Montijo Hoje I N F O R M A Ç Ã O
26 DEZEMBRO
2018 II SÉRIE
M U N I C I P A L
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Efeméride
Montijo inaugura monumento de homenagem aos combatentes 5 Entre Nós
Capa Praça da República Natal 2018|Montijo
Sandrina Francisco 9 Impostos
Benefício fiscal aos munícipes de 1 milhão e 700 mil euros 13 Destaque Ficha Técnica Periodicidade
Montijo celebra Natal com Arte 16
Bimestral Propriedade
Especial
Câmara Municipal do Montijo
Comércio na Baixa 17-24
Diretor Nuno Ribeiro Canta, Presidente da Câmara Municipal do Montijo Edição Gabinete de Comunicação e Relações Públicas Colaboração Rui M. Neves Impressão Sogapal
Associativismo
Aniversário da Sociedade Filarmónica 1 de Dezembro 28
Comércio e Indústria de Artes Gráficas, S.A. Depósito Legal 376806/14 Tiragem 12 000 ISSN 2183-2870 Distribuição Gratuita
Obras
Modernização do edifício dos Paços do Concelho 31
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e d i t o r i a l
Balanço de um ano de gestão
A
época de final de ano é propícia à reflexão sobre as nossas ações e sobre os projetos concretizados, numa lógica de avaliação daquilo que foi feito, mas também de projeção do futuro e dos novos desafios que se avizinham. Nas últimas eleições autárquicas, os montijenses fizeram a sua escolha e optaram por confiar, mais uma vez, no Partido Socialista e no seu projeto e visão para o Montijo. Um ano volvido após a tomada de posse, é nossa convicção que estamos a cumprir os compromissos assumidos com os montijenses, através do exercício de um bom governo do Montijo, assente em três eixos de orientação: proximidade, rigor e responsabilidade. Cada vez mais, a democracia deve ser um exercício de responsabilidade, onde os cidadãos pedem contas aos políticos daquilo que prometeram e daquilo que conseguiram fazer, num diálogo democrático entre eleitos e eleitores que contribuiu para a valorização da política, para a intervenção cívica e para a qualidade e transparência da democracia.
Aprofundámos as nossas políticas de solidariedade, de combate à exclusão social, de apoio às crianças, aos seniores e públicos mais vulneráveis, quer através da nossa Rede Social, quer por meio dos nossos projetos de envelhecimento ativo como as Academias Seniores e a Universidade Sénior do Montijo. Na área ambiental, encontra-se em construção a ETAR de Canha e respetivo sistema elevatório, num investimento da Simarsul de mais de 1,2 milhões de euros; reforçámos as infraestruturas de saneamento básico e de abastecimento de água com a remodelação de condutas de drenagem pluvial, com a renovação de redes de saneamento e a ampliação da rede de abastecimento na Estrada Municipal 502 na Atalaia. Mais uma vez, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento foram distinguidos com o Selo de Qualidade Exemplar de Água para consumo humano, atribuído pela ERSAR- Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos.
Esta é uma medida de futuro, de longo alcance na promoção do direito à mobilidade, que tem impacto direto na vida dos cidadãos e que revela uma nova visão supramunicipal na área dos transportes. Como é visível neste breve resumo, estamos empenhados e comprometidos em preparar a nossa cidade, o nosso concelho para os desafios futuros, sempre numa perspetiva de parceria com todos os eleitos locais, os trabalhadores municipais, o movimento associativo e a sociedade civil. Juntos trabalhamos para um Montijo melhor, mais justo, com mais coesão territorial, mais desenvolvido e solidário. Nesta época festiva, onde o espírito do Natal mantém em evidência os valores da igualdade, da fraternidade e da união, desejo a todos os montijenses um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.
Neste primeiro ano de mandato, prosseguimos a linha de governação que nos tem permitido uma gestão pública municipal marcada pela realização de obras estruturantes para o concelho e pela redução da dívida municipal, que nos permite manter a nossa capacidade de investimento.
Na consciência que a gestão pública municipal é um trabalho em equipa, aumentámos o apoio às nossas instituições locais nos seus diversos domínios de ação; reforçámos o dispositivo de proteção civil com a aquisição de novos equipamentos e veículos para os bombeiros do Montijo e de Canha; estreitámos os laços com o movimento associativo, fortalecendo o apoio às atividades culturais e desportivas protagonizadas pelas nossas associações e clubes.
Fizemos tudo isto colocando sempre em primeiro lugar os nossos concidadãos e a sua qualidade de vida, assumindo a manutenção de uma trajetória de redução de impostos, num benefício fiscal aos munícipes e empresas do concelho que é superior a 1 milhão e 700 mil euros.
Porque defendemos uma gestão em proximidade, aumentámos a descentralização de competências para as juntas de freguesia do concelho, através de novos acordos de delegação que materializam a transferência de mais meios humanos, materiais e financeiros.
Um ano volvido após a tomada
Estamos, assim, no caminho para continuar a ser uma referência na gestão municipal no distrito de Setúbal. Aliás, não é por acaso que, o Município do Montijo foi o melhor classificado no ranking distrital do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses referente ao ano de 2017, editado pela Ordem dos Contabilistas Certificados. Na classificação dos municípios do distrito de Setúbal (independentemente da sua dimensão), Montijo é o município com maior eficiência financeira.
assumidos com os montijenses,
Continuámos a nossa aposta na Escola Pública, com o programa de requalificação do parque escolar, a reabilitação da Escola Básica Luís de Camões, as obras na Escola Básica da Liberdade, na Escola Básica de Santo Isidro de Pegões e várias outras intervenções em diversas escolas do concelho. Inaugurámos, ainda, o Laboratório de Aprendizagem do Montijo, numa aposta na modernização do ensino. O investimento no espaço público e no património municipal foi outra aposta deste executivo ao longo do último ano: procedemos a inúmeras repavimentações nos diversos bairros da cidade; prosseguimos o plano de pavimentações de estradas rurais como a Estrada dos Guerreiros, em Canha; recuperámos edifícios para o património municipal como o edifício da Pluricoop no Areias; executámos obras de manutenção no património público edificado como o Moinho de Vento do Esteval e a Ermida de Nosso Senhor dos Aflitos. Quisemos demonstrar reconhecimento pelos nossos melhores e erigimos o Monumento de Homenagem aos Combatentes da I Grande Guerra.
Na construção de um Montijo de oportunidades, sustentável, competitivo e solidário, demos igualmente um passo de enorme relevância política, mas sobretudo de enorme impacto na vida diária dos nossos cidadãos: pela primeira vez, o Orçamento Municipal contempla uma verba destinada aos transportes públicos. No próximo ano, a câmara irá investir mais de 800 mil euros na nova empresa de Transportes Metropolitanos de Lisboa, valor que servirá para sustentar a criação de um passe rodoviário único no valor mensal de 40 euros, entre outras questões.
Nuno Canta Presidente da Câmara
de posse, é nossa convicção que estamos a cumprir os compromissos através do exercício de um bom governo do Montijo, assente em três eixos de orientação: proximidade, rigor e responsabilidade.
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PROTEÇÃO CIVIL
Ministro da Educação esteve no exercício A Terra Treme A
Escola Secundária Jorge Peixinho foi o palco escolhido pelo Governo para mostrar ao país a importância do exercício nacional A Terra Treme. No dia 5 de novembro, alunos, professores e pessoal não docente colocaram em prática os gestos essenciais em caso de sismo, sob o olhar atento do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues. Ao responsável ministerial pela pasta da Educação, juntou-se o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, o secretário de Estado da Educação, João Costa, o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, e diversos responsáveis da Autoridade Nacional de Proteção Civil. As notas dominantes dos discursos oficiais foram a relevância da prevenção e o papel da Escola Pública no dispositivo de proteção civil. O exercício teve início às 11h05 com a comunidade educativa da Escola Secundária Jorge Peixinho a colocar em prática os três gestos essenciais em caso de sismo: baixar, proteger e aguardar. Após a evacuação das salas, a comunidade educativa reuniu-se no pátio exterior da escola onde teve lu-
gar uma atuação de alunos do Conservatório Regional de Artes do Montijo e uma demonstração cinotécnica pela PSP e GNR. O evento contou, ainda, com uma exposição de meios dos diversos agentes de proteção civil.
A Terra Treme foi promovida pela Autoridade Nacional de Proteção Civil com o objetivo de chamar a atenção para o risco sísmico e para a importância de comportamentos simples que os cidadãos devem adotar e que podem salvar vidas.
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
Plano Metropolitano apresentado no Montijo N
o âmbito do seu Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas (PMACC), a Área Metropolitana de Lisboa (AML) promoveu um workshop de divulgação e recolha de contributos para o referido documento, no dia 23 de novembro, na Galeria Municipal do Montijo. Numa parceria com o Município do Montijo, o evento foi realizado no pressuposto que o envolvimento de todos é decisivo para o enriquecimento e concretização a prazo de uma política de desenvolvimento territorial, cada vez mais, sustentável para todos os municípios da Área Metropolitana de Lisboa. Esta ideia de participação e envolvimento de toda a comunidade foi reforçada nos discursos de abertura do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e do primeiro secretário Metropolitano da AML, Carlos Humberto de Carvalho. Até julho de 2019, a AML tem em curso o
PMACC, procurando conhecer, de forma mais aprofundada, o fenómeno das alterações climáticas a nível local e metropolitano, identificando as opções e medidas necessárias para a adaptação das infraestruturas, dos equipamentos, dos métodos e práticas, das entidades públicas e privadas e das populações aos cenários futuros de alterações e de fenómenos climáticos extremos. Neste momento, a primeira fase do PMAAC encontra-se concluída, existindo já um cenário base de adaptação estabilizado a partir de uma contextualização climática dos últimos 40 anos e de uma cenarização de evolução do clima da região até 2100, complementadas com um enquadramento socioecónomico prospetivo, uma avaliação do ambiente institucional realizada sobre a temática da adaptação e uma análise da perceção de risco sobre as alterações climáticas em resultado da auscultação da população e dos técnicos municipais.
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Efeméride
Montijo inaugura Monumento de Homenagem aos Combatentes A
Câmara Municipal do Montijo inaugurou o Monumento de Homenagem aos Combatentes da 1.ª Guerra Mundial, no passado dia 24 de novembro, numa cerimónia que contou com mais de uma centena de pessoas e foi presidida pela secretária de Estado da Defesa Nacional, Ana Santos Pinto. O monumento, localizado na Praça 5 de Outubro, foi inaugurado no âmbito das comemorações do centenário do Armistício, tendo sido abençoado pelo Padre João Rosa, da Paróquia do Divino Espírito Santo. Para além de Ana Santos Pinto, a cerimónia contou com as intervenções oficiais do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e do presidente da Liga dos Combatentes, tenente-general Chito Rodrigues.
“Este é um tributo que se reveste de grande significado e gratidão para com aqueles que sacrificaram a sua vida em nome de uma causa maior. Homenageamos hoje, em particular, os combatentes da I Guerra, mas mais que uma época, um regime e uma batalha homenageamos todos aqueles que serviram e servem o país ao serviço das Forças Armadas”, afirmou a governante. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, enalteceu igualmente a importância das Forças Armadas: “hoje, mais que nunca, celebramos as nossas Forças Armadas. Os combatentes de há 100 anos merecem o nosso reconhecimento e homenagem, tal como aqueles que realizam hoje missões militares. Sem respeito e prestígio pelos militares não há democracia e paz”.
Com este monumento, o Montijo juntou-se a um total de “102 lugares no país e no estrangeiro onde se distinguiram aqueles que caíram há um século ao serviço do país no centro da Europa e no sul da África”, referiu o tenente-general Chito Rodrigues, elogiando, ainda, o contributo da autarquia no apoio e reconhecimento aos antigos combatentes, salientando a nova sede e os dois monumentos existentes na cidade. Para além da inauguração do monumento, a cerimónia contou, ainda com a distinção pelo Núcleo do Montijo da Liga dos Combatentes a três combatentes montijenses: o soldado Custódio Braço Forte, o 2.º sargento Raimundo Viegas e o major Luís Baptista, que receberam um Medalhão Comemorativo do Centenário da I Guerra Mundial.
