Montijo hoje junho 2015

Page 1

junho

2015 I SÉRIE

7

25 a 30 de Junho

Festas Populares de S. Pedro com mais emoção Pág.7

Município entrega caderno de encargos à ANA

Pág. 8


2

Montijo hoje | JUNHO de 2015

Natação para todas as idades

A natação é uma atividade que pode ser praticada por todos, desde crianças a indivíduos mais idosos. Considerado por muitos o mais completo dos desportos, são por demais conhecidos os seus benefícios para o bem-estar físico e psíquico. A Piscina Municipal do Mon-

tijo nasceu em 1992 e conta com uma equipa de 21 trabalhadores, incluindo os professores da Escola Municipal de Natação que é dinamizada pela autarquia através de um contrato programa de desenvolvimento desportivo com a Associação para a Formação e Desenvolvimento Desportivo.

As professoras Ana Teixeira, Sónia Machado e Ilídia José.

A Escola Municipal de Natação nasceu no mesmo ano da abertura da Piscina e intensificou a sua ação a partir de 1999, oferecendo a prática de atividades aquáticas nas seguintes modalidades: pais e filhos, adaptação ao meio aquático, natação pura, hidroginástica, hidromovimento e reabilitação aquática. Esta época, a Escola Municipal de Natação teve 900 utentes inscritos e cedeu espaços no plano de água às várias associações desportivas e instituições de solidariedade social do concelho, mostrando assim que a Piscina Municipal é para todos. Através deste projeto, a câmara assegura um serviço público à população que não se limita à vertente estritamente desportiva das aulas de natação e inclui, também, o desenvolvimento de modalidades que têm um impacto especialmente favorável na

Visitas Serviço Educativo

Lançamento

Durante os meses de abril e maio, mais de 460 crianças do 3.º e 4.º ano de escolaridade do Agrupamento de Escolas Poeta Joaquim Serra visitaram o Moinho de Vento do Esteval, o Moinho de Maré do Cais e o Museu Agrícola da Atalaia, no âmbito do projeto educativo Eu, o saber e a aprendizagem, Eu e os Contextos desenvolvido pelo agrupamento. As técnicas do Serviço Educativo da Divisão de Cultura, Biblioteca, Juventude e Desporto explicaram todos os pormenores sobre a história e a importância destes

No dia 23 de maio teve lugar na Biblioteca Municipal do Montijo a sessão de apresentação do livro de literatura infantil “Dr. Dentuças e a Turma do Zequinha”, de Susana Falardo Ramos. Susana Falardo Ramos, licenciada em Medicina Dentária e pós-graduada em Ortodontia, tem-se dedicado, em conciliação com a sua atividade clínica, à educação dos mais jovens na higiene e saúde dentárias aliada à imagem do Dr. Dentuças. O Dr. Dentuças, dentista das crianças, e os seus amigos Ze-

saúde e na reabilitação física dos cidadãos. A escola funciona de setembro a julho e as inscrições decorrem, sempre, no início do mês de julho. As mensalidades têm um valor variável, consoante a modalidade praticada e outro tipo de fatores distintivos. Festival da Natação foi um sucesso As Piscinas Municipais foram palco, no dia 29 de maio, do Festival da Escola Municipal de Natação 2015. A iniciativa pretendeu dar a conhecer o trabalho desenvolvido e proporcionar um convívio de final de época entre alunos e técnicos. O festival contou com 142 participantes, na apresentação das várias classes: Pais e filhos (2 aos 4 anos), AA/AA+ (5/7 anos), AMA (adaptação ao meio aquático),

A/B/C (inicial até pré-competitivo) - (+8 anos) e Hidroginástica/ Hidromovimento. Montijo Hoje esteve presente no evento para conhecer as opiniões de alunos e professores. Mariana Lamy tem 12 anos e há três anos que frequenta as Piscinas Municipais. “Tenho aulas duas vezes por semana e gosto muito. É muito relaxante”, explica a jovem nadadora que alcançou na sua classe o primeiro lugar em cról, o segundo em costas e o terceiro em bruços: “quero-me aperfeiçoar mais para entrar em competições”, afirma. Desde os seis anos que Fábio Silva pratica natação. Parou, mas acabou por voltar. Hoje, aos 16 anos, está no nível A e ficou em primeiro lugar no cról, em segundo em costas e já não dispensa as aulas duas vezes por semana. “Gosto do convívio das aulas que são sempre divertidas e ajudam-me a descontrair”. As professoras Ana Teixeira, Ilídia José e Sónia Machado mostraram-se satisfeitas com os resultados obtidos no Festival Municipal de Natação. “O festival correu bem, com mais adesão que o ano passado. A cada ano fica melhor”, revelou Sónia Machado, nitidamente orgulhosa. “Temos de trabalhar com o que temos e damos o máximo dos máximos”. É opinião unânime das professoras que as Piscinas Municipais são cada vez mais procuradas, o que reforça a necessidade de uma intervenção na modernização das instalações. Neste sentido, a câmara já apresentou o projeto de reabilitação das piscinas, estimado em cerca de um milhão de euros, que integrou a Carteira de Investimentos Metropolitana apresentada junto do PORLisboa2020.

Conhecer para aprender Dr. Dentuças e a Turma do Zequinha

junho

2015

7

três equipamentos municipais. Os alunos aprenderam, igualmente, o modo de funcionamento dos dois moinhos, assim como dos lagares e das práticas agrícolas que eram desenvolvidas na quinta do Museu Agrícola. A Câmara Municipal do Montijo vai continuar a proporcionar estas visitas a todas as escolas interessadas, como forma de promover o conhecimento e a valorização do património e da história locais, fatores essenciais no desenvolvimento de uma matriz identitária do concelho nos seus cidadãos.

quinha, Óscar, Tobias, Barnabé e Zacarias são os protagonistas desta história que ensina as crianças de forma didática, simples e

divertida a manterem hábitos de higiene oral saudáveis, ao mesmo tempo que desmistifica a ida ao dentista.

Ficha Técnica Periodicidade Bimestral | Propriedade Câmara Municipal do Montijo | Diretor: Nuno Ribeiro Canta, Presidente da Câmara Municipal do Montijo | Edição Gabinete de Comunicação e Relações Públicas | Impressão Sogapal – Comércio e Indústria de Artes Gráficas, S.A. | Depósito Legal 376806/14 | Tiragem 10 000 | ISSN 2183-2870 | Distribuição Gratuita


JUNHO de 2015 | Montijo hoje

editorial

3

A importância do investimento para criar emprego N

os últimos meses visitei, na qualidade de presidente da Câmara Municipal do Montijo, algumas das empresas do nosso concelho, cuja atividade muito contribui para o crescimento, o desenvolvimento económico e a criação de emprego. Num contexto económico com elevadas taxas de desemprego, o empreendedorismo e a inovação são fundamentais para a criação de novas empresas e emprego e para melhorar a competitividade das já existentes. O conhecimento é, pois, um elemento essencial que devia mobilizar novos currículos e competências nas escolas com vista a sensibilizar estudantes e professores para o reforço da educação para o empreendedorismo. Em muitos países europeus já foram lançadas estratégias específicas para promover a produção de conhecimento, peça fundamental para inspirar os empresários de amanhã, investindo nas suas competências e nas suas capacidades de adaptação e inovação.

