Exposição "Montijo: memórias, identidade e futuro"

Page 1

E X P O S I Ç Ã O | M U S E U M U N I C I PA L D O M O N T I J O | 2 0 1 3

Montijo memórias, identidade e futuro

ontijo: memórias, identidade e futuro constitui uma abordagem que se pretende M abrangente, sem pretensão de ser exaustiva, dos momentos marcantes da história e da riqueza das tradições locais do nosso concelho.

Das Origens à Aldeia Galega Primeiros vestígios arqueológicos A presença humana deixou vestígios na área do concelho do Montijo, em locais como o Samouco, na zona norte da actual Base Aérea n.º 6. Ao longo da ribeira de Canha existem, igualmente, vestígios do período Neolítico e mesmo do Calcolítico. Do período romano, na herdade do Escatelar (Canha) existem diversos vestígios arqueológicos, entre cerâmica comum, um fragmento de mosaico decorado com motivos geométricos, atribuído ao século II, uma moeda de 1 denário do século I.

Pico Micoquense em quartzito. Datado do paleolítico inferior Proveniente da Base Aérea n.º 6, Montijo.

As Origens de Aldeia Galega

O

documento mais antigo que se conhece, até agora, sobre o Montijo – a doação feita por D. Sancho I a Sancho Fernandes, mestre da milícia da Ordem de Santiago, em 1186, dos castelos de Alcácer, Palmela, Almada e Arruda, com seus termos —, apenas se refere a uma das suas freguesias, a de Canha, e só indirectamente à área da actual cidade, quando indica como termos dos castelos de Palmela e de Almada, todas as terras desde Canha até ao mar. (FC)

Em 1634, no seu atlas manuscrito La descripción de España y de las costas y puertos de sus reinos, o cosmógrafo português Pedro Teixeira Albernaz assinala Aldeia Galega com moinho e cais. Fragmento de mosaico romano. Herdade do Escatelar. Canha.

Bordo de ânfora. Herdade do Escatelar. Canha.

N

o tombo da antiga Albergaria de Aldeia Galega do Ribatejo, elaborado naquele ano, é mencionado um conjunto de 3 ruas da então vila de Aldeia Galega do Ribatejo: a Rua Direita (hoje, Rua Almirante Cândido dos Reis), assim designada, à semelhança do que acontece com outras localidades do país, por ligar elementos essenciais da estrutura da vila – no caso, a Igreja do Espírito Santo, já referenciada no ano de 1409; a Rua da Torre (hoje, Rua do Hospital), por nela ter existido uma “casa torre”, isto é, uma casa com 2 andares ou sobrados; e a Rua do Poço (hoje, Rua Machado Santos), por se dirigir ao poço da vila, situado no Vale da Estrema (hoje, Pra-

Foral de Alcochete e Aldeia Galega, 1515 (MMA)

(O manuscrito foi recentemente divulgado pela obra El Atlas del Rey Planeta, Editorial Nerea, 2003)

ça 1º de Maio), sensivelmente, onde, actualmente, existe um marco de correio. Encontram-se, ainda, referências, no mesmo tombo, à Azinhaga de Traz (actual Rua da Misericórdia) e ao Curral do Concelho (na zona onde presentemente se encontra o mercado municipal). Noutro documento da época – a demarcação feita, em 1498, por D. Manuel I dos bens da vila de Aldeia Galega do concelho de Santa Maria da Sabonha –, são mencionados, ainda, 2 rossios: o rossio pequeno, junto da Igreja do Espírito Santo; e o rossio grande, depois conhecido por Vale da Extrema, na zona da actual Praça 1º de Maio.

O poço da vila, no rossio grande, depois conhecido por Vale da Extrema, na zona da actual Praça 1º de Maio, Montijo.

