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Dirigente Lojista - 3
EDITORIAL DIRETORIA DA CNDL Em junho o comércio brasileiro deu mais uma mostra que é capaz de crescer, mesmo com as muitas dificuldades que enfrenta, principalmente em relação à velha questão da carga tributária que sacrifica a todos. Contrariando os mais pessimistas, o mês de junho apresentou números expressivos de crescimento. O Dia dos Namorados, tradicionalmente uma das mais importantes datas comemorativas e que neste ano coincidiu com a abertura da Copa do Mundo, superou as expectativas. De acordo com o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), e divulgado pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), o movimento de vendas no comércio brasileiro na semana de 6 a 12 de junho, aumentou em 7,2% em relação ao ano passado. O quadro fica ainda mais favorável se levarmos em conta que os números apontavam para um crescimento máximo de 5%. Não podemos esquecer outros aspectos que contribuíram para este crescimento, as festas juninas, tradicionais principalmente no norte - nordeste, e a própria Copa, que trouxe para um expressivo número de turistas, assim como muitos brasileiros viajaram para as cidades sede. O crescimento só se tornou viável porque o dirigente lojista compreendeu que para enfrentar momentos de dificuldade é necessário modernizar-se, investir em tecnologia, seguir as novas tendências desenvolvidas nos principais centros mundiais e estar preparado para atender os mais variados públicos, inclusive em relação à língua estrangeira. Provamos que somos especiais e a grande maioria dos visitantes deverá sair do Brasil encantada pelo nosso atendimento diferenciado e carisma único. Não podemos descansar em “berço esplêndido”. Precisamos buscar sempre a excelência, e sabemos que você lojista sabe fazer do nosso varejo um exemplo ainda maior e com isso crescer nosso associativismo
4 - Dirigente Lojista
PRESIDENTE: Roque Pellizzaro Junior 1º VICE-PRESIDENTE: Vitor Augusto Koch VICE-PRESIDENTE: Marcelo Salles Barbosa VICE-PRESIDENTE: Francisco Honório Pinheiro Alves VICE-PRESIDENTE: Geraldo César de Araújo VICE-PRESIDENTE: José César da Costa VICE-PRESIDENTE: Melchior Luiz Duarte de Abreu DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO: Silvio Antônio de Vasconcelos Souza DIRETOR DO DASPC: Roberto Alfeu Pena Gomes DIRETOR CDL Jovem: Geovanne Teles DIRETORES: Ralph Baraúna Assayag, Maurício Stainoff, Sergio Alexandre Medeiros, Jair Francisco Gomes, Marcelo Caetano Rosado Maia Batista, Mustafá Morhy Júnior, Paulo Gasparoto, Ilson Xavier Bozi, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antônio Xará, Fernando Luis Palaoro, Francisco Regis Cavalcanti Dias DIRETORIAS ESPECIAIS: Adilson Schuenke Darcy Junior Santos Celso Vilela Guimarães Valdir Luiz Della Giustinna Marcos Antônio Marques Cardoso Antoine Youssef Tawil José Manoel Ramos Egnaldo Pedro da Silva
CONSELHO SUPERIOR: Romão Tavares da Rocha, Aliomar Luciano dos Santos, Moacyr Menegati Junior, Francisco Freitas Cordeiro, Álvaro Cordoval de Carvalho CONSELHO FISCAL: Alberto Fontoura Nogueira da Cruz, Eduardo Melo Catão e Marcelino Campos (membros efetivos); Jayme Tassinari, Milton Araújo e Divino José Dias (suplentes) SUPERINTENDENTE: André Luiz Pellizzaro GERENTE: Kleber Sérgio Carvalho Silva SUPERVISÃO: Luiz Santana CONSELHO DELIBERATIVO DO SPC PRESIDENTE: Itamar José da Silva VICE-PRESIDENTE: José César da Costa CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO SPC BRASIL PRESIDENTE: Roberto Alfeu VICE-PRESIDENTE: Melchior L. D. de Abreu Filho DIRETOR FINANCEIRO: Silvio Antônio de Vasconcelos Souza DIRETOR ESPECIAL: Darcy Junior Santos DIRETOR DE COMUNICAÇÃO: Dr. Francisco Freitas Cordeiro SUPERINTENDENTE: Nival Martins Júnior CONSELHO FISCAL DO SPC BRASIL Luiz Antônio Kuyava, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antoine Youssef Tawil
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PA L AV R A D O P R E S I D E N T E
Copa do Mundo
e cenário econômico prejudicam
vendas no varejo
Recentemente acompanhei o indicador de vendas a prazo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) repetir o comportamento de baixa verificado nos últimos quatro meses e recuar 2,06% no mês de junho, em relação ao mesmo período de 2013. Basicamente vemos que, ao contrário do que se imaginava, o aumento do turismo em decorrência da Copa do Mundo não foi suficiente para expandir as vendas no comércio, que caíram pelo quarto mês seguido. No acumulado do semestre, a baixa nas vendas chega a 1,45%. Acrescento a esta análise o fato de o Dia dos Namorados (a terceira melhor data em faturamento para os comerciantes) ter coincidido justamente com o dia de abertura da Copa do Mundo. Além disso, os feriados decretados em função do torneio afastaram os consumidores dos estabelecimentos de compras, prejudicando o desempenho das vendas. É que uma parcela considerável de trabalhadores foi dispensada pelas empresas no meio da tarde e algumas partidas foram realizadas no sábado, que é considerado um dos dias que mais movimentam o varejo. E o gasto do consumidor com bens de ticket médio maior, geralmente parcelados, perdeu espaço para produtos temáticos da Copa e em especial, para os alimentos e bebidas, que em geral são pagos a vista.
Outros fatores econômicos como o encarecimento do crédito, a baixa confiança dos consumidores e a inflação em patamar elevado também contribuíram para o resultado.
“
Os dados reforçam a tendência de perda de fôlego da atividade econômica daqui pra frente. Há queda generalizada entre os principais indicadores de confiança da economia, influenciada pelo aumento dos juros, pela inflação resistente e pelo crescimento moderado da massa salarial.
“
Dirigente Lojista - 5
ÍNDICE
477 EDIÇÃO
22
Entrevista
Bitcoin: a moeda virtual no Brasil.
28
Arquitetura
Sustentabilidade como estratégia comercial. 6 - Dirigente Lojista
44
Recursos Humanos
A arte da liderança (parte 2).
50
Varejo
Tendências do varejo no Brasil.
ÍNDICE
Matéria de Capa MELHOR IDADE:
você está pronto para atender a demanda crescente de consumo?
33
Este público, também conhecido como terceira idade, é formado por pessoas a partir dos 60 anos tem representado sua grande importância cada vez maior na economia brasileira. Os principais motivos são o crescimento do poder aquisitivo e a disponibilidade para consumir, assim como o interesse e o acesso a novas tecnologias. Em contrapartida, o lojista precisa estar preparado para atender este tipo de público altamente exigente.
SEÇÕES 08
Brasil Lojista
15
CDL Jovem
16
SPC Brasil
18
Informe Jurídico
20
O Varejo em Frases
60
Oportunidade
66
Nota
54
Consumidor
Torne seus clientes FÃS da sua empresa
Segundo o SEBRAE, 65% das vendas fechadas vêm dos clientes fidelizados e não dos novos clientes. Dirigente Lojista - 7
B R A S I L L O J I S TA
Movimento Lojista de Luto Faleceu no dia primeiro de julho o ex-presidente da CNDL, Sebastião Mauro Figueiredo Silva, atuante no Movimento Lojista há mais de 30 anos. Mineiro, Sebastião fundou a CDL de Contagem (MG) sendo o primeiro presidente da entidade entre os anos de 1981 a 1986. Na FCDL de Minas Gerais, foi presidente da entidade por quatro mandatos: 1986 a 1987; 1987 a 1989; 1993 a 1995; e 1995 a 1997.
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presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, lembrou sobre a trajetória de Sebastião no Movimento Lojista e lamentou a morte do ex-presidente. “O Movimento Lojista está de luto. Nós perdemos um grande líder, uma pessoa carismática e que não deixava de comparecer aos eventos realizados por nós”, disse. Já o presidente da FCDL/MG, José César da Costa, lembrou que Sebastião Mauro foi um grande exemplo de liderança por mais de 30 anos. “Sempre carismático, simples, forte, apaziguador e responsável, nos deixa um grande legado de realizações. Firme e responsável no que concerne às responsabilidades do cargo de liderança, subiu todos os degraus do Movimento, deixando sua marca ao conduzir a CNDL em um momento de difíceis mudanças e unindo todo o Movimento nacional”, finalizou. Em manifestações nas redes sociais, lojistas de todo o país lembraram sobre a trajetória deste grande líder no Movimento Lojista. Uns falaram sobre a dedicação e carinho que devotou ao Movimento Lojista. Outros, sobre o legado e exemplo que deixou e sobre a sua dedicação às causas sociais
8 - Dirigente Lojista
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Presidente da CDL
Campo Grande
assina termo de adesão na ONU Assessoria CDL Campo Grande.
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presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDLCG), Ricardo Kuninari, viajou com a comitiva do Governador do Estado de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli para Nova Iorque no último mês de março com o projeto “Mato Grosso do Sul Visto pelo Mundo”. A intenção dessa viagem foi para levar os projetos sul-mato-grossenses e apresentá-los a Organização das Nações Unidas (ONU). Com o tema “MS o melhor lugar para investir e viver”, André Puccinelli palestrou para 193 embaixadores da ONU, apresentando os investimentos já realizados no Estado e as perspectivas para o futuro.
Junto ao governador e outros representantes de MS, Ricardo Kuninari assinou a adesão das “8 Metas do Milênio”, termo mundial que visa melhorar o planeta terra, entre eles, estabelecer uma Parceria Mundial de Desenvolvimento que inclui erradicar a fome e a miséria, oferecer educação básica de qualidade para todos, reduzir a mortalidade infantil, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente e um mundo onde todos trabalham pelo desenvolvimento. “Nossa viagem foi de extrema importância para o desenvolvimento da região de Mato Grosso do Sul, pois tivemos a oportunidade de levar nossa cultura, bem como os trabalhos feitos aqui para uma das mais importantes organizações mundiais existentes”, comenta Kuninari. O grupo oficial que viajou na comitiva do governador para os Estados Unidos contou com empresários e autoridades. Entre eles o presidente da CDLCG, o deputado júnior
Mocchi, o prefeito de Naviraí Leandro Peres de Matos e o diretor institucional da MV Agência, Uilson Moralles. Outras personalidades acompanharam a comitiva, entre eles artistas da terra, escritores, músicos e representantes de classe. Para Ricardo Kuninari, fazer parte desse momento é algo muito importante. “Foi um grande privilegio fazer parte dessa seleta comitiva. E além do momento ímpar onde assinamos o termo na sede da ONU, a CDL Campo Grande foi a primeira entidade de MS que marcou e agora faz parte da história das Organização das Nações Unidas”, diz
Dirigente Lojista - 9
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CDL Campo Grande recebe palestra sobre o Consumidor do Futuro
O Presidente CNDL, Roque Pellizzaro Junior, esteve em Campo Grande (MS) no dia 03 de julho para participar da 25ª edição do Encontro Empresarial, realizado pela CDL de Campo Grande.
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a parte da tarde, Roque Pellizzaro Junior recebeu a imprensa na sede da CDL, quando falou sobre o cenário do comércio local e nacional e as expectativas para este e o próximo ano. À noite, palestrou sobre O Consumidor do Futuro, quando mostrou através de uma linha do tempo a evolução e as novas exigências dos consumidores e o que podemos esperar para o futuro. O presidente da CNDL falou ainda so-
bre como o varejo pode se preparar para esta evolução tecnológica com a crescente exigência dos consumidores. O Encontro Empresarial é realizado pela CDL Campo Grande através de uma programação anual com objetivo de atender as necessidades dos associados e convidados. Para o presidente da entidade, Ricardo Kuninari, o evento é mais uma oportunidade para estreitar os laços entre os empresários do comércio e varejo da capital. “Essa ação reflete o objetivo estratégico da nossa instituição e de todos os nossos parceiros. O comércio de Campo Grande é sustentável e desenvolvido na medida em que atrai confiabilidade, pois oferece à população cada vez mais produtos e serviços de qualidade”, completou
Presidente da CNDL participa de encontro com prefeito de Campo Grande
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om agenda no Mato Grosso do Sul, o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, se encontrou com o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte. Durante a reunião, o presidente da CNDL falou sobre o Movimento Lojista, mostrando a força e capilaridade pelo país.
