Montijo Hoje I N F O R M A Ç Ã O
M U N I C I P A L
Reabilitação Urbana
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2018 II SÉRIE
requalificar o espaço urbano, preservando o património e a identidade montijenses
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Reabilitar e requalificar para viver melhor 4-5 Dia Internacional da Mulher 7 Estórias com História
A implementação da BA-6 no Montijo 10-11 Capa Ermida de Santo António Vitral. Pormenor
Aniversário
Manuel Giraldes da Silva 15 Carnaval A festa foi grande! 16-17 Ficha Técnica Periodicidade Bimestral Propriedade Câmara Municipal do Montijo Diretor Nuno Ribeiro Canta, Presidente da Câmara Municipal do Montijo
Projeto VEM
À descoberta da biodiversidade 20-21 III Trail Running Canha 23 Retratos e outras paisagens: pinturas e fotografias 26-27
Edição Gabinete de Comunicação e Relações Públicas Colaboração Paulo Pereira Lima Miguel Lourenço Impressão Sogapal Comércio e Indústria de Artes Gráficas, S.A. Depósito Legal 376806/14 Tiragem 12 000 ISSN 2183-2870 Distribuição Gratuita
Semana Verde 28 Freguesias
Acordos de Execução aumentam recursos 31
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e d i t o r i a l
É hora de reabilitar e regenerar
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futuro do Montijo passa por conseguirmos tornar a nossa cidade mais atrativa para famílias e empresas e mais competitiva economicamente, mas respondendo também aos desafios da inclusão social, da valorização do património e da cultura, no respeito pela identidade coletiva do nosso território, da nossa comunidade e das nossas gentes. Um dos caminhos que vamos trilhar para construirmos esse futuro passa por tirarmos partido das oportunidades que se abrem com a reabilitação urbana, através da requalificação do edificado e dos espaços públicos, numa perspetiva integrada de regeneração do tecido urbano, social e económico. Neste processo de regeneração, queremos requalificar o comércio de proximidade e promover a instalação de indústrias limpas e serviços intensivos em conhecimento, com uma forte componente de inovação. Assim, posicionaremos o Montijo de uma forma consistente no panorama das cidades criativas. Aliás, esta estratégia de reabilitação urbana é indispensável e um imperativo para o futuro da nossa terra, tendo em consideração a construção do novo Aeroporto do Montijo. O paradigma torna-se, portanto, o de reabilitar, regenerar e reutilizar o património da cidade. Assim, através da delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) e da implementação da Operação de Reabilitação Urbana (ORU), o município assume o dever de promover a reabilitação do concelho, incentivando também os proprietários a reabilitar os seus imóveis, num esforço concertado conducente à requalificação e revitalização dos núcleos urbanos antigos do Montijo, desde a Frente Ribeirinha e do núcleo central da cidade, até aos bairros do Areias e do Afonsoeiro. Idealizámos uma ARU que se estende para lá do núcleo central e que engloba as diversas áreas da
cidade mais carenciadas de reabilitação, sem perdermos de vista a necessidade imperiosa de protegermos as características históricas, ambientais e humanas da nossa terra e de preservarmos a autenticidade e identidade montijenses. O esforço da reabilitação urbana é um esforço conjunto: à autarquia cabe requalificar o espaço público e construir equipamentos que funcionem como âncoras de regeneração urbana e de incentivo ao investimento privado. Aos particulares cumpre conservar e reabilitar o seu património, tirando partido dos incentivos públicos existentes e dos financiamentos disponíveis. É neste contexto que, na implementação da ORU, assumimos intervenções específicas de iniciativa municipal, como, por exemplo, a requalificação da Praça 1.º de Maio, a continuidade do Passeio do Cais até à Praça da República, a requalificação do edifício dos Paços do Concelho, a valorização da Praça Gomes Freire de Andrade e do Largo dos Pescadores na Frente Ribeirinha. Uma estratégia que aponta, também, para operações integradas de regeneração e colmatação urbana, a dinamizar em parceria com os privados, de que são exemplos o quarteirão da antiga fábrica da Infal, o espaço público frente à Praça de Touros Amadeu Augusto dos Santos, o Largo da Estação e os espaços públicos e naturais ao longo do Corredor Verde das Nascentes. Estamos, portanto, a construir o futuro do Montijo. Um futuro que queremos, cada vez mais, participado e inclusivo. Um Montijo de oportunidades, sustentável, mais coeso social e territorialmente, capaz de estar à altura da sua história. Em suma, um Montijo com futuro para todas as mulheres e homens que aqui vivem, trabalham e nos visitam.
Nuno Canta Presidente da Câmara
O esforço da reabilitação urbana é um esforço conjunto: à autarquia cabe requalificar o espaço público e construir equipamentos que funcionem como âncoras de regeneração urbana e de incentivo ao investimento privado. Aos particulares cumpre conservar e reabilitar o seu património, tirando partido dos incentivos públicos existentes e dos financiamentos disponíveis.
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DESTAQUE
Reabilitar e requalificar para viver melhor
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Montijo apresenta hoje uma crescente dinâmica de Reabilitação Urbana, fundamental para a necessária revitalização e requalificação da cidade e do território, invertendo o anterior paradigma de expansão urbana de que é consequência a desertificação do tecido urbano mais antigo. Com este objetivo em comum e partilhando responsabilidades, compete ao município requalificar edifícios e espaços públicos e, aos particulares, a reabilitação e requalificação dos seus imóveis, aproveitando os incentivos, que hoje lhes são concedidos, de redução de impostos e de taxas municipais, bem como as recentes e mais favoráveis condições de financiamento disponíveis. As oportunidades da Reabilitação Urbana e a dinâmica resultante da localização do novo Aeroporto do Montijo fazem antever um forte aumento do investimento na cidade e no concelho, regenerando e revitalizando o centro da cidade com uma nova dinâmica económica e social,
orientada pelo objetivo essencial da Reabilitação Urbana, que é o de proporcionar melhores condições de vida e de futuro para os cidadãos do Montijo. Para garantir aos montijenses as oportunidades que a legislação possibilita, desde 2015 que o município tem em vigor a delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) da cidade do Montijo e, associados a esta, um conjunto de incentivos que consistem em reduções nos impostos e nas taxas urbanísticas, com especial ênfase na concessão de reduções nos impostos sobre o património. Foi também já definida a Operação de Reabilitação Urbana (ORU) correspondente à ARU da cidade do Montijo, visando a realização de intervenções estruturantes de iniciativa municipal, para reabilitar e requalificar edifícios e espaços públicos com vista a uma cidade mais aprazível e atrativa, reafirmando a identidade montijense e assumindo a sua vocação ribeirinha, valorizando a cultura e o património concelhios.
Delimitação da área de reabilitação urbana da cidade do Montijo
Exemplo já visível é a Ermida de Santo António, recentemente enriquecida com uma nova intervenção artística de Fernanda Fragateiro, numa intervenção global que reabilitou o edifício e restaurou o magnífico conjunto de vitrais, a talha dourada e os silhares de azulejos. Em breve serão visíveis novas intervenções de requalificação promovidas pela autarquia, incidindo no Corredor Verde das Nascentes, na Praça 1.º de Maio, na continuidade do Passeio do Cais até à Praça da República e no edifício dos Paços do Concelho, bem como na implementação de percursos de mobilidade sustentável direcionada para as deslocações quotidianas e de lazer. No que aos particulares mais interessa – dos benefícios a que poderão ter acesso ao reabilitarem os seus imóveis – destacam-se as isenções previstas no IMI, a possibilidade de isenção de IMT na aquisição de habitações reabilitadas e a incidência de IVA à taxa reduzida de 6%, em vez dos habituais 23%, nas empreitadas de execução
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de Ações de Reabilitação. São também disponibilizadas linhas de financiamento em condições vantajosas, como é o caso do programa IFRRU 2020, direcionado para o apoio ao investimento, público e privado, individual ou empresarial, no âmbito da Reabilitação Urbana. Para além da conservação ou transformação dos imóveis, esta é a oportunidade de os dotar de melhores condições funcionais e de habitabilidade, de resistência sísmica, de incremento do conforto de utilização e de redução dos consumos de energia. E, concretamente, o que deve um proprietário fazer para usufruir dos benefícios aplicáveis à reabilitação do seu imóvel? Antes de mais, importa compreender que o município desempenha um papel certificador necessário para os benefícios que, no que aos impostos se refere, se obtêm da Administração Tributária – vulgo Finanças. Isto ao mesmo tempo que são também concedidas pelo município importantes
No que aos particulares mais interessa – dos benefícios a que poderão ter acesso ao reabilitarem os seus imóveis – destacam-se as isenções previstas no IMI, a possibilidade de isenção de IMT na aquisição de habitações reabilitadas e a incidência de IVA à taxa reduzida de 6%, em vez dos habituais 23%, nas empreitadas de execução de Ações de Reabilitação. São também disponibilizadas linhas de financiamento em condições vantajosas, como é o caso do programa IFRRU 2020, direcionado para o apoio ao investimento, público e privado, individual ou empresarial, no âmbito da Reabilitação Urbana.
