N.2
QUINTA PEDAGÓGICA PORTIMÃO
Os ateliers da Quinta
Circuito Sénior na Quinta
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página 28
As árvores, os bons gigantes página 38
SUMÁRIO Colaboram nesta edição... Pedro Santos Professor de Ciências
Carmen Lourenço Investigadora
Patricia Catita Escritora
Morada Rua David Gonçalves Vieira Aldeia Nova da Boavista 8500-301 Portimão T: 282 480 730 quinta.pedagogica@cm-portimao.pt Horário Terça-feira a sexta-feira: 09h30 - 17h30 Fins-de-semana: 10h00 - 17h30 Encerrado às segundas-feiras e feriados ENTRADA GRATUITA
As árvores, os bons gigantes O Artur estava em pânico com o trabalho que a professora Luísa tinha pedido para as férias de verão.
Fazer magia com leite... Todos conhecemos este líquido de cor esbranquiçada e opaca que tem como principal função nutrir o nosso organismo até que possamos ingerir outros alimentos.
Patrícia Catita vai à Quinta Já era setembro mas os dias ainda estavam muito quentes. A Madona estava com muito calor, e por isso nem saía debaixo da sombra da laranjeira.
FICHA TÉCNICA Propriedade: Câmara Municipal de Portimão Coordenação: Cidália Pacheco Divisão de Informação, Comunicação e Marca Edição e redação de texto: Divisão de Informação, Comunicação e Marca e Quinta Pedagógica | Ana Guerreiro | Ana Marisa Brito | Catarina Fernandes Cidália Pacheco | Telma Alexandre Design Gráfico: Eurico Gonçalves – Divisão de Informação, Comunicação e Marca Fotografia: Filipe da Palma e Cidália Pacheco – Divisão de Informação, Comunicação e Marca | Quinta Pedagógica | Nuno Garção Colaboradores: Pedro Santos | Carmen Lourenço | Patricia Catita Impressão: Litográfis - Artes Gráficas,Lda. Tiragem: 400 exemplares
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A Quinta e o Municíp
1 O Universo da Quinta p.06 p.07 p.08 p.10 p.12 p.13 p.14 p.17 p.19 p.20
p.22 p.24 p.25
O outono chegou à Quinta Pedagógica! Ateliers todos os dias! O Fabrico do pão! O Cavalo Um dia na Quinta com o Sr. Baptista! O Celeiro da Quinta Área Psicoterapêutica Área Sócio pedagógica Festas de Aniversário Aromas & Sabores
Uma aventura na freguesia de Alvor! Rancho Folclórico da Figueira Entrevista a Emídio Paias um profissional de cavalos
p.28 p.31 p.32 p.34 p.36
p.38 p.40 p.42
Circuito Sénior na Quinta! Compostagem Como fazer uma sementeira de Ervas Aromáticas Receitas da Quinta Ideias ecológicas para o Natal
As árvores, os bons gigantes Fazer magia com leite... Patrícia Catita Vai à Quinta
4 A Quinta Convidou
3 Viver Saudável
EDITORIAL
Uma Quinta na cidade que faz toda a diferença... 04
As minhas primeiras palavras são de estímulo, agradecimento e apreço para todos aqueles que tornaram possível esta nova edição da revista da Quinta Pedagógica. Sem estas parcerias não teria sido possível a impressão desta publicação, que pretende ilustrar e dar a conhecer a realidade de um espaço único no município de Portimão. A Quinta Pedagógica de Portimão deverá assumir-se, cada vez mais, como um ecossistema educativo, relaxante e terapêutico ao serviço da nossa comunidade, incentivando a partilha de experiências entre gerações e o contacto com os usos, costumes e tradições rurais.
QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
Os conteúdos que temos a oportunidade de partilhar convosco ilustram bem esta diversidade de saberes e práticas, reforçando um convite às famílias de Portimão para usufruírem deste espaço que é vosso. Quero aproveitar esta oportunidade para vos desejar um Santo Natal, fazendo votos que o Novo Ano nos traga “boas colheitas” de saúde, paz e prosperidade.
O Universo da Quinta 06
O outono chegou à Quinta Pedagógica! O verão chegou ao fim, os dias quentes e solarengos são agora mais amenos e preparam-nos para as temperaturas mais frias que vão acabar por chegar.
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Ateliers todos os Sábados e não só! Desde 2008 que o projeto didático e recreativo da Quinta procura melhorar a sua oferta.
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Fabrico de Pão
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O pão é um alimento muito importante na nossa alimentação, ele é rico em fibra e em hidratos de carbono que ajudam o organismo a manter-se saciado.
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Uma das preocupações da equipa técnica da Quinta, em relação aos jovens com necessidades especiais que apresentam diagnósticos de incapacidade fisíca/mental, é que...
O Cavalo O cavalo, do latim caballu, é um mamífero hipomorfo, designação dada aos mamíferos com formas semelhantes ao deste animal.
Férias dos Jovens Excecionais 2013
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Área Sócio pedagógica No ano letivo 2012/2013 duas turmas da Escola Eng. Nuno Mergulhão e três turmas da Escola Coca Maravilhas, conjuntamente com o Curso de Educação e Formação de Hortifruticultura, beneficiaram de um programa...
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O UNIVERSO DA QUINTA
O outono chegou à Quinta Pedagógica! O verão chegou ao fim, os dias quentes e solarengos são agora mais amenos e preparam-nos para as temperaturas mais frias que vão acabar por chegar. As folhas das árvores já começaram a mudar de cor, umas estão mais avermelhadas, outras mais amareladas e outras já começaram a largar os seus ramos para formarem tapetes coloridos nos caminhos da Quinta. Com a mudança de estação é tempo de por mãos à obra. Depois de passarem pelas altas temperaturas do verão, as hortas precisam de cuidados especiais para abraçarem as transformações que chegam com o outono e o inverno. É a altura ideal para limpar e adubar os terrenos. Pensamos que os dias frios podem ser tão felizes como os dias mais quentes, depende apenas de nós. Na Quinta já iniciámos o novo ciclo de atividades: as visitas escolares já começaram e estamos com muita energia e ideias novas para mais uma época recheada de brincadeira, aprendizagem e partilha.
Ateliers todos os dias! Desde 2008 que o projeto didático e recreativo da Quinta procura melhorar a sua oferta. Neste momento já possui um conjunto de atividades relacionadas com o quotidiano do mundo rural que permitem aos seus visitantes aprender ou relembrar como eram alguns dos costumes e tradições de antigamente.
Privilegiamos sempre o contacto direto com a natureza, preservando valores que contribuem para um estilo de vida saudável e sustentável. Aos sábados a participação nos ateliers não requer inscrição, no entanto, se preferir desenvolver alguma das nossas atividades em grupo deverá entrar em contacto connosco. De terça a domingo esperamos por todos vocês!
ATIVIDADES PARA GRUPOS Com marcação
Visitas guiadas | Atelier do trigo ao pão | Alimentação dos animais Sementeira | As plantas aromáticas Cuidados com os animais Colheita de produtos da horta Colheita de ovos.
ATELIERS AOS SÁBADOS ¤1,00 por criança Não necessitam de inscrição
Passeios de égua, burro ou pónei | Colheita de produtos da horta | Cuidados com o pomar Sementeira colorida | Saberes e sabores À descoberta das cores | Construção de um restaurante... para pássaros | Construção do Sr. Espantalho | A ordenha | Do trigo ao pão Da tosquia ao fio da meada | Alimentação dos animais da quinta | Veterinário por uma hora | Modelar o barro Agricultor por uma hora
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O UNIVERSO DA QUINTA
Os Ateliers da Quinta!
Fabrico de Pão O pão é um alimento muito importante na nossa alimentação, ele é rico em fibra e em hidratos de carbono que ajudam o organismo a manter-se saciado. Com o passar do tempo a arte de fazer pão alterou-se. Depois da sementeira, o cereal era tratado e entregue ao moleiro para o transformar em farinha no seu moinho. Com o aparecimento de novas tecnologias e o crescimento da produção, as moagens ganharam o seu lugar de destaque e o ciclo de produção do pão também sofreu algumas alterações.
