CULTURA
OS
SONS ALMADA DE
VELHA MÚSICA NAS IGREJAS
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Eis-nos chegados à 5ª edição de Os Sons de Almada Velha, o festival que, em Outubro, percorre as igrejas de Almada Velha e Núcleo Histórico de Cacilhas, privilegiando uma programação que evidencia, através da música, a ambiguidade de vivências do património religioso e da sua relação com a Cidade. Ao seu roteiro habitual, que integra o Seminário Maior de São Paulo, a Ermida de S. Sebastião, a Igreja de Santiago e a Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso, acresce a Igreja da Misericórdia, recentemente restaurada, onde se realizará o concerto que porá ponto final a esta, que esperamos seja mais uma edição memorável deste festival. Delineámos uma programação fundamentalmente dedicada à música europeia da primeira metade do século XVII, período de transição e de grandes transformações musicais, que vulgarmente apelidamos de primeiro barroco. É precisamente neste período que a música instrumental começa a adquirir uma identidade própria, distanciando-se da música vocal, de cariz maioritariamente religioso. Este processo, com fortes raízes no século XVI é o produto do desenvolvimento da improvisação e da amplamente difundida arte de diminuir, tendo como base, na maioria dos casos, as grandes obras polifónicas do repertório religioso. Inicia-se assim um processo de afirmação e emancipação da música instrumental que culminará na segunda metade do século XVIII.
Tal como em anos anteriores, aceite a nossa sugestão para organizar uma visita a esta zona da cidade, onde se localiza um conjunto de equipamentos culturais que vale a pena conhecer, e desfrute da magnífica vista sobre Lisboa e o Estuário do Tejo a partir dos miradouros existentes.
Here we are for one more edition of Os Sons de Almada Velha. This year’s festival, which will be celebrating its 5th anniversary, will take place in October and will, as usual, bring life to the churches of Almada’s Old Town and Cacilhas’ Historical Centre. Through music, we wish to highlight people’s different experiences of religious heritage and its relationship with the Town. The festival´s usual itinerary, which comprises the Seminary of São Paulo, the Chapel of S. Sebastião, the Church of Santiago and the Church of Nossa Senhora do Bom Sucesso, now includes the recently restored Church of Misericórdia, where the concert that concludes this year’s festival will be held. We hope this festival will be a memorable one. As in previous years, please follow our suggestion to visit this part of the town, where a notable set of cultural facilities are located, and enjoy the magnificent view over Lisbon and the Tagus estuary from the existing viewpoints.
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27 setembro . 19h00
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september 27th . 7:00pm
Seminário de São Paulo, Adega dos Frades SEMINARY of SÃO PAULO, adega dos frades
“The Roots of Improvisation”
Fahmi Alqhai (Direção/Direction) Accademia del Piaccere, Espanha/Spain: Fahmi Alqhai(Violino da gamba), Johanna Rose (Viola da gamba), Rahmi Alqhai (Viola da Gamba), Javier Núñez (Cravo/Harpsichord), Augustin Diassera (Percussão/Percussion)
4 outubro . 19h00
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october 4th . 7:00pm
Ermida de São Sebastião 04
CHAPEL OF SÃO SEBASTIÃO
“Music that her echo is”
Ariel Abramovich (Alaúde/Lute), Argentina e Espanha/Argentina and Spain John Potter (Tenor), Reino Unido/UK
11 outubro . 19h00 october 11th . 7:00pm
Igreja de Santiago CHURCH OF SANTIAGO
“Bailes e Lamentos”
António Carrilho (Flauta de Bisel/Recorder) Suzana Silva Batoca (Flauta de Bisel/Recorder) Catherine Strinckx (Violoncelo/Cello) Joana Bagulho (Cravo/Harpsichord) Grupo Vocal Olisipo, Portugal: Elsa Cortez (Soprano), Luísa Tavares (Mezzosoprano), Catarina Saraiva (Mezzosoprano),Carlos Monteiro (Tenor), Armando Possante (Barítono/Baritone)
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18 outubro . 19h00
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october 18th . 7:00pm
Igreja do Seminário de São Paulo SEMINARY of SÃO PAULO – CHURCH
“Ofício das Trevas”
Pedro Sousa e Silva (Direção/Direction) Arte Minima, Portugal: Brígida Silva (Contralto), Job Tomé (Baixo/Bass), Carmina Repas (Viola da gamba), Xurxo Varela (Viola da gamba), Fernando Paz (Flautas/Flutes), Pedro Sousa Silva (Flautas/Flutes)
25 outubro . 19h00
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october 25th . 7:00pm
Igreja Nossa Senhora do Bom Sucesso, Cacilhas CHURCH OF NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO
“A emancipação da Música Instrumental”
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Pedro Couto Soares (Flautas de Bisel/Recorders) Rui Paiva (Órgão Positivo/Positive organ) Hugo Sanches (Alaúde e Teorba/Lute and Theorbo)
26 outubro . 19h00 october 26th . 7:00pm
Igreja da Misericórdia de Almada CHURCH OF MISERICÓRDIA
“Labirinto da Guitarra”
Pedro Caldeira Cabral (Guitarra Portuguesa a solo/Portuguese Guitar solo)
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Seminário de São Paulo SEMINARY of SÃO PAULO
Adega dos Frades O atual Seminário da Diocese de Setúbal, conjunto com elementos arquitetónicos e decorativos maneirista e barroco na talha e azulejos, foi fundado em 1569, para ser casa de oração e estudo. O terramoto de 1755 provocou danos consideráveis e apenas a Igreja foi alvo de restauro. A propriedade foi vendida a particulares (e sucessivamente a diversos proprietários) até à sua aquisição em 1934 pelo Patriarcado de Lisboa e à instalação de um Seminário, inaugurado em 1935.
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The current Seminary of the Diocese of Setúbal, a cluster of buildings that demonstrates Mannerist and Baroque architectural and decorative elements in the carvings and tiles, was constructed in 1569, to be a sanctuary of prayer and study. The earthquake of 1755 caused considerable damage and only the church has undergone subsequent restoration. The property was sold to individuals (and subsequently sold to different owners) until its acquisition in 1934 by the Patriarchate of Lisbon and the installation of a seminary, opened in 1935.
27 setembro . 19h00 september 27th . 7:00pm
“The Roots of Improvisation”
Fahmi Alqhai (Direção/Direction) Accademia del Piaccere, Espanha/Spain: Fahmi Alqhai(Violino da gamba), Johanna Rose (Viola da gamba), Rahmi Alqhai (Viola da Gamba), Javier Núñez (Cravo/Harpsichord), Augustin Diassera (Percussão/Percussion)
A maioria dos tratados instrumentais de então, Ganassi, Ortiz, Rogniono, dedicavam uma grande parte do seu conteúdo ao ensino da improvisação, em detrimento do ensino da técnica instrumental
A Accademia del Piacere neste programa procura retomar o papel do músico enquanto parceiro ativo na tarefa da composição, enquanto colaborador essencial do compositor, que participa entusiasticamente na criação viva da música. Juan Ramón Lara
Before Beethoven, it was common for musicians to be interpreters and composers, as well as being well versed in the art of improvising. Thorough knowledge of the techniques and rules of composition and an in-depth familiarity with the art of improvising allowed them to “transform” vocal pieces to true instrumental ones, making them even more musically and technically interesting. With this program, the Accademia del Piacere, seeks to re-establish the role of the musician, who enthusiastically participates in the creation of live music as an active player in the task of composition and as a key contributor to the composer.
