Diário de Notícias - Radar Terra a Terra | Município do Montijo

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Radar TERRA A TERRA

EDIÇÃO ESPECIAL 10.09.16 // WWW.DN.PT

Pelos caminhos de Portugal, concelho a concelho, o RADAR TERRA A TERRA propõe-se a aproximar as autarquias dos munícipes e do público. Vamos divulgar os diversos eventos festas, feiras, turismo, gastronomia

A VOZ AOS MUNICÍPIOS PARA UM MUNDO SEM FRONTEIRAS NESTA EDIÇÃO

P. 04 | ENTREVISTA

Nuno Canta, Presidente da Câmara Municipal tem planos para o Montijo

P. 08 | ÍCONES

Montijo é a capital da flor

// Guia para conhecer de perto a capital da flor, como é chamada a cidade do Montijo na Península de Setúbal, às portas de Lisboa. Sabia que perto de 75% da produção nacional de flor de corte em estufa é feita no Montijo? E que é o maior produtor de gerbérias da Península Ibérica? Além das flores, a região dá cartas na suinicultura e tem potencial na logística.

Flores, floresta, azulejo e vinho compõem a identidade montijense

P. 09 | TESTEMUNHOS

6 Conversas nas ruas do centro da cidade do Montijo, em setembro


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02 | PUBLICIDADE

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EDITORIAL | 03

TERRA A TERRA

SUMÁRIO 04 ENTREVISTA Nuno Canta, Presidente da Câmara Municipal do Montijo

06 HISTÓRIA E TRADIÇÃO Uma relação intensa com o Rio Tejo

08 ÍCONES DA REGIÃO Ícones que marcam a cultura e vivência montijense

EDITORIAL

Centralidade e riqueza de património

M

esmo à porta de Lisboa, o Montijo é hoje um concelho atrativo para as empresas se instalarem, ativo na captação de investimento nacional e estrangeiro e no fomento do empreendedorismo. A sua localização privilegiada e vias de comunicação, como a Ponte Vasco da Gama, favorecem o acesso a qualquer ponto do país e também a Espanha. Esta centralidade e infraestruturas facilitam a instalação de investimentos, como destaque para a área da logística. Por outro lado, o seu passado industrial ainda está presente, acolhendo no seu território empresas de peso para a economia local, como suiniculturas, indústrias de transformação de carne e empresas de floricultura - o Montijo é o maior produtor de gerbérias da Península Ibérica. Viver no concelho é poder optar por duas áreas: do lado Oeste, o concelho proporciona uma zona mais urbana com construção imobiliária de qualidade; no lado Este encontra-se a zona rural para quem quiser viver no campo e desfrutar da tranquilidade da natureza. Nesta edição especial, mostramos-lhe o que visitar nesta terra junto ao Tejo, com um território de 348,6 km2 e uma população de cerca de 51 222 habitantes. A não perder está a Igreja Matriz, o santuário e Igreja da Atalaia, o Museu Agrícola. Um passeio na Frente Ribeirinha e no Parque Municipal são também boas sugestões. Pode ainda visitar o lado mais rural do concelho e conhecer o Colonato de Pegões.

O concelho oferece um vasto e diversificado património religioso e edificado, registo vivo da memória e identidade locais. Um património que é também cultural com uma oferta permanente no Museu Municipal e na Galeria Municipal, equipamentos culturais que recebem exposições de talentos consagrados, assim como de novos artistas locais e nacionais. Para dormir, aponte as nossas sugestões tanto de unidades hoteleiras urbanas como de espaços rurais, unidades de agroturismo onde pode participar nas atividades do quotidiano da propriedade. Como quase todas as localidades do Ribatejo, o Montijo tem grandes tradições e festas populares, como as Festas de São Pedro que se realizam anualmente no final de Junho. A abrir a publicação, conheça os planos para o concelho de Nuno Canta, Presidente da Câmara Municipal do Montijo, que se quer manter no cargo para fazer da cidade uma das melhores para viver. Começou o seu percurso político aos 30 anos de idade, sem paragens. Hoje, acumula 19 ano de poder local numa região que o viu nascer e crescer. Em 2013 foi eleito presidente da Câmara do Montijo com maioria relativa e já decidiu que se vai recandidatar nas eleições autárquicas de 2017. Como balanço de quase três anos à frente dos destinos do Montijo, garante que mais de 90% das promessas feitas em campanha estão cumpridas.

09 FLASH Conversas nas ruas da cidade do Montijo para ouvir o que dizem os montijenses

10 LAZER Sugestões para melhor conhecer a região. Música, festas populares, muses e turismo

12 O QUE COMER Conheça as iguarias da região

13 ONDE FICAR Sugestões para a sua estadia

14 DESTAQUE As notícias que dão que falar

FICHA TÉCNICA UMA PUBLICAÇÃO DA UNIDADE DE SOLUÇÕES COMERCIAIS MULTIMÉDIA DA GLOBAL MEDIA GROUP Coordenação Editorial SOFIA SOUSA (sofia.sousa@globalmediagroup.pt) | Textos ANDRÉ SOUSA e HÉLDER PEREIRA | Fotos D.R. | Design VANDA SEIXAS | Coordenação de Arte PATRÍCIA COELHO | Paginação CARLOS VASCONCELOS, MARIA JOSÉ LOURO E PATRÍCIA COELHO | Arte Final e Produção CRIATIVOS LISBOA | Publicidade Direção Comercial LUÍS BARRADAS (DN) | INÊS PICCIOCHI (TSF) | Direção Comercial Adjunta JOSÉ ANTÓNIO CARAJOTE (DN) & MANUELA MATEUS (TSF)| Gestores de ContaVITOR PEREIRA (DN) e RICARDO VASCONCELOS (TSF)| BackOffice Suplementos: PATRÍCIA DANTASM| Publicação de distribuição gratuita. Não pode ser vendida.


