CULTURA
27 horas em 4 dias
no Convento com
ÓPERA CÓMICA ORQUESTRA ANIMAÇÃO MUSICAL
sábados
DIAS 23 E 30 JULHO DIAS 6 E 13 AGOSTO 1
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Música no Convento Almada convida-o/a passar nestes dias estivais pelo Convento dos Capuchos, onde entre 23 de julho e 13 de agosto vai usufruir de ópera, música sinfónica e de câmara, teatro, poesia e concertos especialmente dedicados a famílias. Sempre nas tardes e noites de sábado. A VI edição do Ciclo de Música no Convento dos Capuchos tem este ano uma temática inspiradora – a mulher na conceção da obra musical – oferecendo um programa eclético, capaz de tocar vários públicos. O objetivo é que as pessoas se apropriem dos diferentes espaços do Convento e o (re)descubram, potenciado pela música e pela partilha deste lugar privilegiado. Na igreja, no adro da igreja, no auditório, nos claustros, nos jardins, em todos lugares se oferecem motivos que nos prendem ao chão. É que, para além da música, da poesia, do teatro, aqui também se saboreia o som do silêncio, nomeadamente nos jardins, que nestes dias se transformam com uma iluminação cénica única para quem ficar até ao fim da noite. Um ciclo de música imperdível, aos sábados, no Convento dos Capuchos, para fruir e partilhar. Porque só assim faz sentido apreciar as coisas boas da vida. A Câmara Municipal Municipal de Almada
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Um Festival de Música no Feminino É para nós um grande prazer e uma enorme responsabilidade organizar este Ciclo de Concertos nos Capuchos, iniciativa que surgiu de um convite da Câmara Municipal de Almada após um período bastante longo em que fomos trabalhando e apurando conjuntamente vários projectos. Prazer e responsabilidade suscitados por um conjunto de factores, qual deles o mais relevante: – o contexto sócio-cultural muito particular do município de Almada, palco de alguns dos mais prestigiados eventos na área do espectáculo e que exibe os mais significativos índices de frequência de público no contexto nacional; – o excepcional elenco artístico que apresentamos, com valores firmados no panorama clássico nacional e internacional a par de jovens promessas que são já óbvias concretizações; – a mística muito especial do próprio Convento, espaço privilegiado para a contemplação do belo, a fruição dos silêncios e dos sons; – a consciência profunda – e o desafio que dela emana – de que este espaço albergou aquele que foi o Festival de Música erudita de referencia no país ao longo das suas 21 edições, crescendo, em cada uma delas, em qualidade, inovação e capacidade de surpreender e cativar sucessivas gerações de ouvintes.
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Partimos, assim, para este projecto com uma forte premissa, que corresponde à nossa missão como empresa cultural: a vontade de abrir novos canais de comunicação, esse fluir essencial que só a grande arte proporciona. Comunicar é “fazer comum”, património de todos, da comunidade. É assim que no centro da nossa intervenção colocamos a interacção com a comunidade - que desejamos se aproprie do espaço do Convento, aberto e exposto ao seu usufruto, como também da nossa programação – pensada para um público eclético e variado nas múltiplas vertentes ocupacional, nacional, cultural e etária. A concepção do Ciclo como Jornadas Culturais, integrando, em cada dia, vários concertos e outras intervenções artísticas é uma linha de força que constituirá, certamente, uma das suas mais-valias.
– a mulher mecenas, A Troca das Princesas – a mulher festiva, Graças e Musas – a mulher metafísica, A Donzela e a Morte. E para que seja completa esta festa dos sentidos, não faltarão os sabores do Convento para saciar a apetite e a sede dos mais assíduos dos nossos convidados. Resta-nos esperar que a resposta e o envolvimento do público, ao longo de todos os eventos, neste percurso onírico que lhe propomos – musical / cultural – compreendendo um conjunto de manifestações – ópera, concertos, performances, exposições – seja proporcional ao esforço e entusiasmo que investimos. Para nós e todos os artistas e outros profissionais participantes será essa a melhor recompensa no final da jornada. A Equipa de Musicamera Produções
Visamos induzir uma vivência única do espaço, palco preferencial para a fusão de vertentes patrimoniais tanto materiais como intangíveis – o Convento e a grande Música. Uma outra orientação é a unidade temática escolhida que faz deste Ciclo uma celebração da Mulher e do Feminino na arte musical: – a mulher no sagrado, com a celebração musical da Virgem, – a mulher inspiradora de paixões e êxtases artísticos, Por Amor de Clara Wieck ou A Mulher em Poesia e Música – a mulher rebelde, La Serva Padrona
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Um convento que acolhe Desde há muitos anos que o Convento dos Capuchos se tornou uma referência na oferta cultural proposta pelo Município de Almada. A memória do Festival de Música dos Capuchos impôs-se como o paradigma de um diálogo estreito entre a música, o espaço e outras linguagens artísticas, motivando a uma intervenção no espaço conventual que, desde o ano de 2001, procura valorizar as suas valências como um equipamento cultural ao serviço da comunidade. O espaço que hoje vos acolhe é fruto de uma longa história, ligada a um movimento de renovação religiosa iniciado na Serra da Arrábida por um frade português, Fr. Martinho de Santa Maria, em 1539. Na sua origem, estava a urgência sentida pelo seu iniciador de um regresso a uma observância mais rigorosa da pobreza proposta por S. Francisco de Assis aos seus discípulos. A Fr. Martinho, juntar-se-iam outros frades, entre os quais o futuro S. Pedro de Alcântara, com a ajuda do qual se redigiriam os primeiros Estatutos arrábidos. Neles repassava o desejo de uma vida pobre, austera, de radical fraternidade, equilibrando a vida pastoral com a penitência e a contemplação. Tudo isto exigia a procura de lugares retirados, propícios ao silêncio e à oração, mas não muito longe dos povoados onde os frades deviam exercer o seu apostolado e mendigar o que faltasse à mesa comum. Os conventos deviam respirar em tudo essa tão desejada pobreza: nos seus traços, nos materiais utilizados, na simplicidade das formas e humildade dos volumes, no afastamento de qualquer luxo, inclusive nos espaços e alfaias de culto. Aprovada pela Ordem em 1542, a reforma arrábida depressa atraiu adeptos mas também patronos, quase sempre bem abastados, que permitiram a rápida expansão do movimento e a multiplicação do número de conventos que, duas décadas depois, atingiam já uma dezena. É nesta fase de expansão que se dá a fundação do convento dos Capuchos, no termo de Almada. A escolha dos frades recairia primeiramente sobre o lugar de Murfacém, onde se instalam em 1550, em espaços da actual Quinta da Conceição, então na posse de Lourenço de Sousa, aposentador-mor do rei. Oito anos volvidos, desejando lugar mais saudável e de maior recato, viriam a transitar para a sua actual localização, no cimo da colina do Outeiro ou da Descida, sobre as escarpas da Caparica. O seu novo patrono, Lourenço Pires de Távora, também ele uma figura da nobreza de Corte intimamente associado ao serviço régio, lograria a rápida construção do novo convento e faria uso das suas ligações junto da Corte Pontifícia para obter importantes privilégios para esta nova casa. Caberia, aliás, a este embaixador português em Roma um papel importante na obtenção da bula que, em 1560, elevaria os conventos arrábidos a Província, garantindo assim a sua autonomia e pleno reconhecimento.
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O Convento dos Capuchos da Caparica sofreria importantes obras de ampliação ao longo dos séculos XVII e XVIII, tanto nos espaços conventuais como na igreja. Extinto em 1834, todo o edificado entraria num rápido processo de degradação, agravado pela pilhagem do seu recheio e pela sua utilização das suas dependências para fins habitacionais e de apoio à actividade agrícola. Seria necessário esperar pelo ano de 1950 para que a Câmara Municipal de Almada lograsse comprar o imóvel, iniciando uma intensa campanha de obras em ordem a recuperar o que restava do convento e transformá-lo num espaço ao serviço do concelho. Novas campanhas de obras, ocorridas entre os anos 2000-2001, viriam, por um lado, restituir o convento no que era ainda possível divisar das suas estruturas originais, adaptando-o, ao mesmo tempo, às suas funcionalidades como espaço público de oferta cultural. O convento que hoje acolhe quem o visita é, pois, fruto de todo este percurso. Desaparecido todo o seu primitivo recheio, é sobretudo o edificado que ainda hoje fala de pobreza e simplicidade, de uma sóbria austeridade e, ao mesmo tempo, dessa procura de silêncio e de um ambiente propício a uma fruição contemplativa das coisas. O que se tem vindo a programar procura valorizar esta herança e, ao mesmo tempo (re)pensar as formas de preservação, fruição e intervenção criativa neste antigo espaço conventual. Esse será o tema das II Jornadas dos Capuchos, para as quais estais desde já convidados, a decorrer nos próximos dias 28 e 29 de outubro. João Luis Inglês Fontes
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I
Sábado, 16h00 - Claustro
no tempo em que os instrumentos falavam Concerto para famílias
I 23 julho
Joana Amorim, flauta traverso Joana Bagulho, cravo F. Pedro Oliveira, actor (Burney)
Carl Philipp Emanuel BACH [1714-1788] Allegretto da Sonata de Hamburgo
Jean Baptiste LULLY [163-1687] Marcha para a Cerimónia dos Turcos (excerto)
Johann Sebastian BACH [1685-1750] Ária das Variações Goldberg
François COUPERIN [1668-1733] Sarabande
Georg Philipp TELEMANN [1681-1767] Minueto da Fantasia nº 5 em Dó Maior
Michel BLAVET [1700-1768] Tambourin da Sonata III La Phérouville
Carl Philipp Emanuel BACH [1714-1788] Rondó da Sonata de Hamburgo
François COUPERIN [1668-1733] Minueto das Pièces de Clavecin
Antonio VIVALDI [1678-1741] Primavera d’As Quatro Estações do Ano (excerto) 1º andamento de Il Cardellino (excerto)
Michel BLAVET [1700-1768] Giga da Sonata III La Phérouville
Arcanjo CORELLI [1653-1713] La Follia
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É sempre a mesma coisa! Charles nunca chega a horas! Mas nunca! Será esta a famosa pontualidade britânica? Esperamos um pouco, só mais um pouco …. A sala começa a ficar irrequieta e as duas artistas em palco hesitam se hão-de começar o espectáculo sem ele. Que tristeza fazer o espectáculo sem as histórias de Charles Burney! Ele sabe tantas coisas e é muito divertido. O espectáculo assim não vai ter a mesma graça. Bom, mas vão tentar e fazer o seu melhor. Preparar as músicas nas estantes, silêncio, concentração … O espectáculo começa. Mas eis que Charles Burney irrompe pela sala, sempre ofegante e vindo de onde menos se espera! Ah, assim é melhor. O espectáculo, agora, pode mesmo começar!
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II
Sábado, 18h00 - Igreja
Johann Sebastian BACH [1685-1750]
duo contracello
(instrumentação do Duo Contracello)
Nove Peças do Segundo Livro de Anna Magdalena Bach (1725) 1. Minueto 2. Minueto 3. Minueto 4. Polonaise 5. Minueto 6. Minueto 7. Minueto 8. Marcha 9. Musette
Virgens Toscanas nos Jardins Florentinos DUO CONTRACELLO
Miguel Rocha, violoncelo Adriano Aguiar, contrabaixo
Karl Heinz WAHREN [1933] Danças Nocturnas das Virgens Toscanas nos Jardins Florentinos no Auge da Inquisição (1983)
Filme de Maria Irene Aparício Assistência técnica de Jaime Rei
I. Bassa Danza II. Zarabanda III. Pavana IV. Saltarello
Constança CAPDEVILLE [1937-1992] Amén (1986) (para uma ausência) - contrabaixo solo
Isabel SOVERAL [1961] Anamorphoses VIII (2014) com imagens de Maria Irene Aparício (obras dedicadas ao Duo Contracello)
II 23 julho
Intervalo de 10’ para refazer a scordatura do contrabaixo
Gioacchino ROSSINI [1792-1868] Duo (1824)
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Conhecido de quase todos os jovens teclistas o Segundo Caderno de Anna Magdalena Bach, é um conjunto de pequenas peças que o seu marido Johann Sebastian Bach dedicou à sua segunda mulher – Anna Magdalena Wilcke. Este caderno que contém maioritariamente as peças do seu marido, inclui outras pequenas obras de outros compositores, como é o caso de Couperin. Podemos imaginar que a execução destas peças seria unicamente utilizada na esfera doméstica, nos poucos momentos disponíveis que Anna teria, entre a lida da casa e a azáfama de cuidar da numerosa prole, não só dos seus treze filhos, como dos sete filhos do anterior casamento de J. S. Bach, fruto da sua união com Maria Barbara Lämmerhirt Bach. Estas obras, apesar da sua curta duração e da sua propositada facilidade instrumental, demonstram a maestria de J. S. Bach em produzir música de alta qualidade com reduzidos meios. Danças Nocturnas das virgens toscanas nos jardins florentinos no auge da Inquisição é o título sugestivo que o compositor germânico Karl Heinz Wahren dá à sua obra, dedicada ao Duo Tedesco, formado por Bernard Teichgräber no violoncelo e Christoph Niemann no contrabaixo, que a estrearam em 1983. Acerca desta obra o próprio compositor escreve: Esta suite agrega no seu conjunto quatro das mais populares danças da Renascença – a bassadanza, a sarabanda, a pavana e o salterello. O título – não inteiramente irónico – alude à natural tensão entre a sociedade e a sua música e, ao mesmo tempo, expressa a esperança que o impulso musical-estético desperte uma visão ética no ouvinte atento. Constança Capdeville foi uma personalidade singular na vida musical portuguesa. Quase toda a sua obra reflete uma postura interdisciplinar entre as várias artes, em que o meio natural para a sua performance é o chamado Teatro Musical. O ciclo de obras apelidado por esta compositora de Amén (para uma ausência) é dedicado à memória de seu pai. A versão para contrabaixo contém no seu gesto corporal, sempre contido, e no seu resultado musical, um ritual de dimensões místicas. A obra Anamorphoses VII de Isabel Soveral é dedicada ao Duo Contracello e pertence a um ciclo mais vasto intitulado Morfoses para instrumentos acústicos com ou sem fita magnética. O Duo Contracello lançou à vídeo-artista Irene Aparício o desafio de criar imagens para serem projectadas durante a execução ao vivo da obra supra citada. Esta junção foi levada a cabo e estreada no festival madrileno COMA’15, tendo recolhido uma excelente adesão do público. Será esta versão com imagens que será apresentada no convento dos Capuchos de Almada. Rossini deve ter sido dos compositores com o maior sucesso de sempre, não só durante a sua vida como após a sua morte. Dedicou toda a sua composição à ópera, existindo muitas poucas excepções. Nesta últimas, encontramos o duo para violoncelo e contrabaixo, escrito em Londres a 20 de Julho de 1824, por encomenda do violoncelista Salomons, a quem é dedicado, tendo sido executado nessa ocasião em parceria com o famoso contrabaixista Dragonetti. Este duo não escapa à matriz operática, variando entre as várias situações e personagens musicais que facilmente são identificáveis com algumas das óperas de Rossini. As influências do Bel Canto são sentidas especialmente no segundo andamento, em que o violoncelo se transforma na voz de uma cantora lírica.
