Cada Minuto Press Edição 130

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Rafafá

elainerafaella@hotmail.com

Os anfitriões Mamá Omena, André Normande e Ana Loureiro

José e Julle Pereira

Carlos e Juliana dos Anjos

Social

Quinta-feira 26 a 02 de junho de 2016

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Especial Forró Fashion

O Forró Fashion chegou a sua décima quinta edição e reuniu no Acrópole Hall um público animadíssimo, que curtiu a festa ao som da banda Cannibal, Magníficos e do cantor Luan Estilizado. Confira alguns dos principais clicks e acesse a cobertura completa em nosso portal: www.giro101.com.br

Filipe Toledo, Adelaide Nogueira e Lininho Novais

Amanda Vas e Marquinhos Leão

Ricardo Ayalla e Thaise Cavalcante

Galba e Carol Accioly

Sheila e Jorge Sampaio

Darcyane e Diego Baracho

Carol Sanches

Janaina Ribeiro

Renilda e Ascler Vanderlei

Patrícia Barros

Alagoas / 26 a 02 de junho de 2016 / Ano III Número - 130 / cadaminuto.com.br / R$ 3.00

ETERNO DESCASO

Juiz da Infância e Juventude, Ney Alcântara diz que CNJ não conseguiu evitar que o Estado continue tratando o sistema socioeducativo com ações paliativas: “Governo faz ouvido de mercador”

PÁGs. 7, 8 e 9

Após celebrar 30 anos da Legião Urbana em um show épico em Maceió, Dado Villa Lobos conversou sobre as emoções e lembranças do retorno aos palcos com o baterista Marcelo Bonfá, e falou da onipresença do amigo Renato Russo. Em entrevista exclusiva ao CM Press, o guitarrista considera que algumas canções da Legião se adequam aos tempos obscuros e macabros da atual conjuntura nacional. Sobre golpe ou não golpe, Dado vê o povo como responsável. Para ele, os escândalos recentes são o começo da queda do castelo de cartas da cúpula do poder do Brasil. E Collor e Renan pioram a imagem de Alagoas

CAIAM” “Que todos

PÁGs 12 e 13

Do castelo de cartas do Brasil

FLÁVIO CANSANÇÃO/MACEIÓ40GRAUS

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CMPRESS


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CMPRESS

Redação

Gol de Placa

Semanas depois de o movimento “Sururu Valley” denunciar uma “pane” no sistema de Ciência e Tecnologia de Alagoas, o governo do Estado reagiu além da negativa de descaso com a pasta do setor e anunciou R$ 8 milhões em investimentos em pesquisas no segmento, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). A iniciativa ganhou destaque nacional, porque seguiu na contramão dos cortes destes investimentos no Brasil inteiro. Mas o empresariado ainda reafirma que o ambiente de negócios da área segue sob ameaça. E o pivô da crise continua sendo a suspensão do contrato milionário da empresa local Aloo com o ITEC.

Bola Fora É pura hipocrisia e cinismo a reação festiva dos defensores da presidente afastada Dilma Rousseff à gravação da trama do ministro Romero Jucá para tentar barrar a Operação Lava Jato com a ascensão de Michel Temer. O impeachment de Dilma é motivado pelos seus atos ilegais, e foi impulsionado sim por motivos diversos da luta pelo poder, entre eles, o desejo do PMDB de ter sucesso no intento dos “mártires petistas" de barrar a Lava Jato. A euforia soa assim, na linha de montagem da retórica pseudo democrática: “Esses golpistas do PMDB queriam combater só a nossa corrupção, que era boa, ideológica e pelo povo!”.

Expediente

BARROS MELO COMUNICAÇÃO LTDA. Endereço: Av. Jangadeiros Alagoanos, 1112 – Pajuçara Maceió/AL – CEP: 57030-000 Contatos: (82) 3313-2162 / 3313-6040 / 99102-7202

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CARLOS MELO

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Editorial

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“Não aprendi a me render... Que caia o inimigo, então”

“Vamos sair, mas não temos mais dinheiro. Os meus amigos todos estão procurando emprego. Voltamos a viver como há dez anos atrás. E, a cada hora que passa, envelhecemos dez semanas”. O trecho é da canção Teatro dos Vampiros, da banda Legião Urbana. Mas, assim como faz Que País É Esse?, outro clássico do mais popular grupo de rock nacional, parece haver um diálogo com a realidade atual do brasileiro, do alagoano, da juventude e de gente com mais idade, que teme estar revivendo tempos sombrios e macabros de um regime sem democracia. Esta conclusão foi exposta pelo guitarrista Dado Villa Lobos, na madrugada do último domingo (22), diante de um eufórico coro de cerca de seis mil vozes de devotos da banda Legião Urbana, que assistiam ao seu primeiro e certamente último show para o público de Maceió, no estacionamento do Parque Shopping, em Cruz das Almas. Durante o show, Dado e o baterista Marcelo Bonfá se uniram a músicos convidados para celebrar a vida e a música da banda, na onipresença quase física do letrista e vocalista Renato Russo, que morreu em 1996, dando fim à trajetória da Legião Urbana. Em entrevista exclusiva ao CadaMinuto Press, publicada nesta edição, Dado Villa Lobos fala sobre as chances de a Legião, sem Renato Russo, seguir fazendo apresentações esporáicas, após o final desta turnê comemorativa, que se encerra no final deste ano. Além de falar das lembranças trazidas pelo retorno aos palcos da Legião Urbana, Dado explicou os propósitos da concretização da Turnê XXX Anos, sobre a política nacional e batalha judicial com Giuliano Manfredini, o filho único de Renato Russo, que tentou impedir o uso da marca da Legião pelos re-

Charge

por Elvis

manescentes da banda. Dado afirmou à reportagem que a situação de crise e de ameaças à democracia tem como responsáveis todos os brasileiros. E ao comentar o recente escândalo das gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, a estrela do rock disse que enxerga o momento como o início do desmoronamento do castelo de cartas da imundície da política nacional. Seu desejo é que, além da primeira carta, a presidente Dilma Rousseff, caiam todos os envolvidos nas imoralidades e nos esquemas de corrupção na cúpula do poder nacional, na capital federal em que nasceu a Legião Urbana. Na manhã da última terça-feira (24), Dado Villa Lobos ainda respondeu sobre a representatividade política dos alagoanos no Congresso Nacional e o fato de a ex-senadora Heloísa Helena (Rede) não ter vencido as eleições de 2010 e 2014, contra campanhas eleitorais como as do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e do ex-presidente da República Fernando Collor (PTB), suspeitos de corrupção da Petrobras, no esquema do petrolão. Uma realidade que ele afirma caber perfeitamente nos questionamentos eternizados nas músicas de Legião Urbana. Os versos também atuais de Metal contra as Nuvens lembram bem de uma postura necessária, diante desta vida sob o governo precário de Michel Temer, que evoluiu a tática petista de chamar crises de “marolinhas” e agora ordena que o brasileiro ignore a realidade e “trabalhe”, mesmo no contexto de aumento do desemprego. É bem assim: “Não sou escravo de ninguém. Ninguém, senhor do meu domínio... Esses são dias desleais. É a verdade o que assombra. O descaso que condena... Não aprendi a me render. Que caia o inimigo então”

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CM

CMPRESS

ARTIGO

Opinião

23 CRÉDITO: LETÍCIA MOREIRA/FOLHAPRESS

Cadastro de reserva: fique atento aos seus direitos Por Aracéli Rodrigues*

Um dos assuntos que mais gera dúvidas aos concurseiros é o cadastro de reserva - uma lista criada pela administração pública com os nomes dos candidatos que não atingiram a classificação necessária para as vagas divulgadas em edital. Antevendo a criação de novas vagas, seja por motivo de aposentadoria, exonerações ou outras situações que permitam a vacância de cargos, o cadastro de reserva fica à disposição para futuras oportunidades. De acordo com o inciso III do artigo 37 de nossa Constituição, os concursos públicos, seja na esfera federal, estadual ou municipal, podem ter uma validade máxima de até dois anos, podendo ser prorrogados por igual período. O cadastro passa a ser válido então durante todo esse tempo. Contudo, o que mais gera frustração é o fato de algumas vezes, a administração pública, mesmo diante da abertura de novas vagas, deixar escoar o prazo de validade do concurso sem realizar as convocações ou, ainda, em alguns casos, abre novo concurso ainda no prazo de validade do anterior. Para esse último caso, a nomeação de candidatos do concurso mais recente se realizada ainda no prazo de validade do concurso anterior, configura preterição, tida por inconstitucional pelos tribunais. Outro ponto que levanta polêmicas é quanto à contratação de terceirizados. Em alguns casos, ao invés de nomear candidatos aprovados para cargos de provimento efetivo, a administração opta por manter terceirizados nas mesmas atribuições. É importante destacar, nesse ponto, que nem sempre o terceirizado representa uma vaga passível de ser preenchida por candidato aprovado em concurso, embora demonstre a necessidade de provimento de cargos para as atribuições que foram precarizadas. É que os cargos públicos de natureza efetiva são criados por lei, em número certo, de modo que, quando há necessidade de ampliar o número de cargos de um determinado quadro de pessoal, há necessidade de se passar pelo processo legislativo. Já o terceirizado é contratado mediante vínculos com naturezas diversas, não ocupando um cargo vago propriamente. O mesmo não acontece com o emprego público em órgãos da administração indireta (excetuadas as autarquias), o que reduz significativamente a burocracia na contratação para esses casos. Assim, é bastante comum os candidatos que

estão em cadastro de reserva se sentirem preteridos por terceirizados. Para mover uma ação contra a administração pública alegando essa ocorrência é preciso comprovar que esses profissionais estão realmente desempenhando funções designadas para o cargo ao qual o candidato foi aprovado. Mais uma questão que costuma frustrar candidatos da reserva é a vacância de um cargo, cuja substituição acaba suspensa em função de ajustes orçamentários. É quando um servidor público ao se aposentar e deixar o trabalho, por exemplo, não é substituído pelo que aguardava no cadastro porque a administração pública precisa reduzir suas despesas. Vale observar que se o cargo existe, a substituição deve ser feita, a não ser que a administração não tenha mais necessidade do cargo que vagou. Em todos esses casos mencionados, cabe uma avaliação cuidadosa de um advogado especializado em direito do servidor público. Só esse profissional é capaz de avaliar caso a caso e entender a viabilidade de ingressar com uma ação judicial ou não. Entretanto, antes disso, é recomendável que o concurseiro se mantenha informado sobre o andamento do cadastro de reserva. Ao fazer um concurso público, o candidato é informado sobre onde pode acompanhar o andamento de sua classificação. Além disso, hoje existem ainda muitos grupos e fóruns onde candidatos que trocam informações importantes. É bom ficar atento. Um instrumento também muito importante é a Lei de Acesso à Informação (12.527/2001), que permite que qualquer pessoa tenha acesso a informações sobre órgãos públicos. A lei reserva algumas ressalvas de sigilo em caso de empresas públicas devido à Lei da Concorrência (12.529/2001), alegando que algumas informações não podem ser públicas devido aos interesses de mercado. Mas, de modo geral, a Lei de Acesso à Informação é fundamental para o concurseiro ou qualquer cidadão buscar informações de seu interesse. Em qualquer situação o melhor a se fazer é buscar ajuda especializada para que seus direitos sejam preservados. *É advogada e sócia-fundadora do escritório Cassel Ruzzarin Santos Rodrigues Advogados, especializado em direito do servidor público.

