Montijo Hoje junho 2018

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Montijo Hoje I N F O R M A Ç Ã O

23 JUNHO

2018 II SÉRIE

M U N I C I P A L

Festas Populares de S. Pedro Nos bastidores deste imenso espetáculo estão homens e mulheres que gostam da terra onde nasceram ou para a qual vieram viver.


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Bombeiros de Canha comemoram 35.º aniversário 4

Capa Festas Populares de S. Pedro Procissão

Câmara e juntas assinam acordos de execução 7 Matay encerra Lugar de Encontros 9 Semana da Juventude enche Parque Municipal 11

Ficha Técnica

Especial

Festas Populares de S. Pedro 14-26

Periodicidade Bimestral Propriedade Câmara Municipal do Montijo Diretor Nuno Ribeiro Canta, Presidente da Câmara Municipal do Montijo Edição Gabinete de Comunicação e Relações Públicas Colaboração Mário Balseiro Dias Impressão Sogapal Comércio e Indústria de Artes Gráficas, S.A. Depósito Legal 376806/14 Tiragem 12 000 ISSN 2183-2870 Distribuição Gratuita

Obras

Estrada Velha da Atalaia 27 Ambiente

Relatório atesta qualidade do ar junto à Infal 30


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e d i t o r i a l

Festas Populares de S. Pedro Memória, tradição e modernidade

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unho é, por excelência, o mês dos Santos Populares. Para o Montijo e para os montijenses é o mês das sempre aguardadas Festas Populares de S. Pedro, celebração enraizada na nossa história e nas nossas gentes. As Festas Populares de S. Pedro são uma tradição que, tanto pela devoção dos pescadores nas procissões fluvial e noturna, como pelas festas típicas de cada tertúlia, conquistou um lugar no coração de todos os montijenses, numa relação afetiva que se perpetua no tempo, ao longo das gerações. Honramos o S. Pedro com o feriado municipal, com as procissões, com momentos de confraternização nas ruas, com os arraiais, os bailaricos, as largadas de touros, com o fogo de artifício, a queima do batel e um programa variado de outros eventos que espelham os valores da diversidade, da tolerância e da abertura, características tão particulares da nossa terra. São seis dias de tradições, de história e de cultura que resultam do empenho, da criatividade e do trabalho de centenas de pessoas e associações que se envolvem, de corpo e alma, na organização das festas e às quais, todos nós, enquanto montijenses, devemos um agradecimento sentido e profundo. Desde sempre que as Festas Populares de S. Pedro são um diálogo entre a tradição e a modernidade, um lugar de encontro de gentes e de culturas. Com as festas, o Montijo assume a sua dimensão de povoação centenária detentora de um património cultural e de uma história singular, mas assume igualmente a sua faceta de cidade aberta aos outros e ao mundo, uma característica que num futuro a breve trecho estará, ainda, mais visível com a implementação do novo aeroporto do Montijo. Sabemos que este é um desafio que nos trará mais desenvolvimento económico, mais emprego, mais riqueza, mais turismo, conferindo ao Montijo uma

ainda maior centralidade e atratividade na Área Metropolitana de Lisboa. Este é um desafio que iremos receber de braços abertos, mas com a convicção de que é fundamental não perder de vista os nossos valores e identidade, preservando, valorizando e projetando a nossa História, a nossa cultura e as nossas tradições. Para além de se constituírem como a grande afirmação da identidade coletiva montijense, as Festas Populares de S. Pedro são, cada vez mais, uma marca distintiva da cidade e contribuem de forma inequívoca para a nossa promoção turística. É com alegria e espírito de convívio e confraternização que os montijenses estão prontos para viver mais uma edição das Festas Populares de S. Pedro recebendo, de portas abertas, os milhares de visitantes que são esperados nas ruas do Montijo.

Com as festas, o Montijo assume a sua dimensão de povoação centenária detentora de um património cultural e de uma história singular, mas assume igualmente a sua faceta de cidade aberta aos

Viva as Festas Populares de S. Pedro!

outros e ao mundo, uma

Viva o Montijo!

característica que num Nuno Canta Presidente da Câmara

futuro a breve trecho estará, ainda, mais visível com a implementação do novo aeroporto do Montijo.

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PROTEÇÃO CIVIL

Bombeiros de Canha comemoram 35.º aniversário

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a passagem de mais um aniversário do Corpo de Bombeiros de Canha dois factos foram mencionados, por unanimidade, pelos intervenientes da sessão solene: a bravura dos bombeiros e o apoio incontestável da Câmara Municipal do Montijo às suas corporações, que a tornam uma referência na região. 17 de junho é uma data de má memória. Passou um ano da tragédia de Pedrogão Grande. Nes-

ta comemoração dos Bombeiros Voluntários de Canha foi recordado por todos, a dedicação o esforço e sacrifício dos Soldados da Paz. A cerimónia contou com inauguração e bênção de um conjunto de equipamentos de salvamento e desencarceramento no valor de 49000€, oferta da Câmara Municipal do Montijo, de dois veículos de transporte de doentes não urgentes adquiridos pela associação e do posto de combustível interno, fornecido pela Repsol.

A tomada de posse do adjunto de comando, António Manuel Silva Veríssimo, as condecorações da Liga dos Bombeiros Portugueses: medalhas de 5, 10, 15, 20 anos de serviço, e um crachá de ouro atribuído a um bombeiro com 44 anos de serviço voluntário marcaram as comemorações. O Comandante Urbano Emídio recordou que “os homens e mulheres dos Bombeiros Voluntários de Canha escolheram a missão de arriscar as suas próprias vidas para salvar outras que, porventura, nem conhecem. Este é o verdadeiro espírito de entrega, a mais profunda solidariedade para com o nosso semelhante. Fazemo-lo há 35 anos.” “Estamos muito felizes e orgulhosos neste corpo de bombeiros voluntários por todo este passado repleto de serviço público, de história e de sucesso”, admitiu, sublinhando que exemplo disso foi “a nossa atuação em vários teatros de operação no centro e norte do país no passado ano de 2017, na fase mais crítica do trágico ano que jamais vamos esquecer.” “As coisas grandes dizem-se em palavras simples e por isso queria-vos agradecer”, afirmou o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, dirigindo-se à corporação: “quando, no ano passado, os bombeiros do Montijo e de Canha combateram corajosamente o fogo, com o risco da própria vida, elevaram bem alto o exemplo máximo do que é a generosidade. Não esquecemos o empenho, a coragem e o sacrifício dos bombeiros”. O autarca afirmou que é imperativo “garantir, por isso, as condições necessárias ao funcionamento dos nossos bombeiros, para assegurar os meios de socorro aos canhenses e a toda a população. Vamos continuar a apoiar as nossas corporações. Estamos certos que essa é a vontade do povo”.


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GILBERTO FILIPE

Campeão do Mundo em Equitação de Trabalho O cavaleiro Gilberto Filipe sagrou-se no passado dia 12 de maio, em Munique, Campeão do Mundo e Vice-Campeão por equipas, na modalidade de Equitação de Trabalho. Os concurso de Equitação de Trabalho são constituídos por diversas etapas, sendo as três primeiras obrigatórias: uma prova de ensino, onde o cavaleiro tem de executar determinados exercícios à semelhança do que acontece na Dressage; a etapa de maneabilidade, que consiste numa prova de obstáculos onde se simulam algumas dificuldades que o cavaleiro pode encontrar no seu trabalho diário no campo; e a etapa de velocidade, desenrolada num percurso idêntico à prova de maneabilidade, mas em modo de contrarrelógio.

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ADEGA DE PEGÕES

Montijo arrecada 21 medalhas no concurso La Selezione del Sindaco

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a 17.ª edição do prestigiado concurso enológico internacional La Selezione del Sindaco, que decorreu entre 31 de maio e 3 de junho, em Canelli, no norte de Itália, o Município do Montijo conseguiu 21 medalhas. A adega mais premiada foi a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, obtendo 20 medalhas. A Herdade de Pegos Claros também foi premiada. O concurso avaliou a qualidade de 1300 vinhos de diferentes países. Portugal participou com 211 vinhos e mais de metade destes vinhos foram premiados: ganhou um total de 111 medalhas (mais 14 que na edição de 2017) - 12 Medalhas de Grande Ouro, 73 Medalhas de Ouro e 26 Medalhas de Prata.

La Selezione del Sindaco é o único concurso internacional de vinhos que prevê a participação conjunta dos territórios e dos vinhos aí produzidos, envolvendo municípios e produtores. A Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) foi, uma vez mais, uma das entidades parceiras deste concurso, organizado pela associação italiana Città del Vino, Recevin - Rede Europeia das Cidades do Vinho e Iter Vitis e marcou presença em Canelli com um grupo de 14 conceituados enólogos portugueses, representando várias regiões do país. José Arruda, secretário-geral da AMPV, integrou o Comité Científico do Concurso.

CANHA

Câmara viabiliza doação de terreno

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om os votos a favor do PS e da CDU e o voto contra do PSD, na reunião da Câmara Municipal do Montijo de 6 de junho foi aprovada a desafetação do domínio público de uma parcela de terreno em Canha para doação à Junta de Freguesia de Canha. Esta doação tem como objetivo poder concretizar a construção de um Lar de Idosos pela Casa do Povo de Canha. A parcela de terreno, com 1 439 m2 e um valor patrimonial de 283 mil 960 euros, provém de cedência do loteamento do Bairro Almansor e está destinada a equipamento de utilização coletiva.

Em Munique, com o cavalo Zinque das Lezírias, Gilberto Filipe venceu as etapas de maneabilidade e velocidade, conseguindo assim alcançar a medalha de ouro nesta prova, que é o expoente máximo da disciplina de Equitação de Trabalho. Natural de Alcochete, mas com um percurso de vida pessoal e profissional sempre ligado ao concelho do Montijo, em particular à Freguesia da Atalaia, Gilberto Filipe tem um trajeto notável nesta modalidade, com vários títulos e troféus conquistados a nível nacional e internacional, quer de forma individual, quer por equipas.

