Ano 14 . Nº 10 . Março| 2017 . R$ 10,00
AIRSOFT O ESPORTE DE AÇÃO QUE DEPENDE DA HONESTIDADE DOS JOGADORES
Da série Distritos O ITAí Já FOI UM LUxO
ENTREVISTA O IMPACTO DAS REDES SOCIAIS NAS RELAÇÕES E NA AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO
TALENTO NAS ESCOLAS
ANA ISA DOS REIS A pastora da Comunidade Evangélica é nossa escolha para marcar o Mês da Mulher. Ana Isa é uma mulher de fé e uma cidadã comprometida com os assuntos da comunidade
Alunos do Polivalente criam um canteiro de obras sustentável
COLEÇÃO Uma casa cheia de miniaturas ALÉM DAS PIRÂMIDES
Universitário que passou dois meses no EGITO relata o outro lado do país
As imagens do Carnaval
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r O artesão-ator: Sadi Pimentel, com o direto global Wolf Maia, conta sua trajetória
Viagem: Fábio Cadoná passou dois meses no Egito e viu muito mais do que as atrações turísticas
Airsoft: táticas de guerra, muita adrenalina e ação dependentes da honestidade do jogador
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Profissão: o artesão que foi ator de novelas na Globo A visita do meia colorado Tiago Gaúcho às atletas do São Luiz Entrevista: a internet nas relações e no conhecimento
Mulheres e homens
de novo março, mês em que os assuntos das mulheres ganham espaço e evidência. E mais uma vez se constata que falta muito a percorrer no caminho da valorização, da proteção e do respeito às mulheres. A boa notícia é que há o caminho, e estamos nele sempre que levantamos as problemáticas questões que afligem as mulheres e contribuimos com soluções. E sempre que mostramos exemplos de mulheres de fibra, que iluminam os debates e inspiram com suas ideias, suas posições e, principalmente, com seu exemplo. E mulheres assim estão em todos os lugares, em todas as funções. A nossa homenagem e reverência a essas mulheres vem por intermédio da pastora Ana Isa dos Reis, nossa capa, de quem apresentamos um Perfil revelador de sua personalidade e de seu comprometimento como mulher e cidadã. Os homens, entretanto, não foram preteridos nesta edição: mostramos um esporte que tem fascinado e atraído cada vez mais adeptos, o airsoft. Embora não seja exclusividade masculina, são eles, por enquanto, os que praticam em Ijuí. A peculiaridade do jogo de muita ação e estratégia de guerra, é a honra, a honestidade. Está na página 22. Da série que estamos fazendo dos distritos, chegamos agora ao Itaí, um dos mais antigos e, sem dúvida nenhuma, o que mais luxo e glamour tem em sua história. Mesmo nos dias de hoje, é surpreendente ver como foram os tempos de glória daquele lugar. No debate persistente e fundamental sobre a presença e interferência das redes sociais na vida das pessoas, contribuimos trazendo as posições e opiniões esclarecidas do professor Dejalma Cremonese, na Entrevista. Não perca. ... É sempre uma satisfação esse encontro mensal com você. Até abril! Abraço, Iara Soares
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A invenção premiada de alunos do Polivalente
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Perfil: Ana Isa dos Reis, uma mulher de fé
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O distrito que tem uma história de luxo e glamour
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Carnaval: os foliões da noite e as crianças na matinê da Sogi
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Airsoft: o esporte de ação baseado na honra
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Clarice Kelm, a colencionadora de miniaturas
DIRETOR EDMUNDO HENRIQUE POCHMANN EDIÇÃO IARA SOARES iara@jornaldamanhaijui.com COLABORADORES CARLOS ALBERTO PADILHA, CLÁUDIA DE ALMEIDA, ELIANE CANCI, CECILIA MATHIONI
stampa@jornaldamanhaijui.com Ano 14 - Nº 10 | Março | 2017 Assinatura semestral: R$ 55,00 - Ligue 3331-0300
PUBLICAÇÃO GRÁFICA E EDITORA JORNALÍSTICA SENTINELA LTDA CNPJ: 87.657.854/0001-23 | RUA ALBINO BRENDLER, 122 | (55) 3331-0300 IMPRESSÃO CIA DE ARTE (55) 3331-0318 | 98.700-000 IJUÍ/RS
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TROCO AMIGO HCI ganha mais de R$ 16 mil
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Pela primeira vez, o projeto da Panvel destinou valores ao HCI. Ato de entrega aconteceu na tarde de 15 de fevereiro
embra daquele troco que você deixou na Panvel Farmácia, ao finalizar uma compra? A sua contribuição, somada a de outros tantos clientes, resultou na arrecadação de R$ 16.730,11, que foram entregues, em fevereiro ao Hospital de Caridade de Ijuí (HCI). A arrecadação faz parte do projeto Troco Amigo, iniciado em 2008, na Grande Porto Alegre. “A ideia era atender a Santa Casa, mas percebemos que outras cidades, e hospitais, poderiam ser beneficiados”, disse Gavilã Gerald Abott, coordenador regional de interior das Farmácias Panvel. Há dois anos, Ijuí ainda contribuía para o Hospital de Passo Fundo. A arrecadação, naquela época, era baixa, chegando a aproximadamente R$ 3 mil. A comunidade passou então a cobrar: por que não doar ao HCI? O pedido foi atendido e a participação da comunidade acabou sendo positiva. O projeto não prevê doações exatas. O cliente pode doar R$ 0,10, R$ 0,50 ou mais, até mesmo quando faz o pagamento via cartão de crédito, mas tem algumas moedas que quer destinar à iniciativa. “Não importa o valor contribuição. Para o HCI, qualquer valor que recebemos é importante para manutenção do Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), para a nossa hemodiálise, ou para auxílio às pessoas que buscam o Sistema Único de Saúde (SUS)”, frisou o presidente do HCI, Claudio Matte Martins. Para este ano, a ideia é mobilizar ainda mais a população, ampliando em 100% a arrecadação. Segundo o presidente do HCI, a aplicação do recurso será divulgada posteriormente, como forma de incentivar a participação da comunidade.
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O artesão-ator
Com a esposa Sandra, companheira há 42 anos
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m artista do couro que já foi ator na Globo. Assim define-se Sadi Pimentel, 69 anos, nascido em Três Passos, mas criado em Ijuí. Ele tem como talento criar muitas peças em couro, mas, na juventude alimentava o sonho de ser ator. Com determinação e coragem, ele foi atrás e conseguiu fazer mais de 30 novelas da Rede Globo. A sua habilidade com couro começou na infância, quando aprendeu a fazer e consertar bolas, e calçados. “Para eu poder jogar bola com os outros meninos, eu ia com a linha, agulha e cera para o campo e ficava lá. Eu era ruim de bola, mas me colocavam jogar em troca de eu costurar a bola, caso estourasse”. Aos 12 anos, passou a fabricar bolas e foi trabalhar com o seu Moisés, sapateiro famoso na cidade, na época. Fui aprender, e ele me dizia que o que eu fizesse era meu. Então, fiz muitos chinelos”, conta. Dali, Sadi foi trabalhar na fábrica de Walter Kroth, na Linha 3 Oeste. “Seu Walter sempre passava pela frente da sapataria e brincava que iria roubar o funcionário de seu Moisés”, relembra Sadi. Assim, aos 16 anos, Sadi trocou a sapataria pela fábrica do seu Walter e lá ficou até os 22 anos, fabricando botas, chuteiras e sandálias. Sadi lembra que, nessa época, um dos seus clientes era o dono da Sadia. “Eu fazia botas para ele. Certa vez, ele me disse que um dia eu iria ver ele como o maior criador de peru do Brasil. Na época ele tinha cinco mil aves em Santa Catarina. Hoje eu vejo no que ele se transformou. Me inspirei nele para buscar meu sonho, que era de um dia ser um ator”. Sadi saiu de Ijuí aos 23 anos e foi para Santa Maria, onde montou sua empresa. Estofava sofás e era artesão, fazia cintos, guaiacas, sapatos novos, botas, bolsas. Em 1970, ele venceu o concurso de
Com a atriz Camila Pitanga na novela Pecado Capital, em 1998, e com o ator Jackson Antunes 8•STAMPA
Sadi Pimentel é um habilidoso artesão de couro, profissão que o manteve e o ajudou a realizar um sonho de menino - ser ator. Aos 23 anos saiu de Ijuí, e agora, aos 69 anos e com o sonho realizado, está de volta, estabelecido em sua atividade original melhor artesão do Rio Grande do Sul, concorrendo com um colete, um casaco, uma sandália e um cinto de couro. Suas vendas e pedidos aumentaram significativamente.“Tinha um padre que comprava meus produtos, e ele ia para o Rio de Janeiro cerca de quatro vezes por ano. Ele levava meus casacos para vender lá. Vendia tudo. Um dia ele me questionou porque eu não ia tentar a sorte no Rio de Janeiro. E como eu já atuava como ator no teatro, e meu sonho era partir para o cinema, eu fui, acompanhado do meu irmão, o radialista Renato Pimentel”. No Rio de Janeiro, Sadi manteve sua atividade de artesão, ao mesmo tempo em que tentava realizar o sonho de fazer novelas e filmes. Entrou na Rede Globo por meio de um amigo que era segurança na emissora, o Marrom. “Foi aí que conheci o Herval Rossano, famoso diretor da Globo, de quem veio o convite para participar da primeira novela, Casarão.” Depois, Sadie e o irmão Renato participaram da novela Maria Maria, atuando como guardas, e outras diversas participações se seguiram nas novelas, entre elas, Sinal de Alerta, e Feijão Maravilha, gravada em Minas Gerais. “Nessa novela, eu atuei como soldado, e na falta de um dublê para fazer uma cena que tinha que pular de um trem, o diretor Paulo Ubiratan me chamou para fazer a cena. Fui lá e fiz, pulei do trem muito alto e saí atirando. Me deu um frio na barriga, mas fiz a cena, que ficou muito real”, relembra, divertido. Sadi seguiu fazendo participações nas novelas da Globo. Em 1979, na novela Pai Herói, ele interpretou o escrivão de polícia Santos. “Foi nessa novela que fiz amizade com a Gloria Pires, que tinha uns 14 anos na época, e fazia a novela, com seus pais cuidando dela no set de filmagem”. No mesmo ano,
Sadi em sua loja, em Vigário Geral, logo que chegou ao Rio, na década de 1970
Crachás da Rede Globo
fez a novela Cabocla, como o capanga do coronel Boanarges. Logo vieram as novelas Olhai os lírios do campo, onde foi motorista, A Viagem, O Pulo do Gato, Pecado Capital, Uga Uga, Memorial de Maria Moura, Sinal de Alerta. A última participação aconteceu em 2004, quando foi o churrasqueiro na novela Senhora do Destino. Em 1975, que ele conheceu a esposa Sandra, quando alugou um espaço para montar sua loja e fábrica em Vigário Geral, na zona norte do Rio de Janeiro. Sadi e Sandra já completaram 42 anos de casamento e têm seis filhos. “Nesse tempo, sempre moramos no Rio de Janeiro e trabalhei como artesão e na Rede Globo. “Sempre o acompanhei e o apoiei em tudo. Foram quase 30 novelas e eu acompanhei de perto a alegria dele cada vez que era chamado para participar de uma”, comenta Sandra. Há seis meses, o casal veio para Ijuí e montou uma sapataria, a Carioca, na 13 de Maio. A decisão, Sandra explica, foi em busca de paz e sossego. Para Sadi, Ijuí o chamou porque a cidade guarda muitas lembranças de seus pais e irmãos. “Nesse tempo que morei lá, todos os anos vínhamos passar as férias aqui. Ijuí me chama porque essa terra cheira a minha família e meus amigos mais antigos. Voltei para descansar também. O Rio de Janeiro é muito agitado e os nossos filhos estão encaminhados”. Agora, o casal dedica-se à loja, onde fabrica bolsas, sapatos e faz qualquer tipo de serviço para recuperar ou refazer produtos em couro, como sofás, bancos, capas de almofadas, bolsas, calçados, o que for. A loja é cheia de arte e produtos feitos por ele. Expostos também estão os crachás da Rede Globo, que ele exibe com muito orgulho. “São lembranças muito boas de uma época dos sonhos que vivi”, conclui Sadi.
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WolfStreet é a filial da Wolff na Rua 15
WolfStreet está localizada na Rua 15 de Novembro, bem no Centro de Ijuí
Otite externa tem solução na Clínica Palharini
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ocê já deve ter visto um cão ou gato coçando as orelhas, sacudindo a cabeça e até chorando ao se coçar, isso pode ser otite. A inflamação do conduto auditivo externo pode ocorrer por infecção bacteriana ou micótica, doença parasitária, ceruminosa, eczematosa ou estenosante. Caracteriza-se por prurido ótico, representado por meneios cefálicos, dor, odor desagradável, secreção de coloração alterada e em excesso. Fatores predisponentes, como a falta de limpeza adequada, o excesso de cerúmen, propiciam microclima à proliferação de
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micro-organismos iniciando uma otite. Um dos diagnósticos é através da citologia da secreção dos condutos e o tratamento se dá com o uso de ceruminolíticos específicos, pomadas ou lavagem ótica. Se o seu animalzinho está sofrendo com otite, você pode visitar a Clínica Veterinária Palharini, onde você encontra os melhores tratamentos para seu pet sair da situação de desconforto causada pela otite. A Clínica está na Avenida Getúlio Vargas, 215, bairro Sol Nascente. Fone 3332-6703; Whats 9175-4052.