O pão era tradicionalmente feito com a farinha de trigo, posteriormente outros tipo de pães começaram a ser confecionados e cereais como o milho, o centeio e a aveia também passaram a ser utilizados. Já diz o velho ditado popular que “grão a grão enche a galinha o papo”, para chegarmos até à farinha e depois ao pão, também existem várias tarefas a realizar. Ilustração : Octávio Alves Contacto: 968373567 E.mail: oct.alves@gmail.com
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Ciclo do Pão
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Em novembro lavram-se os campos e semeia-se o trigo;
QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
2 Mais tarde as plantas crescem e surgem as espigas. Cada pequena espiga é composta por muitas e pequenas flores sem corola, sem néctar, sem pétalas e sem perfume. O fruto do trigo chama-se grão.
3 Durante os meses de junho e julho, o agricultor realiza a colheita, seguida da debulha, onde corta o trigo e separa-o da espiga.
4 Depois do cereal estar seco e acondicionado é levado para o moinho e as espigas são transformadas em palha para servirem de alimentação ao gado durante os meses frios de inverno.
5 Uma vez esmagados pela mó do moinho, os grãos de trigo transformam-se na farinha, que servirá para fazer o pão.
6 Por último, o padeiro ou a pessoa que vai preparar o pão junta os ingredientes para a massa: farinha de trigo, água e sal. Amassa tudo muito bem, dá-lhe uma forma e coloca o pão a cozer no forno a lenha.
7 Finalmente o pão está pronto para ser consumido.
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O UNIVERSO DA QUINTA
Os animais da Quinta
O CAVALO O cavalo, do latim caballu, é um mamífero hipomorfo, designação dada aos mamíferos com formas semelhantes ao deste animal. Embora muitas das famílias desta classe estejam extintas, existem algumas bem presentes no nosso dia-a-dia, como a família dos equídeos onde encontramos o cavalo, o pónei, o asno e a zebra. No caso dos cavalos e póneis dá-se o nome de égua às fêmeas, garanhão aos machos não castrados e potro ao filho.
São animais velozes e usam a força no coice como defesa. Vivem em manadas, existindo sempre um cavalo líder. A esperança média de vida de um cavalo varia entre os 25 e os 40 anos, dependendo da qualidade de vida que tiverem. A sua alimentação passa normalmente por água fresca, feno, palha, ração própria e cenouras ou maçãs como guloseima. Durante muitos anos a principal utilização do cavalo foi como meio de transporte,
ferramenta terapêutica para utentes com diversas incapacidades físicas e/ou mentais. As raças portuguesas de cavalos são o Garrano, o Purosangue Lusitano, o Sorraia e o Cruzado português. Para além de se distinguirem pela raça e pelos andamentos, os cavalos distinguem-se ainda pelas várias pelagens que apresentam, sendo essas de cores muito distintas tais como: baio, tordilho, negro, isabel, palomino, alazão,
As mulas e os machos são considerados híbridos não férteis e resultam da mistura de burro com égua, ou de cavalo com burra. Devido a uma deficiência nos cromossomas e porque os seus órgãos sexuais não são totalmente desenvolvidos, são raros os casos em que mulas deram à luz ou os machos fecundaram.
montado ou atrelado, mas também foi bastante utilizado no trabalho agrícola para lavrar as terras. Durante os períodos de guerras e até meados do século XX, eram bastante utilizados para transportar soldados, canhões ou outras armas de artilharia pesada. Continua a ser utilizado no Toureio e Jogos Equestres e, mais recentemente, como
rosilho, branco, entre outras. O seu tamanho também varia muito de acordo com a raça. Nos póneis a sua altura não pode ser superior a 1,48m ao garrote, se ultrapassar esta medida será considerado um cavalo. A raça mais pequena do mundo mede cerca de 0,71m e a mais alta poderá ultrapassar 1,80m.
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CURIOSIDADES Acredita-se que a raça de cavalos mais antiga do mundo é o Purosangue Árabe, existindo registos da sua presença na câmara mortuária do Faraó Pihiri que viveu no século XX a.C. Podemos qualificar de cavalos de «sangue quente» os animais
pertencentes a raças como o purosangue Inglês, o puro-sangue Árabe e o puro-sangue Lusitano, que possuem características muito superiores a outras raças, resultado de milhares de anos de seleção. No caso do cavalo puro-sangue Lusitano, são animais que normalmente primam pela versatilidade, docilidade, agilidade
e coragem, características que o tornaram numa das raças mais utilizadas em qualquer desporto equestre e, dentro das raças portuguesas, a mais aclamada no mundo inteiro. O cavalo mais rápido do mundo, o famoso Thoroughbred (purosangue inglês ou PSI) alcança em média a incrível velocidade de 60 km/h. QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
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O UNIVERSO DA QUINTA
Um dia na Quinta com o Sr. Baptista!
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Nasceu em Cabo Verde em 1955 e o seu nome completo é João Baptista Vitória Luz. Em 1976 chegou a Portugal e cá permaneceu até hoje, tendo apenas voltado à sua terra natal de férias para rever os seus familiares. O Sr. João, carinhosamente tratado de Baptista pelos seus colegas, faz parte da equipa da Quinta Pedagógica desde que este espaço abriu as suas portas. É descrito como uma pessoa muito pacata e extremamente afável. O seu dia de trabalho começa às 8 da manhã e termina às QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
17h30. Segundo o Sr. Baptista o trabalho na Quinta é interminável, há sempre qualquer coisa para fazer, mesmo quando as tarefas principais já foram executadas. Logo pela manhã reúne o carrinho de mão, a enxada e a vassoura para fazer a limpeza das casotas dos animais e tratar da sua alimentação. Depois segue para a horta e começa a arrancar a erva e a cuidar das plantações. Todas as árvores precisam de ser preparadas para receber água e esta é uma tarefa que leva o seu tempo. É necessário
cavar à volta do pé da árvore e criar uma caldeira, este preparo permite amparar a água das regas e concentrar as adubações. A ordenha dos animais é feita sempre que necessário. “Neste momento apenas as cabras são ordenhadas, porque só depois de terem filhos é que estes animais dão leite. As vacas, por exemplo, como foram mães há bastante tempo atrás já não têm leite”, explica o Sr. Baptista. É assim, entre os animais e a terra, que o Sr. Baptista passa os seus dias, feliz com o seu trabalho e com os seus colegas.
O Celeiro da Quinta Armazém Agrícola Já alguma vez visitaram um celeiro? Este lugar tem mais ou menos a mesma utilidade que as dispensas têm em nossa casa. Serve para armazenar quase todos os bens necessários ao funcionamento diário da Quinta. No celeiro encontramos as rações para alimentar os animais, todas as ferramentas agrícolas necessárias para tratar das hortas, entre elas as alfaias. Existe também uma área onde estão arrumados os produtos veterinários e os arreios dos cavalos. A palha é guardada à parte, num armazém perto dos estábulos.
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O UNIVERSO DA QUINTA
Área Psicoterapêutica Férias dos Jovens Excecionais 2013 Uma das preocupações da equipa técnica da Quinta, em relação aos jovens com necessidades especiais que apresentam diagnósticos de incapacidade fisíca/mental, é que os mesmos tenham uma resposta contínua que lhes permita gradualmente aceder às ferramentas que podem contribuir para aumentar a sua capacidade de serem felizes.
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Há 4 anos, iniciámos um projeto de férias com o objetivo de lhes proporcionar, durante o período do verão, experiências únicas, que de outra forma
provavelmente não teriam acesso.
que dão um enorme contributo a este projeto.
As férias de verão dos jovens excecionais contemplam um vasto grupo de atividades lúdico terapêuticas realizadas no contexto do mundo rural, onde não são esquecidas as atividades desportivas e artísticas que marcam o tempo destes jovens de uma forma completamente diferente. Durante o mês de julho, foram vividos momentos de muita intensidade, não só pela equipa da Quinta Pedagógica, mas também pelos voluntários
Este ano a festa de encerramento teve o seu ponto alto com a apresentação de um esquema de dança HipHop, onde todos os participantes foram estrelas e brilharam durante a atuação. Infelizmente não é possível registar tudo o que gostaríamos, mas partilhamos convosco alguns dos nossos melhores momentos.