A Casa do Povo pretende construir um Lar de Idosos que permita responder aos idosos carenciados, projeto que o Município do Montijo considera importante enquanto resposta social para a população idosa do concelho, no geral, e da Freguesia de Canha, em particular. Para viabilizar o projeto de construção do Lar de Idosos, a Junta de Freguesia de Canha irá, ainda, concretizar a cedência de uma área contígua às atuais instalações da Casa do Povo e confinante com a parcela de terreno propriedade do município.


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AÇÃO SOCIAL

Talento sénior apresentado a toda a população

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e 2 de maio a 21 de junho, foram apresentadas as atividades de encerramento do ano letivo dos Projetos de Envelhecimento Ativo da Câmara Municipal do Montijo. Teatro, dança, pintura, heráldica, artes decorativas, fotografia, azulejaria e desporto, eis algumas das proezas apresentadas a toda a comunidade. Durante estas semanas, os ateliers seniores do Montijo, as academias seniores da Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia e de Pegões e Canha, assim como a Universidade Sénior do Montijo deram mostras das suas habilidades e aptidões adquiridas ao longo do ano, em diversas exposições e espetáculos apresentados pelos seniores no final de mais um ano cheio de sucessos. Os projetos dirigidos aos seniores distinguem-se pelo afeto, o respeito e a integração na comunidade, contemplando a realização de um leque de iniciativas tendo em vista fomentar o envelhecimento ativo. Destinam-se a quem tem mais de 50 anos e quer aprender mais.

ASSOCIATIVISMO

Vasco da Gama homenageia dirigentes

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a sessão solene comemorativa do 37.º aniversário do Vasco da Gama Futebol Clube, no dia 26 de maio, foi descerrada uma placa de homenagem alusiva aos dirigentes do clube desde a sua criação. Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo e o presidente da Junta de Freguesia de Sarilhos Grandes, Fernando Machado, estiveram presentes no evento. “Num tempo em que o associativismo é cada vez mais fundamental, vale a pena lembrar a história deste grande clube, nascido da vontade do povo da Lançada e que continua a transportar, hoje, as aspirações das suas gentes”, afirmou Nuno Canta. O presidente da junta de freguesia acentuou que o clube se tem empenhado em “congregar vontades em benefício dos seus associados através do trabalho e dedicação das suas direções que têm sabido dar o rumo certo aos objetivos traçados”.


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DESCENTRALIZAÇÃO

Câmara e juntas assinam Acordos de Execução

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oi na Ermida de Sto. António, na Quinta do Pátio d’ Água, em pleno dia 13 de junho, que foram assinados os Acordos de Execução de Delegação de Competências do Município do Montijo nas Juntas de Freguesia do Concelho para o presente mandato. Estes novos acordos implicam a transferência de uma verba total de 663 978, 47 euros por parte do município para as cinco juntas do concelho, um aumento de 163 mil 721 euros face aos acordos anteriores. “Com este ato, cumprimos uma promessa assumida com as juntas de freguesia durante a campanha eleitoral”, afirmou Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, vincando que “o Montijo não é só feito pela câmara e pelos serviços municipais, é feito por todos nós, pelas freguesias e pelos cidadãos. Com estes acordos, cada um assume as suas responsabilidades com a comunidade e com a democracia”. O autarca salientou, ainda, o caráter de proximidade das freguesias e dos presidentes de junta: “as nossas freguesias foram capazes de realizar uma gestão em proximidade, gerando confiança nas pessoas e, com isso, temos resolvido muitos dos problemas das populações”. Os acordos de execução procuram dotar as juntas de freguesia de meios humanos e financeiros que possibilitem o cumprimento das competências delegadas pelo município, ao abrigo da Lei

n.º 75/2013, de 12 de setembro. Entre essas competências incluem-se, por exemplo, a conservação dos espaços verdes, a limpeza de vias e espaços públicos, a realização de pequenas reparações nos estabelecimentos de ensino pré-escolar e do 1.º ciclo, a manutenção do espaço envolvente

aos estabelecimentos escolares ou a reparação do mobiliário urbano. Com este ato de assinatura, os Acordos de Execução entram imediatamente em vigor e produzirão efeitos financeiros após a conclusão do processo de visto do Tribunal de Contas.

EDUCAÇÃO

Montijo participou no Concurso Nacional de Leitura Joana Costa e Mónica Correia tiveram uma excelente participação no Concurso Nacional de Leitura. As jovens estudantes do Montijo chegaram à etapa nacional do concurso, que decorreu no passado dia 10 de junho, no Cine Teatro de Pombal. Apesar de não terem conseguido ultrapassar todas as provas na etapa nacional, as jovens alunas do Montijo fizeram um percurso extraordinário, tendo sido duas dos oito representantes da Área Metropolitana de Lisboa nesta etapa, após terem con-

seguido o apuramento na fase intermunicipal que reuniu cerca de setenta alunos, de diferentes níveis de ensino, de 18 concelhos do território educativo da Grande Lisboa e da Península de Setúbal. Na etapa intermunicipal, Joana Costa, aluna do 9.º ano na Escola Básica 2 3 de Pegões, alcançou o 1.º lugar na categoria do 3.º ciclo do ensino básico. Por sua vez, Mónica Correia, aluna da Escola Secundária Poeta Joaquim Serra, foi segunda classificada na categoria do ensino secundário.

O resultado obtido pelas alunas montijenses reflete a sua condição de grandes leitoras e, também, o trabalho levado a cabo pelas suas famílias, assim como toda a competência e profissionalismo dos professores, professores bibliotecários e profissionais de informação e documentação (bibliotecários e assistentes técnicos) na implementação e desenvolvimento local, através da Biblioteca Municipal e das Bibliotecas Escolares, das políticas nacionais de relacionadas com a leitura e com o livro.


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EVENTOS

Anim’art movimenta comércio local

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Anim’art voltou a trazer música, dança, moda, arte, gastronomia e muita animação às ruas do centro da cidade do Montijo. No dia 16 de junho, centenas de pessoas juntaram-se a esta festa promovida pela Câmara Municipal do Montijo em parceria com o comércio local. O objetivo foi valorizar o centro histórico como local de encontros. A arte marcou o arranque do Anim’art com a inauguração da exposição de escultura Paralelismos de Pedro Moreno Ramos, na Galeria Municipal.

Em destaque estiveram, também, os Mimo’s Dixie Band, protagonistas da animação de rua. Este grupo inovador trouxe o estilo musical Dixieland dos anos 20, o gesto mímico, as artes circenses e a comédia ao Anim’art Montijo. No Jardim Casa Mora decorreu o II Festival de Música Juvenil, organizado pela Banda Democrática 2 de Janeiro. Diversos estabelecimentos comerciais do centro da cidade estiveram abertos pela noite dentro e dinamizaram momentos culturais, artísticos, des-

portivos ou de simples entretenimento junto às suas portas. Este ano, participaram no Anim’art Montijo: Ervanária Essência Nature, Lady Malagueta, Loja Rabina, B’ Styles, Café Coppélia, Pastelaria Mimosa, Ocre, Loja Avenida 57, Loja Veludo, House Lover’s, Pastelaria Doca, Arte no Cais, Restaurante Casa do Pescador, Maria Petisca, Átila’s Café, Kaffé Bar, Ervanária Celeiro das Sementes, Loja Bambil, O Passado Português, La Piña Bar e Musical Clube Alfredo Keil.

Festas populares arrancam em Sto. Isidro Organizadas pela Sociedade Recreativa de Pegões Velhos, de 18 a 20 de maio, realizaram-se as Festas de Santo Isidro, sublinhando-se a boa disposição das centenas que visitaram esta festa. Na inauguração estiveram presentes as entidades oficiais, acompanhadas pela Orquestra de Percussão Batucando. Rosinha, a banda DFB e a artista Karina foram algumas das atracões das festas. A procissão em honra do padroeiro Sto. Isidro foi outro dos momentos altos das festividades, que terminaram com fogo de artifício depois da atuação de Los Romeros e Fernando Daniel.


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Matay encerra Montijo Lugar de Encontros

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voz e a musicalidade de Matay encerram a edição 2018 do projeto municipal Montijo Lugar de Encontros, no dia 28 de julho, às 21h30, na Praça da República. Matay faz parte de vários projetos musicais, alguns ligados à música soul e gospel. O músico começou os seus primeiros concertos a solo em 2016 e o seu primeiro single foi a conhecida música O que tu dás, que integra a banda sonora da telenovela da TVI A Herdeira. Antes do concerto de encerramento de Matay, o Montijo Lugar de Encontros traz muita animação, música, dança, gastronomia e stand up comedy, a vários locais do centro da cidade. Para começar, no dia 6 de julho, às 21h30, no Jardim Casa Mora, o ator e comediante João Seabra apresenta o seu espetáculo de stand up comedy. No dia seguinte, 7 de julho, mais dois momen-

tos: das 10h00 às 16h00, na Frente Ribeirinha, o evento Montijo Radical dinamiza diversas atividades desportivas, entre as quais o Trial Bike com a presença do campeão nacional na modalidade. Na Praça da República, às 21h30, há Danças do Mundo promovidas pelo Areias Strong Club. O Color Music Fest regressa ao Passeio do Cais, no dia 8 de julho, entre as 16h00 e as 02h00, numa organização da Pastelaria Doca. O Moinho do Cais recebe, no dia 20 de julho, a partir das 19h00, o evento Sunset no Moinho, uma prova de vinhos da região acompanhada pelo saxofonista Ricardo Branco. No dia 21 de julho, às 21h00, regressa a Noite Marialva ao Passeio do Cais: uma noite cheia de comes e bebes ao som dos fadistas Gabriel Jesus, Cristina Maria, Paulo Nunes, Maria Caetano. Venha ao Nosso Encontro!

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Lançada recebeu Feira da Gastronomia e da Flor A localidade da Lançada esteve em festa com a quarta edição da Feira da Gastronomia e da Flor, que decorreu de 31 de maio a 3 de junho. Este é um evento que, de ano para ano, tem conquistado mais público e visibilidade. Augusto Canário foi o primeiro artista a subir ao palco da Feira da Gastronomia e da Flor, que contou, ainda, com os espetáculos de Micaela, Belito Campos e Sérgio Rossi, com tasquinhas, doçaria tradicional e artesanato.

