Revista TOO-BE ecodesign

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ecodesign

Construir no Presente a Pensar no Futuro



ecodesign

Construir no Presente a Pensar no Futuro

ÜV Rheinland Portugal Certifica Zmar com Eco-Hotel

Ecover

Entrevista com

Uma Empresa do Futuro

Ezio Manzini

As embalagens ecológicas e o seu futuro



MORE THAN 2.600 TREES ARE BEING CUT IN THE AMAZON FOREST EVERY MINUTE.




Editorial “Criar no presente a pensar no futuro” foi o mote para o primeiro passo na idealização do projecto de uma revista de Ecodesign, Design Sustentável ou ainda Green Design. A Too-be pretende enumerar e expor atitudes de “ser ou estar” neste planeta que se deseja que cada vez seja mais sustentável. Foram criados diversos espaços e rubricas, sempre com o mesmo propósito, mostrar o que é feito, quem faz, e o quanto se faz de ecológico e sustentável, em vários locais do mundo, nas áreas do design, tais como: arquitectura, moda, design de produto e food-design. Neste primeiro número destacamos o “Futuro das embalagens ecológicas”, em que se pretende dar a conhecer o quanto há de investimento e de inovação, na área do packaging, um dos grandes dilemas da actualidade; a entrevista com “Enzio Manzini”, investigador e defensor da sustentabilidade; a empresa sustentável ”Ecover”, e ainda destacamos materiais e dicas para designers ecológicas. A nossa política ecológica leva-nos a comunicar que aToo-be ecodesign utiliza papel certificado pela FSC e é impressa com registo de Certificação CarbonoZero, ISO:9001, 14001, OHSAS:18001, e EMAS. Terminamos desejando que a Too-be contribua para a construção de um mundo mais ecológico e simplesmente perfeito.

Projecto Gráfico Ana Ferreira, Nicolas Kerboethau, Célia Monte Pereira | Direcção Artística Ana Ferreira, Nicolas Kerboethau, Célia Monte Pereira Editorial Ana Ferreira, Célia Monte Pereira | Publicidade Nicolas Kerboethau | Concelho Editorial | Professora Joana Nina, professora Patrícia Cativo | Fotografia Ana Ferreira, Nicolas Kerboethau, Célia Monte Pereira | Propriedade Editorial Ana Ferreira, Nicolas Kerboethau, Célia Monte Pereira | Sede Too-be Rua Isidoro Inácio Alves de Carvalho, Apartado 823, 2504 - 917 Caldas da Rainha | Tel. 262 830 900 | Impressão Obigraf-Artes Gráficas Lda, Rua António Oliveira 40, Caldas da Rainha | Distribuição Oficina do Livro | Tiragem 5 000 exemplares | Periocidade Trimestral Dezembro | Janeiro | Fevereiro Registo na dgcs 123487 | Depósito Legal 145377/99 | issn 0874-7407 Interdita a reprodução mesmo que parcial, de textos, fotografias ou sob quaisqueres meios, e para quaisquer fins, inclusive comerciais.



ÍNDICE O que há de novo

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Material Bambu

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Fonte ecológica Ecofonte

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Noticia Zmar como Eco-Hotel

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Empresa sustentavel Ecover- Fabrica Ecologica

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Opinião José Andrade Vicente

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Protótipos Banco de borracha reciclada Monociclo futurista

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Ecologia hurbana Jardins verticais de Patrick Blanc

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Foco As embalagens ecológicas e o seu futuro

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Estudío Corque Design

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Entrevista Ezio Manzini

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Exposições Remade

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Design nacional Tela Bags

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Atitude Como ser ecológico

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Agricultura hurbana O Edifício Dragonfly

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Sugestão Embalagem comestivel

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Entidade ambiental fsc

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O QUE HÁ DE NOVO

Projecto Trash Me

Lâmpadas feitas com embalagens de ovo O designer americano Victor Vetterlein desenvolveu as lâmpadas para o projeto Trash Me conceituando-se no termo “transitório”. A proposta foi criar produtos a partir de materiais que podem ser facilmente encontrados no lixo e que possuíssem um ciclo de vida curto. Cada uma das lâmpadas Trash Me é feita com quatro embalagens de ovo, misturadas com água e moldadas em formas, um processo semelhante aos trabalhos manuais com papel marchê. Depois do final do uso ou desgaste da estrutura o produto pode ser desmontado e reutilizado, ou então destinado a uma posterior reciclagem.

Spoon Collection

Reciclar lixo de forma criativa O eco-design é o principal eixo de criação do Studio Veríssimo que, através da reciclagem de materiais que são considerados lixo ou através da reutilização de materiais já existentes, dá vida a novos objectos de design. Esta dupla de criadores, explora a vocação do designer enquanto agente activo na transformação das mentalidades e dos hábitos de consumo da população. Projectos como o candeeiro spoon feito com palhetas do café, ilustram a importância do eco-design e estimulam a reciclagem doméstica com soluções criativas.

Garrafa Bobble

Filtro em carvão activo A Bobble é uma garrafa de água, criada pelo Karim Rashid, com um filtro em carvão activo que remove o cloro e contaminantes orgânicos da água da torneira. Uma forma cheia de estilo de poupar dinheiro e o nosso planeta também, pois reduz o uso de garrafas de água descartáveis.


O QUE HÁ DE NOVO

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Ritti Coffe

Impressão com café Quem podia imaginar que a borra de café se transformaria em tinta para impressora? É o que o promete a impressora RITI Coffee Printer, que ficou entre os cinquenta finalistas da Greener Gadgets Design Competition de 2010, concurso que procura soluções sustentáveis para os equipamentos electrónicos.

Just Beg

Reciclar marcadores Naulila luis combina o Design com a reutilização de um material que o quotidiano desvaloriza, numa produção manufacturada que torna cada mala numa peça única. Esta mala, feita de marcadores de feltro reciclados, é produzida no Estabelecimento Prisional de Tires, Unidade Livre de Droga (Lisboa), resultando de um protocolo efectuado entre este estabelecimento e a Experimenta.

HYmini

Energia portátil O Hymini é um carregador portátil, universal, que utiliza a energia eólica / solar para recarregar quase todos o seus gadgets (iPod, vários telemóveis, máquinas digitais, PDAs, leitores de mp3 e mp4). O HYmini é uma mini-central de energia que cabe na palma da sua mão.


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O QUE HÁ DE NOVO

Day Re

Nova Agenda Já parou para reparar nos rolos de papel higiénico? Pois o designer Kim Ji-eun apresenta o projecto “Day Re” (agenda semanal) que traz uma nova forma de aproveitar os rolos que sobram após o uso dos papéis higiénico.

Slit House

Iluminação sustentável O escritório de arquitectura eastern Office Design, localizado em Kyoto, Japão, criou o projecto denominado “Slit House”. A construção utiliza fendas em paredes de concreto reforçado substituindo as janelas. As fendas permitem que a luz natural entre no interior para activar áreas estratégicas da residência durante o decorrer do dia. E conforme a hora, o clima e a estação, cria cenários diferentes.

Elma Chaves Ecodesign Peças da ecodesigner baiana Elma Chaves. O trabalho é feito com troncos, raízes, aparas e restos de madeira. O resultado são peças com formas orgânicas, que mostram a sensibilidade dessa artista.


O QUE HÁ DE NOVO

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Lightpot

Iluminação sustentável Um candeeiro de alta eficiência energética que ajuda pequenas plantas a crescerem e ainda acompanham seu desenvolvimento. Assim é a Lightpot, criada pelos designers Kfir Schwalb e Orit Magia, do Studio Shulab. Eles utilizaram lâmpadas led, que utilizam menos energia e favorecem o desenvolvimento das plantas, para iluminar o ambiente de maneira charmosa e sustentável.

OON Candlemake Tranforma óleo em velas

Cinco portugueses pegaram numa ideia de um deles (Mário Silva, hoje com 34 anos) e, após muitas horas de trabalho, inventaram uma pequena máquina doméstica que, com a ajuda de uma pastilha, transforma - em quatro minutos - O óleo, resíduo altamente poluente numa bonita vela decorariva de cheiro, que, quando em combustão, tem uma emissão praticamente neutra de dióxido de carbono (ao contrário do que sucede com uma vela normal, que usa parafina).

W+W Roca

Lavatório inovador A Roca, com conquistou o “Prémio Inovação Tektónica” com a solução W+W com Design de Gabriele and Oscar Buratti, pela sua possibilidade de reciclar água e um design inovador. O seu Design e tecnologia avançada juntam-se em benefício do avanço sustentável, apresentandose como a soma dos elementos lavatório e sanita, indispensáveis para poupar água e volume no espaço de banho.


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NOTÍCIA

ÜV Rheinland Portugal Certifica Zmar com Eco-Hotel O desenvolvimento de uma Política Ambiental de forma a assegurar a sustentabilidade dos recursos naturais e energia levou o Zmar a ser Certficado pela TUV Rheinland como ECO- Hotel.

por Nicolas Kerboethau

A Eco-Hotel é uma certificação especialmente desenvolvida para o sector hoteleiro, adaptada à realidade do mercado nacional e simboliza um veículo de reconhecimento internacional. Ao nível consumos da água potável, durante o mês de Agosto de 2010 foram consumidos em média 320 litros por hóspede e estadia, cerca de 20% abaixo relativamente aos melhores e mais conceituados estudos europeus de empreendimentos similares. Relativamente à energia eléctrica, os resultados obtidos são já considerados extraordinários tendo-se registado um consumo médio de energia eléctrica de 4,7Khw por hóspede e estadia, cerca de 50% abaixo relativamente aos melhores e mais conceituados estudos europeus de empreendimentos similares.

