Revista Municipal N.º 21

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Abril 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

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índice

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Abril 2009

Editorial – 3 Concurso Hortas Escolares no Fórum – 4 Dia Mundial das Florestas – 5 Comércio Local Jocafer – 6 e 7 Moinhos em destaque no Montijo – 8 Comemorações do 25 de Abril – 20 e 21 “Sophia: uma obra exemplar” – 22 Novo circo e dança no CTJA – 23 Carnaval 2009 – 24 Jogar ao Moinho de Maré – 25

Ficha Técnica Directora Maria Amélia Antunes Editor Alcídio Torres Redacção Ana Cantas Ribeiro, Ana Cristina Santos – Gabinete de Comunicação e Marketing Fotografia Carlos Rosa Miguel Gervásio Grafismo e Paginação Divisão de Informação e Relações Públicas Propriedade Câmara Municipal de Montijo Impressão Grafiponte Publicação Trimestral Distribuição Gratuita Depósito Legal 121058/98 ISSN 1645-7218 7500ex. 2

Empresas e Empresários PrimoHorta – 26 e 27 “Montijo Jovem 2009” – 9 Jovens realizam voluntariado em Buenos Aires – 10 1.º Concurso Nacional de Jovens Criativos – 11 Gente da Nossa Terra Hélio Vaz – 12 e 13 “A saúde é conseguida através de acções” – 14

Montijo aposta na energia renovável – 28 Autarquia distribui romãzeiras na Semana Verde – 29 Canal TV Montijo – 30 Tu Kontas aposta na diversidade e igualdade de oportunidades – 31 Notícias da reunião de câmara – 32

Dia Internacional da Mulher – 15

Executivo municipal em Sarilhos Grandes – 33 As Nossas Instituições AMUT – 16 e 17

Executivo municipal visitou Atalaia – 34 Pegões recebeu executivo municipal – 35

Desporto para todos – 18

Obras – 36 e 37

Humildes e Aldeanos Manuel José Galrrote – 19

Prevenção e Auto Protecção | Proteja a nossa floresta contra incêndios - 38


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editorial

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Decorridos 35 anos da instauração da democracia em Portugal, o 25 de Abril, trouxe a liberdade e a esperança aos portugueses. Ao longo destes anos o país mudou radicalmente para melhor. A escola pública, o Serviço Nacional de Saúde, as estradas e as auto-estradas, os equipamentos sociais, culturais e desportivos, o ambiente e o património, a segurança social, a habitação, o emprego, conduziram-nos de uma maneira geral a um aumento de qualidade de vida. A adesão de Portugal à CEE, hoje União Europeia, foi decisiva para enfrentar o nosso grande atraso e dar estabilidade à nossa jovem democracia. Hoje, Portugal, fruto da ganância do capital especulativo sem regras e sem “pátria”, a Europa e o Mundo enfrentam uma grave crise económica e financeira, que a todos atinge, com consequências ainda imprevisíveis. O concelho de Montijo, os seus empresários, as famílias e o próprio município estão sentindo e vão continuar a sentir os efeitos desta situação.

AS MUDANÇAS ESTÃO À VISTA Ao longo dos últimos anos, a Câmara Municipal de Montijo aproveitou as anteriores conjunturas para, com eficiência e qualidade, modernizar o concelho. Actualmente, Montijo já completou aquilo que se pode designar pelo ciclo das infraestruturas, que corresponde à construção dos principais equipamentos essenciais à qualidade de vida dos nossos munícipes.

Ao longo dos últimos anos, a Câmara Municipal de Montijo aproveitou as anteriores conjunturas para, com eficiência e qualidade, modernizar o concelho. Actualmente, Montijo já completou aquilo que se pode designar pelo ciclo das infraestruturas, que corresponde à construção dos principais equipamentos essenciais à qualidade de vida dos nossos munícipes. A rede viária, as Estações de Tratamento de Águas Residuais, os equipamentos desportivos, as escolas, o abastecimento de água, o tratamento do espaço público, a recuperação do património municipal, são apenas alguns exemplos de realizações que viraram a página municipal em termos de qualidade de vida. Nos próximos anos, todo este vasto património precisa ser preservado, cuidado e gerido com eficiência, pelo que as preocupações do município devem também concentrar-se no emprego e no desenvolvimento económico, ambiental e social. Montijo tem excelentes condições agrícolas, silvo-pastoris e florestais para desenvolver estes sectores e dar uma importância redobrada à nossa agricultura. Não obstante as câmaras municipais não disporem de competências específicas nestas áreas, estou convicta que a vontade política move montanhas e é possível, com a cooperação entre a administração local e central e os novos e antigos empreendedores do sector agrícola, dinamizar a agricultura e criar mais emprego. Na actualidade, os municípios que já completaram o ciclo das infraestruturas, como é o caso de Montijo, devem concentrar-se numa perspectiva mais alargada do interesse público. Neste sentido, a criação de emprego em sectores com condições para se desenvolverem, como é o caso dos acima referidos, deve constituir uma séria preocupação das autarquias e dos autarcas. Sem abdicar de continuar a desenvolver o Montijo de forma sustentável, com qualidade de vida e bem estar dos nossos concidadãos, não deixarei de me envolver na gestão global da cidade/concelho, providenciando para que ao desenvolvimento urbano se junte o desenvolvimento social, económico e ambiental. Montijo, Abril de 2009 A Presidente da Câmara Maria Amélia Antunes

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ambiente

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Concurso Hortas Escolares no Forum Está patente até dia 12 de Maio, no Forum Montijo, a exposição dos trabalhos candidatos ao concurso “Hortas Escolares no Forum”. Uma iniciativa do pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Montijo que, através da Casa do Ambiente, coordena o “Projecto Hortas Escolares” desde o ano lectivo 2003/ 2004. Nesta iniciativa estiveram envolvidas 20 turmas das escolas: JI do Bairro do Areias, EB1/JI Alto Estanqueiro, JI de Sarilhos Grandes, EB1/JI Alto Estanqueiro, Jardimde-infância Pegões Gare, Escola Secundária Maestro Jorge Peixinho, EB1 N.º 1 Ary dos Santos, CERCIMA, EB1 Foros do Trapo, EB1/JI N.º 6 do Bairro da Liberdade, JI do Afonsoeiro, EB2 Dom Pedro Varela e UNISETI.

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O tema era livre e os concorrentes tinham uma única condicionante, utilizar elementos vivos como legumes ou flores. O júri era composto por representantes da autarquia e do Forum Montijo. No dia 8 de Abril, foram atribuídos os prémios. O 1.º lugar foi atribuído ao canteiro elaborado pela EB1 D. Pedro Varela que ganhou uma visita ao Pavilhão do Conhecimento. Ao JI do Areias, à turma 2.º F da EB1 Ary dos Santos, à EB1 de Foros do Trapo e à Turma de Ambiente da Uniseti também foram atribuídas menções honrosas, patrocinadas pelo Cinema Teatro Joaquim d’Almeida. No âmbito do projecto Hortas Escolares está a decorrer a formação “Hortas Biológicas em Contexto Escolar”, uma parceria do município, do Cenforma e da Agrobio – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (entidade formadora), dirigida aos docentes do concelho e financiada pelo programa AGIR 2008. A candidatura a esta formação foi um dos 15 projectos aprovados entre 157 candidaturas a nível nacional, que o Programa Gulbenkian Ambiente vai financiar no âmbito do concurso AGIR AMBIENTE 2008. O tema desta edição teve como mote a biodiversidade e estilos de vida.

Darwin 200

Até 8 de Maio está patente, na Escola Profissional de Montijo, a exposição itinerante “Darwin 200” produzida pela Setepés Ciência. A exposição tem como público-alvo os alunos do 3.º e 4.º anos do 1.º ciclo do ensino básico e do 5.º e 6.º anos do 2.º ciclo do ensino básico. “Darwin 200” é uma iniciativa cultural no âmbito da história da ciência que tem como objectivo promover a literacia científica pela aprendizagem de conceitos sobre a evolução por selecção natural de um modo divertido, enriquecedor e inovador. A mostra contribuiu, também, para a comemoração dos 200 anos do nascimento do naturalista Charles Darwin e dos 150 anos da publicação da sua obra “A Origem das Espécies pela Selecção Natural”. Para além da componente expositiva, procurando a interacção com o público, “Darwin 200” é composta pelo “Jogo da selecção natural”, um jogo interactivo onde as crianças são desafiadas, passo a passo, a construir e compreender a Teoria da Selecção Natural de Darwin. Através da publicação “Caderno do Naturalista”, as crianças vão realizar actividades simples que ensinam como observar e compreender a natureza ao nosso redor. A Setepés, fundada em 1998, é uma empresa do sector criativo exercendo a sua actividade na cultura, na arte e na comunicação da ciência. A exposição “Darwin 200” chega ao Montijo devido ao protocolo de permanência celebrado entre a Câmara Municipal de Montijo e a Setepés.


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acção social

Abraçada por uma ampla área verde com sombras graciosas, a barragem de Pegões foi o cenário escolhido pela Câmara Municipal para comemorar o Dia Mundial das Florestas, no dia 23 de Março, com um piquenique e animação desportiva. No âmbito do projecto Outros Olhares e constante na Agenda Sénior, a actividade organizada pelo Gabinete de Saúde e Acção Social contou com a presença de 200 idosos de todo o concelho. Todos se empenharam em tornar especial a ocasião. As mesas estavam repletas de iguarias que cada um fez questão de trazer. A merenda era farta. Pasteis e rissóis, carnes para todos os gostos e os mais variados petiscos, sempre acompanhados por pão e vinho, enchiam as mesas à moda portuguesa. O clima estava ameno e a animação era muita, como contou à Revista Montijo Luciana dos Santos Grego de 85 anos. “Está uma festa muito engraçada, a paisagem é maravilhosa. Não conhecia a barragem.” Maria Silva Franco de 72 anos, constatou que esta foi “uma oportunidade para sair de casa. Antigamente só trabalhava, agora desde que a saúde me deixe aproveito as oportunidades.” “É bom receber quem é do Montijo, assim como eu gosto de os ir visitar”, comentou António Francisco Dias, de 79 anos, de Pegões, que conhece a zona como a palma das suas mãos. “Enquanto fui novo nunca tive oportunidade de conhecer nada. Agora, através do Gabinete do Idoso, já estive no norte do país que era um desejo meu, espero que continuem a realizar estas iniciativas”, confessou. Para além da merenda, o dia foi recheado de actividades. A iniciativa contou com animação desportiva (classes de ginástica do Saudável 65 e crianças do Agrupamento

“É bom receber quem é do Montijo assim como eu gosto de os ir visitar” comentou António Francisco Dias, de 79 anos, de Pegões que conhece a zona como a palma das suas mãos.

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DIA MUNDIAL DAS FLORESTAS

de Escolas Básicas do 1º. Ciclo de Pegões, Canha e Stº. Isidro de Pegões), animação musical e jogos tradicionais para as pessoas idosas e crianças. Recorde-se, que estas e outras iniciativas promovidas pelo Gabinete do Idoso, ao longo do ano, procuram combater o isolamento, privilegiar o convívio e melhorar a qualidade de vida dos idosos do concelho. No local procedeu-se ainda à plantação colectiva de uma árvore enquanto um técnico da Divisão de Obras e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Montijo abordou o tema da floresta e a importância da preservação da natureza. Esta actividade envolveu as juntas de freguesia do concelho, o Agrupamento de Escolas do Ensino Básico do 1º. Ciclo de Pegões, Canha e Stº. Isidro, os idosos/as dos projectos do Gabinete de Saúde e Acção Social, nomeadamente do Saudável 65, do Banco Local de Voluntariado e do Cartão Municipal do Idoso. 5


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comércio local

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JOCAFER INVESTIU EM NOVO ESPAÇO COMERCIAL Crise, recessão e desemprego. Actualmente vivemos numa época cercada de incertezas e desconfianças. Enquanto todas as previsões apontavam para um cenário turbulento, a Jocafer contrariou as estatísticas e apostou mais de um milhão de euros num novo espaço com cerca de 1.000m2, na Rua da Baixa, junto à Avenida Garcia de Horta (antiga estrada da Atalaia).