reduções nas taxas urbanísticas eventualmente aplicáveis à obra a realizar, que vão desde os 50% à isenção total. Assim, previamente ao início da obra e independentemente do licenciamento desta, deverá ser requerida à Câmara Municipal a Determinação do Nível de Conservação do imóvel para que, repetido este procedimento de controlo após a conclusão dos trabalhos, a autarquia emita uma Certidão de melhoria do Nível de Conservação, assim habilitando os proprietários aos benefícios fiscais aplicáveis. Para aproveitar as oportunidades disponíveis é fundamental estar informado, recorrendo aos serviços técnicos da autarquia e consultando regularmente as fontes de informação relevantes, de que se destacam as páginas eletrónicas do município e do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), nomeadamente o Portal da Habitação e o Portal Casa Eficiente. Neles se divulgam a regulamentação e as oportunidades disponíveis em cada momento e para cada caso, nomeadamente os diversos programas de incentivo e financiamento aplicáveis à melhoria do comportamento ambiental e à redução de con-
sumos de energia, ao arrendamento habitacional ou outros. Em suma, o momento atual é altamente favorável à concretização da Reabilitação Urbana, propiciando a regeneração do tecido urbano mais antigo das cidades e viabilizando intervenções de requalificação dos imóveis, oferecendo novas e mais rentáveis oportunidades de investimento, permitindo valorizar as propriedades privadas e melhorar as condições de habitabilidade e de conforto, reduzindo simultaneamente os custos de utilização dos edifícios. Através deste conjunto de ações poder-se-ão construir uma cidade e um território mais atrativos e competitivos, socialmente coesos, economicamente desenvolvidos e ambientalmente preservados e sustentáveis, assumindo os cidadãos a responsabilidade individual e recorrendo ao apoio que o município, para além de realizar o investimento público que lhe compete, pode prestar aos cidadãos. Paulo Pereira Lima, Arquiteto
Equipa de Reabilitação Urbana da C.M. Montijo
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EMPRESAS
Pegões tem vinhos com caráter entre os melhores do Mundo
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e Portugal a Hong Kong. Por onde passou, em 2017, a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões obteve os melhores resultados de sempre. Em competições nacionais e internacionais arrecadou 261 prémios: 16 de Grande Ouro; 87 de Ouro; 109 de Prata e 49 de Bronze. De entre as inúmeras distinções destaque para a eleição do título “Produtor do Ano de Vinho em Portugal” pelo prestigiado International Wines & Spirits Competition, sendo a primeira vez que uma Cooperativa alcançou esta honrosa distinção. O vinho Adega de Pegões Syrah foi eleito “O Melhor Vinho do Mundo” no Concurso Prodexpo na Rússia e nos Estados Unidos. O mesmo vinho obteve 99 pontos em 100 possíveis no San Francisco International Wine Competition e o vinho Adega de Pegões Alicante Bouschet foi, também, eleito “O Melhor Vinho de Portugal” na Ásia no concurso Cathay Pacific Hong Kong International Wine & Spirit Competition. A Cooperativa foi, ainda, nomeada o 27.º “Melhor Produtor de Vinhos do Mundo” e o quinto “Melhor de Portugal” (a melhor Cooperativa Portuguesa) pela Associação de Jornalistas e Escritores de Vinho. Este ranking tenderá a ser a melhor e mais importante forma de hierarquizar os produtores de vinho do Mundo. Sobeja uma questão: depois de, no ano transato, ter obtido os melhores resultados de sempre, o que reserva a Cooperativa para 2018?
Um pouco de história
Foi o grande proprietário rural e industrial de cerveja José Rovisco Pais quem doou as suas herdades de Pegões aos Hospitais Civis de Lisboa. Nelas viria a ser executado o maior projeto de Colonização Interna com a fixação de centenas de casais agrícolas e a plantação de 830 hectares de vinha. A Cooperativa Agrícola constituída por Alvará de 7 de março de 1958 veio fornecer o apoio técnico e logístico à elaboração dos primeiros vinhos de Pegões. Nos últimos 15 anos, a Cooperativa empreendeu uma estratégia sistemática de modernização e estabilização financeira com o objetivo de melhorar e valorizar os vinhos da sua marca. Possui uma área vinícola de 1117 hectares que produzem em média 11.000.000 quilos de uva, sendo 70 por cento tinta e 30 por cento bran-
ca. As castas tintas produzidas são o Castelão (Periquita), Touriga Nacional, Aragonês, Trincadeira, Cabernet Sauvignon, Shiraz, etc. Nas brancas predominam as castas Fernão Pires, Moscatel, Tamarez, Arinto, Antão Vaz, Chardonnay, entre outras. Regista uma diversidade de marcas para a sua gama de produtos, que vai desde os vinhos de mesa passando pelos regionais, DOC, garrafeira, colheita selecionada, moscatel, aguardentes e espumantes, etc. Vende a totalidade da sua produção engarrafada (mais de 9.000.000 de litros), 65 por cento dos quais para o mercado nacional e 35 por cento para o mercado internacional. Pegões é, hoje, uma adega moderna e competitiva reconhecida tanto a nível nacional como internacional, com mais de 500 distinções e prémios nos mais renomados concursos mundiais de vinhos.
[Nos nossos vinhos
está presente toda a dedicação, rigor e saber que aliados à qualidade e consistência permite produzir vinhos com caráter. Jaime Quendera, Enólogo]
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DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Município homenageia mulheres da cultura e do desporto
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o dia 8 de março - Dia Internacional da Mulher, a Câmara Municipal do Montijo acompanha as comemorações que decorrem por todo o mundo, reconhecendo a importância e o contributo da mulher na sociedade. Uma homenagem às conquistas das mulheres, de outrora e de hoje, que ainda se impõem na luta contra o preconceito e na defesa da igualdade de direitos entre homens e mulheres. Programa Março 6 terça | 16h00 | Galeria Municipal Conferência Política Salarial e Igualdade de Género Isabel Vieira Borges Professora Auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa Rosário Palma Ramalho Professora Catedrática da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa Sara Falcão Casaca Professora Associada com Agregação, Instituto de Economia e Gestão, Universidade de Lisboa 8 quinta | 18h00 | Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho Dia Internacional da Mulher Cerimónia de homenagem a mulheres que se distinguiram nas áreas da cultura e do desporto – Entrega de Medalhas de Distinção de Mérito Atuação do Grupo Sinfonias ao Luar 9 sexta |15h00 | Galeria Municipal Sessão de Esclarecimento – Agenda Sénior Outros Olhares História do Dia Internacional da Mulher – Significado do dia 08 de março Oradora convidada - Catarina Marcelino Deputada à Assembleia da República e Presidente da Assembleia Municipal do Montijo 9 sexta | 17h30 | Museu Municipal Casa Mora Exposição Marcelino Vespeira “Reencontro com Marcelino Vespeira” Figura incontornável da pintura portuguesa, a obra rica e diversificada de Vespeira abordou a mulher, numa evocação permanente da sensualidade do corpo feminino.
A condição das mulheres em uma nação é a verdadeira medida do seu progresso. Ngugi wa Thiong’o
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Comemorações
Dia Mundial da Poesia Os Serões da Natália chegam à Sala Azul do Museu Municipal Casa Mora, no dia 21 de março, às 21h00, para festejar o Dia Mundial da Poesia. A anfitriã Natália convida um grupo de amigos para uma conversa encenada, preenchida com momentos musicais. Sob o signo da liberdade, um encontro poético, dinamizado pela Universidade Sénior do Montijo, onde o público é convidado a interagir com as palavras e os poetas, num convite à imaginação e ao espírito criativo, porque, como escreveu Natália Correia, “o poema é o que no homem, para lá do homem se atreve”. O Dia Mundial da Poesia celebra-se todos os anos a 21 de março. A data foi criada na 30.ª Conferência Geral da UNESCO a 16 de novembro de 1999. Este dia pretende celebrar a diversidade do diálogo, a livre criação de ideias através das palavras, da criatividade e da inovação, procurando fazer uma reflexão sobre o poder da linguagem e do desenvolvimento das habilidades criativas de cada pessoa.
Turismo
Montijo na BTL 2018 Na 30.ª edição da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), que terá lugar de 28 de fevereiro a 4 de março, Montijo vai estar, mais uma vez, presente para exibir todas as qualidades do concelho. A Câmara Municipal do Montijo, no stand da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, irá realizar inúmeras iniciativas onde não vão faltar degustações, muita música, entre outras surpresas. A reedição do roteiro “O Azulejo no Montijo”, a cerveja Aldeana, a marca Flores do Montijo, os vinhos da Adega de Pegões, o desporto da natureza da Zona Este e as Festas de São Pedro serão alguns dos temas em destaque.
CULTURA
Reencontro com Marcelino Vespeira No mês da comemoração do Dia Internacional da Mulher, o Museu Municipal Casa Mora abre ao público a exposição Reencontro com Marcelino Vespeira, no dia 9 de março, às 17h30. A mostra está patente até 5 de maio. Figura incontornável da pintura portuguesa, a obra rica e diversificada de Vespeira abordou a mulher, numa evocação permanente da sensualidade do corpo feminino. Natural do Samouco (1925-2002), Marcelino Vespeira foi um dos fundadores do Grupo Surrealista de Lisboa e um dos nomes mais marcantes deste movimento.
Do neo-realismo à abstração, passando pelo surrealismo, Vespeira dizia que a sua pintura era como o seu rio: “uma linha do horizonte calma e sem ondas, e depois o mergulhar, o apanhar coisas lá em baixo…”. Em 1985, a Câmara Municipal do Montijo prestou-lhe homenagem com a criação do Prémio Vespeira, encontrando-se no espólio municipal um conjunto de serigrafias do pintor, apresentadas nesta exposição. Museu Municipal|Entrada livre 3.ª feira a sábado: 9h00-12h30 e 14h00-17h30
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António Raminhos no CTJA No próximo dia 9 de março haverá stand up comedy no Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida com António Raminhos. O espetáculo “O melhor do Pior” terá início às 21h30. António Raminhos nasceu no ano de Cristo de 1980. Desde cedo que mostrou a sua queda para pensamentos idiotas e associações mentais ridículas, que lhe valeram o apelido de “o estúpido lá de casa”. Cara bem conhecida de programas como “5 para a meia noite” ou “Donos disto tudo” da RTP, é um dos humoristas mais acarinhados pelo público português. A sua participação no programa da TVI “Dança com as Estrelas” valeu-lhe o título adicional de “O mais esforçado pior bailarino de sempre”. Apresenta-se agora ao vivo com um espetáculo standard de stand up comedy, que não é stand up, nem é um monólogo… é terapia… “O melhor do pior” é o seu mais recente trabalho desenvolvido para os palcos... venha conhecêlo... ou então não…
V Gala de Aniversário Lions Clube do Montijo No mês em que comemora 26 anos da sua fundação, o Lions Clube do Montijo apresenta no Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida a sua V Gala de Aniversário, no dia 17 de março, pelas 21h30. Esta iniciativa conta com a parceria da Orquestra de Sopros do Conservatório Regional de Artes do Montijo, que interpretará algumas das mais célebres bandas sonoras do universo cinematográfico. Materializando o já longo trabalho que envolve sobretudo a população infantil do concelho, a receita do espetáculo destinar-se-á à aquisição de óculos para pessoas com dificuldades em fazer face aos seus problemas de visão - uma das maiores causas defendidas pelo Lions Clube do Montijo.