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III
Sábado, 22h00 - Auditório
law3on trio
Des Fleurs de Ce Jardin LAW3ON TRIO
Camille SAINT-SAËNS [1835-1921] Le Bonheur est chose légère Violons dans le soir
Valérie Vervoort, soprano Eliot Lawson, violino Jill Lawson, piano
Jean NOUGUES [1875-1931] Des fleurs de ce jardin: aria de l’opera: “Quo Vadis?” Charles IVES [1874-1954] Sunrise Richard STRAUSS [1864-1949] Morgen opus 27 # 4 (1894) Reynaldo HAHN [1874-1947] À chloris
III 23 julho
Paolo TOSTI [1846-1916] Chanson de l’adieu L’ultima canzone Malia Visione Luigi DENZA [1846-1922] Si vous l’avez compris Kurt WEILL [1900-1950] Der neue Orpheus: Cantate opus 16 para violino e canto
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Este Recital foi concebido para um ensemble muito particular – canto, violino e piano. O repertório para este agrupamento é escasso e desconhecido do grande público. E é pena, já que Law3on encontrou obras magníficas entre os compositores que viveram a Primeira Grande Guerra. Richard Strauss considerava a guerra como um período de triunfo, enquanto Camille Saint-Saëns se preocupava com a defesa da música alemã ameaçada durante esse conflito. A ópera “Quo Vadis” de Jean Nouguès granjeou um enorme sucesso que levou à sua apresentação na Metropolitan Opera de New York. Reynaldo Hahn era um dos seus admiradores. Em 1914 foi recrutado e enviado para a frente, vindo mais tarde, em 1916, a trabalhar no Ministério da Guerra. O que não o impediu de continuar a trabalhar nas suas composições. Para Charles Ives, a Primeira Guerra constituiu um enorme choque, que o levaria mesmo a deixar de compor. O compositor italo / britânico Paolo Tosti é sobretudo conhecido pelas suas melodias populares, tal como Luigi Denza, um compositor italiano refugiado em Londres. Em 1914, Kurt Weill era apenas adolescente. Viria a emigrar para os Estados Unidos aquando da erupção da Segunda Guerra Mundial. Law3on reúne todos estes criadores num programa muito variado.
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IV
Sábado, 16h00 - Igreja
ensemble vocal zezerearts Celebração Mariana ENSEMBLE VOCAL ZEZEREARTS
IV 30 julho
Daniela Matos, Carla Pais, sopranos Aoife Hiney, Nélia Gonçalves, altos Almeno Gonçalves, Pedro Matos, tenores Luís Rendas Pereira, Pedro Correia, baixos Brian MacKay, direção artística, cravo, piano
W. A. MOZART [175-1791] Ave Maria
Franz LISZT [1811-1886] Ave Maria
Jacques ARCADELT [1507-1568] Ave Maria
Johannes BRAHMS [1833-1897] Ave Maria
Nicola PORPORA [1686-1768] Salve Regina
Giovanni Pierluigi da PALESTRINA [c.1525-1594] Ave Maria / Magnificat / Salve Regina
Tomás LUIS DE VICTORIA [1548-1611] Ave Maria
Josquin DES PREZ [c.1440/55-1521] Ave Maria
J. S. BACH [1685-1750] / Charles GOUNOD [1818-1893] Ave Maria
Sergei RACHMANINOFF [1873-1943] Bogoroditse Dyevo
Antonín DVORÁK [1841-1904] Ave Maris Stella
Franz BIEBL [1906-2001] Ave Maria (Angelus Dominus)
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Este concerto oferece momentos de distensão e descontração para toda a família. Celebra a inspiração que os compositores extraíram da contemplação da imagem da Virgem Maria desde tempos imemoriais até ao presente, sob a forma de um continuum musical para vozes e órgão (apresentado sem interrupção). Os visitantes poderão permanecer no espaço ou sair à sua vontade, preservando, no entanto, o silêncio e o recolhimento, em respeito pelos ouvintes. A performance será acompanhada por uma sequência de imagens icónicas de relevância histórica e ilustrativa, reflectindo o extraordinário impacto que a adoração da Madona também exerceu em pintores e escultores. Encontra no programa uma lista das obras que estão a ser executadas. No entanto, permitimo-nos sugerir que se entregue, sem guia, à experiência sensorial do manancial de música que vamos proporcionar-lhe, no ambiente tão especial da Igreja dos Capuchos.
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V
Sábado, 18h00 - Auditório
trio com piano
Por Amor de Clara Wieck Taíssa Poliakova Cunha. piano Matilde Loureiro, violino Gonçalo Lélis, violoncelo
V 30 julho
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Clara SCHUMANN [1819-1896] Três Romances op. 22 Andante molto Allegretto Leidenschaftlich schnell (rápido e apaixonado) Robert SCHUMANN [1810-1856] Três Peças op. 94 Nicht schnell (moderado) Einfach, innig (simples, íntimo) Nicht schnell (moderado) Johannes BRAHMS [1833-1897] Trio op. 87 Allegro moderato Andante com moto Scherzo: Presto Finale: Allegro giocoso
Clara Wieck (1819-1896) foi uma compositora alemã, e uma das pianistas mais importantes da sua era. O seu marido, Robert Schumann (1810-1856) é um dos grandes nomes do Romanticismo alemão. Conheceram-se em casa de Clara, cujo pai, Friedrich Wieck, era professor de composição e harmonia. As principais influências de Schumann devem-se a Mozart, Schubert e Beethoven, o que não o impede de apoiar e encorajar o jovem Johannes Brahms (1833-1897), cuja música era considerada inovadora e progressista, embora se afastasse das tendências da escola neo-alemã de Liszt e Wagner. É de crença comum que Brahms e Clara Wieck (alias Schumann) mantiveram uma relação amorosa, que no entanto nunca pôde ser provada, uma vez que foram destruídas quaisquer cartas e documentos que o pudessem confirmar. Robert Schumann morre num asilo para doentes mentais em Bonn, Alemanha: Clara morre 40 anos mais tarde, e Brahms falece um ano depois de Clara, não suportando viver sem ela. Os três romances op. 22 para violino e piano de Clara Schumann foram compostos em 1853; dedicadas ao lendário violinista Joseph Joachim, a primeira peça apresenta sugestões de música cigana, e uma referência ao tema principal do concerto para violino do seu marido, Robert Schumann. A segunda peça tem um carácter ávido e anelante, e é normalmente considerada a mais representativa das três. A terceira peça é como que uma Reexposição, sendo muito semelhante à primeira. Compostas em 1849, as três peças op. 94 de Robert Schumann foram uma prenda de Natal de Schumann a sua mulher. O primeiro romance é tranquilo e lírico; o segundo é essencialmente um dueto entre os dois instrumentos e o terceiro é o mais animado dos três, apresentando uma linha melódica a modo de refrão, que se repete várias vezes ao longo da peça. Reminiscentes de Brahms, as peças foram compostas durante o período mais produtivo da carreira de Schumann; surgem logo antes do primeiro episódio maníaco-depressivo do compositor. O trio op. 87 tem quatro andamentos: o primeiro, em forma-sonata (Exposição do tema, Desenvolvimento do mesmo e Reexposição, na qual o tema regressa à tonalidade principal), o segundo é um tema com variações, o terceiro andamento é um scherzo e trio e o quarto apresenta-se novamente em forma-sonata. Composta entre 1880 e 1882, é uma das obras mais importantes de Brahms, e da música de câmara em geral.
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VI
Sábado, 22h00 - Adro da Igreja
ensemble vocal e instrumental zezerearts A Mulher em Poesia e Música ENSEMBLE VOCAL ZEZEREARTS Daniela Matos, Carla Pais, sopranos Aoife Hiney, Nélia Gonçalves, altos Almeno Gonçalves, Pedro Matos, tenores Luís Rendas Pereira, Pedro Correia, baixos Matilde Loureiro, violino Gonçalo Lélis, violoncelo Brian MacKay, direção artística, cravo, piano
Beauty, Love, Desire Orlando DI LASSO [1532-1594] Vedi L’ Aurora
VI 30 julho
Claudio MONTEVERDI [1567-1643] Baci soave e cari Orlando DI LASSO [1532-1594] Matona mia Cara Luca MARENZIO [1553-1599] Scendi dal Paraiso
Four ‘Politically Incorrect’ Madrigals William HOLBORNE [fl 1597] Change then, for lo she changeth
Thomas FORD [1580-1648] Now I see thy looks were feigned Thomas MORLEY [1557-1602] Though Philomela lost her love
Unattainable Eternity Robert PEARSALL [1795-1856] Lay a Garland on her Grave
Serenade G F HÄNDEL [1685-1759] Johan HALVORSEN [1864-1935] Passacaglia para violino e violoncelo
Thomas BATESON [1570-1630] Your shining eyes
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Contemporary Love David MIGUEL [1979] Silencio (Eugénio de Andrade) Soneto do Amor e da Morte (Vasco Graça Moura)
Mythological Love Michael HOLOHAN [1956] Spalpann an Ghrian
Nocturne Morten LAURIDSEN [1943] Sa Nuit d’Été (Rainer Maria Rilke) Sure on this Shining Night (James Agee)
Este programa transporta-nos para um mundo de romance, beleza, namoro, desejo, cinismo, traição, eternidade, amor que perdura para além do romance da noite e da própria morte. Começamos com as palavras de Petrarca evocando a aurora como imagem para a natureza fugaz da beleza e do amor. “Baci soave e cari”, de Monteverdi, é mais sensual, enquanto “Matona mia cara”, de Lasso, faz uso da linguagem rude do soldado alemão. O seu italiano abunda de erros hilariantes, pronuncia o “V” latino como “FF” germânico, causando inocentes duplos sentidos que, como veremos, servirão bem os seus propósitos. Ele não cita Petrarca nem os Gregos, não sabe servir-se de palavras “caras”, de facto nem distingue o francês do italiano. Ah, mas no amor ninguém lhe leva a melhor “don, don, diri, diri, don, don…”. Depois de relatos tão “terra a terra” sentimos necessidade de elevar os espíritos aos deuses – “Scendi dal Paradiso”. Seguem-se quarto textos ingleses, alardeando cinismo, a linguagem dos tempos, politicamente incorrecta, de facto. A mulher suspira e fascina, mas, atenção, não é de fiar! O homem usa falas mansas e promessas de amores impossíveis mas também não merece confiança. Aprende com Philomela a seguir adiante! “Lay a Garland”, de Robert Pearsalls, fala-nos de amores que, apesar de não correspondidos, duram para além da sepultura e proporcionam-nos a folga de uma inatingível serenata. Na parte final do concerto grandes poetas e um uso evocativo da língua gaélica falam-nos da vida e do amor repletos de misticismo, romantismo e perenidade. As palavras de James Agee – “Sure on this shining night I weep for wonder wand’ring far, alone. Of shadows on the stars.” / Seguramente nesta noite brilhante choro por prodígios vagabundeando longe, só. Por sombras nas estrelas – enlevam-nos noite dentro.
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VII
Sábado, 16h00 - Claustro
A TROCA DAS PRINCESAS Concerto para famílias
VII 6 agosto
Joana Bagulho Cravo e direcção Natasa Sibalic Soprano Luís Pacheco Cunha Violino Nuno Moura Declamação
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António AVONDANO [Lisboa, 1714-1782] Aria Ah non sai bella Selene Domenico SCARLATTI [Nápoles, 1685-1757] Essercizii 1 - Allegro Aria Se Fedele tù m’adori Aria Non è contenta l’ape ingegnosa Adágio e cantabile K. 208 Sonata K.461
Leitura: Avondano e Domenico Scarlatti – A importação dos músicos italianos para a corte portuguesa Pedro António Avondano – Ah non sai bella Selene Scarlatti, pai e filho Domenico Scarlatti – Essercizii 1 - Allegro Alessandro Scarlatti – O cessate di piagarme
Alessandro SCARLATTI Palermo, 1660-1725] Aria O cessate di piagarme
Scarlatti e Seixas – O encontro Carlos Seixas – Sonata em dó maior
Carlos SEIXAS [Coimbra, 1704-1742] Sonata em Dó Maior
Scarlatti e a serenata Domenico Scarlatti – Se Fedele tù m’adori – Non è contenta l’ape ingegnosa
George F. HAENDEL [Halle, 1685-1759] Aria Llascia ch’io pianga Aria Alle voce del bronzo guerriero Aria Ombra mai fu
A Troca das Princesas Domenico Scarlatti – Adágio e cantabile K. 208 – Sonata K.461 A loucura de Filipe V G. F. Haendel – Llascia ch’io pianga Chegada de Farinelli G. F. Haendel – Alle você del bronzo guerriero Cartas de Maria Bárbara a D. Joao V G. F. Haendel – Ombra mai fu
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VII - A Troca das Princesas Neste concerto serão tocadas obras e lidos textos e histórias que ilustram o mundo musical de D. Maria Bárbara. As obras de Pedro António Avondano e Domenico Scarlatti ilustram o mundo musical da princesa D. Maria Bárbara enquanto viveu na corte portuguesa, enquanto as árias de Haendel nos abrem as portas para aquilo que terá sido o seu universo musical na corte espanhola após a chegada de Farinelli, uma vez que estas integravam o repertório do cantor. A história da troca das princesas, ou o duplo casamento da infanta D. Maria Bárbara de Portugal e da infanta D. Mariana Vitória de Espanha, para além de constituir um acordo que pretendia garantir a paz definitiva entre os dois reinos, foi também uma história musical. Em 1724 era anunciado em Lisboa o casamento de Maria Bárbara, filha de D. João V, com o príncipe herdeiro de Espanha, Fernando, filho de D. Filipe V. O casamento iria ter lugar em 1729, ano em que os noivos teriam 19 e 16 anos respetivamente. Por essa altura foi também acordado o casamento de príncipe herdeiro de Portugal, José, com a infanta Mariana Vitória, devendo as noivas ser trocadas na fronteira. Em Janeiro de 1729 partiram de Lisboa e de Madrid os cortejos que levaram as princesas e as suas comitivas até ao rio Caia onde atravessariam a fronteira no dia 19 de Fevereiro. A cerimónia foi deslumbrante e aparatosa- só a comitiva da princesa D. Maria Bárbara era composta de vários coches encomendados propositadamente para cerimónia, acompanhados de um total de cento e oitenta e cinco carroças e seis mil soldados. Foi mandada construir uma ponte, um palácio em madeira, para a travessia do rio Caia e para a cerimónia da troca. No séquito de Maria Bárbara seguia também o compositor italiano Domenico Scarlatti. À semelhança do violinista Pietro Giorgio Avondano, pai do compositor português Pedro António Avondano, Scarlatti foi mestre de capela real portuguesa e era simultaneamente responsável pela educação musical dos príncipes, tendo instruído a Infanta Maria Bárbara na arte de tocar cravo e compor. O Organista e compositor português Carlos Seixas chegara a Lisboa na mesma altura que Scarlatti e integrava também a capela real, sendo seu vice-mestre. Os relatos da admiração mútua e amizade entre Scarlatti e Seixas mencionadas em biografias do século XVIII da autoria de José Mazza nunca puderam ser verificados através de fontes da época que terão sido destruídas no terramoto de 1755. Mesmo a passagem de Domenico Scarlatti por Lisboa, apesar de documentada, encontra-se envolta em mistério, pois as suas principais fontes são os relatórios da nunciatura de Lisboa à Santa Sé que mencionam as obras de um tal “abade Escarlate”. Esses relatos mencionam uma faceta de Scarlatti até há pouco desconhecida: a de cantor virtuosístico. Scarlatti compôs a música da cerimónia da troca das princesas e acompanhou D. Maria Bárbara até Madrid, tendo permanecido na corte espanhola até à sua morte em 1757. Acompanhava a princesa, mais tarde rainha D. Maria Bárbara, um todas as viagens e funções. D. Maria Bárbara acumulou nos vários palácios de Espanha uma colecção de instrumentos considerável que deixou ao cantor Farinelli, também músico na corte desde 1737. Farinelli havia sido convidado pela rainha, Isabel de Farnésio, que esperava encontrar na música um alívio para a depressão do marido, D. Filipe V, pai de D. Fernando. Farinelli terminou a sua carreira de cantor e permaneceu na corte espanhola até 1759. Ali foi responsável pela organização dos espectáculos musicais da corte, tendo introduzido o gosto pela ópera. Além disso cantava todas as noites para o rei D. Filipe V. Quando D. fernando subiu ao trono Farinelli permaneceu ao serviço da corte dos reis que eram ambos melómanos e músicos. Vera Herold (a partir das notas e pesquisas de Joana Bagulho)
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I
VIII
Sábado, 18h00 - Auditório
Quarteto lopes graça A Donzela e a Morte Quarteto Lopes-Graça
VIII 6 agosto
Luís Pacheco Cunha, violino, direção artística Maria José Laginha, violino Isabel Pimentel, violeta Catherine Strynckx, violoncelo
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Franz SCHUBERT [1797-1828] Quarteto nº 14, em ré m, D. 810 (1824) “A Donzela e a Morte” Allegro Andante con moto Scherzo – Allegro molto Presto
Viena era, no começo do século XIX, um local de predilecção da música de câmara, particularmente do Quarteto de Cordas, cuja prática se manifesta em todos os meios sociais – os aristocráticos, que Beethoven frequenta, ou os burgueses e da boémia estudantil, nos quais evolui Schubert. Nesses círculos, entre família e amigos, a música de câmara era uma prática largamente apreciada. Nas famosas Schubertíadas, o compositor tocava frequentemente o violino, a violeta ou o piano. Assim se explica o fulgor e o génio que o compositor sempre dedicou a este género de Hausmusik por excelência. Composto em 1824, este quarteto deve o seu nome ao segundo andamento, que retoma o Lied “Der Tod und das Mädchen”, escrito por Schubert em 1817 a partir de um breve poema de Mathias Claudius. Este tema, uma marcha fúnebre, marca de forma indelével todo o ambiente do quarteto, que ecoa ainda outra obra vocal famosa do compositor, retinta do mesmo dramatismo fúnebre – “O Rei dos Elfos / Der Erlkönig”. O leitmotiv do início evoca Beethoven e o seu “tema do destino”. O tema da morte é-nos apresentado pelo violoncelo no segundo andamento, contrastante com as cascatas de notas de espanto e terror da jovem, no registo agudo do violino. O ritmo de Tarantella serve ao compositor para construir, no último andamento, uma espantosa dança macabra, que combina elementos formais de rondo e sonata. As inquietações da época pós sturm und drang combinam-se com os dramas e devaneios do próprio Schubert, antecipando os estertores da sua jovem morte.