Julgamos que a própria criação deste aglomerado populacional, na actual zona do Montijo, ficou a dever-se à deslocação, no século XIV, do cais de ligação fluvial entre Lisboa e o Sul, da foz do chamado rio do Montijo (local mais conhecido por ponta do Montijo) para uma localização mais a montante e próxima da localidade actual. Até aos finais do século XIV, o lugar de Aldeia Galega do Ribatejo pertenceu, juntamente com os da Sabonha, Alcochete e Alhos Vedros, ao chamado concelho do Ribatejo, que por sua vez tinha por vizinhos, na margem sul do Tejo, os concelhos de Palmela, Setúbal, Sesimbra, Coina e Almada. Entre os finais do século XIV e princípios do século XVI, Aldeia Galega do Ribatejo pertenceu à Freguesia e Concelho de Santa Maria da Sabonha. Segundo o Livro da Vereação do referido concelho para os anos de 1421 e 1422 (cf.: José Manuel Vargas – Livro da Vereação de Alcochete e Aldeia Galega, Alcochete, Câmara Municipal, 2005), Aldeia Galega tinha juiz ordinário, meirinho e porteiro; a barca de Aldeia Galega fazia o transbordo de passageiros para Lisboa e o pescador existente pescava, entre outros peixes, o cação. No século XV, durante o reinado de D. Afonso V (1438-1481) sabese, igualmente, que estas terras pertenciam à chamada “coutada velha”, couto este que abrangia, no todo ou em parte, os actuais concelhos de Tomar, Abrantes, Vila Nova da Barquinha, Constância, Chamusca, Ponte de Sor, Alpiarça, Almeirim, Salvaterra de Magos, Coruche, Mora, Montemor-o-novo, Vendas Novas, Montijo, Palmela e Benavente. (FC)

Carranca de pedra medieval. Rua do Hospital, Montijo.

Do Município à República

A

partir dos finais do século XV, o antigo lugar de Aldeia Galega conquistou, progressivamente, autonomia administrativa. No tombo da Albergaria do Espírito Santo de Aldeia Galega do Ribatejo, em 1489, a localidade aparece-nos com o título de vila e um estatuto muito próximo de concelho. Em 1512, por altura da visitação feita pelo próprio D. Jorge, mestre da Ordem de Santiago, já a vila de Aldeia Galega do Ribatejo era concelho, distinto do da Sabonha: as eleições eram autónomas, para cada uma das antigas vilas do concelho (Aldeia Galega e Alcochete); nesta mesma visitação, é referida a demarcação havida entre Aldeia Galega do Ribatejo e Alcochete, pela qual esta última teria ficado com a antiga sede concelhia, a Sabonha, e Aldeia Galega com a Atalaia. As referidas visitações feitas a Aldeia Galega são, mesmo, depositadas “na arca do concelho”. Continua, porém, a Igreja de Nossa Tribunal e Cadeia de Aldeia Galega, inaugurado em 1879. Actual edifício dos Paços do Concelho. Senhora da Sabonha a

ocupar o lugar de “matriz e cabeça das igrejas d’Alcouchete e d’Alldeagallega e do Samouco e da Povoa e de Sarilhos por que todos estes lugares sam sua freguesia” (IAN/TT, Ordem de Santiago, Códice 156, f. 37 v). Viajantes Um dia festivo para a vila de Aldeia Galega aconteceu por ocasião da cerimónia inaugural do Tribunal de Aldeia Galega do Ribatejo, hoje edifício dos Paços do Concelho, no dia 25 de Maio de 1879. A comitiva composta pelo Presidente do Conselho de Ministros, Fontes Pereira de Melo, pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, João de Andrade Corvo e pelo Ministro da Justiça, Couto Monteiro, foi recebida no cais dos vapores, por volta das 14 horas, por entre vivas à Família Real, foguetes e os acordes do hino nacional, tocado pela Banda da Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro. A posição estratégica de Aldeia Galega, nas comunicações de Lisboa para o sul do país, para além de honrarias e festividades, foi, igualmente, responsável por muitos dissabores. Por aqui entraram, aquando das Invasões Francesas, as forças do General Luís Henrique Loison, o “Maneta”, por alcunha, no dia 25 de Julho de 1808, com ordens do General Junot para combater uma rebelião em Évora. A passagem das forças francesas, transportadas em 7 barcos,