PETROLÃO PRIME - Além das suspeitas que recaíram sobre a compra de carrões através da empresa em que é sócia do marido, a mulher do senador Fernando Collor (PTC), Caroline Serejo Collor, recebeu propina da Petrobras para viajar de férias para Miami em 2013. Foi o que delatou o ex-sócio de Alberto Yousseff, Leonardo Meirelles, no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo revelações da Folha de S. Paulo, o delator disse ter providenciado 20 mil dólares em dinheiro para despesas da viagem da grã-fina. Collor nega conhecer o “benfeitor”, mas Meirelles também teria lhe custeado R$ 243,6 mil em despesas internacionais e teria apresentado extratos à PGR, no aditamento da denúncia contra o senador, na qual a PGR atualizou o montante que Collor teria supostamente recebido do esquema: de R$ 26 milhões para R$ 30,9 milhões.

A sociedade às vezes não se reconhece em seu espelho Por Marcus Pestana*

A votação do impeachment na Câmara dos Deputados foi acompanhada pela população em clima de final de Copa do Mundo. A longa sessão alcançou índices de audiência inéditos. A maioria dos cidadãos acompanha pouco o funcionamento do Poder Legislativo. Em geral, as pessoas só percebem a centralidade do parlamento na democracia, quando algum interesse direto ou corporativo é envolvido em alguma discussão legislativa. Foram grandes a repercussão e o mal-estar coletivo com as declarações que acompanharam os votos que levaram à admissão do processo de afastamento da Presidente Dilma. De um lado, o samba de uma nota só da minoritária bancada governista sobre o suposto golpe inexistente e a quebra da democracia que definitivamente não está ocorrendo, ao contrário. De outro, centenas de declarações envolvendo motivações paroquiais, familiares ou religiosas. Poucos, como eu, falaram sobre os crimes e transgressões cometidos. O estranhamento ocorrido entre a sociedade e sua representação política nesse caso concreto revela o fosso abissal que se abre crescentemente entre a cidadania e a principal instituição que a representa. Historicamente as pesquisas de opinião revelam a avaliação ruim que a sociedade tem de seus representantes políticos. Mas em tese o Congresso é o espelho da sociedade, já que ninguém chega lá sem ser eleito por ela, no ambiente da mais completa liberdade. É uma questão instigante discutir porque a população, ao mirar o que seria o seu reflexo no espelho, tem a sensação de incômodo e decep-

ção. Salta aos olhos que as regras de nosso sistema não ajudam a construção de uma relação de proximidade, identidade e controle entre representante e representado, entre eleitor e eleito. Além disso, é evidente que o poder econômico, o baixo nível de informação e consciência, o populismo, entre outros vetores, distorcem a representação. E aí, em momentos de alta e rara visibilidade, como na votação do impeachment, a raiz renega os frutos, o cidadão renega a imagem coletiva projetada no espelho. Não há democracia sem parlamento, a instituição central na dinâmica democrática. Daí surgem as leis que regem a vida social, as regras do jogo. Montesquieu disse certa vez: “Liberdade é o direito de fazer tudo que as Leis permitem”. Daí a centralidade do Poder Legislativo. O Executivo reflete uma posição majoritária temporária que se forma. Não representa o todo. O Judiciário encarna a garantia do cumprimento das Leis. É o parlamento, com suas virtudes e pecados, que representa toda a sociedade. Se é verdade que a liberdade é um valor universal e permanente. Se é verdade, como quis o estadista inglês, que a democracia é o pior sistema, exceto todos os outros. Tratemos de melhorar o funcionamento de nosso sistema político e qualificar o processo eleitoral em 2016 e 2018. Quem sabe assim a imagem no espelho reflita melhor a sociedade brasileira. * É deputado federal e foi, por dois mandatos consecutivos, presidente do PSDB de Minas Gerais


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CMPRESS Saúde

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Câncer de ovário, um risco silencioso SAÚDE

Doença é o tumor ginecológico que mais mata em todo o mundo, no Brasil são cerca de 3.280 mortes por ano

DIVULGAÇÃO

Assessoria

Já ouvimos falar em câncer de mama, do colo útero, do endométrio e de tantos outros tipos que acometem as mulheres, mas poucas pessoas conhecem sobre o câncer de ovário. Ele é considerado, atualmente, o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e também o mais fatal. São quase 250 mil novos casos diagnosticados anualmente em todo o mundo, desse número, cerca de 140 mil acabam em morte. No Brasil, o número de casos notificados é crescente e preocupante, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), somente em 2014 foram contabilizados 5.680 casos, a estimativa para 2016 é de 6.150 mulheres diagnosticada com a doença, e ao menos 3.330 mortes. Três quartos desses cânceres, quando diagnosticados, já se encontram em estágio avançado, o que diminui consideravelmente as chances de cura. O câncer de ovário é um tipo de tumor que começa no sistema reprodutor feminino, não se sabe exatamente o que causa a doença, mas, de acordo com o ginecologista do Hapvida Saúde, Hamilton Franco Júnior, entre os fatores de risco estão: fatores genéticos (mudança no DNA); uso de medicamentos para fertilidade, uso de andrógenos (hormônios esteroides), antecedente familiar, idade (acima dos 40 anos), não ter filhos ou ser estéril, realizar reposição hormonal e ter síndrome dos ovários policísticos. O ginecologista explica que existem três tipos tumores que ocasionam o câncer de ovário: “os tumores epiteliais que surgem na camada externa do ovário, os tumores de estroma que aparecem no tecido que contém células produtoras de hormônios e, os tumores de células germinativas que começam nas células produtoras de óvulos”, o último é mais comum em mulheres mais jovens. Os sintomas do câncer de ovário são discretos e tardios, ou seja, costumam aparecer apenas quando a doen-

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Política

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Recriação de Ministério da Cultura impulsiona movimento fora Temer VITÓRIA POLÍTICA

Após ocupação do Iphan em defesa da Cultura, pauta é ampliada contra Temer

JONATHAN LINS/G1 ALAGOAS

Candice Almeida Colaboradora

ça já está em estágio avançado e espalhou-se por boa parte do aparelho reprodutor. Eles são frequentemente confundidos com os sintomas de outras doenças, fato que complica ainda mais a realização de um diagnóstico precoce, como explica o médico do Hapvida: “Uma grande dificuldade é que os sintomas são inespecíficos, não é como câncer de útero que a mulher sangra. A recomendação é: sentiu alguma coisa fora do habitual, procure o médico”. Entre os possíveis sintomas estão: o aumento do volume abdominal, dor abdominal ou pélvica, necessidade frequente de urinar, náuseas, dificuldade para comer ou a rápida sensação de saciedade, alterações do ciclo menstrual, dor durante a relação sexual, dor

U HAMILTON FRANCO JÚNIOR

“Os tumores epiteliais que surgem na camada externa do ovário, os tumores de estroma que aparecem no tecido que contém células produtoras de hormônios e, os tumores de células germinativas que começam nas células produtoras de óvulos”

nas costas e prisão de ventre. O câncer de ovário, conhecido como “assassino silencioso” se apresenta mais frequentemente entre mulheres acima dos 40 anos, porém, qualquer mulher pode apresentar a doença, por

isso, é importante relatar ao médico qualquer um dos sintomas citados acima. O diagnóstico pode ser iniciado através de exames de imagem (ultrassonografia, tomografia) ou através de marcadores tumorais detectáveis no

exame de sangue, porém, o diagnóstico definitivo só pode ser feito através de biópsia (retirada cirúrgica de um pedaço do tumor). Apesar do percentual de cura ainda ser baixo, o diagnóstico na fase inicial da doença pode fazer toda a diferença. Se detectado quando contido ainda no ovário, até 90% das mulheres tem chance de sobrevida de mais cinco anos. Segundo Hamilton, o risco de desenvolver a doença é menor, mas não inexistente, para os seguintes grupos: “Mulheres que tiveram filhos, pois a amamentação pode reduzir ainda mais esse risco e mulheres que usaram pílulas anticoncepcionais por mais de cinco anos”.

Há uma semana estudantes e representantes da cultura alagoana ocupam o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no bairro de Jaraguá, em Maceió. A manifestação teve início após o anúncio do presidente interino, Michel Temer (PMDB), de extinção do Ministério da Cultura (MinC) e seu retorno à pasta da Educação, que voltou a ser Ministério da Educação e da Cultura (MEC). Poucos dias depois, Temer cedeu e restaurou o status de ministério independente à Cultura no Brasil. O que parecia por fim a mais uma das crises que o presidente interino tem enfrentado desde a saída de Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República, na verdade, fortaleceu a resistência de movimentos de esquerda, como o alagoano Movimento da Cultura contra o Golpe, que pretendem manter suas ações visando, agora, a saída de Temer da Presidência. Segundo o ator e ocupante do Iphan, Udson Pinheiro, o movimento da Cultura contra o golpe superou a pauta de recriação do Ministério da Cultura e decidiu ampliar sua pauta para protestar contra o governo que consideram ilegítimo. Assim, a pauta que antes era apenas do grupo que entendia a importância da autonomia da Cultura passou a ser também de todos aqueles que compreendem que no Brasil está sendo orquestrado um golpe para retirar direitos e retroceder nos avanços sociais dos últimos anos. "Não viemos apenas pela volta do Ministério da Cultura. Também queremos a saída de Temer [da Presidência], que desde que assumiu tem feito ataques não só à cultura, mas contra a população também",

Reconquistado o Ministério da Cultura, movimentos de esquerda mantêm ocupação do Iphan em Maceió realizando atividades culturais contra Michel Temer

disse Pinheiro, antes de completar: “Até agora nada foi publicado no Diário Oficial, não temos certeza de que o MinC voltará e nem que serão mantidas suas políticas públicas, também pelo MinC a ocupação continua”. A ocupação do Iphan em Maceió, a exemplo do que vem ocorrendo na ocupação de diversos prédios públicos vinculados à cultura no país, tem servido para a união dos mais variados

segmentos da esquerda no país. Udson Pinheiro explicou que não só a classe artística tem ocupado o Instituto, mas também outros movimentos sociais, bem como estudantes, profissionais liberais, como empresários e advogados, e militantes de partidos de centro esquerda até esquerda radical. Pinheiro esclareceu que não há unidade de pensamento, mas a derrubada de Temer “é a pauta que

neste momento unifica”. Os ocupantes do Iphan têm usado o espaço para denunciar retrocessos que o governo interino pretende implantar e assim despertar a população para a união contra o impeachment, que chamam de golpe. Apesar da união em torno da derrubada de Temer, há manifestantes que defendem o retorno da presidente afastada Dilma Rousseff, mas há também os que defendem novas

eleições. Segundo os manifestantes, essa pluralidade de pensamentos faz parte da democracia e todas as opiniões são respeitadas. Integrantes do movimento acham que muitos dos que defendem a queda de Dilma estão sendo inocentes ou agindo por má-fé deliberadamente, acreditando que a maioria da população apoia um governo de esquerda, citando os pobres, os negros e as mulheres, principalmente.


