Montijo Hoje I N F O R M A Ç Ã O
Montijo Cidade 34.º ANIVERSÁRIO
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2019 II SÉRIE
M U N I C I P A L
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Destaque
Medalha de Ouro para Joaquim Tapadinhas e Elisabete Jacinto 4-5
Capa Vista Aérea Agosto 2019|Montijo
Aeroporto do Montijo
Impacte ambiental em consulta pública 7 Modelscala
O maior evento nacional de modelismo 11 Estórias com História Ficha Técnica Periodicidade
Nossa Senhora da Atalaia do Pinheiro 12-13
Bimestral Propriedade Câmara Municipal do Montijo Diretor Nuno Ribeiro Canta, Presidente da Câmara Municipal do Montijo Edição
Especial
Gabinete de Comunicação
Empreender com paixão 17-24
e Relações Públicas Colaboração Mariana Teixeira Teresa Carreira (Ilustração) Impressão WGROUP Depósito Legal 376806/14 Tiragem 16 000 ISSN 2183-2870 Distribuição Gratuita
Mobilidade
Nova ciclovia liga Montijo ao Pinhal Novo 31
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e d i t o r i a l
Mais e melhores serviços públicos no Montijo
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s nossos compromissos políticos, que assentam em ideais como a liberdade, a fraternidade e a igualdade, foram assumidos, desde a primeira hora, de forma aberta e transparente, tendo sempre como objetivo principal garantir mais e melhores serviços públicos a todos os montijenses. Enquanto autarcas, temos o dever de trilhar um caminho de descentralização que procure resolver os problemas dos cidadãos e que dê resposta, de forma coesa e estruturada, aos desafios da gestão do território. Estamos ao lado dos montijenses na construção de soluções de proximidade, que sejam consonantes com as suas necessidades, que beneficiem o seu dia-a-dia e que potenciam uma melhoria da sua qualidade de vida. O Poder Local permite uma maior proximidade e conhecimento da realidade. Somos nós, autarcas da câmara municipal e, também, das juntas de freguesia, que contactamos diariamente com a população e conhecemos a fundo o nosso território. Neste imperativo da proximidade, temos sido claros na vontade política de assumir novas competências e responsabilidades perante os nossos cidadãos. Porque descentralizar é aproximar e prestar serviço público com mais qualidade, de forma mais eficaz e eficiente, aceitámos as novas competências transferidas da administração central para a local, através da Lei n.º 50/2018 de 16 de agosto – Lei-quadro de Transferência de Competências para as Autarquias Locais e para as Entidades Intermunicipais. Assumindo esse compromisso de descentralização, já vínhamos e temos continuado a trabalhar, juntamente com o Governo, em matérias diversas que permitem a criação de mais respostas para a nossa população, o reforço e a proximidade dos serviços públicos. Na área da saúde, em particular dos cuidados primários, a cooperação com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e o Aces Arco Ribeirinho vai possibilitar a oferta de mais saúde aos nossos cidadãos. A Unidade de Saúde Pública Arnaldo Sampaio vai instalar-se no Pátio d’Água, em espaços municipais que foram cedidos ao Aces Arco Ribeirinho. Numa ala desocupada do Hospital do Montijo está em desenvolvimento a implementação e
criação da Unidade de Saúde Familiar Aldegalega, numa conjugação de esforços entre a administração central e local e a Santa Casa da Misericórdia do Montijo, proprietária do espaço. Um investimento público de meio milhão de euros, que irá abranger cerca de 13 500 pessoas e terá sete médicos de família. A câmara municipal encontra-se, também, a conversar com a ARSLVT e o Aces Arco Ribeirinho para o alargamento do Centro de Saúde do Montijo, através da criação de uma extensão a instalar no antigo edifício PLURICOOP, no Bairro do Areias. Um edifício e um terreno municipal, que pela falência da PLURICOOP teriam sido perdidos do nosso património coletivo, mas que a câmara, através de ação judicial, conseguiu recuperar para agora poderem ser adaptados a um novo centro de saúde. A concretização deste processo, iniciado recentemente, permitirá aproximar os cuidados de saúde da população, em particular dos mais idosos, residente nos bairros do Esteval e do Areias. Mas não é apenas na área da saúde que estamos a trabalhar no sentido de oferecer mais e melhores serviços públicos. Desde o início do mandato, num processo agora reforçado pela assunção das novas competências, que estamos a trabalhar em parceria com o Governo para a instalação de uma Loja do Cidadão e do Balcão Único Municipal. Estamos empenhados na concretização deste objetivo, sabendo de antemão que será uma enorme mais-valia para a nossa população, facilitando a relação dos cidadãos e das empresas com a administração pública. Outro processo em curso, integrado na descentralização de competências, é a celebração de um acordo de cedência do terreno e edifícios da antiga estação dos caminhos-de-ferro. Procuramos um acordo nos termos que foi efetuado para o parque de estacionamento do Cais do Seixalinho, em que o município não terá custos com a aquisição do espaço, mas assumirá as obras de reabilitação e a sua gestão, de acordo com os interesses municipais. As conversações estão muito avançadas com as Infraestruturas de Portugal e estamos convictos de que, em breve, poderemos desenvolver, nos terrenos e nos edifícios, o novo jardim da Calçada e novos edifícios culturais, que tal como a ciclovia que estamos a construir ao longo da linha de caminho-de-ferro, ficarão ao serviço dos montijenses.
Todos estes processos obrigam à conjugação de vontades e disponibilidades de diversas entidades. Temos consciência que são, muitas vezes, mais demorados do que seria desejável, mas é efetivamente um trabalho contínuo que resulta do empenho em querermos oferecer mais e melhores serviços públicos aos montijenses e continuar a construir uma cidade e um concelho mais solidário, mais capacitado e próximos dos cidadãos. É preciso aperfeiçoar constantemente os mecanismos de descentralização e de proximidade dos cidadãos aos serviços públicos. Essa é uma condição necessária à modernidade e ao desenvolvimento do Montijo.
Nuno Canta Presidente da Câmara
Estamos ao lado dos montijenses na construção de soluções de proximidade, que sejam consonantes com as suas necessidades, que beneficiem o seu dia-a-dia e potenciam uma melhoria da sua qualidade de vida.
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DESTAQUE
Medalha de Ouro do Concelho para Joaquim Tapadinhas e Elisabete Jacinto
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14 de agosto de 1985, Montijo passava de vila a cidade. 34 anos depois, a data foi celebrada, na Galeria Municipal, com a entrega da Medalha de Ouro do Concelho a Joaquim Tapadinhas e a Elisabete Jacinto e com a inauguração da exposição “Origem(s): coletiva de artes”, e, na rua, com um extraordinário concerto de Carminho. As comemorações do 34.º aniversário da cidade começaram, exatamente, com a cerimónia de entrega da Medalha de Ouro do Concelho, a mais alta distinção que o Município do Montijo pode conceder a cidadãos e entidades do concelho que se destaquem pelos serviços prestados ao concelho e ao país. Perante uma sala esgotada, Joaquim Tapadinhas recebeu das mãos do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, a Medalha de Ouro pelo seu percurso profissional, associativo e de cidadania. “Um dia muito feliz”, disse o homenageado, que agradeceu a “honra de me atribuírem a Medalha de Ouro do Concelho”. Recordando um pouco da história e da evolução da antiga Aldeia
Galega até hoje, à cidade do Montijo, Joaquim Tapadinhas terminou a sua intervenção afirmando: “construí uma vida social sempre dentro do Montijo e amo a minha terra”. Também Elisabete Jacinto começou por expressar a sua felicidade e honra “por receber esta distinção vinda da minha terra. Aqui nasci, cresci, tornei-me uma pessoa adulta e, mesmo quando passo fora boa parte da vida, aqui estão as minhas raízes. Sei, que ao longo destes anos, as pessoas do Montijo sempre estiveram ao meu lado a apoiar-me”. A piloto, que em 2019 tornou-se a primeira mulher a vencer uma maratona de todo o terreno na categoria camião, recordou o percurso desportivo, as suas dificuldades e referiu-se à Medalha de Ouro do Concelho como “um reconhecimento e um incentivo muito grande, não só para mim, mas para todas as outras pessoas, em particular as mulheres que muitas vezes precisam de ser encorajadas a realizar os seus sonhos”. A cerimónia terminou com a intervenção do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, que falou de uma homenagem a
“dois montijenses ilustres: o professor, o dirigente associativo, o político da resistência, o primeiro presidente da comissão administrativa da câmara municipal na democracia – o professor Joaquim Tapadinhas, mas também a piloto Elisabete Jacinto, os quais, com as suas vidas, engradecem o nome do Montijo. Os seus exemplos de vida servem de inspiração para as novas gerações e merecem ser distinguidos com a mais alta condecoração do município”. “Uma cidade faz-se de memória de cultura, de solidariedade, de investimento, mas sobretudo de pessoas. O Montijo tem sido construído a partir do esforço individual e coletivo dos montijenses. Comemorar o Dia da Cidade é dizermos que somos gente solidária, amiga e firme no desejo que nos une: uma cidade de futuro que exige responsabilidade a todos no presente”, disse Nuno Canta, salientando, ao longo do seu discurso, o percurso realizado na construção de um concelho moderno, inclusivo e sustentável, assim como os novos investimentos, a agenda de descentralização e os desafios de expansão e crescimento que estão no horizonte da cidade.
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Cultura no Dia da Cidade A
música e a arte, também, marcaram presença no 34.º aniversário da cidade. O primeiro momento aconteceu, ainda, durante a cerimónia institucional da entrega da Medalha de Ouro do Concelho com um apontamento musical do grupo Raiz Lusa. De seguida, foi inaugurada na Galeria Municipal a exposição “Origem(s): coletiva de artes”, composta por trabalhos de pintura, fotografia, ilustração, escultura, gravura, joalharia, banda desenhada, entre outras formas de expressão plástica, de 18 autores montijenses.
À noite, poderá dizer-se que houve um momento de magia… pela voz da fadista Carminho. O público encheu a Praça da República de um silêncio respeitoso, que só foi interrompido pelas ondas de aplausos à fadista e aos seus músicos. Carminho apresentou um espetáculo extraordinário, marcado pelas músicas do seu novo disco “Maria”, o quinto álbum da sua carreira e o mais pessoal de sempre, incluindo várias canções de sua autoria. A fadista é, atualmente, uma das grandes vozes do fado e uma das artistas portuguesas com maior projeção internacional.
mobilidade
Chegou o Navegante Família E
ntrou em vigor, em agosto, o novo Navegante Família. Os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) prosseguem, assim, a implementação do novo sistema tarifário do serviço público de transportes. O Navegante Família (metropolitano - 80 euros e municipal - 60 euros) permite que três ou mais elementos do mesmo agregado familiar, com residência comprovada num dos 18 municípios da AML, paguem, no máximo, o valor de dois passes Navegante. Uma medida que representa, para muitas famílias, um novo aumento do rendimento disponível e mais um incentivo à utilização, por todo o agregado familiar, do transporte público. O passe Navegante Família pode ser requerido nos postos de atendimento dos operadores de serviço público de transporte regular de passageiros indicados em www. aml.pt ou em www.portalviva.pt. Recorde-se que a alteração do sistema tarifário AML, que se iniciou no passado dia 1 de abril com a criação dos novos passes Navegante, constituiu uma profunda alteração nas soluções de deslocação ao dispor das populações e um forte incentivo à utilização dos transportes públicos e da mobilidade sustentável, com significativo impacte económico e social.
