Montijo Hoje dezembro 2017

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ENTREVISTA

Queremos um governo municipal próximo, aberto e participado Pág.6 e 7

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Presidência aberta junto das IPSS do concelho

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Câmara com orçamento de 26 milhões e novo ciclo de investimentos A

Impostos municipais trazem benefício superior a 1 milhão e 600 mil euros A aprovação da participação variável no IRS, da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e do lançamento da Derrama, na reunião de câmara de 29 de novembro, representa um benefício fiscal aos munícipes e empresas do concelho num valor superior a 1 milhão e 600 mil euros. Com os votos a favor do PS, a abstenção do PSD e os votos contra da CDU, a câmara fixou a sua participação variável no IRS em 4 por cento, não aplicando mais uma vez a taxa máxima de 5 por cento. Em termos absolutos, esta redução de 1 por cento do IRS representa uma devolução deste imposto na ordem dos 486 197,00 euros. Relativamente ao IMI a cobrar em 2018 foi mantida a taxa de 0,40 por cento, com a proposta a ser votada favoravelmente pelo PS e pela CDU e com a abstenção do PSD. O IMI é o imposto direto com maior peso na receita municipal e a não aplicação da taxa máxima de 0,45 por cento implica uma restituição de 968 870,35 euros aos munícipes. A este valor acresce mais um benefício global de 142 010,00 euros às famílias com filhos, pois a proposta aprovada inclui a redução da taxa de IMI para os agregados

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familiares com dependentes (20 euros - 1 dependente, 40 euros – 2 dependentes, 70 euros – 3 ou mais dependentes, de acordo com a legislação em vigor). No lançamento da Derrama, o executivo municipal decidiu a aplicação de uma taxa de 1,5 por cento sobre o lucro tributável às empresas com um volume de negócios superior a 150 mil euros e a isenção de Derrama às empresas com um volume de negócios igual ou inferior ao referido valor. Esta isenção de Derrama representa uma devolução na ordem dos 77 mil euros. A proposta mereceu a aprovação do PS e da CDU e a abstenção do vereador do PSD. A Câmara Municipal do Montijo considera que este desagravamento fiscal consubstancia uma medida bastante positiva para as famílias e empresas, pois potencia a atratividade do concelho, produz um aumento do rendimento disponível das famílias, apoia a sustentabilidade dos pequenos negócios, não colocando em causa o equilíbrio e a estabilidade financeira municipal e, consequentemente, o exercício adequado das atribuições e competências do município junto dos seus cidadãos.

reunião extraordinária da Câmara Municipal do Montijo, realizada a 29 de novembro, ficou marcada pela aprovação do Orçamento Municipal para 2018, das Grandes Opções do Plano (2018-2021), do Quadro Plurianual Municipal (2018-2021) e do Mapa de Pessoal para 2018, com os votos a favor do PS e os votos contra da CDU e do PSD. O montante global do Orçamento é de 26 272 670,00 euros. O documento prevê despesas de capital no valor de 3 628 883,92 euros, que pretendem dar início a um conjunto de novos investimentos estratégicos nas necessidades culturais, educativas e naturais do concelho, como a construção da Casa da Música Jorge Peixinho, do Jardim do Pocinho das Nascentes, da ciclovia no canal da REFER, dos centros escolares de Pegões e do Afonsoeiro e da Sala de Aula do Futuro.

Entre outros investimentos, estão ainda previstas a recuperação do polidesportivo de Sarilhos Grandes; a construção do monumento de evocação do centenário da batalha de La Lys; pavimentações diversas, incluindo a Estrada dos Guerreiros nas Taipadas, as ruas do Porto da Hortinha e dos Caçadores em Sarilhos Grandes e a Estrada Velha da Atalaia; assim como obras de conservação e manutenção de edifícios municipais, de edifícios escolares e de habitações sociais. Nota de destaque, ainda, para a previsão de amortização de empréstimos de médio e longo prazo, que deverá ascender a 1 143 613,31 euros. Na sua declaração política, o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, lembrou as dificuldades do anterior mandato causadas pela

inviabilização dos orçamentos municipais pelos partidos da oposição, afirmando que o Orçamento Municipal para 2018 “é um orçamento equilibrado, que garante o funcionamento regular dos serviços municipais, mantém os apoios sociais, permite um desagravamento fiscal às famílias e empresas e, simultaneamente, o aumento do investimento municipal”. “O Orçamento Municipal para 2018 é o espelho de uma alternativa política que temos vindo a construir, dia a dia, em conjunto com todos os montijenses, que cumpre os nossos compromissos com os eleitores e as necessidades das populações. Honrar os compromissos, respeitar os montijenses e investir no nosso futuro são as marcas que este Orçamento Municipal quer deixar”, concluiu.

Orçamento dos SMAS aprovado O

s Serviços Municipalizados de Água e Saneamento do Montijo (SMAS Montijo) viram os documentos previsionais para 2018 aprovados na reunião extraordinária de 29 de novembro, com os votos a favor do PS e os votos contra da CDU e do PSD. O Orçamento para 2018 ascende a 5 906 985,00 euros, um incremento de 75 945 euros face aos documentos previsionais de 2017, e procura manter a trajetória de melhoria da qualidade do serviço público de abas-

tecimento de água e do sistema de saneamento. As despesas de capital vão ser de 288 500 euros e estão enquadradas com os investimentos previstos para 2018, perspetivando-se o reforço do abastecimento através da execução de uma nova captação de água no Corte das Cheias, como forma de melhorar a qualidade da água na zona do Alto das Vinhas Grandes (Afonsoeiro), a ampliação da rede em zonas rurais e a preservação das infraestruturas existentes na rede de saneamento.

Ficha Técnica Periodicidade Bimestral | Propriedade Câmara Municipal do Montijo | Diretor: Nuno Ribeiro Canta, Presidente da Câmara Municipal do Montijo | Edição Gabinete de Comunicação e Relações Públicas Impressão Sogapal – Comércio e Indústria de Artes Gráficas, S.A. | Depósito Legal 376806/14 | Tiragem 10 000 ISSN 2183-2870 | Distribuição Gratuita


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editorial Um Montijo com mais proximidade e solidariedade esta época de Natal par ticularmente propícia para aprofundarmos laços, N dinamizar parcerias e incentivar o diálo-

go, quisemos dar par ticular relevância às questões dos direitos sociais e da solidariedade e, por isso, iniciámos este mandato autárquico com uma presidência aber ta junto das instituições par ticulares de solidariedade social (IPSS) do concelho. Mais do que dar visibilidade ao trabalho de grande valia e importância protagonizado por estas instituições, queremos afirmar que nenhum concelho se constrói sem parcerias e proximidade, sem instituições e sem pessoas.

Constrói-se com a câmara em articulação com as freguesias, as forças vivas da sociedade, as empresas, as IPSS, os cidadãos e com o trabalho em rede, tão bem espelhado na nossa Rede Social, formada por mais de 70 entidades e na qual vamos continuar a investir.

Cabe-nos, por isso, a definição e implementação de políticas sociais inovadoras e transversais: da infância aos seniores, da exclusão social à integração das pessoas com deficiência, da saúde à igualdade de género, tendo como meta a coesão económica e social do nosso território.

Por outro lado, as mudanças profundas que são expectáveis com a construção do novo Aeroporto do Montijo, um processo, direi, sem paralelo na história da nossa terra, exigem de todos nós – eleitos, instituições e cidadãos – uma resposta adequada aos novos desafios, por forma a garantirmos um desenvolvimento sustentável que não deixe ninguém para trás.