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CMPRESS Política

Ocupantes “não incomodam” e atraem apoio e arte para o Iphan

A ocupação do Iphan se deu de forma pacífica e não houve resistência. Os manifestantes dizem que às vezes carros da polícia passam demoradamente pela rua, mas não param e nem entram no Iphan. “Não sei bem o que pretendem com isso, mas preferimos acreditar que estão apenas nos trazendo segurança”, afirmou Udson Pinheiro que disse ainda que o movimento tem contado também com o apoio do grupo “Juristas pela Democracia”. Os grupos que se reúnem no Iphan, estão aproveitando para investir em ações artísticas e culturais, como exposições, shows, ensaios de peças, contação de histórias, roda de conversa, saraus, entre outros. Este comportamento de respeito ao acervo que se encontra no prédio histórico tem facilitado sua aceitação por parte dos funcionários do Instituto. “Na verdade estamos apenas ocupando um espaço que já é nosso, então tem sido maravilhoso”, disse Udson Pinheiro. Afirmando ainda que o grupo pretende levar algumas dessas atividades também para periferia das cidades, como forma de esclarecimento daqueles que estão mais distantes do que está ocorrendo na política nacional. De acordo com o superintendente do Iphan, Sandro Gama, substituto do titular que está de férias, “está tudo tranquilo”. “Eles estão nos deixando trabalhar, claro que atrapalha, mas o prédio foi criado para esse tipo de ações que eles estão fazendo”, disse Gama. Pinheiro confirmou a conversa que teve com Gama e assegurou: “Estamos de acordo quanto à importância de preservação deste prédio, pretendemos preservar a cultura e seus bens materiais e imateriais”. O prédio do Iphan

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Udson Pinheiro, ator ocupa o Iphan goza de limpeza, organização e muito trabalho, que podem ser testemunhados por quem visita a ocupação. Mas paredes de prédios abandonados e destruídos em frente ao Iphan já receberam “arte de rua” também contra Temer. O ator não permitiu que imagens de dentro do Iphan fossem feitas por nossa reportagem, mas nos encaminhou registros de eventos ocorridos no local nos últimos dias. Pinheiro explicou que o movimento tem seguido orientação no sentido de se precaver quanto à imprensa. Afinal, segundo os manifestantes contra o impeachment, o golpe também foi patrocinado pela mídia, esclarecendo que o problema maior é a rede globo. A ocupação não tem previsão para terminar, na verdade a questão sequer tem sido discutida entre os manifestantes, pois compreendem que a luta é muito maior, “e este é apenas um dos ataques”.

Atividades artísticas atraem apoio às manifestações contra Michel Temer e mantêm a ocupação do Iphan em Maceió

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CMPRESS GERAL

INTERIOR

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Polícia Civil também investiga caso; em nota, prefeitura diz que não houve registro de brigas

Prefeitura de Teotonio Vilela investiga morte de garoto após suposta briga na escola

Por Vanessa Siqueira

A Procuradoria do município de Teotonio Vilela abriu nesta quarta-feira (25) procedimento interno e inquérito disciplinar na escola Moacir Andrade para apurar a morte do garoto Jose Willamys dos Santos Júnior, de 09 anos. Ele faleceu após uma suposta briga na escola. Paralelo a isso, a Polícia Civil também investiga outras possibilidades para esclarecer a morte e ouve a mãe do menino. Em nota, a prefeitura de Teotonio Vilela disse que após a notícia da morte do menino, a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte enviou uma equipe à escola para apurar junto a professores, alunos, pais e outros funcioná-

rios se foi registrado alguma briga ou agressão entre os alunos. Segundo a prefeitura, não houve registros de brigas no dia mencionado pela mãe de Willamys. O Conselho Municipal de Educação também esteve no local e segundo a nota também não teve informações sobre brigas ou agressões na escola. Paralelo à investigação realizada pelo município, o delegado de Teotonio Vilela, José Lindemberg, abriu um inquérito para investigar se houve alguma responsabilidade da escola ou se a causa da morte foi outra. Ele também aguarda o resultado da autópsia no corpo do menino, que deve ficar pronto em 30 dias.

O CASO

José Willamys morreu na última

FOTO: JÁ É NOTÍCIA/ARQUIVO

segunda-feira (23) após sofrer uma parada cardiorrespiratória no Hospital Geral do Estado (HGE). A Polícia Militar divulgou que a principal suspeita para a morte teria sido um espancamento sofrido por

ele na escola onde estudava. Willamys deu entrada no hospital municipal na quinta-feira (19) com dores abdominais, foi medicado e liberado. Ele voltou a piorar e foi levado novamente ao

hospital, mas entrou em óbito. Na nota divulgada, a prefeitura diz que a mãe do menor só informou sobre a briga na terceira entrada na unidade hospitalar e que nas vezes anteriores, havia dito apenas que a criança se queixava de dores abdominais. “O prefeito Peu Pereira pediu às secretárias de educação, Noemia Pereira, e de saúde, Nadja Apolinário, que acompanhem pessoalmente todos os desdobramentos desse processo, reafirmando que, apuradas as responsabilidades, tomará todas as medidas cabíveis. A prefeitura e todos os servidores municipais que fazem parte dela juntam-se ao coletivo dos vilelenses, que encontram-se consternados com esse triste episódio”, diz um trecho da nota.

Maceió é referência no enfrentamento da crise e manutenção dos investimentos Por redação

Ao contrário da maioria das cidades brasileiras, inclusive as de maior porte e capacidade financeira, que encontraram na recessão econômica um quase que instransponível obstáculo para a continuidade das obras, Maceió está fazendo diferente. O Município segue com uma série de obras de infraestrutura, investimentos nas áreas da saúde e educação e concedeu reajuste de 4,5% aos servidores municipais. O prefeito Rui Palmeira explicou que o Município adotou medidas de redução de gastos, priorizando investimentos em áreas consideradas essenciais como saúde, infraestrutura e educação. “Fizemos um novo planejamento para conseguir a manutenção ordenada dos serviços, obras e novos investimentos, mesmo com a queda significativa da arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Felizmente hoje servimos de exemplo para cidades com maior capacidade financeira que sequer estão honrando o pagamento do funcionalismo público”, destacou. A greve dos servidores municipais foi

encerrada na última quinta-feira (19), quando a proposta apresentada pela Prefeitura de Maceió foi aceita pela categoria. O percentual aceito foi de 4,5%, sendo 2,5% para este mês de maio, referente ao retroativo de janeiro, e 2% no mês de novembro. O pagamento do retroativo referente aos meses de janeiro a abril será feito em maio, junho, julho e agosto. “Temos cidades mais ricas que sequer estão conseguindo cumprir o pagamento e Maceió serve de referência porque conseguiu conceder o reajuste aos servidores ainda que o cenário econômico esteja desfavorável a isso”, complementou Rui Palmeira. Rui ressaltou que tem enfrentado o cenário da crise financeira com iniciativas inovadoras, além do reforço da política de parcerias que foi adotada nesta gestão e já beneficiou a população maceioense com uma série de benfeitorias, principalmente na requalificação de espaços de convivência coletiva, como é caso do Mirante João XXIII no Farol, que passou por revitalização total e foi inaugurado no último dia 16 por meio do Projeto Adote Uma Área Pública. “Com o projeto, que consiste em uma

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Prefeito Rui Palmeira (PSDB)

parceria público-privada entre a Prefeitura e empresas que se comprometem em zelar por determinado logradouro, já entregamos espaços de lazer em vários bairros da cidade e todos dotados de equipamentos, a exemplo do mirante que recebeu bancos de concreto, rampas que garantem acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção, luminárias, paisagismo e caramanchão”, acrescentou o prefeito. Segundo Rui, o impulsionamento da

arrecadação tributária também é uma estratégia colocada em prática para manter os investimentos. “O Maceió Nota 10 é um dos exemplos. O programa de educação financeira, que já premiou mais de 300 pessoas com valores entre R$ 50 e R$ 20 mil, foi iniciado em fevereiro deste ano. Desde então, em comparação com o mesmo período do ano passado, 15 mil novas notas fiscais foram emitidas, aumentando a arrecadação. Com o programa em funcionamento, os cidadãos maceioenses passaram a pedir a nota fiscal de serviço, e com isso, além de concorrer a prêmios, estão contribuindo para que a Prefeitura recolha recursos que serão reinvestidos na cidade”, afirmou. Para participar do programa Maceió Nota 10 é necessário que o cidadão faça seu cadastro na plataforma existente no site da Prefeitura. Na utilização de qualquer serviço seja de academia, hospedagem, salão de beleza ou estacionamento, pedir para incluir o número do CPF na nota fiscal. Feito isso, a cada R$ 30, o usuário ganha um cupom e já garante participação no próximo sorteio. Outra maneira que o Município tem

encontrado para caminhar na contramão da crise é incentivando a colaboração da população com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Neste ano, foram concedidos descontos de até 12% a todos os contribuintes que efetuassem o pagamento do tributo em parcela única. Todo o recurso arrecadado é direcionado para serviços de infraestrutura, iluminação e limpeza. “Já conseguimos inúmeras conquistas com recursos próprios, a exemplo da Avenida Manoel Afonso, na Santa Lúcia, que vai desafogar o trânsito na região; a Vila Emater, que teve 13 ruas totalmente drenadas e pavimentadas; o Conjunto Piabas, no Jacintinho, que recebeu os mesmo serviços, e tantas outras”, disse Rui Palmeira, reafirmando o compromisso de dar continuidade aos investimentos por toda a Maceió. “Não vamos parar por aqui. Estamos fazendo cada dia mais, porque a cidade precisa avançar. Mesmo com as dificuldades, vamos continuar nos esforçando para investir em mais obras, contando com a colaboração de cada cidadão”, finalizou o prefeito.

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Movimento Brasil não condena ocupação, mas vê educação como melhor bandeira

Membros do Movimento Brasil afirmam que são categoricamente contra a ocupação de órgãos públicos, como de escolas e de laboratórios de pesquisa, pois os prejuízos são, em regra, muito maiores do que os benefícios com o atendimento das reivindicações. No entanto, compreendem a luta dos movimentos culturais ao ocuparem o Iphan. Segundo Alessandro Gusmão, um dos coordenadores do MBR em Alagoas, o movimento se posiciona contra o status de ministério para a cultura, que poderia ter o atendi-

mento de politicas públicas específicas, mesmo na pasta da Educação. “No caso do Iphan, o movimento não é contra, é o livre direito de manifestação, eles têm que lutar pelo que acreditam. A gente acha que a melhor forma de chamar atenção para seus pleitos é agir como nós fazemos, que ocupamos as ruas, de modo a incomodar o mínimo possível as outras pessoas, mas sempre reclamando e direcionando para soluções viáveis. Não é certo penalizar a sociedade e nem

U ALESSANDRO GUSMÃO

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prejudicar o funcionalismo público para se reivindicar alguma coisa”, pontuou Gusmão. O MBR, segundo Gusmão, acredita que há coisas muito mais importantes, como a educação. “Esta sim é de tanta importância que deveria estar sendo uma bandeira de unificação de todos os movimentos, seja de esquerda ou de direita. Para exigir educação plena e de qualidade para nossas crianças, pois esta é a única forma de construir um futuro melhor para este país”, afirmou.