A tüv Rheinland Portugal acaba de anunciar a atribuição da certificação Eco-Hotel ao Zmar, um Eco Campo Resort & Spa pioneiro, no Alentejo. Numa altura em que a vertente ecológica é cada vez mais uma preocupação, as empresas e o sector de hotelaria estão a converter os seus processos habituais de forma a haver um maior cuidado ambiental. Esta certificação resulta de uma parceria entre ambas as empresas que surgiu antes do início do processo de construção do Zmar, e na qual a tüv Rheinland sempre esteve presente. Numa primeira fase, a avaliação do projecto Zmar por parte da tüv teve por base parâmetros como o cumprimento da legislação ambiental e de segurança vigente, a adopção de práticas de minimização do impacto sobre o ambiente natural, considerando o contexto social e económico existente, economia de energia e água, salubridade dos edifícios, planeamento da conservação e manutenção dos edifícios, soluções e sistemas eco-eficientes, e também a inovação tecnológica em matéria de energia. A segunda fase do projecto esteve relacionada com o acompanhamento da construção de todo o espaço o que permitiu a validação da implementação das soluções previamente acordadas e a terceira e última fase refere-se à confirmação do cumprimento dos requisitos Eco-Hotel e Food Safety, certificações atribuídas pela tüv Rheinland Portugal. A certificação Eco-Hotel da tüv Rheinland pretende garantir os melhores resultados possíveis para os hoteleiros e tem por base a monitorização permanente dos processos que conduzem à redução de consumos de energia, água e outros recursos, permitindo desta forma baixar os consumos e custos associados ao normal funcionamento de um empreendimento.


© Too be

© Too be

NOTÍCIA 13



A billion people conecting to help the environment.

Tha´s the power of we:


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EMPRESA SUSTENTร VEL

Cartaz para o detergente biodegradรกvel Ecover. Da Springer & Jacoby na Alemanha.


EMPRESA SUSTENTÁVEL

Fábrica Ecológica Política ecológica progressista Os impactos negativos no ambiente são reduzidos ao mínimo, por meios como a estimulação e a realização de actividades de investigação sobre novas tecnologias e novas matérias-primas.

por Célia Monte Pereira

A Ecover é uma empresa internacional especializada na produção de detergentes para loiça e roupa e produtos de limpeza ecológicos, constituída na Bélgica em 1980. Desde o início tem sido uma empresa pioneira que comercializa detergentes sem fosfatos muito antes de os fosfatos serem assinalados como um problema. Desde então, a Ecover, tornou-se o maior produto mundial de detergentes para loiça e roupa e produtos de limpeza ecológicos. A sua política não se exprime apenas através dos produtos comercializados mas faz parte integrante das actividades da empresa. A sua política ecológica abrange todos os departamentos da empresa, desde a produção até à comercialização. O resultado mais visível é certamente o ser a primeira fábrica ecológica do mundo, com um telhado com mais de 6000m2 coberto com relva. O edifício entrou ao serviço em Outubro de 1992 e recebeu na altura muita atenção da imprensa, atraindo hoje mais de mil visitantes por ano. Possui ainda a certificação iso 14001, um sistema internacional de gestão ambiental, controlado por um organismo externo especializado. A Declaração de Política Ambiental faz parte do mesmo pelo que a implementação do próprio conceito da Ecover é controlada externamente. Considera o ambiente como parte inseparável da economia. Os impactos negativos no ambiente são reduzidos ao mínimo, por meios como a estimulação e a realização de actividades de investigação sobre novas tecnologias e novas matérias-primas.

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EMPRESA SUSTENTÁVEL

“A Ecover desenvolve produtos ecológicos no seu próprio laboratório que, em termos de eficácia e de facilidade de utilização, são perfeitamente comparáveis com produtos convencionais.”

Frascos standard utilizados como embalagem para recargas, podendo ser recarregados as vezes que quiser, até que esteja gasto.

Do ponto de vista social considera o rendimento no trabalho como um meio para promover o bem-estar social e desenvolvimento pessoal dos seus colaboradores directos e indirectos. A Ecover desenvolve produtos ecológicos no seu próprio laboratório que, em termos de eficácia e de facilidade de utilização, são perfeitamente comparáveis com produtos convencionais. Para garantir a eficácia dos seus produtos, utilizam métodos de ensaio e técnicas de medição habitualmente usados na indústria dos detergentes. Os aspectos ecológicos, económicos e sociais são tidos em conta durante toda a vida dos produtos. Critérios rigorosos são usados ao longo de

todas as fases da operação: desde a selecção das matérias-primas até à biodegradação do produto final. Os produtos Ecover são elaborados com matérias-primas de origem vegetal e mineral, seleccionadas com o maior cuidado, que garantem uma biodegradabilidade máxima e são renováveis. Isto significa que podem ser reconstituídos e que são inesgotáveis. Graças à utilização de recursos renováveis não polui o ambiente e preserva a saúde. A Ecover é altamente selectiva em relação a materiais de embalagem. Tentam reduzir o material de embalagem ao máximo e garantir que as embalagens sejam reutilizadas. Além disso, todos os materiais de embalagem devem ser facilmente recicláveis. Além de uma forte redução do material de embalagem, também optam pela sua reutilização. As embalagens dos produtos podem ser facilmente recarregadas nas lojas. Os frascos standard são utilizados como embalagem para recargas, podendo assim recarregar o seu frasco as vezes que quiser, até que esteja gasto. A Ecover funciona inteiramente com energia verde.


EMPRESA SUSTENTÁVEL

“Basta ir à loja com o frasco Ecover vazio e limpo e o mesmo é enchido novamente a partir de um recipiente de 25 litros, poupando assim uma nova embalagem e algum dinheiro.”

© Too be

A energia verde é produzida por geradores eólicos, moinhos de marés e outras fontes naturais e é bombada para dentro da rede geral através de contadores. Na fábrica usam lâmpadas com uma muito boa relação uso de energia/luminosidade e nos escritórios lâmpadas fluorescentes económicas de alta frequência. Na área de produção os tanques de mistura utilizam motores capazes

de misturar 25 toneladas de líquido sem consumir mais do que alguns ferros de engomar. Com a sua própria estação de tratamento de água purifica todas as águas residuais usando um método ecológico, as águas residuais são bombadas diariamente durante várias horas para dentro de um tanque com as lamas activadas. Como não usam matérias-primas dificilmente degradáveis ou tóxicas para a vida aquática, este processo de decomposição é rápido e completo. Após a sedimentação as lamas são separadas da água purificada. Depois de algumas semanas as lamas cresceram e podem ser transformadas em combustível ou fertilizantes orgânicos. Funcionar de forma sustentável não se limita aos produtos e à produção. A preservação consciente do ambiente

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cobre igualmente outros aspectos da política. Alguns exemplos disso são O Prius, um carro revolucionário híbrido que associa um motor a gasolina a um motor eléctrico. Comparado com os carros convencionais ele consome apenas metade de combustível e produz não mais de uma décima parte de gases de escape. As acções de formação sobre o ambiente, a segurança no trabalho ou responsabilidades profissionais são previstas para este fim.


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OPINIÃO

Design e... sustentabilidade José Andrade Vicente Licenciado em Design pela Faculdade de Arquitectura da UTL em 2001. Desde então tem trabalhado como designer freelance e foi senior designer na Almadesign até 2008, onde colaborou em projectos de design de produto para a indústria nacional. Actualmente está dedicado à investigação de PhD sobre Design Sustentável na área do mobiliário. Sócio e actualmente membro da Direcção da Associação Portuguesa de Designers.

“É importante que os designer entendam totalmente as diferentes implicações que as suas escolhas têm em todo o ciclo de vida do produto/sistema...”

O paradigma de desenvolvimento da sociedade contemporânea está assente no princípio de crescimento. Ou melhor, num crescimento económico contínuo e inexorável, apontado como único modo de providenciar sustento à, também ela em crescimento, Humanidade.

Bom.…, tirando a impossibilidade de continuarmos a crescer ad eternum num planeta finito, isto até faria sentido. Mas este facto de habitarmos num pequeno planeta que, por consequência, tem uma capacidade limitada de aceitação da nossa voraz exigência de recursos faz com que a Humanidade, também para seu bem, tenha que fazer um esforço para se integrar melhor na vizinhança. As últimas décadas tem demonstrado, infelizmente pela negativa, a capacidade de influência que temos sobre a Natureza. E porque, como dizem os ingleses: What goes around, comes around, começamos a sofrer nós próprios o desgaste que temos provocado ao meio ambiente. Portanto, mais do que um problema ecológico, a degradação ambiental está a trazer consigo degradação social. Assim, o paradigma tem que mudar. Temos que encetar um desenvolvimento que seja sustentável nas três áreas essenciais: na económica, na ambiental e na social. E como fazer isso? Um dos elementos fundamentais a corrigir é o sistema de produção e consumo que tem de se tornar sustentável nos três pilares. E para isso o design é uma ferramenta essencial. É importante que os designer entendam totalmente as diferentes implicações que as suas

escolhas têm em todo o ciclo de vida do produto/sistema, bem como a influência que as suas decisões têm nas diferentes partes interessadas, quer sejam as comunidades locais de onde são retirados os materiais virgens, nos consumidores ou nos responsáveis pelo fim de vida do produto. É uma tarefa complexa e exigente, cheia de equilíbrios instáveis que apenas podem ser alcançados através duma correcta utilização das ferramentas que os designers têm ao seu dispor e através duma postura ética, consciente e profissional. Aos designers: informem-se sobre as várias estratégias e ferramentas existentes. Aos consumidores: informem-se sobre as verdadeiras características dos produtos/serviços que estão a comprar e exijam mais informação, qualidade do produtor.


THE

65% LESS

CLEVER

20 MILLION

LITTLE

BAG

CARDBOAR

USED

8500 TONS OF PAPER SAVED

MEGAJOULES OF ELECTRICITY SAVED

1 MILLION LITERS OF WATER SAVED 10,000 TONS OF

CO2

S AV E D

500,000 TONS OF DIESEL SAVED

275 TONS OF PLASTIC AVOIDED


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FOCO

As embalagens ecológicas e o seu futuro Para a preservação do planeta A preocupação com o meio ambiente não pode ser um obstáculo para o design. Apresentamos as melhores soluções ecológicas em embalagens. por Ana Ferreira

Das mais funcionais às mais sofisticadas, as embalagens têm sempre o mesmo propósito: proteger, preservar e promover o produto. São os famosos 3 pês. Com a pressão dos defensores do meio ambiente e de consumidores conscientes dos problemas ecológicos do planeta, a embalagem deve fazer mais do que proteger o seu conteúdo: ela precisa fazer a sua parte

na luta pela preservação do planeta. De todas as disciplinas do design, o design de embalagem tem a pior reputação ecológica. Seja pelo uso excessivo de papel e plástico ou pelas embalagens a vácuo, o desejo dos designers de seduzir os seus clientes para se destacarem nas prateleiras dos supermercados resulta num enorme desperdício.