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IX
Sábado, 19h00 - Pasmatório
Juliana mauger - quarteto lopes graça Graças e Musas do Brasil Juliana Mauger, mezzo soprano Quarteto Lopes-Graça Luís Pacheco Cunha, violino, direcção artística Maria José Laginha, violino Isabel Pimentel, violeta Catherine Strynckx, violoncelo
IX 6 agosto
Arranjos para Quarteto de Cordas - José Lourenço [1954]
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José Francisco Leal [1792-1829] Esta Noite Francisco Manoel da Silva [1795-1865] Fancisco de Paula Brito [1809-1861] A Marrequinha de Iáiá (Lundum) Waldemar Henrique [1905-1995] Côco Peneruê (1936) Waldemar Henrique [1905-1995] ABC do Lampeão Oswaldo de Souza [1904-1995] Pingo d’Água (Canção Nordestina) Francisca Gonzaga [1847-1935] J. Octaviano (harmonização) Lua Branca (Canção da Opereta “O Forrobodó”) António Carlos Jobim [1927-1994] Vinicius de Moraes [1913-1980] Modinha Alfredo da Rocha Viana Filho Pixinguinha [1898-1973] Carlos Alberto Ferreira Braga [1907-2006] Carinhoso (1917) José Gomes de Abreu [1880-1935] Eurico Barreiros Tico - Tico no fubá... (Chôro Sapéca) Achille Picchi (harmonização) [1952] Chiquita (Cantiga das Ruas)
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IX - GRAÇAS E MUSAS DO BRASIL Esta Noite
José Francisco Leal [1792-1829] Integrou a colectânea “Modinhas de bom gosto” do próprio compositor. O mesmo era considerado na época o melhor tenor do Rio de Janeiro.
A Marrequinha de Iáiá ou o Lundum da Marrequinha
Francisco Manuel da Silva [1795-1865] e Francisco de Paula Brito [1809-1861] (letra). O compositor foi figura de grande importância na história da música brasileira. Foi autor do célebre hino nacional, 40 anos antes da letra lhe ter sido atribuída. Homem de grande empreitada e coragem fundou varias academias e importantes escolas de música no país, inclusive o Conservatório do Rio e a futura Universidade de Música. Deixou vasto arquivo de música sacra, modinhas e lundums. Foi nomeado patrono da célebre cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Música. O lundum tem origem num ritmo africano e transitou das senzalas para os salões, no séc. XIX, em que as melodias ganhavam letras cheias de duplo sentido e de referências maliciosas.
Coco Peneruê (1936)
Waldemar Henrique [1905-1995] (arranjo e harmonização) Dança de terreiro, estilo baião, do norte e nordeste, em que o ritmo se parece com a batida da casca do coco, originário de um de um tipo de lundum denominado “baiano”, sendo baião a sua corruptela. Recebeu também influências da música caipira (dos camponeses) e indígena. Waldemar Henrique foi um maestro, compositor e pianista de Belém do Pará, nascido em 1905. Viveu até 1918 no Porto após o falecimento da mãe. O pai era português. Retornou para o Brasil, indo viver no interior da Amazónia e recolhendo aí os elementos culturais que formariam a espinha dorsal da sua obra musical, que tem como temas principais o folclore amazónico, indígena, nordestino e afro-brasileiro. Sua composição foi variadíssima, desde obras sacras até temas de filmes, teatro e novelas. Até aos dias de hoje muitos músicos recorrem à sua obra para fins de pesquisa.
A.B.C. do Lampeão
Waldemar Henrique [1905-1995] (arranjo e harmonização) Peça alusiva ao mítico personagem do nordeste, conhecido como o rei do cangaço (grupo de bandidos e salteadores). A melodia “olé muié rendeira” foi criada pelo próprio Lampião, que além de bandido salteador, quando fugia da perseguição policial, tocava sanfona e cantava em bailes nocturnos. Lampeão era temido e respeitado por sua astúcia e inteligência. Aos 22 anos, cego de um olho, já era aclamado herói e controlava uma poderosa rede de espionagem desde o Ceará até à Bahia. Dizia-se que suas ordens eram cumpridas à risca, não falava duas vezes pois não gostava de conversas. Atacou a praia do Mossoró em 13 de Junho de 1927 a entoar a melodia «olé muié rendeira».
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Pingo d’Água
Oswaldo de Souza [1904-1995] Canção dedicada a Waldemar Henrique baseada no ritmo da dança “Bumba-meu-boi” recolhida no Rio Grande do Norte. A segunda parte é de livre invenção do autor. Adaptação de “quadrinhas” populares.
Lua Branca
Francisca (Chiquinha) Gonzaga [1847-1935], J. Octaviano (harmonização) Canção celebrizada por grandes artistas nacionais foi escrita para a burleta “O Forrobodó”.
Modinha
António Carlos (Tom) Jobim [1927-1994] e Vinicius de Moraes [1913-1980] Parte do álbum Terra Brasilis, que inclui os maiores sucessos de ambos.
Carinhoso (1917)
Alfredo da Rocha Viana Filho (Pixinguinha) [1898-1973], Carlos Alberto Ferreira Braga (Braguinha, Carlinhos ou João de Barro) [1907-] Uma das mais importantes obras da música do Brasil. Composta em 1917. 1ª gravação: Dezembro de 1928, interpretado pela orquestra Típica Pixinguinha-Donga. Teve mais duas gravações, a primeira, em 1929 pela Orquestra Victor-Brasileira, dirigida por Pixinguinha, e a segunda, em 1934 pelo bandolinista Luperce Miranda, figurando em ambos os discos, por erro de grafia, com o título de “Carinhos”. Em 1936, a pedido da cantora Heloisa Helena, Braguinha fez a letra para o choro-canção instrumental de Pixinguinha, e assim nasceu o hino “Carinhoso”. A 1ª gravação com a letra foi feita em 28.05.37, interpretada por Orlando Garcia da Silva (1915-1978) considerado o maior fenómeno popular que o Brasil já produziu. Era conhecido como o cantor das multidões. Nos anos 70 esta canção voltou à moda.
Tico-Tico no Fubá
José Gomes de Abreu (Zéquinha de Abreu) [1880-1935], Eurico Barreiros Aos bons amigos e distintos auxiliares da Casa Beethoven, Francisco Riso, Alfredo Capucci e Augusto de Carvalho, dedica o autor. Choro-canção também de enorme vulto no repertorio brasileiro. Atingiu o ápice quando foi integrado na trilha sonora de seis filmes em Hollywood, inclusive com Esther Williams e Carmen Miranda. Foi gravado por grandes estrelas internacionais como Ray Conniff, Michel Legrand, Henry Mancini, Paco de Lucia, entre muitos outros.
Chiquita
Harmonizado por Acchille Picchi.
À Exmª Srª D. Loduvina Amélia Sardoal. Tango da América Latina, surgiu em Portugal por volta de 1946. Tem provavelmente alusão política. Foi gravada pelo soprano Luiza Sawaya e Acchille Picchi no CD “O Cancioneiro”.
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X
Sábado, 22h00 - Adro da Igreja
La Serva paDrona Ensemble de Cordas MUSICAMERA Eliot Lawson, violino Luís Pacheco Cunha, violino Jorge Alves, violeta Catherine Strynckx, violoncelo Adriano Aguiar, contrabaixo
Iria Perestrelo, Serpina José Corvelo, Umberto F. Pedro Oliveira, Vespone
X 6 agosto
Roberto Recchia, encenador Brian MacKay, direção musical
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Giovanni Battista PERGOLESI [1710- 1736] La Serva Padrona
Ópera de Câmara em dois actos (intermezzi) Libreto de Antonio Federico Gennaro A ópera cómica que mudou para sempre o mundo da ópera. “La Serva Padrona” deu o tom para o futuro da Ópera Bufa. Socialmente irreverente, lança um libelo pela igualdade social e entre os sexos. Tal como a Susana das “Bodas de Figaro”, de Mozart, a “Serva” não vê nenhuma razão para que o seu género ou condição social a impeçam de comandar os acontecimentos. A comédia é usada para cobrir a “subversão” com o mais fino dos véus. Sempre assim foi!
La Serva Padrona Intermezzo 1 Uberto, um velho solteirão, está zangado e impaciente com a sua criada, Serpina, porque não lhe trouxe hoje o seu chocolate. Serpina tornou-se tão arrogante que pensa ser a patroa de casa. De facto, quando Uberto pede o seu chapéu, cabeleira e casaco, Serpina proíbe-o de sair de casa, acrescentando que, de então em diante, terá ele que obedecer as suas ordensrue de entr a patroa de casaluiás suas ordens. Uberto manda, então, que Vespone que lhe encontre uma dama para casar e assim poder ver-se livre de Serpina.
Intermezzo 2 Serpina convence Vespone a enganar Uberto para que case com ela. Entretanto informa Uberto de que se prepara para casar com um Militar chamado Tempesta. Deixará, portanto a sua casa e pede mesmo desculpa pelo seu comportamento. Vespone, disfarçado de Tempesta, chega e, sem pronunciar palavra, exige 4000 coroas de dote. Uberto recusa-se a pagar tal soma. Tempesta, então, ameaça-o de ser obrigado a desposar ele próprio a rapariga, caso no aceite pagar o dote gado a desposar ele preu comportamento ão aceite pagar o dote. Pressionado, Uberto aceita casar com Serpina. Agora Serpina e Vespone revelam a sua trama mas Uberto dá-se conta de que sempre havia amado a rapariga. O casamento é acordado; e Serpina será finalmente a verdadeira patroa da casa.
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XI
Sábado, 21h30 - Adro da Igreja
orquestra de música de câmara Sonho de uma Noite de Verão Orquestra de Câmara de Almada Filipa Lopes, soprano Ana Ferro, meio soprano José Eduardo Gomes, maestro
Sonho de uma Noite de Verão (Música de Cena Op. 61 para duas sopranos, coro feminino e Orquestra (1843)
XI 13 agosto
Filomúsica Ensemble Teresa Gafeira, narração
Félix Mendelssohn-Bartholdy [1809-1947]
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Abertura op.21 (1826) I - Scherzo II - Marcha dos Elfos III - Lied com Coro IV - Intermezzo V - Sequência VI - Noturno VII - Marcha Nupcial VIII - Fanfarra IX - Marcha Fúnebre X - Dança dos Bobos XI - Final
A história se inicia com o Duque Teseu, que se prepara para casar com Hipólita. Antes do casamento, Teseu é chamado para resolver uma disputa amorosa envolvendo a romântica Hermia e seu pai Egeu. Hérmia ama Lisandro, mas Egeu tem a ideia de forçar Hérmia a se casar com Demétrio; Teseu então decide que Hérmia tem até seu casamento com Hipólita para escolher seu destino: casa-se com Demétrio, morre ou converte-se no altar de Diana e abandona a companhia de homens para viver em solidão. Lisandro propõe à sua amada que ambos fujam de Atenas, e ela concorda. Hérmia conta seu plano pra sua amiga Helena, que morre de amores por Demétrio. Helena acaba informando-o da fuga, a fim de ficar sozinha com ele na floresta. Os quatro então entram em uma floresta povoada por elfos, fadas e outros seres encantados. O Rei dos Duendes, Oberon, arma com Puck, um elfo, um plano extraodinário envolvendo uma flor mágica, que fará com que qualquer pessoa se apaixone pelo primeiro ser que ver pela frente seja rato,cobra ou leão, com a intenção de pregar um peça em Titânia, Rainha das Fadas. Isso faz com que ela se apaixone perdidamente por um burro. Enquanto isso, um grupo de artesãos que também são atores amadores ensaiam uma peça para o casamento de Teseu, “A mais lamentável comédia e a mais cruel morte de Píramo e Tisbe”. Fundilhos, o mais egocêntrico do grupo, acaba sendo transformado por Puck em um burro falante, pelo qual Titânia se apaixona por culpa da flor mágica. Puck também arma outras confusões que levam Lisandro e Demetrio a caírem de amores por Helena, deixando Hermia de lado.