Participaram ainda do encontro os presidentes da FCDL/MS, Roberto Rech, e da CDL Campo Grande, Ricardo Kuninari. À noite o presidente da CNDL palestrou na 25ª edição do Encontro Empresarial realizado pela CDL de Campo Grande, com o tema: O Consumidor do Futuro 10 - Dirigente Lojista
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Com auditório lotado,
Carlos Alberto Sardenberg ministra palestra na CDL Goiânia
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enário econômico brasileiro. Este foi o tema da palestra que o jornalista e comentarista econômico da Rede Globo e da Rádio CBN, Carlos Alberto Sardenberg ministrou na CDL Goiânia (GO). Na ocasião, ele abordou, entre outras questões, como a economia do País pode influenciar no cotidiano dos lojistas goianienses. Estiveram presentes diretores e associados da CDL, empresários, lojistas, e representantes de entidades de classe. Mais de 200 pessoas lotaram o auditório para prestigiar o evento. A edição 95 da revista O Lojista trará uma entrevista exclusiva com o jornalista. Sardenberg é âncora do programa CBN Brasil e comentarista do Jornal da Globo e do Jornal das Dez, da GloboNews. Ele também assina uma coluna no jornal O Estado de São Paulo, às segundas-feiras, e outra, às quintas-feiras, no jornal O Globo. Com mais de 40 anos de carreira, Sardenberg ainda trabalhou como repórter, redator e editor nos jornais O Estado de São Paulo, Jornal do Brasil e Folha de São Paulo, além das revistas Veja e IstoÉ.
Presidente da CNDL participa de evento do Sebrae em Brasília
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presidente da CNDL participou no dia 26 de junho de evento realizado pelo Sebrae, em Brasília. Roque Pellizzaro Junior foi recebido pelo presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, e pelo conselheiro da Associação Brasileira dos Sebraes Estaduais, Antônio Valdir Oliveira Filho.
O Sebrae montou um quiosque para expor e vender artesanato em um shopping da cidade. A estrutura fez parte do Expoart-DF que contou com 4.500 peças produzidas por artesãos locais. Além de Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Fortaleza receberão a exposição Dirigente Lojista - 11
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Conselho Deliberativo
do SPC Brasil elege nova diretoria Numa assembleia histórica, num clima de total harmonia e com a maioria absoluta das entidades cotistas do SPC Brasil, sob a condução irretocável do presidente do Conselho Deliberativo Itamar José da Silva, foram eleitos os futuros administradores do Serviço Nacional de Proteção ao Crédito – SPC Brasil. Dos cotistas com direito a voto, 18 compareceram elegendo com 94% dos votos os seguintes dirigentes que cumprirão mandato no triênio 2015/2017:
O Conselho Deliberativo ficou assim constituído: Presidente: Bruno Selmi Dei Falci Vice-Presidente: Ralph Barauna Assayag.
Para o Conselho de Administração: Presidente: Roque Pellizzaro Junior Vice Presidente: Marcelo Salles Barbosa Diretor Financeiro: Silvio Vasconcelos Souza Vice-Diretor Financeiro: Itamar José da Silva Diretor de Relacionamento: Frank Sinatra.
No Conselho Fiscal: José Cesar da Costa, Maria do Socorro e Melchior Luiz Duarte de Abreu Filho
Atuaram como escrutinadores os senhores: Eronaldo de Vasconcelos Maia (CDL João Pessoa) e Adjar Soares (FCDL/PE).
A partir de agora a Diretoria eleita insere-se num período de transição no SPC Brasil para se familiarizar com as áreas, projetos e contratos, realizando uma transição segura diante da relevância do SPC para nossos associados e a própria sociedade. Eleito para presidir o Conselho Deliberativo, Bruno Selmi Dei Falci, declarou-se muito feliz com o apoio recebido e a expressiva votação constatada, numa demonstração da unidade dos cotistas e essa unidade vai auxiliar a superar os desafios dos próximos 3 anos com tranquilidade, equilíbrio e resultados positivos para todas as entidades integrantes do Sistema CNDL. Para Roque Pellizzaro Junior, futuro presidente do Conselho de Administração do SPC Brasil, nestes anos muito já foi feito, e juntos, muito mais podemos fazer. "Precisamos aumentar a rentabilidade de nossas CDLs com novos produtos, e o time eleito hoje, tem todas as condições necessárias para este desafio", completou.
FCDL/CE reúne lojistas da cidade Alto Santo
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Presidente da CDL de Limoeiro do Norte, Ney Wellington, e o superintendente da Federação das CDLS do Ceará, Francimir Chaves, estiveram reunidos com empresários da cidade de Alto Santo (CE). 12 - Dirigente Lojista
Entre os assuntos em pauta, esteve a fundação de uma CDL no município
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Dirigente Lojista - 13
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CDL Uberlândia
No último dia 3 de junho foi aprovado em reunião da Câmara de Defesa do Contribuinte, CADECON, na Cidade Administrativa, o credenciamento da CDL Uberlândia (MG) para funcionar como Serviço de Proteção dos Direitos do Contribuinte, DECON, em seu município.
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ADECON e DECON compõe um órgão de defesa dos contribuintes frente ao Fisco. A votação foi unânime e agora os contribuintes da cidade poderão recorrer à entidade
Foto: OGE.
transformou-se em órgão de defesa dos contribuintes da cidade
para fazer suas reclamações contra atos arbitrários e, consequentemente, receber dela todo auxílio, esclarecimentos e orientações necessárias acerca dos procedimentos cabíveis em suas reivindicações. As CDLs interessadas em se credenciar como DECON deverão dirigir requerimento formal ao presidente da CADECON, Gilberto Silva Ramos, que determinará a inclusão da solicitação nas próximas reuniões que ocorrem ordinariamente a cada semestre e extraordinariamente sempre que convocadas com urgência.
Presidente da CDL Manaus visita sede da CNDL em Brasília
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presidente da CDL Manaus, Ralph Baraúna Assayag, esteve em Brasília no dia 25 de junho para posse do novo desembargador federal, Marcos Augusto de Souza. Antes do evento, o presidente da CDL realizou visita de cortesia à sede da CNDL, acompanhado da assessora de imprensa da CDL Manaus, Cíntia Lira.
Durante visita, Ralph Baraúna Assayag, que também é diretor da CNDL, foi recebido pelo gerente Luiz Santana 14 - Dirigente Lojista
CDL Jovem Fortaleza realiza palestra
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m público seleto entre empresários, comerciantes, estudantes, professores e fãs receberam o palestrante e guitarrista do Angra - banda de metal progressivo - Kiko Loureiro, que já iniciou sua apresentação com a impactante frase do filósofo grego Aristóteles: “Nós somos o que fazemos repetidamente, portanto excelência não é um ato isolado, mas sim um hábito”. Durante a palestra, ele foi enfático ao afirmar: “é raro o destaque pelo talento, o que conta mesmo é a dedicação, disciplina, metodologia, criatividade, referências e o bom posicionamento, que fazem toda a diferença no mercado”. Segundo Loureiro, foi com essas características que obteve grande sucesso: vendeu milhões de CDs, recebeu disco de ouro no Japão e conquistou uma legião de fãs e admiradores. A vivência no mundo do rock, nos palcos, horas em gravadoras, contato com o público, fez Loureiro “linkar” a vida pessoal com a corporativa, exemplificando que a prática leva à confiança. “Em algum momento, a oportunidade surge e chega a hora da verdade. Os que estão preparados tiram vantagem. É imprescindível a coragem de se arriscar, tentar algo novo, aprender com os erros. Ser diferente ou ser o melhor? Ter
foco é primordial para criar uma ‘love mark’. Quando se arrisca, gera-se novos consumidores, que viram simpatizantes e tornam-se fãs, nos quais certamente serão leais a sua marca”, aconselha.
Após a palestra, o público interagiu com o palestrante, que com seu carisma e atitude deixou sua marca registrada na CDL Jovem, conquistado mais uma legião de fãs
Dirigente Lojista - 15
Cresce a venda de veículos seminovos, mas negociação requer cuidados especiais Com a mudança do cenário econômico do país, veículos seminovos passam a ser uma boa opção para quem quer trocar de carro. E o SPC Brasil oferece um serviço que auxilia na segurança do comprador antes de bater o martelo Nos últimos anos, o Brasil viveu um momento próspero da indústria automotiva. Com a inflação sob controle, aumento da taxa de pessoas empregadas e benefícios fiscais como a redução do IPI por um período prolongado - a venda de carros zero quilômetro bateu todos os recordes positivos para o setor. No entanto, o cenário já não é o mesmo. Em 2013, a venda de veículos novos caiu pela primeira vez em dez anos, segundo informações da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). A restrição do crédito, associada ao crescente endividamento das famílias, a inflação em alta e o aumento dos juros, contribuíram para a mudança de perspectivas no setor.
Apesar desse fim de ciclo na economia brasileira, o pessimismo não se estende ao mercado de carros usados. Nesse segmento especifico, o crescimento das vendas foi de 5,8% nos quatro primeiros meses de 2014 em comparação com igual período de 2013, segundo levantamento da Fenauto (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores). “Um carro com dois anos de uso pode custar até 30% menos do que um 0 KM. Decidir se é melhor comprar um carro novo ou usado depende do perfil de cada consumidor, do veículo que ele deseja adquirir e do quanto pretende desembolsar. A diferença substancial entre as duas opções é a depreciação. A tendência é que o consumidor não perca tanto dinheiro ao comprar um carro usado porque nos dois primeiros anos após a compra, a desvalorização já é bastante alta”, explica a economista-chefe do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), Marcela Kawauti.
Preferência Nacional Uma pesquisa recente encomendada pelo portal Meu Bolso Feliz, iniciativa de Educação Financeira do SPC Brasil para estudar o uso das modalidades de crédito pelo consumidor, mostra que entre as pessoas que atualmente têm um financiamento no país, 35% o adquiriram para comprar um carro, ocupando o primeiro lugar na lista, ao passo que outros objetivos como reformar a casa ou pagar a faculdade aparecem no final, com 4% e 3% das intenções, respectivamente. José Vignoli, educador financeiro do portal, explica que a maneira ideal de se comprar um bem é fazer um planejamento para o longo prazo, aplicar o dinheiro aos poucos em um investimento e, ao final, comprar o bem a vista. “Assim o comprador além de barganhar um bom desconto, não pagará juros e ainda quitará o produto em um período mais curto”, conclui. No entanto, na prática, esse projeto nem sempre é possível, e assim as ferramentas de crédito surgem para dar vazão aos sonhos do consumidor, não devendo portanto serem vistas como vilãs, mas sim “apoiadores” que precisam ser utilizadas de forma inteligente para o sonho não virar pesadelo, pondera Vignoli.
Cuidados na hora da compra O financiamento de um veículo zero quilômetro é sempre mais seguro para o comprador, pois além da garantia de fábrica e da loja, ele tem a segurança que a documentação está em ordem. Já com um veiculo seminovo é preciso ter alguns cuidados antes de fechar a compra, sob o risco de um aparente bom negócio se transformar em dor de cabeça. “Comprar um carro usado requer precauções que não são necessárias para adquirir um carro zero, principalmente se a aquisição for feita diretamente com o dono e não por meio de uma agência”, explica Marcela Kawauti. A principal delas é checar a documentação do veículo e do proprietário que está vendendo. É importante verificar se existem dívidas de IPVA, quitação do seguro obrigatório, multas, financiamento não quitado e outras irregularidades na documentação, como número de chassi, vidros e placas. Para facilitar nessa busca de informações, o SPC Brasil disponibiliza para o mercado o “SPC AUTO”, um portfólio completo de serviços que auxilia o comprador a obter informações relevantes do veículo antes de fechar o negócio. “Com ele, o comprador evita negociações com veículos fraudados, roubados ou alienados, identificando a legitimidade dos dados e confirmando a propriedade do bem”, afirma Silvia Cravo, gerente de Produtos e Inteligência de Mercado do SPC Brasil. Ela destaca que o serviço auxilia não apenas a Pessoa Física, sendo muito útil também aos donos de concessionárias que compram regularmente veículos usados para a revenda, além disso, pode ser utilizado para apoiar comerciantes e empresários na análise de um bem, dado como garantia de operações financeiras. Para adquirir o produto, o consumidor ou empresa pode se associar ao SPC Brasil por meio da Entidade mais próxima, ou pelo no site https://spcnet.com.br
INFORME JURÍDICO
“HÁ QUEM ANDE PELO BOSQUE E SÓ VEJA LENHA PARA FOGUEIRA” Tolstoi
OBESIDADE O Rio de Janeiro é a primeira cidade do país a ter um Estatuto dos Portadores de Obesidade. A lei 5.766/14 se destina a "regular os direitos assegurados às pessoas vitimadas pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e ganho de peso, associado a problemas de saúde" dentre estes, o acesso garantido à educação, cultura, esporte, lazer, espetáculos, produtos e serviços sempre com serviços que respeitem sua condição de excesso de peso além de programas de prevenção, tratamento e combate à obesidade. Fonte: Migalhas.
