Marcelino Vespeira 1925-2002 • 10 anos de conversas ausentes
26 de Novembro 2011 a 17 de Marรงo 2012 Galeria Municipal do Montijo
Vespeira tomou da pintura, primeiro, o seu lado brilhante, solar, positivo e carnal. E logo depois, uma espacialidade elástica, sideral e algo inesperada, então; crepúsculos e espumas, cores de artifício, rápidos de luz fulgindo, orquestrações soberbas, astros candentes. E o infinito ao alcance dos olhos. Depois, foi a oposição fusionada dos sexos: a dança paroxística, linear e enfática; a dança encantatória, sem disfarce, do amor. Um longo desenho, sem princípio nem fim, perseguidor, novelo de enlace e desenlace, a forma penetrante, aguda, a forma acolhedora, curva, pronta. Um jogo simétrico, nas suas tão naturais oposições, justaposto como o desejo recomenda. Uma poética de sinais, de descoberta, de descoberta do prazer do corpo inventado como prazer da alma. Junto de tudo isso, o sentimento de que só a liberdade cria. E viver assim, sem mais. A um correr do tempo, ora fazendo, ora não fazendo, com ela existindo, ou não. E sempre, uma linha de água como horizonte. Não se vendo, é certo, colorindo, porém de infância, sabe-se, as margens quentes em que as recordações repousam e euforizam o amor à terra, às pessoas, às estrelas: As do fundo do mar e as outras, as que cintilam sobre as águas paradas, caleidoscópios da noite. Fernando Azevedo Outubro 1997
Marcelino Vespeira desenhava de uma maneira que me deixava surpreso, apresentando uma enorme qualidade para o desenho, num atributo fora do comum. Para além de um companheiro, evidenciou determinadas qualidades, que me tornaram um admirador da sua obra, Vespeira começa a desenvolver uma tendência natural, para a pintura, fruto da facilidade com que desenhava. O neorealismo influenciou a sua obra a partir de meados dos anos quarenta, conseguindo assim fazer algumas obras muito interessantes, tendo-se também tornado um surrealista notável no âmbito nacional. Marcelino Vespeira, para além de amigo e de pintor, foi uma enorme perda para o país. O Prémio Vespeira instituído, em boa hora, pela Câmara Municipal de Montijo, contribui assim para o desenvolvimento da pintura no âmbito nacional e cultural de um povo e de uma sociedade, homenageando a vontade e o esforço de um homem que foi um companheiro e um amigo da minha geração. Este galardão, não serve só para homenagear a obra de um homem, mas também, contribui como chamada de atenção para uma melhor compreensão da pintura enquanto achega cultural para o progresso da sociedade em que se insere.
Rolando Sá Nogueira Março de 2002
Vespeira (1952) (Introdução a uma pintura erótica, a propósito de Vespeira) Não é por acaso cintilante o trajo dos toureiros. Ao dar-lhe o sol, o seu brilho dardeja de um modo iniludível. (E à sombra, no escuro que divide a arena, outros dardos partem, disfarçados de azul arroxeado, dos bordados que ficam ardendo, submersos). Ao sol, o crepitar estrondoso das luzes, envolve a agilidade do corpo que se atreve e furta, que, arrogante e ligeiro, baila uma ameaça. A morte que o fixa, aquela morte imediata que vem nos cornos do boi, é brincada pelo homem, enganada, excitada. E a morte gosta. Nesse momento, a morte transforma-se em amor e então, no jogo perigoso, o homem ganha a sua vitória. Morto, a seus pés, o toiro enche de sangue a arena e, sobre ele, o trajo do matador despeja luzes. Tudo é magnificamente cruel e luminoso. (Da sombra partem brilhos malévolos, como se tivessem empenhados num combate nocturno). No ardor do toureiro, no jogo de amor e de massacre que mantém com o toiro, na fulgurante ameaça das suas armas, há um exaspero erótico, uma exigência terrível que renasce da sua própria e rápida satisfação. Trémulo de pavor e de crueldade, no acto simbólico de cavar fundo o estoque na carne que se oferece com raiva e que de repente devora toda a sua virilidade, trémulo assim, o homem morre, no inteiro esplendor do seu trajo. No leito imenso, olham-se aquele homem luzente e aquela súbita mulher despida, agora que os ligou o sangue. O quadro acabou. Por lá ficaram toureiros e bailarinos e mortes e a preciosidade luminosa de umas lacas vermelhas, verdes, azuis, negras. Sempre jazem toureiros a sua profissão de matar é um acto de tremenda excitação e com ela vai o brilho repentino das pradarias que, em trajo ideal, os cobririam. Jazem toureiros depois de matarem e morrerem, e sempre a uma morte erótica se refere o corpo. Ou o do bailarino, aquele mesmo que roda em volta da mulher, por ela chamado e recusado, num igual jogo de tourada. (Uma sombra funda e atenta, segue e colhe o seu mover). Bailarino ou toureiro, tanto faz desde que a cena se invente num tablado ou numa arena, onde haja luzes. O jogo erótico necessita de luzes brilhando. Não de uma luz sensual que se continue e em sua volta seja repousado estojo, nem clarões ou fogueiras de uma funda maldade de desfazer e refazer mundos mas de brilhos alegres e cruéis, excitantes, logo terminados numa fúria que adiante renasça, brilhos de minérios ricos, de todas as cores cristalinas, com todas as facetas que lhes competem.