A história da cidade em musical

Cenforma debate educação para a saúde

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o próximo dia 4 de julho, o Cenforma Centro de Formação de Professores de Montijo e Alcochete promove as 8.ªs Jornadas Pedagógicas de Educação para a Saúde, no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida, entre as 9h00 e as 18h00. O evento vai contar com o secretário de Estado

da Educação, João Costa, que estará presente na sessão de abertura e será o orador da conferência “Flexibilização e Emoções”. Este ano, sob o lema “Flexibilizar com Afeto”, o Cenforma propõe-se analisar e debater as boas práticas de educação para a saúde na escola, nas famílias e na sociedade.

Os alunos e professores da Dance Fusion apresentam, no palco do Cinema-Teatro Joaquim d’ Almeida, o musical dançado “Montijo, Aldeia Galega”, nos dias 13, 14 e 15 de julho. O espetáculo baseia-se na história da cidade, abordando as diversas atividades económicas que, desde os tempos em que Montijo era Aldeia Galega, até à atualidade foram responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento da cidade. As três sessões terão lugar em horários distintos: nos dias 13 e 14 de julho, às 21h30, e no dia 15 de julho, às 16h00. Os bilhetes estão à venda no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida.


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EXPOSIÇÃO

Paralelismos: escultura de Pedro Moreno Ramos

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té 4 de agosto, a escultura em madeira de Pedro Moreno Ramos está em destaque na Galeria Municipal do Montijo. Paralelismos é o título da exposição que mostra o trabalho deste jovem artista plástico português, marcado pela solidez da escultura clássica e a irreverência da escultura contemporânea. Nesta exposição ao contrapor a figura humana e a figura animal num frente-a-frente assimétrico, como se de um efeito espelhado se tratasse, Pedro Moreno Ramos desafia-nos a uma autorreflexão que nos coloca no vértice de um triângulo que fala sobre a nossa própria existência. Pedro Moreno Ramos nasceu em Lisboa, em abril de 1990 e desde cedo descobriu o gosto pelas artes. Ainda no secundário, onde optou pela área artística, participou em várias exposições coletivas. Frequentou a Faculdade de Belas Artes de Lisboa, onde concluiu a Licenciatura em Escultura e o Mestrado em Escultura Pública. Sempre se destacou pela criatividade e irreverência do seu trabalho. Galeria Municipal|Entrada Livre Horário: 2.ª feira a sábado|9h00-12h30 e 14h00-17h30

CULTURA

CTJA encerra temporada com Encontro de Coros

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o próximo dia 21 de julho, a Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro encerra a temporada do Cinema-Teatro Joaquim d’Almeida com o XX Encontro de Coros. Com início às 16h00, o evento apresenta na primeira parte um concerto com a prata da casa: a Banda da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro, dirigida pelo maestro Rui Fernando Fonseca e Costa. Posteriormente, atuam os coros Orfeão da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, Grupo Coral de Oiã e Coro Polifónico da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro. Um espetáculo a não perder!


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Arraial no Bairro do Esteval O projeto Roda Livre 3G e o Núcleo Papa Francisco - Montijo da Fraternidade de Nuno Álvares promoveram um Arraial no Bairro do Esteval, no dia 2 de junho. Um final de tarde muito animado e de convívio, entre a população do bairro, que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta. O autarca valorizou a importância da dinamização deste tipo de eventos para o fortalecimento das relações interpessoais na comunidade. O evento iniciou com a fanfarra dos Bombeiros Voluntários do Montijo e contou com as participações de United Dance Crew da Sinfonias & Eventos, Mad G Wine, Areias Strong Club, uma aula de zumba, baile com a acordeonista Ana Vicente e a música do DJ/MC Supa Dust Man.

Motoclube a caminho da nova sede O Motoclube do Montijo vai ter nova sede na Alameda do Pocinho das Nascentes. No dia 23 de maio, em reunião de câmara, foi aprovado o pedido de isenção de pagamento de taxas municipais urbanísticas no valor de 12.781,80 euros, proposta que contou com os votos a favor do PS e da CDU e o voto contra do PSD. Este é mais um passo para auxiliar a concretização desde antigo desejo da associação. No mandato transato, a autarquia já tinha aprovado a cedência de um terreno municipal para a nova sede do Motoclube do Montijo.

Semana da Juventude encheu Parque Municipal

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em o tempo instável demoveu os jovens (e os menos jovens) que quiseram participar e viver a Semana da Juventude, que teve lugar nos dias 8, 9 e 10 de junho, no Parque Municipal do Montijo. Para além da mostra associativa, a Semana da Juventude teve como destaques o concerto com The Legendary Tigerman, no dia 8 de junho, e o 4.º Grande Piquenique Somos Peixinho, no dia 9 de junho.

A edição deste ano do piquenique começou com muita chuva, mas o sol acabou por aparecer e o dia animou para os 700 participantes e para os cerca de 3000 visitantes, número estimado pela Associação dos Antigos Alunos Somos Peixinho. O último dia da Semana da Juventude foi dedicado às famílias, com insufláveis, demonstrações desportivas, de dança, de ioga, entre outras atividades.


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SAÚDE

Medicina do Sono nos Cuidados de Saúde Primários

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Taipadas festejou Sto. António Foi ao som da fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Canha que iniciaram as Festas de Sto. António, na localidade das Taipadas, Freguesia de Canha. Durante três dias houve bailes, comes e bebes e muita animação. O espetáculo de Jorge Guerreiro e a procissão em honra de Sto. António foram os pontos altos da festa.

II Curso BD Após o sucesso da primeira edição, o II Curso de Banda Desenhada - Iniciação à Arte Sequencial vai decorrer de 29 de junho a 27 de julho. O curso procura fomentar nos formandos a autodisciplina operacional na realização de narrativas visuais, incutindo aptidões para encetar e desenvolver projetos na área da arte sequencial, com ênfase no estilo pessoal e na originalidade. As aulas têm lugar às segundas, quartas e sextas-feiras, das 18h30 às 21h30, na Quinta do Pátio d’ Água.

Cinema-Teatro Joaquim d’ Almeida recebeu, no dia 15 de junho, as I Jornadas da EOS Sleep Team, dedicadas ao tema Medicina do Sono nos Cuidados de Saúde Primários. Este evento científico pretendeu aproximar a Medicina do Sono dos cuidados de saúde primários, numa vertente eminentemente clínica, tendo contado com diversos especialistas que debateram temas como as repercussões da qualidade do sono e suas perturbações na saúde, a insónia no contexto da Medicina Geral e Familiar, as perturbações respiratórias do sono ao longo da vida e a perspetiva dos cuidados de saúde primários relativamente às perturbações do sono. O presidente da Câmara Municipal do Mon-

tijo, Nuno Canta, esteve presente na sessão de abertura e realçou a importância do evento: “para além da sua componente médica e científica, estas Jornadas são, certamente, um contribuo para identificar problemas de saúde na comunidade e mobilizar todos: médicos, técnicos de saúde e cidadãos para a melhoria da saúde em Portugal”. O EOS Sleep Team é uma entidade não governamental sem fins lucrativos, liderada por Eulália Semedo, médica especialista em Medicina do Sono. A organização tem desenvolvido inúmeras atividades no Município do Montijo, procurando dar um contributo para o reconhecimento da importância do sono para a saúde e bem-estar gerais.


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CONFERÊNCIA

ACES Arco Ribeirinho debate comunicação em saúde

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oi com sala praticamente cheia que decorreu a conferência “A importância da comunicação na literacia em saúde”, no dia 8 de junho, no auditório da Galeria Municipal do Montijo. Juntamente com o diretor executivo do ACES Arco Ribeirinho, Miguel Lemos, o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Can-

CPCJ

ta, esteve na mesa de abertura e aproveitou para agradecer aos médicos, enfermeiros e técnicos do ACES Arco Ribeirinho “toda a dedicação e trabalho desenvolvidos em benefício das populações e na construção de um Serviço Nacional de Saúde que deve sempre ser melhorado e fortalecido”. Miguel Lemos vincou que as questões da comu-

nicação estão na ordem do dia para os responsáveis do ACES Arco Ribeirinho, sempre na perspetiva de contribuir para a melhoria dos serviços prestados aos utentes. Após as boas vindas oficiais, seguiu-se a conferência que teve como oradora Cristina Vaz de Almeida, mestre na área da comunicação.

Caminhar contra os maus tratos A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do Montijo (CPCJ) promoveu a II Caminhada de Prevenção dos Maus Tratos a Crianças e Jovens “Quem cala...consente - Não fiques indiferente”, no passado dia 20 de abril. A iniciativa de cariz solidário, que pretende sensibilizar a comunidade educativa para o Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância, contou com a participação de cerca 200 pessoas (alunos, professores, técnicos) da Escola Secundária Poeta Joaquim Serra, da Escola Profissional do Montijo, da Escola D. Pedro Varela e da Escola Secundária Jorge Peixinho. Ao longo da caminhada, os alunos exibiram lençóis brancos com mensagens de sensibilização para a prevenção dos maus tratos. No final, junto ao Moinho de Vento do Esteval, houve atuações espontâneas de alunos com danças hip-hop e de salão, assim como, um momento programado em que se destacou o grupo DansasAparte da CERCIMA.


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Especial

Festas Populares de S. Pedro N

a larga avenida, nos becos estreitos ou nas ruas onde o chão já se encheu de areia, sente-se o frenesim e a excitação de quem está prestes a viver os seis dias mais esperados de todo o ano. Há quem esteja presente pela profunda fé e devoção ao santo protetor dos pescadores; outros estão porque gostam das largadas, das corridas de toiros e demais tradições tauromáquicas. Existem, ainda, aqueles que não querem perder o simples prazer de conviver com familiares, amigos e abrir as portas da sua casa, da sua tertúlia, da sua cidade aos visitantes. E estes, os visitantes, são aos milhares durante as Festas Populares de S. Pedro!