SARILHOS GRANDES
Memorial em honra dos soldados portugueses N
o dia 10 de novembro, a Freguesia de Sarilhos Grandes inaugurou um memorial de homenagem aos soldados que combateram por Portugal. No ano em que se comemora o centenário da Batalha de La Lys, quisemos “cumprir um dever de consciência patriótica, prestando homenagem a todos os combatentes portugueses, exaltando e preservando a sua memória para sempre”, referiu o presidente da Junta de Freguesia de Sarilhos Grandes, Fernando Raimundo Machado. Na cerimónia, também, esteve o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, que considerou o momento “como um testemunho e o reconhecimento merecido aos combatentes e às Forças Armadas portuguesas”. Por recomendação da Assembleia de Freguesia, a Junta de Freguesia de Sarilhos Grandes ergueu, frente ao cemitério, um monumento de homenagem a todos os sarilhenses que combateram pela Pátria.
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Estórias com História
A Primeira Guerra Mundial Rui M. Neves Bibliotecário, docente da Universidade Sénior do Montijo 1. A guerra que mudou o destino da Europa e do Mundo. Quase todos os países que participaram no conflito calcularam que este iria ser breve. No entanto durou mais de quatro anos (uma eternidade…) e deixou oito milhões de mortos, em que um terço foram civis. 2. “A Primavera e o Verão de 1914 estiveram marcados na Europa por uma tranquilidade excepcional”, recordou mais tarde Winston Churchill, alimentando essa ideia nostálgica de uma estabilidade europeia num tempo em que coexistiam a Alemanha imperial de Guilherme II e a Inglaterra de Eduardo VII, em contraponto com os bons velhos tempos e o período de grandes convulsões políticas e sociais inaugurado pelo rebentamento da Primeira Guerra Mundial em Agosto de 1914. É o tempo do “sonambulismo” na diplomacia europeia, isto é, os líderes políticos e diplomatas foram incapazes de parar as engrenagens de uma guerra que se anunciava sanguinária . 3. Quando começou essa guerra, a Europa estava dominada por vastos impérios, governados (com a excepção da França, onde o regime político existente era uma república surgida na sequência da derrota na guerra franco-prussiana de 1870)
por monarquias hereditárias. A nobreza exercia todavia um marcante poder económico e político. Na Grã-Bretanha, França ou Alemanha, referindo apenas aquelas consideradas as mais poderosas, uma oligarquia de ricos e poderosos, das melhores famílias, de nobres e burgueses relacionados mediante casamentos e conselhos de administração de empresa e bancos, mantinha o seu poder social através do acesso à educação e às instituições culturais. 4. Muitos cidadãos europeus tinham restringidas a liberdade para falar o seu idioma ou praticar a sua religião e sofriam discriminação por género, por etnia ou classe a que pertenciam. As mulheres não votavam, com a excepção das finlandesas onde desde 1906 lhes foi concedido o voto e ocasionalmente era-lhes permitido possuir propriedades ou estabelecer negócios. Em 1914, a democracia e a existência de uma cultura popular cívica, de respeito pela lei e defesa dos direitos civis, eram uma raridade, apenas presente nalguns países como a França e a Grã-Bretanha e ausentes na maior parte da Europa. 5. Foi esse mundo que começou a desmoronar-se quando a Áustria declarou guerra à Sérvia em 28 de julho de 1914, no seguimento do assassi-
nato em Serajevo (Bósnia) do herdeiro do trono, o Arquiduque Francisco Fernando. A partir daí as tensões e rivalidades entre os diferentes estados converteram-se numa guerra generalizada, num primeiro momento europeia (com teatro de operações tanto no continente europeu como, por exemplo em África, com a participação de Portugal no sul de Angola e no norte de Moçambique , e mais tarde em 1917 nos campos de batalha da Flandres) e, posteriormente com a entrada, em 6 de Outubro de 1917, dos Estados Unidos, num conflito mundial. 6. Essas tensões remontavam à formação das alianças político-militares, conhecidas como Tríplice Aliança e Tríplice Entente. Esta última foi formada em 1904, recebendo o nome formal de Entente Cordiale, abarcava a França, Inglaterra e Rússia. À Tríplice Aliança associaram-se a Alemanha e o Império Austro-Húngaro e a Itália. Era o tempo da “paz armada” e o emergir do nacionalismo no espaço político europeu. 7. A iniciativa da guerra partiu da Alemanha a qual após a unificação em 1871, sob a liderança de Bismarck, realizou uma rápida modernização da sua economia, com destaque para a indústria química e óptica e para o ensino superior, estan-
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do na altura na 2ª posição no que diz respeito ao produto interno bruto atrás dos Estados Unidos e à frente da Grã-Bretanha. Com Guilherme II iniciou-se uma política expansionista com o objectivo de se tornar uma potência hegemónica a nível mundial. 8. Até à data, a Europa conseguiu incluir a ascensão alemã na ordem internacional tanto na questão marroquina (1905 e 1911) como na Bósnia (1908-09). Mas o militarismo alemão era um facto e a iniciativa da guerra partiu da Alemanha que executou o “Plano von Schlieiffen”, criado em 1905. O dito plano assentava na possibilidade que os alemães vencessem uma guerra na Europa através do lançamento de um pesado ataque contra a França, assumindo um carácter de movimento com deslocamento de tropas e o lançamento de ataques rápidos e fulminantes. 9. Nos primeiros anos da guerra, a Alemanha tentou empregar esta táctica, mas não tinha os efectivos suficientes para abafar a reacção das diferentes frentes de ataque que enfrentou: os britânicos e franceses realizavam as suas ofensivas a oeste; os italianos actuavam pela região sul; e os russos na fronteira leste. Com este violento cerco, a partir de 1916 a guerra assumiu a característica de posição, ou seja, os beligerantes procuravam preservar as regiões ocupadas por meio do estabelecimento de posições estratégicas. O conflito entrou num período de estagnação e ficou conhecido como “guerra de trincheiras”. 10. No fundo pensavam nos moldes anteriores com confrontos militares curtos e incisivos de cariz localizado que levariam à realização de uma conferência internacional que sancionaria os resultados das acções militares. Assim para os alemães a guerra seria “radiante e prazeirosa”, para os russos antevia-se um conflito resolvido entre dois a seis meses e para os britânicos as expectativas apontavam para que as tropas estivessem de regresso a casa pelo Natal. 11. A guerra, no entanto, durou quatro anos e quatro meses e o entusiasmo que no início mostraram grande parte das populações dos países beligerantes, mesmo as classes trabalhadoras, desvaneceu-se logo de imediato, nomeadamente na Europa central e de leste. A fome e a escassez de matérias primas levaram a numerosos conflitos nos diferentes países com destaque para a situação na Rússia que resultou na Revolução Bolchevique e no derrube do regime czarista em 1917. Perante a incapacidade de resistir na frente oriental, a Rússia acabou por assinar a paz em Março de 1918.
12. Com o rebentar da Primeira Guerra Mundial, o destino da Europa começou a decidir-se pela força das armas. Foi um conflito de uma escala sem precedentes com uma elevada intensidade dos combates mediante a utilização de armamento pesado (tanques, artilharia), armamento mais ligeiro e assaz mortífero como a metralhadora e, por fim, o recurso aos bombardeamentos aéreos e a combates navais implacáveis utilizando os submarinos. Simultaneamente verificou-se o papel decisivo das operações de logística com destaque para a utilização dos caminhos de ferro e da motorização militar. Desde 1915 que se verificaram ataques, executados por britânicos e alemães com bombas lançadas do ar, concorrendo para as atrocidades cometidas sobre a população civil, aliados a políticas de deportação a leste pela Rússia e de genocídio de 800.000 arménios pelas forças armadas otomanas (turcas) entre 1915 e 1916.
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tência, o novo papel das mulheres na sociedade, o nascimento da comunicação de massas, mas também as raízes do autoritarismo e totalitarismo que levaram à Segunda Guerra Mundial e de conflitos não resolvidos nos dias de hoje como a situação no Médio Oriente. 16. E, foi precisamente, no sombrio e chuvoso dia 11 de Novembro de 2018 que em Paris se celebrou o centenário da assinatura e entrada em vigor do Armistício. Nesse dia o Presidente francês Emmanuel Macron lembrou o acordar do nacionalismo o qual polariza as sociedades europeias e põe em risco as liberdades. Alertou que o mesmo nacionalismo se alimenta da crise económica e das desigualdades e que a recusa do multilateralismo, enfraquecem as Nações Unidas e a União Europeia.
13. A Primeira Guerra Mundial tem inscrita no seu desenrolar como principais batalhas Ypres, Verdun, Somme, Marne, Galipoli, Jutlândia e no caso português, a Batalha de La Lys. No entanto será sempre reconhecida como a guerra das trincheiras em virtude das extensas batalhas que foram travadas desse modo. O horror vivido nas trincheiras trouxe uma conotação apocalíptica para aqueles que a viveram como os celebrados autores Ernst Junger, J.R.R. Tolkien e Erich Maria Remarque, Jaime Cortesão e, também de inúmeros outros combatentes que ousaram escrever, em cartas e diários as suas experiências e que chegaram até nós. Os soldados entrincheirados sofriam, impotentes, bombardeamentos e lançamento de gases venenosos (gás mostarda) acrescentando também a humidade e o frio que acabavam por trazer doenças. 14. Em 8 de Janeiro de 1918 o Presidente norte americano Woodrow Wilson apresenta os “Catorze Pontos” para a criação da Sociedade das Nações como garantia da paz, para pôr fim ao conflito. A resposta francesa e britânica é a rendição total e reparação económica das chamadas potências centrais (Alemanha e Áustria). O Imperador Guilherme II abdica em 9 de Novembro e dois dias mais tarde, é assinado em Compiégne, num vagão restaurante, o Armistício que entrou em vigor nesse dia às onze horas. Mais tarde em 1919, naquilo que se chamou a Paz de Paris, foram celebrados os diferentes tratados que selaram o final do conflito entre as diversas potências beligerantes. 15. Sobre os escombros da Grande Guerra nasceu um novo mundo onde se destaca o início do declínio da hegemonia europeia com o colapso dos impérios, o emergir de novos países, o evidenciar dos Estados Unidos como grande po-
Signatários do Armistício de 11 de novembro de 1918
17. Por sua vez a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou, num tom grave e sério, no âmbito do Forum da Paz, realizado em paralelo com as referidas comemorações que estavam a desaparecer os europeus que viveram a tragédia da Segunda Guerra Mundial (tal como apenas nos resta a documentação relativa ao período 1914-1918) e que só agora é que iríamos saber se tínhamos aprendido as “lições da História”. Será?
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BD
Patrícia Costa premiada no Festival da Amadora
EDUCAÇÃO
Agrupamento de Escolas do Montijo distingue mérito A
Cerimónia de Entrega de Diplomas aos Alunos do Quadro de Excelência e Quadro de Valor do Agrupamento de Escolas do Montijo decorreu no passado dia 21 de novembro, no Cinema-Teatro Joaquim d’ Almeida (CTJA). Mais uma vez, no palco do CTJA foram distinguidos os alunos que se destacaram no ano letivo de 2017/2018. Foram entregues diplomas do quadro de valor a alunos das diversas escolas do agrupamento. Relativamente ao quadro de excelência, foram premiados alunos do 4.º ano das escolas básicas Ary dos Santos, Luís de Camões, Joaquim
de Almeida, Liberdade e Caneira, assim como alunos do 5.º ao 9.º ano da Escola Básica D. Pedro Varela. A cerimónia, organizada pelo Agrupamento de Escolas do Montijo e pelas associações de pais e encarregados de educação, contou com a presença do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, que, mais uma vez, enalteceu o papel fundamental da Escola Pública na construção da nossa comunidade. A abrilhantar o evento estiveram os grupos Anau a Rufar, Dansasaparte da Cercima, ContraTempo da Escola Sinfonias & Eventos e Fado Lelé.
JUVENTUDE
A tua ideia, a nossa imagem Pelo segundo ano consecutivo, o Gabinete da Juventude encontra-se a promover o Concurso Linha Gráfica Semana da Juventude - A tua ideia, a nossa imagem, com o objetivo de criar um cartaz de divulgação da Semana da Juventude. O trabalho vencedor será utilizado em todos os materiais de divulgação referentes ao evento. O concurso
está aberto à participação de jovens com idades compreendidas entre os 16 e os 30 anos (inclusive), residentes no concelho do Montijo. O vencedor receberá um prémio no valor de 200 euros. Mais informações, inscrições ou consulta do regulamento em www.mun-montijo.pt ou através do email juventude@mun-montijo.pt.