“Esta sim [Educação] é de tanta importância que deveria estar sendo uma bandeira de unificação de todos os movimentos, seja de esquerda ou de direita. Para exigir educação plena e de qualidade para nossas crianças, pois esta é a única forma de construir um futuro melhor para este país”

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Alessandro Gusmão é empresário e um dos coordenadores do MBR em AL

“Todas as pessoas precisam compreender a importância de cobrar medidas éticas e moralizantes dos políticos, como quando pedimos a exoneração do [Romero] Jucá. Este tem que ser o comportamento de todos os movimentos sociais e da sociedade como um todo”

MBR vê Temer em "rumo certo da economia" e diz que já previa escândalos

Quanto à mais recente crise que Michel Temer (PMDB) vem enfrentando, quanto ao envolvimento de Romero Jucá (PMDB), nomeado ministro do Planejamento de seu governo interino, num “pacto” para “parar a sangria” provocada pela Operação Lava Jato, o MBR mostrou-se resignado.

Gusmão disse que todos sabiam que não seria fácil e que escândalos de corrupção eram previsíveis neste governo de Temer, mas para ele ocorreria com qualquer governo que assumisse na atual situação em que o país se encontra. Para ele o problema é a crise de representação no país que contaminou toda a

classe política, mas defendeu as medidas econômicas que têm sido adotadas. “É uma questão ética que hoje está arraigada à classe política. Mas é preciso mudar isso, e assim pretendemos nos manter vigilantes e conscientizar para a importância da educação para que o povo possa

eleger pessoas melhores. E eu acho que o grande mérito de toda esta luta nossa foi despertar nas pessoas a importância do exercício de sua cidadania, falar de política, defender pontos de vista, e o Temer, pelo menos no aspecto econômico, está indo no rumo certo”, conforma-se o representante do MBR em Alagoas.

E finalizou a entrevista afirmando que “todas as pessoas precisam compreender a importância de cobrar medidas éticas e moralizantes dos políticos, como quando pedimos a exoneração do [Romero] Jucá. Este tem que ser o comportamento de todos os movimentos sociais e da sociedade como um todo”.


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Festival Cultural da Tocha Olímpica tem início na quinta

FOTOS: PEI FOM/ SECOM MACEIÓ

Nide Lins

Assessoria Festival da Tocha Olímpica

Começa na quinta-feira (26) e vai até o próximo dia 29, o Festival Cultural da Tocha Olímpica em Maceió, com apresentações de 40 grupos folclóricos e 26 grupos artísticos, entre bandas e espetáculos teatrais, em celebração ao maior evento esportivo do mundo. O festival será realizado pela Prefeitura de Maceió, por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural e da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, com a chancela do Ministério da Cultura. Serão quatro dias de celebração cultural, esportiva e gastronômica na Praça Multieventos. “O palco é o mais democrático, será uma olimpíada cultural com samba, forró, rock, pop e folguedos. Vamos começar com uma feira gastronômica de 26 a 29 de maio, quando a Tocha chega”, reforçou o produtor do evento, Cadu Ávila. Para o presidente da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), Vinicius Palmeira, o Festival da Tocha Olímpica será uma grande homenagem ao esporte, à cultura e à gastronomia. “Não é a prata da casa, mas nossas medalhas de ouro vão dividir os palcos e as nossas tradições culinárias vão dar mais sabor ao evento da tocha, símbolo da paz”, relatou. Já em parceria com a Associação Brasileira de Restaurantes e Bares (Abrasel), será realizado o 1º Festival Sabores de Alagoas em 23 restaurantes reunidos em barracas estruturadas para o evento. Os empresários irão vender a um preço especial, entre R$ 10 e R$15, mini porções de pratos criados especialmente para o festival, com o diferencial de ter receitas elaboradas com ingredientes alagoanos. Neste ano dos Jogos Olímpicos, a Abrasel comemora os 10 anos da entidade e muitas conquistas.

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FEIRA GASTRONÔMICA – I FESTIVAL SABORES DE ALAGOAS DE 26 A 29 DE MAIO DE 2016, NA PRAÇA DE MULTIEVENTOS Dia 26/05 A partir das 16h Banda de Pífanos Flor do Nordeste; Coro Embracanto; Luiz Pompe; Belt; Sifrão.

Dia 27/05 A partir das 16h Maracatu do Grupo de Folguedos e Danças Professor Pedro Teixeira; Elaine Kundera; Dóf Lafá; Gato Zarolho; Fiat 147.

Grupo Bumbá Anaconda

Dia 28/05 A partir das 16h Boi Anaconda; Coretfal; Chau do Pife; Ding Tones; Divina Supernova. Dia 29/05 A partir das 15h Banda de Pífanos Fulô da Chicaboa; Mundo Imaginário; Deslucro; Xique Baratinho.

Grupo Bumbá Anaconda

ESTACIONAMENTO DE JARAGUÁ – PRAÇA DE CELEBRAÇÃO DA TOCHA 29/05 16h – Maybe 2 Live; 16:40h – Vitor Pirralho; 17:20h – Junior Almeida. 19:30h – Wilma Araújo; 20:10h – Eliezer Setton; 20:50h – Wado; 21:30h – Vibrações.

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CNJ expõe piora do sistema que enjaula crianças e adolescentes ETERNO DESCASO

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CNJ e juiz apontam desinteresse do Executivo em melhorar sistema socioeducativo

Gilca Cinara

CAIO LOUREIRO/DICOM TJAL

Repórter

O relatório produzido pela equipe do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) durante a visita do então presidente do colegiado e do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, chegou a Alagoas apontando a velha realidade mantida há anos, nas unidades de internação para crianças e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em Alagoas. Problemas estruturais e organizacionais perduram por mais de 15 anos, sem sinais de melhoras, agravando ainda mais a difícil tarefa de ressocialização dos menores infratores. A vinda do agora ministro aposentado Joaquim Barbosa a Maceió, em 15 de abril de 2014, foi terceira visita do CNJ ao Sistema Socioeducativo alagoano – a primeira ocorreu em 2010 e a segunda em 2012. Há dois anos, Barbosa saiu de Alagoas condenando as “jaulas” que encontrou, em que não havia condições sanitárias, denúncias de maus tratos e falta de infraestrutura. E as constatações ponderadas pelos membros da comissão formada para avaliar a visita foram de que o sistema, desde então, somente promoveu pioras. A observação mais extensa foi relacionada às estruturas dos prédios, onde os menores ficam alojados durante o cumprimento da pena. Fato este já cons-

Vistoria realizada em 2014 pelo então presidente do CNJ, Joaquim Barbosa, apontou problemas estruturais e organizacionais em sistema socioeducativo de AL tatado pelo Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) e também pela Defensoria Público do Estado de Alagoas, que solicitaram a interdição da Unidade de Internação Masculina, localizada na Avenida Durval de Góes Monteiro, no bairro da Santa Lúcia.

"O número de violações aos direitos humanos da população infanto-juvenil só vem aumentando. A grande maioria das unidades, além do mau estado de conservação, apresenta arquitetura de unidades prisionais, visivelmente sem qualquer manutenção há muito tempo.

Os ambientes são escuros, abafados, úmidos, mofados, fétidos. Muito longe dos objetivos preconizados no Estatuto da Criança e do Adolescente e no SINASE, percebe-se claramente que a maioria das unidades está longe de executar uma medida socioeducativa. Primam única e

exclusivamente pela segregação e segurança, ignorando por completos objetivos da socioeducação: educação formal, sociabilidade,profissionalização, cultura e lazer", diz um trecho do relatório do CNJ, que fez recomendações que o leitor verá na sequência dessa reportagem.

tação dos agentes socioeducativos, contratados para desempenhar a função. A contratação do quadro de funcionários, principalmente dos agentes socioeducativos, ocorre através da forma de seleção, o que necessitaria da realização de um concurso público. Conforme dados presentes no relatório, nos últimos tempos foram afastados

46 agentes de suas funções por determinação judicial acusados da prática de tortura. A principal forma de promover a ressocialização dos menores durante o período de internação seria a prática e o incentivo aos projetos pedagógicos, o que não foi encontrado nas unidades. "A gestão do sistema socioeducativo de Alagoas foi encontrada em com-

pleto abandono. Há a necessidade de mínima orientação quanto aos papéis atribuídos aos gestores de diferentes escalões, aos servidores e técnicos das unidades, e aos servidores em geral, nas suas relações internas e externas. No Estado de Alagoas, o Estatuto da Criança e do Adolescente ainda não chegou ao sistema de execução da medida socioeducativa de internação;

a clientela é rotulada pela imprensa, rejeitada pela sociedade, recolhida para contenção. A cultura não lhe reconhece direito à proteção, apesar da lei. O Estatuto e a lei do SINASE — Sistema Nacional do Atendimento Socioeducativo – estão sendo sonegados ao adolescente autor de ato infracional", conclui o relatório. (Continua nas páginas 8 e 9)

Justiça já afastou 46 agentes por torturar no sistema socioeducativo de Alagoas

Maceió Verão – Arnaldo Antunes, Junior Almeida e Wado

Diante do relato, “abandono” foi a palavra usada para descrever o que a comissão, juntamente com o ministro Joaquim Barbosa, encontrou dentro das unidades, há dois anos. Os casos de agressões e torturas, já denunciados pelo CadaMinuto Press, foram ressaltados como fatos presentes dentro daquelas unidades, consequência apontada para o despreparo e capaci-


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"Falta interesse do Poder Executivo em cumprir com suas obrigações", diz juiz

CAIO LOUREIRO/DICOM TJ

RECOMENDAÇÕES DO CNJ PARA O SISTEMA SOCIOEDUCATIVO ALAGOANO - Realizar, no prazo de 6 (seis) meses, concurso público para o provimento dos cargos de educadores e agentes socioeducadores, e prover os cargos;

NAVE DO ET

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Edmilson Teixeira /

DIVULGAÇÃO

- Enquanto essa providência não ocorrer, regularizar imediatamente os contratos dos atuais "agentes socioeducadores";

- Construir novas unidades para atendimento socioeducativo de alta complexidade, atendendo às normativas do ECA e do SINASE, inclusive, promovendo a regionalização do atendimento, com a construção de unidades, também, no interior do estado, dentro do prazo de 1 (um) ano; - Desativar a Unidade de Internação Masculina, imediatamente; - Realizar o Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo, no prazo de 3 (três) meses; - Formular os projetos políticos pedagógicos das unidades de internação e semiliberdade e, promover o respectivo registro nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Crianças e Adolescentes, no prazo de 1 (um) ano;

ouvido de mercador. Não cumpre, porque não tem responsabilidade, porque não responde a nenhum processo legal. Não podemos tomar uma medida mais efetiva contra os gestores. Então há uma blindagem do Poder Executivo de não cumprir as determinações judiciais", afirmou o magistrado.