Aula de HipHop Adaptada
Sessão de Terapias Assistidas Por Animais
Passagem de Modelos com Sessão Fotográfica Profissional
Idas à Praia
Vela Adaptada
Asinoterapia
QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
Ateliê: Pizza da Horta
Natação Adaptada
Surf Adaptado
Sessão de Cinema
Ateliê Biscoitos Para Cães
Futebol com os jogadores profissionais do S.C. Portimonense
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Ateliê: Cupcakes
Terapia Através da Arte: Pintura com os pés
Aula de Desportos de Combates Adaptados
Alimentação dos Animais
Sessão de Maquilhagem, Manicure e Penteados Profissional
Festa Final 2013
Sabia que…
No âmbito da Área Psicoterapêutica recebemos 5 estagiários com Necessidades Educativas Especiais, para além de também termos recebido alunos em contexto de Estágio Académico?
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O UNIVERSO DA QUINTA
Rap com a Beatriz Lopes 16
Eu sou a Beatriz e vou-te contar Uma história verdadeira Sempre a bombar Eu venho aqui à Quinta Para melhorar Cavalos, cães e burros para me ajudar. Faço terapia e ajudo no pomar Crio arte, pinto quadros Com música a tocar. Vou à colheita De citrinos ou na horta Ervas aromáticas e até faço compota. Quero dançar, curtir até cair Na Quinta faço tudo e saio sempre a sorrir. Faço bolos, faço pão Trato os animais Treino qualquer cão E quero sempre mais. Na Quinta Pedagógica Eu quero sempre estar Ela é útil, ela é mágica Melhora o bem-estar. Agora vou terminar De cantar o que sinto Adoro rappar Acredita em mim pois eu não minto!
QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
Área Sócio pedagógica No último ano letivo duas turmas da Escola Eng. Nuno Mergulhão e três turmas da Escola Coca Maravilhas, conjuntamente com o CEF (curso de educação e formação) de hortifruticultura, beneficiaram de um programa pensado especialmente para estes grupos que integram as turmas especiais PCA (percursos curriculares
alternativos) de forma a prepará-los futuramente para uma vida ativa em sociedade.
Colaboraram ainda em atividades e eventos realizados na Quinta Pedagógica.
O CEF, bem como as turmas PCA, tiveram a oportunidade de trabalhar numa horta da Quinta Pedagógica. Prepararam a terra, semearam, regaram e, a melhor de todas as tarefas, colheram os produtos da “sua” horta.
Para o próximo ano letivo iremos dar continuidade a este projeto, que tanto agrada a estas crianças/jovens, novamente com o Agrupamento de Escolas Eng. Nuno Mergulhão.
Como é que se fazia antigamente? NO TEMPO DOS AVÓS Lavrar a terra com bois, burros ou cavalos Colheita manual dos cereais com foices Secagem e debulha dos cereais na eira Moagem de cereais (com a mó) Alimentação dos animais com produtos da horta Tosquia manual (com tesoura) Ordenha manual Tirar água da nora com ajuda do burro
HOJE Preparação da terra com alfaias agrícolas Colheita mecanizada dos cereais Debulha mecanizada Moagem mecanizada dos cereais Alimentação dos animais com ração Tosquia com máquina Ordenha mecanizada Água canalizada e engarrafada
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Aluga-se! Se precisa de um espaço para realizar uma atividade exterior poderá alugar o Espaço de Merendas por ¤10,00/meio dia ou o Auditório por ¤15,00/hora.
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Uma vaquinha com 6 cm! Em 2011, a Margarida e o José António Simões, num dos seus passeios, pensaram que bom que seria se os visitantes pudessem levar a vaquinha Andorinha consigo depois da sua visita. Não tardou e propuseram à Quinta a conceção de uma linha de merchandising, da qual resultaram peças únicas de cerâmica pintadas à mão, com desenhos exclusivos, dos QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
animais da Quinta em destaque. Margarida e o José são proprietários do atelier Roda Viva em Silves. O seu trabalho foi várias vezes premiado a nível local e nacional, e pode ser visto em feiras e exposições um pouco por todo o país. Atelier Roda Viva Cerro de São Miguel n.º 107 8300 – 051 Silves 933281572 | 961700076
Festas de Aniversário Celebrar é importante! Não existe melhor motivo para comemorar que o aniversário de uma criança, esse momento tão especial que enche de alegria os pais, os familiares e os amigos. Na Quinta sabemos o quão importante é esse momento e o impacto que tem para os meninos partilharem a alegria da brincadeira com os amigos e explorarem um lugar que tem tantas coisas diferentes. As festas na Quinta são únicas e tem menus preparados com muito amor e com alguns produtos acabados de colher da terra.
Idades: 5 - 10 anos Mínimo: 10 crianças Acompanhamento das técnicas das 14h00 às 17h00. O ritual da festa de aniversário é um momento mágico e na Quinta fazemos o impossível para não defraudar as expectativas dos mais pequenos.
VALE SEMPRE A PENA COMEMORAR!
Menu
Preço/Criança
Alecrim
Sandes de fiambre e queijo, gelatina, salada de frutas, salame de chocolate, bolinhos surpresa, snacks, espetadas de gomas, sumos e água.
¤12,00
Girassol
Pizza caseira, gelatina, salada de frutas, salame de chocolate, bolinhos surpresa, snacks, espetadas de gomas, sumos e água.
¤13,00
Jasmim
Cachorro quente, gelatina, salada de frutas, salame de chocolate, bolinhos surpresa, snacks, espetadas de gomas, sumos e água.
¤14,00
Podemos confecionar o Bolo de Aniversário Escolha o sabor: Laranja, Chocolate, Caramelo, Iogurte ou Pão-de-ló com recheio de ovos.
ATIVIDADES a) Jogos Tradicionais b) Artistas de Mão Cheia (pintura de uma tela que será oferecida ao aniversariante); c) Arte na Natureza (elaboração de uma tela com elementos que poderão encontrar no espaço exterior da Quinta, tais como folhas, flores secas, etc.); d) Jardineiros por uma hora (decoração de um vaso e sementeira de uma flor ou de uma leguminosa); e) Caça ao Tesouro (a partir dos 7 anos);
¤18,00
f)
Atelier de Cerâmica (construção de figuras alusivas à Quinta em pasta de modelar); g) Atelier do Trigo ao Pão (confeção de pão com chouriço através do método tradicional); h) Atelier de Culinária (confeção de biscoitos caseiros). A QUINTA OFERECE Os convites de aniversário O lanche do aniversariante Um brinde surpresa a todas as crianças
Aromas & Sabores A Quinta tem tudo o que é preciso para fazer um lanche delicioso com as suas amigas, enquanto os mais pequenos correm e aproveitam tudo o que a vida do campo tem para lhes oferecer. Nesta altura do ano, outono/inverno, poderá encontrar no café da Quinta deliciosos bolos de laranja, limão, caramelo, café, chocolate, cenoura, madalenas, bolinhos de côco e pastéis de batata-doce. Também temos para venda, biscoitos de limão, mel, azeite, canela, erva-doce e baunilha.
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TEMOS PARA SI Biscoitos caseiros; Bolo (vendido à fatia); Bolinhos diversos; Pão com chouriço; Compotas de abóbora e pêra; Chá de bela-luísa e príncipe
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Uma aventura na freguesia de Alvor! A Quinta já ouviu tantas coisas interessantes acerca de Alvor, que desta vez decidiu partir à descoberta desta vila piscatória...
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Rancho Folclórico da Figueira No Algarve quando pensamos em tradições, hábitos e costumes de antigamente, o folclore é uma das primeiras coisas que nos ocorre...
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Entrevista a um tratador Nesta edição em que damos destaque ao Cavalo fomos falar com alguém conhecedor e apaixonado por este animal.
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A QUINTA E O MUNICÍPIO
Uma aventura na freguesia de Alvor! A Quinta já ouviu tantas coisas interessantes acerca de Alvor, que desta vez decidiu partir à descoberta desta vila piscatória que parece ter tantas coisas boas para oferecer aos seus visitantes. Preparámos tudo para a caminhada, escolhemos roupa confortável e na mochila levámos água, sandes e fruta. Partimos à descoberta e não nos
arrependemos nem um bocadinho, antes pelo contrário, ficámos encantadas com a história, o património, a beleza natural e principalmente com as pessoas que encontrámos. Subimos e descemos ruas, cruzámos com os restaurantes que preparavam tudo para receber os seus clientes, vimos paisagens fabulosas, sentimos os
barcos de pesca que descansavam nas águas da Ria de Alvor, observámos os pescadores que empenhados remendavam as redes e preparavam tudo para o dia seguinte. Foi um passeio único, rico e repleto de surpresas agradáveis que recomendamos vivamente!