O combate pela educação para o empreendedorismo implica cimentar uma verdadeira alteração das mentalidades na Europa, em Portugal e em cada um dos concelhos para favorecer o empreendedorismo e promover o espírito empreendedor e de inovação desde os níveis precoces de educação. Como novo paradigma da modernidade, a educação para o empreendedorismo coloca às nossas comunidades locais a necessidade de fomentar a cooperação entre as escolas e as empresas, sempre com o objetivo de sensibilizar os estudantes a criarem pequenas empresas. A recomendação de 2006 do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu sobre as competências-chave para a aprendizagem ao longo da vida inclui o empreendedorismo como uma das competências-chave. Melhorar a criatividade e a inovação, incluindo o empreendedorismo a todos os níveis de ensino e formação, é também um objeti-

CONVERSAS NO BAIRRO

vo a longo prazo de «Educação e formação 2020», o quadro estratégico de cooperação europeia. A Câmara Municipal do Montijo sempre se manifestou aberta e disponível para apoiar o tecido local existente e promover estratégias necessárias para acolher o investimento, em particular com a criação do Conselho Estratégico de Desenvolvimento Económico composto por empresários, associações, universidades e escolas. Perante as exigências e os desafios da modernidade, os municípios devem concentrar grande parte das suas energias e do seu tempo com a necessidade da criação de emprego, quer contribuindo para o debate da competitividade local, quer promovendo a ideia da educação para o empreendedorismo nas escolas e na nossa comunidade. A prioridade das nossas sociedades não pode deixar de passar pela criação de emprego, por se tratar de um problema que en-

PDM continua em debate Durante o mês de maio, a iniciativa Conversas no Bairro deslocou-se à Atalaia e ao Afonsoeiro para recolher as ideias dos cidadãos para a revisão do Plano Diretor Municipal do Montijo (PDM). No Museu Agrícola da Atalaia, no dia 9 de maio, as sugestões dominantes foram a criação de um Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, a ligação pedonal do Montijo à Atalaia e uma via de acesso direto à Ponte Vasco da Gama. Uma variante da Estrada Nacional 4 com nó de acesso da Atalaia à Vasco da Gama, uma ciclovia Montijo-Pinhal Novo, a sutura da malha urbana, uma área dedicada a atividades económicas e um mercado de produtos locais foram algumas das propostas apresentadas pela equipa do PDM. A sessão seguinte das Conversas no Bairro decorreu no dia 28 de maio, no Afonsoeiro, e ficou marcada pelo contributo de dois munícipes que abordaram, essencialmente, a criação de emprego e a revitalização dos espaços urbanos. João Barbosa, residente há cinco anos no Montijo, sugeriu a criação de um anfiteatro ao ar livre na Frente Ribeirinha, a aposta na arte urbana como forma de regenerar edifícios degradados, a criação de um polo de ensino e de um polo de geriatria na zona do Alto das Vinhas Grandes e a descentralização dos eventos municipais como forma de promover a ligação

dos novos moradores à cidade. Fernando Carona, arquiteto, foi o segundo interveniente que referenciou, igualmente, uma intervenção mais alargada na Frente Ribeirinha da cidade com o objetivo de voltar a cidade para o rio, assim como o potencial do Afonsoeiro e do Alto Estanqueiro para a instalação de parques industriais. A propósito dos parques industriais e da criação de emprego, o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, revelou a existência de interessados na instalação de novas empresas no Montijo e demonstrou os incentivos promovidos pela autarquia ao nível da reabilitação urbana, como a isenção e a redução de impostos e taxas municipais. O autarca agradeceu os importantes contributos dos dois munícipes, pois “é essencial construir um modelo territorial que seja discutido com os cidadãos”. A equipa de revisão do PDM teve, também, oportunidade de apresentar as suas propostas para o Afonsoeiro como a requalificação do espaço público e a regeneração urbana da zona mais antiga, o desenvolvimento das redes de mobilidade suave, a revitalização da zona ribeirinha desde o Seixalinho até Sarilhos Grandes e a criação de mecanismos que potenciem a criação de clusters de atividades económicas. A próxima sessão das Conversas no Bairro está agendada para o dia 22 de junho em Sarilhos Grandes.

tronca com a dignidade da pessoa humana, com a sua realização pessoal e autoestima. O grande desígnio nacional e local de combate ao desemprego deve ser acompanhado por políticas de estímulo ao emprego jovem, pela atração de recursos humanos qualificados, pela dinamização de comunidades de inovação, com o envolvimento ativo de instituições de ensino superior, assim como pela implementação nas escolas da educação para o empreendedorismo. A Câmara Municipal do Montijo procurará ser um parceiro interessado e empenhado na luta contra o desemprego e pela criação de emprego, tal como um agente ativo na promoção dos valores da cidadania, da inovação e do conhecimento, fundamentais para fortalecer a coesão económica, social e territorial.


4

Montijo hoje | JUNHO de 2015

Estórias com História

Os Marcos de Delimitação Concelhios entre Aldeia Gallega e Alcochete (conclusão) A

pós a separação entre os novéis concelhos foi efectuada a demarcação do termo de ambos. Importa, assim, saber qual a altura em que a mesma foi efectuada. José Manuel Vargas na sua obra Sabonha e S. Francisco e Isabel Maria Oleiro Lucas na monografia intitulada Subsídios para a História do Concelho do Montijo – Cronologia Geral apontam a data de 1512, isto baseado no que se pode interpretar do texto contido na visitação de 1512, onde pode ler-se a determinada altura que a “… divisão dos termos que ora se fez, ficou a igreja de Sabonha no termo de Alcochete e a ermida da Atalaia no termo de Aldeia Galega …” 1. Assim, e segundo o que a visitação nos informa, o termo foi delimitado em 1512 pelo que naturalmente por essa altura foram colocados os marcos de delimitação que são o objecto do nosso estudo. Contudo, por volta de 1539, o assunto volta certamente a ser alvo de atenção porque é feita a escritura de separação amigável entre Aldeia Gallega e Alcochete, realizada a 17 de Novembro, isto, segundo Mário Balseiro Dias meramente no ponto de vista administrativo e novamente em 10 de Janeiro de 1540 pelo facto do acordo de delimitação dos concelhos de Aldeia Gallega e Alcochete ser confirmado por D. Jorge de Lencastre, mestre da Ordem de São Tiago3. No entanto, o problema de delimitação do termo não se esgota nestas datas, isto porque até 1574 ele vai manter-se em litígio latente entre as duas localidades. Isso mesmo se pode constatar no auto de demarcação elaborado a 21 de janeiro do referido ano. Pode ler-se no referido auto que “E de feyto sendo assim louvados virão todos o ditto tombo e demarcação antiga e acharam que detrás da vinha de nossa senhora datalaya estava hum marco de pedra alto junto aos valados da ditta vinha e delle direyto a villa de Palmella estava outro marco de pedra que elles partes disseram se chamar o marco branco o qual esta quebrado que o ditto tombo diz ser de hum a outro case meya legoa e logo os ditos louvados de hum marco dereyto ao outro forão fazendo camalhois de terra pera nelles se meterem quatro marcos de pedra por onde a ditta demarcação ficasse claro e segura e se visse de hum marco a outro por não aver as ditas duvidas, e deste marco que esta detraz da ditta vinha se fora pera a parte do norte ao outro de pedras alto que tem as quinas e esfera de Sua Magestade, digo, Alteza que o tombo dezia estar defronte da capella contra o norte hum tiro de besta de nossa senhora, e deste marco começarão a fazer sua demarcação dereyto ao noroeste indo de Rosto ao marco de pedra alto que o tombo diz que estaa abaixo de nossa senhora de sabona três tiros de besta que se chama o marco das cheyras e vindo do ditto marco de nossa senhora pera este vierão fazendo muytos camalhois de terra pera por elles se meterem seis marcos de pedra altos pera por elles se divisarem de hum a outro e chegarão com esta ditta demarcação ate estrada que vay da ditta villa de Aldea Galega pera o pinhal da serra e quintãa de palhavãa

