Newsletter Biblioteca Municipal Afonso Duarte

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CÂMARA MUNICIPAL DE MONTEMOR-O-VELHO

ler para saber edição nº 14 março 2013 EXPOSIÇÃO.

O CANTO DA PAIXÃO, de RICARDO CAMPOS Exposição que reúne uma dezena de quadros com a figura de Cristo. Recorrendo à técnica mista sobre tela. Segundo o autor as suas obras convidam quem as visualiza a “experimentar o sabor amargo” da experiência de Cristo. Exposição que decorre em três países em simultâneo, Portugal (Montemor-oVelho e Viana do Castelo), Espanha (Pontevedra) e França (Paris). QUANDO | 1 a 31 de março, das 10H00 às 18H00 ONDE | Biblioteca Municipal Afonso Duarte

IX CONCURSO DE HISTÓRIAS E ILUSTRAÇÕES

NO CASTELO DA FELICIDADE VIVE A PRINCESA IMAGINAÇÃO HORA DO CONTO. 4 / 2.ª | 9H30 | EB1 | ARAZEDE | 1º/2º ANOS 4 / 2.ª | 11H00 | EB1 | ARAZEDE | 3º ANO 4 / 2.ª | 14H30 | EB1 | ARAZEDE | 4º ANO 7/ 5.ª | 14H30 | EB1 | BUNHOSA 11 / 2.ª | 14H30 | EB1 | PORTELA 14 / 5.ª | 14H30 | EB1 | TOJEIRO

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RECITAL DE POESIA Biblioteca Municipal Afonso Duarte assinala o Dia Mundial da Poesia realizando um Recital de Poesia da autoria de poetas portugueses e estrangeiros, clássicos e contemporâneos da literatura poética universal. Tendo como principal objetivo o despertar da comunidade para a rica expressão literária, que é a poesia. O Recital de Poesia contará com as participações dos alunos e professores do agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho e com todos aqueles que nele quiserem participar. QUANDO | 11 de março, às 10H00 ONDE | Biblioteca Municipal Afonso Duarte

CAIXITAS DE SIGNIFICADOS. Temática: Poesia Há Caixas especiais que nos levam até as histórias… ou são as histórias que nos levam às caixas? Ou qui’çá ao soltar as letras elas se perdem num labirinto e encontram as ilustrações? Quais ilustrações? As das caixas ou as dos poemas? Ou... Em Março, e com os meninos do pré-escolar vamos encontrar estes caminhos e outros nas linhas da autora Luísa Ducla Soares. 5 / 3.ª | 10H00 | PRÉ-ESCOLAR | TOJEIRO/LICEIA 12/ 3.ª | 10H00 | PRÉ-ESCOLAR | CENTRO EDUCATIVO (S2) 13/ 4.ª | 10H00 | PRÉ-ESCOLAR | CRECHE NINHO DA LUZ (FORMOSELHA) ONDE | Biblioteca Municipal Afonso Duarte

novidades. MONOGRAFIAS

Rimas e castanholas José A. Franco

Versos não sei de quê: antologia poética Pedro T. Neves

A fuga de Sharpe: a campanha do Buçaco Bernard Cornwell

Sharpe e o ouro Bernard Cornwell

Sharpe e os fuzileiros Bernard Cornwell

Sharpe e a águia do império Bernard Cornwell 2


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MUNDOS PARA EXPLORAR NAS FÉRIAS DA PÁSCOA A Biblioteca Municipal Afonso Duarte para as ferias letivas de Páscoa desenvolveu atividades multidisciplinares, desenhadas a pensar nas diferentes faixas etárias. Atividades estas pensadas à medida da curiosidade e da criatividade de crianças e jovens. As mesmas estão sujeitas a marcação prévia, o número máximo de inscrições por sessão é de 10 participantes. Inscrições através de email, telefone ou no balcão de atendimento da BMAD QUANDO | 2ª, 4ª e 6ª de 18 a 27 de março, das 10H00/11H00 e das 14H30/15H30 ONDE | Biblioteca Municipal Afonso Duarte QUEM | Crianças e jovens dos 3 aos 12 anos

OFICINA DE TEATRO A BMAD vai levar a cabo durante este ano letivo a primeira Oficina de Teatro – Inspirar Histórias, Expirar Teatro. Dirigida a crianças e adolescentes dos 10 aos 15 anos, esta oficina visa estimular a criatividade a partir de exercícios de relaxamento e respiração, de jogos lúdicos de expressão corporal, voz e movimento, a magia que nasce das histórias e nos leva até ao Teatro. Pretende ainda orientar as crianças para a descoberta das suas potencialidades artísticas, para a experiência da criação em grupo, procurando cultivar o desenvolvimento social, cognitivo e emocional. Serviço gratuito. QUANDO | 4.ª feiras das 14h30 às 16h30 QUEM | Crianças dos 10 aos 15 anos ONDE | Auditório da BMAD

«Cuida-te quando fizeres chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas. A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado, para ser igual, debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada.» Talmud 3


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livro do mês.