Nos bastidores deste imenso espetáculo estão homens e mulheres que gostam da terra onde nasceram ou para a qual vieram viver. Pela voz e pelas estórias daqueles que são alguns dos rostos das festas, procurámos uma abordagem transversal a um universo de eventos e celebrações que compõem um cartaz com mais de 200 atuações. O Bibe, a artista plástica Guida Casella, a Escola Taurina do Montijo e a Associação Náutica Montijense foram os protagonistas escolhidos para contar a sua história de vida, a forma como se envolvem, sentem e vivem as Festas Populares de S. Pedro. Que comecem as Festas!


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Especial

S. PEDRO

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DESTAQUE

Procissões, largadas e Paulo Gonzo nas Festas de S. Pedro

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e 27 de junho a 2 de julho, regressam as Festas Populares de S. Pedro e as suas tradições que se perpetuam no tempo, mas também algumas novidades que trazem modernidade e novos públicos às festas. Este ano, o cabeça de cartaz é Paulo Gonzo, num concerto de comemoração dos 40 anos de carreira do músico, marcado para as 22h00, do dia 2 de julho, na Praça da República. A seguir, todos os caminhos vão dar à Frente Ribeirinha para o encerramento oficial das festas com fogo de artifício piromusical e a queima do batel. Antes do último dia, vão existir outros momentos de destaque: o grupo The Black Mamba atua

na Praça da República, às 22h00, no dia 27 de junho. O Bibe Elétrico sai à rua nos dias 27 e 30 de junho. As largadas vão ser oito, a corrida de toiros tem lugar no dia 30 de junho, assim como a grande noite de comes e bebes do pescador, em diversas artérias da festa. O dia 29 de junho é sempre marcado pela envolvência da fé e da devoção a S. Pedro, com a procissão fluvial a sair às 15h00 da Base Aérea n.º 6 e a chegar às 17h00 ao Cais das Faluas. A procissão noturna, uma das maiores do país, vai começar às 22h00, na Igreja Matriz do Montijo.

Entre dezenas de eventos já tradicionais nas Festas Populares de S. Pedro, este ano registam-se três novidades: o 1.º Festival de Percussão do Montijo, no dia 1 de julho; um desfile motorizado das duas corporações e fanfarras de bombeiros do concelho, no dia 2 de julho; e o Kintal na VIA, um percurso musical feito pelas ruas com música direcionada ao público jovem, que terá lugar nos dias 28 e 29 de junho. As Festas Populares de S. Pedro esperam a presença de mais de 300 mil visitantes nas ruas do Montijo e apresentam um programa que conta com mais de 200 atuações e 5 mil participantes em palco.


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ESCOLA TAURINA DO MONTIJO

Tauromaquia, respeito e responsabilidade

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apote, muleta, templar, veronica, naturales, derechazo, chicuelina podem ser expressões que nada dizem ao leitor, mas que estão na linguagem diária dos jovens, dos sete aos 18 anos, que três vezes por semana treinam na Escola Taurina do Montijo. Se o léxico taurino só está ao alcance dos entendidos e aficionados, os ensinamentos por trás de cada meia verónica ou de cada passe cambiado são transversais a outras associações que se dedicam à formação cultural e artística dos jovens: responsabilidade, solidariedade e respeito pelo próximo. “A nossa prioridade é formar jovens que se respeitem e saibam respeitar o próximo, que sejam mais responsáveis e melhores cidadãos. O toureio sempre esteve muito ligado a valores como o respeito, o espírito de entreajuda e o companheirismo. Acabamos por ser uma equipa, onde todos se defendem e os mais velhos são os heróis dos mais novos”, explicam Jorge Pereira e Tiago Santos, professores na Escola Taurina do Montijo. Mais que produzir futuras figuras do toureio a pé nacional, Jorge e Tiago concentram os seus esforços na formação de “bons aficionados. Pouco a pouco vamos notando a evolução deles, o interesse e a vontade de aprender mais e, isso, para nós é aliciante. Ninguém lhes vai obrigar a ser toureiros, mas se for esse o caso estaremos cá para apoiar”. “A tauromaquia é uma atividade cultural que suscita, cada vez mais, o interesse por parte dos jovens e deviam existir mais apoios. Se as crianças gostam

de jogar a bola têm o Olímpico, se querem basquete também têm no Montijo onde fazer e os que gostam do toureiro a pé têm de encontrar na Escola Taurina condições mais propícias para aprender”, acrescentam. A Escola Taurina do Montijo existe há mais de trinta anos e nos últimos três pode dizer-se que ganhou um novo impulso: “fizemos uma revolução na Escola Taurina do Montijo. Cada vez participamos e promovemos mais atividades, até de uma forma pioneira, como o Vem Tourear – Concurso Nacional de Toureio de Salão que organizámos este ano. Criámos um projeto com pés e cabeça e contamos ir muito mais além”, afirma Jorge Pereira.

Neste momento tem 18 alunos inscritos, que frequentam gratuitamente a escola: “penso que temos feito um bom trabalho e o carinho que os pais e os miúdos nos transmitem é sinal disso. Este ano temos um plano de atividades bem generoso. Recentemente tivemos na Feira da Agricultura em Santarém e na Feira do Cavalo e do Toiro em Badajoz”. O próximo evento está já agendado para o dia 28 de junho e é de entrada gratuita. Em plenas Festas Populares de S. Pedro, a Escola Taurina do Montijo vai realizar uma aula prática de toureio na Praça de Toiros Amadeu Augusto dos Santos, tendo como convidadas as escolas taurinas de Salamanca e de Badajoz.


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Especial

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ANAU A RUFAR

Somos todos uma família

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som dos bombos marca o ritmo da vida dos 17 elementos da ANAU A RUFAR, que encontraram no grupo de percussão não só um meio de expressão musical como, essencialmente, um porto de abrigo. “O grupo começou em agosto de 2016, com meia dúzia de miúdos e instrumentos feitos por eles em plástico. Em setembro de 2017 foi reformulado com novos elementos, uma nova maestrina e novos objetivos”, explica Fernando Maia, membro da direção da ANAU. Mais que um lugar de aprendizagem musical, “tentamos que os miúdos vejam no grupo um projeto ambicioso, com metas e objetivos, fa-

zendo-lhes acreditar que conseguem fazer mais e melhor. Não tem sido fácil, alguns andavam meio perdidos e aqui tentamos aconselhar e ajudar, contribuindo para o seu crescimento enquanto pessoas”, acrescenta. Hugo Ferreira, 17 anos, e Joana Maia, 15 anos e maestrina do grupo, são dois dos jovens músicos. A responsabilidade de dirigir o grupo torna a experiência “um pouco mais difícil” para Joana, como a própria confessa, mas ambos admitem que “é para continuar”. “Tem sido espetacular, somos todos uma família”, afirma Hugo. Este grupo é uma das faces mais visíveis da

Associação Náutica Montijense – ANAU, fundada em 2009 “pela necessidade que algumas pessoas sentiram de criar uma defesa da vela e das atividades náuticas. Em tempos, o Montijo foi o berço do barco típico do Tejo. Neste momento não temos nada e queremos inverter essa situação, apesar de ser difícil”, admite Luís Anjos, presidente da direção. Para além da ANAU A RUFAR, a associação tem em funcionamento uma Escola de Vela. A frequência nestas atividades é totalmente gratuita: “queremos continuar a evoluir com a Escola de Vela e, para isso, precisamos de mais barcos. Em poucos anos e com poucas condições de tra-


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Sabores da borda d’água A Caldeirada

balho, conseguimos ter alunos em patamares de competição, que gostaríamos de federar, mas é demasiado dispendioso”. Para o futuro, o presidente da direção da ANAU projeta a continuidade do grupo de percussão e a possibilidade de “dinamizar mais a zona ribeirinha do Montijo. Queremos implementar paddle, canoagem, gaivotas, apostando no turismo náutico”. Já o futuro mais imediato da ANAU A RUFAR, passa pela organização do 1.º Festival de Percussão da Cidade do Montijo. Integrado nas Festas Populares de S. Pedro, o evento vai reunir, no dia 1 de julho, “alguns dos melhores

grupos de percussão do país. Vai ser um espetáculo diferente, que começa com o desfile dos grupos pelo centro da cidade e depois as atuações no palco da Dance Fusion. Vamos ter a participação especial do percussionista Guitos feat Joana Maia e de uma banda de covers”, conclui Fernando Maia. Seja para assistir ao 1.º Festival de Percussão, seja para participar na Escola de Vela ou para integrar o grupo de percussão, a ANAU está de portas abertas para ser porto de abrigo para todos aqueles que queiram contribuir para a dinamização desportiva e cultural do Montijo.

Da pesca vinha não só o sustento, como o alimento dos próprios pescadores pelo que os comeres e sabores do mar foram perpetuando a sua presença no património gastronómico do Montijo, em tempos ainda de Aldeia Galega, assim como de tantas outras localidades banhadas pelo Rio Tejo. Das diferentes iguarias destaca-se a caldeirada, noutros tempos confecionada “a bordo das fragatas (…) para ser

comida pela tripulação, num ambiente de companheirismo…”1. Utilizando os recursos locais oferecidos pelo mar, a caldeirada era “feita de peixes humildes ou de menor valor comercial, como cabeças de peixe e vísceras (as mais finas), seria, quando possível, enriquecida por aqueles peixes que apresentavam defeitos de captura e, por isso, teriam sido comprados a bom preço”2. Hoje, cozinhada em terra, a caldeirada continua a fazer parte do receituário local, sendo, por exemplo, servida no almoço da classe piscatória durante as Festas Populares de S. Pedro, num momento de celebração das tradições, da memória e da identidade do Montijo enquanto terra da borda d’água. 1 Consiglieri, Carlos e ABEL, Marília - Os Comeres do Mar da

Palha, Sintra, Colares Editora, 1998. 2 Idem.