Um ano depois da inauguração, Carlos José Ferreira, sócio proprietário da Jocafer, é peremptório: “não tínhamos hipótese, ou nos deixávamos morrer ou evoluíamos, foi o que fizemos”. Jocafer é uma empresa detentora de dois espaços comerciais no Montijo e de mais 6 lojas vodafone que emprega 35 funcionários . Tudo começou com o seu pai, que há cerca de meio século tinha uma mercearia no Samouco. A dada altura começou a vender electromésticos. Acreditando que esta era uma boa aposta, há 32 anos, mudaram-se para a Rua Bulhão Pato, n.º 69, no Montijo. Loja que mantêm até hoje. “Quase que nasci nesta área” afirma sorridente Carlos José Ferreira.“Estudava no Montijo e quando saía da escola ia ajudar o meu pai, depois aos 18 anos 6

tirei o 12.º ano à noite para me poder dedicar a 100 por cento à loja”. O “não ficar parado” parece ter sido sempre o lema do empreendedor. “Houve uma altura em que decidimos entrar na área dos telemóveis. Quando a Telecel entrou no mercado abrimos uma segunda loja (telemóveis) ao lado da já existente de electrodomésticos, que ainda se mantém até hoje”. Foi com esta determinação que decidiu ir mais além. “Quando surgiu a ideia que a Ponte Vasco da Gama vinha para o Montijo comecei a procurar uma loja”.

Da ideia à concretização deste ambicioso projecto passou quase uma década, como nos explica o empresário. “Tudo foi feito de raiz, levámos um ano para comprar o terreno, um ano a desenvolver o projecto junto dos arquitectos, toda a envolvência, o prédio, a rua e o jardim. Demorámos mais dois anos a construir e finalmente em Outubro de 2007 inaugurámos a loja”. Carlos José Ferreira confessa que um novo espaço era a única opção para se manter no activo. “O comércio local é um problema quando não evolui.Com os centros comerciais à porta das cidades (como é o que temos aqui e infelizmente a nível nacional), é com muito trabalho e dedicação que se consegue manter uma porta aberta. O bom atendimento só por si não chega, é preciso investir, renovar as lojas para nos mantermos competitivos no mercado actual”. “Eu sentia que ainda estava numa idade de arriscar. Foi um esforço tremendo. Arriscámos tudo, naquilo que acreditávamos. Era o nosso único caminho ou então ficávamos com uma loja sem futuro”. A Jocafer representa as principais marcas de electrodomésticos, de linha branca, (máquinas de lavar roupa, loiça, frigoríficos, entre outros) e de linha castanha relacionada com som e imagem. O espaço dispõe ainda de uma área dedicada a telemóveis e área empresarial. Passado um ano da inauguração do

“Eu sentia que ainda estava numa idade de arriscar. Foi um esforço tremendo. Arriscámos tudo, naquilo que acreditávamos. Era o nosso único caminho ou então ficávamos com uma loja sem futuro.”


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“O comércio local é um problema quando não evolui.Com os centros comerciais à porta das cidades (como é o que temos aqui e infelizmente a nível nacional), é com muito trabalho e dedicação que se consegue manter uma porta aberta. O bom atendimento só por si não chega, é preciso investir, renovar as lojas para nos mantermos competitivos no mercado actual”.

novo espaço, o empreendedor não se arrepende do investimento que fez. “O balanço é bastante positivo, continuamos com os clientes antigos e a angariar clientes novos”. Apesar dos novos clientes, o empresário, ambiciona melhores resultados. “Neste momento as coisas não estão como nós gostaríamos. Queríamos vender mais do que o ano passado o que, efectivamente, não acontece. Mas também acho que nunca se viveu uma crise tão grande e generalizada a nível mundial, por isso já não faço previsões e com tudo o que se vende – e todos os dias se vende – já podemos ficar satisfeitos”. Fascinado pela tecnologia de ponta, Carlos Ferreira acredita que “estar em contacto com as ultimas novidades a nível mundial” por um lado e, por outro, o “relacionamento interpessoal” são as razões que o levam a encarar, com motivação, o seu trabalho. 7


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cultura

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MOINHOS EM DESTAQUE NO MONTIJO No dia 7 de Abril (Dia Nacional dos Moinhos), o Moinho de Vento do Esteval serviu de cenário para a assinatura do protocolo de colaboração entre a Etnoideia/Rede Portuguesa de Moinhos e a Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo. Este protocolo pretende implementar o Inventário Regional de Moinhos Tradicionais que será um passo decisivo para a consolidação do Inventário Nacional que está em curso e que integra, ao nível da região, largas centenas de registos que, assim, passarão a estar disponíveis às instituições públicas como instrumento de planeamento e gestão territorial e patrimonial, bem como, num futuro próximo, acessíveis ao público em geral através da Internet. O director regional da Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Marques, reconheceu a importância do local da assinatura do

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protocolo. “É com um sentido especial que estou num local onde vi este moinho em ruínas e, mais de dez anos depois, é um exemplo bastante feliz do que é uma política de defesa e valorização do património cultural”. Jorge Miranda, da Etnoideia, considera que a realização do Inventário Regional de Moinhos Tradicionais “é um desafio. Este protocolo vai deixar ao serviço da comunidade um património que é de todos. Os moinhos hoje servem para a educação, requalificação urbana, lazer e até para criar emprego nas áreas rurais”, afirma. No encerramento da cerimónia, a presidente da Câmara Municipal de Montijo, Maria Amélia Antunes, mostrou-se orgulhosa “pela autarquia ter colocado à disposição dos cidadãos os moinhos de vento do Esteval e de maré do Cais”, símbolos da

A presidente da Câmara Municipal de Montijo, Maria Amélia Antunes mostrou-se orgulhosa “pela autarquia ter colocado à disposição dos cidadãos os moinhos de vento do Esteval e de maré do Cais”, símbolos da identidade cultural dos montijenses. identidade cultural dos montijenses. O Dia Nacional dos Moinhos contou, ainda, com a actividade “Uma aventura no Moinho do Cais” dinamizada pelos técnicos do Museu Municipal, com o apoio da Divisão de Desporto, e que teve a participação de crianças do ATL Bico da Cegonha e do ATL da Associação de Pais do Bairro da Liberdade. De uma forma lúdica, através de um pedy-papper com jogos de gincana, as crianças conheceram o Moinho de Maré do Cais e a sua envolvente. Um dos momentos mais divertidos foi o passeio de carroça pela zona ribeirinha. No Dia dos Moinhos Abertos (4 de Abril) estiveram abertos, ao público em geral, e em funcionamento o Moinho de Maré do Cais e o Moinho de Vento do Esteval.


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Fórum Juntos pelo Bem-estar e pelo Desenvolvimento Solidário

A Câmara Municipal de Montijo lançou mais uma edição do Concurso de Poesia e Ficção Narrativa, “Montijo Jovem 2009”, com o objectivo de descobrir e divulgar novos talentos na área da literatura. As inscrições terminam no dia 30 de Junho. Qualquer cidadão nacional ou estrangeiro residente em Portugal, com idade compreendida entre os 15 e os 25 anos, pode candidatar-se ao “Montijo Jovem 2009”, através do preenchimento de ficha de inscrição (a fornecer pelo município) acompanhada de uma fotocópia do bilhete de identidade e de uma fotografia tipo passe. Este concurso compreende duas modalidades: poesia e ficção narrativa. Cada

CONCURSO DE POESIA E FICÇÃO NARRATIVA “MONTIJO JOVEM 2009” concorrente só pode apresentar um trabalho, optando por uma destas categorias. Os trabalhos, de tema livre, devem ser inéditos, escritos em língua portuguesa e ter um limite mínimo de 25 páginas na modalidade de poesia e 50 na categoria de ficção narrativa. É obrigatória a entrega de três cópias de cada trabalho dactilografadas, respeitando o espaço duplo entre linhas, o tamanho de letra 12 e a fonte Times New Roman. Os vencedores das duas categorias recebem, como prémio, 1250 euros cada. Por razões devidamente justificadas, o júri poderá não atribuir um dos prémios ou ambos. Não há recurso das decisões do júri. A Câmara Municipal de Montijo patrocinará a publicação dos trabalhos vencedores, podendo, ainda, promover a publicação de outras obras a concurso. A cerimónia de entrega dos prémios e diplomas decorrerá no dia 20 de Novembro.

Nos dias 20 e 21 de Maio terá lugar o Fórum “Juntos pelo Bem-estar e pelo Desenvolvimento Solidário”, na Escola Profissional de Montijo, uma iniciativa organizada pelo Gabinete de Saúde e Acção Social da Câmara Municipal de Montijo. O fórum tem como principal objectivo debater temas que atravessam a agenda nacional, local e europeia e que espelham as principais preocupações e prioridades da Organização Mundial de Saúde (OMS), em matéria de desenvolvimento dos municípios. Para além das sessões de trabalho, que decorrerão no dia 21, ocorrerá uma sessão inaugural no primeiro dia que terá enfoque sobre as dinâmicas sociais do futuro aeroporto Montijo/Alcochete. Diversos apontamentos culturais e musicais darão maior dinamismo a este encontro. Em paralelo e no atrium do Auditório da Escola Profissional, serão disponibilizados pequenos espaços para exposição de documentação e brochuras das instituições e parceiros convidados.

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cidadania

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} Buenos Aires, no âmbito do “Design Socialmente Responsável”, é um movimento de designers que pretende fazer do design uma ferramenta de inclusão social. As jovens estão a colaborar no processo de execução dos livros, excepto na impressão, e encontram-se a desenvolver outros trabalhos como a actualização e tradução da página de Internet, a tradução de uma antologia portuguesa para

Joana Bertholo

JOVENS REALIZAM VOLUNTARIADO EM BUENOS AIRES

Em Fevereiro as munícipes Rita Rebelo, Susana Baptista, Joana Bertholo e Verónica Conte partiram para Buenos Aires para realizar voluntariado na Editora Eloisa Cartonera. A Eloísa Cartonera, criada em 2003, em

castelhano, um catálogo fotográfico das capas dos livros editados, entre outros. Para Verónica Conte, uma das voluntárias, pintar as capas dos livros é a sua tarefa preferida. “Nas capas revejo as cores da cida-

MONTIJO NA ROTA DA EUROPA De 20 de Março a 12 de Abril, a Câmara Municipal de Montijo, através do Gabinete de Desenvolvimento Associativo e Cidadania, recebeu dez jovens estudantes e dois professores do Colégio Económico de Banatului Montan da cidade de Resita, na Roménia, no âmbito do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida – Leonardo da Vinci. O objectivo destes estágios foi a aquisição de experiência profissional inicial na área da hotelaria e restauração. Os jovens finalistas do 12º ano de escolaridade realizaram estágios nos reataurantes Catraio, Maré-Cheia e 10

Montiprato e nos hotéis Trip Montijo e Alfoz. Estes estágios integram um programa de preparação linguística e um programa de preparação cultural, por isso os jovens realizaram visitas guiadas ao património histórico-cultural do Montijo e de Lisboa. O Programa Comunitário Leonardo da Vinci é uma iniciativa da União Europeia que se destina a complementar as políticas nacionais de formação profissional nos Estados-membros, promovendo a cooperação transnacional no domínio da formação profissional e da mobilidade dos jovens europeus.

de, os contrastes fortes dos edifícios de inspiração de arquitectura francesa de início do século XX”. As voluntárias estão, também, a adorar as aulas de espanhol. Sobre Buenos Aires, Verónica afirma ser “uma cidade incrível. É um lugar onde tudo pode acontecer. Moro no último apartamento, do último piso de um prédio de 20 andares, o que faz com que tenha, no mínimo, 160 vizinhos se em cada casa habitar apenas uma pessoa. Da janela vejo uma enorme extensão de prédios… a perder de vista. À noite, as luzes vermelhas das antenas dão a esta vista a intermitência de um presépio”. Estas jovens são licenciadas em Design e duas delas estão a realizar a tese de doutoramento sobre a Eloisa Cartonera. Em Novembro partirá um novo grupo de quatro pessoas para a Argentina. Por considerar que o voluntariado constitui uma ferramenta essencial no exercício de uma cidadania activa e solidária e para promover a mobilidade dos jovens montijenses, a Câmara Municipal de Montijo, através do Gabinete de Desenvolvimento Associativo e Cidadania, apresentou à Comissão Europeia uma candidatura que viabilizou a realização deste projecto de voluntariado na Argentina. A candidatura, no âmbito do programa Juventude em Acção, foi aprovada pela Agência Executiva Educação, Audiovisual e Cultura da Direcção-Geral de Educação e Cultura da Comissão Europeia. Tal como em outros projectos, o programa Juventude em Acção assegura o pagamento de 100 por cento dos custos da passagem de avião, tal como todas as despesas com alojamento e alimentação.