“A embalagem deve fazer mais do que proteger o seu conteúdo: ela precisa fazer a sua parte na luta pela preservação do planeta.”

Y Water É uma água aromatizada infantil, cheia de vitaminas e sais minerais e produzida à base de ingradientes orgânicos. As garrafas são 100% recicláveis. O rótulo com as informações é de papel (biodegradável) que pode ser pendurado no ponto de venda. As garrafas podem ser reutilizadas pelas próprias crianças para projetos criativos de construção. www.ywater.us


FOCO

Embalagens Ecologicamente Perfeitas As embalagens que a natureza gentilmente produz de forma natural e em prol da nossa saúde. São as mais perfeitas embalagens que conhecemos à milhares de anos. Todos os dias as manuseamos, e consumidos os produtos que estas armazenam. A perfeição da embalagem do ovo: tem um design arrojado, e ainda é capaz de armazenar o líquido rico em nutrientes, desprovida de produtos químicos, de conservantes, e ainda pode ser utilizada na alimentação, já que sua casca é reaproveitável, virando até pó, rico em cálcio. A embalagem da banana. É uma das mais fáceis de manuséio, e também pode ser utilizada para como complemento na alimentação e também como adubo. A do coco é uma das mais resistentes, com design único, abringando dois produtos numa

única embalagem, armazena água e ainda disponibiliza a chamada “carne do coco”. Da casca pode-se ter subprodutos utilizados na indústria utomobilística, adubo, além de servir de combustível para alimentar os fornos de empresas. Não podemos nos esquercer da embalagem natural, casca de nozes, pistaches, as que envolvem grãos como a soja, feijão, a do milho, entre outras. As embalagem naturais são imbatíveis quanto à sua funcionalidade, ecoeficiência e por não trazerem prejuízos à saúde. A pesquisa e tecnologia avançam e quem sabe um dia o homem possa igualar a eficiência da natureza, que nos oferta da sua grande operação indústrial natural, embalagem altamente ecológicas.

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O editor da revista Packaging News, Gordon Carson, insiste que a culpa não é do designer. “Grupos de design são absolutamente dedicados à sustentabilidade, mas eles acabam por ser bodes expiatórios”, conta. Um estudo feito em 2006 pela DEFRA (Departamento de Assuntos Ambientais, Alimentícios e Rurais, na sigla em inglês, um órgão do governo britânico) colocou a Holanda e a Suécia no topa da lista de países com melhor controlo de desperdício. Nos dois países, 20% do material desperdiçado é reciclado. O restante é incinerado para produzir energia. A Dinamarca e a Alemanha reciclam 35% do material desperdiçado, quase 65% é incinerado e vira energia e uma minúscula proporção vai para aterros.Já o Reino Unido possui uma taxa de reciclagem de 27%; 10% é incinerado e mais de 60% vai para os aterros. No Brasil, menos de 3% dos municípios possuem programas governamentais de reciclagem. Ate 2003, apenas 11 % do lixo urbano era reciclado. Lembrando que metano, gás formado durante a decomposição de lixo nos aterros sanitários, contribui mais para o efeito estufa do que o gás carbónico. Embora com bastante atraso relativamente aos seus parceiros, Portugal procura alcançar os padrões europeus no que concerne à gestão eficaz de Resíduos Sólidos Urbanos. Neste domínio, a legislação portuguesa observa o previsto nas Directivas comunitárias mas os respectivos mecanismos de aplicação não são suficientemente fortes para que os resultados possam ser considerados satisfatórios.

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FOCO

MINISTÉRIO DO AMBIENTE Decreto-Lei n.o 366-A/97 de 20 de Dezembro

O Decreto-Lei n.o 322/95, de 28 de Novembro, estabeleceu os princípios e as normas aplicáveis ao sistema de gestão de embalagens e resíduos de embalagens.

(...) Em matéria de processos fundamentais de gestão, deve ter-se em conta, preferencialmente, a reutilização de embalagens e a reciclagem de resíduos de embalagens, com vantagens em termos de impacte ambiental, através da criação de sistemas que garantam o retorno de embalagens usadas e ou de resíduos de embalagens, os quais devem ser claros e transparentes. Neste contexto, merece ainda referência a análise dos ciclos de vida das embalagens, com o fim de estabelecer uma hierarquia bem definida entre embalagens reutilizáveis, recicláveis e valorizáveis. (...)

A implementação de novas soluções no domínio do tratamento dos Resíduos Sólidos Urbanos, além de aparecer muito tardiamente, demora longos períodos de tempo a ser concretizada (contestação das populações, contestação dos consórcios não seleccionados, o desencadear de complicados e morosos procedimentos administrativos nas mais variadas instâncias!...). Instituto Nacional de Estatística revelou em Agosto de 2009, que a reciclagem em Portugal corresponde a 57 por cento da média da União Europeia. Significa isto que cada português produz 511 quilos de resíduos por ano, sendo que apenas 13 por cento (67 quilos) são separados e enviados para reciclagem. Os dados mostram ainda que entre 2004 e 2009 a quantidade de resíduos recolhidos foi crescendo três por cento ao ano: segundo o INE, os resíduos de embalagens destacam-se como a fileira que tem registado a mais elevada taxa média de crescimento ao ano e que ascende a 32% nos últimos seis anos. O papel e cartão e o vidro registam um valor médio de crescimento de 18% e 11% ao ano, respectivamente. Além da emissão de gases, outro problema nasce durante a distribuição de comida ao redor do mundo: inúmeras análises de emissão de CO2 colocam os navios cargueiros na posição mais alta da lista de emissores. Isso não significa que os designers de embalagem podem deixar de lado as suas responsabilidades ambientais. Os materiais disponíveis para embalagem e as inovações na produção facilitam mais do que nunca a troca para um modelo mais sustentável de embalagem. Há uma abundância de opções disponíveis para o designer de embalagem que possui uma consciência ecológica.

“Cada português produz 511 quilos de resíduos por ano, sendo que apenas 13 % (67 quilos) são separados e enviados para reciclagem.”

Embalagens da Method Productos, fabricadas com materiais biodegradáveis e podem ser reciclados depois de utilizados.


FOCO

“Os materiais disponíveis para embalagem e as inovações na produção facilitam mais do que nunca a troca para um modelo mais sustentável de embalagem.”

Artigo 2.º - Definições 1- Para efeitos do presente diploma, entende-se por:

a) “Embalagem”, todos e quaisquer produtos feitos de materiais de qualquer natureza utilizados para conter, proteger, movimentar, manusear, entregar e apresentar mercadorias, tanto matérias-primas como produtos transformados, desde o produtor ao utilizador ou consumidor, incluindo todos os artigos «descartáveis» utilizados para os mesmos fins, sem prejuízo do dispostono número seguinte;

Embalagens “verdes” são a principal preocupação da Method Products. A empresa criou o E.O.M.ED (Movimento de Oportunidades igualitárias para o Ambiente e o Design, na sigla em inglês). Os seus produtos não possuem agrotóxicos, e são feitos com matéria-prima natural. “Criámos uma garrafa feita de plástico 100% reciclado”, conta Louise Roper, relações-públicas da Method. Todos os materiais da Method Productos são biodegradáveis ou podem ser reciclados depois de utilizados. “Os plásticos reciclados podem apresentar pequenas imperfeições de cor, mas Louise acha que o sacrifício é válido. “A nossa garrafa apresenta um tom verde suave, o que serve como pequena lembrança do processo de reciclagem. Esse inevitável tom verde tem desencorajado muitas companhias a pensar seriamente em usar plástico 100% reciclado, mas nós achamos que esse é um grande passo na direcção certa. “E até que gostamos do visual”, justifica. Não há uma regra fácil ou rápida para se desenvolver embalagens mais ecológicas; O processo tende a ser uma simbiose entre designer, fabricante e cliente.

Embalagens da EcoLean, é feita de carbonato de cálcio e um polímero, cuja mistura resulta em uma mistura de chapa de plástico forte, mas flexível.

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FOCO

“Ao remover o excesso, descobri a quantidade ideal de elementos de que precisava para transmitir a mensagem de cada produto.”

b) «Resíduos de embalagem», qualquer embalagem ou material de embalagem abrangido pela definição de resíduo adoptada na legislação em vigor aplicável nesta matéria, excluindo os resíduos de produção; c) «Prevenção», diminuição da quantidade e da nocividade para o ambiente de materiais e substâncias utilizadas nas embalagens, bem como da quantidade e nocividade de embalagens e resíduos de embalagens, ao nível do processo de produção, comercialização, distribuição, utilização e eliminação, em especial através do desenvolvimento de produtos e tecnologias «limpos»;

A Daylesford Organics é uma empresa dedicada a fornecer comidas frescas e orgânicas produzidas na sua própria fábrica de lacticínios em Gloucestershire, no Reino Unido e insistiu desde o começo do processo do design da embalagem que ela deveria ser a mais ecológica possível. Junto com a empresa EcoLean e a designer Teresa Roviras, a embalagem de leite da Daylesford gasta menos energia para ser fabricada, é 100% reciclável e tem uma boa textura. O Design resultante deu à Teresa o seu segundo prémio do D&A e um Yellow Pencil em 2006. O Design começou com a EcoLean, uma companhia Sueca especializada em 100% recicláveis. A embalagem da EcoLean é feita de carbonato de cálcio e um polímero, cuja mistura resulta em uma mistura de chapa de plástico forte, mas flexível. O processo de fabricação gasta muito menos energia e o produto final pesa menos do que as embalagens Longa Vida ou do que garrafas concorrentes, fazendo da distribuição um processo mais ecológico. Teresa complementou o produto com um design simples, sofisticado e instantaneamente chamativo, que usa uma variação de cores e tintas de cobertura limitada para não desperdiçar tinta.