E-mail Ofensivo
E-mail com conteúdo mentiroso ou ofensivo pode resultar em sanções Civis e Criminais. Na esfera civil as questões jurídicas relativas aos danos de natureza moral postas à apreciação jurisdicional que resultam em indenizações. Já na Esfera Penal em sanções restritivas de direito ou de liberdade, a exemplo de crime contra a honra (calúnia, difamação e injúria). Fonte: Agência Digital. 18 - Dirigente Lojista
Dano Moral X Aviso Prévio A falta de pagamento das verbas rescisórias ou seu pagamento em atraso é um mero descumprimento das obrigações trabalhistas. Logo, não gera o dever de indenizar o empregado em danos morais. Com este entendimento, o Tribunal Superior do Trabalho absolveu o empregador de indenizar seu ex-colaborador que não recebeu o aviso-prévio no seu desligamento contratual. Fonte: TST.
Horas Extras O Tribunal Superior do Trabalho acolheu recurso de um empregado e condenou seu empregador a pagar como horas extras 30 minutos diários, tempo gasto para a troca de uniforme e ginástica laboral porque foi considerado à disposição do empregador. Fonte: TST.
INFORME JURÍDICO
FURTO
Censura?
A Justiça do Trabalho rejeitou as argumentações de uma funcionária de que fora coagida a pedir demissão, indeferindo a pretensão de conversão do pedido de demissão em demissão sem justa causa. No caso, a juíza do Trabalho Camila Augusta Cabral Vasconcellos concluiu a partir das provas que houve um ato de improbidade da reclamante, que foi pega furtando mercadoria do estabelecimento. Fonte: JT/PE.
O Supremo Tribunal Federal rejeitou pedido de partido politico para que fosse declarada inconstitucional parte da Lei Geral da Copa que proíbe manifestações ideológicas nos estádios brasileiros durante dos jogos da Copa do Mundo, sob a justificativa que a regra tem por objetivo evitar a segurança dos torcedores. Fonte: Estadão.
Direito A Justiça do Trabalho do Mato Grosso concedeu o direito a um trabalhador transexual a usar o banheiro feminino. Ele alegou incomodo ao ter que dividir o vestiário masculino, pedindo danos morais contra o empregador, que foram negados, garantidos porém, o uso do vestiário feminino. Fonte: Estadão.
Periculosidade Garantia Estendida
Lojistas são alvos de processos administrativos do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor que, instaurou os processos após investigação nas quais foram encontrados fortes indícios de práticas abusivas na venda de produtos, conjuntamente com seguros e serviços adicionais, não solicitados pelo consumidor. Denúncias registradas pelos consumidores nos Procons sobre venda irregular de seguros de garantia estendida, que eram incluídos na compra de produtos e eletrodomésticos, sem seu consentimento foram o ponto de partida das investigações. As multa podem chegar a R$ 7 milhões. Fonte: O GLOBO.
Foi sancionada a lei 12.997/14, a qual acrescentou o parágrafo quarto ao art. 193 da CLT, passando a dispor que também são consideradas atividades perigosas aquelas exercidas por trabalhadores em motocicleta com o adicional de 30% sobre o salário base. Fonte: Planalto. Em ALTA:
a lei carioca que concede mais dignidade às pessoas obesas.
Em BAIXA:
a aposentadoria prematura do Ministro do STF, Joaquim Barbosa. Perde a sociedade.
Por: André Luiz Pellizzaro E-mail: assejur@cndl.org.br Twitter: @PELLIZZAROANDRE Blog: www.pellizzaro.adv.br/blog
Dirigente Lojista - 19
O VA R E J O E M F R A S E S
“É necessário dominar rapidamente estas tecnologias para inovarmos a forma de fazer negócios e aproveitar oportunidades”. Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL, sobre o comércio eletrônico.
“O sucesso desta Copa vai também influenciar esta confiança, não sei até se já não influenciou. Se houver mais confiança, vai ter um apetite maior do consumidor para aquisição de veículos e bens duráveis”. Guido Mantega, Ministro da Fazenda, sobre o consumo pós Copa do Mundo.
“O empreendedor deve saber transpor os obstáculos com sabedoria, nunca desistir de seus planos e entender que o ‘errar’ muitas vezes o faz crescer” Francisco Honório Pinheiro, presidente da FCDL/CE, em entrevista à revista Conjuntura do Comércio.
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“A Missão Panamá vai trazer um ambiente para compra de mix grandes e em pequenas quantidades. Ao pagar, tudo é colocado num container e em 24 horas é enviado para o Brasil. É uma Missão que vale a pena”. Renato de Castro, diretor executivo da Baumann, sobre a Missão panamá que acontece de 26 a 31 de agosto.
“A Copa do Mundo antecipa uma onda de inovação tecnológica não esperada, mas que avançará por cima de todos os negócios no próximo ano”. Marcelo Castro, consultor da CNDL.
“São muitos problemas que enfrentamos para mantermos nossas lojas abertas. Após esta ação, vamos iniciar outra em defesa dos lojistas. O que a Federação está sempre em busca é a justiça tributária” Maurício Stainoff, presidente da FCDL/SP, sobre a expectativa para 2014.
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Bitcoin:
a moeda virtual no Brasil A crescente popularidade do Bitcoin em todo o mundo, principalmente como forma de pagamento cada vez mais comum no varejo em outros países, é o prenúncio de que em breve a moeda virtual também ganhará seu espaço no comércio brasileiro. Apesar da situação positiva, ainda há várias dúvidas sobre o Bitcoin, principalmente como é definido o seu valor, entre outros aspectos. Para traçarmos um perfil sobre o tema, entrevistamos o economista Fernando Ulrich, referência no segmento e um dos maiores estudiosos das teorias monetárias no nosso país, além de autor do livro “Bitcoin – A Moeda na Era Digital”. O que é o Bitcoin. Bitcoin é uma moeda digital. Mas é na verdade muito mais do que apenas uma moeda digital. É também um sistema de pagamentos internacional sem fronteiras, o qual não é controlado por nenhum governo e nenhum banco. É uma tecnologia que funciona em uma rede totalmente descentralizada. É uma forma de dinheiro, assim como o real, dólar ou euro, com a diferença de ser puramente digital e não ser emitido por nenhum governo. O seu valor é determinado livremente pelos indivíduos no mercado.
Existe uma popularização da moeda. O Bitcoin tem crescido nos países desenvolvidos e emergentes também. Por exemplo EUA e diversos países da Europa, o Bitcoin tem se popularizado mais por ser uma tecnologia inovadora que permite transações globais de forma rápida e segura. Os grandes investimentos no setor estão acontecendo nestes países. No Brasil o uso está apenas começando. Ainda há poucos comerciantes e empresas aceitando a moeda digital.
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Qual o atrativo do Bitcoin para países emergentes como o Brasil. Em países emergentes em geral, um grande atrativo do Bitcoin é a blindagem que ele permite contra ações arbitrárias de regimes opressivos ou perdulários, ou seja, que gastam em excesso. Os governos não podem inflacionar os Bitcoins, assim como não podem apropriar-se da rede Bitcoin. Governos tampouco podem corromper ou desvalorizar esta moeda digital. E também não podem proibir-nos de enviar Bitcoins a um comerciante no Maranhão ou no Tibete.
Quais as principais vantagens e desvantagens do seu uso para o consumidor e para quem o recebe. Para o consumidor a vantagem é não depender de terceiros para realizar simples transações e fazê-lo de forma barata ou com custo quase nulo. Para o comerciante, é uma forma de escapar das taxas de cartões de crédito, ou das fraudes de estornos de compras, em que o comerciante acaba perdendo o produto e o valor da venda. Entretanto, a cotação da moeda ainda apresenta certa volatilidade, o que pode impedir que comerciantes se sintam confortáveis em manter a moeda em caixa. Uma alternativa é usar intermediários de pagamento que facilitam a venda por Bitcoins, em que o consumidor paga com a moeda digital e o comerciante recebe em reais (se assim quiser). O intermediário, nesse caso, é o responsável por transferir o valor equivalente em reais ao comerciante. Empresas como a BitPay e a Coinbase, ambas dos EUA, já estão de olho no Brasil para entrar nesse grande mercado.
Atualmente no Brasil, quais são os segmentos que aceitam pagamentos com Bitcoin. Ainda há poucos segmentos que aceitam. Existe um site chamado Coinmap.org em que se pode verificar as empresas e pessoas que aceitam Bitcoins como pagamento no mundo todo. No Brasil ainda não há nenhuma grande empresa utilizando a moeda ainda.
Num contexto geral, o segmento varejista brasileiro está preparado para receber pagamentos em Bitcoins em grande escala. Adicionar a possibilidade de pagamentos em Bitcoins é algo relativamente simples. No entanto, por ser uma tecnologia bastante recente, não acho que o Bitcoin esteja pronto para o uso massificado. Ainda há algumas etapas para ele percorrer, melhorias e desenvolvimentos que devem ser feitos antes de que ele possa ser uma moeda usada pela população em geral no dia a dia. Mas certamente há setores que podem se beneficiar pelo uso do Bitcoin e que acabarão sendo pioneiros. Empresas de e-commerce e da indústria do turismo são alguns dos players que deveriam buscar agregar Bitcoins como possibilidade de pagamentos.
Qual a previsão para que o Bitcoin esteja em estabelecimentos de pequeno e médio porte. Acho que é apenas uma questão de tempo. O Bitcoin pouco a pouco vai sendo descoberto como uma excelente forma de dinheiro e um sistema de pagamentos realmente global e sem restrições artificiais. O que é necessário para o Bitcoin se popularizar são empresas e empreendedores criarem cada vez mais aplicativos e formas fáceis de utilizar a moeda digital. Assim, o usuário final poderá comprar e vender com Bitcoins com a facilidade que se envia um e-mail hoje em dia, sem nem precisar se preocupar como a tecnologia subjacente funciona. Mas a confiança requer tempo, não nasce da noite para o dia. Essa confiança vai sendo adquirida à medida que as pessoas entendem os grandes benefícios do Bitcoin e possam usá-lo com extrema facilidade.
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Quais são as empresas que se destacam no recebimento do Bitcoin no mundo. A WordPress foi a primeira empresa a aceitar Bitcoins. E o motivo foi simples: por ser uma plataforma para que pessoas em qualquer parte do mundo pudessem criar blogs e expressar suas ideias globalmente, era preciso um dinheiro que não fosse controlado por nenhum governo opressivo e capaz de bloquear transações. Assim, a WordPress passou a aceitar pagamento em Bitcoins para que um blogueiro na China ou no Brasil pudesse utilizar seus serviços. Nos EUA há grandes empresas de varejo online como a Overstock e a TigerDirect que já aceitam. Além disso há também a CheapAir.com, um excelente local para comprar desde passagens de avião até estadias em hotel e aluguel de carro. No Brasil ainda estamos começando.
Informe-se antes de tomar a decisão. Como se pode perceber, os Bitcoins são apenas uma tendência do nosso mercado e que foi pouco colocado em prática no Brasil. Mas o impacto causado pela sua criação e o aumento no seu uso em outros países obrigam que o tema seja apresentado para os nossos leitores. A conclusão é que antes de definir se vale ou não a pena aceitar pagamentos com Bitcoins no seu estabelecimento, é necessário consultar especialistas, principalmente advogados com vasto conhecimento em informática e sistemas alternativos de pagamentos.
Origem O Bitcoin nasceu após a crise mundial de 2008 e tem como objetivo criar uma moeda “sem fronteiras” e sem banco central. Já o “bit” no nome tem dois motivos: refere-se à sua virtualidade, assim como vem do termo “BitTorrent”, uma rede ponto a ponto (P2P), sem um ponto central, em que essencialmente cada internauta participante tem o mesmo valor e é anônimo. O Bitcoin não tem uma central de gerenciamento e para garantir a segurança, esta moeda virtual utiliza um complexo esquema matemático de criptografia.
Para saber mais sobre o assunto: www.infomoney.com.br/blogs/moeda-na-era-digital
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Bitcoin não é a única moeda digital disponível O sucesso dos Bitcoins fizeram com que outros concorrentes surgissem no mercado. No final de 2013, especialistas listaram 36 criptomoedas, sendo que o Ripple é o mais conhecido. Numa recente análise, concluiu-se que as moedas digitais somavam em termos de valor de mercado um total de US$ 3,3 bilhões, sendo que US$ 3,1 bilhões referiam-se ao Bitcoin.
Legalidade ainda é questionada Um ponto que não pode ser ignorado é o questionamento da legalidade das moedas virtuais, e principalmente dos Bitcoins. A razão principal é que o Bitcoin não foi reconhecido como moeda em nenhum país, sendo assim é vista como um objeto ou serviço (por não ser algo físico, palpável) a ser comercializado. Isto afasta as grandes empresas, pois ainda não há uma lei que define se é necessário converter os Bitcoins em Reais, no caso do Brasil. Paradoxalmente, a falta de leis específicas não tornam as transações realizadas com a moeda digital ilegais.