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O Grupo U, Vanessa Crespo e André Coelho foram os vencedores da primeira edição do Concurso Nacional Jovens Criativos promovido pela Câmara Municipal de Montijo. André Coelho foi o vencedor na categoria BD/Cartoon, cuja temática era a cidadania, com o trabalho “O Dever”. “Tentei evitar lugares comuns recorrentes na temática da cidadania. Tentei transmitir a noção que um cidadão, enquanto membro de uma comunidade, tem que agir para mais tarde receber algo em troca. Por isso peguei na ideia do homem que não paga os impostos, mas está sempre a exigir. A exposição estava bem montada e gostei da ideia da exposição de rua”, afirma André Coelho. Na modalidade de pintura, dedicada ao tema juventude, o Grupo U, sagrou-se vencedor com o trabalho “Siena Natural”. O quadro, tal como descreve Gina Martins, um dos elementos do Grupo U “são nove telas, agrupadas à semelhança de um mosaico, que transmitem uma multiplicidade de linguagens”. “Embora sendo independentes e heterogéneas umas das outras, reflexo da especificidade única dos membros do Grupo U, criam no seu conjunto um todo organizado, harmonioso e equilibrado, quer ao nível formal e compositivo, quer cromático”, conclui. A exposição dos trabalhos concorrentes esteve patente no Museu Municipal entre 13 de Fevereiro e 31 de Março. Paralelamente, as reproduções das obras concorrentes constituiram uma exposi-

I CONCURSO NACIONAL JOVENS CRIATIVOS ção de rua localizada entre a Praça da República e o Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida. Ao I Concurso Nacional Jovens Criativos concorreram 37 obras: 18 na categoria de pintura, 11 trabalhos na modalidade de fotografia e 8 na categoria de banda desenhada/cartoon. Cada vencedor recebeu um prémio no valor de 750 euros.

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gente da nossa terra

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A CONQUISTA DE UM SONHO Imagine que existe uma loja igual a tantas outras, mas com prateleiras recheadas de sonhos capazes de materializar qualquer desejo. Se a loja dos sonhos realmente existisse, que sonho compraria? Uma viagem à Lua? A felicidade eterna? Saúde? Paz? O Euromilhões? Vamos a mais um exercício de fantasia. Agora imagine que tem um talento especial para jogar futebol, qualidades futebolísticas acima da média e um sonho partilhado com os amigos de infância nas brincadeiras de rua. Aos 18 anos, Hélio Vaz entrou na loja de sonhos e ‘comprou’ o seu sonho de menino: jogar no Benfica. Com contrato até 2012, com a equipa júnior do clube da Luz, o futuro deste jovem montijense afigura-se promissor. O convite do Benfica transformou a fantasia em realidade. “Fiquei muito contente. Consegui concretizar o sonho de miúdo, quando brincava na rua com os amigos e dizia que ‘ia ser jogador do Benfica’”. A projecção atingida por Hélio na equipa sénior do Clube Olímpico do Montijo foi o impulso necessário para a concretização deste sonho. “O Benfica estava interessado desde que jogava nos juvenis. O tempo foi passando e até já tinha perdido a esperança. Depois tive a sorte de ter 16 anos, ainda ser júnior, mas já jogar na equipa sénior do Olímpico, o que possibilitou que mostrasse um futebol mais adulto”. O sonho de jogar no Benfica está a revelarse uma experiência “muito boa. O Benfica é um dos melhores clubes europeus. Temos todas as condições para fazer um bom trabalho. Estou a aprender bastante”. Esta aprendizagem traduz-se numa “evo12

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lução de mentalidade. Às vezes pensamos só em jogar e o futebol deve ser pensado. É preciso ser esperto a jogar. Isso é o mais importante. Foi isso que tenho melhorado. São pequenos pormenores que ninguém vê na televisão ou mesmo no estádio, mas quem está a jogar percebe. É tudo pensado”. Os primeiros passos de Hélio nesta caminhada no mundo do futebol foram no Clube Desportivo do Montijo. Após a sua extinção, o atleta optou por vestir a camisola do Olímpico. “Nós, jogadores, não tínhamos noção da dimensão dos problemas financeiros do Desportivo. No fundo queríamos era jogar.


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No início foi um pouco confuso, não se percebia qual seria o futuro. Estive para jogar no Fabril, mas depois pessoas ligadas ao Olímpico vieram falar comigo, explicaramme o que pretendiam fazer no novo clube, garantiram-me que ia haver mudanças para melhor e assim foi”. “Acabou por ser uma situação benéfica para o clube, porque liquidou todas as dívidas, e para os jogadores, porque os que transitaram para o Olímpico começaram a ter melhores condições para trabalhar”, acrescenta. Hélio é bastante elogioso do trabalho da direcção do Olímpico. “Conseguiram, juntamente com os sócios, fazer renascer o clube. Na primeira época do Olímpico, os seniores, os juvenis e os iniciados subiram de divisão”.

“Fiquei muito contente. Consegui concretizar o sonho de miúdo, quando brincava na rua com os amigos e dizia que ‘ia ser jogador do Benfica’”. “Nós, jogadores, não tínhamos noção da dimensão dos problemas financeiros do Desportivo. No fundo queríamos era jogar. No início foi um pouco confuso, não se percebia qual seria o futuro. Estive para jogar no Fabril, mas depois pessoas ligadas ao Olímpico vieram falar comigo, explicaram-me o que pretendiam fazer no novo clube, garantiram-me que ia haver mudanças para melhor e assim foi”. “A humildade é o mais importante. É onde se arranja força para contrariar as dificuldades. A capacidade de trabalho e a persistência também são essenciais, porque é preciso gostar de treinar.”

O apoio e o carinho da massa associativa do Olímpico continuam a ser uma constante. “As pessoas encontram-me na rua, querem saber como estou, as novidades, quando me vão ver na equipa principal do Benfica. Esse apoio é muito bom!”. Naturalmente, a pressão aumentou, significativamente, do Olímpico para o Benfica, afinal o clube da Luz “tem a obrigação, mesmo os juniores, de ganhar todos os jogos. Aqui toda a gente me conhecia e agora no Benfica é o contrário. Tenho que provar novamente o meu valor”. Na equação determinante de um bom futebolista, para Hélio os principais elementos são a humilde, a capacidade de trabalho e a persistência. “A humildade é o mais importante. É onde se arranja força para contrariar as dificuldades. A capacidade de trabalho e a persistência também são essenciais, porque é preciso gostar de treinar. Se hoje não consigo chutar bem à baliza, só com muita persistência e treino vou melhorar”. E o talento? Onde entra nessa equação? “Acho que já nasce com a pessoa. Determinadas fintas, a velocidade, a técnica podem apurar-se, mas já nascem com o jogador”. O sonho concretizado de jogar futebol profissionalmente relegou, temporariamente, para segundo plano os estudos. “Fiquei no 11.º ano. Tenho noção que a formação escolar é essencial e, também, por isso, quero acabar o 12.º ano. Mas não posso dar um passo maior que as pernas e agora torna-se complicado conciliar o futebol com a escola”. Quando voltar à loja dos sonhos, Hélio Vaz já sabe qual vai eleger: “jogar num clube inglês, mas o sonho imediato é ser campeão pelos juniores do Benfica”.

Discurso Directo

O seu ponto forte? A rapidez E o ponto fraco? Os remates de longe à baliza. Tenho que treinar mais. Quem são os seus jogadores de referência? Cristiano Ronaldo e Zlatan Ibrahimovic Actualmente, quem é o melhor treinador? José Mourinho Se tivesse que eleger um clube para jogar qual seria? Naturalmente, nos seniores do Benfica e, depois, num clube inglês, mas ainda é cedo. Preciso de amadurecer o meu futebol. Para si, o que representa o Montijo? É a minha terra. Sempre vivi aqui e gosto de cá viver. Gosto muito da zona ribeirinha desde que foi remodelada. Gostava que ao lado do Campo da Liberdade houvesse um sintético para os iniciados. Eles teriam outras condições e estariam mais motivados. Que preocupações sociais tem um jovem de 18 anos? Neste momento, preocupa-me a situação económica e o desemprego no nosso país. Eu tenho o meu futuro minimamente encaminhado, mas vejo o que se passa à minha volta e preocupa-me, até porque mesmo os futebolistas já passam situações complicadas. Há muitos clubes com dificuldades em pagar ordenados e as pessoas têm família, filhos e responsabilidades. A vida da maioria dos futebolistas não é tão boa como as pessoas pensam. Há quem ganhe muito, outros pouco e quem nem sequer receba ao fim do mês. 13


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acção social

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“A SAÚDE É CONSEGUIDA ATRAVÉS DE ACÇÕES” Agis Tsouros, director europeu do Projecto Cidades Saudáveis da Organização Mundial de Saúde, esteve na cidade do Montijo no dia 16 de Fevereiro, na Galeria Municipal, na Assembleia Intermunicipal da Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis (RPCS). A Assembleia Intermunicipal é o órgão deliberativo da RPCS, constituída pelos municípios de Viana do Castelo (que preside a este órgão), Odivelas e Resende. Da ordem de trabalhos da reunião ordinária constava a conta de gerência, o relatório de actividades de 2008 e o plano estratégico para 2009. Na reunião, a presidente da Câmara Municipal de Montijo agradeceu a presença do líder europeu da RPCS e referiu ser “ fundamental encontrar caminhos para que os cidadãos se envolvam numa outra cultura de

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actos e práticas, com vista à sua qualidade de vida, à sua saúde individual e colectiva”. A edil garantiu que “a Câmara Municipal de Montijo vai continuar neste caminho, sendo certo que, hoje, a partilha de conhecimentos, de recursos e meios é a que mais se afigura susceptível de melhores resultados. É valiosa, tendo em conta aquilo que é hoje o panorama económico internacional de grandes dificuldades.” Para Agis Tsouros, líder do Projecto Cidades Saudáveis na Europa, “as autarquias podem influenciar e controlar muitos factores importantes na saúde e qualidade de vida das populações”. O director europeu acrescentou ainda que “a saúde não tem a ver apenas com centros médicos ou hospitais, é consegui-

da através de acções em todos os sectores, da forma como construímos os bairros, as cidades, os parques, o que comemos, se temos acessos a actividades físicas, de apoios sociais”. A reunião contou, ainda, com a presença de vários autarcas dos 21 municípios que compõem, actualmente, a rede nacional, avaliando a possibilidade de adesão de dois novos municípios à mesma, Vendas Novas e Ponta Delgada. Actualmente o Conselho de Administração da RPCS é coordenado pelo município do Seixal, sendo, também, composto pelos municípios de Montijo, Oeiras, Lisboa e Amadora. Montijo integra a Rede de Cidades Saudáveis desde 2000, tendo aderido à Rede Europeia em 2003 (na sua IV Fase de desenvolvimento). Recorde-se que o Projecto Cidades Saudáveis implica uma forte aposta na criação de condições de saúde, sociais, económicas, ambientais e urbanísticas que contribuam para a elevação da qualidade de vida dos cidadãos e em ferramentas de planeamento estratégico orientadoras das intervenções municipais. Em Montijo, foi elaborado o Diagnóstico Social e de Saúde, o Plano de Desenvolvimento Social e de Saúde, o Plano Estratégico para a Intervenção nos Comportamento de Risco, o Plano Municipal para a Igualdade de Género e, em vias de publicação, está o Perfil da Mulher e do Homem Imigrante.


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sociedade

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DIA INTERNACIONAL DA MULHER No âmbito das comemorações do Dia Internacional da Mulher (8 de Março), a Câmara Municipal de Montijo desenvolveu um conjunto de actividades durante o mês de Março. No dia 5 de Março teve lugar a inauguração da exposição “Isabel de Castro: Mulher e Actriz”, no Cinema Teatro Joaquim d’Almeida (CTJA). A exposição do Teatro Experimental de Cascais, cedida ao CTJA, esteve patente até 29 de Março. Na manhã do dia 6 de Março teve lugar um passeio pedestre organizado pelo Gabinete de Saúde e Acção Social da autarquia montijense, que decorreu na cidade de Montijo e contou com a participação de 78 pessoas. A iniciativa culminou com uma aula de ginástica no Parque Municipal. O espectáculo “Conversas de Camarim”, que assinala os 50 anos de carreira de Simone de Oliveira, teve lugar no CTJA no dia 7 de Março. Ao lado da actriz, em palco, esteve Vítor de Sousa. As duas figuras públicas distintas, com percursos de vida diferentes, unidos pelo gosto da palavra e pela forma de a exprimir deliciaram os muitos espectadores presentes. No Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, as iniciativas foram dedicadas aos funcionários da autarquia montijense, que foram convidados para o espectáculo “Conversas de Camarim” e tiveram oportunidade de conhecer melhor a actriz na iniciativa que se seguiu “ À conversa com Simone de Oliveira”. O dia 10 de Março foi preenchido com o workshop “Na política as mulheres são capazes”, que se realizou na Galeria Municipal de Montijo. A iniciativa, desenvolvida por técnicos da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, abordou o papel determinante das mulheres na política, bem

como o desenvolvimento de competências de decisão para o desempenho de cargos políticos. A presidente da Câmara Municipal de Montijo esteve presente na cerimónia e relembrou que “a igualdade de género é um dado adquirido na lei mas na prática essa mesma igualdade ainda não é possível.”