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04 | ENTREVISTA

TERRA A TERRA

“Mais de 90% das promessas estão cumpridas”

Nuno Canta, Presidente da Câmara Municipal do Montijo O ATUAL PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO MONTIJO QUER MANTER-SE NO CARGO PARA FAZER DA CIDADE UMA DAS MELHORES PARA VIVER

Começou o seu percurso político aos 30 anos de idade sem paragens. Hoje, acumula 19 ano de poder local numa região que o viu nascer e crescer. Em 2013 foi eleito presidente da Câmara do Montijo com maioria relativa e já decidiu que se vai recandidatar nas eleições autárquicas de 2017. Como balanço de quase três anos à frente dos destinos do Concelho do Montijo, garante que mais de 90% das promessas feitas em campanha estão cumpridas. Quais os projetos que mais satisfação lhe deram realizar neste primeiro mandato? Na área económica, a remodelação do Mercado Municipal, edifício histórico do final dos anos 50 e um projeto de reabilitação urbana no centro da cidade. Ainda nesta área, apoiado pelo programa comunitário PROMAR e em colaboração com a Sociedade Cooperativa União Pisca-

tória Aldegalense (SCUPA) foi fundamental a construção do novo Cais dos Pescadores. Graças à despoluição do Tejo através das ETAR, temos famílias ligadas à pesca e ainda a viver só da pesca do rio. O outro projeto é na área da educação. Temos hoje uma rede de pré-escolar que contempla 100% da população. Desde 1998 que se tem vindo a aumentar a rede no Montijo e agora, com a sua conclusão no meu mandato, todas as crianças têm lugar em escolas públicas do concelho. Outra área é a recuperação do património histórico como a Ermida de Santo António, que vai ser concluída neste mandato, e o Museu dos Pescadores, instalado num edifício histórico que recuperámos. Por fim, o monumento em homenagem aos combatentes da guerra do ultramar, inaugurado no 25 de abril, que construímos no centro da cidade.

Qual foi a principal dificuldade que enfrentou e como a superou? A oposição tem sido uma das grandes dificuldades. Temos uma maioria relativa. Não conseguimos uma coligação com o PSD e CDU, que juntos fazem oposição evocando uma maioria negativa. Bloquearam, em 2015, o orçamento da Câmara, o que teve efeitos negativos sobre o desenvolvimento do município. Por outro lado, o país não viveu períodos de crescimento nem de disponibilidade financeira. De que conquistas mais se orgulha? Conseguimos reduzir para metade o endividamento que recebemos. Criámos condições de investimento para as empresas, para a suinicultura, agropecuária e a produção de flor de corte. Somos a capital da flor. Reduzimos o prazo médio de pagamentos aos

fornecedores do município, que se situa hoje nos sete dias. Conseguimos baixar impostos: o IMI (baixou 20% do valor total coletável), o IRS na parte das autarquias e ainda no IRC da parte das autarquias conseguimos que as empresas com menos de 150 mil euros de volume de negócios anual ficassem isentas. Foi uma medida de apoio às pequenas e médias empresas, como cafés, lojas de comércio tradicional, cabeleireiros, etc. Está com boas percetivas em relação às eleições do próximo ano… Sim, sou uma pessoa otimista. Na próxima candidatura à Câmara, nas eleições de 2017, qual será a sua grande “bandeira”? A campanha assentará no investimento privado na cidade e na criação de novas infraestruturas


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ENTREVISTA | 05

TERRA A TERRA

públicas, como a construção de piscinas fluviais municipais ao ar livre, usando a água do rio tratada. Na recuperação de um passadiço na frente ribeirinha que está em desenvolvimento. Gostaríamos também de transformar em museu a Quinta da Mala Posta, que foi fundamental no transporte entre o sul e a capital. O Montijo foi um entreposto comercial importante no passado… Historicamente, o Montijo foi um cais de ligação a Lisboa; todos os que viajavam para o sul passavam em Aldeia Galega do Ribatejo. Dizia-se que estavam aqui as nove melhores estalagens do reino. Contudo, nos últimos 100 anos a cidade ficou afastada das principais rotas dos transportes, o que só regressa em 1998 com a construção da Ponte Vasco da Gama e aí o Montijo retoma a sua ligação rodoviária a Lisboa. No futuro, a construção do aeroporto para companhias low cost na base aérea nº 6 será a alavanca fundamental para o Montijo. Quais são os sectores económicos fundamentais para o desenvolvimento do concelho? A base económica da cidade é a agricultura, agroindústria, pecuária e a floresta. Temos explorações de grande dimensão e importantes fábricas de transformação da carne de porco. Outro sector muito importante é a floricultura. O Montijo tem a maior área de estufas de flores de corte da Península Ibérica, de capital nacional e estrangeiro. Produzimos entre 70 a 75% das flores de corte vendidas em Portugal. Somos o conselho que produz mais gerbérias da península ibérica. A maior parte é vendida no país. A produção de legumes ainda se mantém importante? Sim. Na horticultura temos grandes empresas de produção de cenoura batata, cebola exportamos muito para a Alemanha, principalmente nos meses de inverno. E a cortiça? Temos uma área de produção de cortiça muito importante, apesar de já ter sido maior no passado. Canha e Pegões continuam a produzir cortiça. Temos ainda o eucalipto e dispomos do maior viveiro de melhoramento de eucalipto da Europa, propriedade da Portucel/Navigator, para ser transformado em pasta de papel. Com a Ponte, outra área que se intensificou foi a logística. Muitas empresas deslocalizaram as suas sedes de Lisboa e do norte

do país para aqui pela nossa centralidade. Qual a importância do vinho da região de Pegões? O ano de 2015 foi extraordinário no reconhecimento da qualidade dos vinhos de Pegões. No total foram 167 prémios, nacionais e internacionais, incluindo dois troféus de melhor vinho e 63 medalhas de ouro. A Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, uma empresa ícone do concelho e um dos maiores embaixadores do Montijo em Portugal e no mundo, foi também distinguida como a 5ª melhor empresa de vinhos portuguesa e a 37.ª do mundo pela Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos. Tem cerca de 50 funcionários e em 2015 a produção e as vendas cresceram 15% face a 2014, atingindo um volume de negócios superior a 14 milhões de euros. Conseguiu ainda um crescimento de 25% nas exportações e 10% no mercado nacional. Temos muito orgulho em termos sido distinguidos com o prémio do melhor moscatel do mundo, que é de Pegões.

