrante da Fazenda Querosene, de propriedade da família de Juca Machado. A esposa, Celestina Machado, acompanhada dos sete filhos e de alguns colonos da Fazenda Caixa D’água, onde vivia com o marido, escolheu o lugar para morar após o fim do seu casamento com o fazendeiro, dando início ao povoamento do local, hoje denominado Morro do Machado. Naquela época, cada colono ganhou um pedaço de terra para plantar, garantindo assim sua subsistência e as condições necessárias para construir suas casas, que eram de pau a pique e sustentadas com bambu. Uma das primeiras iniciativas dos primeiros moradores foi a construção de uma capela em devoção a São Benedito. (Fonte: Histórico elaborado a partir de informações coletadas com o bisneto de Juca Machado, Luís Ricardo Leite Martins, morador do Morro do Machado)

22°28’30.7”S 44°26’35.2”W elev 432m 96


DADOS IBGE 2010 A população do Morro do Machado é de 317 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina conta com 162 habitantes (51.10%) e a feminina com 155 habitantes (48.90%).

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome

Telefone

Luís R. L. Martins (24) 99991-0027

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação precária, coleta de lixo e transporte coletivo nas proximidades.

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ENTREVISTA

Data: 11/05/2019 Nome: *Luís Ricardo Leite Martins Representatividade: Presidente da Associação de Moradores e Amigos dos bairros Lavapés, Morro Batista e Morro do Machado Endereço: Rua Celestina Machado, 231, Morro do Machado Tel: 24 99991-0027 *Observação: Luís Ricardo Leite Martins é presidente da associação de moradores que representa os bairros Morro do Batista, Morro do Machado e Lavapés, motivo pelo qual sua entrevista foi inserida nas informações do bairro Lavapés.

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NOVO SURUBI (ALTO SURUBI e PARQUE CASTRO E SILVA)

R. Íria Júlia Martins

• HISTÓRICO A lei N.º 2.428, de 23 de dezembro de 2003, que dispõe sobre o zoneamento de uso do solo urbano no caso de zonas ou setores especiais de Resende, definiu que o loteamento Alto Surubi foi caracterizado como ZR1 (Zona Residencial de Baixa Densidade). Ainda segundo a legislação, as áreas de encostas com declividade superior a 30% (trinta por cento) permanecerão como áreas de preservação para fins de reflorestamento. (Fonte: Expediente e Registro, setor da Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura Municipal de Resende)

22°28’21.8”S 44°26’57.9”W elev 432m 99


DADOS IBGE 2010 Os bairros Novo Surubi e Alto Surubi têm, juntos, 3.260 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é composta por 1.633 habitantes (50.1%) e a feminina por 1.627 habitantes (49.9%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO E.M. MARIA DULCE FREIRE CHAVES / CIEP BRIZOLÃO 059 PROFESSORA MARIA DULCE FREIRE CHAVES Modalidade: Educação Infantil e Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) Pç Manoel Luiz Carvalho, 65, Novo Surubi Tel.: 24 3360-5720 CRECHE MUNICIPAL NOVO SURUBI Modalidade: Educação Infantil Pç Manoel Luiz Carvalho, 65 - Novo Surubi Tel.: 24 3360-5310 SAÚDE UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA NOVO SURUBI Rua Ari Guimarães, 175 - Novo Surubi Tel.: 24 3360-5072 Funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h

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ESPORTE

RESUMO

PROGRAMA MELHOR IDADE + ATIVA Praça Manoel Luiz de Carvalho, 65 – Novo Surubi

Antigo Cruz das Almas, o nome Novo Surubi foi dado ao bairro há mais de 16 anos. Recentemente ganhou mais dois novos loteamentos: Alto Surubi e Castro Silva, este último projetado para ser um condomínio fechado, mas que não se desenvolveu. Com isso, a Prefeitura teve que assumir as obras de infraestrutura necessária, tais como, água, esgoto, energia elétrica e asfalto. O bairro começa na Avenida Presidente Pedreira e termina na Rua Rodolfo Anecchino, em frente ao Surubi Velho.

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome

Telefone

Maria Isabel da Silva (24) 99861-5191 Jesus Fialho (24) 99974-2955 Carlos Eduardo V. de Souza (24) 99904-0171

O maior problema do bairro é esgoto a céu aberto, vazamento e entupimento das redes. Presidente da associação do Novo Surubi por oito mandatos, Maria Isabel afirma que a população do Novo Surubi, que ela estima em 6 mil moradores, é muito participativa.

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação parcial, coleta de lixo e transporte coletivo.

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo a senhora mora neste bairro?

ENTREVISTA I

Maria Isabel: Há 54 anos A senhora lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça da pessoas do seu bairro? Maria Isabel: O falecido senhor Orlando Barbudo contava que passava uma mulher arrastando uma corrente ali na Cruz das Almas, na Sexta-feira Santa. Eu era criança naquela época e morria de medo. Outra história era de uma moradora chamada Dona Mindinha. Diziam que ela pegava as crianças para fazer sabão. Como a senhora vê a atuação do presidente da associação na sua comunidade? Maria Isabel: Os presidentes das associações de moradores estão tendo muitas dificuldades. Se o bairro não tiver um vereador, a associação não anda e não consegue nada para a sua comunidade. A senhora conhece o papel da associação de moradores?

Data: 13/05/2019 Nome: Maria Isabel da Cruz, 54 anos, funcionária pública Representatividade: Moradora antiga e 1ª Secretária da Associação de Moradores e Amigos do bairro Novo Surubi Endereço: Rua Dr. Humberto Constantino, 564, Novo Surubi Tel.: 24 99861-5191

Maria Isabel: O papel, de fato, é zelar pelos bens públicos dentro das comunidades. A invasão de terras na Rua Ari Guimarães há sete anos, é um exemplo disso. A área é parte de um espólio que possui altas dívidas e, mesmo assim, foram construídas 18 casas no local. Sem a documentação que comprova a existência do loteamento, os moradores não têm direito a serviços básicos, como água, luz, rede de esgoto e pavimentação. Se as concessionárias de serviços forem lá vão achar o famoso “gato”. 101


Também trabalhamos na conscientização da população sobre as doenças e sobre a importância de manter os quintais limpos, e participamos de todas as campanhas deflagradas pela Prefeitura, além de promovemos festas comemorativas ao dia das crianças, das mães, dos pais e de fim de ano. Qual foi a maior realização da associação de moradores na sua comunidade? Maria Isabel: O asfalto. Atualmente temos dois pontos apenas sem pavimentação. A segunda conquista importante foi a instalação do Posto de Saúde, há 14 anos. Além disso, também conseguimos dividir o CIEP - hoje Escola Municipal Maria Dulce - e agora temos uma creche funcionando lá. Também brigamos pela iluminação pública. Quais têm sido os maiores problemas da sua comunidade? Maria Isabel: Falta de lazer. O bairro não tem nada para os adolescentes e com isso o tráfico de drogas toma conta. Cursos técnicos poderiam ser oferecidos no CIEP, que fica fechado à noite. O bairro não tem um parque, uma praça, e com isso os jovens ficam ociosos e sem perspectivas. A senhora acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Maria Isabel: Sim, devido às dificuldades que a comunidade já passou, ela entendeu que tem que participar para obter resultados comuns a todos. Os moradores participam mais dentro da comunidade, fora dela não. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Construção de uma praça, já iniciada, na Ari Guimarães. Médio prazo: Temos uma casa, alugada pela Prefeitura, onde funcionou o posto de saúde, que está fechada. Gostaríamos que o espaço fosse usado para a realização de cursos e oficinas para a comunidade, como informática e balé, entre outros. Longo prazo: Construção de uma creche, melhoria da iluminação pública e construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto, porque estamos com muitos problemas neste setor aqui bairro. A rede é muito antiga e não dá mais vazão, sendo que a situação da Rua Rodolfo Anecchino é a mais complicada. Outro problema é que no bairro Novo Surubi, a água pluvial da maioria das casas está ligada na rede de esgoto. O que a está preocupando na sua comunidade? Maria Isabel: A violência e as drogas. Temos histórias de muitos jovens presos ou mortos por conta disso. Queremos uma ação mais efetiva na comunidade, com atuação intensa do serviço social. Temos muitas pessoas carentes aqui. 102

O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade? Maria Isabel: Seria importante implantar atividades esportivas e conscientizar os moradores sobre os benefícios que a prática de esportes pode trazer, inclusive para a terceira idade. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Maria Isabel: Sim. Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Maria Isabel: Sim, a comunidade está esperando por essas obras há muito tempo. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Maria Isabel: A associação vem conversando com os moradores, orientandoos sobre os benefícios que a obra vai trazer para o bairro. O impacto será maior na Avenida Rodolfo Anecchino. Como a senhora avalia o impacto? Maria Isabel: Positivamente. Finalmente, o que a senhora passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Maria Isabel: Faço um trabalho social com um grupo de adolescentes chamado “Dançando para não dançar”, onde fazemos um trabalho forte com eles, com encaminhamento para a escola e para tirar documentos. Nas reuniões, conversamos sobre tudo com eles, principalmente para dizerem não às drogas. Os adolescentes não são ouvidos em suas casas. Começamos com 15 jovens e hoje já atendemos 62, com idade entre 12 e 17 anos. Agora eles querem, além de dançar, montar um time de futebol. Cabe lembrar que este bairro foi liderado no passado por Toninho Moná, tido como um dos piores bandidos da cidade. O Bambuzinho, uma casa de prostituição, também funcionou aqui por muitos anos.


ENTREVISTA II

entanto, não vingou e o Parque acabou se tornando mais um loteamento do Bairro Novo Surubi. A senhora lembra alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do bairro? Ana Maria: As dificuldades iniciais do condomínio e depois, o fim da proposta de concretizá-lo. Com isso demorou muito para termos redes de água e de esgoto. Isso só aconteceu depois que a Prefeitura assumiu o lugar. O bairro tem hoje mais de 200 casas e continua em construção. A falta de áreas de lazer para entreter crianças e jovens ainda preocupa pais e mães da comunidade, mas o crescente número de desempregados é o que vem, de fato, tirando o sono dos moradores.

Data: 17/07/2019 Nome: Ana Maria de Oliveira - 57 anos - diarista Representatividade: Moradora antiga Endereço: Rua 01, casa 03, Parque Castro e Silva - Novo Surubi Tel.: 24 99090-6393

RESUMO O Parque Castro e Silva foi idealizado para ser um condomínio fechado, mas depois da venda de algumas áreas, o loteador desistiu da proposta de condomínio e coube à Prefeitura fazer a implantação dos serviços básicos. «Hoje temos água e esgoto, mas quando mudei para cá não tínhamos nada e foi um começo muito difícil, até a Prefeitura assumir os serviços», afirma. Localizado na parte alta do Novo Surubi, o Parque continua em construção e tornou-se parte integrante do bairro, dividindo com ele os mesmos problemas, como a falta de segurança e de áreas de lazer. Já os pontos positivos são a conquista do asfalto, que beneficia todas as ruas, e a construção de uma escada que facilita o acesso ao vizinho Surubi Velho. O número de crianças na comunidade, segundo Ana Maria de Oliveira é bem grande, o que dificulta a recolocação de muitas mulheres no mercado de trabalho. Além das mães, segundo a moradora, o Parque Castro e Silva também possui um grande número de pais de família e jovens desempregados, que encontram em pequenos trabalhos informais (bicos) uma forma de sobrevivência.

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo a senhora mora neste bairro? Ana Maria: Há 20 anos, desde o início do bairro, que foi projetado para ser um condomínio fechado chamado Parque Castro e Silva. O projeto, no

Como a senhora vê a atuação do presidente da associação da sua comunidade? Ana Maria: Somos ligados ao Novo Surubi e a associação do bairro trabalha muito para nos ajudar. A senhora conhece o papel da associação de moradores? Ana Maria: Sim. Qual foi a maior realização da associação de moradores na sua comunidade? Ana Maria: O asfalto, conquistado há mais ou menos seis anos. Antes era muito barro ou poeira. A segunda conquista mais importante foi a construção do escadão, ligando o Surubi Novo ao Velho. Com ele a gente corta caminho até o bairro vizinho Quais os maiores problemas da sua comunidade? Ana Maria: Faltam segurança e área de lazer. A senhora acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Ana Maria: Não. Só vão à reunião no laço. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Uma creche, pois temos muitas crianças pequenas, o que dificulta as mães de trabalharem fora por não terem com quem deixar seus filhos; Médio prazo: Área de lazer.

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Longo prazo: Cursos técnicos para capacitar os desempregados. O que a está preocupando na sua comunidade? Ana Maria: Falta de segurança. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida na sua comunidade? Ana Maria: Um CRAS, para termos mais acesso à assistência do poder público, pois ele funciona também como uma ouvidoria mais perto da comunidade. Assim vamos saber o que está acontecendo na escola, no posto de saúde, etc. Hoje, tudo o que precisamos temos quer ir até a Prefeitura e quando chegamos lá, o que procuramos já não tem mais vaga, acabou. Além disso, a informação não chega até nós. Teve vacinação no posto do bairro, por exemplo, e ninguém nos avisou. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Ana Maria: Não. Com respeito à intervenção de saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Ana Maria: Sim. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Ana Maria: Não sei dizer. Como a senhora avalia o impacto? Ana Maria: Acho que se é para melhorar, o impacto não é o mais importante. Finalmente, o que a senhora passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Ana Maria: Para ele estudar e não se envolver com coisas erradas. Assim vai conseguir ser alguém na vida.

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SURUBI VELHO

R. Ministro Ludovico Stanuch

• HISTÓRICO A localidade, onde moravam pescadores e barqueiros, ganhou um novo impulso após a construção do pontilhão, erguido para a chegada da Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB) ao município, em 1873. Mas foi com a instalação da Estação Surubi, após a construção da ferrovia Resende-Bocaina, que ia até São José do Barreiro, que o bairro se tornou um ponto de interligação das duas ferrovias. Conta-se que naquela época, as pessoas, com medo de atravessar a ponte em péssimo estado sobre o Paraíba, antes da inauguração da Nilo Peçanha, em 1905, pegavam o trem no Surubi e desciam em Campos Elíseos, ou vice-versa. (Fonte: Livro “Resende, Cidade Histórica” - Fascículo Nº 5 - lançado em janeiro de 2011 pelo Jornal Beira Rio, em comemoração aos 200 anos de emancipação político-administrativa de Resende)

22°28’01.7”S 44°25’54.1”W elev. 402m 105


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Surubi Velho é de 1.607 habitantes, segundo o Censo 2010. Deste total, 779 são homens (48.48%) e 828 são mulheres (51.52%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO E. M. SURUBI Modalidade: Educação Infantil e Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) Rua Dois, nº 52 – Surubi Tel.: 24 3359-6028 SAÚDE UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA SURUBI Rua Rodolpho Annechino, Lote B, Quadra 1 - Surubi Velho Tel.: 24 3354-1935 Funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h ESPORTE E LAZER GINÁSIO DO SURUBI Rua Idelfonso Ribeiro Machado, s/nº - Surubi Velho CAMPO DE FUTEBOL Rua Rodolpho Annechino, s/nº - Surubi Velho 106


MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome

Telefone

Adailton Carlos da Silva 24 99922-3161 Maria Teresa Leite 24 99831-5524

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo.

ENTREVISTA

No entanto, segundo Adailton Carlos, a falta de capacitação para os jovens e adultos que vivem no local acaba por excluir uma significativa parcela dos moradores do mercado de trabalho. “A principal consequência disso é que, sem emprego, muitos são cooptados pelas drogas e pelo tráfico, dois grandes problemas do bairro atualmente”, avalia. A carência do bairro, porém, vai além dos cursos e oficinas. É grande o número de animais abandonados e soltos nas ruas; os bueiros estão sem tampa; o lixo acumula em terrenos baldios e o esgoto corre a céu aberto.

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo moram neste bairro? Tereza Leite e Adailton Carlos: Tereza (60 anos) e Adailton (56 anos). Lembram de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Como veem a atuação do presidente da associação de moradores na sua comunidade? Tereza Leite e Adailton Carlos: Sim, dos assassinatos de pessoas que cresceram junto conosco e escolheram caminhos errados, se envolvendo em brigas, drogas e com o tráfico. Tereza Leite e Adailton Carlos: Não temos uma associação atuante agora, mas a entidade já teve um presidente que fez muito pelo bairro. Todo o que temos hoje aqui, agradecemos ao Senhor Gumercindo, já falecido, que foi o presidente da segunda diretoria da Associação. Conhecem o papel da associação de moradores?

Data: 27/06/2019 Nomes: Tereza Leite e Adailton Carlos da Silva Representatividade: Moradores antigos. Tereza Leite mora há 60 anos no bairro e Adailton Carlos da Silva, há 56 anos Endereço: Rua 04, Nº 430, Adailton: Rua 04, Nº 416 Telefone: 24 99831-5524 (Tereza) 24 99922-3161 (Adailton)

Resumo Tereza Leite, que mora há mais de 50 anos no Surubi Velho, afirma que o bairro está entre os mais antigos do município. Berço de pescadores numa época em que o Rio Paraíba era povoado pelas mais variadas espécies de peixes, a comunidade obteve, ao longo dos anos, algumas conquistas importantes, como a instalação da iluminação pública, o asfalto e o posto de saúde, além da quadra esportiva e do campo de futebol.

Tereza Leite e Adailton Carlos: Sim. É o de cuidar dos interesses do bairro e dos nossos equipamentos públicos, como o PSF, escola, quadra de esportes e campo de futebol. Qual foi a maior realização da associação de moradores na comunidade? Se não tiver associação, qual foi a maior realização que a comunidade recebeu? Tereza Leite e Adailton Carlos: Os serviços de limpeza, asfalto, iluminação e agora, mais recentemente, a troca de lâmpadas. A capina e a pintura de meios fios são feitas regularmente e o policiamento também aumentou. Além disso, nossa quadra agora conta um zelador, evitando que ela seja depredada. Quais os maiores problemas da comunidade? Tereza Leite e Adailton Carlos: O transporte coletivo, que além de contar 107


com poucas linhas, não tem horário certo. Também temos esgoto a céu aberto, bueiros sujos e sem tampas, árvores que precisam ser podadas, terrenos baldios usados como depósitos de lixo e muitos animais soltos nas ruas, principalmente cães abandonados. Nosso bairro também enfrenta problemas relacionados ao consumo de drogas e ao tráfico. Acham que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Tereza Leite e Adailton Carlos: Sim, mas os moradores estão cansados de pedir e não serem atendidos. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a comunidade? Curto prazo: Construção de um Salão Comunitário, que atenderia todas as necessidades dos moradores, inclusive para festas e velórios. Médio prazo: Ampliação e cumprimento dos horários dos ônibus. Longo prazo: Canalização do esgoto que corre a céu aberto ao lado de uma vila de casas na Rua Projetada. O que os preocupa na comunidade? Tereza Leite e Adailton Carlos: As drogas, pois vemos as crianças, sem opção de lazer, sendo cooptadas pelo tráfico de drogas. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida na comunidade? Tereza Leite e Adailton Carlos: Projetos sociais, oficinas e cursos. Esta seria também uma das finalidades do Salão Comunitário. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Tereza Leite e Adailton Carlos: Hoje sim, são participativos, mas não querem estar à frente dos trabalhos. Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em suas opiniões, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Tereza Leite e Adailton Carlos: Vai gostar sim, porque se trata de uma melhoria para o bairro. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Tereza Leite e Adailton Carlos: O ponto alto será o benefício para todos, pois 108

hoje pagamos por serviços que não temos e esta obra vai não só melhorar o abastecimento de água, como também diminuir a poluição dos rios. Já o ponto negativo será o desconforto que as obras trazem. A parte ruim vem primeiro, e depois as melhorias. Como avaliam o impacto? Tereza Leite e Adailton Carlos: É preciso ter um bom planejamento, pois a Avenida Airton Sena não tem pavimentação, nem acostamento. Por isso, durante as obras, sugerimos fazer um revezamento para circulação dos carros, de acordo com suas placas, para tentar diminuir o número de veículos nas ruas. Finalmente, o que passariam como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Tereza Leite e Adailton Carlos: Para ele estudar e arrumar um trabalho. Por isso lutamos sempre pela implantação de cursos gratuitos e achamos que as escolas deveriam oferecer oficinas e cursos profissionalizantes para os menores de 14 anos.


VILA VERDE

R. Professora Mariucha

• HISTÓRICO Através do Decreto Nº 26, de 28 de abril de 1980, foram aprovados o plano urbanístico e o projeto topográfico relativos ao loteamento Parque Residencial Vila Verde, localizado no 1º distrito de Resende, de propriedade de Val Verde Empreendimentos Imobiliários Ltda, processos Nº 4602/79 e 1699/80. Até 1979, a área do loteamento fazia parte da fazenda da família Vilella. Com cerca de 400 lotes, o bairro fica numa colina e atualmente conta com aproximadamente mil casas habitadas por cerca de 800 moradores de classe média alta. (Fonte: Expediente e Registro, setor da Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura Municipal de Resende)

22°28’40.6”S 44°26’14.5”W elev 430m 109


DADOS IBGE 2010 A população de Vila Verde conta com 437 habitantes, segundo o Censo 2010. Deste total, 212 são homens, o que representa 48.51% dos moradores, e 225 são mulheres, o que representa 51.49% dos habitantes do bairro.

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO ESPORTE E LAZER Praça, Campo de futebol e Parque infantil em construção Rua 04, Vila Verde

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome

Telefone

José Vilella Paiva Filho Mário de Souza Rodrigues

Não informado 24 98807-7662

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo deficiente 110


ENTREVISTA I

RESUMO Segundo Mário Rodrigues, morador do bairro há 33 anos, a Vila Verde surgiu em 1979, a partir do loteamento de parte de uma fazenda de propriedade da família Vilella. Com cerca de 400 lotes, o bairro está situado numa colina e atualmente conta com aproximadamente mil casas habitadas por cerca de 800 moradores de classe média alta. Na opinião de Mário Rodrigues, a carência maior do bairro está relacionada ao sistema de transporte coletivo, pois a linha que serve à comunidade circula com intervalos de uma hora, e de forma irregular. Além disso, Rodrigues destaca a necessidade da conclusão do campo de futebol (falta o gramado) e a construção de três pequenas praças na área do campo. “Sem esquecer que todo o esgoto do bairro Vila Verde é lançado no Rio Cruz das Almas, que já está morto a partir do trecho onde os detritos são jogados”, dispara, acrescentando que o tratamento do esgoto é uma ótima notícia para os moradores e para o meio ambiente.

Data: 25/05/2019 Nome: Mário de Souza Rodrigues Representatividade: Morador antigo e ex-vereador Endereço: Rua Profª Mariúcha, 789, Vila Verde Tel.: 24 98807-7662

Já o motorista José Vilela Paiva Filho, um dos donos da antiga fazenda que deu origem à Vila Verde, afirma que a tranquilidade do local pode ser confirmada pela altura das grades e dos muros que cercam as propriedades, todos baixos; e também pelas portas das casas, sempre abertas. Atualmente, o sistema de iluminação pública está sendo trocado por lâmpadas de led e os moradores não enfrentam problemas relacionados à segurança, abastecimento de água ou coleta de esgoto, que não corre a céu aberto nas ruas, porém é lançado, sem tratamento, no Rio Cruz das Almas. Além disso, o asfalto de todas as ruas foi recapeado recentemente.

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo mora neste bairro? Mário Rodrigues: 33 anos. O senhor lembra alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro?

Participação de José Vilella Paiva Filho Representatividade: Morador do bairro há 33 anos Endereço: Rua Profª Mariúcha, 778, Vila Verde Tel.: Não informado

Mário Rodrigues: Não. Como o senhor vê a atuação do presidente da associação de moradores na sua comunidade? Mário Rodrigues: A associação daqui não está ativa. Faz muita falta, mas ninguém quer assumir. Você conhece o papel da associação de moradores? Mário Rodrigues: Sim. 111


Qual foi a maior realização da associação de moradores na sua comunidade? Se não tiver associação, qual foi a maior realização que a sua comunidade recebeu? Mário Rodrigues: No lançamento do loteamento, foi feita toda a obra de esgotamento sanitário, que foi doada para a Prefeitura. Quais têm sido os maiores problemas de sua comunidade? Mário Rodrigues: Temos duas invasões aqui: uma na Área de Proteção Permanente, situada logo na entrada do bairro; e outra numa casa, que está dentro de um terreno da Prefeitura. Além disso, na construção da rede de esgoto do bairro foram utilizadas manilhas de barro. Não vemos esgoto correr a céu aberto aqui, mas há problemas de entupimento da rede. Já as nossas redes de águas pluviais são separadas da rede de esgoto. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Mário Rodrigues: Não. O relacionamento com a comunidade é muito difícil devido ao estilo de vida de cada um. As atribuições do dia a dia fazem com que o coletivo fique sempre em segundo plano. A prioridade hoje é cuidar do seu trabalho. A praça em construção, no alto do bairro, por exemplo, preocupa os moradores daquela área porque eles acreditam que haverá muito barulho no local. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Melhorar o transporte; e concluir as obras do campo de futebol, onde falta apenas a colocação do gramado. Nossos filhos foram criados na rua, devido à falta de espaços de lazer aqui no bairro, por isso o término deste espaço é tão importante. Médio prazo: A construção de uma creche que atenda, inclusive, os bairros vizinhos. Longo prazo: Asfaltamento da Estrada Surubi-Bulhões e a construção da Estrada do Contorno para facilitar o acesso às indústrias, além de servir como mais uma alternativa de entrada para Resende. O que o está preocupando na comunidade? Mário Rodrigues: O acesso ao comércio, pois o bairro é residencial e não pode ter nem mesmo uma padaria. Tudo o que precisamos comprar, temos que sair do bairro. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade?

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Mário Rodrigues: Concluir as obras iniciadas para que a comunidade possa utilizar os equipamentos públicos. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Mário Rodrigues: Não. Fui membro de cinco diretorias de associação de moradores e as pessoas não participavam. Infelizmente, os moradores não entendem que ter um representante valoriza o bairro. Com respeito à intervenção de saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Mário Rodrigues: Vão gostar, com certeza, mesmo com todos os transtornos. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Mário Rodrigues: A comunidade ainda não tem informações concretas sobre o projeto. Como o senhor avalia o impacto? Mário Rodrigues: Vai ser positivo ou negativo, dependendo da forma que a empresa adotar para levar a informação até os moradores. Sugiro que a concessionária use a conta de água para comunicar o que será feito no bairro. A população deve ser amplamente informada, pois assim o impacto negativo será menor, e o positivo, maior. Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Mário Rodrigues: Os jovens têm que ser mais participativos. Eles devem mobilizar grupos para frequentar as sessões da Câmara Municipal e conhecer de perto o funcionamento do Legislativo. Devem participar de entidades de classe, Associações de Moradores, conselhos municipais e ativar os grêmios escolares.


ENTREVISTA II

ENTREVISTA COMPLETA

Há quanto tempo mora neste bairro? Zélia Acácia: Há 32 anos. Mudei para cá quando o bairro ainda não tinha nem energia elétrica. A iluminação só chegou dois anos depois. A senhora lembra alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Zélia Acácia: Não. Como a senhora vê a atuação do presidente da associação de moradores na sua comunidade?

Data: 25/05/2019 Nome: Zélia Acácia Alves, 76 anos Representatividade: Moradora do bairro há 32 anos Endereço: Rua Profª Mariúcha, 330, Vila Verde Tel.: 24 99945-3642

RESUMO

Zélia Acácia: Já tivemos associação aqui, mas hoje não temos mais. Faz muita falta uma representação do bairro. Quando um dos meus oito filhos, o Clóvis Alves, foi presidente da associação, a luta era grande, mas tínhamos quem brigasse pelo bairro. A senhora conhece o papel da associação de moradores? Zélia Acácia: Sim, acompanhei e participei do mandato do meu filho quando ele foi presidente da associação. Qual foi a maior realização da associação de moradores na sua comunidade? Se não tiver associação, qual foi a maior realização que a sua comunidade recebeu? Zélia Acácia: O asfaltamento. Também foi construído um parquinho infantil na única praça que o bairro possui, mas as obras até hoje não foram concluídas.

A aposentada Zélia Acácia, de 76 anos, mora no bairro Vila Verde há mais de três décadas. Ela afirma que o local é muito tranquilo, sem problemas de segurança, e que todas as ruas são asfaltadas e contam com água e luz em abundância. O único incômodo, segundo ela, é o grande número de animais soltos nas ruas, devido à proximidade de fazendas. “Os fazendeiros ainda consideram esta área como uma zona rural e é comum as ruas serem tomadas por bois e vacas”, revela. Satisfeita com o local onde vive há 32 anos, Zélia lamenta apenas a ausência de um espaço para entretimento das crianças e jovens do bairro: “ganhamos um parquinho, mas o campo de futebol e a praça ficaram pela metade”, diz. Ela prevê que as obras de esgotamento sanitário no bairro vão melhorar ainda mais a qualidade de vida dos moradores. “Para tratar a água são utilizados muitos produtos químicos. Com o esgoto tratado, acredito que menos produtos serão usados e a água potável ficará melhor ainda”, afirma.

Quais os maiores problemas de sua comunidade? Zélia Acácia: Já tivemos sérios problemas com a água aqui no bairro. Ela chegava sempre barrenta às torneiras, mas este problema já foi resolvido há mais de cinco anos. De vez quando acontece algum acidente, mas a empresa arruma rapidamente. Atualmente, os maiores problemas que enfrentamos são os animais que ficam soltos nas ruas e a falta de lazer para as crianças e jovens. O loteamento surgiu a partir de uma fazenda e ainda hoje muitas pessoas dizem que aqui é uma área rural, por isso é comum encontrarmos animais soltos nas ruas. A senhora acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Zélia Acácia: Não.

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Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Obras de drenagem, pois, sem o devido escoamento, a água da chuva acaba acumulando nas ruas e se transformando em criadouro de mosquitos. Proibir e recolher os animais soltos também é uma prioridade. Médio prazo: Concluir as obras da praça, que está inacabada. Longo prazo: Nosso bairro é tranquilo, mas devido à abertura de novos acessos, o número de veículos e pessoas transitando por aqui vai aumentar. Por isso, acho que a segurança deve ser reforçada. O que a está preocupando na comunidade? Zélia Acácia: A falta de atividades para as nossas crianças e jovens. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade? Zélia Acácia: A drenagem das ruas e a conclusão das obras da praça. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Zélia Acácia: Não. É cada um na sua casa resolvendo seus problemas. Com respeito à intervenção de saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Zélia Acácia: Acho que vão gostar se não vierem acompanhadas de aumento na conta d’água. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Zélia Acácia: Não sei dizer. Como a senhora avalia o impacto? Zélia Acácia: Tudo que é feito para melhorar atrapalha um pouco no início, mas o resultado é bom. Finalmente, o que a senhora passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais?

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Zélia Acácia: Eles têm que procurar uma igreja para frequentar, pois está faltando Deus na vida das pessoas. Os jovens precisam muito de conselhos e até das broncas dos seus pais. Por isso, a família precisa se unir mais e ser amiga de seus filhos.



REGIÃO 04 Barbosa Lima, Campos Elíseos, Centro, Comercial e Jardim Tropical

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BARBOSA LIMA

R. Eng. Jacinto Limeira Filho

• HISTÓRICO Através do Decreto Nº 050/179, de 27 de agosto de 1979, a Municipalidade reconhece a execução do plano urbanístico relativo ao loteamento denominado Bairro Barbosa Lima, situado no 1º Distrito, de propriedade de Victor Menandro Barbosa e outros, aprovado pelo processo Nº 1.746/74, com exclusão da área referente à denominada rua 5, abrangendo os lotes números 9 e 15 da Quadra D, e 17 e 31 da Quadra C, onde não foram concluídas as obras de infraestrutura. Em consequência disso, a partir daquela data, foram aceitos pela Municipalidade os serviços executados, as áreas paisagísticas e as destinadas a prédios e logradouros públicos, com exceção da rua 5. (Fonte: Expediente e Registro, setor da Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura Municipal de Resende)

22°28’05.6”S 44°27’09.8”W elev 402m 117


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Barbosa Lima é de 535 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é formada por 258 habitantes (48.22%) e a feminina por 277 habitantes (51.78%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO COOPERATIVA EDUCACIONAL DE RESENDE ESCOLA UM Modalidade: Educação Infantil, Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) Rua Engenheiro Jacinto Lameira Filho, 121, Barbosa Lima Telefone: (24) 3354-4080

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome

Telefone

* Ubirajara Garcia Ritton – morador antigo (24) 97401-7578 *Foi vereador em duas legislaturas: 2005-2008 e 2013-2016. Ocupou a presidência da Câmara Municipal no biênio 2013-2014 e em 2015 licenciou-se do mandato para assumir a Secretaria Municipal de Governo. 118


SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte público.

acabam atraindo animais peçonhentos e contribuindo para a proliferação de insetos.

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo a senhora mora neste bairro?

ENTREVISTA

Janete Ferreira: Três anos. A senhora lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Janete Ferreira: Não. Como a senhora vê a atuação do presidente da associação na sua comunidade? Janete Ferreira: Nosso bairro não tem associação de moradores. A senhora conhece o papel da associação de moradores? Janete Ferreira: Não. Qual foi a maior realização da associação de moradores na sua comunidade?

Data: 25/07/2019 Nome: Janete Ferreira dos Santos Representatividade: Moradora do bairro Endereço: Rua Jacinto Lameira Filho, 319, Barbosa Lima Tel.: 24 99963-1146

Janete Ferreira: Não tenho conhecimento.

RESUMO

Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade?

O bairro Barbosa Lima está localizado na área central de Resende e reúne uma população flutuante durante a semana, já que, além dos imóveis residenciais, possui várias clínicas médicas, duas escolas particulares, bares, lojas e uma igreja evangélica.

Janete Ferreira: Precisamos que a fiscalização atue mais no bairro para reprimir o estacionamento irregular e também que as ruas sejam limpas com mais frequência.

Margeado pelo Rio Sesmaria, o bairro sofre com os impactos causados pela cheia do manancial quando há longos períodos de chuva, fato que os moradores consideram como o maior problema do local. No entanto, a entrevistada não sabe informar se isso vem interferindo nas redes de água e esgoto, já que nas proximidades da sua residência nunca identificou o fato. Ela ressalta ainda que o Barbosa Lima tem poucas vagas para estacionamento e considera o serviço de limpeza pública deficitário. Outra preocupação dos moradores é com relação aos terrenos baldios que, sem a devida manutenção,

Quais têm sido os maiores problemas da sua comunidade? Janete Ferreira: Por ser um bairro com muitas clínicas e pontos comerciais, temos problemas de estacionamento.