Patrícia Costa, do Montijo, foi a vencedora do escalão A+ do Concurso Nacional de Banda Desenhada do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora 2018, com o trabalho “Uma Viagem”. Residente no Montijo desde 2012, licenciada em Arquitetura, esta foi a sua estreia em competições de banda desenhada, depois de um primeiro contacto com esta arte através do Curso de Iniciação à Arte Sequencial, promovido pela Câmara Municipal do Montijo. Para além de Patrícia Costa, também Shania Santos, António Coelho e Mário André, todos eles alunos dos Cursos de BD promovidos pela câmara, foram selecionados pelo júri para a exposição que integrou o Festival da Amadora. Salienta-se que o Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora é o evento mais consagrado do género em Portugal e um dos mais conceituados a nível internacional, contando com a participação de diversos autores nacionais e estrangeiros. Entre maio e julho do presente ano, a Câmara Municipal do Montijo realizou duas edições do Curso de Iniciação à Arte Sequencial, que foram ministradas pela ilustradora Susana Resende, também ela do Montijo. Ambas as edições foram de frequência gratuita e contaram com a participação de cerca de 30 formandos, com idades compreendidas entre os 15 e os 65 anos.
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Entre Nós ENTREVISTA | SANDRINA FRANCISCO
Elogio de Mulher
S
andrina Francisco, residente no Montijo, é proprietária da Fashion Studio. Empresária de sucesso, apresentadora de televisão e ex-modelo. No mundo da moda move-se como peixe na água, mas desiluda-se quem pensa que é apenas uma cara bonita, de sorriso cativante que se veste de forma elegante. Também o é, mas não só. Sandrina é uma mulher de M grande, a quem lhe assenta bem todos os elogios. Empreendedora, aposta na formação, astuta, estima quem consigo trabalha, preza a amizade e não suporta a deslealdade. Para alcançar os seus sonhos vive sob dois lemas: aproveitar cada dia e não fazer aos outros o que não gostaria que fizessem consigo. Filha de emigrantes, nasceu há 42 anos, em França. Em criança não sonhava com roupas ou passerelles e até era meio maria-rapaz. “Jogava à bola na escola, muito curiosa e o que gostava mais era de ler, devorava livros”, confessa. Em casa, conta, falava-se português com sotaque das beiras: “os meus pais falavam em português, eu e o meu irmão (mais novo) respondíamos em francês, percebíamos bem, mas falávamos pouco, só vínhamos a Portugal nas férias, para Leiria, terra dos meus pais”. Aos 16 anos, em 1991, a sua vida sofre uma reviravolta: “um dia os meus pais chegaram a casa e disseram-nos que, em agosto, vínhamos para Leiria e não regressávamos. Sempre achei que era uma brincadeira”. O impensável, aconteceu. “Sofri um choque enorme. Toda a minha vida era em França onde tinha a minha casa, os meus amigos e a minha escola. Vir para cá significava quebrar tudo isso e começar de novo, num país onde nem dominava a língua. Só acreditei quando vi as malas todas no carro. Quando chegámos o meu pai queimou as malas. Tive a certeza que não voltava”. Frequenta o ensino secundário em Leiria e, pese embora, o gosto pela arquitetura, acaba por seguir letras, licenciando-se, posteriormente, em Relações Internacionais, no Instituto de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa. É aqui que tem o primeiro contacto com uma agência de modelos, explica: “ganhei o concurso Miss Caloira, aos 18 anos, e entrei no mundo da moda por brincadeira.” Finalizado o curso, volta a Leiria e a moda começa a ocupar grande parte da sua vida. “Fiz muitos desfiles, produções fotográficas até que em 2001, com um grupo de amigos, criámos a Fashion Studio Agency. A empresária tirou ainda uma pós-graduação em Consultoria de Imagem, outra em Coolhunting, Pesquisa de tendências, entre outros estudos, que lhe conferem um currículo académico longo e sempre em
aberto. “Tempos a tempos tiro mais uma formação, porque podemos aprender sempre mais”. O dia-a-dia de Sandrina Francisco é ocupadao com inúmeras tarefas, mas garante não estar sozinha. “Tenho uma equipa por trás que torna tudo possível. A agência tem cerca de 120 agenciados. Formamos maquilhadores e stylists. Temos uma equipa de maquilhadores a trabalhar como os canais SporTV, BolaTv e MilleniummTv. Realizamos produção de styling para videoclips, revistas, ajudamos empresas, marcas e temos, ainda, a produtora de televisão, a cargo do meu marido, que, entre outros afazeres, tem a produção dos programas da Maria João Seixas, na RTP2”. “Um dia nunca é igual ao outro. Adoro o que faço. Para mim trabalho não é obrigatoriedade”, garante Sandrina Francisco, cujos olhos exprimem orgulho quando fala do que faz e de quem a acompanha. “Tenho a sorte de trabalhar com amigos que me acompanham há décadas e vestem a camisola tanto como eu. Somos todos freelancers e criativos, não temos horários fixos, trabalhamos por objetivos. Para além disso, cada um desenvolve o seu próprio projeto individual fora da empresa. Para mim isso é excelente, significa que trabalhamos com prazer e isso faz toda a diferença”. Paralelamente à empresa, Sandrina Francisco foi desenvolvendo outros projetos, nomeadamente, em televisão. Fez parte da equipa do programa Vibrações, apresentado na SIC. Mais tarde apresenta, a sós, na RTP Internacional, o programa Casa Portuguesa. “Era um talk show, visitávamos as terras e tínhamos convidados onde abordávamos inúmeras temáticas. Foi também aqui que conheci o meu marido, que era, na altura, cameraman, estamos juntos há 14 anos”. Entre 2007 e 2015 foi também a cara do programa Moda Portugal que ficou seis temporadas no ar na RTP Internacional: “foi o programa da minha vida, onde dei a conhecer muitos dos nomes dos designers que estão agora na ribalta”. Trocar Leiria por Lisboa foi mais um “começar
de novo” na vida de Sandrina, uma vez que estar perto da capital servia os interesses do recente casal. “Não conhecia ninguém em Lisboa. Mais uma vez tive que me habituar. Procurei casa perto de Lisboa porque não queria estar no meio da confusão da capital. Apaixonei-me pela Margem Sul”. Ao Montijo, terra ribeirinha que a acolheu, não poupa elogios :“vivo por opção, por gosto. É calmo. Ainda tem aquele toque de aldeia em que
conhecemos os vizinhos. No nosso prédio, todos nos damos muito bem. Quando passo a ponte o trabalho fica lá atrás, aqui, temos qualidade de vida. Montijo é um pequeno paraíso”. As luzes da ribalta não lhe retiraram a modéstia e simpatia. Não corre atrás de marcas, gosta de peças clássicas e intemporais. No seu tempo livre gosta de viajar, cozinhar, receber amigos e ir ao cinema. Quer tornar a Fashion Studio uma referência em formação e para o futuro gostava de uma reéntre no pequeno ecrã. Sandrina não se preocupa em envelhecer. Para se estar bem, garante, é preciso pouco: “saúde, sonhos e viver apaixonada”.
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DESPORTO
BTT de Canha junta 700 atletas E
ste ano até o sol brilhou para os 700 atletas que participaram na Maratona de BTT 2018, no passado dia 2 de dezembro, numa prova atípica do ponto de vista climático em Canha.
Pedro Rita, da equipa Escala Visual, foi o vencedor da maratona de 60 quilómetros com um tempo inferior a duas horas. No raid de 35 quilómetros, a vitória sorriu a Davide Marques, da Nutrimania. Na geral feminina da prova mais longa, ganhou Liliana Jesus, do Clube BTT Seia, e no raid a vitória foi para Carla Vieira, do Grupo Carpa.
ASSOCIATIVISMO
Um percurso bem marcado, não muito difícil, com pouco relevo, mas mais pesado e com mais single tracks do que o habitual, o que obrigou a um maior esforço dos atletas. A descida ao quilómetro número 13 preocupava a organização pela velocidade previsível, mas foi superada com êxito encaminhando os atletas para o ponto alto da maratona: a passagem a vau da ribeira de Canha, que deu origem a várias quedas na água, com muitos atletas a
optarem por carregar a bicicleta e passar a pé. Todo o percurso decorreu nas zonas florestais de Canha, os atletas elogiaram a seleção dos trilhos e as marcações, assim como todo o acompanhamento da organização. O evento terminou onde começou, no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Canha, com o tradicional almoço de porco assado no espeto. Foi um dia alto para o BTT, a data para o próximo ano ficou marcada: 1 dezembro 2019.
ANAU festeja 9.º aniversário A
ANAU - Associação Náutica Montijense comemorou o seu 9.º aniversário no dia 11 de novembro, com a inauguração de mais um espaço na sua sede social, uma Sala Multiusos para convívio dos sócios, mas também para a realização de workshops e outros eventos relacionados com a náutica. Luís Vaz Anjos, presidente da direção da ANAU, agradeceu a todos aqueles que contribuíram para a obra da Sala Multiusos, referindo que é um local “aberto especialmente aos sócios, mas também para outros eventos de formação ligados à náutica”. Como objetivos futuros, o dirigente realçou a “continuidade do projeto na área da vela, com novas apostas e a possibilidade de federar alguns atletas”. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, não faltou ao aniversário e expressou o seu “respeito por todos aqueles, como vós, que participam no movimento associativo, desde logo porque têm levantado a voz na defesa da cultura, da história, da memória e do património montijense”.
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COMEMORAÇÕES
Dia Internacional da Cidade Educadora M
ontijo voltou a demonstrar os motivos porque integra a Rede Territorial Portuguesa de Cidades Educadoras, com a celebração do Dia Internacional da Cidade Educadora, no passado dia 30 de novembro. A abertura oficial, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, contou com a interpretação da Canção do Dia das Cidades Educadoras, pelo grupo Tempos e Contratempos da Universidade Sénior do Montijo, por um grupo de alunos da Escola Básica da Caneira e pelo Grupo Coral do Montijo. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, enalteceu os compromissos do município enquanto cidade educadora, sublinhando que o “Montijo precisa do contributo de todos para que tenhamos uma cidade com mais acesso a este bem fundamental da democracia que é o conhecimento e a educação”. Durante todo o dia, decorreram inúmeras atividades promovidas por estabelecimentos de ensino, associações de pais e encarregados de educação, instituições particulares de solidariedade social e outras entidades.
A autarquia estendeu as comemorações durante uma quinzena. De 26 de novembro a 7 de dezembro, os alunos das diversas escolas do concelho tiveram o seu dispor o Creactivity Bus, na Praça da República, atividades no Laboratório de Aprendizagem do Montijo e visitas a várias empresas do concelho. Em julho de 2017, o Município do Montijo aderiu à Associação Internacional de Cidades Educadoras (AICE), passando a integrar a Rede Territorial Portuguesa de Cidades Educadoras (RTCE). O conceito e conteúdo de Cidade Educadora surgiu em Barcelona, em novembro de 1990, quando 70 municípios do Mundo o assumiram, assinando a Carta das Cidades Educadoras e partindo do pressuposto de que todas as cidades dispõem de inúmeras possibilidades educadoras e podem oferecer importantes elementos para uma formação integral dos seus habitantes. Atualmente, mais de 480 cidades de 36 países de todos os continentes fazem parte da AICE. Por seu lado, a RTCE acolhe 70 municípios do continente e regiões autónomas.
EDUCAÇÃO
EPM entrega diplomas A
Escola Profissional do Montijo realizou no dia 23 de novembro a cerimónia de entrega de diplomas aos jovens que concluíram os cursos no ano letivo 2017/2018. A mesa de abertura contou com as intervenções de João Martins, presidente do Conselho Diretivo da Escola Profissional, Andrei Balcan, ex-formando, Gonçalo Rico, da Link
Consulting – Tecnologias de Informação, S.A. e de Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo. O evento contou, também, com a atuação do Grupo de Teatro Sem Limites da Universidade Sénior do Montijo e um apontamento musical de Eliss Marron, ex-formanda da Escola Profissional do Montijo.
Câmara realiza obras nos edifícios escolares No âmbito do seu plano de reabilitação, melhoria e manutenção dos diversos estabelecimentos de ensino do concelho, a Câmara Municipal do Montijo tem realizado um conjunto de intervenções no parque escolar. Através de uma empreitada de trabalhos diversos no valor de 80 mil euros, estão a decorrer os arranjos exteriores da EB Alto Estanqueiro, nomeadamente a pavimentação de espaços que se encontravam em terra batida e a colocação de uma zona com piso de borracha. Serão, ainda, instalados dois toldos. A intervenção faz parte do plano de requalificação dos recreios escolares que vai ser executado nos estabelecimentos de ensino durante o próximo ano. Também na EB Areias estão em curso as obras de arranjos exteriores, assim como a remodelação das instalações elétricas. NA EB Santo Isidro foi executada uma empreitada, no valor de 27 mil euros, de substituição das coberturas nas escolas parabólicas em funcionamento no Colonato de Santo Isidro de Pegões. As obras compreenderam a reparação e impermeabilização de coberturas e pinturas exteriores. Por sua vez, na EB/JI Liberdade prosseguem os trabalhos nas paredes exteriores dos dois edifícios, numa obra que tem um valor superior a 81 mil euros.