“A base económica da cidade é a agricultura, a agroindústria, a pecuária e a floresta. Outro sector importante é a floricultura: temos a maior área de estufas de flores de corte da Península Ibérica.”

O município vai apresentar, em 2016, as candidaturas ao PORLisboa 2010. Para onde se dirigirá o investimento previsto de 4 milhões de euros? Para a remodelação do edifício das piscinas municipais; melhoria das condições de certas escolas; musealização da casa de uma quinta histórica que é agora património municipal, transformando-a em Casa da Musica Maestro Jorge Peixinho, que nasceu no Montijo. Depois queremos construir uma ciclovia ao longo do ramal de caminhos-de-ferro. Somos dos primeiros munícios a ter ciclovias- as primeiras foram construídas em 1999. Quais os principais ícones do Montijo? O Cais de Aldeia Galega, do séc. XVII, que, nessa época, era o único em pedra na margem sul do Tejo. É o nosso castelo, como costumo dizer, e que também é chamado de Cais das Faluas. Depois, o Moinho de Maré do Cais, que é do século XV, reabilitado em 2005. As portas da cidade são outro ícone importante por expressar toda a identidade montijense, que é receber quem é de fora de portas abertas. Revela o bom acolhimento que aqui é dado. Temos a Praça de Touros Amadeu Augusto dos Santos, os nossos grupos de forcados e vários cavaleiros de renome, como o Luís Rouxinol .

Temos ainda o Santuário da Atalaia, onde se realiza a Festa da Atalaia com mais de 500 anos, a principal romaria da região de Lisboa. Na Atalaia, existe ainda o Museu Agrícola, com lagar de azeite, alambique e adega. Em Pegões, foi construído nos anos 50 um colonato agrícola dos mais importantes de Portugal, com um património construído singular. É composto por igrejas com frescos de Artur Bual e casas típicas de agricultores. Esta colónia agrícola foi autossuficiente no seu tempo e hoje permanece uma memória cuja preservação será extremamente importante para o futuro.

INFORMAÇÃO BIOGRÁFICA Nuno Miguel Caramujo Ribeiro Canta Cargo: Presidente da Câmara Municipal do Montijo Idade: 49 Formação: E ngenheiro Agrónomo Filiação partidária : Partido Socialista Estado Civil: Casado N.º filhos: 2 Hobbies: Ler Prato preferido: Caldeirada Destino de eleição: Alvor (Algarve) Um desejo para Portugal: que o país reencontre o caminho do desenvolvimento


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06 | HISTÓRIA E TRADIÇÃO

TERRA A TERRA

EVENTOS REVISITAR MONTIJO

Até dia 07 janeiro de 2017, no Museu Municipal Casa Mora, poderá visitar esta exposição sobre momentos marcantes no percurso da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro. De Terça a sábado: 09h0012h30/14h00-17h30.

TRANSPORTADORES

Esta performance ao ar livre, no dia 17 setembro, é um projeto sobre quem que vive à margem, sobre os nómadas contemporâneos. Às 22h00, no Largo do Cinema Teatro Joaquim d’Almeida.

BAGUNÇADA À PORTUGUESA

Teatro de Comédia dirigido e encenado por Natalina José, no dia 24 setembro 2016, às 21h30, no Cinema Teatro Joaquim d’Almeida.

FEIRA DE ANTIGUIDADES E VELHARIAS

Na Praça da República, decorre no segundo e último sábado de cada mês, durante todo o ano. Das 09H00 às 17H00.

MUSEU AGRÍCOLA DA ATALAIA

MEMÓRIAS E PATRIMÓNIO

MONTIJO

Uma relação intensa com o Rio Tejo TERRA DE PESCADORES, O CONSELHO DO MONTIJO EVOLUIU DE ALDEIA GALEGA DO RIBATEJO A VILA DO MONTIJO E, NO ANO PASSADO, FEZ 30 ANOS ENQUANTO CIDADE. FOI UM ENTREPOSTO COMERCIAL IMPORTANTE

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ara quem vem de Lisboa e atravessa a Ponte Vasco da Gama, a chegada ao Montijo traz à memória um traço histórico de peso e uma evidência atual: a região foi no passado uma ponte entre diferentes territórios e a Ponte Vasco da Gama faz do Montijo uma cidade com uma localização privilegiada. Estamos em uma terra de pescadores, intensamente ligada ao Tejo, já que o rio delimita uma grande área do seu território. O seu passado foi marcado pela importância e desenvolvimento da Aldeia Galega do Ribatejo, tendo levado à atribuição de foral em 15 de setembro de 1514 pelo rei D. Manuel I. Na génese do concelho de Aldeia Galega está o concelho mais amplo do Ribatejo (que remonta ao séc. XII) De Aldeia Galega passa a vila do Montijo, em 1930, e décadas mais tarde, em 1985, ascende a cidade.

PESCA, SAL, VINHO E GADO SUÍNO Os habitantes dedicavam-se à pesca, à exploração de salinas e à produção de vinho. Mas, mais tarde, a preponderância das atividades ligadas ao rio e à agricultura cedeu lugar ao comércio e industria. É nesta altura que as atividades ligadas ao comércio e transformação de gado suíno ganham importância. Cereais, vinho e frutas cresciam nos campos da Aldeia Galega. Os pinhais abundavam e rio dava peixe, marisco e sal. A sua economia agrícola e industrial, aliada à situação geográfica privilegiada, faziam de Aldeia Galega do Ribatejo um importante entreposto comercial. O comércio e transformação de gado suíno, bem como a indústria corticeira tiveram um grande incremento. Paralelamente a este apogeu económico, a vila de Montijo viu

Junto à escadaria do Santuário, o museu preserva a história de uma casa agrícola onde se produzia azeite, vinho e fruta. De 3ª a 6ªfeira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30; Sábado: das 14h00 às 18h00.

ROTA DOS MOINHOS

Dois moinhos podem ser visitados: o Moinho de Maré, na Frente Ribeirinha, e o Moinho de Vento na Urbanização da Quinta do Moinho Velho.