Como são criados Os novos Bitcoins são gerados por meio de um processo competitivo e descentralizado batizado como “mineração”, que consiste na recompensa oferecida aos usuários pelos seus serviços. Estes usuários recebem o nome de “mineiros”, que se dedicam processando transações e fazendo a rede segura. Mas para isto é necessário usar hardware (equipamento) especializado e coletar novos Bitcoins em troca. Dirigente Lojista - 25
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Como se determina o valor Basicamente, o valor dos Bitcoins é determinado pela lei da oferta e da demanda. Se a demanda aumenta, seu preço dispara. Se a procura diminuiu, o preço acompanha e cai. Isto é causado porque há somente um número limitado de Bitcoins em circulação e novas moedas digitais só são criadas em uma taxa previsível e decrescente.
A demanda deve seguir este nível de inflação e é importante para manter seu preço estável. Ou seja, o valor dos Bitcoins é volátil. Há vários sites que informam e atualizam a cotação diária da moeda virtual, como por exemplo, o www.bitcoinhoje.com.
Primeira loja física de Bitcoins é inaugurada no Brasil No último mês de junho começou a funcionar a primeira loja brasileira para compra e venda do Bitcoin. O estabelecimento está localizado em Curitiba e trata-se da primeira franquia da marca Bitcoin to you. No local será possível que os usuários vendam suas moedas virtuais e recebam dinheiro na hora, além de comprar mais moedas, por meio de pagamento em dinheiro ou cartão de crédito.
Meu primeiro Bitcoin Você pode ter acesso ao Bitcoins ao aceitar o pagamento de bens ou serviços, comprar a moeda virtual em Bitcoin câmbio (já há sites especializados no Brasil e sites estrangeiros que atendem no nosso país), trocar com outras pessoas da sua região ou ganhar através de mineração competitiva
Fernando Ulrich,
especialista em economista .
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Conheça já o BR Week. O evento mais recomendado pelos principais líderes varejistas1: Alexandre Vasconcelos
José Domingo Barral
Diretor de Negócios – Grupo Pão de Açúcar
Presidente – Sonda
“O evento é uma oportunidade única para empresários e executivos de varejo. Os debates foram de alto nível. O evento precisa se perpetuar ”
“É o segundo ano que participamos e vejo que o evento cresceu e se consolidou. As discussões foram de excelente nível”
Ronaldo Pereira
Sandra Turchi
CEO – Óticas Carol
Sócia-Diretora – Digitalent
“O BR Week está lotado de pessoas com boa formação e engajadas, o que é um alento para o varejo, que vai crescer muito mais”
“É uma honra estar entre os presentes aqui no BR Week e poder contribuir com meu ponto de vista e conhecer novos enfoques”
Venha para o BR Week 2014. O melhor do varejo se encontra aqui.
Veja com exclusividade na edição deste ano:
Keynote Speaker
Thales Teixeira. Varejo, negócios e a nova economia da atenção. O único professor brasileiro na Harvard Business School, especialista em economia da atenção e comunicação digital.
Confira outros temas imperdíveis2: A arte de contar histórias no varejo. Transações e transições: para onde caminha o e-commerce no Brasil. Estudo inédito – panorama do consumidor de e-commerce no Brasil. O que me faz competitivo: as receitas, práticas e ideias que motivam os maiores empreendedores do varejo nacional.
Cerimônia de premiação “Os Mais Importantes no Varejo 2014”. Construindo uma voz para o varejo. O que a experiência da NRF pode ensinar para nós. Reinventando o atendimento: como fazer a diferença no PDV e ganhar a competição contra o e-commerce. Varejo em transformação: repensar, testar e refazer para sair do lugar comum.
Como tornar o varejo brasileiro mais fashion?
1 Participantes da edição 2013. 2 Sujeito a alteração.
VAREJO EM TRANSFORMAÇÃO: COMPETITIVIDADE EM FOCO. 28 DE JULHO – VISITAS TÉCNICAS 29 E 30 DE JULHO – CONGRESSO BR WEEK – HOTEL TRANSAMÉRICA | SÃO PAULO – SP Por tudo isso, se você ainda não garantiu a sua participação no evento varejista mais importante da América Latina, faça já a sua inscrição: 11 3125 2215 | eventos@gpadrao.com.br Para patrocinar: 11 3125 2236 | comercial@gpadrao.com.br
/brweek @brweek brweek.com.br #BRWeekÉNOVAREJO
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Realização
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ARQUITETURA
Sustentabilidade como O tema sustentabilidade entrou definitivamente na pauta de estratégias para atrair e fidelizar o cliente no varejo. E a arquitetura comercial torna-se uma excelente ferramenta para garantir esse sucesso. Bem criados e executados, projetos sustentáveis podem, além de preservar a saúde das pessoas e do meio-ambiente, reduzir custos e perdas e gerar receitas adicionais, aproximando clientes, fornecedores e colaboradores.
A
consciência ambiental na boa orientação do ambiente do ponto de venda gera valores intangíveis para a marca. Projetos relacionados à sustentabilidade, reciclagem e utilização de materiais reciclados, com sistemas de geração de energias renováveis, reaproveitamento das águas, oferta de produtos verdes e saudáveis são exemplos de como os varejistas podem aplicar essa estratégia em seu negocio. A arquitetura sustentável se materializa em projetos energeticamente eficientes, adaptados ao clima, considerando a iluminação natural integrada à artificial, com a especificação de acabamentos e materiais adequados ao clima e o uso de ventilação natural, numa acomodação eficiente ao entorno. Enfoca estratégias inovadoras e em dia com as novas tecnologias para melhorar a qualidade de vida cotidiana, aproveitando estruturas pré-existentes, usando materiais ecologicamente corretos e fazendo um planejamento territorial que envolva a proteção dos contornos naturais do empreendimento.
Projetos de lojas sustentáveis estão ligados a fatores como: * Qualidade ambiental interna e externa; * Redução do consumo energético; * Redução dos resíduos; * Redução do consumo de água; * Aproveitamento de condições naturais locais; * Implantação e análise do entorno; * Reciclar, Reutilizar e Reduzir os resíduos sólidos e Inovação. (a busca de uma forma sempre melhor de fazer algo e agregar valor).
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ARQUITETURA
estratégia comercial Grandes nomes do varejo mundial já praticam a sustentabilidade como estratégia de atuação que investem na construção de unidades eco-eficientes com o uso de soluções em projetos, que vão desde a redução de impacto ambiental no início da obra à operação diária.
A adoção de materiais reciclados e recicláveis na infraestrutura, o uso de painéis de comunicação visual com 90% de material reciclado em sua composição, torneiras e chuveiros com fechamento automático, iluminação com lâmpadas fluorescentes T5 e substituição de gases refrigerantes nos sistemas de ar condicionado e refrigeração são atitudes que garantem a sustentabilidade no varejo e podem ser melhor aplicadas com um bom projeto de arquitetura comercial sustentável.
Vale assinalar que a sustentabilidade estratégica anda de mãos dadas com a rentabilidade. Negócios sem rentabilidade não são sustentáveis.
No futuro, todas as lojas serão “verdes”. O aprendizado e a disseminação de boas práticas transformarão as questões ambientais e trabalhistas e a relação com todas as partes interessadas em um fato comum entre as empresas de varejo.
s a r tu u f s cem a e ade a t e ag r n a l s p e õ O aç ger
Vera Zaffari, arquiteta.
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assinatura.dirigentelojista@cndl.org.br (61) 3213.2000 - Linha Direta para Assinaturas
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Este público, também conhecido como terceira idade, é formado por pessoas a partir dos 60 anos tem representado sua grande importância cada vez maior na economia brasileira. Os principais motivos são o crescimento do poder aquisitivo e a disponibilidade para consumir, assim como o interesse e o acesso a novas tecnologias. Em contrapartida, o lojista precisa estar preparado para atender este tipo de público altamente exigente.
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Universo enorme de consumidores
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mercado de consumo da melhor idade tem merecido atenção nos últimos anos. Também pudera. Estamos nos referindo a um potencial atual de 23,5 milhões de brasileiros, de acordo com os dados divulgados pela IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) por meio da Pinad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio). O número comprova a tendência de envelhecimento da nossa população, pois é mais que o dobro do registrado em 1991, quando havia 10,7 milhões de pessoas nesta faixa etária. E as previsões são que este grupo apresentará números ainda mais representativos nos próximos anos, pois a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que em 2025, serão 32 milhões de pessoas na faixa etária da melhor idade, numa população prevista de cerca de 228 milhões de habitantes, fazendo com que o Brasil seja o sexto país com mais idosos no mundo.
Razões para o envelhecimento da população Uma das principais é o crescimento da expectativa de vida, que atualmente é de 74,8 anos para os brasileiros, cinco anos a mais do que em 2000. E há ainda a previsão de que esta média de vida chegará aos 80 anos em 2041, conforme o IBGE. Os economistas fazem questão de citar que outras causas importantes foram a Constituição de 1988, pelas mudanças que trouxe nas aposentadorias, e, principalmente, pelas conquistas alcançadas com o Estatuto do Idoso, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2004. Aspectos sociais também devem ser considerados, como a melhora das condições de saneamento básico, assim como os avanços da medicina nos últimos anos. 34 - Dirigente Lojista
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Aspectos econômicos O perfil dos “idosos” da atualidade influencia diretamente no seu comportamento econômico. Cada vez mais saudável e ativa, a turma da melhor idade se caracteriza pela independência, principalmente em relação ao consumo, não precisando de outras pessoas para se locomover ou mesmo para controlar suas finanças. Outro fator positivo é que a renda da aposentadoria e dos fundos de pensão tiveram crescimento relevante em relação à renda do trabalhador, mais de 50% na comparação, além de ser garantido o pagamento mensal destes benefícios. A própria aposentadoria passou a ser vista de uma outra forma, pois se antes representava velhice e era sinônimo de descanso, atualmente é uma oportunidade de transformar o tempo livre para novas atividades, como o estudo, a ginástica, o lazer e o próprio consumo. Apesar do pouco conhecimento relacionado ao tema, a consultoria Escopo, especializada em estudos de geomarketing, divulgou que em 2013 os brasileiros acima de 50 anos, em que a melhor idade é a maioria, gastaram algo em torno de 1 trilhão de reais (34% do total gasto pela população inteira). O estudo também comparou números passados e futuros para comparar o crescimento da participação do público “idoso” no consumo, apontando que em 2003 a porcentagem gasta pela faixa etária foi de 19% do total e que até 2020, a participação será de aproximadamente 50%.
O economista Roberto Rodrigues aponta que é crescente o número de residências em que os chefes de família tem mais de 50 anos: “Muitas cidades do Brasil têm se mantido ativa economicamente principalmente por causa da renda dos aposentados, que continuam assumindo o papel de chefes da casa e principalmente pelo desemprego ou êxodo dos mais jovens. É comum encontrarmos aposentados no mercado de trabalho, o que aumenta ainda mais o seu poder aquisitivo. Posso afirmar sem medo que cerca de 20% das famílias são mantidas pelo pessoal com mais de 60 anos em nosso País”. Outras informações gerais coletadas que merecem destaque são: a maioria das pessoas com mais de 60 anos é de mulheres, a renda total nesta faixa etária é maior que a renda nacional e que cerca de 70% dos “idosos” influenciam nas compras nos seus lares.
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Oportunidades com pequenos investimentos De acordo com Eduardo Terra, presidente da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), o segmento do comércio ainda está se ambientando com as mudanças que o público da melhor idade no Brasil está passando nos últimos anos: “É tudo muito novo, está havendo uma mudança de referência. O perfil deste consumidor mudou e influenciou diretamente na sua importância para o consumo. Atualmente é cada vez mais comum o “idoso” brasileiro seguir o modelo presente nos Estados Unidos, que é composto por pessoas aposentadas ainda jovens com outras obrigações em relação à casa e à família, principalmente em relação a sustentar os filhos, que já se mudaram de casa e formaram as suas próprias famílias, possibilitando que a renda disponível seja direcionada para outras áreas. E o consumo é uma das que mais se beneficiam”. O varejo precisa passar por transformações para atender de forma correta a melhor idade, que por englobar uma faixa etária extensa, apresenta diversas características.
Precisamos analisar particularidades do pessoal da terceira idade. Com o aumento do crescimento da expectativa de vida, os estabelecimentos são frequentados por pessoas com mais idade e algumas limitações naturais devem ser analisadas com carinho. O lado positivo é que as alterações nos pontos de venda podem ser básicas e exigem um investimento pequeno.
Os principais aspectos a serem observados é a acessibilidade, a visualização dos preços e o atendimento. Dispor de rampas e corrimãos nas lojas e elevadores, colocar os preços com números grandes, facilitando a leitura nas etiquetas, oferecer placas de indicação de fácil leitura e entendimento e preparar a equipe de trabalho para atender este público são iniciativas acessíveis e fáceis de serem implantadas não importando o tamanho da loja. A acessibilidade é essencial e deve ser cumprida não porque é exigida pela lei, mas até como uma estratégia para as vendas.