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PASSEIOS NO TEJO
Para conhecer o estuário e os moinhos m pequenas embarcações, rio a dentro, dezenas de pessoas têm participado nos E Passeios no Rio Tejo promovidos pela Associação
Náutica Montijense – ANAU. Conhecer a riqueza natural do Estuário do Tejo, a importância identitária do rio para o Montijo e para as suas gentes e os diversos moinhos existentes ao longo do rio são os objetivos destes passeios. O itinerário começa no Moinho de Maré do Cais, recuperado pela autarquia e que é hoje um importante núcleo museológico, passa pelas ruínas do Moinho do Meio situado no Cais dos Pescadores, seguindo-se o Moinho do Saldanha com uma aproximação ao Esteiro Dona Joana. No regresso há passagem no Moinho dos Dois Termos e no Moinho das Assentas (Mundet), terminando o passeio no Cais dos Vapores. A bordo, os participantes podem desfrutar de uma experiência única, onde há a possibilidade de observar várias espécies de aves, como o Flamingo, o Pernilongo, o Corvo-marinho ou o Alfaiate, entre outras, assim como conversar com a tripulação sobre as embarcações e a vida no mar. Os passeios iniciaram em julho e, ainda, é possível a participação no passeio agendado para o dia 31 de agosto.
CRUZ VERMELHA
Formação em socorrismo
delegação da Foz do Tejo da Cruz Vermelha A Portuguesa vai promover formações na área do socorrismo, durante o mês de setembro,
no Montijo. Assim, de 16 a 18 de setembro, das 19h00 às 23h00, em instalações localizadas na Rua Manuel Giraldes da Silva n.º 230, terá lugar o Curso Europeu de Primeiros Socorros. Esta ação é destinada à população em geral, com idade mínima de 14 anos, e pretende difundir conhecimentos gerais de primeiros socorros. O valor unitário de inscrição é de 110 euros. No dia 21 de setembro, das 9h00 às 13h00, no mesmo local haverá uma ação de formação em Suporte Básico de Vida dirigida à população em geral com idade superior a 12 anos e a profissionais de saúde, possibilitando a aquisição de competências que permitem executar corretamente as manobras de suporte básico de vida em situações de paragem cardiorrespiratória. O valor de inscrição é de 40 euros. Mais informações através do email dfoztejo. formacao@cruzvermelha.org.pt
Autarquia acrescenta autocarro à frota municipal o dia 25 de junho teve lugar a viagem inaucomo uma condição para o desenvolvimento”, asgural do novo autocarro adquirido pela N severou o presidente. Câmara Municipal do Montijo. Nuno Canta afiançou, ainda, que o investimento foi O veículo passa a fazer parte da frota municipal e tem 55 lugares. A aquisição do novo autocarro vem conferir mais capacidade aos serviços municipais, “uma necessidade imperiosa reconhecida
realizado atempadamente e em tempo oportuno: “aproveitámos as circunstâncias de contas certas de que dispomos hoje em dia, garantindo novas condições de segurança, sobretudo para crianças e seniores”.
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AEROPORTO DO MONTIJO
Impacte ambiental em consulta pública A
té 19 de setembro, encontra-se a decorrer o processo de Avaliação de Impacte Ambiental do projeto do Aeroporto do Montijo e Respetivas Acessibilidades. A documentação encontra-se disponível no Portal Participa e no site da Agência Portuguesa do Ambiente. A câmara coopera neste procsso através da cedência de espaço, no edifício dos Paços do Concelho do Município do Montijo, para a instalação, a breve trecho, de um quiosque digital onde poderá ser consultado o referido estudo. No âmbito do processo de consulta pública serão consideradas e apreciadas todas as opiniões e sugestões apresentadas por escrito, desde que relacionadas, especificamente, com o projeto em avaliação. Para além da construção de um novo aeroporto na região de Lisboa, o projeto engloba também a construção de um novo acesso rodoviário, que permitirá estabelecer a ligação do Aeroporto do Montijo à A12. Prevê-se também a beneficiação do acesso rodoviário ao terminal fluvial do Cais do Seixalinho e a construção de uma ciclovia ao longo deste acesso.
Dia da Doação de Órgãos e Transplantação
Ministros da Defesa e da Saúde enaltecem papel da Força Aérea O
presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, marcou presença no dia 20 de julho, na Base Aérea n.º 6, numa cerimónia que assinalou o Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação e que contou com o Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e com a Ministra da Saúde, Marta Temido. Na sessão foram divulgados os dados sobre o trabalho da Força Aérea Portuguesa no transporte de órgãos e socorro de emergência em todo o país. Sobre os dados do Instituto Português do Sangue e Transplantação, agora revelados, João Gomes Cravinho relembrou que o papel das Forças Armadas, neste âmbito, é garantir o transporte de órgãos. O ministro referiu também a colaboração intensa entre os militares, o Ministério da Saúde e os diversos hospitais do país.
É um trabalho de “enorme delicadeza, exige rapidez e uma grande coordenação e a Força Aérea tem, aqui, um papel do qual nos orgulhamos muito e, felizmente, hoje há muitos portugueses vivos graças a esse trabalho “, disse. A Ministra da Saúde, por sua vez, referiu-se ao percurso dos profissionais portugueses que, ao longo de cinco décadas, permitiram que Portugal seja hoje um país “que também salva vidas por conta da técnica de transplante”. Durante a visita à Base Aérea n.º 6, João Gomes Cravinho, Marta Temido e Nuno Canta ouviram a explicação dos militares sobre o funcionamento das várias equipas envolvidas em missões ligadas à saúde, designadamente, as tripulações do Falcon, do C-295, do C-130, do EH-101, do Lynx, das equipas da câmara hiperbárica e da unidade de defesa nuclear, biológica, química e radiológica.
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Expressões
JOALHARIA
Mariana Teixeira Licenciada em Desenho pela Faculdade de Bela Artes de Lisboa (2016), inicia no ano seguinte o Curso de Alta Joalharia no Centro de Joalharia de Lisboa. Em setembro de 2018 frequenta o curso de Técnicas Avançadas de Joalharia na Escola Metallo Nobile em Florença, Itália. Desde 2016 que expõe o seu trabalho, destancando-se a exposição de gravura contemporânea “Novos olhares sobre a arte do Côa”, no Museu Arqueológico do Carmo, Lisboa, e no Museu do Côa, Vila Nova de Foz Côa (2017) e a participação na 1.ª edição do Prémio Paula Rego no Museu Casa das Histórias Paula Rego, Cascais. Também participou na exposição “Trívia” na Galeria Municipal do Montijo. Atualmente, o seu percurso divide-se entre Desenho, Gravura e Joalharia através de projetos pessoais e colaborações com outros artistas.
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Entre Nós
ENTREVISTA | PEDRO CARDITA
A carismática mutabilidade de Pedro – O único A
presentou a rubrica de cinema “Antecâmara”, na Sporting TV. Podcaster, cineasta, fotógrafo, comentador, escritor, blogger. Apresentamos Pedro Cardita. Carisma, identidade e personalidade são a marca deste jovem montijense, de 30 anos. O gosto pelo cinema levou Pedro Cardita à Escola Profissional de Imagem, em Lisboa (epi_), onde tirou o curso de Técnico de Vídeo. “Fui para a epi_, motivado e com a segurança que era o que queria fazer. Foi uma grande aprendizagem. No curso estudei vídeo, cinema e televisão. Três áreas que se complementam, mas, também, são distintas e têm a sua linguagem própria”. Entrou no mercado da melhor forma, acompanhando a ModaLisboa (Operador de Câmara). Em vídeo, continuou a desenvolver trabalhos de publicidade e trabalhos de edição para televisão. Entre fevereiro de 2018 e abril deste ano foi comentador de cinema na Sporting Tv. Nas redes sociais divulga os seus trabalhos de fotografia, essencialmente virados para a moda, e concertos onde, como todos os seus projetos, assinala a quebra com o “politicamente correto” e opta pelo surpreendente. Os cenários díspares, as posturas incomuns e os adereços originais fazem parte do seu reportório. “Num concerto gosto de captar o esforço e a adrenalina dos artistas. Na moda, quanto mais retrato melhor. Exploro a capacidade da fotografia de criar
ícones. Já fiz produções de radicais mudanças de visual. Quebrei padrões. Os resultados são modelos satisfeitas por sentirem livres, sem culpas e com a certeza que deixaram a sua marca.” A quebra de barreiras, estigmas, preconceitos e estereótipos são impressões digitais em todas as suas produções, inclusive na escrita: “desde muito cedo que me apeguei à leitura. Identifico-me com autores desde Fernando Pessoa, Tiago Rebelo, Ernest Hemingway e Charles Bukowski”. Apesar de ainda não ter livros editados, Pedro tem explorado a escrita. Em nome próprio, escreve romances, tendo concorrido, com uma das suas obras, ao Concurso de Poesia e Ficção Narrativa realizado pelo Gabinete da Juventude da Câmara Municipal do Montijo. Nos blogs e páginas de Facebook (Pedro Cardita Histórias e Pedro, O Louco?) solidifica esta paixão com pequenos contos. Pedro, O Louco? “é uma escrita de intervenção, não agressiva, com um pouco de comédia, que pretende que as pessoas se identifiquem”, elucida. Segue o lema “mais vale arriscares e viveres que ficares sentado, a apontar o dedo”. Na moda, na fotografia e na escrita, movimenta-se como peixe na água. Pedro optou por seguir um percurso que está em constante mutação, onde prefere o desafio e relativiza os medos. “Estou em constante evolução, a
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Exploro a capacidade da fotografia de criar ícones. Já fiz produções de radicais mudanças de visual. Quebrei padrões. Os resultados são modelos satisfeitas por se sentirem livres, sem culpas e com a certeza que deixaram a sua marca.
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multiplicidade de áreas em que me sei mexer e trabalhar ajudam. Mas também as pessoas com que me cruzo pelo caminho motivam-me. Acredito que tudo é cíclico e recíproco”. Após a sua experiência em frente às câmaras, Pedro quer entrar mais no mundo da comunicação. Um trilho em que já deu os primeiros passos com uma formação no Cenjor. Ficamos à espera de saber mais sobre Pedro Cardita, em papel, vídeo, fotografia ou quem sabe, em breve, num cinema perto de si. Os seus trabalhos estão disponíveis para consulta: Pedro Cardita Podcasts (Blog e Página de Facebook), Pedro Cardita Fashion Works (Blog e Página de Facebook), Pedro Cardita Filmes (Facebook), O Utópico Mundo de Pedro Cardita (Blog) e Pedro, O Louco? (Blog e Página de Facebook).