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FINANÇAS PÚBLICAS
Câmara com orçamento de 32 milhões de euros e reforço no investimento o próximo ano, o Orçamento da Câmara MuN nicipal do Montijo é superior em mais de 5 milhões e 800 mil euros face ao orçamento inicial
de 2018, atingindo o montante global de 32 109 087,00 euros. Os documentos previsionais para 2019 foram aprovados na reunião de câmara de 24 de outubro, com os votos a favor do PS, as abstenções da CDU e o voto contra do PSD. O Orçamento Municipal prevê um aumento significativo nas despesas de capital, que se fixam em 6 021 867,95 euros (face aos 3 628 883,92 euros do orçamento previsional de 2018), e se traduzem num conjunto de investimentos estratégicos nas diversas áreas de intervenção municipal. Entre os investimentos previstos está a comparticipação municipal superior a 800 mil euros na nova Empresa de Transportes Metropolitanos, a ampliação da Escola Básica da Liberdade, a reabilitação da Escola Básica Joaquim de Almeida e ampliação do refeitório, a adaptação das instalações do jardim de infância da Atalaia para o espaço Trilhos da Ciência, a construção da ciclovia no Canal da Refer, a requalificação das Piscinas Municipais e as construções da Casa da Música Jorge Peixinho e do Jardim do Pocinho das Nascentes. As despesas de capital pretendem, ainda, assegurar a continuidade das obras de reabilitação do edifício dos Paços do Concelho, a realização de
obras de conservação em habitações sociais, o prosseguimento do plano de pavimentações nas diversas freguesias do concelho, o apoio ao movimento associativo e às festas populares, o desenvolvimento das políticas sociais e de solidariedade, o apoio aos bombeiros voluntários do concelho, assim como reforçar as parcerias na área da saúde, como é exemplo a instalação de um consultório dentário no Centro de Saúde do Afonsoeiro. Na sua intervenção de apresentação dos documentos previsionais para 2019, o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, afirmou que “este é um orçamento que procura cumprir os compromissos assumidos com os montijenses. Um orçamento que assenta na consciência que queremos continuar o bom governo do Montijo com proximidade, rigor e responsabilidade”. “Um bom governo que assenta na preocupação de realizar obra estruturante para o concelho; na redução da dívida municipal, de modo a não limitar a capacidade de investimento; na devolução de impostos aos montijenses, para sermos mais atrativos para residir e investir; na promoção da reabilitação urbana; um governo que fomenta a cultura com as forças vivas e o movimento associativo e assegura o financiamento dos serviços básicos, da escola pública e da rede social”, acrescentou o presidente Nuno Canta.
SMAS MONTIJO
Selo de qualidade
Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento do Montijo foram, mais uma vez, distinguidos com o Selo de Qualidade Exemplar da Água para Consumo Humano, atribuído pela ERSAR- Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. A iniciativa, integrada nos objetivos estatutários da ERSAR, visa identificar, distinguir e divulgar casos portugueses de referência relativos à prestação dos serviços de abastecimento público de água, saneamento de águas residuais urbanas e gestão de resíduos urbanos, avaliada nos termos dos vários ciclos de regulação da ERSAR. Com o selo atribuído aos SMAS Montijo, a ERSAR evidencia as entidades prestadoras de serviços de abastecimento público de água que, no último ano de avaliação regulatória, tenham assegurado uma qualidade exemplar da água para consumo humano. Os selos de qualidade são promovidos pela ERSAR em parceria com o Jornal Água&Ambiente.
SMAS MONTIJO
Orçamento superior a seis mil euros
O
s documentos previsionais para 2019 dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento do Montijo (SMAS Montijo) foram aprovados na reunião da Câmara Municipal do Montijo de 24 de outubro, com os votos a favor do PS e os votos contra da CDU e do PSD. O Orçamento para 2019 tem um montante global de 6 042 135,00 euros, um aumento de 135 mil 150 euros face aos documentos previsionais de
2018. É objetivo principal dos SMAS Montijo continuar a garantir com qualidade o serviço público de abastecimento de água, de drenagem e encaminhamento eficiente de águas residuais urbanas. As despesas de capital vão ser de 410 mil euros (no orçamento inicial de 2018 eram de 288 500 euros) e vão financiar os investimentos previstos para 2019, nomeadamente o reforço e criação de
redundâncias ao abastecimento de água através da nova conduta adutora do Furo da Santa aos reservatórios R2 e R3 da Atalaia, bem como a remodelação dos edifícios associados e reforço da potência elétrica. Prevê-se ainda o investimento na recuperação do reservatório R1, na Rua da Aldeia Velha no Montijo, e a remodelação e preservação das infraestruturas existentes na rede de saneamento.
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IMPOSTOS
Benefício fiscal aos munícipes de 1 milhão e 700 mil euros Câmara Municipal do Montijo fixou as taxas A de impostos municipais (IMI, IRS e Derrama) para o ano de 2019. No total, as propostas aprovadas, em reunião de câmara de 24 de outubro, representam um benefício fiscal aos munícipes e empresas do concelho superior a 1 milhão e 700 mil euros. Com os votos a favor do PS, a abstenção do PSD e os votos contra da CDU, foi estabelecida a participação municipal variável no IRS em 4 por cento. Mais uma vez, o município opta pela não aplicação da taxa máxima de 5 por cento, o que se traduz
numa devolução deste imposto aos munícipes na ordem dos 501 457,00 euros. Relativamente ao IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis a cobrar em 2019 foi mantida a taxa de 0,40 por cento, com a proposta a contar com os votos a favor do PS, a abstenção do PSD e os votos contra da CDU. Isto implica uma restituição de 1121 057,81 euros aos munícipes, a que acresce mais um benefício global de 144 280,00 euros às famílias com filhos, pois a proposta aprovada inclui a redução da taxa de IMI para os agregados familiares com
dependentes, de acordo com a legislação em vigor. No lançamento da Derrama, o executivo municipal decidiu a aplicação de uma taxa de 1,5 por cento sobre o lucro tributável às empresas com um volume de negócios superior a 150 mil euros e a isenção de Derrama às empresas com um volume de negócios igual ou inferior ao referido valor. Esta isenção de Derrama representa uma devolução na ordem dos 88 mil euros. A proposta mereceu a aprovação do PS e da CDU e a abstenção do vereador do PSD.
Autarquia distinguida pela oitava vez Pelo oitavo ano consecutivo, a Câmara Municipal do Montijo voltou a ser distinguida como Autarquia + Familiarmente Responsável. Este reconhecimento resulta de um inquérito realizado pelo Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis a nível nacional. Em 2018, em 130 concorrentes, foram distinguidas 70 autarquias recebendo a Câmara Municipal do Montijo a distinção pela oitava vez. Desde 2012 a autarquia tem-se destacado com a obtenção da bandeira como símbolo de compromisso das melhores práticas adotadas. Os resultados obtidos, registados por uma entidade externa, têm como missão a defesa dos interesses legítimos das famílias.
EDUCAÇÃO
Tomada de posse do Conselho Municipal Laboratório de Aprendizagem do Montijo, O no Centro Cívico do Esteval, foi o palco da tomada de posse dos membros do Conselho Municipal de Educação, no dia 8 de novembro. Este órgão consultivo para as políticas educativas municipais é composto por 22 conselheiros, provenientes da comunidade educativa e de parceiros sociais interessados nesta área. Após a tomada de posse, teve lugar a primeira reunião dirigida pela vereadora do pelouro da Educação, Maria Clara Silva, que afirmou a sua convicção que o trabalho em conjunto é essencial para conseguir melhores soluções para a educação no concelho, realçando igualmente as alterações
legislativas que poderão advir da nova descentralização de competências do governo central para o poder local e que se podem traduzir num aumento de responsabilidade do Conselho Municipal de Educação na execução das políticas educativas municipais. Da ordem de trabalhos da primeira reunião deste órgão constou a revisão do Regimento do CMEM, a constituição de grupos de trabalho e designação dos respetivos coordenadores e relatores, o Orçamento Participativo das Escolas, o sistema de antecipação de necessidades de qualificações (atualização do aprofundamento regional) e as comemorações do Dia Internacional da Cidade Educadora.
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PATRIMÓNIO
Retábulo da Capela de N.ª Sr.ª do Rosário
N
o Ano Europeu do Património Cultural fechamos o ciclo de divulgação do património material e imaterial que constitui a nossa herança e identidade, em particular no que concerne ao património edificado, com o retábulo da Capela de N.ª Sr. ª do Rosário, da Igreja de N.ª Sr.ª da Oliveira, localizada na Freguesia de Canha. Vem esta escolha a propósito da época de Natal e da celebração do nascimento de Jesus, pois encontramos nesta capela - instituída em 1589, pelo Padre António Gonçalves para seu sepulcro - um retábulo maneirista, peça ímpar e surpreendente*. Entre os séculos XVII e XVIII, a referida capela esteve sob gestão da Confraria de Nossa Senhora dos Homens Casados de Canha, sem que estes lhe tivessem alterado os valores artísticos. Trata-se de um retábulo composto por quatro registos tripartidos perfeitamente delimitados. Em baixo, três predelas apresentam uma pintura posterior à idealização da capela, em brutesco. Sobrepujando este registo, surge o primeiro nível de pintura, hoje adulterado pela falta da tábua do lado esquerdo. Ao centro, a imagem de Nossa Senhora inscrita num nicho com pintura de finais do século XVII, contemporânea das predelas. Do lado direito, uma tábua com a Adoração dos Pastores. (…) O terceiro registo do retábulo compõe-se de três pinturas sobre tábua, a Adoração dos Reis Magos, a Visitação e Santiago Maior. Por último, coroando o conjunto, encontramos, ao centro, uma tábua ovalada figurando Nossa Senhora do Rosário, inscrita num portal cujas cortinas laterais são abertas por anjos esculpidos e policromados, numa linguagem que haveria de ter grande sucesso na produção barroca portuguesa de finais do século XVII*. A Igreja de N.ª Sr.ª da Oliveira é uma construção do século XIII, com posteriores remodelações. O edifício existente possui poucos vestígios da estrutura original. A igreja que atualmente se observa é uma edificação do século XVII. * in Património Artístico-Cultural do Montijo - II. Edições Colibri/CMM, 2012
Adoração dos Pastores. Capela de N.ª Sr.ª do Rosário, Canha.
NECRÓPOLE SARILHOS GRANDES
Investigação revela dados inéditos e prossegue em 2019 Os resultados da investigação sobre a necrópole de Sarilhos Grandes foram apresentados no dia 27 de outubro, na Galeria Municipal do Montijo, numa conferência onde a equipa de investigadores e a Câmara Municipal do Montijo revelaram a intenção de dar continuidade à investigação durante o ano de 2019. Na conferência “Sarilhos Grandes na Expansão Portuguesa”, a equipa de investigadores, liderada por Paula Pereira, explicou e evidenciou alguns dos dados obtidos, entre os quais a presença de restos alimentares que revelam amido de batata, num período onde ainda não era conhecida, até agora, a introdução deste alimento em Portugal. Outros dados de grande relevo histórico estão relacionados com a presença do fungo Candida albicans e do parasita Trichostrongylus, que foram identificados pela primeira vez em Portugal nos indivíduos exumados em Sarilhos Grandes. Paula Pereira salientou, ainda, que estão a ser desenvolvidos os procedimentos necessários para dar continuidade à investigação durante o próximo ano, através da exumação da sepultura de Rui Cotrim de Castanheda, capitão
da 2.ª armada de Vasco da Gama à Índia. Os investigadores e a câmara municipal pretendem, assim, recolher dados que validem os resultados já obtidos, criar um campo/escola de arqueologia, envolvendo a comunidade, e perceber melhor o papel dos sarilhenses e dos habitantes de Aldeia Galega do Ribatejo (hoje Montijo) na Expansão Portuguesa. Em 2008, no decurso de uma intervenção da SIMARSUL, foi realizada uma escavação arqueológica de salvaguarda no Largo da Igreja de Sarilhos Grandes que incidiu sobre a necrópole (cemitério) da Igreja de São Jorge e Ermida de Nossa Senhora da Piedade. Foram exumados 21 esqueletos e, desde então, tem sido realizada investigação bio arqueológica para analisar os vestígios recuperados. Para além da conferência de divulgação dos resultados, na Galeria Municipal está patente a exposição “Sarilhos Grandes Entre Dois Mundos: o Oriente e o Ocidente”, que centra atenção nas informações obtidas pela investigação e na participação direita de sarilhenses e montijenses na Expansão Portuguesa.