No momentâneo repouso, então, o quadro acabou. No momentâneo repouso o repouso é o próprio terminar do quadro, o acto breve da sua assinatura. O que lá fica é um instante do seu andamento frenético. Um instante num instantâneo assim tomado, num movimento que se vê vir de trás e continuar para a frente, que nos move ao seu encontro e nos obriga a sentir em dever de desejar o seu seguimento. A pintura erótica introduz-se aqui. Pintura erótica é aquela que representa um acto erótico e excita a um acto erótico. Pintura erótica é também aquela que repele qualquer cumplicidade que não seja de pura excitação. É claro que a sua representação não pode ser anedóctica, não nos pode envolver nas figuras de uma história em que se toma partido, em que nos substituimos ao herói. O erotismo é uma força que se exprime activamente pela sua sugestão impessoal porque, se não, tomba no exemplo e, nele a outra coisa se reduz. A pintura erótica tem, então, uma indisciplinada linguagem de símbolos que só na excitação de quem a vê ganha sentido e assim o espectador, no calor das artérias próprias que tenha, aprende o que se não figura. Os toureiros, os bailarinos, as mortes que não se figuram nos quadros de Vespeira, lá estão presentes, palpitando sangue e brilhando no setim dos seus trajos, nas luzes múltiplas que do seu desejo se acendem, lá estão iluminados pelas luzes do dia e da noite, do sol e da sombra (mais difícil) por todas as luzes deste símile fálico de pamosa tourada em que as pedras preciosas invisíveis andam pelo ar, tratadas com mínimas delicadezas de lapidador.
França, José Augusto “Cem exposições”, Lisboa, INCM, 1982 , pp. 15 -17.
serigrafia “s/ título” 41,5 x 20,5 cm 1985
serigrafia “O velocipoeta de Tavira” 95 x 65 cm 1981
serigrafia “s/ título” 41,5 x 20,5 cm 1985
serigrafia “kafak” 65 x 95 cm 1981
serigrafia “Moiramar” 73 x 51,5 cm 1983
serigrafia “Marimbeiros de Zavala� 45 x 29 cm 1957
serigrafia “Livro Garvaia” II 31 x 20 cm 1985
serigrafia “Zuluz” 49 x 34,5 cm 1984
serigrafia “s/ título” 33 x 30 cm s/ data
serigrafia “s/ título” 53 x 36 cm 19885
serigrafia “s/ titulo� 33 x 25 cm s/ data
serigrafia “Orinocatarina 72” 65,5 x 54 cm 2000
serigrafia “B101B-III” 78 x 61 cm 1973
serigrafia “B101B-IV” 78 x 61 cm 1973
serigrafia “B101B-I” 78 x 61 cm 1973
serigrafia “B101B-II” 78 x 61 cm 1973
serigrafia “Livro Garvaia” I 31 x 20 cm 1985
serigrafia “luzúbrica” 68 x 45 cm 1979
serigrafia “Che Guevara” 71 x 47 cm 1970
serigrafia “Abrilimagem” 54 x 35,5 cm 1980
serigrafia “Não guardes para amanhã o amor que podes fazer hoje” 70 x 49 cm 1972
Biografia 1925 Nasce Marcelino Macedo Vespeira, em 9 de Setembro, na freguesia do Samouco, concelho de Alcochete, onde vive até aos 12 anos.