A Eco Way é feita de folhas de bananeira e pode ser usada nos mais variados tipos de embalagem, pois além de ter uma boa capacidade de impermeabilização, é flexível e de custo baixo. Além disso, não leva cola e é 100% natural.


© Too be

FOCO

Embalagem da marca Sanex, fabricada com materiais100% recicláveis. Recarregavel .

Esse estilo minimalista é típico de Teresa. “Eu costumava ter um cérebro muito preguiçoso”, lembra. “Eu só conseguia ter ideias muito simples e sempre tentava encontrar a saída mais fácil para tudo. Essa reacção possibilitou-me realizar uma auto-crítica constante que, no final das contas, me fez encontrar melhores soluções de design. Ao remover o excesso, descobri a quantidade ideal de elementos de que eu precisava para transmitir a mensagem de cada produto. Depois disso, e uma simples questão de compor esses elementos e criar o maior impacto possível. “Desse modo, o designer faz mais do que criar um design final chamativo. A abordagem “menos e mais” prova-se vital para, além de criar bons designs, fabricar embalagens amigas do meio ambiente. Na outra ponta do iceberg, os custos extras embutidos na produção de embalagens biodegradáveis ou recicláveis podem ser o principal motivo pelo qual algumas empresas ainda relutam em se assumir a favor do meio ambiente. Materiais reciclados e biodegradáveis são fabricados com sucesso depois da realização de trabalhos extensos e caros de Pesquisa & Desenvolvimento. Em muitos casos, a nova matéria-prima provoca um aumento nos preços. Para uma empresa como a Daylesford Organics, um pequeno aumento no preços dos seus produtos não e tão prejudicial quanto parece: uma pesquisa de marketing realizada pela LEK Consulting em 2007 concluiu que os consumidores que estão dispostos a gastar um pouco mais em produtos orgânicos também vão ter que desembolsar um pouco mais para pagar embalagens ecológicas. A loja de departamento ASDA prometeu reduzir o peso das embalagens dos seus produtos alimentícios ate o final de 2008, o que não é algo tão fácil de se conseguir. Alem desta redução, os preços de materiais recicláveis estão menos sujeitos a variações bruscas que a dos produtos de fontes não renováveis, como polímeros e plásticos feitos a partir

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do petróleo. Diversos produtos de empresas renomadas passaram a ser fabricados com embalagens de fontes sustentaveis. A Benson Box Ltd e a Nampak são dois exemplos disso. Elas fornecem embalagens para cereais da Nestlé, ovos de Páscoa e muitos outros produtos perecíveis.Entretanto, a pura e simples mudança do material da embalagem por parte do fabricante não é o único caminho para uma produção pré-ecologia. Uma estrutura de design bem desenvolvida pode economizar tempo e diminuir o custo de fabricação, além de ter o grande diferencial de ser uma elegante solução. A DCA Designs foi responsável por

“Uma estrutura de design bem desenvolvida pode economizar tempo e diminuir o custo de fabricação, além de ter o grande diferencial de ser uma elegante solução”

um briefing da Halfords que consistia na criação das embalagens de exposição e transporte de uma linha de capacetes para ciclistas. O resultado final precisou de um formato uniforme que resolvesse problemas de empilhamento, stock e distribuição. Recentes mudanças na legislação europeia motivaram o redesign dos produtos. As novas exigências das leis estipulam que o volume e o peso das embalagens tenham um valor mínima que assegure níveis básicos de segurança e higiene. Com o cumprimento dessas normas, as empresas aumentam consideravelmente as hipóteses de ganhar consumidores fiéis. Depois de desenvolver diversos protótipos em formato CAD durante a etapa conceitual, a DCA fabricou uma caixa leve, porém rígida, com um material biodegradável.


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FOCO

d) «Reutilização», qualquer operação pela qual uma embalagem, concebida e projectada para cumprir, durante o seu ciclo de vida, um número mínimo de viagens ou rotações, é enchida de novo, com ou sem apoio de produtos auxiliares presentes no mercado que permitam o novo enchimento da própria embalagem, ou reutilizada para o mesmo fim para que foi concebida; e) «Recuperação», toda a operação de recolha e triagem por materiais com o objectivo de proceder à reutilização das embalagens usadas e à valorização dos resíduos de embalagem; f) «Valorização», qualquer das operações aplicáveis previstas na legislação em vigor;

O formato rígido e uniforme facilitou a distribuição e o stock do produto, cuja embalagem agora é 20% mais compacta do que a anterior. Um porta-voz da PDD, empresa que combina design de produto com engenharia especializada, além de realizar pesquisas de mercado para resolver problemas do design de embalagem, argumenta que desenvolver uma estrutura de embalagem inteligente pode gerar benefícios para o produto e para o meio ambiente. A empresa criou uma embalagem para refeições servidas durante voos, em que cada compartimento carrega e protege ingredientes frescos que são cozidos por meio de um processo induzido de aquecimento. Num deles, uma serpentina de metal grelha o alimento. No outro, bolsas de água em gel vaporizam o produto. Uma terceira estrutura transfere calor de um material para o outro, arrefecendo o conteúdo da embalagem.

Um único processo de cozimento proporciona comida a vapor, grelhada, frita e até arrefecida de uma vez só. Isso garante mais eficiência em termos de tempo e condições de voo, além de o material utilizado ser quase 100% reciclável.O design de embalagem nem sempre precisou ser tão high-tech. O exemplo mais antigo (e eficiente) de embalagem reciclável utiliza uma estrutura de monocoque, o que permite a criação de embalagens com materiais mais flexíveis. Um exemplo clássico desse tipo de estrutura é a caixa de ovos. O papel reciclado e prensado, e as curvas e ondulações no formato de papelão dão resistência à embalagem, enquanto a flexibilidade do material reciclado ajuda a amortecer possíveis quedas ou colisões. Desde que foi criado em 1911 pelo norte-americano Joseph Coyle, o papelão para ovos passou por poucas mudanças no seu design, o que

“Desenvolver uma estrutura de embalagem inteligente pode gerar benefícios para o produto e para o meio ambiente.”

Garrafa SIGG, ecológica, leve, durável, higiênica e hermética (até mesmo com bebidas gasosas). possui revestimento interno especial à base de água.


FOCO

g) «Reciclagem», o reprocessamento, num processo de produção, dos resíduos de embalagem para o fim inicial ou para outros fins, incluindo a reciclagem orgânica, mas não a valorização energética; h) «Valorização energética», a utilização de resíduos de embalagens combustíveis para a produção de energia através de incineração directa, com ou sem outros tipos de resíduos, mas com recuperação do calor; (...)

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“O foco do design do futuro é usar menos embalagem, mais materiais reciclados ou sustentáveis, e contratar fabricantes locais para diminuir os custos de transporte.”

comprova o seu reconhecimento como sendo uma solução elegante e simples. A empresa holandesa Huhtamaki criou uma aparência futurista para a sua embalagem de ovos, que utiliza o menos material, mas matem a mesma rigidez, oferecendo um melhor acabamento e resultando em menos desperdício. O designer industrial alemão Leon van Spijk finalizou o papelão com 22 cores, do verde-limão ao rosa-choque. Enquanto as mudanças climáticas forem motivo de preocupação para a população mundial e para o governo, a tendência das embalagens sustentáveis é ganhar cada vez mais destaque. O foco do design do futuro é usar menos embalagem, mais materiais reciclados ou sustentáveis, e contratar fabricantes locais para diminuir os custos de transporte. Mas, para

alguns, o conceito de embalagem sustentável não é novo. Para a Apple, minimizar o tamanho e melhorar a eficiência são objectivos a longo prazo, comprovados pelo ultrafino notebook MacBook Air e por sua própria embalagem, que pesa menos da metade das embalagens dos MacBooks anteriores. A Apple redesenvolveu as embalagens de seus iPods, que agora são feitas de um plástico rígido (antes eram de papelão). A embalagem actual é 69% menor que a anterior, o que eliminou centenas de milhares de quilos de desperdício em embalagens e permitiu que a Apple enviasse 120 unidades a mais do iPod de 30 GB por navio carregado, diminuindo a emissão de carbono. Parece que, no final das contas, os designers de embalagens serão a vanguarda do design ecológico.

A caixa para transporte de ovos, foi criada em 1911 pelo norte Americano Joseph Coyle, o papelão para ovos passou por poucas mudanças no seu design, o que comprova o seu reconhecimento como sendo uma solução elegante e simples.

Embalagens de vidro da Swiss, fabricadas com vidro ecológico.



How much should we pay for this? More and more elephants are being killed only for their tusks. Stop buying.


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CONVIDADO

Ezio Manzini

por Ana Ferreira

Especialista em design sustentável

O professor italiano Ezio Manzini é um homem preocupado com o mito de que a reciclagem pode resolver muitos dos problemas do mundo moderno. Costuma dizer: “Para viver melhor, consuma menos”. Ezio Manzini é designer, engenheiro, arquitecto e professor. Também é director da unidade de pesquisa em Design e Inovação para a Sustentabilidade (DIS), do Instituto Politécnico de Milão. Com diversas publicações sobre o tema, já recebeu duas vezes o prémio “Compasso D’Oro”, concedido pela Associação de Desenho Industrial (ADI) da Itália, e recebeu ainda, o título de Doutor Honorário em Belas Artes, pela The New School, de Nova Iorque.

Tb: Quando é que a discussão sobre a sustentabilidade despertou-lhe interesse?

No início, nós, designers, pensávamos em redesenhar produtos e adaptá-los sob o ponto de vista ambiental. Embora eles tenham ficado mais eficientes, o consumo aumentou. O relógio que uso é melhor do que o do meu pai. Mas ele usou um relógio a vida inteira, enquanto eu não sei quantos já tive. Nem todos os passos do ecodesign são um passo à frente para a sustentabilidade. E. Manzini:

Tb:

Como é que o design pode ajudar a promover o desenvolvimento sustentável?