O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida na sua comunidade? Janete Ferreira: Limpeza e conservação dos terrenos particulares. A senhora tem alguma sugestão ou reclamação a fazer relacionada aos assuntos: água para consumo, esgoto, lixo e água de chuva? Janete Ferreira: Não. 119


A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Janete Ferreira: Sim. A senhora acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Janete Ferreira: Sim. Hoje em dia, com as mídias sociais, a comunicação ficou mais fácil. Águas das Agulhas Negras está realizando obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário e para a melhoria do sistema de distribuição de água e tratamento de rejeitos das estações de tratamento de água dos bairros Toyota e Fazenda da Barra. Com respeito às intervenções programadas por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Janete Ferreira: Sim. E como a senhora acha que o projeto se manifestará na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Janete Ferreira: Vai beneficiar a população e o transtorno será temporário. Alguns moradores e comerciantes vão reclamar, mas há também os que reconhecerão a iniciativa como sendo o melhor para os moradores. Como a senhora avalia o impacto? Janete Ferreira: Positivo. Finalmente, o que a senhora passaria como recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Janete Ferreira: Aconselharia a lutar por aquilo em que acredita.

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CAMPOS ELÍSEOS

R. Albino de Almeida

• HISTÓRICO O centro comercial da cidade recebeu, muito antes de ser povoado, o nome de Campos Elíseos, dado em 1847 pelo coronel Brasiel (importante militar, político e jornalista) às suas vastas terras, localizadas na margem esquerda do Rio Paraíba do Sul. Em 1855, o alferes Rodrigues Antunes, então dono da propriedade, resolveu fundar um povoado no local oferecendo áreas para abertura de ruas. Quinze anos depois era anunciada a chegada da ferrovia a Resende, cujos trilhos passariam pelo bairro Surubi, onde seria construída a estação de passageiros. Ciente desta notícia, Antunes fez de tudo para alterar o traçado e acabou conseguindo. Para isso, ele não só doou o terreno para a estação, como também abriu, por conta própria, uma rua (a atual Coronel Brasiel) para acompanhar a futura linha férrea, chamando-a de Mariano Procópio, o nome do diretor da Ferrovia Pedro II. Com a estação construída, o bairro deslanchou e entrou no século XX a todo vapor. A partir dos anos de 1980, com a instalação das agências bancárias, o centro da cidade foi, gradativamente, se transferindo para o bairro Campos Elíseos, culminando com a construção do Calçadão, que lhe deu o atual ar cosmopolita. (Fonte: Livro “Resende, Cidade Histórica” - Fascículo Nº 5 - lançado em janeiro de 2011

22°27’43.8”S 44°27’02.8”W ELEV 402m

pelo Jornal Beira Rio, em comemoração aos 200 anos de emancipação político-administrativa de Resende)

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DADOS IBGE 2010 A população do bairro Campos Elíseos é de 1.960 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é formada por 902 habitantes (46.02%) e a feminina por 1.058 habitantes (53.98%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL OLAVO BILAC Modalidade: Ensino Regular, Ensino Fundamental e Ensino Médio Avenida Presidente Vargas, 397, Campos Elíseos Telefone: 24 3381-0992 / 3381-4330 ETAN - ESCOLA TÉCNICA AGULHAS NEGRAS

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Modalidade: Cursos Técnicos (Automação Industrial, Eletrotécnica, Mecatrônica, Meio Ambiente, Recursos Humanos, Química, Secretaria Escolar e Segurança do Trabalho); Curso Normal (Formação de Professores para a Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental); Formação Continuada (Cursos de Capacitação e Qualificação Profissional em Educação e Indústria) Rua Coronel. Brasiel, 185 - Campos Elíseos Telefone: 24 3354-0524


COLÉGIO GÊNESIS RESENDE Modalidade: Educação Infantil, Ensino Fundamental (1º ao 9º ano), Ensino Médio e Pré-Vestibular Rua 29 de Setembro, 139, Campos Elíseos Telefone: 24 3321-3681

ENTREVISTA

CARTÓRIOS CARTÓRIO DO 2º OFÍCIO Responsável: Sônia Marilda Praça Esperanto, 60, 1º andar, Campos Elíseos Tel.: 24 3355-0168 CARTÓRIO DO 3º OFÍCIO Responsável: Marcos Antônio da Silva Domingues Rua Nicolau Taranto, 25, Campos Elíseos Tel.: 24 3381-4410 / 3381-4444

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome

Telefone

Marcelo Cavalheiro Duarte Emílio Castro

24 99998-2979 24 98136-6677

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo.

Data: 10/07/2019 Nome: Emílio Castro Representatividade: Comerciante e Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Resende e Itatiaia Endereço: Avenida Marechal Castelo Branco, 355/301 - Jardim Tropical Tel.: 24 3383-4000

RESUMO

O presidente da CDL, Emílio Castro, aponta a comunicação como a ferramenta mais eficaz para diminuir os possíveis impactos negativos que as obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário poderão causar em pontos de grande concentração comercial. “Acho importante conhecermos o projeto, seus impactos e o planejamento por bairros, para que possamos informar aos comerciantes com antecedência”, diz. Ele entende o tratamento de esgoto como sendo fundamental na melhoria da qualidade da água dos rios e salienta que todos devem dar a sua parcela de contribuição.

ENTREVISTA COMPLETA Qual o papel da CDL no município e há quanto tempo o senhor está na presidência da entidade? Emílio Castro: Estou na presidência há dois anos, e o papel da CDL é fomentar o empreendedorismo. 123


Em que a entidade modificou a vida dos seus associados e do município? Emílio Castro: Dando representatividade ao setor, na busca por melhorias nos seus negócios. Para o município, quanto mais forte for o comércio, maior será o número de empregos e a geração de renda. É bom lembrar que hoje o comércio é o maior empregador do município. Qual foi a maior realização da CDL no município? Emílio Castro: É difícil mensurar, pois a instituição tem a finalidade de nortear as ações empreendedoras do município. Todos que querem empreender passam pela CDL. Quais têm sido os maiores problemas da entidade? Emílio Castro: Os associados são muito exigentes. Acham que temos que resolver tudo para eles, mas acham a mensalidade cara. Quais as principais realizações (obras ou projetos) a curto, médio e longo prazo, necessárias para a entidade que o senhor representa? Curto prazo: Estamos marcando a nossa gestão com duas ações: a implantação de um calendário de atividades, definindo mês a mês o que vamos realizar no município; e com a criação do orçamento da CDL. Para dar um exemplo da importância desta organização estrutural, basta lembrar que sabemos os gastos que temos no dia de hoje, mas não temos a menor ideia de quanto iremos gastar em 2020. Com a adoção desta medida, fizemos o orçamento para 2019 e já estamos trabalhando no de 2020, pois a entidade tem que estar estruturada de tal forma que qualquer associado tenha condições de assumi-la e dar continuidade aos projetos planejados. Somos voluntários e não conseguimos dedicar todo o tempo que a CDL precisa O que é necessário para melhorar a qualidade de vida dos associados? Emílio Castro: Capacitação, pois assim o associado ganha em qualidade e em gestão. O senhor tem alguma sugestão ou reclamação a fazer relacionado aos assuntos: água para consumo, esgoto, lixo e água de chuva? Emílio Castro: Sim, com relação ao esgoto. Penso que é um absurdo jogar esgoto nos Rios Paraíba do Sul e Sesmaria. Ter uma empresa privada e não ter 100% de esgoto tratado é inaceitável. A comunidade comercial é participativa e se interessa pela entidade? Emílio Castro: A sociedade de modo geral participa pouco e cobra demais. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar? Por quê? 124

Emílio Castro: Não é participativo, nem aprendeu a reivindicar. Estamos engatinhando ainda. A concessionária Águas das Agulhas Negras está realizando obras de ampliação do sistema de esgoto de Resende. Com respeito às intervenções, na sua opinião, a comunidade em que atua vai gostar de receber as obras? Emílio Castro: Vai gostar das obras prontas, mas detestará sofrer com elas sem ser informado. Como o senhor acha que a comunidade vai se manifestar em relação a esses projetos? Quais os pontos altos e baixos? Emílio Castro: Ponto alto será o fim do esgoto in natura nos rios e lagos. E o ponto baixo é a falta de informação para os comerciantes. Como o senhor avalia o impacto? Emílio Castro: Não sei, pois não conheço o projeto. Quero conhecer e desde já me coloco à disposição para intermediar uma apresentação para os comerciantes. Seremos impactados pelas obras e precisamos conhecer o projeto para nos organizarmos. Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem? Emílio Castro: O jovem precisa deixar de mimimi porque o idealismo só separa. A hora é de juntar e assumir responsabilidades. A sociedade precisa assumir o seu papel, participando!


CENTRO

Av. Gustavo Jardim

• HISTÓRICO Em 1744, o coronel paulista Simão da Cunha Gago obteve licença para desbravar a região à procura de ouro e pedras preciosas, armando acampamento numa colina que avançava sobre o Rio Paraíba, onde hoje é o bairro Montese e onde foi erguido um altar onde foram rezadas as primeiras missas. Mais tarde, o acampamento foi transferido para o outro lado do rio, atual Centro, e a este lugar deu-se o nome de Nossa Senhora da Conceição do Campo Alegre da Paraíba Nova, o primeiro nome do futuro município de Resende. (Fonte: www.resende.rj.gov.br)

22°28’07.1”S 44°26’53.5”W elev 408m 125


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Comercial é formada por 1.649 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina conta com 769 habitantes (46.63%), enquanto a feminina é composta de 880 habitantes (53.37%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO CEREST RESENDE - CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR Rua Nicolau Taranto, 269 – Bairro Comercial Tel.: 24 3360-4596 SINE – SERVIÇO NACIONAL DE EMPREGO Rua Gulhot Rodrigues, 257 - Comercial Tel.: 24 3381-0441

126


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Centro é de 2.819 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é formada por 1.324 habitantes (46.97%) e a feminina por 1.495 habitantes (53.03%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL DR. JOÃO MAIA Modalidade: 2ª fase do Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA Praça Oliveira Botelho, s/nº - Centro Tel.: 24 3381-4848 Tel.: 24 3381-4848 COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL SOUZA DANTAS Modalidade: 2ª fase do Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA Praça Marechal José Pessoa, 20 - Centro Tel.: 24 3381-8827 Tel.: 24 3381-8258 Tel.: 24 3381-8827 ASSOCIAÇÃO CASA DA AMIZADE DE RESENDE Modalidade: Educação Infantil Rua Paul Harris, 106 - Centro Tel.: 24 3354-1347

127


CEDEVIR- Centro Educacional Municipal de Atendimento a Deficientes Visuais de Resende Modalidade: Educação Especial Rua Cunha Ferreira, 200 - Centro Tel.: 24 3354-4313 SOCIEDADE RESENDENSE DE ENSINO LTDA Modalidade: Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) e Ensino Médio, Educação Especial Avenida Saturnino Braga, 105, Centro Tel.: 24 3354-4212 ESCOLA TÉCNICA JOSÉ RODRIGUES DA SILVA Modalidade: Cursos de Enfermagem, Radiologia, Prótese Dentária, Biodiagnóstico, Instrumentação Cirúrgica e Segurança do Trabalho Rua Francisco Villaça, 221, Centro Tel.: 24 3381-4373 COLÉGIO SANTA ÂNGELA Modalidade: Educação Infantil, Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) e Ensino Médio Rua Dr. João Maia, 11, Centro Tel.: 24 3358-1900 INSTITUTO PRESBITERIANO – PRÉ ESCOLAR HORAS ALEGRES Modalidade: Educação Infantil e Ensino Fundamental I (1º a 5º ano) Av. Saturnino Braga, 380 – Centro Tel.: 24 3354-1888 COLÉGIO ANGLO-AMERICANO ESCOLAS INTEGRADAS LTDA MODALIDADE: EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL (1º AO 9º ANO), ENSINO MÉDIO E ENSINO À DISTÂNCIA Rua Pandiá Calógeras, 134, Jardim Jalisco Tel.: 24 3354-1707 / 3354-6688 SENAC RESENDE Modalidade: Cursos Profissionalizantes (Administração e Gestão; Audiovisual; Beleza e Bem-estar; Fotografia; Gastronomia; Moda e Saúde) Rua Sarkis José Sarkis, 80, Jardim Jalisco Tel.: 24 3358-1950 / 3358-1952 SENAI - CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE RESENDE Modalidade: Tecnologia de Motores Ciclo Diesel; NR 10 - Atualização; NR 11 - Operação de Empilhadeiras; Tecnologia de Motores Ciclo Otto; Reparação de Superfície Metálica Automotiva (Martelinho de Ouro); Pintura Automotiva; Robótica Industrial; Sistema de Injeção Eletrônica Diesel; Instalação e Manutenção de Sistemas de GNV de 5ª Geração; NR 11 - Operação de Empilhadeira e Rebocador; Ferramentaria de Corte e Dobra; Ferramentaria de Moldes para Metais; Assistente de Projeto FABLAB; NR 35 - Básico de Segurança no Trabalho em Altura Rua Sarkis José Sarkis, 156, Jardim Jalisco Tel.: 24 4002- 0231 / 0800 0231 231

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INSTITUTO SÃO JOSÉ SALESIANO Modalidade: Educação Infantil, Ensino Fundamental I, Salê Integral, Ensino Fundamental II e Ensino Médio Avenida Marcílio Dias, 256, Jardim Jalisco Tel.: 24 3355-1389 SESI – ESCOLA DO SESI Modalidade: Educação Infantil, Ensino Fundamental (1º ao 9º ano), Ensino Médio e Ensino Médio com Curso Técnico de Mecatrônica Av. Marcílio Dias, 468 – Jardim Jalisco Telefones: 24 3354-9974 / 3354-9952 / 3354-9956 / 3354-9950 COLÉGIO ESTADUAL PEDRO BRAILE NETO Modalidade: Ensino Regular, Ensino Médio e Normal (Magistério) Rua Augusto Xavier de Lima, s/nº, Jardim Jalisco Telefone: 24 3381-4564 / 3381-4432 / 3354-0270 (Fax) SAÚDE APMIR HOSPITAL MATERNIDADE Avenida Gustavo Jardim, 314 – Centro Tel: 24 3355-4821 AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO DA MULHER – DRA. ZILDA ARNS NEUMANN Rua Pintor Nunes de Paula, 57 – Centro Tel.: 24 3360-5121 UNIDADE DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA Rua Paul Harris, 150 - Centro Tel.: 24 3360-5033 / 3360-4449 LABORATÓRIO MUNICIPAL ARCÍLIO GUIMARÃES Rua Timburibá, s/nº - Centro Tel: 24 3381-2009 Funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h SERVIÇO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA DST/ HIV/ HEPATITES VIRAIS Rua Dr. João Maia, 42 - Centro Tel.: 24 3354-6752 Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h SERVIÇO DE ATENÇÃO INTEGRADA EM PNEUMOLOGIA E DERMATOLOGIA Unidade de Saúde Resende Rua Dr. João Maia, 42 - Centro Tel.: 24 3354-6801 UNIDADE DE SAÚDE RESENDE (Posto Resende) Rua Dr. João Maia, 42 - Centro Tel.: 24 3354-3866 ÁREA TÉCNICA DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (ATAN) Rua Pintor Nunes de Paula, 57 - Centro Tel.: 24 3360-5121


CONSULTÓRIO NA RUA Rua Ezequiel Freire, 47 - Centro Tel.: 24 3360-5520 CENTRO DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS (CEO) Rua Doutor João Maia, 56 - Centro Tel.: 24 3381-4381 / 3360-4535 DISPENSÁRIO DE MEDICAMENTOS E POLO DE ALTO CUSTO Rua Doutor João Maia, 42 (Posto Resende) - Centro Tel.: 24 3354-6765 / 3354-6805 Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h SERVIÇO DE IMUNIZAÇÃO Rua Doutor João Maia, 42 - Centro Tel.: 24 3381-4830 Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h45

ENTREVISTA I

ASSISTÊNCIA SOCIAL SEAS - Serviço Especializado em Abordagem Social Rua Luís Rocha Miranda, 44 – Centro Tel.: 24 3360-9939 DIRETORIA DE CAD ÚNICO E PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA Rua Luís Rocha Miranda, 44 - Centro Tel.: 24 3354-1458 BIBLIOTECAS BIBLIOTECA PÚBLICA DR. JANDYR CÉSAR SAMPAIO Praça do Centenário, Centro Funciona de segunda a sexta, das 8 às 19h, e aos sábados, de 14h às 19h Tel.: 24 3354-5031

Data: 30/05/2019 Nome: Aníbal Rocha Pontes - 77 anos Representatividade: Morador antigo do bairro (77 anos) Endereço: Av. Gustavo Jardim, 29, Centro Tel.: 24 3354-0569

RESUMO

CARTÓRIO CARTÓRIO DO 1º OFÍCIO Responsável: Luiza Motta da Cunha Rua Dr. Cunha Ferreira, 144 - Centro Tel.: 24 3355-1266

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome

Telefone

*Aníbal Rocha Pontes

24 3354-0569

*Observação: Aníbal Rocha Pontes foi escrevente da Justiça, radialista, compositor e ex-vereador por 25 anos.

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo.

As inúmeras experiências vividas ao longo dos seus 77 anos nunca levaram Aníbal Rocha Pontes a conhecer de perto uma Estação de Tratamento de Água ou de Esgoto, mas ele se orgulha de, como vereador, ter votado pela transformação do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Resende (SAAER) em Empresa de Saneamento do Município de Resende, pois acredita que a cidade ganhou com a concessão dos serviços de saneamento. Analisando o bairro onde mora há quase oito décadas, ele afirma que o Centro é o coração da cidade, com inúmeras lojas, supermercados, correios e terminal rodoviário – um aglomerado urbano, que precisa de toda atenção por parte do poder público, já que sofre com a falta de segurança, moradores de rua, traficantes e viciados em drogas. Para ele, além desses assuntos, também é preciso dar mais atenção ao trânsito na região, já que a Avenida Gustavo Jardim é uma das principais vias de acesso à Rodovia Presidente Dutra e aos bairros Campos Elíseos e Paraíso. Em contrapartida, na opinião do ex-vereador, o Centro é uma região bem servida de equipamentos públicos, contando com escolas, postos de saúde e outras unidades. 129


ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo mora neste bairro? Aníbal Rocha: 77 anos. O senhor lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Aníbal Rocha: Me lembro de um roubo ao Supermercado Floresta, quando eu e meu pai saímos de madrugada atrás dos ladrões. O progresso tem as suas consequências. Como o senhor vê a atuação do presidente da associação de moradores na sua comunidade? Aníbal Rocha: O Centro já teve associação, mas hoje não tem mais.

Aníbal Rocha: Acho que sim, porque a Câmara sempre foi porta-voz da população quando seus representantes defendem conquistas que beneficiem a população de um modo geral. Acredito que cada bairro deva ter as suas representações para reivindicar em nome dos moradores. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Aníbal Rocha: Estamos bem servidos, mas sempre ressaltamos que há necessidade de mais investimentos em segurança pública. O que o está preocupando na comunidade? Aníbal Rocha: A segurança.

O senhor conhece o papel da associação de moradores?

O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade?

Aníbal Rocha: Sim.

Aníbal Rocha: Mais segurança.

Qual foi a maior realização da associação de moradores na sua comunidade? Se não tiver associação, qual foi a maior realização que a sua comunidade recebeu?

A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro?

Aníbal Rocha: O Centro mudou muito nas últimas décadas. O comércio aqui era diminuto e hoje é amplo. Esta região é o coração pulsante da cidade, com escolas, lojas, supermercados, farmácias, casas lotéricas, bares e o centro cultural Espaço Z. A rodoviária também continua ali, mas quando foi construída era bem cuidada e tinha muita movimentação por conta dos ônibus urbanos. Já para as viagens intermunicipais e interestaduais, o embarque era feito na Churrascaria Presidente, hoje Graal. Tinha até um ponto com cinco vagas para caminhões de frete. A Ponte Velha também era mais longa e chegava até o prédio dos Correios. Sob ela, neste trecho, ficava um ponto de táxi. Consideramos como bairro Centro, toda a área compreendida entre a entrada do bairro Surubi até a residência do General, além de todo o lado esquerdo da Avenida Saturnino Braga. Nesta região, os moradores são um misto de comerciantes, empresários e industriários.

Com respeito à intervenção de saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção.

Quais os maiores problemas da sua comunidade? Aníbal Rocha: Com certeza, a falta de segurança. O progresso traz prosperidade, mas traz também os problemas. Hoje, a presença de bêbados, moradores de rua, viciados em drogas e traficantes é comum na área próxima ao camelódromo, na Praça da Concórdia, onde também ocorrem brigas frequentes. Após muitas reclamações, a Polícia Militar aumentou as rondas no local, melhorando um pouco a segurança, mas a situação ainda exige cuidados da PM e da Guarda Municipal, inclusive durante o dia. 130

O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê?

Aníbal Rocha: Sim.

Aníbal Rocha: Sim. Embora eu considere a concessão desnecessária, devo admitir que a população ganhou com ela, pois a água não tinha o tratamento que tem hoje e havia muitos problemas de desabastecimento. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Aníbal Rocha: Acho que tudo que traz melhorias e progresso tem um preço a ser pago. Mas, ainda que traga alguns prejuízos, essas intervenções vão garantir mais qualidade de vida para o povo. Como o senhor avalia o impacto? Aníbal Rocha: É inevitável, e é preciso ter cuidado com relação à qualidade dos trabalhos, pois a população é quem receberá os serviços prestados. Também é necessário que haja atenção especial com o trânsito. Neste sentido, o ideal seria que as obras fossem realizadas após às 21 horas, quando não há grande movimentação de veículos na região. E a sinalização no entorno é fundamental.


Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Aníbal Rocha: É uma questão de berço, de vocação. O jovem precisa ter desejo, interesse em participar.

ENTREVISTA II

Na lembrança do morador, também estão vivos os velhos e bons carnavais realizados no local; apresentações de grandes nomes da música e do teatro, como Joana, Irmãs Galvão, Grupo 14 BIS e André Matos; e as exibições das bandas da AMAN e do Maestro Aniceto, além dos Bailes do Sereno e das procissões organizadas pela Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da cidade. Hoje, com os prédios residenciais construídos ao redor da Praça, a música ao vivo nos bares foi proibida e o local, que viveu décadas e décadas de apogeu, já não é mais o mesmo. “Aqui tinha cinema, hotel, manifestações culturais... Com o passar dos anos, a Praça foi perdendo seu encanto e até o coreto, símbolo do local, foi tomado por mendigos e usuários de drogas, o que acabou afastando as famílias da Praça”, observa.

ENTREVISTA COMPLETA

Há quanto tempo o senhor mora neste bairro? Jorge Luiz: Há mais de 40 anos. O senhor lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Jorge Luiz: Durante a apuração do desfile das escolas de samba, depois do carnaval, a briga entre os componentes das agremiações era certa. Centro Histórico (Entorno) Data: 21/05/2019 Nome: Jorge Luiz dos Santos Representatividade: Comerciante e morador antigo do bairro Endereço: Praça Dr. Oliveira Botelho Tel.: Não informado

RESUMO

Vivendo há 40 anos na Praça Oliveira Botelho, Jorge Luiz dos Santos guarda na memória quem eram os antigos frequentadores do local: os cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras, que disputavam a atenção das moças com os civis, o que sempre motivava brigas entre os dois grupos. Depois vieram o senhor Élcio, Sebastião Campos e tantos outros moradores de diversos bairros do município que se encontravam na praça, então considerada o grande centro cultural da cidade.

Como o senhor vê a atuação do presidente da associação na sua comunidade? Jorge Luiz: Não temos associação. O último presidente foi o Paulinho Fontanezzi, morto há três anos. Ele era muito atuante. Depois dele ninguém mais quis. Houve uma tentativa de reativação da associação, mas não deu certo. O senhor conhece o papel da associação de moradores? Jorge Luiz: Sim. Qual foi a maior realização da associação na sua comunidade? Jorge Luiz: Foram várias. Quais têm sido os maiores problemas da sua comunidade? Jorge Luiz: A Praça perdeu muito. As drogas e a falta de segurança são hoje os principais problemas daqui. Também sou contra, por exemplo, o ônibus 131


lotado subir a rua onde ficava a antiga sede do asilo Nicolino Gulhot. Já vimos mãe e filha morrerem afogadas no Rio Paraíba tentando subir aquela ladeira. Também sou contra o corte feito na Praça (a abertura de uma rua), feito pela administração passada. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Jorge Luiz: Acho que o povo não está nem aí. As pessoas estão desmotivadas por não verem resultados. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade?

sempre haverá e em se tratando de trânsito vai impactar diretamente os comerciantes. Mesmo assim sou completamente a favor. Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Jorge Luiz: Que ele estude, se jogue nos livros, pois o índice de desemprego está muito grande. Que ele aproveite as oportunidades que surgirem.

ENTREVISTA III

Curto prazo: Ações itinerantes regulares, como as ações globais, que trazem o povo de volta à Praça. Médio prazo: Instalação de uma guarita fixa para a Guarda Municipal. Longo prazo: Mais eventos no local. O que o está preocupando em sua comunidade? Jorge Luiz: A segurança. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida na sua comunidade? Jorge Luiz: Precisamos de segurança. Também falta um banheiro público na Praça Oliveira Botelho, tanto para atender as pessoas que circulam por aqui no dia a dia, como nos eventos. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Jorge Luiz: Não. Com respeito à intervenção de saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Jorge Luiz - Sim. Vejo a medida com bons olhos. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Jorge Luiz: Poucos ou ninguém sabe. Como o senhor avalia o impacto? Jorge Luiz: Causa um transtorno hoje para o bem estar amanhã. Revolta 132

Data: 21/05/2019 Nome: Yolanda M. Benance - 75 anos Representatividade: Morador antigo do bairro Endereço: Rua Padre Couto, 38 - Centro Tel.: 24 99923-9960

RESUMO

Yolanda Benance nasceu no Alto dos Passos há 75 anos e há 71 mora no Centro Histórico. Ela lembra das dificuldades que enfrentou para comprar sua casa no local, há cerca de 30 anos. “O proprietário não queria vender por sermos negros. Nesta época, o Centro Histórico era habitado por famílias de alto poder aquisitivo, remanescentes dos barões do café”, conta.


Segundo Yolanda, o bairro perdeu o glamour com o passar dos anos e passou a ser um lugar perigoso. “Hoje está horrível. Tem muita droga e a falta de segurança é o nosso principal problema. As crianças não podem brincar e nós, adultos, não podemos sequer sentar na calçada. As coisas mudaram e aqui ficou muito perigoso”, avalia. Para ela, o “Parquinho do Aarão”, um dos mais antigos da cidade, precisa voltar a funcionar, pois ele fez parte da infância de muitos resendenses. “Também precisamos da revitalização da Praça Oliveira Botelho”, completa.

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo a senhora mora neste bairro? Yolanda M. Benance: 71 anos. A senhora lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Yolanda M. Benance: Sim. A história de Adelaidinha, a mulher que me criou. Além de muita rica, ela era extremamente bondosa. Dona do palacete, ela recebia meninas de famílias pobres, educava-as, dava-lhes trabalho e estudo na Escola Dona Antonina, hoje Escola Municipal Sagrado Coração. E também ficou na história a passagem da Princesa Isabel e de seu marido, o Conde D”Eu pelo Palacete. Contam que ele era lindíssimo! Como a senhora vê a atuação do presidente da associação na sua comunidade? Yolanda M. Benance: Não temos associação de moradores. A senhora conhece o papel da associação de moradores? Yolanda M. Benance: Sim. Qual foi a maior realização da associação de moradores na sua comunidade? Yolanda M. Benance: Nenhuma. Quais têm sido os maiores problemas de sua comunidade? Yolanda M. Benance: A falta de segurança, o que fez com que as drogas tomassem conta do local, dia e noite. Com isso as crianças não podem brincar e nós adultos já não podemos sentar na calçada para bater papo com o vizinho. Ficou muito perigoso.

A senhora acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Yolanda M. Benance: Não. Poucos se envolvem. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Mais segurança para por um fim no ponto de drogas instalado no Teatro de Bolso e na Praça do Centenário, que acontece dia e noite. Médio prazo: Valorização total do Centro, que está completamente abandonado, com estátuas caindo, e a conclusão das obras do Parque do Aarão. Longo prazo: Revitalizar as praças Oliveira Botelho, do Centenário, da Igreja do Rosário e Coelho Gomes. O que a está preocupando na sua comunidade? Yolanda M. Benance: A falta de segurança, que facilita o uso de drogas dia e noite. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade? Yolanda M. Benance: Acabar com o uso de drogas que acontece diariamente embaixo das nossas janelas. A comunidade é participativa e se interessa pelo bairro? Yolanda M. Benance: Nem um pouco. Só reclama. Com respeito à intervenção de saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Yolanda M. Benance: Acredito que sim. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Yolanda M. Benance: A comunidade aqui não se envolve com nada. Como a senhora avalia o impacto? Yolanda M. Benance: O normal do ser humano é reclamar, por melhor que seja o projeto. 133


Finalmente, o que a senhora passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questĂľes sociais? Yolanda M. Benance:Â Eu diria: levanta e anda!!! VĂĄ a luta, pois sentado nĂŁo se chega a lugar nenhum!

134


COMERCIAL

R. Nicolau Taranto

• HISTÓRICO Loteamento construído pela Imobiliária Sul Fluminense Ltda, de propriedade do engenheiro Tácito Vianna Rodrigues em sociedade com Romeu Marques, entre os anos de 1949 e 1952, com 232 lotes. Situado em terreno baixo, as margens do rio Alambari, o bairro teve que ser aterrado. (Fonte: Livro escrito por Alceu Vilela Paiva e publicado pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil e Confraria dos Cidadãos de Resende, em homenagem aos 200 anos de Resende: “Eng. Tácito Vianna Rodrigues (o resendense do Século XX - um exemplo de cidadania)”.

22°27’55.6”S 44°26’44.3”W elev 400m 135


PROCON Rua Gulhot Rodrigues, 257 - Campos Elíseos Tel.: 24 3354-4410

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome: Antônio Carlos Sinhoreli Rinaldo (Nego) * Proprietário da Imobiliária Condial, Governador do Rotary Clube e Diretor da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de Resende. Telefone: 24 99991-3623

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo.

RESUMO Antônio Carlos Sinhoreli, mais conhecido na cidade como Nego da Condial, transita há anos entre os bairros Campos Elíseos, onde mora, e Comercial, onde trabalha. Os dois lugares concentram, além de vários prédios residenciais, inúmeras lojas, bancos, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais, fazendo da região o maior centro comercial da cidade. O saneamento básico é, atualmente, a maior reclamação dos lojistas, principalmente no que se refere ao escoamento das águas pluviais. Segundo Antônio Carlos, o mau cheiro que exala dos bueiros incomoda não só os comerciantes, mas também os clientes e frequentadores do Calçadão de Campos Elíseos, onde também são registrados vários pontos de alagamentos durante as chuvas. Na opinião do comerciante, a reconstrução de toda a rede de captação de esgoto e de águas pluviais é considerada de fundamental importância para a melhoria da qualidade de vida nos dois bairros, assim como o aumento do policiamento.

ENTREVISTA COMPLETA

ENTREVISTA

Há quanto tempo o senhor mora no bairro? Antônio Carlos - Meus bairros são o Campos Elíseos e o Comercial, onde moro e trabalho há pelo menos 20 anos. Os dois surgiram há mais ou menos 60 anos com o crescimento da cidade. O senhor se lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Antônio Carlos – Sim. Esses bairros eram sujeitos a enchentes, que cessaram após a construção da represa do Funil, em Itatiaia. A mudança de local da EXAPICOR, que comemora o aniversário da cidade, também ficou marcada na cabeça das pessoas. Os dois bairros têm associação de moradores? Antônio Carlos – Não. Qual a média de idade dos moradores? Estão no mercado de trabalho?

Data: 18/07/2019 Nome: Antônio Carlos Sinhoreli Rinaldo Representatividade: Morador e comerciante Endereço: Rua Gulhot Rodrigues, 145 - Sala 310 - Ed. Iade - Comercial/ Campos Elíseos Tel.: 24 99991-3623 136

Antônio Carlos – Os dois bairros são mistos (residencial e comercial) e abrigam pessoas de todas as idades, que trabalham dentro do normal. Quais as maiores conquistas dos dois bairros e há quanto tempo aconteceram? Antônio Carlos - Nada de especial. Eles têm se desenvolvido acompanhando


a cidade.

Antônio Carlos - Não vejo impacto.

Quais os maiores problemas dos bairros?

Finalmente, o que passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais?

Antônio Carlos – As redes de águas pluviais e de esgoto, além dos bueiros que exalam mau cheiro. O que mais preocupa os moradores desses bairros?

Antônio Carlos – Diria para fazerem tudo com transparência e sempre estudar os objetivos dos projetos, tendo em mente os interesses do bairro.

Antônio Carlos - Nada preocupa. As comunidades são participativas e se interessam pelos bairros? Antônio Carlos – Não. Quais são as realizações necessárias a curto, médio e longo prazo para esses bairros? Antônio Carlos - Refazer toda a rede de captação de esgoto e de águas pluviais a curto, médio e longo prazo. O que é preciso para melhorar a qualidade de vida dessas comunidades? Antônio Carlos - Mais policiamento e um posto de saúde. Tem alguma sugestão ou reclamação a fazer relacionado aos assuntos: água para consumo, esgoto, lixo e água de chuva? Antônio Carlos - Que seja refeita toda a rede de esgoto e de águas pluviais. Acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Antônio Carlos - Não acho. A concessionária Águas das Agulhas Negras está realizando obras de ampliação de esgotamento sanitário na cidade. Com respeito à essas intervenções programadas por Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Antônio Carlos - Se for para melhorar, sim. Como se manifestarão em relação a esse projeto? Quais, em sua opinião, são os pontos altos e baixos deste trabalho? Antônio Carlos - Se as obras começarem e forem finalizadas, as manifestações serão boas. Como avalia o impacto?

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JARDIM TROPICAL

R. Alan Kardec

• HISTÓRICO Segundo os moradores mais antigos, o loteamento surgiu depois das obras de duplicação da Rodovia Presidente Dutra, que fica atrás do bairro. De propriedade do comerciante Michel Abdo Arbex, as terras do Jardim Tropical teriam sido utilizadas, durante as obras, como depósito para o material retirado da rodovia. Mais tarde, esses sedimentos foram aproveitados para aterrar e nivelar o terreno que deu lugar ao bairro Jardim Tropical. (Fonte: Relato de antigos moradores)

22°27’47.0”S 44°26’41.2”W elev 399m 138


DADOS DO IBGE 2010 A população do bairro Jardim Tropical é de 148 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é formada por 75 habitantes (50.68%) e a feminina por 73 habitantes (49.32%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO COLÉGIO DELTA VEST Modalidade: Pré-Vestibular e Pré-Militar Rua Allan Kardec, Jardim Tropical Edifício Golden Center, salas: 706/Cobertura Tel.: 24 3355-1727 / 3360-1300 ASSISTÊNCIA SOCIAL CREAS Rua Natanael Galvão, 48 - Jardim Tropical Tel.: 24 3360-9775

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MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome:

Marcelo Teixeira – Comerciante antigo

RESUMO Telefone: 24 98855-1534

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo nas proximidades.