Não há concelhos sem problemas por resolver. E não há boas soluções sem diferentes pontos de vista e sem a participação dos cidadãos. O Montijo que estamos a construir exige cooperação, complementaridade e solidariedade.

nos permitem ter um concelho que respeita, defende e assegura os direitos sociais dos montijenses. Por tudo isto, neste Natal, tempo de fraternidade, de afetos e de solidariedade, deixo-vos a garantia de que tudo faremos em prol das pessoas e da nossa terra. Queremos um Montijo de todos, para todos e com todos. Um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!

E é em parceria e proximidade que conseguiremos reforçar os mecanismos que

Presidência aberta junto das IPSS C

om o objetivo principal de reforçar a proximidade e parceria com as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e conferir maior visibilidade ao seu trabalho, o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, iniciou uma presidência aberta junto das IPSS do concelho, no passado dia 4 de dezembro. Acompanhado pelos vereadores Ricardo Bernardes e Sara Ferreira, Nuno Canta esteve na zona Este do conce-

lho, onde visitou a ALIP – Associação do Lar de Idosos de Pegões, o Centro de Ação Social e Cultural das Faias e a Casa do Povo de Canha. O presidente da Câmara Municipal do Montijo deixou a dirigentes e utentes uma mensagem de boas festas e de esperança para o ano de 2018, mas sobretudo uma mensagem de orgulho e admiração pelo papel insubstituível que desempenham junto da comunidade montijense.

Na ALIP, atualmente com 42 utentes nas valências de creche, centro de dia para idosos e apoio domiciliário, foi possível contactar diretamente com os utentes, que utilizam diariamente os serviços e instalações da sede da ALIP, inaugurada em 2015, em terreno cedido pela câmara. A visita ao Centro de Ação Social e Cultural das Faias serviu para verificar as diversas obras que foram efetuadas com o apoio da câmara municipal e que dotaram de melhores condições as instalações desta instituição, que tem 90 utentes nas valências de creche, pré-escolar, ATL, centro de dia para idosos e apoio domiciliário. Foi, ainda, abordada uma futura parceria, entre a câmara, a Junta da União das Freguesias de Pegões e a instituição, para a utilização da antiga Escola Básica das Faias, que já não integra a rede de edifícios escolares e poderá servir para a dinamização de atividades para a comunidade.

O primeiro dia desta presidência aberta terminou na Casa do Povo de Canha. Atualmente, a instituição tem cerca de 125 utentes, prestando serviços nas áreas da infância e seniores. A principal preocupação na Casa do Povo de Canha é o projeto do Lar de Idosos, que se encontra dependente de uma resolução jurídico-administrativa relativa à desanexação de uma parcela de terreno que é propriedade da Cooperativa Almansor. Nuno Canta assegurou que a câmara está a diligenciar todos os esforços para resolver com celeridade esta questão. Este períplo de visitas às IPSS do concelho prosseguiu nos dias 12 e 13 de dezembro, com a visita ao Sol dos Meninos do Centro Social de São Pedro do Afonsoeiro, à Cercima, a Casa Abrigo da União Mutualista Nossa Senhora da Conceição e à Cantina Social da Santa Casa da Misericórdia do Montijo.


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Estórias com História

O bondoso Dr. Trindade António Campos Ferreira Trindade exerceu medicina durante 40 anos no Montijo. Em 1924 foi colocado na Câmara Municipal do Montijo como médico municipal. Entre outras funções foi clínico na União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, foi subdelegado de saúde, obstetra, cirurgião e fundador do núcleo da Cruz Vermelha no Montijo. São inúmeras as razões que poderiam ser apontadas para que este homem merecesse que o seu nome ficasse na história do concelho, numa rua da cidade e se perpetue na memória de muitos, mas foi sobretudo a sua generosidade para com os mais necessitados que o distinguiu. Referia-se ao Montijo como a sua terra de eleição, garante a sua neta Fátima Cabral que gentilmente cedeu uma carta de despedida onde António Trindade proferia: “aqui (Montijo) tenho passado metade da minha vida, do melhor da minha vida na qual me senti sempre bem na grandeza e espiritualidade da minha profissão”. A vida e obra de António Campos Ferreira Trindade foi descrita pelo Elias Vaz no Jornal Raiano do mês de novembro, no artigo que se transcreve.

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ntónio de Campos Ferreira da Trindade nasceu em Monsanto (Quinta do Burrinho-Relva) no dia 4/02/1890. Era filho de António Ferreira da Trindade - administrador da Casa Marquês da Graciosa -, natural da freguesia de S. Pedro de Avelãs, concelho de Anadia, e de Maria José de Campos Patrício, natural de Alpedrinha. Era primo do Bispo D. Manuel de Al-

meida Trindade, cuja vida e obra já tivemos oportunidade de descrever no Raiano de Março de 2017. Em relação à sua vida e obra vamos basear-nos em informações gentilmente prestadas pelas suas netas/ neto (Fátima, Lourdes, Francisco e São Trindade) e, especialmente, num artigo sob o título “Lembranças do passado”, publicado no jornal Nova Gazeta, de 27/10/2000. Fez o ensino primário na Escola de Monsanto, tendo como professor Bartolomeu Lemos Viana. Aos 9 anos foi para o Colégio de S. Fiel, em Louriçal do Campo, onde concluiu o antigo 7º ano do liceu. Depois foi para Coimbra estudar Matemática. Frequentou, entretanto, a Escola de Guerra, de onde, como oficial de Cavalaria, foi destacado para Castelo Branco e, depois, para Torres Novas com o posto de Tenente. Posteriormente, regressou a Monsanto e, em 1910, casou com Maria Uva da Luz, da qual teve duas filhas (esposa que veio a falecer com a terrível “febre pneumónica” em 2/11/1918). Não desejando viver à custa dos rendimentos da família, em determinada altura manifestou ao pai que o ajudasse a tirar o Curso de Medicina, em Lisboa, em cuja Universidade se veio formar em 1920. Fixou-se em Castelo Branco, onde exerceu clínica durante quatro anos. Em 30 de Setembro de 1924, o Dr. António Trindade veio a ser colocado na Câmara do Montijo, como médico municipal. Aí passou

grande parte da sua vida, chegando a exercer a função de Subdelegado de Saúde e a exercer clínica em vários consultórios, nomeadamente no ligado ao Montepio de Nossa Senhora da Conceição, onde lhe prestaram uma “honrosa homenagem pelo zelo desmesurado que dedicou aos seus doentes”. Abrimos aqui um parêntese, para informar que casou em segundas núpcias com Encarnação Uva da Luz (sua cunhada, irmã da 1ª esposa),

de quem teve um filho e uma filha. Esta segunda mulher veio, infortunadamente, a falecer no dia 2/11/1969, curiosamente no dia e mês do falecimento da primeira esposa. Ironia do destino ou desígnios de Deus! Não obstante os seus infortúnios matrimoniais, continuou a sua vida sem queixumes e, através da sua medicina, praticando o bem junto