A noção de design sofreu mudanças. Hoje procura-se unir a tecnologia com a cultura à procura de soluções para que o mundo funcione melhor. Se quisermos tornar a ocupação dos carros mais eficiente, isso é um assunto para o design estratégico. Consideramos o sistema e não apenas o produto. E. Manzini:

Tb: Até

que ponto a reciclagem de produtos é eficiente para a sustentabilidade?

Claro que temos de reciclar, mas isso tem permitido equívocos: “Não se preocupe, consuma porque temos condições de recuperar e recriar tudo.” Isso é impossível. O meu slogan é: “Para viver melhor, consuma menos”.

E. Manzini:


CONVIDADO

“O designer será mais um actor dentro desse grande plano, conduzindo a sociedade na direcção correcta, no seu papel de facilitar as inovações sociais.”

Tb: Quais os maiores “mal-entendidos” que se cometem em nome da sustentabilidade? E. Manzini: Algumas pessoas pensam, até com boa vontade, que usar produtos que reduzam o impacto ambiental representa um enorme passo para a sustentabilidade. Quando entendem que a mudança deve ser maior, no âmbito global, dizem que é radical demais para ser executada imediatamente.

Actualmente, Manzini é responsável pelo Sustainable

Tb:

Everyday Project (SEP), uma plataforma web que

E. Manzini: Isso

reúne informações sobre pesquisas, workshops, projectos e actividades relacionados com a promoção do design sustentável na vida quotidiana. Apostando numa mudança radical no sistema de produção

E não é verdade?

é mais fácil do que gastar milhões em pesquisas tecnológicas. Por que não se têm casas vizinhas com serviços em comum em vez de esperar por uma nova geração de electrodomésticos que controlará tudo e, no fim, reduzirá o consumo de energia em apenas 2%? Não é fácil fazer mudanças sistémicas.

e consumo mundial, o designer propõe alternativas

Tb: Quais

que permitam a tão sonhada redução do consumo,

E. Manzini: Algumas

num novo cenário onde os produtos são substituídos pelo resultado que eles promovem, “em vez de carros, falemos em mobilidade”, sugere Manzini. No novo cenário traçado pelo designer, o partilhar

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são os maiores entraves para a adopção de uma política sustentável?

vezes, falta vontade. Outras vezes, faltam incentivos. Vou usar o exemplo do carro: quem circulasse com duas ou mais pessoas teria estacionamento gratuito. Há mais um argumento que ouço: viveríamos uma crise económica, e esse não seria o momento para uma política sustentável. Discordo. É mais fácil mudar na crise do que quando as máquinas estão a pleno vapor.

de bens é a solução para a redução da produção e do consumo de novos artefactos.

Tb:

Que outras mudanças pede sustentabilidade?

Ela depende de transformações radicais nos padrões não sustentáveis. Por exemplo, melhorar a eficiência dos carros é caro. Cerca de 90% deles leva apenas um passageiro. Se levar dois, o problema diminui pela metade. É simples, mas também complexo, porque não se muda um hábito com facilidade. Trata-se de uma discussão tão importante quanto falar em hidrogénio como combustível alternativo.

E. Manzini:

Afirma que nos países não industrializados, podemos saltar etapas e chegar mais rapidamente ao desenvolvimento sustentável, em comparação com os países Industrializados. Qual seria o motivo para esse atalho?

Tb:

E. Manzini: Em países industrializados, o sistema económico já está completamente estabelecido, pesado e, portanto, inerte. Observamos que a economia baseada em produtos na Europa chegou ao seu limite. Nos países não industrializados, como esse processo não está maduro por completo, há a possibilidade de saltar directamente para um novo e promissor cenário. Tb: O designer pode, de facto, promover uma revolução social, transformando a sociedade?

A sustentabilidade é uma revolução. O designer será mais um actor dentro desse grande plano, conduzindo a sociedade na direcção correcta, no seu papel de facilitar as inovações sociais.

E. Manzini:

“Para viver melhor, consuma menos.”




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DESIGN NACIONAL

Eco Chic Criar e Reutilizar A ideia é portuguesa, mas já corre o mundo. Afinal, o conceito de andar com um jornal ou uma tela publicitária ao ombro tem tanto de único como de original. E esta é a especialidade da marca Tela Bags, que cria malas e carteiras a partir de material usado. por Célia Monte Pereira

Com uma aposta forte no design, a marca de Helena Pinto tem singrado no mundo da moda com a vantagem de que cada artigo é, verdadeiramente, único, já que cada página de revista nunca é igual. Do portefólio da empresa constam cada vez mais inovações. Depois de a marca ter começado pelas gigantescas telas publicitárias, que decoram temporariamente edifícios e outros espaços públicos, as sobras de materiais impressos começaram a ter cada vez mais saída. Mesmo tendo em conta que o papel, seja de jornal ou de revista, é o mais difícil de preparar, obrigando a um trabalho de patchwork. No entanto, a vertente criativa não parou por aqui. Depois da colecção feita a partir de pacotes de açúcar, a marca avança este Inverno para os modelos feitos com linóleo, o material impermeável usado para revestir pavimentos de cozinhas e hospitais (sim, esse mesmo usado nas cozinhas dos anos 50 e 60 da nossa memória). O desafio, explica Helena, é procurar fontes constantes de inovação, tanto nos modelos das malas como nos materiais usados. Criada em 2006, no âmbito de uma empresa dedicada ao reaproveitamento de materiais de publicidade, a Tela Bags vê na componente ambiental um extra que é dado ao produto. Independentemente da forma ecológica como os materiais são reutilizados, Helena acredita que é o design apelativo destas malas «lindas de morrer» que conquista fãs. A questão estética é crítica para a marca, que só aceita matéria prima com interesse visual. A componente lisa das telas (manchas gráficas


DESIGN NACIONAL

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Telas em PVC desactualizadas são usadas para criar a exclusiva Linha ID e a Linha X, mais acessível. Cada tela é cuidadosamente seleccionada e cortada à mão de forma a criar cada peça única. Fabricada a partir de materiais em papel, desde jornais,revistas e posters, a Linha Press é a nossa linha mais legível. Os materiais usados são seleccionados de acordo com o seu interesse gráfico e de modo a criar um efeito de colagem original para cada mala. A nova Linha L Seven é feita a partir de sobras de pavimentos em linóleo. O resultado é uma colecção de modelos originais e resistentes criados a partir de materiais que estamos habituados a ver no chão da cozinha.

“uma empresa dedicada ao reaproveitamento de materiais de publicidade, a Tela Bags vê na componente ambiental um extra que é dado ao produto”. de uma só cor) é usada nas partes menos visíveis das peças, como é o caso dos interiores e das bolsas. As parcerias com empresas, entidades culturais, câmaras municipais ou teatros, por exemplo, garantem o abastecimento de material a custo zero. Os adeptos, por seu lado, são cada vez mais internacionais. Depois de Portugal, a marca tem entrado em vários outros países europeus e já tem uma representação no Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque, no seguimento da iniciativa “Destination Portugal”. O Brasil apresenta-se como o próximo desafio e a responsável da marca quer ver, já no próximo ano, muitas brasileiras com a marca Tela Bags pelo braço. A Inglaterra e a França são outra das prioridades para o próximo ano.


Paper made from stone produced without water or the use of toxic bleaching chemicals, TerraSkin速 will degrade back into its source:

the powder of stone. www.terraskin.com


ARQUITECTURA

Agricultura Hurbana O Edifício Dragonfly O interesse urbano vira-se para os jardins, trazendo de volta o campo para a cidade, lutando agora por uma agricultura urbana comunitária que contribua para a sustentabilidade da cidade e para uma reconsideração da comida e da produção.

O edifício Dragonfly, uma estrutura de tubos, inspirada nas asas de uma libélula, capaz de distribui água da chuva por todos os 132 andares, irrigando as diferentes plantações.

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ARQUITECTURA

Apesar de Dragonfly não ser, de todo, exequível, funciona como mais uma chamada de atenção para a falta de sustentabilidade do nosso estilo de vida, e é uma resposta à nossa necessidade de produção intensiva, mas também, ecológica.

por Célia Monte Pereira

Em 2050, a Terra terá mais de 9,2 bilhões de habitantes, dos quais cerca de dois terços viverão em cidades, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas. Além da falta de água e de eletricidade, o problema da fome será ainda mais intenso, uma vez que não haverá onde plantar o suficiente para alimentar tanta gente. A fim de impedir essa catástrofe, vários procjetos de prédios autossustentáveis e até alguns destinados ao cultivo de frutas e vegetais estão a ser desenvolvidos no mundo, mas ainda sem previsão para saírem do papel. Foi com essa preocupação que, em 1999, o professor de saúde pública da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, Dickson Despommier, desenvolveu o conceito de “fazendas verticais”, prédios destinados a plantações hidropônicas (sem terra) de vegetais e frutas, separados por andares, e que geram a energia que necessitam, além de usar água da chuva. A Camâra de Nova York, nos Estados Unidos, já manifestou interesse numa construcção de 30 andares que será capaz de alimentar 50 mil pessoas por ano. Em Nova York, o arquitecto franco-belga Vincent Callebaut, desenvolveu o edifício Dragonfly, uma estrutura de tubos, inspirada nas asas de uma libélula, capaz de distribuir água da chuva por todos os 132 andares, irrigando as diferentes plantações. O projecto Dragonfly sugere um protótipo edificado de uma quinta urbana, com um programa misto de habitação, escritórios, laboratórios (de engenharia ecológica) e espaços agrícolas, disposto verticalmente em diversos


ARQUITECTURA

pisos. As quintas verticais apresentam-se como exemplos de agricultura orgânica e sustentável, baseada na produção intensiva, variando conforme o ritmo das estações do ano. Dragonfly é proposto para a zona ao longo do East River, no extremo Sul da Roosevelt Island em Nova York, entre a ilha de Manhattan e o Queens. Dragonfly estende-se de forma vertical na forma de uma torre biónica, proporcionando um novo biótipo urbano para a fauna e flora locais, recriando uma produção alimentar auto-gerida pelos seus habitantes, no coração da Big Apple. A torre, um organismo vivo, torna-se metabólica e auto-suficiente em termos de gestão de água,

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bio-fertilização e energia. Nada é desperdiçado, tudo é reciclado, num processo contínuo e auto-alimentado. A arquitectura do protótipo Dragonfly sugere a reinvenção do edifício vertical, tanto do ponto de vista estrutural como dos pontos de vista funcional, ecológico e energético. Arquitectónicamente, a organização funcional é representado por duas torres oblongas, dispostas num par simetricamente em torno de uma gigantesca estufa que faz a ligação entre ambos os corpos, projectando ao mesmo tempo duas asas cristalinas.