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Especial

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Estórias com História Aldeia Galega do Ribatejo/Montijo

Pesca e Tráfego Fluvial na Pena de Viajantes

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partir de 1977, a publicação dos sucessivos volumes da monumental «História de Portugal», da autoria do Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, veio alertar os investigadores de História Local para a grande importância, como fonte histórica, dos testemunhos de diversos viajantes estrangeiros que, em circunstâncias várias, passaram pelo nosso país e deixaram registos escritos das suas impressões. E, no caso de Aldeia Galega do Ribatejo, este tipo de fonte ainda pode assumir uma importância acrescida, dado que todas as actas camarárias anteriores a 1838 foram destruídas. Tendo, em fase de conclusão, um trabalho de pesquisa de envergadura neste campo, a convite da Câmara Municipal de Montijo deixamos aqui, por ordem cronológica, alguns testemunhos referentes à pesca e ao tráfego fluvial no rio Tejo. 1. D. Edmond de Saulieu (1532) O Capítulo Geral cisterciense, reunido em Cister no ano de 1531, decidiu enviar Dom Edmond de Saulieu, abade de Claraval, a visitar os mosteiros da Ordem em Espanha e em Portugal. A viagem prolongou-se por dois anos (1531-33). Durante a permanência em Lisboa, Saulieu, numa escapadela deslocou-se a Évora. De regresso à capital, chegou a Aldeia Galega do Ribatejo, na tarde de 28 de outubro de 1532. Fr. Claude de Bronseval, seu secretário e cronista da jornada, descreve a estada do abade e da comitiva na vila, assim: «Chegámos muito tarde a uma pequena povoação chamada Montijo, onde se encontra o cais de embarque para Lisboa. Embora fossemos apenas dois, tivemos de nos hospedar em dois sítios: nós, numa estalagem, e os cavalos, noutra. Nesse lugar, para irmos para Lisboa, tínhamos de atravessar um braço de rio com a largura de três léguas. A meio da noite, os barqueiros, gritando pelas ruas, chamaram por aqueles que deveriam fazer a travessia. Corremos para o porto e fomos os últimos a entrar na barca. Remando e com as velas enfunadas por um vento favorável, cortámos as ondas e chegámos de madrugada ao porto de Lisboa.»

2. Monsenhor Camilo Borghese (1594) Monsenhor Camilo Borghese (1552-1621 – eleito papa em 1605, sob o título de Paulo V), jurista, diplomata, auditor da câmara de Roma em Espanha e núncio extraordinário do papa Clemente VIII junto do rei Filipe II de Espanha. De 1594 data um seu «Diário da relação da via-

gem», cujo Apêndice IV se denomina «Descrição do caminho de Irun para Madrid e Portugal», onde se lê: «De Montemor irão dormir a Aldeia Galega. Madruguem, porque é longa a jornada. De Aldeia Galega para Lisboa atravessarão o Rio Tejo. Cada homem paga um real e cada mula dois».

3. Cosme de Médicis (1668) Fernando II de Médicis, Grão-Duque da Toscana, decidiu fazer viajar seu filho Cosme (1642-1723) por vários países europeus, com o objetivo de procurar ultrapassar o mau ambiente de um casamento particularmente infeliz com Margarida Luísa de Orleães. Com uma trintena de acompanhantes, Cosme percorreu a Península Ibérica, nos anos de 1668-69. Vindo de Setúbal e a caminho de Lisboa, o conde Lorenzo Magalotti, um dos cronistas da viagem, escreveu, sobre a passagem por Aldeia Galega: «[Aldeia Galega] é um porto de mar, […], nada mais havendo do que pescadores que apanham, na maior parte, sardinhas, das quais há uma quantidade incrível, tendo o nosso gastador comprado 200 por meio paulo e pareceu-lhe tê-las pago muito bem.»

4. [Anónimo] (1699) Em 1699, foi publicado em Amesterdão, de autor anónimo, em língua francesa, o livro intitulado Voyages faits en divers temps en Espagne, en Portugal, en Allemagne, en France et ailleurs. Saiu, também, uma edição em língua alemã. A obra ter-se-á esgotado rapidamente, já que a segunda edição, em francês, saiu do prelo logo no ano seguinte. Encontramos nesta obra informações sobre a vida económica fluvial da vila de Aldeia Galega, no fim do século XVII: «No dia 17 [de maio], partiram muito cedo, para chegarem a Lisboa nesse dia; e, andando oito léguas, entraram em Aldeia Galega. O percurso é muito agradável. Serpeiam o caminho numerosos regatos e atravessam-se duas matas de pinheiros. Aldeia Galega é um grande povoado banhado pelo Tejo. A maioria da população é de pescadores; e, logo que puseram pé em terra, veio uma grande quantidade de barqueiros oferecer os seus serviços aos nossos viajantes e dizer-lhes que era excelente a maré para irem a Lisboa, que fica apenas a três léguas dali. Como as horas apertavam, alugaram um bote, para conseguirem o menor dispêndio de tempo.

Do outro lado deste porto, onde o Tejo é largo e profundo, avista-se uma espécie de fortaleza. Uma hora depois de começarem a travessia do rio, que os balouçava muito desagradavelmente, os viajantes avistaram Lisboa; e o trajeto não levou, ao todo, mais de duas horas».

5. Germanus Adlerhold (1703) No ano de 1703, sob o pseudónimo de Germanus Adlerhold, foi publicado nas cidades alemãs de Franckfurth e de Leipzig a obra intitulada «Die Macht des Portugiesischen Scepters: oder umständliche Beschreibung des Königreichs Portugal». Desconhece-se se o seu autor esteve em Portugal ou se terá servido de relatos de terceiros. Refere-se aqui sobre a vila de Aldeia Galega:

«Uma povoação apreciável a três milhas de Lisboa, mais precisamente à beira da estrada principal. É habitada essencialmente por pescadores, uma vez que é atravessada pelo rio Tejo. Logo que os viajantes para Lisboa chegam a esta povoação, vêem à sua frente uma quantidade de barqueiros com a informação de que a corrente para ir até Lisboa é aí a melhor e a mais cómoda. Por isso, os viajantes alugam aqui uma embarcação em conjunto e partem assim com destino a Lisboa. …».

6. Pedro Norberto de Aucourt e Padilha (1746) Pedro Norberto de Aucourt e Padilha, cavaleiro professo na Ordem de Cristo, fidalgo da Casa de Sua Majestade e Secretário na Mesa do Desembargo do Paço, nas suas Memórias Históricas, Geográficas e Políticas, observadas de Paris a Lisboa …, impressas em Lisboa, na oficina de Inácio Rodrigues, no ano de 1746, escreveu que, então, havia «excelente peixe» na vila de Aldeia Galega. 7. Fréderic Derouet (1808) Fréderic Derouet, capitão de engenharia que serviu em Portugal no período da Primeira Invasão Francesa, elaborou um «Reconhecimento da estrada de Lisboa a Elvas», em 1808, no qual diz:

«Passamos o Tejo com maré-alta para nos dirigirmos a Aldeia Galega, que dista três léguas de Lisboa. A travessia dura de 1 hora e meia a 3, conforme o vento está de feição; por vezes é impraticável quando o mar está bravo. Temos de chegar a águas mortas com maré-alta para podermos desembarcar os carros e os cavalos. O lugar de Aldeia Galega está situado numa enseada formada pelo Tejo; contém 600 casas e serve de entreposto para todas as mercadorias que se enviam por terra para Espanha e França, o que faz com que meios de transporte


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não faltem. Os seus arredores estão cultivados com vinha. Existe uma pequena caverna[?] ocupada pelos Espanhóis.»

8. Teodor Tripplin (1838) De visita a Espanha, Portugal e Marrocos, em 1837-38, o médico polaco Teodor Tripplin (1812-1881), que, em 1851, publicou, em Varsóvia, o livro intitulado «Portugalia», viajando numa falua de Lisboa para Aldeia Galega, nele afirma, designadamente, que demorou duas horas para chegar à vila. 9. Vítor Ribeiro (1902) Em 1902, o escritor e jornalista Vítor Ribeiro (1862-1930), em viagem fluvial de Lisboa para Aldeia Galega, rumo a Setúbal, anotou no seu diário: «… Maré vasia transfrorma-se a paisagem completamente: bancos de lodo, cobertos de plantas marinhas, por onde correm os patos e aves aquáticas, e por entre os quais serpeia o esteiro em sinuosas voltas, até à ponte-cais. Então, barcos de pesca, levam os pescadores que procedem à armação das redes, onde deve enleiar-se e ficar preso o peixe,

ponto, e o Lusitano larga da Ponte dos Vapores, no cais do Sodré, em direcção a Aldeia Galega do Ribatejo. O sol não pôde ainda romper a névoa. Uma aragem fria sopra de nordeste. Temos água contrária, e o Tejo, pardacento, ondula encrespado. A casaria de Lisboa esfuma-se sobre um fundo cor de cinza, delineando mal os seus contornos e acidentes; a margem do sul está ainda mais sombria e confusa. A bordo encontro duas pessoas conhecidas: o dr. Manuel de Arriaga e o dr. Alexandre Braga, que vão a Aldeia Galega tratar de uma questão judicial. O vapor arfa cavernosamente, lutando com a vasante. De vez em quando os salpicos da vaga galgam por cima da amurada, e não poupam os passageiros. O que vale é que a viagem é curta. […] Tejo acima, algum raio de sol, afastando debilmente a névoa, consegue aclarar por momentos a margem esquerda e as suas povoações: ao passo que a margem direita parece agora mais embrulhada e sombria do que no momento da partida. Entrevemos de passagem o Seixal, o Barreiro, o Lavradio, a Moita; dobramos a ponta de Montijo e en-

Aldeia Galega, Cais dos Vapores, início do Séc. XX.

quando novamente a maré vasar. Outros, rapazes ou homens, percorrem os mouchões, de perna nua, e cabaz no braço, recolhando o camarão e a ostra. São afamadas as ostras do Montijo. No rio abunda o charroco, a taínha, a dourada, a boga e outro peixe miúdo. …».

10. Alberto Pimentel (1904) Dois anos depois, o polígrafo Alberto Pimentel (1849-1925), viajou no vapor da carreira de Lisboa para Aldeia Galega, deixando-nos uma das mais completas descrições da povoação nessa época, de que extratamos para aqui a parte inicial: «Estamos a 23 de janeiro de 1904. São 8 horas em

tramos, finalmente, no amplo esteiro ou golfo, que, mais sereno do que o Tejo, se desvia e encurva para este, conduzindo à enseada de Aldeia Galega. O dr. Manuel de Arriaga pergunta-me se já conheço a vila, a qual principia a alvejar, num extensa linha reta, ao fundo do esteiro. Respondo-lhe que vou vê-la pela primeira vez, e que o seu aspeto longínquo me está dando a impressão de ser uma das mais importantes povoações do Ribatejo. – Não há dúvida, responde-me ele. É uma vila rica, onde se não encontra um único pedinte. Conheço-a desde muitos anos. […] O Lusitano aproa à ponte dos vapores, construída sobre um alto paredão de cantaria.