dos seus doentes e, em especial, dos mais desfavorecidos. Sempre que vinha à sua Terra natal, especialmente no período de férias, consultava gratuitamente, na sua casa, então sita na Tapada Nova, os monsantinos que procuravam cura para as suas moléstias. E, após a sua aposentação, com 70 anos de idade, passou a residir na casa que, entretanto, construiu na Relva (passando o Inverno no Montijo), onde, gratuitamente, continuou a exercer clínica na sua própria residência. Diz-se que, junto à sua casa, chegavam, muitas vezes, a formar-se filas de doentes a aguardar a sua consulta. Não tendo conhecido pessoalmente o Dr. António Trindade, posso testemunhar que a minha sogra (Deolinda, actualmente com 95 anos de idade) ao interpelá-la sobre este médico, respondeu-me: “Era um grande médico e uma santa pessoa. Recorri muitas vezes à sua consulta e, uma vez, tratou-me o rebentamento de uma úlcera no estômago. Porque o caso seria grave, dirigiu-se várias vezes à minha casa para saber como estava. Sentava-se na beira da cama e conversava comigo e, uma vez, com ar de brincalhão, gracejou: e se agora a cama se partisse!”. Um outro episódio, que revela bem a sua bondade e nobreza de humanista, prende-se com o facto de se impressionar com crianças monsantinas que, em pleno Inverno, andavam descalças. Sensibilizado com a situação, teria custeado o calçado

das crianças que, em ano que não foi possível determinar, frequentavam a antiga Escola da Relva. Faleceu na sua casa no dia 18/10/1972, sendo sepultado no cemitério de Monsanto no Jazigo da Família. Após o seu falecimento, no Montijo perpetuaram a sua memória, dando o seu nome a uma das ruas no Bairro do Esteval. E, “In Memoriam”, não posso deixar de transcrever um excerto do supracitado artigo “Lembranças do passado”, saído da pena do cronista Milheiras Cortiço, que lhe traçou o perfil como homem e como médico: “como homem, foi um chefe da família invulgar, generoso, dedicado, espírito desanuviado, correcto, reinadio, culto, comunicativo, dandose com todas as classes sociais”; “Como médico, foi o ‘pai dos pobres’, curando-lhes as mazelas sem auferir quaisquer proventos. Além de praticar clínica geral, foi confrontado com algumas cirurgias que executou com perfeição”, acrescentando-se que foi também um exímio parteiro (obstetra). Este ilustre médico monsantino, em relação ao qual há uma dívida de gratidão (os mais idosos estão aí para o testemunhar), merecia bem que a sua memória e nome fossem perpetuados em Monsanto, sobretudo na povoação (Relva) onde praticou o bem e deu o último suspiro.

Elias Vaz

Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro festeja 163 anos com novo pavilhão No Montijo, o primeiro dia do mês de dezembro é marcado pelos festejos de aniversário de uma das coletividades centenárias do concelho. Mais uma vez, a tradição cumpriu-se e a Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro saiu à rua para celebrar 163 anos de vida…este ano com a novidade da inauguração do novo pavilhão. Os festejos começaram bem cedo, com a alvorada pelas ruas da cidade, e tiveram como ponto alto a sessão solene na sede da coletividade, onde foram conferidos os diplomas e emblemas aos sócios com 25 e 50 anos de associados, seguin-

do-se a inauguração do novo pavilhão. Associados, dirigentes e entidades oficiais marcaram presença no salão da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro para a sessão solene, onde Joaquim Baliza, presidente da coletividade, enalteceu o dinamismo e a vitalidade da 1.º de Dezembro, agradecendo igualmente o “apoio indispensável da câmara municipal e da junta de freguesia”. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, começou por deixar palavras de agradecimento e de estímulo aos anteriores e atuais dirigentes da Sociedade Filarmónica

1.º de Dezembro, enaltecendo o “papel insubstituível da 1.º de Dezembro na educação artística, como conservatório do povo, para muitas gerações de montijenses. A 1.º de Dezembro representa um património cultural que faz parte integrante da nossa memória coletiva. Constitui mesmo um precioso ativo com que contamos para causas como o voluntariado, a coesão social, a democratização da cultura e a valorização da nossa tradição”. A sessão solene terminou com a inauguração do novo pavilhão que, para surpresa do presidente da câmara, foi de-

signado pela direção da coletividade como Pavilhão Nuno Canta. Recordamos que o pavilhão, que serve para as diversas valências da Sociedade

Filarmónica 1.º de Dezembro, foi construído com um apoio financeiro na ordem dos 77 mil euros, atribuído pela Câmara Municipal do Montijo.


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Natal com Arte

Programação de Natal aposta na cultura e nos talentos locais F

oi um dia mágico de Natal…o Pai Natal visitou Mercado de Natal no Montijo, no passado dia 2 de dezembro, numa Parada com muita animação e até com queda de “neve”. A fila para conhecer o Pai Natal era longa, mas não demoveu as centenas de pessoas, em particular as crianças, que estiveram nas ruas do centro da cidade para participar neste momento tão esperado da programação Natal com Arte, promovida pela Câmara Municipal do Montijo. As cartas ao Pai Natal foram entregues, os pedidos especiais foram feitos e as fotografias da praxe foram tiradas, ao longo de uma tarde muito animada que teve como ponto alto a queda de neve artificial, um

momento muito festejado pelas crianças. O Natal com Arte arrancou no dia 25 de novembro, com a abertura da iluminação de Natal no centro da cidade, a que se juntou a inauguração da exposição Memória

entre Céu e Água: pinturas, aguarelas e outros objetos, de Saskia Moro na Galeria Municipal. Este ano, Montijo volta a cele-

Êxito do Tryp Market da Baixa do Montijo O

saldo do Tryp Market não podia ser mais positivo, com a presença de centenas de pessoas neste evento inovador promovido pela Comissão da Baixa do Montijo, no passado dia 26 de novembro, no Tryp Montijo Parque Hotel. Já a piscar um olho ao Natal, o Tryp Market reuniu dezenas de lojistas, num espaço em comum onde apresentaram as coleções mais recentes de vestuário, calçado e acessórios nacionais e

internacionais que estão disponíveis em algumas lojas do comércio tradicional do Montijo. Momento de destaque foi o lançamento do original calendário da Baixa do Montijo, cuja receita reverte a favor do Sol dos Meninos e do Lar de Jovens Abrir Caminhos, valências do Centro Social de São Pedro do Afonsoeiro, e que pode ser adquirido nos estabelecimentos de comércio tradicional da baixa da cidade.

brar um Natal com Arte e esse facto está bem patente na vasta e diversificada programação cultural, que abrange a música, o teatro, as artes plásticas, a dança e a animação infantil. A nível musical destaque para o ciclo Uma Igreja, Um Concerto que teve como destaque o concerto de Natal de Angelicus Duo, naquela que foi a estreia da Ermida de Santo António como palco cultural. Este ciclo de concertos já levou a música de Natal à Igreja de Santo Isidro de Pegões, à Igreja de Nossa Senhora da Oliveira em Canha e irá levar, agora, no dia 6 de janeiro, à Igreja de Nossa Senhora da Atalaia. Apostando na capacidade criativa do movimento associativo e

de outros agentes da sociedade civil, o Natal com Arte tem permitido, igualmente, um conjunto de momentos que evidenciam as potencialidades e a vasta oferta cultural das nossas coletividades, associações, escolas de artes, entre outros. Até 6 de janeiro de 2018, o Natal com Arte vai continuar a pro-

mover a sua programação com o objetivo de contribuir para a promoção do centro histórico da cidade, para a descentralização da cultura nas freguesias e para a dinamização do comércio tradicional, incentivando igualmente a participação dos cidadãos na vida social e cultural do Montijo.