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IGREJA MATRIZ DE ALVOR Construída no inicio do século XVI, ex-líbris do património Manuelino do Algarve, remetenos para uma viagem fantástica à época dos descobrimentos. O seu pórtico principal é considerado o mais belo do Algarve e a porta manuelina da fachada sul, revela uma multiplicidade de elementos de rara beleza, dos quais destacamos, dois pendentes que têm a aparência de romãs, símbolo de felicidade, fertilidade e alegria. No seu interior guarda várias pinturas e um conjunto de azulejos policromados do século XVIII.
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ESTÁTUA DE HOMENAGEM AO PESCADOR Localizada junto à lota, esta obra saiu das mãos do conceituado artista português João Cutileiro. IGREJA DA MISERICÓRDIA DE ALVOR No centro da vila avistámos este edifício de linhas simples mas belas. As paredes caiadas guardam no interior painéis de azulejos que evocam a Nossa
deparamo-nos com uma embarcação salva vidas de 1930 que devolveu a vida a muitos pescadores. As histórias deste local fazem-no grande e enchem de orgulho as gentes desta povoação.
Senhora da Misericórdia. Prestámos atenção ao vitral que descreve o milagre da sua padroeira, a rainha Santa Isabel.
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MORABITOS DE ALVOR Os quatro morabitos localizados no alto de São João, na rua de São Pedro e no largo da igreja, são testemunhos da presença islâmica e dos atos de cristianização. No morabito de São João encontra-se a inscrição que marca um desses momentos: ego sum vox clamantis in deserto - eu sou a voz que clama no deserto. LOTA Quando passeámos pela Zona Ribeirinha de Alvor sentimos que estamos na terra de pescadores e o edifício da antiga lota despertanos a curiosidade. Passámos pelos velhos lobos do mar, que se juntam para falar da vida e das pescarias e sentimos o orgulho quando dizem, «este ainda é uma dos locais onde se pratica a pesca artesanal». EDIFÍCIO SALVA VIDAS A cor vermelha marca este edifício e ao entrarmos
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PASSADIÇO O barulho das ondas e a vista atraem-nos para perto da praia. Ao iniciarmos o percurso do passadiço que tem cerca de 3km, é impossível ficar indiferente à beleza da Ria de Alvor que se encontra com o mar e carrega em si uma paisagem singular que guarda espécies protegidas, baixios e pequenas ilhas. Sem dúvida imperdível!
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À NOITE Regressámos até ao início do passadiço, desta vez pela praia da restinga, não deu para dar um mergulho, o sol começava a pôr-se e a mochila já estava vazia. Antes do regresso à Quinta sentámonos para provar o afamado peixe fresco de Alvor com salada algarvia e batata cozida com alho e orégãos. Estava ótimo! QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
Rancho Folclórico da Figueira 24
No Algarve quando pensamos em tradições, hábitos e costumes de antigamente, o folclore é uma das primeiras coisas que nos ocorre. E quando falamos em folclore algarvio, pensamos de imediato no “Corridinho”, aquela dança veloz que quando começa parece que “Vai de roda, vai de roda, vai de roda sem parar...”. No nosso Município ainda temos alguns grupos de pessoas que fazem com que a identidade do folclore se perpetue e passe de geração em geração. Fomos conhecer um pouco melhor o Rancho Folclórico da Figueira e falamos com o seu presidente, o Sr. Joaquim João Luís Correia, para percebermos como tudo começou. O Rancho Folclórico da Figueira encontra-se ligado ao Sr. António Joaquim do Serro Martins, que era conhecido na sua aldeia por gostar de brincar às marchas carnavalescas e foi precisamente por isso que um dia resolveram convidá-lo para ensaiar uma marcha na aldeia da Figueira. A partir desse momento foi um pequeno passo até à constituição do grupo que viria a formar o rancho e a originar a sua fundação em 1976. Começaram por fazer o trabalho de casa necessário e depois de alguma pesquisa e muitas conversas retomaram antigas danças, melodias e trajes das atividades típicas do final do QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
séc. XIX, inícios do séc. XX. Alguns dos trajes utilizados na região encontram-se representados nas suas atuações. São eles o camponês, o salineiro, o arrozeiro, o lavrador, o domingueiro, o pescador, a padeira, a lavadeira e o ceifeiro. No que toca à música, no Rancho Folclórico da Figueira predominam o acordeão e os ferrinhos, e os tipos de dança revividas no grupo são os típicos “Corridinhos”, ”Bailes de Roda” e o famoso “Baile Mandado”. Com um histórico de 37 anos, tem vindo a participar em vários festivais e encontros de folclore no país e no estrangeiro levando sempre o nome do concelho de Portimão consigo. São muitas as histórias que têm para contar, entre as muitas façanhas ficamos a saber que uma vez quando estavam de regresso da Escócia, na fronteira de Andorra com Espanha, foram mandados parar para serem revistados, no entanto, assim que a polícia viu o estendal de cuecas pendurado no guarda bagagens, única forma que tinham de secar a roupa, começaram a rir e não os fizeram perder tempo, mandando-os seguir viagem. Este grupo tem a sua sede em frente à Sociedade Recreativa Figueirense e nós desejamos que eles continuem a dançar por muitos anos!
Corridinho Sete passos para a frente, três passos para a direita e três passos para a esquerda, voltam e seguem a dança. Esta é a marcação básica do corridinho. É um baile mandado e uma dança de roda que começou por esta marcação simples e depois evoluiu para outras mais complexas, a partir da chegada triunfal do acordeão. Os seus tocadores distinguiam-se pela forma hábil como tocavam, dando um novo fôlego à dança algarvia. Surgiram então as florestrias (espécie de floreados) e o corridinho ainda ganhou mais importância. Dessas diferentes formas de interpretar o corridinho, fazem parte as “escovinhas” quando os pares giram sobre si mesmos em “pião” ou em “moinho” (conseguido pela saia da mulher quando roda). O nome de “escovinhas” supõe-se que tenha sido dado pelo facto do som emitido pelos pés em contacto com o chão, se assemelhar ao escovar. Os “sapateados” as “carreirinhas” ou a perna do homem por cima da anca da mulher são mais algumas “florestrias” que os bailadores algarvios mostram cheios de vida e energia.
Entrevista a Emídio Paias um profissional de cavalos Nesta edição em que damos destaque ao Cavalo fomos falar com alguém conhecedor e apaixonado por este animal. O caminho levou-nos até Emídio Manuel da Silva Paias, um profissional de 44 anos que trabalha com cavalos há mais de 25 e que nos respondeu a algumas perguntas.
Para si um cavalo é…? O cavalo é um ser com uma mística fantástica, a sua nobreza, docilidade, vontade da agradar, enfim… é uma dádiva da natureza Lembra-se quando e como é que tudo começou e o que o fez despertar para o mundo dos cavalos? O gosto pelos cavalos vem desde muito cedo e a vontade de ter um começou a despertar quando o meu pai, também ele aficionado, notou essa minha vontade e comprámos então o nosso primeiro animal numa feira em Garvão. Desde então começaram a fazer parte da minha vida. O gosto pelos cavalos levou-me a acompanhar vários eventos, tanto em Portugal como em Espanha, e quando demos conta já nos encontrávamos inseridos neste mundo. A primeira vez que montou a cavalo como foi? O meu desejo de sentir o dorso de um cavalo era enorme, então quando essa oportunidade surgiu foi uma enorme alegria. Dei umas voltitas a passo e algum trote, tudo isto numa égua de um senhor amigo que eu pedi para me deixar experimentar. A sua família também partilha a mesma paixão pelos cavalos? Na verdade quem partilha desta
paixão é o meu pai e a minha filha que é uma aficionada de primeira linha. Consegue transmitir-nos como é trabalhar no mundo equestre? É agradável porque quando se faz o que se gosta e quanto mais profissionais são aqueles que nos rodeiam, mais fácil é trabalhar. Existem muitas barreiras ou entraves? Se sim, como tem conseguido ultrapassar as dificuldades? Não tenho sentido essas barreiras e esses entraves, acho que isso se deve, muitas das vezes, à forma como conduzimos as atividades que queremos realizar. Qual o evento equestre que mais o motivou recentemente e porquê? Fatacil Equestre, devido à linha diferenciada que está a tomar a nível internacional. Para si qual é o cavalo que mais se destaca ou destacou nos últimos tempos? Sem duvida alguma TOTILAS, montado por Edward Gall. Tem preferência por alguma raça? Porquê? Sim, raça lusitana, pela sua nobreza, docilidade, capacidade sofredora e de entrega, embora gostasse de ver esta raça mais competitiva com as outras grandes raças. Qual o cavaleiro que mais o
inspira? A nível nacional, Carlos Pinto, a nível internacional, Edward Gall e Carl Hester. Na sua opinião quais são as potencialidades do cavalo para a sociedade? Se o desporto equestre nacional tiver o profissionalismo que tem na Alemanha ou na Holanda, tudo se desenvolve, desde postos de trabalhos até ao desenvolvimento de toda a região. Tem projetos que pretende concretizar futuramente relacionados com o mundo equestre? Quais? Sim, estou inserido num projeto que se chama Fatacil Equestre e a minha ambição é fazer desta feira uma referência Mundial. Qual é o seu desejo para o mundo dos cavalos em Portugal? Que o cavalo seja respeitado e que se desenvolva todo o seu potencial. Se pudesse deixar uma mensagem ou um conselho aos amantes dos cavalos, qual seria? Não deixem de acreditar no cavalo. Façam os vossos projetos sempre aconselhados por bons técnicos e procurem formação e informação, que com certeza irão ter sucesso.
QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
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Viver Saudável 28
Circuito Sénior na Quinta! Para manter um estilo de vida saudável é importante comer de forma equilibrada, dormir bem, sorrir e fazer exercício físico! .
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Compostagem
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Na Quinta os estábulos são limpos diariamente. Durante a limpeza são retiradas as fezes, assim como restos de palha ou serradura que servem para fazer as camas dos animais.
Como fazer uma sementeira de Ervas Aromáticas Ainda que não tenha vocação de jardineiro ou agricultor, vai certamente ser um grande prazer ver as suas plantas crescerem, fruto do seu trabalho e empenho.
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Ideias ecológicas para o Natal Pequenos toques podem fazer aquela diferença e se contribuírem para reunir a família, melhor ainda.
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VIVER SAUDÁVEL
Circuito Sénior na Quinta!
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Para manter um estilo de vida saudável é importante comer de forma equilibrada, dormir bem, sorrir e fazer exercício físico! Uma das principais causas de acidentes e de incapacidade na terceira idade é a queda que geralmente acontece por anomalias no equilíbrio, fraqueza muscular, desordens visuais, doença cardiovascular, alteração cognitiva e consumo de alguns medicamentos. A prática de exercício físico pode atenuar largamente estas causas. Os efeitos benéficos de um estilo de vida ativo na manutenção da capacidade funcional e da autonomia física durante o QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
processo de envelhecimento são muito importantes e não devem ser descurados. Os mais idosos devem fazer exercício à sua medida. Existem sempre alternativas para quem tem menos mobilidade. Dentro dos diferentes tipos de treino, propomos um circuito composto por exercícios simples mas muito eficazes se forem praticados com regularidade e boa disposição. Garantimos que os seniores que incluírem o circuito da Quinta na sua vida diária irão: • Fortalecer os músculos das pernas e costas; • Melhorar os reflexos;
• Manter o peso corporal; • Melhorar a mobilidade, a flexibilidade e o equilíbrio; • Diminuir o risco de doença cardiovascular; • Ficar mais felizes. Prepare-se! • Use calçado adequado e roupa pouco apertada (deverá ter liberdade e sentir-se confortável para realizar os movimentos indicados); • Leve uma garrafa de água pequena; • Convide os seus amigos para irem consigo.
Início do Circuito
1. Pare junto à carroça e faça o aquecimento. a) Entrelace as duas mãos e rode-as para a direita e para a esquerda durante 20 segundos. b) Afaste os pés à largura da anca e eleve os calcanhares do chão. c) Posicione as mãos nas pernas e flita os joelhos. Volte à posição inicial e repita 10x. Dê uma volta completa à Quinta mantendo um ritmo moderado. Na segunda volta deverá parar nos locais abaixo indicados e fazer os exercícios indicados.
2. Rampa dos animais - AGACHAMENTO É um exercício completo para os membros inferiores, envolvendo vários grupos musculares e articulações. a) Agarre o tronco da cerca. b) Flexione as pernas empurrando as ancas para trás. Mantenha a parte superior do corpo o mais reta possível e não leve os joelhos à frente. Iniciados: 3x 5 repetições | Médio: 3x 8 repetições Avançado: 3x 10 repetições
3. Armazém - BICEPES a ) Segure um peso em cada mão e mantenha os braços ao longo do seu corpo, com as palmas das mãos viradas para fora. b) Levante ambos os pesos dobrando os braços e baixe-os novamente depois de uma pequena pausa. Iniciados: 3x 5 repetições | Médio: 3x 8 repetições Avançado: 3x 10 repetições
4. Pocilga - PERNAS - STEP a ) Posicione-se junto ao degrau: Suba e desça ao seu ritmo. Obs: Posicione toda a planta do pé no degrau. Iniciados: 3x 5 repetições | Médio: 3x 8 repetições Avançado: 3x 10 repetições
5. Ponte - FLEXÃO / EXTENSÃO DE COTOVELO a ) Afaste-se da ponte e com as mãos afastadas e os braços esticados agarre o corrimão. Leve o peito até ao corrimão e volte à posição inicial. Iniciados: 3x 5 repetições | Médio: 3x 8 repetições Avançado: 3x 10 repetições
6. Banco junto à cavalariça - ELEVAÇÃO DE BRAÇOS a ) Posicione-se em frente ao banco, afaste as pernas à largura dos ombros e levante alternadamente os braços para cima e para baixo. Iniciados: 3x 5 repetições | Médio: 3x 8 repetições Avançado: 3x 10 repetições
7. Banco junto ao estábulo dos burros - ABDUÇÃO LATERAL DE PERNAS a ) Posicione-se em frente ao banco, agarre o tronco da amendoeira e afaste a perna. Vire-se e repita o exercício para o outro lado. Iniciados: 3x 5 repetições | Médio: 3x 8 repetições Avançado: 3x 10 repetições
Um agradecimento especial ao Sr. Manuel Nobre da Luz por ter colaborado connosco!
Compostagem Na Quinta os estábulos são limpos diariamente. Durante a limpeza são retiradas as fezes dos animais assim como restos de palha ou serradura que servem para fazer as camas dos animais. O estrume é encaminhado para o espaço contíguo do lado exterior da Quinta, onde é empilhado em monte. Neste monte também
depositamos restos orgânicos de origem vegetal, proveniente da limpeza dos jardins e horta. Ao longo do tempo, e sujeito à ação do clima, o estrume vai sendo decomposto em matéria orgânica, escurecendo e tomando a aparência de terra. Este composto, por ser tão rico, devido à sua origem animal, é excelente para fertilizar as terras
das hortas e pomares, evitandose assim o recurso ao uso de adubos químicos. No inverno/primavera devido à chuva que acelera a decomposição desta matéria, o excedente do estrume é vendido, tornando-se assim uma fonte de receita.
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Edifício Casa do Rio - 8500-505 Portimão | Tel: 282 490 240 | www.decathlon.pt
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VIVER SAUDÁVEL
Manual:
Como fazer uma sementeira de Ervas Aromáticas
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Na Quinta dispomos de um espaço dedicado às ervas aromáticas. Durante o ano podemos encontrar diversas variedades, desde o alecrim, bela-luísa, príncipe, louro, entre outras. Estas plantas são usadas há milhares de anos, tanto para fins medicinais como para temperar a comida. São uma ótima alternativa ao consumo
excessivo de sal e podem fazer maravilhas pelo nosso bem-estar, se as soubermos utilizar da forma mais adequada.
até mesmo um parapeito de uma janela, onde bata o sol, para darmos um colorido extra à nossa casa e às nossas vidas!
Cultivar ervas aromáticas em casa, independentemente do espaço que tivermos, é fácil!
Ainda que não tenha vocação para jardineiro ou agricultor, vai certamente ser um grande prazer ver as suas plantas crescerem, fruto do seu trabalho e empenho.