‘Sonho de uma noite de Verão’ ‘Sonho de uma noite de Verão’ é uma obra de Shakespeare que nos conta a história de seres mitológicos e fantásticos da antiga Grécia. A história começa quando Egeu quer obrigar a sua filha Hérmia a casar com Demétrio, um homem que ela não ama. Demétrio era o ex-namorado de Helena, a sua melhor amiga e que esta ainda amava Demétrio e, por outro lado, Hérmia era apaixonada por Lisandro. Contudo, Hérnia e Lisandro, impedidos de casar por Egeu e ameaçados de morte pela lei ateniense, decidem fugir pela floresta. Confiando em Helena e para lhe dar esperança na sua relação com Demétrio, Lisandro e Hérmia contam-lhe que se preparam para fugir para a floresta. Mas Helena, pensando que poderá recuperar o amor de Demétrio e para lhe provara a sua fidelidade, decide contar-lhe sobre a fuga de Lisandro e Hérnia e juntos vão procurá-los na floresta. Nessa floresta habitavam seres mitológicos e fantásticos tais como fadas e duendes. Lá habitavam também Titânia, rainha das fadas e o seu marido Oberon, rei dos elfos. Como Titânia e Oberon estavam em guerra porque Titânia não queria entregar a Oberon um órfão indiano para lhe servir de pajem, Oberon ordenou ao elfo Puck que fosse colher amores-perfeitos e que, quando Titânia estivesse a dormir, pusesse o liquido dessa flor nos seus olhos e assim, quando Titânia acordasse se apaixonaria eternamente pela primeira pessoa que lhe surgisse. Contudo, Oberon viu Demétrio tratar mal Helena e ordenou a Puck que também fizesse o ‘feitiço’ com Demétrio. O problema é que Puck se enganou e enfeitiçou Lisandro em lugar de Demétrio. Quando acordou, Lisandro esqueceu Hérmia e apaixonou-se por Helena, a pessoa que viu. Mais tarde, Puck enfeitiçou Demétrio que também se apaixonou por Helena. Quando Titânia acordou, a primeira pessoa que viu foi Canelas, o tecelão, que estava na floresta com Marmelo, o cartinteiro, com Atarrachado, o marceneiro, com Gaitinhas, o consertador de foles, com Biquinho, o funileiro e com Lingrinhas, o alfaiate, todas a ensaiar uma peça de teatro para apresentar no casamento de Teseu, o duque de Atenas, com Hipólita, a rainha das Amazonas. Para corrigir todo este engano, Oberon ordenou a Puck que quando os quatro apaixonados adormecesem, fizesse com que se apaixonassem pelas pessoas certas. No final, a Hérmia casou com o Lisandro e o Demétrio com a Helena, e Oberon e Titânia fizeram as pazes. Puck, que foi quem mais se divertiu com todas estas confusões que ele próprio provocou, afirma que tudo aquilo não passou de um ‘sonho de uma noite de verão’.
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outras atividades HISTÓRIAS DE EN...CONTAR MIRADOURO - 20h00 Chegado à ilha das histórias, o homem parou para descansar à sombra de uma árvore. A surpresa não podia ser maior... Um dia todos os livros que não eram respeitados, que eram maltratados, resolveram transformar-se em objectos, para assim se protegerem e protegerem as histórias que transportam. Só quem gosta muito de livros e de histórias os consegue ler. A partir de um objecto, que pode ser um tronco, uma caixa, uma imagem, ou até mesmo folhas com palavras, pretendemos animar leituras possíveis. Os objectos são como livros que nos contam histórias. Quando os livros tomam novas formas, como numa brincadeira de crianças, as histórias menos esperadas podem surgir dos objectos mais inesperados. O mundo mágico?! Ou a magia do mundo, como é muitas vezes visto pelos olhos da criança?! Afinal a imaginação é o limite… Espectáculo/animação com histórias contadas a partir de objectos para miúdos e graúdos histórias de Rui Horta, António Catalano, José António Portillo, Ana Mar Faria, Jean-Claude Carrièree de tradição oral de que a autoria se perdeu nos labirintos do tempo
REVISITAR O CONVENTO – Cenários de Luz JARDINS - 23h30 A despedida do Convento far-se-á, no fim de cada Jornada, com uma revisitação do espaço, sublinhando as características de recolhimento e meditação inerentes à ordem dos Capuchos. A visita noturna do Convento culminará com uma “festa de luz” no miradouro.
COMER NOS CAPUCHOS CAFETARIA – a partir das 16h00 Convidamo-lo a retemperar forças com uma refeição (ou um pequeno snack) muito ao estilo dos Capuchos - entre o programa da tarde e o da noite – confeccionada com o carinho e o saber da anfitriã Marilis. Nos jardins do Convento contemple o entardecer e ganhe balanço para o concerto de encerramento.
A MULHER NA POESIA E NA MUSICA – ICONOGRAFIA (PROJECÇÃO) LOJA – a partir das 16h00 Ao longo do dia facilitamos um outro olhar sobre a temática destas jornadas - Mulher e Feminino na arte musical, através de um diaporama com muitas imagens e informações sobre o programa proposto.
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Biografias Programas I e VII Programa I Programa I e Outras Atividades Programa II Programa II Programa II Programa III Programa III e X Programa III Programa III Programas V e VI Programas V e VI Programa V Programas IV, VI e X Programas IV e VI
Joana Bagulho, cravo Joana Amorim, flauta traverso F. Pedro Oliveira, actor Duo Contracello Adriano Aguiar, contrabaixo, direcção artística Miguel Rocha, violoncelo Lawson Trio Eliot Lawson, violino Jill Lawson, piano Valerie Vervoort, soprano Matilde Loureiro, violino Gonçalo Lélis, violoncelo Taíssa Poliakova Cunha, piano Brian MacKay, maestro, direcção artística Ensemble Vocal ZezereArts Daniela Matos, soprano; Carla Pais, soprano; Aoife Heney, contralto; Nélia Gonçalves, contralto; Almeno Gonçalves, tenor; Pedro Matos, tenor; Luís Rendas Pereira, baixo; Pedro Correia, baixo
Programa VII Programa VII Programas VIII e IX Programas VII, VIII, IX e X Programas VIII e IX Programas VIII e IX Programas VIII, IX e X Programa IX Programa X Programa X Programa X Programa X
Natasa Sibalic, soprano Nuno Moura, recitante Quarteto Lopes-Graça Luís Pacheco Cunha, violino, direcção artística Maria José Laginha, violino Isabel Pimentel, violeta Catherine Strynckx, violoncelo Juliana Mauger, mezzo-soprano Iria Perestrelo, soprano José Corvelo, baixo Roberto Recchia, encenador Jorge Alves, violeta
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ADRIANO AGUIAR, contrabaixo,
Ana Ferro, meio-soprano
Trinity College, Dublin, Irlanda. Participou em vários cursos
direção artística do Ciclo de Música no Convento dos Capuchos
O Meio-soprano Ana Ferro iniciou os
de direção na Irlanda, no Brasil, na Hungria, em Portugal e
seus estudos musicais no Conserva-
em Espanha. Actualmente frequenta o Doutoramento em
Músico contrabaixista com uma carreira
tório Nacional de Lisboa, em Flauta
Música na Universidade de Aveiro.
centrada na actividade orquestral,
transversal.
integrou as Orquestras Sinfónicas da RDP/Porto (1978-
Frequentou a Guildhall School of Music and Drama, em
1985), do Teatro Nacional de São Carlos (1985-1992) e
Londres, onde concluiu o curso Bachelor in Music with
desde 1996 é Coordenador de Naipe Adjunto na Orquestra
Honours em Canto, ao qual se seguiu o Flanders Operas-
Sinfónica Portuguesa.
tudio, Bélgica.
Estudou contrabaixo com Augusto Fortuna, Alejandro Erlich
Na Ópera foi Dinah em Trouble in Tahiti de Bernstein
Oliva e Iouri Axenov.
(Spectra Ensemble, Schouwburg de Roterdão), Cinthia em
Maestro Irlandês, Brian MacKay, tem 30
É licenciado em contrabaixo pela ESML e doutor em Música
As Taças de Hymineu (Estúdio de Ópera de Sintra), Segun-
anos de experiência como diretor de ópera, coro e orquestra,
e Musicologia pela Universidade de Évora. Salienta-se o seu
da Dama na Flauta Mágica de Mozart (Ópera do Castelo),
pianista, cravista e organista, repetiteur, concertmaster e en-
interesse pela Música de Câmara. Neste contexto fez parte
Médica em Banksters de Nuno Côrte-Real (Teatro de São
saiador vocal, oboísta, músico de câmara e pedagogo. Actuou
de diversos ensembles (Oficina Musical, Quarteto de Contra-
Carlos, estreia absoluta), Suzy/Lolette em La Rondine
no Radio BBC pela primeira vez aos 16 anos e com 17 anos foi
baixos de Lisboa, Contr’Orquestra), destacando-se o Duo
de Puccini, Maddalena em Il viaggio a Reims de Rossini
nomeado para o seu primeiro posto como organista e maestro
Contracello (com Miguel Rocha) e o Avondano Ensemble.
(Teatro de São Carlos), Suzuki em Madama Butterfly de
de coro. Formado no Royal College of Music em Londres e no
A sua apresentação como solista tem alguns pontos de inte-
Puccini, Olga em Eugene Onegin de Tchaikovsky (Coliseu
Kodály Institute, na Hungria, estudou com Lawrence Leonard,
resse, com relevo para as suas actuações com a Orquestra
do Porto, Orquestra do Norte), Carmen em Carmen de
Yonti Solomon, János Furst, Katalin Kiss e Peter Erdei.
D. Fernando II e com a Orquestra Sinfónica Portuguesa
Bizet (no ciclo Opera Lovers Barcelona), Dorabella em
Antes de deixar a Irlanda, em 2009, para radicar-se em
(Passione Amorosa de Bottesini, com Pedro Wallenstein);
Così fan tutte de Mozart (Nova Ópera de Lisboa, Teatro da
Portugal, foi maestro principal, por muitos anos, na Castleward
com a Orquestra da Escola Profissional de Música de Espi-
Trindade), e Armelinde em Cendrillon de Pauline Viardot
Opera e maestro titular do Chamber Choir of Ireland. Dirigiu
nho (Concerto de Goleminov); com o Quarteto Lopes-Graça
(co-produção Teatro de São Carlos/Chapitô).
a Orquestra Sinfónica Nacional da Irlanda, a Orquestra de
(repertório português do séc. XIX); com o pianista João
Apresentou-se em concerto nomeadamente no Requiem
Câmara da Irlanda, o Chamber Choir of Ireland, a Opera
Paulo Santos apresentou a Sonata de Hindemith e um recital
de Mozart (Orquestra do Norte e Coro Inês de Castro,
Theatre Company, os Czech Virtuosi, a Orchestra of St. Cecilia,
nos Dias da Música no CCB, em Abril de 2013, intitulado
várias localidades), Messa da Requiem de Verdi (Orquestra
as Fishamble Voices, a Wexford Sinfonia e a Orquestra de
“Bottesini em Lisboa”.
do Norte EVPM e Capella Mallorquina, Coliseu do Porto,
Nairobi. Teve a honra de ser convidado para dirigir a ópera “A
Formou vários alunos na Escola Profissional de Música de
Coimbra, Sé Catedral do Porto, Viseu), Stabat Mater de
Raposinha Matreira”, de Janacek, no festival ‘Janacek’s Brno’,
Espinho e na Academia Nacional Superior de Orquestra.
Rossini (Orquestra do Norte, EVPM e Capella Malloquina,
na República Checa, em 2004. Dirigiu mais de 20 produções
Desde 2012 é professor de contrabaixo na Escola Superior
Amarante), 9ª Sinfonia e Fantasia Coral de Beethoven
operáticas e inúmeros concertos corais e orquestrais.
de Artes Aplicadas (ESART), tendo tido ao longo do seu
(Orquestra Filarmonia das Beiras), Miserere mei, Deus
Brian tocou cravo, piano e órgão em muitos grupos de
percurso uma actividade regular enquanto professor em
de Marcos Portugal e Te Deum de D. Pedro IV (Ensemble
câmara, mais notoriamente, o Irish Chamber Orchestra e em
Master-Class.
MPMP, Festival Música em São Roque), Matuttino de morti
recitais com cantores e instrumentistas, em salas como o
de David Perez (Casa da Música, Porto), Missa Grande de
National Concert Hall, em Dublin, o Purcell Room, em Londres,
Marcos Portugal (TNSC, CCB/ Casa da Música), e Magnifi-
a Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa e a Liszt Academy,
ALMENO GONÇALVES, tenor
cat de C. P. E. Bach e a Cantata de Homilius Ein hoher Tag
em Budapest. Como ensaiador vocal e repetiteur trabalhou
Terminou, em 2014, na Escola Superior
kömmt ( VIII Festival de Música Antiga dos Açores).
durante muitos anos para a Opera Theatre Company e a
de Música e Artes do Espectáculo
Canta no Coro do Teatro Nacional de S.Carlos e apresenta-
Wexford Festival Opera. Participou como vocal coach convi-
(ESMAE) do Porto, o Curso Superior de
-se frequentemente como solista em diversos recitais.
dado no Royal Conservatoire of Scotland e na Liszt Academy
BRIAN MACKAY, direcção artística, direção artística do Ciclo de Música no Convento dos Capuchos
em Budapeste.
Canto na classe do professor António
Como professor, leccionou no Royal College of Music, em
Salgado, onde pôde integrar várias produções de ópera, apresentadas em diversos teatros pelo norte de Portugal.
AOIFE HINEY, contralto
Londres, no Saint Patricks College, em Dublin, na City Univer-
Após a sua licenciatura, trabalhou também com o professor
Aoife Hiney concluiu o Mestrado em
sity e em várias master-classes e cursos de verão. Brian tem
João Henriques. Em 2013 passou a fazer parte da formação
Música (Performance – Direção Coral)
sido constantemente requisitado para workshops criativos e
base do Coro da Casa da Música e em 2015 integrou-se na
na Universidade de Aveiro e um Ho-
palestras ilustrativas sobre música.
Capella Cupertino de Miranda.
nours Degree em Educação Musical no
Brian MacKay passou os dois últimos anos na Irlanda como
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maestro titular do Chamber Choir of Ireland. Actualmente vive
É membro do Trio “A Piacere”, do Stretto Duo com Acordeão
com obras de Couperin, Keyper, Mozart, Boukinik e Carlos
em Portugal, é fundador e director artístico do Zêzerearts
( com P.J. Ferreira), do Transfiguratioensemble (com o
Azevedo. O CD - “Duo Contracello III”, editado em 2015
Festival e prossegue a sua carreira como maestro e instru-
António Carrilho), e do Quarteto Lopes-Graça, que recebeu o
é inteiramente preenchido com obras dedicadas ao Duo
mentista. Faz parte da Direcção de Musicamera Produções,
Prémio Autores 2010 para o seu disco “Música Portuguesa
por compositores portugueses: Sérgio Azevedo, Paulo
sediada em Lisboa.
para um Quarteto”.
J. Ferreira, A. Victorino D’ Almeida, Isabel Soveral, César
Leccionou nos Conservatórios de Besançon e Belfort em
Viana. O programa deste último CD foi apresentado em
França e deu cursos de aperfeiçoamento na Tailândia,
numerosos concertos de norte a sul de Portugal, com o
CARLA PAIS, soprano
Brasil, Suíça e Portugal.
apoio da DGartes.
No âmbito da Oratória foi solista no
Apresenta-se regularmente em concertos e festivais de
Recentemente este Duo tem desenvolvido um projecto
Magnificat de Schütz , na Cantata BWV
música em Portugal e fora.
intitulado “ Duo Contracello em Imagens – Ver os Sons,
51 Jauchzet Gott in allen Landen de
A sua atual atividade pedagógica divide-se entre a Escola
Ouvir Imagens”, que já foi concretizado em espectáculos,
J.S. Bach , na obra Te Deum de Char-
Superior de Castelo Branco e a Escola de Música do
nomeadamente no Festival COMA’15 e no IndiCtive – UNO
Conservatório Nacional de Lisboa.