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EDUCAÇÃO
Julho foi à grande e à descoberta O
Parque Municipal do Montijo recebeu no dia 31 de julho o encerramento do projeto Julho à Grande e à Descoberta, dinamizado pela Câmara Municipal do Montijo junto das crianças do ensino pré-escolar público, inscritas nas Atividades de Animação e Apoio à Família. Ao longo do mês de julho, mais de 300 crianças dos jardins de infância públicos de todo o concelho participaram em diversas atividades culturais, desportivas e educativas que lhes permitiram sair
do espaço da escola, conhecer o património da cidade e aprender um pouco mais sobre o concelho. Houve momentos na Piscina Municipal, visitas ao Moinho de Maré, ao Museu Municipal Casa Mora e no Pavilhão Municipal n.º 1 teve lugar uma sessão de cinema educativo, projetado em 360 graus, como se fosse um planetário, com as crianças a ficarem rodeadas de imagens e sons.
MASCARENHAS MARTINS
Iniciação ao teatro Companhia Mascarenhas Martins e a Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro A juntaram-se para promover aulas de iniciação ao teatro, a partir de outubro, nas instalações da 1.º Dezembro. Esta formação tem como objetivo proporcionar o contacto com textos clássicos ou contemporâneos e com tudo aquilo que está em causa quando se monta um espetáculo (da perspetiva do intérprete): do trabalho de análise à
utilização expressiva do corpo e da voz; do primeiro contacto com a cena ao levantamento de um espetáculo (exercício) em que cada aluno assume um papel e o prepara, com o apoio e a direção dos formadores. As aulas serão ministradas por Maria Mascarenhas e João Jacinto. A iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal do Montijo. Mais informações através do email companhiamascarenhasmartins@gmail.com
EURO ENCONTRO
Hélder Esdras Martins arrecada prémio internacional O
colecionador de brinquedos montijense, Hélder Esdras Martins, conquistou mais um título, desta vez, no Euro Encontro do Brinquedo que se realizou em Frankfurt, Alemanha, no mês de julho. Hélder Martins participou no evento pela segunda vez. Este ano apresentou um trabalho de campo, intercâmbio, experiência e mostra de brinquedos de folha e de componentes pró ambientais (tendo por tema reciclagem ontem e amanhã) não só nacionais como estrangeiros (expressão africana). A investigação gratificada divulgou um intercâmbio na permuta de ligações entre gerações, incidindo sobre o trabalho de campo, apresentando como as crianças conquistavam o brincar, no trabalho, onde eram colocadas no mercado involuntariamente, como inventavam os seus brinquedos e brincavam à época 30/60 com extensão aos primeiros anos 70. O trabalho apresentado teve incidência no campesinato, nas indústrias corticeiras, na suinicultura e chacinaria montijenses. Com este prémio Hélder Martins conquistou a participação de Portugal, a par da Espanha e Polónia, no périplo europeu do “património brinquedo “ que terá lugar nos próximos três anos em diversos países.
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MODELSCALA 2019
O maior evento nacional de modelismo É
no Montijo que, anualmente, se realiza o maior evento nacional dedicado ao modelismo. Este ano, não será exceção e pelas mãos da Associação de Modelismo do Montijo, nos dias 28 e 29 de setembro, o Pavilhão Municipal n.º 2 recebe a 18.ª edição da Exposição e Concurso Modelscala. Os números são elucidativos da dimensão que o Modelscala atingiu: são mais de 150 modelistas de Portugal, Espanha, Bélgica, França, Itália e até da Venezuela, 800 peças em exposição/ concurso e a expetativa de 2000 visitantes. Sempre procurando manter a qualidade e a diversidade do evento e, simultaneamente, com a preocupação de introduzir novidades, este ano o Modelscala tem como tema especial o cinema, permitindo a criação de uma exposição bastante abrangente. Também vai focar atenção no modelismo de veículos civis: “tentamos ser inovadores e agradar a todos os que participam e visitam a exposição. Vamos manter as áreas de exposição e comercial, os workshops e estamos a tentar ter, no exterior do pavilhão, veículos civis antigos em exposição”, revelam Sandro Lúcio e João Tavares, dirigentes da Associação de Modelismo do Montijo. “São um dos nossos trunfos. São gratuitos, o que é raro noutras exposições, e com formadores de qualidade. Vamos ter workshops de pintura e envernizamento de veículos, aplicação de decalques, construção e transformação de motores, construção de dioramas, de terrenos e pintura sci-fi”, explicam.
Como habitualmente, o Modelscala tem uma área expositiva e, também, uma zona comercial que contará com lojas da especialidade, tanto portuguesas como espanholas: “há modelistas e marcas que fazem questão de estar presentes no Modelscala. Vamos na 18.ª edição, é o maior evento de modelismo do país. Já ganhámos reconhecimento nacional e internacional e isso deixa-nos orgulhosos”. Um reconhecimento que é obtido pela qualidade do evento e pela forma hospitaleira como recebem os modelistas e visitantes e que traz retorno à cidade, pois “esgotamos o alojamento na Montijo e arredores, trazemos cá pessoas de todo o país que têm esta paixão do modelismo e queremos que saiam daqui satisfeitos e que regressem no próximo ano”. A Associação de Modelismo do Montijo foi criada em 3 de setembro de 1998, por um grupo de amigos modelistas que nessa altura já sentiam vontade de levar mais longe o seu hobby. Desde a sua criação, dinamizaram inúmeras iniciativas, procurando divulgar a modalidade. Enquadrado nessa estratégia, no ano de 2000, iniciaram o Modelscala, que rapidamente se transformou no evento modelístico de referência em Portugal. Ao longo da sua história, a associação tem procurado trazer mais gente ao modelismo, quer pela sua presença em eventos não diretamente relacionados com o modelismo, embora com potencial para tal, quer pelas suas ações de divulgação junto dos jovens nas escolas e em atelieres.
Tem atualmente 60 associados, um número que aumentou dez por cento este ano, e estão de portas abertas a todos os que se queiram juntar à paixão do modelismo.
XVIII Modelscala Pavilhão Municipal n.º 2 | Entrada Livre 28 set. – 15h00-20h00 29 set. – 10h00-16h00
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Estórias com História
Nossa Senhora da Atalaia do Pinheiro A
menção mais antiga à Senhora da Atalaia remonta ao século XV, quando é referido um pinhal existente abaixo de Santa Maria da Atalaia. Na centúria seguinte o título de Santa Maria da Atalaia passou a coexistir com uma nova invocação, Nossa Senhora da Atalaia, a qual acabou por se impor1. A existência de pinheiros por todo o território do antigo Ribatejo2 é uma evidência que ainda hoje podemos testemunhar, nomeadamente através de vários topónimos, como Pinhal Novo, pinhal do fidalgo, pinhal de mar-a-mar, pinheiro das almas, entre outros. Por esta razão, associada às características naturais do lugar, a Senhora aqui venerada teve a invocação de Senhora dos Pinheiros. Esta invo-
cação é atestada por algumas representações que são feitas da Virgem, nomeadamente em estandartes, em que a mesma se faz representar entre pinheiros. No decorrer do século XIX, nos anos de 1870 e 1874, extinguiram-se os dois últimos pinheiros da zona do arraial, terminando a invocação enunciada.3 O desaparecimento dos pinheiros da Atalaia pode bem simbolizar o processo de desflorestação do país, que atingiria o seu grau mais crítico no século XVIII. Andrada e Silva, num manifesto publicado em 1815, expressou a sua visão sobre o estado da floresta em Portugal: apesar de muitas Ordenações e Regimentos que mandão fazer novas sementeiras e plantações, os nossos bosques e arvoredos têm desaparecido com uma rapidez es-
pantosa há pouco mais de um século porque desde então não têm cessado as causas da sua ruína4. A proximidade dos pinhais do Ribatejo a Lisboa ditou o seu destino. Os muitos fornos da metrópole, principalmente os de vidro, as refinarias de açúcar, mas também a tanoaria, a metalurgia, a construção civil e muitas outras atividades consumiam os recursos florestais ao redor da cidade. Entre estas atividades encontra-se a construção naval, atividade de importância estratégica para o reino no âmbito da expansão marítima. Para além de uma intensa atividade pesqueira, a expansão marítima foi o grande motor da desarborização do país5. Até meados do século XV, o Pinhal de Leiria terá suprido as necessidades maiores dos construtores navais junto das tercenas
Nossa Senhora da Atalaia, ainda com os seus dois pinheiros. Ilustração de Barbosa Lima, In Archivo Pitoresco, tomo VII, 1864
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de Lisboa, mas a partir daí é recorrente o uso de madeiras importadas. Em 1559, através de um alvará, proibia-se qualquer refinaria de açúcar numa área de 10 léguas em redor de Lisboa “Gastavão no refinar dele tanta lenha grossa que era cousa de haver falta dela e de se estroirem os pinhaes do Ribatejo os quaes eram muito necessários para madeira com que se fazem as naos e navios” e em 1562, aos vidreiros dos lugares do Ribatejo são interditas unidades numa extensão de 7 léguas em volta de Lisboa na margem esquerda do Rio Tejo. Ordena-se, inclusivamente, desmantelar as já existentes6. Segundo Mário Balseiro Dias, em meados do século XVI, existia em Lisboa, na antiga ribeira da
pinheiros para a fábrica dos navios; porque os havia n’elle não só de muita altura, mas grossura; e com a sua altura, ainda faziam mais alto e agradável aquelle logar. Foram assignados muitos para o córte e vindo d’alli a poucos dias para o executarem, se viram todos tortos e incapazes de serventia, que se pretendia para a fabrica das náos. Também se refere por constante tradição, que se cortara um d’aquelles páos sómente, dos que se assignaláram, e que d’este se fizera um leme para a náu que tinha o titulo de Nossa Senhora d’Atalaya, e que posto n’ella não governava nada8. A “Nossa Senhora da Atalaia do Pinheiro” era uma nau de quatro cobertas pesada e forte destinada à Carreira da Índia. A sua viagem inaugural teve início a 23 de março de 1640, fazendo parte
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Esperança. Após enfrentarem fortes tempestades e estando a nau num estado lastimoso, metendo muita água e as bombas entupidas com os grãos da pimenta, abandonaram o navio refugiando-se na praia, perdendo-se dezenas de vida nas viagens do bote para terra, até que ninguém se atreveu mais a voltar à nau, ficando nela muitas almas sem mais reparo, que hum painel da popa, em que estava a imagem de Nossa Senhora da Atalaia, porém de madrugada se acabou de fazer toda em pedaços, não sahindo de toda ella em terra mais que hum quartel piqueno inteiro, e o mais páo por páo, e alguns caixões dos que estavam por cima, botou o mar mas em pedaços. E nisto se resolveo a opulência de huma nao tão poderosa, e aqui se virão muitos nús, e pobres, que havia bem pouco eramos ricos, e bem vestidos. Era sábado, 7 de julho de 1647. Os vestígios arqueológicos da nau Nossa Senhora da Atalaia do Pinheiro foram identificados em 1979, por Peter Sachs para o East London Museum, tendo sido recolhido algum espólio, nomeadamente 23 canhões de bronze e outros artefactos. Eduardo Martins Câmara Municipal do Montijo
1 Helena Barros. Monografia da Atalaia. Câmara Municipal do Montijo, 2011.
“Naufragio da nau S. Thomé”. In História trágico-maritima, de Bernardo Gomes de Brito, 1735-1736.