SEMINARY of SÃO PAULO
Na realidade, a escrita musical não passava de uma forma de “taquigrafia”, a partir da qual os músicos poderiam e deveriam dar asas ao seu talento improvisando, realizando acompanhamentos rítmicos e harmónicos, inventando novas vozes, ornamentando melodias pré-existentes, criando novas instrumentações. De facto, sob a nossa perspetiva moderna, os flautistas, os organistas, os vihuelistas de então, encontravam-se muito mais próximos dos atuais músicos de jazz do que daqueles a que hoje vulgarmente chamamos músicos “clássicos”; o profundo conhecimento das técnicas e das regras de composição e a familiaridade profunda com a arte de improvisar permitia-lhes por exemplo, “transformar” obras vocais em verdadeiras obras instrumentais, tornando-as ainda mais interessantes quer musicalmente, quer tecnicamente, através da aplicação de diversos recursos idiomáticos, nomeadamente as expressivas e virtuosas diminuições.
propriamente dita. Por outro lado podemos também encontrar em diversos géneros musicais da época traços evidentes das suas origens improvisatórias: as chaconnas, os canários, as passacaglias e outras danças, não são mais que variações sobre bassi ostinati (baixos repetidos), sobre os quais se podem criar novas vozes, realizar novos baixos cifrados ou mesmo improvisar verdadeiras toccatas instrumentais. Seminário de São Paulo
Até Beethoven, época em que as profissões de compositor e intérprete se começaram a dissociar, era vulgar os músicos acumularem as funções de intérprete com a de compositor, para além de estarem bastante ambientados com a arte de improvisar.
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Ermida de São Sebastião CHAPEL OF SÃO SEBASTIÃO
A Ermida foi construída no decurso do século XVI. No século XIX, serviu para usos vários (habitação, abegoaria e até taberna), tendo a propriedade sido vendida em 1903. Em 1993 foi adquirida pela Câmara Municipal de Almada e em 2009, após uma obra de reabilitação, foi devolvida ao culto e à população de Almada.
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The Chapel of St. Sebastian was built during the 16th century. In the 19th century, the building served several uses – housing, a barn and even a tavern. After a profound restoration work, it finally returned to being a building of worship and to the people of Almada.
4 outubro . 19h00 october 4th . 7:00pm
“Music that her echo is”
Ariel Abramovich (Alaúde/Lute), Argentina e Espanha/Argentina and Spain John Potter (Tenor), Reino Unido/UK
A poesia de Campion é comparável à das grandes figuras literárias da época, como Ben Jonson ou Philip Sidney, mas a sua reputação como poeta foi parcialmente esquecida pela sua fama como compositor. Os dois músicos conheceram-se em vida, tendo sido Campion responsável pelo epigrama dedicatório escrito em latim para o prefácio do primeiro livro de Dowland. As canções que integram este programa estão organizadas e serão apresentadas segundo os diferentes temas literários, de acordo com a forma como os compositores as trataram, ainda que de forma distinta: o amor, a música, o passar do tempo, ou ainda a expressão da obscuridade e da dor. Ariel Abramovich
The songs that comprise this program are organized and will be presented according to various literary themes, according to the way the composers portrayed, albeit differently: love, music, the passage of time or the expression of obscurity and pain.
CHAPEL OF SÃO SEBASTIÃO
The musical production of Thomas Campion (15671620) and John Dowland (1563-1626) covers the entire brief phenomenon of the English “Lute Song” (songs accompanied by the lute). Within this genre, these were undoubtedly the most prolific composers and they were both the authors of the poetic lyrics of most of their songs.
Ermida de São Sebastião
Thomas Campion (1567-1620) e John Dowland (1563-1626) viveram e morreram com poucos anos de diferença, sendo que a sua produção musical abarca a totalidade do breve fenómeno que é a “cancão para alaúde” inglesa (canções com acompanhamento de alaúde), desde os primeiros cancioneiros impressos (First Book of Songs, 1597) até à transformação do género na Canção com baixo contínuo dos princípios do século XVII (sendo o de John Attey, em 1622, o último cancioneiro para alaúde). Dentro deste género musical foram sem dúvida os compositores mais profícuos, havendo ainda a particularidade de ambos terem sido os autores dos textos poéticos da maioria das suas canções.
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Igreja de Santiago CHURCH OF SANTIAGO
Edificada no séc. XIII, reedificada em 1724 e restaurada a seguir ao terramoto de 1755. O interior do edifício, de uma só nave, encontrase integralmente revestido a azulejos oitocentistas relacionados com o santo que lhe dá o nome e a fachada ostenta a Cruz de Santiago de Espada, ordem à qual pertencia.
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Originally built in the 13th century, rebuilt in 1724 and restored after the 1755 earthquake, the church has undergone major changes over time. The single nave interior of the building is fully coated in nineteenth-century tiles related to the saint whose name it bears. The façade still bears the Cross of Santiago de Espada, the order to which it belonged.
11 outubro . 19h00 october 11th . 7:00pm
“Bailes e Lamentos”
António Carrilho (Flauta de Bisel/Recorder) Suzana Silva Batoca (Flauta de Bisel/Recorder) Catherine Strinckx (Violoncelo/Cello) Joana Bagulho (Cravo/Harpsichord) Grupo Vocal Olisipo, Portugal: Elsa Cortez (Soprano), Luísa Tavares (Mezzosoprano), Catarina Saraiva (Mezzosoprano),Carlos Monteiro (Tenor), Armando Possante (Barítono/Baritone)
A pouco e pouco os instrumentos começam a abandonar a sua função de mero acompanhamento, adquirindo novas linguagens; é nesta altura que nasce em Itália a canzona, uma “canção para se tocar”. O seu desenvolvimento como música instrumental independente teve consequências históricas importantes. Quando passa a ser escrita para um conjunto de instrumentos dá origem à Sonata da Chiesa (Sonata da Igreja) do século XVII.
With the decline of polyphony, a more harmonious kind of music began to emerge alongside the first instrumental works. Slowly, instruments begin to abandon their role as mere accompaniment and acquired new languages.
CHURCH OF SANTIAGO
Com o declínio da polifonia, muito associada à música sacra, começa a emergir um tipo de música de cariz mais harmónico; é nesta altura que começam a surgir também os primeiros tratados instrumentais que, por estarem na sua maioria escritos em língua vernácula, são dirigidos aos executantes, e não apenas utilizados como tratados teóricos.
In the XVI century, as in the XV century, music was either sacred or profane. In both cases, vocal music was clearly dominant and musical instruments were only utilized to emulate or accompany voices.
Igreja de Santiago
No século XVI, tal como já acontecera no século XV, a música encontrava-se dividida em duas áreas bastante distintas, a sacra e a profana. A sacra era composta em grande escala e de uma forma mais académica, enquanto que a música profana apresentava géneros e formas musicais muito simples, onde se destacam sem dúvida as danças como a pavana, a galharda ou ainda a corrente. Em ambos os casos, a música vocal era claramente dominante, e os instrumentos musicais eram utilizados apenas para dobrar ou acompanhar as vozes.
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Igreja do Seminário de São Paulo SEMINARY of SÃO PAULO – CHURCH
A Igreja de uma só nave, coberta com uma abóbada de berço, é parcialmente revestida a azulejos azuis e brancos do século XVIII, que representam cenas da história sagrada da Ordem de S. Domingos. O altar-mor e os colaterais apresentam retábulos de talha barroca do século XVIII. A sacristia, revestida a azulejos do tipo padrão, azuis e amarelos, do Séc. XVII é uma das mais bonitas zonas de clausura.