15 Km2 of rain forest disappears every minute


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ENTIDADE AMBIENTAL

Forest Stewardship Council (fsc) Certificação florestal O selo verde mais reconhecido em todo o mundo, com presença em mais de 75 países e todos os continentes.

por Ana Ferreira

O Forest Stewardship Council (fsc) é uma organização não governamental, internacional e independente, constituída por três câmaras: económica, ambiental e social, que define os Princípios e Critérios fsc para uma gestão florestal responsável. É uma entidade acreditadora que regula a utilização da marca FSC, reconhecendo entidades certificadoras como qualificadas para levar a cabo processos de certificação florestal fsc. Intervém em mais de 83 países em todo o mundo, tendo, até ao momento, reconhecido cerca de 16 entidades certificadoras e mais de 26 normas fsc nacionais. Mais de 78 milhões de hectares de floresta já foram certificados de acordo com os critérios do fsc, tendo sido emitidos até à data 5925 certificados, dos quais 854 certificados de gestão florestal e 5083 certificados de Cadeia de Responsabilidade (dados à data de Julho 2006). Não sendo o único esquema de certificação internacional, a sua grande diferenciação advém da credibilidade que as ong lhe têm, até ao momento, reconhecido. À semelhança da wwf, a GreenPeace e Friends of the Earth, apenas consideram o Forest Stewardship Council (fsc) como o único sistema fiável para assegurar uma gestão responsável da floresta, ou seja, uma gestão realizada de forma sustentável ao nível económico, ambiental e social. O fsc permite aos proprietários e gestores melhorar a gestão florestal, traduzindo-se, na prática, em ganhos significativos, quer em eficiência e desempenho, quer na criação de novas oportunidades de mercado, uma vez que que existe uma procura crescente de produtos fsc.

O que é Certificação Florestal? A certificação florestal deve garantir que a madeira utilizada em determinado produto é oriunda de um processo produtivo controlado de forma ecologicamente adequada, socialmente justa e economicamente viável, e no cumprimento de todas as leis em vigor. A certificação é uma garantia de origem que serve também para orientar o comprador a escolher um produto diferenciado e com valor agregado. Ao mesmo tempo, permite ao consumidor consciente a optação de um produto que não degrada o meio ambiente e contribui para o desenvolvimento social e econômico das comunidades florestais. Para isso, o processo de certificação deve assegurar a manutenção da floresta, bem como o emprego e a actividade econômica que a mesma proporciona.

“O único sistema fiável para assegurar uma gestão responsável da floresta, ou seja, uma gestão realizada de forma sustentável ao nível económico, ambiental e social.” Como actua o FSC? O fsc atua de três maneiras: desenvolve os princípios e critérios (universais) para certificação; credência organizações certificadoras especializadas e independentes; e apoia o desenvolvimento de padrões nacionais e regionais de controlo florestal, que servem para detalhar a aplicação dos princípios e critérios, adaptando-os à realidade de um determinado tipo de floresta.


ENTIDADE AMBIENTAL

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Asus Bamboo Series Notebook PC ...bamboo is the new titanium

Asus lança seu novo notebook Bamboo Series “, um produto inovador revestido de bambu, é verdadeiramente verde durante todas as fases da sua vida. - Desde a sua concepção, produção e utilização à sua eventual reciclagem e eliminação”


MATERIAL

Bambu Matéria Prima do Futuro O Bambu é uma planta resistente que produz os seus próprios compostos antibacterianos e pode prosperar sem pesticidas. As suas fibras porosas podem ser usadas na produção de tecido, materiais de construção, mobiliário,etc.

No passado o bambu era considerado uma planta sagrada. Os chineses utilizavam-no apenas em cerimónias de nascimento, casamento, iniciação e morte. Acreditava-se que o espaço vazio entre um nó e outro era tão puro que os anjos, ao visitarem a terra, ali se hospedavam. A partir de 684 a.c., tornou-se fonte de muitas aplicações na Ásia. Tais como alimento, vestuário, habitação e medicamentos. O bambu é uma gramínea (relva) de rápido crescimento, neutraliza o carbono e restaura o vigor da terra, garantindo a sustentabilidade. Tem propriedades mecânicas e estéticas que lhe permitem competir com madeira e aço em determinadas áreas da construção civil, arquitectura, design e outras aplicações. O bambu reproduz-se em abundância, sem o uso de pesticidas e fertilizantes e a sua fibra é naturalmente anti-bacteriana, biodegradável e extremamente macia. Tem características adequadas a cada estação do ano: fresca no Verão e quente no Inverno.

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FONTE ECOLÓGICA


FONTE ECOLÓGICA

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Fonte ecológica com furos Impressão sustentável Software que poupa nos custos de impressão e é ecológico.

Durante a impressão, o Ecofont faz buracos nas letras que escreveu! Isso é fascinante por si só, e ainda mais quando nos apercebemos que isso não afecta a legibilidade. No entanto, apenas se torna mesmo interessante quando lhe dizemos que o mesmo geralmente permite poupar 25% de tinta ou toner. Tanto a sua carteira como o ambiente lhe agradecem porque a tinta e o toner são encargos particularmente pesados para ambos. Trabalha com a sua fonte normal e imprime usando a sua variante de poupança de tinta apenas com um único premir de um botão. O software Ecofont é muito fácil de instalar e utilizar. Imprime sustentavelmente com Ecofont e o software é adequado para o uso privado e comercial. Funciona bem nos tamanhos 9 e 10. A qualidade da impressão depende também da qualidade da impressora e do software. Ecofont permitirá desempenhar assim um papel chave na sua política de rse.

Fonte Tipográfica Verdana

Fonte Tipográfica Verdana com aplicação de Software Ecofont

“Trabalhe com a sua fonte normal e imprima usando a variante de poupança de tinta.”

Vantagens 1. Poupa em tinta ou toner de impressão: Com o Ecofont poupa (normalmente até 25%) em tinta ou toner. Sabendo que a tinta de impressão é uma substância altamente poluente e que também é uma das mais caras no mundo, isto representa uma poupança substancial.

2. Consciência interna: A maneira clara e agradável de poupar com o Ecofont irá encorajar o comportamento consciente relativamente ao ambiente e ao custo entre os seus colaboradores.

3. Responsabilidade Social Corporativa: Ser verde já não é um luxo mas sim essencial. Ao usar o Ecofont demonstra abertamente que a sua organização integra os interesses dos três “P”s (Pessoas, Planeta, Lucro (Profit)) nas suas actividades.


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Protótipos

Rubber Stool Banco em borracha reciclada As preocupações ambientais estão no centro da indústria do design. Se esta realidade não é de agora, o facto tem-se acentuado na última década.

Mais um passo em frente rumo à sustentabilidade da indústria do design, através de uma criação de um estúdio japonês. As preocupações ambientais estão no centro da indústria do design. Se esta realidade não é de agora, o facto tem-se acentuado na última década.A prova está no constante aparecimento de novos materiais que explorando uma enorme versatilidade, fruto do natural avanço tecnológico, abrem novos caminhos rumo a uma maior sustentabilidade do planeta. Sensível a estas preocupações, o estúdio japonês h220430 recusou deixar a sua pegada no mapa de devastação que tem assolado as plantações de borracheira, ou árvore-da-borracha, um pouco por todo o mundo, mas sobretudo no sudoeste asiático, e desenvolveu um banco feito a partir de borracha reciclada, controlando também desta forma o custo elevado e a pouca flexibilidade da borracha sintética. Como resultado surge no mercado, ainda rotulado de protótipo, o ‘Rubber stool’. Um banco em borracha reciclada feito a partir de uma única estrutura que se molda e rapidamente se transforma num banco simples, prático, funcional e ‘eco-friendly’.


ProtótipoS

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Monociclo futurista Veículo pessoal de alto desempenho Andrei França Designer Brasileiro usou como inspiração nos modelos Segway, para criar um novo conceito de monociclo, o Noah.

O Noah poderia ser apenas mais um dos meios de transporte individual denominados ecológicos, mas diferencia-se pelo deu design apelativo e futurista. Inspirado nos populares Segway, o designer brasileiro Andrei França projectou um motociclo compacto destinado ao público mais jovem. Baseando-se em conhecimentos do sistema psicomotor humano, Andrei França criou o Noah. Para a criação deste motociclo compacto, o designer brasileiro buscou inspiração nos populares Segway, e na forma como estes consistem numa rede inteligente de sensores, mecanismos e sistemas de controlo que estudam as mudanças no terreno e a posição do corpo do condutor de forma continuada.

À primeira vista pode parecer um monociclo, mas este veículo de alta performance possui na verdade duas rodas, montadas em paralelo, as quais se podem mover independentemente. Esta característica, confere ao veículo não só uma grande agilidade, podendo mover-se em qualquer direcção, como também uma acrescida estabilidade. Com um assento na sua parte superior e dois apoios para os pés, a posição corporal do utilizador é semelhante à de um condutor de um motociclo comum. O Noah funciona apenas com impulsos eléctricos alimentados pelas suas baterias de lítio, e usa os movimentos do condutor para controlar a aceleração e o travão, bem como para virar, dispensando pedais ou quaisquer botões. Para este efeito foi utilizada a tecnologia apoiada no princípio biomecânico do equilíbrio giroscópico. Numa perspectiva verde, não consome combustíveis fósseis, o que permite a redução de emissões poluentes, directas e indirectas, para recarregar as suas baterias, o utilizador apenas necessita de o ligar a uma tomada comum e reduz ainda outro tipo de poluição, a poluição sonora, já que é quase silencioso.