PALIATIVA E INADEQUADA

Em janeiro desde ano, o governador Renan Filho (PMDB) e o secretário de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), pasta responsável pela coordenação das unidades, Jardel Aderico, entregaram o primeiro módulo da reforma e ampliação da Unidade de Internação Masculina (UIM). O espaço, segundo dados do Governo, recebeu 40 adolescentes e, até julho deste ano, outros três módulos com capacidade para mais 200 vagas

serão inaugurados. A meta é reunir, em um só local, cerca de 280 menores que hoje estão espalhados nas Unidades de Internação Masculina (UIM), de Internação Masculina Extensão I (UIME I) e Internação Masculina Extensão II (UIME II), localizadas no Tabuleiro, Jacintinho, e na sede do DER. Apesar das melhorias, o juiz lembrou que as reformas de ampliação inauguradas pelo Governo do Estado este ano têm sido paliativas e concluídas de forma inadequadas. Segundo Alcântara, essas reformas foram planejadas pelo governo de passado, mas esse descaso é visto de governos anteriores. “É falta de interesse do poder executivo em cumprir com suas obrigações primárias que estão previstas na Constituição. Imagine se isso não fosse? Constam ações civis públicas

- Exigir imediatamente o fornecimento de alimentação de qualidade e quantidade pela empresa responsável; - Promover escolarização, atividades esportivas e culturais aos adolescentes em cumprimento de medida de internação e semiliberdade, no prazo de 30 (trinta) dias; - Promover, no prazo de 90 (noventa) dias, cursos de profissionalização, em especial articulando-se os cursos gratuitos oferecidos pelo Governo Federal através do PRONATEC; aqui agosto desde 2004, impondo obrigações ao Estado. Isso já para estar preso governador, presidente, deputado. Porque é um descaso total, mas ninguém faz isso, então não acontece”, condenou o magistrado. A Seprev informou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre as recomendações ao Governo do Estado,

contidas no relatório do CNJ (veja a baixo), no entanto garantiu cumprir as medidas indicadas. E ainda defendeu que uma das colocações feitas pelo ministro Joaquim Barbosa, à época da visita, foi sobre a questão estrutural, que vem sendo resolvida com a ampliação e reforma das unidades.

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etjornalista@gmail.com

- Capacitar os servidores e educadores com atuação nos centros de socioeducação, no prazo de 3 (três) meses;

Juiz Ney Alcântara relembrou as inúmeras ações civis públicas que determinaram adequações pelo Governo do Estado

O juiz da Vara da Infância e Juventude em Alagoas, Ney Alcântara relata que as mesmas condições ressaltadas no relatório já foram constatadas em diversas ações civis públicas, determinadas pela Justiça para solucionar os problemas enfrentados pelo sistema socioeducativo, mas que não houve nenhum tipo de cumprimento por parte do Governo do Estado. O magistrado aponta para um desmando por conta do Poder Executivo por não conseguir manter e controlar o mínimo necessário dentro das unidades de internações. E citou como prioritária a readequação do método de contrato dos profissionais, como a qualificação necessária para desenvolver a atividade, e frisou a necessidade das reformas nas estruturas. "A Justiça decide e o Governo faz

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PENEDO

Quebrangulo

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O ex-deputado Marcos Ferreira deve se aliar a família Bulhões, a fim de formar uma chapa para disputar a Prefeitura. O grosso dessa união será a presença do ex-presidente do Tribunal de Contas de Alagoas, Isnaldo Bulhões, que certamente encabeçará a chapa da oposição. Na eleição passada Ferreira tentou se eleger naquele município, mas não obteve sucesso.

Prefeito Manoel Tenório que até há bem poucos meses estava indeciso quanto a sua reeleição por conta da crise econômica; agora está animado e disposto a brigar por mais quatro anos. Disse que vem transformando Quebrangulo num verdadeiro canteiro de obras, razão que lhe motivou a decidir seu futuro. O duelo será contra seu grande rival, o exprefeito Marcelo Lima.

Na noite de quarta da semana passada, o presidente da Academia Penedense de Arte e Cultura, Moésio Vasconcelos, fez palestra em Maceió, na Sociedade Alagoana de Medicina. O convite partiu da Academia Alagoana de Cultura, por meio de seu dirigente, Jorge Soares. O tema focado foi: “A historiografia da arquidiocese de Penedo”. Para Jorge Soares, o evento engrandeceu a todos que se fizeram presentes, sobretudo pela dinâmica dos trabalhos apresentados; dinâmica essa que resultou num clima de plena satisfação, em meio a debates e interação, tornando o ambiente bastante salutar.

JEQUIÁ DA PRAIA

A ex-prefeita Rosinha Jatobá está disposta a chegar pela terceira vez no comando da Prefeitura de Jequiá da Praia, onde hoje a família Beltrão é quem predomina no poder. Diz que os apelos são grandes para seu retorno, uma vez que a população está carente de serviços de saúde, educação e ações sociais. O duelo pela disputa deverá ser contra a filha do deputado João Beltrão, Janine Beltrão, visto que o pai vem investindo em tudo que é líder da região para apoiar sua candidata. O município é governado hoje, pelo presidente da AMA, Marcelo Beltrão.

BOCA DA MATA

Mais de 5.400 alunos das 11 escolas da rede pública municipal de ensino de Boca da Mata ficaram sem aulas quinta e sexta da última semana, por conta de uma paralização de advertência dos professores, cujo movimento com faixas e cartazes se concentrou nas portas da Prefeitura, Secretaria de Educação e Secretaria de Finanças. Eles reivindicam um reajuste salarial na ordem de 13%, pleito feito desde fevereiro último, mas que até agora a Prefeitura não se posicionou. O movimento conta com 253 participantes, dos 472 servidores que atuam na Secretaria de Educação.

CORURIPE, ELEIÇÃO 2016

“Sem dinheiro no bolso, mas com muita coragem para denunciar os descasos administrativos” é o que diz o candidato oposicionista Edinho do Hélvio (PP), que este ano peitará a reeleição do prefeito Joaquim Beltrão. Nas redes sociais, Edinho tem postado vídeos, onde o próprio faz apresentação dos fatos que estão acontecendo. “Não admito um município detentor de tantas belezas naturais, sobretudo com lindas praias, viver num absoluto estado de atraso econômico, cujo progresso está concentrado praticamente no setor canavieiro”, criticou.

SANTANA DO IPANEMA

MARECHAL DEODORO

O Estado vai garantir mais policiamento na região da praia do Francês. A confirmação é do secretário de Segurança, coronel Lima Júnior, que recentemente recebeu representantes da Prefeitura de Marechal e da Associação dos Moradores do Francês. Os relatos dão conta de que a onda de assalto e outras perversidades dos bandidos na região vinham atormentando toda comunidade. A Prefeitura se comprometeu em reativar e reformar um posto da PM e garantir mais homens da Guarda Municipal.

MARAGOGI

Por conta da insegurança do sistema de energia elétrica que abastece a turística cidade de Maragogi, foi que o ex-prefeito Marcos Madeira esteve na sede da Eletrobras, em Maceió. “Queremos uma garantia de segurança e estabilidade para evitar que o município volte a sofrer como o apagão que afetou o empresariado, comerciantes, hóspedes e moradores, no final de 2015”, relembrou. A Eletrobras se comprometeu em levar de imediato, energia para um assentamento e disse que existe um projeto que visa modernizar todo o sistema que vai de Paripueira até Maragogi, cuja obra já entrou em processo de licitação.

PORTO REAL DO COLÉGIO

No município é só comemoração. É que está findando a colheita da safra verão 2016 de arroz, com um resultado satisfatório para os produtores. Nesta safra, a produção de arroz no Perímetro Irrigado Itiúba chegou a 4.500 toneladas. Em comparação com os números da safra passada, houve um leve incremento na produção, que na safra inverno 2015, que foi de 4.410 toneladas. Já a produtividade média deste ano, foi de 7,3 toneladas por hectare, contra 7 toneladas por hectare na safra inverno 2015.

MATA GRANDE – UNIDOS

O partido Democratas (DEM) fechou aliança com o PTB, PRP e PPS, estruturando a oposição, a fim de disputar a Prefeitura de Mata Grande, onde a meta é agregar mais siglas para fortalecer o bloco. A chapa que ainda não tem seu vice é encabeçada pelo pré-candidato Jean Gomes, que afirma ser a alternativa para tirar o município das mesmices.

NOTINHAS

MATA GRANDE - OUTROS

“A gente chega com o propósito de inovar, sobretudo contando com um grupo de pessoas comprometidas em salvar a situação vivenciada pelo nosso município, que hoje vive carente de um planejamento estratégico, que venha fortalecer serviços de saúde, educação e cidadania de um modo geral”, disse Jean. Além de Jean, por enquanto Mata Grande ainda tem mais três précandidatos; Gerson Klayton (PT), o atual vice-prefeito Erivaldo Mandu (PP) e Luiz Pedro (PMDB), filho do prefeito de Canapi, Celso Luiz.

TAQUARANA

Celso do Gás um comerciante e vaqueiro bastante conhecido em Taquarana, foi barbaramente assassinado na noite do último domingo. O rapaz de 33, anos de idade estava participando de uma vaquejada na própria cidade. Só que na hora do episódio ele estava ajudando a descarregar um caminhão de animais, quando foi abordado por um homem com arma em punho, que entrou no compartimento de carga e abriu fogo contra a vítima, que morreu no local. O criminoso fugiu em um veículo Pálio de cor branca e placas não anotadas.

PALMEIRA / IGACI

O xadrez político aos poucos vai se afunilando com a aproximação das eleições deste ano para prefeito e vereador em Palmeira e Igaci onde a oposição, liderada por Júlio Cezar (PSB) e Petrúcio Barbosa (PP), respectivamente, vem ganhando musculatura política com a conquista de apoio de lideranças estaduais. É que no último final de semana, o deputado estadual, Severino Pessoa (PSC), que está em seu segundo mandato, declarou abertamente apoio a ambos.


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FOTOS DE PAULO CHANCEY JUNIOR

O revezamento A Tocha Olímpica passará por Alagoas nos dias 29 e 30 de maio. No primeiro dia, o evento acontecerá nas cidades de São Sebastião, Arapiraca, São Miguel dos Campos e fecha em Maceió, ponto principal do trajeto. No segundo dia de evento, a tocha passará pela cidade de Murici, com o evento local sendo finalizado na cidade de União dos Palmares, que terá como destaque a passagem pela Serra da Barriga, ponto histórico do Estado, que tem como principal representante pela igualdade racial, líder do “Quilombo dos Palmares”, Zumbi dos Palmares.

INÍCIO

Com início previsto para 17h53, a primeira recepção da tocha será na Praça Multieventos em Pajuçara, na Avenida Doutor Antônio Gouveia, seguindo pela Avenida Silvio Carlos Viana. O revezamento continua na Avenida Álvaro Otacílio, no bairro Ponta Verde e percorre toda a extensão da via com 12 condutores, seguindo para orla da Jatiúca. Os atletas seguem pela Rua Roberto Mascarenhas, retornam a orla pela Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes e continuam pela Rua Bacharel Virgílio da Rocha Marques, no bairro Cruz das Almas. O percurso segue pelas avenidas

Josepha de Melo, Juca Sampaio e Presidente Roosevelt, no Barro Duro, continuando pela Avenida Menino Marcelo, com retorno na Rua João Rodrigues Sampaio e Adolfo Gustavo na Serraria. Em seguida, a tocha segue pela Rua Nelson Marinho de Araújo na Gruta, até as avenidas Fernandes Lima e Moreira e Silva, no Farol.