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empre preocupada com a qualidade, beleza e diversificação, a Wolff tem sua matriz na rua Benjamin Constant 385, uma loja tradicional na região, mas sempre em constante evolução, facilitando a visualização das peças em suas lojas, através de um layout moderno. As marcas exclusivas da Wolff para a região, faz com que a empresa seja eleita como a melhor escolha de compra por pessoas de bom gosto em óculos de grau, solares e joias. A filial Wolfstreet, localizada na Rua 15 de Novembro, ao lado do Boticário, possui um visual inovador, pois através de traços assimétricos e detalhes elaborados, destaca-se como a preferida pelo público mais esportivo e jovem, com solares e armações de muitas marcas consagradas, relógios e joias de todos os estilos, além de ter em seu portfólio folheados em ouro e prata, que tornaram-se grandes destaques de venda. A terceira e mais recente, é loja virtual da Wolff, que tem como objetivo agradar um público sem fronteiras. De fácil navegação, o site proporciona uma excelente experiência de compra: fácil, rápida e segura. O e-commerce da Wolff tem portfólio independente das duas lojas físicas, apresentando diversas marcas de produtos. Através da webcam, o internauta pode provar e se movimentar com os óculos na tela do computador, tendo uma visualização lateral das hastes, podendo ainda tirar as medidas e encomendar as lentes de grau. Acesse www.opticawolff.com.br e confira esta novidade. Mais uma evolução da Wolff para agradar todos os clientes, afinal, 15 anos é realmente um ótimo motivo para crescer e surpreender.
Médica veterinária Nelda Palharini
ClíniCa SierakowSki conta com dois profissionais da área de Saúde Dr. Jorge Cesar Sierakowski, médico otorrinolaringologista com especialização pela Unicamp – São Paulo, com título de especialista pela AMB e pelo MEC. Realiza tratamento otorrinolaringológico em suas diversas áreas, atendendo adultos e crianças, com vasta experiência em cirurgias do nariz, tanto funcional quanto na rinosseptoplastia estruturada, corrigindo todos os tipos de deformidades da pirâmide nasal. Procedimentos como aplicação de toxina botulínica (Botox) e preenchimento facial com o ácido hialurônico, também são oferecidos pela clínica. Dra. Izane Brandão, psicóloga clínica com pós-graduação em Psicologia Jurídica pela UNP (Universidade Potiguar-RN), realizando atendimento psicoterápico adulto e infantil, utilizando a abordagem cognitivocomportamental (TCC), como também ava-
liação psicológica, elaboração de laudos e suporte jurídico. Acupunturista com formação pela ABA (Assoçiação Brasileira de Acupuntura - São Paulo), realizando tratamento sistêmico, craniopuntura e auriculoterapia, tratando os casos de ansiedade, enxaqueca, insônia, excesso de apetite, e dores do sistema músculo-esquelético em geral. Os dois profissionais estão constantemente se atualizando e se aperfeiçoando em suas técnicas a fim de oferecer o que há de melhor, moderno e mais seguro, visando sempre a satisfação de seus pacientes. A Clínica Sierakowski apresenta amplo espaço físico, com excelente localização, situada no segundo andar do Edifício Medical Center, que disponibiliza estacionamento próprio, além de diversas outras especialidades médicas, trazendo comodidade e praticidade aos seus clientes.
Tiago Gaúcho conta suas experiências no futebol Jogador conversou com as atletas da Escolinha Feminina do Esporte Clube São Luiz durante encontro no Ginásio Municipal
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Escolinha Feminina do Esporte Clube São Luiz promoveu no dia 25 de fevereiro no Ginásio de Esportes Wilson Mânica em Ijuí uma palestra com o meia Tiago Stragliotto (Tiago Gaúcho). O capitão do Rubro na Divisão de Acesso falou às meninas sobre as experiências vividas no futebol brasileiro e no exterior.Tiago iniciou a carreira nas categorias de base do Grêmio onde atuou por três temporadas. Aos 17 anos se transferiu para o Ferro Carril Oeste da Argentina. Jogou depois no América ((RJ), Tampico Madero (México), Ceará, ABC (RN), Nacional (AM), Esporte Clube São Luiz, Vila Nova (GO), Pelita Jaya da Indonésia, ASA (AL), Ipatinga (MG), Pelotas e Gama (DF).Tiago Gaúcho, que é natural de Ijuí, mas residiu em Augusto Pestana onde tem familiares, jogou no São Luiz em 2006 e marcou um gol importante contra o Brasil-Pel no Estádio 19 de Outubro ajudando o clube a permanecer na Série A do Campeonato Gaúcho. Ele lembrou que para vencer no futebol, o atleta precisa ter muita persistência, perseverança, aliado com a qualidade. “Só o talento não basta. Muitos amigos, com passagens por seleções brasileiras de base, que eram as estrelas, não vingaram. Com dedicação, por não desistir em momentos que fraquejei, fui adiante na carreira. Muitas vezes você está sem clube, tem que treinar sozinho, se dedicar porque a oportunidade vai aparecer”. O jogador pediu que as atletas ouçam com atenção as orientações do técnico Rafael Rodrigues que não está ali para passar o tempo e sim buscar uma melhora das atletas a cada dia, não só no futebol mas como pessoas. Vai da humildade de cada um de saber escutar e ensinar”, frisou. Acreditem nos seus sonhos, não desistam nunca. Quando a oportunidade surgir, vocês devem estar preparadas tanto na vida como no futebol. O apoio da família é fundamental e gratificante.Ela vai estar sempre junto de ti para secar tuas lágrimas e comemorar as tuas vitórias. Valorize isso”. O capitão acredita que atual geração do futebol feminino no Brasil vai
Jogador deu muitos autógrafos 12•STAMPA
colher frutos mais adiante. Hoje as dificuldades são grandes, mas futuramente as atletas serão mais valorizadas”.Tiago Gaúcho contou que até agora já trabalhou com técnicos enérgicos e com aqueles que são mais amigos e dão mais abertura para o diálogo. O mais importante daquele jogador de futebol inteligente é o treinador tirar um pouco de cada um. Mesmo que você não goste de um determinado treinador, ele sempre tem uma coisa para ensinar, acrescentar na carreira”, comentou. Tiago trabalhou com Paulo Porto, Barbieri, Tite, Cleber Xavier, Marcelo Rospide, Heriberto da Cunha e Nei da Matta entre outros. Salientou que o futebol brasileiro precisa ser respeitado. “O número de títulos mundiais conquistados pela Seleção Brasileira mostra que sempre tivemos grandes talentos que precisam ser bem trabalhados.O capitão do São Luiz disse que hoje se fala muito em periodização tática e se mudam as nomenclaturas, mas o futebol é o mesmo praticado por exemplo nos anos 70. “Claro que se aperfeiçou muita coisa, se informatizou, hoje existe uma estrutura muito grande. Em poucos segundos se percebe se o jogador está cansado ou não. O preparador físico coloca o GPS no jogador e detecta quantos quilômetros ele correu durante um jogo ou treino. O atleta precisa estar bem físicamente para render ao máximo. Você pode até conciliar a técnica, mas uma hora você vai cansar e aquele que não tem muita qualidade vai conseguir te superar pela força física. Hoje o futebol é 60% fisicamente, 20% técnica e mais 20% tática. Se você não tiver dedicação, entrega, em todos os dias nos treinamentos e jogos, não vai vencer. O atleta sem ambição não vai a lugar algum” comentou. Tiago disse que a maior virtude do ser humano é a gratidão, lembrar sempre das pessoas que te ajudaram. Segundo ele, a humildade e o respeito com o próximo devem andar juntos sempre.A Escolinha Feminina do São Luiz homenageou Tiago Gaúcho com um brinde entregue pelas atletas Luany Schindler e Júlia Keller. Neste ano, a Escolinha Rubra completa sete anos de atividades.
UMA GOLEIRA DE FUTURO
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goleira do Esporte Clube Ijuí, Andreia Guimarães de David, 23 anos, esteve recentemente treinando com as jogadoras do Grêmio que vão disputar o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino. Natural de Tupanciretã, ela sempre gostou de futebol. A sua família é de goleiros. O pai Ismael Roque de David foi atleta profissional no time de Espinilho Grande, o tio e a tia também jogaram. Andreia começou a jogar no colégio, de brincadeira. Com 14 anos ingressou em um time em Tupanciretã e passou a se interessar mais pela posição. “Minha amiga e companheira de futebol, Jalma Ramos, perguntou se eu gostaria de vir para Ijuí fazer um treino, pois elas estavam treinando para o Campeonato Gaúcho de Futebol Feminino de 2010. Vim num final de semana, treinei, e gostei do time. Fiquei uns dois anos vindo aos finais de semana e sendo reserva da Sil, nossa outra goleira. Como ela não gostava do futebol de campo, tive a oportunidade de mostrar meu trabalho para o grupo. Em seguida, passei a residir em Ijuí para melhorar meu futebol com os treinamentos e jogos. Estou há quase sete anos no Esporte Clube Ijuí.” Andreia disse que o futebol para ela significa tudo e sempre teve o apoio da família. Afirmou que sua inspiração não veio de nenhum campo ou quadra. Se inspira muito nos seus pais que sempre tiveram ao seu lado apoiando. “No Grêmio, tive a oportunidade de ir treinar, mas por não ser experiente como eles precisam no momento, até porque o Campeonato está começando, vou continuar só no Esporte Clube Ijuí. Terei vários campeonatos para ajudar sua equipe. Andreia esteve recentemente no Estádio 19 de Outubro treinando com o preparador de goleiros do São Luiz Luís Bolfoni (Luli) e os goleiros Jonatas, Daniel e Neto, aprimorando fundamentos. A treinadora do Esporte Clube Ijuí Marli Nast Lourenzon disse que foi muito importante a participação de Andreia no grupo do Grêmio, que se prepara para o Campeonato Brasileiro. “É uma atleta jovem, de muito futuro e quem sabe pode se transferir para um clube fora do Brasil. Potencial ela tem. No Campeonato Estadual ela tem se destacado na nossa equipe. A presença dela no Grêmio também trouxe visibilidade ao grupo do Esporte Clube Ijuí. Outras atletas também poderão ganhar uma oportunidade.” Marli lembrou que o Internacional também formou um time de futebol feminino e certamente vai pleitear uma vaga no Campeonato Brasileiro em 2018.
Atleta do Esporte Clube Ijui, Andreia de David, treinou no time feminino do Grêmio
Andreia vem de uma família de goleiros, e se destaca no Esporte Clube Ijuí
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Cirurgião plástico Lucas Dal Pozzo Sartori faz especialização na Espanha e Alemanha
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Lucas Dal Pozzo Sartori atuando e com o médico Javier de Benito, durante sua especialização na Espanha, no mês passado
urante o mês de fevereiro, o médico Lucas Dal Pozzo Sartori, cirurgião plástico especializado em Cirurgia Estética, Reconstrutiva e da Calvície, esteve em Barcelona, Espanha, para fazer uma especialização em Cirurgia Estética da Face. Durante esse período esteve junto ao médico Javier de Benito, reconhecido cirurgião Plástico coordenador do Instituto de Benito, centro de referência em Cirurgia Plástica Estética na Europa, que recebe importantes pacientes de todo o continente, América do Norte, Emirados Árabes, Rússia e de outros centros mundiais. Este mês, Lucas está na cidade de Stuttgart, Alemanha, realizando outra especialização, com o Dr. Wolfgang Gubisch, cirurgião plástico e otorrinolaringologista, referência mundial na Cirurgia Estética e Funcional do Nariz. Com a experiência adquirida durante a temporada na Europa, Lucas Dal Pozzo Sartori estará de volta ao País no final do mês, iniciando o atendimento em Ijuí no dia 31 de março, Edifício Jamile, Rua 14 de Julho, Salas 501 e 502. O agendamento já está aberto, sendo possível contato pelo telefone 3332-2522.
Dejalma Cremonese
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professor Dejalma Cremonese é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Imaculada Conceição, de Viamão (1990), bacharel em Teologia pela FAPAS - Santa Maria (1991-1992), especialista em Pesquisa Científica pela Unifra, mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria e doutor em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência nas áreas das Ciências Humanas e Sociais, com ênfase em Filosofia Política e Teoria Política, atuando principalmente nos temas da Formação Humana e Relações Sociais: Ética, Política e Pós-Modernidade. De 1999 a 2009, foi professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade de Ijuí. Atualmente é professor Adjunto III do Departamento de Ciências Sociais e professor do Mestrado em Ciências Sociais da Universidade Federal de Santa Maria. Morando em Santa Maria, mas com familiares em Ijuí, Dejalma visitou a cidade no mês passado e esteve no grupo Jornal da Manhã, onde falou sobre o impacto das redes sociais das relações pessoais, na política, na aquisição de conhecimento, entre outras questões pertinentes.