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ENTREVISTA Nuno Canta

“Queremos um governo municipal próximo, aberto e participado” No início de um novo mandato, o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, fala dos principais compromissos e prioridades que a gestão municipal assume com os montijenses. A Escola Pública, o ambiente, o investimento e a coesão social são pilares nas políticas públicas que pretende implementar, sempre em proximidade com os cidadãos e com o objetivo claro de contribuir para “um Montijo com futuro, sustentável, duradouro, que não deixa ninguém para trás”. Montijo Hoje - Qual a importância da vitória com maioria absoluta nas últimas eleições autárquicas? Mais que uma vantagem é uma responsabilidade acrescida? Nuno Canta - É claro que o reforço da confiança dos cidadãos numa alternativa política é motivo de responsabilidade acrescida. É isso que os autarcas socialistas entendem do mandato autárquico que lhes foi conferido pelos montijenses. No último mandato enfrentámos uma oposição que criou, artificialmente, inúmeras dificuldades e problemas. A eles procurámos responder com rigor e seriedade, numa atitude política que é a nossa. Tivemos uma agenda política muito crispada, que pouco interessou os montijenses, tivemos também uma agenda económica e social muito difícil, com as políticas de austeridade. Esta nova maioria dá-nos uma nova esperança e um horizonte de futuro para todos. É para esse desafio e essa ambição que queremos estar à altura da confiança que os cidadãos depositaram em nós. Esta maioria, redobrada nas últimas eleições autárquicas, irá continuar os bons resultados, agora sem as amarras dos interesses partidários e com o objetivo da satisfação das necessidades dos montijenses. É por essa razão que temos de continuar o rigor nas contas públicas, cumprir o Portugal 2020 e garantir os apoios sociais a todos. A questão relativa aos direitos sociais dos cidadãos é essencial e prioritária, desde logo para garantir um clima de confiança entre todos e, também, para garantir a coesão social do nosso território. A maioria resultou da vontade popular na mudança de políticas, da tranquilidade do dia-a-dia da vida da câmara, da garantia de um ambiente institucional pro-

motor do investimento e do compromisso com o desenvolvimento sustentável. A estabilidade política da maioria é crucial para a confiança, para o investimento e para a criação de emprego. Só com o crescimento económico e do emprego será possível projetar um futuro sustentável para todos. Os apoios sociais, por exemplo, que atribuímos à Escola Pública têm permitido combater a pobreza e as desigualdades, concedendo mais proteção às crianças e aos alunos mais pobres. Este é o caminho que vamos continuar a percorrer nos próximos quatro anos: assegurar as condições para a valorização da Escola Pública, a escola para todos. Este é

caminho de ferro entre o Montijo e o Pinhal Novo, aumentado a alternativa da mobilidade suave; a requalificação das Piscinas Municipais, uma obra que pretende modernizar as piscinas e, ao mesmo tempo, melhorar a eficiência energética e reduzir os custos do seu funcionamento. Outro dos principais compromissos é a manutenção de um espaço público cuidado, seguro, vivido e limpo. É essencial termos serviços urbanos de qualidade e investir na qualidade do espaço

construção de um parque de saúde no Hospital do Montijo, com a integração de uma nova Unidade de Saúde Familiar; pelo aumento do número de médicos de família e pelo alargamento do dispositivo integrado e permanente de emergência pré-hospitalar, com a aquisição de novas ambulâncias para os nossos bombeiros. O nosso compromisso com os montijenses é responder às oportunidades que vamos enfrentar nos próximos quatro anos, desenvolvendo um modelo de

perar a sua centralidade dentro da Área Metropolitana de Lisboa. Isso passa pela localização de novas empresas, melhores condições de habitação, mais equipamentos públicos acessíveis a todos. Vamos continuar a lutar por novas acessibilidades à Ponte Vasco da Gama, por novas vias de ligação entre a cidade e o aeroporto, criando emprego e desenvolvimento, na concretização deste desígnio do Montijo. O Montijo encontra no novo aeroporto um rumo fundamental

público. A melhoria do espaço público incidirá na melhoria da rede viária, com um novo acesso à Ponte Vasco da Gama, a conclusão da Circular Externa, a Avenida do Seixalinho, a variante à Atalaia e a variante à zona industrial de Pegões. Na acessibilidade do espaço público queremos dar muita atenção aos peões. Hoje somos um concelho com mais idosos e, por isso, devemos construir um espaço público mais acessível e mais seguro. Um outro compromisso essencial é a concretização dos direitos sociais e a solidariedade para todos. Queremos assegurar a todos os montijenses o direito à habitação, ao desporto, à educação e à saúde. Na habitação é intenção aprovar, brevemente, a Operação de Reabilitação Urbana da Cidade do Montijo e continuar a recuperação da habitação dos bairros sociais municipais. Na saúde estamos a lutar pela

governação assente na participação das pessoas, mais eficiente e mais transparente, com a consciência de continuar um bom governo para o Montijo.

para saber o que queremos, dar confiança a quem quer investir e criar regras claras para todos. O sentido da política é a concre-

A maioria resultou “ da vontade popular na

mudança de políticas, da tranquilidade do dia-a-dia da vida da câmara, da garantia de um ambiente institucional promotor do investimento e do compromisso com o desenvolvimento sustentável. A estabilidade política da maioria é crucial para a confiança, para o investimento e para a criação de emprego. Só com o crescimento económico e do emprego será possível projetar um futuro sustentável para todos.

um compromisso que asseguramos aos montijenses, como contributo para gerar mais coesão e igualdade social. M.H. - Quais são os principais compromissos que assume com os montijenses? N.C. - Os nossos principais compromissos foram estabelecidos no nosso programa eleitoral, os quais queremos cumprir durante o mandato que nos foi conferido pelo povo do Montijo, como a conclusão do Corredor Verde da Mundet, a nossa estrutura verde principal entre o rio e o interior da cidade; a construção do novo Jardim do Pocinho das Nascentes e da Casa da Música Jorge Peixinho; a construção da ciclovia ao longo do ramal do

M.H. - Quais as prioridades deste mandato autárquico? N.C. - As prioridades continuam a ser a Escola Pública, o ambiente, o investimento e a coesão social, mas também queremos preparar o futuro: conseguir a decisão final de construção do novo aeroporto do Montijo e todo o futuro que a mesma envolve. O novo aeroporto do Montijo é assim uma ideia mobilizadora para o futuro do Montijo e dos montijenses. Um Montijo para as pessoas, sustentável, solidário, internacionalizado e que inspira os cidadãos, as instituições, as empresas, a rede social na construção do futuro. Este desafio estratégico que se coloca ao Montijo é o de recu-

As prioridades “continuam a ser

a Escola Pública, o ambiente, o investimento e a coesão social, mas também queremos preparar o futuro: conseguir a decisão final de construção do novo aeroporto do Montijo e todo o futuro que a mesma envolve.

tização dos sonhos dos montijenses. O sonho do novo aeroporto do Montijo é um sonho que jus-


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tifica não ficarmos parados e o dever cívico de trabalhar para os montijenses. M.H. - Ao longo do último mandato, a defesa de Escola Pública foi sempre uma prioridade. Que projetos irão ser implementados nesta área? N.C. - Vamos continuar a dar prioridade à educação pré-escolar e à Escola Pública, à escola para todos, como um elemento fundamental para garantir uma aprendizagem ao longo da vida, com capacidade para produzir riqueza e continuar a criar emprego, assim como garantir um Montijo coeso e inclusivo. Queremos alcançar um novo paradigma para a educação no Montijo, com a dinamização de novos ambientes de aprendizagem, com a Sala de Aula do Futuro, novas bibliotecas escolares, o envolvimento da comunidade escolar, pais, professores, alunos, empresas, instituições, como forma de continuar a democratizar o acesso e o sucesso escolar. Ao nível das infraestruturas escolares temos a intenção de construir o Centro Escolar de Pegões, o Centro Escolar do Afonsoeiro e de modernizar a Escola Básica Joaquim de Almeida e a Escola Básica Luís de Camões. O investimento que temos realizado na Escola Pública tem sido essencial para garantir a competitividade do Montijo e garantir o direito fundamental dos montijenses à educação. M.H. - Já referiu que outra área prioritária é o ambiente. Que medidas vão ser aplicadas? N.C. - O ambiente, os recursos naturais e o desenvolvimento sustentável serão políticas públicas transversais a todas as áreas do município. Além do abastecimento de água em qualidade e quantidade, queremos concluir o sistema de tratamento das águas residuais no concelho, com a conclusão das obras da ETAR da Vila de Canha, garantindo um território mais preparado para as novas gerações de montijenses. Temos a consciência do que já alcançámos, mas também temos a noção clara do que falta fazer. Queremos construir um Montijo com futuro, sustentável e duradouro, que não deixa ninguém para trás.