pelo concelho de Aldeia Galega foi responsável pelos saques que se verificaram na ermida da Atalaia. Igualmente, por ocasião das Guerras Liberais, a vila ocupa uma posição estratégica, desta feita, na própria defesa de Lisboa. Em 1834, perante a artilharia da fragata D. Pedro, fundeada junto à vila, desde 1833, o General Azevedo Lemos é obrigado a prosseguir a sua marcha para norte, através de Alcochete e Samora Correia, impossibilitado da execução da missão que lhe tinham incumbido de desembarcar em Lisboa e combater a forças liberais. Durante a sua estadia em Aldeia Galega, assistiram-se a diversas execuções e ao saque dos Paços do Concelho. Mandou, igualmente, trancar o auto de aclamação lavrado pela autarquia, no dia 23 de Julho de 1833, em obediência à Carta Constitucional, à Rainha D. Maria II e ao Príncipe Regente D. Pedro. (FC) D. Maria II, Rainha de Portugal. (Litografia de Ignaz Fertig, 1853. Biblioteca Nacional de Portugal)


O TEJO - UM PASSADO COM FUTURO Da Ponte Vasco da Gama à requalificação da Zona Ribeirinha

CAIS DAS FALUAS

S

A

ituado na continuidade da Ponte Cais ou Cais dos Vapores, tem também nas suas imediações: os Paços do Concelho, o antigo rossio da vila, o Moinho de Maré do Cais e os edifícios de antigos armazéns que aqui nasceram, dada a sua proximidade da labuta que quotidianamente se gerava com o grande movimento de chegada e partida de embarcações, sobretudo até meados do século XX. O actual topónimo radica, por isso, no intenso movimento das faluas (embarcações típicas do rio Tejo) que então se verificava, sobretudo devido ao aparato da sua presença na carga e descarga de mercadorias. Pela sua situação geográfica, esta zona, como porto fluvial, cedo se havia tornado passagem obrigatória para produtos e passageiros que habitualmente circulavam entre Lisboa e a margem sul do Tejo, e o mesmo no que respeita ao Alentejo, Algarve ou Espanha (Badajoz). Após o terramoto ocorreram obras de beneficiação, e no início do século XX foi efectuado um alargamento do cais na muralha norte, o que originou a localização excêntrica da porta de água. No século XXI, na sequência de obras de requalificação da frente ribeirinha da cidade de Montijo, o cais das faluas veio a ser intervencionado com pleno respeito, quer pela arquitectura preexistente, quer pela memória dos montijenses. (LM)

ctualmente, com a construção da Ponte Vasco da Gama, aberta ao tráfego em 1998, ligando a zona norte de Lisboa ao Montijo, assim como com a conclusão de importantes eixos rodoviários, o Montijo fica situado no centro do principal corredor rodoviário nacional, permitindo um acesso facilitado às principais cidades do país, às principais infra-estruturas portuárias e aeroportuárias e a Espanha. Com a requalificação da Frente Ribeirinha, em 2007, a cidade volta-se de novo para o rio num abraço de séculos em que o Tejo e a localidade se reencontram numa perspectiva de desenvolvimento mais amplo em termos culturais e de lazer, num Concelho de oportunidades.

O

Rio Tejo constituiu desde cedo uma importante via de circulação, através do transporte de passageiros e de mercadorias. Só a dimensão deste tráfego fluvial pode justificar que o 1.º Foral, atribuído por D. Manuel I, em 1514, tenha regulado a passagem entre as duas margens, estipulando que a “Barca” tenha um horário e um preço fixo para passageiros e mercadorias. A sede da principal Posta do Sul instalou-se em Aldeia Galega do Ribatejo, a partir de 1533, devido à importante localização estratégica da localidade, garantindo, assim, o transporte de correspondência quer por mensageiro quer a cavalo. É esta posição geográfica que justifica a passagem por terras aldeanas de figuras régias e outras igualmente consagradas pela História: Cosme de Medicis, o Duque de Bragança - a caminho da aclamação, D. João V, D. José I ou William Beckford. A Posta já existente deu origem – em Oitocentos – à Mala Posta que, mantendo Aldeia Galega do Ribatejo como ponto de partida e de chegada do Alentejo, transportava correio e passageiros em carruagens apropriadas, alcançando a fronteira do Caia em 26 horas. O Rio Tejo cedo proporcionou a exploração da actividade piscatória, do sal, e a construção de unidades de moagem de cereal, sendo o Moinho da Lançada o mais antigo. Dos cais de cargas e descargas de mercadorias, o Cais das Faluas era o mais movimentado.