que he hua estrada antiga de carretas e junto a ella mandarão que se metese hum dos ditos marcos pella ditta estrada devidir e devisar as terras dos dittos conselhos amtre muytos pinhaes de ereos e do norte vem emtestar na ditta estrada, e nesta ditta demarcação que asy foy feita ficão os serrados da rangina e mais herdeyros damador nunez da parte da villa de Aldea Galega partindo per junto dos vallados do Rangina e da parte dalconchete fica a sylha dos herdeyros de felippe ferreyra …” 4. Após a leitura do auto da segunda demarcação podemos constatar duas circunstâncias: a primeira é a de que a delimitação referida condiz com a existente actualmente entre o Montijo e Alcochete, partindo da Atalaia em direcção à zona da Base Aérea n.º 6, e a segunda é que foram colocados novos marcos entre os mais antigos e relacionados com a primeira demarcação. E, é aqui que as coisas se começam a complicar. Senão vejamos, se a primeira demarcação foi efectuada em 1512 e depois revista em 1539/1540, os marcos terão de ter sido colocados após 1512 e até pelo menos 1521, ou seja, durante pelo menos 9 anos, isto se tivermos em conta a epígrafe Diogo Ramos fez / AD ML21, data existente no marco da Base Aérea n.º 6. Outro factor que nos desperta a curiosidade é o facto de uns marcos apresentarem, como diz no texto, as quinas e a esfera, ou seja, os marcos relacionados com a primeira delimitação. Assim, temos nas delimitações, marcos com as quinas e a esfera e marcos com as quinas e a epígrafe Cº, que foram colocados na segunda delimitação nos intervalos existentes entre as distâncias dos marcos da primeira demarcação, de forma a evitar equívocos com a jurisdição do território dos novos concelhos. Se nos últimos marcos podemos rapidamente ler Concelho ou abreviadamente Cº, as quinas e a esfera existentes nos outros suscitam, ainda, mais dúvidas. Isto porque o uso da esfera está indubitavelmente associado a D. Manuel I até porque é a empresa que D. João II lhe atribui. Já as quinas referem-se às armas, ou seja, o brasão de D. Jorge de Lencastre, Mestre da Ordem de Santiago e aí a leitura do que está no marco, usando a linguagem heráldica será: “De [prata], com cinco escudetes de [azul], postos em cruz, cada escudete carregado de cinco besantes de [prata], postos em sautor, bordadura de [vermelho], carregada de sete castelos de [ouro], e um filete de [negro], posto em contra-banda e atravessante sobre tudo”5 . No entanto, outro mistério se coloca o porquê dos marcos da primeira delimitação ostentarem as armas do Duque Mestre e a empresa do Rei e os da segunda delimitação possuírem também as armas de D. Jorge de Lencastre, mas na outra face a abreviatura de concelho. Não seria mais lógico, como acontece noutros exemplares existentes na área de subordinação espatária, de que salientamos o existente no Museu Municipal de

Sines, os marcos ostentarem, de um lado as armas da Ordem de Santiago, a cruz ou a vieira ou ambas, uma vez que estamos em terras da mesma, e do outro, neste caso específico, a abreviatura de concelho? Ou terá este caso específico alguma coisa a ver com a dualidade de critérios com que a Coroa e a Ordem entendiam ser a nova especificidade administrativa da região criada com a atribuição dos Forais às localidades de Aldeia Gallega e de Alcochete em 1514 e 1515, conforme defendeu José Alves Dias, afirmando que havia uma guerra surda no relacionamento entre D. Manuel e D. Jorge6. Disso mesmo nos dá conta Garcia de Resende na Crónica que trata da vida de D. João II, onde se percebe perfeitamente que D. Manuel não vai cumprir tudo aquilo que tinha prometido ao seu antecessor, sobre o relacionamento com D. Jorge e as honras que lhe iria dar, o que certamente iria provocar rugosidades entre ambos pela vida fora num conflito latente de interesses e poder pessoal. Senão vejamos: “… E o título de Duque com alguas cousas destas lhe deu el Rey do Manoel depois de reynar, & de outras se escusou, porq. O reyno ho não poderia consentir; & mais aqlle tepo não era pera tamanhas cousas se dare a hua pessoa, tedo já os mestrados Davis & Sãntiago …” 7. Daí o facto dos territórios pertencentes à Ordem serem assinalados pelas armas usadas pelo seu Mestre e as dos novos concelhos serem assinalados pela empresa de D. Manuel, uma vez que dessa forma se evitava o uso em duplicado das armas nacionais e se afirmava a pertença dos territórios em relação aos seus donatários. Não nos podemos esquecer que D. Jorge, enquanto filho bastardo de D. João II, usava as armas nacionais com o tradicional filete de bastardia. Ora no caso específico que falamos, os marcos teriam dos dois lados as armas reais se não fosse o caso de se evitar o uso duplo optando pela esfera armilar para representar as terras do Rei. Isto até para distanciar as armas do Rei Venturoso que subiu ao trono das usadas pelo Duque bastardo, evitandose a junção das armas do novo monarca com as de alguém que vinha de linha impura ou ilegítima, afastando assim as origens de um e as de outro de forma a legitimar o novo reinado. Contudo, na remarcação de 1574, continua-se a usar as armas de D. Jorge e substitui-se a esfera armilar pela abreviatura de concelho. Novamente uma atitude estranha, até porque D. Jorge já tinha falecido em 1550 e após a sua morte o mestrado é incorporado na Coroa através da Bula Praeclara Clarissimi, de 30 de Novembro de 1551. Será que, pensando-se que as armas representadas anteriormente eram as reais, optou-se por as manter ligando dessa forma implicitamente os terrenos da ordem aos do Rei e os do concelho passaram a ser representados pela sua designação? Aqui ficam registadas as dúvidas e as possíveis interpretações sobre este assunto à face dos dados disponíveis ao momento. Joaquim Baldrico

1José Manuel Vargas, Sabonha e S. Francisco, Alcochete, Câmara Municipal de Alcochete, 2005, pág. 51. 2 Mario Balseiro Dias, Monografia do Concelho de Alcochete (Séculos XII – XVI), Montijo, Ed. de Autor, 2004, pág. 102. 3 José Manuel Vargas, Sabonha e S. Francisco, Alcochete, Câmara Municipal de Alcochete, 2005, pág. 57. 4 José de Sousa Rama, Coisas da Nossa Terra – Breves Noticias da Villa de Aldeia Gallega do Riba Tejo, Montijo, Câmara Municipal de Montijo, 2001, Ed. Fac-Simile, pp. 120 – 121. 5 Armorial Lusitano – Genealogia e Heráldica, Lisboa, Editorial Enciclopédia Ld.ª, 1961, pp. 304-305. 6 José Alves Dias, Foral de Aldeia Galega do Ribatejo 1514, Montijo, Câmara Municipal de Montijo, 2014, pág. 29. 7 Garcia de Resende, Choronica que tracta da vida e grandissimas virtudes e bondades, magnanimo esforço, excellentes costumes & manhas & claros feytos do christianissimo Dom Ioão ho segundo deste nome & dos reys de Portugal ho decimo tercio de gloriosa memoria, começado de seu nascimento & toda sua vida ate hora de sua morte ; com outras obras que adiante se seguem, Lisboa, Simão Lopes, 1596, pág. CXIV verso.


JUNHO de 2015 | Montijo hoje

5

PORLisboa 2020

Autarquia apresenta projetos de 8 milhões de euros O Município do Montijo apresentou um conjunto de intenções de investimento municipal a fim de integrar a carteira metropolitana de projetos municipais/ intermunicipais, candidata ao financiamento comunitário, atra-

vés do Pacto de Desenvolvimento e Coesão Territorial - PDCT/ AML/ITI (Investimento Territorial Integrado) junto do PORLisboa 2020, no valor total de cerca de 8 milhões de euros. Dos 88 milhões atribuídos aos

18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa, foi aprovada, para o Montijo, a verba de cerca de 4 milhões de euros. Das prioridades de investimento apresentadas destaque para a construção da Casa da Música

Jorge Peixinho/Quinta das Nascentes, a reabilitação das Piscinas Municipais, a recuperação das escolas básicas Luís de Camões e Joaquim de Almeida (incluindo a ampliação do refeitório) e a construção da ciclovia Montijo-Pinhal

Novo, um projeto intermunicipal a realizar entre as autarquias de Montijo e Palmela. Nas intenções de investimento constam, ainda, outros projetos como a criação de uma Rede de Emprego para o concelho.