M/16 |1.ª Plateia 12€|2.ª Plateia 10€|1.º e 2.º Balcão 8€ 3.º Balcão 5€
Música | M/6 |5€
CTJA
Um D. João Português Foi no Montijo que teve início o primeiro projeto de Luis Miguel Cintra depois do encerramento do Teatro da Cornucópia: Um D. João Português, espetáculo resultante deste projeto, sobe ao palco do Cinema-Teatro Joaquim d’ Almeida, nos dias 2 e 3 de março, a partir das 21h30. Construído ao longo de 2017 em quatro cidades, Montijo, Setúbal, Viseu e Guimarães, o espetáculo acompanha o percurso em fuga de D. João e do seu fiel criado Esganarelo, como se de um road movie se tratasse. A vida vai-se revelando no contacto de ambos com as mais diversas realidades, da mais densa reflexão filosófica à entrega aos prazeres mais simples. Constante, porém, é a busca pela total liberdade por parte do protagonista, que tenta escapar a tudo aquilo que possa impedi-lo de viver como bem lhe apetece. Existe, ainda assim, um único limite que talvez não lhe seja possível transpor: a morte Molière não foi o único autor a dedicar-se ao
mito de D. João. Ao longo dos séculos, a figura do libertino inspirou obras de Tirso de Molina, Lord Byron e, talvez a mais famosa de todas, a ópera Don Giovanni, de Mozart. Luis Miguel Cintra parte de uma tradução anónima de cordel portuguesa, do séc. XVIII, em que o nome do dramaturgo francês é omisso, e evoca um conjunto de referências culturais e artísticas de vários tempos para construir um espetáculo em que D. João é, mais do que europeu, verdadeiramente português. No primeiro dia de apresentação poderá assistirse aos primeiros dois blocos, Na Estrada (da Vida) e O Mar (e de Rosas) e, no segundo, aos restantes, As Árvores (dos Desgostos) e A Escuridão ao Fim da Estrada. Luis Miguel Cintra | Co- produção: Companhia Mascarenhas-Martins, Teatro Viriato e Centro Cultural Vila Flor Teatro |M/12 |7,5€ (cada parte); 10€ (preço especial para os dois dias)
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Estórias com História
A implementação da BA-6 no Montijo
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Base Aérea n.º 6 (BA-6) foi construída no Montijo e tornada parcialmente operacional entre os anos de 1951 e 1952, vindo a ocupar cerca de 1.000 hectares de terreno. Contudo, o processo para aí chegar não foi livre de dificuldades e atrasos na sua realização. O processo para dotar a Marinha de Guerra com novas instalações e novos meios de combate aeronavais teve início nos princípios dos anos trinta, com o Decreto n.º 18633 de julho de 1930. O respetivo decreto, também conhecido nos meios navais como programa Magalhães Correia, referia, para além do material de guerra a adquirir para a armada, a confiança ao Estado-Maior Naval para a fixação das características das unidades do presente programa e para o estudo das que de futuro seriam construídas. A respeito da futura BA-6, o decreto de 1930 só terá eco oito anos mais tarde com o Decreto-lei n.º 28630 de maio de 1938. Este, por sua vez, já referia a possibilidade das esquadrilhas de grande explora-
ção (raio de ação) só poderem entrar ao serviço quando o Centro de Aviação Naval (CAN) de Lisboa estivesse instalado em local que oferecesse as necessárias condições de utilização, assunto que já estaria em estudo. No seu capítulo 6.º, artigo 4.º refere, ainda, a continuação dos estudos para instalações que garantissem aos navios e meios aéreos o desempenho das missões a eles incumbidas em operações de guerra. Os motivos principais que levaram à deslocalização do CAN de Lisboa para o Montijo prenderam-se com a necessidade de libertar a zona de Belém para a construção da Exposição do Mundo Português, que ocorreu em 1940. Este objetivo não foi alcançado, o que não invalidou a obtenção, por parte da Aviação Naval, de uma nova base. O CAN de Lisboa, denominado CAN do Bom Sucesso, apresentava já variadas limitações que seria impossível solucionar na sua localização atual, em Belém, uma vez que as instalações eram diminutas e sem espaço para crescer. A manobra dos aparelhos dentro da doca era
CAN do Bom Sucesso, Lisboa (Arquivo Histórico da Força Aérea Portuguesa - AHFAP).
já muito complicada e, ainda mais relevante, era a tendência verificada pelos progressos da aviação que apontava para o abandono dos hidroaviões em prol de aparelhos de rodas, sendo de todo impossível a construção de uma pista neste local. Através do Decreto-Lei n.º 29482 de 1939, as obras marítimas e terrestres relativas à instalação dos serviços de aviação marítima na península do Montijo ficaram a cargo e sob a administração do Ministério das Obras Públicas e Comunicações. A 17 de março de 1939 foi criada a Comissão Administrativa para levar a cabo as obras, quer da estação de navios do Alfeite, em processo paralelo conforme surge no orçamento remetido pela Câmara Corporativa a 7 de dezembro de 1938, quer do novo CAN do Montijo. Ainda em 1939 é emanada legislação que define o regulamento e composição da Comissão Administrativa Autónoma das Obras da Base Naval de Lisboa, que inclui as obras a levar a cabo no Montijo. Em julho de 1939, a Presidência do Conselho autorizou a Direção Geral da Fazenda Pública a expropriar várias parcelas de terreno pertencentes à fábrica Portugal, que se recusou a cedê-las amigavelmente, tendo em vista o estabelecimento do Centro de Aviação Naval de Lisboa no Montijo. Importa referir que ao atraso da obra não foi alheia a inflexão do paradigma estratégico subjacente ao eclodir da II Grande Guerra e da eventual ameaça Espanhola, de cariz continental, que veio conferir afetação de meios e recursos ao exército em detrimento da armada de cariz marítimo e atlântico. A 23 de outubro de 1940 fica determinada a celebração do contrato de empreitada de execução e terraplanagens do campo terrestre no CAN do Montijo, pelo valor de 946.000$00. As obras marítimas foram adjudicadas a Mesquita Ltd., em virtude de concurso em hasta pública, pela proposta de 8.289.000$00 em novembro de 1940. O custo total estimado andava à volta dos 65.000.000$00. O plano de obras aprovado pelo governo, em maio de 1940, fixa as despesas com as obras marítimas e terrestres em 27.500.000$00, sendo 8.000.000$00 para obras marítimas e 19.500.000$00 para obras terrestres, estas compreendiam o campo de aviação, aquartelamentos, instalações do pessoal, hangares de aviões, oficinas, paióis, arruamentos, água e saneamento,
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BA-6 trabalhos de terraplanagem (AHFAP).
entre outras. Este plano de obras é apresentado, ainda, e com os mesmos valores, a 6 de dezembro de 1943 na Câmara Corporativa. As obras no CAN começaram, no entanto, pela dragagem do canal do Montijo, tendo sido movimentado um volume de terra com 25.000 m3 a uma cota de –2m. A península do Montijo, também, foi alvo de avultadas obras no que diz respeito ao corte do extenso pinhal que ali existia bem como aos trabalhos de drenagem motivados pela característica natureza alagadiça e lodosa do solo, obrigando a que posteriormente as construções a efetuar fossem dotadas de profunda estacaria. Já em 1941, e verificada a impossibilidade de acordo com os proprietários de terrenos tendo em vista a sua cedência amigável, a Direção Geral da Fazenda Pública procedeu à sua expropriação, para efeitos de proteção e alargamento da pista do CAN de Lisboa no Montijo. As zonas visadas foram a denominada Quinta da Póvoa, o sítio da Teixugueira, o Pinhal de Santiago e a propriedade Marinha da Porta, no valor total de 345.538$00. No total estima-se em cerca de 1.000 contos as verbas atribuídas para expropriações. As construções de edifícios, tais como hangares, oficinas, garagens auto, messes, alojamentos e clubes foram iniciadas pelo Ministério das Obras Públicas, com projeto de engenharia de João Carlos Alves, sendo o primeiro-tenente Tello Pacheco o oficial de ligação entre a Armada e a Comissão Administrativa das obras no CAN do Montijo, oficial que viria a ser o primeiro comandante desta Unidade Base. Apenas em 1944 foi contratada a Construtora Moderna Ltd. para a empreitada de construção de um hangar metálico e respetivo anexo, pela quantia de 6.316.400$00. Este hangar ficou em
condições de receber aeronaves em 1948, sendo o atual hangar Sul. Por volta de 1948, a Base estava ainda inacabada, uma vez que não existia rede telefónica, as pistas não tinham iluminação e os edifícios não tinham qualquer tipo de equipamento. Exemplo disto é o contrato celebrado com a firma British Electrical Engineering & Machinery Cº, Ltd, a 5 de março de 1948 para a execução das obras da rede de distribuição de água ao CAN de Lisboa no Montijo, pela quantia de 417.000$00. Relativamente às obras de execução das pistas de aterragem, o CAN foi inicialmente dotado de uma pista circular com um quilómetro de diâmetro, relvada, à semelhança da solução adotada com sucesso na Base de S. Jacinto em Aveiro. No entanto, esta opção foi progressivamente abandonada em favor das pistas de betão e com orientação, em virtude de, nos anos compreendidos entre 1943 e 1946, o arrelvamento da pista não apresentar resultados satisfatórios. Durante três anos a pista foi sucessivamente arrelvada mas, nenhuma destas intervenções mostrou resultar. A substituição, em 1945, dos aparelhos Blenheim pelos Beaufighter, na esquadrilha “B” da Portela, ainda mais pesados e que se previa viessem a dotar as instalações da base, exigia uma maior consistência e extensão da pista. Havia ainda que contar com o regime de ventos predominantes no local, com orientação de N/NW ou S/SE, que levava ao desgaste acentuado e prematuro da pouca relva existente, originando sulcos na superfície da pista, aumentando, desta forma, a probabilidade de ocorrerem “cavalos de pau”, situação em que o avião “afocinha”, provocando uma cambalhota com óbvias consequências para o aparelho e tripulação. Logo em 1946, com a colaboração da Direção Geral da Aeronáutica Civil, ficou estabelecida
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a construção de pistas de pavimento rígido, com orientação e que permitiam descolagens e aterragens com qualquer direção de vento. Em 1948, as obras da pista ficaram a cargo da recém-criada Comissão Administrativa para as Novas Instalações da Marinha (CANIM), conforme o Decreto-Lei n.º 36805 de 23 de março, em parceria com a Direção Geral da Aeronáutica Civil, Divisão de Aeródromos, mantendo como oficial de ligação o já então comandante do CAN, capitão-tenente Tello Pacheco. É, então, durante a administração do CANIM que, entre 1948 e 1952, se vai proceder à construção das pistas, do segundo hangar, da placa de estacionamento principal e da torre de controlo. Na celebração do 25.º aniversário da morte do Comandante Sacadura Cabral, no ano de 1949, o CAN de Lisboa, no Montijo, passa a designarse Centro de Aviação Naval Sacadura Cabral, à semelhança do que já acontecia em S. Jacinto que era designada por Escola de Aviação Naval Gago Coutinho. A base de S. Jacinto desempenhava as funções de instrução, ao passo que o Montijo detinha a variante operacional da luta antissubmarina e de busca e salvamento. A Base do Montijo manteria esta designação até à publicação, em março de 1953, da Portaria n.º 14281, que alteraria oficialmente o nome da unidade de CAN Sacadura Cabral para Base Aérea n.º 6, logo nos primeiros tempos da Força Aérea como arma independente, designação que se mantém até aos dias de hoje. Miguel Lourenço
Arquivo Histórico da Câmara Municipal do Montijo
Asfaltagem da pista inicial (AHFAP).