Como o senhor analisa o momento atual da sociedade chamada de Pós-Moderna? Primeiramente, é preciso dizer que o paradigma da modernidade do início do século XVI se sustentou basicamente no princípio da razão, instrumental que propiciou o desenvolvimento da técnica, do progresso e da ciência. Em termos políticos tivemos a ruptura entre a religião e o Estado e a formação dos Estados nacionais modernos, com um poder centralizado, limites territoriais e soberania. Surge também o indivíduo com direitos naturais garantindo assim o direito à vida, à propriedade e à liberdade (de expressão e religiosa). Tudo isso a partir das revoluções liberais burguesas dos séculos XVII e XVIII. O homem moderno acreditava que, seguindo os ditames da razão, encontraria os fundamentos da sua emancipação e consequentemente da sua felicidade. Passados alguns séculos percebemos, sim, que houve progresso técnico-científico, que propiciou avanços incontestáveis como nas áreas da saúde, aumentando assim, a longevidade, dos transportes, da comunicação, e a grande invenção dos últimos milênios, a internet. Por
outro lado, o homem ainda se ress ente a gritar em alto e bom som a sua real emancipação e felicidade plena. As incertezas e inseguranças teimam em nos acompanhar. Sofremos não tão calados o processo já discutido pelo sociólogo Max Weber (1864-1920) do “desencantamento” do mundo. Estamos novamente em crise. Vivemos a perda do sentido da comunidade em um mundo de relações líquidas (Bauman); vivemos o fim das relações sociais interpessoais bem como o colapso da confiança erodindo assim os principais elementos do capital social de uma comunidade (Putnam). Do individualismo moderno que emancipou o homem temos hoje o “hiperindividualismo” (Lipovetsky) que nada mais é do que uma concepção patológica do próprio homem que nasceu para viver e conviver socialmente. Por estas e outras razões é que muitos teóricos têm nos alertado para uma nova era chamada, tão contravertidamente de “Pós-moderna”. Eu chamaria de Pós-moderno tudo aquilo que foi prometido pela própria modernidade e não foi cumprido até o presente momento. Com todos os avanços permanecemos mais ansiosos,
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Há muitas coisas interessantes na internet, mas ela pode ser a razão do entorpecimento das mentes.”
deprimidos e menos felizes. Como o senhor avalia a internet como instrumento na busca do conhecimento e da informação? Volto a reafirmar: a internet é a maior conquistas/descoberta do homem dos últimos milênios. Ela está em nosso meio e não tenho receio em afirmar que o homem pós-moderno já não viveria sem ela, nem mesmo por um minuto. Tudo está sob seu comando, desde os setores energéticos, abastecimentos, e em setores corporativos. Seria o caos imediato sem ela. A internet é a maior compilação de dados de informação que o homem conseguiu construir até hoje, depois de mais de 200 mil anos de homo sapiens. No entanto, em termos educacionais, a internet não é garantidora de conhecimento. Pode-se dizer que ela traz informações que devem ser contextualizadas, refletidas e aprofundadas. Há muitas coisas interessantes na internet, por outro lado, ela pode ser a razão do entorpecimento das mentes, trazendo um entretenimento barato e alienante. >>
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Qual a diferença nas relações em redes sociais reais e redes sociais virtuais? Até pouco tempo as relações sociais se davam em um espaço e tempo real. Era uma relação um tanto mais difícil pois não podia prescindir das diferenças entre os seus membros. Cada um podia emitir um argumento e ser contestado pelo grupo. Me parece que nas redes sociais virtuais não existe espaço para a tolerância. É possível adicionar e “deletar” pessoas em um piscar de olhos, basta que ela “curta”, concorde ou descorde de seu posicionamento, fragilizando o diálogo entre eles. As pessoas estão evitando as divergências e “desconectando” as pessoas com muita facilidade, o que não é bom.
peite a alteridade do outro. O senhor acha que as pessoas se influenciam pelo que o outro postou? Todo o ser humano é influenciável. Já dizia Ortega Y Gasset que: “eu sou eu e minhas circunstâncias”. Desse modo somos influenciados por diferentes meios e instituições: família, religião, meios de comunicação social entre outros. Por exemplo, temos políticos no Parlamento Federal que apresentam um discurso de ódio contra homossexuais, mulheres, negros... Todos estes políticos acabam tendo respaldo, sustentação e receptividade na sociedade. As suas posições extremas reforçam o sentimento de boa parte da sociedade.
O senhor considera que estamos em uma fase de radicalização nas redes sociais? Sim. A rede social evidenciou algo que até pouco tempo estava latente/velado em nós: o preconceito, a xenofobia, a homofobia e a misoginia são apenas alguns traços pessoais que foram desvelados. As redes sociais evidenciaram o pensamento e posições que jamais imaginávamos que as pessoas tinham. Talvez o espaço privado em que as pessoas se posicionam, na sala ou quarto em casa, passa a ideia de uma pseudoliberdade de que posso “dizer tudo o que penso” sem sofrer nenhuma penalização. Esta, porém, é uma falsa liberdade.
O senhor acha que os políticos sabem usar as redes sociais? Sim. Eles sabem do poder das redes e usam como forma de se promover, de ter prestígio e de aparecer. Houve a diminuição do espaço televisivo para um espaço maior na internet, principalmente nas redes sociais. Penso que em nossos dias seja mais difícil ser político. Antigamente, ele era julgado de quatro em quatro anos, uma boa gestão era justificada com a reeleição. Hoje, o político é julgado de forma instantânea, em tempo real. Na rede social, o eleitor, que chamo de uma “ágora virtual”, se manifesta para o bem e para o mal, julgando qualquer ação desse político, na hora. Na rede social, o político pode ser julgado ou aplaudido de forma instantânea.
No seu ponto de vista, qual o nível do debate que se instaura com a “proteção” de estar atrás da tela, e não em um debate ao vivo? Há um debate qualificado? O certo é que estamos vivendo a era também da pós-verdade. Aqui lembro a famosa frase do filósofo Descartes que dizia: “Penso, logo existo”. Talvez a frase que mais se adapte à nossa realidade hoje seja: “Acredito, logo estou certo”. No entanto, este “eu acredito” pode vir permeada de preconceitos e parcialidades provindas exatamente da internet. Olho com receio para os argumentos das pessoas que se “alimentam” e “reproduzem” informações do “tio google” e da “tia wikipedia”. Já falei que informação não é necessariamente conhecimento. Conhecimento é bem mais profundo, é a capacidade de julgar as próprias contradições do conhecimento. Perdemos o pouco um dos maiores escritores do século, Umberto Eco, que dizia que todo mundo agora opina, até a “legião de idiotas”, e acreditam na sua opinião como se fosse realmente verdade. É a “invasão dos imbecis”, diz ele. Não quero ser pedante aqui ao afirmar que só os “especialistas” devem opinar. Não necessariamente, no entanto, um argumento deve ter sim, embasamentos sempre que possíveis, científicos. Em média, o brasileiro não chega a ler dois livros por ano. Desta maneira fica difícil sustentar um bom argumento e criar conhecimento. Temos a tendência de que quando colocamos nossa opinião, queremos que ela seja aceita. Até que ponto isso interfere nas relações? Exatamente. Isso pode até gerar certas animosidades quando os diálogos e conversações são permeadas de uma certa passionalidade que gera o radicalismo, e todo o radicalismo é perigoso. Radicalismo político, religioso, étnico ou qualquer outro que seja pode desencadear uma intolerância ou em atos explícitos de violência. Por exemplo, na conjuntura política brasileira é explícito a po16•STAMPA
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Olho com receio para as pessoas que se ‘alimentam’ e ‘reproduzem’ informações do ‘tio google’ e da ‘tia wikipedia’. Conhecimento é bem mais profundo. (...) Em média, o brasileiro não chega a ler dois livros por ano. Desta maneira fica difícil sustentar um bom argumento e criar conhecimento.
larização nas redes sociais entre “coxinhas” e “petralhas”, o que tem causado até rompimento nas relações de amizade e de familiares. O certo seria escolher o “caminho do meio”, da moderação, aquilo que os filósofos gregos chamavam de sophrosyne, a temperança e a moderação, a virtude grega por excelência. O senhor acredita que quem passou a expressar sua opinião nas redes já pensava dessa forma antes? Penso que a rede social e a internet reforçou aquilo que a pessoa tinha latente dentro dela. Cada um busca o que lhe convém. Acredito que ninguém nasça intolerante, radical ou preconceituoso. Tudo depende dos meios pelas quais a pessoa foi criada. Como ja dizia o filósofo Aristóteles, o pai da ética: “Para ser bom é preciso ser educado nos bons hábitos”. Por isso a importância dos formadores, pais, responsáveis, professores na construção de homens éticos: que considere e res-
Tem muita gente enrolada na Operação Lava Jato e pré-julgamentos nas redes. O senhor acredita que falta informação ou não há interesse em entender a política? Essa visão nova de debater a política é favorável. No entanto, só um “ativismo de sofá” não basta. É preciso aprimorar a participação, só assim vamos fortalecer novamente o sistema democrático que, neste momento, levou um duro golpe. Antigamente a política era restrita a meia dúzia de pessoas e hoje, para o bem e para o mal, as pessoas estão se manifestando mais. E sobre o atual cenário político, qual a sua opinião? Há dois anos eu já dizia que as coisas iam de mal a pior. O governo Dilma havia esgotado um modelo de economia sustentado em um consumo subsidiado insustentável, gerando instabilidade econômica e política. O PT fez alianças pragmáticas com partidos tradicionais pouco comprometidos com a ética. Pagou um preço enorme pelos seus erros. Errou politicamente e eticamente nas estratégias de governar por 16 anos consecutivos. A insatisfação crescente na classe média brasileira e as consecutivas manifestações dos “paneleiros”, a economia cambaleante, o aumento do desemprego levou o governo de Dilma Rousseff ao precipício. A partir de um golpe parlamentar branco, a presidente Dilma foi deposta pelos seus antigos aliados, tendo a participação direta do ex-presidente do PMDB Michel Temer. Hoje nós temos um governo golpista/interino dirigido por mafiosos. Um presidente citado inúmeras vezes na operação “Lava Jato”, bem como boa parte de seus ministros. A cada dia é uma nova afronta aos brasileiros. A mais recente foi a aprovação do então ministro Alexandre de Morais sendo confirmado como ministro para o STF, exatamente para “salvar” seus pares das garras da Lava Jato. Onde estão os “paneleiros”? E as manifestações?
10 anos de Concurso
Ambience móveis sob medidA
O Concurso de Redação Jornal da Manhã e Rotary Club de Ijuí está completando 10 anos, uma marca que merecerá edição especial
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om o respaldo de empresas patrocinadoras, os promotores prepararam uma programação diferenciada, com uma premiação maior para os estudantes vencedores e também para os seus professores orientadores, abrangendo do 1º ao 5º lugar das duas categorias concorrentes. Como novidade, a festa de premiação este ano ganhará novo formato, com a participação ampliada para os colegas convidados dos vencedores, e encerrará com show da banda Vó Gringa.Com o tema para Educação no Trânsito, o Concurso este ano ganha o reforço da Brigada Militar, da Polícia Rodoviária e da Receita Federal entre os apoiadores, ao lado da 36ª Coordenadoria de Educação, Secretaria Municipal de Educação e Unijuí, que endossam a iniciativa desde a primeira edição, e das empresas patrocinadoras: Comercial Zaffari, Eickhoff Seguros, Vip Rent a Car, Porto 44, Lojas Doce Efeito, CCAA, Qualicopy, Usina Som, Luz e Imagem, O Boticário, Estação da Mata, Sicredi, Vó Gringa, Literatus Livraria, Futura Mídia Digital, Gema Moda Infantil e Juvenil, Albrecht Ótica e Relógios, Vencal, Cia da Música, CFC Pizutti e CarHouse Toyota. Podem participar do Concurso estudantes de escolas particulares, municipais e estaduais da região de abrangência da 36ª Coordenadoria de Educação, em duas categorias: Ensino Fundamental, da 6ª a 9ª série, e Ensino Médio. O prazo para a entrega dos trabalhos é 28 de junho na direção das escolas. A banca avaliadora se reunirá no dia 4 de julho e a festa de premiação está marcada para 24 de agosto, na Estação da Mata.
A Ambience projeta móveis de alta qualidade com madeira ou MDF de primeira linha
Projetos são elaborados com tecnologia de ponta
Há mais de 60 anos fabricando qualidade
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mbience Móveis Sob Medida está no mercado há mais de 60 anos, servindo a Ijuí e região. Na Ambience você é atendido pelo proprietário Paulo Rotthues, que ama o que faz, e sabe o que faz. O atendimento é diferenciado, com atenção especial à clientes que solicitam, após às 18 horas e aos sábados à tarde. O atendimento é feito com os projetos em mãos, explicando qual o funcionamento e qual a praticidade do móveis a serem feitos, detalhando suas vantagens, explicitando inclusive o tamanho e bitola dos parafusos a serem utilizados. A Ambience tem ideias e soluções de projetos para as pessoas de mais idade, em que a acessibilidade e praticidade são fundamentais, respeitando suas limitações. A fabricação abrange projetos do mais alto padrão aos mais simples, e também para todos os tamanhos, em cozinhas, salas de TV, quartos, lavanderias, escritórios portas internas para residência, entre tantos outros. Os projetos são executados em madeira ou MDF de primeira linha, o que garante a qualidade do acabamento e a durabilidade. Visite a Ambience Móveis no Facebook; telefone e whatsapp 99942-5278, com Paulo.