Cais das Faluas, 1950.

Moinho de Maré do Cais

O

primeiro proprietário e responsável pela construção do Moinho do Cais terá sido a Ordem Militar de Santiago, como o atesta a cruz – símbolo desta Ordem – visível no lintel da porta de entrada. No entanto, a primeira referência documentada conhecida data de 1646: trata-se do contrato, por um ano, sujeito a uma renda quinzenal de treze alqueires de trigo, celebrado entre o moleiro Pedro Alves e Francisco Novais Casado, seu proprietário. O Moinho de Maré do Cais, mencionado na Corografia Portugueza (1712) como «hum bom moinho de seis engenhos», apesar de ter sofrido algumas alterações manteve, no entanto, mesmo que parcialmente deterioradas, essas seis unidades de moagem autónomas, sendo também o único exemplar conhecido no estuário do Tejo que resistiu às adaptações industrializantes da segunda metade do século XIX, prosseguindo com mecanismos primitivos. Em 1816, para além do Moinho dos Dois Termos, composto por quatro mós (duas pertencentes a Aldegalega e duas a Alhos Ve-

dros), surgem igualmente cartografados cinco moinhos de maré em Aldegalega (hoje Montijo): Moinho da Lançada; Moinho da Quinta Velha, também conhecido por Quinta das Assentas ou da Mundet; Moinho do Cais; Moinho do Meio e Moinho do Saldanha. No início dos anos 80 do século XX, o imóvel encontrava-se já em elevado estado de degradação. Contudo, dada a sua importância para a História e a Cultura Local, a Câmara Municipal decidiu resgatá-lo da ruína e do esquecimento. Numa primeira fase (2004-2005), procedeu à sua regeneração respeitando a tipologia e funcionalidade, repondo a estrutura arquitectónica e hidráulica e os equipamentos moageiros. Numa segunda fase (2006-2007), no âmbito do Plano de Requalificação da Zona Ribeirinha, foram colocados os rodízios em falta e concluída a obra de consolidação da estrutura hidráulica, devolvendo-se, assim, plenamente, a sua funcionalidade e a sua fruição patrimonial a todos os munícipes, visitantes e, em especial, proporcionando-se o seu inestimável contacto às gerações futuras. (LM)

ACTIVIDADES ECONÓMICAS A Indústria Transformadora da Carne de Porco

A Indústria Corticeira

O

A

comércio e a transformação artesanais da carne de porco, oriundo dos montados alentejanos, não são actividades recentes do concelho do Montijo. No século XVI, já dava nome a uma rua no núcleo mais antigo da cidade, a Rua de Mata Porcos, hoje rua da Misericórdia. No século XVIII, encontram-se testemunhos da passagem das varas de porcos alentejanos para o cais da vila, e daí para Lisboa, depois de serem engordados, com bolota de azinheira, na região de Montemor-o-Novo, segundo o relato de um alemão de nome Heinrich Friedrich Link, em viagem por Portugal, em 1798. A Suinicultura é hoje cada vez mais encarada de forma profissional, a exploração tipo familiar tornou-se incompatível com o desenvolvimento da actividade. Existe uma nova mentalidade no empresário deste sector apostado na obtenção de padrões europeus – cada vez mais atento à formação profissional, às inovações tecnológicas e à adopção de métodos científicos que têm permitido

melhoramentos ao nível genético e um consequente aumento de produtividade e qualidade. Actualmente existem três grandes fábricas de transformação de carnes no concelho, apetrechadas com moderno e sofisticado equipamento. Existem ainda pequenas empresas a laborar nesta actividade.