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EXPOSIÇÃO
Odes: corte e pintura sobre livros A
té 5 de janeiro, a Galeria Municipal do Montijo propõe uma viagem pela música através da arte, com a exposição “Odes: corte e pintura sobre livros” de Arlindo Abreu, numa parceria com a Galeria Valbom. Nesta exposição, Arlindo Abreu explora individualmente os seus processos e técnicas de corte sobre papel e livros antigos de música, numa construção e aglomerado arquitetónico em três dimensões, resultando em obras cheias de movimento e profundidade. Foi por culpa de uma arca cheia de velhos livros de música que nasceu o artista Arlindo Abreu. Hoje, os seus trabalhos refletem uma desconstrução e reconstrução dos elementos essenciais das obras musicais, numa tentativa de descodificação da linguagem. Arlindo Abreu nasceu em 1974, na Madeira. É professor de Educação Musical, estudou Ciências Musicais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e na Universidade de Salamanca. Iniciou a sua atividade nas artes plásticas em 2006, tem participado em exposições individuais e coletivas. Galeria Municipal | Entrada Livre Horário 2.ª feira a sábado | 9h00-12h30 e 14h00-17h30
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DESTAQUE
Montijo celebra o Natal com Arte A
té 6 de janeiro de 2019, o Natal com Arte traz de novo ao Montijo um conjunto de atividades culturais e de entretenimento para festejar em família o espírito de Natal. Desde ateliers, workshops, espetáculos infantis, concertos, dança, animação de rua, Mercado de Natal, modelagem de balões e pinturas faciais, exposição de presépios, são muitas as iniciativas de entrada livre a decorrer durante o período natalício.
Mercado de Natal Praça da República Até 23 dezembro 6.ª feiras, sábados e domingos | 10h00-22h00 Encerramento dia 23 de dezembro às 19h00 Casinha do Pai Natal Praça da República 15, 16, 22 dezembro | 10h0022h00 10 a 14 e 17 a 21 dezembro | 10h00-13h00 e 14h00-17h00 Encerramento dia 23 de dezembro às 19h00
V Gala da Academia de Artes da Sociedade Filarmónica 1.º Dezembro Cinema-Teatro Joaquim d’ Almeida 15 dezembro | 21h00
22 dezembro Batucando | 10h00 Teatro Sem Limites: o Pai Natal chega à cidade | 10h30 Atelier Natal é tempo de… vem brincar com as palavras | 11h00 Passagem de Ano DJ Pedro R e Xutos à Nossa Maneira Modelagem de balões e pintura faciais | 11h30 Praça da República Conto teatralizado: O Natal das Fogo de Artifício Três Princesas | 15h00 Frente Ribeirinha Acoustic Mess da Escola de 31 dezembro Artes Sinfonias & Eventos | 16h00 Concerto de Reis Orquestra United Dance Crew da Escola Sinfónica do Conservatório de Artes Sinfonias & Eventos | Regional de Artes do Montijo 16h15 Cinema-Teatro Joaquim d’ Almeida 23 dezembro 6 janeiro 2019 | 17h00 Concerto Infantil: Mãe Natal Cantora | 10h30 Programação Infantil Grupo ContraTempo da Escola de Praça da República Artes Sinfonias & Eventos | 15h15 15 dezembro Orquestra de Concertinas Batucando | 10h00 da Escola de Artes Sinfonias & Hora do Conto: Uma história de Eventos | 15h30 Natal | 10h30 Atelier Natal é tempo de… vem Uma Igreja, Um Concerto brincar com as palavras | 11h00 Grupo Coral do Montijo 16 dezembro 15 dezembro Anau a Rufar | 10h00 Igreja N.ª Sr.ª de Fátima, Pegões | Workshop: A Magia do Natal | 15h00 10h00 às 12h00 Espetáculo “O Mágico Palhaço” Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, Montijo | 21h30 15h00
Coro Polifónico da Sociedade Filarmónica 1.º Dezembro 16 dezembro Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, Montijo | 16h00 Coros e Orquestra de Sopros do Conservatório Regional de Artes do Montijo 17 dezembro Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, Montijo | 21h00 Duo Lírico Carlos Guilherme, Teresa Tapadas e Pedro Almeida 22 dezembro Igreja de São Jorge, Sarilhos Grandes | 15h00 Cantar o Natal Maria João Sousa, Diogo Oliveira e Yan Mikirtunov 30 dezembro Igreja N.ª Sr.ª da Atalaia | 16h30 Programação da Comissão da Baixa Praça da República 15 dezembro | 15h00-17h00 Workshops: Arte Floral de Natal, por Florista Verde e Côr Benefícios do Chá, por Ervanária Essencia Nature Peças Chave da Estação, por Veludo Moda Feminina Cosmética e Cabelos Tendências e Novidades, por Fambeauté 16 dezembro | 12h00 e 16h30 Sugestões de moda infantil e fim de ano, por Loja Bambil Segurança e Eficiência Energética, por Arasil.
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Especial
Comércio na Baixa N
este mês marcado pelas festividades de Natal, dedicamos atenção ao centro da cidade e ao comércio de proximidade que encontramos nas nossas ruas e que se caracteriza por uma oferta diferenciadora e de qualidade. Apresentamos um conjunto de sete entrevistas, que procuram ser uma amostra da heterogeneidade do comércio tradicional, que está de portas abertas para receber com simpatia e profissionalismo todos aqueles que queiram reviver memórias de outros tempos, provar produtos de qualidade e, até, descobrir negócios inovadores. Neste especial sobre o Comércio na Baixa há lugar para a tradição da Pastelaria Mimosa, para o melhor bitoque da cidade no snack-bar Coppélia, para a exclusividade da loja BStyles, para a cozinha de autor do Café Havanesa, para o comerciante mais antigo da Baixa na Mercearia Portugália e para uma viagem à terra dos brinquedos na Rosa Kids Store. Finalizamos com a entrevista à Comissão da Baixa do Montijo, responsável nos últimos anos pela nova dinâmica que apresenta o comércio tradicional. Conheça algumas das histórias, rostos e sorrisos do Comércio da Baixa e descubra que, aqui, ao lado da sua porta, há tradição, qualidade, exclusividade, inovação e criatividade!
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Especial COMÉRCIO
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NA BAIXA
CAFÉ HAVANESA
“Tento contar histórias com a minha comida” A
li escondem-se aromas, texturas e sabores do Mundo, numa viagem onde o paladar é convidado a descobrir a criatividade de uma cozinha que é – corremos o risco de afirmar – registo único no panorama da restauração da cidade do Montijo. Ali, na cozinha do restaurante Café Havanesa, está a Chef Florbela Teixeira que, em pequena cozinhava as cascas de batata e obrigava o vizinho a comer, depois optou pela Arquitetura e, em 2014, terminou no quadro de honra o Curso de Gestão e Produção de Cozinha da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. A oportunidade de reabrir o Café Havanesa surgiu por insistência da proprietária do espaço, a família incentivou e no dia 4 de fevereiro de 2016 abriu portas: “pensei durante muito tempo se o faria. No dia 3 de fevereiro desse ano, decidi que no dia a seguir ia abrir. E assim foi, sem praticamente nada. O meu primeiro cliente veio de propósito da Covilhã, um amigo que se meteu no comboio e às 12h30 estava à porta com uma garrafa de espumante”.
De então para cá, a aceitação “das pessoas tem sido boa e já vamos fazer três anos em fevereiro. A maior parte dos clientes é de fora do Montijo. Tenho clientes fixos, que vêm três, quatro vezes por mês, de Alcochete e Lisboa”, explica a Chef Florbela, clientes que regressam e recomendam o Café Havanesa. Não é por acaso que é o restaurante do Montijo melhor classificado no Tripadvisor. Certamente, o leitor já estará a perguntar: então a comida?! A comida é uma experiência gustativa por “influências diversas, de coisas que vivi e outras que gostava de viver, de viagens que fiz ou que ouvi falar. Tento contar histórias com a minha comida. Por exemplo nunca fui a Marrocos, mas adoro comida marroquina e aproveito aquilo que o meu cunhado, que acompanha a minha irmã nos ralis (n.r. Florbela é irmã da piloto Elisabete Jacinto), conta sobre a comida, os sabores de Marrocos e tento utilizar isso nos meus pratos”, exemplifica. Não gosta da designação de restaurante gourmet, aposta em misturas de sabores e texturas
e faz questão de primar pela apresentação dos pratos: “não tenho uma vista panorâmica, nem uma decoração de luxo, uso produtos de qualidade, mas não são gourmet e, por isso, a apresentação cuidada e original dos pratos é uma forma de agradar e divertir os clientes”. Admite que a restauração é um negócio difícil, “sem o glamour que as pessoas pensam, mas compensa pelo prazer que dá. Pretendo melhorar o espaço do restaurante e continuar a fazer a comida que gosto”. Da pastille de frango ao arroz negro com camarões, passando pelas diversas tagines, mais que uma experiência gastronómica, a Chef Florbela Teixeira proporciona uma viagem ao Mundo, sem sair do Montijo. Restaurante Café Havanesa Rua Miguel Pais, n.º 6
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rosa kids store
Viagem à terra dos brinquedos É
uma das presenças mais recentes no comércio tradicional da Baixa do Montijo. A Rosa Kids Store está na Rua Manuel Neves Nunes de Almeida e leva miúdos e graúdos a uma viagem à terra dos brinquedos. Rosa Almeida é a proprietária de um espaço idealizado por si para ir ao encontro de quem procura brinquedos diferentes, criativos e ecológicos: “sempre gostei muito do mundo da criança, tenho duas filhas e sempre procurei brinquedos diferentes que estimulassem a criatividade delas”, afirma. O sonho de abrir uma loja de brinquedos tornou-se realidade em abril de 2017, primeiro em Alcochete onde permaneceu um ano, e posteriormente no Montijo: “o intuito inicial era abrir no Montijo, na minha terra. Quando vi esta loja desocupada pareceu-me boa ideia e abri aqui em abril deste ano”. Na Rosa Kids Store encontra brinquedos em madeira, em cartão, sem pilhas, “brinquedos do antigamente, da nossa infância, 100 por
“A experiência está a ser fabulosa e é para continuar no Montijo, assim as pessoas também nos descubram.” cento ecológicos, feitos com material biodegradável, que é outra mensagem importante que quero passar”, explica Rosa Almeida. “Tento ter um conceito diferente daquele que as pessoas encontram nas grandes superfícies e, por isso, também optei pelo comércio tradicional. Tenho um pouquinho de tudo o que é necessário para as crianças, desde o brinquedo, a acessórios e utensílios para a refeição”, acrescenta. Para além das vendas no espaço físico, a Rosa Kids Store está nas plataformas sociais Facebook e Instagram, através das quais vende para o país inteiro, incluindo Madeira e Açores. Neste ano e meio de negócio, Rosa Almeida apenas lamenta que “as pessoas não venham descobrir mais os produtos de qualidade que existem no comércio tradicional”, mas não baixa os braços aos desafios futuros: “a experiência está a ser fabulosa e é para continuar no Montijo, assim as pessoas também nos descubram porque gostava que isto fosse um espaço que aconselhasse os pais sobre os brinquedos adequados à idade e à aprendizagem da criança”, conclui.