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TalenTos nas escolas
Um canteiro de obras
sustentável Três alunos da Escola Polivalente desenvolveram um um canteiro de obras movido a energia solar e receberam prêmios em duas feiras de tecnologia do Estado
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m 2016, quando ainda eram estudantes do Instituto Guilherme Clemente Köehler, o Polivalente, João Flavio Legonde Sost, João Pedro Lisboa Kummer e Vinicius Guilherme Dobler desenvolveram um projeto inovador para beneficiar a Construção Civil. Com a orientação do professor e engenheiro civil Luis Cesar da Cruz de Souza e da professora coorientadora Geodelli Adelita Penz Corrêa, eles criaram um canteiro de obras sustentável, movido a energia solar. Denominado “Canteiro de obra sustentável: a energia solar fotovoltaica como alternativa para geração de energia elétrica em obras de médio porte”, os três alunos participaram de 24 a 26 de agosto do ano passado, em Santo Ângelo, da Mostra das Escolas de Educação Profissional – MEP, com alunos das regiões de São Luiz Gonzaga (32ª CRE), Uruguaiana (10ª CRE), Santo Ângelo (14ª CRE), São Borja (35ª CRE) e Ijuí (36ª CRE). Foram premiados na categoria Eixo Tecnológico – Infraestrutura. Depois, apresentaram o projeto em Porto Alegre, na Feira de Ciência e Tecnologia – Fecitep 2016. De lá, voltaram com a segunda colocação. Os três alunos se formaram no Ensino Médio e no curso de Técnico em Edificações na Escola Polivalente no fim do ano passado. Este ano, João Pedro e João Flávio ingressaram no curso de Engenharia Civil na Unijui e voltaram a sua ex-escola para conversar com a Stampa sobre o projeto. Conforme João Pedro, a primeira ideia foi criar uma betoneira com energia solar. “Mas porque não utilizar todos os equipamentos de uma obra com energia solar? Criamos uma parceria com a Estruturar Engenharia Elétrica. Lá os engenheiros nos explicaram como funciona e nos ajudaram na elaboração do nosso protótipo, nos cedendo fiação e material. Assim seguimos com o trabalho escrito e a pesquisa. Cada dia, descobríamos algo”. O protótipo é composto por painel solar, bateria, carregador de carga e leds. A partir disso, os três estudantes foram ampliando os trabalhos, através de pesquisas. O projeto não foi colocado em prática, mas os alunos fizeram os cálculos e perceberam que se colocado em uma obra, haverá retorno. Eles fizeram pesquisa com uma empresa de Ijuí, que disponibilizou valores gastos por mês. “Com esses dados conseguimos saber a qualidade de placas solares para uma obra de médio porte, ou seja, com quatro pavimentos, uma obra que não tem todos os equipamentos necessários. Claro, em uma obra se houver elevador, dá para colocar também junto no sistema, mas aí são necessárias mais placas”, explica. Os alunos contam que o custo também foi calculado. O custo é um pouco alto, segundo João Pedro, assim como o retorno. “Mas a vida útil de uma placa solar é de 25 anos. O retorno financeiro seria em dez anos, por isso, pelos próximos 15 anos, a placa seria usada de graça. O retorno vem em dez anos”, comenta João Pedro. Os alunos pretendem continuar desenvolvendo o trabalho na faculdade. “Mas antes queremos adquirir mais conhecimentos para ver se é viável”. O projeto deles é inédito e ainda não existe em nenhum canteiro de obras. “O que existe são alojamentos de funcionários de canteiros de obras, mas é a energia heliotérmica, usada apenas para aquecer a agua. A nossa é a fotovoltaica, ou seja, é a energia obtida através da conversão direta da luz em eletricidade”, conclui. 18•STAMPA
O protótipo dos alunos: placa de captação de energia solar ligada ao canteiro de obras, elaborado por eles com todos os equipamentos de uma construção
Painel Solar captando energia para o protótipo
Alunos premiados: Vinicius Guilherme Dobler, João Flávio Legonde Sost e João Pedro Lisboa Kummer
Fotos: MADP
Avião pousando no Itaí, em 1940, trazendo jogadores para o Cassino
Itaí já foi um luxo U
m dos distritos mais antigos de Ijuí, o Itaí era muito movimentado e recebia pessoas de todo o Brasil que vinham se hospedar no Hotel da Saúde, que, por causa da fama da água, era de tratamento - uma espécie de spa -, ou jogar no luxuoso Cassino. Vinham de trem, ônibus, carros último tipo e de avião, pois havia até pista de pouso. A proibição do jogo terminou com todo esse glamour, e o Itaí voltaria ser notícia pelo anos 1950/60, desta vez na área da Educação, por meio do trabalho pioneiro da professora Tereza Tarragô com índios. No correr dos anos, seguiu como lugar de viver a vida para os descendentes dos que o colonizaram, ou e de descanso e lazer para ijuienses que mantinham sítios e casas à beira do Rio Ijuí.
Hotel Saúde, Itaí, 1936
E
m seu livro “Itaí e sua história”, de 1984, o professor Danilo Lazzarotto conta que foram os índios os primeiros habitantes das margens do Rio Ijui, no lugar que ganharia fama por sua água mineral. O fato foi comprovado pelos vestígios encontrados naquelas terras, como cerâmicas e instrumentos de pedra. Depois chegaram os colonizadores, a maioria espanhóis. A descoberta da água mineral, conforme relata Lazzarotto, deu-se por ação do senhor João Patrício Maciel, que chegou a Ijuí por volta de 1933, vindo de Livramento, onde se aposentou como chefe da Guarda Aduaneira. Ouvindo relatos de uma ‘água que curava’, interessou-se e mandou uma amostra para seu filho Pedro Maciel, médico radiologista radicado em Porto Alegre. Confirmada as qualidades da água mineral, os Maciel compraram as terras em torno da fonte localizada na propriedade de Procópio Maturana. Em 1934, Pedro Maciel iniciou a construção do Hotel da Saúde, destinado a tratamentos de saúde, mas recebia também veranistas. Foi uma espécie de spa, com comida dietética, e serviço de fisioterapia. A fama das águas do Itaí se espalhou e a procura cresceu exponencialmente. Por volta de 1938/39, o senhor Antonio Baggio, que já engarrafava bebidas em Ijuí, tornou-se concessionário do engarrafamento de água mineral. Com a fama das águas e a sua vocação de balneário, o Itaí ganhou nos anos 1940 a atração que faltava para transformar de vez sua condição e tornar-se o lugar de maior fascínio de toda a região. O Cassino, idealizado
Vista para o Cassino, que existiu no Itaí de 1940 a 1943 para comemorar os cinquentenário de Ijuí, tinha sala de dança, hall, sala de roleta, sala de bacará, salão de víspora e uma cozinha. Para a inauguração veio até o interventor estadual, Cordeiro de Farias, quando também foi inaugurada a balsa sobre o Rio Ijuí. O prefeito na época era Emílio Martins Buhrer. Em frente ao Cassino, se juntavam oito ônibus e até 50 carros, conforme os relatos, algo extraordinário para a época e para o Itaí. Um campo de pouso de aviões também foi providenciado. A Varig fazia voos regulares de 15 em 15 dias. A linha era Porto Alegre – Cruz Alta – Itaí – Santo Ângelo. Em 1943, o jogo foi proibido em todo o País e o Cassino do Itaí fechou as portas. Na área da Educação, o Itaí também marcou uma época. Em 1946, o médico Pedro Maciel mobilizou a comunidade para a criação de uma Colônia de Férias. Para atendê-la foi designada a professora Tereza Tarragô, natural de Tupanciretã, que teve uma atuação marcante como educadora e alfabetizadora. Mais tarde, em 1953, foi criado o Internato Rural Pedro Maciel, destinado a crianças que tinham dificuldade de acesso às escolas. Vinham alunos de todas as partes, e em 1958, o Internato passou a receber índios. E foi nesse trabalho pioneiro de alfabetização dos índios - “a melhor experiência da minha vida”, como deixou registrado, que a professora Teresa Tarragô ficou conhecida e obteve reconhecimento em todo o Estado. Como se percebe, há muita história no Itaí. Duas moradoras de lá, intimamente ligadas às memórias e à vida do lugar, nos contam um pouco de suas vivências na terra da pedra da água - Itahy, no tupi-guarani. >> STAMPA•19
A AmigA de terezA
No centro, Neuza Brizola e a professora Tereza Tarragô, no Internato Pedro Maciel, com a turma de índios. O trabalho da professora Teresa com os índios, ficou conhecido em todo Estado
Na casa onde mora há 56 anos, Selmira lembra os tempos de glória que o Itaí viveu - a época do Cassino, em que foi impedida de entrar, a Escola Pedro Maciel, em que atuou, hoje mais moderna, e a amizade que tinha com a professora Tereza Tarragô
S
elmira Maturana, 85 anos, lembra fase áurea do Itaí. Mesmo que tenha ido morar na localidade em 1953, antes disso, ela tentou frequentar o Cassino. “Uma vez fui com amigos lá e não me deixaram entrar por eu ser menor de idade. Morava em Ijuí na época, antes de me formar professora”. Quando foi nomeada para dar aulas na Escola Pedro Maciel, há muitos anos o Cassino não existia mais. “Quando eu cheguei, isso aqui já nem respirava mais os tempos de glória que o Itaí viveu. Quando eu vinha na minha juventude, isso aqui era coisa de primeiro mundo, fantástico”. Ela lecionou lá até 1978 e nunca mais saiu. “O Cassino era muito chique. O que eu pude ver era a sala redonda, toda de vidro, e ao redor havia uma área. Tudo muito lindo. Na época, vínhamos de barca para o Itaí”. Formada na primeira turma de normalistas do Colégio Sagrado Coração de Jesus, ela conheceu o marido Leodoro Maturana, já falecido, e teve quatro filhas. “Naquele tempo eu lembro que lutei para sair do Itaí, mas recém nomeada era obrigada a ficar por dois anos lá. Aí conheci meu marido e fiquei de vez”. Selmira conta que que quando chegou à escola eram duas turmas para um professor. Depois de dois anos ali, a amiga e professora Tereza Tarragô abriu um internato para os filhos de fazendeiros, que foi muito movimentado. No Itaí também teve escola de índios. “Quando o Leonel Brizola foi para o exílio, ele passou por aqui para dar um abraço na professora Tereza. Eles eram muito amigos. Tanto que a esposa dele, a Neuza, vinha muito para o Itaí, ainda época do Cassino. Ela adorava visitar as escolas, principalmente a dos índios”, lembra Selmira. Segundo ela, os índios eram levados para o Itaí para serem alfabetizados. “Aqui eles chegaram com muitos problemas de piolho e chato. Tinham muita dificuldade de aprender. Mas quando aprendiam, se destacavam. Teve um que fez faculdade em Ijuí, outro virou militar”. Selmira mora na mesma casa há 56 anos e diz que dali não sai mais. Tem a companhia de uma cuidadora, Michele Lima. Na varanda, ela passa horas lembrando das histórias que viveu no Itaí. “Na ilha, havia restaurante e salão de baile. Era muito movimentada. A gente se reunia em uns dez casais e passava os fins de semana lá, na casa do Willi Brendler, que foi padrinho da minha filha. Ele tinha uma casa muito bonita lá na ilha e fazíamos festas e jantares. A enchente levou a casa algum tempo depois. Hoje, não há nada mais na ilha”, lamenta. Selmira emociona-se ao lembrar dos trens que passavam pela localidade. “Quando o trem apita hoje, tenho vontade de chorar. Sinto saudade da Maria Fumaça e do Minuano, trens de luxo de passageiros que passavam por aqui”.
Ferrovia
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Internato Pedro Maciel e a Escola Pedro Maciel hoje
Fonte de água mineral
Prédio da primeira fábrica de engarrafamento de água, hoje abandonado
A CASA DE PEDRO MACIEL A casa do médico que ajudou a construir a fama de Itaí mantém caractéristicas da época e guarda muitas lembranças e objetos preservados por Maria Augusta Maciel e seus filhos, que lá residem
Objetos guardados pela família Maciel: um livro de missal com a capa de marfim, uma piteira feita de osso de galinha, prato que foi do Coronel Bicaco,o relógio do Colégio Maristas e relógios de bolso que pertenceram aos homens da família Maria Augusta, guardiã das memórias da família do marido, Augusto Maciel
O homem que deu nome à escola da comunidade foi um médico notável do Itaí e da região, que, pelo pioneirismo, ficou conhecido até em outros países. Pedro Maciel foi um dos primeiros médicos radiologistas do Rio Grande do Sul e do Brasil. Tinha muito conhecimento em sua área, costumava viajar muito. Certa vez, viajou à França para fazer exames médicos, estava com câncer, e, surpreso, se viu reconhecido pelos colegas que o atenderam lá. Ele morreu em 1946. A casa que pertenceu a Pedro Maciel está preservada, na rua que ainda é calma e tranquila como nos tempos em que ele vivia, em meio a muito verde. A casa hoje é de Maria Augusta Maciel, 77 anos, que vive ali há mais de 30 anos com seus dois filhos. Ela é viúva de Augusto Maciel, filho de Dátero Maciel, irmão de Pedro. Natural de Porto Alegre, ela conta que morava no Rio de Janeiro até o falecimento da mãe. Depois, teve que morar com os tios. Quando veio para o Rio Grande do Sul visitar a família, conheceu Augusto Ribas Maciel e se casaram em seis meses, em 1961. A casa onde ela mora era de veraneio da família Maciel. Foi construída há cerca de 120 anos, calcula ela. Ela lembra que o sogro Dátero Maciel doou o terreno para a construção de uma estrutura mais moderna para a escola da localidade. O marido Augusto ia a Porto Alegre, acompanhado da professora Tereza Tarragô, em busca de verbas para a construção. “Isso tudo quando eu era recém-casada, no início dos anos 1960. A escola, então, recebeu o nome de Pedro Maciel, uma justa homenagem ao médico. Quando a professora Tereza faleceu, me lembro que cada aluno seu levou uma pedrinha em seu túmulo. Um dia muito triste”. Maria Augusta conta que ia com os filhos passar as férias na casa e lembra dos dias movimentados do Itaí. “A família de meu marido sempre nos contava que tudo aqui terminou quando o Cassino fechou”. O local de captação de água mineral, logo abaixo da sua casa, era muito movimentado, gerava emprego e
movimentava a economia do distrito. Outra peculiaridade do lugar, segundo Maria Augusta, eram os acampamentos de cigano. “Eram pessoas simpáticas e amáveis. Hoje, não se vê mais isso”. Ela costumava conversar com os ciganos, acompanhada do sogro, e via muita riqueza em seus costumes. “Uma vez eles comemoraram aqui um ano de falecimento de seu grande chefe. Vieram em caminhonetes zero quilômetro, muito ouro na cabeça das mulheres, pratarias, louças finas. Um luxo. Eles assavam animais inteiros no rolete durante toda noite”. Esses acampamentos eram comuns na década de 1960. Na casa que pertenceu a Pedro Maciel, sob a guarda de Maria Augusta e seus filhos, estão preservadas muitas de suas lembranças. Na sala, diversos objetos e móveis relembram fatos e histórias da família do marido e também da sua, muitos trazidos de outros países. Na parede, uma bela coleção de pratos, entre eles, um trazido da Europa pelo próprio Pedro Maciel, e outro que pertenceu ao Coronel Bicaco. Há pedras que vieram das Ruínas de São Miguel trazidas pela professora Tereza Tarragô para o museu da escola, que ela acabou dando para a sogra de Maria Augusta. Um abajur premiado em Paris, que ela adquiriu em Buenos Aires, enfeita a mesa de época da sala, assim como um Santo Antônio, do tempo de Aleijadinho, trazido de Minas Gerais por sua sogra. Na mesinha de centro, as facas de prata que pertenceram ao sogro. No armário que está na família há décadas, algumas curiosidades: uma piteira feita de osso de galinha e um livro com capa de marfim, estão entre os mais antigos. “Uma das lembranças que guardo com muito zelo é o relógio de parede da época da fundação do Colégio Maristas de Santa Maria, onde fui presidente do Clube de Mães por cinco gestões, quando morava lá”, revela Maria Augusta. Guardar as memórias de sua família e a do marido através de móveis e objetos é um prazer também compartilhado pelos filhos que moram com ela, Maria Lujan e Augusto Maciel. STAMPA•21
Grupo se reúne em construções abandonadas, locais que servem para praticar o esporte de forma segura
Airsoft:
estratégia e ação na base da honra O esporte - que nasceu no Japão na década de 1970, ganhou o mundo e conquista adeptos todo dia, inclusive em Ijuí -, é de estratégia e muita ação, e só sobrevive na base da honra e da honestidade: sem ter como marcar o jogador atingido, somente ele pode acusar o acerto e sair do jogo
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irsoft é um jogo de ação onde os jogadores participam em simulações policiais, militares ou de mera recreação, com armas de pressão que atiram projéteis plásticos não letais, utilizando-se frequentemente de táticas militares. E é esse esporte de muita adrenalina, que está fazendo a cabeça de um grupo de amigos em Ijuí. O espírito de honra e honestidade é um dos pilares que fundamenta a prática do Airsoft. Como não há tinta ou outra forma de marcar, quando um jogador é atingido, ele manifesta o acerto do tiro e sai do jogo. O esporte nada tem a ver com atividades políticas, religiosas ou quaisquer outras que não sejam o desafio, a atividade física, o convívio e o culto da amizade e ajuda entre os seus praticantes. O médico veterinário Francisco Dei Ricardi Sandri, 32 anos, é um dos adeptos e conta que começou a praticar com um grupo de Panambi. Depois que adquiriu o equipamento, passou a jogar com a turma de Ijuí. A prática do esporte em Ijuí começou na metade de 2015 e hoje já existem três grupos formados: Centauro, Cachorro Louco e El Bando. Francisco faz parte do Cachorro Louco. Eles se reúnem em uma construção abandonada, nos altos da Avenida José Gabriel, o “close quarters combat”, ou seja, batalha em lugar fechado. Eles também praticam o esporte aos finais de semana em dois campos de Catuípe e um em Augusto Pestana. Os jogadores são amigos e os jogos acontecem em várias cidades da região também. Existem eventos de Airsoft da região, como no ano passado em Panambi, que foi o Vietnam Day`s. Francisco explica que o esporte é baseado em honra, companheirismo e amizade e simula situações de batalha. “Um exercício físico extremamente interessante, pois trabalha a musculatura. Gosto, porque além de ser um exercício físico completo, vai ao encontro de algo que sempre tive interesse, a estratégia, o combate”. Para adquirir armas de Airsoft não é necessária autorização, mas precisa ser comprada no Brasil, ter a ponta laranja que define que não é uma arma verdadeira. Precisa ser portada com a nota fiscal para provar que é um marcador de Airsoft e não uma arma normal. “Existem marcadores que são disparados com gás, essas sim, precisam ter registro.”