M.H. - Sendo as pessoas o principal das políticas públicas, de que forma vão continuar a assegurar a proximidade aos cidadãos e a sua participação cívica? N.C. - O nosso governo assenta em três princípios: proximidade, rigor e responsabilidade. É a governação que temos adotado,

para a residência de famílias e para a instalação de empresas e sermos capazes de inspirar um trabalho em rede com as forças vivas do Montijo. É com todos os montijenses que queremos um governo municipal próximo, aberto e participado. É para os montijenses que queremos um Montijo de

As freguesias do “ Montijo têm ganho

mais competências e mais meios para as exercer. Já demos provas da nossa abertura e da nossa capacidade de diálogo e vamos neste novo mandato continuar a dá-las. Vamos continuar a trabalhar com todos aqueles que quiserem trabalhar connosco, mas também queremos aproveitar a oportunidade da descentralização de competências do Estado Central para os municípios, porque assim ganhamos escala e capacidade de resolver os problemas dos montijenses, na escola pública, na saúde e em outras áreas.

desde 2013, que é a preocupação de realizar obra estruturante para todo o concelho, o respeito pelos limites do endividamento e os compromissos assumidos, a redução das dívidas para não limitar a capacidade de investimento e resolver as contingências extraordinárias, a devolução de impostos municipais a todos os montijenses, a preocupação em sermos mais atrativos

o dia 20 de outubro teve lugar a cerimónia de Tomada de Posse dos Titulares dos Órgãos Autárquicos para o mandato 2017/2021 no Salão Nobre dos Paços do Concelho do Montijo. Nuno Canta tomou posse como presidente da Câmara Municipal do Montijo, acompanhado pelos vereadores Maria Clara Silva, Ricardo

Bernardes e Sara Ferreira, eleitos pelo PS, Carlos Jorge de Almeida e Ana Baliza, pela CDU, e João Afonso, eleito pela coligação PSD/CDS. A cerimónia empossou, também, os eleitos à Assembleia Municipal, nomeadamente sete deputados pelo Partido Socialista, cinco pelo PPD/PSD.CDS-PP, cinco pela CDU (PCP-PEV) e um pelo Bloco de Esquerda, para além dos

ganho mais competências e mais meios para as exercer. Já demos provas da nossa abertura e da nossa capacidade de diálogo e vamos neste novo mandato continuar a dá-las. Vamos continuar a trabalhar com todos aqueles que quiserem trabalhar connosco, mas também queremos aproveitar a oportunidade da descentralização de competências do Estado Central para os municípios, porque assim ganhamos escala e capacidade de resolver os problemas dos montijenses, na escola pública, na saúde e em outras áreas. M.H. - A internacionalização, o turismo, a cultura e a competitividade são apostas fortes para o município do Montijo? Que medidas estão pensadas nestas áreas? N.C. - Internacionalizar o Montijo é valorizar o património, a nossa cultura, a nossa tradição. É, por isso, que uma estratégia turística passa pela aposta nas Festas Populares, nos eventos culturais, na gastronomia e nos vinhos, na valorização da paisagem, do Colonato de Pegões e do nosso património edificado. No Montijo temos apoiado mais a cultura, porque a cultura é desenvolvimento, é internacionalização, é coesão, é um elemento de transformação das pessoas, um elemento de aprofundamento da cidadania. A afirmação internacional do Montijo passa obrigatoriamente pelo aprofundamento da nossa identidade tradicionalmente aberta, livre e cosmopolita, que nos identifica como montijenses, que projeta a imagem do Montijo e reforça o nosso sentido de pertença.

oportunidades, sustentável e competitivo. Queremos continuar um modelo de governo em proximidade. A nossa experiência demonstra que a participação dos cidadãos é verdadeiramente essencial na gestão municipal, por isso, queremos aprofundar os mecanismos de participação dos montijenses. M.H. - Como será aprofun-

Tomada de Posse N

dada a descentralização e a cooperação com as juntas de freguesia? N.C. - Nenhum concelho se constrói apenas com a Câmara Municipal, constrói-se com a câmara em articulação com as nossas freguesias, constrói-se com as forças vivas da sociedade montijense. É, por isso, que

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presidentes das juntas de freguesias e uniões de freguesia do concelho. A primeira reunião da Assembleia Municipal para instalação da mesa do órgão teve lugar após a tomada de posse. A mesa ficou constituída por Catarina Marcelino (presidente); Isidoro Santana (1.º secretário); e Sandra Lopes (2.ª secretária), todos eleitos pelo PS.

se torna essencial um governo com mais descentralização de competências e meios para as freguesias, com novos acordos de execução de competências porque é ao nível das freguesias que os autarcas melhor conhecem o terreno e os problemas das populações e que melhor governam em proximidade com as pessoas. As freguesias do Montijo têm

M.H. - Daqui a quatro anos, que balanço gostaria que fosse feito deste mandato? N.C. - Considero que se conseguirmos nos próximos quatro anos, um Montijo de oportunidades para as pessoas viverem melhor, mais atrativo para as empresas investirem, produzindo mais riqueza e criando mais emprego para todos, teríamos certamente o balanço que sonhamos. Queremos ser reconhecidos por construir um Montijo para os montijenses, um Montijo sustentável, um Montijo internacionalizado, um Montijo com um governo próximo e participado.


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Montijo hoje | DEZEMBRO de 2017

SMAS

Comemorações

Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento do Montijo (SMAS Montijo) foram distinguidos com o Selo de Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano, atribuído pela ERSAR- Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos.

novembro, após a adesão à Associação Internacional de Cidades Educadoras, no passado mês de julho. A Câmara Municipal do Montijo, as escolas, as associações de pais e encarregados de educação e outras entidades dinamizaram um vasto conjunto de atividades, que arrancou com um momento solene e simbólico nos Paços do Concelho. Alunos, professores e autarcas juntaram-se para a leitura do Manifesto de Compromisso com o Direito à Cidade Educadora, seguindo-se o Hastear da Bandeira alusiva ao Dia da Cidade Educadora e o Momento do Aplauso em sinal de reconhecimento do trabalho realizado por todos os agentes educativos na construção deste modelo de cidade. Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, afirmou o compromisso da autarquia com “uma educação inclusiva e de qualidade ao longo da vida, sem qualquer tipo de discriminação. Com a participação de toda a comunidade, queremos continuar a construir uma cidade que educa melhor todos os nossos jovens”. “Assumimos o firme compromisso a uma cidade educadora como extensão do direito fundamental de todas as pessoas à educação e como veículo para tornar realidade outros direitos fundamentais. Entendemos o direito à educação como promotor do desenvolvimento humano, social e económi-

Montijo é Cidade Educadora

Montijo recebe selo primeira vez, Montijo code qualidade Pelamemorou a sua condição de Cidade Educadora, no dia 30 de

Esta iniciativa da ERSAR pretende demonstrar a existência de um rigoroso sistema de avaliação dos serviços prestados aos consumidores, que passam a conhecer as entidades que prestam o melhor serviço em diferentes áreas e, simultaneamente, pretende sensibilizar as entidades gestoras para as questões da qualidade na conceção, execução, gestão e exploração dos sistemas. Com o selo atribuído aos SMAS Montijo, a ERSAR evidencia as entidades prestadoras de serviços de abastecimento público de água que, no último ano de avaliação regulatória, tenham assegurado uma qualidade exemplar da água para consumo humano.