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Especial COMÉRCIO
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NA BAIXA
BSTYLES
Exclusividade e simpatia são imagem de marca N
a loja BStyles e na sua proprietária, Elisabete Rama, encontra alguns dos fatores distintivos do comércio tradicional. Uma loja acolhedora que prima pela qualidade, exclusividade, atenção e simpatia no atendimento. De sorriso aberto e afável, a vida de Elisabete Rama cruzou-se com o Montijo há quase 20 anos: “sou de Lisboa, mas sempre tive muitos amigos no Montijo. No ano de 2000 passei por aqui, vi a loja para trespasse e decidi abrir o negócio”, que começou por ser um franchising da marca BDesign, que “vendia sobretudo acessórios, depois a BDesign começou a entrar em declínio e das 45 lojas que eles tinham, em todo o país, fui a última a fechar. Mudei a marca para BStyles e passei a vender também roupa”, explica. Chegou a ter loja aberta na Forum Montijo, mas as despesas de funcionamento e um volume de vendas superior na loja do centro da cidade fez com que ficasse apenas com o espaço na Praça da República. Após uma quebra na fase da
crise, Elisabete verifica que as vendas voltaram a ganhar vitalidade nos últimos dois, três anos: “nota-se uma melhoria. Já o Natal passado foi bom e este parece que vai ser ainda melhor”. Às clientes habituais, juntam-se novas clientes trazidas pelas redes sociais e que vêm de Alcochete, Moita, Pinhal Novo e até de Lisboa. A renitência inicial na presença no Facebook transformou-se numa ótima forma de angariar mais clientes: “vendo muito online, tem feito muita diferença no negócio”, realça. Na BStyles encontra roupa de senhora de marcas portuguesas, espanholas e gregas, que primam pela qualidade, detalhe e “exclusividade. As pessoas sabem que aqui têm roupa diferente das lojas dos centros comerciais. O Montijo, também, é um meio pequeno e as clientes gostam de ter peças únicas, que mais ninguém use igual”. Diz “gostar de fazer bem feito” e, por isso, mesmo revela um sentido estético apurado e uma sensibilidade particular para os pequenos pormenores que podem fazer a diferença no co-
mércio tradicional: “dá-me muito trabalho, mas tento fazer montras apelativas para despertar a curiosidade nas pessoas. Vendo muito pela montra”. O negócio está para continuar, até porque “gosto do Montijo e, também, faço muito pela terra. Participo nos eventos que são promovidos e trago muita gente cá, porque em lugar de almoçar com as pessoas em Lisboa, são elas que vêm ter comigo ao Montijo”. Tal como outros comerciantes, Elisabete Rama tem notado uma procura crescente por parte de pessoas que querem abrir os seus pequenos negócios no centro da cidade, uma situação que vê com bons olhos porque “quanto mais melhor. Nem todos pensam assim, mas no meu entender abrirem mais lojas no centro da cidade é bom sinal para todos”, conclui. Seja nesta época de Natal ou em qualquer outra altura do ano, na BStyles encontra a atenção, a simpatia e a qualidade que só são possíveis no comércio tradicional.
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PASTELARIA MIMOSA
Uma tradição no Montijo O
s 45 anos de atividade conferem-lhe o epíteto de ser uma das referências maiores – senão a principal – do comércio tradicional da Baixa. A Pastelaria Mimosa é um símbolo do Montijo, local de memória para montijenses e de visita obrigatória para quem não resiste a acompanhar um café com aquele que é, seguramente, um dos melhores pastéis de nata do país. A história da Pastelaria Mimosa remonta aos anos 50 do século passado. Em 1973, a firma Cristino, Cabral & Ramos, Lda, propriedade de António Cristino, Alípio José Cabral e Idálio Ramos, realiza o averbamento do estabelecimento. Hoje, 45 anos depois, o Sr. Ramos da Mimosa, como é conhecido, continua à frente do negócio, juntamente com o filho, Vitor Ramos. Naturalmente que, ao longo de quase cinco décadas, as mudanças no espaço físico e no funcionamento do negócio acompanharam a longevidade e o crescimento da Mimosa, sempre numa lógica de melhoria a pensar no cliente.
A última transformação aconteceu em 2015, “alterámos o balcão em formato de U, porque já não se justificava e porque notámos que as pessoas procuravam mais as mesas, um lugar para estar numa pequena festa de anos, por exemplo”, esclarece Vitor Ramos.
“Somos procurados pela nossa qualidade e queremos que isso continue a ser o nosso fator distintivo. Tudo muda, mas a Mimosa continua a ser uma tradição no Montijo” Atualmente, a Pastelaria Mimosa, ainda, emprega 20 trabalhadores, sendo certo que se encontra numa fase de transição: “a partir de janeiro de 2019 vamos abdicar do serviço de mesa e fun-
cionar em modo pré-pagamento como é prática comum neste ramo de negócio. Estamos na expetativa de como irá funcionar, mas pensamos que vai correr tudo bem e que iremos servir melhor o cliente”, revela. O objetivo é adaptar o negócio aos novos tempos, caracterizados por mais concorrência e por uma quebra no número de clientes, “apesar de sermos uma casa de referência e não nos podermos queixar assim tanto, mas a Baixa cada vez tem menos procura”, afirma Vitor Ramos, salientando a necessidade de criar condições de maior atratividade para esta zona da cidade. Uma coisa é certa: o fio condutor da Pastelaria Mimosa vai continuar a ser a qualidade dos seus produtos e do seu atendimento: “45 anos depois continuamos cá, com a mesma gerência e a mesma vontade de servir bem os clientes. Somos procurados pela nossa qualidade e queremos que isso continue a ser o nosso fator distintivo. Tudo muda, mas a Mimosa continua a ser uma tradição no Montijo”.
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Especial COMÉRCIO
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NA BAIXA
coppélia
Sabores familiares e de qualidade S
abe onde está o melhor bitoque da cidade? E os queques mais saborosos? Nós sabemos e não somos os únicos! Estas duas especialidades do snack-bar Coppélia deixaram de ser segredo e, cada vez mais, montijenses e não só aproveitam para saborear uma refeição caseira e familiar, em plena Praça da República. As receitas, que tantas vezes já foram pedidas pelos próprios clientes, são da matriarca da família Rocha, a D. Henriqueta, que há três anos deixou ao leme os filhos Sandra e João: “há 34 anos, a mãe foi empregada do antigo proprietário. Quando ele fechou o negócio, surgiu a oportunidade da mãe ficar com o café. Vim com ela, isto há 27 anos, depois veio também o meu irmão mais velho e o João está cá há 20 anos”, explica Sandra Rocha. Um negócio de família, onde todos ajudam sempre que é necessário, na continuidade das pisadas e da dedicação da D. Henriqueta: “a mãe é a cara disto. Era uma paixão para ela e nós tentamos por em prática os seus ensinamentos”. Entre esses ensinamentos estão os segredos bem escondidos do bitoque, dos queques e das quei-
jadas de leite: “têm sido os nossos chamarizes”, afirma Sanda Rocha, revelando até que é verificável um aumento do número de clientes: “de há dois, três anos para cá o movimento cresceu e surgiram clientes novos, pessoas que nós não conhecemos daqui, que vêm de fora”. Os tempos áureos das “três fornadas por dia de queques” terminaram, mas “não podemos dizer que está mal. Não é o mesmo negócio de há 20 anos, quando o centro do Montijo tinha outro movimento. No inverno fica sempre mais fraco, mas graças a Deus temos sempre trabalho”. O ano passado remodelaram a decoração do café, para dar um “ar novo à casa, uma nova dinâmica”, e defendem a importância da abertura de novos espaços comerciais no centro: “quanto mais melhor. É bom para o Montijo, para nós e para todos os comerciantes”. Na cozinha, a preparar as tais refeições caseiras, está a Sandra. Ao balcão, com muito gosto no contacto com o público, está o João. Os dois irmãos deixam um convite final: “venham experimentar o nosso serviço e os nossos produtos, tudo feito de forma tradicional como em nossa casa”.
Tryp Market repete sucesso Foi no passado dia 2 de dezembro que o Tryp Market Montijo voltou a marcar pontos! As salas Tejo e Sado do Tryp Hotel Montijo uniramse para dar lugar a 25 expositores e ser palco de cinco desfiles de moda, cinco workshops e muita animação. O resultado foi medido no número de visitantes, que duplicou relativamente ao ano passado, e na energia de todos os intervenientes que ainda se reuniram para um jantar convívio, no restaurante do hotel e começaram a idealizar a edição do próximo ano. Um evento que já se tornou uma tradição para os montijenses que apreciam o melhor do Natal, no qual lojistas e empresários da nossa cidade se unem para proporcionar um dia repleto de alegria, companheirismo, classe e glamour a todos os seus clientes e visitantes. Esta segunda edição contou com a apresentação da Miss Joana Martins e com a animação musical do grupo Sinfonias e Tradições da Escola de Artes Sinfonias & Eventos. Organizado pela Comissão da Baixa do Montijo, o Tryp Market para além de aproximar clientes de lojistas, aproxima os próprios lojistas e permite reforçar o sentimento crescente de pertença e apoio mútuo entre o comércio tradicional da Baixa da cidade.
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MERCEARIA PORTUGÁLIA
Memórias de outros tempos J
oaquim Amaral é o decano dos comerciantes do centro da cidade do Montijo. Aos 87 anos, continua resiliente na sua Mercearia Portugália, com dupla entrada, no número 30 da Rua Afonso Palla e no número 4 da Avenida João de Deus. Este é um local de outros tempos, onde, ainda hoje, pode comprar produtos que, muito dificilmente, encontra nas grandes superfícies. Na Mercearia Portugália, perfeitamente alinhadas nas prateleiras, estão memórias de infância (de muitos nós) como a Farinha Perdileta ou a Farinha 33. Veio de São Pedro do Sul para a Atalaia, em 1946. Cinco anos depois, Joaquim Amaral começou a trabalhar no Gabriel do Carmo, um
espaço comercial de referência no Montijo e arredores, uma espécie de centro comercial da altura. A experiência adquirida e a vontade de ter um negócio próprio fizeram com que, “no dia 1 de janeiro de 1961 abrisse aqui a mercearia”, diz. Nesses tempos, o movimento de clientes era muito superior: “para nós, comerciantes, era muito melhor. Tínhamos os nossos clientes certos. Não tem comparação. À sexta-feira chegava a estar eu, a minha mulher e o meu cunhado aqui na loja que estava sempre cheia”. Aos clientes que se deslocavam à mercearia juntavam-se aqueles que moravam no campo e aos quais, o Sr. Joaquim, levava às compras da
semana. “Fazia uma volta no campo, na zona da Atalaia e do Passil. Passava por lá à 5.ª feira, eles faziam-me os pedidos e ao sábado ia entregar numa carrinha carregada de tudo”, conta, acrescentando que, hoje, ainda mantém um cliente ao qual leva o “avio a casa”. Afirma com convicção “nunca ter entrado num supermercado” e, apesar do negócio ser cada vez mais difícil, faz tenção de continuar de portas abertas: “não é como antigamente, mesmo as pessoas são diferentes, muito mais exigentes, mas tenho de fazer alguma coisa para estar ocupado”, conclui com a simpatia habitual com que continua a receber os seus clientes na Mercearia Portugália.
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Especial COMÉRCIO
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NA BAIXA
Comissão da Baixa do Montijo
Juntos pelo comércio tradicional A
ideia começou no final de 2016, materializou-se em 2017 e começa, agora, a revelar os primeiros resultados. A Comissão da Baixa do Montijo surgiu da iniciativa de um conjunto de lojistas que afirmam que a Baixa ConVida e querem colocar, cada vez mais, o comércio tradicional no coração de todos os montijenses. Os rostos principais deste projeto são Cristina Fuste e Tânia Melo, proprietárias da Loja Bambil e da Ervanária Essencia Nature, respetivamente, que retiram tempo da sua vida
pessoal e profissional para conseguir pôr em andamento as várias atividades da Comissão da Baixa do Montijo. As iniciativas têm sido muitas e diversificadas: das bandeiras que à porta das lojas promovem o comércio e os eventos no centro da cidade, ao calendário, à revista, às tshirts das “parigas” que fizeram sucesso no verão, ao site, à página de Facebook, passando pelos três eventos que já marcam o calendário: o peddy paper, o Tryp Market e o Style in Baixa. “Começámos por tentar criar um sentimento
de pertença, fizemos entrevistas aos comerciantes para a nossa página no Facebook, no aniversário dos comerciantes seniores fazíamos uma surpresa. Vamos participando nos eventos promovidos no centro da cidade, como o Carnaval, o Natal com Arte, entre outros. Infelizmente não há tempo para tudo”, afirmam. O objetivo é não só promover os estabelecimentos comerciais que fazem parte da Comissão da Baixa, como desenvolver um sentimento de proximidade entre os próprios lojistas: “o comércio local não pode dar uma imagem de afeto e simpatia, senão houver isso entre nós próprios e isso mudou muito desde que criámos a Comissão. Atualmente há mais companheirismo e proximidade. Devemos ser os primeiros clientes uns dos outros”. “Ainda há pessoas que não acreditam, mas a dinâmica da Comissão trouxe benefícios à Baixa”, dizem, exemplificando com a presença de novos clientes e a procura crescente para a abertura de novos negócios: “vê-se caras novas, clientes que moram cá há dois, três anos e não vinham ao centro da cidade e começaram a ouvir falar da comissão e agora vêm à Baixa”. Para além dos novos clientes, Cristina e Tânia afirmam existir “desde o final de 2017 uma grande procura de lojas para ocupar e se há espaços fechados é porque são situações problemáticas de heranças e partilhas entre os proprietários”, e incentivam o município “a sensibilizar mais estes proprietários para, pelo menos, dar um aspeto mais cuidado ao exterior dos edifícios”, assim como colocar mais sinalética relativa ao comércio local e a divulgar mais para fora, para os novos moradores, o que existe e acontece na Baixa. Atualmente, a Comissão da Baixa do Montijo tem 180 membros, “de diversas zonas da cidade. Alargámos o âmbito territorial, o único requisito é a loja estar no Montijo, porque muitos lojistas de outras zonas da cidade vêm ter connosco para fazer parte da comissão e participar nos eventos”, explicam. Com o pensamento no futuro, as duas team leaders da Comissão da Baixa do Montijo confessam que este projeto lhes dá “muito trabalho, mas também muita satisfação pessoal” e apostam no seu crescimento: “temos de manter os nossos eventos e criar mais oferta e divulgação para captar o interesse das pessoas. Se, efetivamente, o novo aeroporto se concretizar, temos de começar a fazer este trabalho para que os novos moradores que venham saibam onde é a Baixa”, concluem.
