Catálogo da Exposição "Convergências III"

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III 2 A 23 SETEMBRO 2023

ALVES DIAS

ANA ABRÃO

ANA FILIPA SCARPA

ANA LINA

ANA VILELA CORREIA

ANTÓNIO DELICADO

CARLOS CARVALHO

DIOGO ROSA

ELSA FIGUEIREDO

ELSA GONÇALVES

ENGRÁCIA CARDOSO

HEITOR FIGUEIREDO

KERK

LUÍS VIEIRA BATISTA

PAUL MATHIEU

RICARDO GIGANTE

RUI GAIO

SANDRA BORGES

STEFANIA BARALE

VIRGÍNIA FRÓIS

Convergência – Acção ou efeito de convergir; tendência para um resultado comum;

As temáticas das duas exposições anteriores, (água - fogo e terra-ar), efetuadas em 2021 e 2022 na Oficina de Cultura de Almada, estão na origem desta nova mostra com a designação VISÍVEL – IN –VISÍVEL.

Poder-se-ia dizer que a obra de arte visual é isso mesmo, o trazer para a esfera do visível aquilo que a sensibilidade dos seus criadores produziu, manifesto em formas, texturas e cores. Daí a aparente redundância desta nova proposta.

Mas esta é uma oportunidade de ação e reflexão, que nos faz abordar os assuntos do “quinto elemento” com uma maior profundidade. Tentemos descobrir o que está oculto ou sugerido em cada obra, as razões ou motivações de cada autor.

A diversidade com que cada um dos artistas aqui presentes responderam à solicitação é reveladora de uma riqueza interior que se revela e que generosamente se converte num valor cultural que enriquece e complementa este coletivo.

Esta é uma exposição que merece ser divulgada e visitada pelo público em geral, mas especialmente por alunos das escolas, num contexto em que o ensino das artes, as oficinas e as universidades florescem.

Pela restrição em relação aos meios com suporte tradicional, o papel, propomos uma visita virtual à exposição através do site do grupo “Convergências”, encontrando aí informação detalhada sobre cada um dos autores, possibilitando ainda a consulta ou “importação” do catálogo para memória futura.

SOBRE O PROJECTO “CONVERGÊNCIAS”

Teve origem em Lisboa no Bairro da Graça em 2015, com organização e curadoria de diversas exposições: desenho, fotografia, pintura, escultura, ilustração, design…

O conceito/intenção, evoluiu para uma maior aproximação e integração das artes e ofícios tradicionais. Também a música, a poesia a performance e a videoarte acontecem de forma habitual, integrando, sempre que possível, novos valores ou jovens emergentes.

Assim tem acontecido em Tomar, com a exposição anual dos Sítios (do Barro, da Pedra, da Água, do Fogo…), em Alpiarça (Aqua Mater e Terra Mater), também com arte pública associada aos espaços exteriores da Casa dos Patudos e ainda, no Porto e em Lisboa com as “Convergências M” nos espaços culturais da Associação Mutualista Montepio.

“As Convergências são isso mesmo, um ponto de encontro de artistas de várias áreas e expressões que fazem da qualidade do seu trabalho e na diversidade, o motivo para se reunirem e mostrar o que de melhor sabem fazer”.

A equipa de organização e curadoria

https://convergenciasarte.wordpress.com

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Enlear Silêncios

Intervenção têxtil sobre vários objetos, estruturados na vertical.

Técnica mista –papeis, tecidos, sarapinheira, objectos pessoais, algodão e mosquetão.

Altura –250cm, diâmetro –95cm, 2022

ALVES DIAS

A minha obra narra um arco temporal de mais de quatro décadas de atividade artística, em que a presença do elemento têxtil-tapeçaria esta sempre presente e é inseparável da pintura e do desenho. A tecnicidade inerente à minha produção, implica a linguagem da tapeçaria numa dimensão tradicional, mas também opera rupturas contemporâneas pela aplicação de materiais invulgares, aliados a técnicas subvertidas, cuja expressividade acentua o caracter telúrico do seu corpo.

Recorro aos mais diversos materiais têxteis, aos modos do fazer tapeçaria, às mesclas como paletas cromáticas, aos fios que pretendem ser linhas de desenhos, aos contornos de formas acentuados por tecidos e papeis, às colagens como estratégia plástica da Modernidade, entre muitos outros processos que integram e fazem parte do corpo da obra.

Esta forma e atitude de construção é um processo moroso em que tento dialogar e identificar as propriedades expressivas dos diversos materiais. Esta relação envolvente com os materiais que me cercam fazem parte da maneira como experiencio a vida, gerando em mim silêncios feitos de longa observação que se refletem na criação e na materialização quase táctil das minhas obras.

1952, Vila de Rei, Portugal. 1972 - Curso de Pintura, Escola Artística António Arroio, Lisboa. 1984 - Curso de formação em Tecnologia de Materiais Específicos, Universidade de Aveiro. 1993 - Curso, Utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação em contexto Educativo, Escola Superior de Educação, Lisboa. 1997/99 - Frequência da licenciatura em Ensino de Educação Tecnológica, Universidade Aberta, Lisboa.

Exposições – Realizou mais de trinta individuais e mais de cento e oitenta e seis colectivas e virtuais internacionais em museus e galerias, em Portugal, Espanha, Brasil, Canadá, França, Macau, Argentina e China.