Câmara reforça apoio a bombeiros voluntários

Bombeiros de Canha comemoram 32.º Aniversário No dia 7 de junho, o Corpo de Bombeiros Voluntários de Canha comemorou o seu 32.º aniversário. Promoções, condecorações e a bênção de quatro novas viaturas fizeram parte do programa das comemorações. Nuno Canta, presidente da Câmara do Municipal do Montijo, ofereceu à Associação, em nome da autarquia, um cheque no valor de 31 mil euros. Na cerimónia, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Canha, Urbano Emídio afirmou que as quatro viaturas inauguradas têm o apoio da Câmara Municipal do Montijo, da Junta de Freguesia de Canha, da União das Freguesias de Pegões, bem como, dos proprietários das herdades da Espadaneira, Escatelar

e terras de São Julião. Para o comandante estes veículos “juntamente com o esforço e dedicação de homens e mulheres desta casa vão certamente melhorar a nossa capacidade de intervenção”. Na cerimónia, o presidente sublinhou que, para além do cheque “destinado a aquisição de novos veículos de combate a incêndios florestais”, a autarquia “reforçou a capacidade dos corpos operacionais com a recente aquisição de novos equipamentos de proteção individual”. Na sessão solene foram promovidos três bombeiros de segunda, entregues medalhas da Liga de Bombeiros Portugueses a vários bombeiros por tempo de serviço e lembranças a entidades que colaboram com a Associação.

Desde o início deste mandato autárquico, que a Câmara Municipal do Montijo fortaleceu o seu apoio aos agentes de proteção civil do concelho, nomeadamente à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Montijo e à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Canha. Neste âmbito, após um amplo consenso, foram estabelecidos protocolos que reforçaram as verbas transferidas pela autarquia para as duas corporações, num investimento anual de 156 mil euros. Para além da transferência anual de verbas, dentro das suas possibilidades, a Câmara Municipal do Montijo tem procurado contribuir para minimizar as necessidades das duas corporações através do apoio na aquisição de equipamentos imprescindíveis à

execução do trabalho diário dos soldados da paz. Recentemente, por exemplo, foram entregues simbolicamente os equipamentos de proteção individual para combate de incêndios em espaços naturais adquiridos pelos municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) e da Península de Setúbal ao abrigo da candidatura ao Programa Operacional Valorização do Território/Quadro de Referência Estratégico Nacional (POVT/ QREN) apresentada pela AML. A comparticipação do Município do Montijo atingiu o montante de 1 923,32 euros e permitiu a aquisição de equipamentos, como calça e dólmen, botas, cógula, luvas e capacetes, para as duas corporações de bombeiros voluntários do concelho. Na reunião de câmara de 27 de maio foi, igualmente, concedida

Dia Internacional dos Museus A música visitou o Museu Municipal Casa Mora, no dia 18 de maio, nas comemorações do Dia Internacional dos Museus. Perante uma plateia que encheu o Salão Azul do Museu Municipal, os grupos Sinfonias ao Luar e Guitarras de Amigos da Escola de Artes Sinfonias & Eventos foram responsáveis por sonoridades únicas e momentos inesquecíveis. Um dia simbólico “para quem quer incentivar a cultura, um dia importante que tem como desígnio ligar mais as comunidades aos seus museus e mostrar a importância que a história, a memória e as tradições têm na construção dos caminhos do futuro”, afirmou o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta.

uma comparticipação financeira no valor de 31 mil euros para a aquisição de um veículo de combate a incêndios florestais para os Bombeiros Voluntários de Canha. Em julho de 2014, a autarquia já tinha atribuído um apoio financeiro de 13 mil euros aos Bombeiros Voluntários do Montijo e de 8 mil euros à corporação de Canha para aquisição de ambulâncias. No quadro das suas competências, a Câmara Municipal do Montijo vai continuar empenhada no apoio ao dispositivo de proteção civil do concelho, procurando contribuir para o reforço dos seus diversos agentes com meios adequados ao desempenho eficaz das suas funções de segurança, proteção e socorro da nossa comunidade e dos nossos cidadãos.


6

Montijo hoje | JUNHO de 2015

Duo Store vence Montras em Flor

A iniciativa Vamos Florir o Montijo lançou o desafio ao comércio local para florir as montras e mais de 70 comerciantes aderiram. A eleição da montra mais bonita foi realizada através do facebook da autarquia e a grande vencedora foi a loja Duo Store, na Rua Almirante Cândido dos Reis, com 599 gostos. O cabeleireiro Espaço Paulo Caetano, situado na Rua Joaquim Serra, classificou-se em segundo lugar, com 561 gostos e em terceiro lugar, com 384 gostos, ficou a loja B Styles, localizada na Praça da República. A Câmara Municipal do Montijo agradece a excelente participação e criatividade de todos os comerciantes envolvidos que foram fundamentais para o sucesso do Vamos Florir o Montijo e felicita a loja vencedora.

Vamos florir o Montijo A palavra Flor vestiu-se de gerberas de várias cores no arranque do projeto municipal Montijo Lugar de Encontros, no dia 9 de maio. A iniciativa Vamos Florir o Montijo animou entusiasticamente a Praça da República e demonstrou, mais uma vez, que Montijo é Capital da Flor. Durante toda a manhã, dezenas de pessoas participaram na construção da palavra Flor com gerberas, cedidas pela Associação de Produtores de Plantas e Flores Naturais. Uma manhã muito florida e animada com as atuações do grupo de percussão Batucando e da Orquestra Ligeira da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro. A abertura do projeto Montijo Lugar de Encontros revelou-se “um excelente exemplo da feliz cooperação entre as forças vivas da cidade. O fundamento de um projeto tão alargado como este é a defesa da tolerância como condição indispensável ao progresso e desenvolvimento cultural da nossa terra”, afirmou o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta. Num concelho que se destaca por ser o maior produtor de gerberas da Península Ibérica, o evento contou, ainda, com a presença de Tó Romano, diretor da Central Models e mentor do Eva Dream, um projeto que tem como sonho Florir Portugal. A Câmara Municipal do Montijo continua empenhada em florir o Montijo. Junte-se a esta ideia e durante as Festas Populares de São Pedro, que decorrem de 25 a 30 de junho, coloque flores na sua janela ou varanda. Um simples gesto que pretende que a nossa cidade seja a celebração das flores e motivo de admiração para quem nos visita. Faça florescer esta ideia e torne o Montijo a cidade mais florida de Portugal!

Montras em Flor

Duas marcas, um conceito, um espaço Diferença é palavra-chave no conceito da Duo Store. Um espaço que é na realidade uma parceria entre duas marcas: a MIM, propriedade de Vânia Figueiredo e a OCRE de Carla Caninhas. “São duas marcas distintas a funcionar no mesmo espaço. Juntámos a MIM, que vende roupa de criança, à OCRE cuja oferta se dirige à mulher e trouxemos um conceito novo, uma ideia inovadora que nos permite rentabilizar custos e apostar no centro da cidade. Somos do Montijo e queremos que este conceito diferente, também, motive outros a inovar”, realça Carla Caninhas. A Duo Store abriu portas há um ano e o balanço é positivo: “este espaço esteve fechado durante muito tempo e quando abriu sentimos que foi uma lufada de ar fresco. Temos muitos clientes do

Montijo, mas também estamos a conquistar clientes de outras zonas, que encontram na nossa loja qualidade e alguma oferta exclusiva”, afirmam.