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LA SELEZIONE DEL SINDACO
Adega de Pegões recebe prémios A
exposição
A Arte dos Presépios Pelo décimo ano, o Museu Municipal Casa Mora e o Posto de Turismo do Montijo voltam a exibir uma das tradições do Natal com a exposição “A Arte dos Presépios”. Dedicada inteiramente ao artesanato de Barcelos, na temática do presépio, esta edição conta, na sua conceção, com a colaboração dos alunos dos cursos técnicos de Vitrinismo e de Multimédia da Escola Secundária Poeta Joaquim Serra.
comemoração do Dia Europeu do Enoturismo, no passado dia 11 de novembro, no Museu Agrícola da Atalaia, foi o pretexto ideal para a entrega das 20 medalhas obtidas pela Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões no XVII Concurso Internacional La Selezione del Sindaco, que prevê a participação conjunta de municípios e produtores. A Adega de Pegões voltou a ser o produtor mais premiado deste concurso, com uma Grande Medalha de Ouro, 16 Medalhas de Ouro e três Medalhas de Prata. Um resultado que “orgulha a direção, os colaboradores e, também, certamente a câmara e que é um sinal do nosso trabalho em prol do vinho, da viticultura, de Pegões e da região”, disse o presidente da Administração da Cooperativa, Mário Figueiredo, assumindo a vontade de “fazer ainda mais pelos produtores e pelos vinhos de Pegões”. O presidente da Câmara Municipal do Montijo,
Nuno Canta, enalteceu o reconhecimento cada vez mais crescente da Cooperativa Agrícola de Sto Isidro de Pegões, considerando-a como “uma instituição maior do Montijo”, afirmando que “assinalamos neste dia o mérito da Adega de Pegões, mas também a nossa cultura, os nossos sucessos, os nossos melhores porque valorizar o património vitivinícola é fortalecer a nossa história e identidade”. “Nenhum outro produtor atingiu este patamar”, afirmou José Arruda sobre o contributo da Adega de Pegões para o resultado português no Concurso La Selezione del Sindaco: “é de facto um exemplo de que, quando queremos, fazemos bem e com grande qualidade”, concluiu, relevando que, no próximo ano, este concurso irá mudar de nome e será rotativo entre os vários países participantes. A comemoração do Dia Europeu do Enoturismo terminou com uma degustação dos vinhos que a Adega de Pegões apresentou no referido concurso.
Museu Municipal | Posto Turismo Entrada livre Horário: 3.ª feira a sábado | 9h00-12h30 e 14h00-17h30
ctja
Um presépio para ti, uma casa para mim Até 12 de janeiro, no Foyer do Cinema-Teatro Joaquim d’ Almeida (CTJA) está patente a exposição “Um presépio para ti, uma casa para mim”, promovida pela Equipa do Rendimento Social de Inserção. A mostra conta com cerca de 300 mini presépios construídos por alunos dos agrupamentos de escolas e utentes de várias instituições de solidariedade social locais. Os presépios serão leiloados e a receita irá reverter para a construção do Lar Residencial da CERCIMA. A exposição insere-se no âmbito do projeto Re-UNIR, que tem como objetivo reforçar os laços familiares e promover atividades lúdico-pedagógicas de lazer e cultura, principalmente junto das populações mais vulneráveis dos concelhos de Montijo e de Alcochete. CTJA | Entrada Livre Horário: 3.ª feira a sábado | 16h30- 21h30
ADEGA DE PEGÕES
Melhor produtor português A
Adega de Pegões recebeu no dia 14 de novembro, em Londres, o troféu de Portuguese Wine Producer of the Year 2018, atribuído pelo famoso concurso International Wine and Spirits Competition. Já o ano passado, o mesmo troféu tinha sido atribuído à Adega de Pegões, o que distingue bem a qualidade dos vinhos que a adega produz e vende em todo o Mundo. A administradora Maria Helena Oliveira recebeu este prestigiado troféu, numa gala que reuniu a elite dos produtores de vinho e bebi-
das espirituosas, no Guildhall, em Londres. Este galardão é um dos mais importantes e prestigiados prémios que qualquer produtor de vinhos portugueses pode receber. Criados em 1969, os troféus do International Wine & Spirit Competition são considerados os mais importantes e prestigiados na indústria dos vinhos. Este é mais um prémio que demonstra a excelência dos vinhos da Cooperativa Agrícola de Sto. Isidro de Pegões e do território do Montijo enquanto região vitivinícola.
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FREGUESIAS
Luís Rouxinol Jr. e Rúben Guerreiro distinguidos pela União das Freguesias de Pegões A
cerimónia comemorativa do quinto aniversário da União das Freguesias de Pegões, no dia 27 de outubro, foi marcada pela atribuição das distinções de mérito ao cavaleiro Luís Rouxinol Jr. e ao ciclista Rúben Guerreiro. Na cerimónia, o presidente da União das Freguesias de Pegões, António Miguens, declarou, dirigindo-se aos homenageados, que foi com “grande satisfação que a junta fez esta homenagem”. “O simbolismo destas comemorações centrase nas pessoas de Pegões. Vocês são o futuro”, disse o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, desejando felicidades aos homenageados. “Tenho sempre a perspetiva de que, quem vem atrás de nós faz sempre coisas melhores, estes dois jovens são disso exemplo”.
No dia em que se comemorou o quinto aniversário da freguesia, Nuno Canta salientou que a Câmara Municipal do Montijo tem primado por “descentralizar competências e meios, para que cada uma das freguesias, possa exercer melhor as suas competências. Alargamos, neste mandato, essas mesmas competências e meios com a convicção que são as freguesias que melhor respondem aos problemas das pessoas”. Luís Rouxinol Jr. nasceu a 15 de outubro de 1996, filho primogénito do cavaleiro tauromáquico Luís Rouxinol. Em 2017, nos 30 anos de carreira do seu pai, tirou alternativa a 20 de julho na Praça de Toiros do Campo Pequeno, em Lisboa, apadrinhado pelo pai. O cavaleiro atuou nos dias 20 e 22 de outubro nos Estados Unidos da América, nomeadamente em Thorn-
ton, na Califórnia, com grande êxito. Esta foi a segunda vez que o jovem cavaleiro de Pegões se apresentou neste estado dos EUA, depois de ali ter atuado em 2016. Rúben Guerreiro, o campeão português de fundo em 2017 e vencedor da Volta a Portugal do Futuro em 2014, vai juntar-se em 2019 à equipa suíça Katusha Alpecin, uma das principais equipas do pelotão internacional, orientado por outra referência do ciclismo nacional, José Azevedo. Este ano, teve uma das suas melhores temporadas com um top 10 no Tour Down Under, na Austrália, um quarto lugar no Herald Sun Tour e um quinto lugar na Clássica da Bretanha, prova do circuito WorldTour. Terminou, no dia 14 de outubro, em sexto lugar, a Volta à Turquia.
freguesias
Apoio financeiro para Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia A Câmara Municipal do Montijo aprovou, por unanimidade, na reunião de 7 de novembro, um apoio financeiro de 20 mil euros à Junta de Freguesia da União das Freguesias de Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia.
A verba destina-se à comparticipação nos trabalhos de construção, equipamento e licenciamento de uma instalação de armazenamento de produtos fitofarmacêuticos, no montante de 8 mil e 500 euros. O restante valor de 11 mil e 500 euros servirá para
suportar as despesas de remodelação de dois parques infantis, concretamente a substituição do piso do parque infantil da Urbanização da Adega, na Atalaia, e a substituição de todos os brinquedos do parque infantil do Alto Estanqueiro.
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universidade sénior
Doze anos de aprendizagem ao longo da vida F
oi em clima de festa que a Universidade Sénior do Montijo apagou 12 velas, no dia 6 de novembro, na Sala Multiusos da Quinta do Saldanha. O trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal do Montijo, desde 1998, na implementação de uma política de envelhecimento ativo foi enaltecido pelo presidente da câmara, Nuno Canta, com o autarca a afirmar a importância da aprendizagem ao longo da vida e das políticas públicas que contribuem para o enriquecimento pessoal dos cidadãos, para a sua educação, formação e para a participação cívica. “A Universidade Sénior no Montijo e a educação ao longo da vida é para nós uma estratégia de aprofundamento da democracia, de promoção da igualdade de oportunidades, de combate à exclusão social e de fomento ao desenvolvimento do nosso concelho. É uma honra para o Montijo poder contar com a vossa participação ativa neste projeto”, afirmou o presidente da Câmara.
À frente da reitoria da Universidade Sénior está José Francisco dos Santos que realçou o trabalho desenvolvido pela instituição no cumprimento dos objetivos de “manter a população sénior ativa, física e intelectualmente, desenvolvendo as competências pessoais de quem integra esta universidade”. Uma tarde de festa que contou com as atuações do Grupo de Teatro Sem Limites, do Grupo Quinteto do Improviso e uma demonstração de danças de salão, três momentos protagonizados pelos alunos e professores da Universidade Sénior do Montijo. Este ano letivo, a Universidade Sénior tem cerca de 180 alunos inscritos, registando um crescimento no número de alunos e professores voluntários, assim como na diversidade de disciplinas e atividades extracurriculares, como ateliers, seminários, aulas abertas, visitas de estudo e, ainda, grupos de natureza cultural e artística.
conferência
Violência em debate na Galeria Municipal N
o dia 4 de dezembro ealizou-se no auditório da Galeria Municipal do Montijo, o Fórum Social Violência Contra Mulheres e Públicos Vulneráveis - Prevenção, Intervenção, Recursos e Respostas, promovido pela Divisão de Desenvolvimento Social e Promoção da Saúde da Câmara Municipal do Montijo. A sessão de abertura contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e da presidente da CIG - Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, Teresa Fragoso. Com base num estudo de 2014 a 2017 realizado pela SIG, Teresa Fragoso, referiu que as participações registadas pelas forças de segurança apesar de estáveis continuam “muito elevadas, na ordem dos 27 mil por ano. Dessas participações de situações de violência doméstica, a maior parte das vítimas que apresenta queixa são mulheres, 79 por cento, e as pessoas denunciadas, 89 por cento são homens”. “Somos vítimas quando nos queixamos e ninguém nos ouve”, afirmou o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, acrescentado que “importa incentivar, localmente, campanhas de sensibilização públicas, apoiar as vítimas e seus familiares num local formal, como é exemplo a nossa Casa de Apoio às Vítimas de Violência, a única existente no distrito”. Em debate estiveram temas como violência de género e violência sexual, a violência contra idosos, pessoas com deficiência e a violência na juventude e infância. O evento reuniu técnicos e especialistas, de diversas instituições nacionais e locais que têm intervenção na área do combate à violência. O encerramento esteve a cargo de Ricardo Bernardes, vereador do pelouro de Desenvolvimento e Promoção da Saúde da Câmara Municipal do Montijo, e de Elza Pais, presidente da Comissão para a Igualdade e Não Discriminação da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, da Assembleia República. O Fórum Social contou, ainda, com um momento musical proporcionado pelo Quinteto do Improviso da Universidade Sénior.