Além da arma, os equipamentos disponíveis para a prática do esporte são diversos e visam a proteção, mas colaboram para deixar o jogador com um visual “de guerra”
Um jogo de quarta-feira chega a reunir cerca de 30 praticantes. O número aumenta aos finais de semana. Os diversos tipos de jogos são definidos pelos organizadores. Entre eles, estão defender bandeira, defender um objetivo, desarmar uma bomba. “Cada jogo tem uma história que tenta refletir uma realidade, como resgatar um refém, escoltar um VIP de um lugar para outro. São simulações de tática real militar”, explica Francisco. O equipamento básico de segurança para praticar o esporte são os óculos. Muitas pessoas optam por jogar também de máscara para proteger os dentes. “Para uma boa prática, acrescenta-se coturnos para proteger os pés, e colete. Os praticantes vão adquirindo os equipamentos militares para tornar tudo mais real”. O policial rodoviário federal Evandro Ceretta, 40 anos, pratica há mais de um ano, e pertence ao grupo Centauros. “Não conhecia o esporte, vi na internet e achei interessante até pela minha profissão. Quando vi, gostei de cara pelos princípios do Airsoft, como a honra e a forma de jogar. Quando um participante é atingido, ele mesmo se declara morto. O esporte praticado em Ijuí mostra os praticantes muito comprometidos, levamos a sério, com responsabilidade, com regras que são seguidas”. Evandro porta uma arma de mais de dois mil reais. As armas chegam custar sete mil reais, mas é possível encontrar armas usadas de pouco mais de mil reais, além dos equipamentos de segurança. Evandro conta que o esporte em Ijuí ainda é praticado apenas por homens, mas na região há mulheres que praticam. “Algumas policiais usam o Airsoft como forma de treinamento, pois as armas são réplicas reais, com mesmo peso e tiro das armas verdadeiras. Para treinamento mais próximos, como entrada em prédios é muito interessante”, afirma. O empresário Lucas Fagundes, 38 anos, é um dos mais equipados e pratica há seis meses na equipe Centauros. Ele usa até uma câmera GoPro para filmar a ação e avaliar as estratégias, além de ter registros da prática do esporte. “Uma das coisas legais do esporte é a honra, já que o projétil é uma bolinha de plástico que não marca. Outra coisa interessante é a diversão que o esporte gera, uma adrenalina muito forte com a diferença que ninguém se machuca. A simulação militar é muito real”. STAMPA•23
Dr. Jorge Ralf Brust e Marilusi Hagemann Brust e Dr. Luís Antônio Jacques Soares e Carla Maria Jung Soares (abaixo) na festa de final de ano da Unimed em cenário de inspiração londrina, na Estação da Mata
Edite e Egon Velasques, M Rufino em c do Centro C Micheli e Paulo Bortolotto em evento na Sociedade Ginástica
Fundador e primeiro presidente do Clube Aquático Tiarajú Edu e Amélia Carlan no 52º aniversário do clube
Angela Sartori, Sonia Burtet e Antonia Pollo em evento da BPW Ijuí
Ana Luiza, Murilo e Ana Paula no Absoluto
Marcelo e Etiane Köhler no Baile de Debutantes da Sogi
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Daniela, Denis, Pamela e Kelly no Absoluto
n Eickoff, Solange e Wilian Marisa e Valmir Stolz e Claudio comemoração de fim de ano Cultural 25 de Julho
Vilmar José Matter lançou em fevereiro seu segundo livro de poesias, Cortinas e Tempos, com temas sobre vida, paixão e amor
Sueli e Romeu de Jesus no fim de ano do Clube Ijuí
Angelo Knebel e Eliana De Nami na comemoração dos 52 anos do Clube Aquático Tiarajú
Marisela Lorenzão e Mirian Rosa na Glasnost
Vanusa Nicoletti e Pedro Pizutti na Pizzaria Estação da Mata
Na Festa da Uva e do Vinha de Distrito Santo Antônio: Leandro Reiss e Adriana Boniatti STAMPA•25
|perfil|
A
Mulher de fé
pastora Ana Isa dos Reis, 37 anos, solteira com namorado, está em Ijuí há quase 12 anos.”Cheguei em 2 de agosto de 2005”, lembra com exatidão. Veio para fazer, no período de um ano, a Habilitação ao Ministério, depois de ter concluído os cinco anos da faculdade de Teologia, em São Leopoldo. Sua empatia com a comunidade e a cidade - e vice-e-versa, a fizeram permanecer aqui, possibilidade que se abriu com a criação, por parte da Comunidade Evangélica Ijuí (CEI), de um novo pastorado. Ela então assumiu o posto formando o trio de pastores que integram a CEI. “Consideramos um avanço importante, porque o Ceap, que contava com o pastor em meio turno, passou a ter a sua dedicação integral”. O desafio era para mais três anos, tempo em que só cresceu a sua interação e integração, o que resultou na renovação de seu trabalho por mais cinco anos. Hoje, ela está na segunda renovação dos cinco anos, ainda mais comprometida com o trabalho na Comunidade Evangélica - é Pastora Vice-Sinodal do Sínodo Planalto Rio-Grandense, que engloba 24 paróquias, e ocupa outros dois postos de liderança comunitária: é coordenadora do Codemi - Conselho de Desenvolvimento Municipal, e presidente da Comissão Municipal das Igrejas Cristãs. Nestas funções, que são diferentes em si, mas que em sua finalidade buscam o mesmo bem-comum, a pastora Ana Isa empreende sua marca pessoal, “de acreditar no trabalho conjunto, no ecumenismo, de vencer as diferenças e apostar nas semelhanças”. Antes de abraçar o Ministério, Ana Isa, com especialização em Literatura, foi professora de Português, em sua cidade natal, Timbó, Santa Catarina, durante 8 anos. Formada em Teologia, fez Mestrado em Liturgia. Enquanto estudou em São Leopoldo, também deu aulas de Português para estrangeiros. Suas primeiras experiências em Ijuí, quando chegou há 12 anos, é relatada com humor e muita presença de espírito, características que tornam uma conversa com ela momentos de agradável convivência, e que, certamente, fazem dela uma oradora peculiar, daquelas que captam a atenção e conseguem inspirar quem a ouve. “Para conhecer a cidade, fui ouvir as rádios, ler o jornal, e só ouvia falar em soja, trigo, plantar e colher. Não sabia nada sobre isso, não conhecia soja, não sabia como colhia o trigo. Vivi em áreas industriais, com apito de fábrica, e aqui só ouvia o sino...” Assim que manifestou o desejo de aprender, foi prontamente atendida e já estava em cima de uma colheitadeira, vendo in loco o trabalho na lavoura. “Me impressiona o quanto a cidade tem um olhar para o campo, de respeito, valorização. Isso é difícil de encontrar.” A vocação cooperativista de Ijuí também chama a atenção da pastora. Conhecia a dinâmica do cooperativismo de onde veio, mas viu diferenças. “Há uma diretoria que comanda, diferente do que conhecia, uma atuação centrada no cooperado, onde ele exerce o papel fundamental. Acredito que é preciso recuperar o sentido cooperativista”. Por outro lado, reconhece na cidade, pela qual se revela apaixonada - “tanto que sinto falta quando saio de férias” -, como uma grande qualidade, a proximidade das pessoas, em todas as esferas, e sua vocação para o voluntariado. “Não é qualquer voluntariado, é de qualidade. As pessoas aqui doam o seu melhor - do que sabem fazer, de seu tempo e do que têm”. Ela lembra a Sabeve, mantida pela Comunidade Evangélica, que sempre conta com a solidariedade e o apoio de muitos. “Vejo que as pessoas têm responsabilidade de fazer, vejo compaixão, uma palavra que traduz bem o que percebo nos ijuienses solidários.” O dia a dia da pastora Ana Isa é dedicado às inúmeras atividades que a sua função exige - Culto e sua preparação, os Sacramentos, Ofícios (casamentos, sepultamentos, visitas, instalações), trabalhos dos departamentos e grupos, atendimentos pastorais. Além da Comunidade do Centro, há os Núcleos Betânia e Modelo. Casais em dificuldades e pessoas enlutadas são os principais atendimentos que chegam a Ana Isa, e não só de membros da comunidade; a procuram pessoas de fora e também de outros lugares.”Gosto muito desta área, de ouvir e poder ajudar”. Seguramente, que isto tem um custo emocional e físico, que ela contrapõe com a prática diária de uma hora de atividade física. Faz ginástica, musculação e pilates. “São meus canais de liberar as tensões, além do meu jardim, minha minifloresta, que gosto de cuidar, e que me renova as energias.” Espiritualmente, também é preciso se fortalecer. E para isso, ela lê. “Leio muito, para reabastecer, aprender sempre.” A música também tem papel importante na sua vida. Ela toca violão e flauta, e atualmente estuda piano. A empatia que Ana Isa sente pela cidade é recíproca, já reconhecida com o título de Cidadã Ijuiense. É corriqueiro ver a pastora em locais dos mais diversos, sempre disposta a atender a um convite e dar o seu testemunho de fé, ou apenas de uma mulher engajada nas atribuições de sua comunidade. “Para ter empatia é preciso calçar os sapatos do outro. Sempre que vejo alguém que age mal, ou que está irritado, infeliz, procuro calçar o seu sapato e dar uma voltinha, para ver onde aperta, quais as pedras que está pisando.” Já faz mais de 30 anos que a primeira mulher foi ordenada pastora na Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, e que mulheres assumem cargos importantes nas Paróquias e na estrutura da Igreja. Mas a condição feminina ainda é assunto que importa e interessa muito a Ana Isa. Sobre sua experiência, ela conta que aprendeu uma lição com seus pais, Isaías e Helga, ainda criança. Era obrigação dos filhos dedicar duas horas, todos os dias, aos estudos. Entretanto, seus pais exigiam dela e de sua irmã, o dobro de tempo. Um dia, inconformada com a diferenciação, que a impedia de ter mais tempo livre para brincar, ouviu de seu pai: “ O mundo é muito injusto com as mulheres; elas precisam saber o dobro, e ainda assim vão dizer que não sabem nada.” Como professora, ela nunca sentiu nenhum tipo de discriminação, o que só aconteceu quando assumiu a presidência do Centro Acadêmico. “Aí questionaram o que uma mulher poderia fazer naquela posição”. Sua iniciação em Ijuí também não foi tão fácil. “Havia alguns olhares indiscretos por parte dos homens e de desconfiança por parte das mulheres. Tudo que fosse relacionado a alegria, a louvor, era dado a meu colega; o que apresentava problema, dificuldade, vinha para mim. Mas nunca tive autocomiseração, nunca me envolvi em disputas, porque, como disse Paulo Freire, isso só inverte a pirâmide, o feminismo de calça ou o machismo de saia não servem. Procurei me aproximar das pessoas, ficar perto, isso fez com que vissem que sou como todos, com potencialidades e fragilidades.” A pastora Ana Isa prega sobre os mais variados temas, e logicamente, sobre a questão feminina: “Não posso entender, nem admitir, que ainda hoje as mulheres sofram com violência física, moral, tenham que ouvir piadinhas sobre suas capacidades, sejam discriminadas no trabalho com a desigualdade salarial. “Homens e mulheres precisam andar juntos, se respeitar, viver a partir do amor de Jesus, que acolhe mulheres e homens sem discriminação.”