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The Church of a sigle nave, covered with a cradle vault, is partly covered with blue and white glazed tiles of the 18th century depicting religious scenes of the Order of St. Dominic. The High Altar and the collaterals present alterpieces in baroque woodwork from the 18th century. The Vestry, covered with blue and yellow glazed 17th century tiles, is one of the most beautiful of the enclosure areas.
18 outubro . 19h00 october 18th . 7:00pm
“Ofício das Trevas”
Pedro Sousa e Silva (Direção/Direction) Arte Minima, Portugal: Brígida Silva (Contralto), Job Tomé (Baixo/Bass), Carmina Repas (Viola da gamba), Xurxo Varela (Viola da gamba), Fernando Paz (Flautas/Flutes), Pedro Sousa Silva (Flautas/Flutes)
Parte destes textos foram integrados nos ofícios cristãos de matinas e laudes da semana santa, nomeadamente nas primeiras três lições de matinas, e é nesse contexto que encontramos desde meados do século XV uma enorme quantidade de composições musicais associadas à liturgia, desde Du Fay a Stravinsky, passando por Tinctoris, Arcadelt, Tallis, Palestrina, Lassus, Victoria, Couperin ou Zelenka, entre muitos outros. As composições contidas nos manuscritos de Santa Cruz, de autoria anónima e de Pedro de Cristo, fazem assim parte de uma prática bastante difundida no século XVI, que procura ilustrar musicalmente, de forma muito expressiva, o caráter lamentoso dos textos utilizando mesmo um modo musical específico para o efeito, o tonus lamentationum. Algumas fontes ibéricas que descrevem as práticas
SEMINARY of SÃO PAULO – CHURCH
No centro deste programa encontram-se as Lamentações do Profeta Jeremias, um conjunto de lamentos poéticos presumivelmente escritos na sequência da destruição de Jerusalém pelos babilónios em 586 a.c. e que expressam a ideia de um abandono divino, de um sofrimento inultrapassável e de impossibilidade de redenção.
musicais nas capelas e catedrais ibéricas do renascimento confirmam a presença continuada de todo o tipo de instrumentos em todos os momentos do calendário litúrgico, mas sugerem também que o caráter sombrio de todo o Ofício de Trevas era objeto de uma sonoridade própria, por vezes especificando mesmo o uso de flautas. Assim, Arte Minima optou por executar este concerto com dois cantores, duas flautas e duas violas da gamba.
Igreja do Seminário de São Paulo
Arte Minima apresenta em primeira audição o seu novo projeto em torno da música para o Ofício das Trevas, contida em quatro manuscritos do renascimento português, originários do Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra.
The Arte Minima group presents the first hearing of its new project on music for the “Ofício das Trevas”, (Tenebrae Service) contained in four manuscripts originating from from the Monastery of Santa Cruz in 13 Coimbra, during the Portuguese Renaissance. The gloomy nature of the entire Tenebrae Service was the object of a specific sound, which sometimes utilized flutes. Arte Minima chose to perform this concert with two singers, two flutes and two violas da gamba.
Igreja Nossa Senhora do Bom Sucesso
CHURCH OF NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO
Cacilhas A Igreja, de estilo pombalino, foi reconstruída em 17561759, no local da antiga Gafaria de Cacilhas. É composta por uma só nave, capela-mor e sacristia, com a frontaria a possuir duas torres de sino e dois relógios de sol. No interior, as paredes são revestidas a azulejos (branco e azul) datados de 1758/60.
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Rebuilt in the 18th century, the church, in the “Pombalino” style, consists of a single nave, chancel and sacristy and the façade presents two bell towers and two sundials. Inside, the walls are covered with glazed tiles (white and blue), dating from 1758/60.
25 outubro . 19h00 october 25th . 7:00pm
“A emancipação da Música Instrumental”
Pedro Couto Soares (Flautas de Bisel/Recorder) Rui Paiva (Órgão Positivo/Positive organ) Hugo Sanches (Alaúde e Teorba/Lute and Theorbo)
Este programa dá um panorama dos primórdios da música instrumental, partindo de modelos vocais, madrigais diminuídos ou variações sobre melodias cantadas até às sonatas do primeiro barroco com os seus característicos contrastes súbitos. Estão representados alguns dos mais importantes compositores desde Frescobaldi, com variações para órgão, o alaudista Picinnini, com um solo de teorba e os violinistas Fontana e Pandolfi Mealli, com as suas
sonatas. Os madrigais de Palestrina são apresentados em versões diminuídas ou ornamentadas por Francesco Rognoni. CHURCH OF NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO
Igreja Nossa Senhora do Bom Sucesso
A segunda metade do século XVI e a primeira metade do século XVII assistiram a um florescimento da música instrumental. Até então a música vocal era dominante, cabendo aos instrumentos acompanhar ou dobrar a voz. Os manuais de ornamentação que foram publicados em grande número neste período dão-nos uma ideia do grau de virtuosidade e da capacidade de improvisação dos músicos da época. Através da ornamentação de linhas vocais, os instrumentos foram desenvolvendo uma linguagem idiomática que os diferenciava progressivamente da voz. O aparecimento da sonata para um instrumento melódico e baixo contínuo marca a verdadeira emancipação da música instrumental que deixa de se limitar a imitar os modelos vocais. A produção de música instrumental inicia um movimento de progressiva ascensão, até igualar, na segunda metade do século XVIII, a música vocal, em quantidade e importância.
The second half of the XVI century and the first half of the XVII century witnessed a flourishing of instrumental music. Until then, vocal music was dominant and instruments accompanied or emulated voices. The manuals on ornamentation that were largely published during this period give us an idea of the degree of virtuosity and improvisational skills of the musicians of the time. The production of instrumental music progressively increased until it equaled, in the second half of the XVIII century, vocal 15 music, in quantity and importance. This program gives an overview of early instrumental music.
Igreja da Misericórdia de Almada CHURCH OF MISERICÓRDIA
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A Santa Casa da Misericórdia de Almada foi fundada em 1555 e em 1564 deu-se início aos trabalhos de remodelação da antiga capela, que sofreu obras de ampliação. O edifício foi seriamente danificado com o terramoto de 1755, remanescendo apenas o altarmor e o retábulo maneirista, tendo-se concluído a sua reconstrução em 1758. A Igreja, recentemente restaurada, tem um interior de nave única e altar-mor elevado e apresenta paredes decoradas com silhar de azulejos azuis e amarelos do séc. XVII, esculturas sacras em madeira, destacando-se o retábulo que preenche a totalidade da parede fundeira e que corresponde à disposição original.
The Santa Casa da Misericórdia of Almada was founded in 1555 and, in 1564, the work of renovation and expansion of the old chapel began. The building was badly damaged in the earthquake of 1755 and only the altar and the Mannerist altarpiece remained. Its reconstruction was concluded in 1758. The church, recently restored, has a single-nave interior and a raised main altar. Its walls are decorated with an ashlar of blue and yellow tiles of the XVII century and sacred sculptures in wood. Of note is the retable that fills the entire back wall and corresponds to the original arrangement.