MERCADOS TRADICIONAIS

Há vários mercados onde pode comprar produtos da região, durante a manhã: Mercado Municipal (Terça a domingo); Mercado do Afonsoeiro (1.º e 3.º domingo do mês); Mercado da Atalaia (1.º sábado do mês); Mercado de Sarilhos Grandes (Terça a domingo); Mercado de Canha (3.º sábado do mês); e o Mercado de Levante ou mercado da reforma agrária (Terças, quintas e sábados).

surgirem importantes infraestruturas e equipamentos: a praça de touros, o mercado municipal, o cinema-teatro, a cadeia comarcã, o palácio da justiça, e a reformulação do parque municipal Carlos Loureiro. A TRADIÇÃO ESTÁ VISÍVEL NO PATRIMÓNIO Um património religioso estende-se pelas várias freguesias do concelho. A Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, o Santuário e Igreja da Nossa Senhora da Atalaia e a Igreja de Santo Isidro de Pegões revelam a riqueza dos azulejos, um dos ícones do conselho do Montijo. O Museu Agrícola da Atalaia e os Moinhos de Vento e de Maré mostram o que foi a vida dos montijenses. Hoje é possível visitá-los, estando preparados para receber turistas e locais.


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PUBLICIDADE | 07

TERRA A TERRA

uma iniciativa

Radar TERRA A TERRA

O Diário de Notícias, o Jornal de Noticías e a TSF juntam-se numa iniciativa inovadora Pelos caminhos de Portugal, concelho a concelho, o RADAR TERRA A TERRA propõe-se a aproximar as autarquias dos munícipes e do público. Vamos divulgar os diversos eventos festas, feiras, turismo e gastronomia regional.


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08 | ÍCONES DA REGIÃO

TERRA A TERRA

HÁ ÍCONES QUE MARCAM A CULTURA E VIVÊNCIA MONTIJENSE: A FLORICULTURA, O SECTOR FLORESTAL, A AZULEJARIA E O VINHO. EXISTEM HOJE NO MONTIJO MAIS DE 30 EMPRESAS DEDICADAS À PRODUÇÃO E COMÉRCIO DE FLORES, QUE GERAM MAIS DE 1000 POSTOS DE TRABALHO DIRETOS SÓ NA PRODUÇÃO. POR ESTA RAZÃO O MONTIJO É CONSIDERADA A CIDADE DA FLOR. SÓ A GERBÉRIA OCUPA CERCA DE 50 HECTARES DE ESTUFA.

VINHOS DA REGIÃO VITIVINÍCOLA DA PENÍNSULA DE SETÚBAL

A Região Vitivinícola da Península de Setúbal inclui Palmela e Setúbal e tem zonas planas, arenosas, bem como as paisagens mais montanhosa da Serra da Arrábida. Os solos são igualmente heterogéneos, alternando entre as areias finas e profundas das planícies e os solos calcários e argilo-calcários da Serra da Arrábida. É aqui que nasce o Moscatel de Setúbal, um dos vinhos mais reputados de Portugal. Segundo a Wines of Portugal, marca de Vinhos de Portugal, criada em 2010, a Península de Setúbal compreende as Denominações de Origem, “Palmela” e “Setúbal” e a IG Península de Setúbal. A denominação “Setúbal” está reservada para os vinhos Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo. Os vinhos tintos de “Palmela” baseiam-se na casta Castelão, de presença obrigatória na denominação, casta que oferece o melhor de si nos solos arenosos quentes e soltos de Palmela, ganhando uma complexidade e profundidade que a casta só raramente consegue alcançar fora da região. As duas castas brancas dominantes são o Arinto e Fernão Pires, bem como o Moscatel de Alexandria, destinado sobretudo aos vinhos generosos da região. Nas castas tintas, evidenciam-se o Alfrocheiro e Trincadeira.

FLORICULTURA

A floricultura no concelho do Montijo surgiu no início dos anos 70. As condições ecológicas e climáticas favoráveis e a proximidade do Mercado da Ribeira em Lisboa estão na origem e desenvolvimento desta atividade que assentava, essencialmente, na produção do cravo, da cravina, da rosa e do gladíolo. Existem hoje no Montijo mais de 30 empresas dedicadas à produção e comércio de flores, que geram mais de 1000 postos de trabalho diretos só na produção. Cerca de 70 a 75% da produção nacional de flor de corte é feita no concelho do Montijo, nos cerca de 200 hectares de estufas existentes. Produzem-se no Montijo uma centena de espécies de flores, 500 mil pés de diversas flores de corte por dia: gerbéria, rosas, margaridas, cravos, crisântemos, gladíolos. A gerbéria é a espécie dominante, ocupando cerca de 50 hectares de estufa, tornando o Montijo o maior produtor de gerbérias da Península Ibérica: 15 milhões de pés de gerbérias por ano. Da união entre os produtores de flores do Montijo, através da sua associação, APPPFN (Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais) surge a marca “Flores do Montijo”.

FLORESTA E INDÚSTRIA CORTICEIRA NA MARGEM SUL DO TEJO

A produção de madeira para venda e transformação em pasta de papel é muito importante no Montijo. A floresta é um dos grandes valores que o país tem e o setor florestal nacional é hoje responsável por muitas das exportações e dá trabalho a mais de 260 mil pessoas. A indústria da cortiça teve um grande impulso nos fins do século XIX nas localidades da margem sul do Tejo pela proximidade ao porto de Lisboa. Portugal é líder na produção desta matéria-prima. A casca do sobreiro, um tecido vegetal 100% natural tem uma abrangência de aplicações a atributos que nenhuma tecnologia conseguiu ainda igualar ou ultrapassar. É 100% reutilizável e reciclável extraída dos sobreiros sem nunca prejudicar o normal desenvolvimento da espécie e sem danificar a árvore. A cortiça extraída é aproveitada a 100%. Mas depois de transformada, por exemplo em rolhas, a cortiça pode voltar a entrar no processo produtivo. O granulado resultante desse processo pode ser utilizado em outros produtos como, por exemplo, solas de sapatos, painéis de revestimento, boias de pesca. Várias foram as grandes empresas na fileira da cortiça que se instalaram na região, dando emprego aos moradores e trabalhadores do sul do país.