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ASSOCIATIVISMO
Unidos festeja 37 anos A inauguração da iluminação artificial do Polidesportivo do Bairro da Liberdade foi o ponto alto da festa do 37.º aniversário do Clube Desportivo, Cultural e Recreativo Os Unidos, realizada no dia 2 de janeiro. Um investimento da Câmara Municipal do Montijo que permite dotar aquele espaço de melhores condições para a prática desportiva, em particular dos jovens atletas dos Unidos. O presidente da direção dos Unidos, Fernando Eusébio, agradeceu a presença de todos, assim como a colaboração da câmara na disponibilização da iluminação para o polidesportivo. Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, salientou a importância dos Unidos enquanto coletividade que sempre promoveu a convivência, a cooperação e a liberdade: “com este simbolismo da luz, que ilumina e dá claridade à nossa vida, também homenageamos aqueles que ao longo destes 37 anos fizeram os Unidos”. Após a inauguração da iluminação, seguiu-se um jogo de futsal e o descerramento de uma placa de homenagem aos 18 elementos que fundaram os Unidos, no dia 2 de janeiro de 1981.
Banda comemora o 104.º aniversário A Banda Democrática 2 de Janeiro festejou o seu 104.º aniversário com casa cheia, no dia 2 de janeiro, numa sessão solene que teve como destaque a atuação da sua Orquestra Juvenil. Sócios, dirigentes, entidades oficiais e instituições parceiras da Banda marcaram presença, demonstrando que a cooperação e o dinamismo são, atualmente, as imagens de marca desta centenária coletividade do concelho do Montijo. No seu discurso, o presidente da direção, An-
tónio Carlos Ramos, salientou, exatamente, a vasta atividade da Banda Democrática 2 de Janeiro durante o ano passado, assegurando que “foi um ano extraordinário para a Banda Democrática 2 de Janeiro”. Fez referência, ainda, à recuperação do pavilhão e dos balneários executada com o apoio da Câmara Municipal do Montijo. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, associou-se ao aniversário da Banda,
“uma das mais antigas e prestigiadas coletividades da nossa terra, que continua a enriquecer a cultura e o desporto no Montijo”, afirmou. Como habitualmente, na sessão solene foram distinguidos os sócios com 50 e 25 anos de associados e os membros da Orquestra Juvenil. Nascida a 2 de janeiro de 1914, a Banda Democrática 2 de Janeiro desde o seu início que promove, desenvolve e proporciona atividades culturais e desportivas.
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ASSOCIATIVISMO
Vida por Vida há 109 anos A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Montijo apagou 109 velas, numa sessão solene realizada no passado dia 28 de janeiro, no quartel da corporação. Antes dos discursos oficiais, das condecorações e distinções, foram batizadas as duas novas ambulâncias da corporação, adquiridas com o apoio financeiro da Câmara Municipal do Montijo. Aliás, os agradecimentos à câmara pelo apoio que disponibiliza aos Bombeiros Voluntários do Montijo foram a nota constante dos discursos. Elísio Oliveira, comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal da Autoridade Nacional de Proteção Civil, referiu que “ainda hoje no distrito de Setúbal temos autarcas que não têm a noção da importância do relacionamento com os seus corpos de bombeiros. O presidente da Câmara do Montijo é uma referência, não apenas por apoiar financeiramente os bombeiros, mas porque está presente nas situações para confortar o cidadão e para elogiar o trabalho dos bombeiros”. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, garantiu que apoiar as corporações de bombeiros do concelho é um dever da autarquia: “é preciso continuar a assegurar as condições necessárias ao trabalho dos bombeiros, garantindo os meios de emergência e socorro”. Com orgulho, realçou a generosidade e a competência reconhecida fora de portas aos bombeiros do Montijo e afiançou que “o apoio aos bombeiros estará sempre no horizonte da câmara”. Pela corporação dos Bombeiros Voluntários do Montijo, o comandante Américo Moreira deixou palavras de agradecimento ao esforço e competência dos seus bombeiros, divulgando que a corporação realizou 9 951 serviços de socorro e 16 327 serviços não urgentes, durante o ano de 2017. O futuro dos Bombeiros Voluntários do Montijo passa pela continuação do trabalho desen-
volvido e pelo projeto de ampliação do atual quartel, que se encontra a aguardar autorização de financiamento estatal, como revelou Amável Pires, presidente da direção da Associação Humanitária. Como habitualmente, na sessão solene de aniversário dos Bombeiros Voluntários do Montijo houve lugar para promoções e condecorações de bombeiros e associados, tendo ainda sido distinguidas entidades e empresas que colaboram com a associação, com destaque para o hipermercado E Leclerc que recebeu uma medalha de ouro pelo apoio que presta, regularmente, aos Bombeiros Voluntários do Montijo.
Ateneu Popular do Montijo apaga 78 velas Foi na sede do Musical Clube Alfredo Keil que o Ateneu Popular do Montijo celebrou o seu 78.º aniversário, no dia 20 de janeiro. Uma festa que reuniu sócios, entidades oficiais e amigos desta importante associação montijense, fundada a 15 de janeiro de 1940. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, esteve presente no evento.
O Ateneu Popular do Montijo tem como missão a promoção da cultura e do desporto no concelho do Montijo, promovendo regularmente conferências e exposições. A associação tem em funcionamento uma secção de xadrez que tem conseguido resultados excelentes na modalidade, com o jovem Bruno Martins que se sagrou campeão nacional de semi-rápidas jovens em 2015/2016.
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Educação
Bolsas de Estudo À semelhança de anos anteriores, a Câmara Municipal do Montijo atribuiu dez Bolsas de Estudo Cidade do Montijo, no valor unitário de 350 euros, aos alunos do ensino secundário e seis bolsas, no valor unitário de 550 euros, aos estudantes do ensino superior. As Bolsas de Estudo Cidade do Montijo destinam-se a estudantes economicamente carenciados dos ensino secundário, póssecundário e superior, residentes no concelho de Montijo. Este ano apresentaram-se a concurso 31 alunos, 18 candidatos nas bolsas de estudo do ensino secundário e 13 aspirantes às bolsas do ensino superior. As Bolsas de Estudo constituem-se como uma boa prática ao nível da intervenção socioeconómica complementar à ação social escolar junto dos alunos com menores recursos económicos e das respetivas famílias, funcionando como um incentivo ao prosseguimento de estudos de nível secundário, pós-secundário e superior.
FORMAÇÃO
Crianças e jovens aprendem robótica e impressão 3D O Projeto Kont’@rte.E6G, em parceria com a Associação para Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo / Escola Profissional está a desenvolver, até ao final do ano letivo, uma formação na área da programação (robótica e impressão 3D) vocacionada para crianças e jovens. Vão ser envolvidas várias turmas de crianças e jovens nesta formação que decorrerá até meados de junho, em sessões semanais regulares. A formação decorre nas instalações da Escola Profissional do Montijo e envolverá, além de
crianças e jovens participantes diretos e regulares do Kont’@rte, várias turmas do Agrupamento de Escolas do Montijo, nomeadamente uma turma de jovens do Programa Integrado de Educação e Formação e as duas turmas de quarto ano da Escola Básica da Caneira, também parceira regular do projeto. A formação procura habilitar os jovens, capacitando-os com competências que não são do futuro, mas sim do presente, promovendo o desenvolvimento do pensamento criativo e a apetência para as novas tecnologias.
Comemorações
Visitar o centro histórico do Montijo A Câmara Municipal do Montijo convida-o a associar-se às comemorações do Dia Nacional dos Centros Históricos, no dia 28 de março, às 15h00. A partir da Praça da República, o desafio é descobrir os mistérios que os edifícios e as ruas da cidade escondem. Através de uma forma diferente de observar o núcleo urbano, poderá, certamente, descobrir aspetos interessantes da história do Montijo. A participação nesta iniciativa é gratuita, mediante inscrição prévia através do número 212 327 867 ou do endereço eletrónico geral@mun-montijo.pt. O Dia Nacional dos Centros Históricos comemora-se anualmente a 28 de março, na data do nascimento de Alexandre Herculano, uma das figuras portuguesas que melhor defendeu o património nacional. A data foi formalmente criada em 28 de março de 1993, sendo rapidamente adotada pela maioria das autarquias portuguesas.
Vozes no Dia Mundial do Teatro No dia 27 de março, às 21h30, a Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro em parceria com a Companhia Mascarenhas Martins apresenta uma leitura encenada de mensagens. No ano em que o Instituto Internacional do Teatro comemora os seus 70 anos, o espetáculo Vozes vai subir ao palco do salão da 1.º de dezembro e trazer
consigo cinco mensagens alusivas ao Dia Mundial do Teatro. Os autores das mensagens são provenientes das diferentes regiões da UNESCO, numa multiplicidade de vozes que dá expressão a formas diversas de pensar a atividade teatral no mundo contemporâneo.
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Aniversário
Manuel Giraldes da Silva Comemora-se este ano o 120.º aniversário de Manuel Giraldes da Silva, patrono da Biblioteca Municipal. Para assinalar esta data, a Câmara Municipal do Montijo está a preparar uma edição da sua obra poética, que será apresentada no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Livro (23 de abril). Manuel Giraldes da Silva nasceu em Pinhal Novo, em 27 de maio de 1898, e faleceu no Montijo, em 27 de novembro de 1974. Escritor autodidata, poeta e fotógrafo amador, o seu nome foi atribuído à Biblioteca Municipal, por ter sido o grande impulsionador da sua criação ao doar a sua biblioteca à Câmara Municipal do Montijo. “Como sempre no mais íntimo de minha alma, senti que a nossa obrigação na passagem por este mundo é sermos o mais útil e prestável possível ao nosso semelhante – a quem julgo que sempre que pude dediquei um verdadeiro culto de irmão – quero depois da minha morte continuar a sentir a mesma consideração, legando-lhe em seu benefício tudo quanto passo a expor: lego os meus livros à Câmara Municipal do Montijo (a minha e nunca esquecida Aldeia Galega do Ribatejo) para ser instituída uma biblioteca pública”. (in Gente da Nossa Terra, Câmara Municipal do Montijo,1985)
Trovas de Bem-Querer Na tua saia rodada De tafetá, tão comprida, Anda há muito enrodilhada A razão da minha vida. Deus quis um dia contar As lindas ‘strelas dos Céus E duas foi encontrar Brilhando, nos teus olhos. … Que soubessem tinha medo, De te amar tão doidamente. E afinal o meu segredo Já o sabe toda a gente És tão diferente de mim Como da noite é o dia. Sou a sombra em teu jardim… Tu o Sol que me alumia. Os teus olhos sonhadores Que tantos tem endoidado, Vão responder por traidores No tribunal do Pecado. De tanto bem que fizeste Nada se pode igualar, Ao momento em que me deste O beijo do teu olhar. Manuel Giraldes da Silva, 1954
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Carnaval A festa foi grande!