A criatividade e a originalidade da Duo Store esteve bem visível na execução da montra que venceu o concurso Montras em Flor: “juntámos as flores ao estilo vin-

tage e hippie chic da loja. Pesquisámos dentro do tema, não gastámos muito dinheiro e fizemos uma montra bonita e elegante, com alguns pormenores que nos diferenciaram como a moldura de flores para tirar fotos que foi um sucesso”. “A iniciativa foi muito gira, bem enquadrada e divulgada e ficámos surpreendidas pela adesão das pessoas que vieram ao Montijo nessa manhã para ver o Vamos Florir o Montijo. Foi uma ótima forma de divulgar que no Montijo, também, há comércio de qualidade”, acrescentam. Esta ação permitiu projetar a Duo Store, a MIM e a OCRE. “Notámos que ao visitarem a página do facebook da câmara para votar nas montras, as pessoas visitavam também o facebook das nossas lojas. Tivemos um aumen-

to no número de gostos e de fãs”, esclarecem. Carla e Vânia incentivam a autarquia a prosseguir a dinamização da cidade e do seu comércio e deixam o desafio: “não podemos ficar à espera de terceiros. Temos de puxar pelos nossos negócios, pesquisar novidades, sermos criativos, inovadores e diferentes, oferecendo aos nossos clientes propostas atuais e de qualidade”. Para conhecer melhor a oferta da MIM e da OCRE visite a Duo Store, na Rua Almirante Cândido dos Reis, n.º 19. Pode, ainda, encontrar a MIM em Lisboa, na Avenida Estados Unidos da América, e a OCRE na zona do Saldanha, no Montijo. Nas redes sociais visite, individualmente, as páginas no facebook, MIM e OCRE.


JUNHO de 2015 | Montijo hoje

7

Festas Populares de S. Pedro com mais emoção As Festas Populares de São Pedro este ano estão diferentes. Vão ser maiores. Com mais cor, mais sabor, mais ritmo e muitas emoções para serem vividas, ao rubro, de 25 a 30 de junho. São esperados cerca de 300 mil visitantes. Vão ser inúmeras as tentações destes dias peculiares na cidade. Um programa vasto e diversificado adequado a todas as faixas etárias que conta com a participação de coletividades, associações, tertúlias, entre outras entidades do concelho. As cores e formas do arraial, de 4.5 quilómetros, revestido por 50 mil lâmpadas vão marcar o trajeto a percorrer nestas festas populares. Pela primeira vez três igrejas vão estar decoradas. As varandas e becos temáticos vão estar adornados, com as cores do arco-íris, com mais de 10 mil flores e outros elementos decorativos produzidos, durante três trabalhosos meses, pelas mãos habilidosas e criativas de voluntárias, com a preciosa ajuda dos idosos das IPPS do concelho.

Muita cor vai definir, também, o desfile das Marchas Populares, às 22h00, no dia 28 de junho. Este ano são seis a desfilar e a vizinha Lisboa já confirmou presença com as Marchas Populares da Graça e da Bica. As festas também são feitas de sabores. À meia-noite de sexta – feira (26 de junho) o sabor é de carne assada. Mais de uma tonelada de carne distribuída por 22 fogareiros na Noite de Comes e bebes. Este ano, e pela primeira vez, num gigantesco churrasco da Rua Joaquim de Almeida à Avenida e Bairro dos Pescadores. Sete palcos e mais de 1.000 artistas vão marcar o ritmo das festas. A música vai estar por todo o lado. Há para todos os gostos. Novidade é que a música vai voltar aos pátios e que os Amor Electro vão atuar no dia 30 de junho. O Bibe Elétrico, presença indiscutível nas festas atua nos dias 25 e 27 de junho para arrastar multidões. O desporto também vai marcar com mais alento estas festas: dança, canoagem, street basket, marcha e outras atividades des-

portivas garantem um ritmo saudável. Emoção, garra e afición é o que os amantes das largadas e touradas podem esperar este ano das festas populares. Há largadas todos os dias, com novas trincheiras e touros embolados. A Praça de Toiros Amadeu Augusto dos Santos recebe a 5.ª Grande Corrida da Adega de Pegões, no dia

27 de junho, às 22h00, com os cavaleiros João Moura Caetano, João Moura Jr. e Bastinhas Jr. Na vertente religiosa, a emoção é vivida no dia dedicado a São Pedro (29 de junho). É o ponto alto das comemorações com as habituais procissões fluvial e noturna. Depois de seis dias emoções fortes, as festas terminam da me-

lhor forma, no dia 30 de junho com o espetáculo multimédia e piromusical e a tradicional Queima do Batel. Às 00h00 na Frente Ribeirinha, mais de 20 mil disparos de peças pirotécnicas vão pintar o céu da cidade de novas cores. Junho é época dos Santos Populares. São Pedro convida, venha festejar connosco!

Lugar de Encontros soma sucessos Pelo segundo ano consecutivo, o Jardim Casa Mora registou uma grande enchente de público no evento Danças e Ritmos do Mundo, no dia 29 de maio. A Escola de Artes Sinfonias & Eventos, a Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro e o Rancho Folclórico Juventude Atalaiense mostraram as suas melhores performances nas danças de salão, samba, folclore, hip hop, dança contemporânea e sevilhanas, numa noite de grande diversidade cultural.

No dia 13 de junho, nem o tempo instável impediu a segunda edição do Montijo na Moda, no Jardim Casa Mora. O Grupo de Seranatas Sinfonias ao Luar abriu o evento que contou com a participação das lojas Casa Garcia, Mr. Kim, Chic, AB7, BStyles, Lady Malagueta e Lojas Bambil. Os eventos Danças e Ritmos do Mundo e Montijo na Moda foram organizados pelo Grupo Mãos à Obra em parceria com a

Câmara Municipal do Montijo. O projeto Montijo Lugar de Encontros é promovido pela câmara em parceria com o movimento associativo, o comércio local e outras entidades do concelho. Até 25 de julho, não perca os próximos eventos no Jardim Casa Mora, Praça da República, Parque Municipal e Passeio do Cais. Consulte toda a progamaçao em www.mun-montijo.pt.


8

Montijo hoje | JUNHO de 2015

Herdade de Espirra – Pegões

Um dos maiores viveiros de plantas florestais da Europa Inovação, qualidade e liderança fazem parte do código genético da Portucel/Soporcel, um dos maiores grupos empresariais do país que fixou em Pegões, no Montijo, um dos maiores viveiros de plantas florestais da Europa. Com uma área de 1 700 hectares de terreno, a Herdade de Espirra abrange os concelhos do Montijo, de Palmela e de Vendas Novas e é propriedade do grupo Portucel/ dor para a área florestal da PortuSoporcel, onde se localiza a Vivei- cel/Soporcel. ros Aliança, empresa do Grupo. A Viveiros Aliança assume, asOs números de produção anual sim, um papel primordial na esda Herdade de Espirra são impres- tratégia da Portucel pela concretisionantes: seis milhões de plantas zação do trabalho de investigação clonais de eucalipto, dois milhões desenvolvido pelo Grupo, perde plantas de eucalipto seminal e mitindo-lhe assegurar o primeiro 200 mil plantas de 130 espécies passo no processo de produção ornamentais e aromáticas. própria de matéria-prima para as No total, as três unidades da Vi- suas necessidades e disponibilizar veiros Aliança (Pegões, Abrantes melhores e mais produtivas plane Penamacor) têm uma produção tas para os produtores florestais anual de 12 milhões de plantas, nacionais. numa atividade agroflorestal muiPara além da importância estrato diversificada que inclui várias tégica, a Viveiros Aliança é fundaespécies autóctones do país, como mental na política de sustentabilitambém plantas aromáticas e or- dade ambiental da Portucel: “há na namentais. sociedade a ideia Uma produção errada que os euque, aliada a oucaliptos degradam tras vertentes de os solos. Se assim negócio como os fosse não conseserviços na área guíamos, através da intervenção de replantações, paisagística, reprecontinuar a obter senta um volume mais produção. A de faturação anual nossa política de na ordem dos 2 sustentabilidade milhões e 500 mil ambiental assenta euros. em boas prátiÉ na Herdade cas florestais que de Espirra que se mantém a integricruzam dois dos dade e aumentam elementos fulcrais “O Grupo Portucel a fertilidade dos da matriz identitáque garané o maior exportador solos, ria do Grupo Portem aumentos de de valor acrescentado produção e getucel: a inovação e a qualidade. Num nacional. Mais de 70 por ração de riqueza processo de pro- cento do que produzimos para nós e para fundas raízes cien- é valor gerado em Portu- quem produz e tíficas, a Viveiros gal, o que não acontece que assegurem a Aliança aplica a com outras indústrias biodiversidade”, ciência e a invesassegura o engeque precisam de im- nheiro João Lé. tigação desenvolportar para conseguir Sustentabilidavida pelo Grupo na produção de exportar”. de ambiental que plantas clonais de João Lé se cruza com a eucalipto. sustentabilidade Trata-se da “proeconómica tanpagação a partir de um conjunto to da Portucel como da Viveiros de indivíduos, que chamamos de Aliança: “a indústria de base flopés-mãe, que são cópias fiéis da restal não é sustentável recorrenmesma planta e que resultam de do à importação e, em Portugal, um processo de melhoramento estamos limitados pela falta de genético, seleção, cruzamentos e matéria-prima. Por isso, estamos testes no campo da espécie euca- a desenvolver um projeto em lipto glóbulos que é a nossa base Moçambique para a produção de principal de matéria-prima. Em pasta de eucalipto, um projeto de média, são necessários 15 anos produção de pellets nos Estados para obtermos um clone”, explica Unidos e a aumentar a nossa dio engenheiro João Lé, administra- versidade de negócio em Portugal