1937 Depois do exame da 4.ª classe, matricula-se na Escola de Artes Decorativas António Arroio. Passa então, a viver em Lisboa, em casa dos avós maternos. Os fins-desemana passa-os no Samouco, com os seus pais. É, durante os cinco anos em que frequenta a Escola António Arroio, que descobre o convívio com o meio intelectual de Lisboa.
1942 Termina os estudos na Escola António Arroio. Participa nas reuniões neodadaístas do Café Herminius, em Lisboa, juntamente com Leonel Rodrigues, Júlio Pomar, Pedro Oom, José Cardoso Pires, Cruzeiro Seixas e outros. Faz o curso de Habilitação à Escola de Belas Artes de Lisboa, onde obtém a classificação de 16 valores. Maticula-se no Curso de Arquitectura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, que abandona por divergências políticas com o Director da Escola. Começa a trabalhar para o Estúdio Técnico de Publicidade (ETP), juntamente com Fernando de Azevedo e, outros artistas. Convive, na Brasileira do Chiado e no Café Chiado, com artistas da geração anterior à sua, tais como Almada Negreiros, Eduardo Viana, Bernardo Marques, Abel Manta e outros.
1943 Junto com Fernando de Azevedo, Gomes Pereira, Júlio Pomar e Pedro Oom, participa numa exposição; para o efeito, alugam um quarto que é forrado com folhas do Diário de Notícias e, em cima do qual aplicam os seus trabalhos. Faz uma série de aguarelas que retratam várias zonas de Lisboa. Nos dois anos seguintes trabalha na série “Cavador”, conjunto de desenhos sugeridos pelo lavrar da terra no Samouco.
1945 Aproxima-se dos ideais do neo-Realismo Literário. Ele, Júlio Pomar e Pedro Oom defendeu um carácter interventivo da arte. Publica então, a “Carta Aberta aos Pintores Portugueses” (in “Arte”, n.º 9, “A Tarde”, de 4 de Agosto). Os desequilíbrios sociais da época e a sua forte vontade de mudar o mundo influenciam fortemente a sua obra. Surgem as primeiras “Exposições Gerais de Artes Plásticas”.
1946 Participa na “I Exposição Geral de Artes Plásticas” da Sociedade Nacional de Belas Artes com o seu quadro “Apertado pela Fome”, que o tornará um dos mais promissores pintores da sua geração.
1947 Participa na II Exposição Geral com um estudo da série “Rapazes e raparigas da Cidade”. É um dos fundadores do Grupo Surrealista de Lisboa, afastando-se assim da estética neo-realista.
1948 Surrealistas e neo-realistas preparam conjuntamente a III Exposição Geral SNBA, mas os primeiros ao tomarem conhecimento da censura prévia tentam convencer os neo-realistas a não aceitarem tal imposição. Como não chegaram a acordo, os surrealistas retiraram as suas obras, pouco antes da abertura ao público. A cisão entre surrealistas e neo-realistas é definitiva e, Vespeira só voltará a participar na X Exposição Geral, em 1956.
1949 Participa na “I Exposição do Grupo Surrealista de Lisboa” com 14 trabalhos. Colabora no “Quadro Colectivo”, realizado pela técnica de cadavre exquis, juntamente com Fernando de Azevedo, António Pedro, João Moniz Pereira, António Dacosta, José Augusto França e Alexandre O’Neill. Surge aí, o primeiro momento surrealista deVespeira: “Carne Vegetal” (1948) e “Notícia Violentada” (1948). Passa uma temporada nas Ilhas Berlengas; este contacto com a vida selvagem influencia a sua obra, surgindo assim a sua segunda fase surrealista: “Parque de Insultos” (1949), “A Menina Nua” (1949), “A Flor de Sade” (1950), “Gruta do Sono” (1950) e ainda outros trabalhos s/ título. O erotismo torna-se marcante na sua obra.