Bienais Internacionais – 2023, Biale, Estremoz, Alentejo – 2022, 1st Contemporary Marerial Art Biennal, Haitiansky Center, Quingdao, China – 2021, “From Lousanne To Beijing, Fiber Art, China. – 2019, 8th Biennal of Contemporary Textile Art WTA, Madrid, Espanha. – 2018 e 2014, Arte Têxtil Contemporânea Contextile, em Guimarães, Portugal - 2000, 1º Encontro de Tapeçaria Portuguesa Contemporâne e 1993 e 1991, 1º e 2º Simpósios, também de Tapeçaria Contemporânea, em Loures, Portugal.

Bienal Nacional – 1988, Tapeçaria Contemporânea, em Matosinhos, Portugal.

Prémios – 2021, Medalha de Bronze atribuída na 11th “From Lousanne To Beijing” Fiber Art Biennale, China. – 1996, Menção Honrosa na 1ª Bienal de Pintura “Prémio Cardoso Lopes”, Amadora. – 1994, Prémio dos Sócios da Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa. – 1993, 1º Prémio de Pintura no Concurso de Artes Plásticas do Instituto Irene Lisboa.

ALVES DIAS

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ANA ABRÃO

Cena de uma cerimónia hindu

Impressão direta sobre alumínio, 75x50cm

Ana Abrão viaja pelo mundo captando a diversidade das pessoas e a beleza humana. Ora como fotógrafa, ora como viajante, ora como observadora atenta das características culturais, a autora traz para o mundo de cá, alguns aspetos pouco conhecidos dos costumes de "outros mundos".

A presente exposição de fotografias surge em consequência do lançamento do livro “Outros Mundos” e ambos resultam de uma imersão na cultura asiática durante um ano, um mês e uma semana em que a fotógrafa Ana Abrão deixou Portugal sem roteiro definido e sem data de retorno.

O seu segundo livro “Kalasha” está em produção e trata-se de um livro de fotografias e histórias de experiências vividas com a comunidade politeísta Kalash que vive nas montanhas a noroeste do Paquistão.

Autora do livro “Outros Mundos – Um ano, um mês e uma semana de aventuras e fotografias na Ásia”.

Aliando a fotografia de retratos a uma grande experiência como viajante, Ana Abrão utiliza a fotografia como ferramenta, não só para dar a conhecer ao “mundo de cá” a beleza da cultura de “outros mundos”, como também para, subtilmente, colocar em pauta questões sobre direitos humanos.

Graduada em Psicologia e doutorada em Psicologia/Informática, Ana Abrão reduziu o seu investimento na carreira de professora universitária, depois de onze anos a dar aulas no Algarve, para seguir o seu gosto pela Fotografia. Exerce profissionalmente a fotografia há cerca de treze anos.

A Autora luso-brasileira representa Portugal nos concursos internacionais de fotografia, tendo recebido vários prémios (21 medalhas e 61 menções honrosas). Pontualmente, participa em salões de fotografia como membro de júris nacionais e internacionais.

Tem o reconhecimento “Excellence" em arte fotográfica pela Photographic Society of America, além de “Artist” e “Excellence” pela associação europeia International Federation of Photographic Art.

Atualmente, é a representante da Photographic Society of America, em Portugal e curadora do site de fotografias Olhares.com.

ANA ABRÃO

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ANA FILIPA SCARPA

Hope

Fotografia digital, Longa exposição,1 só frame. Vencedora do 2.º Lugar B&W HIPA, Dubai 2019

Nasce em Lisboa em 1960. Frequentou Sociologia no ISCSP. Trabalhou na Galeria 111. Cursou Pintura em Azulejo do séc. XVII.

Começa a interessar-se pela Fotografia em 2006 e foi, essencialmente, como autodidata que fez o seu percurso, sendo uma fotógrafa versátil que procura permanente novos olhares.

Obteve o 2º lugar na categoria BW no Concurso HIPA no Dubai em 2019. Foi nomeada Fotógrafa Equestre do ano em 2014, pela FEI, Normandia. Recebe a Medalha de Prata no Tokyo Awards 2019. Distinção com Outstanding Award nos Spider Awards, USA e 2º lugar no Spider Awards, 2019. Menção Honrosa no concurso internacional Sony World Photography Awards 2014, Bronze Medal in Gacilly, FIAP Gold Medal, PSA Bronze Medal, Photography Society of America.

De mencionar ainda: Nine Hours Urban Photographer of the Year Award 2012, London Honorable Mention at the Society of Biology International Contest, Charles Darwin House, London, Reytor de Zelinia Prize, Slovakia, Polónia, Vencedora nos Estados Unidos com três 1º lugares no American Society of Civil Engineers, 2 prémios UNESCO Performance Awards

Obteve outras distinções em Espanha, Itália, EUA, França, Macedónia, Polónia.

Para além da fotografia geral, trabalha em imagens para a decoração de interiores, fotografias institucionais e em estúdio. Integrou Júris em diversos concursos de fotografia a nível nacional e internacional. É formadora e também colaboradora num Jornal Regional. Presta Consultoria de Imagem a diversas empresas ligadas aos ramos imobiliário e hoteleiro.