26 outubro . 19h00 october 26th . 7:00pm
“Labirinto da Guitarra”
Pedro Caldeira Cabral (Guitarra Portuguesa a solo/Portuguese Guitar solo)
A imagem mítica do Labirinto, com a sua simbologia sacrificial e iniciática, sugere a complexidade da escolha do repertório deste programa e propõe um caminho de acesso a uma nova realidade de utilização mais completa das possibilidades expressivas da guitarra. A Guitarra Portuguesa de hoje entrou definitivamente na categoria de instrumento de concerto, apreciada internacionalmente, representada por um conjunto alargado de intérpretes, apostados na divulgação das várias vertentes que constituem o seu reportório, bem ilustrado no programa deste recital. Pedro Caldeira Cabral
CHURCH OF MISERICÓRDIA
The Portuguese Guitar has awakened a growing interest from a public attentive to the appreciation of musical genres that are different from the popular use of this instrument. Its use is becoming increasingly common both in accompanying Fado and in the context of classical music festivals. Since the 1970s, Pedro Caldeira Cabral has contributed to this niche, notably through the creation of a new, large solo repertoire consisting of original compositions and transcriptions of musical pieces from the past, the latter originally designed for plucked string instruments of European tradition, such as the zither, lute and viola da mano, or keyed instruments, such as the harpsichord and the pianoforte, whose sound is similar.
Igreja da Misericórdia de Almada
A Guitarra Portuguesa tem vindo a despertar o interesse crescente do público atento à fruição de géneros musicais diferentes do uso popular deste instrumento, nomeadamente no acompanhamento do Fado e a sua apresentação no contexto de festivais de música clássica que é cada vez mais frequente. Para tal temos contribuído, desde a década de 1970, com a criação de um novo repertório solístico alargado, constituído por composições originais e transcrições de peças de música do passado, estas originalmente concebidas para instrumentos de corda dedilhada da tradição europeia, como a cítara, o alaúde, a viola de mão, ou os de tecla como o cravo e o pianoforte, de cuja identidade tímbrica se aproxima.
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1 Accademia
del Piacere
A ousadia dos seus projetos, a qualidade técnica dos seus músicos e a forte personalidade artística do seu diretor fizeram da Accademia del Piacere um dos mais reputados agrupamentos espanhóis na área da interpretação histórica informada. Desde o seu início, em 2002, tem aprofundado e revelado os mais diversificados repertórios da música pré-clássica, como a música do seicento italiano, ao qual dedicaram os seus discos Le Lacrime di Eros (Prémio Prelude Classical Music, 2009), Amori di Marte, centrado na obra Il Combatimento di Tancredi e Clorinda do compositor italiano Claúdio Monteverdi (Disco Excepcional Scherzo 2011 e CD Tipp da Toccata Magazine, 20 Alemanha) e Les violes du ciel et de l’enfer, dedicado à música de câmara da corte do Rei Sol (nomeado para os International Classical Music Awards, 2011). Em todos eles a crítica tem destacado o fascinante e direto poder de comunicação com o público e a interpretação viva e emocionada dos instrumentistas. Em 2011, Accademia del Piacere revolucionou o mundo da interpretação histórica informada com o lançamento do seu quarto CD, sob o selo Alqhai & Alqhai, Las Idas y lasVueltas, uma incursão ao mundo do flamenco e suas conexões com música barroca, em colaboração com o cantautor Arcángel, desafio distinguido pela crítica na Bienal de Flamenco de Sevilha, em 2012, para além de ter alcançado um grande sucesso europeu a nível discográfico. Nessa mesma linha revolucionária surge o seu mais
recente projeto discográfico, que revive o apaixonante mundo da improvisação da Espanha do século XVII, Rediscovering Spain (2013), onde de novo arriscam e oferecem novas interpretações ao público de hoje. O reconhecimento nacional e internacional levou a Accademia del Piaccere aos palcos mais prestigiados do mundo, sendo os concertos frequentemente transmitidos em direto pelas mais importantes rádios e canais televisivos europeus.
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Fahmi Alqhai
(viola da gamba/direção musical) Fahmi Alqhai é considerado hoje como um dos mais importantes intérpretes de viola da gamba e um dos mais inovadores na área da interpretação histórica informada, graças à sua conceção arrojada e abordagem pessoal e comunicativa dos repertórios históricos. Nascido em Sevilha em 1976, filho de pai sírio e mãe palestiniana, passou os seus primeiros onze anos de vida na Síria, onde deu início à sua formação musical. Mais tarde, em Espanha, estudou de forma autodidata até ingressar, em 1994, no Conservatório Superior de Sevilha Manuel Castillo, onde estudou viola de gamba, com Ventura Rico. Prosseguiu a sua formação na Schola Cantorum Basiliensis (Basel) e no Conservatorio della Svizzera Italiana (Lugano) sob a orientação de Vittorio Paolo e Pandolfo Ghielmi, respectivamente.
de Sevilla, do Al Ayre espanhol, entre outros. Fez também diversas incursões no campo da música contemporânea e do jazz, tocando com artistas de reconhecida importância, como Uri Caine. Fez inúmeras gravações para as mais diversas etiquetas como Alia Vox, Glossa, Winter & Winter, Tactus, Arsis, enchiriadis, e ainda para televisões e rádios na Europa, Ásia e América. Desde 2009 é diretor artístico do FeMAS, Festival de Música Antiga de Sevilha. Biographies
3 Ariel Abramovich
biografias
Iniciou a sua carreira a solo em 1998, especializandose no repertório alemão para viola da gamba; as suas versões das Sonatas para viola da gamba e cravo obligato de Johann Sebastian Bach, gravadas em 2004 com Alberto Martínez Molina, obtiveram junto do público e imprensa especializada uma excelente receção. Em 2002 fundou a Accademia del Piacere com a soprano Mariví Blasco, da qual é diretor artístico. É também fundador, juntamente como seu irmão Rami Alqhai, da editora Alqhai & Alqhai, com a qual produziu e gravou os quatro CDs da Accademia. Em 2014 apresenta A Piacere, o seu primeiro CD a solo, que revela uma inovadora conceção da viola da gamba histórica e que recebe uma calorosa receção em Espanha, na Alemanha e por toda a Europa. Segundo a revista britânica Gramophone trata-se de um “extraordinário CD que transporta a viola da gamba para um novo terreno cheio de potencial” , sendo “um feliz tributo a tudo o que a viola possa ter sido e tudo o que ainda poderá vir a ser.” Requisitado desde muito jovem pelas melhores formações da cena musical internacional na área da interpretação histórica informada, tem integrado regularmente grupos como Hesperion XXI (Jordi Savall) ou ainda o Il Suonar Speaker (Vittorio Ghielmi). É ainda membro fundador da More Hispano (Vicente Parrilla). Como solista já se apresentou com orquestras do calibre da Orquestra Nacional de Espanha, Orquestra Filarmônica de Galícia, do Ensemble Vocal de Lausanne (Michael Corboz), da Orquesta Barroca
A profunda dedicação e compromisso ao repertório exclusivamente renascentista valeram a Ariel Abramovich um grande reconhecimento na área da 21 interpretação histórica informada. Nascido em Buenos Aires em 1976, desde muito jovem se interessou pelo rock, pelo jazz e pela música latino-americana. Estudou violão com Norberto Pedreira e Enrique Sinesi e mais tarde guitarra clássica com José Luis Merlin e Miguel de Olaso. Posteriormente, e depois de se deslumbrar por uma fantasia de Luys de Narvaez, decidiu dedicar-se inteiramente ao repertório para alaúde e vihuela do século XVI. Foi então que começou a estudar alaúde e vihuela com Dolores Costoyas e Eduardo Eguez. Estudou ainda na Schola Cantorum Basiliensis, onde se tornou discípulo de Hopkinson Smith, tendo ali tido a oportunidade de frequentar aulas e cursos com Anthony Rooley, Crawford Young e Dominique
Vellard. Posteriormente, ampliou a sua formação trabalhando regularmente com Eugène Ferré, em França. Em 2008, começou a trabalhar com o tenor britânico John Potter, com o qual se dedica quase exclusivamente à musica inglesa para alaúde e voz e à polifonia do século XVI, em tablatura, para voz e cordas dedilhadas. Com este duo, realizou uma série de concertos e tournés internacionais na Europa, América e norte de África. Também com John Potter, gravou em 2011 para a prestigiada etiqueta alemã ECM, um programa que consiste em adaptações de polifonia religiosa do Século XVI que será publicado em breve. Para a mesma etiqueta, prepara ainda uma segunda gravação 22 que estará disponível em breve. Como docente, tem sido convidado para lecionar em cursos de mestrado em diversos conservatórios e instituições de ensino em Espanha, Alemanha, Brasil, Argentina, Estados Unidos e Equador, para além de ministrar frequentemente nos Cursos de Música Antiga Prachatice (República Checa), de Bremer Lautenakademie (Alemanha) , no Curso de Música Antiga de Alicante, nos Cursos de Música Antiga da Universidade Jaume I (Castellón), no Festival de Música Antiga de Gijon, na Escola Universitária de Música de Montevidéu (Uruguai), na Minguiestudio Academy (Madrid), entre outras.