ENTREVISTA

Tendo como vizinhos os bairros Campos Elíseos e Comercial, o Jardim Tropical transformou-se, num curto período, em um importante ponto comercial, atraindo para si a instalação de lojas, banco e hotel, além de escritórios, administradoras, cursos e sede de sindicatos, que funcionam em casas adaptadas para estes fins. De acordo com o último Censo do IBGE (2010), a população residente no local era de apenas 148 pessoas. No entanto, a circulação de pessoas no bairro durante todo o dia é muito maior, justamente em função das novas atividades ali disponibilizadas. Segundo Marcelo Teixeira, proprietário de um escritório de Contabilidade no bairro desde 1998, nos períodos de chuva, os moradores e empresários convivem rotineiramente com os problemas causados pelo transbordamento 141 do Rio Alambari, cujo leito se encontra completamente assoreado pelo acúmulo de areia, lixo e esgoto ali lançados clandestinamente. Ele também aponta como questões a serem resolvidas no local o entupimento dos bueiros, a iluminação pública deficiente e a pavimentação precária das ruas.

ENTREVISTA COMPLETA

Há quanto tempo trabalha neste bairro? Marcelo Teixeira: Estou instalado aqui desde 1998. Lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas deste bairro? Data: 19/07/2019 Nome: Marcelo de Souza Teixeira, contador Representatividade: comerciante antigo do bairro (Proprietário da empresa MM Contábil) Endereço: Rua Ernani Adalberto de Cunto, 72, Jardim Tropical Tel.: 24 98855-1534

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Marcelo Teixeira: Segundo a “lenda urbana”, o bairro foi construído num terreno enorme, que ia desde as margens do Rio Alambari até o local onde hoje está instalada a farmácia Droga Raia, na Rua Luís Pistarini. Contam que na época da duplicação da Rodovia Presidente Dutra, o empresário Michel Abdo Arbex, dono da área, foi contratado para fazer o serviço de terraplenagem da obra e usou o terreno como depósito para a terra retirada do local. Tempos depois, ele utilizou este material para aterrar, levantar e nivelar o terreno, implantando assim o loteamento Jardim Tropical que, ao longo dos anos, ganhou a forma que vemos hoje, com prédios e lojas comerciais.


Como vê a atuação do presidente da associação na sua comunidade? Marcelo Teixeira: O bairro não tem associação. O senhor conhece o papel da associação de moradores? Marcelo Teixeira: Sim. Qual foi a média de idade dos moradores? Eles estão no mercado de trabalho? Marcelo Teixeira: Aqui é um bairro misto. A Avenida Marechal Castelo Branco, por exemplo, é essencialmente comercial; já nas quadras internas ficam os imóveis residenciais, sendo que muitos deles são usados como escritórios, sede de sindicatos e colégio. Nos imóveis de uso residencial moram muitas famílias antigas, como a do proprietário da Padaria Luso Portuguesa, além casais acima dos 40 anos. Não vemos crianças brincando nas ruas do bairro.

O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida em sua comunidade? Marcelo Teixeira: A ocupação do galpão onde funcionava o Restaurante Popular e que está abandonado. Tem alguma sugestão ou reclamação a fazer relacionado aos assuntos: água para consumo, esgoto, lixo e água de chuva? Marcelo Teixeira: Infelizmente convivemos com lixo na área gramada e às margens da linha férrea, onde a população joga todo tipo de material. Outra questão preocupante é que a água da chuva demora para escoar por conta do nível do Rio Alambari e do entupimento dos bueiros. Com respeito à intervenção em saneamento programada pela Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção.

Quais foram as maiores conquistas do bairro e há quanto tempo?

Marcelo Teixeira: Sim.

Marcelo Teixeira: Nos últimos anos o que mudou aqui foi a construção de dois prédios residenciais, ainda não ocupados.

Como o projeto se manifestará na comunidade? Quais os pontos altos e baixos?

Quais têm sido os maiores problemas de sua comunidade?

Marcelo Teixeira: Não sei, mas acho que vão gostar do resultado final.

Marcelo Teixeira: Na época das chuvas ocorre o transbordamento do Rio Alambari, que está assoreado. O bairro também tem bueiros entupidos; iluminação pública deficiente; e ruas esburacadas por causa do peso dos caminhões que circulam no bairro para descarregar mercadorias para as lojas. Recentemente a Prefeitura fez obras de tapa-buracos no local.

Como você avalia o impacto?

O que mais preocupa os moradores do seu bairro? Marcelo Teixeira:A segurança. O roubo de carros é constante, principalmente à noite, com a iluminação pública fraca. Recentemente, a Polícia Militar tem sido vista com mais frequência no bairro.

Marcelo Teixeira: Vai ser complicado, pois o bairro possui poucas ruas, com apenas uma via de entrada e uma saída. Finalmente, o que você passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Marcelo Teixeira: Estude e trabalhe com afinco.

A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Marcelo Teixeira: Não. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto Prazo: Melhoria na iluminação. Médio Prazo: Melhoria na pavimentação. Longo Prazo: Limpeza dos bueiros.

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REGIĂƒO 05 Liberdade, Manejo, Nova Liberdade, Santa CecĂ­lia, Vila Hulda Rocha e Vila Julieta

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LIBERDADE

Av. Rui Barbosa

• HISTÓRICO O bairro Liberdade surgiu em 1946 com 692 lotes. A área é remanescente de uma fazenda e foi comprada pelo engenheiro Tácito Vianna Rodrigues que implantou o loteamento, dando-lhe o nome de Liberdade. Segundo o ex- vereador Luiz Carlos dos Santos, mais conhecido como “Seu Lulu”, este foi um dos primeiros bairros da cidade a contar com infraestrutura de saneamento. Caixas d’águas abasteciam as casas e a rede de esgoto foi feita com manilhas de barro adquiridas na cidade mineira de Campo Belo que, na época, era considerada a melhor manilha do Brasil. (Fonte: Dados obtidos no Livro escrito por Alceu Vilela Paiva e publicado pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil e Confraria dos Cidadãos de Resende, em homenagem aos 200 anos de Resende: “Eng. Tácito Vianna Rodrigues (o resendense do Século XX - um exemplo de cidadania)”.

22°28’00.9”S 44°27’59.3”W elev 406m 143


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Vila Liberdade é composta por 3.922 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina conta com 1.873 habitantes (47.76%) e a feminina com 2.049 habitantes (52.24%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO CRECHE MUNICIPAL LUZ DO SOL Modalidade: Educação Infantil Rua Alvarenga Peixoto, 125 - Vila Liberdade Tel.: 24 3360-4332 SAÚDE CENTRO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO FONOAUDIOLÓGICO Avenida Riachuelo, 115 – Vila Liberdade Tel.: 24 3381-6659 Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA LIBERDADE Rua Barão do Rio Branco, s/nº – Vila Liberdade Tel.: 24 3360-2890 Funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h

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ASSISTÊNCIA SOCIAL COORDENADORIA DE POLÍTICAS PARA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Av. Riachuelo, 232 - Vila Liberdade Tel.: 24 3381-4297

Data: 29/05/2019 Nome: Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu) - 92 anos Representatividade: Comerciante, ex-vereador e morador do bairro há 70 anos Endereço: Rua 7 de setembro, Liberdade Telefone: 24 3354-3344

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS

RESUMO

Nome

Luiz Carlos dos Santos – morador antigo

Telefone 24 3354-3344

SERVIÇOS PÚBLICOS

Residente no local há 70 anos, e profundo conhecedor de sua realidade, Luiz Carlos de Souza, o “Seu Lulu”, conta que a rede de esgoto do bairro Liberdade foi planejada e construída em 1946, para atender duas casas em cada um dos 10 lotes distribuídos nas cinco quadras do loteamento - o primeiro de Resende a ser planejado. Com o tempo, o número de casas cresceu, prédios com vários andares foram construídos e a rede de esgoto segue, até hoje, escoando os detritos por manilhas de barro sem grandes dificuldades.

O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo.

Mas embora este não seja um problema, outras dificuldades preocupam a comunidade, como as calçadas esburacadas e o grande número de oficinas e agências de veículos que utilizam o espaço público como área de exposição dos carros ou como estacionamento, fazendo com que os pedestres sejam obrigados a andar no meio da rua, correndo o risco de serem atropelados.

ENTREVISTA

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo mora neste bairro? Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu): Há 70 anos. O senhor lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu): Lembro de uma caixa d’água na Rua Gonçalves Ledo, que caiu durante uma ventania de mais de 100 km/h nos deixando mais de um ano sem água. A caixa era alta e a água era bombeada de um poço. Como o senhor vê a atuação do presidente da associação de moradores na sua comunidade? Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu): Se o bairro tem uma, nunca me procurou para nada. O senhor conhece o papel da associação de moradores? 145


Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu): Sim, buscar melhorias para o bairro, cuidar de eventos. Sou contra o Zé do Bairro (personagem do noticiário de TV local), que quer fazer o papel do vereador. Eu não ganhava nada quando era vereador, mas hoje eles são muito bem pagos para legislar e não o fazem. O cidadão para resolver os problemas da sua comunidade tem que ir atrás do prefeito e dos vereadores, não atrás do Zé do Bairro. Qual foi a maior realização que a sua comunidade recebeu? Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu): O calçamento das ruas, a troca dos postes e a energia elétrica propriamente dita. Quando cheguei aqui, os postes eram de madeira ainda. Quais têm sido os maiores problemas de sua comunidade? Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu): Na Rua 7 de setembro tem muitas oficinas pequenas que, por falta de espaço, deixam seus carros nas calçadas, impedindo o direito de ir e vir do cidadão. Além disso, as calçadas estão esburacadas. Idosos e senhoras com crianças - no carrinho ou no colo - não podem andar nas calçadas, pois correm o risco de cair e se machucar. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu): Não aprendeu a reivindicar e também não é participativo. Eles se deixam levar. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Manutenção ou construção das calçadas. Aqui no bairro tem uma propriedade que avançou com o muro sobre a calçada (desde o governo do prefeito Aarão Soares da Rocha) e até hoje continua do mesmo jeito. Médio prazo: Derrubada do muro que avança sobre a calçada nesta rua. Longo prazo: Implantação de uma avenida ligando o bairro Liberdade à Itatiaia, via Beira Rio, com a construção de uma ponte sobre o Rio Paraíba. Isso foi dito pelo professor militar Ferreti, em 1958, para evitar a circulação dos motoristas da região pela Via Dutra. Também não me conformo da Avenida Beira Rio não ter sido estendida até o bairro Itapuca até agora. O que o está preocupando na comunidade? Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu): As condições das calçadas. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade? Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu): Temos quase tudo. Nossos problemas 146

são poucos. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu): A comunidade não se une para nada. Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu): Sim, vai gostar. Quero o progresso para a minha cidade. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu): O ponto alto é a nossa saúde, que vai melhorar; e o ponto baixo é que a maioria vai reclamar das intervenções. Eu não. Como o senhor avalia o impacto? Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu): Avalio positivamente. Se não houver impacto, nada é feito. Espero ver essa movimentação, se Deus permitir. Finalmente, o que o senhor passaria como recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Luiz Carlos dos Santos (Seu Lulu): Para que ele tenha persistência nos estudos e não desista. Hoje tem colégio para todos. Que ele se esforce, pois é só através da educação que veremos as mudanças que o Brasil precisa.


MANEJO

Rodovia Joaquim Mariano de Souza

• HISTÓRICO A vasta área do bairro Manejo, antes Campo dos Betaes, ganhou este nome por ter sido local de instrução para o manejo de armas dos mais de 200 voluntários (entre os quais inúmeros escravos), que Resende enviou à Guerra do Paraguai entre 1865-1870. Na primeira metade do século XIX, a cidade terminava na Cerâmica São Carlos, neste lado oeste do município. Depois, vinham as fazendas do vereador João Viana, que iam da atual Avenida Coronel Mendes até as margens do Rio Paraíba, com canaviais que abasteciam um grande alambique e se estendiam por todo o Campo de Aviação. Nesta região, os japoneses também cultivavam em várias fazendas arrendadas, alimentos como legumes, feijão e milho. (Fonte: Livro “Resende, Cidade Histórica” - Fascículo Nº 5 - lançado em janeiro de 2011 pelo Jornal Beira Rio, em comemoração aos 200 anos de emancipação político-administrativa de Resende)

22°28’13.2”S 44°27’22.8”W elev 404m 147


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Manejo conta com 363 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é formada por 153 habitantes (42.15%) e a feminina por 210 habitantes (57.85%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA BOTELHO Modalidade: Ensino Regular, Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA (Ensino Médio) 209 Rua Gal. Ernesto de Oliveira, s/no - Manejo Tel.: 24 3381-2162 / 3381-4475 / 3381-4767 SAÚDE CENTRO DE ASSISTÊNCIA AO ADOLESCENTE Av. Governador Portela, 80 – Manejo Tel.: (24) 3360-4585 POLICLÍNICA DO MANEJO Avenida Coronel Mendes, 975 – Manejo Tel.: 24 3354-7505 / 3360-9480 Funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h 148


FÁBRICA DE ÓCULOS Avenida Coronel Mendes, 975 – Manejo Tel.: 24 3354-5609 Funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h, e das 13h às 16h

ENTREVISTA

ASSISTÊNCIA SOCIAL CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE IDOSOS (CCI) DO TOBOGÃ Rua Governador Portela, s/no, Parque Tobogã – Manejo Tel.: (24) 3360-4779 BIBLIOTECAS UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA Av. Gal. Affonseca, 313 - Manejo Tel.: (24) 3360-0685 Funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 22h

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome Telefone *Caio Sampaio 24 98823-4711 Rodrigo Omar Duarte de Carvalho 24 99998-5058 *Proprietário da empresa Caio Sampaio e Advogados, Caio cumpre o seu primeiro mandato como vereador. O advogado é Procurador da Fazendo Pública concursado na Prefeitura Municipal de Resende e Doutor em Teologia.

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo.

Data: 16/07/2019 Nome: Nélson José da Silva, militar reformado Representatividade: Morador antigo Endereço: Rua General Ernesto de Oliveira, 27 - Manejo Telefone: 24 33544158

RESUMO O militar reformado Nélson José da Silva mora no Manejo há 33 anos. Em sua memória ainda estão vivas as imagens da Revolução de 1930, quando as Forças Revolucionárias se reuniram na Praça do Colégio Oliveira Botelho, em frente à sua casa. O local, onde ocorreu o manejo (manobra) das tropas, como já havia acontecido na época da Guerra do Paraguai, inspirou o nome do bairro, que ficou para sempre conhecido como Manejo. Localizado numa das regiões mais movimentadas da cidade, com comércio diversificado, agências bancárias, supermercados e vários serviços, o bairro não tem associação de moradores e muitos dos seus habitantes são aposentados. Entre as principais preocupações da comunidade local estão o trânsito, a violência e a segurança pública. “Há muito tempo não enfrentamos desabastecimento de água e problemas com o esgoto”, adianta.

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ENTREVISTA COMPLETA

aga.

A quanto tempo o senhor mora neste bairro?

* Fazer a vistoria preventiva nas redes de esgoto e pluvial. * Tratamento de esgoto.

Nelson José: Resido no bairro Manejo há 33 anos. O senhor se lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro?

Nelson José: Não observo isso no bairro.

Nelson José: Lembro que na Revolução de 1930, as Forças Revolucionárias se reuniam na Praça do Colégio Oliveira Botelho, em frente a minha casa.

Acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê?

Seu bairro tem associação de moradores?

Nelson José: Não observo isso no bairro.

Nelson José: Não.

A concessionária Águas das Agulhas Negras está realizando obras de ampliação de esgotamento sanitário na cidade. Com respeito às essas intervenções programadas por Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber?

Qual a média de idade dos moradores? Estão no mercado de trabalho? Nelson José: A média é de 60 anos e a maioria é aposentada. Quais foram as maiores conquistadas do seu bairro? Nelson José: Pavimentação das ruas e boa iluminação. Quais os maiores problemas do seu bairro?

Nelson José: Sim. Como o senhor acha que a comunidade vai se manifestar em relação a esse projeto? Quais, em sua opinião, são os pontos altos e baixos deste trabalho?

Nelson José: Trânsito e segurança.

Nelson José: A comunidade vai aprovar porque esgoto tratado é sinônimo de saúde e deixa de ser lançado no Rio Paraíba.

O que mais preocupa os moradores do seu bairro?

Como avalia o impacto?

Nelson José: A violência.

Nelson José: Positivo.

A comunidade é participativa e se interessa pelo bairro?

Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais?

Nelson José: Muito pouco. Quais são as realizações necessárias a curto, médio e longo prazo para o bairro? Nelson José: Mais segurança. O que precisa para melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade? Nelson José: Mais segurança. Tem alguma sugestão ou reclamação a fazer relacionado aos assuntos: água para consumo, esgoto, lixo e água de chuva? Nelson José: Fazer a limpeza dos bueiros, porque quando chove a rua al150

A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro?

Nelson José: Que cada um deve fazer a sua parte para colaborar com o bem estar da comunidade e da sociedade de uma forma geral, a começar por não jogar lixo nas ruas e fazer a separação do lixo.


NOVA LIBERDADE

Av. Marcílio Dias

• HISTÓRICO O morador Manoel Gonçalves, um dos primeiros a habitar o bairro, afirma que o loteamento foi implantado na década de 1960. Porém, segundo ele, as cheias do Rio Paraíba do Sul atrasaram o povoamento da área, já que as águas subiam mais de três metros acima da margem. Ele conta que somente após a construção da Usina do Funil, que represou e monitorou o Rio, as famílias começaram a construir suas casas no local. Ele próprio mudou-se para o bairro apenas um ano depois de ter adquirido o seu terreno, em 1979. (Fonte: Histórico elaborado a partir de informações coletadas com o morador Manoel Gonçalves, um dos mais antigos do bairro)

22°27’51.3”S 44°27’44.5”W elev 400m 151


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Nova Liberdade é de 2.440 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é formada por 1.169 habitantes (47.91%) e a feminina por 1.271 habitantes (52.09%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO E. M. NOEL DE CARVALHO Modalidade: Ensino Fundamental (1o ao 9o ano) e EJA Rua Almirante Barroso, 413 - Nova Liberdade Tel.: 24 3360-6047 SAÚDE ESCOLA MUNICIPAL NOEL DE CARVALHO ODONTOLÓGICO EM UNIDADE ESCOLAR Rua Almirante Barroso, 413 – Nova Liberdade Tel.: 24 3360-6047

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CONSULTÓRIO

ASSISTÊNCIA SOCIAL COORDENADORIA DE POLÍTICAS DEFICIÊNCIA Av. Riachuelo, 232 – Nova Liberdade Tel.: 24 3381-4297

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PARA

AS

PESSOAS

COM


MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS

RESUMO

Nome Telefone

Morador do bairro desde 1979, o pernambucano Manoel Gonçalves da Silva conta que o medo das enchentes o impediu de construir a sua casa no bairro dez anos antes de se mudar para lá, em 1969. O aposentado lembra que nesta época a água do Rio Paraíba do Sul, que fica muito próximo ao bairro, subia mais de três metros, inundando toda a região, que ficou popularmente conhecida como Vila do Sapo. As enchentes só tiveram fim com a construção da Usina do Funil e então ganhou o nome de Nova Liberdade, deixando de ser chamada de Vila do Sapo. Gonçalves, que foi um dos primeiros moradores do bairro, disse que a obra da barragem do Funil não só monitorou e controlou o nível do rio, como também ajudou a desobstruir a passagem da água, graças à redução das terras de uma ilha localizada no meio do manancial, entre os bairros Lavapés e Surubi. Profundo conhecedor da região, ele diz que os maiores problemas do bairro estão relacionados à infraestrutura e saneamento básico. Entre eles estão: o cheiro constante de esgoto que exala dos bueiros nos cruzamentos das ruas Saldanha da Gama com Ary Parreiras e Custódio José de Melo com Almirante Barroso; o alagamento em frente à Escola Municipal Noel de Carvalho, ocasionado, segundo ele, por bueiros entupidos ou pela falta deles; além da ausência de eventos culturais, de lazer e de incentivo ao esporte para os jovens da comunidade. Sem essas atividades, ele salienta, as drogas imperam.

Manoel Gonçalves da Silva

24 3354-7496 / 97401-2163

César Eduardo de Oliveira

24 99269-4700

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo.

ENTREVISTA I

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo mora neste bairro? Gonçalves - Há 40 anos. O senhor lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça da pessoas do seu bairro? Gonçalves - Me lembro das enchentes que assolavam o bairro, antes da construção da hidrelétrica do Funil.

Data: 07/05/2019 Nome: Manoel Gonçalves da Silva, prestador de serviços, Representatividade: Morador antigo Endereço: Rua Ary Parreira, 315 - Nova Liberdade Tel.: 24 3354-7496

aposentado

Como o senhor vê a atuação do presidente da associação de moradores na sua comunidade? Gonçalves - O bairro não tem associação de moradores. Em 2010 começou uma movimentação para montar uma, mas não foi adiante. Mas já tivemos representação em outras épocas. O senhor conhece o papel da associação de moradores? Gonçalves – Sim. 153


Quais foram as maiores realizações conquistadas pelo bairro? Gonçalves - A construção da Escola Municipal Noel de Carvalho, do Hospital de Emergência e do Parque das Águas. O trabalho cultural feito pelos moradores tradicionais do bairro também é muito importante. Quais são os maiores problemas do bairro? Gonçalves – Infraestrutura e saneamento; o cheiro constante de esgoto que exala dos bueiros nos cruzamentos das ruas Saldanha da Gama com Ary Parreiras, e Custódio José de Melo com Almirante Barroso, em frente à Escola Noel de Carvalho; os pontos de alagamento em frente à Escola Noel de Carvalho, onde não há escoamento da água das chuvas; os bueiros entupidos e sem vazão; a falta de eventos culturais, de lazer e de incentivo ao esporte para os jovens, que acabam seguindo por caminhos errados por falta de atividades. As crianças e jovens não podem ter apenas o computador como lazer. Aliás, essa ferramenta está destruindo a juventude! As crianças pequenas não sabem mais brincar! A construção de uma área de lazer foi negada para o bairro devido à proximidade do Parque das Águas e da sede social da Escola de Samba Nova Liberdade. A única quadra que temos é a da Escola Noel de Carvalho e que nem sempre está disponível. Na questão da saúde estamos bem, pois além do Hospital de Emergência, recebemos um bom atendimento do módulo do PSF da Liberdade. Outro sério problema é relativo à sinalização de trânsito, porque a Prefeitura fecha um trecho da Avenida Rita Ferreira da Rocha aos domingos para atividades recreativas, mas não sinaliza a interdição. E os motoristas só se dão conta disso quando já estão acessando a avenida, o que gera uma grande confusão, aumentando os riscos de acidentes na região. Qual a maior preocupação da comunidade atualmente? Gonçalves - A violência causada pelas drogas. É preciso uma maior atuação da polícia para garantir mais segurança para a comunidade. Também nos preocupa a falta de lazer para os jovens, já que a Nova Liberdade é um bairro com mais jovens que idosos entre os seus moradores. O senhor conhece o papel de uma associação de moradores? Gonçalves - Sim, conheço. O papel de uma associação é primeiro escutar a sua comunidade, pois o que você acha, pode não ser a vontade da maioria. Depois, listar as prioridades/necessidades, levando as mesmas ao poder público em forma de reivindicação. A Nova Liberdade já teve associação e eu fui membro dela por um período. Tentamos trabalhar pelo bairro, mas questões políticas impediam os avanços. O Edson Paulo foi o último presidente da associação daqui. Recentemente, foi iniciado pelo César um movimento para retomar e legalizar a associação. Que benefícios os senhor gostaria que seu bairro recebesse? Curto prazo: Oficinas motivacionais que poderiam ser realizadas na sede 154

social do clube Nova Liberdade, assim como cursos de artesanato e outras modalidades que atendessem jovens e mulheres; construção de uma área de lazer para o bairro com quadra para a prática de vôlei, basquete e futebol; realização de eventos culturais para despertar e unir os moradores que são participativos, mas estão desmotivados; legalização da associação de moradores; melhorias no trânsito caótico com o estudo de novas alternativas. Médio prazo - Que a administração municipal tire do papel um projeto elaborado há mais de 50 anos, que oferece uma nova opção de entrada e saída da cidade com a construção de uma ponte sobre os Três Morros, ligando a Nova Liberdade à Via Dutra O que o bairro precisa para melhorar a qualidade de vida dos seus moradores Gonçalves - Mais lazer, oficinas, palestras motivacionais, cursos de dança, música e artesanato, além das obras de infraestrutura e saneamento apontadas anteriormente. Como o senhor acha que a comunidade vai receber essas intervenções que a Águas das Agulhas Negras está prevendo para o bairro? Gonçalves - Informada e conscientizada da importância da obra, a comunidade vai gostar. Informação é importante para evitar constrangimentos para quem está realizando a obra e para quem irá recebê- la. Se a obra estiver sinalizada, não só no local das intervenções, mas também no entorno, não haverá problema. Como o senhor avalia o impacto dessas intervenções Gonçalves – No princípio, as pessoas ficarão insatisfeitas e haverá um certo desgaste, porque é natural do ser humano reclamar. Mas se a empresa levar a informação até as pessoas, o desgaste será menor. O trabalho será de Águas das Agulhas Negras, mas a participação deve ser de todos. O que o senhor passaria como recado para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar em questões sociais? Gonçalves - Não ouvir o que falam, mas buscar dentro de si o que ele pode fazer pelas pessoas. O bairro precisa dos jovens para apoiar e abraçar aqueles que já trabalharam muito: os idosos. O jovem precisa fazer a sua parte agora.


ENTREVISTA II

ENTREVISTA COMPLETA Como o senhor se vê como presidente da associação da sua comunidade? César Eduardo: Como um amigo do bairro, independente de estar na associação ou não. O senhor assumiu a presidência da associação por meio de eleição? Como foi a disputa? César Eduardo: Sim. Foi chapa única. A associação estava abandonada há dois anos. Aceitei o desafio de reativá-la e conquistei quase mil votos dos cerca de 2.300 moradores do bairro. Assumi em março deste ano. Já presidi a associação anteriormente por 12 anos. O que o senhor faz hoje como presidente dessa comunidade? Qual é o seu papel?

Data: 22/05/2019 Nome: César Eduardo

de Oliveira, 50 anos, funcionário público Representatividade: Presidente da Associação de Moradores e Amigos do bairro Nova Liberdade Endereço: Beco 2, casa 139 - Nova Liberdade Tel.: 24 99269-4700

RESUMO César Eduardo de Oliveira reativou e assumiu a associação do bairro em março de 2019, ao conquistar cerca de mil votos, dos mais de dois mil moradores do bairro. O líder comunitário trabalha pela troca das manilhas de barro que compõem a rede de esgoto por uma canalização mais moderna, e também pela separação das redes, já que a maioria das casas fez ligação da rede de águas pluviais na de esgoto, o que, segundo ele, deixa as ruas do bairro com muito mau cheiro em tempos de seca. Já quando chove, a preocupação é com o retorno do esgoto para dentro das residências, através do vaso sanitário e dos ralos dos banheiros. Para ele, “o saneamento é muito importante, pois com os serviços de água e esgoto funcionando bem, a saúde melhora, já que os moradores se livram de doenças como a Leptospirose, Parasitoses, Hepatites A e dermatites, entre outras”, observa. O presidente afirma que também faltam bueiros e a construção de travessias elevadas em ruas com tráfego pesado, além da instalação de câmeras de segurança em pontos estratégicos e o asfaltamento total do bairro.

César Eduardo: Só não fazemos chover, mas entre meus projetos estão a retomada do Projeto Pinte o Sete, das gincanas e a movimentação da terceira idade, entre muitos outros. Qual a sua maior realização como presidente da associação até hoje? César Eduardo: Em outros mandatos conquistei muita coisa para o bairro como, por exemplo, instrumentos e uniformes para os membros da fanfarra, promoção de passeios, etc. Quais têm sido os maiores desafios que o senhor têm vivido como presidente da associação? César Eduardo: O maior desafio é lutar contra o tráfico de drogas, que traz insegurança e violência para o bairro. Sem ter com o que se ocupar, as crianças e jovens se tornam presas fáceis deste meio. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? César Eduardo: As pessoas não demonstram esse interesse, não acreditam em nada, nem em ninguém. Tudo para elas é politicagem. Aqui é um bairro tranquilo, próximo do centro, mas não aparece nenhuma autoridade para conversar com os moradores, saber o que o bairro precisa. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Instalação de quebra-molas na Avenida Almirante Barroso, para forçar os motoristas a reduzirem a velocidade, e de câmeras de segurança. 155


Médio prazo: Troca da rede de esgoto, que no bairro ainda é composta de manilhas de barro; e implantação de rede de águas pluviais, pois o bairro não possui bueiros. Quanto à água potável, somos bem servidos.

Como o senhor avalia o impacto?

Longo prazo: Asfaltamento total do bairro.

O político precisa mais do líder comunitário ou é de maneira inversa? Por quê?

O que o está preocupando na sua comunidade? César Eduardo: A falta de tratamento do esgoto, que segue direto para o Rio Paraíba, cartão postal do nosso bairro; e a violência ocasionada pelo consumo e tráfico de drogas.

César Eduardo: Os dois precisam um do outro. Fale sobre o senhor e da sua importância dentro do cenário político atual!

O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade?

César Eduardo: Eu gosto de ajudar as pessoas, mas sou sincero: não quero envolvimento pessoal com políticos!

César Eduardo: Tratamento do esgoto; construção de uma quadra poliesportiva, pois usamos a da escola e nem sempre ela está disponível para os moradores; e a instalação de pontos de ônibus e circulação dos coletivos por mais ruas do bairro.

Como os moradores têm recebido o senhor e o seu trabalho?

Quais os seus planos para o futuro junto à comunidade? César Eduardo: Organizar escolinhas de futebol, e implantar cursos de música e capacitação para crianças e jovens, entre outros projetos. De que maneira envolve a comunidade em torno dos projetos da associação? César Eduardo: Conversando com as pessoas e apresentando as ações e projetos para elas.

César Eduardo: Muito bem! O que o mantém dedicado a esse trabalho? César Eduardo: O amor pelo bairro onde nasci e fui criado. Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? César Eduardo: Aconselho para que ele não se envolva com coisas erradas e busque ajudar os outros.

Sua diretoria é participativa?

Sua diretoria estará presente em nossa reunião de apresentação dos projetos da empresa Águas das Agulhas Negras?

César Eduardo: Muito.

César Eduardo: Sim.

Sua comunidade é participativa? César Eduardo: Algumas pessoas sim. Outras não demonstram interesse. Com respeito à intervenção em saneamento programada pela Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? César Eduardo: O moradores daqui são carinhosos e vão receber bem. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? César Eduardo: Não há muitas manifestações. Eles reclamam mais é da falta de sinalização. Eu visitei uma Estação de Tratamento de Água e sei mais ou menos como funciona. Fiquei encantado! 156

César Eduardo: Será tranquilo.


SANTA CECÍLIA

R. Expedicionario Joaqui Pires

• HISTÓRICO A área onde está situado o bairro Vila Santa Cecília era parte integrante de uma fazenda de propriedade de João Soares da Rocha, que, no fim da década de 1930, decidiu lotear parte das terras. Quando as primeiras famílias de trabalhadores, com poucos recursos, chegaram ao local atraídas pelas baixas prestações dos lotes, não havia ruas nem abastecimento de água e luz. As casas, bem precárias, se espalhavam no meio do mato e os caminhos eram abertos pelos próprios passos dos moradores. Ao fim de alguns anos começou o processo de urbanização do local e, com o loteamento das demais áreas, formaram-se as diversas vilas que compõem atualmente a região do Manejo. (Fonte: Livro “Resende, Cidade Histórica” - Fascículo Nº 5 - lançado em janeiro de 2011 pelo Jornal Beira Rio, em comemoração aos 200 anos de emancipação político-administrativa de Resende)

22°28’12.9”S 44°27’27.0”W elev 407m 157


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Vila Santa Cecília é de 1.642 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é representada por 743 habitantes (45.25%) e a feminina por 899 habitantes (54.75%).

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome Telefone Caio Marcelo B. de Freitas Sampaio

24 98823-4711

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação em paralelepípedo na maioria das ruas, coleta de lixo e transporte coletivo nas imediações.

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VILA HULDA ROCHA

Rua Francisco Antônio Diniz, esquina com Domingues Bruno

• HISTÓRICO O bairro Vila Hulda foi construído no ano de 1970, durante o governo do prefeito Aarão Soares da Rocha. O conjunto habitacional se resumia a 54 casas, uma praça e um centro comunitário, que anos depois foi desapropriado para dar lugar a um prédio residencial multifamiliar. O conjunto ganhou o nome de Vila Hulda Rocha em homenagem à primeira dama do município na época. (Fonte: Livro escrito por Alceu Vilela Paiva e publicado pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil e Confraria dos Cidadãos de Resende, em homenagem aos 200 anos de Resende: “Eng. Tácito Vianna Rodrigues (o resendense do Século XX - um exemplo de cidadania)”.

22°28’17.7”S 44°28’10.5”W elev 406m 159


DADOS IBGE 2010 A Vila Hulda Rocha é formada por 175 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é representada por 78 habitantes (44.57%) e a feminina por 97 habitantes (55.43%).

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome Telefone Marly Sant’anna da Costa

24 99202-9567

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo nas proximidades

160


ENTREVISTA

ENTREVISTA COMPLETA

Há quanto tempo mora neste bairro? Marli Sant’anna: Há 49 anos, desde a inauguração do bairro, ocorrida em julho de 1970. Hoje existem aqui 59 residências. O bairro, que foi inicialmente planejado, era tranquilo, com ruas de terra, um centro comunitário e um parque infantil de madeira. A senhora lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Marli Sant’anna: Sim, da desapropriação da área que abrigava o nosso centro comunitário e o parque infantil para a construção de prédios residenciais. Perdemos muito com isso. Como a senhora vê a atuação do presidente da associação de moradores na sua comunidade? Marli Sant’anna: Não temos associação de moradores, devido ao número pequeno de residentes. Dia: 17/07/2019 Nome: Marli Sant’anna da Costa, telefonista aposentada Representatividade: Moradora antiga Endereço: Rua José de Alencar, 32 - Vila Hulda Rocha Tel.: 24 3354-0100 / 92029567

A senhora conhece o papel da associação de moradores? Marli Sant’anna: Sim. Qual foi a maior realização recebida pela sua comunidade? Marli Sant’anna: Não recebemos nenhum benefício público há muitos anos.

RESUMO O conjunto residencial Vila Hulda, localizado entre os bairros Liberdade e Santa Isabel, foi inaugurado em 1970 e de lá para cá pouca coisa mudou, sendo que as mudanças que aconteceram não foram muito positivas. De acordo com os moradores mais antigos, o único espaço de lazer da comunidade, que se resumia a um centro comunitário e um parque infantil de madeira, desapareceram para dar lugar a dois prédios residenciais. No terreno que sobrou foi construída uma pequena praça, mas os equipamentos urbanos existentes no local estão quebrados e a área está coberta de mato e árvores que precisam de poda. Além disso, a praça, que não tem policiamento, também recebe muitos cachorros que defecam no local, e jovens que a utilizam para práticas sexuais, aproveitando seu abandono. O local, no entanto, não apresenta problemas de água, nem de esgoto.