RUAS

A tocha olímpica vai passar ainda pelas ruas Melo Morais, Cincinato Pinto, Barão de Penedo e Avenida Duque de Caxias no Centro, seguindo pela Avenida Industrial Cícero Toledo, no Jaraguá, onde haverá um palco montado para apresentações culturais. A tocha pernoita na cidade e pela manhã segue para o município de Murici. Ao todo, o trajeto terá 20,5 km e será proibido estacionar nas 23 ruas e avenidas que receberão a tocha. As ruas serão interditadas duas horas antes da passagem do símbolo olímpico. A passagem da tocha olímpica pelas cidades brasileiras começou no último dia 03, em Brasília, e se encerra no dia 05 de agosto de 2016, quando o último condutor da tocha acenderá a pira olímpica durante a cerimônia de abertura dos jogos, no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro. A tocha vai passar por 329 cidades do país durante 95 dias.

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Conflito interno amplia problemas na ressocialização de infratores

Com o afastamento de alguns agentes socioeducandos das suas funções por determinação judicial, o conflito interno nas Unidades de Internações entre um grupo de funcionários e a superintendente de Medidas Socioeducativas, Denise Paranhos, reacendeu a problemática para a instalação de uma crise, que pode afetar o processo socioeducativo dos menores. Denise Paranhos atualmente anda acompanhada por seguranças cedidos pelo Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) e pela Secretaria de Estado de Prevenção à Violência. Na mesma proporção em que a superintendente tornou público as ameaças de mortes sofridas por ela e sua família, o

VICTOR BRASIL

Denise Paranhos, superintendente

Sindicato dos Agentes Socioeducativos também procurou a mídia para fazer denúncias. A superintendente classificou a situação como um “conflito de interesse” e de caráter pessoal. “Esse conflito tem sido gerado pelo cumprimento de determinação judicial e isso está desagradando. A Secretaria é de prevenção à violência e na minha gestão não foi permitido nenhum tipo de violência dentro das unidades”, afirmou ela. As referências feitas por Denise às determinações judiciais estão sendo encaminhadas pelo Ministério Público e Defensoria Pública para afastar da função o funcionário apontado nos casos de tor-

turas. Segundo ela, todos os casos estão sendo apurados por meio de sindicância interna. Somente em sua gestão, quase 10 agentes foram suspensos e alguns foram demitidos. Por outro lado, o Sindicato dos Agentes Socioeducativos em Alagoas afirma que as demissões foram ocasionadas por perseguição e não por questões judiciais. Renato Leiva disse que a categoria defende a saída de Denise Paranhos do cargo por não apresentar perfil adequado para assumir a função. Os agentes alegam que não recebem nenhum tipo apoio ou incentivo por parte da superintendente no desenvolvimento. “Somente quem está na linha de frente e

todos os dias dentro das unidades sabe como é trabalhar lá. Desde quando assumiu, ela não tem dado preferência ao agente nem apoio. Ela não tem tratado como se deve o nosso trabalho”, contou Leiva. O sindicalista também rebateu as acusações de espancamentos e torturas denunciados contra os monitores. Segundo ele, o que existe dentro das unidades é o enfrentamento entre os internos devido a brigas externas. “Nós esperamos uma reunião com o Secretário Jardel para fazer uma negociação o retorno dos nossos companheiros e outras melhorias para que ocorra o bom funcionamento das unidades”, completou o sindicalista.

Jardel Aderico: “Medida socioeducativa não é irmã das medidas prisionais”

Apesar de se ver às voltas com a mesma situação que já lhe rendeu risco de prisão e a queda do cargo de secretário de Estado no governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB), o secretário de Prevenção à Violência de Alagoas (Seprev), Jardel Aderico, não avalia a situação como uma crise dentro das unidades, mas uma divergência de interesses. Secretário essas ameaças sofridas pela superintendente das unidades de menores e as denúncias feitas pelo sindicado dos agentes socioeducativos mostra visualmente uma crise na administração das unidades. Como o senhor tem acompanhado estes fatos? Considera uma crise? As ameaças à superintendente Denise Paranhos assustam porque são direcionadas para uma agente pública em plena atuação do seu serviço. Quanto a isso, o Estado reage muito firme e as pessoas envolvidas em seu tempo terão que se explicar para a justiça. Não considero uma crise, o que há de fato são divergências de interesses, mas o que vai prevalecer é o interesse do Governo de Alagoas, que visa fortalecer o processo de medida socioeducativa dentro dos procedimentos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Essa reação dos agentes socioeducativos era esperada pela Secretaria? Vale ressaltar que a grande parte dos agentes socioeducativos é compro-

AGÊNCIA ALAGOAS

Em entrevista ao CadaMinuto Press, o secretário ao qual o governador Renan Filho (PMDB) deu uma segunda chance na gestão do sistema reforçou que as medidas socioeducativas agora estão absolutamente alinhadas quanto ao ECA, o que tem esbarrado na resistência do “pequeno grupo já identificado”. Confira a entrevista:

metida, honrada e afinada com as políticas socioeducativas. Essa manifestação em questão é de um grupo pequeno que se encontra com uma resistência aos procedimentos da medida socioeducativa, às leis do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Sinase. Este pequeno grupo já identificado se limitam às suas ações que eles mesmo julgam ser normais. Ao ver meu é um grande equívoco achar que a medida socioeducativa é irmã das medidas prisionais. Elas são completamente diferentes. Por qual razão a Secretaria optou por desativar a Unidade de Internação Masculina? A Unidade de Internação Masculina era uma unidade muito antiga, que já não atendia mais às especificações do ECA quanto a internação. Além disso, o Ministério Público e a Defensoria Pública já haviam requerido esta interdição e o pedido tramitado em julgado. Nesse momento, apenas decidimos atender e cumprir com a determinação destes órgãos. A unidade vai agora receber uma ampla reforma para que possa

atender os critérios de internação e muito em breve estaremos voltando a utilizá-la. Como o senhor avalia as consequências dessa crise para o progresso das ações de recuperação dos jovens infratores em Alagoas? As medidas socioeducativas agora estão absolutamente alinhadas quanto ao ECA e tenta a todo instante atender as orientações do SINASE e constrói uma parceria com o Conselho da Criança e do Adolescente, no sentido de receber orientações e fiscalização, além de reestabelecer uma relação de total diálogo com à justiça juvenil, Ministério Público e Defensoria. Tudo isso com a finalidade de fortalecer cada vez mais os processos de medidas socioeducativas em Alagoas. Isso pode refletir em sua gestão à frente da Seprev, como ocorreu na gestão passada? Como todos os fatos ocorridos em qualquer um dos serviços da Seprev, este fato reflete sim na gestão, porém, hoje vivemos um outro momento com um diálogo e uma relação muito mais

Governador Renan Filho deu uma nova chance a Jardel Aderico no Seprev próxima e forte entre todos os poderes. Além disso, há um amadurecimento de todos os envolvidos nos processos de gestão da medida socioeducativa. Tenho ainda a total confiança na equipe formada, que tem condições de contribuir com as mudanças que estamos propondo. O governador Renan Filho tem se empenhado e dado total apoio em todas as ações da Seprev. O Ministério Público abriu um inquérito para apurar a legalidade da atuação do Goases dentro das unidades. Como se deu a formação desse grupo? A sua atuação é legal? Quanto a Seprev assumiu as medidas socioeducativas, com a lei delegada de setembro de 2015, já existia essa estrutura, com efetivo e missão definidas. Nesse momento, buscamos ali-

nhar o trabalho desse grupo às normas do Estatuto da Criança e do Adolescente, além de que estamos pensando a forma de atuação dentro dos parâmetros legais possíveis.

Essa investigação do MPE pode ser considerada positiva para esclarecer essas denúncias de torturas? Todas as ações nesse âmbito são importantes porque trazem a possibilidade do órgão gestor não se desviar da estrutura legal, além de estabelecer uma relação amistosa e democrática entre os órgãos. Volto a repetir que estamos construindo juntos, em parceria com todos os órgãos, um novo momento para as políticas de medidas socioeducativas em Alagoas. O diálogo e a parceria serão sempre importantes e positivos neste sentido.


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Rodrigo Cunha e Josenildo Souza debatem projetos para Arapiraca Assessoria

Um encontro altamente positivo. Foi assim que definiu o superintendente de Interiorização do Governo de Alagoas, Josenildo Souza, após a reunião ocorrida nesta segunda-feira (23) com o deputado estadual Rodrigo Cunha (PSDB). “Uma conversa proveitosa, na qual foram apresentadas as ações que o governo estadual vem realizando em Arapiraca e, também, em outras cidades da nossa região”, declarou Josenildo Souza. Para o superintendente de Interiorização do Governo de Alagoas, a visita do deputado Rodrigo Cunha mostra uma clara

Josenildo Souza, interiorização

demonstração de que existe uma integração entre os diversos segmentos da classe política para o bem de toda a coletividade. “Fiz uma breve apresentação de todos os projetos em andamento e de outras ações que o gover-

nador Renan Filho e o vice-governador Luciano Barbosa estão colocando como prioridade para o desenvolvimento de Arapiraca e região”, acrescentou Josenildo Souza. Durante o encontro, o deputado reafirmou sua condição arapiraquense e seu desejo de ajudar a cidade onde nasceu. “Arapiraca representa muito para mim, estou acompanhando tudo o que acontece na cidade e pretendo contribuir cada vez mais com o desenvolvimento dessa terra”, completou Rodrigo Cunha, destacando a importância desse canal de interlocução com todos os representantes da classe política e dos diversos segmentos da sociedade.

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RIO 2016

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Paulo Chancey Junior Repórter

Deputado Rodrigo Cunha (PSDB) quer ajudar Arapiraca a se desenvolver

Esportes

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Jovens e veteranos carregam sonho olímpico!

Quando a tocha olímpica dos Jogos Rio 2016 chegarem em Maceió, 110 pessoas das mais diversas classes e setores, terão a alegria de carregar o símbolo do maior evento esportivo do mundo. Foram divulgados os nomes dos condutores, no evento que começa às 17h53 do domingo e passará por 11 bairros da capital. As indicações foram feitas por patrocinadores dos jogos, autoridades locais e também por escolha do público, que pôde sugerir nomes através dos sites oficiais do evento. Na solenidade, parte dos condutores estiveram presentes e conheceram local e horário do percurso.

VÁRIAS GERAÇÕES

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Desde crianças até adultos, irão conduzir a Tocha Olímpica na capital. O tenista Gabriel Barbosa, tem apenas 12 anos e muitos títulos, como da Copa Gerdal, uma das maiores do mundo infanto-juvenil e participações no Banana Ball, Circuito Correios, entre outros, mas ressalta o momento como um prêmio. “Ser escolhido para carregar a tocha olímpica me deixa muito feliz, como se eu estivesse conquistando um título”, afirmou o garoto, fã do maior tenista de todos os tempos, o suíço Roger Federer. Gabriel fará uma rápida via-

Passagem da tocha olímpica gera grande expectativa em atletas do passado e do futuro

PAULO CHANCEY JUNIOR

melhor forma possível. Estou feliz e agradecido”, afirmou. O mundo das lutas terá uma representante no revezamento da tocha olímpica. Bianca Andrade é uma esportista no sentido da palavra, já que é seis vezes campeã mundial de jiu-jitsu, mais duas vezes sem kimono e doze vezes campeã brasileira, além de títulos no surf e bodyboard. “São emoções vem diferentes. Conheço várias modalidades, países, conquistei títulos, mas carregar a tocha é um momento diferente. É como se fosse um reconhecimento a tudo que a gente já fez pelo esporte”, explicou.