(2016), ambos em Madrid e nos Dias da Música Electro-
pentier, Gloria e Salve Regina de Haendel, na Mess Bass de
acústica, em Seia. Dentro deste âmbito está programado
Gabriel Fauré, Messias de Haendel, Cantata Herz und mund
um recital no próximo mês de Setembro em Praga,
un tat un leben BWV147, Petite Messe Solenelle de Rossini e Carmina Burana de Carll Orff. É desde Setembro 2009
DANIELA MATOS, soprano
membro do Coro da Casa da Música do Porto sob a direção
Participou em produções como ‘Orfeu
do Maestro Paul Hillier.
nos Infernos’ de J. Offenbach, no
República Checa, integrado no BASS2016PRAGUE.
papel de Eurídice, ‘The Telephone’ de
ELIOT LAWSON, violino
G.C. Menotti, no papel de Lucy, ‘O
Eliot Lawson é de nacionalidade luso-
CATHERINE STRYNCKX , violoncelo
Feiticeiro de OZ’, como Dorothy. Teve também oportunidade
-americana, nasceu no ano de 1978
de cooperar, como solista, com a Orquestra Filarmonia das
em Bruxelas. Em 1989 foi selecionado
De nacionalidade francesa, obteve os 1º
Beiras na interpretação das obras ‘Gloria’ de G.F. Händel e
Prémios nos Concursos Internacionais
no Requiem de F. Delius.
por Sir Yehudi Menuhin para estudar na sua escola em Londres, mas ele prosseguiu os seus estudos musicais com L. Souroujon, H. Krebbers, I. Oistrakh,
de Caltanisseta e Trapani , é laureada do
JJ. Kantorow, I. Grubert, P. Vernikov e Nelli Shkolnikova. Ele
Concurso Internacional “Vittorio Gui “ de Florença. Prémio especial do Concurso Internacional “Terem Crossover” 2012
DUO CONTRACELLO
obteve com a mais grande distinção o Bachelor e Master no
em São Petersburgo (com o grupo Orangotango).
conservatório de Roterdão, o Master do conservatório de
Foi violoncelo solo nas Orquestras durante 10 anos: na
MIGUEL ROCHA, violoncelo ADRIANOAGUIAR, contrabaixo
Camarata Lysy (1989-1992) e na “Orchestre des Pays de
O Duo Contracello iniciou a sua
de “virtuosity” da Scuola di Musica di Fiesole.
Savoie” (1993-2000). Também foi membro da Orquestra
actividade em 1993. A receptividade
Escolhido com mais um colega violinista no meio de 250
Bruxellas, o Artist Diploma na Indiana University e o diploma
Nacional do Porto (2000-2002).
e o sucesso imediatamente obtidos junto do público
outros violinistas, teve a oportunidade de tocar para Lorin
Membro fundador, do “Serenade String Trio” e do grupo de
levaram os seus fundadores a apostar na continuidade do
Maazel cuja reacção foi « you are a marvelous violinist and
música contemporânea Sirius.
projecto. Para além das suas apresentações em Portugal
a very fine artist ».
Tocou a solo e em grupos de câmara em muitos países:
(tais como Festivais de Música de Espinho, de Leiria,
Participou em vários concursos com succeso : 1° Prémio no
Estados Unidos, Alemanha, Suíça, República Checa, Es-
Porto 2001-Capital Europeia da Cultura e Centro Cultural
Jong Talent, no Jong Tenuto 1988, no Concurso De Beriot
lováquia, Argentina, Tailândia, Sultanato de Omão, Malta,
de Belém, Festival CriaSons 2011), o Duo Contracello
1989 e 1996, no Prémio Jovens – RDP 1996 e no concurso
Quirguistão, Peru, Brasil, França.
actuou em Espanha, França (Festival d’Ile de France),
internacional Dexia 1996. 2° Prémio do concurso de Herman
Gravou para a rádio francesa (“France Musique”), Checa,
Suíça e Estados Unidos da América. O seu repertório,
Krebbers 1995. 3° Prémio e o Prémio da interpretação no
Eslovaca, Suíça e Antena 2.
que se estende de Couperin a Berio, é constantemente
concurso internacional Julio Cardona 1997 e 2001, finalista
Gravou 7 discos, dos quais o Quarteto par o Fim do Tempo,
enriquecido com obras originais especialmente dedicadas.
no Concurso Vieuxtemps 1998, no concurso P. Lantier
(centenário do nascimento de Olivier Messiaen), e a integral
A primeira realização discográfica do Duo Contracello (CD
1999, no concurso Brahms 1999 e no Maasmond 2002.
de Lopes-Graça para quarteto e piano com Olga Prats.
NUMERICA 1055) foi publicada em fins de 1996, contou
Prémio do melhor meio finalista no Concurso Mozart Inter-
Com Violoncelo Barroco trabalhou sobre a direcção de R.
com o apoio do Ministério da Cultura e inclui obras de
nacional 1991, no concurso Tibor Varga 1998 e no Prémio
Goebel, T. Koopmann, C. Coin e Fabio Biondi.
Boismortier, Pleyel, Rossini e Alexandre Delgado. Em
Vittorio Gui 2002.
Colaborou regularmente com a Orquestra Utópica.
2006 foi lançado o segundo CD – “Duo Contracello II”
Eliot deu vários concertos no mundo inteiro e participou em
38
vários festivais e tocou em salas conhecidas entre outras de
vem construindo pontes entre o património material e
Carlota nas “ Damas Trocadas” de Marcos Portugal
Singel, a sala Elisabeth, Bozar (Bruxelas) , Dias de Musica
imaterial, ambicionando proporcionar uma fruição holística
(Operaclassica.pt), Deusa-Pirata-Capitã na “ Saga” de
(Lisboa), Festival de Flandres, Ars Musica, Théatre Varietés
de anímica de ambos.
Jorge Salgueiro (O Bando; Prémio da Crítica Melhor Espectáculo 2008, nomeação Globos de Ouro e prémio
(Paris), Théatre Sebastopol (Lilles), Festival de Valónia, Belém (Lisboa) , Bruges 2002 Cidade da Cultura do Festival
Filipa Lopes, soprano, organização de espectáculos
Fígaro” de Mozart (TCC, Orquestra Camerata Académica
Europeia, de Doelen (Roterdão), Concertgebouw Amester-
Estudou Canto com Amador Cortés
de Salzburg, Festival Rota dos Monumentos).
dão, Concertgebouw Tilburg, Jeunnesses Musicales, Jeugd
Medina, Lia Altavila, Isabel Biu, Elsa
Na temporada lírica do T.N.S.Carlos 2010-11 foi Cover
en Muziek, para a Televisão Portuguesa e radio, para Canvas,
Saque e Filomena Amaro, com quem
da protagonista Gretel da ópera “Hänsel und Gretel” de
Festival de Bretanha, Festival Roussel, Centro Cultural de
Melhor Encenador 2008) e Barbarina nas “Bodas de
Klara, RTBF, Musique 3.
finalizou o Curso de Canto na Escola de Música do Conser-
Humperdinck e Cover da personagem Ciesca da ópera
Eliot tocou como solista entre outras com o Lisbon Metropo-
vatório Nacional de Lisboa com elevada classificação.
“Gianni Schicchi” de Puccini.
litan Orquestra, Orquestra Sinfónica de Sófia, Orquestra de
Efectuou aulas de aperfeiçoamento com Helmut Lips,
Neste mesmo teatro interpretou na temporada 2011-12
Câmara da Valónia, Orquestra Juvenil de Covilhã, Orquestra
Liliana Bizineche, Mercè Obiol, Montserrat Caballé, Elena
Una voce di Sopranino na ópera “La Rondine” de Puccini
Sinfónica de Porto, Euregio Orquestra, Orquestra Sinfó-
Dumitrescu Nentwig, Susan McCulloch, Enza Ferrari e
e a Rainha-Mãe do Príncipe na “Turandot” de Busoni no
nica Flamenga, Orquestra Nacional da Bélgica, Orquestra
Elizabete Matos.
Festival ao Largo.
Sinfónica da Madeira, Orquestra Sinfónica de Lovaina,
Cantou nas peças teatrais “As Suplicantes” (música de
Trabalhou sob a direcção de Nicolay Lalov, Erwin Liszt,
Orquestra Sinfónica de Bonn, Juventude e Música de Antuér-
A.C. Medina, Teatro Municipal de Almada), “As Troianas”
Fernando Fontes, Armando Vidal, João Paulo Santos,
pia, Orquestra Juvenil de Lisboa, Orquestra Gulbenkian,
(música de Eduardo Paes Mamede, Teatro Nacional D.
Sébastien Rouland, Jose Miguel Esandi, Martyn Brabbins,
Filarmónica Real de Flandres, Middle Tennesee Symphony,
Maria II), na cantata cénica “Sobre o Vulcão” (música
Moritz Gnann e Giovanni Andreoli, entre outros.
orquestre do Minho.
de Luis Bragança Gil nos Encontros Acarte da Fundação
Membro do Coro do Teatro Nacional de S. Carlos
Eliot constitui um duo permanente com a sua irmã pianista,
Calouste Gulbenkian) em eventos, gravações de discos e
desde 1995, também aqui interpretou diversos solos
Jill e gravou vários CD para labels come Cypres, Fuga
publicidade.
em concertos e óperas, nomeadamente em “Madama
Libera, Festival Roussel, Brilliant Classics. Excelentes críticas
Apresentou-se em concertos como solista no “Stabat
Butterfly”, “A Raposinha Matreira”, “Manon Lescaut” e
nas revistas, tais como: Diapason, Crescendo, The Strad, Le
Mater” de Pergolesi (com a Orquestra de Câmara de
“Turandot”.
Monde de Musique, Le Soir.
Almada), “Fantasia em dó menor” de Beethoven, “Oratório
Foi Coordenadora no estúdio de referência O Ganho do
Eliot é convidado regularmente como professor em Master-
de Natal”, de Saint-Säens (com Orquestra Sinfónica
Som e dedica-se à organização de espectáculos musicais.
classes na Bélgica, em Portugal, na Itália, no Luxemburgo,
Portuguesa), “Magnificat” de Bach, “Te Deum” de Inácio
Canta frequentemente com Carlos Guilherme, o mais
em França e nos Estados Unidos da América. Eliot é profes-
de Azevedo, em cenas das óperas “Peer Gynt” de Werner
conceituado tenor Português, em diversos concertos.
sor assistente no Conservatório de Amsterdão e professor
Egk e de Eduard Grieg (Teatro Aberto) no “Te Deum”
Fundou o Angelicus Duo (Soprano e Harpa) e os Fado
na Universidade do Minho.
de Charpentier com Orquestra Sinfónica Portuguesa
Lírico: uma conjugação de Canto Lírico e Fado ao som
(CCB) no “Requiem” de J.D. Bomtempo (T.N.S.Carlos)
do piano, com a prestigiada fadista Teresa Tapadas, com
na “Missa Grande” de Marcos Portugal (T.N.S.Carlos)
quem tem apresentado vários espectáculos.
ENSEMBLE VOCAL E INSTRUMENTAL ZEZEREARTS
nos espectáculos Passionata em Espanha e na Tailândia,
Futuros compromissos incluem vários recitais.
Este Ensemble foi criado e apresenta-
Asiáticos - 24th S.E.A. Games), e em dezenas de
se, regularmente, no âmbito dos
espectáculos de Lied, Ópera e Oratória, nomeadamente
F. PEDRO OLIVEIRA, ator
Cursos Internacionais / Festival
nos Ciclos de Música de Câmara do T.N.S.Carlos entre
Actor. Nasceu em Lisboa. Iniciou-
ZezereArts, certame que se assume como referencial
2008 e 2011 inclusivé e por todo o país.
se no Teatro em 1985 no Grupo
na área da música coral e instrumental e da ópera,
Apresentou-se em recital transmitido em directo pela rádio
“ContraRegra”. Mais tarde ingressa
desenvolvendo – há já seis anos em Portugal - um
Antena 2 (Programa Concerto Aberto) em Janeiro de 2012,
repertório de grande ousadia e qualidade.
repetindo este concerto no CCB em Outubro de 2013.
Escola Superior de Teatro e Cinema, que conclui em Julho
Em permanente diálogo com o grande património edificado
No domínio operático destacam-se os papéis de
de 1989.
– o Festival apresenta-se anualmente nos Mosteiros da
Sacerdotisa na “Aida” de Verdi (Operama Spectacular),
Formador certificado pelo Conselho Científico-Pedagógico
Batalha e Alcobaça, Convento de Cristo (todos monumen-
Madame Herz em “Der Schauspieldirektor” de Mozart
da Formação Contínua nas áreas de Técnica Vocal e Teatro.
tos classificados como património mundial da Unesco),
(Operanova), Lia em “L’Enfant Prodigue” de Debussy
Participou já em inúmeros Espectáculos donde se destaca:
Igreja de Dornes, Castelo de Almourol e outros importantes
(versão concerto), Cathleen em “Riders to the Sea” de
Dos Horácios e Curiácios à Noite, com encenação de
espaços da região do médio Tejo – o Festival ZezereArts
Vaughan Williams (Acarte-Gulbenkian, Festival de Mateus),
Antonino Solmer no Grupo “ContraRegra”; A Terceira
(integrado nas cerimónias festivas dos Jogos Olímpicos
39
no Curso de Formação de Actores da
Margem do Rio e Bichos, ambos com encenação de João
assim como o Prémio União Europeia dos Concursos
Participou em várias edicoes do Zezere Arts onde cantou
Brites, no Grupo de Teatro “O Bando”; Vida de Artista ou a
Musicais para Jovens (EMCY).
Fairy Godmother Cendrillon Massenet, Amore L’Egisto
Verdadeira História de Barbi, com encenação de Alexandre
É actualmente bolseiro da Fundación Albeniz.
Cavalli, Amore Orfeo Gluck, Zerlina D. Giovanni e Despina Cosí fan tutte.
Sousa, produção do Grupo Cassefaz; Auto-Retrato e A Festa, ambos com coreografia de Madalena Victorino. Trabalhou ainda com Carlos Avilez, Carlota Gonçalves e Carlos Gomes,
iria peerstrelo, soprano
Fernando Gomes, Guilherme Filipe, Isabel Piscarreta, Jean-
É formada pela prestigiada Guildhall
isabel pimentel, violeta
Pierre Tailhade, José Abreu, José Carretas, José Martins,
School of Music and Drama em
Isabel Pimentel estudou no
José Peixoto, Luís Miguel Cintra e Miguel Abreu.
Londres, tendo previamente
Conservatório Nacional de Lisboa,
Desde 1996 tem criado e participado em espectáculos,
frequentado o Conservatório de
onde foi aluna de Lídia de Carvalho, tendo concluído o Curso Geral com
ateliers e animações dedicados às crianças, nomeadamente
Música do Porto e a Academia de Música de S. Joao
nos projectos Música para Pais e Filhos, O Livro Mágico,
da Madeira. Em Inglaterra actuou no Barbican Center,
distinção. Optou então pela viola de arco, passando a
entre outros.
no Wigmore Hall, Royal Festival Hall, National Theatre,
estudar sob a orientação de François Broos, curso que
Foi também professor de Expressão Teatral em diversas
National Portrait Gallery, London Handel Festival, Brighton
completou também com elevada classificação. Continuou
escolas do ensino básico.