Quais têm sido os maiores problemas da sua comunidade? A senhora acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Mais policiamento. Médio prazo: Revitalização da Praça. Longo prazo: Instalação de uma Academia da Terceira Idade. O que está te preocupando na comunidade? Marli Sant’anna: A situação atual da praça. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade? 161


Marli Sant’anna: A revitalização da praça e a instalação de uma academia para a terceira idade. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Marli Sant’anna: Muito pouco. Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Marli Sant’anna: Sim, mas esta intervenção deve ser muito bem planejada porque o nosso bairro só tem duas entradas. É preciso que o acesso às casas seja garantido. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Marli Sant’anna: Nem todos têm conhecimento de que esta obra também será realizada no nosso bairro e qual o objetivo dela. Acho que o ponto alto é que esta obra vai ajudar na preservação da natureza; e o ponto negativo é a dificuldade que os moradores que possuem carro terão para entrar e sair de suas casas. Como a senhora avalia o impacto? Marli Sant’anna: Haverá muita reclamação, mas, futuramente, os moradores verão que valeu à pena, pois teremos uma cidade mais limpa e sem o mau cheiro provocado pelo esgoto. Finalmente, o que a senhora passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Marli Sant’anna: Para que ele respeite a família, pratique esporte, estude e cuide da natureza.

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VILA JULIETA

Avenida Brasília

• HISTÓRICO Loteamento construído pelo engenheiro Tácito Vianna Rodrigues, em 1950, com 1.234 lotes. Localizado na margem esquerda da Avenida Coronel Mendes, o local recebeu o nome de Julieta Ferreira de Souza Leal Botelho, em homenagem à sogra do engenheiro. (Fonte: Livro escrito por Alceu Vilela Paiva e publicado pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil e Confraria dos Cidadãos de Resende, em homenagem aos 200 anos de Resende: “Eng. Tácito Vianna Rodrigues (o resendense do Século XX - um exemplo de cidadania)”.

22°28’25.3”S 44°27’53.2”W elev 406m 163


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Vila Julieta é de 6.110 habitantes, segundo o Censo 2010. A população masculina é formada por 2.794 habitantes (45,7%) e a feminina por 3.316 habitantes (54,3%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO E.M. BILINGUE ROMPENDO O SILÊNCIO (M-T) Modalidade: Educação Especial Rua Altamiro O’ Reiley, 756 - Vila Julieta Tel.: 24 3383-1837

CEMEI JULIETA BOTELHO Modalidade: Educação Infantil Av. Gov. Portela, s/no - Vila Julieta Tel.: 24 3359-4317

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ESCOLA ARTE...MANHAS Modalidade: Creche, Educação Infantil e Ensino Fundamental (1o ao 9o ano) Rua Santos Dumont, 683 - Vila Julieta Tel.: 24 3354-6856

PROGRAMA MELHOR IDADE + ATIVA Avenida Governador Portela - Vila Julieta Atividades oferecidas: Zumba, Treinamento Funcional, Yoga, Basquete

EDUCANDÁRIO LÁPIS DE COR Modalidade: Creche, Educação Infantil e Ensino Fundamental (1o ao 5o ano) Rua Santo Antônio, 566 – Vila Julieta Tel.: 24 3355-1225 / 3360-2879

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS

CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL BABY CITY Modalidade: Creche e Educação Infantil Avenida Feliciano Sodré, 886 - Vila Julieta Tel.: 24 3355-1383 KINDER CRECHE ESCOLA Tel.: 24 3355-1246 COLÉGIO DOM BOSCO Modalidade: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio Avenida General Affonseca, 313 - Manejo Tel.: 24 3355-3608 CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E PROFISSIONALIZANTE (CETEP RESENDE) Modalidade: Ensino Regular e Ensino Profissional Avenida Tenente Coronel Adalberto Mendes, 1920 – Alvorada Tel.: 24 3359-2877

Nome Telefone Adriano Carvalho de Sá

24 99926-0928

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo.

ENTREVISTA

SAÚDE

CENTRO DE ASSISTÊNCIA AO ADOLESCENTE DE RESENDE (CAAR) Romeu Marques, 33 – Vila Julieta Tel.: 24 3360-4585 Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h Atende adolescentes entre 10 e 18 anos CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS) CASA ABERTA Av. General Affonseca, 1.723 – Vila Julieta Tel.: 24 3359-4893 Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h Atende adultos com transtornos mentais e sofrimentos psíquicos graves ESPORTE E LAZER PARQUE TOBOGÃ Área de lazer com acessos pela Avenida Governador Portela, Rua Santo Antônio, Rua Minas Gerais e Avenida Brasília Tel.: 24 3359-4624

Data: 04/07/2019 Nome: Adriano Carvalho de Sá Representatividade: Morador antigo, ex-presidente da Associação de Moradores da Vila Julieta e ex-Administrador Regional 7, que engloba os bairros Santa Isabel, Vila Hulda, Vila Santa Cecília, Manejo e parte da Liberdade Endereço: Rua Santos Dumont, 800 - Vila Julieta Tel.: 24 99926-0928 165


RESUMO Adriano Carvalho de Sá afirma que a Vila Julieta tem cerca de 90 anos e é considerado um bairro de classe média, onde vivem muitos idosos, com faixa etária predominante de pessoas acima de 60 anos. Ele diz que todas as benfeitorias conquistadas até agora exigiram muito esforço e até a confecção de um abaixo assinado para garantir algumas ações. “As Associações de Moradores ficaram relegadas a realizar ações assistencialistas”, afirma. Entre os problemas da região apontados por ele estão: transporte público deficitário, pavimentação irregular em várias ruas, iluminação ruim, e falta de capacitação e lazer para os jovens, além de um grande número de desempregados num bairro que está em constante crescimento.

Quais têm sido os maiores desafios que o senhor têm vivido como presidente da associação?

Adriano Carvalho: Vejo-me atuante, mas sem apoio.

Adriano Carvalho: Os maiores desafios são manter o diálogo e a interação com a administração municipal. Podíamos ser mais úteis. Antes éramos recebidos e tínhamos uma secretaria específica para cuidar e atender as demandas das associações. Fazíamos inclusive a triagem das famílias de baixa renda para cadastramento no projeto Bolsa Família. Também buscávamos alternativas para a falta de cursos e oficinas para atender jovens e crianças, visando retirá-los da rua e da ação do tráfico de drogas. Além disso, éramos parceiros do Judiciário na reabilitação de jovens com dívidas na Justiça. Quando a condenação era de prestação de serviço, o juiz mandava o réu para a associação para trabalhar em serviços de pintura e limpeza do Parque Tobogã, por exemplo.

O senhor assumiu a presidência da associação por meio de eleição? Como foi a disputa?

O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê?

Adriano Carvalho: Não tivemos eleições nos últimos anos, porque a data sempre coincide com as eleições municipais, o que é proibido por lei. A última eleição no bairro ocorreu em 2002, para um mandato de três anos, mas houve mudanças no estatuto e o mandato foi ampliado para cinco anos. Em todas as eleições, desde o início da associação, concorreram mais de duas chapas.

Adriano Carvalho: Não.

ENTREVISTA COMPLETA

Como o senhor se vê como presidente da associação em sua comunidade?

O que o senhor faz hoje como presidente dessa comunidade? Qual é o seu papel? Adriano Carvalho: Hoje fazemos assistencialismo, pois não conseguimos dar continuidade ao trabalho que fazíamos antes, em governos passados, que é o de representar a comunidade junto à administração municipal. Qual a sua maior realização como presidente da associação até hoje? Adriano Carvalho: Fui o idealizador de importantes projetos em benefício da nossa comunidade, como a revitalização da quadra do Parque Tobogã, onde era oferecida aula de Zumba para os moradores; lideramos um abaixo assinado para manutenção da feira livre no bairro; e realizamos grandes eventos no Tobogã objetivando ocupar os jovens, como os torneios de vôlei 166

e de futsal adulto e dente de leite, promovidos em parceria com a TV Rio Sul. Além disso, também realizamos cafés comunitários com a participação da Polícia Militar; fazemos o recebimento e encaminhamento de currículos para o SINE; promovemos forró no parque todo primeiro domingo do mês, sem contar a reforma do posto da Guarda Municipal e das salas do setor administrativo que ficam dentro do parque. Outras ações importantes são o apoio integral à Escola Municipal Julieta Botelho e aos Projetos Gente Eficiente e à Academia da Terceira Idade; além de solicitarmos e acompanharmos os serviços rotineiros do bairro, como a troca de lâmpadas e acompanharmos os serviços rotineiros do bairro, como a troca de lâmpadas e a limpeza pública (capina, roçada, varrição e coleta de entulho e lixo verde).

Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Capacitação dos jovens visando inseri-los no mercado de trabalho, pois o bairro cresceu e, com a crise, o desemprego aumentou. Médio prazo: Implantação de novas políticas públicas, como creches, espaço de lazer e cultura, oficina e cursos que permitam a identificação de novos talentos. Todos focados na juventude. Acho importante também a realização de um censo entre os moradores, com o objetivo de identificar as ações e melhorias que o bairro precisa. O transporte é outro item importante. Todas as linhas que atendem a Vila Julieta vêm da Cidade Alegria, e quando passam por aqui os coletivos já estão lotados. Antes tínhamos duas linhas específicas para nos atender. Outra necessidade é o retorno do trânsito ao que era antes. Tem rua que é mão única e circulam poucos veículos, sobrecarregando outras, como a General Affonseca, que hoje recebe um trânsito pesado e tem uma das vias acéfala. Esquecem que o bairro tem várias escolas, como as municipais Rompendo o Silêncio e a Creche Julieta Botelho, além de escolas, colégios, universidades e creches particulares, como o Dom Bosco, Artemanhas, Estácio de Sá, Baby City e Kinder. Isso tudo sem contar os


vários projetos da Prefeitura, que atraem inúmeras pessoas para a região, aumentando a circulação no bairro. Também não temos praças e precisamos usar o CRAS da Itapuca e o Posto de Saúde do Manejo. Longo prazo: Troca do pavimento das ruas por asfalto, em especial o da Rua Altamiro O’relly; e drenagem de toda a extensão da Avenida Governador Portela, onde foi colocado asfalto, mas não houve preocupação com as águas pluviais, o que faz a avenida ficar completamente alagada em dias de chuva. O que está te preocupando na sua comunidade? Adriano Carvalho: A falta de manutenção do bairro. Somos o apoio do prefeito, mas ele não entende essa parceria. Fazemos a solicitação de serviços, mas não somos atendidos. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade? Adriano Carvalho: Realizar as obras que o bairro precisa: asfaltamento, melhoria da iluminação, mais segurança e mudança no trânsito, somente para citar algumas ações, pois as necessidades são muitas. Quais os seus planos para o futuro junto à comunidade? Adriano Carvalho: Somos formadores de opinião pelo trabalho que nos dispomos a fazer e pela nossa conduta junto à comunidade. Queremos continuar nossa luta para que o bairro receba os benefícios que garantam uma melhor qualidade de vida aos moradores. De que maneira envolve a comunidade em torno dos projetos da associação? Adriano Carvalho: Vamos de casa em casa, conversamos com cada morador, recebemos sugestões, reclamações e orientamos a população sobre a importância da sua participação em reuniões e projetos para conseguirmos atingir nossos objetivos.

Adriano Carvalho: A comunidade vai reagir mal porque será muito afetada. Será preciso fazer um grande trabalho de conscientização, enfatizando que são obras importantes para garantir a saúde pública e a proteção ao meio ambiente. A informação será fundamental no resultado final. Precisamos estar informados sobre os tipos, datas e prazos das intervenções, rua por rua, para que possamos conversar com os moradores e ajudarmos a minimizar futuros problemas. Termos um canal direto com a concessionária nesse momento será fundamental. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Adriano Carvalho: A comunidade passou, recentemente, pelo desgaste das obras de drenagem das águas pluviais, que foram realizadas pela Prefeitura na Rua São Paulo, e que duraram mais de dois anos. O ponto alto será o fato de termos mais uma obra realizada em beneficio da comunidade, que possui muitas casas com instalações de água e esgoto antigas e com ligações de águas pluviais na rede de esgoto. Já o ponto negativo é que tivemos que conviver com a interdição da Rua São Paulo por dois anos, o que deixou o trânsito do bairro caótico, principalmente nas proximidades das escolas. Como avalia o impacto? Adriano Carvalho: A comunidade vai reagir mal. O político precisa mais do líder comunitário ou é de maneira inversa? Por quê? Adriano Carvalho: O político precisa muito mais. O líder comunitário está nas ruas todos os dias. Fale sobre o senhor e da sua importância dentro do cenário político atual! Adriano Carvalho: Não misturo as ações da associação com política partidária.

Sua diretoria é participativa?

Como os moradores têm recebido o senhor e o seu trabalho?

Adriano Carvalho: É pouco participativa. Muitos saíram por motivo de mudança ou desistência do trabalho voluntariado. Hoje a diretoria tem somente quatro membros, incluindo o presidente.

Adriano Carvalho: Somos formadores de opinião pelo trabalho que realizamos e pela nossa conduta junto à comunidade.

Sua comunidade é participativa? Adriano Carvalho: Pouco. Reivindicar todos sabem, mas a maioria em causa própria. Não pensam coletivamente. Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião a comunidade vai gostar de receber?

O que o mantém dedicado a esse trabalho? Adriano Carvalho: A vontade de ver o crescimento do nosso município. Assim como o Estado é formado por municípios, os municípios são formados pelos bairros e eu tenho orgulho de ser uma liderança dentro deste contexto. Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? 167


Adriano Carvalho: O jovem tem que estar comprometido com a verdade e não se deixar corromper. Sua diretoria estará presente em nossa reunião de apresentação dos projetos da empresa Águas das Agulhas Negras? Adriano Carvalho: Sim, serão todos convidados.

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REGIĂƒO 06 Toyota e entorno (Cidade Alegria, Itapuca e Nova Alegria), Campo Belo (Fazenda da Barra II), Morada da Barra (Fazenda da Barra III) e Jardim do Sol.

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TOYOTA

Avenida do Canal

• HISTÓRICO Loteamento construído pelo engenheiro Tácito Vianna Rodrigues, em 1950, com 1.234 lotes. Localizado na margem esquerda da Avenida Coronel Mendes, o local recebeu o nome de Julieta Ferreira de Souza Leal Botelho, em homenagem à sogra do engenheiro. (Fonte: Livro escrito por Alceu Vilela Paiva e publicado pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil e Confraria dos Cidadãos de Resende, em homenagem aos 200 anos de Resende: “Eng. Tácito Vianna Rodrigues (o resendense do Século XX - um exemplo de cidadania)”.

22°28’25.3”S 44°27’53.2”W elev 406m 170


DADOS IBGE 2010 A população do bairro Toyota é formada por 1.720 habitantes, segundo o Censo 2010. Deste total, 834 são homens (48.49%) e 886 são mulheres (51.51%).

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO EDUCAÇÃO CIEP 347 - DR. JORGE MIGUEL JAYME CRECHE MUNICIPAL CIEP 347 Modalidade: Educação Infantil Sítio Bom Destino, s/no- Toyota Tel.: 24 3381-6781 ASSISTÊNCIA SOCIAL CRAS TOYOTA Av. Projetada, s/no - Toyota Tel.: 24 3360-5098 ESPORTE PROGRAMA MELHOR IDADE + ATIVA - CRAS TOYOTA Av. Projetada, s/no - Toyota Tel.: 24 3360-5098 171


SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo.

ENTREVISTA

no local. Em função disso, o maior sonho de Maria das Graças é que a comunidade do Toyota tenha sua própria unidade de saúde, como aconteceu com a instalação de um CRAS exclusivo para atender o bairro. Moradora nas imediações da Estação de Tratamento de Água, a dona de casa não conhece o prédio e tampouco o sistema de tratamento feito na ETA.

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo a senhora mora neste bairro? Maria das Graças: Há 15 anos. A senhora lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas aqui no seu bairro? Maria das Graças: Não. Como a senhora vê a atuação do presidente da associação da sua comunidade? Maria das Graças: Se tem associação aqui, eu nunca soube de trabalho nenhum feito por ela; e do presidente muito menos, pois nunca me procurou para nada. A senhora conhece o papel da associação de moradores?

Data: 22/07/2019 Nome: Maria das Graças da Silva Braga Representatividade: Moradora do bairro há 15 anos Endereço: Rua 03, 114 - Toyota I Tel.: 24 99880-1942

RESUMO Morando no bairro há mais de uma década, a dona de casa Maria das Graças da Silva Braga afirma desconhecer a existência de uma associação de moradores no Toyota e, consequentemente, qualquer trabalho feito pela entidade. Segundo ela, a falta de segurança, o tráfico e o consumo de drogas são os principais problemas do bairro, que conta com ruas limpas e um serviço de coleta de lixo eficiente, além de ter ganhado, recentemente, um novo sistema de iluminação pública, com lâmpadas de led. Apesar disso, a dona de casa aponta deficiências em outro setor, a saúde, já que o único posto à disposição dos moradores fica no bairro vizinho, o Jardim Primavera, e não comporta o número de pessoas que buscam atendimento diariamente 172

Maria das Graças: Sim, ajudar o bairro a conquistar melhorias. Qual foi a maior realização (ou conquista) da associação de moradores na sua comunidade ou em beneficio dela? Maria das Graças: Foi a instalação do CRAS. Nunca usei, mas sei que tem sido muito bom para os moradores. Nossas ruas estão limpas, o caminhão recolhe o lixo nos dias programados e a iluminação das ruas está como um dia. Enfim, tudo direitinho. Quais têm sido os maiores problemas de sua comunidade? Maria das Graças: As drogas e a falta de segurança. A senhora acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Maria das Graças: Não. Se a população se unisse e participasse mais, tudo seria melhor.


Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade?

Bairro Cidade Alegria (entorno)

Maria das Graças: A curto, médio ou a longo prazo, o que estamos precisando é da construção de um posto de saúde no Toyota, pois usamos a unidade do bairro Jardim Primavera, que não dá conta de tanta gente. O que a está preocupando na sua comunidade? Maria das Graças: O crescimento do uso de drogas. Basta abrir o portão que você se depara com alguém usando droga à luz do dia. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida na sua comunidade? Maria das Graças: A segurança pública. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Maria das Graças: Pelo bem do bairro sim, mas não é participativa. Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Maria das Graças: Vai gostar sim. Mas quem não gostar também é problema dele. Se for para melhorar a nossa água tem que fazer e pronto. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Maria das Graças: Acredito que, assim como eu, ninguém aqui conhece o projeto. Por isso só posso acreditar que vai ser para melhorar o serviço aqui. Então vai ser bom. Os altos e baixos serão esquecidos quando tudo estiver funcionando bem. Como a senhora avalia o impacto?

Data:31/05/2019 Nome: Eduardo de Almeida Fortes, morador do local desde 1983, ano de fundação do bairro Representatividade: Presidente da Associação de Moradores do Conjunto Habitacional Cidade Alegria Endereço: R. das Samambaias, 678 - Cidade Alegria Tel.: 24 99968-1914

RESUMO

Maria das Graças: Positivamente Finalmente, o que a senhora passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Maria das Graças: Que ele pense positivo e não desista dos seus sonhos, pois sonhando a gente conquista. E que ele evite as drogas, esse mal que está acabando com a nossa juventude.

O conjunto habitacional Cidade Alegria, o maior do município, reúne um grande número de moradores, que dividem 40 blocos de 36 apartamentos, além de várias casas. Localizado na área oeste de Resende, o conjunto, segundo o presidente da Associação de Moradores da Cidade Alegria, sofre com o abandono do poder público. O bairro possui escolas, creches, quadra coberta e um comércio crescente, mas ainda não suficiente para atender a demanda dos moradores, que reclamam a falta de cursos e oficinas que ajudem a tirar os jovens das ruas e do poder do tráfico de drogas.

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ENTREVISTA COMPLETA

Como o senhor se vê como presidente da associação em sua comunidade?

Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Implantação de projetos sociais voltados para os moradores.

Eduardo de Almeida: Gosto de trabalhar pela comunidade, ajudando o próximo, por isso acho que estou fazendo um bom trabalho.

Médio prazo: Revitalização das áreas de lazer do bairro.

O senhor assumiu a presidência da associação por meio de eleição? Como foi a disputa?

Longo prazo: Troca de toda a rede de esgoto e fechamento do Canal Central que corta o bairro.

Eduardo de Almeida: Sim. Este é meu segundo mandato e foi chapa única.

O que está te preocupando em sua comunidade?

O que o senhor faz hoje como presidente dessa comunidade? Qual é o seu papel?

Eduardo de Almeida: A violência causada pelo tráfico de drogas.

Eduardo de Almeida: Hoje conseguimos oferecer algumas atividades para os moradores através da ANCHA, como cursos de barbeiro, cabelereiro, manicure, mecânico de automóvel, línguas (inglês, espanhol, português e redação), além de escolinha de futebol, ginástica com personal, e artesanato e crochê, numa tentativa de melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem aqui. Os bairros precisam de projetos para tirar as crianças das ruas, seja na área esportiva ou com oficinas que atraiam a atenção da garotada e dos jovens. É preciso ocupá-los; caso contrário, o tráfico ocupa.

O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida em sua comunidade? Eduardo de Almeida: Mais emprego e novos projetos. O bairro não tem nada e quando tem, somos nós que promovemos. Quais os seus planos para o futuro junto à comunidade? Eduardo de Almeida: Oferecer condições para melhorar a vida das pessoas.

Qual a sua maior realização como presidente da associação até hoje?

De que maneira envolve a comunidade em torno dos projetos da associação?

Eduardo de Almeida: A festa de aniversário do bairro, que reuniu mais de 15 mil pessoas em 2013. Este ano, as comemorações foram canceladas por falta de apoio.

Eduardo de Almeida: Infelizmente ela só aparece quando tem festa.

Quais têm sido os maiores desafios que o senhor têm vivido como presidente da associação? Eduardo de Almeida: Os principais desafios são o abandono do bairro, que apresenta problemas de infraestrutura, e a falta de projetos públicos para ocupar o tempo livre das crianças. Hoje temos crianças de 10 anos servindo de avião ou vendendo drogas. Além disso, o desemprego é muito grande nas famílias, num bairro que possui 40 blocos de 36 apartamentos cada. Todos os dias chegam pessoas pedindo ajuda para conseguir um emprego. O preço da água também é exorbitante e as redes de esgoto vivem entupidas, causando retorno através do vaso sanitário. O mesmo acontece com a água que escorre no canal na época das chuvas. Próximo ao Colégio Getúlio Vargas, por exemplo, o esgoto continua sendo lançado no canal. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? 174

Eduardo de Almeida: Infelizmente, as pessoas não são participativas. Sabem cobrar, mas não reivindicar.

Sua diretoria é participativa? Eduardo de Almeida: Não, atuante mesmo somente o presidente e o vicepresidente. Sua comunidade é participativa? Eduardo de Almeida: Não. Os moradores só cobram, não participam. Com respeito à intervenção em saneamento programada pela Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Eduardo de Almeida: Se for para melhorar sim. Só não pode ter mais custo para os moradores, porque o preço cobrado hoje já é exorbitante. E como é que o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos?


Eduardo de Almeida: O bairro é grande e bem planejado, por isso não acredito que haverá grandes transtornos. Esta obra vai melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas não pode ser cobrada dos moradores.

Bairro Itapuca (entorno)

Como o senhor avalia o impacto? Eduardo de Almeida: Não haverá grandes impactos. O político precisa mais do líder comunitário ou é de maneira inversa? Por quê? Eduardo de Almeida: Na verdade, os políticos é que dependem de nós, mas só se lembram do bairro na época de política, de campanha. E sempre nos veem como adversários políticos. Fale do senhor e da sua importância dentro do cenário político atual! Eduardo de Almeida: Trabalho em busca de melhorias para a minha comunidade. O bairro tem um vice-prefeito e cinco vereadores. No entanto, ninguém trabalha pelo local. Como os moradores têm recebido o senhor e o seu trabalho? Eduardo de Almeida: Os moradores têm me recebido bem. Acho que gostam do que faço. O que te mantém dedicado a esse trabalho? Eduardo de Almeida: A vontade de ver o bairro bonito, estruturado, com todas as suas necessidades atendidas. Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Eduardo de Almeida: Daria a ele muito conselho e orientação. Os jovens podem contar comigo sempre. Sua diretoria estará presente em nossa reunião de apresentação dos projetos da empresa Água das Agulhas Negras? Eduardo de Almeida: Sim.

Data: 21/06/2019 Entrevistado: Paulo César da Costa, morador do bairro há 50 anos Representatividade: Presidente da Associação de Moradores e Amigos da Itapuca Endereço: Rua Ângela Maria de Lima, 579 - Itapuca Tel.: 24 99971-6468

RESUMO Participando da associação de moradores desde 2009, como vice-presidente, Paulo assumiu a presidência este ano e, até 2021 espera conseguir a solução para o principal problema da comunidade: o esgoto. Segundo ele, numa vala que divide o bairro com o Campo de Aviação, os detritos correm a céu aberto e ganham o reforço das águas pluviais das casas, que são ligadas à rede de forma irregular. Além disso, a principal praça do bairro, a Odilon Motinha, também sofre com o descaso das autoridades e está com mato alto, piso de terra, mesas e bancos com as ferragens expostas. Nem o parque das crianças escapa. A falta de manutenção já ocasionou a abertura de mais de 400 processos na Prefeitura com pedidos de limpeza, capina, roçada e construção de novas moradias, entre outras ações que ajudariam a melhorar a qualidade de vida

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ENTREVISTA COMPLETA

Presidente da Associação?

Como se vê como presidente da associação em sua comunidade?

Paulo César: Solucionar a questão do esgoto a céu aberto. Para isso, temos participado de várias reuniões com a empresa Águas das Agulhas Negras. Inclusive já levei os técnicos lá para ver alguns trechos onde o problema é maior e está prejudicando os moradores (o esgoto, vindo da Alegria Velha e da Cidade Alegria, corre a céu aberto no fundo do quintal de várias casas). A Rua Ângela Maria de Lima não tem coleta de esgoto e os detritos são lançados num terreno da Prefeitura. Outra questão importante é que a única praça do bairro está necessitando urgentemente de uma reforma, pois está com os bancos e mesas quebrados, com ferragens expostas, iluminação precária e com os brinquedos sem condições de uso.

Paulo César: É uma luta grande. Não temos muito apoio, nem a atenção que uma associação precisa. O presidente de associação não tem renda, vive de doação. Temos hoje cerca de 400 processos abertos na Prefeitura solicitando ações nas mais diversas áreas, como instalação de abrigo, ponto de ônibus, quebra-molas, canalização de esgoto que corre a céu aberto, limpeza de terrenos públicos que poderiam ser usados para a construção de moradias populares, já que temos muitas pessoas afetadas pelo desemprego e sem ter onde morar. O Governo Federal mandou R$ 408 mil para construção de um posto de saúde no bairro, mas até hoje a obra não foi iniciada. Do Ministério das Cidades chegaram R$ 6,6 milhões, em 2019, para reformar as casas do mutirão na Baixada da Olaria e da Itapuca, e o serviço ainda não foi feito. Em 2018 a Prefeitura visitou os moradores cujas casas estão caindo, mas não tivemos o retorno se vão fazer a reforma ou não. Nosso bairro é habitado por pessoas de baixo poder aquisitivo, mas continua esquecido. Tínhamos um Centro da Juventude que foi transferido para a área do Campo de Aviação, onde funciona a Fundação Confiar. O CRAS passou a funcionar no local. Ocorre que os ônibus que circulam na Itapuca não passam na sede atual do Centro da Juventude e como são carentes, os jovens não têm dinheiro para pagar a passagem para frequentá-lo. Podem reformar o Hospital de Emergência, mas se não atacarem as causas dos problemas, de nada adianta. Este é o caso do esgoto aqui na Itapuca, que corre a céu aberto. O senhor assumiu a presidência da associação por meio de eleição? Como foi a disputa? Paulo César: Sim, mas não houve disputa porque foi chapa única, já que poucos se interessam por este trabalho. Estarei na presidência até 2021. O que o senhor faz hoje como Presidente dessa comunidade? Qual é o seu papel? Paulo César: Represento a comunidade nos Conselhos Municipais e busco ajuda para minorar os problemas do bairro, tais como a limpeza e a iluminação pública. Além disso, também luto pela implantação de cursos para os moradores e por mais moradias, entre outras coisas. Qual tem sido a sua maior realização como Presidente da associação até hoje? Paulo César: A maior conquista foi o asfaltamento de todas as ruas, feito em 2012. Conseguimos também a reforma do posto de saúde, da quadra da Praça das Mangueiras, a melhoria do asfalto da Avenida Juscelino Kubitscheck, a instalação de novos abrigos de ônibus e a reforma da ponte da Rua Joaquim Manoel de Macedo. Quais têm sido os maiores desafios que o senhor têm vivido como 176

O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Paulo César: As pessoas reclamam muito, mas não participam. Se o convite for para uma festa, a participação é grande; já para uma reunião, poucos comparecem. Tudo eles jogam para o presidente resolver. E os problemas aqui são muitos: há um grande o número de pessoas daqui do bairro que estão presas e a comunidade também tem muitos desempregados; falta um trabalho social no bairro; não temos cursos de capacitação ou oficinas de música, ou qualquer outra arte, que atraia os jovens. E o tráfico se aproveita disso. O Centro da Juventude atendia 120 jovens com futebol, vôlei, xadrez, curso de manutenção de computadores... A situação é pior ainda para as meninas, que aos 15 anos já são mães de dois, três filhos. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Construção de uma creche. A que atende os moradores da Itapuca fica na Baixada da Olaria, ao lado da Estação de Tratamento de Esgoto. Também precisamos da construção ou da ampliação do posto de saúde, porque o nosso está pequeno demais para a demanda atual. O posto da Baixada está em reforma e a Alegria Velha não tem, e isso acaba por superlotar o nosso, que é muito pequeno para tanta gente. Outra ação que precisamos é a limpeza dos terrenos baldios. Dois deles são de propriedade da Prefeitura e estão cheios de mato e bichos, aumentando os riscos de uma epidemia de Dengue. Médio prazo: Ampliação do Colégio Lídia Pires, que só atende até a primeira fase do Ensino Fundamental. Depois disso, o aluno tem que sair do bairro para estudar no Getúlio Vargas (Cidade Alegria), Oliveira Botelho (Manejo) ou Souza Dantas (Centro). Longo prazo: Construção de novas moradias. O que está te preocupando em sua comunidade?


Paulo César: A falta de atenção dos vereadores e da administração municipal. Nossa prioridade hoje é a limpeza do bairro. Desde 2017, a Itapuca foi limpa uma única vez e o serviço nem chegou a todas as ruas. Nós moradores, em mutirão, é que estamos limpando. Da última vez, recolhemos 25 sacos de lixo da Praça das Mangueiras. No primeiro mutirão ganhamos os sacos de lixo e as vassouras. Nos outros, tivemos que comprar com o nosso dinheiro. Nenhum vereador aparece por aqui para conhecer as nossas necessidades. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida em sua comunidade? Paulo César: Precisa fazer a canalização e o tratamento do esgoto; limpeza dos terrenos baldios, praças e jardins; construção de uma creche; e a poda das árvores. A Enel podou algumas, mas não retirou os galhos que estão lá há mais de três meses. Quais os seus planos para o futuro junto à comunidade? Paulo César: Conquistar todas as reivindicações mencionadas acima. De que maneira envolve a comunidade entorno dos projetos da associação? Paulo César: Ela somente se envolve quando há festa. Sua diretoria é participativa? Paulo César: A maioria trabalha em serviço formal ou fazendo bicos. Não tem muito tempo para se dedicar.

O político precisa mais do líder comunitário ou é de maneira inversa? Por quê? Paulo César: Eles precisam mais de nós, embora só nos valorizem em época de eleição. Fale sobre o senhor e da sua importância dentro do cenário político atual! Paulo César: Sou participativo. Estou sempre presente levando os problemas da minha comunidade para os órgãos competentes, inclusive para o Ministério Público, quando necessário. Quero saber, por exemplo, qual o destino das verbas que chegam para serem aplicadas no nosso bairro, mas que ficam só nas placas; o serviço mesmo não aparece. Como os moradores têm recebido o senhor e o seu trabalho? Paulo César: Com amor. O que te mantém dedicado a esse trabalho? Paulo César: O amor às pessoas e ao lugar que eu vivo. Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Paulo César: Que ele estude e não desanime diante das dificuldades.

Sua comunidade é participativa?

Sua diretoria estará presente em nossa reunião de apresentação dos projetos da empresa Águas das Agulhas Negras?

Paulo César: Não. Poucos ajudam.

Paulo César: Sim.

Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Paulo César: Sim. E como é que o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Paulo César: É uma obra necessária e fundamental para a saúde de todos. Se for atrapalhar muito o dia a dia dos moradores, a informação com antecedência será a melhor saída. Como o senhor avalia o impacto? Paulo César: Vai depender de como a empresa vai planejar e comunicar a obra. É preciso dar aos moradores a oportunidade de se informar. 177


Bairro Nova Alegria (entorno)

ENTREVISTA COMPLETA Como se vê como presidente da associação em sua comunidade? Jorge Herculano: Como um trabalhador voluntário em busca de melhores condições de vida para todos. O senhor assumiu a presidência da associação por meio de eleição? Como foi a disputa? Jorge Herculano: Sim. Atendi ao pedido dos moradores para disputar a reeleição e fui eleito com 353 votos em 2018, numa disputa entre duas chapas. O que o senhor faz hoje como presidente dessa comunidade? Qual é o seu papel?

Data: 31/05/2019 Entrevistado: Jorge Herculano Fernandes da Silva Representatividade: Presidente da Associação de Moradores do Bairro Nova Alegria. Endereço: Rua Gabriel Miranda, s/no, praça principal do bairro Tel.: 24 99855-5509

RESUMO O funcionário público Jorge Herculano da Silva mora há 28 anos na Região da Grande Alegria e desde então tomou gosto pelo trabalho voluntário, passando a participar de quase todas as eleições da associação de moradores. No último pleito, foi reeleito presidente para cumprir seu quarto mandato, que terminará em 2021. A associação oferece vários projetos, entre eles, corte e costura, artesanato, aulas de balé, violão e futsal, entre outros. Para melhorar a qualidade de vida dos moradores, o presidente adianta que são necessários investimentos em água potável, esgotamento sanitário, iluminação pública, segurança e projetos sociais, que devem ser oferecidos e coordenados pelo governo municipal já que os que existem atualmente no bairro são desenvolvidos pela associação de moradores.