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Outras condições essenciais Não é só em relação à estrutura que o público da terceira idade encontra dificuldades. O sortimento de produtos, principalmente nos vestuários, ainda é muito característico. O publicitário paulistano Rubens Serrado aponta que este é um erro que precisa ser evitado: “O lojista é o elo entre o consumidor e o fabricante. Então, o lojista precisa estar atento aos pedidos deste cliente tão especial e repassar para aqueles que fabricam. Esqueça o vovô com aquele terno com corte antiquado ou a vovó com o vestido com uma cor sem graça. O pessoal da terceira idade se modernizou e quer produtos com as cores da moda e cortes mais modernos, porém adaptados ao seu gosto e ao seu corpo. E mais, querem praticidade também para achar este tipo de peça, mesmo em tamanhos especiais, principalmente em relação à disponibilidade em estabelecimentos próximos da sua casa. E mais, este conceito vale para todo e qualquer produto e não só para o vestuário”.
A localização do estabelecimento também deve ser estudada para atender o público com mais idade. Analise as características do bairro em que a loja se localiza de forma aprofundada. Informe-se e pesquise os dados demográficos da região e escolha as localidades, sejam elas cidades ou bairros, com maior população com estas características. Dirigente Lojista - 37
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Segmentação é uma boa saída A segmentação para o público da melhor idade pode ser uma boa estratégia de marketing, mas como se trata de um público com características próprias, é preciso ter alguns cuidados nesta ação. Segmentar não é ter preconceito. Ás vezes os lojistas nem percebem, mas ao segmentar acabam tendo algumas ações que afastam um determinado tipo de público específico. O pior exemplo é quando o atendente da loja informa que não há produtos para aquele determinado público, mesmo com o cliente mostrando disponibilidade em adquirir. Claro que este é um caso extremo, mas é preciso ter cuidado.
Não perca o cliente Basta um breve passeio por um centro comercial, seja em qual cidade brasileira for, para comprovar que a maioria dos estabelecimentos ainda não oferecem as condições necessárias. Para a aposentada Maria Carmelita da Silva, 82 anos e moradora de São Paulo-SP, a maior dificuldade é conseguir ler as etiquetas: “Estou fisicamente bem e não tenho dificuldade de locomoção. Muitas vezes deixo de comprar um determinado produto porque não consigo enxergar o seu preço na etiqueta. A dificuldade que encontro é no atendimento, formado por vendedores poucos preparados e que logo demonstram irritação e impaciência quando começo a fazer muitas perguntas”. Augusta Liberato, 75 anos, moradora de Campinas-SP, é outro bom exemplo: “Uso aparelho auditivo e percebo que os vendedores fogem de mim, pois sabem que terão que me dar mais atenção e poderão perder mais tempo no meu atendimento. Esta é a principal causa para eu comprar menos nos últimos anos”.
Já Geraldo Brasil, 80 anos, morador de Porto Alegre-RS, tem locomoção reduzida e utiliza-se de bengala e cadeira de rodas e se diz decepcionado na maioria das vezes quando precisa sair para fazer compras: “Não importa se as lojas são pequenas, médias ou grandes. A dificuldade é a mesma. Se tem escada, nem entro. É necessário facilitar a locomoção. Por esta causa sou cliente e fã daqueles estabelecimentos que me oferecem condições adequadas, onde encontro estacionamento adequado, rampas, elevadores e que oferecem cadeiras de rodas ou carrinhos motorizados que facilitam o meu acesso. Nestes locais faço questão de gastar mais do que estava previsto e ainda indico para os meus amigos com as mesmas dificuldades”.
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Outra boa dica: oferecer o serviço de forma diferenciada, mas nada especial e nem que se diferencie muito do que deve ser prestado para os outros públicos.
A melhor idade é um segmento de consumo que faz com que a equipe de vendas se prepare, sempre respeitando a característica de cada segmento do mercado.
O essencial é prestar atenção no discurso e adaptá-lo ao consumidor. No caso dos “idosos”, você precisa passar confiabilidade nas informações e tirar o máximo das dúvidas, deixando o comprador seguro de que aquele produto irá satisfazê-lo.
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Vale a pena investir no segmento Além das informações já apresentadas, Eduardo Terra aponta outro fator econômico: “A grande questão é que a renda deste público com mais de 60 anos tem crescido, mas não é só isto. Saliento que este público também dispõe de crédito garantido e mais barato, oriundos dos empréstimos consignados ao pagamento das suas aposentadorias. Um bom exemplo da importância desta fatia do mercado aconteceu nos Estados Unidos, pois grande parte do crescimento nos últimos anos foi decorrente deste segmento de consumidores. E isto também pode ser observado no Brasil com outras vantagens, pois aqui há a previsão de crescimento desta faixa devido ao bônus demográfico, também conhecido como “janela de oportunidades”, que é o momento em que a estrutura etária da população atua no sentido de facilitar o crescimento econômico”.
Isso acontece quando há um grande contingente da população em idade produtiva. Somos hoje um país de jovens, mas num período de 20 ou 30 anos o pessoal que está hoje nesta faixa produtiva fará parte da melhor idade. E com a diminuição dos números de fertilidade no país, crescerá o porcentual de idosos e, consequentemente, o mercado e a sua importância para o varejo.
Infelizmente ainda há falta de estratégia para o nosso mercado em relação à melhor idade. Não é preciso grandes investimentos e a possibilidade de retorno é enorme. Os empresários precisam se conscientizar e o maior desafio é agir.
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Estratégias para conquistar É consenso entre os especialistas que este consumidor é bastante exigente, porém recompensa aqueles que o atendem da forma correta com a fidelidade. A seguir o analisa Eduardo Terra, apresenta algumas dicas que podem fazer a diferença.
Atendimento Sua equipe deve prestar um atendimento cortês, gentil, prestativo, digno e paciente. Chame o cliente pelo nome, mas sempre acompanhado por senhor ou senhora. Isto indica respeito. Evite o autoatendimento para os “idosos” e disponibilize um funcionário, mesmo que sua loja seja baseada no modelo do cliente se servir. Lembre-se que as pessoas com mais idade valorizam a atenção dispensada e muitas vezes preferem pagar mais por um produto, desde que recebam o atendimento desejado. Cerque-se do máximo de informação sobre os produtos, ponto essencial para este nicho. Mas atenção, este público detesta ser tratado e taxado como velho. Um fato comum é o consumidor estar acompanhado e dividir o poder de decisão com outra pessoa. O vendedor deve comunicar-se com ambos com a mesma qualidade e demonstrar os benefícios da compra, principalmente responder a qualquer dúvida apresentada, não importando se seja do comprador ou do acompanhante. 40 - Dirigente Lojista
Distribuição na loja Facilite o acesso aos produtos mais procurados pelo público da melhor idade. O agrupamento é uma boa estratégia, diminuindo o tempo gasto dos clientes na loja e evitando grandes deslocamentos nos estabelecimentos. Evite a mudança do local de exposição dos produtos, pois isto confunde o comprador e atrapalha o aspecto da fidelização. Os produtos também precisam ficar numa altura adequada na prateleira e sempre ao alcance das mãos. A regra também vale para as etiquetas com os preços. Aliás, como já citado anteriormente, as etiquetas precisam ter os preços visíveis e em tamanhos maiores do que nas etiquetas disponibilizadas para os públicos mais jovens. O mesmo cuidado deve ser tomado com as placas de localização, que podem ser repetidas durante todo o caminho feito pelo “idoso”, inclusive sinalizando o chão.
Serviços É essencial oferecer estacionamento para os “idosos” e, se possível, manobristas. Facilite o transporte do consumidor do estacionamento para a loja, por meio de carrinhos elétricos e elevadores. Isto pode ser estendido também para os compradores que chegam de ônibus. Nesta situação, ofereça facilidades de transporte do ponto de ônibus ao ponto de venda. Outras estratégias eficazes: oferecer a entrega das compras na residência e, este mais raro, transporte especial de um determinado ponto, como estações de trem, metrô e pontos de referência das cidades, até a loja, facilitando a locomoção nos dois casos.
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o cliente da melhor idade
E-commerce
Confiança Estrutura da loja Deve ser voltada para a segurança e melhor atendimento do público com mais idade, o que beneficiará a todos os consumidores também. Atenção especial na iluminação, no tipo de piso utilizado, que deve ser adequado e não escorregadio, na colocação de rampas e corrimãos, portas automáticas e até na temperatura do arcondicionado. Uma iniciativa simples, mas que é ignorada é a questão da criação das áreas de descanso, que pode acompanhada por uma área de alimentação. Os corredores também devem ter uma largura adequada para a locomoção deste público. O mesmo deve acontecer com os provadores.
Seja ao divulgar uma promoção, na troca, na devolução ou na garantia de um produto, o consumidor da melhor idade preza muito a questão da confiança, que para ele é tratada como uma questão de fidelidade, seja da parte dele como do lojista. Para que o comprador não se sinta enganado, explique de forma detalhada e clara todos os pontos referentes ao adquirir o produto e o que eles poderão resultar no futuro. Dar atenção especial nos casos de garantia estendida e a cobrança a mais do que o previsto. É comum que no ato da compra, este tipo de cliente aceite, mas em poucos dias retorne para reclamar que não havia tido ciência. É importante uma política de liberalidade, permitindo que alguns prazos sejam maiores para este segmento de consumo, desde que isto seja colocado em contrato.
Considero que as perspectivas para o comércio eletrônico é tão bom quanto para o varejo das lojas físicas. Só que é preciso prestar atenção em alguns aspectos. As pesquisas apontam que a presença das pessoas da melhor idade está em franco crescimento na internet e nas redes sociais, só que isto não reflete ainda no mesmo crescimento nas compras pelo e-commerce. Acredito que os maiores problemas são a confiança que os mais idosos ainda não depositam em comprar pela internet, além da dificuldade em lidar com a própria tecnologia. Mas a chegada de novas gerações de “idosos” e que estejam mais acostumados com a linguagem digital deverá diminuir muito estes problemas. Em contrapartida, um ponto relevante para o comércio eletrônico conquistar os cliente acima dos 60 anos é que o seu deslocamento para as lojas, graças às entregas em domicílio, o que facilita muito em relação à dificuldade de mobilidade. Dirigente Lojista - 41
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O psicólogo Valdir Marques avalia que muitos consumidores com mais de 60 anos tende a praticar o consumo compensatório, baseado na auto recompensa pelos anos de esforço e dedicação à família: “Com mais dinheiro no bolso, o “idoso” quer alcançar a satisfação e não se preocupa tanto com o preço. O varejo deve investir em informação e atendimento para convencê-lo. Se conseguir, terá um cliente fiel. Hoje o público da terceira idade está associado a ideias positivas como liberdade, sabedoria, conquistas e um melhor conhecimento do seu “eu”. Os “idosos” são direcionados pelas suas necessidades e não pelo que está na moda. Se houver a compreensão destas características, a venda será executada com maior facilidade”. Para finalizar, destacamos que o dirigente lojista não pode abrir mão de um público em franco crescimento e pronto para gastar. O mais curioso é que para tornar-se plenamente apto para atender os clientes da melhor idade é preciso apenas pequenos ajustes em seu estabelecimento e parcos investimentos. Saia na frente dos concorrentes e torne as vendas para este público uma estratégia de vendas de grande sucesso no atendendimento aos clientes
Eduardo Terra,
presidente da SBVC.
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C A PA
MAIS DE 4 MIL LOJISTAS REUNIDOS. CONTANDO COM VOCÊ, É CLARO. LOJISTAS BRASILEIROS E INTERNACIONAIS NO MAIOR EVENTO DO COMÉRCIO. CONFIRA A PROGRAMAÇÃO
DIA 17 | QUARTA-FEIRA
09h – 18h
ENTREGA DE CREDENCIAMENTO/MATERIAL ATIVIDADES DA SECRETARIA DO EVENTO
18h30
CERIMÔNIA DE ABERTURA DA 54ª CONVENÇÃO ENTREGA DE PRÊMIOS
09h
10h50
11h50
13h
DIA 18 QUINTA-FEIRA
DIA 19 SEXTA-FEIRA
DIA 20 SÁBADO
Cenário Econômico MAILSON DA NÓBREGA
A Loja do Futuro REGIANE ROMANO
Insinuante um Case de Sucesso LUIZ CARLOS BATISTA
PAINEL UM NOVO MUNDO DIGITAL
Sebrae Nacional MPE VAREJISTAS
INFORMAÇÕES:
Sucessão na Empresa Familiar RENATO BERNHOEFT
Perspectivas para o Brasil ARNALDO JABOR
TEL.: (71) 3320-4040 Site: www.convencaonacionalbahia.org.br E-mail: institucional@cdl.com.br
SORTEIOS
SORTEIO/ ENCERRAMENTO
Chilli Beans um Case de Sucesso MÁRIO PONCI Mídias e o Varejo: Adaptação e Sobrevivência NIZAN GUANAES SORTEIOS
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Governo do Estado da Bahia Secretaria da Saude
SHOW DE ENCERRAMENTO COM IVETE SANGALO.