Early Music Festival, entre outros. Como bolseira da
posteriormente o seu aperfeiçoamento, em contacto
Entre 2002 e 2004 colaborou com “Belgais – Centro para
European Network of Opera Academies, participou em
directo com este prestigiado mestre e estudou também
o estudo das Artes” onde interpretou com Jérôme Granjon
vários workshops da Polish National Opera Teatr Wielki em
interpretação de música antiga com Santiago Kastner.
(Piano) A história de Babar, mais tarde editado no CD Sons
Varsóvia e na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa
Em 1988 recebeu o 1º Prémio de Viola de Arco (Classe
de Belgais.
Créditos em ópera incluem: Gingerbread Woman Delius A
Superior) no Concurso da Juventude Musical Portuguesa.
Em 2003 criou, com Ana Faria, o nome Salto no Escuro, que
village Romeo and Juliet para o Wexford Festival Opera na
Em 2000 licenciou-se em Viola de Arco na Escola Superior
reúne sobre si todos os espectáculos e ateliers interactivos
Irlanda; Zerlina D. Giovanni para Humanitas Culture Opera;
de Música de Lisboa.
que têm vindo a criar e que continuarão a sonhar.
Moth A Midsummer Night’s Dream Britten no Barbican
Tem actuado regularmente em recitais com piano e
Theatre; Cis Albert Herring Britten no Silk Street Theatre;
colaborou com diversos agrupamentos de música de
Suor Genovieffa para New London Opera Players; Elvira
câmara. Actuou a solo com a Orquestra Sinfónica da RDP
gonçalo lélis, violencelo
L’italiana in Algeri, Night The Fairy Queen, Gianetta L’elisir
e com a Orquestra Gulbenkian. Membro da Orquestra
Nasceu em 1995 em Aveiro,
d’amore, Drusilla L’incoronazione di Poppea, Despina
Gulbenkian desde 1980, onde desempenha a as funções
iniciando os seus estudos musicais
Cosí fan tutte, Kate Pirates of Penzance (Guildhall Opera
de Solista B do naipe de Violas. É professora de viola de
no Conservatório de Música desta
Ensemble); Gazela Os Zoocratas de Filipe Pires (Teatro
arco no Conservatório Nacional de Lisboa e membro do
mesma cidade na classe de violoncelo
Rivoli and TNSC), Bach St. Mathew Passion, numa
Quarteto Lopes-Graça.
da Professora Isabel Boiça. Paralelamente aos seus
produção do National Theatre London, encenada por Sir
estudos no Conservatório, em 2009 começou a ser
Jonathan Miller.
orientado por Pavel Gomziakov. Em 2013 é admitido na
É membro regular do Festival Grange Park Opera, onde cantou
jill lawson, piano
prestigiada Escuela Superior de Musica Reina Sofia em
os coros de I Puritani, Eugene Onegin, Don Carlo, Fiddler on
Jill Lawson, pianista de nacionalidade
Madrid, onde é actualmente aluno dos professores Natalia
the roof (com Bryn Terfel) e Oliver! (com Simon Kennlyside).
luso-americana, nasceu no México em
Shakhovskaya e Ivan Monighetti.
Em 2011 foi galardoada com o Prémio Jovens Criadores do
1974 e cresceu na Bélgica, residindo
Frequentou masterclasses com músicos como Natalia
Centro Português de Artes e Ideias/Instituto Portugues da
Gutman, Heinrich Schiff, Truls Mork, Gary Hoffman, Lluis
Juventude pela première da obra Óxido, op.9 de Francisco
Entre os numerosos prémios e distinções que obteve em
Claret, Maria de Macedo, Ralph Gothoni, Valentin Erben,
Coll Garcia, em concerto no Wigmore Hall. Enquanto
competições nacionais e internacionais, destacam-se o
entre outros.
estudante da Guildhall School, foi nomeada para representar
2º prémio no concurso internacional de piano “Vianna
Em orquestra tocou sob a batuta de maestros como
a instituiçao na Kathleen Ferrier Bursary Competition, e
da Motta”, a presença na final da “Classical Fellowship
Andras Schiff, Peter Eotvos, Stefan Lano, Josep Pons, etc.
em 2012 ganhou o prémio do público no Concurso de
Awards” da American Pianists Association e o 4º prémio
Como músico de câmara é orientado pelos professores
Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa. Em Portugal
no “Concurso Internacional Schubert” em Dortmund.
Heime Muller e Marta Gulyas (em Madrid), apresentando-
apresentou-se em recital no Europarque e Convento dos
Como solista, deu recitais e tocou com inúmeras
se regularmente em concertos por toda a Espanha.
Lóios, Santa Maria da Feira, Paços da Cultura em S. João da
orquestras de renome na Europa, América e Ásia, mantendo
Em 2015 obteve o primeiro prémio no concurso Prémio
Madeira, e colaborou com a Orquestra Sinfónica de Jovens
simultaneamente uma intensa actividade no domínio da
Jovens Músicos na categoria violoncelo nível superior,
de Santa Maria da Feira e a Orquestra Art’Ensemble.
música de câmara. Juntamente com seu irmão Eliot,
40
atualmente em Portugal.
violinista, forma o Duo Lawson & Lawson, e trabalha ainda
para a parte perdida da Sonata BWV 1032.
jorge alves,violeta
com diversos cantores regularmente.
Participou como flautista em diversos projectos de orquestra
Descendente do Vale do Ave, Jorge Alves
É docente na Escola Superior de Artes Aplicadas em
e de música de câmara, tendo trabalhado com os maestros
foi desde cedo recebido com carinho
Castelo Branco, onde leciona os cursos de Piano e
Harry Christophers, Howard Hazel, Barthold Kuijken, Jed
pela sociedade musical portuguesa.
Repertório para cantores.
Wenz, Roy Goodman, Maarten Root, Christian Curnyn,
Jill iniciou os seus estudos de piano aos 8 anos de idade
Philippe Pierlot, António Vassalo Lourenço, Vasco Negreiros,
o seu talento e determinação colocaram o seu nome para
em Antuérpia, tendo sucessivamente obtido as mais
Enrico Onofri, Masaaki Suzuki, entre outros. Tocou como
sempre ligado à viola, música de câmara e vanguarda
elevadas classificações e distinções em prestigiadas
solista com a Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra
musical. Construindo uma carreira sólida pautada pela ligação
escolas como o Conservatório Real da Flandres, a
Barroca da Comunidade Europeia e com a Orquestra
a grandes músicos e projetos importantes no panorama
Chapelle Musicale Reine Elisabeth em Waterloo e o
do Conservatório Real de Haia. Toca regularmente com
musical, a sua maior idade foi alcançada com a fundação do
Conservatório de Amsterdão, onde estudou com Jan Wijn.
ensembles de música antiga em todo o país, incluindo o
Quarteto de Cordas de Matosinhos, que pelo seu percurso
No Peabody Institute, em Baltimore, onde recebeu aulas de
Divino Sospiro e o Ludovice Ensemble, de que é fundadora.
notável de rigor, expressividade e energia foi nomeado um dos
Leon Fleisher e Ellen Mack, obteve o Diploma de Pós-
Com a cravista Joana Bagulho e com o actor Pedro
‘Rising Stars’ do prestigiado programa musical da European
Graduação em Piano, em 2000, e o Mestrado em Música
Oliveira vem apresentando por todo o país um espectáculo
Concert Hall Organization.
de Câmara, em 2004.
que apresenta ao público infantil a música do séc. XVIII,
Jorge Alves é um entusiasta da viola, da sua cultura
Fez vários cursos de aperfeiçoamento com Dimitri Bashkirov,
intitulado «No tempo em que os instrumentos falavam».
e repertório, o seu empenho e vontade de partilha
Gyorgy Sebok, Maria Tipo e Maria João Pires, entre outros.
Lecciona traverso barroco e flauta de bisel no
tem contribuído de forma muito significativa para o
Colaborou no documentário, que se realizou em 2001
Conservatório Nacional de Lisboa desde 2000.
reconhecimento e divulgação dos valores estéticos e
durante um workshop de Maria João Pires em Belgais.
Agindo com espontaneidade e simpatia,
artísticos associados a este maravilhoso instrumento.
Gravou os Estudos Sinfónicos Opus 13 de Schumann
Com uma relação estreita com as principais instituições
para a Fundação Internacional de Vianna da Motta, a obra
joana bagulho, cravo
completa da música de câmara de António Fragoso e as
Nasceu em Lisboa. Iniciou os
de Música, Artes e Espetáculo do Porto e sócio fundador e
sonatas de Hindemith para violino e piano, para a editora
estudos de cravo em 1994 na classe
presidente da Associação Portuguesa da Viola D’Arco e da
BrilliantClassics.
da Professora Cremilde Rosado
European String Teachers Association Portugal.
Fernandes tendo completado a
Diplomado pela Escola Superior de Música, Artes e
portuguesas, Jorge Alves é professor na Escola Superior
licenciatura na Escola Superior de Música de Lisboa.
joana amorim, flauta/ traverso
Espetáculo do Porto, Academia Nacional de Orquestra
Concluiu em 2006 o mestrado em Performance na
e Universidade do Minho, ao longo do seu percurso
Universidade de Aveiro tendo como professor de
académico estudou com Carlos Carneiro, António Soares,
Joana Amorim iniciou os seus estudos
cravo Jacques Ogg e paralelamente trabalhou com
José David, Valentin Pretrov, Ryszard Wóycicki, Barbara
na Juventude Musical Portuguesa,
Elisabeth Joyé, em Paris. Frequentou diversos cursos de
Friedhoff, Anabela Chaves, Tibor Varga e Bruno Giuranna.
aos três anos de idade, seguidos no
aperfeiçoamento nomeadamente com os cravistas Ketil
Foi laureado em Viola e Música de Câmara no Prémio
Conservatório Nacional de Lisboa, onde obteve o diploma
Hausgand, Jacques Ogg e Rinaldo Alessandrini e Keneth
Jovens Músicos – RDP, nas classes Solista e Música
de flauta de bisel em 1992. Nesse mesmo ano ingressou
Weiss entre outros. Frequenta regularmente aulas com
de Câmara, no Concurso Internacional da Academia
no Conservatório Real de Haia (Holanda) na classe de
Elisabeh Joyé tanto particulares como em masterclasses.
de Sta. Cecília em Portugruaro (Itália) e no Concurso
flauta de bisel de Ricardo Kanji, tendo ainda tido aulas
Concebeu os espectáculos para públicos mais jovens:
Internacional de Música de Câmara de Alcobaça. Em 1997
de música renascentista e medieval com Jannette van
“No tempo em que os instrumentos falavam”, “O som dos
recebeu uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para
Wingerden e Charles Toet. Nesta mesma instituição iniciou
sentimentos” juntamente com Fernando Pedro Oliveira e
aperfeiçoamento artístico que lhe permitiu estudar durante 3
os seus estudos de traverso com Wilbert Hazelzet em
Joana Amorim e Lisboa em Voo de Peixe”) e com estes
anos sucessivamente na Escola Superior de Música de Sion
1993. Em seguida estudou com Linde Brunnmayer, na
tem realizado espectáculos por todo o país. Tem realizado
(Suíça) e na Academia Walter Stauffer em Cremona (Itália).
Escola Superior de Música de Trossingen (Alemanha), no
recitais a solo e concerto de música de câmara tanto na
diploma de solista. Obteve a sua licenciatura em traverso
área da Música Antiga como na Música Contemporânea
no Conservatório Real de Haia com Barthold Kuijken em
Desenvolveu um programa de transcrições de música
josé corvelo, barítono
2000, sendo bolseira da Secretaria de Estado da Cultura.
de Carlos Paredes para cravo com o qual tem efectuado
Natural da Ilha das Flores – Açores.
Concluiu Mestrado em Música Antiga na Universidade de
diversos recitais a solo em portugal e no estrangeiro e
Iniciou os estudos no Conservatório
Aveiro, tendo como orientadores Evgueni Zoudilkine, Helena
do qual resultou um CD intitulado Acção. É professora
Regional de Angra do Heroísmo
Marinho e Marc Hantaï, oferecendo uma nova reconstrução
assistente da escola Superior de Música de Lisboa.
e, posteriormente frequentou o
41
Conservatório Regional de Ponta Delgada
quais se destacam o Prémio Jovens Músicos, Concurso
É membro fundador do Quarteto Vintage, maestro titular
É licenciado pela Escola Superior de Música e das Artes do
Marcos Romão e Concurso Internacional Villa de Montroy
do Coro do Círculo Portuense de Ópera, maestro titular da
Espectáculo onde integrou a classe do Professor José de
(Valência).
Orquestra Clássica da FEUP e maestro titular da Orquestra
Oliveira Lopes. Foi-lhe atribuído o prémio Eng. António de
Como instrumentista tem¬ -se dedicado à música de
Clássica do Centro.
Almeida pela Fundação com o mesmo nome, que distingue
câmara e apresenta¬ -se regularmente com diversas
Para a temporada de 2016/17, tem agendados concertos
os melhores alunos finalistas das Universidades Portuenses.
formações em Portugal, Itália, Bélgica, Suíça, Japão e
com as mais destacadas orquestras nacionais, diversos
Mestre pela Universidade de Aveiro.
Canadá.
estágios e masterclasses.
Participou em “masterclasses” com Oliveira Lopes,
Participou em masterclasses de Direcção de Orquestra com
Fernanda Correia, Rudolf Knoll, Lamara Chkónia, Liliana
Jorma Panula, António Saiote, Cesário Costa, Jan Cober,
Bizineche, Enza Ferrari, Francisco Lázaro, Ambra Vespasiani,
Gianluigi Gelmetti, Jésus López Cobos, Alexander Polishuk,
Ettore Nova. Aperfeiçoou-se no domínio da ópera, em
Ernst Schelle, Luiz Gustavo Petri, Douglas Bostock, José
juliana mauger, mezzo soprano
Portugal, com Jorge Vaz de Carvalho e, em Madrid, com
Rafael Vilaplana e Peter Rundel, tendo dirigido a Orquestra
“Juliana Mauger encantou a audiência,
Daniel Muñoz. Integrou o Atelier de Ópera da Orquestra
Sinfónica do Porto Casa da Música, Orquestra de Sófia
qual Carmen, com um recital de
Metropolitana de Lisboa.
(Bulgária), Orquestra do Algarve, Orchestre de la Haute
Em 2015 foi agraciado com a Insígnia Autonómica de Mérito
École de Musique de Genève e Zurique (Suíça), Orquestra
tanta sensualidade e vitalidade que deixou o público atónito”
Profissional, pela Região Autónoma dos Açores.
Filarmonia das Beiras, Orquestra Clássica do Centro, Banda
– Veneza 2007
Foi solista nas principais obras coral-sinfónicas, entre as quais
Sinfónica Portuguesa, Orquestra Filarmónica de Argovie e
Juliana Mauger é natural de Belo Horizonte, Brasil. Reside
“Magnificat BWV 243” e “Paixão Segundo S. João” e “Paixão
Remix Ensemble, entre outras.
em Portugal há 24 anos. Estudou canto na Universidade
Segundo S.Mateus” de J.S.Bach, entre outras e em inúmeras
Foi assistente de Martin André na Orquestra Momentum
Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.