Para Elza Pais existe necessidade de mudar mentalidades. “Podemos mudar, se quisermos somos capazes. Os homens do Norte da Europa dispensam três horas diárias à família.”. “A igualdade de género e a partilha de responsabilidades não é um problema das mulheres, é de organização de vida. As em-

“De acordo com um relatório da Comissão Europeia, a diferença média entre os salários dos homens e os das mulheres é de 17,4 por cento. Em Portugal residem no facto de termos uma taxa de mulheres empregadas em áreas de menores qualificações e, ainda, devido ao facto de as mulheres trabalharem de uma forma geral a tempo inteiro e não a tempo parcial.”, sublinhou a edil. Também presente na cerimónia esteve Elza Pais, presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CCIG), que afirmou: “Montijo é pioneiro na lei da igualdade de género, referência de boas práticas.”

presas que integram mulheres acabam por ser mais eficientes”, acrescentou. No dia 16 de Março, no âmbito das comemorações do Dia do Pai, realizou - se uma acção de sensibilização sobre “Igualdade de Género” dirigida a funcionários/pais da Câmara Municipal de Montijo. Aos participantes foram oferecidos bilhetes para o espectáculo “A verdadeira treta”, realizado no mesmo dia no CTJA.

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as nossas instituições

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AMUT AO RITMO DA MÚSICA O barulho não incomoda. Pelo contrário. Enquadra, dá ritmo, sentido à conversa e confere um brilho particular ao olhar de Adelino Correia, presidente da Direcção da Academia Musical União e Trabalho (AMUT) de Sarilhos Grandes. O barulho (que não incomoda!) vem da sala ao lado. É o som dos clarinetes, dos trompetes e de outros instrumentos musicais. O ensaio de alguns dos elementos da Banda

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de Música da AMUT permite-nos apreender um pouco da essência desta colectividade centenária. É a música a sua razão de existir. “Já não havia música desde 1990. A música é a alma desta casa! Quando entrei para a direcção, já há seis anos, foi triste ver uma colectividade, com esta dimensão, quase morta. O nosso projecto era dar alma à casa e, por isso, empenhámo-nos no projecto da banda de música”, afirma Adelino.

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O ponto de partida para a realização deste projecto foi a angariação de elementos para a formação da Banda. “Começámos por convidar jovens, que saíram da Banda quando ela acabou. Depois contactámos músicos mais antigos, que já cá tinham estado há muitos anos. Isto é uma banda amadora, mas com esses dois grupos de pessoas conseguimos dar andamento ao nosso projecto”. Uma concentração de apoios e o envolvimento de pessoas com larga experiência musical facilitou a concretização do projecto da direcção da AMUT. “Há uns anos tinha vontade, mas não tinha apoio. Agora reuniram-se todas as condições. O Aurélio Alegria, responsável pela Escola de Música, foi o grande impulsionador da Banda. A ele se deve o reinício do ensino da música, em 2000, e foi ele que trouxe os actuais Maestro e monitores”, realça Adelino Correia. Hoje, a Banda Filarmónica da AMUT conta com cerca de 50 elementos e espera-se para muito breve a integração de mais sete alunos, a concluir a formação. É uma banda musical, é certo, mas é também um convívio intergeracional. Os membros mais novos têm 13 anos de idade. Os mais velhos mais de 60


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anos. Os músicos antigos partilham experiência e sabedoria com os músicos do futuro, num ambiente familiar que é um incentivo à direcção. “Para a colectividade, os músicos têm mais valor que eu. Não percebo nada de música. Ando a trabalhar em prol deles e é bom ver e sentir o ambiente familiar desta colectividade. Os sócios fundaram a AMUT por causa da

“Já não havia música desde 1990. A música é a alma desta casa! Quando entrei para a direcção, já há seis anos, foi triste ver uma colectividade, com esta dimensão, quase morta. O nosso projecto era dar alma à casa e, por isso, empenhámo-nos no projecto da banda de música” música e nós, com apoios, é claro, conseguimos trazê-la de volta”, afirma o presidente. Parte dessa ajuda, segundo Adelino Correia, veio da Câmara Municipal de Montijo. “A câmara abriu-nos as portas, sobretudo na questão dos instrumentos. Quando entrámos, praticamente, não havia instrumentos e os que existiam precisavam de arranjo. Regularmente, no nosso aniversário, a câmara tem-nos oferecido um instrumento que não temos possibilidade financeira de adquirir.

Também nos ajudou na aquisição dos fardamentos e agora deram-nos 15 mil euros para arranjar o telhado. Tem sido uma colaboração excelente”. “É claro que a câmara, também, deve reconhecer o nosso trabalho em prol da colectividade. Não ia dar dinheiro dos contribuintes que depois não era bem aplicado. Agora precisamos de uma tuba, mas a câmara já nos deu os 15 mil euros e tem outras colectividades para apoiar e, por isso, não podemos pedir mais.”, acrescenta. Os convites para actuações vão surgindo regularmente, mas “por agora temos que tornar a Banda conhecida, conseguir contactos para espectáculos. Estivemos muito tempo parados. Andamos, também, a ensaiar passodobles para podermos aceitar convites para corridas de toiros”, salienta o presidente da AMUT. Para além da Banda de Música, actualmente, a colectividade tem aulas de Hip Hop, ballet, ginástica de manutenção, danças do ventre e as marchas populares. No total, mais de 50 pessoas participam nestas outras actividades. O futuro da AMUT passa pela consolidação do projecto da Banda de Música juntamente com a melhoria das instalações. “A Banda precisa de outras condições a nível acústico. Os recursos económicos são escassos, vamos fazendo as adaptações possíveis. Já em 1986, está nas actas das reuniões de direcção, se falava do telhado. Estamos em Abril de 2009 e só agora vamos conseguir fazer essa obra, com o apoio da Câmara. Estamos, também, a tratar do alvará do bar”, esclarece o presidente da AMUT. O associativismo está desde sempre presente na vida de Adelino Correia. Já fez parte da direcção do Estrela Futebol Clube Afonsoeirense, do 1.º de Maio e do Juventude Sarilhense. “Nunca pensei estar numa colectividade ligada à música, mas hoje não trocava esta experiencia por nenhuma outra. Isto é a minha segunda casa. Há um relacionamento óptimo entre os membros da direcção. Todos têm vontade e estão presentes e isso é essencial quando se assume, de forma voluntária, estes cargos. Tenho orgulho de estar na direcção da AMUT”, conclui.

Um pouco de história A AMUT é uma das colectividades mais antigas do concelho de Montijo. Actualmente, tem cerca de 700 sócios. Foi fundada em 18 de Dezembro de 1898 por iniciativa de Severo da Silva Firmino, um agricultor abastado da freguesia, e do padre Manuel Frederico Ribeiro da Costa, na altura pároco da freguesia de Sarilhos Grandes. A primeira sede própria situou-se no actual edifício do Juventude Sarilhense. A actual foi construída nos anos 60, num terreno cedido por alvará da Câmara Municipal. Pouco se conhece dos primórdios da colectividade, pois quase não existem registos anteriores a 1953. No entanto, sabe-se que, em 1914, os instrumentos da Banda foram emprestados como contributo para a formação da Banda Democrática 2 de Janeiro, iniciativa que contou também com a colaboração de vários filarmónicos de Sarilhos Grandes. Em 1917 foi tomada a decisão de extinguir o Círio de Sarilhos Grandes e concentrar esforços na reorganização da AMUT, o que viria a ser conseguido em 1919 e consolidado em 1928, com a aprovação dos primeiros estatutos e regulamentos. Ao longo da vida da Academia, a actividade da Banda de Música sofreu diversos períodos de interrupção e desde 1990 que não tinha actividade regular, situação que se manteve até 2000, ano em que o ensino da Música foi retomado. “Em finais de 2006, graças à congregação de esforços da actual direcção, da Câmara Municipal de Montijo, dos novos aprendizes e dos antigos filarmónicos, sem esquecer a colaboração de outros músicos amigos, foi possível reactivar a Banda Filarmónica, que neste momento se encontra totalmente apta a realizar desfiles, procissões ou concertos, encontrando-se para já o seu futuro assegurado graças à existência de uma Escola de Música a funcionar em pleno, com mais de duas dezenas de alunos de todas as idades”, conclui Adelino Correia.

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desporto

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DESPORTO PARA TODOS Se gosta de desporto e/ou se quer conhecer um pouco melhor o património natural e edificado do nosso concelho, a Câmara Municipal de Montijo, através da Divisão de Desporto preparou, para os meses de Maio e Junho, um passeio de BTT e outro pedestre. No dia 17 de Maio, às 9h00, terá lugar o passeio de BTT “Por Terras de Santo Isidro”. Na organização desta actividade, a Câmara Municipal de Montijo tem a colaboração da Junta de Freguesia de Santo Isidro de Pegões e da Sociedade Recreativa de Pegões Velhos. Em Junho, Santo Isidro recebe também um passeio pedestre. Desta vez no dia 7 de Junho, às 10h00, poderá participar no passeio “Trilhos das Figueiras” e, assim, conhecer o património natural e ambiental desta freguesia rural do concelho de Montijo. A concentração dos participantes será às 8h15 junto ao edifício dos Paços do Concelho. A organização é da Câmara Municipal de Montijo, da Junta de Freguesia de Santo Isidro de Pegões e da Sociedade Recreativa das Figueiras. 18

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Qualquer pessoa poderá participar nestes passeios, independentemente da idade (os menores de 14 anos devem ser acompanhados do encarregado de educação), da condição física e do local de residência. A inscrição em cada passeio custa dois euros (acresce cinco euros, em cada actividade, se desejar almoço) e pode ser efectuada através do telefone 212 316 786 ou do e-mail d.desporto@mun-montijo.pt. Ao longo dos anos, a Câmara Municipal de Montijo, através da Divisão de Desporto, tem desenvolvido o projecto “Naturalmente Desporto Sénior”. Todos os meses, em parceria com o movimento associativo e juntas de freguesia, no âmbito deste projecto realizam-se passeios de BTT, de cicloturismo, de canoagem e de pedestrianismo. Com este e outros projectos, a autarquia pretende educar para a saúde, promovendo estilos de vida saudáveis e a prática desportiva, uma vez que a inactividade física (aliada a outros factores como o consumo de tabaco, erros alimentares, stress, entre outros) contribui para a origem de doenças crónicas, que são hoje a principal causa de mobilidade e mortalidade nas sociedades desenvolvidas. Por isso já sabe, sozinho ou com um grupo de amigos, estes passeios são uma oportunidade de desfrutar da natureza e de conhecer melhor a história e o património do concelho de Montijo. Contamos com a sua presença!


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humildes e aldeanos

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Manuel José Galrote nasceu há 86 anos em Alcáçovas, residindo na freguesia do Afonsoeiro. Reformouse aos 77 anos. Depois de uma longa vida a trabalhar com as mãos, encontrou nas cadeiras de madeira adornadas com fio (cizal) um meio de dar largas à imaginação e ocupar os tempos livres. As cadeiras fazem lembrar velhos tempos em que tudo era feito de forma artesanal. A sua arte está exposta para venda no Posto de Turismo da Câmara Municipal de Montijo. “Umas ripas de madeira e um pequeno canivete são as ferramentas necessárias ao labor” faltando apenas acrescentar “paciência e determinação” sublinha o artesão. Já perdeu a conta às centenas de conjuntos de mesas e cadeiras em miniatura, cadeiras de gente grande ou pequena “para estar, costurar ou sentar à lareira”. “Há artefactos para todos os gostos”, envernizadas ou em tom natural, para dar largas à imaginação num toque de bricolage, “em todos os tamanhos, para toda a família”, afirma Manuel Galrote.