indústria corticeira viria a desenvolver-se no Montijo, a partir da 1ª década do século XX, nascida da mesma vizinhança e relacionamento comercial entre a capital do País e o Alentejo. A indústria corticeira no Montijo precisou para o seu arranque da construção do ramal entre o Pinhal Novo e o Montijo. Logo após a sua inauguração, no ano de 1908, é constituída, no ano seguinte de 1909, a primeira fábrica de cortiça do concelho, a empresa Buchnall, Scholtz & Companhia, localizada, precisamente, no largo da estação do caminho-de-ferro. Toda a indústria corticeira do Montijo foi-se instalando ao longo desta linha ferroviária e muitas das suas fábricas construíram ramais ferroviários próprios. Se o terminal da linha de caminho-de-ferro sul e sueste tivesse sido construído no Montijo, como constava no projecto inicial, datado de 1854, certamente outra teria sido a relevância desta terra, no conjunto da produção corticeira da margem sul do Tejo. Mas também, não teria ocupado, como ocupou, o lugar de uma das terras mais pequeno-burguesa da margem sul. Hoje, existem algumas unidades no activo, na sua maioria ligadas, essencialmente, ao sector da preparação. No sector da transformação da cortiça as existentes detêm dimensão e sofisticação técnica e tecnológica focalizando os seus produtos para a exportação.

cultura

O

s habitantes do Montijo herdaram um território, um património edificado, um conjunto de tradições…, isto é, uma cultura (material e imaterial) que se deseja hoje, cada vez mais, compreendida, respeitada e valorizada. O Montijo é uma terra com uma importante herança cultural, de que constituem exemplos Imóveis de Interesse Público e de Interesse Municipal como as Igrejas Matriz e da Misericórdia, a Quinta do Pátio d’Água e a Ermida St.º António, mas também as suas tradições orais (lendas, contos, ditados, adivinhas, lenga-lengas…,) o artesanato tradicional (o «saber fazer» do correeiro, embolador, cesteiro, caldeireiro, etc.), as representações populares, como as «Cegadas» e o «Enterro do Bacalhau» (ultimamente mais apreciadas em Sarilhos Grandes), sem esquecer acontecimentos festivos e práticas rituais, como N.ª S.ª da Oliveira, em Canha, N.ª S.ª da Atalaia, S. Pedro e S. Marçal, no Montijo, com a música dos gaiteiros, as três voltas ao cruzeiro quinhentista efectuadas pelos Círios, a «queima do batel» ou as lavagens simbólicas na «Fonte da Senhora», na Atalaia.

Montijo memórias, identidade e futuro

O largo, o bairro ou a própria freguesia constituem um corpo vivo, representam uma realidade peculiar, dispõem de um rosto, de uma emoção e de um ritmo, insusceptíveis de qualquer cópia. Entre os vários actores que mais recentemente têm promovido o desenvolvimento cultural, podem destacar-se as sociedades filarmónicas, os ranchos folclóricos, as tertúlias tauromáquicas e grupos de forcados, os clubes e associações populares recreativas e de instrução, mas também a Escola Profissional Montijo, o Conservatório Regional de Artes do Montijo. Nos últimos anos, assistimos no Montijo a iniciativas culturais marcantes, com grandes repercussões positivas futuras, nomeadamente, a criação da Galeria Municipal; a recuperação e revitalização do Cine-Teatro Joaquim de Almeida; a valorização da actividade da Biblioteca Municipal (com os seus pólos do Afonsoeiro, JardiaAlto Estanqueiro, Esteval, Atalaia, Pegões e Canha) e o BiblioBus; a edificação do Arquivo Municipal

Visitas Guiadas, mediante marcação: Divisão de Cultura, Biblioteca, Juventude e Desporto Telefone 212327867 cultura@mun-montijo.pt

onde se inclui o Arquivo Histórico; a recuperação e refuncionalização do Moinho Vento do Esteval e do Moinho de Maré do Cais das Faluas; as Bienais de Artes Plásticas (sendo a última de âmbito internacional); a criação da Colecção de Estudos Locais que conta já com 11 volumes alusivos à história e identidade montijenses; a Tágide, a peça escultórica do mestre Lagoa Henriques, um dos artistas mais marcantes do séc. XX em Portugal, e que muito veio valorizar a Praça da República. Aprofundar a “convivialização” do espaço público do Montijo e concomitantemente manter o espírito de certos lugares, aos quais se ligam memórias, afectos, valores, crenças, etc., tem sido uma prática frequente. Incrementar acções que favoreçam o enraizamento das comunidades locais e dos novos moradores, com identidade e memória, é projectar Montijo nos caminhos do futuro.

www.mun-montijo.pt


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.