Jorge Herculano: Meu trabalho é calcado em projetos voltados para as crianças, jovens, idosos, e para a comunidade em geral, sendo que todos são gratuitos. Atualmente temos 28 crianças no grupo de escoteiros; 18 pessoas estudando corte e costura, e artesanato; 43 crianças nas aulas de balé; 120 na escolinha de futebol; e ainda oferecemos aulas de Kickboxing e capoeira. Infelizmente, perdemos um curso de japonês porque a praça onde fica a sede da associação estava ocupada por usuários de drogas, que ficavam fumando, cheirando e até usando o espaço como motel. Para acabar com isso, entrei na briga e, com o apoio da Polícia Militar e do Ministério Público, conseguimos expulsá-los, devolvendo a praça para a comunidade. Qual tem sido a sua maior realização como presidente da associação até hoje? Jorge Herculano: A denominação da Rua 1 para Rua Meire Lúcia Santos Laurito; a celebração de uma missa campal em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, que é realizada todos os anos na quadra do bairro; e a retirada do tráfico de drogas da praça, com o apoio do Ministério Público e da Polícia Militar. Quais têm sido os maiores desafios que o senhor têm vivido como presidente da associação? Jorge Herculano: Os maiores desafios são resolver o problema da água barrenta que sai das torneiras e a questão do esgoto, já que quando chove, as ruas do bairro ficam com muito mau cheiro. Também precisamos de melhorias na iluminação pública, que é fraca; de obras de reforma na quadra esportiva; da construção de uma creche; e de mais fiscalização dos equipamentos sonoros que ficam ligados acima dos decibéis permitidos. O bairro também sofre com a falta de varrição das ruas, da praça e da quadra, que são os únicos locais de lazer do bairro. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar

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melhor? Por quê?

Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber?

Jorge Herculano:

Jorge Herculano: Sim

Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade?

E como é que o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos?

Curto prazo: Melhorar o esgoto e a qualidade da água.

Jorge Herculano: Só vejo pontos altos. Tudo o que vem para melhorar não tem o que questionar.

Médio prazo: Troca das lâmpadas atuais por led. Longo prazo: Instalação de uma agência do Banco Bradesco e de uma casa lotérica. O que está te preocupando em sua comunidade? Jorge Herculano: O tráfico de drogas. Aqui é um bairro bom, onde as pessoas ainda podem se sentar nas calçadas para conversar. Falta apenas um posto fixo da Guarda Municipal para coibir o som alto na praça.

Como o senhor avalia o impacto? Jorge Herculano: Desde que a empresa avise com antecedência o cronograma de obras no bairro, não acredito em grandes impactos. O político precisa mais do líder comunitário ou é de maneira inversa? Por quê? Jorge Herculano: Um precisa do outro na mesma proporção.

O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida em sua comunidade?

Fale sobre o senhor e da sua importância dentro do cenário político atual!

Jorge Herculano: Precisa melhorar a qualidade da água, das redes de esgotamento sanitário, a iluminação pública, a segurança e ter mais projetos sociais desenvolvidos pelo governo, pois os que temos são promovidos pela associação.

Jorge Herculano: Sou coordenador financeiro da FAMAR (Federação das Associações de Moradores de Resende), cuja maior conquista foi a liberação do pedágio para os veículos emplacados em Resende. Também sou conselheiro do Comutran, onde sempre voto pelo menor preço da passagem e ajudo a analisar os pedidos de instalação de novos quebra-molas, fazendo respeitar o que prevê as normas de trânsito.

Quais os seus planos para o futuro junto à comunidade? Jorge Herculano: Sempre sonhei em transformar o bairro num condomínio fechado. São apenas sete ruas e acredito que, como condomínio fechado, teríamos mais qualidade de vida.

Como os moradores têm recebido o senhor e o seu trabalho?

De que maneira envolve a comunidade em torno dos projetos da associação?

O que te mantém dedicado a esse trabalho?

Jorge Herculano: Fazendo eventos, promovendo cultos evangélicos, oferecendo cursos gratuitos e expondo os trabalhos dos alunos. Com essas medidas, atraio mais moradores para a associação.

Jorge Herculano: Satisfatoriamente.

Jorge Herculano: Por ser Guarda Municipal, conquistei o respeito dos moradores devido aos trabalhos realizados na praça.

Sua diretoria é participativa?

Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais?

Jorge Herculano: Somos 13 diretores, dos quais 11 são participantes ativos.

Jorge Herculano: Eu diria para ele praticar esportes.

Sua comunidade é participativa?

Sua diretoria estará presente em nossa reunião de apresentação dos projetos da empresa Águas das Agulhas Negras?

Jorge Herculano: Também é participativa. Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas das

Jorge Herculano: Sim

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CAMPO BELO - FAZENDA DA BARRA II

R. Raizel Cukier

• HISTÓRICO Através do Decreto Nº 4.809, de 13 de Junho de 2011, foi reconhecida pela Municipalidade a conclusão das obras do plano urbanístico relativo à Vila Campo Belo, zona urbana do 1º Distrito, de propriedade de Alberto Massio Valim, aprovado pelo Decreto Municipal de Urbanização Nº 4.496, de 25 de janeiro de 2011, conforme processo Nº 12.281/2010. (Fonte: Expediente e Registro, setor da Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura Municipal de Resende)

22°26’57.7”S 44°23’44.8”W elev 416m 180


DADOS IBGE 2010

Segundo informações obtidas no escritório local do IBGE, alguns bairros do município, como é o caso da Morada da Barra, não foram recenseados em 2010 por não serem reconhecidos oficialmente pela Prefeitura de Resende, que é o órgão responsável pelo encaminhamento da relação nominal e oficial dos bairros para a realização do Censo pelo IBGE. Outra possibilidade, segundo os funcionários do Instituto, é de que o bairro possa ter sido anexado a algum outro localizado nas proximidades, para a realização do Censo.

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome

Telefone

João Almeida de Souza

24 99944-1425

SERVIÇOS PÚBLICOS O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte público.

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO

EDUCAÇÃO

E. M. JARDIM DAS ACÁCIAS Modalidade: Educação Infantil e Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) Rua Dona Filó, 40 - Fazenda da Barra II Tel.: 24 3360-6434 SAÚDE UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA FAZENDA DA BARRA II Rua Anna Almeida de Souza (antiga Rua Projetada), s/nº – Fazenda da Barra II Tel.: 24 3381-6108 Funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h ESPORTE PROGRAMA MELHOR IDADE + ATIVA Igreja Santa Rita de Cássia Rua José Pedroso, 135 – Fazenda da Barra II

YOGA Creche Municipal Parque Embaixador - Rua Projetada Tel.: 24 3360-6185

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ENTREVISTA I

O senhor assumiu a presidência da associação por meio de eleição? Como foi a disputa? João Almeida de Souza: Sim, foi chapa única. O que o senhor faz hoje como presidente dessa comunidade? Qual é o seu papel? João Almeida de Souza: Meu papel é fazer o melhor para a minha comunidade e conquistar, junto à Prefeitura, as melhorias de que o bairro precisa, além de ser amigo da Escola Municipal Jardim das Acácias, que é uma das tarefas mais importantes. Qual a sua maior realização como presidente da associação até hoje?

Data: 13/06/2019 Nome: João Almeida de Souza Representatividade: Presidente da Associação de Moradores da Fazenda da Barra II, Parque Embaixador e Campo Belo Endereço: Rua Maria Belizária Santana, 134 - Fazenda da Barra II Tel.: 24 99944-1425

João Almeida de Souza: Muita coisa já foi feita. Presidentes anteriores só pensavam em política e acabavam deixando o bairro abandonado. Nós conseguimos as reformas da escola e do posto de saúde; levamos a operação tapa-buracos para todas as ruas asfaltadas da Barra II e Parque Embaixador; e ainda conquistamos a troca das lâmpadas comuns pelas de led em toda a extensão da estrada que liga a churrascaria (na Rodovia Presidente Dutra) ao Parque Embaixador. Quais têm sido os maiores desafios que o senhor têm vivido como presidente da associação?

RESUMO Nascido e criado na localidade, o aposentado João Almeida de Souza se envolveu nas questões comunitárias pelas mãos da mãe, Ana Almeida de Souza, a dona Nica, que passou parte de sua vida cuidando das pessoas e do bairro, sem nenhum vínculo partidário. A associação de moradores comandada por João reúne os bairros Fazenda da Barra II, Parque Embaixador e Campo Belo, sendo que todos têm em comum o fato da rede de águas pluviais ser ligada na rede de esgoto, com maior incidência no Parque Embaixador. Segundo o presidente da Associação, a Fazenda da Barra II surgiu há cerca de 60 anos. Anos depois, a fabricante de pneus Michelin, instalada em Itatiaia, decidiu construir em seu entorno um conjunto habitacional voltado para seus funcionários com o nome de Parque Embaixador. Já o Campo Belo nasceu numa fazenda de plantação de eucaliptos e é o mais novo dos três bairros. Juntos, eles abrigam mais de duas mil pessoas, de acordo com o presidente.

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João Almeida de Souza: Oferecer lazer para todos, principalmente para os jovens. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? João Almeida de Souza: Não. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Mais investimentos no esporte e no lazer, pois não temos uma quadra sequer no bairro, apenas campo de futebol. Médio prazo: Instalação de grades de proteção nos bueiros e separação da rede de águas pluviais da rede de esgoto.

ENTREVISTA COMPLETA

Longo prazo: Pavimentação de todas as ruas do Campo Belo.

Como o senhor se vê como presidente da associação da sua comunidade?

O que o está preocupando na sua comunidade?

João Almeida de Souza: Gosto do que faço, de cuidar do local onde nasci.

João Almeida de Souza: O aumento das drogas e da violência. Além


disso, outro problema que enfrentamos diz respeito à empresa Servatis, que trabalhava com um produto (Sódio Metálico e Cianeto) que continua guardado nas instalações da empresa e que não pode ter contato com a água, porque causa explosão. O matagal que cerca as instalações da fábrica, que está desativada, também traz insegurança aos moradores. A situação das ruas do Parque Embaixador também é preocupante, pois muitas estão afundando. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida na sua comunidade? João Almeida de Souza: A questão do transporte, já que quando há algum problema em outras linhas, a empresa tira o nosso ônibus para atender o centro. Os horários dos coletivos também precisam ser revistos, pois muitas vezes circulam três ônibus na mesma hora. Precisamos também de um posto de saúde funcionando 24 horas e com mais estrutura para atender todos os bairros, uma vez que o Parque Embaixador e o Campo Belo também são considerados como Fazenda da Barra II até pelos próprios moradores. Quais os seus planos para o futuro junto à comunidade? João Almeida de Souza: Dedicar-me ao bairro com amor e respeito à comunidade.

de Ordem Pública e, por isso, não tenho muitas informações sobre o projeto. Como o senhor avalia o impacto? João Almeida de Souza: Ainda não posso avaliar. O político precisa mais do líder comunitário ou é de maneira inversa? Por quê? João Almeida de Souza: Como liderança comunitária conhecemos mais os problemas do bairro. Por isso eles precisam mais de nós para obter informações sobre o bairro visando traçar suas estratégias políticas. Fale sobre o senhor e da sua importância dentro do cenário político atual! João Almeida de Souza: Meu mandato acaba em julho e não pretendo participar de uma nova disputa. No entanto, se ninguém se apresentar, vou continuar à frente da associação para que o bairro não fique sem representação. Como os moradores têm recebido o senhor e o seu trabalho?

De que maneira envolve a comunidade em torno dos projetos da associação?

João Almeida de Souza: Há os que gostam e os que não gostam, mas a maioria gosta.

João Almeida de Souza: A comunidade se envolve pouco, mas o projeto Amigo da Escola ainda atrai algumas pessoas.

O que o mantém dedicado a esse trabalho?

Sua diretoria é participativa? João Almeida de Souza: Alguns deles sim. Sua comunidade é participativa? João Almeida de Souza: Não é participativa e só sabe criticar. Parece que não quer que a associação dê certo, por isso nem procuro! Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? João Almeida de Souza: Sim, acredito que essas obras vão por um ponto final nos sérios problemas de esgotos do Parque Embaixador, por exemplo. Hoje, o esgoto da maioria das casas da Rua Maria Belizária Santana (Barra II) e das últimas casas do bairro Campo Belo é lançado numa lagoa.

João Almeida de Souza: O amor pelo lugar em que nasci. Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? João Almeida de Souza: Que ele estude e busque participar da vida da sua comunidade. Sua diretoria estará presente em nossa reunião para apresentar os projetos da empresa Águas das Agulhas Negras? João Almeida de Souza: Sim.

E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? João Almeida de Souza: Não temos tido reunião com a Superintendência 183


ENTREVISTA II

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo a senhora mora neste bairro? Marcione: Há 29 anos. A senhora lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Marcione: O que mais nos marcou foi a pavimentação do nosso bairro. Ninguém esquece. Como a senhora vê a atuação do presidente da associação na sua comunidade?

Campo Belo Data: 22/07/2019 Nome: Marcione Alexandra da Silva Alves Representatividade: Moradora do bairro há 29 anos Endereço: Rua Sara Matuk, 251, Campo Belo - Fazenda da Barra II Tel.: 24 99977-6822

RESUMO A localidade conhecida como Campo Belo é uma extensão do bairro Fazenda da Barra II, situada do lado direito da Rodovia Presidente Dutra, sentido Rio-São Paulo. Perguntados onde moram, os moradores sempre afirmam: “Campo Belo, na Fazenda da Barra II”. A comunidade cresceu ao longo da Estrada da Fazenda Santa Clara e, na opinião das pessoas que residem no local, a pavimentação das 14 ruas foi o maior investimento que o bairro recebeu nos últimos anos. Outra ação comemorada foi a ampliação do itinerário do ônibus que passou a percorrer diversas ruas da localidade. Antes, os moradores não eram atendidos com transporte coletivo e eram obrigados a fazer um longo trajeto sob sol ou chuva. No entanto, quando o assunto é saneamento básico, a moradora adianta que ainda existe um longo caminho a ser percorrido, seja no abastecimento de água ou no tratamento de esgoto. Segundo Marcione, os moradores do bairro ainda enfrentam problemas de desabastecimento e nem sempre recebem uma água cristalina. “Embora a água seja tratada, às vezes sai barrenta das torneiras. Acredito que seja por causa da canalização”. Como os demais bairros da Região das Barras, os moradores do Campo Belo também se ressentem da falta de segurança e reivindicam melhorias na área de saúde.

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Marcione: A nossa associação de moradores reúne os bairros Fazenda da Barra II, Parque Embaixador e Campo Belo. O mandato da última diretoria terminou recentemente e estamos sem representação na associação. Infelizmente, a atuação foi péssima. A senhora conhece o papel da associação de moradores? Marcione: Sim, ajudar a solucionar os problemas do bairro. Com uma associação constituída, fica mais fácil chegar ao chefe do Poder Executivo. Qual foi a maior realização(ou conquista) da associação de moradores na sua comunidade ou em beneficio dela? Marcione: Foi quando os ônibus começaram a circular no Campo Belo. Antes eles só percorriam as ruas principais da Fazenda da Barra II. Quais têm sido os maiores problemas da sua comunidade? Marcione: Falta de segurança e de planejamento das linhas de ônibus que atendem o nosso bairro. Eles atrasam muito e acabam coincidindo horários. Às vezes passam quatro coletivos na mesma hora. Depois ficamos mais de uma hora esperando o próximo ônibus. A senhora acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Marcione: Não. Só sabem reclamar. Quando tentamos nos reunir para discutir e buscar melhorias para a comunidade, ninguém quer ou comparece. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Melhorias na saúde. No único posto que nos atende faltam profissionais e o médico não atende todos os dias.


Médio prazo: Mais estrutura para o esporte. A quadra chegou a ficar fechada por falta de pessoal e a escolinha de futsal precisa de um preparador físico e não tem.

desistir dos seus sonhos, pois é o que vai levá-los onde eles quiserem, só depende deles!

Longo prazo: A construção de outra escola. A Escola Municipal Jardim das Acácias é pequena e atende crianças da Barra II, Parque Embaixador e Campo Belo. Por falta de vagas, muitas das nossas crianças são obrigadas a ir para o Centro da cidade para estudar. Também precisamos de uma quadra, pois a única que temos é a da escola. O que a está preocupando na sua comunidade? Marcione: A falta de segurança. Muitos pais deixaram de mandar seus filhos para a escola por vários dias por medo da violência que tomou conta da Região das Barras. Melhorou um pouco nos últimos meses, mas continua preocupando O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida na sua comunidade? Marcione: A segurança A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Marcione: Não. Com respeito à intervenção em saneamento programada pela Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Marcione: Vão reclamar devido aos transtornos que a obra vai trazer, mas depois vão gostar quando a qualidade da água melhorar e parar de faltar. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Marcione: Não sabíamos do projeto. O ponto alto será a obra pronta e o ponto baixo é o transtorno que a obra vai causar. Como a senhora avalia o impacto? Marcione: Vai ser ruim principalmente para quem trabalha, por causa dos transtornos que a obra vai trazer, como mudanças de itinerário de ônibus, ruas abertas, etc. Mas é necessário e depois tudo ficará bem. Finalmente, o que a senhora passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Marcione: O mesmo que eu digo aos meus filhos: tem que estudar e nunca 185


MORADA DA BARRA - FAZENDA DA BARRA III R. Sete

• HISTÓRICO Através do Decreto Nº 003, de 15 de janeiro de 1979, foi aprovado o novo plano urbanístico apresentado em substituição ao anterior, relativo à 2ª etapa C do loteamento Morada da Barra, localizado no 6º Distrito de Resende, de propriedade de Porto Real Empreendimentos Imobiliários Ltda, Processo Nº 2208/78, terreno com 95.545,00m2. (Fonte: Expediente e Registro, setor da Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura Municipal de Resende) Observação: De acordo com os moradores mais antigos do loteamento, a Morada da Barra surgiu após o encerramento das atividades da Açucareira Porto Real, já que o bairro foi construído nas terras onde ficava o antigo canavial da usina. Com o fim da açucareira, o Grupo Renato Monteiro, dono do empreendimento, decidiu lotear a área, dando início ao bairro onde residem cerca de duas mil pessoas.

22°27’46.4”S 44°23’02.8”W elev 401m 186


DADOS IBGE 2010

ESPORTE

Segundo informações obtidas no escritório local do IBGE, alguns bairros do município, como é o caso da Morada da Barra, não foram recenseados em 2010 por não serem reconhecidos oficialmente pela Prefeitura de Resende, que é o órgão responsável pelo encaminhamento da relação nominal e oficial dos bairros para a realização do Censo pelo IBGE. Outra possibilidade, segundo os funcionários do Instituto, é de que o bairro possa ter sido anexado a algum outro localizado nas proximidades, para a realização do Censo.

PROGRAMA MELHOR IDADE + ATIVA Igreja Nossa Senhora Aparecida Rua Sebastião Pedroza da Silva, antiga rua 3, s/n° - Fazenda da Barra III

MAPEAMENTO DA REDE SOCIOASSISTENCIAL NA ÁREA E NO ENTORNO

Nome

EDUCAÇÃO

OBSERVACÃO: O comerciante Sílvio da Fonseca, mais conhecido como Tivo, está exercendo seu terceiro mandato de vereador. Ele chegou a Câmara em 2009 e segue parlamentar até 31 de dezembro de 2020.

CMEI SERVIDORA HILDA DA CONCEIÇÃO Modalidade: Creche e Educação Infantil Rua Cecília Maria de Souza, s/nº - Morada da Barra Tel.: 24 3381-4525

MATHEUS

INÁCIO

Telefone

Tivo da Fonseca 24 99951-4911 Braz de Almeida 24 99973-9750

SERVIÇOS PÚBLICOS

ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR CARLINHOS Modalidade: Ensino Fundamental (3º ao 9º) e EJA Rua Dionísia América da Silva Almeida, s/nº - Fazenda da Barra III Tel.: 24 3360-1318

ESCOLA MUNICIPAL CLOTILDE DE SOUZA Modalidade: Educação Infantil e Ensino Fundamental (1º e 3º) Rua Orga José de Paula, 157 - Fazenda da Barra III Tel.: 24 3360-6005

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS

O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação muito precária, coleta de lixo e transporte coletivo.

FERREIRA

SAÚDE USF MORADA DA BARRA Rua 15, 249 – Morada da Barra Tel.: 24 3381-3916

UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA FAZENDA DA BARRA III Rua Sete, s/nº - Fazenda da Barra III Tel.: 24 3355-7156 Funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h

187


ENTREVISTA II

A senhora lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Daiane de Oliveira - A poluição provocada pela empresa Servatis no Rio Paraíba. Como a senhora vê a atuação do presidente da associação em sua comunidade? Daiane de Oliveira - Até o momento, não vi atuação nenhuma do presidente. A senhora conhece o papel da associação de moradores? Daiane de Oliveira – Não. Qual foi a maior realização da associação de moradores na sua comunidade? Daiane de Oliveira - Não sei informar.

Data: 23/07/2019 Nome: Daiane Guadaciara de Oliveira, autônoma Representatividade: Moradora antiga Endereço: Rua Araxás, 14, Condomínio Tulipa - Morada da Barra Tel.: 24 99956-2343

Quais têm sido os maiores problemas da sua comunidade? Daiane de Oliveira - A violência e o tráfico de drogas. A senhora acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Daiane de Oliveira – Sim, por causa dos impostos que paga.

RESUMO Daiane Guadaciara de Oliveira é moradora do bairro, que fica na Região da Fazenda da Barra III, há cinco anos. Neste período, ela garante não ter visto nenhuma atuação da associação de moradores em benefício do bairro e aponta a violência e o tráfico de drogas como sendo os maiores problemas enfrentados pelos moradores. Segundo ela, é urgente a implantação de áreas de lazer no local, que servirão como ferramentas para ocupar o tempo livre de crianças e jovens no contraturno escolar.

Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: A construção de mais casas. Médio prazo: A construção do CRAS. Longo prazo: A construção de um Posto de Saúde completo. O que está te preocupando em sua comunidade? Daiane de Oliveira – A violência.

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo mora neste bairro? Daiane de Oliveira - Há 5 anos.

O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida em sua comunidade? Daiane de Oliveira – Precisa construir uma área de lazer. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Daiane de Oliveira – Sim.

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Águas das Agulhas Negras está realizando obras de ampliação e melhoria do sistema de distribuição de água e tratamento de rejeitos das estações de tratamento de água dos bairros Toyota e Fazenda da Barra. Com respeito à essas intervenções programadas pela empresa, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Daiane de Oliveira – Acredito que sim, pois não teremos mais problemas relacionados à água e mau cheiro do esgoto. E como é que o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Daiane de Oliveira – Creio que a população vai gostar. O único problema será com as possíveis mudanças no trajeto dos ônibus durante as obras. Como avalia o impacto? Daiane de Oliveira – Positivamente, pois creio que será bom para o nosso bairro. Finalmente, o que a senhora passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Daiane de Oliveira - Para eles não desistirem e nem desanimarem com o que está acontecendo no bairro. Os jovens serão responsáveis pela mudança do nosso bairro e até mesmo do nosso município.

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ENTREVISTA III

ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo mora neste bairro? Braz de Almeida: Há 12 anos. O senhor lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça das pessoas do seu bairro? Braz de Almeida: A inauguração da creche. Como o senhor vê a atuação do presidente da associação de moradores na sua comunidade? Braz de Almeida: Não temos associação de moradores em operação. O senhor conhece o papel da associação de moradores? Braz de Almeida: Sim. Qual foi a maior realização da associação de moradores na sua comunidade? Braz de Almeida: A festa das crianças.

Data: 04/06/2019 Nome: Braz de Almeida, assessor parlamentar Representatividade: Morador antigo Endereço: Rua 39, lote 10, Morada da Barra Tel.: 24 99973-9750

RESUMO O loteamento Morada da Barra, também situado no entorno da Fazenda da Barra III, surgiu após o encerramento das atividades da Açucareira Porto Real, já que o terreno onde o bairro foi construído era ocupado por canaviais. Segundo Braz de Almeida, que mora no local há 12 anos, o bairro já recebeu muitas melhorias, mas ainda carece de obras de infraestrutura, como drenagem e pavimentação das ruas, visando melhorar a qualidade de vida dos cerca de dois moradores que vivem na região, segundo a sua estimativa. Ele lembra que a falta de segurança também é um fator bastante preocupante no local, e comemora a ampliação do sistema de abastecimento de água no bairro chamando a atenção para a pouca participação da população na busca por melhorias coletivas.

Quais têm sido os maiores problemas de sua comunidade? Braz de Almeida: A pavimentação deficiente. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Braz de Almeida: Não, as pessoas só sabem reclamar. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Braz de Almeida: Melhorias na pavimentação. O que o está preocupando na comunidade? Braz de Almeida: Pavimentação deficiente. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade? Braz de Almeida: Construção de uma creche e de um posto de saúde. A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro?

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Braz de Almeida: Não sei. Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, na sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção.

ENTREVISTA IV

Braz de Almeida: Vai sim, porque pode melhorar o abastecimento e a qualidade da água. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Braz de Almeida: Não sei informar. Como avalia o impacto? Braz de Almeida: Durante as obras os moradores devem reclamar, mas depois dos transtornos vão comemorar. Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Braz de Almeida: Para ele cuidar melhor do meio ambiente, fazendo o descarte correto do lixo, e pensar mais no próximo.

Data: 04/07/2019 Nome: Sérgio Luiz de Carvalho Leal, tecnólogo em Gestão Pública Representatividade: Morador do bairro há 20 anos e ex-presidente da Associação de Moradores da Fazenda da Barra III por cinco mandatos Endereço: Rua Sebastião Pedroso da Silva, 495 - Fazenda da Barra III Tel.: 24 99851-4100

RESUMO Morador do local há 20 anos, Sérgio conta que até o ano 2000 o bairro Maria Cândida, popularmente conhecido como Fazenda da Barra III, enfrentava sérios problemas de água, que só chegava às torneiras de manhã ou a tarde, ora para a Barra II, ora para a Barra III. O sistema era controlado. “A duplicação do fornecimento ocorreu em 2000, no primeiro ano da minha presidência na associação de moradores”, disse. Segundo ele, falta aos bairros da região da Barra III uma Estação de Tratamento de Esgoto, pois considera injusta a cobrança de 80% do valor da água como custo de esgoto, como é feito atualmente pela concessionária de saneamento do município. “Quando a empresa chegou na cidade, o esgoto já era recolhido por redes construídas pela administração municipal e jogado in natura no Rio Paraíba”, observa, chamando a atenção para outras questões locais. “Nosso bairro ainda enfrenta outros inúmeros problemas, como as drogas; falta de espaços de lazer para os jovens, como praças e quadras poliesportivas; cursos profissionalizantes para capacitar nossos moradores; creche; e intervenções para separar a rede de águas pluviais da rede de esgoto, o que provoca mau cheiro nas ruas”, disse. 191


ENTREVISTA COMPLETA Há quanto tempo mora neste bairro? Sérgio Luiz: 20 anos.

Curto prazo: Redução da cobrança da taxa de 80% do valor da água para cobrir custos da coleta de esgoto.

O senhor lembra de alguma história que tenha ficado na cabeça da pessoas do seu bairro?

Médio prazo: Identificação de ligações clandestinas de esgoto nas redes de águas pluviais.

Sérgio Luiz: Ainda hoje, o que continua na cabeça das pessoas é a falta de projetos sociais que tirem as crianças e jovens das ruas, como o Serviço Civil Voluntário. O jovem ingressava neste projeto, recebia aula de cidadania, fazia passeios ecológicos, visitava as nossas florestas, participava de palestras motivacionais e ainda recebia uma bolsa no valor de R$ 150,00. Muitos jovens saíram das drogas e, incentivados pelo projeto, passaram a trabalhar, alguns se casaram, tiveram filhos e são hoje verdadeiros chefes de família.

Longo prazo: Construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto específica para tratar o esgoto dos bairros Fazenda da Barra III, Parque Minas Gerais e Morada da Barra.

Como o senhor vê a atuação do presidente da associação de moradores na sua comunidade?

O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade?

Sérgio Luiz: Até o momento não disse a que veio, não mostrou nenhum serviço.

Sérgio Luiz: Nosso bairro não tem área institucional, mas sim áreas especulativas imobiliárias. Pessoas compram terrenos apenas como investimento. Acho que o governo municipal deveria desapropriar essas terras para fins sociais, alocando nelas praças, ginásio e quadra poliesportiva para oferecer entretenimento para as nossas crianças e jovens. Também precisamos de uma creche. Proponho para que sejam feitas parcerias entre a administração municipal e as empresas para a realização de cursos, treinamento e qualificação da nossa mão de obra, preparando-a para o mercado de trabalho.

O senhor conhece o papel da associação de moradores? Sérgio Luiz: Sim, o papel é trabalhar pelo bem comum, pela qualidade de vida, saúde, educação e segurança. Qual foi a maior realização da associação de moradores aqui na sua comunidade? Se não tiver associação, qual foi a maior realização que a sua comunidade recebeu? Sérgio Luiz: O asfaltamento das ruas, a iluminação pública e a implementação de cursos de Logística Operacional e de Qualidade, que formaram 182 pessoas da nossa comunidade. Quais têm sido os maiores problemas da sua comunidade? Sérgio Luiz: O maior problema hoje são as drogas. Temos muitos jovens envolvidos nisso. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Sérgio Luiz: Melhorou um pouco, já foi pior. Mas as pessoas precisam aprender a reivindicar de uma forma mais consciente, pensando coletivamente. Além disso, é preciso colar na associação de moradores para juntos sermos mais fortes.

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Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade?

O que está te preocupando na comunidade? Sérgio Luiz: As drogas e a falta de projetos para a juventude.

A comunidade é participativa e se interessa pelo bem do bairro? Sérgio Luiz: Existem pessoas que se interessam e participam. Outras apenas cobram, mas não participam das reuniões, manifestações, etc. Com respeito à intervenção de saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Explicar a intervenção. Sérgio Luiz: A comunidade vai gostar de receber esta notícia. Temos água de qualidade, mas segundo o posto de saúde, diarreia aqui é uma doença corriqueira e isso nos preocupa muito. Algumas ruas, como a 3, 5 e 8, exalam mau cheiro constantemente devido às ligações irregulares de águas pluviais na rede de esgoto. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Sérgio Luiz: O ponto alto é que a qualidade da água e do serviço de esgoto será melhor. Não existem pontos baixos.


Como avalia o impacto? Sérgio Luiz: Sem maiores problemas. Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Sérgio Luiz: Meu recado é para que eles participem mais, interajam e cobrem mais também. A participação da juventude nas demandas sociais é um instrumento de cobrança extremamente importante. Nós precisamos trazer esses jovens para as manifestações.

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JARDIM DO SOL

R. Dr. Jefferson G. Bruno

• HISTÓRICO Através do Decreto Nº 90, de 25/05/98, a municipalidade aprova o projeto de loteamento e projeto topográfico denominado Loteamento Residencial Jardim do Sol, de propriedade de MAURÍCIO LEVI, no 2º Distrito, conforme Processo nº 2097/98, e revogado o Decreto nº 075, de 12/05/98. (Fonte: Expediente e Registro, setor da Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura Municipal de Resende)

22°27’17.00”S 44°24’52.69”O elev.399m 194


DADOS IBGE 2010

Segundo informações obtidas no escritório local do IBGE, alguns bairros do município, como é o caso do Jardim do Sol, não foram recenseados em 2010 por não serem reconhecidos oficialmente pela Prefeitura de Resende, que é o órgão responsável pelo encaminhamento da relação nominal e oficial dos bairros para a realização do Censo pelo IBGE. Outra possibilidade, segundo os funcionários do Instituto, é de que o bairro possa ter sido anexado a algum outro localizado nas proximidades, para a realização do Censo.

MAPEAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS Nome Telefone Joana D’arc de Castro

24 99959-6565

Maurício Costa dos Santos

24 99865-6438

SERVIÇOS PÚBLICOS

O bairro é atendido com iluminação pública, pavimentação, coleta de lixo e transporte coletivo, que circula nas proximidades.

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ENTREVISTA

Como a senhora se vê como presidente da associação de moradores da comunidade? Joana D’Arc: Me vejo como uma pessoa preocupada com o bem estar, a segurança e com as melhorias que o bairro precisa. A senhora assumiu a presidência da associação por meio de eleição? Como foi a disputa? Joana D’Arc: Sim, e foi um processo muito competitivo. O que a senhora faz hoje como presidente dessa comunidade? Qual é o seu papel? Joana D’Arc: Buscamos melhorias para o nosso bairro. Sou uma líder comunitária. Qual a sua maior realização como presidente da associação até hoje?

Data: 18/07/2019 Nome: Joana D’Arc de Castro Almeida, 60 anos, costureira Representatividade: Presidente da Associação de Moradores do Bairro Jardim do Sol Endereço: Rua Marte, 452 - Jardim do Sol Tel.: 24 99959-6565

Joana D’Arc: Temos um mês de mandato apenas e ainda não dá para fazer esta avaliação. Quais têm sido os maiores desafios que a senhora têm vivido como presidente da associação? Joana D’Arc: A burocracia. A senhora acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê?

ENTREVISTA COMPLETA

Joana D’Arc: A nossa comunidade não é participativa. Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade?

Há quanto tempo mora no bairro? Joana D’Arc: Há 17 anos Sabe dizer como ou quando o bairro surgiu? Joana D’Arc: Há cerca de 22 anos. Quantas pessoas moram no Jardim do Sol? Joana D’Arc: Cerca de 1.500 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos. Qual a situação empregatícia dos moradores? Joana D’Arc: Há pessoas desempregadas mas, graças à Deus, são poucas. 196

Curto prazo: A iluminação pública da Chácara São Januário e a implantação de uma academia ao ar livre no Jardim do Sol. Médio prazo: Implantação de saneamento básico na Chácara São Januário. Longo prazo: Construção de uma quadra de esportes no bairro. O que está te preocupando na sua comunidade? Joana D’Arc: O fato do bairro não ter um posto de saúde e uma sede para a associação de moradores. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida da sua comunidade?


Joana D’Arc: Ter água e esgoto na Chácara São Januário.

O que te mantém dedicada a esse trabalho?

Quais os seus planos para o futuro junto à comunidade?

Joana D’Arc: Querer o bem da comunidade e visar a conquista de melhorias para todos.

Joana D’Arc: Infelizmente não temos muitas melhorias em nosso bairro, precisamos de tudo. De que maneira envolve a comunidade em torno dos projetos da associação? Joana D’Arc: Esperamos nestes dois anos de mandato conseguir alcançar todos os nossos objetivos. Sua diretoria é participativa? Joana D’Arc: Sim.

Finalmente, o que senhora passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Joana D’Arc: Eu o incentivaria a estudar, pois o conhecimento abre portas. Sua diretoria estará presente em nossa reunião de apresentação dos projetos da empresa Águas das Agulhas Negras? Joana D’Arc: Sim.

Sua comunidade é participativa? Joana D’Arc: Não. Com respeito à intervenção em saneamento programada por Águas das Agulhas Negras, em sua opinião, a comunidade vai gostar de receber? Joana D’Arc: - Se as obras beneficiarem a Chácara São Januário com água, esgoto e iluminação, sim. E como é que o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Joana D’Arc: Ainda não há projetos definidos. Como avalia o impacto? Joana D’Arc: Não há impacto. O político precisa mais do líder comunitário ou é de maneira inversa? Por quê? Joana D’Arc: O político sempre precisará do povo. Fale sobre a senhora e da sua importância dentro do cenário político atual! Joana D’Arc: Estamos trabalhando pelo bairro, sem intuito político. Como os moradores têm recebido a senhora e o seu trabalho? Joana D’Arc: Neste pouco tempo, há quem elogie e quem critique.