SENTAR À MESA COM ARTESANATO Curioso é saber como a ideia surgiu. “Um dia não sei quando, sentei-me aqui e comecei a fazer. Ninguém me ensinou, apenas surgiu a ideia na minha cabeça e fiz. Sabia que o meu avô as fazia, mas mal o conheci e nunca o vi a trabalhar”. O artesão conta que sempre teve jeito para as coisas “de dar uso às mãos”. Com a habilidade à flor da pele, Manuel começou a trabalhar com dez anos na cortiça. Fez a tropa nos Açores “em tempo de guerra”. Fez parte do corpo da Guarda Republicana. “Na altura ganhava-se mal e tínhamos que andar sempre a mudar”, daí ter procurado uma vida mais sustentável em Montijo. “Na época, havia muitas fábricas de cortiça e tinham trabalho para todos. Se quiséssemos saíamos, por sabermos que havia trabalho logo a seguir”, relata. “Hoje é diferente, quem tem trabalho é um sortudo” ,afirma com um encolher de ombros. Não lamenta a sua sorte, dá-se por satisfeito com o que tem. A sua reforma que pouco ascende ao ordenado mínimo “lá vai

dando para as necessidades” e o artesanato que cria não tem por motivação o lucro, mas “o gosto de estar ocupado”. As cadeirinhas e as mesas que rondam os 15 e os 20 euros não são tão procuradas como o desejado. “As pessoas não dão grande valor e estas coisas”, diz com alguma tristeza estampada no rosto. “Só por uma ocasião, quando fui ao Alentejo, é que uma casa de decoração me comprou todos os conjuntos de cadeiras e mesas que tinha comigo. Não me importo que não comprem, não faço isto para enriquecer e muitas vezes acabo por dar a familiares e amigos”. As cadeiras amontoam-se em vários cantos da propriedade. “Já não tenho mais espaço para as guardar nem na oficina nem na arrecadação. Por enquanto vou parar a produção por falta de espaço”, desabafa. Sem filhos, netos ou bisnetos interessados em dar continuidade ao ofício, o artesão não acredita que o futuro preserve a arte que tem defendido com dignidade e engenho. 19


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destaque

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COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL As comemorações do 35.º aniversário do 25 de Abril em Montijo vão ficar marcadas pela inauguração, às 15h30, do Museu Agrícola da Atalaia. No mesmo dia, às 21h30, no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida, Carlos Alberto Moniz sobe ao palco com o espectáculo “Canções de Abril”. Depois das “Vozes de Abril” no Coliseu dos Recreios de Lisboa, Carlos Alberto Moniz regressa à estrada com este espectáculo. Uma viagem de hora e meia pela mão de autores como José Afonso, José Jorge Letria, Sérgio Godinho, José Mario Branco, José Carlos Ary dos Santos, Manuel Alegre, António Gedeão, entre outros. Até ao final de Abril, está patente na Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva a exposição “Sophia – Uma obra exemplar”. Esta exposição biobibliográfica assinala os 90 anos do nascimento e os cinco anos da morte de Sophia de Mello Breyner Andersen, uma das maiores poetisas da literatura contemporânea portuguesa. No dia 2 de Maio, às 15h30, na Biblioteca Municipal decorrerá a actividade “1, 2, 3… Um conto de cada vez: hora do conto e atelier de expressão plástica” dedicada aos contos “A árvore” e “O rapaz de bronze” de Sophia de Mello Breyner Andersen.

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MUSEU AGRÍCOLA DA ATALAIA No dia 25 de Abril, pelas 15h30, será inaugurado o Museu Agrícola da Atalaia. Propriedade da Câmara Municipal de Montijo, alberga o primeiro núcleo museológico dedicado à temática agrícola do Concelho. A recuperação e reabilitação do espaço museológico da Quinta da Atalaia vem ao encontro da política de recuperação, reabilitação e valorização do património edificado e cultural do concelho, que a autarquia tem vindo a desenvolver em todo o concelho desde 1998. Este conjunto agrícola edificado é considerado de grande interesse patrimonial, social e cultural para o concelho. A autarquia investiu na recuperação, reabilitação e valorização da Quinta no sentido de salvaguardar, preservar e viabilizar a memória das gentes e as actividades desenvolvidas. Vestígios da construção primitiva fazem remontar a origem desta Quinta, importante testemunho do passado rural do concelho, ao século XVIII. Pertenceu à família Santos Fernandes. Em 1997 a Quinta Nova da Atalaia foi doada à Câmara Municipal de Montijo. Actualmente alberga o primeiro núcleo museológico dedicado à temática agrícola do Concelho. Explorando a componente pedagógica, a Quinta conserva alfaias e equipamentos característicos da casa agrícola de outrora, símbolo representativo do passado económico e social da região. Ao património conservado da propriedade, juntam-se inúmeras peças doadas que enriquecem a colecção e que resultam da enorme generosidade de muitos conterrâneos.

“Quinta Nova da Atalaia: o passado de uma casa agrícola” será a primeira exposição temporária que se apresenta no Museu Agrícola da Atalaia. A autarquia pretende dar a conhecer o passado agrícola do concelho, de que esta Quinta é um exemplar simbólico. Esta exposição versa sobre as práticas agrícolas tradicionais, associadas à cultura da vinha e do vinho, ao azeite e à horticultura.

A Obra A Câmara Municipal de Montijo procedeu a uma extensa intervenção no local para aproveitar as instalações agrícolas existentes na Quinta da Atalaia, uma obra adjudicada no valor de 509.798, 75 euros. Foram criados espaços museológicos, aproveitados os mecanismos tecnológicos agro-industriais, nomeadamente os lagares de azeite, as adegas e a destilaria. O

palheiro teve que ser totalmente demolido e aproveitou-se o desnível da encosta para criar mais espaços multiusos. Todo o conjunto edificado que compõe a Quinta de Santos Fernandes, como era outrora conhecida, encontrava-se em avançado estado de degradação. A obra contemplou a recuperação de todas as estruturas, fachadas, pavimentos e caxilharias existentes. Os trabalhos foram realizados tendo em atenção a preservação da estrutura original dos edifícios, havendo a necessidade de fazer algumas alterações na adaptação dos espaços existentes para necessidades funcionais, incluem-se neste número as instalações sanitárias, as rampas de acesso a deficientes motores, entre outras alterações estritamente necessárias aos edifícios. O projecto do espaço museológico foi ainda concebido com espaços amplos, onde os visitantes podem relaxar e desfrutar das exposições.

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cultura

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SOPHIA UMA OBRA EXEMPLAR Até 30 de Abril, na Biblioteca Municipal Manuel Giraldes da Silva pode visitar a exposição biobibliográfica “Sophia – Uma obra exemplar”. Com esta exposição, a autarquia montijense assinala os 90 anos sobre o nascimento e os cinco anos sobre a morte de Sophia de Mello Breyner, uma das maiores poetisas portuguesas da literatura contemporânea. Sophia foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.

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De origem dinamarquesa, pelo lado paterno, nasceu no Porto em 6 de Novembro de 1919, no seio de uma família aristocrática. Aos 12 anos escreveu os primeiros poemas. Entre os 16 e os 23 teve uma fase excepcionalmente fértil na sua produção poética. Em 1964 recebeu o Grande Prémio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores pelo seu “Livro Sexto”. Especialmente neste livro a sua poesia ergueu-se como a voz da liberdade. Depois do 25 de Abril, foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto numa lista do Partido Socialista. A sua actividade político-partidária, não foi longa, mas ao longo da sua vida sempre foi uma lutadora empenhada pelas causas da liberdade e justiça, tendo sido notória activista contra o regime de Salazar. Distinguiu-se também como contista (Contos Exemplares) e autora de livros infantis (A Menina do Mar, O Cavaleiro da Dinamarca, A Floresta, O Rapaz de Bronze, A Fada Oriana, etc.). Para além do Pré-

mio Camões, foi também distinguida com o Prémio Rainha Sofia, em 2003. Pode visitar a mostra “Sophia – Uma obra exemplar” de terça a sexta-feira das 10h00 às 19h00, segunda-feira e sábado das 14h00 às 19h00. Encerra ao domingo.


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cultura

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NOVO CIRCO… “Manu – Ao sabor do vento”, espectáculo de novo circo, sobe ao palco do Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida (CTJA) no dia 26 de Abril, às 16h00. O bilhete custa cinco euros. Criado e interpretado por Manuel Amarelo, “Manu – Ao sabor do vento” é um espectáculo clow contemporâneo onde a música e o gesto substituem a palavra, numa viagem que explora o universo cómico e poético. Manu anda pelo mundo. Um mundo onde as flores são gigantes e as pessoas vivem felizes todos os dias. Do saco de serapilheira que transporta consigo saem as mais estranhas e hilariantes situações. A personagem de Manu é intemporal e o

… E DANÇA NO CTJA No dia 29 de Abril, às 21h30, o CTJA e o grupo MuDansas Aparte da Cercima apresentam o espectáculo “Dança com e para todos”. A iniciativa comemora o Dia Mundial da Dança. Um espectáculo que exalta a beleza da dança que se adapta ao corpo. A criatividade que nasce da união entre o movimento e os limites impostos pela vida. Uma revolução ritmada que conta com a participação de diversas instituições que abraçam a beleza da dança adaptada.

espectáculo uma constante evolução. Manuel Amarelo nasceu em França, em 1977. Desde cedo que se interessou pelas artes de palco, iniciando a sua carreira artística com trabalhos de dança e coreografia em 1996. Em 2004, começou uma profunda pesquisa e integração no universo clownesco e na comédia física que resultou na estreia, em 2007, do espectáculo “Manu – Ao sabor do vento”.

UMA CARTA COREOGRÁFICA No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Dança, de 29 de Abril a 31 de Maio, no 2.º foyer do CTJA, pode visitar a exposição “Uma Carta Coreográfica”. Concebida como objecto de grande divulgação, com o propósito de atingir um público alargado e não familiarizado com as artes, esta exposição apresenta-se também como um suporte de referência para o público escolar. A mostra desenvolve-se em duas estações intituladas “O corpo como advinha” e “A dança como fábula”. A primeira fala do corpo e a segunda do movimento do corpo. Em termos iconográficos, a exposição integra pinturas, desenhos e, sobretudo, fotografias de conceituados fotógrafos portugueses e estrangeiros. A exposição “Uma carta coreográfica” é produzida pelo Ministério da Cultura, através do Programa Território Artes. 23


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BRINCAR AO CARNAVAL SIM, MAS EM SEGURANÇA

No dia 20 de Fevereiro, o Pavilhão dos Bombeiros Voluntários de Montijo recebeu 280 idosos no Baile de Máscaras para as Pessoas Idosas. Uma iniciativa do Gabinete do Idoso. O Lar Montepio alcançou o 1.º lugar da “Máscara de grupo”. O prémio de “Melhor Máscara” foi entregue a Álvaro Pinto que vestiu a pele de António Variações. O prémio “Máscara Individual” foi entregue ao rei e à rainha, Arlindo Gomes da Costa e Maria Matilde Tavares. Por ter participado pela primeira vez, foi ainda atribuído um prémio de mérito à Associação de Reformados Pensionistas e Idosos do Montijo.

CARNAVAL 2009 No dia 20 de Fevereiro, em diversas freguesias do concelho, mais de 2900 crianças do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico brincaram ao Carnaval. Como é habitual, o público não faltou à chamada e as crianças ofereceram desfiles muito coloridos, fantasiosos e animados. 24

“Brincar ao Carnaval sim mas em segurança”. Foi esta a mensagem transmitida pela Polícia de Segurança Pública de Montijo, através do Programa Escola Segura, que desenvolveu durante duas semanas uma acção de sensibilização sobre os perigos associados às brincadeiras de carnaval em algumas escolas do concelho. A revista Montijo acompanhou a agente Inácia Costa numa dessas acções na Escola D. Pedro Varela. A agente relembrou que o Carnaval, “apesar de ser uma época festiva, tem brincadeiras de mau gosto, como as bombas de mau cheiro, estalinhos, fulminantes, balões de água”. Utilizando o provérbio popular “Não faça aos outros o que não gostas que façam a ti”, Inácia Costa através de uma apresentação de slides, elucidou os presentes sobre as consequências graves que as bombas de carnaval e os fulminantes provocam nos jovens. Recorde-se, que o programa Escola Segura resulta de um protocolo entre os Ministérios da Educação e da Administração Interna e assenta numa lógica de policiamento de proximidade.


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educação

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JOGAR AO MOINHO DE MARÉ “Que fixe!” foi a frase mais ouvida. Exclamações de admiração e de espanto e muita curiosidade no olhar. Para a maioria dos alunos do 4.º ano da EB1 do Alto Estanqueiro, o dia 18 de Março foi uma novidade: a primeira visita ao Moinho de Maré do Cais. A visita destes alunos surgiu no âmbito do Programa Pedagógico para o Público Escolar promovido pela Câmara Municipal de Montijo, através do Museu Municipal, durante o ano lectivo de 2008/2009. “O jogo do Moinho de Maré”, uma espécie de jogo do galo, foi a actividade que os técnicos do Museu Municipal desenvolveram com os alunos da EB1 do Alto Estanqueiro. Os alunos começaram por observar o funcionamento do Moinho de Maré e perceber como é fabricada a farinha. De seguida, com o apoio de materiais multimédia, os técnicos do Museu explicaram aos alunos as origens do Moinho, o seu funcionamento e a sua reconstrução. A visita terminou com o “Jogo do Moinho de Maré”, onde as crianças aplicaram os conhecimentos adquiridos. No final, mostraram-se muito entusiasmadas. A opinião era unânime. “Gostámos muito. Aprendemos como o Moinho funciona, como foi reconstruído, a sua relação com a Ordem de Santiago e como se fazia farinha”. A professora Carmem Mileu partilhava da opinião dos seus alunos. “Achei muito interessante. Estas actividades são muito importantes. Eles estão no 4.º ano, estudam a História de Portugal e com estas actividades conhecem a história da nossa

cidade e relacionam os conhecimentos adquiridos em aula. Isto complementa a formação deles. Eles adoram e aprendem mais facilmente, porque passam da teoria à prática”. O Programa Pedagógico para o Público Escolar procura educar para o património, proporcionar a concretização de experiências e práticas sociais, entrecruzando as mais valias educativas do campo formal e não formal. Este programa traduz-se num conjunto de oficinas, visitas-jogo, visitas guiadas e outras actividades, adequadas a diversas faixas etárias.