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John Potter
Paralelamente ao projeto que desenvolve com Ariel Abramovich, centrado nas cordas pulsadas e voz do Renascimento, a experiência cénica muito eclética de John Potter vai desde a estreia de obras de Berio, Stockhausen, James Dillion e Michael Finnissy, às colaborações em conjuntos vocais para Manfred Mann, Mike Oldfield, The Who, entre outros. Com o grupo Red Byrd, fundado com o baixo Richard Wistreich, gravou um repertório tão diverso, que vai desde Monteverdi (tanto de um modo mais “tradicional” como com guitarras elétricas), Leonin (3 discos para a casa Hyperion) a música do baixista dos Led Zeppelin, John Paul Jones, esta última para a Factory Records. Como membro do prestigiado conjunto vocal Hilliard Ensemble, foi um dos mais destacados colaboradores do projeto Officium, projecto este que alcançou cinco discos de ouro. Contribuiu ainda para a concretização dos quatro discos do The Dowland Project, editados pela editora ECM. Foi ainda o produtor dos primeiros três discos do ensemble escandinavo Trio Mediaeval. Os seus projetos atuais incluem algumas apresentações multimédia com música de Ambrose Fields e o Conductus Projet (com 3 discos gravados para Hyperion). Para além de intérprete é ainda escritor e académico, (leitor emérito em Música, da Universidade de York), tendo já publicado quatro livros sobre o canto.
O Grupo Vocal Olisipo nasceu em 1988 e é, desde então, dirigido por Armando Possante. Com repertório vasto e eclético, abrange obras desde o período medieval até aos dias de hoje. Colabora com diversos compositores, tendo apresentado em primeira audição obras de Bob Chilcott, Ivan Moody, Christopher Bochmann, Eurico Carrapatoso, Vasco Mendonça, Luís Tinoco e Manuel Pedro Ferreira, entre outros. Trabalhou com dois dos mais prestigiados ensembles mundiais da atualidade – “Hilliard Ensemble” e “The King’s Singers” para além de ter contracenado com Jill Feldman numa ópera barroca. Conquistou já inúmeros primeiros prémios em concursos nacionais e internacionais e vários prémios de interpretação. Já atuou por todo o país nos principais festivais de música e em palcos como os do Centro de Arte Moderna, CCB, TNSC, Casa da Música, Rivoli, Culturgest, entre muitos outros. Colabora com várias orquestras, como o Quarteto Lacerda, Quarteto Arabesco, Capella Real, Músicos do Tejo, Academia de Música Antiga, Orquestra de Cascais e Oeiras, OrchestrUtopica, Orquestra Sinfónica Juvenil, Orquestra do Algarve, Orquestra Filarmonia das Beiras e Orquestra Metropolitana de Lisboa. Tem-se apresentado em concertos por toda a Europa. Participou como convidado em Sunderland,
Inglaterra, no Festival 500, em St. John’s no Canadá e no International A Cappella Festival, em Singapura. Nestes festivais o grupo orientou diversos workshops para coros e maestros de todo o mundo. Gravou o Officium Defunctorum de Estêvão de Brito, as Matinas de Natal de Estêvão Lopes Morago, Cantatas Maçónicas de Mozart, Tenebrae, com música de Francisco Martins e Manuel Cardoso e o Magnificat em Talha Dourada de Eurico Carrapatoso.
Armando Possante (direção)
Biographies
Grupo Vocal Olisipo
biografias
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Armando Possante fez os seus estudos musicais no Instituto Gregoriano de Lisboa e na Escola Superior de Música de Lisboa onde concluiu os Cursos 23 Superiores de Direção Coral com o Professor Christopher Bochmann, Canto Gregoriano com a Professora Maria Helena Pires de Matos e Canto com o Professor Luís Madureira. Estudou Canto em Viena com a Professora Hilde Zadek e frequentou masterclasses de canto com os professores Christianne Eda-Pierre, Christoph Prégardien, Siegfried Jerusalem e Jill Feldman. Frequentou também cursos de Canto Gregoriano em Itália e Portugal com os professores Nino Albarosa, Johannes Göschl, Alberto Turco e Luigi Agustoni. É professor no Instituto Gregoriano de Lisboa e na Escola Superior de Música de Lisboa. Orientou workshops de canto e música coral no Canadá, Inglaterra, Singapura e Portugal, destacando-se as
Jornadas Internacionais de Música da Sé de Évora, onde trabalhou frequentemente ao lado de Owen Rees e Peter Phillips. É director musical e solista do Grupo Vocal Olisipo e do Coro Gregoriano de Lisboa e foi membro convidado do Nederlands Kamerkoor, tendo-se apresentado em concertos na Alemanha, Bélgica, Bulgária, Canadá, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Inglaterra, Itália, Japão, Luxemburgo, Marrocos, Polónia, Singapura e Suíça. Conquistou o 3º prémio e o prémio para a melhor interpretação de Bach no 1º Concurso Vozes Ibéricas, o 3º prémio e o prémio para a melhor interpretação de uma obra portuguesa no Concurso Luisa Todi de 2003 e o 1º prémio no 7º Concurso de Interpretação 24 do Estoril. Foi-lhe atribuído, como maestro, o prémio Bärenreiter para a melhor interpretação de uma obra renascentista no concurso C. A. Seghizzi em Itália e, com o Grupo Vocal Olisipo quatro primeiros prémios e vários prémios de interpretação em concursos internacionais na Bulgária, Finlândia e Itália. Gravou cerca de duas dezenas de discos com grande reconhecimento crítico, pelos quais recebeu, entre outras distinções, o Choc du Monde de la Musique e o Diapason d’Or. Apresenta-se regularmente com a pianista Luiza da Gama Santos em recitais de Lied, tendo já interpretado obras como os ciclos Winterreise de Schubert, Dichterliebe de Schumann e Lieder Eines Fahrendes Gesellen de Mahler. Como solista de oratória interpretou, com as principais orquestras
do país, obras como Missa em Si m, Oratória de Natal e Magnificat de Bach, Messias de Händel, A Criação de Haydn, Nona Sinfonia de Beethoven, Petite Messe Solennelle de Rossini, L’enfance du Christ de Berlioz, Carmina Burana de Orff e as missas de Requiem de Mozart, Bomtempo, Fauré, Duruflé, Lopes Graça e Eurico Carrapatoso. Estreou-se em ópera no papel de Guglielmo em Così fan Tutte de Mozart, tendo posteriormente participado em produções das óperas L’Amore Industrioso, As Variedades de Proteu, Dido and Aeneas, The Fairy Queen, Venus and Adonis, La déscente d’Orphée aux Enfers, La Donna di GenioVolubile, La Dirindina, A Floresta, Corpo e Alma, Jeremias Fisher, O Sonho e L’Elisir d’Amore.