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Bairro Jardim Esperança e Fazenda da Barra I (entorno)

O que o senhor faz hoje como presidente dessa comunidade? Qual é o seu papel? Ronaldo Tibúrcio: Busco melhorias para a nossa comunidade. Acredito que nosso papel é o de aproximar a comunidade do poder público. Qual a sua maior realização como Presidente da associação até hoje? Ronaldo Tibúrcio: A legalização da associação, com a conquista do CNPJ. O bairro já teve várias diretorias, mas nenhuma delas havia legalizado a entidade. Quais têm sido os maiores desafios que o senhor têm vivido como presidente da associação?

Data: 22/05/2019 Nome: Ronaldo Tibúrcio da Silva Representatividade: Presidente da Associação de Moradores e Amigos do bairro Jardim Esperança e Barra I Participação dos membros da Associação: Magno de Almeida Penna (Tesoureiro) e Anderson Pires Ferreira (Presidente do Conselho Fiscal)

Ronaldo Tibúrcio: Fazer com que o poder público atue aqui dentro, fazendo as ações necessárias, como a poda de árvores no Jardim Esperança; e resolva o problema da falta de água na parte alta do bairro. A água aqui só cai até às 9 horas e falta pressão. Depois desse horário, somente à noite. Já reclamamos, mas eles não nos dão retorno e não temos um contato direto com a Águas das Agulhas Negras. Também precisamos de limpeza pública, com serviços de capina, roçada e varrição das ruas. Este trabalho só é realizado aqui a cada seis meses. Além disso, faltam obras de drenagem, não há escoamento de água e é comum o alagamento das casas em função disso. Outra necessidade do bairro é a cobertura do pátio de entrada da Escola Municipal Esther Politi, na Fazenda da Barra I, pois as crianças ficam sob o sol ou chuva, antes de entrarem para a sala de aula. Também nos falta uma área de lazer. Nossas necessidades são urgentes. O senhor acha que o povo está mais participativo e aprendeu a reivindicar melhor? Por quê? Ronaldo Tibúrcio: Não.

ENTREVISTA COMPLETA

Como o senhor se vê como presidente da associação em sua comunidade?

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Quais as principais realizações a curto, médio e longo prazo para a sua comunidade? Curto prazo: Construção de uma área de lazer com boa iluminação, praça e parque infantil; e implantação de projetos sociais para os moradores.

Ronaldo Tibúrcio: Me vejo como um voluntário, um colaborador a mais do serviço público. Somos moradores em busca de melhorias para o nosso bairro.

Médio prazo: Implantação do Ensino Médio na escola local para evitar que nossas crianças e adolescentes tenham que sair daqui para estudar. À noite a escola fica fechada e poderia ser usada para isso. Hoje, a Esther Politi oferece somente a primeira fase do Ensino Fundamental.

O senhor assumiu a presidência da associação por meio de eleição? Como foi a disputa?

Longo prazo: Construção de uma quadra coberta, acompanhada de muitos projetos esportivos.

Ronaldo Tibúrcio: Sim. Foi chapa única e fomos eleitos em dezembro de 2018.

O que está te preocupando em sua comunidade?


Ronaldo Tibúrcio: A falta de infraestrutura, projetos sociais e de lazer. Aqui todos sabem fazer sabão e infelizmente esta é a única oficina que trazem para cá. Queremos novos projetos, principalmente os de qualificação para mulheres, como corte e costura, por exemplo, para que elas possam ser aproveitadas nas fábricas instaladas na região. Para os homens seria interessante a promoção de cursos na área de Mecânica e Solda Elétrica. Temos o espaço para isso, que é a Oficina de Ofícios, mas não temos os cursos. O que precisa melhorar para aumentar a qualidade de vida em sua comunidade? Ronaldo Tibúrcio: Melhoria da educação, porque quando a Educação avança, a qualidade de vida também melhora. Não temos nada aqui! Entre os cerca de dois mil moradores do Jardim Esperança e Barra I, cerca de 400 são crianças e adolescentes com até 15 anos de idade. Quais os seus planos para o futuro junto à comunidade? Ronaldo Tibúrcio: É uma briga diária. Queremos que a comunidade viva melhor no futuro. De que maneira o senhor envolve a comunidade em torno dos projetos da associação? Ronaldo Tibúrcio: Através do diálogo e das redes sociais, buscando sempre explicar a importância do trabalho voluntário para o bem da comunidade. Pedimos aos moradores que nos ajudem a fiscalizar. Sua diretoria é participativa? Ronaldo Tibúrcio: Sim. Sua comunidade é participativa? Ronaldo Tibúrcio: Mais ou menos. Com relação às intervenções na área de saneamento, programada por Águas das Agulhas Negras, você acredita que a comunidade vai gostar de recebê-las? Explicar a intervenção.

Ronaldo Tibúrcio: A questão do transtorno será inevitável, mas o importante são os resultados. O político precisa mais do líder comunitário ou é de maneira inversa? Por quê? Ronaldo Tibúrcio: Ambos precisam um do outro. Fale sobre o senhor e da sua importância dentro do cenário político atual! Ronaldo Tibúrcio: Somos importantes na medida em que buscamos trabalhar pelo bem estar da nossa comunidade. Aqui, preocupamo-nos com o alto índice de desempregados, pois as pessoas entregam currículos no SINE, através de encaminhamento feito pelo CRAS local, e não têm retorno. Como os moradores têm recebido o senhor e o seu trabalho? Ronaldo Tibúrcio: Nunca conseguimos agradar a todos, mas a maioria gosta do trabalho e aplaude. O que te mantém dedicado a esse trabalho? Ronaldo Tibúrcio: A vontade de conquistar uma vida melhor para os nossos filhos e netos. É gratificante. Vale à pena pelos resultados. Finalmente, o que o senhor passaria como o recado mais importante para um jovem frustrado com o estado das coisas ou interessado em se engajar com questões sociais? Ronaldo Tibúrcio: Que ele estude. Sua diretoria estará presente em nossa reunião de apresentação dos projetos da empresa Águas das Agulhas Negras? Ronaldo Tibúrcio: Sim, e solicitamos que ela seja realizada na sede da Oficina de Ofícios, às 19h30.

Ronaldo Tibúrcio: Acredito que sim. E como o projeto tem se manifestado na comunidade? Quais os pontos altos e baixos? Ronaldo Tibúrcio: Só poderemos dizer alguma coisa depois de conhecer o projeto. Como o senhor avalia o impacto? 199



REUNIÃO COM LIDERANÇAS

A pesquisa de campo, as entrevistas com as lideranças comunitárias e a pesquisa secundária são ações de grande importância para a elaboração de um diagnóstico, porém de pouca visibilidade do ponto de vista de divulgação do trabalho de intenção da concessionária Águas das Agulhas Negras, no sentido de conhecer a realidade da população dos bairros estudados. Nas reuniões com lideranças foi possível apresentar o trabalho completo que está sendo feito e o cuidado da empresa em ouvir as comunidades, a partir de contatos com formadores de opinião. Líderes de diversos bairros se encontraram e, juntos, falaram sobre questões ligadas ao saneamento, apresentaram suas expectativas e ficaram muito satisfeitos com a iniciativa de serem ouvidos. Durante os encontros, eles afirmaram aprovar a ação e ressaltaram que reuniões como essas são as melhores formas para manter a população bem informada. A aplicação de um questionário foi a forma encontrada para avaliar o nível de conhecimento das pessoas mais participativas e interessadas no dia a dia dos bairros sobre o tema saneamento. Alguns, por motivos diversos, não se interessaram em responder; outros não quiseram informar número de telefone e/ou data de nascimento.

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RELATÓRIO DAS REUNIÕES

EQUIPE DE TRABALHO: 1- Levi Gama 2- Maria Madalena Baptista

RHO2 RHO2

REUNIÃO NO BAIRRO SURUBI Dia 28 de junho de 2019 Local: Escola Municipal Maria Dulce Freire Chaves Endereço: Rua Manoel Luiz de Carvalho, 65 - Novo Surubi, Resende - RJ Tel.: 24-3360-5720 Horário de início: 19h Horário de término: 20h30min

BAIRROS REPRESENTADOS: - -

• Ana Júlia Silva Santos, adolescente que acompanhou o avô Adailton Carlos da Silva (Surubi Velho) à reunião, não mora no bairro e, por isso, optou por não incluir seu número de telefone na lista de presença. Já as senhoras Maria Rita Luzia e Maria Raimunda, ambas de idade avançada, disseram não lembrar o número do telefone de suas residências. Mônica Maria Pereira Ramos não quis informar seu contato telefônico.

Novo Surubi Surubi Velho

RELAÇÃO DOS PRESENTES: Nome

Telefone

ATIVIDADES: Bairro

Mônica Maria Pereira Ramos Novo Surubi Maria Isabel da Silva 24 99861-5191 Novo Surubi Jesus Fialho 24 99974-2955 Novo Surubi Adailton Carlos da Silva 24 99922-3161 Surubi Velho Ana Júlia Silva Santos Surubi Velho Bruna Cristina A. da Silva Novo Surubi Carlos Eduardo V. de Souza 24 99904-0171 Novo Surubi Maria Teresa Leite 24 99831-5524 Surubi Velho Maria Rita Luzia Novo Surubi Maria Raimunda A. Fernandes Novo Surubi

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OBSERVAÇÃO:

• Maria Madalena Baptista agradeceu a presença dos convidados e passou a palavra para o presidente da Associação de Moradores do Novo Surubi, Carlos Eduardo, que falou sobre o imprevisto da liberação do espaço e do conflito com outros usuários do mesmo local. O presidente se desculpou e pediu para que fosse marcada uma nova data, pois os moradores têm muito interesse em receber informações sobre do projeto que está sendo desenvolvido por Águas das Agulhas Negras. • Levi Gama falou sobre o Diagnóstico Socioterritorial em execução e detalhou suas etapas. Ele também destacou o objetivo central do trabalho, que é o de conhecer a realidade de cada bairro e suas lideranças. • Maria Madalena Baptista agradeceu a participação e convidou a todos para um café. Esse encontro ocorreu de forma bem informal e os presentes permaneceram por mais de uma hora no local, conversando sobre os problemas do bairro e sobre a necessidade de uma maior participação dos moradores nas reuniões. Não foi aplicado o questionário em função do interesse demonstrado pela comunidade para a realização de uma nova reunião.


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REUNIÃO NO BAIRRO LAVAPÉS

Dia 4 de julho de 2019 Local: Escola Sagrado Coração Endereço: Rua Eduardo Cotrim, 391 – Lavapés, Resende - RJ Tel.: 24 3354-2188 Horário de início: 18h50min Horário de término: 20h

1- Caio Linhares Gama 2- Levi Gama 3- Maria Madalena Baptista 4- Priscila dos Reis M. Bebert 5- Rodrigo Alves S. Pereira 6- Maira L. Botelho

BAIRROS REPRESENTADOS:

OBSERVAÇÃO:

- - - - - - - -

ATIVIDADES:

RELAÇÃO DOS PRESENTES: Nome Data nasc. Telefone Bairro

204

RHO2 RHO2 RHO2 Grupo Águas das Agulhas Negras Grupo Águas das Agulhas Negras Grupo Águas das Agulhas Negras

• Algumas pessoas, por decisão pessoal, optaram por não informar a data de nascimento, enquanto outras, como Adonai da Silva e Ágatha F. R. Lourenço, decidiram informar o telefone comercial – no caso, a prestadora de serviços Adonai Produções, empresa de locação de equipamentos de som e vídeo para reuniões e festas.

Lavapés Santo Amaro Vicentina II Vila Moderna Novo Surubi Morro do Machado Boa Vista Bairro Elite

1- Sérgio Rogério Rodrigues 2- Edileya Ferreira 06/01/52 3- Luiz R. L. Martins 17/12/72 4- Juliano Miranda Rosa 14/09/79 5- Maria de Fátima Silva 6- Ivani Barbosa Dias 26/01/53 7- Mayane Dias 03/06/90 8- Maria Aparecida 09/12/56 9- Cloves Alves 28/09/73 10- Sérgio Aparecido da Silva 18/11/74 11- Vereador Jorginho 12- Sandra Prado 13- Adonai da Silva 14- Ágatha F. R. Lourenço 15- Jackeline de P. Martins 20/06/77 16- Rafaela de Araújo Martins 30/08/99 17- Cledson Soares M. da Silva 18/04/90 18- Maria Deusa A. de Oliveira 14/12/57

EQUIPE DE TRABALHO:

24 99952-5452 Lavapés 21 97955-6250 Lavapés 24 99991-0027 Lavapés 21 96439-7895 S. Amaro 24 99836-1375 Lavapés 24 99981-3420 V. Moderna 24 99939-8247 Vicentina II 24 99858-0100 Vicentina II 24 97404-1261 Novo Surubi 24 99921-0108 M. Machado 24 99953-3556 Boa Vista I 24 99901-6990 Boa Vista I 24 99942-2787 Elite 24 99942-2787 Elite 24 99876-0314 Lavapés 24 99921-6030 Lavapés 24 99813-4030 Lavapés 24 99912-6678 Lavapés

• Maria Madalena Baptista iniciou a reunião e convidou Luiz Ricardo Leite Martins, presidente da Associação de Moradores dos bairros Lavapés, Morro do Batista e Morro do Machado, principal mobilizador das lideranças para essa reunião, para usar a palavra. • Sérgio da Silva deu as boas vindas e apresentou os convidados. • Levi Gama apresentou as etapas de elaboração do Diagnóstico Socioterritorial e em seguida fez uma atividade lúdica intitulada “Manchete Futura”, para perceber o nível de expectativa dos presentes. A pergunta feita aos participantes durante esta dinâmica foi: Que manchete você gostaria de ver nos jornais, após a conclusão das intervenções que serão realizadas pela empresa Águas das Agulhas Negras? Surgiram manchetes bem positivas, mas, em função da realidade atual das comunidades, alguns participantes não abriram mão de reivindicar mais atenção para seus bairros, com destaque para o Lavapés.

• Em seguida, Priscila dos Reis apresentou o planejamento da empresa para a realização das intervenções. • Logo depois, Rodrigo Alves detalhou para as lideranças presentes quais são as intervenções que serão feitas na região.


• Dando continuidade ao encontro, Levi Gama aplicou um questionário para levantar mais informações sobre o nível de conhecimento das lideranças sobre o tema saneamento.

• RESENDE É O PRIMEIRO MUNICÍPIO DO BRASIL A TRATAR 100% DO ESGOTO PRODUZIDO.

• Maria Madalena Baptista agradeceu a participação de todos.

• ÁREA DE LAZER PARA O BAIRRO LAVAPÉS.

• Os presentes ainda permaneceram no local por cerca de dez minutos preenchendo o questionário.

• NOSSO BAIRRO TEM TRATAMENTO DE ESGOTO E ÁGUA DE PRIMEIRA QUALIDADE.

• A seguir foi servido um café, o que fez com que o público permanecesse no local por mais uma hora, participando de uma conversa agradável, pontuada por pedidos de informação.

PESQUISA:

• Vários líderes presentes elogiaram muito a iniciativa da empresa Águas das Agulhas Negras.

Dos presentes, 13 (treze) pessoas responderam o questionário e o resultado médio da consulta foi o seguinte:

• Todos os participantes assinaram o livro de presença e preencheram a autorização para uso de imagem.

1- Tempo médio que mora no bairro -

32 anos

2- Maior preocupação da comunidade

MANCHETES FUTURAS: • QUERO QUE OLHE MAIS PELA COMUNIDADE. NÃO TEMOS ÁREA DE LAZER NO BAIRRO LAVAPÉS. • VICENTINA COM ÓTIMA ÁGUA E TRATAMENTO DE ESGOTO. • RESENDE RECEBE EXPANSÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO E TORNA-SE A MAIS DESENVOLVIDA NA ÁREA DE SANEAMENTO. • GOSTARIA DE MAIS ATENÇÃO PARA MEU BAIRRO. • PARABÉNS RESENDE, 100% DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO. • FINALMENTE NOSSO ESGOTO É 100% TRATADO. • CHEGAMOS AQUI NO SANTO AMARO. • LAVAPÉS TEM BOM SANEAMENTO PARA TODOS. • QUERIA QUE TIVESSE POSTO DE QUALIDADE PARA ATENDER A POPULAÇÃO. • GOSTARIA QUE AS BOCAS DE LOBO FOSSEM LIMPAS ANTES DAS CHUVAS.

-

A principal preocupação foi com a segurança

3- Os moradores de seu bairro participam de atividades de interesse da comunidade? -

A maioria não participa

4- Opinião sobre as obras de saneamento -

Muito importantes

5- O que entende por saneamento básico - - -

Serviços de esgoto (coleta e tratamento) Serviços de água (abastecimento e tratamento) Despoluição de rios, córregos, lagos, lagoas e canais.

6- Doenças relacionadas à falta de saneamento - - - - -

Diarreia Dengue Leptospirose Parasitoses Doença de pele

7- Transtornos causados pelas obras de saneamento - Maioria respondeu que não incomodam, pois são obras essenciais 205


8- Como minimizar os transtornos causados pelas obras de saneamento - -

Reuniões prévias Distribuição de folhetos

9- Participaria de cursos de capacitação ou projeto socioambiental -

Sim

10- Temas sugeridos - - -

Águas pluviais Tratamento de esgoto Qualquer tema dentro da area de saneamento

11- Pessoas indicadas como as que mais conhecem a comunidade -

-

Lavapés Luis Ricardo L. Martins Breno Pinto Ferreira Filho Sérgio Aparecido Santo Amaro Rogério Batista

-

Vicentina Ávila Eva Luiza Roseli

206

Tel.: 24 99991-0027 Tel.: 24 3354-5036 End.: Rua João Juvenal, 72 – Morro do Machado


207


REUNIÃO NO BAIRRO VILA JULIETA

OBSERVAÇÕES:

Dia 11 de julho de 2019 Local: Escola Arte Manhas Endereço: Rua Santos Dumont, 683 - Vila Julieta, Resende - RJ Tel.: 24 3354-6856 Horário de início: 18h30min Horário de término: 19h30min

• O presidente da Associação de Moradores do Bairro Jardim Brasília, Antônio Cardoso Gastão, informou que participava do encontro como representante da sua comunidade e também da Associação de Moradores do Parque Ipiranga I e II, atendendo ao pedido do presidente da entidade. Florival Nascimento não pôde comparecer à reunião por motivo de viagem de trabalho. • Devido a compromissos assumidos anteriormente, Rui Siqueira de Paiva e Silva desculpou-se por não participar do encontro até o final e saiu antes da aplicação do questionário. Ele também não informou sua data de nascimento.

BAIRROS REPRESENTADOS: - - - - - -

Vila Julieta Santa Cecília Nova Liberdade Jardim Brasília I e II Parque Ipiranga I e II Manejo

RELAÇÃO DOS PRESENTES: Nome Nasc. Telefone Bairro 1- Antônio Cardoso Gastão 19/10/39 24 98869-9403 Jardim Bra- sília II 2- Sandra Prado 24 99901-6990 Boa Vista I 3- Adriano Carvalho de Sá 13/12/72 24 99926-0928 Manejo 4- Rui Siqueira de Paiva e Silva 24 99995-9735 Vila Julieta 5- César Eduardo de Oliveira 25/12/68 24 99269-4700 Nova Liber- dade 6- Joaquim R. de Almeida 23/05/59 24 99831-4491 Manejo/ Sta. Cecília 7- Marilene da Silva Santos 18/10/60 24 99275-2504 Vila Julieta

EQUIPE DE TRABALHO: 1- Caio Linhares Gama 2- Levi Gama 3- Maria Madalena Baptista

RHO2 RHO2 RHO2

ATIVIDADES • Maria Madalena Baptista iniciou a reunião dando boas vindas e apresentando os presentes. • A seguir, Levi Gama expôs para os participantes as etapas da elaboração do Diagnóstico Socioterritorial e fez a atividade lúdica “Manchete Futura” com o objetivo de identificar o nível de expectativa dos presentes. A pergunta feita foi: Que manchete você gostaria de ver nos jornais, após a conclusão das intervenções que serão realizadas pela empresa Águas das Agulhas Negras? Durante a dinâmica surgiram manchetes muito positivas, que demonstraram que os líderes acreditam no projeto. Nesta atividade, foi possível perceber que, apesar de ser um grupo pequeno, seus integrantes eram muito bem informados e críticos, e que suas expectativas são bastante positivas. • Em seguida, Maria Madalena Baptista fez a apresentação do planejamento da empresa para a realização das intervenções. • Após, Levi Gama aplicou o questionário para levantar mais informações sobre o nível de conhecimento dos presentes acerca do tema saneamento. • O grupo se manteve por cerca de 30 minutos falando sobre as necessidades e possibilidades para a cidade de Resende. • Maria Madalena Baptista agradeceu a participação de todos. • Finalizando o encontro foi servido um café e os presentes se mantiveram por mais 30 minutos conversando sobre seus bairros e sobre os investimentos que virão. • A iniciativa, novamente, recebeu elogios de todos, inclusive dos mais críticos.

208


MANCHETES FUTURAS: • RESENDE ZERO ESGOTO ABERTO • RESENDE EM PRIMEIRO LUGAR NO TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO E VALORIZAÇÃO DO MEIO AMBIENTE • CIDADE DE RESENDE ATINGE 100% DE SEU ESGOTO TRATADO

6- Doenças relacionadas à falta de saneamento - - - - - -

Diarreia Dengue Leptospirose Parasitoses Hepatite A Doença de pele

7- Transtornos causados pelas obras de saneamento

• O PREÇO DA ÁGUA BAIXOU – O que gastamos de água é cobrado para o tratamento do esgoto (minha opinião – um absurdo)

Maioria respondeu que atrapalham pouco ou não incomodam, pois são obras essenciais. Porém, para uma participante, proprietária da Escola Arte Manhas, as obras atrapalham muito. Essa observação é em função de obras anteriores realizadas nas proximidades da sua escola.

• O SONHO DO BAIRRO NOVA LIBERDADE FOI REALIZADO. PARABÉNS ÁGUAS DAS AGULHAS NEGRAS

8- Como minimizar os transtornos causados pelas obras de saneamento

• O BAIRRO JARDIM BRASÍLIA II RECEBE TODA INFRAESTRUTURA E MELHORIA DE QUALIDADE DE VIDA DE SEUS MORADORES

- - -

Reuniões prévias Distribuição de folhetos Divulgação de esquema de trânsito alternativo

9- Participaria de cursos de capacitação ou projeto socioambiental -

PESQUISA:

10- Temas sugeridos - -

Dos presentes, 05 (cinco) pessoas responderam o questionário e o resultado médio da consulta foi o seguinte: 1- Tempo médio que mora no bairro -

Interesse médio

Preservação ambiental Combate às drogas

11- Pessoa que mais conhece a comunidade -

Santa Cecília: o Rosemira Indicada por Joaquim R. de Almeida - Tel.: 24 99831-4491

47 anos

2- Maior preocupação em relação a comunidade - -

Falta de atenção com o oferecimento de serviços Segurança

3- Os moradores de seu bairro participam de atividades de interesse da comunidade? -

Tem participação média

4- Opinião sobre as obras de saneamento -

Muito importantes

5- O que entende por saneamento básico - - -

Serviços de esgoto (coleta e tratamento) Serviços de água (abastecimento e tratamento) Coleta de lixo 209


210


REUNIÃO NO BAIRRO JARDIM ESPERANÇA

EQUIPE DE TRABALHO:

Dia 22 de julho de 2019 Local: Estabelecimento comercial desocupado Endereço: Rua Maria Cândida, nº 5 - Jardim Esperança, Resende - RJ Horário de início: 19h30min Horário de término: 21h

1- Caio Linhares Gama 2- Levi Gama 3- Maria Madalena Baptista

BAIRROS REPRESENTADOS:

- - -

Jardim Esperança Fazenda da Barra I Jardim do Sol

RELAÇÃO DOS PRESENTES: Nome Nasc. Telefone Bairro 1- Fernanda M. M. G. 17/09/1977 24 99043-3238 Jd do Sol 2- Joana D’Arc de Castro 23/07/1959 24 99959-6565 Jd do Sol 3- Clemilda Soares Coelho 04/08/1975 24 99996-3125 Jd do Sol 4- Maurício Costa dos Santos 27/07/1968 24 99865-6438 Jd do Sol 5- Edilane Aparecida Silva 18/05/1980 24 99324-3615 Jd Espe- rança 6- Ana Carolina Brito 02/07/1993 24 99849-5298 Faz. da Barra I 7- Andressa da Silva Tibúrcio 06/03/2007 Jd Espe - rança 8- Bruna da Silva Claudina 28/03/2006 Jd Espe- rança 9- Magno A. Penna 12 99776-2303 Jd Espe- rança 10- Anderson Pires Ferreira 24 99955-6643 Faz. da Barra I 11- Ronaldo da Silva 24/06/1982 24 98846-8286 Jd Espe- rança

RHO2 RHO2 RHO2

ATIVIDADES:

• Levi Gama agradeceu a presença de todos e convidou Ronaldo da Silva, presidente da Associação de Moradores dos Bairros Jardim Esperança e Fazenda da Barra I, e Joana D’Arc de Castro, presidente da Associação de Moradores do Jardim do Sol, para apresentar os presentes. • Em seguida, ele detalhou as etapas de elaboração do Diagnóstico Socioterritorial e fez a atividade lúdica “Manchete Futura” para levantar o nível de expectativa dos presentes, fazendo a seguinte pergunta aos participantes: Que manchete você gostaria de ver nos jornais, após a conclusão das intervenções que serão realizadas pela empresa Águas das Agulhas Negras? Apesar das dificuldades enfrentadas pelos moradores desses bairros, as manchetes foram bem positivas. • Logo após, Maria Madalena Baptista fez a apresentação do planejamento da empresa para a realização das intervenções. • Como última etapa do encontro, Levi Gama aplicou um questionário para levantar mais informações sobre o nível de conhecimento dos presentes acerca do tema saneamento. • Maria Madalena Baptista agradeceu a participação de todos. • A seguir, foi servido um café aos participantes, o que fez com que eles permanecessem no local por mais 30 minutos. Neste bate papo, as lideranças continuaram a falar sobre o tema e aproveitaram para pedir mais informações sobre o projeto. • Foram registradas muitas reivindicações de melhorias para o bairro, e cobranças relacionadas à finalização das obras, como arrumar as ruas após as intervenções. No geral, no entanto, houve uma avaliação positiva acerca da iniciativa da empresa Águas das Agulhas Negras.

211


MANCHETES FUTURAS:

- -

Saneamento básico – mau cheiro de esgoto Saúde

3- Os moradores de seu bairro participam de atividades de interesse da comunidade? - Participação alta • QUERO QUE RESENDE SEJA EXEMPLO DE LIMPEZA COM LOTES SEM SUJEIRAS E O JARDIM ESPERANÇA SEJA EXEMPLO DISSO. • A EMPRESA ÁGUAS DAS AGULHAS NEGRAS INFORMA QUE O BAIRRO JARDIM DO SOL AGORA TERÁ SANEAMENTO BÁSICO E UMA INFRAESTRUTURA MUITO MELHOR. • A GRANJA SÃO JANUÁRIO TERÁ SANEAMENTO BÁSICO, ILUMINAÇÃO E O JARDIM DO SOL, POSTO DE SAÚDE, QUADRA E CRECHE. • GRANJA SÃO JANUÁRIO OBTÉM ESGOTO, ILUMINAÇÃO E ASFALTO. • QUE RESENDE FOSSE UMA DAS CIDADES MAIS ORGANIZADAS NA LIMPEZA. • JARDIM ESPERANÇA É EXEMPLO DE BAIRRO LIMPO E SEM ENTULHOS. • JARDIM DO SOL – MELHOR BAIRRO DE RESENDE. COLÉGIO, CRECHE, POSTO DE SAÚDE E PRAÇA. • RESENDE – A CIDADE DA ÁGUA MAIS LIMPA DO RIO DE JANEIRO. • JARDIM ESPERANÇA E FAZENDA DA BARRA I – ENSINO MÉDIO E OFERTA DE CURSOS DE CAPACITAÇÃO PARA JOVENS. • MELHORIAS DA PAVIMENTAÇÃO E DA ÁGUA NO BAIRRO JARDIM ESPERANÇA.

PESQUISA:

Dos presentes, 09 (nove) pessoas responderam o questionário e o resultado médio da consulta foi o seguinte: 1- Tempo médio que mora no bairro - 16 anos 2- Maior preocupação em relação a comunidade - Segurança

212

4- Opinião sobre as obras de saneamento - Muito importantes 5- O que entende por saneamento básico - Serviços de esgoto (coleta e tratamento) - Serviços de água (abastecimento e tratamento) - Drenagem - Coleta de lixo - Despoluição de rios, córregos, lagos, lagoas e canais 6- Doenças relacionadas à falta de saneamento - Diarreia - Dengue - Leptospirose - Parasitoses - Doença de pele 7- Transtornos causados pelas obras de saneamento - Não incomodam, pois são obras essenciais 8- Como minimizar os transtornos causados pelas obras de saneamento - Distribuição de folhetos - Divulgação de esquema de trânsito alternativo 9- Participaria de cursos de capacitação ou projeto socioambiental - Sim 10- Temas sugeridos - Água e esgoto - Projetos ambientais - Saúde 11- Pessoa que mais conhece a comunidade - Jardim Esperança: o Maria do Bar § Indicada por Edilane A. Silva - Tel.:24 993243615 o José Carlos Pereira dos Santos - Tel.: 24 99967-4050 - Jardim do Sol: o Joana D’Arc de Castro Almeida - Tel.:24 99959-6565 o Maurício Costa dos Santos - Tel.: 24 99865-6438 o João Lisboa da Silva (recado com a filha Daiana) – Tel.: 24 99972-4536


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REUNIÃO NO BAIRRO NOVA ALEGRIA

ATIVIDADES:

Dia 23 de julho de 2019 Local: Sede da Associação de Moradores Endereço: Rua Gabriel Miranda, s/nº - Praça Nova Alegria, Resende - RJ Tel.: 24 3355-1522 Horário de início: 19h Horário de término: 20h30min

• Maria Madalena Baptista fez a abertura da reunião agradecendo a presença de todos e apresentando nominalmente os participantes.

BAIRROS REPRESENTADOS: - - -

• Levi Gama expôs as etapas da elaboração do Diagnóstico Socioterritorial e fez a atividade lúdica “Manchete Futura” para perceber o nível de expectativa dos presentes. A pergunta proposta ao grupo foi: Que manchete você gostaria de ver nos jornais, após a conclusão das intervenções que serão realizadas pela empresa Águas das Agulhas Negras? A maioria dos presentes preferiu expressar seus desejos fazendo reivindicações, mas também houve manchetes positivas. • A seguir, Maria Madalena Baptista apresentou o planejamento da empresa. • Levi Gama aplicou um questionário para levantar mais informações sobre o nível de conhecimento das lideranças acerca do tema saneamento.

Cidade Alegria Nova Alegria Itapuca

• Maria Madalena Baptista agradeceu a participação de todos.

RELAÇÃO DOS PRESENTES: Nome Nasc. Telefone Bairro 1- João Salvador de Souza 24/04/1954 24 99942-2893 Cidade Alegria 2- Jorge Herculano F. da Silva 23/04/1960 24 99855-5509 Nova Ale gria 3- Maria Cristina 28/09/1957 24 99844-4119 Nova Ale gria 4- Wagner Gonçalves 08/10/1954 24 99838-9763 Cidade Alegria 5- Rosilane Faria Correa 25/12/0000 24 99915-0525 Cidade Alegria 6- Paulo César da Costa 09/01/1967 24 99971-6468 Itapuca

• Encerrando a reunião, foi servido um café durante o qual os presentes conversaram animadamente e trocaram contatos.

MANCHETES FUTURAS: • DESEJO MAIS APROXIMAÇÃO ENTRE A EMPRESA E A COMUNIDADE PARA TRAZER PROJETOS QUE BENEFICIEM A POPULAÇÃO E COM MAIOR ABRANGÊNCIA NO FORNECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO TRATADO. •100% DO ESGOTO A CÉU ABERTO EM RESENDE ESTÁ SENDO COLETADO E TRATADO. • QUERIA QUE A ÁGUA DAS AGULHAS NEGRAS TIVESSE UM PROJETO PARA TRATAMENTO DAS POUCAS MINAS NATURAIS DE NOSSA REGIÃO PARA ATENDER A POPULAÇÃO. • QUERO QUE NÃO TENHA MAIS ENCHENTE NA AVENIDA B COM A RUA MEIRE LÚCIA SANTOS. QUANDO CHOVE FICA TUDO ALAGADO.

EQUIPE DE TRABALHO: 1- Levi Gama 2- Maria Madalena Baptista 214

RHO2 RHO2

• LIMPEZA DE ESGOTO, JÁ QUE PAGAMOS MENSALMENTE UM ABSURDO. PRECISAMOS ACABAR COM O MAU CHEIRO DENTRO DE NOSSAS CASAS. SE LIMPAR OS ESGOTOS NÃO VAI HAVER RUAS INUNDADAS E ATÉ DENTRO DE CASA NOS RALOS.


• QUERIA VER O CANAL PRINCIPAL DA CIDADE ALEGRIA MELHOR CUIDADO PELA PREFEITURA E PELOS MORADORES. CADA UM FAZENDO A SUA PARTE.

7- Transtornos causados pelas obras de saneamento -

Não incomodam, pois são obras essenciais

8- Como minimizar os transtornos causados pelas obras de saneamento

PESQUISA: As 06 (seis) pessoas presentes responderam o questionário e o resultado médio da consulta foi o seguinte: 1- Tempo médio que mora no bairro -

35 anos

2- Maior preocupação em relação a comunidade - - - - - -

Segurança Qualidade da água Crianças na rua Falta de atividades culturais Saneamento básico Falta de trabalho social

3- Os moradores de seu bairro participam de atividades de interesse da comunidade? -

Participação média

4- Opinião sobre as obras de saneamento -

- - -

Distribuição de folhetos Reuniões prévias Divulgação de esquema de trânsito alternativo

9- Participaria de cursos de capacitação ou projeto socioambiental -

Sim

10- Temas sugeridos - - -

Projetos sociais Projetos ambientais Saúde

11- Pessoa que mais conhece a comunidade - -

-

Cidade Alegria: Matias Nova Alegria: o Jorge Herculano F. da Silva - Tel.: 24 99855-5509 o Geraldo o Sônia - Tel.: 24 99512-5184 Itapuca: o Luís Carlos Medeiros § Indicado por Paulo César da Costa - Tel.: 24 99971-6468

Muito importantes

5- O que entende por saneamento básico - - - -

Serviços de esgoto Serviços de água Drenagem Despoluição de rios, córregos, lagos, lagoas e canais.