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s números falam por si: o Carnaval do Montijo 2018 recebeu mais de 50 mil visitantes nos corsos carnavalescos que decorreram nos dias 11 e 13 de fevereiro. Foram milhares de pessoas na rua que acompanharam o desfile, composto por dez carros e cerca de 1700 participantes, provenientes de 37 associações e escolas de arte do concelho. Novamente, o Carnaval do Montijo apostou nas suas características populares, na autenticidade e diversidade dos seus participantes, na espontaneidade e na criatividade dos montijenses. Apostou, igualmente, no trabalho em parceria entre as dezenas de entidades e instituições que participaram na organização do Carnaval, numa demonstração de união, espírito de entreajuda e proximidade. Ficam as imagens. Para o ano há mais!
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Participantes Banda Democrática 2 de Janeiro Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro Motoclube do Montijo A Quadrada Clube Desportivo Cultural e Recreativo Os Unidos Grupo Os Comilões Comissão Baixa do Montijo Universidade Sénior Academia Sénior Pegões Academia Sénior de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia Gabinete Sénior da CMM Batucando ANAU – Associação Náutica Montijense Dance Fusion Escola de Artes Sinfonias & Eventos On Stage/MusiMusa (Mad G Wine) Areias Estúdio Zumba Associação Pais Giz e Caderno de Linhas Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Sarilhos Grandes Águias Negras Futebol Clube Grupo Amigos da Caminhada do Montijo Centro Social de São Pedro do Afonsoeiro (valências Roda Livre e Abrir Caminhos) Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense Tertúlia São Pedro Tertúlia Grilo Tertúlia Tauromáquica Tertúlia Passa Sede Tertúlia Afición Tertúlia O Aldeano Tertúlia São Sebastião Tertúlia Montijense Tertúlia Os Fraquinhos Tertúlia Dias Tertúlia Juventude Taurina Montijo Tertúlia Aldegalega Gin Tertúlia Casa das Bruxas Tertúlia Eu Te Amo
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Escola de Vela ANAU A Associação Náutica Montijense - ANAU continua a sua aposta no desporto náutico, com a Escola de Vela que possui barcos da classe Optimist (7 aos 12 anos) e da classe Vaurien/Class 420 (a partir dos 12 anos). A Escola de Vela da ANAU tem como principal objetivo desenvolver o ensino e a prática da
vela, abrangendo as vertentes educacionais, desportivas e sociais e promovendo a ocupação dos tempos livres das crianças e jovens. A ANAU tem apostado na formação dos jovens, mas pretende igualmente alargar a sua oferta com a implementação de cursos de vela para adultos, com ou sem experiência na modalidade.
Localizada na Frente Ribeirinha do Montijo (antigo edifício da Guarda Fiscal), a ANAU está de portas abertas a todos os amantes da vela e dos desportos náuticos. facebook.com/associacaonauticamontijense. anau/
COMÉRCIO LOCAL
Convívio Baixa do Montijo A Comissão da Baixa do Montijo realizou um jantar de convívio entre lojistas e clientes da baixa, no passado dia 3 de fevereiro, no Hotel Tryp Montijo. O evento contou com cerca de 60 participantes, entre os quais o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e o presidente da Junta da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, Fernando Caria. Os autarcas fizeram questão de assinalar o importante trabalho desenvolvido pela Comissão da Baixa do Montijo em prol do comércio tradicional, realçando que o envolvimento da comunida-
de e o espírito de entreajuda são fundamentais para o desenvolvimento do Montijo. As caras principais da Comissão da Baixa do Montijo, Cristina Fuste e Tânia Melo, agradeceram a colaboração dos 150 comerciantes e empresários que integram a Comissão, salientando igualmente o apoio imprescindível da câmara e da junta. No evento, a Comissão da Baixa do Montijo fez o lançamento do cartão Entre Nós, destinado aos próprios comerciantes, e entregou a receita obtida com a venda dos calendários da Baixa do Montijo às valências Abrir Caminhos e Sol dos Meninos, do Centro Social de São Pedro do Afonsoeiro.
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Agenda Escola de Karaté Giz e Caderno de Linhas facebook.com/escolakarategcl/
III Taça Karaté KPS – Montijo 2018 4 março| 9h00 – 19h00 Pavilhão Municipal n.º 1
Presença de 300 atletas dos 5 aos 21 anos em representação de várias dezenas de clubes. Organização: Karaté-Do Portugal Shotokan (KPS), Escola de Karaté Giz e Caderno de Linhas Montijo
Clube Judo do Montijo facebook.com/clubejudomontijo/
Campeonato Nacional de Juniores 2018 3 março Pavilhão Dr. Mário Mexia – Coimbra Organização: Federação Portuguesa de Judo
Torneio Cidade de Almada em Juvenis 10 de março|15h00 Complexo Desportivo de Almada Junior European Judo Cup 2018 17 e 18 de março Pavilhão Dr. Mário Mexia – Coimbra Organização: Federação Portuguesa de Judo
Espaço Cultural Ashram Pashupati facebook.com/espacocultural
Semana Livre De 12 a 17 de março
ASSOCIATIVISMO
Parabéns Clube Judo do Montijo! O Clube Judo do Montijo continua a somar êxitos desportivos, como foi bem visível no Campeonato Zonal de Cadetes e Juniores - Apuramento da Zona Sul para o Campeonato Nacional, realizado em Quarteira, no dia 28 de janeiro. No escalão de cadetes (sub18), Andreia Serrão sagrou-se Campeã Zonal na catg. de -70Kg. Mariana Máximo foi vice-Campeã (catg. -48Kg), tal como Vitor Condelipes (catg. -60Kg) e Miguel Carrera (catg. -73Kg). Neste escalão, o Clube Judo do Montijo conseguiu, ainda, dois terceiros lugares com os atletas André Godinho e Diogo Gancho. Já no escalão de juniores (sub21), Andreia Serrão foi Campeã Zonal (catg. -70Kg) e Miguel Carrera na catg. -73Kg. Nota de destaque, também, para
Destina-se ao público em geral, alunos e corpo docente. Nesta semana faça uma aula por dia! Mediante reserva prévia. Vagas limitadas. Organização: professora Anabela Duarte da Silva, Chakrêshwarí
Círculo de Leitura 23 de março| 20h15
Destina-se ao público em geral mediante reserva prévia. Vagas limitadas. Diretora executiva: Chêla Rita Fernandes
Academia Juvenil Desporto Cultura e Recreio do Montijo
Dia Nacional do Estudante |Concerto Acústico Vicente Lua & Maria Lobo 24 de março| 21h30 Parque de Exposições Acácio Dores
Clube Olímpico do Montijo facebook.com/clubeolimpicomontijo2007/
Campeonato de Portugal 2017/2018 Série E – 26.ª Jornada 25 março| 15h00 Campo de Futebol Municipal do Montijo Olímpico do Montijo X F. C. Castrense
Roda Livre 3 G facebook.com/Roda-Livre-3G-1508101302551680/
Workshop Bicicletas e Segurança Rodoviária 17 março|10h00 às 12h00 Auditório da Escola Profissional do Montijo
Programa “Rod Ativa” 27 março a 6 abril
Visitas ao Museu do Mar, Assembleia da República, Museu da Presidência da República, Estádio da Luz, Museu do Azulejo e Castelo de São Jorge. Inscrições limitadas ao número de vagas.
Concentração distrital de Mini 10 O Pavilhão Municipal n.º 1 do Montijo recebeu a 4.ª Concentração Distrital de Mini 10 da Associação de Basquetebol de Setúbal, no dia 17 de fevereiro. O evento envolveu mais de 100 jovens atletas de dez clubes do distrito, entre os quais o Montijo Basket Associação e a Casa do Benfica do Montijo.
Carolina Estevão (vice-Campeã na catg. -48Kg) e Vitor Condelipes (3.º lugar na catg. -60Kg). É com orgulho, que a Câmara Municipal do Montijo felicita os atletas, corpo técnico, dirigentes e associados do Clube Judo do Montijo por mais este êxito.
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Projeto VEM
À descoberta da biodiversidade
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própio nome do projeto é um convite à descoberta do património natural do Montijo. Desde setembro de 2017, que o Projeto VEM – Cidadania Ativa na Valorização dos Ecossistemas do Montijo, está no terreno a implementar um conjunto vasto de iniciativas e a conquistar voluntários para a promoção e preservação da biodiversidade do concelho. Enquanto plataforma de voluntários com interesses comuns (sem personalidade jurídica e sem
fins lucrativos), o Projeto VEM surgiu de forma espontânea com o propósito de contribuir para a sustentabilidade da implementação da candidatura Ideia Birdwatching, (i.é. construção de um posto de abrigo de observação de aves no Montijo). A candidatura foi submetida por Tiago Abreu e João Gaspar, através do projeto Kont@ rte E6G, à 3.ª edição do Concurso de Ideias para Jovens – Mundar: Muda o Teu Mundo, promovido pelo Programa Escolhas, Fundação Calouste Gulbenkian e Torke+CC.
A candidatura foi uma das vencedoras e, com o apoio da Câmara Municipal do Montijo, foi possível criar um equipamento adequado para a observação de aves, no sapal frente à Quinta do Saldanha. O observatório de aves da Quinta do Saldanha funciona como um local de promoção da educação ambiental e ecológica, em particular da biodiversidade da avifauna existente na Zona Ribeirinha do Estuário do Rio Tejo, no Montijo. Sendo um local de acesso livre, deve ser usado exclusivamente para os fins a que se destina, sendo responsabilidade de todos os seus utilizadores e dos cidadãos, no geral, a preservação adequada do Posto de Observação de Aves. Aliás, a participação dos cidadãos e a consciencialização da comunidade para a preservação dos ecossistemas no território do Montijo têm sido objetivos transversais a todas as atividades e iniciativas do Projeto VEM, que contam com o envolvimento e contributo de outras entidades, associações, clubes, dentro e fora do Montijo. Desde as caminhadas exploratórias e de BTT pela Zona Ribeirinha do Montijo aos encontros informais de observação de aves, passando pelo Biovem & Caminhada na Base Aérea n.º 6 do Montijo (dedicado à descoberta da flora e da fauna locais), pela celebração do Dia Mundial das Zonas Húmidas com canoagem no Rio Tejo e pela participação no censo nacional da Garçabranca-grande, as atividades do Projeto VEM têm conquistado cada vez mais adeptos e são, sobretudo, momentos de exploração e descoberta da biodiversidade do concelho do Montijo.