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ÚLTIMAS VAGAS.
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Dirigente Lojista - 43
RECURSOS HUMANOS
COMPLEMENTANDO A MATÉRIA INICIADA NA EDIÇÃO ANTERIOR, ABORDAMOS NOVOS TEMAS ESSENCIAIS PARA QUE A LIDERANÇA SEJA POSITIVA E REFLITA DIRETAMENTE NOS RESULTADOS DAS VENDAS.
A arte A daarte liderança A arte da liderança A arte da liderança Parte 2
da liderança
CONTE COM O APOIO DA EQUIPE O LÍDER MODERNO PRECISA COMPREENDER AS NECESSIDADES DA SUA EQUIPE E NUNCA ABRIR MÃO DOS OBJETIVOS E METAS TRAÇADOS.
Já para Wilson Mileris, da Mileris Consultoria e Treinamento, a primeira ação é procurar um propósito comum. “Para conseguir o apoio da sua equipe é necessário
ara alcançar o ponto de equilíbrio entre estas duas questões, é essencial ter o apoio de todos os envolvidos. O especialista em marketing e gestão de vendas, Diego Andreasi, observa: “Particularmen-
que o líder saiba que as pessoas desejam realmente ouvir e não somente os objetivos do líder. Elas também querem falar de suas próprias aspirações e precisam saber como seus sonhos se tornarão realidade e suas esperanças serão satisfeitas. Os integrantes da equipe querem se ver no quadro do futuro que o líder está pintando”.
P
te, a liderança pelo exemplo é a que mais me agrada. Um líder que cobra comprometimento no trabalho, mas que sempre atrasa o seu serviço, dificilmente conseguirá o apoio da sua equipe. Sobre este assunto, gosto sempre de citar o exemplo do famoso treinador de futebol Pep Guardiola, que conquistou vários títulos pelo Barcelona, da Espanha, e que atualmente está no Bayern de Munique, da Alemanha. Quando ele pede aos seus jogadores para que cheguem mais cedo ao treino do próximo dia, Pep é sempre o primeiro a chegar. Ao servir de parâmetro como exemplo, sobra poucas margens para reclamações”. 44 - Dirigente Lojista
Mileris indica que os melhores líderes compreendem que sua tarefa fundamental é inspirar uma visão compartilhada, e não vender sua visão idiossincrática do mundo: “Os bons líderes sabem que não podem mobilizar as pessoas para viajarem voluntariamente a lugares aonde não desejam ir. Para conseguir o apoio da sua equipe é preciso que o líder mostre a todos que o alcance das metas vai possibilitar a realização dos seus próprios sonhos e desejos. Somente aí é que as pessoas o seguirão de boa vontade”.
RECURSOS HUMANOS
ERROS COMUNS QUE PODEM SER EVITADOS Infelizmente, encontramos no dia a dia uma série de erros cometidos pelos líderes que acabam prejudicando diretamente os resultados alcançados nas vendas. Wilson Mileris deixa claro que a liderança não tem a ver com personalidade, mas com comportamento: “Os erros mais comuns cometidos por líderes tem a ver com práticas e compromissos”. DESTA FORMA, O CONSULTOR RELACIONA O QUE CONSIDERA COMO OS PRINCIPAIS ERROS DOS LÍDERES:
NÃO SABER APONTAR O CAMINHO A SER SEGUIDO.
O fato de não prestar feedback, ou seja, retorno regularmente é uma grande falha. Quando o líder tem este tipo de ação junto ao seu pessoal, ele está privando a equipe da oportunidade de melhorar seus desempenhos. Por sermos de uma cultura paternalista, existe um grande receio de nossos líderes em adotar esse tipo de atitude. Não caia nessa armadilha. Lembre-se: sem feedback, sem aprendizado. Aqui volta o “não” novamente, por exemplo, não dar o exemplo é outro ponto que merece atenção. Há líderes que querem cobrar pontualidade dos seus funcionários, mas sempre chegam atrasados. Proíbem fofocas, mas sempre estão falando mal dos seus diretores. Se você quer moldar o comportamento da sua equipe, comece com o seu próprio.
NÃO ESCLARECER SEUS VALORES PESSOAIS E NÃO SABER SER EXEMPLARES ALINHANDO SUAS AÇÕES COM OS VALORES COMPARTILHADOS. NÃO SABER INSPIRAR SEUS LIDERADOS ANTECIPANDO O FUTURO IMAGINANDO POSSIBILIDADES EMPOLGANTES E DIGNIFICANTES ALÉM DE ENGAJAR TODOS EM TORNO DE UMA VISÃO COMUM. NÃO INOVAR PORQUE NÃO EXPERIMENTAM E NEM ASSUMEM RISCOS PARA APRENDER COM OS PRÓPRIOS ERROS. NÃO PERMITIR QUE OS OUTROS AJAM NEGLIGENCIANDO A COLABORAÇÃO E A COOPERAÇÃO PARA DESENVOLVER A CONFIANÇA. NÃO RECONHECER AS CONTRIBUIÇÕES E VALORIZAR AS QUALIDADES INDIVIDUAIS, NÃO ENCONTRANDO MOTIVOS PARA CELEBRAR OS VALORES E AS VITÓRIAS PARA ESTABELECER UM ESPÍRITO DE COMUNIDADE.
ERROS RESULTAM NUMA EQUIPE DESMOTIVADA Inevitavelmente, os erros cometidos no cotidiano resultam numa equipe desmotivada e que “nada contra a maré”. Uma das maiores causas de desmotivação de uma equipe é quando o líder não reconhece o trabalho realizado. “Quando falo de reconhecimento, não me refiro apenas a bonificações financeiras, como muitos acreditam. Às vezes, um simples elogio poderá fazer uma enorme diferença. Os líderes precisam parar com essa visão de que o seu funcionário está apenas cumprindo com a sua obrigação. Trabalho bem feito deve ser reconhecido sempre”. Explica
Andreasi. Dirigente Lojista - 45
RECURSOS HUMANOS
CARACTERÍSTICAS NEGATIVAS DOS LÍDERES
A CHEGADA DAS NOVAS GERAÇÕES AO MERCADO DE TRABALHO
Wilson Mileris aprofunda a análise definindo algumas características que influenciam de forma negativa na motivação do grupo de trabalho.
A renovação natural do mercado de trabalho tem proporcionado a entrada dos jovens profissionais, que passaram a ser chamados de “gerações Y e Z”. As principais características destas gerações são o amplo conhecimento tecnológico e a sua formação num período de prosperidade econômica, o que permitiu que estudassem por mais tempo e começassem a trabalhar com uma idade superior do que a verificada nas gerações anteriores.
INFLEXIBILIDADE - Líderes que são incapazes de adaptar seu estilo às mudanças na cultura organizacional ou são incapazes de mudar em resposta ao feedback. Não são permeáveis à escuta ou ao aprendizado. DESVINCULADOS - Líderes que são demasiados críticos, insensíveis ou exigentes e alienam as pessoas que trabalham com eles. Não sabem estabelecer laços genuínos. DESCONTROLADOS - Líderes que têm pouca capacidade de trabalhar sob pressão e tendem ao isolamento ou às explosões de raiva. Perdem a compostura, a calma e a confiança em situações de crise ou tensão. IRRESPONSÁVEIS - Líderes que reagem defensivamente diante do fracasso e das críticas, negando, escondendo ou culpando os outros. Não assumem seus erros nem se encarregam de corrigi-los. EGOÍSTAS - Líderes que são demasiado ambiciosos, dispostos a levar vantagem à custa dos outros. Não mostram integridade e nem prestam atenção às necessidades dos subordinados e colegas. Seu único interesse é impressionar o chefe superior. ANTIPÁTICOS - Líderes que não demonstram empatia nem sensibilidade. Geralmente são cáusticos, arrogantes e propensos a intimidar os subordinados. Têm o hábito de enganar e manipular.
46 - Dirigente Lojista
A análise de Andreasi demonstra a necessidade de entender o ser humano em um contexto maior: “Antes de tudo, é preciso esclarecer um fato: independentemente de idade, sexo, geração e profissão, sempre teremos pessoas que são brilhantes, outras esforçadas e uma grande parte medíocres. E com a geração Y e Z não é diferente, portanto, primeiro entenda em qual dessas categorias o seu colaborador se enquadra”. Especificamente
à nova mão de obra: Quanto às características positivas, sabe-se que estas novas gerações gostam de participar das decisões da empresa, gostam de ser desafiadas e também são muito curiosas. Entretanto, a falta de foco se apresenta como o principal problema, inclusive já virou até assunto de livro. O importante é que os líderes precisam aceitar que o mundo mudou, logo, as empresas e as pessoas também mudaram.
NOVAS GERAÇÕES QUEREM “SER” E NÃO “TER” Os profissionais das novas gerações têm uma característica única que a diferencia. Eles querem equilíbrio entre vida pessoal e profissional e privilegiam a qualidade de vida. O foco é “ser” e não “ter”. Almejam um emprego que garanta qualidade de vida. Mas não é só. Eles também querem um trabalho estável e que ofereça um senso de propósito. Eles serão contestadores se o líder não fizer a leitura correta dos seus anseios e objetivos.
RECURSOS HUMANOS
Para lidar com essa geração é preciso ampliar a consciência social e desenvolver uma percepção mais apurada dos sentimentos, necessidades e preocupações com a geração Y e Z. O líder que pressentir os sentimentos e perspectivas destas gerações e assumir um interesse ativo por suas preocupações terá mais condições de implementar táticas eficazes na formação de vínculos estimulando relacionamentos produtivos. O elo é conseguir colaboração e cooperação através de metas compartilhadas.
O LÍDER PATERNALISTA É muito comum hoje nas empresas brasileiras, os especialistas analisam os pontos positivos e negativos neste tipo de liderança.
Diego Andreasi: considera como uma grande vantagem o fato da liderança paternalista gerar um ambiente de trabalho mais informal, o que estimula o companheirismo e a criatividade da equipe. Porém, como principal desvantagem, cita a confusão de papéis. “A figura de liderança deve sempre estar presente na cabeça da equipe. Se os papéis se inverterem, ou seja, se o líder começar a se afastar de suas responsabilidades e deixar de cobrar resultados por receio de perder amizades, ele fatalmente perderá a sua autoridade, o que poderá prejudicar o seu desempenho”.
Wilson Mileris lembra que: ser paternal é demonstrar bondade e compreensão: “A principal vantagem de ser paternalista é que esse perfil de líder tende a humanizar os ambientes que comanda devido à empatia que manifesta nas suas ações. Ele sempre está interessado em assumir um interesse ativo pelas preocupações dos integrantes da sua equipe. Já a principal desvantagem é que este tipo de líder pode diminuir sua capacidade de delegação comprometendo a capacitação dos seus liderados e gerando uma equipe dependente dos seus afagos e benevolência”.
QUANTO MAIS CONHECER O COLABORADOR, MELHORES OS RESULTADOS Uma pergunta comum por parte dos líderes é qual a necessidade de conhecer, e até participar, do dia a dia do colaborador fora da empresa. Andreasi é enfático ao afirmar que julga ser de extrema importância este conhecimento. Seres humanos não são como robôs. Os líderes precisam entender que também existe vida fora da organização e que ninguém vive exclusivamente para o trabalho. Assim, é necessário compreender que existirão dias em que o colaborador não irá render tanto quanto o esperado, seja por motivo familiar, como um filho doente, ou mesmo pessoal, como excesso de dívidas. Caberá ao líder entender os motivos e prestar o apoio necessário ao seu funcionário. “Quanto mais informações o líder tiver do seu colaborador mais capacidade de comando ele terá. Para facilitar a compatibilização das metas organizacionais e pessoais, que é um dilema das empresas, conhecer as atividades extra empresa podem proporcionar um painel mais compreensível dos sonhos e metas dos seus liderados. Conhecer o dia a dia do colaborador fora da empresa favorece a criação de uma visão de futuro comum apelando para as aspirações compartilhadas e ampliando o engajamento”, diz Wilson.