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ECOLOGIA HURBANA

Jardins Verticais Planeta Sustentável Ao perceber que a terra servia apenas como base para as plantas, o designer francês Patrick Blanc decidiu se dedicar ao cultivo de jardins verticais e conseguiu implantar a técnica em cidades de todo o mundo.

por Nicolas Kerboethau

Patrick Blanc, botânico francês e especialista em plantas tropicais, introduziu há cerca de 20 anos o conceito de muro vegetal, que agora está a ganhar adeptos em todo o mundo. Tornar o meio urbano mais habitável passa bastante pela utilização adequada do material vegetal. É comum para todos nós, a plantação de árvores ladeando ruas e alamedas, em parques e jardins, com arbustos, herbáceas e relvados, mas já não o é, a utilização de plantas em situações inesperadas, como nas coberturas e, neste caso concreto, nas fachadas, ou até nas paredes interiores, substituindo a alvenaria de tijolo. Patrick Blanc, botânico francês e especialista em plantas tropicais, introduziu há cerca de 20 anos o conceito de muro vegetal. De imediato tornou-se como que o ovo de Colombo para as situações difíceis, com que os arquitectos paisagistas se deparavam frequentemente. Hoje em dia, esta ideia genial está a ganhar adeptos no mundo inteiro, para as mais variadas situações. É este conceito e a sua boa utilização que vamos tentar expor, duma forma muito acessível. Se pretendermos resumir, diremos que a genialidade da solução foi conseguir plantar as superfícies verticais. Dito doutro modo, as fachadas foram conquistadas para os espaços plantados. Novos espaços verdes


ECOLOGIA HURBANA

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“uma eficaz protecção acústica, térmica, protecção contra os efeitos destruidores das intempéries e absorção de poeiras e poluentes; temos de referir também a libertação de oxigénio e fixação de C02 pelas plantas”.

O Athenaeum de Londres é o um edifício de 8 andares coberto por uma faixada verde com mais de 12 mil plantas.

poderão surgir em cada esquina, aumentando exponencialmente as áreas verdes duma cidade, com os benefícios inerentes, nomeadamente um surpreendente efeito estético, uma eficaz protecção acústica, térmica, protecção contra os efeitos destruidores das intempéries e absorção de poeiras e poluentes; temos de referir também a libertação de oxigénio e fixação de C02 pelas plantas. Este conceito de plantação na vertical, adapta-se tanto a fachadas de edifícios, como a muros em geral. A técnica desenvolvida por Patrick Blanc consiste na criação de uma plantação na vertical e não em volume. A inspiração foi-lhe dada pela floresta tropical, na qual as plantas bromeliáceas e outras, enleiam-se nas árvores, nas rochas e nas superfícies verticais em geral, vivendo sem o habitual substrato de solo. Neste caso, a construção pode ter como suporte uma estrutura metálica que garanta a estabilidade do meio vegetal, que viverá entre duas superfícies de feltro, sobrepostas, que favorecem o crescimento e a fixação das raízes das plantas. Assim, temos duas camadas de feltros, ou lã de rocha, fixadas a placas de PVC, que por sua vez são suportadas pela ossatura metálica, que pode atingir vários metros de altura.

Fachada do museu Quai Branly, em Paris, França. A superfície, de 800 metros quadrados, tem 15 mil espécies de plantas, originadas do Japão, da China, dos EUA e da Europa Central.


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ESTÚDIO

Corque Design Design ecológico A Corque é uma marca de eco-design nacional que só faz objectos em cortiça. O catálogo da empresa foi lançado este ano em Milão e a marca estará representada na FIL a partir de amanhã. Cork Wine Frapé

A cortiça é uma matéria-prima extraordinária e com características ambientais excepcionais. Renovável e natural, é um excelente fixador de CO2". Quem o diz é Ana Mestre, 31 anos, designer de equipamentos que se dedicou à investigação na área da sustentabilidade do design. Em 2005, fundou o atelier Susdesign , totalmente vocacionado para as condições ecológicas dos meios de produção e, recentemente, em parceria com Gonçalo Riscado, criou uma marca singular no mercado para o eco-design nacional. Chama-se Corque e foi lançada oficialmente na Feira Internacional de Milão de 2009. Tal como o nome indica aqui a sustentabilidade parte de aproveitar as características únicas da cortiça para a transformar em belos objectos do nosso quotidiano. “Em Portugal, temos a vantagem de o território permitir grandes áreas de plantação. Além disso, quando é extraída não danifica a árvore. É um material com características sensoriais únicas que permite ser trabalhado com grande criatividade. Neste sentido, tem todas as condições para ser explorada como um material experimental”. Entre os nove objectos escolhido para lançar a Corque, Ana Mestre desenhou um puf de esferas ligadas entre si, “e com múltiplas possibilidades de uso”, defende a autora. Há também consolas de linhas direitas com padrões impressos no interior, uma cadeira singular, castiçais, “frappés” ou, simplesmente, um conjunto de bases inspiradas em topografias do território português.

Cork louge Chair



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EXPOSIÇÕES

Exposição de Design Ecológico e Artes Gráficas Remade in Portugal “Game Over – Press Start”, é o tema da exposição inaugurada pela Remade no passado dia 6 de Dezembro, no Museu da Electricidade. Estará patende de 7 de Dezembro de 2010 a 2 de Janeiro de 2011.

“Game Over – Press Start: significa não desistir e continuar a agir para melhorar o nosso Planeta.”

Os objectos expostos, produzidos por artistas plásticos, designers, estilistas e arquitectos, transmitem diferentes sensibilidades e distintas abordagens à temática do Ambiente. O visitante deverá percorrer o espaço, formar uma opinião crítica e alcançar o seu objectivo: transformar-se numa entidade activa em bons comportamentos ambientais.

O Remade in Portugal é um projecto que procura incentivar à criação e desenvolvimento de produtos cuja composição integre uma percentagem de, pelo menos, 50 % de matéria proveniente de processos de reciclagem. Esta reciclagem divide-se em 2 campos: pré e pós-consumo. Por pré-consumo entende-se a reciclagem dos desperdícios da produção industrial que, normalmente, é assumida pela própria indústria; por pós consumo entende-se a reciclagem das embalagens, resíduos e desperdícios domésticos que se recolhem dos ecopontos. Este projecto materializa-se em exposições periódicas que ocorrem tanto em território nacional como a um nível internacional com o objectivo de difundir a cultura do eco design e do desenvolvimento sustentável. O “Remade in Portugal” é a transposição para o panorama nacional de um projecto italiano denominado “Remade in Italy”. Este projecto foi criado em 2004 pelo arquitecto Marco Capellini com a colaboração da entidade italiana “Regione Lombardia” e rapidamente se estabeleceu como uma referência nacional, contando com a participação, entre outros, do Ministério do Ambiente e dos vários consórcios ligados à reciclagem. O sucesso da iniciativa conduziu à sua internacionalização e, actualmente, o conceito “Remade” já está implementado em diversos países da Europa e América Latina.

3 into 1 (Ana Salazar) Remande 2009


EXPOSIÇÕES

Amicu (Protosys) Remade 2009 Luce3 (Eduardo Souto Moura) Remade 2008 Cork New Collection Logos (Simpleformsdesign) Remanda 2009

O Jardim das Flores. (Joana Vasconcelos) Remade 2009

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Preservar o ambiente nesse novo século e responsabilidade de todo. Por isso , a nossa marca lança a sua linha de acesórios a Adidas Grun. O material utilizado em sua fabricaçao e inteiramente reciclável. Adidas Grun uma idéia de preservaçao



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ATITUDE


FONTE ECOLÓGICA

Como ser ecológico Práticas sustentáveis

Implementar práticas sustentáveis pode beneficiar os seus clientes e a sua consciência – Contando que o Designer entenda como essas práticas funcionam.

por Nicolas Kerboethau

Entender o processo tecnológico envolvido na elaboração de embalagens que não agridem o meio ambiente pode auxiliar a criar produtos de qualidade, que possuam uma boa mensagem ecológica e ainda façam com que o seu cliente economize. Os fabricantes de embalagens oferecem soluções inovadoras ao disponibilizar fontes de matérias-primas sustentáveis com processos de fabrico mais eficientes e com maior controlo de desperdício. Para que se descubra qual a solução de embalagem mais adequada para os seus clientes, a Toobe Ecodesign magazine, pesquizou os especialistas do ramo. A criatividade dos britânicos pode servir de inspiração para os designers portugueses, visto que o conceito de embalagem sustentável está agora a surgir. Seja um saco de papel reciclável, um copo de bebida

ou uma embalagem de papelão, há inúmeras opções de embalagens ecológicas à disposição das empresas e dos designers. Decidir qual é a opção certa para uma marca pode ser um verdadeiro campo minado, principalmente para os profissionais inexperientes. Conversar com um fabricante do ramo pode resolver a maior parte dos problemas em relação ao assunto. Porém, para facilitar, o guia das páginas seguintes mostra alguma das principais empresas do ramo da embalagem do planeta. Elas explicam o que está disponível para o designer no que diz respeito a impressoras, papéis, tintas e embalagens de papelão e metal, apontando o que é preciso para se tornar um designer ecológico e como obter os melhores resultados sem comprometer a criatividade.

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Embalar líquidos Embalar líquidos de forma sustentável é um processo complicado.