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TESTEMUNHO
Conhecer e descobrir a nossa nova terra Ana Filipa Caeiro, 31 anos, e Diogo Cameirinha, 29 anos, são os recordistas de participação nas atividades do Projeto VEM. Conheceram o VEM através da página de Facebook da Câmara Municipal do Montijo e, até agora, não faltaram a nenhuma atividade.
O que vos leva a participar nas iniciativas do VEM? Inicialmente, o que nos cativou foi a temática do primeiro evento: um workshop de iniciação à observação de aves. Na altura, morávamos há pouco tempo no Montijo e achámos que seria uma boa oportunidade de aliar a nossa paixão pela natureza com a nossa vontade de conhecer e descobrir a nossa nova terra. Ficámos fascinados com a descoberta de um ecossistema que desconhecíamos totalmente, mas que está mesmo aqui ao lado e com uma riqueza impressionante. O nosso interesse foi aumentando à medida que iam sendo organizadas novas atividades, não só pelo potencial de descoberta da região, como pela variedade: desde uma manhã passada no observatório de aves até passeios de BTT com uma boa dose de aventura. Adiciona-se a tudo isto a dedicação e empenho do Tiago Abreu, que é contagiante. De todas as atividades em que participaram, qual gostaram mais? É difícil escolher uma só de entre todas, mas os passeios de BTT foram para nós as atividades mais interessantes. Qualquer um dos passeios permitiu-nos conhecer sítios novos, muitas vezes dificilmente acessíveis de outra forma e com o benefício do exercício físico ao ar livre. Na vossa opinião, qual a importância do Projeto VEM para o concelho do Montijo, em particular para os novos residentes, como é o vosso caso? Na nossa opinião, e pensamos que sejam estas as mais-valias para novos residentes, para além de nos ter permitido conhecer a história e cultura do concelho, o Projeto VEM tem contribuído para o desenvolvimento de um sentimento de pertença em relação ao meio-ambiente e para a necessidade de o cuidar e valorizar.
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Agenda Sénior Este ano, a Agenda Sénior vai continuar a implementar um conjunto de ações dirigidas aos seniores do concelho, como são exemplo sessões de esclarecimento sobre segurança, tardes de cinema, atividades comemorativas de dias internacionais e passeios dentro e fora de portas. Comunicar em Segurança continuará o seu percurso itinerante pelo concelho, no dia 15 de março, na Junta de Freguesia de Sarilhos Grandes. Estas ações abordam temas diversificados como, por exemplo, burlas, cuidados a ter na residência, cuidados a ter na rua e medidas a adotar em caso de assalto. No dia 21 de março, os seniores vão para fora de portas. A viagem é até Salvaterra de Magos, nomeadamente, à Aldeia de Escaroupim. Desde 2008, que a Câmara Municipal do Montijo promove o projeto Agenda Sénior com o objetivo de combater o isolamento social e promover um envelhecimento ativo da população do concelho, com diversas atividades ao longo de todo o ano.
AÇÃO SOCIAL
Quatro anos a cativar fregueses O aumento exponencial de 280 por cento de alunos da Academia Sénior da Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia, em apenas quatro anos, foi uma agradável surpresa revelada nas comemorações do 4.º aniversário do projeto que nasceu em 2014, com 50 alunos e conta, hoje, com 140. A festa teve lugar no dia 1 de fevereiro, na sede do Águias Negras Futebol Clube, com dezenas de convidados, alunos e amigos da academia e na presença do presidente da Câmara Municipal do Montijo, da vice-presidente Maria Clara Silva e do vereador Ricardo Bernardes. Nuno Canta referiu que “este projeto representa o melhor que se faz na promoção de uma vida ativa e digna dos nossos seniores e, por isso, tem crescido de ano para ano”, agrade-
cendo, ainda, a “parceiros, técnicos e alunos, que com determinação e empenho têm desenvolvido o trabalho na academia, em particular à Ana Morais, pela sua competência e dedicação, e aos professores voluntários, que sem receberem nada em troca dão o melhor de si à comunidade”. As comemorações contaram com a visualização de um vídeo retrospetivo de 2017, a homenagem os professores voluntários. a atuação dos alunos de danças de salão da Universidade Sénior do Montijo e com uma demonstração proporcionada pelo Grupo de Desporto da Academia Sénior da Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia. A cerimónia terminou com um lanche convívio.
Ambiente
Feche a Torneira A Câmara Municipal do Montijo junta-se à campanha de âmbito nacional Um Minuto por Dia, Feche a Torneira à Seca, promovida pelo Ministério do Ambiente, Águas de Portugal, Agência Portuguesa do Ambiente e ERSAR Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. A campanha tem como objetivo principal promover a alteração de hábitos que possam contribuir significativamente para a redução do consumo de água junto da população. A água não é inesgotável. É um património comum a todos. Cada um de nós deve valorizá-la e sentir-se responsável pelo uso que dela faz, em qualquer lugar e em qualquer momento. Em situação de seca, o problema agrava-se e uma atitude responsável torna-se ainda mais necessária. A água que desperdiçamos pode ser essencial, e até vital, para outros. Em www.fecheatorneira.pt estão disponíveis um conjunto de medidas e conselhos que promovem o uso eficiente dos recursos hídricos, porque pequenas mudanças significam grandes poupanças!
COMEMORAÇÕES
Dia Mundial do Sono O dia 16 de março de 2018 é o décimo primeiro Dia Mundial do Sono e a cidade do Montijo vai assinalar esta data através da Maratona do Sono, a partir das 10h30, na Praça da República. O evento vai contar com uma aula aberta sobre o sono promovida pelo Eos Sleep Team, projeto liderado pelas médicas Eulália Semedo e Susana Falardo Ramos e que pretende reforçar a ideia de que a qualidade de vida das pessoas que têm perturbações do sono pode ser melhorada, mas também que é prioritário o reconhecimento da importância do sono para a saúde e bem-estar gerais. A esta ação, juntam-se momentos de animação
com o Grupo de Comédias Apalhaçadas Gigi, Zéquinha e Redondinho, a Orquestra de Cordas do Projeto Kont@rte E6G e o projeto Movimento Dansasparte da Cercima. Na zona este do concelho os jardins de infãncia de Pegões velhos, Pegões Gare, Craveiras e Canha festejam o Dia Mundial do Sono com a atividade Smile Dance O Soneca é Meu Amigo. Criado e organizado pela World Sleep Society, o Dia Mundial do Sono é um evento de consciencialização, reconhecido internacionalmente, que une profissionais da área da saúde do sono e doentes, numa importante causa comum: o sono.
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TURISMO
O campo aqui tão perto Mais uma vez, a Associação Amigos do Campo e Aventura promoveu o passeio de todo o terreno turístico O Campo Aqui Tão Perto, no dia 28 de janeiro, com o objetivo de promover a zona este do concelho do Montijo. O evento teve o apoio da Câmara Municipal do Montijo, da Junta de Freguesia de Canha e da Junta da União das Freguesias de Pegões. Os 100 participantes percorreram os trilhos rurais de Pegões e Vendas Novas, sempre com espírito de aventura e de entreajuda para ultrapassar alguns percalços que foram surgindo durante o passeio. Em Vendas Novas, naturalmente, que não faltou a famosa bifana. O almoço final foi na Adega de Pegões, produtora de afamados vinhos que têm conquistado inúmeros prémios internacionais. Para a edição de 2019 ficou já marcada uma ida a Montemor-o-Novo.
Desporto
III Trail Running Canha
A
proveitando as suas características naturais e ambientais, a Vila de Canha volta a ser palco do Trail Running Canha, no dia 4 de março, a partir das 9h00. Canha é a freguesia mais rural e florestal do concelho do Montijo, com centenas de quilómetros de caminhos e trilhos dentro das flores e espaços de pastagem, que a tornam numa zona muito particular.
O Trail Running vive destas particularidades. Trilhos com um sobe e desce constante tornam uma região, aparentemente plana, num verdadeiro desafio à resistência física, o que é ótimo para os verdadeiros amates da modalidade. A Ribeira de Canha, que atravessa a freguesia, é um local de excelência que se está a tornar emblemático no Trail. A anterior edição trouxe à Vila de Canha quase
400 atletas. Para além da componente desportiva, o Trail Running Canha será certamente um dia intenso de convívio entre praticantes, amigos e família. A organização é da Associação Amigos do Campo e Aventura, da Câmara Municipal do Montijo, da Junta de Freguesia de Canha, dos Bombeiros Voluntários de Canha, com o apoio da GNR Canha.
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EDUCAÇÃO
Agrupamento de escolas recompensa valor e excelência Os sorrisos denunciavam o orgulho de subir ao palco do Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida. Um a um foram chamados para receber os diplomas do Quadro de Valor e Excelência do Agrupamento de Escolas do Montijo, relativos ao ano letivo 2016/2017 dos 4.º, 5.º e 6.º anos de escolaridade. A cerimónia que teve lugar a 31 de janeiro foi organizada pelo agrupamento em colaboração com um grupo de pais (familiares de alunos e antigos alunos) contando, também, com o apoio
da Câmara Municipal do Montijo, da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro e da Florineve. A diretora do agrupamento, Alexandra Caeiro, agradeceu a todos os envolvidos na organização, dirigindo um especial reconhecimento a Céu Simões, representante das Associações de Pais, “uma colaboradora incansável”. Aos alunos à diretora dirigiu palavras de louvor: “saúdo os alunos que conquistaram o direito de estar aqui pelo seu mérito, pelos excelentes
resultados escolares obtidos e pelas atitudes e comportamentos que revelaram, tornando-os especiais e merecedores de destaque”, disse. Maria Clara Silva congratulou toda a comunidade educativa do agrupamento que “em conjunto, desenvolveu os diferentes aspetos que permitem o sucesso na aprendizagem”. Aos alunos deixou um desejo: “que nas diferentes etapas da vossa vida escolar, profissional e pessoal encontrem sempre o caminho do sucesso, desconstruindo muros e construindo pontes”.
D. Pedro Varela hasteia bandeira verde No dia 8 de fevereiro teve lugar, na Escola Básica D. Pedro Varela, a cerimónia de hastear da Bandeira Verde Eco-Escolas. A cerimónia contou com a presença da vice-presidente Maria Clara Silva e da vereadora Sara Ferreira. À semelhança de anos anteriores, a bandeira, foi hasteada ao som de um pequeno apontamento musical interpretado por alunos do programa Eco-Escolas. Aos convidados, os alunos entregaram pacotes-oferta com ervas aromáticas e sementes, obtidas na horta escolar.