Basta uma pequena varanda ou
Comece Pequeno e Depois Aumente | Utilize e Reutilize ao Máximo Use e Abuse da Sua Imaginação OS VASOS O ideal será a utilização de vasos de barro ou madeira pois protegem melhor o solo e as raízes do calor e do frio, são biodegradáveis, não libertam substâncias tóxicas e evita-se o recurso ao plástico. A reutilização de pacotes de leite, garrafas de plástico ou outros materiais é perfeitamente viável. Dependendo do espaço que tiver pode ainda recorrer a panelas velhas, carrinhos de mão, banheiras, paletes, gavetas ou bidons, não esquecendo que todo e qualquer material não deverá ter sido alvo de tratamentos ou tintas tóxicas! QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
Não se esqueça que o fundo dos recipientes deve ter furos e deverão ser colocados pratos por baixo dos vasos para que a água escorrida seja recuperada pela planta. No fundo do recipiente pode colocar pedrinhas, cascalho, tijolos partidos ou rolhas de cortiça para ajudar a drenar a água. Pode também misturar à terra um bom composto biológico, que se vende em qualquer loja de produtos de jardinagem e é barato.
SEMENTES E PLANTAS Em todas as grandes superfícies ou em lojas de jardinagem, encontra sementes e plantas já envasadas. Geralmente no verso dos pacotinhos de sementes pode consultar a época do ano ideal para a sementeira da variedade em causa. Deve escolher sementes e plantas rústicas adaptadas ao clima e ao local, pois são mais resistentes a desequilíbrios e mais saborosas. Nas plantas observe por exemplo se as folhas e os caules não têm manchas ou insetos. Nas sementes, tenha em atenção se estão inteiras e não têm furos.
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REGAR
FERRAMENTAS
Tente captar e armazenar água da chuva: é melhor que a da torneira e é grátis Regue: • Preferencialmente ao fim do dia ou ao amanhecer; • Sempre após qualquer sementeira, plantação ou transplante; • Quando o solo estiver seco; • Quando as folhas estiverem descaídas; • Sempre no pé da planta e nunca nas folhas; • Para regar sementes e plantinhas que estão a germinar, faça um regador de repuxo, tipo chuveiro, a partir de uma garrafa. Retire a tampa e com um prego ou um clip quente, faça furinhos na tampa. Não esquecer: • Uma observação atenta e regular evita que as doenças ou insetos se multipliquem em demasia; • As plantas devem estar protegidas de ventos fortes; • A maior parte das plantas precisa de pelo menos 5 a 6 horas de luz por dia.
Para cuidar das suas sementeiras precisa de: • Pá pequena, para os transplantes e mistura do substrato; • Sachola e ancinho pequenos, para remexer e nivelar a camada superficial do substrato; • Tesoura, para podar sem danificar a planta; • Luvas de proteção e regador; • Pulverizador e copo doseador, para tratar pragas, doenças e aplicar adubo foliar nas folhas.
SEMENTEIRA Existem duas formas básicas de sementeira: sementeira direta nos vasos ou sementeira em tabuleiros de germinação para depois transplantar para os vasos. Semear requer alguns cuidados. Deve-se verificar se existe uma humidade constante no substrato (mas não excessiva) e manter uma boa temperatura para favorecer a germinação. O interior da casa é um bom local para uma boa germinação. Poderá fazer a sua sementeira em tabuleiros ou então poderá optar por reutilizar copos de iogurte, desde que sejam convenientemente lavados, e
tenham orifícios que permitam a drenagem da água. Uma das dúvidas que surge quando fazemos as primeiras sementeiras é a profundidade a que devemos colocar a semente. Uma norma que funciona bastante bem é colocar a semente a uma profundidade três vezes superior ao seu diâmetro. Por fim, é importante ter em conta que o substrato utilizado na germinação em tabuleiros deve ser mais fino que o substrato onde posteriormente iremos transplantar as plantas, por isso deverá ter a preocupação de eliminar as partículas mais grossas, esmiuçando o substrato com as próprias mãos. Esperamos ter lançado a curiosidade e vontade para experimentar o cultivo de ervas aromáticas nas vossas casas. Algumas das espécies mais utilizadas na nossa culinária são: alecrim, manjericão, salsa, coentros, funcho, poejo, orégãos, hortelã e tomilho. Nas infusões são muito usadas a bela-luísa, a cidreira, a menta e o chá príncipe. É só escolher as que mais lhe agradam e pôr mãos à obra! QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
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VIVER SAUDÁVEL
Receitas da Quinta Sonhos de Natal INGREDIENTES: • 3 dl de leite • 1,5 dl de óleo • 1 casca de limão • uma pitada de sal fino • 250 g de farinha • 6 ovos inteiros grandes • óleo para fritar • açúcar em pó para polvilhar PREPARAÇÃO: • Ferva o leite com o óleo, a casca de limão e o sal. De uma só vez
adicione a farinha e com uma colher de pau misture até que a massa se descole do recipiente. • Deixe arrefecer, depois acrescente os ovos inteiros um a um e mexa bem. • Na frigideira, já com o óleo quente, coloque colheradas de massa, fritando de ambos os lados. Retire e escorra. • Antes de servir, polvilhe com açúcar em pó.
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Filhós INGREDIENTES: • 1 kg de farinha • 8 a 10 ovos • 2 colheres de chá de fermento • 1 copo de aguardente (pequeno) • 1/2 chávena de leite • 1 pitada de sal • azeite PREPARAÇÃO: • Coloque a farinha num alguidar e o fermento no meio da farinha com a pitada de sal.
• Comece a amassar com as mãos, em seguida deite a aguardente e o leite. Continue a amassar e deite os ovos, um a um, lentamente. • Quando estiver tudo envolvido, trabalhe bem a massa molhando as mãos em azeite até se despegar do alguidar. Continue a amassar durante dois minutos e deixe levedar durante duas horas. • Faça pequenas bolas e ponha a fritar. No fim polvilhe as filhós com açúcar e canela.
Bolo de Mel INGREDIENTES: • 12 ovos • 250 g de açúcar • 1 dl de azeite • 0,51 de mel caseiro • 450 g de farinha • 25 g de erva-doce • 1 colher (café) de canela em pó • manteiga q.b. • farinha q.b. • açúcar em pó q.b.
PREPARAÇÃO: • Bata os ovos com o açúcar até obter um creme consistente, misture o azeite e o mel aquecido, bata mais um pouco e acrescente a farinha, a erva-doce e a canela. • Envolva tudo até obter uma massa homogénea e ligue o forno a 180°. Unte uma forma com manteiga, polvilhe com farinha, preencha-a com a massa e leve ao forno durante cerca de 45 min. • Deixe arrefecer, desenforme e polvilhe com açúcar em pó. Sirva frio.
Bolo de S. Martinho INGREDIENTES: • 1 frasco de compota de castanhas (370 g) • 200 g de chocolate em pó • 100 g de nozes moídas • 200 g de manteiga sem sal • 100 g de natas • 1 pitada de baunilha PREPARAÇÃO: • Deite a compota de castanhas num tacho e leve a lume brando para amolecer. De seguida adicione o chocolate, mexendo
sempre para misturar muito bem, e junte as nozes e a manteiga pouco a pouco. • Junte uma pitada da baunilha, retire do lume e bata tudo muito bem. Deixe arrefecer um pouco, adicionando de seguida as natas previamente batidas. Envolva tudo cuidadosamente e deite a mistura numa forma forrada com papel de alumínio. Leve ao frigorífico de um dia para o outro. • Desenforme e enfeite a seu gosto.
Bolo de Maçã e Nozes INGREDIENTES: • 4 ovos • 2 chávenas (chá) de açúcar • 1 chávena de óleo • 3 chávenas de farinha de trigo • 4 maçãs picadas • 1 chávena (chá) de nozes picadas • 2 colheres de sopa (rasa) de canela em pó • 1 colher (chá) de fermento em pó
PREPARAÇÃO: • Bata no liquidificador os ovos, o açúcar e o óleo. De seguida acrescente a farinha e bata novamente. • Despeje a massa num recipiente e acrescente as maçãs, as nozes, a canela e o fermento em pó. • Coloque a massa numa forma de buraco untada e leve ao forno previamente aquecido. • Depois de pronto polvilhe com açúcar e canela e enfeite com nozes.