As Esquinas do Tempo

Mário e o Livro de Piratas

de Rosa Lobato Faria Edição/reimpressão: 2011 Páginas: 208 Editor: Porto Editora ISBN: 978-972-0-04181-4 Coleção: MARCA D’ÁGUA

de Timothy Knapman Edição/reimpressão: 2006 Páginas: 32 Editor: Edições Asa ISBN: 9789724147062 Faixa etária: a partir dos 6 anos

“Quando Margarida chegou à Casa Todos a bordo para a maior aventura de piratas de da Azenha teve aquela sensação, não todos os tempos! desconhecida mas sempre inquietante, de já ter estado ali.” Mais do que um mero livro de piratas, este é um fantástico livro de aventuras para os mais pequenos, que combina Os Piratas das Caraíbas com Uma Margarida é uma jovem professora História Interminável e que a crítica já consagrou de Matemática. Um dia vai a Vila Real como “um dos mais originais livros ilustrados proferir uma palestra e fica hospedada presentemente no mercado”. num turismo de habitação, casa antiga muitíssimo bem conservada e onde, no Para além da história simples e divertida e das seu quarto, está dependurado o retrato a coloridas ilustrações de grande formato, o livro óleo de um homem que se parece muito destaca-se pela interessante e apelativa distribuição com Miguel, a sua recente paixão. do texto: ao invés de um texto corrido, assente Por um inexplicável mistério, na manhã em linhas retas e com as letras todas do mesmo seguinte Margarida acorda cem anos tamanho, aqui o leitor é surpreendido (e atraído) por atrás, no seio da sua antiga família. um texto disposto irregularmente – na diagonal, em Sem perder consciência de quem é, ela curva, etc. – e com palavras em diferentes tamanhos odeia esta partida do tempo. Mas aos de acordo com a intensidade da ação. poucos vai-se adaptando. Conhece o homem do quadro e apaixona-se por Numa magistral conjugação de texto e imagem, o ele. Quando ele morre num acidente, livro apresenta um bando de terríveis piratas, um Margarida regressa ao presente. corajoso, audacioso e valoroso herói, uma doce heroína e um temível pássaro roxo - tudo o que é necessário para uma aventura verdadeiramente inesquecível!

leitor do mês. MONOGRAFIAS

AUDIOVISUAIS

Elísio Aveiro leitor nº 766

Cristiana Dias leitor nº 751

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escritor do mês. Florbela Espanca Poetisa natural de Vila Viçosa (1894 - 1930). Registada como filha de pai incógnito, foi todavia educada pelo pai e pela madrasta, Mariana Espanca, em Vila Viçosa, tal como seu irmão de sangue, Apeles Espanca. Note-se como curiosidade que o pai, que sempre a acompanhou, só 19 anos após a morte da poetisa, por altura da inauguração do seu busto, em Évora, e por insistência de um grupo de florbelianos, a perfilhou. Estudou no liceu de Évora, mas só depois do seu casamento (1913) com Alberto Moutinho concluiu, em 1917, a secção de Letras do Curso dos Liceus. Em Outubro desse mesmo ano matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que passou a frequentar. Na capital, contactou com outros poetas da época e com o grupo de mulheres escritoras que então procurava impor-se. Colaborou em jornais e revistas, entre os quais o Portugal Feminino. Em 1919, quando frequentava o terceiro ano de Direito, publicou a sua primeira obra poética, Livro de Mágoas. Em 1921, divorciouse de Alberto Moutinho, de quem vivia separada havia alguns anos, e voltou a casar, no Porto, com o oficial de artilharia António Guimarães. Em 1923, publicou o Livro de Sóror Saudade. Em 1925, Florbela casou-se, pela terceira vez, com o médico Mário Laje, em Matosinhos. Os casamentos falhados, assim como as desilusões amorosas, em geral, e a morte do irmão marcaram profundamente a sua vida e obra. Em dezembro de 1930, agravados os problemas de saúde, sobretudo de ordem psicológica, Florbela morreu em Matosinhos, tendo sido apresentada como causa da morte, oficialmente, um «edema pulmonar». Postumamente foram publicadas as obras Charneca em Flor (1930), Cartas de Florbela Espanca, por Guido Battelli (1930), Juvenília (1930), As Marcas do Destino (1931, contos), Cartas de Florbela Espanca, por Azinhal Botelho e José Emídio Amaro (1949) e Diário do Último Ano Seguido De Um Poema Sem Título, com prefácio de Natália Correia (1981). O livro de contos Dominó Preto ou Dominó Negro, várias vezes anunciado (1931, 1967), seria publicado em 1982. A poesia de Florbela caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito. A veemência passional da sua linguagem, marcadamente pessoal, centrada nas suas próprias frustrações e anseios, é de um sensualismo muitas vezes erótico. Simultaneamente, a paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas, transbordando a convulsão interior da poetisa para a natureza. Florbela Espanca não se ligou claramente a qualquer movimento literário. Está mais perto do neo-romantismo e de certos poetas de fim-de-século, portugueses e estrangeiros, que da revolução dos modernistas, a que foi alheia. Pelo caráter confessional, sentimental, da sua poesia, segue a linha de António Nobre, facto reconhecido pela poetisa. Por outro lado, a técnica do soneto, que a celebrizou, é, sobretudo, influência de Antero de Quental e, mais longinquamente, de Camões.

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ler para saber edição nº 14 março 2013 Poetisa de excessos, cultivou exacerbadamente a paixão, com voz marcadamente feminina (em que alguns críticos encontram domjoanismo no feminino). A sua poesia, mesmo pecando por vezes por algum convencionalismo, tem suscitado interesse contínuo de leitores e investigadores. É tida como a grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX. Para assinalar as diversas efemérides que decorrem neste mês de março aqui fica um poema de Florbela Espanca.

MULHER II Ó mulher! Como és fraca e como és forte! Como sabes ser doce e desgraçada! Como sabes fingir quando em teu peito A tua alma se estorce amargurada! Quantas morrem saudosas duma imagem Adorada que amaram doidamente! Quantas e quantas almas endoidecem Enquanto a boca ri alegremente! Quanta paixão e amor às vezes têm Sem nunca o confessarem a ninguém Doces almas de dor e sofrimento! Paixão que faria a felicidade Dum rei; amor de sonho e de saudade, Que se esvai e que foge num lamento!

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