AnA IsA dos ReIs
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Enzo Schirmer
se forma em Medicina Veterinária
E
m 11 de fevereiro, Enzo Rodrigo Schirmer recebeu diploma de médico veterinário pela Universidade de Ijuí. A ocasião foi muito comemorada pela família, especialmente pela esposa e colega Jaqueline Schirmer, os dois filhos Enzo e Júlia, os pais Marlene e
Enzo passa a atuar na sua Clínica Animale
Edmundo Alcindo Schirmer, e os sogros Tania e Alfonso Conrad. Os familiares e amigos brindaram com ele em uma festa descontraída na Cabanha La Noche. Enzo assume seu posto ao lado da esposa, na Clínica Veterinária Animale, propriedade do casal.
Família: esposa Jaqueline e os filhos Júlia e Enzo Filho
Com os pais Edmundo e Marlene Schirmer
Com os sogros Tania e Alfonso Conrad
Inverno 2017:
fique por dentro dos calçados que vão aquecer a estação! Apesar dos dias ainda estarem quentes, as tendências para o outono inverno 2017 já estão chegando nas lojas. Na Nova Era Calçados, as novidades já estão reservadas. Em mais uma temporada, o conforto estará em destaque. Não é por acaso que os tênis viraram queridinhos. O modelo branco segue, mas também há espaço para envernizados, holográficos e modelos com salto mais grosso. Com o branco entre os protagonistas na paleta de cores da estação, uma das tendências que chega com força nesta cor são as botas. A cor é uma das preferidas para modelos como coturnos e ankle boots. A chelsea boot, aquela bota com elásticos laterais, também é uma das apostas da vez. E pelo visto, o brilho e o metalizado que vimos muito no verão caiu de vez no gosto da moda em calçados. Prova é que, para a estação de frio, o glitter aparece para dar um up em botinhas, tênis e sapatilhas. Ainda, depois de reinar com tons como o dourado e o prateado em sandálias e oxfords nos dias de calor, a tendência dos metalizados surge de cara nova para o inverno, agora com tons mais baixos, como prata e ouro velho. Acessórios brilhosos aplicados aos calçados e bolsas também são uma novidade para dar ainda mais charme. Mais um modelo em alta, o sapato mule - aquele fechado na frente e aberto atrás - ganhou espaço nas coleções. Seja com pegada divertida – como as versões estampadas ou metalizadas – ou mais clássica, em verniz ou preto e branco. E combinando completamente com a estação, o veludo vai virar hit. Ele chega em botas, sapatilhas, mules, scarpins, bolsas e muito mais. O tecido com toque macio deixa ainda mais glamurosos os modelos de inverno, que está entre os prediletos de artistas, bloggers e fashionistas. Pensou que as flatforms sairiam de cena logo? Que nada! Elas, que dominaram as vitrines e as ruas no último ano com o solado grosso, se mantêm com as versões tratoradas e também em madeira. As botinhas de cano curto, as ankle boots, são estrelas nesta estação! Aparecem com brilhos, metalizadas, bordados, efeitos tratorados nas solas e saltos mais grossos. Os modelos em montaria também aparecem com mais destaque. E então, gostaram? Impossível não se identificar com pelo menos uma tendência, não é mesmo? É muita coisa linda para encher os olhos e também o closet. A Nova Era Calçados espera por você com muitas novidades, na Rua José Bonifácio, 328, no Shopping JB. Telefone (55) 3332-9967. 28•STAMPA
ESPAço S CEnTro dE BElEzA conta com dois novos profissionais
Sara Corbellini Eneas (centro) e os dois profissionais que passam a fazer parte da equipe: Bruna Costa e Luiz Severo
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Espaço S Centro de Beleza existe há 4 anos contando com uma equipe qualificada em diversos cursos na área da beleza, que oferece atendimento e serviços exclusivos para noivos e noivas, debutantes e formandas: barba, cortes, coloração, mechas, maquiagem, alongamento de unhas, micropigmentação de sobrancelha, massagem, estética facial e corporal, depilação egípcia (com fio), entre outros serviços. O Espaço S trabalha somente com as melhores marcas de produtos de beleza, entre elas, Sebastian, Keune e Wella. A proprietária do Espaço S, Centro de Beleza, Sara Corbellini Eneas, está sempre em busca de inovação e qualidade para os profissionais que integram a sua equipe, bem como serviços para agradar ainda mais seus clientes. Por isso, dois novos profissionais extremamente qualificados são as novidades do Salão: Bruna Costa, 20 anos, e Luiz Severo, 18 anos. Eles reforcam a equipe que já conta com Edilaine Huth, Camila Souza Hedlund, Daniele Machado e Thaina Bonmann. Bruna já tem quatro anos de experiência na área e estudou em escolas renomadas do mundo da beleza. Passou pela Keune Haircosmetics de Florianópolis e de Passo Fundo, e fez especialização em mechas e cortes. Bruna também é especializada em cortes na renomada Pivot Point, em Porto Alegre, considerada uma das melhores academias de cortes do mundo. Luiz Severo, apesar da pouca idade, já é destaque e atua desde os 15 anos como cabeleireiro e maquiador. Especialista em mechas, cortes e megahair, Luiz também fez cursos de colorimetria, design de sobrancelhas. Participou de workshops em São Paulo nas maiores feiras voltadas para salões e clínicas estéticas. O Espaço S, na Avenida 21 de Abril, nº 430, Edifício Riverside, atende de terça a sábado, das 8 às 19h. Você pode agendar seu horário pelos telefones (55) 3332-7118 e (55) 98411-9176 – também whatsapp. Confira os serviços do Espaço S também pelo facebook.com/centrodebelezaespacos
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Folia em
bloco
Nas três noites de Carnaval em Ijuí, a criatividade dos blocos se destacou em meio aos foliões. Em seus QGs e no Aruba Summer Club, eles fizeram a festa junto. No Aruba se reuniram centenas de foliões de Ijuí e região nas noites de 24, 25 e 26 de fevereiro.
DNA e Pegada Me viu mentiu
Pegada
Q’ Delícia
São Risal Virote
Vem de ré 30•STAMPA
Movido a mé
BBB Bem Bobinhos
Filhos D’Ceva
Goela Seca
Kça Kachaça
Tontiando Os Bartira
Borrachera
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Folia de criança Crianças de todas as idades capricharam nas fantasias para a tarde de Carnaval promovida pela Sociedade Ginástica, dia 26 de fevereiro, no Salão Nobre. E deram exemplo de animação.
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Noite de folia Na noite de 27 de fevereiro, o tradicional Sogi Folia aconteceu no Salão Nobre do clube, com a animação do Grupo To Di Boa e Usina Som e Luz. O Bloco da Diretoria, liderado pelo casal presidente Maria Joice e Clóvis de Jesus, marcou sua animada presença. STAMPA•35
O autor Dirceu Adolfo Dirk, esposa Rosane de Sá e filhos Natael e Alyssa
F Descendentes de Rodolfo e Erna Hildebrandt: netos Rosani Raspolt, Artur Hildebrandt Huff e Roseli Raspolt, filha Lóide Hildebrandt Gaspary e o marido Gilberto Gaspary, neto Robinson Walter e esposa Luciana Garzella Walter, filha Zulmira Hildebrandt e o marido Adair Reis, e os bisnetos Roger e Rodolfo Garzella Walter
Família Hildebrandt registra sua história
Olmiro e Erna Winter
amília Hildebrandt reuniu-se em Ijuí em fevereiro para um momento especial de reverência à memória do patriarca Rodolfo Hildebrandt (1913-2004): o lançamento do livro que conta a história do ijuiense que deixou marcas indeléveis de sua atuação empreendedora e participação comunitária em Ijuí e em outros municípios onde viveu e expandiu seus negócios. “Rodolfo Hildebrandt - Mais que uma História de Vida”, foi escrito pelo professor Dirceu Adolfo Dirk, graduado em História pela Unijuí e mestre em Educação pela UFSM, hoje atuando no Instituto Federal Farroupilha, campus de Santo Augusto. Ele autografou a obra nessa noite de lançamento, realizada no Restaurante Jardim Europa.
Irmãs Lóide e Zulmira: orgulhosas da história do pai
Olivar Scherer fala sobre o amigo Rodolfo no lançamento e no livro
Sabor & Arte
Ijuí há muito é (re)conhecido como um lugar onde se come muito bem. São inúmeras as opções que a cidade oferece, capazes não apenas de saciar a fome, mas especialmente de agradar ao paladar, e até mesmo de encantar aqueles que se dedicam aos prazeres de uma boa mesa. Neste espaço honramos esta fama e valorizamos quem trabalha para isso.
Turuts Pizzaria e Delivery ���e��nt�
PIZZA EM CONE
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ma novidade na área gastronômica chegou a Ijuí e está mudando conceitos em lanches e pizzas. É a Turuts Pizzaria, que serve a famosa Pizza Cone, um sucesso em grandes centros do País. A novidade é servida desde o começo de janeiro e foi muito bem aceita pelos ijuiense. A Pizza Cone parece uma casquinha, mas é pizza em formato de cone, com todos aqueles deliciosos sabores que uma pizza deve ter. A massa é leve, deliciosamente recheada, podendo ser salgada ou doce. É feita de forma artesanal, com uma receita específica da marca Turuts, com a massa tradicional, mas com um toque diferenciado. O cone é assado em um forno específico para esse tipo de pizza e os recheios são de qualidade, com produtos orgânicos, sem agrotóxicos. Técnicas italianas são usadas na produção das pizzas cones, e das pizzas tradicionais que também são servidas e preparadas de forma artesanal por profissionais treinados. A pizza tradicional redonda da Turuts Pizzaria também foi muito bem aceita pelos ijuienses, com recheios que vão dos tradicionais aos mais diferentes ingredientes da culinária italiana, como presunto de parma, queijo grana, padano, mussarela de buffala, entre outros ingredientes frescos oferecidos por produtores locais. As pizzas oferecidas pela Turuts são assadas em forno a lenha, dando a elas um sabor único. A Turuts Pizzaria e Delivery possui um ambiente acolhedor e serviço competente. Está situada na Rua do Comércio, 720, próximo a Caixa Econômica Federal. Oferece serviço de entrega, que pode ser feito pelos telefones 99151-5573 e 3333-0755. O horário de atendimento é das 17h30 até as 23h30.
Rua do Comércio, 720 - Centro - Ijuí Tele-entrega 99151-5573 | 3333-0755 STAMPA•37
autorretrat
Liliane Lucca Jiorgio Zambon N
atural de Porto Alegre, Liliane Lucca Jiorgio Zambon, 35 anos, é gestora financeira administrativa na Clínica Zambon e Consultorias, em Três Passos. Formada em Contabilidade e Gestão Financeira, é casada com Leandro Roberto Oss Zambon, superintendente da Unimed Noroeste. Ela tem uma filha, Djovanna Jiorgio Waechter, 9 anos. Em janeiro de 2016, o casal foi capa da Stampa, quando oficializou a união a bordo do Cisne Branco, sobre as águas do Guaíba, em Porto Alegre, e no final de 2017, novamente foi destaque como anfitrião de uma fascinante festa de temática londrina, que reuniu em Ijuí lideranças e profissionais da Unimed Noroeste.
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Um lugar: Bariloche Uma conquista: Minhas amizades Um sonho: Um mundo mais humano Uma alegria: Minha filha Uma tristeza: A situação econômica e social que o nosso País vive Uma saudade: Os bons momentos da infância Quem é chato: Gente falsa O que me tira do sério: Mentirosos e aproveitadores Uma mania: Organização Marca pessoal: Ser autêntica O melhor presente: A vida Quero ir para: Lucca, na Itália Não vivo sem: Viajar Se pudesse compraria: Uma ilha Gasto muito com: Roupas e maquiagens Melhor hora do dia: Café da manhã com a família Prazer à mesa: Sushi Livro marcante: O vendedor de sonhos, Augusto Cury Som preferido: O barulho do mar Filme inesquecível: P.S. Eu te amo Lazer: Viajar É lixo: Corrupção É luxo: Simplicidade Homem bonito: Meu esposo Mulher bonita: Minha mãe Se não fosse o que sou, seria: Chef gastronômica Ijuí é: Acolhedora. Tenho muitos amigos de Ijuí.