PARATLETA Parte dos condutores oficiais da tocha olímpica em Maceió se reuniram para conhecer detalhes do percurso que farão gem para Porto Alegre, onde disputa o Circuito Correios e depois retorna para conduzir a tocha olímpica. Em agosto, o jovem tenista está préclassificado para o Mundial do Canadá. O revezamento apresenta um contraste de gerações. A Inspetora da Guarda Municipal e Coordenadora do GAAL, Simone Lima é uma atleta condecorada. Campeã brasileira dos Jogos Nacionais da Segurança Pública e Mundiais da Segurança, em Nova Iorque (2009) e Irlanda do Norte (2013), a atleta fala em emoção dife-

rente. “Quando fui indicada, não acha que seria escolhida. Me falaram para olhar meu e-mail, não achei, mas disseram para olhar na lixeira eletrônica e estava lá. Chorei demais. Meus filhos até brincaram, dizendo que não era para chorar. Mas não tem como, é um momento único que a gente sempre vê pela TV e agora eu estarei participando”, comemorou.

VATERANOS

Veteranos desportistas também irão participar da festa. O corredor

e ciclista Gildo Santana fala em reconhecimento. “É uma honra participar de tudo isso. A gente que incentiva o esporte durante anos, décadas, se sente lisonjeado com essa oportunidade. Mas é também um reconhecimento pelo nosso trabalho”, disse. O corredor de rua Hélio Coelho, também comemorou o fato de ter sido escolhido. “Quem me conhece sabe que valorizo as coisas mais simples, as amizades, a oportunidade de viver, de poder correr, participar de eventos esportivos. Esse é sem dúvida diferente e que farei da

A solenidade de anúncio dos condutores ainda trouxe a presença de um paratleta que será condutor e que busca seu lugar nas Paralimpíadas do mês de setembro no Rio de Janeiro. O Cadeirante João Tenório, do lançamento de disco comemora o atual momento da carreira. “A expectativa é muito grande. Estou ansioso demais por esse momento. Espero que conduzir a tocha seja o prenúncio da vaga nas Paralimpíadas”, afirmou o paratleta da categoria F56, tendo participado do Open no Rio de Janeiro, ficando em segundo lugar, tem o índice B, e e vai tentar confirmar a vaga nos Jogos, na disputa Brasileiro da modalidade em julho.


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Prefeita Eliza Alves entrega ambulância à comunidade da Usina Utinga Leão

Assessoria

A Unidade Básica de Saúde Margarida Leão, situada dentro das terras da Usina Utinga Leão, no município de Rio Largo, conta agora com uma ambulância para fazer os atendimentos de emergência dos moradores daquela localizada. A entrega do veículo foi realizada pela prefeita de Rio Largo, Eliza Alves, na manhã da última desta sexta-feira, 20. Em seu pronunciamento, a prefeita externou sua satisfação em poder atender uma reivindicação dos moradores da Usina, trazendo um veículo novo para fazer auxiliar a UBS no

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transporte de pacientes nos casos de emergência. Ela destacou ainda que aliado a essa ação, também providenciou para a localidade o transporte escolar e melhoria na iluminação pública. "Nas minhas gestões passadas eu sempre mantive uma ambulância aqui à disposição da população, coisa que os outros gestores não conseguiram garantir. A gente sabe que nos casos de emergência, não só os moradores da localidade, mas também as pessoas que residem nas fazendas próximas à usina têm dificuldade de se locomoverem até a UBS e depois para Maceió. Só se dá a devida

importância a uma ambulância numa localidade desta quando se precisa e não encontra. Era o que estava acontecendo aqui. Mas agora vocês têm uma à disposição", afirmou. A secretária de Educação, Tereza Cristina Cesar do Monte, destacou o empenho da prefeita Eliza Alves que, segundo ela, "não economizou esforço" para viabilizar a entrega do veículo à UBS e atender ao pleito da comunidade. Ela destacou ainda apoio do presidente da Câmara de Vereadores, Jeferson Alexandre, que se mostrou sensível à demanda da comunidade.

Ambulância é entregue à Unidade Básica de Saúde Margarida Leão

Rosa Albuquerque participa de homenagem ao desembargado James Magalhães DIVULGAÇÃO

Dicom-TJ/AL

A conselheira Rosa Albuquerque, presidente em exercício do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas, compareceu na manhã de hoje (24/05) à sessão solene do Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas em homenagem ao desembargador James Magalhães de Medeiros, falecido no último dia 30. Presentes à solenidade a viúva do homenageado, Maria de Fátima Medeiros, os filhos e netos do casal, colegas da magistratura e autoridades. O padre Lídio, Vigário da Catedral e o padre Manoel Henrique levaram a palavra da Igreja Católica àquele instante solene. “O desembargador James era um homem dedicado a tudo o que fazia em sua vida. Ele soube como ninguém traduzir o bem julgar da Justiça em todas as suas atividades. Além de um grande magistrado, era integrante da Academia Alagoana de Letras, também fazia parte do Movimento Familiar Cristão com uma atuação muito forte,

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seu avô: “Fazer Justiça, distribuir Justiça, não importa o quão difícil seja”. O filho de James Magalhães, Leandro Medeiros, também falou sobre o pai durante a homenagem. Ele lembrou como o desembargador não deixava de valorizar a família mesmo com todo o rigor que sua profissão exigia. “Ficamos agradecidos por essa iniciativa do Tribunal”, disse.

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“Temos que dar seguimento ao projeto político”, diz Almeida, ao confirmar licenciamento

Blog do Lula Vilar

O deputado federal Cícero Almeida (PMDB) se licenciou da Câmara de Deputados e abriu espaço para que o suplente Val Amélio (PRTB) assuma a cadeira. Amélio ficará no lugar de Almeida por quatro meses. Vale salientar que o mandato de Almeida, na Justiça Eleitoral, foi questionado pelo PRTB por conta de sua mudança de legenda. Almeida se elegeu pelo PRTB, migrou – antes da janela aberta – para o PSD e, na sequência, foi para o PMDB como parte de um projeto político para disputar a Prefeitura de Maceió com os

apoios do governador Renan Filho (PMDB) e do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB). “É verdade. Eu me licenciei”, destacou Almeida em entrevista a este blogueiro. O deputado federal peemedebista avalia que é necessário o licenciamento para cuidar da pré-campanha eleitoral. De acordo com ele mesmo, amanhã já estará trabalhando nisto em solo alagoano. “Nós chegamos a uma conclusão: temos que dar seguimento ao projeto político, tendo em vista que durante este período pouco está se produzindo na Câmara de Deputados”, colocou. O deputado federal fez questão de

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frisar que seu suplente teve uma votação considerável. “Ele teve mais de 50 mil votos. Eu resolvi tomar esta decisão para cuidar da pré-campanha durante os próximos meses. Amanhã estou de volta para a nossa terra, para trabalhar e buscar cuidar dela com muito carinho”. O peemedebista classificou seu licenciamento como “uma missão”. “Quando você entra para a política não tem mais domínio sobre suas decisões, principalmente quando você faz o bem. Então, se é uma convicção da população, como mostram as pesquisas, nós devemos ir (para a disputa do pleito eleitoral de 2016). Vamos sim. Então,

vamos para a luta mais uma vez e buscar o resultado positivo”. Além de Almeida, João Henrique Caldas, o JHC (PSB), é outro parlamentar que deve disputar a Prefeitura de Maceió. Mas, o deputado federal do PSB não se licenciou. JHC segue em Brasília (DF) envolvido com a Frente Parlamentar pela Internet Livre. Se irá deixar a Casa para cuidar da campanha em breve ou não, é uma incógnita. Cícero Almeida e JHC vão enfrentar – nas urnas – o atual prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), que é candidato à reeleição. Estas são as três précandidaturas já consolidadas.

Marx Beltrão (PMDB-AL) luta pela subvenção do diesel para embarcações em Alagoas

Assessoria

O deputado federal Marx Beltrão (PMDB-AL) declarou nesta terça-feira (24) que vai lutar pela regulamentação do Programa de Subvenção Econômica ao Preço do Óleo Diesel para Embarcações Pesqueiras em Alagoas. A medida foi instituída pela Lei 9.445/97 e definida pelo decreto 7.077, de janeiro de 2010, e tem como objetivo equilibrar o preço entre o óleo diesel nacional e internacional. Mas, para que os benefícios sejam garantidos ao setor, será preciso definir a regulamentação pelo governo estaenfim, o Estado de Alagoas perdeu um homem grandioso, que olhará por nós em outro plano”, disse o presidente do TJ/AL. Durante a sessão, foi apresentado para os servidores um vídeo com depoimentos de amigos e familiares sobre a vida pessoal e profissional do desembargador. Pauline Medeiros, neta do magistrado, esteve no evento e lembrou o trecho de um dos discursos de

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dual, o que ainda não ocorreu. Marx afirmou pelas redes sociais que a subvenção favorece a competitividade entre os mercados interno e externo. O parlamentar também destacou que Alagoas é o único estado do país que ainda não regulamentou o programa. “A medida visa o aumento da competitividade do pescado brasileiro no mercado internacional. Com a subvenção, cada pesqueiro teria cerca de R$ 3 mil de economia mensal com um retorno de 25% do valor gasto na compra do diesel”, ressalta. Segundo os cálculos do setor, aproximadamente 800 embarca-

Almeida se dedicará à pré-campanha

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Marx Beltrão busca incentivos ao preço do óleo diesel para pescadores

ções devem ser beneficiadas com a subvenção em Alagoas. Marx já esteve reunido com representantes da CNPA (Confederação Nacional dos Pescadores e Agricultores) e da Unicafes (União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária). O parlamentar alagoano esteve em audiência com lideranças da CNPA, como Eliane Morais e Raimundo Felix, e da Unicafes-AL, o presidente João dos Santos e o secretário nacional, Antonino Cardoso. Após a reunião, Marx afirmou que pretende lutar pela subvenção do óleo diesel a embarcações.


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Davi Soares

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Entrevista

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DADO VILLA LOBOS / Guitarrista da Legião Urbana

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“O castelo de cartas está caindo. Somos todos responsáveis, em relação a golpe, não golpe. Eu quero que todos caiam!”