ANA SCARPA

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ANA LINA MONTEIRO

Sem título Instalação de olaria de Fonte de Lima, ilha de SantiagoCabo Verde

Ceramista natural de Fonte Lima, um dos três centros de produção do artesanato tradicional em Cabo Verde, a par de Trásos-Montes em Tarrafal, também em Santiago, e Rabil, na ilha de Boa Vista.

Uma das caras da olaria tradicional, com “uma vida” com as mãos no barro, começou ajudando a mãe. Com o tempo, a cerâmica tornou-se na sua paixão.

“O barro tem um valor etnográfico fortemente ligado ao uso cultural, pelo simbolismo que carrega através das peças produzidas, que expressam as tradições, os saberes, o quotidiano do povo cabo-verdiano” - Sónia Gonçalves in A NAÇÃO.

ANA LINA

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Paisagem construída

Acrílico sobre tela crua, 50x150cm

ANA VILELA CORREIA

Nasceu em Moçambique, arquiteta, professora de design, desenho, educação visual e outras disciplinas de índole artística.

Participou em diversos projetos de arquitetura e design, com especial incidência na organização funcional de espaços educativos e no design de interiores para habitações unifamiliares.

Desenvolve trabalhos no campo das artes plásticas integrando o grupo de artistas “Cor 7” localizado nos ateliers Coruchéus em Alvalade, Lisboa. Mais recentemente participa em atividades e manifestações artísticas promovidas pelo grupo de artes “Convergências”.

Utiliza materiais, texturas e cores que de alguma forma relembram a sua infância em África (as terras vermelhas, a flora e os tecidos coloridos…).

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ANA VILELA

…pela tua luz vemos a luz I a VI

Impressão fotográfica a jacto de tinta sobre papel, 6 fotografias, Photo Luster, 250gr, 60x60cm

ANTÓNIO DELICADO

“… PELA TUA LUZ VEMOS A LUZ”

Na pintura sempre me apaixonou a forma como a luz incide sobre ela - a luz nos museus e nas galerias, a luz das velas e dos vitrais nas igrejas. Essa luz interage e integra-se na pintura dando realce a texturas, definindo mais fortemente determinadas áreas, inserindo por vezes manchas brancas e ofuscantes que nos obrigam a mudar de posição para a olhar.

Quando, no Mosteiro de Tibães, vi as Cenas da Paixão de Cristo*, a luz reflectia-se fortemente sobre as pinturas. Em algumas delas incidia sobre o rosto de Cristo, noutras incidia sobre outros locais da imagem, conferindo-lhe a todas uma aura de irrealidade, provocando (me) uma leitura quase mística.

Quis transportar para este trabalho fotográfico a sensação que o momento me transmitiu. Cristo é a Luz, e ao olhar para a Sua Face é Luz que vemos, Luz que nos ofusca, que nos guia, Luz que se projecta em nós, Luz que nos ilumina.

“Em Ti está a fonte da vida, e pela Tua luz vemos a luz”, Salmo 36, 9

*Mosteiro de Tibães, Braga. Retábulos em madeira pintados a óleo por pintor desconhecido da 2ª metade do séc. XVI, provenientes do Antigo Convento das Ursulinas em Anadia, pertencentes ao Museu Nacional Machado de Castro, Coimbra.

Nasceu em 1945 em Lisboa, onde vive. Arquitecto por formação, faz fotografia desde 1965, tendo começado por encarar a produção fotográfica como um objecto/ meio de produção da arquitectura. Desenvolve uma actividade com carácter mais intenso e constante a partir de 2002. Tem participado em inúmeras exposições, em colectivo ou individualmente, tendo também fotografias suas integradas em livro. É frequentador assíduo de diversos cursos de fotografia e de cinema na Ar.Co, FCSH-Universidade Nova de Lisboa, Atelier de Lisboa, procurando não só um complemento teórico para esta actividade mas também – se não o mais importante – uma formação abrangente que lhe permita encarar este meio de uma forma sistematicamente ampliada.

ANTÓNIO DELICAD

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CARLOS CARVALHO

Another Time

Another Place I Fotografia, 40x50cm, 2023

As imagens fotográficas, como aliás todas as imagens, podem e devem aspirar à ficção, não sendo meros reprodutores dos referentes que estiveram na sua origem. Mais do que reproduzir realidades, podem/ devem criar outras realidades. É essencialmente o vínculo das fotografias que apresento… em que a possibilidade plástica da imagem é a sua razão de ser e matéria constituinte, indo para além daquilo que representa.

Licenciatura em Arte Multimédia: Faculdade de Belas Artes –Universidade Lisboa.

Curso de Formação Artística em Desenho – SNBA Curso de Formação de Formadores do IEFP

ATIVIDADES

Expõe Artes Plásticas e Fotografia, individual e colectivamente, desde 2004.

Assegura curadoria de exposições desde 2015

Coordenador e docente do Curso de Fotografia e de Projecto Artístico em Fotografia da Sociedade Nacional de Belas Artes, desde 2015 até à actualidade.

Animador, em paralelo, de diversas iniciativas e formações no domínio das Artes Visuais.