QUEIJADINHAS DO MONTIJO

Também conhecidas como queijadinhas de leite, este é um doce regional muito apreciado. Os ingredientes são 1 litro de leite, 2 gemas, 200 g de farinha, 25 g de margarina, 6 ovos e 800 g de açúcar. Como preparar em casa? Peneire a farinha e o açúcar para uma tigela. Leve o leite ao lume até ferver e dissolva a margarina no leite quente. Deite o leite com a margarina derretida na mistura de farinha e açúcar, envolva e deixe arrefecer um pouco. Bata os ovos inteiros com as gemas e misture-os no preparado anterior, mexendo devagar. Unte formas pequenas de alumínio, encha-as com o preparado e leve ao forno, a 250º C. Depois de prontas, deixe arrefecer um pouco e coloqueas em forminhas de papel frisado.

A ARTE DO AZULEJO NA ALDEIA GALEGA

Dos revestimentos cerâmicos quinhentistas existentes em Aldeia Galega, vila que está na origem do Montijo, subsistem apenas alguns fragmentos e ainda o revestimento da Capela de Nossa Senhora da Piedade, na freguesia de Sarilhos Grandes. Os vestígios identificados a par da capela de Sarilhos contemplam as principais tipologias utilizadas na época. Instituída entre o final do século XV e o início do século XVI, esta capela testemunha a atualidade estética e o prestígio social de tais azulejos importados de Sevilha. O azulejo é uma das expressões mais fortes da cultura portuguesa e uma das contribuições mais originais do seu génio. Em Portugal, o Azulejo ultrapassou largamente a mera função utilitária ou o seu destino de arte ornamental e atingiu o estatuto de arte, na criação das arquiteturas e das cidades.


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FLASH: TESTEMUNHOS | 09

TERRA A TERRA

6 Conversas nas ruas da cidade do Montijo NUMA TARDE QUENTE DE SETEMBRO FOMOS PARA AS RUAS CONVERSAR COM QUEM PASSASSE. HÁ QUEM ALI RESIDA E QUEM APENAS TRABALHE. MAS TODOS ELOGIAM O SOSSEGO E A CENTRALIDADE DA CIDADE ONDE O RIO E A TERRA ESTÃO EM PROXIMIDADE

PALMIRA DA FONSECA VENDEDORA DE FRUTAS E LEGUMES DO MERCADO MUNICIPAL DO MONTIJO

Há 45 anos a vender fruta e legumes no Mercado Municipal do Montijo, Palmira da Fonseca é natural do Minho mas por nada deixaria a região do Montijo onde tem os seus filhos e netos. “Gosto de viver aqui, não volto para o Minho, tenho aqui os meus filhos e netos.” Nesse momento, o seu sorriso fica ainda mais aberto ao ver a sua neta que acaba de chegar. O que vende no mercado com obras recentes vem da sua propriedade, que sempre cultivou. “A terra aqui dá sempre, é levezinha, trabalha-se bem, tem muita areia”, conta.

CRISTINA GASPAR

RESPONSÁVEL PELA COZINHA

DANIELA, ANA E DIANA

ESTUDANTE, RECÉM-FORMADA E EMPREGADA NA ÁREA DO SECRETARIADO

Duas irmãs e uma amiga na casa dos 20 anos elogiam a sua terra. Diana saiu da escola profissional e encontrou trabalho num empresa de jardins e piscinas no Montijo. Daniela ainda estuda e Ana acabou o curso de secretariado e tem esperança de conseguir emprego na zona, de onde não quer sair. Todas concordam: “Estamos perto de tudo, Lisboa está a dois passos, o ambiente é bom, podemos andar à noite sozinhas pela rua sem problemas.

LICÍNIO GASPAR

EMPRESÁRIO DA RESTAURAÇÃO

Perto da Praça da República do Montijo, do outro lado de uma porta vai e vém de acesso à cozinha vemos Cristina Gaspar, afável e cheia de trabalho em hora de ponta. É do norte e vive no Montijo há 10 anos. Apesar das saudades da família diz que o que mais gosta é do clima desta zona. Entre os barulhos da hora de almoço na sala de refeições, admite que o negócio corre bem e que gosta do que faz.

É de Aveiro mas quando pela primeira vez veio ao Montijo em trabalho gostou logo da terra por ser uma zona sossegada. Aqui se instalou sempre com restaurantes desde há 12 anos. “Esta é uma cidade calma perto da grande cidade de Lisboa, onde tenho qualidade de vida.” Conseguiu uma boa carteira de clientes, tanto pessoas do montijo como de fora.”

ELENA DUMITRU

MANOLO FERNANDEZ

EMPREGADA DE UMA EMPRESA DE PRODUÇÃO DE FLORES DE CORTE

PROPRIETÁRIO DE UMA LOJA DE ÓTICA NO CENTRO DO MONTIJO

Está há 10 anos em Portugal, para onde emigrou vinda do seu país, a Roménia. Com a sua neta ao colo, conta que está muito satisfeita por residir na região do Montijo. Trabalha a colher flores numa estufa em Pegões, num dos sectores de atividade mais fortes desta região do sul do Tejo. Um dos netos já nasceu em Portugal e outro veio para cá com seis meses. Nunca teve problemas com entradas na escola e sempre conseguiu ver os seus netos integrados na rede da pré-primária e da primária do concelho.

O empresário é dono de um negócio de ótica fundada em 1938 pelos seus avós que vieram para o Montijo na altura da Guerra Civil de Espanha. “Este é dos oculistas mais antigos do país”, diz orgulhoso. Apesar dizer que “o negócio morreu um bocadinho por causa da crise” está a passar a empresa à filha e sublinha: “Vamos na 4ªa geração e espero que chegue à quinta geração.” Para si, “o Montijo é a terra mais bonita do país.”