A casa das miniaturas Miniaturas de todos os tipos enfeitam a casa e preenchem a vida da aposentada Clarice Kelm
C
larice Kelm, 70 anos, vive cercada de miniaturas. São de todos os tipos, algumas com utilidade, outras só de enfeite, estão por todos os espaços de sua casa. Embora aposentada, ela ainda não parou - atua no Centro de Eventos Valle Verde, ao lado do sobrinho Clóvis Schmidt e de sua mulher Stela Nonnenmacher. Muito bem disposta e feliz em compartilhar a sua coleção, Clarice percorre os cômodos de sua casa exibindo seus tesouros e detalhando suas histórias. O gosto pelas miniaturas começou na infância e os objetos foram adquiridos ao longo da vida, mas há muitos herdados de antepassados e outros tantos presenteados por familiares e amigos. São garrafinhas de bebidas, minixícaras dos mais diversos tipos, panelinhas, peças de porcelana, embalagens de perfumes muito pequeninas, peixes feitos de vidro, minicopos, entre outros tantos que ela guarda e cuida com todo o cuidado. “Amo isso. Cada um ama uma coisa, e eu sou apaixonada pelas miniaturas. Na minha casa, não posso ter nenhum espaço vazio que logo arrumo alguma coisa bem pequena para colocar lá”. E tem muita coisa guardada nos armários que ainda não estão expostos. A casa de Clarice tem duas cozinhas. Uma não é usada, e é nessa que estão muitas das miniaturas. Minipanelas, copos, recipientes minúsculos com frutas minúsculas enfeitam a pia, que não é usada. Na parede, estão as minipanelas, assim como dentro dos armários. Pequenos vasos de flores artificiais enfeitam a janela. “Essa cozinha é minha
paixão. Posso não usá-la, mas aqui estão as coisas que amo”. Os amigos e parentes contribuem com sua paixão. “Cada um que vê uma miniatura por aí, lembra de mim. Seja em Ijuí mesmo, ou em viagens pelo Brasil e exterior. Aí as pessoas me trazem, e fico muito feliz”. Entre as peças, estão as minigarrafas de bebidas, algumas vindas da Bélgica; os minipeixes que enfeitam uma mesinha da sala, foram comprados por Clarice há mais de 30 anos em uma viagem ao Paraguai; outros peixes coloridos vieram da Alemanha, assim como os minicoelhos de porcelana, que ela tem há mais de 15 anos. Da mãe, Hilda Kelm, ela guarda com muito carinho algumas peças de prata em uma bandeja. Ali estão moedor de pimenta, porta guardanapos e um copinho com pegador que são miniespadas. “Essas relíquias têm mais de 100 anos na nossa família. É o que eu tenho de mais importante, pois lembra minha querida mãe”. Só não compra mais miniaturas porque não cabe mais nada na casa que também tem muitos móveis de seus antepassados. “Gosto de decoração, e são as coisas antigas que me chamam atenção”. Clarice mostra dois brinquedos de sua infância. E claro, são miniaturas. Uma máquina de costura e um ferro. Ambos de 10 centímetros, e funcionando. “Os dois são réplicas perfeitas dos originais. Ganhei quando era criança e cuidei muito para não estragar. Funcionam até hoje, tanto que a máquina de costura, se eu resolver costurar um pequeno tecido, ela vai funcionar, assim como o ferro que esquenta muito bem”.
Na cozinha usada apenas para exibição de peças da coleção: minivasos enfeitam a janela
Brinquedos da infância, que ainda funcionam: máquina de costura e ferro eletétrico, de 10 cm
Herança familiar
Potes com frutas; armário com utensílios
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Dedicado aos pincéis
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ijuiense Gabriel Porto Loew, 21 anos, está começando a trilhar o caminho das artes plásticas. Ser um artista pode estar no DNA, já que é filho do músico ijuiense Paulinho Loew, há anos radicado em Santa Catarina. Atualmente morando em Porto Alegre, Gabriel está cursando Artes Visuais da UFRGS, e atua no atelier que mantém em casa. Em fevereiro, ele vibrou com a notícia de sua primeira exposição individual. Entre os dias 14 de fevereiro e 1º de março, ele expôs dez de suas obras no Centro Universitário Univates, em Lajeado, denominada “As moças da minha canção”, um conjunto de retratos femininos pintados entre 2013 e 2016. O jovem começou a pintar na infância, aos dois anos, quando ganhou dos pais tinta guache e papel. De um dos primeiros desenhos, saiu a capa de um disco do pai. “Ainda pequeno, pintava palitinhos com canetinhas e vendia durante os shows do meu pai. Depois disso, peguei o gosto em desenhar”, conta. Aos 16 anos, fez um curso de Pintura e Desenho, com o professor Celso Piarelli. A partir deste curso, decidiu que ser artista era o que queria. Ao concluir o Ensino Médio, mudou-se para a cidade de Imbituba, Santa Catarina, onde fez um curso de desenho no Atelier Livre da prefeitura, e em 2014 ingressou no curso de Artes Visuais da UFRGS. Gabriel conta que suas inspirações não seguem nenhuma tendência, mas acredita que muitas correntes e artistas influenciam seu trabalho, como Van Gogh, Monet, Klimt, Winston Chmielinski e Lou Ros. Ele usa a tinta acrílica, porque aprendeu a pintar com ela, e também porque é bastante prática, já que é solúvel em água e seca rápido. No momento, Gabriel está trabalhando em um autorretrato.
Gabriel com a prima Raquel
O ijuiense Gabriel Porto Loew está estudando para ser artista e já conseguiu fazer sua primeira exposição individual
Duas de suas obras selecionadas para a exposição na Univates
Livro: A estrada da cura De Neil Peart
Como sou apaixonado por motos, e viajo constantemente com amigos com a minha, interessei-me na leitura deste livro, pois descreve a aventura de Neil Peart (baterista famoso da banda canadense Rush), numa viagem de moto, pelas estradas do Canadá, Estados Unidos e México. Após a morte da única filha, Selena, e da esposa, Jackie, o músico se transformou num fantasma – um homem sem motivação, esperança ou fé. Sozinho em casa, convivendo com as lembranças, ele decide pegar a estrada com sua moto, uma BMW R1 100GS, pra rodar durante 14 meses, sem destino, em busca de um motivo pra continuar vivendo. Em uma viagem de 90 mil quilômetros, começando pelo Quebec, no Canadá, até o Alasca, descendo pela costa americana e canadense, depois cruzando o México, Neil vai se conectar à natureza na tentativa de superar sua dor, conhecendo lugares e pessoas inesquecíveis, contemplando as cores e os sons da paisagem. Neil Peart é um dos músicos incluídos no Hall da Fama, considerado o melhor baterista do mundo pela revista Rolling Stone, e já publicou vários livros, um deles sobre o relato de sua viagem de bicicleta por 11 países africanos (The Masked Rider: Cycling in West Africa).
Filme: Sete homens e um destino
Por Celso Luiz de Souza Lucchese Arquiteto Urbanista e músico
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De Antoine Fuqua
Filme espetacular que lembra as tardes de domingo no Cine América de Ijuí, quando eu adorava filmes de westerns americanos e italianos. Este filme é uma refilmagem do clássico faroeste “Sete homens e um destino” (1960) que há muito tempo tinha assistido, e que por sua vez é um remake de Os Sete Samurais, de Akira Kurosava. Grandes intérpretes, tais como Denzel Washington, Ethan Hawke, Chris Pratt, entre outros. Os habitantes de um pequeno vilarejo sofrem com os constantes ataques de um bando de pistoleiros. Revoltados com os saques, alguns moradores contratam pistoleiros desempregados para contra-atacarem os bandidos. É um filme bem dirigido, bem fotografado, com boas interpretações, e o mais importante de tudo, diverte o espectador. Imperdível!
Cristiane e Carlos Jung
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ristiane Huller Krahn Jung é filha de Claudio Krahn e Dóris Huller Krahn, agricultores da localidade de Linha 6 Oeste, Ijuí, e irmã de Diego Huller Krahn, estudante do SEG, casado com Simone Zuge, e pai do Enzo. Cristiane é casada com o ijuiense Carlos Eduardo Jung, e são pais de Bruno Gustavo, que nasceu em Teresina, no Piauí, Estado para onde se transferiram há 13 anos. Ela estudou até a 7ª série em escola do interior, a Souza Lobo, seguiu os estudos na Escola São Geraldo e cursou o Técnico em Informática na Escola Técnica Estadual 25 de Julho, concluído no ano de 2002. O marido se formou em Técnico Agrícola no Imeab. Depois do casamento em setembro de 2003, Cristiane e Carlos se transferiram para Panambi, onde ele foi trabalhar no escritório de uma granja, e ela teve seu primeiro emprego na Cotripal. Mas em março de 2004, o dono da granja fez um convite a Carlos para trabalhar em uma de suas fazendas no Piauí. “Então, decidimos aproveitar a oportunidade e mudamos para Uruçuí”, conta Cristiane. Atualmente, a fazenda tem uma plantação de seis mil hectares em uma área total de 20 mil hectares. São cultivados soja e milho, e Carlos ocupa o cargo de gerente administrativo. Cristiane trabalhou como auxiliar de escritório na fazenda de 2004 até junho 2006, quando nasceu o filho Bruno Gustavo. Como a fazenda fica a 80 km da cidade, em 2009 eles decidiram morar na cidade, para que o filho pudesse estudar. “As escolas particulares têm um ensino de ótima qualidade aqui no Piauí”, afirma Cristiane. A cidade de Uruçuí, conhecida como Capital dos Cerrados, fica no Sul do Piauí, a 460 quilômetros da capital, Teresina. A principal atividade econômica de Uruçuí e região, é a agricultura, onde se cultivam soja, milho e algodão. São plantados cerca de 180 mil hectares de terra, e como a atividade agrícola está em expansão, prevê-se que a área pode chegar a 350 mil hectares em Uruçuí. A população é em torno de 20 mil habitantes. “O crescimento da agricultura no município se deu principalmente depois que a multinacional Bunge se instalou no município, em meados de 2000, e agricultores de vários Estados começaram a investir
aqui”, revela Carlos. Cristiane conta que se surpreendeu com a cultura e a comida nordestinas, que são muito diferentes da Região Sul. “A principal manifestação cultural da cidade são as quadrilhas juninas. Eu comparo a preparação de danças e vestimentas com as de nossos CTGs”. Na culinária, Cristiane enumera os principais sabores: o baião de dois (arroz com feijão nativo), maria izabel (arroz com carne de sol), farofa, o cuscuz e a tapioca. “As residências do povo piauiense, na maioria, são bem simples. Geralmente, não tem forro, e no interior ainda é possível encontrar casas cobertas de palha”. Carlos diz que a cidade ainda têm poucas opções de lazer, e a administração pública tem muito trabalho pela frente na Educação, Saúde, Infraestrutura e Saneamento Básico. “Este ano, fará 13 anos que estamos aqui, e posso dizer que o povo daqui é simples, mas acolhedor. Fizemos muitas amizades, tanto com piauienses como também de pessoas que vieram para cá de outras regiões. Temos muita saudade de Ijuí, dos amigos e familiares, por isso todo ano, em julho, passamos 20 dias de férias em nossa cidade natal, para visitarmos a família e amigos”, conclui Cristiane.
Carlos e Cristiane com o filho Bruno Gustavo Na lavoura da fazenda Cimpar, em janeiro deste ano
A família reunida em uma das férias passadas em Ijuí
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Fernando Zawacki Johann
Com a mãe Marli, na Avenida Paulista
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ernando Zawacki Johann mora atualmente em São Paulo, onde trabalha no Sistema Unimed, na Central Nacional. Cursa faculdade de Psicologia e está no 8º semestre, quase se formando. Pretende se especializar em Psicologia Hospitalar e Psicologia Analítica. Nasceu em Ijuí, filho de Romero Geraldo Johann, já falecido, e Marli Zawacki, e irmão de Rafael e Randal. Na adolescência ganhou o apelido de Tio Chico (personagem da Família Adams), porque quando criança raspou o cabelo, e até hoje é assim que o chamam no círculo de amigos ijuienses. Junto com o irmão Rafael, criou um bloco de carnaval , o MIB, e a torcida gremista Borrachos Noroeste. Em Ijuí, ele trabalhou na Unimed, em 2007. “O único problema em se morar numa cidade pequena é a limitação, é a falta de perspectivas de crescimento profissional, e até pessoal. Não demorou muito tempo para que decidisse me mudar pra São Paulo. Afinal, não teria em Ijuí as chances que tive e tenho aqui, na cidade que nunca dorme, tudo é acessível a qualquer hora do dia e noite. No começo foi tudo muito intimidador, tudo muito grande, tudo muito longe, tudo muito agitado, as pessoas sempre estão com pressa. Paulistanos são pessoas sérias, porém, acolhem o país todo, e hoje me sinto quase em casa andando pelas ruas cheias de gente de todos os estilos, raças, crenças e sonhos”, conta. Em 2015, em comum acordo, aconteceu o término de seu primeiro casamento, e em 11 de janeiro deste ano ele se casou com Paula. “Ainda não fizemos festa, ambos moramos longe das nossas famílias, mas faremos”. Juntos adotaram uma gatinha de rua chamada Pamonha. “Mesmo estando longe, não perco velhos costumes riograndenses, chimarrão na cuia do vô Armindo, já falecido, músicas nativistas na playlist, inclusive fiz uma tatuagem em homenagem ao Rio Grande 42•STAMPA
A tatuagem feita em homenagem ao Rio Grande do Sul, com as assinaturas dos pais e dos avôs maternos
Fernando e esposa Paula
do Sul, e a minha família com as assinaturas dos meus pais e avôs maternos dentro do mapa do Rio Grande do Sul”. Fernando comenta que em São Paulo a miscelânea de pessoas e acontecimentos ininterruptos é tão incrível quão assustador e enriquecedor. “Prós e contras em se morar aqui há aos montes”. Ele mora na região central da cidade, o que é um facilitador, próximo a locais que a TV sempre mostra, como a famosa Avenida Paulista que ele vai a pé, mora a poucos quarteirões de distância, vai ao Teatro Municipal, ao MASP (Museu de Arte de São Paulo), à caótica e conhecida 25 de Março, à famosa Galeria do Rock, à faculdade, ao trabalho. “Uma das muitas atrações gratuitas que São Paulo oferece, e que pra mim é sensacional, é a Virada Cultural que é um evento fantástico, organizado pela prefeitura de São Paulo, e com 24 horas de programação cultural gratuitas na cidade toda”. Ele já foi a muitos shows, a maioria de rock,
entre eles, Jon Lord (falecido tecladista do Deep Purple), Uriah Heep, Casa das Máquinas, Krisiun. “A Krisiun é uma banda de metal extremo que surgiu em Ijuí e quando fui vê-los tocar levei um cartaz dizendo que também sou de Ijuí e consegui falar com eles no pós show”. Fernando ressalta que, em São Paulo, o tempo é dinâmico. “Passa rápido demais. Você acorda domingo de manhã e quando se dá conta já passou a semana toda, os meses voam e o final de ano se aproxima novamente”. A desigualdade, segundo ele, infelizmente é gritante. “Se a pessoa não tiver uma boa e sólida base familiar, se perde muito fácil, me sinto sortudo e privilegiado pois eu tive, e somente por isso tenho vencido continuamente em tudo que me proponho e escolho a fazer. Aqui você só não aprende se quiser, só não se diverte se quiser, só não vive bem se quiser. Por experiência própria, São Paulo, continua sendo, sim, a cidade das oportunidades”, conclui.