óperas tendo interpretado vários papéis principais como:
Perpetuum e de Peter Eötvös, com a Orquestra Sinfónica do
Quando se mudou para Portugal ingressou no coro
Figaro e Conde (Le Nozze di Figaro) Leporello (Don Giovanni),
Porto Casa da Música.
Gulbenkian, onde foi membro efetivo durante 12 anos.
Escamillo (Carmen) e D.Bartolo (Il barbiere di Siviglia), etc.
Entre 2008 e 2011, foi maestro titular da Orchestre Chambre
O seu repertório operático inclui Popova, The Bear, William
Em 2013 participou, como actor/cantor, no filme de Michael
de Carouge (Suíça).
Walton, Gulbenkian; Maura, Riders to the Sea, Vaughan
Sturminger «The Casanova Variations».
Recentemente dirigiu a Orquestra Sinfónica Portuguesa,
Williams, Gulbenkian; Flora, La Traviata, Verdi, São Carlos;
Foi dirigido pelos maestros Marco Belluzi, Stephen
Orquestra Sinfónica de Kaposvár (Hungria), Orquestra do
Mae, Arca de Noé, Benjamin Britten, Opera Artave;
Darlington, António Carrilho, César Viana, José Eduardo
Algarve, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra
Madalena, Rigoletto,Verdi, Coliseu da Madeira; Terceira
Gomes, Cesário Costa, Roberto Pérez, João Paulo Santos,
Sinfónica do Porto Casa da Música, Orquestra Sinfónica
Dama, Flauta Magica, Mozart, Coliseu dos Açores; Orfeu,
Emílio de César, Martin Lutz, Hans-Christoph Rademann,
Portuguesa, Orquestra Clássica do Sul, Jovem Orquestra
Ofeu e Eurídice, Teatro da Trindade.
Esteve Nabona, Enrico Dovico, Gregor Bühl, Marko Letonja,
Portuguesa, Orquestra Clássica de Espinho e Orquestra
Actuou como solista sob a direcção de maestros como
Zsolt Hamar, Nicola Giusti, Martin André, Nikša Bareza,
Sinfónica da ESART. Teve a oportunidade de trabalhar com
Sir Colin Davis, Ivo Cruz, João Paulo Santos, Michel
Roberto Manfredini, Lawrence Renes, Giovanni Andreoli,
solistas como Bruno Giuranna, Atar Arad, Helen Callus,
Corboz, Zsolt Hamar, Brian MacKay, Alistair Auld, Pedro
Reynald Giovaninetti, Johannes Willig, Garry Walker e Marc
Roger Meyers, Iva Barbosa, Otto Pereira, Carolino Carreira,
Carneiro, Kodo Yamagishi, Dr Marian Doherty e Christopher
Tardue entre muitos outros.
Joana Seara, João Sousa, Mário Laginha, Francisco Peréz,
Bochmann. O seu repertório sacro inclui Nisi Dominus,
Marina Pacheco, José Corvelo, Aldo Salvetti, Sérgio
Vivaldi, Helix Dublin; Stabat Mater, Pergolesi, Almada, Teatro
Pacheco, André Dias, Horácio Ferreira, Vasco Martins,
Municipal; As Sete Ultimas Palavras de Cristo, Haydn, St.
José Eduardo Gomes, direcção musical
Ricardo Silva, Tomás Matos, João Lourenço, Tiago Silva,
Anne’ Cathedral, Belfast; Magnificat, Bach, St. George’s,
Adriana Gonçalves, José Martinho, Armando Mota, Ana
Belfast; Requiem, Verdi, Principado do Barhein; Requiem,
O maestro José Eduardo Gomes nasceu
Maria Pinto, Job Tomé, Luísa Tender, Vitorino, Henk van
Mozart, Helix, Dublin, St Anne’s, Belfast, Igreja de São
em 1983. Iniciou os estudos musicais
Twillert e Natalia Pegarkova, entre outros.
Roque, Lisboa.
em clarinete na Banda de Música da
Na sua vertente mais pedagógica, dirige regulamente
Em recital tem uma relação especial com a música
sua terra natal, V. N. Famalicão, prosseguindo-¬ os na
orquestras de jovens. Colabora com o projecto Orquestra
brasileira, tendo feito muitos concertos em salas tais como:
ARTAVE e depois na ESMAE (Porto), onde se licenciou na
Geração e com várias escolas um pouco por todo o país,
Museu Gulbenkian, Casa da América Latina, Palácio da Bolsa
classe de António Saiote. Estudou Direcção de Orquestra
como a Escola Profissional de Música de Viana do Castelo,
do Porto, Palácio Foz de Lisboa, assim como em salas em
na Haute École de Musique de Genève (Suíça), na classe de
ARTAVE, Academia de Música de Costa Cabral, Academia de
Londres, Dublin, Bahrein, Mérida e Veneza.
Laurent Gay, e Direcção Coral na classe de Celso Antunes.
Musica de Castelo de Paiva, Academia de Artes de Cinfães,
Foi premiado em concursos nacionais e internacionais, dos
EPABI e Academia do Vale de Sousa, entre outras.
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Canções Brasileiras, no qual investiu
law3on TRIO
e gravou para a RDP, RTP, TVI e GOSSTELERADIO (Rússia).
maria josé laginha, viol
VALERIE LAWSON - soprano ELIOT LAWSON - violino JILL LAWSON - piano
Cursou o Conservatório Tchaikovsky de Moscovo, a
Estudou na Fundação Musical dos
International Menhuin Music Academy, em Gstaad, Suiça,
Amigos das Crianças e na Escola
estagiou em Londres, França, Finlândia, com formadores
Profissional Artística do Vale do Ave
O Trio Law3on foi criado em 2007 por
como Zorya Chikhmourzaeva, Yossi Zivoni, Vasco Barbosa,
(Artave), com Filomena Cardoso,
Valerie Vervoort-Lawson (soprano), Jill Lawson (pianista)
Mikhail Kopelman, Sandor Végh, Yehudi Menhuin, Maria
Leonor Prado, Alberto Gaio Lima e Suzanne Lidegran.
e Eliot Lawson (violinista). Este agrupamento dedica-se
João Pires.
Participou em diversos masterclasses com professores
principalmente ao repertório esquecido do ‘belcanto’ e
É professor de violino e música de câmara na Escola de
como Daniel Rowland (Stift International Music Festival),
compositores-melodistas franceses para canto, violino
Música do Conservatório Nacional, em Lisboa.
Felix Andrievsky, Alexei Mijlin, Boris Kuniev, Gerardo
e piano. Law3on descobriu assim um novo, pouco
A sua discografia inclui concertos com Orquestra –
Ribeiro, Christophe Poiget, Igor Volochine, Roman Nodel e
conhecido repertório para este conjunto instrumental-
CD/ EXPO 98, Fantasia “Il Trovatore” de Sá Noronha,
violino barroco com Richard Gwilt.
vocal. Jill e Eliot, irmãos, tocam juntos desde a mais
para Violino e Orquestra (RCA Classics, 1998) e CD
Ganhou o concurso Jovens Músicos em 2005.
tenra infância. Actuaram, enquanto solistas e músicos de
«Quatro Estações» de Vivaldi com a Orquestra Sinfonia
Apresentou-se a solo com a Filarmonia das Beiras,
câmara na Bélgica, Portugal, França, Andorra, Alemanha,
B (Bajja Records, 2000); Recital - CD “Dancing Fiddle”
Orquestra Artave, Nova Orquestra de Lisboa e Orquestra
Itália, Suiça, Bulgária, Reino Unido, EUA, China, Líbano…)
(Numérica, 2008) e CD “Violino em Portugal” (Numérica,
Gulbenkian.
em salas tão importantes como o Carnegie Hall, Bozar,
2011), ambos com o pianista Eurico Rosado e ainda
Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, terminou
deSingel, deDoelen, CCB, Elisabethzaal,…São laureados
a colaboração de José Diniz (guitarra), Luís Gomes
o curso de Instrumentista de Orquestra na Academia
de diversos concursos internacionais (Tibor Varga, Vianna
(clarinete) e Pedro Wallenstein (contrabaixo); Música de
Nacional Superior de Orquestra.
da Motta, Schubert, Brahms, Vittorio Gui, etc). Eliot gravou
Câmara - CD “Quartetos de Santos Pinto” para MC/ IA,
Colaborou com várias orquestras, entre elas a Orquestra
vários CD para etiquetas como Cypres e Fuga Libera (5
2004; com o Quarteto Lopes Graça, de que é membro
Aproarte, Sinfonietta de Lisboa, Lisbon Chamber Orchestra,
diapasons, joker de crescendo, etc.). Eliot é professor no
fundador, gravou, para a editora Numérica, o CD “Música
Orquestra Metropolitana de Lisboa, e Orquestra de Câmara
Conservatório de Amsterdão, no Conservatório de Mons e
Portuguesa para um Quarteto” (Numérica, 2009), com
Portuguesa. Fez digressões mundiais com The European
na Universidade do Minho, em Braga.
obras daquele autor e de António Victorino d’Almeida. Este
Union Youth Orchestra e The World Orchestra, com a qual
Valérie estudou em Nova Iorque, com Trish McCaffrey e
trabalho foi vencedor do Prémio Autores/RTP 2010, na
recebeu o título de “Músico pela Paz”.
na Flanders Operastudio. Tem, desde então, desenvolvido
categoria de “Melhor Trabalho de Música Erudita”. Também
Foi docente da Orquestra Geração. É membro da Camerata
diversos personagens operáticos. Obteve o primeiro prémio
com este colectivo acaba de editar o CD “Criasons”
Atlântica, e desde 2007, membro da Orquestra Gulbenkian.
no Concurso Internacional José Augusto Alegre, em Portugal
(Numérica, 2011) e “Lopes-Graça – Complete Music For
Membro do Quarteto Lopes-Graça desde 2016.
(2007) e foi finalista do Elardo Concours. Desde 2008 faz
String Quartet and Piano” (Toccata Classics, 2014 e 2015).
parte do Ensemble de Ópera Opernwerkstatt-am-Rhein. Valérie é professora de canto no Conservatório de Antuérpia.
matilde loureiro, violino
Jill et Valérie apresentaram-se, como duo em concertos
LUÍS RENDAS PEREIRA, baixo
em directo para a radio Clássica portuguesa - Antena 2.
Solista em obras como a “Missa da
e começou a estudar violino aos
Law3on actuou no IX Ciclo de Concertos no Mosteiro de
Coroação” e “Requiem” de Mozart,
três anos. Estudou com o professor
Évora, no Festival Midi-Minimes na Bélgica, no Palácio
“Singet dem Herrn” de Telemann, “Te
Foz para a Embaixada Belga em Lisboa e para Volcano,
Deum” de Charpentier, Magnificat
Matilde Loureiro nasceu em Lisboa
Luís Cunha na Escola de Música do Conservatório Nacional e actualmente é aluna do professor
de J. S. Bach, entre muitas outras. No âmbito operático
Ilya Grubert no Conservatório de Amesterdão. Foi bolseira
destaca-se a participação em “Ainda não vi-te as mãos
da Fundação Gulbenkian. Frequentou masterclasses com
“ de Edward Abreu e “The Old Maid and the Thief “ de
Tatiana Samouil, Eliot Lawson, Boris Belkin, Daniel Rowland,
luís pacheco cunha, violino Direção Artística do Ciclo de
G. Menotti. Apresentou-se com a Orquestra Filarmonia
Liviu Prunaru, Philippe Graffin, Gérard Caussé e Filipe Pinto-
das Beiras, Orquestra Barroca da Casa da Música, Remix
Ribeiro entre outros. Apresentou-se em recital em diferentes
Música no Convento dos Capuchos
Ensemble e Orquestra Clássica de Espinho, entre outras
salas do país, tais como a Fundação C. Gulbenkian, o
Actua como recitalista, músico
formações. Integra desde 2011 o Coro da Casa da Música.
Palácio Foz, o CCB, o Teatro São Luiz, a Casa da Música no
em Paris.
Porto, o Palácio da Fronteira em Lisboa e o Museu Nogueira
de câmara e solista na maioria das cidades portuguesas, em Espanha, França, Suiça,
da Silva em Braga, assim como na Holanda, República
Alemanha. Realizou tournées de concertos na Bélgica,
Checa, em França e em Itália.
Holanda, Inglaterra, Escócia, Irlanda, URSS/CEI e em Angola
Foi premiada em vários concursos nacionais, como o
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Prémio Jovens Músicos (1º prémio de música de câmara
Como membro do Duo Contracello gravou três CD. Com
nível médio em 2008 com a pianista Taíssa Cunha), e
o Trio Athena, gravou um CD em França, com os trios de
internacionais, como o Concertino Praga (menção honrosa
Debussy e Beethoven.
de música de câmara, concerto no Rudolfinum em Praga)
No violoncelo barroco, com o Avondano Ensemble,
em 2010, e as Jeunesses Musicales de Belgrado em 2016
participou na edição e gravação de repertório inédito do séc.
(diploma de finalista e prémio pela melhor interpretação
XVIII português - As quatro sonatas e dois duos de João
do concerto de Mozart). Foi-lhe atribuído o Prémio Kolibri
Baptista André Avondano (com o violoncelo Stradivarius
no Festival Internacional Stift, na Holanda, em 2010 e uma
“King of Portugal”) e na gravação de um segundo CD,
bolsa de estudos no Festival de Verão de Portogruaro em
com Os Trios Sonata de Pedro António Avondano (com o
Itália, em 2012.
violoncelo Galrão, do Sec. XVIII).
Tem sido concertino das orquestras de câmara de sinfónica do Conservatório de Amesterdão. Toca num violino de
natasa sibalic, soprano
Christian Bayon de 2007.
A soprano Natasa Sibalic, nascida em Belgrado (Jugoslávia) e naturalizada
miguel rocha, violencelo
NÉLIA GONÇALVES, contralto Participou em diversas óperas como Vénus e Adónis de John Blow (Cupido), Il Signor Bruschino de Rossini (Marianna) e recentemente no Teatro Nacional de São Carlos “Dialogues des Carmelites” de Poulenc. Como solista interpretou Missa Brevis em rém KV65 de Mozart, Dixit Dominus de Handel, Oratorio de Noel de Saint-Saens, Messias de Handel, Te Deum de Marcos Portugal, Oratorio de Natal de Bach, Te Deum de António Teixeira, Mass in A flat (D678) de Franz Schubert, Cantata BWV 147 sob a direcção de diversos maestros entre os quais Vasco Negreiros, Fernando Miguel Jalôto, António Vassalo Lourenço, Laurence Cummings, Luís Carvalho, Brian MacKay e João Paulo Janeiro.
portuguesa, é diplomada pela Academia das Artes de Novi Sad
Iniciou os seus estudos no Conservatório do Porto com Isabel
e licenciada pela Escola Superior de Música de Lisboa.
Delerue. Em 1983, prossegue a sua
Aperfeiçoou-se ainda com Biserka Cvejic (Viena), João
formação no estrangeiro com M.
Lourenço (New York), Elizabeth Bentson-Opitz (Hochschule
Strauss (Paris), Vectomov (Praga), Iankovic (Maastricht),
fur Music und Theater- Hamburg) e Elena Dumitresku-
Aldulescu, Pergamenchikov (Basileia), Fallot (Lausanne).