Ao longo do ano, a Escola D. Pedro Varela desenvolveu um conjunto de ações de boas práticas ambientais com vista à mudança de algumas atitudes, nomeadamente a participação em atividades realizadas pela Casa do Ambiente. Neste âmbito foram promovidas, entre outras atividades, visitas de estudo à Amarsul; sessões de sensibilização na escola; a participação na campanha Geração Depositrão, onde se realizaram atividades de sensibilização para a deposição correta dos Resíduos de Equipamentos
Elétricos e Eletrónicos e pilhas em fim de vida. Recorde-se, que o Eco-Escolas é um programa internacional que pretende encorajar e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido pela comunidade escolar, no âmbito da Educação Ambiental e/ou Educação para o Desenvolvimento Sustentável. Independentemente das más condições da escola, tutelada pelo Ministério da Educação, a comunidade educativa, continua a desenvolver competências em áreas que valorizam o desenvolvimento de capacidades extracurriculares.
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Conselho Municipal da Juventude O auditório da Galeria Municipal recebeu mais uma sessão do Conselho Municipal da Juventude, no dia 25 de janeiro. Na reunião tomaram posse os novos membros deste órgão consultivo para assuntos relacionados com os jovens do concelho do Montijo. Foi, igualmente, realizada à eleição dos secretários da mesa, tendo sido elegidos Diogo Vintém e Tiago Almeida. Vasco Fernandes foi eleito como representante do Conselho Municipal da Juventude no Conselho Municipal da Educação.
Teatro na escola arranca sorrisos e gargalhadas O grupo de Comédias Apalhaçadas “Gigi, Zéquinha e Redondinho” visitou os pré-escolares do Agrupamento de Escolas de Pegões, Canha e Santo Isidro nos dias 23, 24 e 31 de janeiro. O grupo, composto por Virgílio Gança, professor de teatro da Academia Sénior de Pegões e Canha e dos Ateliers Seniores do Montijo e dois dos seus alunos, arrancou sorrisos e gargalhadas às crianças através de um apontamento de teatro com muita palhaçada, magia e música. Este encontro de gerações foi uma oportunidade para fortalecer laços, partilhar experiências, aprendizagens e valorizar o trabalho e a criatividade do grupo.
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ANIVERSÁRIO
60 anos de educação comemorados no CTJA A Escola Secundária Jorge Peixinho comemorou 60 anos, no passado dia 26 de janeiro, no CinemaTeatro Joaquim d’Almeida, numa cerimónia contou que homenageou os dirigentes e distinguiu os alunos do Quadro de Honra 2016/2017, bem como os que se destacaram em provas desportivas, em concursos, entre outras atividades. A cerimónia contou com a presença do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, da vice-presidente Maria Clara Silva e dos vereadores Ricardo Bernardes e Sara Ferreira.
José Francisco dos Santos, José Evangelista, João Ramos (antigos diretores) e Maria João Serra (atual diretora) estiveram presentes na cerimónia e, por isso, subiram ao palco para o momento de homenagem. A Escola Secundária Jorge Peixinho começou a ser construída em 1957 e no ano letivo 1957/1958 matriculou alunos pela primeira vez. A 20 de janeiro celebra o seu dia, por ocasião do nascimento do seu patrono, o Maestro Jorge Peixinho.
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Psycho, รณleo sobre tela. 2013.
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exposição
Retratos e outras paisagens: pinturas e fotografias Até 17 de março, a Galeria Municipal do Montijo tem patente a exposição Retratos e outras paisagens: pinturas e fotografias de Alexandre Cabrita. “Porque na verdade não se trata de apropriar a escala exibicionista do cartazismo cinematográfico (como ocorria na pop ou nas novas figurações) como, pelo contrário, de reverter em pintura um certo esplendor da imagem herdado dessa arte por excelência do século XX em que o cinema se tornou. Isto é, não se trata de apropriar uma qualquer tipificação do cinematográfico, seja esta a do glamour (à Warhol) ou a da atmosfera (à Monory), como antes de procurar surpreender esse quid que, desde o seu próprio interior, operaria na imagem do cinema, procurando trazer para dentro da pintura aquilo em que ele consiste. Neste sentido, mesmo se os seus procedimentos formais são muito diversos, Cabrita aproxima-se dos processos conceptuais de um Julião Sarmento. (...) o que Alexandre Cabrita traz para o interior da (sua) pintura é da ordem da veemente constatação de um facto: o de
estarmos, simultaneamente, diante de uma cada vez maior perda de referência ao real e face a uma relação a perder de vista entre imagens e imagens de imagens. E esse é o nó conceptual e estético que alimenta não apenas a arte como a própria dimensão, cada vez mais virtualizada, de toda a contemporaneidade...”, refere o crítico de arte Bernardo Pinto de Almeida. Alexandre Cabrita nasceu em Lisboa, em março de 1974. Licenciou-se em Artes Plásticas - Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, em 1999. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em Londres, onde concluiu o Mestrado em MA Fine-Art pelo Central St-Martins, College of Art and Design do London Institute, em 2001. Trabalhou em Berlim de 2007 a 2010. Desde 2000 que tem exposto em Portugal e em países como a Itália e o Reino Unido. Galeria Municipal |Entrada livre. 2.ª feira a sábado, 9h00-12h30, 14h00-17h30
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AMBIENTE
Romãzeira é símbolo da Semana Verde A Semana Verde do Montijo decorre de 19 a 25 de março. Este ano, a homenageada é a romãzeira, árvore que será distribuída aos munícipes, como forma de valorizar esta espécie, o seu papel e importância para o ambiente. A tradicional plantação da árvore é no dia 21 de março, às 11h00, no Jardim Vale Salgueiro e vai ter a participação da comunidade escolar. O programa inclui, também, sessões de sensibilização na Casa do Ambiente, como o Dia do Veterinário, o workshop O Meu Animal é Exótico, e um Encontro para Chá e Citrinos, no Jardim da Casa Mora. A Semana Verde termina com atividades ao ar livre, nos dias 24 e 25 de março, com o Bioblitz, um
Artistas de Macau apresentam exposição coletiva A Galeria Municipal recebe, a partir de 24 de março e até 28 de abril, uma exposição coletiva de seis artistas de Macau: Karen Yung, Tang Kuok Hou, Sylviye Lei, Lai Sut Weng, Eric Fok e Lai Sio Kit. Para incentivar os jovens artistas de Macau, até aos 35 anos, a evoluir e a crescer na área das Artes Plásticas, a Fundação Oriente patrocina anualmente, desde 2012, o “Prémio Fundação Oriente – Artes Plásticas”. Foram, até agora, distinguidos com este galardão alguns dos artistas de referência do atual panorama das artes plásticas em Macau. A Galeria Municipal reúne, agora, numa exposição coletiva, diversos trabalhos de todos os vencedores deste prémio numa aproximação entre Portugal e o seu antigo território. Entrada livre 2.ª feira a sábado, 9h00-12h30 e 14h00 -17h30
programa da SIMARSUL, a decorrer na zona ribeirinha do Saldanha, com o objetivo de valorizar a biodiversidade e os espaços naturais da cidade. O Bioblitz é uma saída de campo, com a duração de um dia, programada por horários e grupos de espécies, destinada à população e à comunidade educativa. É uma iniciativa que vai para além da educação ambiental, pois permite inventariações de fauna e flora, num curto espaço de tempo, realizadas em locais pré-definidos e acompanhadas por cientistas. Diariamente, no período da manhã, serão ofertadas pequenas romãzeiras aos munícipes, na Praça da República (tendo em conta o limite de stock).
COMEMORAÇÃO
Dia Mundial da Agricultura No Museu Agrícola da Atalaia, espaço de referência do património municipal, a Câmara Municipal do Montijo vai comemorar o Dia Mundial da Agricultura com a inauguração da exposição A Descoberta de uma Nova Espécie para a Ciência, no dia 25 de março, pelas 16h00. Em 2005, investigadores do Museu Nacional de História Natural e da Ciência encontraram, no Alentejo, uma planta até então desconhecida. Em 2006, a planta foi confirmada como sendo uma espécie nova de musgo para a ciência,
e recebeu o nome Zygodon catarinoi. Esta exposição itinerante do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, retrata o percurso feito pelos investigadores. O grupo de cantares As Ceifeiras do Alentejo do Centro de Convívio de Reformados, Pensionistas e Idosos do Montijo irá atuar na inauguração com a sua arte do Cante Alentejano, reconhecido como Património Imaterial da Humanidade. Exposição patente até 4 de maio | Entrada livre 3.ª feira a sábado, 9h00-12h30 e 14h00-17h30.
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INVESTIMENTO
Câmara aumenta património O edifício sede da Cooperativa do Bairro Almansor, em Canha, foi adquirido pela câmara municpal. Um investimento de 38 mil euros que contribui para aumentar o património municipal e, simultaneamente, permite finalizar o processo de legalização do Bairro Almansor. O edifício, que atualmente alberga o polo de Canha da Biblioteca Municipal, era propriedade da Cooperativa de Habitação Económica Progresso Almansor. Para além do polo da Biblioteca, futuramente irá acolher a Academia Sénior de Canha, projeto que autarquia candidatou ao Portugal 2020. Para a Câmara Municipal do Montijo, este é mais um investimento de capacitação das freguesias rurais com equipamentos e infraestruturas que oferecem melhor qualidade de vida aos cidadãos. No âmbito desta estratégia, ao longo dos últimos anos, foram realizados inúmeros investimentos, como a construção de quatro reservatórios, três estações de tratamento de águas residuais e quilómetros de condutas; a construção do edifício da União das Freguesias de Pegões; o asfaltamento de quilómetros de caminhos rurais; o quartel dos Bombeiros Voluntários de Canha; e a colocação de iluminação pública em caminhos rurais.
Pavimentações Continuam em curso os trabalhos de pavimentação de diversas artérias da cidade. Recentemente, foram repavimentadas as ruas do Alto Alentejo, Beira Baixa, Beira Alta, Beira Litoral, Praceta Algarve e Rua Mártires do Tarrafal, no Bairro do Borralhal. Foi, ainda, asfaltado um troço na Avenida D. João II.