O preço e a disponibilidade dos materiais fazem com que a grande maioria dos líquidos, leite e lacticínios, óleos e bebidas, seja embalada em garrafas de plástico com base em petróleo (8% da produção de petróleo é destinado somente à produção de plástico). O mercado do Reino Unido consome 9 bilhões de garrafas de plástico por ano. Isso equivale a 3 milhões de toneladas de plástico. Grande parte desse material vai para aterros; apenas 7% das garrafas são recicladas. Vários fabricantes de embalagem tentam encontrar soluções sustentáveis para esse problema. Alguns obtêm sucesso; outros desistem no meio do caminho. A empresa (www.belu.org), que embala e fornece água engarrafada, é uma das mais comprometidas com o meio ambiente do ramo. Todo o lucro da empresa é destinado a campanhas de purificação de água de diversos lugares do mundo. A garrafa da Belu é feita de um tipo de plástico fabricado a partir do amido de milho. Esse plástico biodegrada-se e transforma-se em adubo em num período que vai de nove meses a um ano se deixado em ambiente doméstico. O material decompõe-se mais rápido se for depositado em lugares de compostagem. A empresa britânica Greenbottle (www. greenbottle.com) oferece uma alternativa às garrafas de leite que é totalmente reciclável e pode ser utilizada como adubo depois de decomposta. A parte exterior é feita do mesmo modo que a caixa de Ovos: uma estrutura monocoque, na qual o invólucro absorve toda ou a maior parte da força aplicada sobre ele (permitindo a criação de embalagens com mate-

“Vários fabricantes de embalagem tentam encontrar soluções sustentáveis... alguns obtêm sucesso, outros desistem no meio do caminho”

Garrafa Belu é feita de um tipo de plástico fabricado a partir do amido de milho. www.belu.org

Primeira garrafa ecologicamente correta feita de papelão e resina natural extraida do milho. Totalmente biodegradável. www. greenbottle.com

riais mais flexíveis), fabricada com um tipo de papelão 100% reciclável. O interior da embalagem é feito de plástico, também reciclável. Depois de uma garrafa ser utilizada, o seu revestimento é removido e o resto reciclado. Se o consumidor preferir, pode deixar esse resto no lixo comum: a garrafa decompõe-se em aproximadamente dois meses num aterro. O revestimento em papelão ainda é novidade no ramo da embalagem. No futuro, é possível que o produto Greenbattle esteja disponível em diferentes tamanhos, formatas e cores. A empresa espera desenvolver soluções específicas para cada cliente. A garrafa ainda não chegou às prateleiras, mas diversos testes experimentais estão a ser feitos


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Latas de alumínio Latas de alumínio são o alicerce do mundo das embalagens.

A procura por embalagens mais ecológicas quase sempre embate nas novas tecnologias. Contudo, uma das formas mais sustentáveis de embalagem é também uma das mais antigas. Desenvolvida em 1810 pelo britânico Peter Durante, as latas de alumínio são o alicerce do mundo das embalagens. Diversas inovações modernas possibilitaram o embalamento de comida ou bebida por, em media, três anos, numa lata fechada a vácuo - um facto sem paralelos na historia da preservação de alimentos. As latas de cerveja, sumo ou refrigerante são as que melhor representam as mudanças na produção de embalagens. Elas normalmente são feitas de alumínio, produto 100% reciclável.

A Rexam PLC (www.rexam.com) é líder mundial na produção de latas e no desenvolvimento de novas tecnologias para o processamento de latas de metal. Desde 1983, a Rexam reduziu o peso de cada lata de bebida de 19,6g para 12,7g, uma diminuição de 30%, que poupa matéria-prima e melhora a eficiência do transporte. O processo, além de ecológico, é mais económico: a energia necessária para produzir o metal para uma lata é 20 vezes maior que a necessária para reciclala. As latas também beneficiam o designer: cada lata possui uma superfície considerável para a exposição de uma marca sem que um rótulo seja necessário. E uma opção de baixo custo que gera um bom apelo nas prateleiras.

“As latas também beneficiam o designer: cada lata possui uma superfície considerável para a exposição de uma marca sem que um rótulo seja necessário.”

Disponíveis em diversos tamanhos e estilos, as latas da Rexman São fabricadas para diminuir o peso da embalagem e manter a sua rigidez.

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Sacos de papel reciclável Os sacos dizem muito sobre uma marca: das ultra-baratas de polietileno utilizadas pelos supermercados até aquelas com alças de cordas para produtos exclusivos, o saco de compras é vital para qualquer negócio.

Um design feito com cuidado funciona como uma óptima divulgação dos seu produtos enquanto são transportados pelas ruas. A Paper Bag Company (www. paperbagco.co.uk) é uma das principais fornecedoras de sacos do reino Unido. A empresa faz sacos sob medida e possui diversas opções de tamanho e padrão. A linha de embalagens contém sacos de papel laminado que podem ser aplicados com baixo ou alto relevo ou polidos com verniz UV num acabamento brilhante ou opaco. Os sacos reciclados possuem uma corda que serve como alça feita de papel 100% reciclado. Escolha o tipo certo de saco: A Smith Anderson Packaging (www.smithandersonpackaging.co.uk), maior fabricante de sacos do Reino Unido, produz mais de 60 milhões de unidades por semana. A impressão é em CMYK e o papel varia entre 34 e 70g/m2. Sacos de papel: Os sacos de papel são muito utilizados na indústria de fast-food. Eles São produzidos em maquinas que trabalham rapidamente, com baixo custo de produção. Sacos com alças: É o saco de papel mais versátil e comum. Encontra-se inúmeros exemplos em qualquer Centro comercial. A flexibilidade do design e do tamanho possibilita a criação de inúmeros desenhos impressos pela Paper Bag Company numa qualidade próxima à fotográfica.

Escolha o papel A gramagem do papel precisa ser suficiente para dar resistência ao saco; Produtos de qualidade requerem um papel à altura. Joalheiras, por exemplo, precisam fornecer sacos grossas aos seus clientes; Tanto a Paper BagCompany como a Smith Anderson Packaging usam papel Kraft amarelo ou marrom, que são 100% recicláveis e vem de florestas certificadas pelo FSC (Forest Stewarship Council). O design Pense no papel do saco como a divulgação da marca do seu cliente: deixe-a impactante e simples ao mesmo tempo; O tipo e o peso do papel influem na impressão: muita tinta pode encharcar uma saco pequeno e diminuir a sua resistência, por exemplo. Fornecimento Antes de entregar a arte, fale com o seu fabricante. Além de determinar especificações e padrões, ele ajudará a encontrar soluções de design mais sustentáveis ou baratas.

“Pense no papel do saco como a divulgação da marca do seu cliente.”


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Tintas com base vegetal A embalagem deve promover o produto e passar a mensagem da marca para o cliente. Para que isso seja possível, um elemento é extremamente necessário: a tinta.

Não importa se o cliente quer uma embalagem em papelão, um saco, ou uma lata para o seu produto, o branding é uma parte essencial do design. É perfeitamente possível imprimir na embalagens utilizando tintas ecologicamente correctas, principalmente pelo facto de que os pigmentos actuais não são mais feitos de uma mistura de fuligem, óleo de lamparina e gelatina de pele de animal, composto desenvolvido na china há mais de 5 mil anos. O Flint Group (www.eu.flintgrp.com) é o líder mundial de fabrico de tintas. A empresa oferece tintas feitas com recursos naturais e sustentáveis. As linhas PluriRange e FlexiRange são baseadas em nitro celulose, feita a partir da celulose naturas com os ácidos nítrico e sulfúrico. Essa linha pode ser utilizada em sacos de compras, materiais de papel, plásticos, revestimentos e na impressão e laminação de superfícies. O Flint Group El reconhecido pelo IS014001:2004, que possui diversas normas de gestão ambiental. No mundo das impressões, escolher a tinta certa é uma acção cada vez mais importante para proteger o meio ambiente. O site Lovely As A Tree (www.lovelyasatree.com), criado por Carotine Clark, fornece uma lista de produtores de papel fabricado a partir de árvores de florestas certificadas e gráficas ecologicamente conscientes. E uma óptima fonte para designers preocupados com os problemas ecológicos. Quatro tópicos importantes no que diz respeito a tintas para embalagens: Metais

pesados: o bário, o cobre e o zinco, presentes em certos pigmentos (em cores metalizadas, principalmente), representam um risco ao meio ambiente e à saúde dos trabalhadores. Estudos afirmam que o metal pesado presente em alguns tipos de tinta aumenta as possibilidades de se desenvolver cancro na bexiga. Recursos não renováveis: Sem contar as tintas a base vegetal, a maioria das outras tintas são fabricadas a partir do petróleo. VOCs (Componentes Orgânicos Voláteis, na sigla em inglês): algumas tintas emitem esses gases, que possuem carbono na sua composição, enquanto secam, o que é prejudicial para a saúde e contribui para o aquecimento global. Resto de tinta: Esse resto pode ser reciclado e transformado num combustível de baixa intensidade, ou misturado para formar uma tinta preta que será reutilizada. A maioria do resto de tinta é colocada nos aterros

“No mundo das impressões, escolher a tinta certa é uma acção cada vez mais importante para proteger o meio ambiente.”

sanitários. Caroline Clark salienta a importância de se conversar com fabricantes para saber quais tipos de tinta são viáveis para o seu design de embalagem e que, ao mesmo tempo, ajudem a preservar o meio ambiente. “A maior mudança esta na escolhia de tintas que contenham óleo vegetal, e não petróleo”, esclarece Caroline. “Essas tintas não contem solventes, portanto, não libertam VOCs”: Reduzir a percentagem da área coberta por tinta também e uma opção de corte de gastos que evita maiores danos no meio ambiente. Assegurar que seu design não tenha sombreados muito escuros, cores escuras sólidas ou fotos com sangria excessiva é um modo de evitar o desperdício de tinta, colaborando para uma reciclagem mais eficiente do produto.


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SUGESTÂO

Embalagem comestível Sem desperdícios Para quem degusta e saboreia um doce, a estética prevalece antes mesmo do sabor, afinal, a visão é a parte do sentido que mais designa adjetivos ao produto em questão. A infinita criatividade dos doceiros de eventos, mostra que não há limites na criação de doces que dispensam elogios e digladiam entre sabor e boa apresentação. Uma aposta inovadora são os recipientes e embalagens comestíveis, geralmente feitas de chocolate. E ainda têm a vantagem de serem ecológicas.

Colher de chocolate para agitar o leite.

© Too be

Copos de chocolate.


Casas Modulares de madeira, feitas com materiais ecológicos, provenientes de florestas certificadas, de gestão sustentada. sustentabilidade e modularidade

“sustentabilidade e modularidade”

Informações gerais: info@treehouse.pt Para pedidos de orçamento ligar 808 262 808


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