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RECURSOS HUMANOS
O LÍDER NO VAREJO Outro ponto levantado com frequência é se há diferença na forma de liderar no varejo para outros segmentos empresariais. Salientamos que os princípios da liderança independem do setor de atuação do líder e que o exemplo precisa ser dado seja no varejo ou na indústria. Entretanto, pelo fato dos funcionários do setor varejista serem movidos a metas agressivas, a motivação é algo que precisa ser vista e trabalhada de uma forma especial, muito mais do que em qualquer outro setor. No que tange ao tema liderança não há diferença. Porém, com relação às habilidades gerenciais, sem dúvida há importantes diferenças. As principais relacionam-se às práticas do varejo que exigem do gerente desempenhos eficazes nos papéis de vendedor, treinador, gerente de operações e gerente de vendas. Cada um desses papéis pede scripts específicos. No papel de vendedor ele precisa ser bom em abertura da venda, sondagem, demonstração, fechamento experimental, lidar com objeções e descrenças e realizar fechamentos utilizando técnicas apropriadas a
cada situação. No papel de treinador ele precisa saber integrar os novos colaboradores, treinar todos, avaliar o desempenho de todos e disponibilizar treinamentos contínuos. No papel de gerente de operações ele precisa entender de salários e benefícios, fazer o elo entre o pessoal da loja e a administração, gerenciar o estoque, realizar promoções e exposições dos produtos atualizadas, controlar receitas e despesas através da contabilidade diária, semanal e mensal controlando as despesas da loja e o caixa. Precisa também orientar as tarefas de rotina e manter a loja limpa e desimpedida para facilitar o atendimento dos clientes. No papel de gerente de vendas ele precisa dominar o recrutamento e seleção dos colaboradores, conhecer produtos, concorrência, marketing, promoções, controlar vendas e atendimento dos clientes, desenvolver uma equipe de vendas eficaz para cumprir a meta final de um gerente que é chegar ao ponto em que gerar mais vendas torna-se seu objetivo principal.
As diversas informações aqui passadas comprovam que liderar é realmente uma arte, e que está ao alcance de todos e que influencia no sucesso, não só de vendas, mas no relacionamento e no bom ambiente de trabalho
Diego Andreasi,
especialista em marketing e gestão de vendas,
CONCLUSÃO A evolução e profissionalização do varejo brasileiro nos últimos anos é a grande responsável pela necessidade na mudança do perfil dos líderes, não importando o tamanho da loja. Um dos maiores desafios encontrados é saber lidar, agradar e exigir resultados das suas equipes de trabalho, composta por indivíduos totalmente diferentes entre eles. Isto só poderá ser alcançado com vasto conhecimento de toda a estrutura que envolve o processo de relação pessoal e das vendas.
48 - Dirigente Lojista
Wilson Mileris,
Mileris Consultoria e Treinamento.
Dirigente Lojista - 49
VA R E J O
Tendências do varejo no
Brasil
Ricardo Pastore (especialista em varejo)
destaca as tendências que influenciarão diretamente o rumo do varejo no País nos próximos anos. 50 - Dirigente Lojista
M
uitas vezes a própria rotina do dia a dia impede que tenhamos uma percepção completa de quanto o varejo brasileiro mudou nos últimos anos. Certamente, as décadas de 1990 e 2000 foram determinantes para o segmento profissionalizar-se, tornando-se mais ágil e passando a atender muito mais clientes. Crescimento do poder aquisitivo da população apresentado neste mesmo período também foi essencial para o aumento do consumo. Atualmente passamos um momento que é considerado decisivo para a consolidação do varejo nacional, e que ditará as formas do seu desenvolvimento no mercado interno. PARA UM MELHOR ENTENDIMENTO DO QUE ESTÁ POR VIR, RICARDO PASTORE DISCORRE SOBRE AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS QUE NORTEARÃO O MERCADO NOS PRÓXIMOS ANOS.
VA R E J O
O especialista aponta que o crescimento poderia ser muito maior se alguns gargalos fossem resolvidos ou diminuídos como o começo pela qualidade da mão de obra, sendo que nosso profissional em um contexto geral ainda é mal qualificado. A razão principal foram os vários anos de abandono e falta de investimento na formação destes profissionais. Encontramos também a falta de pontos comerciais nas grandes cidades. E quando encontrados, estes pontos comerciais não contam com as devidas características necessárias, principalmente para as grandes redes. Há ainda as questões burocráticas, bastante comuns no nosso cotidiano. No caso dos pequenos e médios varejistas ainda há a dificuldade de obtenção de recursos e novamente a burocracia atua em vários momentos, como por exemplo na aquisição de empréstimo.
Ressalto ainda: um sério problema é a própria falta de profissionalização dos empresários.
PRINCIPAIS TENDÊNCIAS Expansão do varejo A primeira avaliação de Pastore é em relação à expansão do segmento: “O varejo continuará crescendo baseado em diversas razões. Destaco a continuidade do crescimento do consumo pelas famílias, a credibilidade depositada no próprio mercado de consumo brasileiro e pelas características do setor. Ressalto que o varejo no Brasil oferece baixa concorrência e oportunidade de expansão orgânica. O resultado é a garantia de margens bastante interessantes”. Dirigente Lojista - 51
VA R E J O
Lojas físicas valorizadas As lojas físicas são a bola da vez no nosso varejo, porém não mais o tradicional estabelecimento que se limita a apresentar os produtos nas prateleiras. “Entre os vários fatores, é preciso utilizar toda a tecnologia disponível que auxiliará e garantirá a agilidade na hora da compra”.
OUTROS ASPECTOS RELEVANTES: VALORIZAÇÃO DA ARQUITETURA DA LOJA: interna e externa que deve proporcionar maior prazer e conforto durante a compra; MIX DE PRODUTOS CRESCENTE: incluir novas categorias que criem um maior valor agregado pelo próprio varejista; PREÇOS COMPETITIVOS: mesmo os estabelecimentos menores precisam negociar com os fornecedores e oferecer preços competitivos em relação às grandes redes; INVESTIMENTOS EM QUANTIDADE, QUALIDADE E TEMPO DO TREINAMENTO E FORMAÇÃO DOS ATENDENTES QUE TRATAM DIRETAMENTE COM O PÚBLICO; BOA LOCALIZAÇÃO, QUE É QUANDO A LOJA CAMINHA PARA O CONSUMIDOR, OFERECENDO-O MAIOR CONVENIÊNCIA. 52 - Dirigente Lojista
Tecnologia é essencial
Sustentabilidade
“Não tem condições para o crescimento se não houver um investimento constante em tecnologia, como as interativas no Ponto de Venda (PDV) que aumentam a comunicação com o consumidor e influenciam na decisão de compra. Serão usados cada vez mais softwares especialmente criados para o varejo e que medirão as mais diferentes variáveis, inclusive as expressões faciais durante a compra”, o investimento na estratégia
Pressionados pelos próprios consumidores, que estarão cada vez mais atentos e exigentes em relação ao tema, os varejistas precisam intensificar suas ações no âmbito social e ambiental: “A sustentabilidade
ominichannel (que torna a loja em uma só, interligando o estabelecimento físico e o virtual e facilitando as vendas) e o Big Data (dados que permitem a identificação dos clientes e seus comportamentos no PDV) são essenciais.
Internacionalização Apesar de ter demorado para acontecer, a tendência de internalização do nosso varejo é definitiva. Ela se dá pelas condições interna favoráveis, como o tamanho do nosso mercado, por ele contar com um público considerado jovem na sua maioria e pelo crescimento constante nos últimos anos. Mas será preciso que o mercado se adeque a algumas características não muito comuns no Brasil. Com a chegada de empresas e gestores estrangeiros, os varejistas brasileiros precisam tornar a sua gestão e governança globalizadas, principalmente no que diz espeito da divulgação de números transparentes, pois só assim atrairão os investidores internacionais. Ainda é preciso competir nas mesmas bases presentes em todo o planeta, caso seja a intenção equiparar recursos e capacidades competitivas.
deverá ser um objetivo e não uma ação eventual. E mais, estas ações deverão gerar resultados reais. Neste ponto estamos avançando, o que é positivo. Não há uma previsão para que a sustentabilidade esteja presente em todo o varejo, pois depende de fatores legais”.
Observe que as cinco tendências para o crescimento do varejo brasileiro descritas englobam o segmento e dão um panorama geral do nosso mercado. O lojista não pode perder a oportunidade e se adequar às informações aqui passadas, não importando o tamanho do estabelecimento ou o produto que comercializa, pois modernizar-se é uma questão de sobrevivência e que é fator determinante para gerar lucros ainda maiores e por muito mais tempo
Ricardo Pastore,
coordenador e professor do Núcleo de Estudos do Varejo da ESPM-SP.
Dirigente Lojista - 53
CONSUMIDOR
Torne seus clientes da sua empresa
FÃS
Segundo o SEBRAE, 65% das vendas fechadas vêm dos clientes fidelizados e não dos novos clientes. O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO PARA FIDELIZAR SEUS CLIENTES?
Neste artigo além de reflexões quero mostrar algumas ações simples que podem ser feitas para fidelizar seu cliente. Antes de citar algumas ações que podem ser realizadas vamos conhecer um pouco mais sobre este assunto extremamente importante. O maior patrimônio de uma empresa são seus clientes, um cliente fidelizado, mostra que em mercados emergentes essa expectativa chega a ser até três vezes maior do que nos países desenvolvidos. No Brasil, 42% dos compradores afirmam que esperam obter "tratamento diferenciado e ou preferencial" dos vendedores e 52% esperam obter algum tipo de privilégio ou benefício. Eles procuram um relacionamento de longo prazo, em que as necessidades individuais possam ser obtidas não só no presente, mas também no futuro.
54 - Dirigente Lojista
VOCÊ SABIA QUE:
- 10% a 30% dos clientes deixam de comprar nos seus fornecedor a cada ano. - Para conseguir um cliente novo custa 5 vezes mais do que fidelizar um cliente existente. - Um cliente fidelizado torna-se um fã da sua marca. - 9% dos clientes deixam de comprar em uma determinada empresa porque acharam alguma vantagem competitiva no concorrente. - 66% deixam de comprar em uma empresa pela indiferença no atendimento. - A lei de Pareto ou lei dos 80/20, mostra que 20% dos clientes ativos são responsáveis por 80% do faturamento de uma empresa de varejo ou indústria. - Um aumento de 5% na retenção de clientes pode aumentar os lucros em 25% a 125%.
CONSUMIDOR
Se para atrair e conquistar novos clientes é 5 vezes mais caro que fidelizar, se as empresas perdem clientes em um número significativo ao ano, se sabemos que um fã é capaz de divulgar nossa marca ou produto de uma forma mais eficiente, se 9% comprariam de uma empresa concorrente por encontrar uma diferença competitiva seja no produto ou no preço e se 66% deixam de comprar por indiferença no atendimento. Por que as empresas de médio e pequeno porte investem mais de 90% em ações para atrair clientes, 8% para satisfazer e menos de 2% para fidelizá-los? Pense nisso!
O QUE SIGNIFICA EXATAMENTE FIDELIZAR CLIENTES?
Fidelizar, tem origem na palavra fiel, que na nossa língua significa: “Aquele que cumpre o prometido. Que não trai. Que mantém o foco”. Vendo o significado dessa palavra parece muito simples fidelizar, ou seja, só é necessário cumprir o que é prometido, não enganar e manter sempre o foco nas necessidades e desejos do cliente. Fidelidade, no mercado corporativo, significa a vontade do cliente de continuar adquirindo produtos ou serviços da mesma empresa por um grande período de tempo, bem como, recomendando a marca e o produto para várias pessoas. Na verdade é exatamente isso que é necessário fazer, envolver e cativar o cliente para que ele tenha vontade de voltar a comprar novamente na mesma empresa, através de um postura que passe credibilidade e de estar comprometido e atento as suas necessidades. Mas não é nada simples, para alcançarmos isso é preciso que ocorram mudanças comportamentais e estruturais na organização. Fidelizar clientes é uma arte. No futuro quem dominar essa arte terá resultados significativos se comparado aos concorrentes.
ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE CLIENTES FIÉIS E TRANSITÓRIOS:
CLIENTES NÃO FIDELIZADOS
Não valorizam a empresa. Compram eventualmente. Tendem a comprar somente quando têm promoções. As chances de um cliente não fidelizado não passa de 20%.
CLIENTES FIDELIZADOS Tendem a compram com mais frequência. As chances de realizar uma nova compra na maioria dos casos é de 70%. Compram em qualquer ocasião. Valorizam e divulgam a empresa com mais paixão.
Dirigente Lojista - 55
CONSUMIDOR
“
“
TU TE TORNAS ETERNAMENTE RESPONSÁVEL POR AQUILO QUE CATIVAS
Essa frase citada no livro O Pequeno Príncipe de Exupéry explica o compromisso real que temos ao cativar uma pessoa (cliente). Quando cativamos (fidelizamos) um cliente somos responsáveis por administrar essa relação e torná-la duradoura. O relacionamento começa no ato da venda e não finaliza mais. Precisamos a todo momento fazer a manutenção no relacionamento estabelecido com o cliente. Mas vou deixar para comentar mais sobre este assunto na próxima edição onde falarei sobre as ações que fidelizarão seu cliente.
CLIENTE
Cada cliente é um ser único, com necessidades, desejos e características distintas, isso quer dizer que é necessário para cada cliente um tratamento diferente. A regra que fale para um, não será a mesma para o outro. Desenvolver estratégias de relacionamento personalizadas é melhor modo que você tem de dizer a seus clientes que eles são importantes e especiais para sua empresa e que terão suas necessidades supridas da melhor maneira possível.