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Catherine Strinckx
(Violoncelo)
De nacionalidade francesa, obteve os primeiros Prémios nos Concursos Internacionais de Caltanisseta e Trapani. Foi também laureada no Concurso Internacional Vittorio Gui em Florença, para além de ter obtido o prémio especial do Concurso Internacional Terem Crossover 2012 em São Petersburgo (com o grupo Orangotango). Foi violoncelo solo em diversas orquestras durante 10 anos: na Camarata Lysy (1989-1992) e na Orchestre des Pays de Savoie (1993-2000). Foi também membro da Orquestra Nacional do Porto (2000-2002). Foi a violoncelista, membro fundador do Serenade
6 António
Carrilho
(Flautas de Bisel)
Desenvolve uma intensa carreira enquanto solista num reportório que vai da Idade Média aos nossos dias. O seu gosto pelo ecletismo leva-o a conceber projetos pluridisciplinares, envolvendo músicos, atores, bailarinos e apresentações multimédia. Foi solista com as orquestras Gulbenkian, Sinfónica Portuguesa, Orchestrutopica, Den Norsk Katedralenensemblet (Noruega), Sinfonietta de Lisboa, Divino Sospiro, Sinfónica da Póvoa de Varzim, Orquestra de Cascais e Oeiras, Concerto Balabile (Holanda) e premiado nos Concursos Internacionais Recorder Moeck Solo Competition (Inglaterra), assim como Recorder Solo Competiton of Haifa 25 (Israel). Apresenta-se regularmente em importantes festivais na Europa, América e Ásia. Vários compositores dedicaram-lhe obras, entre os quais António Chagas Rosa, Cândido Lima, Eurico Carrapatoso, Vasco Mendonça, Nuno Côrte-Real, Pedro Junqueira Maia, Clotilde Rosa, José Júlio Lopes, Luís Tinoco, Vasco Negreiros, Sérgio Azevedo, Jacques Bank, Annette Kruisbrink, Martin Gerhardt, Ulf Krupka, Hanne Ørvad , Bernt Simen Lund , Bjarne Isaksen, Myriam Lucia Marbe, Calliope Tsoupaki, Dimitri Nicolau, Ivan Moody, Donald Bousted, Etienne Rolim, entre outros. Trabalha regularmente com os mais variados agrupamentos de música antiga, contemporânea e
Biographies
biografias
String Trio e do grupo de música contemporânea Sirius. Tocou a solo e em grupos de câmara nos Estados Unidos, Alemanha, Suíça, República Checa, Eslováquia, Argentina, Tailândia, Sultanato de Omão, Malta, Quirguistão, França, entre outros. Gravou para as rádios francesa (“France Musique”), checa, eslovaca, suíça e Antena 2. Gravou sete discos, um dos quais o Quarteto para o Fim do Tempo, (centenário do nascimento de Olivier Messiaen), com Daniel Rowland, Paulo Álvares, Carlos Alves e a integral de Lopes-Graça para quarteto e piano, com Olga Prats. Com Violoncelo Barroco trabalhou sobre a direcção de R. Goebel, T. Koopmann, C. Coin e Fabio Biondi. Colabora regularmente com a Orchestrutopica. É membro do Trio A Piaccere, do Duo com Acordeão ( com P.J. Ferreira) e do Quarteto Lopes-Graça, com o qual recebeu o Prémio Autores 2010, para o disco Música Portuguesa para um Quarteto. Lecionou nos Conservatórios de Besançon e Belfort em França e orientou masterclasses na Tailândia, Brasil, Suíça e Portugal. A sua atual atividade pedagógica divide-se entre a Escola Superior de Castelo Branco e a Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa.
world music em Portugal, Espanha, Holanda, Estados Unidos da América e Bélgica. É membro fundador do MudançAEnsemble, um agrupamento que propõe o confronto inédito entre repertórios aparentemente incompatíveis através de um olhar contemporâneo. Trabalha também habitualmente com os agrupamentos: La Paix du Parnasse (Espanha), duo com o pianista Eurico Rosado (reportório dos séculos XX e XXI); Syrinx XXII (EUA); grupo Ciudate (Holanda), em conjunto com o tenor Marcel Beekman; trio Transfiguratiusensemble; duo com o percussionista Pedro Carneiro; duo com o cravista Cristiano Holtz e o duo Borealis Ensemble com a fortepianista Helena Marinho. É professor adjunto na ESART - Escola Superior 26 de Artes Aplicadas -, leccionando Flauta de bisel e Música de Câmara. Ministra cursos nas Masterclass Internacionais de Música Antiga de Urbino (Itália), nos Cursos Internacionais de Música Antiga de Arija - Burgos (Espanha), na Masterclass de Música de Câmara e flauta de bisel no Palácio Foz em Lisboa, tendo orientado cursos e estágios em países como Portugal, Holanda, Alemanha, Itália, Índia e Brasil. Gravou para a etiqueta Encherialis, música de Bartolomeu de Selma y Salaverde com Anthonello (Tóquio/ Japão); para a Numérica a Suite Concertante para flauta de bisel e orquestra de Sérgio Azevedo, com a Orquestra da Póvoa de Varzin/ Osvaldo Ferreira; para a Portugaler, Vilancicos Negros, com o Coro Gulbenkian/ Jorge Matta; com os Músicos do Tejo Il,
Trionfo d´Amore de Francisco António de Almeida, com Marcos Magalhães, entre outros. Dirige regularmente ópera barroca, tendo já dirigido Dido and Aeneas de Purcell, La Descente d´Órphée aux Enfers de Charpentier, La Serva Padrona de Pergolesi, La Dirindina de Scarlatti, Don Quijotte chez la Duchese de Boismortier, Venus and Adonis de John Blow e Arlechinatta de Salieri. No campo da música contemporânea dirigiu música de Stockhausen, Piazzolla e Daniel Schvetz.