2 O Ribatejo medieval compreendia o território entre a ribeira de Coina e a ribeira das Enguias (grosso modo os atuais concelhos do Barreiro, Moita, Montijo (oeste) e Alcochete. 3 Helena
cidade, um cais denominado de “Aldeia Galega” ou da “Madeira”, por ser aí que se descarregava lenha, ida da vila, para abastecimento da capital7. É, pois, num contexto de inflação e escassez de matéria-prima que o mestre dos carpinteiros da Ribeira das Naus se terá deslocado à Atalaia para proceder à seleção e posterior corte de alguns pinheiros para construção da futura nau Nossa Senhora da Atalaia do Pinheiro. Segundo o padre Manuel Frederico Ribeiro da Costa, foi no tempo em que Philippe II o de Castela era senhor de Portugal, intentou por advertência, que se lhe fez, mandar cortar n’aquelle sitio alguns
da armada que partiu de Lisboa, era seu capitão Pedro de Almeida Cabral. Não temos notícias da “Atalaia” até ao ano fatídico de 1647, em que partiu de Goa a 23 de fevereiro e naufragou, juntamente com o galeão Sacramento, próximo da foz do Rio Cefane, na África do Sul. Segundo Bento Teixeira Feyo9, a armada perdeu vários dias no saque a uma embarcação de peregrinos que se dirigia para Meca, nos dias que aqui nos teve sem velejar, avaliáraõ os homés, que bem entendiaõ do mar, se perdera a viagem, o que depois experimentamos na falta de tempo para chegar a passar o Cabo da Boa
Barros, op. cit..
4 Fernando
Reboredo e João Pais. A construção naval e a destruição do coberto florestal em Portugal – do Século XII ao Século XX. Ecologia, Lisboa, 4:31-42. ISSN 1647-2829. 5 Idem. 6 Ibidem. 7 Mário Balseiro Dias. Economia Marítima de Aldeia Galega do Ribatejo, Montijo, edição de autor, 2001 8 Manuel Frederico Ribeiro da Costa. Narrativa Histórica da imagem de Nossa Senhora da Atalaya que se venera na capella sita no monte d’Atalaya do Concelho de Aldegallega do Ribatejo. fac-símile da ed. de 1887. Montijo, Câmara Municipal do Montijo, 2007 9 Bento Teixeira Feio, fl. 1650. Relaçam do naufrágio que fizeram as naos Sacramento & Nossa Senhora da Atalaya, vindo da India para o Reyno, no cabo de Boa Esperança; de que era Capitaõ mór Luis de Miranda Henriques, no anno de 1647. Lisboa, 1650.
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O NOSSO MERCADO
Mercado Municipal abre portas à cultura e etnografia do concelho A
té ao final do mês de setembro, a Câmara Municipal do Montijo dinamiza o projeto “O Nosso Mercado”, com o objetivo de evidenciar o Mercado Municipal enquanto espaço aberto ao lazer e à cultura e potenciar a sua proximidade à comunidade. Com uma programação composta por atividades diversificadas que pretendem divulgar as nossas tradições, cultura e atividades económicas, o projeto teve início no mês de julho. Para setembro, estão programadas mais ações: no dia 7, a partir das 11h00, terá lugar um workshop sobre o uso medicinal e culinário de ervas aromáticas e óleos essenciais, com Raquel Alves da empre-
sa Ervas Catitas, assim como a atuação da Marcha Popular de Sarilhos Grandes. Já o dia 22 de setembro, também a partir das 11h00, contará com o Rancho Folclórico Juventude Atalaiense e a empresa Bkry, que traz alimentos sem glúten e sem acúçar Recorda-se que, no âmbito deste projeto e até ao final de setembro, está patente no Mercado Municipal a exposição de fotografia “Montijo também é campo - aves”, dedicada à avifauna do concelho, assim como uma mostra etnográfica com trajes tradicionais do Rancho Folclórico e Etnográfico “Os Águias Negras” do Alto Estanqueiro e do
Rancho Folclórico e Etnográfico de S. Sebastião Danças e Cantares da Freguesia de Canha. O Mercado Municipal do Montijo desempenha desde sempre um papel social, cultural e económico preponderante na vida comunitária, aglutinando vivências e modos de estar. Através do projeto “O Nosso Mercado”, a autarquia associou-se à campanha internacional “Gosto do Meu Mercado”, que pretende a dinamização dos mercados grossistas ou retalhistas, envolvendo as comunidades locais. Esta campanha está a ser desenvolvida em mais de 30 países da Europa, América e Ásia e conta com a participação de mais de 3 000 mercados.
DESPORTO
Walk-n’Run está de volta! T
odas as segundas-feiras, das 20h00 às 21h00, venha participar no projeto Walk-n’Run Montijo e realizar uma corrida ou caminhada na ciclovia (junto à circular do Montijo). Após um interregno nos meses de verão, a iniciativa regressa no mês de setembro para continuar a promover a prática desportiva.
Com início e término junto às Piscinas Municipais, o Walk-n’Run é promovido pela Câmara Municipal do Montijo. É um projeto de desporto informal e regular que procura incentivar à prática de atividade física e consciencializar a população para a importância do desporto como meio catalisador de um estilo de vida saudável.
Durante uma hora, os participantes realizam uma corrida ou caminhada, conforme o seu gosto e aptidão física, e podem, ainda, aprender os cuidados básicos e fundamentais que devem ter na prática de exercício físico. Para participar no Walk-n’Run Montijo basta aparecer! Junte-se a nós e pratique desporto!
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EXPOSIÇÃO
Origem(s): coletiva de artes É
com o talento local que começa o ciclo comemorativo do 20.º aniversário da Galeria Municipal do Montijo. Origem (s) é uma coletiva de artes que reúne trabalhos de 18 artistas locais e está patente até 3 de outubro. A Galeria Municipal abre, assim, novamente as suas portas para a pintura, a fotografia, a ilustração, a escultura, a gravura, a banda desenhada, entre outras formas de expressão plástica de Daniel Maia, Delmira Espada, Edite Coelho, Eduardo Martins, Enrique Williams, Filomena Morim, Guida Casella, João Barroso Silva, João Rodrigues, José Fragateiro, Mariana Marote, Mariana Teixeira, Pedro Moço, Sara Loureiro, Susana Resende, Susy Bila, Teresa Carreira e Teresa Carvalho. Ao longos dos seus 20 anos, a Galeria Municipal teve o privilégio de receber grandes exposições, de nomes de referência da cultura nacional e até internacional. Paralelamente, aos nomes mais consagrados, tem sido sempre um espaço aberto ao talento local, assumindo que investir na cultura passa também por valorizar as nossas raízes e que a expressão artística ao nível local é um agente de desenvolvimento e de fortalecimento da identidade comunitária. Galeria Municipal | Entrada Livre 2.ª feira a sábado: 9h00-12h30 e 14h00-17h30
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EXPOSIÇÃO
Montijo também é campo A
té 30 de setembro, o Mercado Municipal do Montijo dá a conhecer a avifauna do nosso território. A exposição “Montijo também é campo – Aves” é uma pequena amostra das diferentes espécies de aves que habitam a zona este do concelho e a Frente Ribeirinha da cidade. Do chapim-real, passando pelo colhereiro, pelo corvo-marinho-comum, pela garça-real, até ao guarda-rios e à coruja-do-mato, entre outros, a exposição faz uma breve abordagem a algumas
espécies e à sua presença nas diferentes zonas do território do Montijo. Esta exposição pretende dar a conhecer a nossa biodiversidade e consciencializar a comunidade para a preservação dos ecossistemas do concelho. Integra a programação do projeto de dinamização cultural “O Nosso Mercado” que procura valorizar este património municipal enquanto espaço aberto ao lazer, aliando a socialização ao ato de comprar, numa relação de proximidade com a comunidade.
Picanço-real-meridional Lanius meridionalis É um picanço grande, mede cerca de 24 cm, tem o bico grosso e adunco. Alimenta-se de aves, ratos, pequenos répteis e insectos. É frequente vê-lo, solitário, pousado em fios e postes telefónicos, em terreno aberto, de onde se lança para as suas presas. Tem o hábito de empalar as presas que captura em ramos pontiagudos e em silvas, para mais facilmente as desmembrar. Embora pouco frequente, é avistado com alguma regularidade, nomeadamente em Pegões e Canha.
CURSO BD
Nova edição em setembro A
Câmara Municipal do Montijo dá continuidade à formação na arte da banda desenhada, com o 3.º Curso de Iniciação à Arte Sequencial a realizar de 23 de setembro a 7 de novembro, em horário pós-laboral, na Quinta do Pátio d’ Água. Após o sucesso das duas edições de 2018, que cativaram formandos não só do Montijo como de concelhos vizinhos, esta terceira edição vai apresentar um conteúdo programático semelhante, mas vê aumentar a carga horária global das 40 para as 54 horas. O programa do curso dá enfâse a novos conhecimentos para abordagem à linguagem sequencial e técnicas básicas de produção, fomentando ainda a autodisciplina operacional na realização de uma banda desenhada; a introdução a novas bases para a criatividade no desenho, no storytelling, na arte-final, na coloração e na legendagem. No final prevê-se a publicação de uma antologia com os trabalhos dos alunos. Esta iniciativa municipal tem permitido a criação de um novo coletivo de autores e de entusiastas da área, que já marcam presença em concursos nacionais de banda desenhada, como é o caso de Patrícia Costa, formanda na primeira edição do curso, que foi uma das vencedoras do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, o evento mais consagrado do género em Portugal e um dos mais conceituados a nível internacional.
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Empreender com paixão
S
e uns nasceram de uma nova oportunidade, outros têm origem nas memórias de infância. Há, ainda, os que surgiram por culpa de uma ocasião especial, de uma forma de estar na vida ou, até mesmo, da simplicidade de uma conversa entre amigos. O ponto de partida pode ser diferente, mas partilham características como a qualidade, a originalidade, o atendimento personalizado e o espírito empreendedor dos seus mentores. São novos negócios que florescem no Montijo pelas mãos de montijenses de sempre ou de novos residentes que abraçaram a cidade. Na passagem do 34.º aniversário da elevação do Montijo a cidade, fazemos questão de dar espaço aos pequenos empreendedores que apostam nos seus projetos pessoais com toda a convicção e paixão. Numa cidade de portas abertas, a nossa proposta é que descubra nas próximas páginas novos negócios que estão a dar impulso e vitalidade ao comércio, à restauração e à hotelaria no Montijo.
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ORANGE TREE HOUSES
Excelência no alojamento local A
classificação no site de reservas de alojamento mais utilizado em todo o mundo é de 9.6-Excecional e basta uma leitura rápida aos comentários dos hóspedes do Orange Tree Houses para perceber as razões. Por trás do sucesso desta unidade de alojamento local estão a qualidade, a atenção aos detalhes, a dedicação e a disponibilidade dos proprietários. Localizada na Rua Gago Coutinho, a Orange Tree Houses é um projeto de Patrícia Moreira e João Vieira, que reabilitaram um edifício em péssimo estado de conservação, transformando-o em quatro apartamentos, de T0 a T2, com um espaço exterior de convívio e partilha para os hóspedes que vêm de todo o lado: de Portugal à Austrália. “O projeto iniciou-se há quatro anos e abrimos portas em abril de 2018. É uma aposta nossa, muito pessoal. Quem vê o edifício por fora não tem perceção do que está por dentro. Normalmente comentam que é melhor do que esperavam”, contam. Esta observação dos hóspedes não está apenas relacionada com a qualidade e o conforto dos apartamentos, mas também, e essencialmente, pela forma como são recebidos por João, um anfitrião de excelência, sempre disponível para os clientes até porque é “fundamental gostar do que se faz. A proximidade e a relação humana fazem toda a diferença no alojamento local, assim como os detalhes. Oferecemos a todos os
hóspedes, por exemplo, uma garrafa de vinho e pastéis de nata. Queremos que as pessoas se sintam em casa”, diz. O sucesso não se constrói sozinho e, na Orange Tree Houses, João e Patrícia contam com Ana Sofia, a colaboradora responsável pela limpeza
dos apartamentos e pelo tratamento da roupa: “somos uma equipa, trabalhamos todos com o mesmo empenho e paixão e, só assim, é possível agradar aos nossos hóspedes e ter níveis de
qualidade que levam às classificações de excelência”, acrescenta. Após terem ponderado outras cidades para o seu projeto, a escolha do Montijo (que é também o seu local de residência) revelou-se a mais acertada: “a centralidade e os bons acessos a Lisboa fazem toda a diferença, assim como a segurança. Nesta área, o Montijo tem mais potencialidades que concelhos vizinhos devido à localização e aos acessos. Muitos dos nossos clientes adoram, por exemplo, a travessia de barco para Lisboa”, afirma Patrícia. O negócio está a superar as previsões iniciais, “a procura é muito superior à oferta” e no horizonte está um novo projeto de alojamento local: “adquirimos um edifício antigo junto à Praça 1.º de Maio, na Travessa João de Deus. São 300 m2 que vamos transformar em alojamento local, com 11 apartamentos e terraço com área de refeições e uma pequena piscina. Nessa altura iremos precisar de pessoal e estamos a contar com os recursos locais, em particular com a Escola Profissional do Montijo”, explicam. É, certamente, no espaço exterior de lazer e convívio da Orange Tree Houses, onde existem laranjeiras que dão o nome à casa, que muitos dos hóspedes se sentem em casa, recebidos pela simpatia do João e da Patrícia, num projeto de qualidade superior criado com empenho, dedicação e amor.
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BOUTIQUE DO BOUQUET
Peças personalizadas com memórias N
o dia do seu casamento, Cláudia Campaniço quis ter um bouquet diferente e personalizado. Deste desejo, que não conseguiu concretizar plenamente, nasceu o seu próprio negócio. Hoje, na Boutique do Bouquet, cumpre o sonho de noivas que pretendem uma peça única para o dia mais especial das suas vidas. “Começou por brincadeira. Experimentei fazer um bouquet para uma pessoa que tinha uma loja de noivas e a recetividade foi fantástica. As noivas adoraram e a certa altura vi que era um negócio que tinha potencial, que era possível fazer algo de inovador. E assim nasceu a Boutique do Bouquet”, explica. O projeto tem sete anos e está no Montijo, na Rua Pocinho das Nascentes, há ano e meio, num atelier com um ar acolhedor e gracioso, que funciona por agendamento e recebe clientes de todo o país: “muitas noivas e convidadas do Alentejo, de Lisboa, da Margem Sul, mas também do Norte do país. O nosso atendimento é personalizado, as clientes podem estar o tempo que precisarem,
queremos que saiam da loja completamente satisfeitas”. Os bouquets, esses, têm as tais características que os tornam diferentes dos demais: “são feitos com flores artificiais de qualidade e personalizados. Há noivas que querem um bouquet com um aspeto o mais natural possível e outras optam por bouquets mais elaborados, com mais brilho, flores em tecido, em renda, com a inclusão de objetos pessoais”, esclarece Cláudia. “Devem ser encomendados com seis meses de antecedência face à data do casamento, porque personalizar um acessório implica muita pesquisa e trabalho. É um processo sempre partilhado com a noiva. Também temos sempre uma pequena coleção de bouquets no atelier para venda imediata”, acrescenta. Juntamente com o facto de ser uma recordação que fica para a vida, a personalização é o fator decisivo na escolha deste tipo de bouquet: “muitas vezes, são noivas que já perderam um familiar e querem que o seu bouquet tenha uma foto, uma
joia, um símbolo, uma frase que esteja relacionada com essa pessoa. Há histórias muito emotivas e, por isso, não fazemos um bouquet normal, fazemos uma peça que transporta memórias e lhes dá conforto no dia do casamento”. Mas não só de bouquets vive este projeto. A procura das próprias clientes levou à diversificação da oferta: “temos vestidos de cerimónia, incluindo para crianças, e vestidos de noiva. Para além disso, aos bouquets fui juntando os outros complementos: o porta-alianças, os flutes de champanhe, o bouquet para atirar às solteiras, a liga da noiva, e acessórios que as noivas pedem como pulseiras, ganchos para o cabelo, entre outros”. O próximo passo no caminho, não para o altar, mas para o futuro da Boutique do Bouquet, está já a ser planeado: “o objetivo é passar para a loja física, aberta ao público. Aqui não dá para crescermos mais. Não está fácil. Andamos à procura de um espaço no Montijo, que dê para toda a nossa coleção, mas que continue a permitir o nosso atendimento personalizado e acolhedor”, conclui.
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Partilham espaço no Mercado Municipal do Montijo, mas são negócios independentes que têm no seu ADN duas características comuns: tradição e qualidade. Nas próximas linhas conheça O Passado Português e o Bacalhau O Fiel Amigo BACALHAU O FIEL AMIGO
Tradição portuguesa para a sua mesa C
apturado nos mares frios do Norte, é o peixe mais consumido na casa de muitos de nós, numa relação que tem mais de 500 anos. Dizem existir 365 receitas diferentes, uma para cada dia do ano, o importante é que o ingrediente seja da melhor qualidade possível. O bacalhau tem uma longa história à mesa dos portugueses e, este ano, no Montijo arrancou um novo projeto que promete continuar a fazer deste peixe o nosso fiel amigo. Bacalhau O Fiel Amigo é o nome do negócio de comércio tradicional que Nuno Oliveira colocou em marcha, em fevereiro passado. Juntou-se ao projeto O Passado Português e, numa banca do Mercado Municipal do Montijo, apresenta o bacalhau, as caras e as línguas de bacalhau da melhor qualidade e outros produtos tradicionalmente portugueses que, muitas vezes, acompanham à mesa este peixe de eleição. “Para além do bacalhau, fui buscar as conservas e o azeite portugueses, assim como alguns vinagres. Tudo produtos nacionais. As conser-
vas gourmet são de Olhão e de Aveiro e não se encontram no supermercado. Depois temos os azeites alentejanos, aromatizados com limão, piripiri, temos a novidade do azeite de ouro de 23 quilates. Mais recentemente também fomos buscar o vinho da nossa região de Pegões e de Palmela”, conta Nuno Oliveira. Um negócio recente que surgiu “numa passagem de ano com um grupo de amigos, entre os quais o Sérgio André do Passado Português. Comentei que tinha interesse em criar um negócio que poderia ser no Mercado Municipal. Lembrei-me do bacalhau porque mais tradicional não há e, também, porque tinha memória de lojas que existiram no Montijo dedicadas a este produto e que fecharam”. Admite que tem sido “uma aventura. Está a correr devagarinho, mas bem. A recetividade tem sido boa. É um negócio de pequena escala, mas noto que já há clientes fiéis, que todas as semanas ou quinzenalmente vêm ao Mercado comprar o seu bacalhau”, acrescenta. As redes sociais ajudam a dar maior visibili-
dade ao negócio, mas à boa maneira antiga, Nuno confessa que as vendas gosta “de fazer cara a cara, gosto que as pessoas vejam o produto, de lhes explicar as suas origens e qualidade”. E se há época em que o bacalhau é rei na mesa dos portugueses é o Natal. A alguns meses de distância, a expetativa é que seja “uma altura com muito movimento. Espero que no Natal, na mesa dos montijenses, esteja um bom bacalhau, regado com bom azeite, com couves compradas no nosso Mercado Municipal e acompanhado pelos excelentes vinhos da nossa região. Vamos também aproveitar para fazer cabazes de Natal e reviver um pouco essa tradição”. Para a sua mesa, seja no dia-a-dia ou numa ocasião especial, o Bacalhau O Fiel Amigo promete ser a opção certa quando procura produtos alimentares com tradição e qualidade. Há novos negócios que são bons motivos para a sua visita ao Mercado Municipal do Montijo!
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O PASSADO PORTUGUÊS
Reviver a qualidade de outros tempos P
rocura um creme de barbear, um sabão ou um desodorizante que via o seu pai ou avô utilizar e que, aparentemente, desapareceu do mercado? Já procurou em todo o lado e não encontra? Então, falta-lhe certamente conhecer O Passado Português! É no Mercado Municipal do Montijo, nas redes sociais ou em dezenas de eventos um pouco por todo o lado, que O Passado Português nos transporta para memórias de infância através de produtos que fizeram e fazem parte das nossas vidas. “Temos as melhores marcas de saboaria, como a Ach. Brito, a Confiança, a Saboaria Portuguesa. Temos pincéis, lâminas e navalhas de barbear, o sabão azul e branco, os desodorizantes Foz do frasco de vidro, a Pasta Couto, os Shampoos Foz, os Cremes Benamor e até a Farinha Predileta”, conta Sérgio André, mentor e proprietário do Passado Português. O negócio nasceu em outubro de 2014, exatamente porque Sérgio não encontrava os tais produtos para barbear. A esta busca juntou-se o bichinho empresarial que lhe corria nas veias,
pois o pai tem um estabelecimento comercial no Montijo há mais de 35 anos, e assim surgiu a ideia “de ir buscar estes produtos antigos e reviver estas memórias. São produtos que não desapareceram, de grande qualidade, de marcas portuguesas centenárias que exportam grande parte da sua produção”, explica. Entrar no Mercado Municipal e passar pela banca do Passado Português é parar no tempo: “a reação das pessoas é de saudosismo. É engraçado ver o ar de espanto quando veem os produtos. Normalmente, dão os parabéns pela ideia e incentivam que continue este projeto”, afirma Sérgio, salientando que, cada vez mais, “os jovens vêm comprar estes produtos da barba e de saboaria, até para problemas específicos de pele”. O negócio “tem corrido muito bem. Hoje O Passado Português é uma marca registada, já tivemos alguns produtos com a nossa marca e estamos a estudar um sabão artesanal. Temos sempre alguma novidade ou marca nova, dando sempre primazia aos produtos portugueses e é gratificante ver a adesão das pessoas”.
São cremes e sabonetes com história e tradição que se juntam aos produtos do Bacalhau O Fiel Amigo naquela que deve ser “a banca de mercado com mais variedade e marcas portuguesas que existe, pelo menos, na região de Setúbal”, afirma, acrescentando que fazem questão de incluir também produtos locais como a cerveja Aldeana, o mel da Melaria Portuguesa, os doces sem açúcar dos Sabores da Quinta ou os produtos artesanais da Cercima Sabores. Sempre disponível para arregaçar as mangas e colaborar na dinamização do comércio tradicional e dos eventos que decorrem no concelho porque, como afirma, “o Montijo merece”, o Passado Português está a planear os próximos meses, com a participação na Feira Quinhentista do Montijo, no Peddy Paper da Baixa do Montijo e a época de Natal já à porta. É um projeto pessoal, de cheiros e memórias de outra época, mas é também um negócio onde o antigo se vestiu de novo e que não encontra em qualquer cidade. Visite o Mercado Municipal e conheça O Passado Português!
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Montijo à Mesa RESTAURANTE 2BURGUER
Viagem com paixão pelos sabores do mundo A receita é relativamente simples: junte uma dose generosa de qualidade, muito trabalho, dedicação, tempere com uma mão cheia de paixão e o resultado final são sabores de todo o mundo servidos à mesa no restaurante 2Burger.
A
briu a 31 de maio de 2017, na Rua Miguel Pais e logo no primeiro dia mostrou que veio para ficar: “nesse dia abrimos às 19h00, na primeira meia hora ninguém apareceu e comecei a pensar que podia correr mal. Pouco depois, entrou o primeiro casal e fiquei super entusiasmado, a partir daí, não parou de chegar gente, a sala ficou lotada em dez minutos, uma fila enorme à porta. Chegou às 23h00 e ainda havia fila, houve pessoas a comer à meia noite e meia”, recorda Márcio Ferreira, um dos proprietários. Dois anos depois, o sucesso continua duas vezes por dia, seis dias por semana. O 2Burger está aberto de 3.ª feira a domingo, ao almoço e ao
jantar. “Superou imenso as nossas expetativas e plano de negócios, a todos os níveis. Ainda hoje as pessoas nos dão os parabéns e desejam as maiores felicidades. É um projeto que mudou a vida da nossa família”, diz. Esta “viagem inesquecível”, como afirma Márcio, é efetivamente, um negócio de família: Márcio está ao leme do projeto, mas o pai, Carlos Ferreira, está lá, todos os dias, a receber com extrema simpatia e profissionalismo os clientes. A mãe, Ema Ferreira, é responsável pelas sobremesas, outro sucesso tão elogiado como os hambúrgueres. Uma família há muito ligada à hotelaria e restauração que decidiu arriscar num caminho novo e por conta própria: “no Natal de 2016, ainda sem que ninguém soubesse o que tinha em mente, ofereci ao meu pai uma caixinha de madeira com um bilhete a dizer ´qual é a percentagem que queres do nosso restaurante?’. Foi assim que
começou. São as mesmas caixas onde hoje entregamos a conta ao cliente”. “O 2Burger existe por causa do meu pai. Durante algum tempo, ele ainda conciliou isto com o antigo trabalho, mas acabou por ouvir o coração. Está cá todos os dias, tira um dia de folga e aparece na mesma. Nada disto era possível sem ele”, reconhece Márcio Ferreira. Se as portas do 2Burger abriram em maio de 2017, o projeto iniciou-se meses antes. A procura do espaço ideal trouxe a família Ferreira, oriunda de Viseu, ao Montijo: “um dia passámos por aqui, vi estas montras e soube logo que era o espaço ideal. Foi difícil, mas não desistimos e conseguimos. Houve até uma coincidência engraçada: há muitos anos, neste local existiu o Restaurante Ti Maria. Quando comecei a pensar na ementa, ainda antes de conhecer o espaço, o primeiro hambúrguer que criei foi o Ti Maria”, conta.
Foram seis meses de construção, com a ajuda da família e de amigos, para fazer o espaço, inspirado num estilo retro com base na madeira. A maior parte dos materiais de decoração são todos reciclados: das portas de madeira com mais de 100 anos que estão no balcão, aos pilares revestidos com tábuas de madeira, passando pela bicicleta na entrada, comprada no OLX a uma senhora que, hoje, é cliente. Na decoração é bem visível o conceito Around the World (à volta do mundo) idealizado por Márcio, tendo como ponto de partida as suas experiências de viagem e gastronomia. Um conceito aplicado na íntegra à ementa que é um percurso pelos sabores do mundo, em formato de hambúrguer: há a típica francesinha, a picanha do Brasil, o caril indiano, o salmão da Noruega, o picante do México, as opções vegan e vegetariana ou o hambúrguer de camarão. Na calha estão já novas viagens pelos sabores argentinos. Hambúrgueres 100% artesanais, feitos com ingredientes de melhor qualidade e grelhados na hora que já valeram um prestigiado prémio ao 2Burger: “ganhámos o prémio de Best Upscale Casual Dining Venue da Revista Lux, uma publicação inglesa que tem mais de meio milhão de assinantes. Nunca soubemos sequer como e quem nos nomeou. Não trabalhamos para estes prémios, mas para ter um serviço e comida de grande qualidade, temos essa exigência e é muito bom este tipo de reconhecimento”. Tal como o próprio conceito, os clientes surgem de todo o país e de todo o mundo. “Temos imensos clientes estrangeiros, que estão de férias em Lisboa, e vêm ao Montijo de propósito ao 2Burger. O nosso objetivo não é só vender comida, mas que seja uma experiência para os clientes. Isto não é fast food, a comida é feita na hora, leva mais tempo, e as pessoas podem ficar, conversar, interagir”, realça Márcio. Com um sucesso desta dimensão o expetável seria dar o passo no caminho da expansão, mas para já não é esse o futuro do 2Burger: “o futuro passa por este espaço e pela aposta contínua na qualidade e inovação. Não é o dinheiro que nos move. O 2Burger é o que é porque é feito por esta equipa dedicada. Para abrir outro espaço iríamos perder este ambiente e autenticidade”. Se ainda não experimentou a deliciosa comida do 2Burger siga o nosso conselho: reserve já lugar para esta viagem gastronómica à volta do mundo, sem sair do Montijo.
RESTAURANTE
2Burguer
Rua Miguel Pais, n.º 8 Montijo 910393294 12:00-15:00 | 19:00-23:00 info@twoburguer.com www.facebook.com/2burgermontijo/
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BEAN TASTE TO GO
Comida saudável feita com amor L
ogo na entrada, há uma frase que sintetiza, em poucas palavras, o que vai ser a Bean Taste To Go: “a escolha certa, preparada com amor para a sua felicidade”. É uma loja de comida saudável, abriu em maio passado, na Av. D. Afonso V, e assenta numa ideia mais abrangente que é, sobretudo, um modo de estar na vida. “Tínhamos uma empresa de cake design e, a certa altura, percebemos que em termos de saú-
fazemos questão que os clientes se sintam em casa. Queremos que as pessoas contem com a Bean, que sintam que somos uma opção”. Um caminho que está a ser feito, com “passos pequenos, mas consistentes. Temos clientes que nos visitam diariamente, pessoas de todas as idades, muitas com intolerâncias alimentares. Temos comida para todo o tipo de dieta. Não são só saladas, comida vegeteriana ou vegan,
de não é aquele o caminho e surgiu a consciência de comer de forma saudável. A nossa alimentação diária é exatamente igual à que oferecemos na Bean”, esclarecem Mónica e José Araújo, o casal proprietário do espaço. É um projeto de tal maneira pessoal, que José confessa ser “mais um filho. A empresa é parte de nós, desde a conceção, ao nome, às receitas. Por exemplo as nossas bowls têm os nomes das nossas irmãs e mães e são feitas com ingredientes que elas gostam. É uma loja de bairro, onde
temos pratos com peixe, carne. O leque é enorme. O feedback tem sido muito bom. As pessoas entram e gostam do espaço, todos os dias ouvimos algo positivo sobre a loja e a comida e isso é motivador. Enche-nos o coração”, afirma Mónica. Na Bean Taste To Go encontra, diariamente, entre as 12h00 e as 22h00, alternativas saudáveis para qualquer refeição. Há prato e sopa do dia, gelados, sumos de fruta, bolos, pão, granolas, saladas, chocolates, produtos conge-
lados, cerveja sem glúten, vinho da região e até vinho sem álcool. Os denominadores comuns a tudo isto são os ingredientes de qualidade, provenientes de fornecedores locais de agricultura sustentável, a confeção feita com amor… e também alguma criatividade. “Experimentamos alguns sabores mais arrojados, como o gelado de manga e curcuma ou a sopa de batata doce e coco que as pessoas têm adorado. Gosto de brincar com os alimentos e poder proporcionar uma refeição deliciosa. Comer saudável não é desagradável, pelo contrário, é comer um bocadinho de tudo e com muito sabor”, garante Mónica. A tal forma de estar na vida de Mónica e José faz com que, para lá da comida saudável, exista muito mais por trás da conceção da Bean Taste To Go: das preocupações ambientais à rotulagem e embalamento dos produtos, passando pelo ambiente de trabalho positivo e pela responsabilidade social na comunidade. “O nosso projeto tem outras dimensões como o não desperdício alimentar, que tentamos que seja o menos possível. As nossas embalagens a maior parte são em papel, cana de açúcar ou num polímero biológico. Procuramos usar o menos possível o plástico. Os sacos são de pano ou papel, os talheres de madeira. Temos o cuidado de ter rótulos de fácil leitura, os nossos produtos praticamente não têm conservantes e quando têm são naturais, como o sumo de limão”, exemplificam. Um conceito integrado e abrangente, porque querem “o menor impacto ambiental”, e que é totalmente dominado por Bruna e Maria, as duas colaboradoras que estão, desde o início, ao lado dos proprietários e que “sentem o projeto como delas. Tal como fazemos com os clientes queremos que se sintam bem e para isso há fatores como uma remuneração interessante e as folgas ao fim de semana apesar do trabalho por turnos. Somos uma equipa”. O futuro da Bean Taste To Go passa por adicionar novos elementos ao conceito: “a entrega ao domicílio, workshops e dar formação nas escolas do concelho, de forma pro bono, porque acreditamos que podemos influenciar de forma positiva e queremos contribuir para comunidade que nos rodeia”, revela Mónica. Podíamos ter admitido no início do texto, mas preferimos guardar para o fim: a visita à Bean Taste To Go terminou ao sabor de umas papas de aveia com manga e coco. Provámos e confirmamos: é mesmo comida saudável e deliciosa, certamente preparada com amor para a nossa felicidade!
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28 de setembro
Arraial UDC na Casa Mora
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o dia 28 de setembro, há Arraial UDC – United Dance Crew no Jardim Casa Mora. A partir das 17h00 e pela noite fora, junte-se a este convívio de entrada livre e ajude à participação dos UDC no Campeonato Mundial de Hip Hop Unite 2019. A professora Marta Fuste, responsável por este grupo de Hip Hop da Escola de Artes Sinfonias & Eventos”, deixa o convite para “um final de tarde ou noite descontraída, em convívio, com muita dança, música e algumas surpresas”. Para além dos UDC, o evento vai contar com grupos de dança das diversas escolas e associações do concelho e com grupos de fora que também vão representar Portugal na referida competição mundial. Tal como no ano passado, esta segunda edição do Arraial UDC pretende angariar fundos para a participação do grupo no Campeonato Mundial de Hip Hop Unite 2019, que vai decorrer na Holanda, de 17 a 21 de outubro. Em 2018, o grupo esteve pela primeira vez
nesta competição e o “balanço foi muito positivo. Queremos ter resultados melhores, ambicionamos que a classe sénior alcance a final até porque têm trabalhado imenso, mas mais que as classificações vamos focados em dar o nosso melhor, mantendo o espírito de união que é a base do nosso grupo”, afirma Marta Fuste. A união entre todos os elementos do grupo, desde os mais jovens aos adultos, o amor à dança e o feeling com que atuam em palco são os trunfos que os UDC levam na mala para mais esta participação internacional, em nome do Montijo e de Portugal. Este ano, o Montijo está representado por dois grupos nesta competição, que junta mais de 1800 bailarinos de todo o mundo. Aos UDC juntam-se os We Can Dance da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro. Os UDC nasceram há cinco anos, da união de dois grupos de dança orientados por Marta Fuste. Inicialmente com dez elementos, o grupo tem hoje mais de 100 bailarinos, de várias idades.
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COMÉRCIO LOCAL
Baixa promove Peddy Paper E
m equipa que ganha não se mexe e, dizemos nós, em ideia vencedora também não! O 3.º Peddy Paper Baixa do Montijo ConVida regressa no dia 14 de setembro, a partir das 9h00. O ponto de partida para uma manhã repleta de energia e animação é, mais uma vez, o Hotel Tryp Montijo. As inscrições, com o valor de cinco euros por participante, estão abertas até 6 de setembro, através do email comissaobaixa@gmail.com. A atividade é gratuita para crianças até aos dez anos. O jogo é feito por equipas (máximo de quatro elementos). Quem não quiser ou não conseguir reunir amigos suficientes para uma equipa, pode participar individualmente. As crianças só podem participar acompanhadas por adultos. O 3.º Peddy Paper Baixa do Montijo ConVida pretende ser um momento de convívio entre os participantes e, simultaneamente, uma forma de dar a conhecer o comércio de proximidade e os principais pontos de interesse turístico, cultural e histórico da baixa da cidade do Montijo. Há prémios para os vencedores, entre os quais a estadia de uma noite no Tryp Hotel Montijo. Inscreva-se, participe!
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PATRIMÓNIO
“Deolinda Maria” no estaleiro de Sarilhos
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a prossecução da política de manutenção e preservação do património do concelho, a Câmara Municipal do Montijo está a proceder à reparação e manutenção da embarcação típica do Tejo, “Deolinda Maria”. Um investimento superior a 56 mil euros, que está a ser executado através dos Estaleiros Navais de Sarilhos Pequenos. Trata-se de uma intervenção bastante profunda, que inclui a substituição da quilha, da roda de prôa, da contra-roda, das tábuas do painel, das cintas, das falcas, dos barbados, da buçarca, da escuteira, do leme e da fêmea do leme, do tabuado do costado, do fundo e calafeto geral. Vai ser, igualmente, alterada a posição do motor, retificadas as linhas de veios, dos passa cascos, das válvulas e colocados fixes novos, assim como realizada pintura geral e montagem do sistema vélico. Previsivelmente, os trabalhos estarão terminados no decurso do mês de janeiro de 2020, ficando a “Deolinda Maria” devidamente recuperada e melhor preparada para futuros passeios no Rio Tejo e outras atividades.
Milhares de pessoas viveram Festas de S. Pedro As Festas Populares de S. Pedro estiveram nas ruas do centro da cidade, entre os dias 26 de junho e 1 de julho, voltando a exibir toda a sua vitalidade e a demonstrar porque são o principal cartaz turístico e cultural do concelho do Montijo. As ruas encheram-se de milhares de pessoas, com particular destaque para o último dia, 1 de julho, com o concerto de Anselmo Ralph, na Praça da República, e o fogo-de-artificio piromusical na Frente Ribeirinha. Foram dias de tradição com as procissões fluvial e noturna em honra de S. Pedro, a lavagem da classe piscatória, a arrematação de bandeiras e o almoço do pescador; dias de festa brava com a corrida de touros que esgotou a Monumental Amadeu Augusto dos Santos ou as largadas que, este ano, tiveram a novidade de ter três toiros por largada. Foram dias
de música por Anselmo Ralph e Luís Represas, mas também pelos grupos e bandas das associações locais. As ruas engalanaram-se com arcos de mil cores e flores de papel e receberam milhares de montijenses e visitantes em momentos de convívio nas dezenas de tasquinhas, na noite de comes e bebes e nos bailes populares. O presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, na reunião pública de 10 de julho, não poupou elogios a todos os que colaboraram, deixando uma “palavra de reconhecimento em nome, certamente, do povo montijense a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, trabalharam, com empenho, para o enorme sucesso alcançado nas Festas de S. Pedro”. A festa foi bonita e para o ano há mais!
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OBRAS
Reabilitação da EB Joaquim de Almeida A
s obras de reabilitação da Escola Básica Joaquim de Almeida prosseguem a bom ritmo. Estão a ser executados os trabalhos de colocação da nova caixilharia no edifício principal, a obra de ampliação do refeitório e a preparação dos arranjos exteriores. Para além da ampliação do refeitório, que é a intervenção mais onerosa, a empreitada inclui a construção de um polidesportivo e a melhoria térmica do edifício principal. A reabilitação da EB Joaquim de Almeida representa um investimento total 648 664,65 euros, tendo financiamento comunitário de 108 019, 93 euros através de candidatura que o Município do Montijo apresentou ao POR Lisboa 2020.
Segurança Rodoviária
GNR sensibiliza crianças O
Destacamento Territorial do Montijo da GNR realizou, no dia 24 de julho, na Praça da Paz, no Afonsoeiro, uma demonstração de meios e atividades junto das crianças de três centros de atividades de tempos livres do concelho. Os militares da GNR estiveram presentes com uma equipa cinotécnica, uma esquadra para a realização de batismos a cavalo e sensibilizaram,
ASSOCIATIVISMO
II Encontro de Pesca A
Associação Náutica Montijense – ANAU promoveu o II Encontro de Pesca Apeada, no dia 14 de julho, na Base Aérea n.º 6 do Montijo. Na Praia da Casa Branca, os cerca de 50 participantes puderam não só por em prática os seus conhecimentos neste desporto, como desfrutar da excelente paisagem que este local oferece com uma vista privilegiada sobre Lisboa. No final, houve ainda oportunidade para um momento de convício na sede da ANAU, localizada na Frente Ribeirinha do Montijo.
ainda, as crianças para as questões da segurança rodoviária. A empresa Zooniverso trouxe alguns animais exóticos para contacto com as crianças dos centros de estudo Academia do Futuro, Estudos e Brincadeiras e Mestres do Saber. O evento teve o apoio logístico da Câmara Municipal do Montijo.
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Educação
UAb promove curso sobre cinema no Montijo
FESTAS
S. Jorge animou Sarilhos F
oi de 19 a 23 julho que Sarilhos Grandes festejou São Jorge. Houve muita animação com bailes, largadas, espetáculos musicais e a tradicional procissão. Numa festa cada vez mais participada, o primeiro dia contou com o desfile da Marcha Popular de Sarilhos Grandes e com o concerto de Belito Campos.
Ao longo dos cinco dias de festa, houve ainda o tradicional Huga-Huga, a 2.ª Mostra de Folclore, um concerto de Tributo aos Queen e stand up comedy com Emanuel Moura e Serafim. A missa solene e a procissão em honra de São Jorge decorreram no dia 21 de julho e as festas encerram com o concerto de Rosinha e o fogo de artifício no dia 23 de julho.
A
2.ª edição do Curso de Iniciação à Realização Cinematográfica, “Cinema: Do pensamento à Ação”, da Universidade Aberta vai decorrer de 10 de outubro de 2019 a 14 de fevereiro de 2020, no Montijo e em Grândola. O curso é um Programa de Extensão Universitária e Cultural daquela universidade e dirige-se a amadores e profissionais de cinema, vídeo e audiovisual que pretendam aprofundar os conhecimento de forma geral, ou em aspetos específicos, do processo de construção de um filme, nomeadamente a formadores de áreas académicas e profissionais; e-formadores; animadores culturais e sociais; profissionais da área da comunicação/novos media; empreendedores; estudantes do ensino superior; estudantes 12º ano e cidadãos em geral. O conteúdo programático pretende atuar na formação de diferentes géneros cinematográficos, procurando proporcionar aos formandos as competências necessárias para uma adequada fluência nas linguagens do cinema e dos novos media. As inscrições estão abertas até 29 de setembro em www.portal.uab.pt. Pode, também, obter mais informação no Centro Local de Aprendizagem do Montijo da Universidade Aberta, através do 21 232 78 69/ 915 676 336 ou do email cla. montijo@uab.pt.
cercima
O Poder da Colaboração N
o Ano Nacional da Colaboração, a CERCIMA - Cooperativa de Educação, Reabilitação, Capacitação e Inclusão de Montijo e Alcochete, C.R.L., numa organização conjunta com a Câmara Municipal do Montijo, promoveu o encontro “O Poder da Colaboração”, no dia 19 de junho, no Cinema-Teatro Joaquim d’ Almeida. Com o mote “Celebrar faz toda a diferença”, o evento pretendeu ser um momento de encontro e partilha entre empreendedores sociais, organizações,
comunidades educativas, redes interorganizacionais, empresas que desenvolvem trabalho colaborativo e pessoas interessadas no tema da colaboração, com o principal objetivo de disseminar esta temática através da divulgação de boas práticas colaborativas. Representantes de diversos projetos locais e nacionais relacionados com a temática da colaboração e da integração deram a conhecer os seus projetos, como são os casos do Movimento Dansasaparte da CERCIMA ou do projeto Pratic’@rte.
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EVENTOS
Montijo foi Lugar de Encontros
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o longo dos meses de maio, junho e julho, a programação do Montijo Lugar de Encontros trouxe ao centro da cidade uma programação diversificada com música, dança, cinema ao ar livre e desporto. O concerto de Berg fechou a programação, no passado dia 27 de julho, na Praça da República. O artista, que já integrou a banda de Rui Veloso e entrou em álbuns de Boss AC, Rita Guerra, Nuno Guerreiro, Pedro Abrunhosa e GNR, ofereceu um espetáculo marcado pelas versões de conhecidas músicas do panorama nacional e internacional. Antes de Berg houve muito para ver, desfrutar e viver no Montijo Lugar de Encontros. Na Praça da República, no dia 22 de junho, a Associação Areias Strong Club promoveu a segunda edição das Danças do Mundo. O Parque Municipal recebeu, no dia 13 de julho, uma sessão de cinema ao ar livre com o filme Bohemian Rhapsody. Também no Parque Municipal houve aulas abertas de pilates, zumba, artes marciais e yôga. O evento de maior destaque voltou a ser o Anim’art Montijo, no dia 15 de junho, que contou com a atuação da DJ Merche Romero, desfiles de moda, música, dança, gastronomia e muitos outros eventos de rua promovidos pelo comércio local. O projeto Montijo Lugar de Encontros tem como objetivo dinamizar equipamentos e espaços públicos privilegiados da cidade, como o Jardim Municipal Casa Mora, Praça da República, o Parque Municipal e a Quinta do Saldanha, que foram palco de uma programação
FESTAS
Pegões festeja S. João oram milhares de pessoas que passaram pelo reF cinto das Festas de S. João que decorreram em Pegões, de 21 a 24 de junho.
A procissão de velas em honra de S. João e de N.ª Sr.ª de Fátima encerrou as festividades, no dia 24 de junho, mas antes existiram muitos momentos de animação, música e convívio entre residentes e visitantes. A abertura da festa, no dia 21 de junho, contou com o concerto de José Malhoa. No dia seguinte, foi noite de sardinhada e da atuação da cantora Maria Lisboa. A programação musical terminou com Ana Malhoa, no dia 23 de junho.
diversificada com música, dança, cinema ao ar livre, desporto e muita festa. Ao longo dos anos, tem tido um impacte bastante positivo na dinamização cultural da cida-
de com o envolvimento da população e de inúmeros parceiros, nomeadamente as forças vivas representativas da realidade socioeconómica, cultural e desportiva do concelho.
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ÁGUA E SANEAMENTO
SMAS executam obras no concelho D
urante os meses de junho, julho e agosto, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento do Montijo têm vindo a realizar um conjunto de intervenções nas redes públicas de água e saneamento, como forma de melhorar as infraestruturas existentes, o seu desempenho operacional e a prestação de um serviço de maior qualidade aos munícipes. Com o objetivo de melhoria organolética da qualidade da água distribuída foram realizadas a limpeza e a desinfeção bacteriológica dos reservatórios R3 e R2 (Atalaia) e R6 (Pau Queimado – Afonsoeiro). Também, no Afonsoeiro, foi efetuada a limpeza de condutas da rede de abastecimento na zona do Alto das Vinhas Grandes. Em Pegões, foram executadas obras de reparação, impermeabilização, limpeza e desinfeção da cuba de armazenamento do reservatório de água dos Afonsos. Os SMAS Montijo estão a proceder, igualmente, a obras na rede de saneamento, nomeadamente na Rua Ferreira de Castro, no Bairro do Esteval.
Espaço Oposição
BE
Próximas gerincoças Estamos em plena época estival. As férias estão aí e o que queremos é usufruir de um descanso merecido e em plena comunhão familiar. A 6 de Outubro teremos as Eleições Legislativas que definirão a gestão do nosso país para os próximos 4 anos. Tivemos 4 anos de “geringonça” a La Portugaise (CDU, BE e PS). Algo inédito na nossa democracia levou o país e os partidos que a compunham a uma discussão sobre a resolução dos problemas do nosso país. Após a terrível e maléfica governação CDS-PSD, os 3 partidos da Geringonça conseguiram aprovar, entre outros, o aumento do salário mínimo, a atualização das
pensões, a subida das pensões mais baixas, o PREVPAP - programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública, a atribuição de manuais escolares gratuitos, a diminuição das propinas, a redução do valor dos passes dos transportes (pare ser de âmbito nacional), a tarifa social da energia para as 800 mil famílias mais pobres do país, o acordo embora limitado para o Serviço Nacional de Saúde. Mas isto é manifestamente insuficiente. Torna-se urgente acabar com o sigilo bancário e tornar pública e transparente a realidade das dívidas e dos devedores que ajudaram a diminuir a capacidade económica de Portugal. Os mais de 23 mil milhões de
euros entregues nestas negociatas deveriam servir para o crescimento económico e não para encher a barriga das elites gordas deste país. É preciso dar mais força Bloco de Esquerda nas próximas eleições que se avizinham para acabar com esta elite irresponsável e impune. Para acelerar a extinção do trabalho precário e garantir mais e melhores direitos no trabalho, proteger os trabalhadores por turnos, tornar a política transparente, promovendo a participação cidadã. Ricardo Caçoila Bloco Esquerda Montijo
CDS-PP
Resíduos urbanos, uma melhor gestão urge assumir! É cada vez mais visível que o Homem, através da sua ação, da sua existência está a desequilibrar as frágeis sinergias que existem na nossa natureza. A redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia, é um tema fundamental, que nos diz respeito a todos e que compete, em primeiro lugar a cada um de nós, em nome dos nossos filhos e netos. Não podemos ficar alheios aos dados que temos: - Geram-se 58 milhões de toneladas de plásticos por ano na Europa, sendo apenas reciclados 30% dos produtos, os restantes são depositados em aterro; - Em Portugal, anualmente, são utilizadas 721 Milhões de garrafas de plástico, 259 milhões de copos de café,
40 milhões de embalagens fast-food e um bilião de palhinhas; Só com a implementação e desenvolvimento de soluções ecológicas, com a adoção de mecanismos que possam gerar uma mudança de comportamentos, podemos esperar uma redução da produção dos resíduos, de embalagens e um aumento da sua reutilização. Pensamos e propusemos, tendo sido aprovado, em Assembleia Municipal um conjunto de medidas que visam melhorar a gestão dos resíduos urbanos: - Instalar sensores nos contentores do Concelho de forma a permitir uma gestão eficiente das recolhas; - Disponibilizar “Unidades de Compostagem”, de forma
a uma efetiva redução e reutilização do lixo orgânico; - Criação de uma APP do Município, com a AMARSUL, permitindo a visualização da rede por todos; - Desenvolver projetos e iniciativas, com toda a comunidade educativa, visando a proteção ambiental; - Promover a instalação de novos equipamentos de recolha de vidros, metais, pilhas, etc; - Estudar e implementar incentivos aos munícipes que procedam à correta deposição dos resíduos. Os montijenses sabem que podem contar com a equipa do CDS-PP Montijo. João Merino – Deputado Municipal CDS-PP
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PEGÕES
Iniciada obra do relvado sintético J
á está em curso a obra de arrelvamento sintético do Campo de Futebol de Pegões Cruzamento. Um investimento total de 99 mil 205 euros, que conta com financiamento nacional no valor de 49 mil 602 euros, sendo o restante montante suportado pela Câmara Municipal do Montijo e pela Junta da União das Freguesias de Pegões. A obra é de grande importância para a freguesia, que tem um vasto conjunto de jovens a praticar a modalidade de futebol e que, assim, vê criadas condições mais adequadas para a prática desportiva. Recorda-se que, no passado mês de março, foi assinado o contrato para o arrelvamento sintético do Campo de Futebol de Pegões Cruzamento, na sequência da aprovação de candidatura apresentada pela Junta da União das Freguesias de Pegões ao Programa Equipamentos Urbanos de Utilização Coletiva, Subprograma 2 da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT).
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POR LISBOA 2020
Jardim das Nascentes em execução Câmara Municipal do Montijo está a realizar a construção do Jardim das Nascentes, A num investimento total superior a 1 milhão e 290
mil euros. Trata-se de uma Ação de Regeneração Urbana de conservação, proteção, promoção e desenvolvimento de um património natural integrado no Corredor Verde Urbano do Montijo, que está a ser executava no âmbito de candidatura aprovada ao Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da Área Metropolitana de Lisboa (PDCTAML), correspondendo a um investimento total
de 1.291.723,27 euros e financiamento FEDER (50 por cento) de 645.861,64 euros. A obra está a ser executada no denominado Corredor Verde Urbano do Montijo, ou Corredor Verde da Mundet, uma estrutura com elevado valor ecológico e importância supra-urbana e regional, que é vital para assegurar a continuidade deste território natural de interligação entre o Estuário do Tejo e o interior do território concelhio, mas também de agregação da malha mais antiga da cidade com as áreas de expansão urbana para nascente.
MOBILIDADE
Nova ciclovia liga Montijo ao Pinhal Novo A
empreitada de construção de uma nova ciclovia, na antiga linha de caminho de ferro entre o Montijo e o Pinhal Novo (concelho de Palmela), já foi consignada, tendo-se iniciado os trabalhos de topografia e a montagem do estaleiro da obra. Denominado de “Montijo Ciclável e a Reconversão da Linha de Caminho-de-ferro”, trata-se
de uma intervenção de alcance intermunicipal que promove a mobilidade sustentável através do fomento do uso diário da bicicleta. A obra vai permitir unir o centro urbano à entrada principal da cidade do Montijo, ligando as freguesias intermediárias, Sarilhos Grandes e Alto-Estanqueiro Jardia ao Pinhal Novo (concelho de Palmela), possibilitando a criação de uma
alternativa modal às deslocações casa-trabalho-escola no contínuo urbano que atravessa, composto pelas áreas urbanas de Afonsoeiro, Bairro da Boa Esperança, Zona Industrial e Empresarial do Alto do Estanqueiro, Bairro Miranda e Jardia. Um investimento no valor total de 880 300,00 euros, com financiamento FEDER (50 por cento) de 440.150,00 euros.
MONTIJO 27, 28 E 29 DE SETEMBRO DE 2019 | CINEMA-TEATRO JOAQUIM D’ALMEIDA
T
I MARIA ALBERTINA, A POETISA DO POVO, COM OS SEUS OITENTA E CINCO ANOS, VIÚVA DE UM PESCADOR, EMIGRA PARA PARIS DE FRANÇA, PARA TENTAR A SUA SORTE ESCREVENDO E DECLAMANDO POESIA NA COMUNIDADE PORTUGUESA ALI RESIDENTE E ASSIM LIVRAR-SE, TAMBÉM, DO SEU FILHO ALBERTO JORGE, DA SUA NORA GRACINDA MARIA E DO SEU NETO MARCO PAULO. SEM QUE NINGUÉM ESPERASSE, TI MARIA ALBERTINA REGRESSA DE PARIS, COMO CANTADEIRA E QUER APRESENTAR-SE AO PÚBLICO PORTUGUÊS NUM ESPETÁCULO EM SUA TERRA NATAL; MONTIJO, CONVIDANDO A SUA FAMÍLIA PARA PARTICIPAR NESSE SEU PRIMEIRO CONCERTO. DRAMATURGIA MARIA MARQUES JACINTO ENCENAÇÃO FAUSTINO FREITAS ALVES INTERPRETAÇÃO ANA CASTELO |JOÃO MARQUES JACINTO | MARIA MARQUES JACINTO DIREÇÃO E ARRANJO MUSICAL FILIPE JOSÉ SILVA MÚSICOS FILIPE JOSÉ SILVA - GUITARRA|LUÍS GRENHA - FELISCORNE AUTOR/MÚSICA JOÃO MARQUES JACINTO|MARIA MARQUES JACINTO