com a produção de papel tissue”. Um futuro que anda de mãos dadas com o futuro económico do país, pois “esta indústria constitui, hoje, cerca 10 por cento das exportações portuguesas de bens. O Grupo Portucel é o maior exportador de valor acrescentado nacional. Mais de 70 por cento do que produzimos é valor gerado em Portugal, o que não acontece com outras indústrias que precisam de importar para conseguir exportar, frisa o administrador da Portucel. O Grupo Portucel/Soporcel tem um volume de negócios de 1.6 mil milhões de euros. Passou de uma empresa produtora de pasta de eucalipto e de pinho para um grupo que produz pasta de papel, papel e energia, entre outros produtos e serviços, dedicando-se igualmente à investigação na área florestal. Em 1957, lançou a primeira fábrica de produção de pasta branqueada de eucalipto ao sulfato, um processo inovador em Portugal que, ainda, hoje, é usado em todo o mundo. Tem atualmente instalada a maior e mais sofisticada máquina do mundo para a produção de papéis finos de escritório e para a indústria gráfica. A Viveiros Aliança e o Montijo A Portucel/Soporcel adquiriu a Herdade de Espirra, em Pegões, no ano de 1985. Desde então foram realizados diversos investimentos, com destaque para o ano de 2012. Com um investimento de 2 milhões e 500 mil euros foi possível ampliar a capacidade do viveiro e modernizar todo o seu processo de produção. Apesar do carácter de sazonalidade, na Herdade de Espirra trabalham, regularmente, cerca de 60 pessoas, o que é demonstrativo da sua importância em termos de empregabilidade para a região de Pegões e concelhos vizinhos. Para além do emprego direto, a Viveiros Aliança assume, naturalmente, um papel dinamizador da atividade económica da região, através do recurso a empresas locais para a prestação dos mais variados serviços. Numa área do concelho do

Montijo predominantemente rural, João Lé acredita no potencial do concelho para a implantação de atividades agroflorestais: “para além da localização pri-

vilegiada, esta região tem boas condições de orografia e solos adequados. É um concelho com potencial ainda por aproveitar, mas que tem vindo a ser dinamizado de forma muito intensa e visível por quem gere o concelho e, sobretudo, porque tem condições ímpares para se desenvolver”. Numa perspetiva de apoio às atividade económicas instaladas no concelho, o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, visitou à Herdade de Espirra, no dia 5 de junho, e demonstrou a total disponibilidade e interesse da autarquia em colaborar com a Viveiros Aliança na dinamização da fileira florestal no concelho e no país.

Município entrega caderno de encargos à ANA Um caderno de encargos com os investimentos necessários para acolher o novo aeroporto para os voos low cost na Base Aérea N.º 6 do Montijo foi entregue pelo município à ANA – Aeroportos de Portugal. Entre as infraestruturas mais relevantes, foram indicadas a necessidade de concluir a Circular Externa até ao Seixalinho, a construção da Avenida do Seixalinho com ciclovia, uma nova ligação viária à Ponte Vasco da Gama, a melhoria dos transportes públicos e a prestação do abastecimento de água e do tratamento dos esgotos ao novo aeroporto pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento do Montijo. Este caderno de encargos do município foi entregue durante

uma reunião, realizada no dia 27 de maio, entre o presidente Nuno Canta e Jorge Ponce de Leão, CEO da ANA que confirmou a opção pela utilização dos terrenos públicos da Base Aérea nº 6 para o aeroporto para os voos low-cost. O administrador da ANA confirmou, igualmente, os estudos em curso sobre as condições de utilização da pista, sobre os impactos ambientais e sobre os efeitos no ordenamento do território. A Câmara Municipal do Montijo está empenhada em atrair investimento e emprego para a cidade e, ao mesmo tempo, em garantir um aeroporto orientado pelas melhores práticas ambientais conhecidas.


JUNHO de 2015 | Montijo hoje

9

Dia Mundial do Ambiente

Cápsula do Tempo reaberta em 2030 Um apagador de giz, uma caneta bic ou um livro vão existir daqui a 15 anos? A questão foi levantada por alunos do 1.º ciclo que participaram na cerimónia de encerramento da Cápsula do Tempo, no dia 5 de junho, no Parque Municipal. No âmbito das comemorações do Dia Mundial do Ambiente, alunos das escolas básicas Ary dos Santos, Joaquim de Almeida, Liberdade, Caneira e Alto Estanqueiro produziram desenhos e textos onde disseram qual o objeto ou produto que acham que daqui a 15 anos possa já não existir ou ser fator determinante nas alterações ambientais. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, também deixou o seu testemunho na cápsula do tempo: “uma carta que espelha a ideia de cida-

de que estamos hoje a construir e que queremos que daqui por 15 anos seja uma realidade, com mais infraestruturas verdes mas também uma cidade que tenha pessoas que se toleram entre si e que aceitem a diversidade e as

diferenças entre uns e outros. É essa a cidade que queremos no futuro”, disse. Os trabalhos foram colocados na cápsula e a mesma enterrada num canteiro junto ao brasão da cidade onde é possível ler-se a

gravação: testemunhos de hoje, preocupados com o ambiente de amanhã. A Casa do Ambiente da Câmara Municipal do Montijo pretendeu com esta iniciativa que, num futuro próximo, se possam reti-

rar conclusões acerca dos nossos tempos e do impacto sobre o meio ambiente sofrido nesse período. A cápsula do tempo tem abertura prevista para o dia 5 de junho de 2030.

Montijo Jovem entrega prémio Com a obra Corpo Casa Mundo, David Elrich foi o grande vencedor do VII Concurso de Poesia e Ficção Narrativa Montijo Jovem. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, entregou o prémio ao jovem numa cerimónia que decorreu no dia 14 de maio, no Jardim Casa Mora, no âmbito da Semana da Juventude. Nuno Canta relembrou que o prémio Montijo Jovem foi criado “por entendermos que os jovens têm um papel imprescindível na construção da cidadania” e considerou que o concurso é “a

celebração da língua e literatura portuguesas”. David Elrich, que já tinha vencido este concurso em 2009 também na categoria de poesia, destacou a importância do prémio como medida pública: “vivemos numa era em que se diaboliza o serviço público e estas iniciativas provam que vale a pena existir entidades públicas que apostam na cultura e nas pessoas”, afirmou. Para além do prémio no valor de 1250 euros, David Elrich tem, ainda, a oportunidade de ver publicada a sua obra.

No total, concorreram dez trabalhos ao VII Concurso de Poesia e Ficção Narrativa. O júri concedeu uma menção honrosa, na modalidade de poesia, a Helena Simões com a obra “Vagabundo” e optou por não atribuir prémio na categoria de ficção narrativa. Desde 2001, que o Concurso de Poesia e Ficção Narrativa tem sido um exemplo de sucesso na política cultural do município do Montijo, tanto pela quantidade dos trabalhos concorrentes como pela qualidade das obras vencedoras.