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CARLOS CARVALHO

DIOGO ROSA

Sissi

Mármore e ferro oxidado, 90x60x60cm

É na depuração das formas e na geometria que encontro a essência das minhas Esculturas. Elas procuram transmitir harmonia, simplicidade e convite à contemplação. São por isso, no geral de grande simplicidade, sendo as minhas principais referências C. Brancusi

António Diogo Rosa é arquiteto, desenvolvendo atividade como artista plástico nos campos da escultura, pintura, fotografia e instalação.

Participa com regularidade em exposições individuais e coletivas. Integra o Centro Internacional de Escultura, tendo participado por diversas vezes no Sintra Arte Pública que tem lugar na Volta do Duche desta vila.

Participou em intervenções artísticas de âmbito social nomeadamente em bairros problemáticos.

Na escultura cerâmica tem desenvolvido trabalhos de simbiose entre o humano e o animal, sendo este tema transversal a outros trabalhos que tem realizando.

Coordena conjuntamente com a escultora Sandra Borges, o ciclo de exposições “Convergências” em Lisboa, Almada, Porto e mais recentemente em Alpiarça.

“Os Sítios de…” em Tomar, são também uma criação da equipa Convergências, em articulação a C.M.T. e o Grupo de Artes de Tomar.

DIOGO ROSA

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ELSA FIGUEIREDO

Porcelain Moon (de parede em placa de acrílico)

Conformação de rolos em molde/porcelana branca e azul vidrado, 65x40cm, 2020

O meu trabalho foca-se na investigação de contrastes entre texturas e luz.

Numa relação muito próxima com as formas observáveis no mundo natural, as minhas cerâmicas revelam as marcas de um processo criativo experimental. Começa por um processo técnico mais controlado, consciente do comportamento dos materiais cerâmicos durante a conformação estando, no entanto, aberto aos imprevistos resultantes da combinação de diferentes materiais e vários tipos de queima. Os materiais são manipulados até revelarem a sua força interior, num diálogo específico que o fogo fixa em peças que procuram a ambígua energia dos elementos, tão contrastantes quanto complementares. Assumo assim, a busca por um equilíbrio que funde vida, criação e natureza.

Nasceu em Lisboa em 1966. Completou o Plano de Estudos Básicos em Cerâmica, na Ar.co (1989/1992) e começa a trabalhar em ateliê próprio. Continua a sua formação realizando o Curso de Iniciação ao Desenho na S.N.B.A., em Lisboa; aprende pintura em azulejo na E.S.B.A.L. e estagia em porcelana no estúdio de um artista. Começa a sua pesquisa na área das queimas alternativas, explora a introdução de outros materiais e ainda a arquitetura de terra; participando em vários workshops, simpósios e congressos em universidades e museus. Em 2005 concluí o Curso de Monitores de Expressão Plástica na Fundação Calouste Gulbenkian e em 2013 a licenciatura em Animação Sociocultural no ISCE.

Participa regularmente em exposições e bienais e tem o seu trabalho representado em várias coleções. Cria projetos na área da cerâmica e expressão plástica, que aplica em escolas, museus e outras instituições. É professora na Ar.co desde 2005; ensina iniciação à cerâmica e acompanhamento de projetos no seu ateliê.

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ELSA FIGUEIREDO

ELSA FIGUEIREDO

Self

Instalação fotográfica com 18 imagens, 3 de 60x40cm, 15 de 15x10cm

Elsa Figueiredo, Nasceu em Covilhã em 1962, Vive em Lisboa. Licenciada em Medicina Veterinária em 1988. Artista visual, com formação livre. Há 10 anos descobriu a sua paixão pela fotografia, uma das atividades que mais a entusiasma e emociona. Este seu interesse pela fotografia levou-a a fazer várias formações em Portugal, Inglaterra e Brasil.

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS

- Arte graça , Lisboa, Portugal - Realidades encontradas

Realidades sonhadas #1, “Tu e eu somos quatro” ( 25 janeiro05 Fevereiro de 2023 )

- Exposição final de ano dos alunos Sociedade Nacional de Belas Artes, (2019/2020, 2020/2021,2021/2022)

- Expo Dubai 2020, Portugal Pavilion, Dubai, UAE - Portuguese Photography exhibition, Longing.Image, curated by Francisco Lacerda- 26/31 March/2022

- Xuventude de Galicia - Centro Galego de Lisboa: 7 projectosUtopia ( 22/janeiro-05 fevereiro de 2022); “Seeing ourselves”

- Véus ( 14-26 de Fevereiro de 2022); “Em pé de igualdade” ( 05 a 19 de março de 2022); “Dupla exposição” ( 29 de setembro a 04 de outubro 2022) . 11 projectos - Meu lixo ( 06 a 11 de outubro 2022)

- Câmera Criativa Escola de Fotografia e Arte, “Fotografia & arte” (fevereiro 2021)

- Acert - Tondela, Portugal, “Aproximar-nos do caos com umas lentes que permitam ver melhor o que isso é” ( fevereiro 2019)

- Oficinas de formação e Animação Cultural - Aljustrel, Portugal (2020 e 2021)

ELSA FIGUEIREDO

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O cancioneiro da cabra

14 grupos ( cone de cerâmica, pau de videira, fio de algodão, badalo de barro negro, tinta da china sobre papel-leque)

Dimensões variadas, 2021

ELSA GONÇALVES

Cancioneiro da cabra

Os chocalhos instrumentos de domínio, mas também música para os humanos através dos caminhos outonais aleatórios imprevistos e acidentais. As pinturas caligráficas da Elsa, entre o finito e o infinito, entre o céu e a terra, representam esses percursos. Como o canto dos pássaros na solidão da paisagem aproximam-nos ao desconhecido.