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ASSOCIATIVISMO
A mais antiga filarmónica de Montijo celebra 164 anos A
Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro festeja 164 anos de existência com um programa alargado de 1 a 16 de dezembro. O dia 1 de dezembro foi marcado pela sessão solene onde serão foram entregues diplomas e emblemas a 22 sócios com mais de 25 e 50 anos de associados. Durante a cerimónia, o presidente da instituição,
CONCERTO
Joaquim Baliza, referiu que ao longo dos anos a coletividade tem assistido “ao enriquecimento do seu património com várias remodelações na sua sede social e à integração de novas atividades culturais recreativas e desportivas”. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, afirmou ser necessário “cada
Homenagem a Luís Gomes em Dia de Reis O
Conservatório Regional de Artes do Montijo (CRAM) promove mais uma Gala de Ópera, inserida nas comemorações dos 25 anos da Escola Profissional do Montijo, no dia 6 de janeiro de 2019, no Cinema-Teatro Joaquim d’ Almeida, pelas 17h00. O evento é, também, uma homenagem ao tenor montijense Luís Gomes, um dos vencedores do concurso internacional Operália. Neste espetáculo serão apresentadas obras de Strauss, Verdi, Puccini e Lehar nas vozes de Elisabete Matos (soprano), Luís Gomes (tenor) e João Merino (barítono), acompanhados pela Orquestra Sinfónica do CRAM dirigida pelo maestro Ceciliu Isfan. Música|M/6|Plateia 12,50€|1.º Balcão 10€ 2.º e 3.º Balcão 7,50€
vez mais revigorar o movimento associativo”, acentuando que a associação “tem desempenhado um papel insubstituível na educação artística, como conservatório do povo para gerações de montijenses, e é, hoje, um património que faz parte da memória coletiva da nossa terra.” O dia 1 de dezembro contou ainda com o Concerto de Aniversário com a Banda da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro, orientada pelo Maestro Rui Fonseca e Costa. O programa da festividade prossegue no dia 15 de dezembro com V Gala da Academia de Artes da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro, às 16h00, no Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida. As comemorações terminam no dia 16 de dezembro, com um Concerto de Natal com Coro Polifónico da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro orientado pelo Maestro João Branco, na Igreja Matriz do Montijo. A Sociedade 1.º Dezembro foi fundada em 1854 pela elite de Aldegalega, a qual veio dar origem, em 1868, àquela que foi inicialmente a Academia Phylarmonica 1.º de Dezembro. Para além da música, a sua atividade incluía ainda várias outras manifestações culturais e artísticas, tal como no presente.
CTJA
Os Vizinhos de Cima A comédia “Os Vizinhos de Cima” chega ao Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida no dia 23 de janeiro, às 21h30. A vida conjugal, de dois casais vizinhos é interpretada por Ana Brito e Cunha, Fernanda Serrano, Pedro Lima e Rui Melo. Um casal convida os seus vizinhos de cima para jantar. Com o avançar da noite ficam a saber de todas as loucuras sexuais que estes andavam a experimentar, o que os leva a repensar seriamente a sua relação. É este o mote para a comédia “Os Vizinhos de Cima”, que estreou no Teatro Villaret, em Lisboa, tendo passado por Barcelona e Madrid, em Espanha, a peça chega ao nosso país numa versão traduzida da obra de Cesc Gay. Esta é uma reflexão sobre a vida conjugal e sexual, que aborda com humor e ironia o quotidiano dos casais. Reserve já o seu lugar!
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Agenda Academia Musical União e Trabalho de Sarilhos Grandes (AMUT) 120.º Aniversário 15 de dezembro 21h00 | Arruada pelo Grupo de Percussão Batucando Sede da AMUT 21h30 | Atuação do Grupo de Sevilhanas Garnacha 22h00 | Atuação da Escola de Música da AMUT e muitas surpresas
dESPORTO
Escola de Karaté conquista medalhas F
oram 23 as medalhas conquistadas no XX Torneio Mundial da FSKA (Funakoshi Shotokan Karate Association), em Almada, pela Escola de Karaté Giz e Caderno de Linhas da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas Poeta Joaquim Serra, do Montijo. A competição teve lugar entre os dias 26 e 28 de outubro organizado pela KPS (Karaté-Do Portugal Shotokan) em colaboração com a FNKP (Federação Nacional de Karaté) e outras entidades locais.
A prova reuniu mais de 700 atletas, dos seis aos 70 anos, representantes de 16 países dos cinco continentes. Em representação do Montijo, a Escola de Karaté Giz e Caderno de Linhas participou com 21 competidores e dois treinadores (Senseis Joana Mendes e João Fernandes). A escola conseguiu arrecadar um total de 23 medalhas e quatro taças por equipas, nos diversos escalões, tanto em Kata (técnica) como em Kumite (combate).
16 dezembro Sede da AMUT 15h00 | Atividades AMUT: Cardio | Danças de salão | Hip-Hop | Kickboxing - AMUT/ Barreiro Zumba Convidados: Danças Orientais Isis da Lançada | Grupo União Capoeira do Montijo Grupo We Can Dance Iniciados da Lançada 21h00 | Baile com Trio Saudade e participação especial de Alex - Mister Gay 17 dezembro Sede da AMUT 21h00 | Atuação das Marchas de Sarilhos Grandes 21h30 | Atuação com o Grupo Musical Tempos & Contratempos 18 dezembro Sede da AMUT 21h00 | Sessão Solene no Salão Nobre 22h00 | Concerto com a Banda Filarmónica da AMUT Escoteiros de Portugal - Grupo 123 Montijo 35.º aniversário Quinta do Saldanha 27 de janeiro 2019 | 15h00 Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense Domingos no Andar de Cima Todos os domingos |15h00 às 18h00 Atividades para todas as idades em torno das tradições da pesca e do mar. Concertos, Exposições, Quermesse, Workshops
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aÇÃO sOCIAL
São Martinho Sénior O
s seniores dos projetos de envelhecimento ativo da Câmara Municipal do Montijo e de algumas instituições de solidariedade social voltaram a festejar o São Martinho, no passado dia 9 de novembro, no Grupo Desportivo e Cultural das Craveiras, em Pegões. Uma tarde de convívio, ao som da música de Nélio Pinto e das quadras de São Martinho recitadas pelos seniores, que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta. O autarca prestou o seu reconhecimento a todos os envolvidos na promoção do envelhecimento ativo no concelho, sublinhando a importância da Universidade Sénior, das academias e ateliers seniores e das instituições particulares de solidariedade social que, diariamente, trabalham na promoção da solidariedade e na defesa de uma vida digna para os seniores.
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SEGURANÇA
Conselho municipal em funcionamento O
SMAS MONTIJO
Intervenção na Rua da Bela Vista
s membros do Conselho Municipal de Segurança tomaram posse no passado dia 29 de outubro, em sessão extraordinária da Assembleia Municipal, que teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho. No total, são 32 os membros do Conselho Municipal de Segurança que têm como função principal coadjuvar a gestão autárquica no pensamento, nas opções e decisões em termos de segurança, que é entendida num contexto amplo enquanto garantia do bem-estar dos cidadãos. Para além dos presidentes da Câmara Municipal, da Assembleia Municipal e das Juntas de Freguesia, o Conselho Municipal de Segurança é composto por representantes das forças de segurança e proteção civil do concelho; de organismos ligados à saúde, à justiça e à segurança social; de instituições de solidariedade social; de entidades representativas do tecido empresarial local e de sindicatos. Integram, ainda, o órgão alguns cidadãos indicados pela Assembleia Municipal. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, agradeceu a disponibilidade cívica de
todos os conselheiros, afirmando que “a vitalidade do concelho não pode ser reduzida aos órgãos municipais, deve ser ampliada pela participação das forças vivas da sociedade. Queremos um Montijo com mais integração e coesão social, um município que se quer moderno, seguro e com justiça social”. Nuno Canta desejou, ainda, aos conselheiros um mandato “profícuo a favor da democracia, da inclusão e da segurança dos montijenses”, reconhecendo também o contributo decisivo da Assembleia Municipal para a criação do Conselho Municipal de Segurança: “como sempre afirmámos sem este passo previsto na lei, não era possível o funcionamento deste órgão consultivo”. A presidente da Assembleia Municipal, Catarina Marcelino, evidenciou igualmente o trabalho desenvolvido pelo órgão a que preside, que permitiu num ano ter concluído todo este processo e fez votos que “o Conselho Municipal de Segurança tenha um excelente mandato e que o cumpra na colaboração permanente com a autarquia para a construção de um Montijo cada vez mais seguro para todos e todas nós”.
Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento do Montijo procederam a uma nova intervenção no Bairro da Calçada, desta vez na Rua da Bela Vista. Devido a um colapso de uma infraestrutura de águas residuais urbanas, foi necessário proceder à substituição da mesma, numa intervenção algo complexa que levou ao desvio de uma conduta de água e de cabos de média e baixa tensão da EDP.
Espaço Oposição
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Educação no Montijo, ou talvez não Todos os inícios dos anos escolares a CM do Montijo tem muitas dificuldades em garantir o início do ano, nas diversas escolas do concelho. Em 2009 este executivo da CM Montijo, fazendo um “favor” ao PMinistro José Sócrates estabeleceu um acordo com Ministério da Educação, em que, entre outros, recebia verbas do governo para garantir a gestão das auxiliares nas escolas do concelho. Os rácios estipulados são manifestamente inferiores ao necessário, e no caso do Montijo a Câmara Municipal tem dificuldade em substituir os funcionários devido aos constrangimentos da lei. O Bloco de Esquerda opôs-se a este acordo em 2009 e defendeu que a gestão das escolas deve passar pelo
Ministério da Educação e não pela CM Montijo. A CM Montijo não tem capacidade, como se tem verificado ao longo dos anos, para garantir o normal funcionamento das escolas. A grave situação de falta de pessoal na Escola Pedro Varela, reflete-se em: - Bar fechado, pavilhão desportivo fechado, falta de funcionários no recreio, o que prejudica os alunos dentro e fora das salas de aula (potenciando comportamentos de risco por parte dos alunos). Diariamente estão ao serviço metade dos funcionários que deveriam de estar, o que leva a uma vigilância quase inexistente. Os que estão fazem o que podem.
Os alunos desta escola tomaram corajosamente a iniciativa de promover um protesto para gritar bem alto, BASTA, e que merecem uma escola segura e que funcione normalmente em prol da sua educação. Saúdo os alunos pela iniciativa que tomaram e pela divulgação desta grave situação que era desconhecida por muitos munícipes. Querem-se escolas com alunos inteligentes e participativos então que se dotem as escolas com o necessário. Ricardo Caçoila Bloco Esquerda Montijo
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DEZEMBRO 2018
obras
Pavimentações no Bairro da Caneira e Parque Portugal 2020
Modernização do edifício dos Paços do Concelho N
o âmbito de uma candidatura aprovada ao POR Lisboa 2020, integrada no Plano de Ação de Reabilitação Urbana (PARU) do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano do município de Montijo (PEDU), a Câmara Municipal do Montijo está a reabilitar o edifício dos Paços do Concelho A obra conjuga as necessárias reparações com a melhoria do comportamento térmico e consequente redução das necessidades energéticas, melhorando o desempenho e reduzindo os custos de utilização. As operações preveem a renovação integral da cobertura degradada do imóvel, com introdução de isolamento térmico, a substituição
OBRAS
dos vãos exteriores por unidades termicamente isoladas, a requalificação térmica, a renovação da sua pintura exterior. Inclui ainda a pintura interior, a reabilitação de vãos interiores, a remodelação de instalações sanitárias, a instalação de sistema de deteção de incêndios. Com esta intervenção, a autarquia pretende recuperar e requalificar o edifício, ao mesmo tempo que valoriza toda a sua envolvente junto à Frente Ribeirinha da Cidade. A obra representa um investimento total elegível de 204.915,86 euros, com financiamento através do FEDER (50 por cento) de 102.457,93 euros.
No cumprimento do seu plano de pavimentações, a Câmara Municipal do Montijo concluiu intervenções na Av. João XXIII e na Av D. Afonso Henriques. A reparação da rede viária do concelho estendeu-se, também, ao Bairro da Caneira, onde foram asfaltadas as ruas Luísa Todi e Catarina Eufémia. Está, igualmente, prevista a pavimentação da Travessa do Malpique, na zona da Lançada, na Freguesia de Sarilhos Grandes. Para além das pavimentações, a autarquia encontra-se a realizar outros trabalhos na rede viária, nomeadamente a reposição de calçadas na zona do Esteval e na Av. Fialho Gouveia, assim como a reforço da sinalização horizontal em diversas estradas municipais.
Nova praça pública no Montijo O
s trabalhos de construção da nova praça pública frente à Monumental Amadeu Augusto dos Santos decorrem a bom ritmo. A zona central da praça é constituída por uma rotunda de formato oval, com duas faixas para circulação automóvel. As obras incluem, ainda, a substituição de esgotos e de condutas de água, assim como a execução de arranjos exteriores. A obra resulta das obrigações impostas pelo Município do Montijo no âmbito das obras de urbanização do empreendimento denominado por N.ª Sr.ª da Atalaia e traduzem-se num contributo significativo para a regeneração urbana daquela zona da cidade.