ESPAÇO PÚBLICO
Substituição de árvores Continuando o plano de manutenção e melhoria das ruas e espaços públicos da cidade, a Câmara Municipal do Montijo procedeu à substituição de árvores na Rua Manuel Neves Nunes. As raízes das árvores, existentes naquele local, tinham levantado o pavimento, causando constrangimentos na circulação em segurança das
pessoas. Pelos mesmos motivos, a autarquia já tinha realizado operação semelhante na rua frente ao Mercado Municipal. As árvores removidas foram substituídas por árvores da espécie Ficus nítida, mais adequadas estética e funcionalmente ao espaço público. Esta intervenção implicou, também, a colocação de novo pavimento betuminoso no local.
Parque infantil inclusivo A Câmara Municipal do Montijo continua a sua estratégia de qualificação e renovação dos parques infantis, em estreita colaboração com as juntas de freguesia. No parque infantil do Parque Municipal Carlos Hidalgo Loureiro foi instalado um novo brinquedo que permite a acessibilidade a crianças com mobilidade reduzida, permitindo que todas as crianças possam brincar, no respeito aliás da Convenção
dos Direitos da Criança que reconhece às crianças o direito aos tempos livres e a participar em jogos e atividades recreativas próprias da sua idade. Com esta intervenção, a autarquia assume a importância de valorizar os parques infantis, promovendo a inclusão e combatendo a exclusão, garantido a existência de equipamentos públicos acessíveis a todos como um passo fundamental no longo caminho da inclusão.
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Espaço Oposição CDU
Perigo público do amianto das ruínas da Infal no Montijo A saúde pública no Montijo está ameaçada por contaminação do ar com amianto pela pulverização destas fibras, altamente cancerígenas, provenientes da degradação de mais de 6000m2 de coberturas da antiga fábrica da INFAL, junto à Escola Básica Joaquim de Almeida no bairro do Mouco. Estas fibras minerais de amianto em suspensão no ar, quando inaladas, são fortemente causais a vários tipos de cancro que se podem manifestar vários anos após a contaminação das vítimas. A população mais ameaçada reside em bairros junto à INFAL, incluindo as crianças e os professores da referida Escola Básica, que está a menos de 60m da INFAL. Uma das suas chaminés está muito fragilizada pela existência de grossas fendas verticais, e, estando excessivamente inclinada, apresenta o risco de colapsar durante a ocorrência de ventos o que provocaria a formação de enormes nuvens de poeiras, ricas em amianto, acrescendo o perigo de projectar destroços para a via pública com ameaça para a integridade física dos cidadãos. Por tudo isto, os eleitos da CDU na Assembleia Municipal apresentaram um vídeo sobre estas condições de perigo público e, em consequência, uma recomendação à Câmara Municipal para que tomasse, urgentemente, todas as medidas necessárias para defesa da saúde pública e segurança das pessoas e bens que, lamentavelmente, não foi aprovada devido aos votos contra da maioria absoluta do Partido Socialista. Francisco Pires Salpico Engenheiro Civil
psd
A Segurança do Estádio Municipal, um caso pertinente! O Estádio Municipal (Campo da Liberdade) é frequentemente usado para a prática de actividade desportiva, sendo utilizado por dezenas de atletas seniores e juvenis e por centenas os cidadãos. A bancada existente foi importada do antigo estádio de futebol após décadas de uso permanente e não é sujeita, há muitos anos, a qualquer acção de manutenção ou conservação técnica. Mais, que se conheça, não existe por parte da autarquia plano de manutenção periódica dos equipamentos públicos. A referida bancada exibe evidentes sinais de degradação (ferrugem e fracturas de materiais) que obviamente poderão colocar em causa a sua segurança ou pelo menos a sua longevidade. Não caberá aos autarcas – leigos na matéria - concluir pela insegurança do estádio mas caberá aos autarcas zelar pela segurança pública de pessoas e bens. É urgente determinar se os cidadãos poderão usar com segurança este e outros equipamentos públicos! A Câmara Municipal, enquanto proprietária do equipamento, deverá garantir, com recurso a informação técnica idónea, a segurança dos seus equipamentos públicos, bem como efectivar um plano de manutenção dos edifícios e equipamentos públicos que até hoje não existe. A Câmara Municipal deverá ter a uso equipamentos modernos onde pontifique a eficiência energética, o conforto e a segurança pública. Assim cabe também aos cidadãos, que se querem mais exigentes e ambiciosos, serem também mais reivindicativos. O Vereador João Afonso
CDS
Ponto de viragem Vivemos numa época em que a informação está acessível e à distância de um clique. Preenchemos ao limite as 24h que dispomos. Temos menos tempo para a família, para a sociedade. Do outro lado, política e políticos parados no tempo, fechados em si próprios. Refletindo na confiança que os portugueses cada vez menos têm nos políticos! E, acima de tudo, na necessidade de fazer algo que corrija esta percepção! Só com interesse no bem-estar do próximo; na melhoria das condições de vida; no equilíbrio e clareza das contas públicas; numa justiça célere e cega a qualquer interesse paralelo nos levará à reconquista da confiança dos portugueses. Numa autarquia onde as contas, aparentemente controladas e com uma maioria que garante estabilidade governativa devemos pôr de lado questiúnculas interpartidárias. Temos, responsavelmente de ajudar aqueles que nos governam, a governar bem e melhor do que se pensam capazes. Propondo, melhorando propostas! Construtivos, positivos! Em diálogo franco, frontal, leal. Apresentei na Assembleia Municipal uma proposta para que as sessões sejam transmitidas em direto e online. Acolheu unanimidade! A partir de agora todos podem assistir às sessões da Assembleia Municipal em suas casas participando na organização da sua cidade, freguesia, bairro ou rua. Verificando quem serve os interesses dos Montijenses, quem finge e quem manipula. Ver em directo a atuação de cada um dos Deputados eleitos, sem filtros ou desvios! Verificando se as suas escolhas foram as melhores. Esta é uma forte e positiva mensagem do CDS.Estamos abertos ao escrutínio! Estamos disponíveis para comunicar diretamente com os Montijenses a quem juramos servir e a quem devemos respostas. O futuro será melhor. Nada será como dantes! João Merino
BE
Trabalhos No nosso país o trabalho por turnos representa cerca de 20% dos trabalhadores. Exemplo são os serviços que estão abertos todos os dias do ano, comércio, aeroportos e transportes, polícia e bombeiros, hospitais, entre outros. O trabalho por turnos tem reflexos na vida familiar, pessoal e social. Fins-de-semana, noites, madrugadas, feriados fazem parte dos dias de trabalho na vida destes trabalhadores. A saúde física e psicológica, dos trabalhadores por turnos, fica seriamente afetada com as frequentes alterações de turnos, horas de descanso e horas de trabalho. Os turnos afetam a participação política, cultural, social e o desporto fica seriamente limitado. Define-se trabalho por turnos como sendo o trabalho que assegura a laboração contínua da produção de bens e serviços, ou seja, os trabalhadores por turnos asseguram tanto os turnos rotativos como os turnos fixos noturnos. O trabalho por turnos constitui um grave problema de saúde. Questões de higiene e segurança no trabalho, medicina do trabalho e ergonomia. Frequentemente está associado a acidentes de trabalho, com aumento do absentismo, alterações do humor e do sono e problemas gastro intestinais. Perturbações da quantidade e da qualidade do sono é da ordem dos 60% e que os trabalhadores dormem, em média, entre 4 a 7 horas (privação crónica). Estes queixam-se de despertar precoce, interferência de fatores ambientais (ruído, por ex.) e muitos sonhos e cansaço ao despertar. Problemas cardíacos, consumo de tabaco, menor consumo de fibras e aumento em 45% no consumo de sacarose. Ao nível psicológico, a fadiga crónica, o aumento da irritabilidade, problemas associados a acidentes de trabalho e mal-estar. É urgente proteger estes trabalhadores com a alteração da legislação laboral. Ricardo Caçoila
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PROTEÇÃO CIVIL
Limpeza de faixas de combustível Os trabalhos de gestão de faixas de combustível em espaços florestais devem ser efetuados até 15 de março. Por isso, a Câmara Municipal do Montijo alerta os proprietários, arrendatários ou usufrutuários que devem dar cumprimento à legislação em vigor. A falta de execução dos referidos trabalhos constitui infração punível com coimas. O Estado, as autarquias e os cidadãos são responsáveis pela implementação de medidas preventivas para a defesa da floresta contra incêndios. Uma correta e oportuna gestão de combustíveis constitui um elemento essencial para a minimização do risco de incêndio. A prevenção aos incêndios florestais deve ser praticada de forma atempada. Para esclarecimentos adicionais contacte o Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal de Montijo e Alcochete através do telefone 21 232 77 20 ou do email gtfmontijoalcochete@ mun-montijo.pt. Portugal sem fogos depende de todos nós. Projeta a sua floresta!
CANHA
DESCENTRALIZAÇÃO
Acordos de execução aumentam recursos O Município do Montijo e as Juntas de Freguesia do Concelho chegaram a consenso relativamente aos novos Acordos de Execução de Competências para o atual mandato, numa reunião realizada no passado dia 1 de fevereiro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Os novos Acordos de Execução de Competências vão permitir um aumento da descentralização de competências para as freguesias, aumentando os recursos humanos e financeiros disponíveis em cada junta de freguesia. Nuno Canta assumiu que, “neste mandato autárquico, pretendemos continuar o caminho da descentralização, quer recebendo competências da administração central, quer descentralizando competências para as freguesias. Naturalmente que esse caminho pressupõe a necessidade de
realizar acertos aos atuais acordos de execução, por forma a dotar adequadamente as juntas de meios financeiros e humanos para fazer face às competências que serão transferidas”. Os acordos de execução com as juntas de freguesia do concelho materializam a delegação de competências prevista na Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro e têm como objetivos principais a promoção da coesão territorial, o reforço da solidariedade interautarquias, a melhoria da qualidade dos serviços prestados à população, a racionalização dos recursos disponíveis, a promoção da desconcentração administrativa e o reforço da relação de proximidade com os munícipes. Os documentos irão, agora, ser submetidos à aprovação dos órgãos autárquicos do município e das freguesias.
Novo trator melhora resposta da freguesia No final do ano passado, a Câmara Municipal do Montijo entregou à Junta de Freguesia de Canha um novo trator, no valor de 71 mil e 229 euros, para a junta executar, com mais qualidade, tarefas como a recolha do lixo grosso, a limpeza de bermas e o arranjo de caminhos rurais. A Câmara Municipal do Montijo continua, assim, a dotar as juntas do concelho com equipamentos fundamentais para a execução de tarefas e competências essenciais à qualidade de vida das pessoas. A autarquia já tinha adquirido um trator para a Junta de Freguesia de Sarilhos Grandes e, no decurso deste ano, pretende fazer o mesmo para a União das Freguesias de Pegões e para a União das Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia.