Montijo Hoje N.º 40 // Junho 2021

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JUNHO 2021

ESPECIAL

Figuras Montijenses do Desporto

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ampeões, lendas, vitoriosos, triunfantes, gloriosos atletas e jogadores. São os melhores entre os melhores, no concelho, em Portugal e alguns no mundo. Sobem ao pódio conquistando prémios e exaltando o nome do Montijo. Esta edição especial é uma homenagem a todos os desportistas montijenses, os que constam nestas páginas, todos os que não foi possível contemplar (mas que não ficarão esquecidos) e os que já não se encontram entre nós. Todos fazem parte da história do desporto do Montijo, que muito nos honra. Valorizar e reconhecer o associativismo é uma das bandeiras que hasteamos. Ao longo dos últimos anos o movimento associativo tem crescido de forma exponencial. Orgulhamo-nos de fazer parte e ter contribuído para essa evolução. Continuaremos a fazê-lo. É hora de elogiar todos aqueles que de forma despretensiosa abdicam do seu tempo livre, muitas vezes em prejuízo da sua vida pessoal, para que muitos de nós tenham acesso à prática desportiva de qualidade. Louvamos atletas, dirigentes e sócios de coletividades, clubes e associações montijenses. Celebre connosco o Desporto, través de algumas das figuras mais destacadas do nosso concelho.

PAULO FUTRE

Do Montijo para Paulo Jorge dos Santos Futre é um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos e um dos melhores futebolistas mundiais da sua geração. Dono da mítica finta canhota, o eterno miúdo do Montijo, conquistou os fãs de futebol e foi adorado nos quatro cantos do mundo. A nós conquistou-nos com a sua humildade, simpatia e boa disposição.

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aulo Futre nasceu, no Montijo, a 28 de fevereiro de 1966. Desde cedo começou a jogar futebol com os seus amigos nas ruas do Montijo, quer fosse com bolas ou com latas, “passava o dia a jogar à bola. Todas as noites jogava no largo da Praça da República.”. Espaços como a “Avenida dos Pescadores, o ringue do parque, o ringue do pavilhão” ou o já referido largo da Praça da República foram palco para a genialidade de Futre. “A bola era o meu melhor brinquedo e o meu melhor amigo. Até dormia comigo.” Rapidamente, demonstra uma qualidade inigualável para o jogo e, pela mão de Aurélio Pereira, chega ao Sporting com apenas 11 anos. Confessa que não era fácil. O percurso até ao

estádio demorava cerca de três horas e implicava apanhar o barco de ligação entre Montijo e Lisboa. Estudava no período da manhã, e depois saía do Montijo às 15h00 e só chegava novamente a casa às 23h30. “Quando perdia o barco era uma deceção. Tinha de apanhar o barco do Barreiro e esperar pelo autocarro o que significava chegar a casa às duas da manhã”. Em dias de tempestade, por vezes, os barcos não saíam e Futre chegou a dormir na estação, em cima dos bancos. As fintas, em campo, acabaram por fazer com que, também, fintasse a escola. Com 13 anos, e já a representar a seleção nacional, chumba por faltas e o pai põe-no a trabalhar como bate-chapas na oficina do primo João. É um Futre humilde e


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