Montijo

Autarquia +familiarmente responsável

A

Câmara do Montijo voltou a ser distinguida como Autarquia + Familiarmente Responsável pelo sétimo ano consecutivo. A distinção resulta de um inquérito realizado a nível nacional em que foram analisadas as políticas de família dos municípios e as boas práticas das autarquias para com os seus funcionários.

Das 115 autarquias concorrentes foram distinguidos 61 municípios que receberam a bandeira verde da iniciativa «Autarquia + Familiarmente Responsável», numa cerimónia que teve lugar no 29 de novembro, em Coimbra, onde esteve presente Rute Marcelino, chefe da Divisão de Desenvolvimento Social e Promoção da Saúde da Câmara Municipal do Montijo.

co e como elemento indispensável para atingir um desenvolvimento sustentável e uma cidadania ativa”, acrescentou. Ao longo de todo o dia, a comuni-

dade educativa promoveu e participou em cerca de duas dezenas de atividades que evocaram os princípios orientadores das Cidades Educadoras, demonstrando

que todas as cidades dispõem de inúmeras possibilidades educadoras e podem oferecer importantes elementos para uma formação integral dos seus habitantes.

Dia Europeu do Enoturismo

Adega de Pegões premiada em concurso internacional M

ontijo celebrou o Dia Europeu do Enoturismo, no Museu Agrícola da Atalaia, no passado dia 11 de novembro e, naturalmente, que a protagonista só podia ser a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões. Pelas mãos do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e do secretário geral da Associação dos Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), José Arruda, o presidente da direção da Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, Mário Figueiredo, recebeu as 12 distinções obtidas pela cooperativa no XVI Concurso Internacional La Selezione del Sindaco. Mais uma vez, o Montijo esteve em destaque neste concurso com

a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões a ser a adega mais premiada da Europa, com dez medalhas de ouro e duas de prata. La Selezione del Sindaco é uma competição promovida pela Associação Italiana de Cidades do Vinho e pela Rede Europeia das Cidades do Vinho, que envolve a participação conjunta de produtores de vinho e do município de proveniência das suas produções, com o objetivo de promover os produtores vinícolas e os territórios que produzem vinhos de qualidade. As comemorações do Dia Europeu do Enoturismo incluíram, ainda, a apresentação do livro “Territórios Vinhateiros de Portugal”, um projeto da responsabilidade da AMPV, e um momento de degustação de produtos da gas-

tronomia regional, confecionados pelos alunos do Curso Técnico de Restauração Cozinha e Pastelaria da Escola Profissional de Monti-

jo sob a direção do Chefe David Carvalho, acompanhados pelos vinhos premiados no Concurso La Selezione del Sindaco.


DEZEMBRO de 2017 | Montijo hoje

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Maratona BTT Canha com mais de 680 participantes F

oram exatamente 684 atletas que se apresentaram na partida da 13.ª edição da Maratona BTT Canha, no passado dia 3 de dezembro. No final, a vitória sorriu a David Marques, na prova dos 70 quilómetros, e a Luís Miguel Morgado, no percurso mais curto de 35 quilómetros. Esta foi a quinta presença e a terceira vitória de David Marques na Maratona BTT Canha: “ao quilómetro três ficámos cinco atletas na frente da corrida, fomos colaborando uns com os outros. A meio da corrida houve um ataque mais forte, seguimos apenas três atletas e à chegada, na meta, ao sprint, consegui sair vencedor. O percurso estava muito bem marcado e muito rolante, chegamos ao final com uma média de 30 quilómetros/ hora. Para o ano cá estarei novamente”, disse. Luís Miguel Morgado repetiu a proeza do ano anterior ao vencer a prova dos 35 quilómetros e admitiu “que vinha com o objetivo de,

pelo menos, conseguir um lugar no pódio. A prova correu bem, os trilhos são divertidos. Como sou cá da zona, tive a vantagem de conhecer o terreno. Para o ano, se tiver saúde e disponibilidade, cá estarei de certeza. A organização está de parabéns”. Na meta, o feedback da generalidade dos participantes era bastante positivo em relação à prova e aos trilhos que, este ano, se apresentaram mais secos que o habitual devido à quase inexistência de chuva nas semanas anteriores. Apesar de um dia muito frio, a Maratona BTT Canha voltou a demonstrar todos as razões que a levam a ser uma das provas mais participadas da modalidade e o maior evento desportivo do concelho do Montijo. Como habitualmente, a organização foi da Câmara Municipal do Montijo, da Associação Amigos do Campo e Aventura, da Junta de Freguesia de Canha e dos Bombeiros Voluntários de Canha. Para o ano há mais!

Luís Miguel Morgado

David Marques

Projeto VEM

Inaugurado Posto de Observação de Aves

O

Montijo tem um novo local de eleição para os observadores da avifauna do Rio Tejo: no dia 8 de dezembro, o projeto VEM – Valorização dos Ecossistemas do Montijo inaugurou, oficialmente, o seu Observatório de Aves, localizado no sapal frente à Quinta do Saldanha. Cerca de três dezenas de pessoas não perderam o evento, que teve como momento de destaque a devolução à natureza de duas águias de asa redonda, através do Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto. O Observatório de Aves é uma estrutura em madeira adequada para a observação de aves, para que as pessoas possam livremente usufruir e observar a avifauna que existe na zona ribeirinha do Estuário do Rio Tejo, no Montijo. O projeto VEM é dinamizado por um movimento de cidadãos com o objetivo de promover e

valorizar o património natural do concelho do Montijo, através da organização de atividades de educação e sensibilização ambiental que procuram aumentar o conhe-

cimento sobre a biodiversidade do concelho, promover a participação dos cidadãos na inventariação da nossa fauna e flora e consciencializar a comunidade para a

preservação dos ecossistemas no território do Montijo. Este projeto resultou da ideia Birdwatching, uma das ideias vencedoras da 3.ª edição do Concurso

de Ideias para Jovens – Mundar: Muda o teu Mundo, promovido pelo Programa Escolhas, Fundação Calouste Gulbenkian e Torke + CC.


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Montijo hoje | DEZEMBRO de 2017

Reabilitação da Nacional 4 em execução A

obra de reabilitação da Estrada Nacional 4 está em curso, num investimento de 3 milhões e 647 mil euros por parte da Infraestruturas de Portugal, SA. Ao longo de 25,5 quilómetros da Estrada Nacional 4, entre Montijo e Pegões, estão a ser realizados trabalhos de repavimentação de todo o troço; substituição e readequação da sinalização vertical de código e de orientação; remarcação da sinaliza-

ção horizontal; colocação de novos equipamentos de segurança, como as Guardas de Segurança, incluindo Dispositivos de Proteção para Motociclistas; e beneficiação dos sistemas de drenagem. A Estrada Nacional 4 faz a ligação entre Portugal e Espanha e é uma via rodoviária estruturante e de importância fulcral para a mobilidade da população do Montijo e para a dinamização da economia local.