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empresas e empresários

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de euros, num total de 18514 toneladas de produção líquida. A cenoura representa 90 por cento da produção da PrimoHorta que, também, comercializa batata, cebola e couve lombarda. “Enquanto departamento agrícola temos intervenção em toda a produção dos nossos agricultores. Como central de processamento apenas actuamos na cenoura e comercializamos os outros produtos”, esclarece Isabel Ferreira, gestora da PrimoHorta. “Não fazemos agricultura biológica nem convencional. Fazemos o que se chama de produção integrada, que consiste na redução ou eliminação, quase total, de produtos fito-farmacos, ou seja, de químicos prejudicais à saúde humana e ao meio ambiente”, acrescenta. O processo de produção começa no campo. Antes da colheita, todas as parcelas de cenoura dos agricultores são analisadas. Após a mesma, a cenoura dá entrada na central de processamento. É lavada, escolhida manualmente e calibrada em diâmetro. De seguida, entra num tanque de água gelada – o choque térmico elimina a maioria das bactérias – volta

PRIMOHORTA UMA EMPRESA DE REFERÊNCIA A união faz a força. É certamente um cliché, mas é o conceito que esteve na base da fundação da PrimoHorta, Sociedade de Produtores de Hortícolas, Lda em 1999. Dez anos depois, num cenário de crise económica mundial, esta organização de produtores é uma empresa em contra-ciclo. A prová-lo estão os dados relativos à facturação que tem evoluído constantemente. Em 2008 superou os cinco milhões

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novamente a ser escolhida, passa para a linha de embalamento e termina armazenada em câmaras frigoríficas até ser transportada para o cliente. Em todo este processo a palavra-chave é qualidade. “Desde a preparação dos solos até à parte comercial, temos pessoas com formação académica adequada, em cada parte do processo. Tínhamos duas opções: a qualidade ou o preço. No preço é impossível fazer milagres, por isso a nossa aposta tinha de ser na qualidade”, explica a gestora. A aposta na qualidade tem permitido à PrimoHorta consolidar a sua posição no mercado. “A nossa qualidade já é reconhecida. Temos contratos com, praticamente, todas as empresas da grande distribuição. Em 2007 começámos a exportar, em maiores quantidades”. A exportação foi um factor impulsionador para a PrimoHorta e mais uma evidência do contra-ciclo em que se encontra a empresa. “Em 2007, no espaço de mês e meio, exportámos 2500 toneladas de cenoura para a Alemanha. Em 2008, 3200 toneladas, cerca de 20 por cento da produção. Para este ano, temos programado 5000 toneladas, afirma Isabel Ferreira. Hoje, a PrimoHorta é uma referência no sector. “Não há no país, ao nível da cenoura, nenhum grupo de produtores com a nossa dimensão. Temos o efeito de referência no mercado. A PrimoHorta tem funcionado como uma barreira no mercado, impedindo a entrada de muita cenoura estrangeira em Portugal”, assegura. Para a gestora, a qualidade, o profissionalismo e a departamentalização da PrimoHorta têm sido os segredos do sucesso. “A insistência na qualidade dos nossos produtos e o profissionalismo de todos, dos nossos agricultores aos funcionários, são as nossas mais-valias. A departamentalização, também, é fundamental. Há um grande respeito pela hierarquia. Aqui não existe ‘o todos querem mandar’. Em cada departamento existem pessoas com competências e formação adequadas e há um grande espírito de equipa, envolvimento e sentido de responsabilidade”. Natural de Coruche, Isabel Ferreira já estava ligada ao sector e é gestora da PrimoHorta há sete anos. Afirma ter-se “convertido aos montijenses. Moro no Bairro da Caneira, que tem uma vista fantástica


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e que eu adoro” e mostra-se preocupada com o desenvolvimento agrícola do concelho: “aqui existem condições muito boas para a agricultura. A construção imobiliária veio matar muitos campos produtivos. Temos agricultores a ir para o Alentejo e Ribatejo porque aqui já não existem terrenos disponíveis”.

Novas instalações. Novos Desafios

“Desde a preparação dos solos até à parte comercial, por isso temos pessoas com formação académica adequada, em cada parte do processo. Tínhamos duas opções: a qualidade ou o preço. No preço é impossível fazer milagres, por isso a nossa aposta tinha de ser na qualidade”

O futuro próximo da PrimoHorta passa pela mudança para as novas instalações no Alto Estanqueiro. “O terreno custounos 530 mil euros. Será um investimento total de três milhões de euros. As instalações estão quase concluídas. A mudança será este ano, mas ainda não há uma data definida”, salienta a gestora. Neste momento, está a ser construído o tegão de descarga que atrasou a transferência das operações da PrimoHorta para a nova central. Contudo, foi a crise na banca e a burocracia os maiores obstáculos à concretização deste projecto. “O ano passado tínhamos as operações aprovadas pela banca, em sistema de leasing. Com a abertura do Quadro Comunitário, como tínhamos todas as condições, candidatámo-nos ao PRODER e aí começou uma dor-de-cabeça. O PRODER só aceita leasing se o investimento for pago ao fim de dois anos. São três milhões de euros. É impensável! A banca começou com os problemas conhecidos e desde aí que nos colocam inúmeros obstáculos burocráticos ao financiamento, embora o processo esteja aprovado pela Banca e pelo PRODER”. “A crise reflectiu-se na PrimoHorta nesse aspecto. A nossa empresa e os nossos sócios nunca tiveram problemas com a banca e achamos injustificado sermos tratados como outras empresas com problemas. Sentimo-nos impotentes!”, desabafa Isabel Ferreira. As novas instalações representam uma maior capacidade de produção e, por isso, novos desafios. “Para além do processamento da cenoura, vamos ter unidades idênticas para a cebola e a batata. Consequentemente podemos também apostar mais na exportação tanto da cenoura como dos outros produtos. Vamos, também, fazer agricultura biológica.”, conclui.

A PRIMOHORTA A PrimoHorta foi criada em 30 de Novembro de 1999 por 22 sócios. Em Outubro de 2001 começou a processar cenoura. Isabel Ferreira considera que os agricultores decidiram constituir-se como uma organização porque “sentiram duas necessidades: alguém que os ajudasse na coordenação entre a produção e a comercialização e alguém para efectuar o acompanhamento agrícola. Perceberam que com união conseguiam ter força e responder às exigências do mercado”. Neste momento, a empresa tem 14 sócios: Alfeu Gonçalves, Paulo Bartolo, Rosado & Rosado Lda, Sociedade Agrícola Folha Sã Lda, Florisul, Luís Coelho, Lino & Luís Lda, Sociedade Agrícola Pinheiro da Cruz, Cenoubatata Lda, Vitorino Gonçalves, Sociedade Agrícola Quinta do Cartaxo, Manuel Pacífico Lda, Sociedade Agrícola Quinta do Arripiado e Sociedade Agrícola do Pinhal Novo. A gerência é composta por José Gonçalves, Paulo Leite e Nicolas Hart. Até hoje, o investimento na actual central rondou os dois milhões e 800 mil euros. A empresa tem 22 funcionários que recebem formação, todos os anos, em diferentes áreas.

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ambiente

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} A Câmara Municipal de Montijo está a apostar na implementação de um sistema de energia renovável, com base em unidades de micro-geração, em diversas escolas do primeiro ciclo do ensino básico do concelho. A primeira fase de implementação do projecto já terminou e contemplou a EB1 das Taipadas, a EB1 do Alto Estanqueiro e a EB1 N.º 1 de Sarilhos Grandes. Numa segunda fase, estas unidades de micro-geração vão ser implementadas na EB1 N.º1 de Montijo, na EB1 do Bairro da Caneira, na EB1 do Bairro da Liberdade, na EB1 N.º 2 de Montijo, na EB1 do Bairro do Areias, na EB1 da Atalaia e na EB1/JI do Afonsoeiro. Este projecto representa um investimento na ordem dos 500 mil euros e é um exemplo de boas práticas que o município pretende estender a outros edifícios municipais. O projecto de micro-geração consiste na possibilidade dos consumidores de energia eléctrica tornarem-se microprodu-

MONTIJO APOSTA NA ENERGIA RENOVÁVEL

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tores de electricidade, vendendo a energia produzida por si à rede nacional, ou seja, à EDP. No caso particular do projecto que está a ser implementado nas escolas básicas do concelho foi necessário colocar, em cada escola, cerca de 30 m2 de módulos fotovoltaicos e um painel solar térmico para aquecimento de água com, pelo menos, dois m2 de área. Os módulos solares fotovoltaicos são dispositivos utilizados para converter a energia da luz solar em energia eléctrica ou térmica. O painel solar térmico para o aquecimento da água capta a radiação solar através de colectores que a transformam em calor e a transmitem à água que, no caso das escolas, é usada na zona dos refeitórios. Para além da energia produzida pelas unidades fotovoltaicas que é vendida à EDP, da poupança energética no aquecimento de água, provocada pelo painel solar térmico, este projecto de micro-geração é um contributo da autarquia para a diminuição da produção de dióxido de carbono, um dos principais causadores do efeito de estufa.


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ambiente

A Câmara Municipal de Montijo realizou a Semana Verde de Montijo, de 16 a 21 de Março, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Árvore (21 de Março). À semelhança de anos anteriores, a autarquia distribuiu 400 árvores pelas escolas do concelho e no centro da cidade. Este ano, a Semana Verde de Montijo teve como símbolo da campanha a romãzeira. A árvore de nome científico Punica granatum L. tem origem na Europa e na Ásia, o seu arbusto pode atingir os quatro metros de altura se for plantado no solo. A

folhagem é verde-brilhante, flores de cálice campanulado com pétalas laranja, seguidas de fruto globoso muito apreciado, com sementes cobertas por arilo de sabor delicado. Pode ser cultivado em qualquer tipo de clima, inclusive em invernos frios. Esta espécie arbórea usa-se em hortas e pomares, é muito ornamental e aconselhável para jardins. No dia 21 de Março, no Parque Municipal, num gesto simbólico o executivo camarário procedeu à plantação de dez romãzeiras. Durante a semana, em frente à Galeria Municipal e ao Mercado Muni-

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AUTARQUIA DISTRIBUI ROMÃZEIRAS NA SEMANA VERDE

cipal, estiveram instaladas duas bancas para a distribuição de pequenas árvores aos munícipes. Esta iniciativa tem como objectivo apelar à participação dos munícipes no sentido da preservação do património ambiental, e da sustentabilidade dos espaços verdes e florestais.

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cidadania

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CAMPANHA AJUDE-NOS A CUIDAR DA NOSSA CIDADE A Câmara Municipal de Montijo está a desenvolver uma campanha de sensibilização denominada “Seja um Cidadão Mais Participativo: Ajude-nos a Cuidar da Nossa Cidade”, sobre a temática da cidadania, do ambiente e do tratamento do espaço público. Dirigida à população em geral, a campanha pretende incutir uma cultura de responsabilidade individual e social junto dos munícipes do concelho, enfatizando a preocupação de temas com implicação directa no desenvolvimento da região, como os resíduos sólidos urbanos e o seu tratamento, a limpeza dos espaços públicos, a preocupação com a falta de água, a energia e os níveis de ruído. Para a Câmara Municipal de Montijo, o exercício da cidadania é, sobretudo, um comportamento, uma atitude em que cada um deve cuidar dos problemas da sociedade com a mesma prioridade com que aborda as suas questões individuais.

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A Câmara Municipal do Montijo lançou no passado dia 6 de Janeiro, na Galeria Municipal, o Canal TV Montijo, um meio de comunicação criado com o objectivo de aproximar os cidadãos da autarquia. Este canal encontra-se disponível no Cais do Seixalinho, nos Centros de Saúde do Montijo e Afonsoeiro. Os locais foram pensados estrategicamente, de modo a prestar aos cidadãos um serviço informativo municipal e de entretenimento. Na cerimónia, a presidente da Câmara Municipal de Montijo, Maria Amélia Antunes, referiu que “a alteração de factos e circunstâncias obriga-nos a agir de uma forma muito célere, daí termos estabelecido este contacto que deu origem ao Canal TV Montijo. Achamos que este instrumento de comunicação é poderoso.” A edil salientou que “o objectivo é aproximar os munícipes e instituições do concelho da autarquia e promover a interacção”. Carlos Rodrigues, da empresa Filmania, explicou como funciona a Plataforma Tecnológica do canal TV, sublinhando que este foi um processo complicado. “Começámos a desenvolver este projecto com a Câmara Municipal de Montijo, em 2007, até se tornar exequível e trazer uma mais valia à interacção entre o munícipe e a autarquia”. O projecto Canal TV Montijo dispõe de uma página na Internet, onde todos os interessados podem consultar on-line filmes relacionados com acontecimentos e actividades municipais. Consulte em www. cmmontijotv.com.

CANAL TV MONTIJO Maria Amélia Antunes, referiu que “a alteração de factos e circunstâncias obriga-nos a agir de uma forma muito célere, daí termos estabelecido este contacto que deu origem ao Canal TV Montijo. Achamos que este instrumento de comunicação é poderoso.” A edil salientou que “o objectivo é aproximar os munícipes e instituições do concelho da autarquia e promover a interacção”.


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acção social

O Projecto Tu Kontas, na pausa lectiva do Carnaval, promoveu diversas actividades com o objectivo de ir ao encontro dos interesses e necessidades das crianças e jovens de contextos sócio-económicos mais vulneráveis do concelho, optimizando os recursos da comunidade e envolvendo outros projectos do programa Escolhas. Assim, no dia 20 de Fevereiro, as crianças e jovens inscritos no Tu Kontas associaram-se ao Baile de Máscaras Sénior promovido pelo Gabinete do Idoso no pavilhão dos Bombeiros Voluntários de Montijo, que proporcionou um convívio intergeracional entre crianças e pessoas idosas. No dia 21 de Fevereiro, 13 jovens do Bairro do Esteval e da freguesia de Canha participaram num passeio Todo-o-Terreno. Uma parceria com a Associação de Escoteiros de Portugal – grupo 123 de Montijo que pretendeu dar a conhecer aos jovens os recursos naturais e os trilhos desconhecidos do concelho de Montijo, promovendo uma maior consciencialização da importância de preservação do património natural e cultural da nossa terra. Entre os dias 23 e 25 de Fevereiro, oito jovens mediadores do Tu Kontas participaram num intercâmbio entre o projecto Tu

Kontas e o Projecto Arca de Talentos da Covilhã, em regime de acantonamento no Centro do Tempo da Covilhã. Este intercâmbio possibilitou a partilha de experiências e a avaliação diária do grupo em relação ao espírito de equipa, cooperação, resolução de conflitos, partilha de tarefas e tomada de decisão.

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Tu Kontas, e com o espectáculo de dança do grupo de Jovens da Arca de Talentos. Para finalizar as actividades promovidas pelo Tu Kontas nas férias de Carnaval, no dia 26 de Fevereiro sete crianças e jovens praticaram hapkidó (técnicas de defesa pessoal), na Banda Democrática 2 de Janeiro.

TU KONTAS APOSTA NA DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES Os jovens tiveram a oportunidade de visitar a Serra da Estrela, as localidades de Belmonte e Sortelha e de realizar um festival de fusão de projectos, com a apresentação dos talentos de cada grupo, que contou com um concerto de jambés, com a peça de teatro-fórum “Diz-me com quem andas, e dir-te-ei quem és”, dinamizada pelo grupo de jovens mediadores do

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notícias da reunião de câmara

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BALANÇO 2008 Na reunião de câmara do dia 1 de Abril foram apresentados os documentos de prestação de contas da Câmara Municipal de Montijo referentes ao ano de 2008 No balanço económico do ano transacto foi revelado que a autarquia transitou com um saldo negativo de 1.8 milhões de euros, enquanto em 2007 o mesmo era positivo na ordem dos 4 milhões de euros. Na declaração sobre os documentos de gestão a edil, Maria Amélia Antunes, justifica que “não sendo o esperado é a consequência da situação ocorrida durante o exercício, com quebras de receitas por um lado e, por outro, a devolução de taxas não prevista” referindo-se à devolução de taxas no montante de um milhão de euros e outros impostos devolvidos por cobrança indevida na ordem dos 800 mil euros. A proposta foi aprovada com quatro votos a favor do PS, duas abstenções do PSD e uma da CDU.

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Na reunião de câmara realizada no dia 4 de Março, foi aprovada por unanimidade a proposta de Ratificação do Protocolo de Parceria Local no âmbito do Programa de Acção delineado para a candidatura PORL – Eixo Política das Cidades – Parcerias para a Regeneração Urbana. A candidatura em parceria integra para além da Câmara, a APL – Administração do Porto de Lisboa, S.A., a Junta de Freguesia de Montijo, a Associação de Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal, o Clube Atlético do Montijo, e a SCUPA – Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense. As intervenções propostas têm um valor estimado global de cerca de 8 milhões de euros, sendo 50 por cento financiado por fundos comunitários. A área de intervenção insere-se no centro histórico da cidade de Montijo e na Frente Ribeirinha, correspondendo a área urbana de cerca de 54,5 ha, sendo a área de intervenção de cerca de 18 ha. O Programa de Acção visa o reforço da centralidade da Cidade de Montijo. A área de intervenção abrange o edifício dos Paços do Concelho, o edifício da Junta de Freguesia de Montijo, o edifício dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, a Casa da Quinta do Pateo de Água, o Mercado Municipal, a Praça Gomes Freire de Andrade, o espaço público e edifício do Cais dos Vapores, o Parque Ribeirinho e a Rua José Joaquim Marques. Os resultados desta parceria centrarse-ão no desenvolvimento do turismo e da cultura, em novas actividades económicas e sociais, no desporto e no lazer, na qualidade do ambiente e na mobilidade.

MONTIJO CANDIDATA-SE AO PROGRAMA PORL


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freguesias

A Freguesia de Sarilhos Grandes recebeu, no dia 22 de Janeiro, a visita da presidente da Câmara Municipal de Montijo, Maria Amélia Antunes, e dos vereadores Nuno Canta, Maria Clara Silva e Vítor Gingeira. No período da manhã, o executivo municipal realizou reuniões com a presidente da junta de freguesia, Carla Braziel, e com representantes da Academia Musical União e Trabalho (AMUT), da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Sarilhos Grandes e do Vasco da Gama Futebol Clube. As principais questões abordadas foram o saneamento básico e o reforço do abastecimento de água no Bairro do Marreco, Estrada dos Paulinos e Rua dos Caçadores. O vereador Nuno Canta ressalvou que o problema do saneamento básico neste bairro “é de difícil resolução e um investimento muito elevado. Na próxima década não será possível fazer aqueles esgotos. É preciso que as pessoas saibam disto. Estamos a realizar um estudo para encontrar uma solução. Até lá, o saneamento continuará a ser feito por fossas sépticas”. Com a obra já adjudicada e consignada, que vai ser executada no Bairro Marreco, “será possível resolver as questões do abastecimento de água no referido bairro, na Rua dos Caçadores e na Estrada dos Paulinos, escoar as águas pluviais e pavimentar as ruas do Bairro Marreco”, acrescentou. As infra-estruturas foram o principal problema levantado pelo movimento associativo da freguesia. A AMUT necessita de realizar obras de recuperação na sede. A Associação de Reformados e Pensionistas recebeu da câmara o terreno para a nova sede e está a iniciar o processo de elaboração do projecto arquitectónico. O Vasco da Gama aguarda a concretização do protocolo assinado entre o clube, a câmara e um particular que possibilitará a edificação de uma nova sede. Ao final da tarde, no salão da AMUT, mais de três dezenas de munícipes questionaram o executivo municipal sobre os problemas que, na sua óptica, afectam a freguesia. A reunião iniciou-se com a apresentação de dados relativos às principais transferências financeiras e investimentos realizados pela autarquia montijense em Sarilhos Grandes nos últimos quatro anos. Um in-

vestimento no valor total de 11.797,396 euros. Entre as principais preocupações apresentadas pelos munícipes, destaque para o Jardim dos Triângulos, a recuperação do Moinho da Lançada e da zona ribeirinha da freguesia, a pressão da água no Corte das Pereiras e o parque infantil da Lançada. Relativamente ao Jardim dos Triângulos, a presidente da câmara salientou que o assunto era responsabilidade da Junta e, por isso, Carla Braziel esclareceu que “o atraso

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propriedade privada, mas queremos negociar com o particular a sua cedência”, referiu a presidente. Sobre a pressão da água no Corte das Pereiras, o vereador Nuno Canta mencionou que a “obra a decorrer na Praça da Liberdade vai permitir a colocação de uma nova conduta, de maiores dimensões, que melhorará o abastecimento de água nessa zona”. Para além da implementação de novas condutas, a obra da Praça da Liberdade contempla “o enterramento das linhas telefónicas e eléctricas, a renovação de papeleiras, bancos e candeeiros, a retirada do pavet para a colocação de calçada e a preservação do Coreto. Esta praça voltará a ser um elemento emblemático da cidade e da freguesia”, acrescentou o autarca. Os munícipes colocaram, ainda, questões relativas à iluminação, asfaltamento e segurança rodoviária de alguns locais da freguesia e à limpeza dos contentores e recolha do lixo grosso. No final, a presidente da câmara apelou à consciência cívica dos cidadãos, à sua participação activa na sociedade e co-responsabilidade na manutenção do espaço público.

EXECUTIVO MUNICIPAL EM SARILHOS GRANDES se deveu, sobretudo, ao facto da EDP ter levado seis meses a fazer o acrescente de iluminação que foi solicitado. A intenção da junta é inaugurar o jardim no aniversário da freguesia, em Abril”. A recuperação do Moinho da Lançada e da zona ribeirinha da freguesia é uma pretensão antiga dos fregueses. “Temos um projecto, que vai levar o seu tempo, que prevê uma ligação através de uma ponte pedonal entre a Mundet e o Arce, com ciclovia e um passeio ribeirinho. O moinho é

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freguesias

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No dia 26 de Fevereiro, a presidente da Câmara Municipal de Montijo, Maria Amélia Antunes, e os vereadores Nuno Canta, Clara Silva e Renato Gonçalves visitaram a freguesia da Atalaia. Durante a manhã, a presidente da Câmara Municipal de Montijo, Maria Amélia Antunes, e os vereadores reuniram com o presidente da Junta da Atalaia, Luís Miguel da Silva Morais, para avaliar os principais problemas e necessidades da freguesia. Nesta reunião de trabalho foram focados assuntos como a construção de casas de banho de apoio ao mercado mensal, a variante da Atalaia e a requalificação do Largo da Feira. À hora de almoço, o executivo da junta e da câmara estiveram reunidos com alguns membros da comunidade educativa, de associações desportivas e culturais da freguesia. Da parte da tarde os autarcas visitaram as obras do Museu da Atalaia, as obras da creche da Paróquia Nossa Senhora da Atalaia e a Urbanização Atalaia Jardim. À semelhança do que aconteceu em Abril de 2007, o executivo municipal reuniu, à noite, com a população no salão da Junta de Freguesia da Atalaia. A presidente da autarquia montijense iniciou a reunião com a apresentação dos investimentos realizados pela Câmara Municipal de Montijo, na freguesia da Atalaia nos últimos quatro anos, no valor total de 1.231.956,00 euros. Das principais preocupações apontadas pelos munícipes, os moradores junto ao Largo da Feira destacaram o pó provocado pelo vento, o uso indevido por automobilistas e

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EXECUTIVO MUNICIPAL VISITOU ATALAIA veículos motorizados daquele espaço, o lixo em dias de feira, o entupimento de esgotos em habitações no centro histórico da freguesia, a regularização de caminhos rurais e os problemas causados pela proximidade das árvores junto às habitações. A presidente afirmou que a questão do lixo em dias de feira “é inultrapassável. A única medida a tomar é a acção imediata de limpeza a seguir à feira”, e que, em relação ao corte das árvores, “é um assunto polémico. Vamos ponderar e avaliar se devemos ou não proceder ao corte das mesmas, uma vez que a opinião dos munícipes sobre esta matéria é muito diferenciada de local para local.” A edil lembrou que a EN4 só passará a ser responsabilidade da autarquia após a conclusão da variante da Atalaia, por isso em relação ao corte das arvores situadas na zona “não é uma competência da autarquia, mas sim das Estradas de Portugal por se tratar de uma estrada nacional. No entanto, a autarquia pode intervir junto das entidades responsáveis.” Em relação aos problemas mencionados no Largo da Feira, a edil sublinhou que “ existe um estudo prévio para se proceder a uma intervenção naquela zona, cujo terreno uma parte pertence à autarquia e

outra ao promotor da Urbanização do Cruzeiro. Estamos a proceder a uma alteração de loteamento para dar continuidade ao processo, mas não vai ser ainda este Verão que vamos proceder ao arranjo paisagístico do Largo.” O vereador Nuno Canta, que preside aos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Montijo (SMAS), afirmou que em relação aos esgotos da zona histórica “a avaliação já está concluída e o problema identificado. Os esgotos construídos pelas Estradas de Portugal não fazem o escoamento. É necessário repôr todo esse colector. Uma obra dispendiosa, mas fundamental. No momento, estamos a finalizar o projecto, para lançarmos o concurso durante o ano corrente e realizar a obra em 2010.” O vereador explicou, ainda, que em relação aos caminhos rurais não alcatroados, “o período de chuva longo no Inverno dificultou a acção da autarquia na regularização dos mesmos. No entanto, estamos a testar um novo pavimento mais resistente a abatimentos e mais eficaz na drenagem da água. Caso se comprove a sua utilidade iremos colocá-lo nos caminhos rurais”. Ao dar por encerrada a visita, a edil agradeceu a presença dos munícipes, desejando que na próxima visita as questões colocadas estejam resolvidas e que em debate estejam, então, novos assuntos.