Eco Camping abre em Pegões Um novo projeto de turismo de natureza abriu no concelho do Montijo, concretamente na União das Freguesias de Pegões. O Siriuspark foi inaugurado pelo presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, no dia 10 de junho. “Muitas destas novas dinâmicas empresariais resultam da aposta conseguida da nossa política em acolher, facilitar e incentivar o investimento, uma política que aproxima a câmara do tecido empresarial do concelho”, afirmou Nuno Canta.

Perante dezenas de convidados, os proprietários do Siriuspark, Paula e Jorge Paulino, expressaram a sua satisfação pela abertura do espaço, um “local de lazer onde podemos proporcionar férias a crianças, promover eventos, festas e outras atividades”, afirmaram. O Siriuspark é uma unidade de eco camping, instalada em sete hectares de terreno na zona das Faias. Um investimento na ordem dos 300 mil euros, com financiamento a 60 por cento do Proder – Programa de Desenvolvimento Rural.


10

Montijo hoje | JUNHO de 2015

Novo espaço da Casa do Benfica No dia da consagração do bicampeonato, 23 de maio, a Casa do Benfica do Montijo festejou duplamente com a inauguração de um novo espaço no 1.º andar da sua sede, localizada na Praça da República. Um momento simbólico que reuniu dezenas de benfiquistas,

aos quais se juntaram o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, o vicepresidente do Sport Lisboa e Benfica, Domingos Almeida Lima, o diretor do departamento das Casas do Benfica, Jorge Jacinto, e antigas glórias do Benfica como Hernâni e Edmundo.

O presidente Nuno Canta relembrou o percurso efetuado pela Casa do Benfica do Montijo que começou “por um sonho que se realizou em 1992, concretizado depois ao longo de 23 anos de existência”, acrescentado que a cidade está “orgulhosa daqueles que através do desporto engradecem o Montijo”. Visivelmente emocionado, o presidente da Casa do Benfica do Montijo, Raul Carvalho, agradeceu todo o apoio prestado pela câmara e pela Junta da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro na concretização das instalações da Casa do Benfica na Praça da República que são, de acordo com as suas palavras, um legado para as “gerações futuras, para os nossos jovens das classes de formação”.

As instalações da Casa do Benfica do Montijo passaram, assim, a contar com um novo espaço que proporciona melhores con-

dições para o desempenho das classes de formação e para a atividade diária dos corpos sociais da instituição.

Montijo debate futebol Uma jornada intensa de debate e reflexão sobre o desporto rei teve lugar no passado dia 22 de maio, no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida (CTJA). Uma centena de pessoas ligadas à modalidade não perdeu o I Seminário de Futebol, organizado pela Câmara Municipal do Montijo e pela Academia de Talentos do Tejo, que contou com nomes sonantes do futebol português como Manuel Fernandes, Dauto Faquirá ou Arnaldo Cunha. A sessão de abertura esteve a cargo do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, do presidente da Academia Talentos do Tejo, Joaquim Assunção e do vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Rui Manhoso. O presidente Nuno Canta afirmou a sua convicção que “ao seguirmos a ideia de mente sã em corpo são queremos construir uma cidade saudável onde o desporto é

condição para o progresso e para o desenvolvimento das pessoas”. O discurso do vice-presidente da FPF, Rui Manhoso, teve como notas de destaque a exaltação da qualidade dos técnicos de futebol portugueses e a importância de iniciativas como o I Seminário de Futebol na formação dos técnicos e no relançamento da região de Setúbal “como viveiro do futebol português”, afirmou. O presidente da Academia Talentos do Tejo, Joaquim Assunção, expressou o seu desejo que o I Seminário de Futebol tivesse como principal mérito contribuir para o debate e reflexão sobre questões relacionadas com a modalidade. Durante todo o dia, no palco do CTJA, o futebol português sob a perspetiva do treinador e o passado, o presente e o futuro da formação de treinadores foram os grandes temas abordados por um vasto conjunto de especialistas.

Espaço Oposição

BE

QUE ESCOLHAS? O nosso país prepara-se mais uma vez para eleições legislativas. A época que vivemos é difícil e o futuro cada vez mais tenebroso. Não se vê luz ao fundo do túnel após 4 longos anos de desemprego, menos poder de compra, menor qualidade de vida, as desigualdades económicas acentuam-se, o aumento do desânimo dos portugueses. O que houve de bom nestes 4 anos de legislatura PSD/CDS?

Muita parra e pouca uva, a propalada ideia de crescimento não existe, o desenvolvimento também não, o nosso país esta bem pior e os seus habitantes também. Os bancos privados somam prejuízos e escondem a realidade do sistema. As actividades económicas só conseguem singrar com os apoios do estado, quer seja em benefícios fiscais quer seja em perdões fiscais. Milhões de euros são todos os anos

escamoteados nestas “rubricas”, quem paga, o contribuinte. Os partidos que concorrem a estas eleições têm de ter respostas para o desemprego, para a lentidão da justiça, para as amnistias fiscais, para a prescrição de processos, combater a fraude e evasão fiscal, para combater a corrupção e o tráfico de influências, o enriquecimento ilícito, etc. São milhares de milhões de euros todos os anos perdidos para alguém e não para o nosso

país. Um mar pantanoso e cinzento de incerteza é o que temos. É urgente mudar de políticas. Os cidadãos têm uma opção, ou participam nestas eleições, mais que não seja através do voto ou então não podem continuar a assobiar para o lado e por a culpa em todos menos neles próprios. Sejamos audazes nas nossas escolhas e não nos deixemos vencer pelo desânimo e pelo cansaço. Não nos podemos deixar ludibriar pelos que agora

aparecem sob a capa de partidos ou movimentos políticos salvadores. Sejamos audazes nas nossas escolhas. Eu já fiz a minha “Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país.” John F. Kennedy

Ricardo Caçoila BE Montijo


JUNHO de 2015 | Montijo hoje

11

Abertura ano náutico da Marinha do Tejo A cidade do Montijo foi palco da abertura do Ano Náutico da Marinha do Tejo, no passado dia 11 de abril. Um ato simbólico organizado pela Associação Náutica Montijense com o

apoio da Câmara Municipal do Montijo. A cerimónia reuniu membros de diversas associações náuticas e proprietários de embarcações do Rio Tejo e contou

com a presença do Chefe de Estado-Maior da Armada, Almirante Luís Macieira Fragoso, e do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta. .

Semana Aberta 2014/2015 Espetáculos, exposições e palestras fizeram parte do cardápio de mais uma semana aberta da Universidade Sénior do Montijo, entre os dias 1 e 11 de junho. A iniciativa visou divulgar os resultados do trabalho concretizado, ao longo do ano, pelos alunos da Universidade Sénior nas diversas disciplinas. De entre as inúmeras atividades destaque para a palestra “Os avós na sociedade contemporânea” proferida por Fátima Goulão, docente do Departamento de Educação Ensino à Distância da Universidade Aberta, no dia 8 de junho, no auditório da Casa

Lions

Senhorial Quinta do Saldanha. O espetáculo de encerramento do ano letivo 2014/2015 da Universidade realizou-se no dia 11 de junho, no Cinema Teatro Joaquim d’Almeida. Na cerimónia foram homenageados os professores voluntários e apresentados apontamentos de teatro, zumba e danças tradicionais. O espetáculo contou, ainda, com fados e a atuação da Tuna Académica da Universidade Sénior. Até 26 de junho está patente uma exposição com trabalhos da disciplina de Artes Decorativas, nos Paços do Concelho.

Homenagens e distinções marcam aniversário O Lions Clube do Montijo festejou o seu 23.º aniversário, no dia 22 de maio, no Museu Agrícola da Atalaia. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, o vice-presidente, Francisco dos Santos, e o presidente da Junta da União das Freguesias do Montijo e Afonsoeiro, Fernando Caria, estiveram presentes na cerimónia.

No evento houve lugar à admissão de dois novos sócios, João Paulo Dinis, que recebeu a Comenda de Melvin Jones e José Manuel Sarreira Lopes, homenageado pelos seus 20 anos ao serviço dos Lions. O Governador do Distrito do Lions Clube, Américo Marques, entregou a quarta distinção de Clube de Excelência.