Repavimentações no Montijo A

Câmara Municipal do Montijo continua a executar o plano de repavimentações previsto para o ano de 2017, num investimento de 109.777, 50 euros. Foram asfaltadas as ruas Mário de Sá Carneiro, Fialho Almeida, Cesário Verde, João Villaret, Vasco Santana e parte das ruas Palmira Bastos e António Aleixo, no Bairro do Areias. Estão a

Manutenção do espaço público Os serviços municipais têm efetuado o seu trabalho diário, um pouco por todo o concelho, e reforçaram a sua intervenção em áreas como a limpeza de valas.

Foi executada, por exemplo, uma limpeza extensa na vala do Corredor Verde da Mundet, na linha de água que deságua no Rio Tejo.

decorrer pavimentações na zona do Bairro do Esteval: Rua Dr. Avelino Rocha Barbosa, Praceta do Esteval, Rua Miguel Torga, Travessa Sacadura Cabral e Rua Almeida Garret. Ao abrigo desta empreitada vão, ainda, ser realizadas as repavimentações das ruas da Beira Alta, Beira Baixa, Beira Litoral e parte da Rua do Alto Alentejo (Bairro do Borralhal).

Reparação de calçadas Está a ser executada a reparação de pavimentos em calçada na Rua do Pocinho das Nascentes, no Montijo, no âmbito da empreitada de execução e recuperação de zonas calcetadas que prevê reparações em diversos pontos da cidade, num investimento no valor de 51 910,90 euros.

Espaço Oposição

BE

Contra a Violência Marchar, Marchar A

ssinalou-se no passado dia 25 de Novembro o “Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres”, uma data comemorativa criada em 1999 pela ONU. No Séc. XXI, o tráfico humano, a mutilação genital, a violação física e psicológica, a exploração sexual e outros crimes hediondos atingem diariamente milhões de mulheres e raparigas no mundo inteiro. A violência

contra as mulheres constitui uma violação dos direitos e liberdades fundamentais das mulheres, dos homens e das sociedades modernas. A violência é um obstáculo à igualdade, à democracia, à participação cívica e cidadã em prol do desenvolvimento e da paz. As situações de violência, a que milhões de mulheres e meninas estão expostas, devem ser uma luta de todos os dias.

A UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta recolhe dados sobre a violência sobre mulheres desde 2004, em que foram contabilizadas 454 mulheres mortas às mãos dos seus companheiros, ex-companheiros ou familiares e 534 tentativas de homicídio. A APAV revela que em 2016 82% dos casos de violência doméstica foram sobre mulheres com mais de 18 anos (5226 casos) o que dá

uma média de 100 casos por semana, 14 casos por dia. As pessoas fingem desconhecer, tapam os olhos, evitam encarar e denunciar situações de violência que estão logo ali na casa ao lado, na rua por onde circulamos, no elevador. Temos de intervir e denunciar, já que são deveres individuais de cidadania e de uma sociedade decente. A violência contra as mulheres é um problema de poder, de jus-

tiça, de igualdade. Tais atitudes demonstram afinal que para a igualdade e não discriminação das mulheres um longo caminho há ainda a percorrer. Contra a violência Marchar, Marchar “Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada” Edmund Burke Ricardo Caçoila


DEZEMBRO de 2017 | Montijo hoje

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Ginásio Clube do Montijo comemora 23.º aniversário O Ginásio Clube do Montijo reuniu toda a sua família, atletas, professores, staff e pais, para a festa do 23.º aniversário, no dia 29 de outubro, no Pavilhão Municipal n.º 2. Um momento de convívio, con-

fraternização e, também, de premiação dos melhores atletas da época 2016/2017, que contou com a exibição de várias classes do Ginásio Clube do Montijo: da ginástica sénior ao futebol, passando

pelo tumbling e pelos trampolins. Na época 2016/2017, o Ginásio Clube do Montijo teve 452 atletas inscritos em várias modalidades, tendo conseguido vencer várias competições distritais e nacionais.

ANAU celebra oitavo aniversário Foi com casa cheia que a Associação Náutica Montijense (ANAU) celebrou o seu oitavo aniversário, no dia 11 de novembro. A festa começou com um momento musical pelo grupo de percussão ANAU a Rufar, seguindo-se a inauguração oficial das instalações da Escola de Vela pelo presidente da Direção da ANAU, Luís Vaz Anjos, pelo presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e pelo comandante da Capitania do Porto de Lisboa, Coelho Gil. No evento foram, ainda, entregues os diplomas aos alunos da Escola de Vela que passaram da fase de iniciação para a categoria de aperfeiçoamento. A ANAU é uma associação sem fins lucrativos, que foi fundada a 11 de novembro de 2009. Entre outras atividades, tem em funcionamento uma Escola de Vela e o grupo de percussão ANAU a Rufar.

28.º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em A Risco do Montijo assinalou o 28.º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança com

um Concurso de Escrita Criativa, lançado junto das escolas secundárias e profissional do concelho. A concurso estiveram 16 trabalhos e a primeira classificada foi Tânia Crispim, do 12.º C da Escola Secundária Poeta Joaquim Serra, com o texto abaixo reproduzido. Esta é a história de uma criança igual a todas as outras. A filha de alguém. Poderia ser sua também. O seu nome? Eu não sei. Mas acreditem, alguém saberá. Se chegarem a sussurrar de noite, ela talvez vos dirá. Medo da escuridão tem, Algo que não será raro de se ver. Qualquer criança como ela, certamente o deverá ter. Sabem como os miúdos são, adultos eu já não sei, mas se o vento soprar, certamente os monstros vão culpar. E falando em monstros, Há vários a conhecer. Mas este uma criança não deveria saber. Chega à meia-noite, e sem ela se aperceber, o monstro debaixo da cama mais uma vez não se quer esconder. Medo já não tem, Não precisa ter. Afinal o monstro só a vem ver. “Outra vez?” pergunta, como quem já perguntou mil vezes a mesma questão. O monstro acena, erguendo-se, ficando maior.. Comecemos então. Nunca gostou do monstro, Embora ele lhe seja familiar. Aparece todos os dias, quando ela tenta finalmente se ir deitar. Os seus dentes faziam-na lembrar as facas que ela estava proibida de usar. - “Mata-me agora”- ousou pensar, afiados como eram não existia forma de falhar. A pouca luz que entrava na sua janela, apenas do luar, ajudava-a a ver qual monstro a vinha cumprimentar.

Tamanha era a sua estatura, que estava dobrado para não bater no teto. Os dentes tão grandes que não pareciam caber-lhe na boca. Antigamente, tinha medo deles, doque podiam fazer. Agora apenas teme as longas unhas Que fazem parte das suas mãos. Teme-as desde que o monstro se encontra debaixo da cama e apenas conseguia ver as unhas a arranhar o chão. Na palma das mãos, tinha também, um par de olhos vermelhos, que a viam bem. Para terminar a descrição, grandes chifres, capazes de a perfurar, era mesmo uma pena, ele não parecer os querer usar. Contudo, o que nós queremos mesmo saber foi o que o monstro disse após aparecer. - “Vais contar?” Uma pergunta simples, de sim ou não. Mas como podemos saber a verdade sem conhecer o resto da questão? - “Não” – é tudo o que responde. E como acontece todas as noites, volta a enviar o monstro para a escuridão. Contudo, não se deixem enganar, que a história está longe de acabar. Podemos, por fim, ouvir uma porta a abrir Quem por fim decidiu vir? O cheiro a colónia barata pairava no ar, juntamente com algo mais, que eu não vou mencionar. Que tal adivinhar? Por mais que pensasse, Não se conseguia lembrar, do momento em que o deixou entrar. Aquelas mãos na escuridão, Tão diferentes, que continuavam a tocar. Mas monstro que era monstro, não a fazia querer chorar. E tudo o que lhe ensinaram tinha sido mentira, por mais que tentasse enrolar-se nos lençóis ela não desaparecia.