Joaquim Pimentão, Dezembro 2021

Nasceu em Lisboa, Portugal, em 1956

A partir de 1986 fez formações diversas ligadas ao Ensino pela Arte, e à escultura cerâmica e em pedra. Em 2000 licenciou-se em Artes Plásticas – Escultura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.

Participou em Simpósios Internacionais de Escultura e em exposições colectivas desde 1984.

Realiza exposições individuais desde 1992.

Professora de Cerâmica na Escola Artística António Arroio desde 2001.

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ELSA GONÇALVES

Planos

Óleo e acrílico sobre tela, 140x110cm, 2022

ENGRÁCIA CARDOSO

Engrácia Cardoso (Tomar 1976)

Vive e trabalha em Lisboa. Mestre em Artes PlásticasPintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e licenciada em Desenho pela Escola Superior Artística do Porto.

Desde 2002 desenvolve trabalho para exposições individuais e coletivas.

Em 2023 O Tempo para fazer nascer, Galeria na Montra, Caxias; Chão, Palacete de Santiago (M.A.S.)

Guimarães; Galeria e GMA, Guimarães e no CPS, Centro Cultural de Belém.

Em 2022, Instalação Lost Property no Hangar do Antigo

Quartel GNR, Largo Residências, Lisboa; Complexo Cultural da Levada, Tomar; Galeria na Montra, Lisboa; Convívio, Associação Cultural, Guimarães; Arte na Paisagem, Guimarães, Poemas ao Vento, Jardim Campo Mártires da Pátria, Lisboa.

Participou em residências artísticas: Weg Mit Kunst, Kaiserslautern, Alemanha, 2014, 2009 e 2005; Jumelles, Compiègne, França, 2006.

Participa nas exposições e apoia a curadoria no projeto Convergências desde 2018.

Produziu a instalação Migrações-Teleférico Dinâmico - Capital da Cultura, 2012 Guimarães; Galeria de Arte, Abrantes 2011; MV / C + V, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, 2009; Fundação do Prémio La Caixa, Barcelona, Espanha 2008; Prémio Amadeu de Souza-Cardoso, Amarante; Bienal de Cerveira, 2007; Biblioteca Nacional, Lisboa, 2005; VIII Prémio Fidelidade, Culturgest, Porto, 2004; VIII Prémio Fidelidade, Culturgest, Lisboa, 2004.

Selecionada para- II Bienal de Desenho de Almada, 2018; Prémio Paula Rego - Casa das Histórias, Museu Paula Rego, Cascais 2016 e Fundação do Prémio La Caixa, Barcelona, Espanha, 2008.

Expôs em Universidade Aveiro, O Desenho Como Pensamento,2023; Bienal internacional de Espinho, 2023; Bienal Internacional de Cerveira 2017e 2019; Colônia e kaiserslautern, Alemanha, 2018 Casa das Histórias, Cascais, 2016; Bienal de Arte Gaia e Fundação José Rodrigues, Porto, 2015.

Vencedora - Bolsa Prémio Viagem Henrique Silva, Bienal de Cerveira em 2008/2009 e do VIII Grande Prémio de Pintura Fidelidade Mundial, 2004.

Está representada em coleções particulares, publicas, nacionais e internacionais.

ENGRÁCIA CARDOSO

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HEITOR FIGUEIREDO

Perfil Perfil quadrado de barro vermelho, vidrados e madeira, 136x64x26cm

A arte existe para que a realidade não nos destrua” – Nietzsche

Nasce em Braga em 1952. Conclui o Curso de Cerâmica da Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis e da Cooperativa Árvore, Porto. Foi aluno da Escola de Belas Artes na mesma cidade.

Realizou um estágio de cerâmica no CENCAL, Caldas da Rainha, com os ceramistas Francis Behets, Erich Hebberling, Xoan Viqueira, Senya Sonob e Yuji Terashirna. Frequentou os Encontros de Verão na Fábrica de Sargadelos, orientado pelo ceramista Arcádio Blasco, em Sargadelos, Espanha. Fez estágio de cerâmica com o escultor Emidio Galassi na Escola Textura, em Gijon, Espanha.

Também fez estágio, desta feita sobre roth e esmaltes na Escola La Bisbal, em Girona, Espanha. Participou em Workshops com os escultores Emidio Galassi e Iozune Ruiz, em Arte Aperto, em Faenza, Itália, e na Casa dos Oleiros com os ceramistas Aline Favre, David Roberts e Jorge Mealha, na cidade de Lagos.

Participou no X Simpósio de Esculturas em Terra, Oficinas do Convento, em Montemor-o-Novo. Participou também na Oficina Experimental Forno-Escultura com os ceramistas Nina Hole e Claus Hansen, na cidade de Montemor-o-Novo. Participou igualmente na Feira Internacional de cerâmica Milenium, em Amesterdão, Países Baixos.

Colaborou no II Simpósio de Esculturas em terra, Habitar 2001, Montemor-o-Novo. Participação no Simpósio Internacional de Cerâmica no Falmouth College of Arts, Falmoth, Inglaterra. Participação na sétima Beca Alfonso Arisa, La Rambal, Córdova, Espanha. Várias exposições e prémios.