Nentwig (Alemanha), com a qual realizou Estúdio de Ópera
Obteve vários diplomas com a máxima classificação, entre
na qualidade de bolseira do Centro Nacional de Cultura.
os quais o 1º Prémio de Virtuosidade do Conservatório
Obteve diversos prémios em Concursos Nacionais
Superior de Lausanne e o 1º Prémio do Concurso
e Internacionais, e ainda um Prémio especial pela
Internacional de Música UFAM. Foi bolseiro da Fundação
interpretação de Lieder de Schubert.
Calouste Gulbenkian de 1983-85, para estudar em Paris
Em Portugal, onde reside desde 1999, apresenta-se
e na Academia Superior de Praga. Prosseguiu o seu
regularmente em teatros e festivais do país (Teatro
aperfeiçoamento no Conservatório de Maastricht e na
Nacional São Carlos, TN D.Maria II, Teatro de São Luís,
Academia Superior de Basileia, como bolseiro da SEC.
Teatro de Trindade, CCB, entre outros). Seu repertório de
Participou em estágios de Pedagogia na Manhatan University
ópera inclui papeis de Beauty “ The Triumph of Time and
com Burton Kaplan e igualmente em cursos de interpretação
Truth” de G.F.Handel, Ília “Idomeneo”, Rainha da Noite e
com Paul Tortelier, C. Henkel, Janos Starker, P. Muller, M.
Pamina “Flauta Mágica” de W.A. Mozart, Euridice “Orfeo
Tchaikovskaia. Efectuou concertos em França, Suíça,
et Euridice” de C.W.Gluck, Mina ”As duas mulheres de
Alemanha, Itália, Espanha, México, Brasil e EUA.
Sigmund Freud” de Hugo Ribeiro e “Mudos” de Gonçalo
Foi violoncelista solo na “Sinfonieta de Lausanne” de 1996
Gato. Trabalhou sob a direcção artística de Christopher
a 1999. Leccionou durante 10 anos em várias escolas
Bochmann, Nicholas McNair, Stephen Bull, Paulo Matos
em França, nomeadamente no Conservatoire National de
entre outros.
Belfort, Grenoble, Annecy e na Suiça, em Lausanne, de
Na sua actividade concertante realiza um repertório
1997 a 2000.
diversificado, desde barroco até século XXI. Colabora,
Em 2001, regressou a Portugal, onde desenvolve uma intensa
entre outros, com a Orquestra Sinfónica Juvenil, Quarteto
actividade como solista e músico de câmara, assim como
“Lopes-Graça”, os pianistas Anne Kaasa, João Paulo Santos
pedagogo, na Escola Superior de Castelo Branco – ESART.
e Francisco Sassetti.
Tocou em várias formações com Ana Bela Chaves, António
Gravou para a Rádio e Televisão de Novi Sad, Rádio de
Rosado, Luíz Moura Castro, Daniel Rowland , Miguel Borges
Belgrado e Radiodifusão Portuguesa (Antena 2).
Coelho, Aníbal Lima, Filipe Pinto Ribeiro, etc.
nuno moura, recitante Poeta e recitador errante, tem dez livros publicados, é editor da Mia Soave e da Douda Correria, organiza eventos de música e poesia, por exemplo o Festival Triciclo, a Maratona Douda e a Poesia Irreal, faz parte dos colectivos O COPO e Ventilan, leva os filhos e a namorada ao parque.
Orquestra de Câmara de Almada O surgimento da Orquestra de Câmara de Almada (OCA) é um marco particularmente relevante para o concelho de Almada e uma ocasião rara no panorama cultural do nosso país. Contribuirá para unir laços com a comunidade, tanto a nível artístico quanto pela sua intervenção social. Partilhará experiências e parcerias com o meio associativo local e nacional, abrangendo públicos de diferentes proveniências, levando a música a públicos de todas as origens, pensando nos diferentes setores sociais e nas suas necessidades. A OCA constitui-se como um projeto residente no concelho de Almada, assente numa estrutura fixa de 32 músicos profissionais, assumindo uma parceria efetiva com o Conservatório de Música de Almada cujo corpo docente provem integralmente dos músicos da Orquestra. Assegurará concertos sinfónicos e de música de câmara. Gozando de uma gestão de funcionamento e direção artística, autónomas e profissionalizadas, aproveita o facto de em Portugal de uma forma geral, e em particular nos concelhos
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de Almada e limítrofes, possuirmos uma geração de jovens músicos profissionais em qualidade e quantidade, sem paralelo na história do nosso país. Quanto aos músicos disponíveis para abraçar um projeto desta natureza, nunca alguma vez existiram tantos recursos tão qualificados e em tanta quantidade. No Concelho de Almada, o teatro e a dança, con-
de Sopros da ESML. Interpretou Eneias e Feiticeiro (“Dido e Eneias”, de Henry Purcell), Attach (Ester, António Leal Moreira) e Basilio/Don Curzio (Bodas de Figaro, Mozart), um produção do Atelier de Ópera da Metropolitana. Trabalhou com diversos maestros tais como Paulo Lourenço, Alberto Roque, Pedro Teixeira, João Paulo Santos, Paul Hillier, Nicolas Fink e Olari Elts.
desenvolvido, foi-se criando um público fiel e culto
quarteto lopes graça
que projeta o município muito para além das suas frontei-
Luís Pacheco Cunha, violino, direcção artística Maria José Laginha, violino Isabel Pimentel, violeta Catherine Strynckx, violoncelo
ras, sendo esta oferta cultural uma referência no panorama nacional e internacional. A OCA colaborará com as várias entidades do meio associativo no sentido de enriquecer a sua oferta possível as parcerias necessárias tendentes a uma maior dinâmica e motivação das mesmas. A vertente académica da OCA sustentada no novíssimo Conservatório de Música de Almada permitirá com o poder da música e do seu ensino, abrir novos horizontes e perspetivas futuras para centenas de jovens. A OCA permitirá projetar o município na vertente da música e assegurará a Almada a projeção que merece e que já possui noutras áreas das artes performativas.
Vencedor do Prémio Autores / RTP 2010, na categoria Melhor Trabalho de Música Erudita, com o CD – Música Portuguesa para um Quarteto. O Quarteto Lopes-Graça, constituído por músicos com notáveis carreiras solísticas e camerísticas, professores da Escola de Música do Conservatório Nacional (Lisboa), formou-se em 2005 com o objectivo de dotar o Conservatório, à imagem de muitos dos seus congéneres no mundo, de um grupo de referência na área das cordas, com condições para desenvolver um trabalho permanente com output aos níveis da formação especializada em música de câmara (master-classes de quarteto) e da promoção da escola, no
PEDRO CORREIA, baixo
país e estrangeiro.
Foi membro do Coro Gulbenkian e do Teatro Nacional de S. Carlos. Como solista lírico destaca-se a Ópera e a Oratória tendo na sua carreira interpretado cerca de 40 peças do repertório de topo nos principais papéis sob a direcção de alguns dos mais prestigiados maestros nacionais e internacionais. No Concurso Nacional de Canto Luisa Todi foi premiado com duas Menções Honrosas em 2003 e 2005. É professor de Canto e Classes de Conjunto no Centro de Formação Artística da Sociedade
Desde então, o QL-G soube afirmar-se como agrupamento
Filarmónica Gualdim Pais em Tomar.
Brandão, Centro de Artes de Belgais, Encontros de Música
de referência na sua área, tendo actuado nas mais importantes salas e eventos musicais do país - Festa da Música e Dias da Música do Centro Cultural de Belém – edições de 2005, 2006, 2008, 2009 e 2011, Casa da Música /
Colabora regularmente com o Coro da Casa da Música – Porto e com diversos ensembles vocais. A solo tem colaborado regularmente com a Camerata de Sopros Sílvia Dionísio e Orquestra
o Coral Vox Cordis. Contemplado, por diversas ocasiões, com apoios do Ministério da Cultura, realizou concertos em vários pontos do país, nomeadamente no âmbito do recente Festival CRIASONS 2010 / 11, um evento dedicado à composição divulgação da nova música portuguesa – que tem inspirado a acção do QL-G nos anos mais recentes, realizando com frequência primeiras audições de obras que lhe são dedicadas por compositores nacionais. Deslocou-se a Andorra, em 2010, com um programa vocacionado para a divulgação da cultura portuguesa naquele Principado. Em 2013 realizou uma digressão de um mês ao Brasil, no âmbito do evento Portugal no Brasil, com concertos em Curitiba, Brasília e Sorocaba. Em Novembro de 2014 participou, com três concertos, no XII Festival Internacional de Música Contemporânea de Lima, Peru. Terminou, recentemente, uma digressão à Argentina, tendo actuado nas mais prestigiadas salas da capital (Teatro Colón e Usina del Arte) e realizado uma Master-Class no Instituto Superior de Arte do Teatro Colón. Editou em Maio de 2009 o seu primeiro projecto discográfico – um CD com obras de Fernando Lopes-Graça e António Victorino d’Almeida (obra dedicada) [Numérica 1182 | 2009]. Um novo álbum, editado em 2011 (em conjunto com o Opus Ensemble e o Duo Contracello) fez o registo das obras estreadas no Festival CRIASONS [Numérica 1218 | 2011]. Acaba de editar dois CDs com a obra integral de Fernando Lopes-Graça para Quarteto e Piano, com Olga Prats [Toccata Classics 0253 | 2014 e 0254 | 2015].
Porto, Grande Auditório da Culturgeste, Teatro de São Luíz, Teatro da Trindade, Teatro D. Maria II (17 de Dezembro de
roberto recchia, encenador
2006 – centenário do aniversário de Fernando Lopes–Graça), temporada Em Busca de um Salão Perdido (Salão
Tendo-se graduado como actor na
Nobre do Conservatório), Festival de Música de Paços de do Alentejo 2009, por várias ocasiões nas temporadas do
PEDRO MATOS, tenor
Realizou ainda várias tournées aos Açores onde actuou com
portuguesa contemporânea. É aliás este desígnio – a
sequência do longo e assertivo trabalho que se tem
cultural e estabelecendo com o maior número de entidades
Castelo e em muitos outros projectos e espaços culturais.
Eborae Música, em Évora, no primeiro aniversário do Centro Artístico de Braço de Prata, em Lagos (Al-Cultur 2009), Santarém (Inauguração da Biblioteca do Ginásio), Almada (Capuchos e Auditório L. Graça), Cascais (Museu da Música Portuguesa), Funchal (Teatro Baltazar Dias), Marvão, Castelo de Vide, Caldas da Rainha, Caminha, Pombal, Viana do
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Accademia dei Filodrammatici de Milão, alterna a Performance com a Direcção de Cena. O seu trabalho como Encenador de Ópera inclui: Crime Passionnel de Piazzolla (Lugo, 2016); Cavalleria Rusticana (Bergamo 2006); Don Pasquale (Fano 2005); Don Gregorio (Fano e Catania 2008, em DVD); As três Opéra-Minutes de Milhaud, Le Bal Masqué de Poulenc’s e Le gendarme incompris (Seville 2005) ; Dido and Aeneas de Purcell,
Phaedra and Les Illuminations de Britten (Lugo and Bologna
valerie vervoort, soprano
2007); Barbiere di Siviglia (Vicenza 2008), Le convenienze
Soprano belga, Valerie Vervoort
ed inconvenienze teatrali (Fano 2009, em DVD), Il Campa-
estudou canto clássico no Conserva-
nello (Downpatrick 2009), L’Italiana in Algeri (Como 2009),
tório Real de Antuérpia, no Brooklyn
Linda di Chamounix (Bergamo 2009), Maria di Rohan
Conservatory do Brooklyn College em
(Bergamo Musica Festival 2011) e a estreia mundial de Nûr
Nova Iorque e no Flanders Operastudio, em Ghent.
(Martina Franca, 2012).
Em Maio de 2010, Valerie foi finalista do International Rotary
Roberto tem sido presença constante no Wexford Festival
Opera Competition em Lisboa. Em Novembro de 2007,
Opera nos últimos quinze anos. Encenou Don Gregorio de
ganhou o primeiro prémio do Concurso Internacional José
Donizetti em 2006 e Chabrier/Rossini’s Double Bill (Une
Augusto Alegria, em Évora, Portugal e em Julho de 2008 foi
éducation manquée + La cambiale di matrimonio) mas
finalista da Elardo Competition em Brugge, Bélgica. Valerie
também Obras de mais reduzida dimensão como Ceneren-
foi, ainda, bolseira do Governo da Flandres, VoicExperience,
tola (2014), L’elisir d’amore (2013), The magic flute (2012),
da Intermezzo Foundation e da Robus Foundation.
La serva padrona (onde também actuou como Vespone) e
Valerie desenvolveu, em produções operáticas, os persona-
La Bohème (2010), Suor Angelica (2008), Rita (2007), The
gens de Frasquita (Carmen, Bizet), Gilda, Contessa di Ce-
Medium (2005), Viaggio a Reims (2004) e outras.
prano, Paggio (Rigoletto, Verdi), Gretel (Hänsel und Gretel,
Mais detalhes em - www.robertorecchia.com
Humperdinck), Elle (La Voix Humaine, Poulenc) e outras. Integra a companhia de Teatro-Musical Salomee Speelt
taíssa poliakova cunha, piano
e o ensemble Opernwerkstatt am Rhein, em Colónia. Actuou com as Brooklyn College orchestra, Flemish Radio Orchestra, Spectra Ensemble, Charlemagne Orchestra,
Nascida em Lisboa, iniciou os seus
Intermezzo Festival Orchestra, Orquestra do Minho,
estudos musicais com a mãe, Sve-
brassband “de Goede Hoop”, National Philharmonic
tlana Poliakova, e posteriormente no
Orchestra da Moldavia, “Zomer orkest do Festival de Ópera
Conservatório Nacional de Lisboa, com as Professoras
de Alden Biesen e o Hermes Ensemble.
Sofia Vinogradova e Anne Kaasa. Formada com Honras
Gravou música da jovem compositor belga Hanne Deneire
pelo Conservatório Superior de Música de Castilla y León
e irá gravar o Hyperion de Maderna com o Hermes
(Salamanca, Espanha. 2013), com a Professora Miriam
Ensemble em Maio de 2016.
Gómez-Morán.
Valerie é, actualmente, professora no Conservatório Real
Realiza apresentações pelo continente europeu com con-
de Antuérpia, assistindo Stephanie Friede
certos a solo e em duo com a violinista portuguesa Matilde Loureiro. Juntas conquistaram o Primeiro Prémio em Música de Câmara no Concurso “Prémio Jovens Músicos” (Lisboa, 2008) e uma Menção Honrosa no Concurso Concertino Praga (República Tcheca, 2009). Apresentou-se com a Orquestra Sinfônica de Kiev no 3º Festival de Música “Dinastia” em Kiev, Ucrânia (2014). Esta apresentação valeu-lhe o prêmio Vox Populi. Entre as suas premiações incluem-se o Prémio Especial no 16º Concurso Internacional de Piano Santa Cecília (2014), o 1º Prémio e Melhor Interpretação de obra portuguesa no Xº Concurso de Piano da Póvoa de Varzim (2015), entre outras. Actualmente é pianista-acompanhadora na Universidade de Aveiro, onde também realiza o Mestrado em Música sob a orientação do Professor Fausto Neves. É aluna particular de Oxana Yablonskaya desde 2012.
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Entrada livre sujeita à lotação dos espaços e mediante levantamento do bilheteuma hora antes de cada espetáculo, no Convento dos Capuchos. Mais informações Convento dos Capuchos tel. 21 291 93 42
DCOM | jul 2016
www.m-almada.pt
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