Bolo de batata-doce e laranja INGREDIENTES: • 5 ovos • 250 g açúcar • 300 g batata-doce cozida • raspa 1 laranja • sumo 1 laranja • 65 g farinha • 65 g farinha Maizena • 1 colher chá fermento PREPARAÇÃO: • Bata as gemas com o açúcar até obter uma mistura esbranquiçada. Junte a batata-doce em puré e a raspa da laranja. • Misture o fermento com as
farinhas e adicione à mistura anterior. • Bata as claras em castelo e envolva-as no preparado. • Deite-o numa forma untada e enfarinhada, e leve ao forno a 180º durante cerca de 40 minutos ou até verificar que está cozido. • Retire do forno, desenforme e pique-o com um palito. Deite por cima, aos poucos e uniformemente, o sumo da laranja de modo que o bolo vá absorvendo todo o sumo.
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Ideias ecológicas para o Natal
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As preocupações com o ambiente e a sustentabilidade devem fazer parte das nossas rotinas diárias e a época natalícia não é exceção. Por norma, esta é uma festa que pode envolver uma logística mais ou menos complexa, que vai desde a decoração interior até à compra dos presentes. Reaproveitar material que já não precisa pode ser uma experiência muito interessante e, se superar as suas expetativas, pode inclusive revelar-se bastante compensadora.
Pequenos toques podem fazer aquela diferença e se contribuírem para reunir a família, melhor ainda. A nossa imaginação não tem limites e os materiais que podem ser usados podem ir desde simples rolhas de cortiça, pauzinhos de madeira, caixas de sapatos, folhas de revistas, botões ou tecidos, entre tantos outros. Faça esta viagem e vá até onde a sua criatividade o levar!
Dicas Natalícias para um Natal mais verde! 1. Árvore de Natal ecológica: As árvores artificiais por norma são feitas de plástico que emite toxinas nocivas para a saúde. Construa a sua árvore de Natal a partir de cartão reciclado, tecido, madeira ou use os livros que tem em casa. Pode também plantar um pinheiro no jardim, usá-lo e replantá-lo. 2. Iluminação natalícia: Adquira iluminações LED e reduza os custos energéticos em cerca de 80%. À noite e quando não está em casa desligue as luzes. 3. Embrulhos: Utilize papel reciclado ou aproveite folhas de jornal ou de revista. Pode também fabricar sacos com tecidos que tenha em casa ou caixas reutilizáveis. Adicione uma fita colorida ou uma etiqueta criada com o mesmo papel reciclado e surpreenda com o resultado.
4. Presentes feitos manualmente: Uma caixa de biscoitos, uma compota, um licor, um cachecol ou luvas tricotadas, uma bijutaria, um quadro, são muitas as opções que podem ainda incluir uma experiência em vez de uma coisa. 5. Compre localmente: Para além de apoiar os comerciantes locais, reduz os custos e o impacto ambiental dos transportes. 6. Ofereça brinquedos amigos do ambiente: São muitas as opções que passam por oferecer brinquedos em madeira, vintage, artesanais ou ainda livros impressos em papel reciclado. 7. As decorações de Natal: Prefira ornamentos artesanais ou em madeira ou faça-os você mesmo, por exemplo, em origami. Pode ainda decorar com elementos naturais: pinhas, ramos de pinheiro, azevinho,
Um Natal ecológico é aquele que envolve reciclagem! QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
folhas, castanhas, avelãs, bagos vermelhos, paus de canela e até pipocas num fio se transformam numa linda grinalda de Natal. 8. Prepare uma ceia de Natal orgânica: Use produtos frescos adquiridos localmente (isso inclui o vinho e os doces também). Compre preferencialmente alimentos sem embalagens ou com embalagens que podem ser facilmente recicladas. Depois da alegria da abertura das prendas faça uma separação entre o papel de embrulho e as fitas que podem ser reutilizadas e coloque o restante papel, caixas e embalagens no seu respetivo ecoponto.
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As árvores, os bons gigantes O Artur estava em pânico com o trabalho que a professora Luísa tinha pedido para as férias de verão.
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Fazer magia com leite... Todos conhecemos este líquido de cor esbranquiçada e opaca que tem como principal função nutrir o nosso organismo até que possamos ingerir outros alimentos.
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Patrícia Catita Vai à Quinta Já era setembro mas os dias ainda estavam muito quentes. A Madona estava com muito calor, e por isso nem saía debaixo da sombra da laranjeira.
Pedro Santos (Professor de Ciências)
As árvores, os bons gigantes
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O Artur estava em pânico com o trabalho que a professora Luísa tinha pedido para as férias de verão. Sentado no sofá, ao lado do pai, confessou a sua angústia:
falar sobre a água. Por que não usas a imaginação e falas sobre outra coisa? O nosso planeta tem tantas coisas únicas, basta olhar pela janela…
- Sabes pai… – suspirou o Artur durante uns longos três segundos – tenho um trabalho para fazer e não sei como começar. A professora Luísa pediu-nos para escrever uma pequena composição sobre o que torna o nosso planeta um lugar tão especial no sistema solar.
E foi o que o Artur fez. E, ao fazêlo, os seus dois olhos, negros e curiosos, contemplaram as árvores do quintal. Olhou prolongadamente para cada uma delas, como se as estivesse a ver pela primeira vez, apesar de já, por tantas vezes, ter brincado na sombra dos pinheiros ou no baloiço que o avô tinha construído usando, como suporte, um dos enormes ramos da oliveira.
- E já descobriste o que é que torna a Terra um planeta diferente dos demais? – perguntou o pai do Artur, curioso por saber a resposta do filho. - A água, claro! A Terra é conhecida como o planeta azul, não é? - Bom, Artur, não deixas de ter razão, pois mais de dois terços da superfície da Terra estão cobertas de água líquida – começou o pai, enrugando a testa por cima dos óculos – mas, na realidade, a água, pelo menos na forma de gelo, está presente noutros pontos do sistema solar. - Não sabia isso! Mas fiquei sem a única ideia que tinha para o trabalho da professora Luísa…. - Bem, não é caso para tanto, filho. Apenas quis dizer que suspeito que a maioria dos teus colegas vai
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- É isso, já sei, as árvores! A Terra é o único planeta que tem árvores…certo, pai?! - Sim, filho, nenhum outro astro
do sistema solar possui árvores ou qualquer outro tipo de planta. - Mas – continuou o Artur - como posso explicar aos meus colegas, numa única página, a importância das árvores? De seguida, com a sua forma pausada de explicar, o pai do Artur sossegou-o e falou-lhe da importância das árvores e das florestas para o nosso planeta. As árvores, essas magníficas fábricas de oxigénio, presentes desde os trópicos até onde começam as regiões polares, dominando quase todas as paisagens da Terra. Falou de tudo o que elas nos oferecem de forma gratuita: os seus frutos e a sua madeira, a mesma madeira com a qual se fez a mesa e o papel no qual o Artur tira apontamentos do que diz o seu pai; e falou ainda
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de muitas outras coisas, como o látex, extraído de uma árvore brasileira, com o qual se faz a borracha e do medicamento que a mãe do Artur toma sempre que tem dores de cabeça, feito de uma substância que existe numa árvore chamada salgueiro. - Sabes filho, é impossível imaginar o nosso planeta sem árvores. Como seriam as cidades sem árvores nas ruas e sem jardins, reduzidas a florestas de cimento e alcatrão? Já pensaste em todas as histórias e brincadeiras que viveste, no nosso quintal, à sombra da amendoeira e no baloiço da oliveira que o avô te construiu? – e continuou - As árvores fazem as pessoas mais felizes e salvam vidas, pois purificam o ar e combatem a poluição que nós, seres humanos, criamos todos os dias. E fazem-no sem pedir nada em troca.
- Fantástico pai, nunca tinha pensado nisso.
há dessas árvores espaciais aqui no Algarve?
- E não é tudo Artur, as árvores são seres extraordinários, capazes de viver mais de 4 mil anos ou superar os 100 metros de altura. E são “inteligentes” também, pois o crescimento dos seus ramos obedece a sequências matemáticas.
- Bom filho, as árvores, à sua maneira, são todas…especiais! Mas, claro, há umas mais especiais do que as outras. Em Tavira, por exemplo, há uma oliveira com mais de 2 mil anos, nascida no tempo de Cristo, e em Olhão há uma alfarrobeira tão grossa que são precisos vários homens para a abraçar.
- A sério, as árvores sabem matemática?! - E muito mais…as árvores desafiam as leis da física fazendo subir a água, dentro delas, da terra até às folhas lá bem no cimo, a dezenas de metros do chão. E que dizer do nosso sobreiro, um verdadeiro mágico, capaz de sobreviver aos incêndios e que nos oferece a cortiça usada nas rolhas e até em vaivéns espaciais.