HEITOR FIGUEIREDO

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KERK

Tesouro Escondido I

Técnica mista, acrílico s/tela 1000x1000mm, 2023

Kerk com as suas obras desafia revelar diante dos seus olhos, um universo onde o “In-Visível” dança em perfeita harmonia, celebrando a magnífica beleza da flora marinha. Nestas obras mágicas, a superfície da água captura a luz do sol, refletindo cores vibrantes que se entrelaçam com a vida marinha oculta.A flora marinha é a protagonista da cena, exibindo sua majestade em formas e tons que parecem saídos de um sonho. Folhas dançam com a corrente, enquanto delicadas flores e corais emergem para saudar a luz que penetra suavemente através das ondas. Mas, além do que os nossos olhos podem contemplar, há um mundo invisível, um tecido micros- cópico de algas e microrganismos que nutrem e sustentam essa maravilhosa criação submersa.Através das suas obras, a artista volta a desafiar o observador a apreciar a beleza não apenas no que é óbvio, mas também naquele segredo escondido aos nossos olhos. A riqueza da vida marinha reside na simbiose entre o visível e o invisível, uma sinfonia invisível de interações que criam um ecossistema de equilíbrio e interdependência. As pinceladas delicadas retratam esse mistério, revelando como a natureza é mestra em criar conexões “In-Visíveis”, onde cada elemento desempenha um papel vital, mesmo que não seja imediatamente aparente. É uma celebração da complexidade e da perfeição da natureza, um convite para que o espectador perceba a subtileza e a profundidade de cada pormenor.Assim, as suas obras convidam-nos a refletir sobre a beleza e a maravilha da vida marinha, explorando o visível e o invisível como dois lados de uma mesma história, onde cada traço e cor se unem para compor um cenário de pura magia e encantamento. E ao contemplar essa obra-prima, somos lembrados da preciosidade dos ecossistemas aquáticos e da importância de preservar esse tesouro escondido que sustenta a vida em nosso planeta.

Paula Albuquerque adotou o nome Kerk para assinar as suas obras. Nasceu em Lisboa em 1968. Licenciada em Design. Bacharelato em Design de Moda 1992–Designer de moda.1992–Monitora de cursos de formação profissional. 1994/95–Docente de Educação Visual e Tecnológica.1996–2023 Designer gráfico paralelamente com a pintura.COLETIVAS| 2023 – Piscinas Oceânicas–Oeiras; 2022 – Complexo Cultural da Levada, Tomar; 2018 – Galeria Sta. Catarina, Lisboa; 2017 – Galeria RA–100, Arroios; 2017 – Oficina de Cultura, CMAlmada; 2016 – Galeria Arte Graça, Lisboa; 2015 – Campus da Justiça, Parque das Nações, Lisboa; 2014 – IPDJ, Parque das Nações; 2013 – A Galeria, Parque das Nações; 2013 – IPDJ, Parque das Nações; 2002 – Univ. ISCTE; 1999 – Soc.de Jovens Empresários, ANJE; 1994 – Galeria Municipal de Almada. INDIVIDUAIS| 2019 – Restaurante

Bistro, Mercearia do Prato, Arruda dos Vinhos; 2019 –Restaurante Stasha, Bairro Alto; 2018 – Galeria Municipal de Arruda dos Vinhos; 2017 – Campus da Justiça, Parque das Nações, Lisboa; 2015 – Galeria Arte Graça, Lisboa; 2013 –(CML), Campo Grande; 2013 – Restaurante Brasileiríssimo, Parque das Nações; 2002 – (CMLisboa); 2000 – Companhia dos Carris de Ferro de Lisboa (CARRIS). ARTE PÚBLICA|

1998 – Pintura/escultura, Inaugurada na Cordoaria Nacional e itinerante até 2000 em: Estações Metropolitanas: Cais do Sodré e Alameda. Centros Comerciais: Colombo e Fonte Nova; Estações (CP): Rossio e Santa Apolónia. Escolas Secundárias: Sagrado Coração de Maria e Telheiras; Junta de Freg. de S. João de Brito; CMLisboa; Feira Popular de Lisboa; Aeroporto da Portela (Lisboa).

31 KERK

LUÍS VIEIRA BATISTA

Fernando Pessoa e o Chevalier de Pas Acrílico e pastel sobre madeira, 130x9cm, 2008

O trabalho “Fernando Pessoa e o Chevalier de Pas” reflecte o conceito de heteronímia numa interpretação plástica, pois o heterónimo é indissociável do seu autor. O “Cavaleiro de Nada” é o seu criador (Fernando Pessoa escreveu ser este o seu 1º heterónimo, criado para escrever a si próprio cartas em francês quando vivia na RSA, em Durban), trajando à “D’Artagnan”.

“O Corpo Físico e Astral” faz parte da série “A Vida em Nós” realizada para a Fundação

D.Luiz I/CC de Cascais em 2018. O corpo físico é o invólucro da Vida, sendo a sua essência representado pela consciência, cristalina, onde evoluem os meridianos energéticos denominados chakras.