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Suzana Silva Batoca
(Flautas de Bisel)
É licenciada em Flauta de Bisel pela Escola Superior de Música de Lisboa e pós-graduada em Ciências Musicais (Musicologia Histórica) pela Universidade Nova de Lisboa. Encontra-se neste momento a frequentar a Licenciatura em Música Antiga-Traverso, na ESML, com Pedro Couto Soares. Participou em diversas masterclasses nomeadamente com Pedro Bonet, Pedro Memmelsdorf, Stephen Bull, Peter Holtzlag, Jill Feldman, Catarina Costa e Silva, Chiara Banchini, Tomaso Rossi, entre outros. Tem sido igualmente responsável artística de alguns Ciclos e Festivais de Concertos, como o Ciclo de Concertos Noites de Primavera, em Almada, e mais recentemente, o Festival Os Sons de Almada Velha, em Almada. Como instrumentista divide a sua atenção entre a interpretação histórica informada e a música dos
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(Cravo)
Nasceu em Lisboa em 1968. Estudou piano na Academia de Amadores de Música de Lisboa e no Conservatório Nacional na classe dos professores Miguel Henriques e Tania Achot. Iniciou os estudos de cravo em 1994 na classe da Professora Cremilde Rosado Fernandes, tendo completado a licenciatura na Escola Superior de Música de Lisboa. Concluiu em 2006 o mestrado em Performance na Universidade de Aveiro tendo como professor de cravo Jacques Ogg e paralelamente trabalhou com Elisabeth Joyé, em Paris. Frequentou diversos cursos de aperfeiçoamento nomeadamente com os cravistas Ketil Hausgand, Jacques Ogg e Rinaldo Alessandrini e Keneth Weiss entre outros. Frequenta regularmente aulas
Biographies
Joana Bagulho
com Elisabeh Joyé, tanto particulares como em masterclasses. Participou em espetáculos de teatro com o Teatro da Graça, o Teatro Aberto, o grupo de teatro O Bando. Participou em A colher de pauta - Centro de arte Moderna (1998) e Centro Cultural de Belém (1999), Orfeu e Eurídice - Teatro da Trindade, Guimarães (2008,2009). Concebeu os espetáculos No tempo em que os instrumentos falavam e O som dos sentimentos juntamente com Fernando Pedro Oliveira e Joana Amorim e com estes tem realizado espetáculos por todo o país. Tem realizado recitais a solo e concertos de música de câmara tanto na área da Música Antiga como na da Música Contemporânea, nomeadamente na Temporada De Cravo, em Óbidos, Festival De Outono, em Aveiro, Festival De Música De Câmara De Almada, Festival de Leiria, entre outros. 27 Desenvolveu um programa de transcrições de música de Carlos Paredes para cravo com o qual tem efetuado diversos recitais a solo em Portugal e no estrangeiro nomeadamente em Itália no Festival Cantar Lontano. É professora assistente da escola Superior de Música de Lisboa desde 1999 onde leciona harmonizaçao ao piano, baixo contínuo e acompanha os alunos do Curso de Música Antiga. biografias
séculos XX e XXI, tendo estreado obras de diversos compositores, como Tiago Cutileiro, Pedro Rocha, Elsa Filipe, José Carlos Garcia, entre outros. Na área da docência, foi responsável pelas classes de flauta de bisel nas mais importantes escolas do país, nomeadamente no Instituto Gregoriano de Lisboa, Escola de Música do Orfeão de Leiria, Escola Profissional de Música e Artes de Almada, entre outras. Actualmente acumula as funções de Direção Pedagógica com as de docente de flauta de bisel e de música de conjunto na Academia de Música de Almada.
9 Arte
Minima
Uma quantidade impressionante de fontes musicais do século XVI e XVII residentes em arquivos portugueses aguarda resgate. Apesar da atenção dada pela musicologia portuguesa passada e recente às coleções originárias de locais como os mosteiros de
Santa Cruz de Coimbra ou de Alcobaça, ou das Sés de Braga, Viseu ou Évora, há ainda um trabalho imenso para se fazer no sentido de voltar a dar voz ao vasto reportório contido nesses manuscritos e impressos. Nomes como Vasco Pires, Fernão Correia, Vicente Lusitano, António Carreira, Manuel Mendes, Filipe de Magalhães, Duarte Lobo, Pedro de Cristo, ou Estêvão Lopes Morago são, infelizmente, ainda pouco conhecidos do público especializado e ausências frequentes dos programas das salas e festivais dedicados à música erudita, apesar da elevada qualidade das suas composições. Arte Minima é um projecto que pretende contribuir para colmatar essa ausência. Fundado e dirigido por Pedro Sousa Silva, o grupo tem como premissa 28 fundamental o trabalho a partir das fontes originais, tanto musicais como teóricas, para uma melhor compreensão da linguagem implícita na música e na sintaxe das práticas associadas. O enquadramento social-histórico também é uma preocupação do grupo. Apesar de não se pretender recriar os acontecimentos litúrgicos para os quais o reportório foi escrito, os programas procuram manter a coerência das relações de diálogo inerentes ao contexto original. Desde a sua fundação, em Dezembro de 2011, Arte Minima apresentou-se em Vila do Conde, Braga, Viseu e Póvoa de Varzim (36º Festival Internacional de Música). Realizou uma gravação para o Centro de Interpretação do Mosteiro da Batalha. Irá, em outubro de 2014, apresentar-se na 26ª Temporada de Música em São Roque, Lisboa.
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Pedro Sousa Silva
(flautas/direção)
Pedro Sousa Silva estudou flauta com Pedro Couto Soares (Escola Superior de Música de Lisboa) e Pedro Memelsdorff (Civica Scuola di Musica di Milano) e Musicologia (Universidade Nova de Lisboa). É doutorado em música pela Universidade de Aveiro, com uma tese que discute a interação entre teoria e prática na interpretação de música do Renascimento. Como flautista é frequentemente convidado nos mais diversos contextos em Portugal, Espanha, Itália, França, Alemanha, Áustria Holanda e Suiça. Presentemente tem dedicado especial atenção aos seus projetos A Imagem da Melancolia, Arte Minima e Mi contra Fa. É professor adjunto na Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo (Porto), onde lecciona no Curso de Música Antiga, coordena o Mestrado em Música – Intepretação Artística e dirige o Sesquialtera, um ensemble académico dedicado à interpretação de música portuguesa do renascimento. É frequentemente convidado por várias instituições europeias de ensino artístico (Conservatório Superior de Música de Vigo, Conservatório Superior de Música de Aragón, Universität Für Musik Und Darstellende Kunst Wien, Joseph Haydn Konservatorium, Koninklijk Conservatorium Brussel, Conservatorio di Musica di Cosenza, Norges Musikkhøgskole, Akademie für Alte Musik Bremen, entre muitas outras) para dar cursos, seminários, conferências e masterclasses.
Em 2002 concebeu e apresentou a exposição À Descoberta da Guitarra no Museu Abade de Pedrosa, integrando o Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso. Nos anos de 2000 a 2010 dirigiu o Festival de Música Medieval de Carrazeda de Ansiães. Entre 2007 e 2012 11 Nasceu em Lisboa em 1950. Inicia os estudos musicais dirigiu o ciclo de concertos O Som das Musas, em Vila Flor. na infância em ambiente familiar, tocando flauta de Da sua vasta e variada discografia salienta-se a bisel, guitarra clássica e guitarra portuguesa. conceção e publicação de dezasseis CDs como solista Estuda teoria musical, história da música e música de guitarra portuguesa para as editoras internacionais antiga, com os professores Artur Santos, Jorge Peixinho. Pilar Torres e Santiago Kastner, entre outros. EMI, RCA, GHA, BMG, FENN e para as nacionais Orfeu, Radical Media, Foco Musical, Tradisom, Desenvolve como compositor um estilo original Primetime... próprio para guitarra solista, compondo também Prepara actualmente a publicação de um novo livro música de câmara para Teatro, Cinema e Bailado. sobre os instrumentos tradicionais portugueses, da sua 29 Fundou e dirige os grupos La Batalla (1984) e autoria. Tem-se apresentado na qualidade de solista em Concerto Atlântico (1991), especializados na inúmeros concertos nas principais salas e festivais da interpretação de Música Antiga em instrumentos Europa, EUA, Turquia, Tunísia, Marrocos, Colômbia, históricos. Brasil e China. Em 1987, funda e dirige o Centro de Estudos e Difusão de Música Antiga, apresentando as primeiras 12 restituições modernas do Cancioneiro de D. Dinis, Cancioneiro de Estevão da Guarda e Cancioneiro de D. João Pedro Couto Soares dedica-se sobretudo à Música Antiga e Contemporânea, repartindo a sua actividade Peres d’Aboim, entre muitos outros programas. por três instrumentos: flauta de bisel, traverso Foi responsável pela direção artística do Festival de barroco e flauta transversal moderna. Natural do Guitarra Portuguesa na Expo 98, em Lisboa. Porto, cidade em cujo Conservatório de Música No âmbito da sua atividade de investigação concluiu o Curso de Flauta em 1982, foi como organológica, publicou em 1999 o livro A Guitarra bolseiro da Fundação Gulbenkian e da Secretaria Portuguesa. de Estado da Cultura que prosseguiu estudos de Integra o centro de investigação CESEM da Universidade Nova de Lisboa e tem dedicado grande atenção ao imenso reportório inédito contido nas fontes portuguesas dos séculos XVI e XVII.