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freguesias

No dia 24 de Março, a presidente da Câmara Municipal de Montijo, Maria Amélia Antunes, e o executivo municipal visitaram a freguesia de Pegões. Durante a manhã, o executivo reuniu com António Miguens, presidente da Junta de Freguesia de Pegões, e outros autarcas, de forma a inteirar-se dos principais problemas da freguesia. Na reunião foram abordados vários temas, entre os quais, a revisão do PDM, o edifício multiusos e a ETAR. À hora de almoço, o executivo reuniu com representantes da comunidade educativa,

quebras. O nosso apoio ao movimento associativo não vai ser igual ao de outros anos. Temos menos recursos, não podemos prestar os apoios na mesma medida.” Ao fim da tarde, teve lugar no salão da Sociedade Recreativa de Cruzamento de Pegões uma reunião aberta a toda a população. Cerca de 50 munícipes compareceram para expôr ao executivo as suas preocupações. A edil iniciou a reunião com a apresentação das principais transferências financeiras para a junta, dos apoios ao movimento associativo e dos investimentos realizados pela Câmara Municipal de Montijo na freguesia de Pegões, nos últimos quatro anos, no valor total de 3.580.549,00 euros. Os alegados distúrbios provocados pelo pó e ruído da empresa EnerMontijo, localizada em Pontal Cruzamento, (Pegões Velhos) e o asfaltamento da Rua 5 de Outubro foram os temas dominantes. A autarca afirmou que a autarquia esteve de acordo com a implementação da fábrica. “Tivemos uma posição favorável, porque nos propuseram uma actividade compatível com o PDM (Plano Director Municipal)” acrescentando que, no entanto, “a fábrica tem de

PEGÕES RECEBEU EXECUTIVO MUNICIPAL associações desportivas, culturais e sociais da freguesia de Pegões. Maria Amélia Antunes recordou que a crise económica também se fez sentir nas receitas da autarquia e, por isso, “é necessário estabelecer prioridades para que a qualidade de vida a que nos habituámos não sofra

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reunir condições para não causar prejuízos à zona envolvente, aos acessos e laborar em horário compatível com o descanso das pessoas e minorar/controlar o ruído”. A presidente adiantou ter tido oportunidade de falar com o responsável sobre os problemas que a empresa está a causar às pessoas. “Vamos dar mais algum tempo. Têm de corrigir o que houver a corrigir, de acordo com a lei. Os impactos negativos são para serem resolvidos.” Em relação às questões colocadas sobre o alcatroamento da Rua 5 de Outubro, o vereador Nuno Canta referiu que “ o município de Montijo tem vindo a asfaltar uma rede principal de caminhos rurais. A rua em questão integra-se nessa rede, deve ser asfaltada e melhorada, mas primeiro é preciso fazer a ligação da fossa colectiva existente à ETAR.” Ao dar por encerrada a visita, a edil agradeceu aos munícipes presentes, desejando que na próxima visita as questões colocadas estejam resolvidas e que em debate estejam, então, novos assuntos.

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{ } Infra-estruturação em Bairros de Génese Ilegal

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obras

No Bairro Novo do Parque, a Rua da Tecnologia foi asfaltada. Esta obra vem na sequência do plano traçado pela autarquia no sentido de dotar os bairros de génese ilegal de infra-estruturas necessárias a uma vida urbana com mais qualidade. Uma obra no valor de 24.685,10 euros + IVA.

Bairro Miranda com ligação à rede pública de esgotos

Requalificação de Passeios A autarquia continua a realizar obras no sentido de melhorar a circulação pedonal na cidade de Montijo, no âmbito do Programa Urbanismo Comercial. Neste sentido foram realizadas obras de regularização da calçada na Rua Luís de Camões, na Rua 25 de Abril, Avenida D. João IV, Praceta Aldegalega e na Praceta Vitorino Menésio.

Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento procederam à construção do emissário de águas residuais que liga o Bairro Miranda ao Bairro da Boa Esperança permitindo assim um escoamento do esgoto a um menor custo. Esta obra, uma velha aspiração da população, veio permitir a ligação dos esgotos domésticos do Bairro Miranda à rede pública, tornando-se desnecessário o recurso às fossas sépticas.

Passagem Superior da Barrosa Estão concluídas as obras da passagem superior da Barrosa, a única ponte existente em Montijo. Um investimento de 56 mil euros. O reforço estrutural da ponte estava bastante danificado e necessitava de intervenção urgente. A autarquia procedeu ainda à limpeza da área envolvente.

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Sede do Grupo Típico de Danças e Cantares do Afonsoeiro As obras da nova sede do Grupo Típico de Danças e Cantares do Afonsoeiro, avançam a bom ritmo. A nova sede vai ter um primeiro piso com salão de dança, uma área dedicada ao público e balneários. No primeiro andar haverá uma área administrativa e um bar. Uma obra adjudicada por 398 mil euros.


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obras

Água e qualidade de vida Longe vão os tempos em que a Zona Ribeirinha servia para despejo de esgotos domésticos e industriais, que conservava um cheiro nauseabundo e cores encarniçadas pouco próprias do rio Tejo. Actualmente, a rede de abastecimento de água e o sistema de esgotos do concelho abrange 99 por cento da população. Nos últimos nove anos foram construídos sete novos depósitos de água, as estações de tratamento de águas residuais (ETARS) do Seixalinho, das Taipadas, do Afonsoeiro, de Santo Isidro, de Pegões, o sistema elevatório de Pegões Cruzamento e do Afonsoeiro. Foram ainda construídos inúmeros quilómetros de condutas de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais e pluviais. O município dispõe também de um sistema de telegestão que permite a gestão dos caudais de água e informações concretas sobre os diversos sistemas de abastecimento de água ao concelho. A administração dos SMAS atingiu a meta a que se tinha proposto. Estão implementadas as principais ETARS no concelho, o que significa mais qualidade de vida, melhor saúde pública, mais áreas de lazer e de desportos. Apesar do concelho contar, hoje, com cerca de 42 mil habitantes,

os sistemas de distribuição de água e esgotos têm uma capacidade instalada para 80 mil habitantes. Todo o sistema de tratamento de esgotos foi conseguido pela integração do município na SIMARSUL e o investimento actual ronda os 22 milhões de euros.

Rua Actor Vasco Santana A Câmara Municipal procedeu ao alcatroamento da Rua Actor Vasco Santana em Foros do Trapo. A obra foi concretizada em 1,5 km de via. Recorde-se que o executivo tem vindo a concreti-

zar uma série de obras na rede viária da zona Este do concelho, nomeadamente em Santo Isidro, Pegões e Canha. Esta obra teve o custo de 44 mil euros.

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Casa do Pateo D’Água As obras de restauração da Casa do Pateo D´ Água prosseguem. Actualmente estão a ser implementadas as infra-estruturas eléctricas, o ar condicionado, as condutas de água e de esgotos. O edifício vai destinar os dois pisos superiores para acolher a nova sede da Junta de Freguesia do Montijo. O espaço junta de freguesia terá um salão nobre e uma sala de atendimento onde é possível ver o rico espólio de azulejo. No segundo piso funcionará um amplo espaço de formação para programas de reintegração e alfabetização. No rés-do-chão do edifício irão funcionar serviços municipais, como o balcão-único. As obras da Casa do Pateo D´Água, classificada como património nacional, estão a ser acompanhadas por uma equipa mista de elementos da Câmara Municipal de Montijo e do IGESPAR - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico. Ainda no que respeita ao restauro, os trabalhos estão a ser realizados em colaboração com a Direcção Regional de Cultura. A autarquia tem tido também especial atenção nas escavações realizadas na envolvente e interior da Ermida, uma vez que foi levantada a hipótese de existirem sepulturas no local. As escavações arqueológicas já revelaram um conjunto de azulejos raros do sec. XVI. As obras da Casa do Pateo D’Água estão a ser realizadas deste modo para preservar todo o espólio existente e tornar o edifício utilizável para novas funções, com todas as normas previstas e um elevador para facilitar o acesso de pessoas com mobilidade reduzida à junta de freguesia.

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protecção civil

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PREVENÇÃO E AUTO PROTECÇÃO

PROTEJA A NOSSA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS

Com a chegada da Primavera/Verão, por vezes, verificam-se temperaturas acima dos valores normais para a época, por isso, siga os seguintes conselhos do Serviço Municipal de Protecção Civil de Montijo.

A protecção da floresta é uma obrigação de todos. Nesse sentido, o Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal Montijo/Alcochete aconselha que:

- Ingira mais água com regularidade, mesmo que não sinta sede. Não beba bebidas alcoólicas. Faça refeições ligeiras; - Use roupas leves, largas e de cores claras; - Evite sair à rua nas horas de maior calor; - Evite fazer actividades que exijam muito esforço físico, estar de pé durante muito tempo, especialmente em filas ao sol; - Em casa, durante o dia, abra as janelas e mantenha as persianas semi - fechadas, de modo a permitir a circulação do ar. Durante a noite abra bem as janelas para arrefecer a casa; - Se tiver de viajar de carro, escolha horas de menor calor; - Vá à praia apenas nas primeiras horas da manhã ou no fim da tarde; - Pessoas que sofram de doenças do aparelho circulatório ou respiratório devem ter particular atenção no cumprimento da medicação habitual; - Não se esqueça que as crianças e os idosos necessitam de especial cuidado. Proteja-os do sol e do calor, dê-lhes muita água e tenha atenção que as roupas escuras retêm calor.

- Conserve o terreno limpo num raio de 50 metros em redor da sua habitação, armazém, oficina ou outras instalações; - Mantenha uma faixa de dez metros limpa de matos de cada lado do caminho de acesso à sua habitação; - Mantenha os sobrantes de exploração agrícola ou florestal fora da faixa de 50 metros em redor da sua habitação; - Guarde em local seguro e isolado os combustíveis líquidos, lenha ou outros produtos inflamáveis; - Não queime os resíduos no interior das áreas florestais, sob perigo de provocar um incêndio; - Antes de efectuar uma queimada peça autorização à Câmara Municipal e siga os procedimentos e condições de segurança fornecidos; - Não queime sobrantes sem ter a área circundante limpa, com condições meteorológicas desadequadas e sem informar os bombeiros locais; - Apenas é permitido efectuar queimadas e queima de sobrantes fora do período crítico, onde o índice temporal de incêndio seja inferior ao nível elevado; - Em espaços rurais, durante o período crítico, a utilização de fogo-de-artifício e outros artefactos pirotécnicos, está sujeita a autorização prévia da respectiva câmara municipal. Para outros conselhos ou mais informações contacte o Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal Montijo e Alcochete, através dos telefones 212327720 e 914867748 ou do e-mail gtfmontijoalcochete@munmontijo.pt.

A Protecção Civil de Montijo está contactável no Parque de Exposições: Avª dos Bombeiros Voluntários de Montijo, através dos números telefónicos 212327833/4, 919316371 e 918684186 (24 horas) Para qualquer emergência o número da Linha Saúde Pública é o 808 211 311. 38


Abril 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Abril 2009

EXPOSIÇÃO

Tejo, fonte de vida MONTIJO FRENTE RIBEIRINHA ABRIL|JULHO|2009

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