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010 | LAZER

TERRA A TERRA

SUGESTÕES

para melhor conhecer a região

SIRIUS ECO CAMPING

No Sirius Park, na localidade Faias, com sete hectares, pode estar perto da natureza. Aqui pode participar em jogos tradicionais, atividades aquáticas realizadas nas duas piscinas ou, se preferir aventura, fazer uma escalada, slide, rappel, tiro ao arco, air soft, pista de aeromodelismo e ainda circuitos de arborismo. O Sirius Park promove eventos corporativos e desportivos, campos de férias, festas de aniversário, workshops e ateliers. Website: www.siriuspark.pt. E-mail: geral@siriuspark.pt; reservas@siriuspark.pt.

DA ANIMAÇÃO MUSICAL, FESTAS POPULARES E MUSEUS AO AGROTURISMO E AO TURISMO DE AVENTURA, O MONTIJO TEM OFERTA PARA QUEM LÁ VIVE E QUEM VISITA A REGIÃO

VEJA DE PERTO OS AZULEJOS DA ERMIDA DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE No Largo da Igreja de Sarilhos Grandes, encontra esta construção do século XVI. Um templo construído no início do século XVI (1512) pelo Doutor João Cotrim para panteão da família Cotrim conforme se pode constatar pelo brasão existente na pedra de fecho da abóbada. Na parede do lado esquerdo podemos observar ainda vestígios do revestimento azulejar hispano-árabe. A ermida é coberta por uma abóbada de nervuras com bocete no fecho e quatro estribos terminados em base recamada e boleada no suporte dos artesãos.

THE CAMP A equipa do The Camp dedica-se à exploração da Quinta Nossa Senhora de Fátima. Localizada em Pegões a cerca de 1 hora de Lisboa, dispõe de 4 hectares onde desenvolve varias atividades, com uma pista de relva multiusos (90*60) e uma praça de touros. As atividades são diversas: aluguer de espaços, aniversários, casamentos e batizados, clube hípico, merchandising, programas temáticos, quinta pedagógica, serviços de catering e turismo rural. Website: www.thecamp.pt. E-mail: geral@thecamp.pt

ROTEIRO PELA VILA DE CANHA Canha, antiga Villa Nova de Cayna é uma povoação tão antiga como a nacionalidade portuguesa. Sugerimos a visita ao seu património natural, religioso, civil e utilitário. Diz o povo que aqui existiu um castelo e um poço, e que segundo a lenda, quem deste se aproximasse à meia-noite em noite de luar, acharia um tesouro. Parta do centro da vila, na Rua do Castelo onde encontra a Casa Piteira, típica casa portuguesa. Também localizada na Rua do Castelo está a Ermida de S. Sebastião ou da Misericórdia, fundada no século XVI, com posteriores remodelações. Mais à frente encontra o Museu Etnográfico de Canha, situado na antiga casa de um saudoso médico local. Dirija-se à Rua de Santo António e visite a Igreja de Nossa Senhora de Oliveira. Já de volta, retome a N251, volte à esquerda e siga pela estrada que indica Vendas Novas. Na paisagem de montado, importantes herdades agrícolas, surgem no lado direito – Herdade do Montinho e Herdade do Escatelar. Saindo da vila, tomando a direção da cidade do Montijo, faça uma paragem no Monte das Mós, local de prática da equitação tradicional portuguesa e criação do cavalo português Puro-sangue Lusitano.

COUDELARIA DO MONTE DAS MÓS, EM CANHA Local totalmente dedicado ao cavalo, sobretudo ao cavalo tradicionalmente utilizado em Portugal. Além da criação de Lusitanos, o Mote das Mós, em Canha, dedica-se ao treino e à prática da equitação tradicional portuguesa, nas suas várias facetas: equitação à portuguesa, equitação de trabalho e tauromaquia. E-mail: montedasmos@gmail.com


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LAZER | 011

TERRA A TERRA

A COLÓNIA AGRÍCOLA DE PEGÕES Única tentativa do género levada a cabo a Sul do Tejo e em terras estatais, o Colonato foi implantado nos terrenos da Herdade de Pegões Velhos, propriedade do importante industrial e comerciante José Rovisco Pais, que tentou instalar ali um projeto de colonização, de forma a fixar a mão-de-obra assalariada agrícola necessária às grandes explorações da zona. À data do seu falecimento, doou aos Hospitais Civis de Lisboa a posse da restante área. No entanto, a Junta de Colonização Interna acabou por desenvolver um projeto de fixação de colonos diferente do inaugurado por Rovisco Pais. Ao longo dos anos 40 e 50 do século XX, a Herdade de Pegões foi dividida em casais agrícolas, repartidos por Faias, Figueiras e Pegões Velhos, com a área média de 18 hectares, dotados de habitação e instalações agrícolas, obras de rega e vias de comunicação. Constitui atualmente, a par das infraestruturas coletivas edificadas - escolas primárias, centros de convívio e sociais, posto médico e igreja -, um património arquitetónico singular, assinado pelo arquiteto Eugénio Correia (1897-1985).

MUSEU MUNICIPAL, NO CENTRO URBANO Na Avenida dos Pescadores, n.º 52, no Montijo, encontra o Museu Municipal, uma construção do século XIX para residência particular de Domingos Tavares, grande proprietário rural natural de Aldeia Galega. O edifício é conhecido por Casa Mora em virtude do casamento de uma filha do seu antigo proprietário com o Dr. Manuel Justiniano Mora.

A FAUNA DA QUINTA DAS RISCAS Situada a cerca de 20km da Ponte Vasco da Gama, a Quinta das Riscas tem uma extensa área de jardim, cascatas de água onde surge um imponente oásis de coqueiros, e uma fauna composta por cisnes, pavões, burro mirandês, caturras e patos-real. Website: www.quintasdasriscas.net. E-mail: quinta.riscas@gmail.com

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012 | O QUE COMER

TERRA A TERRA

IGUARIAS DA TERRA E DO RIO A NÃO PERDER A BASE DA GASTRONOMIA MEDITERRÂNICA DO MONTIJO ESTÁ NOS PRODUTOS DA TERRA E DO RIO

Legumes, peixe, carne de porco, aves e outros animais de capoeira bem mais característicos das zonas rurais, compõem a base da alimentação nesta região de Portugal. Desta junção de sabores nasceu uma gastronomia tipicamente mediterrânica de qualidade e sabores ímpares. A importância da localização à beira do rio proporciona naturalmente à cidade as boas influências dos sabores do mar. A recuperação cada vez mais notória do Estuário do Tejo, permitiu o aparecimento gradual de espécies outrora arredadas da culinária e que têm vindo a valorizar a gastronomia tradicional e a deliciar paladares mais exigentes.