Nascido em Lisboa em 1954. Frequentou o curso de Desenho como Modelo na SNBA. Expôs individualmente pela primeira vez em 1975, na Galeria do Casino Estoril.

Na década de oitenta foi viver para a Suiça, onde começou verdadeiramente uma carreira artística internacional: Zurique, Genebra, Paris, Roma, Toronto, Nova Iorque, etc.

Regressou a Portugal em 1990, portador do conceito estético por si criado, o Visionismo.

No ano 2000 foi lançado na Feira Internacional de Arte Contemporânea (Parque das Nações, em Lisboa), o livro/álbum monográfico 'Visionismo ou as Sincronias do Acaso', pela Hugin Editores.

Em 2021, a Sociedade Estoril Sol editou o segundo álgum monográfico referente às pinturas visionistas do séc. XXI.

Foi condecorado com a Medalha de Mérito Cultural, grau Ouro, pela Câmara Municipal de Oeiras, em 2003, depois de edificar o monumento À Porta do Mar: Nave Visionista.

Desde 2017 que o Salão Nobre da Fundação Marquês de Pombal leva o seu nome, com obras suas em expsoição permanente.

LUÍS VIEIRA BATISTA

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PAUL MATHIEU

Indian 70x70cm, 2020
Rituel

De nacionalidade Belga nasceu em Bruxelas em 1953. Radicado em Portugal desde 1979 desenvolveu um trabalho notável no campo das artes plásticas, tendo um publico fiel e apreciador cada vez mais numeroso. Vários críticos de arte escreveram sobre as suas obras: Eurico Gonçalves, Margarida Botelho, Lurdes Ferias, Edgardo Xavier, Rodriguez Vaz e Lina Cruz-Pinto.

Fez mais de 45 exposições individuais, salientando nos últimos anos:

1998 - Expo 98, pavilhão da Bélgica.

1999 - Galeria Municipal Artur Bual, Amadora.

2000 - Museu da Agua, Lisboa.

2001- Galerie Artitude, Paris.

2003 - Centro Arte São Bento Lisboa.

2008 - “30 anos de pintura” antológica na Mãe de Agua das Amoreiras, Lisboa.

2010 - "Percursos da Luz" Galeria CNAP, Lisboa.

2011 - "Contraste Atmosphérique" Galeria Paula Cabral, Lisboa.

2013 - “Os fenómenos atmosféricos na arte abstracta” Galeria Municipal, Sintra.

2014 - “Golden Lights” Centro Cultural da Comporta.

2015-“Ecletismo Romântico” Galeria CNAP, Lisboa.

PRÉMIOS:

1991 - “Obra de Mérito”-1ª Feira Internacional de Arte, Port’Arte 91, Portimão.

1996 - Menção Honrosa” - 1ª Bienal Cardoso Lopes, Amadora.

1998 - Medalha de Prata na 6ª Bienal do Rótulo Artístico do Diário de Notícias (Centenário do Champagne Raposeira)

2002-VII Bienal de Artes Plásticas Prémio Vespeira, Montijo, seleccionado em pintura.

2004 - VIII Bienal de Artes Plásticas Prémio Vespeira, Montijo, seleccionado em pintura e fotografia.

2008 -1ª Bienal Internacional de artes Plásticas Prémio Vespeira, Montijo, seleccionado em fotografia.

2009 - 7º Prémio Amadeu Sousa Cardoso, Amarante, seleccionado em pintura.

BIBLIOGRAFIA:

2008 - “Paul Mathieu Artista Plástico Uma Escolha de Vida” escrito pelo próprio e editado pela EPAL, Museu da Agua, Lisboa.

REPRESENTAÇÕES:

Em 9 museus e ministérios assim com em 17 empresas de renome.

Manufactura de Tapeçarias de Portalegre: -Execução de duas tapeçarias em 2004/2005

PAUL MATHIEU

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RICARDO GIGANTE

A VIAGEM II

Escultura em mármore e madeira 1,20x0,86x0,13cm

A escultura tem ao longo da História e da Civilização Humana sido utilizada como veiculo do poder individual e coletivo de vários povos. A contemplação da escultura pelo homem, desde sempre foi acrescida pela sua tridimensionalidade e pela ocupação de um espaço físico. A sua narrativa acresce ao seu admirador um compromisso de interesse em acompanhar a criação do artista nos vários desafios temáticos que lhe são lançados.

Ricardo Gigante nasceu em Vila Viçosa.

Realizou três dezenas de exposições individuais (em Portugal e Espanha) e está representado em importantes colecções como: Museu de Arte Contemporânea de Moscovo – Galeria Status Crosna (Rússia); Grundfos, SA (Dinamarca); Convento de San Francisco, Badajoz (Espanha); Ayuntiamento de Punta Umbria (Espanha); Museo Municipal Lopez Villaseñor de Cuidad Real (Espanha); Banco Bilbão-Vizcaya, Lisboa; Edinfor – Sistemas Informáticos, SA, Lisboa e Siemens, Lisboa.

Participação em mais de duas dezenas de simpósios nacionais e internacionais, Obra pública nomedamente: “Tlaloc – Deus da Chuva”, Parque de Esculturas de Saint Pont de Thomière, Castre (França); “Sem título”, Vila Sol Spa & Golf Resort, Vilamoura; “Quatro Caminos”, Olivença (Espanha); “Rainha”, Nisa; “ Rainha Santa Isabel”, Pousada de Estremoz; “Parceria”, Vila das Aves, Guimarães;“Levantado do Chão”, Museu da Guarda.