Biographies
biografias
Pedro Caldeira Cabral
Pedro Couto Soares
aperfeiçoamento em Amesterdão (1983-89). Naquela cidade trabalhou flauta de bisel com os professores Walter van Hauwe e Marijke Miessen, e flauta transversal com Abbie de Quant e Jorge Caryevschi. Obteve os Diplomas de Solista em flauta de bisel no Conservatório Sweelinck de Amsterdam (1988) e em flauta transversal na Academia Superior de Artes Constantijn Huygens em Zwolle (1989). Estudou ainda flauta travessa barroca com Philipp Suzanne nos Cursos de Música Barroca de Mateus. Integra vários grupos de Música de Câmara: Foral, Segréis de Lisboa, La Caccia, Trio LOV, Grupo Música Nova, Oficina Musical. É membro da Orquestra Barroca em instrumentos da época Capela Real. Tocou nalguns dos mais importantes festivais de 30 música portugueses , em numerosos países da Europa, no Brasil, nos E.U.A. e na Índia. Apresentou-se como solista com as Orquestras Sinfónica do Porto, Gulbenkian, do Norte e Orquestra Barroca Norte do Sul. Gravou para a R.D.P. e R.T.P.. Entre os vários discos gravados destaca-se o CD de flauta de bisel solo Diferencias, que mereceu o aplauso da crítica. Recentemente, tocando uma cópia duma flauta de seis chaves do período clássico, gravou um disco com pianoforte. Como docente, lecionou em vários estabelecimentos de ensino de música as disciplinas de Flauta Transversal, Flauta de Bisel, História da Música e Acústica; nomeadamente, foi professor no Conservatório de Música do Porto, na ESMAE do Porto, na Universidade de Évora e na Universidade
de Aveiro, onde criou a classe de Flauta Transversal na Licenciatura em Ensino da Música em 1990. Actualmente é Professor na Escola Superior de Música de Lisboa e prossegue estudos de doutoramento na Universidade de Aveiro.
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Rui Paiva
Nascido em 1961, Rui Paiva é licenciado em Engenharia Eletrotécnica pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa e concluiu o Curso de Órgão do Conservatório Nacional de Lisboa sob a orientação do Prof. Joaquim Simões da Hora. Estudou também Baixo Contínuo com a Profª Cremilde Rosado Fernandes. Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian (1987/89), continuou os estudos de Órgão com a Profª Montserrat Torrent no Conservatório Superior de Barcelona, e depois, sob a orientação do Prof. José Luis González Uriol, concluiu os Cursos Superiores de Cravo e de Órgão no Conservatório Superior de Zaragoza, com a máxima classificação e Prémio Extraordinário de Fim de Curso em Órgão. O seu interesse pela música dos séculos XVI, XVII e XVIII levou-o a participar em várias edições da Semana de Música Antiga Ibérica (onde teve a oportunidade de contactar com músicos como Ton Koopman, Jordi Savall e Macário Santiago Kastner) e dos Cursos Internacionais de Música Antiga de Daroca (Espanha).
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Hugo Soeiro Sanches
Nasceu no Porto em 1973. Licenciado em guitarra clássica pela ESMAE na classe de José Pina, concluiu em 2004 uma pós-graduação em Psicologia da Música na Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto. Especializa-se presentemente em alaúde, baixo contínuo e interpretação historicamente informada sob a orientação de Ronaldo Lopes, Ana Mafalda Castro e Pedro Silva. Leciona alaúde na ESMAE (curso livre) e na Escola de Música Pedro Fesch. É professor de guitarra clássica no Curso de Música Silva Monteiro (Porto) e na Escola de Música de Perosinho.
Apresenta-se regularmente como solista e em colaboração com agrupamentos como Ensemble Pavaniglia, Orquestra Barroca da Casa da Música, The English Air, Officina da Música, L’Universo Sommerso, Le je ne say quoi, Amar contra o Silêncio, Sete Lágrimas, Banchetto Musicale Lusitania e Orquestra Vigo 430, tendo atuado no Festival Sons da História, Festival de Música Antigua de Úbeda y Baeza (Espanha), Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso, Festival de Música Medieval de Carrazeda de Ansiães, Tardes Classiques de Gràcia (Barcelona), Encontros de Música Antiga de Loulé, Festival Terras Sem Sombra e no Curso Internacional de Música Antiga da Academia de Música Antiga de Lisboa. Gravou com o grupo Sete Lágrimas os CD Kleine Musik e Diaspora.pt. 31
Biographies
biografias
Tem colaborado como organista e cravista com diversos conjuntos instrumentais e vocais, entre os quais os Segréis de Lisboa, o Coro e Orquestra Gulbenkian, a orquestra barroca Capela Real, o grupo de música barroca La Caccia e o Quarteto Arabesco. Como solista ou em grupo, Rui Paiva tem-se apresentado em concertos em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Itália, Holanda, Inglaterra, Croácia, Eslovénia, Polónia, E.U.A., Brasil e México. Realizou gravações de recitais para a Radiodifusão Portuguesa, Rádio Nacional de Espanha e RTV Slovenia, e diversas gravações discográficas de música portuguesa. Rui Paiva é ainda professor de Órgão no Conservatório Nacional de Lisboa e director da Academia de Música de Santa Cecília de Lisboa.
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INFORMAÇÕES ÚTEIS useful Information
Academia de Música de Almada telefones: 21 294 58 07, 21 294 58 06, 960 175 767 Câmara Municipal de Almada telefone: 21 272 40 08 Recomendações ao Público recommendations Os concertos têm entrada livre, encontrando-se limitada à capacidade das salas. 34 Desligue o telemóvel e o alarme do seu relógio antes do início do concerto. A Igreja da Misericórdia de Almada tem capacidade para 60 lugares. No dia do concerto serão distribuídas senhas por ordem de chegada, a partir das 18h00, até esgotar a lotação do espaço.
FICHA TÉCNICA Credits
Direção Artística/Artistic direction Academia de Música de Almada Edição, revisão e tradução de textos/Editing, Proofreading and Text Translation Academia de Música de Almada Câmara Municipal de Almada Found in Translation Produção/Production Academia de Música de Almada Câmara Municipal de Almada Apoios, Patrocínio/Sponsors TAP Florista Pé de Flor Centro de Lazer de São João da Caparica
Agradecimentos/Thanks Rev. Pe. Fernando Belo, Prior de Almada Rev. Pe. Fernando Paiva, Prefeito e Ecónomo do Seminário Maior de S. Paulo Rev. Pe. Horácio Noronha, Prior do Pragal Rev. Pe. Quintino Trinchete, Prior de Cacilhas Rev. Pe. José Rodrigo Mendes, Vice-Reitor do Seminário Maior de S. Paulo Ana Paula Costa, Santa Casa da Misericórdia de Almada
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DCOM CMA | SET 14
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