ENTRE OS PEIXES, A ENGUIA ESTÁ EM DESTAQUE A proximidade do Tejo, a riqueza das suas águas e dos terrenos das suas margens foram os fatores determinantes de várias práticas agrícolas e alimentares. O resultado é um conjunto de produtos de qualidade que originaram um receituário característico da Estremadura, com influências alentejanas, e onde o peixe, particularmente a enguia, tem vindo a ocupar um papel de destaque.

VINHOS DA REGIÃO VINÍCOLA DE PALMELA

CARNE DE PORCO DAS ISCAS E COURATOS AO COZIDO

O porco, devido ao seu historial de abundância na região, é determinante na confeção de vários pratos. Desde as iscas ao cozido, passando pelos couratos e torresmos, o aproveitamento do animal é feito em quase toda a sua totalidade.

Os vinhos têm como referência a Região Vinícola de Palmela, região de eleição da Casta Periquita, também conhecida por Castelão Francês. Contudo, outras castas de cultivo mais recente têm proporcionado vinhos de grande qualidade, diversificando a oferta, tanto do concelho, como da região. Falamos do Syrah, Alicante Bouschet, Petit Verdot nos tintos, Sauvignon Blanc, Chardonnay e Verdelho nos brancos. Tratam-se de vinhos que têm vindo a ser anualmente premiados em concursos nacionais e internacionais, dignificando a região e elevando os seus padrões de qualidade. Respeitar essa dádiva através das práticas alimentares é também um modo de prestar homenagem a toda a história e às suas gentes.

ESPECIALIDADES DO CONCELHO DO MONTIJO

Dos pratos mais saborosos da sua gastronomia, destacamos alguns, que, ao longo do tempo, têm mantido o seu lugar nas mesas da região e são apresentados regularmente pelos diversos restaurantes do concelho: Enguias com Carne de Porco; Ensopado de Enguias; Enguias Fritas com Arroz de Lamejinhas; Enguias Fritas com Arroz de Berbigão; Jaquinzinhos com Arroz de Tomate; Açorda de Marisco; Empada de Perdiz; Rabo de Boi; Bochechas de Porco com vinho tinto; Sopa de Cação; Cataplanas de Peixe e Marisco; Mista de Porco Preto; Torresmos; Abanicos de Porco Preto; Sopa de peixe; Grelhados de peixe e carne; Bacalhau desmanchado com batatas a murro; Mista de coentrada; Bochechas grelhadas; Leitão assado no forno a lenha; Cabidela de Galo; Naco de vitela; Pernil no forno a lenha; Polvo à Lagareiro; Cozido à Portuguesa.


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ONDE FICAR | 013

TERRA A TERRA

Unidades hoteleiras e alojamento no Montijo PARA DORMIR, O CONSELHO DISPÕE DE VÁRIAS OPÇÕES: DOS EDIFÍCIOS HISTÓRICOS AO ALOJAMENTO LOCAL, PASSANDO PELO AGROTURISMO

ALOJAMENTO CESARINI

Instalado num edifício de arquitetura típica, tem elevados padrões de higiene e segurança. Dispõe de 10 quartos (6 Duplos e 4 Singles), todos equipados com televisão, internet e ar condicionado. Poderá ainda desfrutar de duas cozinhas e dois espaços comuns de refeição para confecionar a sua refeição, caso prefira. O alojamento Cesarini situa-se junto à Igreja Matriz, no centro da cidade, com fácil acesso à rede de transportes e ligação às principais cidades, Setúbal e Barreiro.

HERDADE DO MOINHO NOVO

Empreendimento de agro-turismo de charme que proporciona um verdadeiro contato com a natureza. Cada uma das suas 8 suites, com um tema que traz memórias esquecidas, está equipada com kitchenette, casa de banho e uma varanda com vista privilegiada sobre o montado. A Herdade do Moinho Novo está envolta em paisagem agrícola e, se quiser, o hóspede pode participar nas tarefas diárias de uma quinta. Passeios a pé, de bicicleta, a cavalo ou de jipe, bem como atividades sazonais, como a apanha da azeitona ou o fabrico de queijo, fazem parte da oferta.

CONTATOS Morada: Rua Serpa Pinto n.º 9, 2870-234 Montijo. Telefone: 21 230 85 72; 21 230 85 79; 96 601 04 96. Website: www.alojamentocesarini.pt

ALBERGARIA MALA POSTA

CONTATOS MORADA: Herdade do Moinho Novo, 2985-001 Canha. TELEFONE: 938307972. E-mail: casas@moinhonovo.com. WEBSITE: www.moinhonovo.com

MONTE DA CHARCA

Localizada na parte rural do concelho, mais propriamente no cruzamento de Pegões, a Albergaria Mala-Posta está situada na confluência de importantes eixos rodoviários, de ligação ao norte, sul e Espanha. Dispõe de 16 quartos (5 triplos e 1 duplo), todos equipados com minibar, ar condicionado, telefone, TV, e Internet wireless. Dispõe de serviço de pequeno-almoço no restaurante Mala-Posta, que também acolhe reuniões, festas e eventos para grupos. CONTACTOS Morada: Largo Capitão João Duarte, 2985-217 Pegões. Telefone: 265 898 700

Recuperado de um conjunto de casas rurais, o Monte da Charca, com capacidade para 16 pessoas, reproduz, fielmente, a traça das casas agrícolas da região. O Monte possui 8 quartos, (3 de casal e 5 duplos), equipados com ar condicionado, casa de banho privativa com banheira e uma área de estar privativa. Oferece atividades como pesca desportiva, kayaks, bicicletas TT. CONTATOS MORADA: Quinta das Marianas, Olho de Bode de Cima, 2985 -001 Canha. TELEFONE: 212197610. E-MAIL: geral@quintadecatralvos.com.