1951 Pinta “Homenagem a Carmen Amaya”,, esta obra marca o início de uma fase em que a música e a dança estão presentes na sua pintura. Termina o ciclo de influência directa da estética realista.
1952 Realiza a sua primeira exposição individual na Casa Jalco (ao Chiado), com cerca de 76 trabalhos (óleos, desenhos, colagens, etc.). Nesta apresentação revela-se o melhor da produção surrealista de Vespeira, denotando-se já, a sua orientação abstracta que marcará a sua obra na segunda metade da década de 50. Faz amizade com Adolfo Casais Monteiro, João Hogan, Luís Dourdil, Maluda, Joaquim Rodrigo, Glicínia Quartin, José Blanc de Portugal e outros do meio intelectual da época. Participa com dois óleos numa exposição colectiva internacional na London Gallery, os quais desapareceram depois da exposição.
1953 Casa com a pintora Albertina Mântua. Participa com dois óleos na exposição “Prémio da Jovem Pintura” na Galeria Março, dirigida por José Augusto França e Fernando Lemos. Representou Portugal, juntamente com outros 40 artistas portugueses, na II Bienal de Arte Moderna de São Paulo.
1954 Vende o quadro “Noctívolo” (1951) ao Estado.
1955 Nasce o seu filho, Pedro Mântua Vespeira. Expõe individualmente na Galeria Pórtico, onde apresenta uma série de pequenos trabalhos, nos quais se denota uma “nova organização rítmica influenciada pela estética do Jazz”. Com Fernando de Azevedo e Manuela Lapa, monta o Pavilhão Português da exposição internacional da “Fiera del Levante”, em Bari, na Itália.
1956 Participa no “Primeiro Salão dos Artistas de Hoje” na SNBA, onde apresenta quatro trabalhos. Integra a exposição “O Jazz visto por artistas modernos”, organizada pelo Hot Club de Portugal, onde vence o prémio com o trabalho “Mensagem a Louis Armstrong”. Participa, com quatro desenhos a carvão, na IV Mostra Internazionale di Bianco e Nero, na Suíça. Faz, sob coordenação de Bernardo Marques, uma viagem a África com Manuel Lapa, Fernando de Azevedo e Nuno San Payo; passa por Angola e fixa-se em Moçambique. Fascinaram-no, sobretudo, os ritmos e as danças tribais do interior moçambicano, que a partir de então passaram a influenciar a sua pintura (“Chiribibi” e “Marimbeiros de Zavala”).
1957 Participa na I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. Vence o Prémio Columbano na II Exposição de Artes Plásticas de Almada. Integra, mais uma vez, a representação portuguesa da Bienal de Arte Moderna de São Paulo.
1958 Faz parte da “Retrospectiva da Pintura Não Figurativa em Portugal”, com organização de Rui Mário Gonçalves na Faculdade de Ciências de Lisboa. Vence o Prémio Heitor Cramês, em Vila Real, com a obra “Malaguenha”. Integra a Missão Internacional de Arte realizada em Évora. Participa no 1.º Salão de Arte Moderna da SNBA. É bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1958 e 1959. Lecciona, durante cinco meses, a disciplina de Desenho Geométrico, actividade esta, que abandona por razões de ordem política.
1959 Participa no 2.º Salão de Arte Moderna e, ainda, na Colectiva “50 Artistas Independentes, ambas na SNBA. Viaja, com Albertina Mântua, pelos centros históricos da Europa, esta viagem virá a revelar-se decisiva na sua tomada de consciência.
1960/61 Participa com Sá Nogueira, Menez, Pomar, Azevedo, Siqueira e Nikias Spakinankis, entre outros, na 2.ª Exposição de Pintura Moderna em Luanda. Expõe, individualmente, na Galeria Diário de Notícias e, participa na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. Divorcia-se de Albertina Mântua e, nunca mais voltará a casar.
1962 Expõe de novo, individualmente, na Galeria Diário de Notícias. Integra, com Paula Rego,João Hogan e Fernando Conduto, uma representação a Madrid, de quinze pintores seleccionados pela referida galeria. É convidado para a direcção da Revista Colóquio, onde ficará até 1966.