6- Doenças relacionadas à falta de saneamento - - - - - -

Diarreia Dengue Leptospirose Parasitoses Hepatite A Doença de pele

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REUNIÃO NO BAIRRO ALTO DOS PASSOS

Em seguida, ele explicou as etapas da elaboração do Diagnóstico Socioterritorial.

Dia 26 de julho de 2019 Local: Caixa D’Água Endereço: Rua Juca de Matos, s/nº - Alto dos Passos, Resende - RJ Horário de início: 19h Horário de término: 21h

• Logo após, José do Carmo realizou a atividade lúdica “Manchete Futura”, com o objetivo de identificar o nível de expectativa dos presentes. Mais uma vez, a questão proposta foi: Que manchete você gostaria de ver nos jornais, após a conclusão das intervenções que serão realizadas pela empresa Águas das Agulhas Negras? Apesar de este ser um grupo com reivindicações que extrapolam o contexto de água e esgoto, foram elaboradas manchetes interessantes durante o encontro, demonstrando uma expectativa positiva das lideranças com relação às intervenções que serão realizadas na região.

BAIRROS REPRESENTADOS: - - -

• Em seguida, Maria Madalena Baptista fez uma breve explanação sobre o planejamento da empresa.

Vila Moderna Alto dos Passos

RELAÇÃO DOS PRESENTES:

• Levi Gama aplicou um questionário para levantar mais informações sobre o nível de conhecimento dos participantes acerca do tema saneamento. • Maria Madalena Baptista agradeceu a participação de todos.

Nome Nasc. Telefone Bairro 1- Luciano Soares Faria 12/80/71 24 99880-5237 Alto dos Passos 2- Marcelo Joaquim 31/10/73 24 99961-3347 Alto dos Passos 5- Marco Aurélio Diniz 12/08/71 24 99852-0267 Vila Moder na 6- Paulo Souza Costa Filho 09/10/55 Vila Moder na

• Finalizando o evento, foi servido um café durante o qual os presentes conversaram sobre as necessidades de seus bairros por cerca de 30 minutos.

MANCHETES FUTURAS: - A CAPELA MORTUÁRIA AGORA TEM SEU ESGOTO TRATADO E A VILA MODERNA 100% ASFALTADA.

EQUIPE DE TRABALHO:

- NOVO SISTEMA FAZ ÁGUA NA VILA MODERNA FICAR MAIS BARATA.

1- Levi Gama 3- Maria Madalena Baptista 4- José do Carmo Alves

-

RHO2 RHO2 RHO2

OBSERVAÇÃO: O Senhor Paulo Souza Costa não utiliza celular e não possui telefone fixo.

ATIVIDADES • Levi Gama iniciou o encontro dando as boas vindas aos participantes, apresentando a equipe da RHO2 e pedindo aos presentes que se identificassem.

VILA MODERNA ESTÁ 100% COM ÁGUA E SANEAMENTO.

- ALTO DOS PASSOS ESTÁ MUITO MELHOR: TEM ASFALTO E TRATAMENTO DE ESGOTO. - AGORA MEU BAIRRO ESTÁ ASFALTADO E COM ESGOTO TRATADO. -

PESQUISA: As 04 (quatro) pessoas presentes responderam o questionário e o resultado médio da consulta foi o seguinte:

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1- Tempo médio que mora no bairro -

42 anos

2- Maior preocupação em relação a comunidade - - -

Segurança Tratamento de esgoto (Capela Mortuária) Falta da presença do poder público

10-Temas sugeridos - - - -

11- Pessoa que mais conhece a comunidade -

3- Os moradores de seu bairro participam de atividades de interesse da comunidade? -

Pouco ou quase nada

4- Opinião sobre as obras de saneamento -

Muito importantes

5- O que entende por saneamento básico - - - - -

Serviços de esgoto Serviços de água Drenagem Coleta de lixo Despoluição de rios, córregos, lagos, lagoas e canais.

6- Doenças relacionadas à falta de saneamento - - - - -

Diarreia Dengue Leptospirose Doença de pele Rotavírus

7-Transtornos causados pelas obras de saneamento -

Médio ou nenhum

8- Como minimizar os transtornos causados pelas obras de saneamento - - -

Distribuição de folhetos Reuniões prévias Divulgação de esquema de trânsito alternativo

9- Participaria de cursos de capacitação ou projeto socioambiental -

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Sim

Meio ambiente Primeiros socorros Obras Área administrativa

-

Vila Moderna: o Sr. Lima § Indicado por Marco Aurélio Diniz - Tel.: 24 99852-0267 o José Soares § Indicado por Marco Aurélio Diniz - Tel.: 24 99852-0267 Alto dos Passos: o Mauro Almeida § Indicado por Luciano Soares Faria - Tel.: 24 99880-5237


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PESQUISA DE CAMPO

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RELATÓRIO DA PESQUISA DE CAMPO

A concessionária Águas das Agulhas Negras, tendo em vista investimentos a serem realizados na cidade de Resende, destinados à obras de saneamento, com ampliação de redes de água potável e de esgoto, decidiu pela realização de uma pesquisa de opinião entre os moradores dos bairros alvos das melhorias. O objetivo da iniciativa foi conhecer a visão da população sobre aspectos elementares do saneamento básico, promover uma avaliação dos serviços prestados pela empresa, detectar as características da população e sua visão futura sobre medidas mitigadoras dos impactos das obras no cotidiano dos moradores. Foram realizadas 824 entrevistas, conforme formulário previamente aprovado, distribuídas em seis regiões que aglutinam os bairros pesquisados, sendo que, deste total, 804 questionários foram aproveitados. Os vinte excedentes foram descartados por conterem erros materiais identificados pelo sistema de consolidação on line google form. As amostras regionais e por bairros foram definidas a partir de informações disponíveis no sistema SIDRA do IBGE, resultando na amostra a seguir listada.

não foram tabulados. Excepcionalmente, em casos que se façam muito necessários, pode-se proceder à tabulação por regiões, ressalvadas as possibilidade de erros estatísticos incontornáveis. As informações individualizadas de cada bairro e/ou região estão contempladas nas entrevistas e reuniões com lideranças e na pesquisa secundária que compõem este diagnóstico. A capacitação da equipe de campo ocorreu em três etapas. Na primeira, os pesquisadores foram apresentados a um material teórico sobre pesquisa, estatística e maiores causas de erros no processo de coleta de informações; em seguida foram aplicados questionários entre os membros da equipe. A partir das dificuldades iniciais encontradas, foi procedida a alteração do formulário em papel e via eletrônica. No terceiro momento, os pesquisadores foram a campo aplicando o formulário e transmitindo-o on line, com ajustes finais decorrentes da experiência em campo. Somente após essas três etapas, a equipe dirigiu-se às ruas, seguindo uma plano de amostra que ia sendo atualizado e corrigido a cada noite. O resultado final do trabalho de campo foi então transformado em uma planilha EXCEL contendo abas iniciais com a planilha obtida pelo Google Form (respostas), seguido de uma aba (planilha de trabalho) que foi criticada, sistematizada e transformada em uma aba (dados), que foi objeto de análise e produção de tabelas e gráficos para cada questão do formulário aplicado.

Amostra ZERADA aparece por duas razões: ou a população estimada do bairro é irrelevante frente à população da região, ou a quota da pesquisa foi completada por entrevistas realizadas na mesma região. Em ambos os casos, os resultados apresentados estão dentro da margem de erro e de confiança esperados. A maioria dos formulários foi aplicada por pesquisadores treinados e capacitados não só na metodologia de abordagem, mas também no uso de formulário eletrônico, o que reduziu a quase ZERO os erros decorrentes da digitação dos resultados obtidos em campo. Menos de 10% dos formulários foram transmitidos posteriormente à sua coleta, devido à ausência de sinal de internet no local. Foi utilizado o Google Form para consolidação on line dos dados. Diariamente, após as pesquisas serem sistematizadas, um plano de trabalho para o dia seguinte foi produzido em função da amostra desejada por bairro e sexo (50% X 50%). Após a conclusão de campo, os dados foram migrados para a planilha Excel. Os dados ora apresentados representam cientificamente a realidade do conjunto de bairros estabelecidos e analisados. Os agrupamentos de bairros que compõem cada região foram definidos por uma questão logística e foram montados a partir de informações do Sidra – IBGE, asseguradas as proporcionalidades populacionais. Os resultados por região não têm o mesmo grau de confiança e erros da amostra total de 804 pesquisados, razão pela qual 221


O resultado deste trabalho está apresentado no formato de tabela e gráfico após cada questão do formulário aplicado.

REGIÕES

REGIÃO 1 (50)

REGIÃO 2 (131)

REGIÃO 3 (154)

REGIÃO 4 (98)

REGIÃO 5 (329)

REGIÃO 6 (42)

222

TABELA DE AMOSTRA BAIRROS PARQUE IPIRANGA I PARQUE IPIRANGA II JARDIM BRASÍLIA I JARDIM BRASÍLIA II VILA ADELAIDE CONDOMÍNIO DO TÁCITO VILA CENTRAL EUCALIPTAL VILA ELIZABETH ALTO DOS PASSOS VILA MODERNA SANTO AMARO VICENTINA VILA NOVA CENTRO LAVAPÉS MORRO DO BATISTA MORRO DO MACHADO VILA VERDE SURUBI NOVO ALTO SURUBI PARQUE CASTRO E SILVA SURUBI VELHO BARBOSA LIMA CENTRO CAMPOS ELÍSEOS COMERCIAL JARDIM TROPICAL MANEJO SANTA CECÍLIA LIBERDADE NOVA LIBERDADE VILA JULIETA VILA HULDA ROCHA TOYOTA CAMPO BELO MORADA DA BARRA TOTAL GERAL

AMOSTRA 17 3 20 8 2 0 0 0 0 15 19 54 43 0 27 14 11 2 7 40 25 0 28 17 26 51 0 4 0 39 91 56 139 4 36 3 3 804


IDENTIFICAÇÃO/PERFIL DOS ENTREVISTADOS •

FEMININO MASCULINO

Sexo SEXO

% 54,0 46,0

FREQ 434 370 804

Idade

ATÉ 24 ANOS 25 A 35 ANOS 36 A 50 ANOS ACIMA DE 50 ANOS

IDADE

% 9,0 19,8 25.1 46,1

FREQ 72 159 202 371 804

223


RESULTADOS DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

Bairro onde mora São os números da TABELA DE AMOSTRA acima.

MENOS DE 1 ANO ATÉ 5 ANOS 6 A 10 ANOS 11 A 20 ANOS 21 A 30 ANOS 31 A 40 ANOS 41 A 50 ANOS ACIMA DE 50 ANOS

TEMPO

% 4,0 18,8 12,4 17,4 14,2 13,4 10,4 9,3

224

FREQ 32 151 100 140 114 108 84 75 804

Tempo de residência no bairro (em anos)

1 - Escolaridade NÃO SABE LER OU ESCREVER FUNDAMENTAL INCOMPLETO FUNDAMENTAL COMPLETO MÉDIO INCOMPLETO MÉDIO COMPLETO SUPERIOR INCOMPLETO SUPERIOR COMPLETO ESPECIALIZAÇÃO MESTRADO

% 1,6 17,8 12,6 7,6 41,5 4,4 12,3 2,0 0,2 100,0

FREQ 13 143 101 61 334 35 99 16 2 804


2 – Você possui fonte de renda?

ATÉ 1 SM ATÉ 2 SM DE 3 A 5 SM DE 5 A 8 SM DE 8 A 10 SM MAIS DE 10 SM NÃO SABE

3 – Qual é o seu trabalho ou atividade cotidiana?

% 18,4 36,8 22,6 3,0 0,6 0,9 17,7 100,0

FREQ 148 296 182 24 5 7 142 804

EMPREGADO AUTÔNOMO APOSENTADO / PENSIONISTA DO LAR ESTUDANTE DESEMPREGADO EMPRESÁRIO / EMPREENDEDOR FUNCIONÁRIO PÚBLICO OUTROS

% 24,1 19,8 29,5 7,3 2,1 10,9 2,6 2,4 1,2 100,0

FREQ 194 159 237 59 17 88 21 19 10 804

• Bairro onde trabalha Menos de 10% dos entrevistados indicaram trabalhar em bairros diferentes do de moradia, o que torna a amostra obtida insuficiente para informação conclusiva. Esse resultado era esperado, dado que as entrevistas ocorreram pela manhã e pela tarde, nas ruas e residências dos bairros alvo. Mesmo nos locais de comércio, as entrevistas são realizadas com transeuntes devido a quase constante impossibilidade de se entrevistar, por mais de 15 a 20 minutos, quem esteja trabalhando.

225


4 – Quantas pessoas moram na sua casa ou apartamento?

226

PESSOAS POR MORADIA

% MORADORES POR CASA

FREQ

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

11,8 23,3 25,2 20,4 10,4 5,0 1,5 1,0 0,6 0,0 0,1 0,1 0,2 0,0 0,2 100,0

95 187 203 164 84 40 12 8 5 0 1 1 2 0 2 804

5 – Você recebe algum benefício social?

NÃO SIM

% 92,8 7,2 100,0

FREQ 746 58 804

% 1,7 0,1 4,4 0,1 0,2 0,6 7,2

FREQ 14 1 35 1 2 5 58

5.1 - Qual

APOSENTADORIA BOLSA ESCOLA BOLSA FAMÍLIA INVALIDEZ PENSÃO SEGURO DESEMPREGO


6 – Qual é a renda total de sua família?

ATÉ 1 SM ATÉ 2 SM DE 3 A 5 SM DE 5 A 8 SM DE 8 A 10 SM MAIS DE 10 SM NÃO SABE

7 – O principal responsável financeiro da sua casa é

% 18,4 36,8 22,6 3,0 0,6 0,9 17,7 100,0

FREQ 148 296 182 24 5 7 142 804

Questões ligadas à renda apresentam grande resistência de serem respondidas, por razões de comportamento social. Além disso, a pergunta formulada foi sobre a renda familiar, que nem sempre é uma informação partilhada nas famílias.

HOMEM COM MENOS DE 60 ANOS MULHER COM MENOS DE 60 ANOS HOMEM COM MAIS DE 60 ANOS MULHER COM MAIS DE 60 ANOS HOMEM COM MAIS DE 60 ANOS, APOSENTADO MULHER COM MAIS DE 60 ANOS, APOSENTADA HOMEM COM MENOS DE 60 ANOS, APOSENTADO MULHER COM MENOS DE 60 ANOS, APOSENTADA HOMEM COM MAIS DE 60 ANOS, MULHER COM MAIS DE 60 ANOS HOMEM COM MAIS DE 60 ANOS, MULHER COM MAIS DE 60 ANOS, APOSENTADA HOMEM COM MENOS DE 60 ANOS, HOMEM COM MAIS DE 60 ANOS, APOSENTADO HOMEM COM MENOS DE 60 ANOS, MULHER COM MAIS DE 60 ANOS HOMEM COM MENOS DE 60 ANOS, MULHER COM MENOS DE 60 ANOS MULHER COM MENOS DE 60 ANOS, HOMEM COM MAIS DE 60 ANOS MULHER COM MENOS DE 60 ANOS, MULHER COM MAIS DE 60 ANOS, APOSENTADA APOSENTADO

SEXO / IDADE HOMEM COM MENOS DE 60 ANOS HOMEM COM MAIS DE 60 ANOS MULHER COM MENOS DE 60 ANOS MULHER COM MAIS DE 60 ANOS

APOSENTADO

% 38,3 18,3 12,8 7,8 10,0 5,3 1,7 1,0

FREQ 308 147 103 63 80 43 14 8

0,1

1

0,4

3

0,1

1

0,1

1

2,7

22

0,2

2

0,1 0,9 100,0

1 7 804

NÃO APOSENTADO

TOTAL

15

331

346

84

110

194

9

172

181

49

65

114

227


8 - Quais são os pontos POSITIVOS de morar no seu bairro? (Mais de uma opção pode ser marcada) % SEGURANÇA, PROXIMIDADE DE IGREJAS 1,5 SEGURANÇA, PROXIMIDADE COM PARENTES E AMIGOS 1,6 SEGURANÇA, ÁREA VERDE 1,2 SEGURANÇA, ACESSO AO TRANSPORTE PÚBLICO 1,1 SEGURANÇA, ABASTECIMENTO DE ÁGUA 1,5 SEGURANÇA 8,6 PROXIMIDADE DE IGREJAS, PROXIMIDADE COM PARENTES E AMIGOS 1,1 PROXIMIDADE DE IGREJAS, ESGOTAMENTO SANITÁRIO 0,7 PROXIMIDADE DE IGREJAS, ACESSO AO TRANSPORTE PÚBLICO 1,2 PROXIMIDADE DE IGREJAS 1,6 PROXIMIDADE COM PARENTES E AMIGOS 5,2 OUTROS 2,9 NÃO SABE RESPONDER 12,1 ESGOTAMENTO SANITÁRIO 0,5 ÁREA VERDE 1,2 ACESSO AO TRANSPORTE PÚBLICO 1,5 ACESSO À REDE DE SAÚDE, SEGURANÇA 9,8 ACESSO À REDE DE SAÚDE, PROXIMIDADE DE IGREJAS 4,7 ACESSO À REDE DE SAÚDE, PROXIMIDADE COM PARENTES E AMIGOS 1,6 ACESSO À REDE DE SAÚDE, ESGOTAMENTO SANITÁRIO 3,6 ACESSO À REDE DE SAÚDE, ÁREA VERDE 1,6 ACESSO À REDE DE SAÚDE, ACESSO À ÁREAS DE LAZER E SERVIÇOS 6,6 ACESSO À REDE DE SAÚDE, ABASTECIMENTO DE ÁGUA 3,0 ACESSO À REDE DE SAÚDE, ACESSO AO TRANSPORTE PÚBLICO 2,6 ACESSO À REDE DE SAÚDE 8,5 ACESSO À ÁREAS DE LAZER E SERVIÇOS, SEGURANÇA 4,1 ACESSO À ÁREAS DE LAZER E SERVIÇOS, PROXIMIDADE DE IGREJAS 1,5 ACESSO À ÁREAS DE LAZER E SERVIÇOS, ÁREA VERDE 1,6 ACESSO À ÁREAS DE LAZER E SERVIÇOS 3,2 ABASTECIMENTO DE ÁGUA, ACESSO AO TRANSPORTE PÚBLICO 2,9 ABASTECIMENTO DE ÁGUA 1,0

228

12 13 10 9 12 69 9 6 10 13 42 23 97 4 10 12 79 38 13 29 13 53 24 21 68 33 12 13 26 23 8 804

Pontos positivos mais citados

ACESSO À REDE DE SAÚDE SEGURANÇA ACESSO À ÁREAS DE LAZER E SERVIÇOS PROXIMIDADE DE IGREJAS NÃO SABE RESPONDER PROXIMIDADE COM PARENTES E AMIGOS ACESSO AO TRANSPORTE PÚBLICO ABASTECIMENTO DE ÁGUA ÁREA VERDE ESGOTAMENTO SANITÁRIO OUTROS

Pontos positivos mais citados em gráfico

CITAÇÕES 338 237 137 100 97 77 75 67 46 39 23


9 - Quais são os pontos NEGATIVOS de morar no seu bairro? (Mais de uma opção pode ser marcada) % FREQ SEGURANÇA, ESGOTAMENTO SANITÁRIO 2,4 19 SEGURANÇA, ÁREA VERDE 1,2 10 SEGURANÇA, ACESSO AO TRANSPORTE PÚBLICO 1,9 15 SEGURANÇA 12,4 100 PROXIMIDADE COM PARENTES E AMIGOS 1,6 13 OUTROS 10,3 83 NÃO SABE RESPONDER 28,6 230 ESGOTAMENTO SANITÁRIO 7,1 57 ÁREA VERDE 1,2 10 ACESSO AO TRANSPORTE PÚBLICO 11,9 96 ACESSO À REDE DE SAÚDE, SEGURANÇA 1,6 13 ACESSO À REDE DE SAÚDE, ESGOTAMENTO SANITÁRIO 1,1 9 ACESSO À REDE DE SAÚDE, ACESSO AO TRANSPORTE PÚBLICO 0,6 5 ACESSO À REDE DE SAÚDE, ACESSO À ÁREAS DE LAZER E SERVIÇOS 2,2 18 ACESSO À REDE DE SAÚDE, ABASTECIMENTO DE ÁGUA 1,0 8 ACESSO À REDE DE SAÚDE 2,4 19 ACESSO À ÁREAS DE LAZER E SERVIÇOS, SEGURANÇA 3,0 24 ACESSO À ÁREAS DE LAZER E SERVIÇOS, ACESSO AO TRANSPORTE PÚBLICO 2,0 16 ACESSO À ÁREAS DE LAZER E SERVIÇOS 4,6 37 ABASTECIMENTO DE ÁGUA 2,7 22 100,0 804

Pontos negativos citados

NÃO SABE RESPONDER SEGURANÇA ACESSO AO TRANSPORTE PÚBLICO ESGOTAMENTO SANITÁRIO OUTROS ACESSO À REDE DE SAÚDE ACESSO À ÁREAS DE LAZER E SERVIÇOS ABASTECIMENTO DE ÁGUA ÁREA VERDE PROXIMIDADE COM PARENTES E AMIGOS PROXIMIDADE DE IGREJAS

CITAÇÕES 230 181 132 85 83 72 71 30 20 13 0

Pontos negativos em gráfico

229


10 – Quais destes aspectos são mais importantes em um bairro? (Mais de uma opção pode ser marcada) ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO SANITÁRIO ACESSO À SAÚDE ÁREAS DE LAZER ÁREAS DE LAZER, ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO SANITÁRIO ÁREAS DE LAZER, ACESSO A SAÚDE ÁREAS DE LAZER, LIMPEZA NAS RUAS ÁREAS DE LAZER, LIMPEZA NAS RUAS, SEGURANÇA PÚBLICA ÁREAS DE LAZER, PROGRAMAÇÃO CULTURAL, LIMPEZA NAS RUAS ÁREAS DE LAZER, SEGURANÇA PÚBLICA ÁREAS DE LAZER, SEGURANÇA PÚBLICA, ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO SANITÁRIO ÁREAS DE LAZER, SEGURANÇA PÚBLICA, ACESSO À SAÚDE LIMPEZA NAS RUAS LIMPEZA NAS RUAS, ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO SANITÁRIO LIMPEZA NAS RUAS, SEGURANÇA PÚBLICA, ACESSO À SAÚDE LIMPEZA NAS RUAS, SEGURANÇA PÚBLICA, ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO SANITÁRIO OUTROS PROGRAMAÇÃO CULTURAL, ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROGRAMAÇÃO CULTURAL, SEGURANÇA PÚBLICA PROGRAMAÇÃO ESPORTIVA SEGURANÇA PÚBLICA SEGURANÇA PÚBLICA, ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO SANITÁRIO SEGURANÇA PÚBLICA, ACESSO À SAÚDE

Aspectos importantes em gráfico

230

% 8,2 8,3 7,5

66 67 60

1,9 1,5 3,6

15 12 29

3,7

30

2,9 2,0

23 16

3,4

27

2,6 3,2

21 26

3,4

27

6,7

54

5,7 5,3 0,9 2,0 1,5 9,3

46 43 7 16 12 75

9,6 6,8

77 55 804

Aspectos importantes citados SEGURANÇA PÚBLICA ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO SANITÁRIO ÁREAS DE LAZER ACESSO À SAÚDE LIMPEZA NAS RUAS PROGRAMAÇÃO CULTURAL OUTROS PROGRAMAÇÃO ESPORTIVA

CITAÇÕES 420 265 233 209 179 46 43 12


11 - A quem você procura para corrigir problemas do seu bairro?

12 – Avalie estes serviços de infraestrutura, oferecidos em seu bairro. (Mais de uma opção pode ser marcada) Dados muito longos, aqui representados em pequenos gráficos

PODER PÚBLICO NÃO SABE RESPONDER OUTROS EMPRESAS LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS POLÍCIA MILITAR MÍDIAS SOCIAIS IGREJAS IMPRENSA ESCOLAS

% 47,9 18,3 9,6 8,6 7,6 5,6 1,5 0,6 0,2 0,1 100,0

FREQ 385 147 77 69 61 45 12 5 2 1 804

231


232


13 – Quando houver obras na rua para implantação de água e esgoto, quanto elas atrapalharão seu dia a dia?

ATRAPALHARÃO, MAS SÃO OBRAS IMPORTANTES POUCO MÉDIO MUITO NÃO SABE RESPONDER

% 39,4 21,0 18,3 19,0 2,2 100,0

FREQ 317 169 147 153 18 804

233


14 – Em sua opinião, o que pode ser feito para diminuir os incômodos das obras de saneamento? (Mais de uma opção pode ser marcada)

REUNIÕES PRÉVIAS COM OS MORADORES DISTRIBUIÇÃO DE FOLHETOS EXPLICATIVOS ANTECIPADAMENTE OBRAS RÁPIDAS CARRO DE SOM DIVULGAÇÃO DE ESQUEMA DE TRÂNSITO ALTERNATIVO OUTROS

234

% FREQ 44,5 358 22,9

184

15,9 5,7

128 46

6,0

48

3,2

26

15 – Você conhece a empresa Águas das Agulhas Negras?

SIM NÃO NÃO SABE RESPONDER

% 88,8 9,3 1,9 100,0

FREQ 714 75 15 804


16 – O que você considera como saneamento básico? (Mais de uma alternativa pode ser marcada) %

FREQ

58,3

469

SERVIÇOS DE ÁGUA (ABASTECIMENTO E TRATAMENTO)

650

SERVIÇOS DE ÁGUA (ABASTECIMENTO E TRATAMENTO) 19,8

159

SERVIÇOS DE ESGOTO (COLETA E TRATAMENTO)

634

SERVIÇOS DE ESGOTO (COLETA E TRATAMENTO)

8,1

65

COLETA DE LIXO

21

NÃO SABE RESPONDER

6,2

50

14

DESPOLUIÇÃO DE RIOS, CÓRREGOS, LAGOS, LAGOAS E CANAIS

DESPOLUIÇÃO DE RIOS, CÓRREGOS, LAGOS, LAGOAS E CANAIS

1,7

14

PAVIMENTAÇÃO

13

COLETA DE LIXO

1,6

13

DRENAGEM

8

SERVIÇOS DE ÁGUA (ABASTECIMENTO E TRATAMENTO), PAVIMENTAÇÃO

1,0

8

ILUMINAÇÃO PÚBLICA

5

SERVIÇOS DE ÁGUA (ABASTECIMENTO E TRATAMENTO), COLETA DE LIXO

1,0

8

SERVIÇOS DE ÁGUA (ABASTECIMENTO E TRATAMENTO), DRENAGEM

0,7

6

PAVIMENTAÇÃO

0,6

5

ILUMINAÇÃO PÚBLICA

0,6

5

DRENAGEM

0,2

2

SERVIÇOS DE ÁGUA (ABASTECIMENTO E TRATAMENTO), SERVIÇOS DE ESGOTO (COLETA E TRATAMENTO)

CITAÇÕES

804

235


17 – Você conhece alguma Estação de Tratamento de Água (ETA)?

SIM NÃO

236

% 49,6 50,4 100,0

FREQ 399 405 804

18 – Sabe para que serve uma ETA?

SIM NÃO NÃO TEM CERTEZA NÃO SABE RESPONDER

% 61,2 26,7 8,6 3,5 100,0

FREQ 492 215 69 28 804


19 – Como é o abastecimento de água em sua casa ou apartamento?

REDE GERAL (REDE PÚBLICA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA) POÇO OU NASCENTE NA PROPRIEDADE POÇO OU NASCENTE FORA DA PROPRIEDADE

% 99,4 0,5 0,1 100,0

20 - Com que frequência a água da rede geral está disponível para sua casa?

FREQ 799 4 1 804

DIARIAMENTE PELO MENOS 1 VEZ POR SEMANA MENOS DE 1 VEZ POR SEMANA NÃO SABE RESPONDER

% 93,3 5,5 0,7 0,5 100,0

FREQ 750 44 6 4 804

237


21 – Você bebe água direto da torneira, sem filtrar ou ferver?

SIM NÃO

238

% 12,8 87,2 100,0

FREQ 103 701 804

22- Sua casa possui caixa d`água?

SIM NÃO

% 96,1 3,9 100,0

FREQ 773 31 804


23 – A caixa d’água ou reservatório do seu imóvel é limpa a cada quanto tempo?

UMA VEZ AO ANO UMA VEZ A CADA 6 MESES UMA VEZ A CADA 3 MESES NÃO SABE RESPONDER NUNCA ACIMA DE UM ANO

% 30,0 26,7 16,8 15,7 5,7 5,1 100,0

FREQ 241 215 135 126 46 41 804

24 – Como você limpa a varanda ou calçada da sua casa?

LIMPA APENAS COM VASSOURA E PANO LAVA COM MANGUEIRA NO MÍNIMO UMA VEZ POR SEMANA APROVEITA A ÁGUA DA MÁQUINA/TANQUINHO PARA LAVAR USA BALDE PARA LAVAR OUTROS LAVA COM VASSOURA HIDRÁULICA ELÉTRICA REAPROVEITA A ÁGUA DA CHUVA

% 39,1

FREQ 314

37,7

303

9,8 6,1 4,9 1,2 1,2 100,0

79 49 39 10 10 804

239


25 – Para beber, você costuma consumir mais:

ÁGUA TRATADA ÁGUA MINERAL ÁGUA DE MINA OUTRA

240

% 61,3 27,7 10,7 0,2

26– Quanto aproximadamente, você gasta por mês para ter água?

FREQ 493 223 86 2

DE R$5,00 A R$50,00 DE R$51,00 A R$100,00 ACIMA DE R$100,00 NÃO SABE RESPONDER

% 21,3 37,9 30,3 10,4 100,0

FREQ 171 305 244 84 804


27 - O que é tratamento de esgoto para você? (Mais de uma opção pode ser marcada)

% TRANSFORMAR O ESGOTO EM ÁGUA LIMPA DEIXAR O ESGOTO MAIS LIMPO COLETAR O ESGOTO DA CASA LIMPEZA DOS RIOS LIMPEZA DAS RUAS NÃO SABE RESPONDER COLETAR O ESGOTO DA CASA, DEIXAR O ESGOTO MAIS LIMPO LIMPEZA DOS RIOS, LIMPEZA DAS RUAS LIMPEZA DOS RIOS, LIMPEZA DAS RUAS, COLETAR O ESGOTO DA CASA

25,9 10,4 8,1 7,8 2,1 10,1 7,6 5,5 5,0

DEIXAR O ESGOTO MAIS LIMPO, TRANSFORMAR O ESGOTO EM ÁGUA LIMPA

3,5

COLETAR O ESGOTO DA CASA, TRANSFORMAR O ESGOTO EM ÁGUA LIMPA

3,4

LIMPEZA DOS RIOS, DEIXAR O ESGOTO MAIS LIMPO LIMPEZA DOS RIOS, COLETAR O ESGOTO DA CASA LIMPEZA DAS RUAS, COLETAR O ESGOTO DA CASA

1,7 1,7 1,5

LIMPEZA DOS RIOS, COLETAR O ESGOTO DA CASA, DEIXAR O ESGOTO MAIS LIMPO

1,4

LIMPEZA DOS RIOS, LIMPEZA DAS RUAS, DEIXAR O ESGOTO MAIS LIMPO

1,1

LIMPEZA DOS RIOS, COLETAR O ESGOTO DA CASA, TRANSFORMAR O ESGOTO EM ÁGUA LIMPA LIMPEZA DAS RUAS, DEIXAR O ESGOTO MAIS LIMPO LIMPEZA DOS RIOS, TRANSFORMAR O ESGOTO EM ÁGUA LIMPA LIMPEZA DOS RIOS, LIMPEZA DAS RUAS, TRANSFORMAR O ESGOTO EM ÁGUA LIMPA

1,0 0,9 0,7 0,6

208 84

TRANSFORMAR O ESGOTO EM ÁGUA LIMPA DEIXAR O ESGOTO MAIS LIMPO COLETAR O ESGOTO DA CASA LIMPEZA DOS RIOS LIMPEZA DAS RUAS

CITAÇÕES

282 214 238 214 134

65 63 17 81 61 44 40 28 27 14 14 12 11 9 8 7 6 5 804 241


28 - Para onde vai o esgoto da sua casa?

29 - Por que a sua casa não está ligada à rede de coleta pública de esgoto? (Só para quem não respondeu Rede de esgoto)

ESTÁ LIGADA NA REDE (QUESTIONÁRIO 28)

REDE DE ESGOTO A CÉU ABERTO OU NOS RIOS NÃO SABE RESPONDER GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS FOSSA SÉPTICA SUMIDOURO

242

% 88,6 5,1 4,6 1,0 0,5 0,2 100,0

FREQ 712 41 37 8 4 2 804

NÃO SABE RESPONDER PORQUE NÃO TEM REDE PÚBLICA DE ESGOTO NA REGIÃO PARA FAZER A LIGAÇÃO PORQUE O PEDIDO FEITO À EMPRESA QUE PRESTA SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO NÃO FOI ATENDIDO PORQUE NÃO SABE O QUE É PRECISO FAZER PARA PEDIR A LIGAÇÃO PORQUE TEM QUE PAGAR PARA FAZER A LIGAÇÃO PORQUE A CONTA DE ÁGUA FICA MAIS CARA APÓS A LIGAÇÃO PORQUE TEM QUE PAGAR UMA TARIFA MENSAL

%

FREQ

7,1 4,3

49 34

88,6

712

1,1

9

0,0 0,0

0 0

0,0 0,0 100,0

0 0 804


30 – O esgoto de seu bairro é tratado?

SIM NÃO NÃO SABE RESPONDER

31 – Você conhece alguma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)?

% 30,7 31,2 38,1 100,0

FREQ 247 251 306 804

NÃO SIM NÃO SABE RESPONDER

% 73,9 22,5 3,6 100,0

FREQ 594 181 29 804

243


32 - Há entupimentos frequentes na rede de esgoto da sua rua?

NÃO SIM NÃO SABE RESPONDER

% 73,6 22,6 3,7 100,0

FREQ 592 182 30 804

33 - Você sabe qual é o percentual de esgoto tratado em Resende?

NÃO SIM

% 96,1 3,9 100,0

OBS: Resende trata atualmente 72% do seu esgoto

244

FREQ 773 31 804


34 - Como você avalia a prestação dos serviços de esgoto?

MUITO BOM BOM REGULAR RUIM PÉSSIMO NÃO SABE RESPONDER

% 2,9 44,5 25,9 11,6 10,4 4,7 100,0

FREQ 23 358 208 93 84 38 804

35 - Quais as doenças que você relaciona à falta de saneamento? NENHUMA DIARREIA, LEPTOSPIROSE DENGUE, LEPTOSPIROSE DENGUE DIARREIA, DENGUE DIARREIA, PARASITOSES LEPTOSPIROSE DIARREIA DIARREIA, DOENÇAS DE PELE DIARREIA, HEPATITE A DENGUE, DOENÇAS DE PELE PARASITOSES DIARREIA, ROTAVÍRUS OUTRAS DOENÇAS DE PELE LEPTOSPIROSE, DOENÇAS DE PELE DENGUE, PARASITOSES HEPATITE A DENGUE, ROTAVÍRUS ROTAVÍRUS

% 17,9 15,9 10,2 10,1 9,0 8,0 7,1 6,8 4,1 1,9 1,7 1,5 1,2 1,0 0,9 0,7 0,7 0,6 0,5 0,1 100,0

FREQ 144 128 82 81 72 64 57 55 33 15 14 12 10 8 7 6 6 5 4 1 804

36 - Você ou alguém da sua família teve alguma dessas doenças no último ano?