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À esquerda fica-nos o cais da vila, reintrante como uma doca, onde fundeam algumas dezenas de faluas de carga. Reconhece-se logo, efetivamente, que estamos numa povoação rica, vitalisada por um incessante movimento comercial. …».

11. Paul Hyland (1996) O professor universitário e escritor inglês Paul Hyland (n. 1947) publicou, em 2000, o livro intitulado «Por este Tejo acima. Uma viagem à descoberta da alma portuguesa», no qual incluiu uma viagem a Montijo, pelas Festas Populares de S. Pedro: «…O Madre de Deus, um ferry da Transtejo, arrastava-se durante cerca de uma hora sobre o Mar da Palha. Era dia de S. Pedro, o Pescador, o que caminhou sobre as águas até o medo abalar a sua fé e teve de ser salvo por Jesus. Um homem passeoume de bombordo a estibordo, e novamente de regresso a bombordo, indicando coisas o longe com uma mão em que só sobravam dois dedos. Outros dois estavam cobertos por uma ligadura. Quinze quilómetros após a saída de Lisboa desembarcámos no cais do Montijo. Embora há muitos anos se não veja um navio a vapor naquela «estação fluvial», reconstruída com dinheiros europeus, toda a gente continua a conhecer o local por Cais dos Vapores. A nossa chegada fez oscilar um grupo de barcos com proas erguidas e arqueadas como as pontas dos chinelos turcos. Tínhamos passado por toda uma variedade de pequenos barcos de pescadores, tradicionais e modernos, onde se faziam votos para que o dia deste santo fosse propício à faina, mas a travessia fora dominada pela visão de terminais e tanques petrolíferos, helicópteros levantando voo da base naval próxima, e novos blocos de apartamentos em tons pastel, alinhados ao longo da frente ribeirinha do Montijo, em expansão. Aqui, porém, logo após uma atordoante salva de morteiros, os ritos antigos ganham maior importância. Um esquife, profusamente embandeirado, largou do Cais dos Vapores escoltado por barcos de pesca que já eram brilhantes, antes mesmo de serem decorados. Cada linha e cada detalhe das embarcações eram realçados por contrastes de cores e de motivos, não de todo estranhos às caravanas de viajantes, aos barcos do canal ou às antigas feiras. Os seus nomes intrincados – como A Pombinha, Al[c]atejo ou Deolinda Maria – liam-se em arabescos, no interior de painéis com flores pintadas. Das proas, amuradas e casas do leme brotavam gladíolos e cravos. Nos mastros e mastaréus, nas enxárcias, pareciam esvoaçar todas as cores, insígnias, pendentes e flâmulas reconhecidas no vocabulário das bandeiras. A água era um mar de vidro salpicado de confeitos. S. Pedro foi desembarcado com todas as cerimónias no Cais das Faluas. O seu fino rosto de boneca estava barbado e sereno sob uma grande coroa carmesim, a mão esquerda erguendo a cruz papal, a direita segurando as chaves do Reino dos Céus. Quatro pescadores transportaram sob os ombros a base do palanque, também acolchoada a carmesim, vestidos com calções pretos, faixas à cintura, espessas camisas aos quadrados e uns barretos.»

Mário Balseiro Dias Historiador Local


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Especial

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ENTREVISTA

O olhar singular de Guida Casella

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no centro histórico da cidade, no Bairro dos Pescadores, com vista sobre o rio, que a artista Guida Casella reside com o seu marido, também ele artista plástico, e o seu filho de dez anos. Junto de laranjeiras e de um poço, no seu atelier a artista desenvolve o seu lavor, pouco divulgado, e, para alguns dos leitores, acreditamos, até desconhecido – ilustração científica. Filha de mãe portuguesa e pai italiano, ambos médicos, Guida Casella nasceu em Portugal no ano de 1974. Após concluir a licenciatura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, decidiu investir na área de valorização do património. Em Inglaterra, concluiu o mestrado e atualmente está a terminar o doutoramento em Media Digitais, um programa da Universidade Nova de Lisboa, em colaboração com a Universidade do Texas, em Austin. “Trabalho por conta própria há 20 anos, com várias instituições, como o Instituto Arqueológico Alemão e, principalmente, autarquias. Em cooperação com arqueólogos, concebo toda a parte da comunicação visual, desde o levantamento de ruínas à reconstituição de castelos e à concepção de materiais pedagógicos”, explica. “Hoje estamos mais voltados para os media digitais. Tive que me adaptar”, confessa. O seu trabalho mais recente é a museografia digital do Castro do Zambujal, em Torres Vedras: “desenvolvi uma aplicação digital do tipo audioguia em que as pessoas, que passeiam pelas ruínas, podem ouvir vozes e paisagens sonoras, como se as pedras pudessem falar”. Há dez anos fez do Montijo o seu lar. “Vivi em Sintra, Cascais, Vila Viçosa e Lisboa. Quando o meu filho nasceu, decidimos vir para um sítio mais agradável para a criança crescer. Encontrámos a casa perfeita. A cidade é segura, bonita, com uma dimensão mais humana e muito para dar”.

Na terra que a acolheu tem sido cidadã ativa: “gosto de me envolver com a comunidade, dei aulas de Expressão Plástica na 1.º de Dezembro e numa escola de 1.º ciclo, dou Pintura na Universidade Sénior, faço parte da direção da SCUPA, organizei a Feira Dona Edite, ...” As festas populares, o património, a cultura e as

A 14 de agosto, dia da cidade, será inaugurada uma exposição de sua autoria na Galeria Municipal. “São uma série de desenhos de grande dimensão, em carvão vegetal, das ruínas industriais, onde vou ter oportunidade de unir o património com a componente estética”, revela. Guida deita por terra o tabu que o artista é

histórias da comunidade montijense cativam a atenção do seu olhar. “Desde que aqui cheguei, fotografo e filmo as Festas de S. Pedro, gostava de fazer uma compilação. Interesso-me, também, pelos ex-votos da Atalaia, seria bom realizar ações educativas. Por vezes, sinto-me uma antropóloga a observar a tribo”, comenta, com um sorriso rasgado.

um ser fechado e inalcançável. “Não me canso de aprender. É-me impossível parar (risos). Quero partilhar o que aprendi. Vejo um artista como aquele que toca as pessoas. Sou apologista das coisas mais democráticas, gosto de misturar áreas e lançar redes para se trabalhar com ferramentas simples e acessíveis a todos”, conclui.


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CULTURA

Conhecer, proteger e valorizar o património local

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ntre outros pressupostos, as políticas públicas de cultura devem compreender a missão de cuidar dos lugares, dos monumentos, dos objetos, das tradições, das manifestações culturais e outros fatores que, conjuntamente, constituem a herança e a memória de uma terra, contribuindo para a perpetuação de valores comuns. Ao longo dos anos, a Câmara Municipal do Montijo tem assumido esta missão e realizado um vasto trabalho, por vezes desconhecido do público em geral, na promoção e manutenção do património local, seja ele de caráter material ou imaterial. Neste mês dos santos populares, centramos a nossa atenção em dois elementos patrimoniais que beneficiam da envolvência das Festas Populares de S. Pedro: a Ermida de Sto. António, na Quinta do Pátio d’ Água, e a Ermida do Senhor dos Aflitos, na Quinta do Saldanha. A primeira foi alvo de reabilitação durante o ano passado no âmbito de uma operação de regeneração urbana que recebeu financiamento comunitário. A intervenção permitiu a reabilitação total do edifício, do conjunto de vitrais, da talha dourada e dos silhares de azulejos. A ermida foi, ainda, valorizada com uma nova intervenção artística de Fernanda Fragateiro. Do conjunto da ermida, faz parte uma imagem de Sto. António, que a câmara também quis preservar, tendo sido restaurada por empresa especializada em conservação e restauro. Tratase de uma escultura de vulto em roca com cerca de 93 centímetros, que julga-se integrar o retábulo existente na ermida, ocupando o seu nicho, e que foi recolocada na ermida no dia 13 de junho, Dia de Sto. António. Durante as Festas Populares de S. Pedro, a ermida estará de portas abertas para todos aqueles que queiram visitar este valioso património, localizado no coração das festas, em plena Av. dos Pescadores. A par da Ermida de Sto. António, o conjunto edificado da Quinta do Saldanha, que foi recuperado em 2001 e tem sido objeto de inúmeras intervenções de manutenção e conservação ao longo dos anos, é outra marca do património da cidade diretamente ligada às Festas Populares de S. Pedro: a 30 de junho, Dia de S. Marçal, pela manhã, é local de romaria para visita à Ermida do Senhor dos Aflitos, pagamento de promessas e para a tradicional lavagem dos pés. Recentemente, a câmara terminou uma intervenção de restauro do altar da Ermida do Senhor dos Aflitos. Foi realizado o tratamento da

Cristo Crucificado da Ermida do Senhor dos Aflitos.

tela interior do nicho do altar, assim como a desinfestação dos elementos em madeira e talha. Parte integrante desta ermida, é o Cristo do Senhor dos Aflitos que representa um cristo crucificado, agonizante, em marfim, sobre cruz em madeira exótica. A imagem revela, simultaneamente, aspetos próprios das peças indoportuguesas dos séculos XVII e XVIII o que, em última análise, permite situar o Cristo do Senhor dos Aflitos numa época de transição

que antecede as soluções barrocas da arte cristã do Oriente do século XVII. No ano passado, também esta valiosíssima peça foi alvo de intervenção de restauro no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), aquando da cedência temporária da imagem que o Município do Montijo efetuou ao MNAA, por ocasião da exposição “A Cidade Global – Lisboa no Renascimento”.