- Tantas coisas que eu não sabia. Agora tenho outro problema, pai…Com tanta informação, não sei por onde começar. - Oh Artur, só queria ajudar… sorriu o pai – E já pensaste num título para a tua composição? - Ah, isso é fácil: As árvores, os bons gigantes!
- Uau, a cortiça do sobreiro está no espaço! – exclamou o Artur – E
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A QUINTA CONVIDOU Carmen Lourenço - Investigadora
Fazer magia com leite...
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Todos conhecemos este líquido de cor esbranquiçada e opaca que tem como principal função nutrir o nosso organismo até que possamos ingerir outros alimentos. O primeiro contato com este alimento é feito logo ao nascer, através do leite materno que devido à sua composição nos fornece energia, protege o nosso estômago e intestino e fortalece as nossas defesas. Sendo o leite um alimento essencial no crescimento,
Produção de Queijo
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fortalecimento e proteção do nosso corpo, não é de estranhar que seja o principal constituinte de diversos produtos alimentares como o queijo, a manteiga e o iogurte. Como na Quinta conseguimos produzir leite vamos à descoberta do queijo. O queijo é um alimento de coloração amarelada com sabor intenso e variado, rico em proteínas e cálcio, essencial ao crescimento muscular e ósseo.
Pensa-se que terá sido descoberto por acaso no médio oriente, mas foi durante o período romano que o queijo se tornou popular, sendo difundido por vários países. A produção de queijo é um processo longo e composto por várias fases, onde diversas variáveis têm de ser controladas. De forma simplificada o queijo é obtido, extraindo a água do leite, que representa cerca de 87 % da composição do leite.
Seleção do leite/ Pasteurização
O leite deve ser ultrapasteurizado (aquecido 2 minutos a 130 -150 ºC).
Coalho
Adição de bactérias e enzimas que produzem o coalho e extraem a água do leite.
Corte do coalho
Corte do coalho em cubos pequenos para facilitar a libertação do soro.
Cozedura
A cozedura ajuda a eliminar o soro e a rigidez do queijo.
Salgadura
Após retirada toda a água adiciona-se sal a gosto para temperar o queijo.
Prensagem
Nesta fase elimina-se algum excesso de água e dá-see forma ao queijo.
Secagem e maturação
Após a prensagem , o queijo é deixado a secar e a maturar para apurar o sabor.
Como fazer um queijo muito simples PODES FAZER QUEIJO EM CASA DE UM MODO MUITO SIMPLES, SÓ NECESSITAS DE: • 1 l de leite; • 1/2 chávena de vinagre; • 1 colher de sal;
PROCEDIMENTO: • Aquecer o leite até começar a ferver; • Juntar o vinagre e deixar a mistura arrefecer; • Depois do arrefecimento, deitar a mistura num passador e escorrer o soro; • Deitar o queijo numa taça e juntar o sal a gosto.
O ácido do vinagre vai provocar a coagulação do leite, criando o coalho. O soro entretanto produzido é extraído, mas este procedimento nunca vai dar um queijo muito rígido, nem o seu sabor será tão apurado como é comum.
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Diz a massa para o queijo: - Que maçada! Responde o queijo: - E eu ralado!
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A QUINTA CONVIDOU
Patrícia Catita - Escritora
Patrícia Catita Vai à Quinta
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Estava Sol, muito Sol na Quinta Pedagógica. Já era Setembro mas os dias ainda estavam muito quentes. A Madona estava com muito calor, e por isso nem saía debaixo da sombra da laranjeira. Linguini, o porquinho-da-india “terapeuta” da Quinta estava com tanta sede que nem lhe apetecia dar as voltinhas na sua roda. A Tuca, o Cocô e os seus cachorrinhos bebés estavam igualmente molinhos, do imenso calor. Até a burrinha Azeitona estava a dar descanso às couves…. Preferiu estar sossegadinha, e nem zurrava para não se incomodar. Mas… todos tinham a sua sombrinha, e a sua aguinha. De repente… ouvese ao longe um ruído, que mais parecia um choro. “Schiniff, Schiniff”…. Um choramingar insistente. Os animais olham uns para os outros, mas não reconhecem aquele ruído… -“O que será isto?” – Diz a burra Madona. - “Hum…. A minha experiencia dizme que é um extraterrestre perdido da sua mãe!” – Responde Linguini, com os óculos em riste e ar de “sabe tudo”! - “Óh! Linguini! E a burra sou eu??” – Responde a Azeitona, com um ar muito altivo! E continua: “Claro que não é nada disso, mas não reconheço o barulho…Vou até ao fundo da Quinta investigar.” Azeitona vai “pata-ante-pata”, devagar, devagarinho, seguindo o ruído estranho… Passou as cabras…
QUINTA PEDAGÓGICA DE PORTIMÃO
as vacas…. Evitou as couves e as favas… e nesta zona da Quinta, apercebe-se que o barulho era mais forte. “Schinnnnfffffff….. Schiniffffffff………..” -“Ahaháaaaaaaaaaa!” – Diz a Azeitona, saltando como se de um macaco se tratasse! - “Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!! Não me assustes, nem me faças mal… Não tenho forças” – Respondeu Zeca, o Espantalho da Quinta Pedagógica. - “Não tenhas medo, sou eu, a Burrinha Azeitona. - Como te chamas? - Eu já te tinha visto há uns dias… Porque não sais do mesmo sítio? - Que chapéu é esse e porque é que tem um buraco tão grande? - Porque é que estas com um ar doente?” – A Azeitona bombardeou o Zeca de perguntas, porque é uma burrinha muito curiosa! - “Calma! Eu sou o Zeca, sou um espantalho. Não posso andar porque estou preso ao chão. Um corvo roeume o chapéu, e fez-lhe um grande, grande buraco. E por isso tenho
muito calor, tenho a cabeça a ferver e preciso de água e sombra. Não se pode estar ao Sol sem chapéu, ou com um chapéu esburacado!” – Respondeu Zeca, com as poucas forças que tinha. -“Ó Coitadinho! Espera lá que nós vamos tratar já disso!” – Disse a Azeitona, decidida que nem uma burra! Assim, foi ter com Obélix, o cavalo da hipoterapia, que é forte e grande, e juntos conseguiram levantar o Zeca do sítio onde estava e trouxeram-no para perto dos restantes animais. A Tuca foi buscar a sua tigela de água para partilhar com ele e a Madona ofereceu-lhe um chapéu antigo, dos seus tempos de estrela da Quinta! - “Obrigado, meus amigos, do fundo do meu coração de palha! O Sol é muito nosso amigo, mas temos que ter cuidado quando está muito calor, e abrigarmo-nos em certas horas. Mas vocês salvaram-me o dia! Quem tem amigos…. Tem tudo!” – Disse o Zeca, abraçando todos! Patrícia Catita
Gostaria de apadrinhar um animal da Quinta? FALE CONNOSCO! Na Quinta Pedagógica vivemos emoções fortes todos os dias, com os sorrisos das crianças que nos visitam, com os animais, com o progresso dos meninos que têm necessidades especiais e fazem terapia connosco, com quase tudo o que a terra nos oferece. São muitas as memórias e as experiências vividas neste espaço tão rico que todos os dias tem algo diferente para nos mostrar. Convidamo-lo a fazer parte desta viagem e a viver emoções diferentes com a nova experiência de Apadrinhar Um Animal.
EXPERIMENTE NÃO SE VAI ARREPENDER! ; )
VANTAGENS DE APADRINHAR: • Contribuir para o crescimento e bem-estar de um animal vai com certeza trazer-lhe a si ou ao seu filho(a) muitos sorrisos! • 10% de desconto no OTL (Férias na Quinta ou outros ATL); • 10 % de desconto nas Festas de Aniversário; • 10 % de desconto na Loja da Quinta; • Cartão de identificação com imagem do padrinho e afilhado; • Identificação junto à instalação do afilhado; • Recebe mensalmente via digital notícias do afilhado;
DEVERES DOS PADRINHOS: • Sempre que possível visitar os seus afilhados; • Pagar a cota de padrinho / madrinha: ¤50,00 anual (¤4,15/mês) • O valor poderá ser entregue anualmente ou por semestre (¤25,00 / semestre).
LOCALIZAÇÃO wgs84 Lat= 37.15038006 Long= -8.55302717 Rua David Gonçalves Vieira Aldeia Nova da Boavista 8500-301 Portimão