NÃO SIM NÃO SABE RESPONDER

% 76,2 21,3 2,5 100,0

FREQ 613 171 20 804

245


36.1 - Qual ou quais?

CHIKUNGUNYA DENGUE DIARREIA DOENÇA DE PELE HEPATITE A RINITE VIROSE ZIKA NÃO SABE QUAL

38 – Com que frequência você limpa a caixa de gordura de sua casa? FREQ 0 26 4 1 0 0 0 0 4 35

Apesar de 171 indivíduos afirmarem que alguém da família contraiu alguma doença devido a falta de saneamento, apenas 35 informaram a enfermidade.

37 - Sua região é afetada por enchentes?

NÃO SIM

246

% 86,3 13,7 100,0

FREQ 694 110 804

A CADA 6 MESES NÃO SABE RESPONDER UMA VEZ AO ANO SÓ REALIZA A LIMPEZA QUANDO TEM ENTUPIMENTO ACIMA DE UM ANO NAO TEM CAIXA DE GORDURA SEPARADA

% 33,0 21,4 15,4 14,9 10,2 5,1 100,0

FREQ 265 172 124 120 82 41 804


39 – Como você descarta o óleo de cozinha usado?

GUARDA EM RECIPIENTE PARA DOAÇÃO GUARDA EM RECIPIENTE E ENVIA PARA FABRICAÇÃO DE SABÃO RALO E/OU PIA GUARDA EM RECIPIENTE E DESCARTA EM LIXO COMUM COLOCA NA TERRA JOGA NO VASO SANITÁRIO OUTROS

% 47,1

40 - Você ou alguém da sua família costuma jogar algum dos itens abaixo pelo vaso sanitário?

FREQ 379

21,1 15,3

170 123

6,8 2,9 0,4 6,3 100,0

55 23 3 51 804

NENHUM PAPEL CABELO OUTROS COTONETE ABSORVENTE HIGIÊNICO

% 88,9 9,5 1,0 0,2 0,2 0,1

FREQ 715 76 8 2 2 1

247


41 – Como você descarta o lixo da sua casa?

COLOCA NO PORTÃO PARA COLETA DOMICILIAR CAÇAMBA QUEIMA O LIXO

248

42 - Você faz a separação do lixo orgânico e reciclável?

% FREQ 94,5 760 5,3 43 0,1 1 100,0 804

NÃO SIM

% 60,7 39,3 100,0

FREQ 488 316 804


43 - Existe lixo espalhado na sua rua?

NÃO SIM

44 – Alguma dessas ações acontece no seu bairro? (Mais de uma alternativa pode ser marcada)

% 77,0 23,0 100,0

FREQ 619 185 804

COLETA SELETIVA NENHUMA PROGRAMA DE INCLUSÃO SOCIAL DESCONTO NA CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA PLANTIO DE MUDAS DESCONTO NA CONTA D’ÁGUA HORTA PÚBLICA OUTROS

% FREQ 66,5 535 26,0 209 2,2 18 2,1 17 1,9 15 0,6 5 0,5 4 0,1 1 100,0 804

249


45 - Qual o tipo de seu celular?

SMARTPHONE, QUE PERMITE USAR WHATSAPP, FACEBOOK, EMAIL, ETC CELULAR COMUM, SÓ PARA FAZER E RECEBER CHAMADAS E SMS NÃO TEM CELULAR NÃO QUER RESPONDER

250

46 - Você tem acesso à internet no seu celular, através:

%

FREQ

62,6

503

18,2 146 14,8 119 4,5 36 100,0 804,0

NÃO TEM DE UM PACOTE DE DADOS 4G DE UM PACOTE DE DADOS 4G, REDE WI-FI REDE WI-FI DE UM PACOTE DE DADOS 3G NÃO QUER RESPONDER DE UM PACOTE DE DADOS 3G, REDE WI-FI

% FREQ 28,9 232 19,9 160 19,9 160 17,5 141 6,3 51 5,0 40 2,5 20 100,0 804


47 - Você tem internet banda larga fixa na sua casa?

SIM NÃO NÃO SABE RESPONDER NÃO QUER RESPONDER

% 67,2 27,9 1,4 3,6 100,0

48 - Qual o meio de comunicação que você utiliza para se informar? (Mais de uma opção pode ser marcada)

FREQ 540 224 11 29 804

RÁDIO, TV TV OUTRO RÁDIO JORNAL, TV JORNAL, TV, INTERNET JORNAL JORNAL, RÁDIO INTERNET, RÁDIO, TV INTERNET, TV INTERNET

INTERNET, RÁDIO

% 4,7 25,4 2,1 2,9 4,7 2,9 3,6 2,5 3,0 18,2 28,9

FREQ 38 204 17 23 38 23 29 20 24 146 232

100,0

804

1,2

10

251


49 - Você mantém algum perfil em rede social? Quais? (Mais de uma alternativa pode ser marcada)

FACEBOOK FACEBOOK, INSTAGRAM FACEBOOK, INSTAGRAM, WHATSAPP FACEBOOK, WHATSAPP GOOGLE+, WHATSAPP INSTAGRAM, WHATSAPP OUTRO WHATSAPP

252

% 4,2 2,2 17,9 19,4 6,2 1,9 33,2 14,9 100,0

FREQ 34 18 144 156 50 15 267 120 804

50 - Você participaria de alguma atividade de educação socioambiental?

SIM NÃO NÃO SABE

% 44,2 38,7 17,2 100,0

FREQ 355 311 138 804


51 - Quais horários seriam melhores para participar de uma atividade de educação socioambiental?

MANHÃ TARDE NOITE NÃO SABE NÃO QUER PARTICIPAR

% 10,9 10,9 14,1 23,6 40,4 100,0

FREQ 88 88 113 190 325 804

52 - Qual seria o melhor dia?

NÃO QUER PARTICIPAR NÃO SABE SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA SÁBADO DOMINGO

% 40,0 34,3 3,4 3,6 4,9 4,0 1,2 6,8 1,7 100,0

FREQ 322 276 27 29 39 32 10 55 14 804

253


53 - E quais temas você gostaria que as atividades de educação socioambiental abordassem?

ÁGUAS COLETA SELETIVA CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO EDUCAÇÃO AMBIENTAL ESGOTO SANITÁRIO LIXO MEIO AMBIENTE PLANTIO DE MUDAS RECICLAGEM SANEAMENTO BÁSICO SAÚDE SEGURANÇA

254

FREQ 1 2 2 3 1 2 6 0 1 1 1 1

54 - Quais horários seriam melhores para participar de uma reunião ou assembleia sobre saneamento básico no seu bairro?

MANHÃ TARDE NOITE NÃO SABE NÃO QUER PARTICIPAR

% 10,9 10,9 14,1 23,6 40,4 100,0

FREQ 88 88 113 190 325 804



MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS REGIÕES PESQUISADAS

MAPA DE LOCALIZAÇ DAS REGIÕES PESQUI DAS

256


REGIÕES PESQUISADAS

ÇÃO ISA-

257


258


CONSIDERAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Quando solicitado que avaliassem os serviços de infraestrutura oferecidos nos bairros, setores como a iluminação pública, coleta de lixo, abastecimento de água, esgotamento sanitário e escolas foram os mais bem avaliados. Abaixo, tabela com a avaliação por região sobre o abastecimento de água e esgotamento sanitário:

Não foram registrados os locais de aplicação de cada formulário de pesquisa em cada região/bairro, pois não havia previsão de georreferenciamento dos resultados por bairro, o que elevaria em muito a amostra, exceto de maneira mais ampla, por região. De toda sorte, cabe relembrar que as pesquisas foram realizadas em residências, locais de trabalho e também junto a transeuntes, e as respostas foram solicitadas e registradas em relação aos locais de moradia dos pesquisados, e não sobre o bairro/região onde efetivamente ocorreram as entrevistas. A RHO2 Treinamento e Desenvolvimento, contratada para este diagnóstico, quando solicitada, pode disponibilizar, a qualquer momento, a planilha contendo todos os dados e registros da pesquisa. No conjunto de entrevistados, que representam os bairros pesquisados, observou-se um nível de escolaridade que pode ser considerado bom, já que mais da metade dos pesquisados, 68,8%, se encontram entre o Ensino Médio completo e o Superior completo. Quanto aos que declararam não saber ler ou escrever, o número também pode ser considerado positivo, uma vez que o percentual encontrado, de 1,6%, está bem abaixo da média nacional que é de 7%, segundo informações contidas no módulo “Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios em 2017”, divulgado pelo IBGE. A pesquisa aponta que 56% dos entrevistados informaram que convivem, em suas residências, com um número que varia entre 3 e 5 pessoas. Quanto ao tema trabalho e renda, a pesquisa identifica que 10,9% se declararam desempregados, 24,1% empregados, e 29,5% aposentados ou pensionistas. No geral, 55,2% dos entrevistados possuem renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos.

Destaque1: Na região 1, 10% avaliaram o abastecimento de água ruim, estas citações estão nos bairros Jardim Brasília I (2 citações) e Parque Ipiranga I (3 citações). Destaque2: Na região 3 tiveram duas citações “Não Tem” abastecimento de água. Sendo uma no Bairro Surubi Novo e outra no Bairro Alto Surubi. Destaque3: Na região 6, 14,3% avaliaram o abastecimento de água ruim. Estas citações estão nos bairros Morada da Barra (1 citação) e Toyota (5 citações).

Quando perguntados sobre os pontos positivos e negativos de morar no seu bairro, o resultado, como era esperado, revela uma série de motivos. Notase, porém, um pequeno destaque para os temas segurança e saúde, que aparecem tanto como pontos positivos como negativos. Embora contraditória, é importante ressaltar que essa informação revela os temas de maior interesse da população. Já quando o foco é o ponto negativo, a pesquisa indica um descontentamento com a segurança e o acesso ao transporte público. A pesquisa mostra também que o poder público é o caminho procurado por quase metade dos entrevistados (47,9%) quando eles buscam soluções para os problemas de seu bairro, enquanto as lideranças comunitárias são citadas por menos de 10% dos entrevistados. Neste contexto, pode-se observar, claramente, que a organização comunitária dos bairros pesquisados é fragmentada e frágil.

259


Com relação às obras de implantação de água e esgotos previstas para esses bairros, embora tenham ciência de que elas atrapalharão o seu dia a dia, os moradores demonstram compreensão, por entenderem a importância do serviço. Sobre este item, a maior fatia dos entrevistados (44,5%) acredita que fazer reuniões prévias com os moradores seja o melhor caminho para esclarecer a comunidade sobre o que está acontecendo e reduzir os incômodos causados pelas intervenções. Em segundo lugar, com 22,9%, estão os que apontam a distribuição prévia de folhetos explicativos como a melhor alternativa. Outro ponto revelado pela pesquisa é que a empresa Águas das Agulhas Negras já é bastante conhecida da população (88,8%), assim como os serviços que ela presta. Já 9,3% dos entrevistados disseram não conhecer a empresa, enquanto 1,9% não souberam responder. Do total de 9,3% que dizem não conhecer a empresa, 34,7% são referentes à região 5; 24% à região 3; 21,3% à região 2; 16% à região 4; e 4% à região 1.

responder. Numa investigação mais detalhada, e considerando o altíssimo índice dos que disseram não conhecer uma ETE, foi possível identificar que entre os 73,9% que disseram não conhecer o equipamento, 40,8% são moradores da região 5; 13,7% são da região 4; 18,7% são da região 3; 16,7% da região 2; 6,2% na região 1; e 3,9% da região 6. Destaque região 5 - Observa-se uma necessidade de maiores esclarecimentos sobre a função e a existência das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE). Quando perguntados se o esgoto de seu bairro é tratado, 30,7% dos entrevistados responderam “sim”, 31,2% responderam “não”, além dos 38,1% que não souberam responder. Considerando os que responderam “não” e os que não souberam responder, o que totaliza 69,3% dos pesquisados, ressaltamos que este cenário pode estar relacionado à ausência de informação também identificada nos 96,1% dos entrevistados que dizem desconhecer o percentual de esgoto tratado na cidade como um todo. Quanto ao tratamento do esgoto no bairro de origem, as respostas estão distribuídas nas seguintes regiões:

O desconhecimento sobre a concessionaria, que pode ser considerado pequeno, diga-se de passagem, não está concentrado em uma determinada região ou bairro, mas pulverizado pela cidade. Caso a empresa considere importante reduzir este percentual, uma atividade de divulgação dos serviços prestados pela mesma deve ocorrer no âmbito de todas as regiões e bairros pesquisados. A pesquisa mostra ainda que mais da metade da população entrevistada, 61,2%, dizem conhecer alguma Estação de Tratamento de Água (ETA), enquanto 26,7% afirmam não saber para que serve uma ETA. Além disso, 8,6% dos pesquisados responderam não ter certeza e 3,5% não souberam responder. Ainda com relação a este tema, dos 26,7% que disseram não saber para que serve uma ETA, 43,9% são moradores da região 5; 19,5% são da região 3; 18,1% da região 2; 13,5% da região 4; 2,7% moram na região 6; e 2,3% residem na região 1. Destaque região 5 - Observa-se uma necessidade de maiores esclarecimentos sobre a função e a existência das Estações de Tratamento de Água (ETA) Outro dado apurado indica que quase na sua totalidade as moradias pesquisadas são abastecidas diariamente pela rede pública e os imóveis possuem caixas d’águas, sendo que 68% dos consumidores pagam, mensalmente, entre R$ 51,00 e R$ 100,00 pelos serviços utilizados. Diferente da rede de abastecimento de água, o serviço de coleta e tratamento de esgoto está mais distante da população, uma vez que 73,9% dos entrevistados dizem não conhecer uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), enquanto 22,5% afirmam que conhecem e 3,6% não souberam

260

Destaque regiões 1; 2 e 3 – Os maiores percentuais de entrevistados que responderam “não” ou não souberam responder quando perguntados se o esgoto do bairro é tratado estão nas regiões 1, 2 e 3 indicando a necessidade de uma maior atenção e de ações informativas. Quanto ao percentual do tratamento de esgoto na cidade de Resende, os 96,1% que disseram desconhecer este dado estão distribuídos nas seguintes regiões:


É importante destacar que este alto índice de desconhecimento sobre o percentual total do esgoto tratado no município pode estar relacionado à complexidade da pergunta, somada à ausência de ações de comunicação de massa que ajudem a divulgar este avanço. Afinal, conhecer esse percentual, que é bastante superior à média dos demais municípios brasileiros, significa estabelecer, em cada morador, um conceito de melhor ou pior qualidade de vida. Neste sentido, levando em consideração este altíssimo índice, cabe à concessionária AAN desenvolver um plano de comunicação no âmbito dos bairros e regiões pesquisados a fim de dar ciência à população de que Resende, por conta dos serviços prestados pela AAN, destaca-se no cenário nacional quando comparado a outros municípios da região em que AAN não se faz presente.

Quanto ao descarte do lixo doméstico, 94,5% dos entrevistados informaram que colocam os resíduos no portão de suas casas para a coleta domiciliar. Ainda com relação ao tema, mesmo 66,5% dos pesquisados tendo afirmado que no seu bairro existe a coleta seletiva, 60,7% admitem que não fazem a separação do lixo orgânico e reciclável. De positivo, destaca-se que 77% dos entrevistados informaram não existe lixo espalhado pelas ruas de seu bairro/ região. Destaque regiões sobre descarte de lixo doméstico/ordem de prioridade:

Quando à avaliação da prestação dos serviços de esgoto e para que se identifique as necessidades e prioridades, apresentamos a tabela abaixo com os resultados por região:

A tabela acima aponta os percentuais em ordem decrescente e por região dos moradores que não costumam separar o lixo orgânico do reciclável e a necessidade de intervenções educativas.

Quanto ao hábito e à destinação do óleo de cozinha usado, geral e por região:

Num contexto geral, os bairros pesquisados são bem estruturados, possuem uma população que gosta de morar neles e que espera pelas melhorias que virão com a implantação dos novos serviços previstos pela empresa Águas Agulhas Negras. É importante destacar que esta expectativa positiva por parte da população pode tornar-se ainda melhor com a adoção de um canal de comunicação eficaz entre a empresa e as comunidades envolvidas. É válido lembrar que a grande maioria dos moradores está conectada com a internet e possui smartphones que, em igual grandeza com a TV, são utilizados na busca de informações diárias sobre a cidade. Nesse sentido, destacamos a importância da utilização de um bom sistema de comunicação no decorrer das obras, o que permitirá uma aproximação maior da empresa com a comunidade, reforçando o comportamento de boas práticas ambientais, associada à agilidade e competência na realização dos serviços, com explicação clara de seus objetivos e metas.

261


QUESTIONÁRIO

3 – Qual é o seu trabalho ou atividade cotidiana?

A RHO2 – Treinamento e Desenvolvimento é uma empresa contratada pela Águas das Agulhas Negras S/A, concessionária responsável pelos serviços de saneamento básico no município de Resende / RJ, às vésperas do investimento na ampliação do abastecimento de água tratada e na implantação do sistema de esgoto sanitário nas bacias Ipiranga e Surubi. Este questionário quer identificar a relação do entrevistado com o saneamento do bairro. Sua participação é muito importante para ajudar na melhor aplicação desses investimentos. Ressaltamos que as informações são confidenciais.

( ) Empregado ( ) Autônomo ( ) Aposentado / Pensionista ( ) Do lar ( ) Estudante

( ) Desempregado ( ) Empresário / Empreendedor ( ) Funcionário público ( ) Outros (especifique)

• Bairro onde trabalha ___________________________

4 – Quantas pessoas moram na sua casa ou apartamento? • Você deseja participar? ( ) Sim ( ) Não 5 – Você recebe algum benefício social? • Pesquisador _____________________ ( ) Não • Sexo ( ) Masculino

( ) Sim

( ) Qual? _____________________

( ) Feminino

• Idade ______

6 – Qual é a renda total de sua família?

• Bairro onde mora ______________________________

( ) Até 1 salário mínimo

( ) 8 a 10 salários mínimos

( ) De 3 a 5 salários mínimos

( ) Não sabe

( ) Até 2 salários mínimos • Tempo de residência no bairro (em anos) ___________

1 - Escolaridade

( ) Não sabe ler ou escrever ( ) Fundamental incompleto ( ) Fundamental completo ( ) Médio incompleto ( ) Médio completo

( ) De 5 a 8 salários mínimos

7 – O principal responsável financeiro da sua casa é

( ) Superior incompleto ( ) Superior completo ( ) Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado

( ) Homem com menos de 60 anos ( ) Mulher com menos de 60 anos ( ) Homem com mais de 60 anos ( ) Mulher com mais de 60 anos ( ) Aposentado ( ) Sim

2 – Você possui fonte de renda? ( ) Sim 262

( ) Não

( ) Mais de 10 salários mínimos

( ) Não


8 - Quais são os pontos POSITIVOS de morar no seu bairro? (Mais de uma opção pode ser marcada)

( ) Acesso à rede de saúde ( ) Acesso à áreas de lazer e serviços ( ) Segurança ( ) Proximidade de igrejas ( ) Área verde ( ) Abastecimento de água

( ) Esgotamento sanitário ( ) Proximidade com parentes e amigos ( ) Acesso ao transporte público ( ) Não sabe responder ( ) Outros (especifique)

( ) Poder público ( ) Empresas ( ) Escolas ( ) Imprensa ( ) ONG´s ( ) Polícia Militar

( ) Igrejas ( ) Lideranças comunitárias ( ) Mídias sociais ( ) Não sabe responder ( ) Outros (especifique)

12 – Avalie estes serviços de infraestrutura, oferecidos em seu bairro. (Mais de uma opção pode ser marcada)

9 - Quais são os pontos NEGATIVOS de morar no seu bairro? (Mais de uma opção pode ser marcada)

( ) Acesso à rede de saúde ( ) Acesso à áreas de lazer e serviços ( ) Segurança ( ) Proximidade de igrejas ( ) Área verde ( ) Abastecimento de água

11 - A quem você procura para corrigir problemas do seu bairro?

( ) Esgotamento sanitário ( ) Proximidade com parentes e amigos ( ) Acesso ao transporte público ( ) Não sabe responder ( ) Outros (especifique)

( ) Pavimentação

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

( ) Iluminação pública

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

( ) Coleta de lixo

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

( ) Drenagem de águas pluviais

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

( ) Abastecimento de água

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

( ) Esgotamento sanitário

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

( ) Arborização

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

( ) Controle de pragas e vetores

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

( ) Praças e espaços esportivos/lazer ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem 10 - Quais destes aspectos são mais importantes em um bairro? (Mais de uma opção pode ser marcada)

( ) Áreas de lazer ( ) Programação cultural ( ) Limpeza nas ruas ( ) Segurança pública

( ) Abastecimento de água e esgoto sanitário ( ) Acesso à saúde ( ) Programação esportiva ( ) Outros

( ) Bibliotecas

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

( ) Comércio

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

( ) Unidades de saúde e hospitais

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

( ) Creches

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

( ) Escolas

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

( ) Universidades

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

( ) Associação de moradores

( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) não tem

263


13 – Quando houver obras na rua para implantação de água e esgoto, quanto elas atrapalharão seu dia a dia?

17 – Você conhece alguma Estação de Tratamento de Água (ETA)?

( ) Sim

( ) Pouco ( ) Médio

( ) Não

18 – Sabe para que serve uma ETA?

( ) Muito ( ) Atrapalharão, mas são obras importantes ( ) Não sabe responder

14 – Em sua opinião, o que pode ser feito para diminuir os incômodos das obras de saneamento? (Mais de uma opção pode ser marcada)

( ) Sim

( ) Não

( ) Não tem certeza

( ) Não sabe responder

19 – Como é o abastecimento de água em sua casa ou apartamento?

( ) Rede geral (rede pública de abastecimento de água) ( ) Reuniões prévias com os moradores

( ) Poço ou nascente na propriedade

( ) Distribuição de folhetos explicativos antecipadamente

( ) Poço ou nascente fora da propriedade

( ) Divulgação de esquema de trânsito alternativo

( ) Carro-pipa

( ) Carro de som

( ) Água da chuva armazenada em cisterna

( ) Palestras

( ) Água da chuva armazenada de outro modo

( ) Obras rápidas

( ) Rios, lagos e igarapés

( ) Outros (especifique):______________________________

( ) Outra forma _____________________

15 – Você conhece a empresa Águas das Agulhas Negras? ( ) Sim

( ) Não

( ) Não sabe responder

16 – O que você considera como saneamento básico? (Mais de uma alternativa pode ser marcada)

20 - Com que frequência a água da rede geral está disponível para sua casa? ( ) Diariamente ( ) Pelo menos uma vez por semana ( ) Menos que uma vez por semana ( ) Não sabe responder

( ) Serviços de água (abastecimento e tratamento) ( ) Serviços de esgoto (coleta e tratamento)

21 – Você bebe água direto da torneira, sem filtrar ou ferver?

( ) Pavimentação ( ) Drenagem ( ) Coleta de lixo ( ) Iluminação pública ( ) Despoluição de rios, córregos, lagos, lagoas e canais ( ) Não sabe responder

264

( ) Sim

( ) Não


22- Sua casa possui caixa d’água? 26– Quanto aproximadamente, você gasta por mês para ter água? ( ) Sim

( ) Não

( ) De R$ 5,00 a R$ 50,00 ( ) De R$ 51,00 a R$ 100,00

23 – A caixa d’água ou reservatório do seu imóvel é limpa a cada quanto tempo?

( ) Uma vez a cada 3 meses ( ) Uma vez a cada 6 meses

( ) Acima de R$ 100,00 ( ) Não sabe responder

27 - O que é tratamento de esgoto para você? (Mais de uma opção pode ser marcada)

( ) Uma vez ao ano ( ) Acima de um ano

( ) Limpeza dos rios

( ) Nunca

( ) Limpeza das ruas

( ) Não sabe responder

( ) Coletar o esgoto da casa ( ) Deixar o esgoto mais limpo

24 – Como você limpa a varanda ou calçada da sua casa?

( ) Transformar o esgoto em água limpa ( ) Não sabe responder

( ) Limpa apenas com vassoura e pano ( ) Lava com mangueira no mínimo uma vez por semana

28 - Para onde vai o esgoto da sua casa?

( ) Usa balde para lavar ( ) Aproveita a água da máquina/tanquinho para lavar

( ) Rede de esgoto

( ) Reaproveita a água da chuva

( ) Galerias de águas pluviais

( ) Lava com vassoura hidráulica elétrica

( ) Sumidouro

( ) Outros (especifique) _____________________________

( ) A céu aberto ou nos rios ( ) Fossa séptica

25 – Para beber, você costuma consumir mais:

( ) Não sabe responder

( ) Água tratada

29 - Por que a sua casa não está ligada à rede de coleta pública de esgoto? (Só para quem não respondeu Rede de esgoto)

( ) Água mineral ( ) Água de mina ( ) Outra (especifique) ______________________________________

(a)

Está ligada na rede

(b) Porque não tem rede pública de esgoto na região para fazer a liga ção (c)

Porque não sabe o que é preciso fazer para pedir a ligação 265


(d)

Porque o pedido feito à empresa que presta serviços de água e es goto não foi atendido

(e)

Porque tem que pagar para fazer a ligação

(f)

Porque a conta de água fica mais cara após a ligação

(g)

Porque tem que pagar uma tarifa mensal

(h)

Não sabe responder

35 - Quais as doenças que você relaciona à falta de saneamento?

( ) Diarreia ( ) Dengue ( ) Leptospirose ( ) Parasitoses ( ) Hepatite A

30 – O esgoto de seu bairro é tratado?

( ) Doenças de Pele ( ) Rotavírus

( ) Sim

( ) Não

( ) Não sabe informar

( ) Nenhuma ( ) Outros (especifique)____________________________

31 – Você conhece alguma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)?

( ) Sim

( ) Não

( ) Não sabe responder

36 - Você ou alguém da sua família teve alguma dessas doenças no último ano?

32 - Há entupimentos frequentes na rede de esgoto da sua rua?

( ) Não

( ) Sim

37 - Sua região é afetada por enchentes?

( ) Não

( ) Não sabe responder

( ) Sim

( ) Não sabe responder ( ) Qual ______________

33 - Você sabe qual é o percentual de esgoto tratado em Resende?

( ) Sim

( ) Sim

38– Com que frequência você limpa a caixa de gordura de sua casa?

( ) Não

OBS: Resende trata atualmente 72% do seu esgoto.

( ) Não

( ) A cada 6 meses ( ) Uma vez ao ano

34 - Como você avalia a prestação dos serviços de esgoto?

( ) Acima de um ano ( ) Não tem caixa de gordura separada

( ) Péssimo

( ) Só realiza a limpeza quando tem entupimento

( ) Ruim

( ) Não sabe responder

( ) Regular ( ) Bom ( ) Muito bom ( ) Não sabe responder 266


39 – Como você descarta o óleo de cozinha usado?

42 - Você faz a separação do lixo orgânico e reciclável?

( ) Ralo e/ou pia

( ) Sim

( ) Não

( ) Guarda em recipiente e descarta em lixo comum ( ) Coloca na terra

43 - Existe lixo espalhado na sua rua?

( ) Joga no vaso sanitário ( ) Guarda em recipiente e envia para fabricação de sabão

( ) Sim

( ) Não

( ) Guarda em recipiente para doação ( ) Outros (especifique)____________________________

40 - Você ou alguém da sua família costuma jogar algum dos itens abaixo pelo vaso sanitário?

44 – Alguma dessas ações acontece no seu bairro? (Mais de uma alternativa pode ser marcada)

( ) Coleta seletiva ( ) Plantio de mudas

( ) Papel

( ) Horta pública

( ) Absorvente higiênico

( ) Desconto na conta de energia elétrica

( ) Fralda

( ) Desconto na conta de água

( ) Cotonete

( ) Programa de inclusão social

( ) Escova

( ) Outros (especifique) _____________________________

( ) Cabelo

( ) Nenhuma

( ) Algodão ( ) Outros (especifique) _______________________________________

45 - Qual o tipo de seu celular?

( ) Nenhum ( ) Celular comum, só para fazer e receber chamadas e SMS 41 – Como você descarta o lixo da sua casa?

( ) Smartphone, que permite usar o Whatsapp, Facebook, email, etc. ( ) Não tem celular

( ) Coloca no portão para coleta domiciliar

( ) Não quer responder

( ) Caçamba ( ) Na rua

46 - Você tem acesso à internet no seu celular, através:

( ) Terreno baldio ( ) No rio ou córrego ( ) Na linha férrea

( ) De um pacote de dados 3G ( ) De um pacote de dados 4G ( ) Rede wi-fi

( ) Queima o lixo

( ) Não tem

( ) Enterra o lixo

( ) Não quer responder 267


47 - Você tem internet banda larga fixa na sua casa? ( ) Sim

( ) Não

( ) Não sabe responder ( ) Não quer responder

53 - E quais temas você gostaria que as atividades de educação socioambiental abordassem? ( )__________________________________________________________ ( )__________________________________________________________

48 - Qual o meio de comunicação que você utiliza para se informar? (Mais de uma opção pode ser marcada)

( ) _________________________________________________________ ( )__________________________________________________________ ( ) _________________________________________________________

( ) Jornal

( ) Rádio

( ) TV

( ) Internet

( ) Outro (especifique)

49 - Você mantém algum perfil em rede social? Quais? (Mais de uma alternativa pode ser marcada)

54 - Quais horários seriam melhores para participar de uma reunião ou assembleia sobre saneamento básico no seu bairro?

( ) Facebook

( ) De 8h a 10h

( ) Twitter

( ) Instagram

( ) Google+

( ) WhatsApp

( ) De 10h30 a 12h30

( ) Outro (especifique):______________________________

( ) De 13h às 15h 50 - Você participaria de alguma atividade de educação socioambiental?

( ) De 15h30 às 17h30 ( ) De 18h a 20h ( ) De 20h30 às 22h30

( ) Sim

( ) Não

( ) Não sabe

( ) Não sabe ( ) Não quer participar

51 - Quais horários seriam melhores para participar de uma atividade de educação socioambiental?

( ) Manhã

____________________________________________________________

( ) Tarde ( ) Noite ( ) Não sabe ( ) Não quer participar

52 - Qual seria o melhor dia?

( ) Domingo

( ) Segunda-feira

( ) Terça-feira

( ) Quarta-feira

( ) Quinta-feira

( ) Sexta-feira

( ) Sábado ( ) Não sabe 268

PARA CONFERÊNCIA - nome, endereço ou telefone

( ) Não quer participar


CONSIDERAÇÕES FINAIS

ranças, os serviços de saneamento básico são esperados pela população e bem-vindos. Espera-se também que venham acompanhados de informações prévias quanto aos impactos, custos e benefícios.

Depois de muito trabalho de campo e de pesquisa, e de muito aprendizado, errando, acertando e ajustando, é com o sentimento do dever cumprido que apresentamos estes resultados. Além da equipe e das 804 entrevistas válidas, somadas às entrevistas e reuniões com lideranças comunitárias, à valorosa equipe técnica da Águas das Agulhas Negras, contabilizamos perto de mil pessoas envolvidas diretamente neste diagnóstico. Comunidades e pessoas de infinitas diferenças. Sobretudo, divididas econômica e socialmente; empregados, desempregados; aposentados ou não; empresários… todos trazem consigo expectativas e esperanças de um ambiente de moradia que ofereça segurança, saúde, cultura, lazer e educação, entre outros. Quanto ao Perfil da População e Organização Social, destaca-se o elevado tempo de residência em que mais de 60% residem no mesmo local, sendo que cerca de 10% há mais de 50 anos. Dados que fortalecem as informações obtidas, considerando que, de fato, essas pessoas conhecem a realidade onde moram. O que se pode auferir desta constatação é que nesse conjunto de bairros, a experiência acumulada é, em si, uma riqueza que fortalece o capital social nos territórios, tanto quanto à valorização da história e da memória seja possível, quanto pelo convívio social diversificado, que oferece a possibilidade da construção de laços de solidariedade mais sólidos. O equilíbrio no número de gênero é outro fator que facilita o desenvolvimento da equidade nas relações sociais relativas ao desenvolvimento da região e ao acesso aos bens materiais e simbólicos, sejam eles econômicos, culturais ou ambientais. Ao declarar que gosta, ou gosta muito, de morar no seu bairro, sobretudo pela proximidade de parentes, amigos e também de igrejas, grande parte dos moradores reafirma os seus laços de solidariedade. Quanto ao saneamento, este está tanto nos pontos fortes como fracos, sendo que a falta de segurança e acesso à saúde foram os itens mais identificados como pontos fracos, mostrando que a diversidade das percepções sobre os territórios é considerável. Esta ambiguidade pode ser explicada pelas diferentes dinâmicas no cotidiano de cada bairro, condicionadas pelas formas desiguais de ocupação urbana, configurando um cenário onde há insegurança e ausência do poder público. Constatou-se, quanto à organização social no conjunto de bairros analisados, uma atuação fragilizada das Associações de Moradores, sendo que apenas pouco mais de 20% delas encontram-se legalmente constituídas. Na sua grande maioria, a representatividade se dá através de lideranças comunitárias ligadas de alguma forma à política do bairro, região ou cidade. De uma maneira geral, constatado na pesquisa e nas entrevistas com lide269


FONTES DE PESQUISAS:

Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda – Resende – RJ Google Earth IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ● Secretaria Municipal de Saúde de Resende – RJ Site da Prefeitura Municipal de Resende Wikipedia Pesquisa de rua Consultas em grupos Consultas individuais Livro “Resende, Cidade Histórica” - Fascículo No 5 - lançado em janeiro de 2011 pelo Jornal Beira Rio, em comemoração aos 200 anos de emancipação político-administrativa de Resende Livro “Tácito Vianna Rodrigues - O Resendense do Século XX - Um Exemplo de Cidadania” - escrito por Alceu Vilela Paiva e publicado pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil e Confraria dos Cidadãos de Resende, em homenagem aos 200 anos de Resende.

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ÁGUAS DAS AGULHAS NEGRAS – GRUPO ÁGUAS DO BRASIL Presidente: Claudio Bechara Abduche Superintendente: Gabriel Roberti Assessoria de Comunicação: Priscila Morais Berbert Elaboração do Diagnóstico Socioterritorial: RHO2 T&D Coordenação Geral: Levi Gama Coordenação de Conteúdo: Maria Madalena Baptista Coordenador de Pesquisa: José do Carmo Alves Projeto gráfico: Caio Linhares Gama Editoração e arte final: Vinícius Henrique Brandão Revisão de Conteúdo: Márcia Chaves Fotografia: André Sodré e Caio Linhares Gama Revisão Final: Levi Gama

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