Ao longo dos anos, a Câmara Municipal do Montijo tem assumido esta missão e realizado um vasto trabalho, por vezes desconhecido do público em geral, na promoção e manutenção do património local, seja ele de caráter material ou imaterial. A Ermida de Sto. António e a sua imagem, assim como a Ermida do Senhor dos Aflitos e o Cristo Crucificado são apenas dois dos exemplos da diversidade e riqueza do património do concelho do Montijo. Neste Ano Europeu do Património Cultural, convidamos todos a visitar, a conhecer, a proteger e a valorizar o património, material e imaterial, do concelho do Montijo. Sto. António. Imagem recentemente restaurada, pertencente à ermida da Quinta do Pátio d’Água.


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Especial

S. PEDRO

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O Fenómeno Bibe Elétrico comemora 10 anos

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le arrasta multidões. É seguido por milhares. Até em cima do camião é difícil distinguir onde acaba o mar de gente que o acompanha. Há uma década que o Bibe Elétrico é presença obrigatória e insubstituível em, pelo menos, dois dias do programa das Festas Populares de S. Pedro. António José Bibe Vitorino é a cara, o corpo e a alma do fenómeno musical. Tem uma carreira artística de 51 anos. Em mais de metade de um século, o Bibe aprendeu todas as técnicas, habilidades e malabarismos para cativar o público. E conseguiu, sem dúvida! Traquinas confesso, na miudagem foram a mú-

sica e o futebol as primeiras paixões da sua vida “Comecei a cantar aos 15 anos. Fiz o segundo grau na Escola Industrial onde é, agora, os Paços do Concelho, joguei futebol, mas a música falou sempre mais alto”. Numa altura em que estava na moda a música Baby Come Back dos Player, formou a banda Evolução, depois outra, de heavy metal, A Chave. Até que “virei a boneca ao contrário. Percebi que era com a música popular que conseguia chegar mais perto do público e era isso que mais me entusiasmava”. “Trabalhei 10 anos com o Camilo de Oliveira, Ivone Silva e Vitor Rosado. Devo-lhes muito,

com eles aprendi a mexer-me em palco”, explica, sublinhando que há segredos para chegar ao público “não basta cantar, é preciso ser artista”. Com os Pão com Manteiga esteve 22 anos. “Tiro de positivo as pessoas que conheci e os lugares que frequentei. Tenho a certeza que vou ficar na história das Festas de Sto. António, na Bica, em Lisboa. Corri, várias vezes, Portugal de lés a lés. Desconhecidos abriam as portas das suas casas, como se fosse família. No estrangeiro também fui sempre bem recebido pelas comunidades portuguesas, quer nos EUA, quer na Europa. Somos boa gente”. O Bibe Elétrico nasce de uma brincadeira na


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COMÉRCIO LOCAL

O “nosso S. Pedro” tertúlia Páteo das Faenas. “Ia atuar a uma sexta-feira, perguntei se conseguiam arranjar uma carrinha de caixa aberta e contei-lhes a ideia. Ficaram entusiasmados e batizaram assim. Concordei e fizemos o percurso pela Avenida dos Pescadores. Tudo à revelia (risos), mas o impacto foi de tal ordem que desde então está no programa das festas”. Em 2016 foi a única vez que o Bibe não subiu ao camião, mas parou a circulação da Avenida dos Pescadores, ao atuar na varanda do Mambo. O Bibe pregou um susto a todos os seus fãs e foi ‘por um fio’ que o Montijo não ficou mais pobre. “Pensei que ia morrer. Corri risco de

vida. Soube, então, quem eram os meus amigos. Tive as maiores decepções da minha vida, mas também fiquei surpreendido com a onda de solidariedade em minha volta. Serei para sempre grato aos organizadores, apoiantes e participantes nos eventos que se realizaram para me auxiliar”. Mesmo depois do sobressalto continua “viciado na música. Acordo e deito-me a cantar. Estou “reformado”, mas não estou ausente. Vou onde me convidam”. O Bibe é presença certa nestas festas e “até quando me quiserem, gosto da minha terra e das suas gentes”, confessa o carismático António José.

Há 17 anos, por culpa da Ponte Vasco da Gama, Maria João Cabral deixou Lisboa e adotou o Montijo como sua terra. Hoje, afirma, que “não trocava o Montijo por nada” e é uma das mais recentes empreendedoras do comércio tradicional. Envolveu-se na comunidade e, recentemente, abriu uma loja de artigos religiosos nas Galerias Comerciais, na Praça da República. O nome da loja, como não poderia deixar de ser, é S. Pedro e nela pode encontrar à venda uma reprodução da imagem do S. Pedro que, no dia 29 de junho, sai em procissão pelas ruas do Montijo. “Comecei a pensar em artigos religiosos que não existiam e lembrei-me, imediatamente, do S. Pedro. Claro que facilmente encontrava uma imagem deste santo, mas eu queria que fosse uma reprodução do nosso S. Pedro. Falei com o meu fornecedor habitual e em conjunto construímos esta imagem”, explica. Neste momento, Maria João está já a idealizar outros produtos com a imagem de S. Pedro e prepara-se para participar e viver as festas: “participo na procissão, há dois anos que levo o andor de Santa Rita de Cássia. Este ano não sei como vai ser, mas de uma maneira ou de outra estarei nas festas”. Antes, durante ou após as festas, a loja de artigos religiosos de Maria João Cabral está de portas abertas para todos aqueles que queiram conhecer ou adquirir a imagem do “nosso S. Pedro”.


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Especial

S. PEDRO

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EXPOSIÇÃO

Um percurso iconográfico 1951-2018

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stá patente, no espaço público da Frente Ribeirinha do Montijo, a exposição Festas Populares de S. Pedro – Um percurso iconográfico 1951-2018, composta por imagens dos cartazes e das capas dos programas das festas. Mais que fazer um percurso pelo passado e pela memória, a Câmara Municipal do Montijo pretende com esta exposição afirmar a importância das festas ao longo das décadas, contribuir para um conhecimento mais profundo da sua imagem e enaltecer o seu valor enquanto produto cultural e turístico de excelência. As Festas Populares de S. Pedro têm atraindo, cada vez mais, visitantes e constituem-se como uma das maiores manifestações da cultura e identidade da cidade do Montijo.

Primeira Comissão das Festas Populares de S. Pedro, 1951.

ARTESANATO

Santos na Casa Já é impossível festejar os santos populares no Montijo sem a exposição Santos na Casa patente até 6 de julho, no Posto de Turismo. Nesta décima segunda edição estão expostos trabalhos de 12 artesãos oriundos, na sua maioria da Região de Lisboa. Com esta iniciativa, a Câmara Municipal do Montijo pretende incentivar a produção artesanal, nas suas vertentes tradicionais e contemporânea, apelando à qualidade e à inovação enquanto fatores indispensáveis ao desenvolvimento e afirmação do setor das artes e ofícios portugueses. Posto de Turismo | Edifício Casa Mora|Entrada Livre Horário: 2.ª feira a sábado | 9h00-12h30 e 14h00-17h30


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ASSOCIATIVISMO

ANAU com nova embarcação

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Associação Náutica Montijense – ANAU tem uma nova embarcação pneumática de segurança para apoio às suas atividades, em particular à Escola de Vela. A embarcação foi colocada na água no dia 9 de junho, aproveitando o Batismo de Vela que a ANAU realizou no âmbito da Semana da Juventude. A Câmara Municipal do Montijo apoiou a aquisição deste equipamento, assim como de outros materiais de segurança e sobrevivência para os alunos da Escola de Vela, através de uma adenda no valor de 4750 euros ao protocolo em vigor com a associação.

PAVIMENTAÇÃO

Estrada Velha da Atalaia

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aniversário

Lions Clube Montijo apaga 26 velas O Lions Clube Montijo realizou a festa do seu 26.º aniversário no dia 27 de maio, na Quinta de S. Braz, no Samouco. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, marcou presença, assim como Gabriela Fernandes, Governadora do Distrito Centro Sul.

Ao longo dos seus 26 anos, o Lions Clube Montijo tem desenvolvido trabalho na área da solidariedade, muitas vezes em parceria com a Câmara Municipal do Montijo, sendo uma instituição de referência no apoio à comunidade, sempre no cumprimento do valor chave do lionismo: servir e não servir-se.

Câmara Municipal do Montijo continua a executar trabalhos de melhoramento da rede viária do concelho. Recentemente foi realizada a pavimentação da Estrada Velha da Atalaia, que se encontrava com piso de terra batida. Um investimento de 90 mil euros, que beneficia as condições de circulação naquela via e, consequentemente, a qualidade de vida dos moradores.


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FUTEBOL

Estrela encerra época desportiva

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os dias 9 e 10 de junho, no seu campo de jogos, o Estrela Futebol Clube Afonsoeirense realizou o torneio de encerramento da época desportiva.

JUDO

Para além dos jovens jogadores do Estrela, estiveram presentes dezenas de jovens futebolistas, masculinos e femininos, de diversos escalões etários em representação de clubes oriundos

do distrito de Setúbal e da zona de Lisboa. O Estrela Futebol Clube Afonsoeirense proporciona, de forma gratuita, formação na área do futebol a centenas de crianças e jovens do concelho.

Andreia Serrão garante mínimos para o Campeonato da Europa

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judoca Andreia Serrão do Clube de Judo do Montijo, em representação da seleção nacional, alcançou os mínimos para o Campeonato da Europa de Cadetes 2018 que se realiza de 26 de junho a 2 de julho, em Saravejo, Bósnia. A atleta conseguiu o 7.º lugar na prova do circuito internacional Cadet European Judo Cup, que decorreu nos dias 26 e 27 de maio, em Coimbra, com a presença de 416 atletas em representação de 27 países. No Campeonato Nacional de Juvenis que se realizou a 9 de junho, no Pavilhão Multiusos de Odivelas, o Clube Judo do Montijo esteve presente com sete equipas, tendo conquistado duas medalhas de bronze. A 10 de junho, no Campeonato Nacional Equipas Cadetes, que se realizou no Pavilhão Multiusos de Odivelas, a equipa feminina do Clube Judo do Montijo teve uma ótima prestação ao alcançar o 3.º lugar.