Prémios: Prémio do Concurso de Embelezamento de Espaços Escolares – Escola António Augusto Louro, Seixal, VIII Prémio Ibérico de Escultura – Prémio Torre Almenara, Punta Umbría, (Espanha) e X Prémio “López Villaseñor de Artes Plásticas”, Ciudad Real, (Espanha).

RICARDO GIGANTE

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RUI GAIO

Everyday machine Instalação audio visual

Rui Gaio, pianista e compositor, recria ambientes e objetos sonoros com sintetizadores misturando-os depois com piano e voz.

Natural de Tomar e residente em Lisboa, acolheu recentemente a imagem em movimento como componente das suas criações, combinando captações visuais com a sua música e publicando-as enquanto peças audiovisuais musicais, os everydays.

RUI GAIO

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Ruído

Instalação de elementos cerâmicos em grés, dimensões variáveis, 2023

SANDRA BORGES

Formalmente, a série que a artista se encontra a desenvolver pede emprestado a uma forma de comunicação mais recente – os emojis – a utilização do rosto humano nos seus elementos fundamentais – os olhos, nariz e boca – para convir uma determinada emoção ou significado. A intenção é a de criar um contexto onde a escultura apresenta ao observador um determinado conceito ou discurso que pode ser interpretado de diferentes formas pelo observador, embora balizado pelo pathos representado. Estes vários níveis de significação provém tanto da relação do objecto com o espaço, da própria leitura que o observador faz, mas também pela interpretação da expressão facial, forma de comunicação não verbal que é tão necessária ao ser humano ao ponto de ter havido a necessidade de criar um léxico específico para preencher as lacunas da escrita nas interações quotidianas actuais.

Sandra Borges nasce em 1979 em Lisboa. Termina o curso de Escultura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa em 2006 e o estágio profissional com o Centro Internacional de Escultura –Odrinhas, Sintra, em Fevereiro de 2009.

Expõe desde 2004 em várias exposições colectivas e individualmente desde 2012.

Participou em simpósios a nível nacional e uma residência artística em França, tendo obra pública em vários locais de Portugal e em França.

Desde 2019, colabora na organização do ciclo de exposições Convergências e Os Sítios de…

Em 2021 recebe o 2º Prémio de Instalação na 4.ª Bienal de Arte de Salerno, Itália.

SANDRA BORGES

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Conduzes ou és conduzido?

Instalação produzida a quatro mãos com Leon constituída por muitas pequenas peças

STEFANIA BARALE

"CONDUZES ou ÉS CONDUZIDO?"

Esta pequena escolha determina a tua vida.

Nasceu em Itália, em 1974. Actualmente vive e trabalha em Lisboa. É licenciada em Escultura pela Faculdade de Belas Artes (FBAUL).

Em 2003 foi bolseira na XXXI Experiência Sargadelos, onde desenvolveu um projecto de escultura, Galiza-Espanha.

Em 2004 participa como Artista convidada na X edição da Bolsa Alfonso Ariza onde desenvolveu um projecto de escultura e instalação, na Rambla, Cordoba-Espanha.

Em 2009 ganha o primeiro prémio de Instalação da Fundação Inatel, Lisboa.

No mesmo ano foi directora da equipa editorial e de produção da revista Marte n.º4, Da Criação Artística à Intervenção Espacial.

Em 2016, representa Portugal no evento “Argillá”.

No mesmo ano foi curadora do grupo de Representação Portuguesa de Cerâmica, com o apoio da Entidade Nacional de cerâmica Italiana.

STEFANIA BARALE

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ser jarra

Pode

Grés salgado, pastas recicladas com vermiculita, Dimensão aproximada

57x14x13 cm, 2022

VÍRGÍNIA FRÓIS

Escultora, Investigadora Vicarte/FBA.UL.

Fundadora da Associação Oficinas do Convento (1996) em Montemor-o-Novo, e do Centro de Artes e Ofícios de Trás di munti (2009) em Cabo Verde, onde realiza atividades no âmbito da etnocerâmica Guardar águas ( 2006 a 2022) com destaque para o Projeto Ar no Mar (2014).

Expõe em Portugal e no estrangeiro onde se destacam (E) vocações no Mosteiro de Alcobaça (2003), Projeto Ressonâncias realizado no Brasil (2012) e Cidadãos (2017) nos Museu do Azulejo em Lisboa e no Museo Nacional de Artes Decorativas, Madrid, e WAH, na Fundação Eugénio de Almeida, Évora (2018).

Participação na Bienal de Cerâmica Artística de Aveiro (2019) como artista convidada, Projeto Guizos.

Exposição A persistência da matéria: 20 anos VICARTE, Museu do Vidro na Marinha Grande com a obra Pneuma (2022).

VÍRGINIA FRÓIS

Exposição MATER no Pavilhão Branco do Museu da Cidade, Lisboa (2023)

45

Horário Terça a sábado das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00

Encerra aos domingos, segundas e feriados.

D.
Oficina de Cultura Av.ª
Nuno Álvares Pereira, 14 M 2800-174 Almada Tel.: 21 272 40 50

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