MAIS SUGESTÕES

PENSÃO O CATRAIO

Situada na zona ribeirinha da cidade, em frente aos Paços do Concelho, a Pensão Catraio, recentemente remodelada, possui 17 quartos (2 singles, 7 twins, 1 duplo, 4 triplos e 3 quádruplos), todos equipados com casa de banho, televisão e ar condicionado. Dispõe ainda do restaurante O Catraio – o mais antigo da cidade, em funcionamento há quatro décadas, que oferece a boa gastronomia portuguesa e regional. CONTATOS Morada: Rua Manuel Neves Nunes de Almeida, 33, 2870-352 Montijo. Telefone: 21 231 05 68; 91 630 67 60. E-mail: reservas@ocatraio.pt

RESIDENCIAL HAVANESA NA RUA MANUEL NEVES NUNES DE ALMEIDA, 7, 2870-352 MONTIJO TRYP MONTIJO PARQUE HOTE AV. JOÃO XXIII, 193, 2870-159 MONTIJO


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014 | DESTAQUES

TERRA A TERRA

ABERTURA DA TEMPORADA DO CINEMA TEATRO JOAQUIM D’ALMEIDA O DIA 17 DE SETEMBRO MARCA O ARRANQUE DA NOVA TEMPORADA DO CINEMA-TEATRO JOAQUIM D’ALMEIDA COM O ESPETÁCULO “TRANSPORTADORES” O Cinema Teatro Joaquim d’Almeida representa uma aposta ganha na política cultural do município do Montijo. Este equipamento cultural desde 2005, data de reabertura ao público, tem tido uma programação regular e de qualidade. A Artemrede apresenta, no Largo do Joaquim d’Almeida, às 22h00, este espetáculo multidisciplinar, vencedor da Primeira Bolsa de Criação Isabel Alves Costa. Uma produção da Radar 360º Associação Cultural. São nómadas contemporâneos! Passageiros das suas próprias viagens, constroem narrativas abstratas a partir de percursos poéticos e efémeros e no espaço. Pelo caminho vão encontrando e acumulando…O seu património é material e imaterial. Questionam o excesso, a carência, o desperdício, o alto consumo, a sociedade fabricada, a natureza bruta... a memória individual e a (in) consciência coletiva da sociedade contemporânea. Um espetáculo a não perder!

A Decathlon Montijo tem 118 práticas desportivas, tem uma vasta oferta de produtos técnicos, de grande qualidade e com preços cada vez mais baixos. A maior riqueza da nossa Loja, uma Equipa de mais de 50 colaboradores praticantes apaixonados pelo Desporto. Clientes satisfeitos é a nossa Missão! Tentamos a cada ano em conjunto com os nossos parceiros, clubes e associações desportivas da região bem como a própria autarquia, apoiar e concretizar várias eventos desportivos para nos aproximar cada vez mais da população.A equipa de Desportistas praticantes da Decathlon Montijo está ao seu dispor para partilhar consigo as experiências do desporto. A SUA EQUIPA DECATHLON MONTIJO

GAMA DE PRODUTOS PRONTO&FORNO Nova Gama de produtos PRONTO&FORNO da marca STEC, sob a assinatura “Deliciosamente Fácil”. Produtos previamente temperados, numa embalagem inovadora que permite confecionar o produto no forno sem retirar da embalagem (colocação da bolsa diretamente no forno). Saiba mais em www.prontoeforno.pt

O MELHOR MOSCATEL DO MUNDO DE 2016 O vinho “Adega de Pegões ,Moscatel roxo DO Setubal” foi eleito o melhor moscatel do Mundo no famoso concurso “best muscat du monde 2016” que se realizou em França , entre 29 e 30 de Junho . É para dizer que temos uma dupla vitoria, no Futebol (CAMPIOES) e nos vinhos” Moscatéis”, também campeões, isto no reputado pais dos vinhos e do Futebol que é Franca. E de realçar que alem deste Moscatel Roxo ,A Adega de Pegoes obteve ainda mais 2 medalhas de ouro neste concurso, uma com o moscatel “Adega de Pegões” branco não datado e outro com o “Comtemporal moscatel Roxo”, (tornando-se na empresa portuguesa mais premiada deste concurso) isto da parte de Portugal. Já em 2011 um moscatel português tinha ganho este prémio e também era de Setúbal o que deu muito que falar por cá , pois foi uma grande surpresa , mas com um “Moscatel de Setubal DO, de uva branca (moscatel de Alexandria), sendo esta a primeira vez que um Moscatel Roxo , a nova moda dos moscatéis ,ganha este troféu. Este moscatel Roxo da Adega de Pegões , cujas uvas muito maduras são originarias das planícies quentes do Sul de Portugal , estagiou 5 anos em barricas de Carvalho francês e americano para maturar e ganhar complexidade e elegância , tendo atingido o mais alto grau que um Moscatel pode ter neste reputado Concurso mundial . Pode evoluir muito bem por mais de 50 anos e deve de ser consumido a temperatura de 14ºC como digestivo sem acompanhamento qualquer pois é tão intenso complexo e elegante que saberá muito melhor assim. A Adega de Pegoes situa-se a Sul de Portugal e é uma das Adegas portuguesas mais premias na ultima década, com mais de 500 prémios em todo o mundo, ainda recentemente foi a empresa de Portugal mais premiada no “Portugal wine trpohy 2016” (organizado por uma entidade Alemã) ou no” Selezione del Sindaco 2016 ” (Itália) e mesmo cá, no Concurso “Uva de Ouro “, onde obteve 21 medalhas de ouro, no total destes concursos , o que reforça bastante a qualidade dos seus vinhos.Reforce-se por fim que todas esta qualidade constantemente distinguida me todo o mundo, apresenta-se sempre a preços sensatos e justos, transferindo sempre o beneficio para o consumidor que sabe que Pegoes e sempre bom e não e caro!


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Radar TERRA A TERRA

VISITE O MUSEU AGRÍCOLA DA ATALAIA

Largo da feira | 2870-706 Atalaia

Museu Agrícola da Atalaia

Telef.: 212 314 667 / 212 314 614 | cultura@mun-montijo.pt

Câmara Municipal do Montijo


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