1964/65 Integra o Conselho Técnico da SNBA, onde colabora na renovação dos seus programas culturais. Expõe na Galeria 111, na “Exposição de Novembro”, e, já em 1965, na “Exposição de Maio” da SNBA.
1966 Faz parte da colectiva que inaugura a Galeria Quadrante.
1967 Integra a exposição “Imagem Não Imagem” organizada por José Augusto França na Galeria Quadrante. Apresenta, individualmente, na Galeria 111, “15 Gouaches – Algarve”.
1968 Participa na colectiva inaugural da Galeria Dinastia. Apresenta a obra “Natiforme” (1967), a qual «denota uma vontade de regresso à figuração erótica, com prolongamentos que lembram ambíguas formas biológicas». Esta tendência acentuar-se-á nas décadas de 70 e 80. Faz parte da colectiva de Paris, “Art Portugais, Peinture et Sculpture du Naturalismo à nos Jours”.
1970 Expõe, “44 Gouaches”, na Galeria 111. A sua obra «assume cada vez mais um jogo lúdico... inspirado nas simetrias da natureza», com alguma aproximação à Pop Art. Em Óbidos, participa na exposição “35 Artistas”, na Galeria Ogiva.
1971 Integra a renovação decorativa do Café A Brasileira, organizada por José Augusto França, com a obra “Forma Abstracta”.
1973 Faz parte da exposição “Pintura Portuguesa de Hoje – Abstractos e Neofigurativos”, que foi apresentada em Barcelona, Salamanca e mais tarde na SNBA. Participa, na Galeria Quadrum, na “Exposição de Artistas Modernos Portugueses”. Convive com José Escada, Costa Pinheiro, João Vieira e Jorge Martins.
1974 Vive intensamente a Revolução do 25 de Abril. Integra a Comissão Central de Dinamização Cultural e Acção Cívica do MFA, sendo o autor do seu logotipo. Colabora no painel do 10 de Junho de 1974, em Belém. Faz amizade com Francisco Paulino que virá a ser seu galerista.
1979 Revela «novas formas eróticas» no conjunto de colagens “Musinicristal”. Com estes trabalhos e com “Luzúbrica” regressa a «valores surrealistas (...) impregnados da sugestão erótica do corpo feminino, em cores estridentes». Com 32 colagens e uma serigrafia participa na colectiva da Revista “Acta Médica Portuguesa”, na Fundação Calouste Gulbenkian.
1980 Conhece Manuela Cruz com quem viveu até à sua morte.
1982 Integra a exposição “Os anos 40 na Arte Portuguesa”, na Fundação Calouste Gulbekian.
1983 Na Galeria Clube 50, expõe um conjunto de desenhos de «temática amorosa e lírica». Pinta “Noviagem”, um óleo de grandes dimensões.
1984 Pinta “Vulvir” e a série “Vulvante” que inspiram no coco duplo das Ilhas Seycheles no sexo feminino, símbolo de fecundidade.
1985 Expõe na Galeria Altamira, de Francisco Paulino, uma série de guaches que ilustram o poema Garvaia. A Câmara Municipal de Montijo institui o Prémio de Artes Visuais do Prémio Vespeira.
1989 Pinta a sua última obra “Fontela”. É, então, obrigado a abandonar o seu trabalho devido a doença grave.
1996/7 Expõe no Montijo, em Vila Franca de Xira e na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa.
2000 Expõe, individualmente, no Museu do Chiado.
2001 Faz parte da colectiva “Surrealismo em Portugal”, no Museu do Chiado.
2002 Em 22 de Fevereiro morre Marcelino Vespeira.
Ficha Técnica: Divisão de Cultura, Bibliotecas e Turismo do Departamento de Desenvolvimento Social, Cultural e Saúde. Design | Fotografia | Divugação: DCRP - Divisão de Comunicação e Relações Públicas Textos: Fernando Azevedo, Rolando Sá Nogueira, José Augusto França
Galeria Municipal do Montijo Rua Almirante Cândido dos Reis, 12 • 2870-253 Montijo Telefone: 21 232 83 00 E-mail: galeria-municipal@mun-montijo.pt
Horário: Segunda a Sexta das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30
www.mun-montijo.pt