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Agenda Projeto Roda Livre 3G Passeio BTT Roda Livre 1 de julho | 9h30 | Praça da República Casa do Benfica Montijo Basketball Camp 2018 2 a 14 de julho Clube de Judo do Montijo Open Internacional de Judo EuroCidades Valença/Tuí - Juvenis/Cadetes 7 de julho | Valença Estágio Internacional de Judo de Verão 23 a 28 de julho | Costa da Caparica

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XADREZ

Ateneu Popular alcança a 2ª divisão nacional

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Ateneu Popular de Montijo ascendeu à 2.ª divisão nacional na modalidade Xadrez, ao alcançar o 1.º lugar na fase zonal nacional de equipas da 3.ª Divisão, feito conseguido no dia 20 de maio. O Ateneu Popular de Montijo obteve esta pres-

tação digna de destaque com uma equipa constituída por Bruno Martins, Tomás Machado, Custódio Palhais, António Silva e Daniel Rocha. Saudamos e felicitamos o clube, seus associados e dirigentes, e o corpo técnico na modalidade de Xadrez.

Toastmasters Leadership Institute (TLI) Formação Comunicação e Liderança 7 de julho | Escola Profissional do Montijo Associação Batucando Orquestra de Percussão Comemorações 11.º Aniversário Julho | Diversas Atividades Santa Casa da Misericórdia de Canha V Feira de Agosto e V Festival de Folclore de Canha 18 de agosto | 15h00 às 00h00 | Praça da República, Canha

União de Freguesias do Montijo e Afonsoeiro Colónia Balnear Infantil 2 de julho a 27 de julho | Fonte da Telha Colónia Balnear Sénior 30 de julho a 10 de agosto | Fonte da Telha União de Freguesias de Pegões Colónia Balnear Avós e Netos 2 a 13 de julho | Praia da Figueirinha Semana Divertida - Atividades Diversas 16 a 20 de julho Exposição Artur Bual Julho | Sede da União das Freguesias de Pegões

Outros Eventos Festas em honra de São João 22 a 25 de junho | Pegões Festas em honra de São Jorge 20 a 24 de julho | Sarilhos Grandes Festas em honra de N.ª Sr.ª Atalaia 24 a 27 de agosto | Atalaia

GINÁSTICA

XXIV Festigina O Ginásio Clube do Montijo realizou mais uma edição de um clássico das exibições desportivas no Montijo: a XXIV Festigina decorreu nos dias 25, 26 e 27 de maio, nos pavilhões municipais e juntou cerca de mil praticantes de diversas modalidades. Numa demonstração que o exercício físico, seja através da dança, dos trampolins, do tumbling ou

da ginástica, é transversal a todas as gerações, a Festigina 2018 contou com participantes de todas as idades, oriundos de todo o concelho e de outros municípios. Foram três dias com muito desporto, mas também de convívio intergeracional, animação e exibições de alguns dos melhores atletas nacionais.


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AMBIENTE

INVESTIMENTO

Boa qualidade do ar junto à Infal

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A Câmara Municipal do Montijo comprovou a inexistência de partículas de amianto no ar nas instalações da Escola Básica Joaquim de Almeida, localizadas no Bairro do Mouco, na proximidade da antiga fábrica da Infal. O relatório final, resultante do estudo realizado por uma empresa especializada na avaliação da qualidade do ar em ambiente de trabalho, indica que, naquele estabelecimento de ensino, a concentração de partículas de amianto na atmosfera não coloca em causa a saúde pública. O estudo foi determinado pela Câmara Municipal do Montijo para comprovar que não tinham fundamento os factos desencadeados pelos partidos da oposição nos órgãos municipais e na comunicação social, sobre as coberturas de fibrocimento da antiga fábrica Infal. A Câmara Municipal do Montijo estará sempre atenta e diligente relativamente à condição de abandono dos armazéns da antiga fábrica da Infal, situação que ao longo dos anos tem sido devidamente acompanhada pelos serviços municipais no sentido de defender e garantir a segurança e a qualidade de vida das populações.

Novo McDonald’s abre portas o dia 11 de junho foi inaugurado o novo restaurante da McDonald’s na Av. das Portas da Cidade, num momento que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta. Este é o primeiro McDonald’s no Montijo com os serviços de McDrive McCafé e representa a criação de 70 postos de trabalho, num investimento, por parte do franquiado, entre os 600 mil e um milhão de euros.

Espaço Oposição BE

Comissões de Trabalhadores Participo pela primeira vez numas eleições para a CT – Comissão de Trabalhadores da minha empresa. A SPDH – Groundforce foi criada em 2003 após a privatização do sector do Handling – Assistência a aviões, e consequentemente separada da TAP. A SPDH tem de cerca de 2500 trabalhadores nas escalas de Lisboa, Porto, Funchal, Porto Santo e Faro. A escala de Faro reabriu em 2017, após o encerramento em 2010 (originando um despedimento coletivo de centenas de trabalhadores). Na SPDH, existem ainda centenas de trabalhadores contratados precariamente por empresas de trabalho temporário. Estas são as eleições mais participadas de sempre, no total estão 55 candidatos efetivos e 55 suplentes em listas nacionais e para as Sub Comissões de Trabalhadores cerca de 50 candidatos. A lista em que estou integrado pretende contribuir positivamente num projeto contínuo de melhoria das condições de vida e trabalho.

Defendemos: APLICAÇÃO DE UMA PROFISSÃO DE DESGASTE RÁPIDO Existem horários com 17 horas de entrada diferentes que vão das 04:00h da manhã e até as 01:00h, por turnos rotativos, somos penalizados na saúde, na vida familiar e social. 35 HORAS POR SEMANA EM TURNO DE 4/2 Defendemos turnos de 4 dias seguidos de 2 dias de folga e 35 horas de trabalho semanal afim de prevenir os problemas graves de saúde. CONTRA A DISCRIMINAÇÃO Direitos iguais para todos, promovendo a igualdade dos trabalhadores efetivos, contratados e temporários. MOBILIZAÇÃO/REPRESENTATIVIDADE A principal atribuição da CT é a de garantir a mobilização e participação de todos os trabalhadores na defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores e promover também a intervenção de grupos de trabalhadores com problemas e necessidades comuns. Ricardo Caçoila

CDU

A Saúde no Montijo! A Saúde é um direito constitucional, os equipamentos públicos de saúde e o seu bom funcionamento são um bem indispensável para qualidade de vida individual e comunitária das populações. O povo português tem perdido muito, daquilo que em tempos foi o SNS (Serviço Nacional de Saúde), devido a gestões economicistas, os sucessivos governos do PS e PSD / CDS, têm delapidado este serviço através de encerramento de equipamentos, de serviços, de recursos técnicos e clínicos. Desde a implementação do Protocolo ente o Ministério da Saúde e a Câmara Municipal do Montijo, em 2007, a população do Montijo ficou prejudicada nesta área tão vital, ou seja, se antes do protocolo existiam falta de recursos e valências, após o protocolo, muito pior ficou a saúde na nossa terra. O investimento prometido, não passou de uma manobra política, uma rolha às vozes que se levantaram contra a falta de meios de diagnóstico, de médicos, de equipamentos, de ambulâncias, etc. Nas ruas e na comunicação social, a

população exigiu respostas concretas e assertivas, a favor de decisões políticas que dignifiquem e horem o direito aos cuidados de saúde, pela manutenção do Serviço de Urgências do Hospital do Montijo e contra os aumentos do custo das taxas moderadoras. Os eleitos da CDU, têm questionado o poder local e central sobre o futuro do nosso Hospital do Centro de Saúde, através de moções e intervenções. Não concordamos com a integração de uma Unidade de Saúde Familiar, no Hospital do Montijo, pois a nossa proposta vai mais além, assenta na urgência da construção de um novo Centro de Saúde e de um novo Hospital público no Montijo. Para a CDU, as pessoas estão em primeiro lugar, não pode haver desenvolvimento e crescimento onde não se salvaguarda, a vida e a saúde da população do concelho de Montijo. A CDU vai continuar a abraçar a luta que construiu sob a alavanca da verdade, da prosperidade, em defesa do Serviço Nacional de Saúde em pleno, no presente e no futuro, que se impõe e afeta todos sem exceção.


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obras

Manutenção de equipamentos desportivos

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o âmbito da gestão e manutenção dos equipamentos municipais e, cumprindo o calendário de intervenções previamente planeadas para a próxima época desportiva, a Câmara Municipal do Montijo está a proceder a trabalhos no Campo Municipal do Bairro da Liberdade e no Pavilhão Desportivo n.º 1. Os trabalhos no Pavilhão Desportivo n.º 1 incluem a substituição da caixilharia e janelas. Já no Campo Municipal do Bairro da Liberdade, decorrem trabalhos de conser vação da estrutura da bancada.

obras

Passadeiras elevadas na Av. Pedro Nunes Com o objetivo de procurar reduzir a velocidade praticada pelos automobilistas na Av. Pedro Nunes, no Alto das Vinhas Grandes, a autarquia procedeu à construção de passadeiras elevadas naquela via junto ao cruza-

mento com a Rua Eng.º Duarte Pacheco. A obra rondou os quatro mil euros e pretende minimizar a sinistralidade naquele local, oferecendo igualmente melhores condições de segurança para os peões.

POM responde a incêndios florestais Na reunião ordinária da Comissão Intermunicipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Alcochete-Montijo realizada no dia 27 de abril, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, foram aprovados os Planos Operacionais Municipais (POM) de Montijo e de Alcochete. O POM define todas as zonas críticas, estabelece prioridades de defesa, mecanismos e procedimentos de coordenação entre os vários intervenientes na Defesa da Floresta Contra Incêndios, pretendendo, desta forma, dar uma resposta eficaz e coordenada a qualquer tipo de incêndios florestais. Na reunião estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e representantes da Câmara Municipal de Alcochete, da Junta de Freguesia eleito pela Assembleia Municipal de Montijo, do Corpo de Bombeiros de Alcochete, do Corpo de Bombeiros de Montijo, da Guarda Nacional Republicana de Montijo e de Palmela, da Autoridade Militar do Exército, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, da Polícia de Segurança Pública e um membro da comunidade local designado pelo presidente da câmara municipal.



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