56 - Dirigente Lojista
CONSUMIDOR
O CLIENTE PRECISA PERCEBER O QUANTO ELE É IMPORTANTE PARA A SUA EMPRESA
Por isso é de extrema importância conhecê-lo muito bem, tendo em seu banco de dados informações que vão além do nome, endereço e telefone. Ter um histórico de compras de cada cliente e também informações sobre seus hábitos. Como ele compra? Por que ele compra? Como ele paga? Com que frequência ele compra? A respostas a essas perguntas você usará em momentos oportunos, para que sua empresa os surpreenda, oferecendo um desconto, um brinde e etc.
Dessa forma, seu consumidor perceberá que está sendo tratado de uma maneira diferenciada tanto no que se refere ao atendimento e produto ou serviço ofertado. À muitas distorções no processo perceptivo, e ele precisa ser cuidadosamente administrado, pois percepção pode ser definida como um processo pelo qual informações entram, são processadas e, como resultado, são afetados os
sentimentos e ações próprias e também os de outras pessoas. Simplificando, a percepção é um processo de recepção, seleção, aquisição, transformação e organização das informações fornecidas através dos sentidos. Nas palavras de Wagner III e Hollenbeck (2000), percepção é o processo pelo qual os indivíduos se-lecionam, organizam, armazenam e recuperam informações.
Dirigente Lojista - 57
CONSUMIDOR
A VELHA MÁXIMA QUE A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA, É TOTALMENTE VERDADEIRA.
Por exemplo: normalmente verificamos que as pessoas relacionam preço com qualidade. Muitas vezes um produto barato é rotulado como de má qualidade e vice e versa. Mas sabemos que isso não é verdadeiro. As pessoas são fidelizadas pelas percepções que têm da empresa. A velha máxima que a primeira impressão é a que fica, é totalmente verdadeira.
O QUE VOCÊ ENXERGA NESTA FIGURA?
LEMBRE SEMPRE!
Atrair e conquistar novos clientes é importante, mas fidelizá-los é muito mais. Desenvolver a fidelidade do cliente é obrigação de qualquer empresa. Não basta ter um banco de dados cheio de informações dos seus clientes, é necessário transformar essas informações em conhecimento e a partir disso criar ações efetivas. Esteja sempre atento aos seus concorrentes, nunca deixe de saber as ações que eles estão fazendo. Tenha uma equipe treinada e qualificada.
Se você viu apenas uma árvore está errado, também existe um feto (bebê), veja o bebê no seguinte endereço: www.covere.com.br/ilusaodeotica Mesmo depois que temos determinada percepção de alguma coisa ela pode ser mudada quando alguém ou algo nos mostra o que realmente é.
???
58 - Dirigente Lojista
VOCÊ ALGUMA VEZ JÁ SE PERGUNTOU COMO O CONSUMIDOR VÊ SUA EMPRESA? COMO ELE VÊ SEUS VENDEDORES?
O QUE VOCÊ DEVE FAZER PARA FIDELIZAR SEUS CLIENTES? VEJA NA PRÓXIMA EDIÇÃO.
ATÉ LÁ!
Victor Prates,
Diretor da Covere consultoria empresarial.
OPORTUNIDADE
A Copa do Mundo, assim como qualquer outra data sazonal, foi uma excelente oportunidade para aquecer o comércio em todo o Brasil. Mesmo com o aumento das vendas, não é raro encontrar estabelecimentos que ficaram com produtos referentes à competição em seu estoque. 60 - Dirigente Lojista
COMO “DESOVAR” “DESOVAR” COMO O ESTOQUE ESTOQUE EM EM O DATAS ESPECIAIS ESPECIAIS DATAS Uma das grandes preocupações dos empresários é ficar com produtos referentes a uma data específica parados em seu estoque. Mais preocupante é quando a sazonalidade é longa, como é o caso da Copa do Mundo que só acontece de quatro em quatro anos. Ciente desta situação corriqueira, consultamos o Sebrae-SP que indicou diferentes formas para “desovar” o estoque de uma forma inteligente e lucrativa. Salientamos ainda que estas dicas podem ser colocar em prática após as mais variadas datas e ocasiões especiais.
OPORTUNIDADE
Liquidação
Uma das formas mais comuns do mercado. Crie promoções que induzam a comprar mais de uma peça, que é comumente chamado de “Combo”. Uma forma eficaz para atrair os consumidores é a loja cortar os preços e oferecer os produtos em combinação com artigos que não estejam originalmente em promoção.
Ofertas dirigidas
Monte uma base de dados que permita o cruzamento de informações do estoque com o perfil da clientela para elaboração de ofertas exclusivas.
Ganhe na quantidade
Apesar das margens de lucro estarem menores do que o normal, vender em grandes quantidades sempre gera bons lucros, assim como libera o espaço do estoque em um curto prazo de tempo.
Descontos progressivos
Ótima tática para desovar o estoque. Ao levar uma peça o desconto é de 10%, duas peças 20%, três peças 30%, etc. Mas é essencial que fique claro que este tipo de desconto gere o benefício esperado pelo cliente.
Para que uma promoção seja verdadeira, ela deve ter começo e fim, assim como os descontos precisam ser reais. Nunca utilize placas anunciando uma liquidação para amanhã e continue a promoção por diversos dias. Este tipo de estratégia prejudica a imagem da loja e descaracteriza o período da promoção.
Dirigente Lojista - 61
OPORTUNIDADE
Ação Relâmpago
Realize promoções relâmpagos, oferecendo descontos durante breves períodos de tempo para determinado artigo. É ideal para estabelecimentos com sistema de som, onde a oferta deverá ser propagada. Embalagem econômica
Faça lotes dos mesmos artigos em quantidades que atraiam os clientes à compra-los e ofereça-os a um preço vantajoso em relação ao valor unitário de cada artigo. Esta é uma oportunidade para que o lojista use a criatividade, mas tenha atenção especial que não se deve forçar algo que não gere valor ao cliente. O ideal é que a embalagem econômica ofereça produtos complementares e interessantes de serem vendidos em conjunto. Exemplo: lingerie com combinação de peças num mesmo pacote, meias de diferentes cores, roupas íntimas masculinas com meias, etc.
Promoções cooperadas com fornecedores
Procure contar com o apoio dos seus principais fornecedores nas promoções, principalmente em relação a descontos concebidos por estes fornecedores, e ofereça ainda mais vantagens para os seus clientes.
Promoção cultural
Associe suas promoções a atividades culturais locais. Ofereça descontos ou ingressos gratuitos de teatro, cinema, shows, apresentações musicais, etc. Apoiar a realização de eventos culturais também trazem um excelente benefício para as lojas, principalmente institucional. 62 - Dirigente Lojista
Festival
Escolha uma determinada linha de produtos e realize verdadeiros festivais de ofertas. Exemplo: festival de bolas, festival da camisa do Brasil, festival de produtos oficiais da Copa, etc.
Grátis
Trata-se de uma palavra mágica que atrai a atenção dos consumidores. Porém é preciso cuidado ao utilizá-la. Ofereça algo grátis somente se o cliente tiver certeza de que está realmente ganhando algo que não esteja pagando do outro lado.
Horário da loja
Para que a liquidação se diferencie do cotidiano da loja, altere o horário de funcionamento. Uma dica é que durante o período da promoção a loja permaneça aberta por mais tempo, praticamente toda a semana. Assim será possível conquistar uma nova clientela.
Anテコncio GRテ:ICA
OPORTUNIDADE
A tradicional promoção leve três e pague dois
Uma das promoções mais comuns do varejo, mas que ainda faz muito sucesso. Ideal para desovar rapidamente o estoque, desde que seja cobrado o valor real.
3 2 E V
E L
PAGUE
Ações solidárias
Realizar campanhas em benefício da comunidade ou instituições de caridade são acessíveis a qualquer estabelecimento, independentemente do seu tamanho. Inclusive, uma parte do valor arrecado nas promoções especiais feitas no período das campanhas poderá ser direcionado para a caridade. A loja pode apoiar campanhas como a do agasalho, doação de mantimentos, produtos de limpeza. Também é possível associar as doações a descontos: doe um agasalho em boas condições de uso e ganhe um desconto de 20% nos produtos relacionados à Copa do Mundo, por exemplo. Mas a credibilidade é tudo neste caso. Programe uma data para realizar a cerimônia de entrega dos itens arrecadados ao representante da entidade. Divulgue tudo nas redes sociais oficiais do estabelecimento e se possível nas mídias locais.
Cupons
Apesar de não ser possível utilizar no caso da Copa do Mundo (mesmo tendo finalizada), este é outro tipo popular de promoção. Normalmente funciona da seguinte forma: distribui-se cupons numa data comemorativa que poderão dar direito a descontos em produtos no prazo de um ou dois meses. Isto garante que as vendas continuem aquecidas nos meses posteriores às datas comemorativas. 64 - Dirigente Lojista
OPORTUNIDADE
Cupons bônus
Derivado do modelo anterior. Funciona da seguinte forma: ao invés de dar um desconto porcentual, dê um cupom com este mesmo porcentual, porém anotado com um valor em Real (R$). O cliente pode juntar estes cupons e depois abater numa compra. O lojista poderá determinar as regras claras, como se é possível acumular descontos ou não. Deve-se permitir até mesmo que os cupons sejam dados para outras pessoas, como familiares e amigos, incentivando assim que o cliente que recebeu os cupons indique um novo cliente para conhecer e consumir na sua loja.
“Desovar” o estoque é essencial
Manter o estoque com produtos sazonais é deixar o valor do custo do produto parado. Isto equivale a pegar o dinheiro e guardar no cofre, não terá qualquer rendimento. Sem contar que com o dinheiro na mão é possível que o lojista invista numa próxima coleção, ganhando um desconto do fornecedor, ou ainda na propaganda do estabelecimento, que refletirá diretamente no aumento das vendas.
Colocando em prática
Apresentamos várias sugestões para que o estoque de produtos sazonais, ou seja, aqueles com certo prazo de validade determinado por datas especiais resultem em lucro ou “dinheiro vivo” para investir na própria loja. Mas é você lojista que conhece o cotidiano do seu estabelecimento e a realidade do mercado em que trabalha. E por isto deve verificar qual a dica que melhor se adequa, assim como poder soltar a criatividade e fazer ações diferenciadas. Estas informações básicas sabemos que você conhece, mas vale lembrar, e o mesmo você pode aplicar após todas as datas promocionais, citamos a Copa do Mundo por ter sido a realidade do momento. Boas vendas Dirigente Lojista - 65
N O TA
54ª
CONVENÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO LOJISTA
Divulgada programação preliminar Painéis se destacam pela diversidade de assuntos e a presença de grandes nomes
A 54ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, que será realizada de 17 a 20 de setembro em Sauípe, na Bahia, segue o conceito básico de relacionamento e conhecimento e a diferenciação, que prima pela inovação, com a presença de palestrantes de renome internacional de vários segmentos.
Painéis Serão nove painéis ao total, sendo três a cada dia. No dia 18 de setembro, presença de Maílson da Nóbrega, um dos mais conceituados economistas brasileiros e ex-ministro da Fazenda. O tema abordado por Maílson será “Cenário Econômico”. Mário Ponci, músico e designer é o segundo palestrante. Está à frente do departamento de expansão e relações institucionais da Chilli Beans. A empresa, fundada em 1997, é considerada um exemplo de inovação para o mercado brasileiro. Marinho, como é conhecido, irá compartilhar informações exclusivas. O último painel do dia será apresentado por Nizan Guanaes, referência no mercado publicitário nacional e internacional com tema: “Mídias e o Varejo: Adaptação e Sobrevivência”. Imperdível. No dia 19 teremos a palestra de Regiane Relva Romano, considerada uma das maiores especia66 - Dirigente Lojista
lista mundiais em tecnologia no varejo e que abordará o tema: “A Loja do Futuro”. A apresentação seguinte será “Um Novo Mundo Digital”, cujo palestrante deverá ser definido em breve. Fechando o segundo dia, é a vez de Renato Bernhoeft, conferencista internacional e consultor, que apresentará o painel “Sucessão na Empresa Familiar”, um tema muito comum no comércio brasileiro. Dia 20, presença de Luiz Carlos Batista, com a palestra “Insinuante, um caso de sucesso”. O empresário mostrará sua vasta experiência como proprietária da Insinuante, uma das maiores empresas varejistas do nordeste. A MPE Varejista será debatida a seguir, com a participação de um representante do SEBRAE Nacional. O ciclo de painéis será fechado pelo cineasta e jornalista Arnaldo Jabor. Conhecido pelas suas fortes opiniões, Jabor trará a sua visão sobre o tema “Perspectivas para o Brasil”.
Demais eventos
Os organizadores da 54ª Convenção Nacional do Comércio Lojista não estão medindo esforços para tornar o evento inesquecível, por exemplo, dia 17 teremos o já tradicional Prêmio Mérito Lojista. E o encerramento promete entrar para a história com o show de Ivete Sangalo. Se você ainda não garantiu a sua vaga, não perca tempo Mais informações:
www.convencaonacionalbahia.org.br