FOTOS: FLÁVIO CANSANÇÃO/MACEIÓ40GRAUS

Editor-geral

iante de um eufórico coro de cerca de seis mil vozes de alagoanos, a banda Legião Urbana se apresentou pela primeira vez, em um show épico para o público de Maceió, no início da madrugada do último domingo, 22 de maio, no estacionamento do shopping center de Cruz das Almas. Sem o letrista e vocalista Renato Russo, o guitarrista Dado Villa Lobos divide com o baterista Marcelo Bonfá a celebração da banda de rock brasileira mais popular do país. Com o ator e cantor André Frateschi nos vocais e outros artistas convidados, a turnê XXX Anos segue fazendo um ritmo de shows somente comparável ao início de sua carreira, há três décadas. Em um papo exclusivo com o CadaMinuto Press, Dado Villa Lobos reafirmou que, sem Renato, não há chance alguma de retomar a carreira da banda, após o final desta turnê comemorativa, no fim deste ano. Ele falou das lembranças trazidas pelo retorno aos palcos da Legião Urbana e explicou os propósitos da concretização do projeto, após vencerem uma batalha judicial com Giuliano Manfredini, o filho único de Renato Russo que tentou impedir o uso da marca da Legião pelos remanescentes da banda. Além de reafirmar que a banda acabou com a morte do vocalista, há quase 20 anos, Dado Villa Lobos comentou trechos marcantes da apresentação na capital alagoana, como quando afirmou que a música Teatro dos Vampiros traz uma mensagem tão atual a ponto de servir tanto para a ditadura militar, no período em que nasceu a banda, quanto para os poderosos da atualidade. No palco daquele show, Dado disse que os brasileiros voltaram a viver “tempos sombrios e macabros”. E reafirmou à reportagem que esta situação é responsabilidade do voto de todos os brasileiros, ao ser perguntado sobre de onde partem as ameaças à democracia de hoje. A estrela do rock deseja a queda de todos os envolvidos nos esquemas de corrupção da Petrobras e viu as últimas revelações de gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, como o início do desmoronamento do “castelo de cartas” da cúpula do poder nacional, na capital federal em que nasceu a Legião Urbana. Entrevistado por telefone, na manhã da última terça-feira (24), Dado Villa Lobos ainda respondeu sobre a representatividade política dos alagoanos no Congresso Nacional e o fato de a ex-senadora Heloísa Helena (Rede) não ter vencido as eleições de 2010 e 2014, contra campanhas eleitorais como as do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e do ex-presidente da República Fernando Collor (PTB), suspeitos de corrupção da Petrobras, no esquema do petrolão, e que despertam os questionamentos eternizados na música Que País É Esse?. Confira!

A Legião Urbana nunca tinha feito show em Maceió, mas segue alimentando aqui uma legião de fãs, assim como em diversos lugares do Brasil. Como vocês vêm lidando, nesta turnê, com esse contato com fãs jovens e maduros que jamais presenciaram seus shows? Ah! Está sendo incrível, né? É como reviver momentos de 20 e 30 anos atrás, com a mesma intensidade, a mesma energia do público, muito intensa. E é isso que vem acontecendo e causa uma grande felicidade. É um grande reencontro, uma grande alegria, assim, proporcionar isso para o público e a gente receber o que recebe do público de volta. Então, assim, é uma coisa realmente incrível. E é surpreendente o fato de reviver isso 30 anos depois, enfim. É interessante perceber isso.

Você e o Bonfá seguiram a estrada em carreiras próprias, após a morte do Renato Russo. Mas como vêm lidando com a ausência do amigo nos vocais, nestes palcos que são do Legião Urbana? É claro... Renato partiu há 20 anos, enfim. E, na verdade, como lidar com isso é que a gente está vivendo nesse outro momento. É simplesmente estar ali para relembrar quem foi Renato, o que ele escreveu e produziu junto com a gente. A ideia é essa também: Ele estar presente, onipresente, a cada segundo daquele espetáculo, né? E, hoje, a gente não tem mais aquele compromisso que a gente tinha há 20 anos. Compromisso com a carreira do grupo, com gravadora, enfim, essas coisas todas que fazem parte da estrada do artista. Menos cobranças e o que for. O nosso grande compromisso agora é interpretar

essas canções ao vivo no palco e chegar nas pessoas da melhor forma possível. Então, é basicamente o Renato estando ali sempre presente. Essa experiência reaproxima a Legião Urbana das lembranças dessa convivência nos shows. Quais são as lembranças mais recorrentes? Tem alguma que você lembre agora? Não... Assim... Eu acho que é o tempo todo. A cada segundo daquele espetáculo que tem quase duas horas e meia, me faz lembrar todos os momentos dessa vida, desses 30 últimos anos, da gente junto, da gente tocando, de gente no estúdio, fazendo aquelas músicas, da gente indo divulgar e indo tocar. Então, é como reviver aqueles momentos, não é? Assim, tipo... Sei lá! O Estádio do Palmeiras em 1990, o Parque Antártica com 60 mil pes-

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soas; o Jockey Club no Rio de Janeiro. Enfim, aquela comoção, aquela catarse plena. É isso que me faz lembrar o que a gente foi... E o que a gente é, na verdade. Durante o show daqui, você lembrou da atualidade da música Teatro dos Vampiros, diante deste momento que você chamou de “tempos sombrios e macabros”. Algumas pessoas na plateia reagiram gritando “não vai ter golpe”. De onde você entende que vem essa permanente ameaça à democracia que está eternizada nessa canção, aqui no Brasil? Pois é... São tempos sombrios e macabros, não é? Você vê o que aconteceu ontem [dia 23 de maio]. Eu acho que vai cair... O castelo de cartas está caindo. É um efeito dominó. Vai cair tudo. E de onde vem isso? Isso vem de nós. Nós é que botamos esses representantes todos, ali. Nós, o Brasil e o povo brasileiro, somos todos responsáveis, em relação a golpe, não-golpe. Eu quero que todos caiam! E a primeira já caiu, que é essa presidente [Dilma Rousseff]. Agora, virá o vice [Michel Temer] e, depois, vamos ver. A gente nunca teve uma posição partidária. A Legião Urbana nunca teve, assim: ‘Ah! Eu sou Lula, sou isso ou aquilo’. Não. Mas as questões são simplesmente questões de ordem humanista, de ordem de estatuto, de Estado, de instituições... A gente quer educação, a gente quer saúde, a gente quer segurança, emprego, essas coisas todas. Basicamente, [a gente quer] educação, para a gente poder seguir em frente, em caminhos menos obscuros, né? E eu acho que, nesses 30 anos, avançou-se um bocado em certas questões, mas patinamos e retrocedemos em algumas outras. Lá no Legislativo, por exemplo. Na forma dessa democracia de coalizão. Isso não existe. Aqui, não pode existir na forma em que ela é concebida hoje em dia. E acho que essa música explica essas coisas todas. ‘Os meus amigos todos estão procurando emprego’. É isso. E é uma música que fala que o Teatro dos Vampiros é a televisão. O que a gente assiste na televisão é realmente assustador. A ex-senadora alagoana que

É simplesmente estar ali para lembrar quem foi Renato [Russo]. É ele estar onipresente, a cada segundo daquele espetáculo. Me faz lembrar o que a gente foi... E o que a gente é

perdeu a eleição passada para o senador Collor, Heloísa Helena, enxergou nesses diálogos divulgados ontem [23 de maio] entre o ministro Romero Jucá e Sérgio Machado como a exposição de Dilma e Temer como “dois lados de uma moeda suja” e de “um mesmo modus operandi de roubar”. Você concorda com essa conclusão? Plenamente. Gente! Eles [Dilma e Temer] são sócios! É pura ingenuidade querer achar que o PMDB, que é o vice da chapa, ali, não estava ganhando nada. Gente, esses caras são sócios, né? A coalisão inteira deles. Sócios em quebrar [o Brasil]. Há roubalheira na Petrobras, na Eletrobras, agora vem o BNDES. Vamos ver! São sócios, indiscutivelmente. Ela [Heloísa] falou muito bem: ‘Os dois lados imundos de uma mesma moeda’. Reforçar os questionamentos de Que País É Esse, ao cantar aqui em Alagoas, despertou algum sentimento diferente, por estar cantando na terra de Renan Calheiros e de Fernando Collor, que se mantêm na cúpula do poder apesar da sucessão de escândalos em que se envolvem? [Risos] Tem todo o sentido, né?

A ameaça à democracia vem de nós. Somos responsáveis em relação a golpe, ou não golpe

Foi uma música que foi escrita quando o País era uma ditadura militar, em 1979. A gente tinha um presidente João Figueiredo, que era um militar. E quem estava no front eram os milicos, né? Outro dia, o Fernando Henrique Cardoso virou e falou: ‘Porra, era um momento em que a gente sabia os nomes de cada general da República’. Hoje a gente não sabe o nome de um general. Mas sabe o nome dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Isso é uma grande mudança, em certo sentido. Mas o que acontece... Realmente, a imagem pública das Alagoas é a pior possível, né? Seus representantes são bem... Como dizer? Suspeitos. No mínimo! No mínimo, suspeitos. Não vamos entregar mais adjetivos. Mas, é uma pena a Heloísa Helena... Existem quadros que perdem as eleições. Por que será? Com certeza, é o poder econômico. E esse dinheiro, veio de onde? Eu acho que veio da Petrobras, para as campanhas milionárias aí dessa gente.

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É o que a Operação Lava Jato vem mostrando, né? Indicando. Que assim seja, para sempre! É possível afirmar que a Legião acabou em 1996, com a morte de Renato Russo, mesmo diante de tamanha presença das canções no repertório das gerações que amam o rock nacional? Eu acho que o grupo acaba ali, naquele momento. A gente não lançou mais nada, enfim. Novas canções. O grupo não existe, não é atuante, em temos de composição, produção e tal, sem Renato. Isso é difícil. Isso é bem claro. A Legião acabou, mas o que restou são as canções. E o que a gente está fazendo hoje é tocar essas canções para o público. E o que eu tenho percebido é que o público tem agradecido bastante essa volta, nesse sentido de a gente estar comemorando o fato de ter voltado aos palcos nessa celebração. Então, a música fica. A música ficou. E pelo que a gente percebe, vai ficar por

um bom tempo. Mas o grupo acabou. Os fãs, então, não podem esperar algo para além dessa turnê, não é? Não. Acho que não. Não, né? Acho que a gente vai tentar mapear o Brasil bem, assim, até o fim do ano. E aí, vamos reavaliar, quem sabe mais para frente montar alguma outra coisa, enfim. Esporadicamente poder tocar aqui ou ali. Mas, aí a gente volta para a nossa vida normal, né? Vai fazer um novo disco. Vai tocar em teatros pequenos. Aquela coisa. Já havia uma decisão bem resolvida sobre isso, ou essas críticas e acusações do filho do Renato Russo contribuíram para o anúncio de que não haveria essa retomada da banda a partir desta turnê? Não. Esse menino não interfere mais em nada nessa questão. Ele perdeu. Daqui para frente, ele só vai perder. A questão é íntima, pessoal mesmo, da gente. A gente falou: ‘A gente está comemorando, aqui. Vamos ficar um ano tocando e acabou’. A ideia basicamente é essa. Você falou que a banda não é uma empresa, não é uma corporação, nesse show de Maceió. Ficou bem claro. Foi recado direto a toda essa batalha judicial aí? Com certeza. A gente sempre foi na contramão dessa questão toda. A gente veio do punk, do pós-punk, enfim. Fomos ingênuos, talvez. Mas a gente fazia música e tentava administrar da melhor forma possível o que seria essa suposta empresa, que não era uma empresa, enfim, nós, a nossa relação interna. E sempre foi assim. Querer transformar isso numa empresa é difícil. Não vai acontecer. Ele [o filho de Renato Russo] pode ficar com a marca. A marca é dele. Mas eu acho que ele vai ter pouco espaço de manobra, para ele usar essa marca. É uma marca que não vai poder ter a minha foto, a minha cara, nem a do Bonfá. Então é isso aí. [risos]


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