Na escuridão, uma voz sussurra ofegante, - “Não posso viver sem ti, eu morreria” e se pudesse ela diria: - “isso era tudo o que eu queria” Com corpo pequeno, cheiro a mel, não se lembra do que fez. Esta visita não podia ser apenas uma vez? Agora oiçam, caros leitores, Que este conto podia acabar em horrores. Mas como é um conto, não o irei fazer, pois isso não vão querer. Chega a meia-noite do dia a seguir. Como tantas outras estão por vir. A criança sempre diz não e o monstro volta para a escuridão. Este conto está quase a acabar, afinal uma só criança não consegue tudo aguentar. Com tanta dor no coração a pequena criança já não consegue dizer não. Quando o monstro se levantar, é um sim que ela irá sussurrar. Entendam, meninos, é a única alternativa, afinal a sua mãe acha que é tudo mentira. Perguntará uma vez sobre o monstro. - “Não digas disparates, Tu sabes muito bem…” - “Eu sei, eu sei” e finge também. Olhos que estão sempre à espreita na escuridão. Olhos que veem mas de quem são? Chega à meia-noite. O monstro ergue-se da escuridão, e ela ouve sempre a mesma questão. - “Vais contar?” - “Sim” - diz, como se não tivesse nada a temer, mas o seu coração para de bater. Ouvimos uma porta a abrir, quem será que decidiu vir? O monstro que a faz chorar, hoje este vai encontrar. Uma grande boca abre-se E grandes dentes brilham à luz da lua. O que acontece ouve-se por toda a rua. Um grande rugido faz o teto tremer e os dentes pontiagudos é tudo o que ela consegue ver. O som parece o de um animal a sofrer, como se ele já não conseguisse mais viver.

Pensa em correr Porque não tem para onde ir, e também porque a mãe decidiu não a querer ouvir. E é isso que faz, sem pensar mais, com o monstro que vem logo atrás. Chega à casa de uma vizinha e grita a pobre menina. Quem a vai ajudar se não a sua família? Mas para sua surpresa, a porta abre-se, revelando uma senhora mais velha que a mãe - “Precisas de ajuda, minha querida? Já é tarde.” De mão dada com o monstro a menina diz que sim. Tem algo para contar que esconde há já muito tempo. E quem iria adivinhar, Que a família, que a devia ajudar, é quem a acaba por prejudicar ainda mais? E esta é a história de uma menina que dois monstros encontrou, mas apenas com um ficou. Da próxima vez que uma criança falar sobre o monstro na escuridão, peço apenas que a escutem com muita atenção. Não aquele que vive debaixo da sua cama, esse é familiar, mas aquele que vem no silêncio da noite e a faz querer chorar.

Tânia Crispim

De acordo com diversos artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que se complementam entre si, posso inclusive salientar alguns: ● Artigo 19º no qual o Estado garante tomar “todas as medidas legislativas, administrativas, sociais e educativas adequadas à protecção da criança contra todas as formas de violência física ou mental, dano ou sevícia, abandono ou tratamento negligente…” ● Artigo 34º no qual o Estado “compromete-se a proteger a criança contra todas as formas de exploração e de violência sexuais”. ● Artigo 39º no qual o Estado toma “medidas adequadas para promover a recuperação física e psicológica e a reinserção social da criança vítima de qualquer forma de negligência, exploração ou sevícias, de tortura ou qualquer outra pena ou tratamento cruéis, desumanos ou degradantes ou de conflito armado”. Embora tenha colocado uma criança de sexo feminino no meu conto, quero deixar desde já claro que não são apenas crianças desse gênero que sofrem. Qualquer criança, de qualquer raça, etnia, gênero… poderá ser vítima de abuso sexual, ou de qualquer tipo de abuso! O nosso trabalho, como adultos de uma sociedade civilizada, deverá ser protegê-los contra este tipo de abuso que deixa marcas durante quase toda a vida.


dezembro

2017 I SÉRIE

20 CTJA

DansasAparte apresenta Quero ser Exposição

Saskia Moro Memória entre Céu e Água O talento, a visão e o trabalho de Saskia Moro são os protagonistas da Galeria Municipal do Montijo. Até 6 de janeiro de 2018, esta artista plástica luso-espanhola apresenta ao público a exposição “Memória entre Céu e Água: pinturas, aguarelas e outros objetos”. Imagens do mar e da luz, com grande suavidade, que nos transportam para Zona Ribeirinha do Montijo, para ver na Galeria Municipal, nesta exposição realizada em parceria com a Galeria Valbom. Especializada em gravura, Saskia Moro nasceu em Londres em 1967 e formou-se na Universidade Complutense de Madrid. Bolseira da prestigiada Fundação Pilar e Joan Miró, tem realizado mostras individuais de pintura, gravura e outros objetos, sempre sob o signo do tempo e das suas metáforas: a água e o silêncio. Horário: 2.ª a sábado|9h00-12h30 e 14h00-17h30

Exposição

Brinquedos Antigos em Madeira

Até 6 de janeiro, na sede do Ateneu Popular do Montijo está patente uma Mostra de Brinquedos Antigos em Madeira, que é parte integrante do 1.º Ciclo de Exposições dedicadas ao Brinquedo que esta coletividade vai levar a efeito até julho de 2018. Este ciclo de exposições irá contar, ainda, com mais duas mostras: Brinquedos em Folha do Pós-Guerra (3 de março a 7 de abril de 2018) e Brinquedos Antigos em Plástico (26 de maio a 9 de julho de 2018) Faça uma visita à sede do Ateneu para esta viagem ao mundo dos brinquedos!

O projeto DansasAparte - Companhia de Dança Inclusiva, promovido pela Cercima - Movimento DansasAparte apresenta o espetáculo Quero ser no dia 20 de janeiro de 2018, pelas 21h00, no Cinema Teatro Joaquim d’Almeida. Quero ser… quero ser muito, quero mais… Sempre mais, mais além, outro lugar. Tocar, sentir… Até ao infinito… e um pouco mais, numa alquimia agridoce. Quero ser apenas…

O DansasAparte - Companhia de Dança Inclusiva pretende divulgar a dança inclusiva na comunidade como um meio privilegiado para fomentar o desenvolvimento da pessoa com deficiência, promovendo a inclusão social e aprendizagens, potenciando a autonomia pessoal e social, através da partilha de experiências e conhecimentos entre bailarinos com e sem deficiência.

Natal com Arte

Presépios regressam à Casa Mora Uma das mais típicas tradições do Natal está em destaque no Museu Municipal Casa Mora e no Posto de Turismo: a mostra A Arte dos Presépios espera a sua visita até 6 de janeiro. A nona edição desta exposição conta com uma participação muito variada de artesãos oriundos de diversas regiões do país.

Com cerca de 500 peças de diferentes formas, tamanhos, cores e materiais, colecionadores ou apreciadores de presépios, certamente que encontram nesta exposição o presépio que tanto procuram. A mostra A Arte dos Presépios pode ser visitada de 3.ª feira a sábado, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. A entrada é livre.


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