Fernando com o cartaz “Ijuí Rulez” ao lado dos integrantes da Krisiun, banda que surgiu em Ijuí
Um ano nos Estados Unidos
Em frente ao monumento Washington
A ijuiense Luisa Gründling da Cunha viveu o sonho americano por intermédio de um intercâmbio
Em frente a Casa Branca, Washington
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epois de quase quatro anos estudando inglês, Luisa sentiu que não tinha mais o que fazer, a não ser um intercâmbio para se tornar fluente na língua. O objetivo foi plenamente alcançado com a experiência de morar por doze meses com uma família americana. Foi em outubro de 2015 que Luisa embarcou sozinha para a capital norte-americana, Washington, onde encontrou a família que a qual passaria o ano. “A primeira coisa que se nota ao andar nas ruas da capital de uma das nações mais poderosas do mundo é a sua infraestrutura, comparadas com as do Brasil. As ruas são limpas, arborizadas, bem sinalizadas, não há animais abandonados, lixo no chão. Você se sente seguro, o transporte público é ótimo, beber em vias públicas é proibido e dirigir embriagado também, porém lá a fiscalização é muito mais eficaz do que aqui no nosso País. Você não pode nem transportar bebida alcoólica em embalagens abertas dentro do seu carro, somente fechadas e se estiverem abertas devem ser transportadas no porta-malas. A diferença entre o Brasil e um país de primeiro mundo é gritante! Mas claro, como todo país do mundo, também tem a parte ruim da cidade, onde há sujeira, lixo, animais, traficantes de drogas e pessoas pobres”. Outro detalhe que notou em relação aos norte-americanos é que o racismo e o preconceito de religião, sexualidade e de gênero é algo muito forte. “Crimes de ódio, dos mais simples aos mais grotescos, acontecem quase que todos os dias. Por outro lado, o sexismo e a degeneração da imagem da mulher é muito mais nítido na sociedade brasileira do que na norte americana. Lá as mulheres são fortes e têm poder sobre sua própria vida e seu próprio corpo, tendo em vista que lá o aborto é legalizado. Temo por essa questão das mulheres agora, com Donald Trump no poder!” Luisa notou também o quanto os americanos são reservados nas relações pessoais, ao contrário dos brasileiros, que são mais mais ‘calorosos’. No entanto, diz, os americanos são mais ‘civilizados’ e respeitosos quando se trata de socialização. Outra característica do americano em relação ao brasileiro que ela destaca é que se algo deve ser feito de certa maneira, será feito daquela maneira. “Isso se chama ética. Não há o jeitinho brasileiro de fazer as coisas, quando se tem preguiça ou quando se quer gastar menos, ou por vários outros motivos, se faz as coisas de outra maneira senão a certa”. Ela também ressalta a pontualidade dos norte-americanos. “Tempo é dinheiro, e se alguém marcou algo comigo e está disponibilizando o seu tempo para mim, eu devo ser grata, e se eu me atraso, estou desperdiçando o tempo dessa pessoa e isso é extremamente rude”. A diversidade cultural do país foi umas das coisas que mais a encantou, pois é um ponto muito forte mesmo sendo os norte-americanos - a maioria deles, extremamente patrióticos. “Apesar de todo o patriotismo, os norte-americanos, ao menos os que conheci, são todos muito respeitosos e amigáveis, e fiz várias amizades nesse período, com eles e com pessoas de outras nacionalidades também, o que foi incrível!” Apesar de todo o choque cultural, Luisa diz que foi uma experiência única e incrível, e espera algum dia poder voltar. “É um mundo totalmente novo e diferente de tudo o que já vi. Provei muitos pratos diferentes de várias nacionalidades, e conheci muitas pessoas, muitos lugares, esportes, música e a neve”.
Com o namorado Will em um jogo de futebol americano
Central Park, Nova Iorque
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Monte de Moisés, em South Sinai
Muito além das Pirâmides O estudante da Unijuí Fábio Cadoná passou dois meses explorando o Egito “Acredito que assim como eu, muitos jovens da ravilhosas praias, um deserto incrível e sem dú- chão, parecendo às vezes que você está no meio minha idade pensam em um dia sair do Brasil e vidas, cidades históricas que fascinam qualquer de um lixão a céu aberto”. vivenciar uma experiência totalmente nova, por pessoa”. Uma das curiosidades que Fábio percebeu um determinado tempo. Isso nos traz indepenO Egito não é um grande país em extensão, foi o fato de que a população de várias cidades dência e nos faz ver o mundo com outros olhos, mas há cidades que são consideradas as maio- não utiliza talheres nas refeições, comem com as criando assim, uma visão minimalista sobre mui- res e mais antigas do mundo árabe, resultando mãos. Em cidades menores e muito mais traditas coisas ao nosso redor.” A manifestação é do em uma cultura muito forte, e a que mais se des- cionais, como é o caso de Siwa, no deserto do jovem estudante de Publicidade e Propaganda taca, é a religião e as suas tradições milenares, Saara, não havia privadas, apenas os famosos da Unijuí, Fábio Cadoná, que fez um intercâmbio fazendo com que pessoas mantenham os hábitos banheiros japoneses, que consiste basicamente pela Aiesec, organização internacional gerida por e costumes de milhares de anos atrás. “E nós, em um buraco no chão. “Agora imagine você em jovens, presente em 126 países e reconhecida turistas, vindos de uma realidade diferente, temos um lugar desses. Digo que a primeira vez não é pela Unesco, que estimula a descoberta e o de- que nos adaptar a um mundo totalmente novo”. confortável, mas depois você até se acostuma”, senvolvimento do potencial de liderança de seus O universitário explica que, ao mesmo tempo diverte-se ele. Outro fato que marca bastante o membros, por meio do trabalho dentro da orga- em que se sabe que o Egito foi palco de uma das Egito, é como a mulher é vista, que segundo Fánização e de intercâmbios sociais e profissionais. mais antigas e poderosas civilizações, é possível bio, é algo que não cabe em palavras, mas sim, O destino foi o Egito, de julho a setembro do ano ficar frustrado com a sua nova realidade. O povo em sentimentos. “É triste você olhar as mulheres passado. egípcio hoje não possui uma cultura de valoriza- sendo tão desvalorizadas por homens, e isso em A experiência, segundo ele, foi única e muito ção de praticamente nada, nem de cidades, nem todos os lugares, enquanto os homens têm todas motivadora. “O fato de sairmos da nossa zona de de carros, nem das casas e apartamentos. “Isso as liberdades possíveis”. conforto, nos faz refletir muito, e ao mesmo tem- é notável em qualquer lugar. Em praticamente toO Egito é um lugar de contrastes, onde 99% po passamos por um processo de autoconheci- das as cidades, os carros são batidos, visto que da população vive em precariedade, sem nemento, que nos torna mais tolerante e empático o trânsito é o mais caótico e complexo que já vi. nhum tipo de saneamento básico, água potável, e com os problemas sociais do mundo”. Os apartamentos e prédios não são terminados, quaisquer tipos de higienização. E tem aquele 1% Egito é um país incrível, diz, que possui uma pois se eles terminarem, são obrigados a pagar da população que possui todas essas necessidaautenticidade em todos os lugares e em todas as um imposto para o governo; então eles não ter- des básicas e muito mais. pessoas. “É um país que vai muito além do que minam. Em todas as cidades, há muito lixo pelo “Os dois meses em que eu fiquei lá foram vias pessoas conhecem, as pividos intensamente. Foram várâmides. É um país que te enrias as vezes que eu olhei para No Templo de Karnak, em Luxor Montanhas e Mar de Dahab canta, mas ao mesmo tempo, os lados e pensei: Nossa, eu te faz passar por um choque realmente estou aqui! E não cultural muito grande, pois o podia deixar de aproveitar esta que é normal para eles, não é oportunidade. Esta viagem foi nada comum para nós, e vice de extremo conhecimento e versa”. experiência de vida. E obviaFábio conheceu praticamente que para mim, conhemente o país todo, visto que cer as pirâmides e a Esfinge o seu programa era fazer a foi muito emocionante, sem divulgação do turismo em pradúvida! Porém, eu conheci ticamente todos os pontos tualgo a mais do Egito. Isso me rísticos e cidades, chamando deixou muito feliz e satisfeito uma atenção especial para o com todo o meu conhecimenpaís que não é somente pirâto sobre este grandioso país”. mides, “mas também de ma44•STAMPA
Londres
Pelas capitais europeias Lucas Sausen foi ao encontro da amiga Júlia Padilha e juntos fizeram um tour pelos belos pontos turísticos da Europa
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Lucas e Júlia no Coliseu, Roma, e Lucas na Torre Eifel: sonho realizado
“Los Dedos”, Punta del Este
publicitário Lucas Sausen embarcou em janeiro em uma viagem unicamente turística. Passou por cinco cidades europeias: Lisboa, Roma, Paris, Estocolmo e Londres. “Essa viagem era um sonho antigo, para o qual passei tempos me organizando e idealizando pra onde iria e o que eu gostaria de ver”, conta. Lucas viajou na companhia da amiga Júlia Padilha, que já estava fazendo um intercâmbio por lá, e o incentivou a ir. Se encontraram em Lisboa e fizeram todo o roteiro juntos. Lucas conta que é difícil escolher apenas uma cidade como a preferida, pois cada uma tem seu charme e beleza de uma forma diferente, mas igualmente incrível. Mas destaca alguns lugares, como o Coliseu, em Roma, por toda sua imponência e valor histórico; a Torre Eiffel, em Paris, que nunca vai deixar de ser especial (e fantástica!); o Palácio de Westminster, em Londres, que abriga o Big Ben e é igualmente sensacional; os estúdios da Warner Bros, também em Londres, onde foram gravados os filmes da saga Harry Potter, também marcaram muito, especialmente esta viagem em função de ser um sonho muito antigo que realizei depois de tantos anos; e todo o passeio em Estocolmo, capital da Suécia, que também foi muito marcante em função dos oito anos que danço no Grupo Svenska Danser, do Centro Cultural Sueco de Ijuí”.
Viagem para comemorar
Em Casapueblo, Punta Ballena
Museu do Louvre Notre Dame, Paris
O casal Fábio e Mariela Schwanke viajou pelo litoral do Uruguai para comemorar os 15 anos de casamento
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m janeiro, Fábio e Mariela Schwanke escolheram o litoral do Uruguai para uma viagem especial, a comemoração das Bodas de Cristal - 15 anos de casamento. Eles optaram por fazer a viagem de carro. Saíram de Ijuí e atravessaram a fronteira no Chuí, mas antes disso, aproveitaram para conhecer parte da Estação Ecológica do Taim. Do Chuí foram direto a Punta del Este, onde ficaram hospedados. Dali partiram para conhecer algumas praias do litoral uruguaio, dentre as quais destacam Piriápolis, que há muito tempo foi o principal balneário do Uruguai, tendo perdido essa posição para Punta del Este. “Um ponto imperdível de se visitar em Piriápolis é o Cerro de San Antônio, onde o mirante oferece uma vista magnífica de toda a orla. A cidade encanta pelo seu estilo provinciano já que quase não há prédios altos, e pelas ramblas, os calçadões em frente à praia”, diz Mariela. Fábio comenta que outro balneário imperdível de se visitar é Punta Ballena, a cerca de 15 quilômetros de Punta del Este. “Podemos destacar neste pequeno vilarejo o Mirador Punta Balena, uma faixa de terra que avança Rio da Prata adentro e que possui uma vista incrível”. Outro lugar imperdível de se visitar, segundo o casal, e que dá fama a Punta Ballena, é a Casapueblo, obra arquitetônica idealizada pelo artista uruguaio Carlos Páez Vilaró, onde ele viveu durante boa parte de sua vida e que atualmente abriga um museu com suas obras, um hotel, um café “e um dos mais lindos pôr do sol que já tivemos a oportunidade de ver”. Punta del Este, onde se hospedaram, é o balneário mais chique e badalado do Uruguai, com mansões, condomínios de luxo, lojas de grife e uma infinidade de bons restaurantes. De um lado o litoral é banhado pelas águas do Oceano Atlântico, a Playa Brava, onde encontramos a famosa escultura “Los Dedos”, um cartão postal de Punta, e de outro lado pelas águas do Rio da Prata, a Playa Mansa, com seus diversos Paradouros. Outra atração que Fabio destaca em Punta é o Hotel Cassino Conrad: “Luxuoso, este cassino atrai turistas de todo o mundo para os seus torneios internacionais de poker e demais jogatinas. Trata-se de um local imperdível de se visitar com seus excelentes restaurantes, e o Cassino onde uma visitinha se torna obrigatória”. “Apesar de ter sido uma viagem de poucos dias, valeu muito a pena por conhecermos um pedacinho de nosso país vizinho, um passeio que recomendamos a todos devido a proximidade com nosso Estado e as diversas opões que o Uruguai oferece”, finaliza Mariela. STAMPA•45
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ESPECIAL
Mês da Mulher Qual a semelhança entre um homem e o Windows? R: É que cada vez que o usamos ele parece bom, mas há sempre uma versão melhor que o substitui. Por que é que há mais mulheres que homens? R: Porque “mãe natureza” é sábia. Por que não existe um homem inteligente, sensível e bonito ao mesmo tempo? R. Porque seria mulher. E quando perguntaram para aquela solteirona porque ela não arrumava um marido, ela respondeu: - Eu já tenho um cachorro que dorme o dia inteiro, um gato que passa todas as noites fora e um papagaio que só diz palavrão... Pra que é que eu vou querer um marido? A mulher está sempre ao lado do homem, para o que der e vier; já o homem, está sempre ao lado da mulher que vier e der. Ao ver o amigo casado há tanto tempo, o sujeito, indignado, lhe pergunta o segredo. - Ora, meu caro, é muito simples! Nos primeiros quinze dias do mês, eu deixo a minha mulher fazer o que ela quiser. - E nos outros quinze? - Aí, eu faço o que ela quiser!
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