Recorde-se, que o Lions Clube do Montijo é um Clube de Serviço e foi fundado em 30 de maio de 1992. Faz parte da Associação Internacional de Lions Clubes e desenvolve ações como o programa PERA – Programa Escolar de Reforço Alimentar, rastreios visuais junto das escolas, entre outras ações em prol da comunidade montijense.

Plano Municipal para a Integração dos Imigrantes No próximo dia 23 de junho terá lugar a apresentação pública do Plano Municipal para a Integração dos Imigrantes, a partir das 9h30, na Galeria Municipal. A entrada é livre. O plano é o resultado de um protocolo de parceria assinado entre a câmara e o Centro de Estudos para a Intervenção Social (Cesis). A iniciativa teve por base uma candidatura aos fundos comunitários, no valor de dez mil euros, para a Integração de Nacionais de Países Terceiros. A cerimónia vai contar na abertura dos trabalhos com Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, e

Pedro Calado, Alto-Comissário para as Migrações. A integração dos imigrantes no município de Montijo: Presente, Passado e Futuro será o painel apresentado nesta iniciativa que contará com as intervenções de Maria Clara Silva, vereadora do pelouro de Desenvolvimento Social e Promoção da Saúde da Câmara Municipal do Montijo, e de Ana Cardoso do Cesis. O encerramento estará a cargo da vereadora Maria Clara Silva e de Paula Moura, coordenadora do Gabinete de Apoio às Politicas Locais do Alto-Comissário para as Migrações.


junho

2015

7

Rosa-Cão no CTJA Xadrez

Open Festas S. Pedro O Ateneu Popular do Montijo, em colaboração com a Comissão de Festas de São Pedro, volta a dinamizar o Open de Xadrez Festas Populares de São Pedro, no dia 28 de junho, a partir das 15h00, na Praça da República. As inscrições são gratuitas e estão abertas até ao dia 27 de junho através do email ateneu. popular.montijo@gmail.com. Podem participar pessoas federadas e não federadas. O torneio joga-se em sistema suíço a seis sessões. Haverá troféus para os primeiros cinco classificados, para melhor jogador do Montijo, entre outros. Participe!

Museu Agrícola

As Plantas na Primeira Globalização

O espetáculo Rosa-Cão sobe ao palco do Cinema Teatro Joaquim d’Almeida (CTJA), nos dias 27 e 28 de junho, às 16h30. A entrada é livre. Com direção, interpretação e figurinos de Ainhoa Vidal e música de Pedro Gonçalves, Rosa-Cão é um solo de dança acompanhado por projeções de animação audiovisual e uma composição musical inédita tocada ao vivo e em tempo real. Conta a história de uma mulher, metade rosa, metade cão, metade flora, metade animal, metade controlo, metade selvagem. De equilíbrio frágil, Rosa-

Cão vivia mascarando a sua profunda natureza de contradições e opostos. No seu corpo com espinhas, ladridos, raízes e pegadas, corria uma natureza delicada, forte, intempestiva, temperamental, vulcânica e bela. Rosa-Cão abraçou o mundo, criando no interior das suas quatro paredes a natureza compacta do encontro selvagem. Esta peça é a entrada, por uma janela, neste seu universo. Um espetáculo com organização da Artemrede. Multidisciplinar // M/6 // 16h30

Compulsão Metafórica faz a sua força. E também o seu equilíbrio. Desde 1983 que Luís Athouguia vem apresentando os seus trabalhos em centenas de relevantes exposições e bienais de arte em Portugal, Espanha, França, Alemanha e Itália. Considerado um dos grandes talentos no mundo artístico da sua geração, foi distinguido com o Prémio Vespeira na Bienal do Montijo 1997 e com o Prémio do Salão da Sociedade Nacional de Belas Artes 2011.

3.ª a 6.ª feira – 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Sábado – 14h00 às 18h00. Encerra ao domingo.

03 21h30

04 sábado

10h00 às 13h00 21h30

Escola de Música Artesão do Som de Alcochete

Encontros com o Desporto Praça da República

Aproveite esta oportunidade, venha praticar as modalidades Zumba e Fitness e passe uma manhã divertida no centro da cidade. Org: CMM ¦ Apoio: Movimento Associativo

Cantata Encenada

Casa Mora

O Segredo da Floresta e a Cantata pela Liberdade. Participação do Coro Infantil e Coro Juvenil do Conservatório Regional de Artes do Montijo. Org: CMM ¦ Apoio: CRAM

10

Coqueteila-te!

11

Stand Up Comedy

21h30

Passeio do Cais Noite de Cocktails e muita música. Org: CMM ¦ Apoio: Associação Frente Ribeirinha

Jorge Serafim Casa Mora

Através do humor e de histórias criadas com grande originalidade, venha assistir a este espetáculo notável. Org: CMM

17

A Música e o Vinho

18

Summer Day

sexta

18h00

sábado

10h00 às 13h00

mais conhecidos ceramistas barcelenses. O figurado de Barcelos, produto artesanal certificado, encerra em si características únicas, tanto nas formas como nas cores, distinguindo-se facilmente de qualquer outra produção artesanal em barro. Hoje assume-se como uma forma única e original de ilustrar as nossas tradições, neste caso os Santos Populares esculpidos por mestres artesãos que, ao longo dos anos, vão perpetuando esta expressão artística. A não perder. A entrada é livre!

Grupo Gerações

Org: CMM ¦ Apoio: Escola de Música Artesão do Som de Alcochete

sábado

O título é sugestivo e alia a singularidade e tradição do figurado de Barcelos, à temática dos Santos Populares. Até 31 de julho, visite o Museu Municipal Casa Mora e surpreendase com a exposição Santos da Casa. A inauguração está agendada para 26 de junho, às 21h00, em plenas Festas Populares de São Pedro. Numa parceria com a Câmara Municipal de Barcelos, a mostra inteiramente dedicada aos três santos populares mais festejados no país: Santo António, São João e São Pedro, apresenta diversas peças, dos

Concerto

Praça da República

sexta

Santos da Casa

Horário:

2015

21h30

A troca de plantas entre continentes é o tema da exposição As Plantas na Primeira Globalização patente no Museu Agrícola da Atalaia, até 2 de setembro. Nesta mostra bilingue, constituída por 18 painéis, apresentamse frutos e sementes organizados pela área geográfica de origem. A exposição é produzida e cedida pelo Instituto de Investigação Científica Tropical e baseia-se no livro “A Aventura das Plantas e os Descobrimentos Portugueses”, do professor José Mendes Ferrão.

Na obra, o autor aborda a troca de plantas entre continentes no período dos Descobrimentos, onde os portugueses foram pioneiros e responsáveis por introduzirem na Europa e noutros continentes diversas plantas e alimentos. Uma verdadeira herança cultural dos portugueses para descobrir no Museu Agrícola da Atalaia. A entrada é livre.

julho

sexta

Exposição

A Galeria Municipal do Montijo apresenta a exposição “Compulsão Metafórica” de Luís Athouguia. As palavras do escritor Manuel Silva Ramos são elucidativas da qualidade do trabalho de Luís Athouguia: “ninguém atualmente em Portugal faz uma pintura destas. O Luís Athouguia é único e inclassificável (não é surrealista nem deixa de ser quando afirma a sua reticência!) e é toda esta volúpia do sonho que

Programação

25 sábado

21h00

Moinho de Maré do Cais Prova de vinhos comentada com música. Pretende-se através da música expressar as características de cada um dos vinhos. Org: CMM

Zona Ribeirinha Junte-se à Festa de Encerramento dos Encontros com o Desporto, onde poderá assistir e praticar diversas modalidades desportivas. Org: CMM ¦ Apoio: Movimento Associativo

Fado em Orquestra Margarida Arcanjo & Orquestra GuitarDrums

Encerramento do Montijo Lugar de Encontros Casa Mora Venha assistir a este espetáculo original no privilegiado Jardim Casa Mora! Org: CMM

tro! sso Encon o n o a a h n Ve


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.