www.santacecilia.com.br - ano 3 - Nº 6 - outubro de 2009 Foto: Thiago Gaspar
VINTE ANOS DE SANTA CECÍLIA Entrevista com Ir. Eulalia
CUIDAR O cuidado está em todas as dimensões do Santa Cecília
Expediente Colégio Santa Cecília Direção Ir. Eulalia Maria Wanderley de Lima
Coordenação de Comunicação Ivan Guimarães
Coordenação Editorial e Redação Janaina de Paula
Projeto Gráfico e Diagramação Francisco Dantas Damião (Tchêsco) Iassodhara Perreira Boto de Sena
Revisão Aristene de Castro
Colaboração Gustavo Pinheiro
Fotografia Thiago Gaspar Audiovisual do Colégio
Jornalista Responsável Janaina de Paula – Mtb: CE01218JP
Tiragem 3.000 exemplares
Impressão Expressão Gráfica Ltda.
Av. Senador Virgílio Távora, 2000 – Aldeota Cx. Postal 52728 – CEP 60151-970 Fortaleza/CE Fone: (85) 3064.2377 – Fax: (85) 3064.2367 Site: www.santacecilia.com.br e-mail: scecilia@santacecilia.com.br
Editorial O mundo da arte Artigos
Estamos por dentro Evangelizando Conhecendo as profissĂľes Reportagem
Diga LĂĄ Estamos no jogo
Entrevista
Estamos em sala
Espaço Damas Nos corredores
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E o ano de 2009 vai seguindo a passos largos. A escola possui um dinamismo que parece acelerar o que já é bastante veloz: o tempo. Com esse limitador, e é bom que exista, somos desafiados a fazer escolhas. O Santa Cecília as tem feito ao longo desses 100 anos através do cuidado, da ousadia e da celebração. No centro de todas as nossas iniciativas e escolhas está o ser humano, com todas as suas riquezas e perspectivas. Neste número da Revista Interatividade a palavra cuidar ganha toda a sua força, quer seja nas ações de solidariedade desencadeadas pela SICE, quer seja na discussão do trabalho infantil, nas conquistas em equipe do basquete, nas atividades de reciclagem e tantas outras. Ao folhear esta revista você tem uma degustação de o quanto estamos nos empenhando na construção de um mundo melhor para todos. A Revista Interatividade é uma publicação que pode ser lida em qualquer época, portanto, guarde-a com carinho. Bem-vindo, então, ao mundo do Santa Cecília.
Ir. Eulalia Maria W. de Lima Diretora do Colégio Santa Cecília
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o mundo da arte
FAZENDO ARTE NA ESCOLA Licença poética. Para falar de arte, é preciso liberdade literária. E ninguém melhor do que o coordenador do Núcleo de Arte, Max Roger, para escolher caminhos sinuosos para expressar o que exige sensibilidade. *Max Roger Criança é mesmo impossível! Eu e o meu irmão achamos a cobra no jardim. Ela era toda verde e media mais ou menos um metro. Não me lembro de quem foi a infeliz ideia. Talvez tenha sido minha. Eu era o mais velho. O fato é que a matamos de pedrada e a amarramos num barbante de nylon. A tarde ficou recheada de risadas. Cada pessoa que desfilava na nossa calçada era prontamente surpreendida pela aproximação do réptil ameaçador. Estávamos achando tudo aquilo muito engraçado. Até que apareceu aquela senhora idosa, que acabou ficando meio alterada com o susto. – Olha a arte que esses meninos estão aprontando! – gritou a minha mãe, exasperada, catando a sua chinela e correndo no nosso encalço. Na época, era aquela a minha noção de Arte: alguma coisa criativa e divertida, mas que merecia punição à altura. (E teve! Se teve!) Hoje, por sorte, esse conceito evoluiu na minha cabeça, mas, mesmo assim, ainda percebo na Arte algo de insubordinação e inconformismo contra a mesmice, contra a monotonia, contra padrões estabelecidos e contra tudo que não é vivo e pulsante. No fim, a Arte continua sendo uma espécie de traquinagem e faz cada vez mais parte da vida do homem moderno. Tanto que é improvável que haja alguém que, de uma forma ou de outra, passe imune aos encantos de uma melodia, de uma cena de filme, de um espetáculo de dança ou de qualquer que seja a manifestação artística. O fato é que o ser humano é um ser sensível à Arte. Porém, ainda mais encantador e instigante do que ser um espectador admirado, é estar do outro lado, isto é, no palco e “fazer” Arte. (Com A maiúscula, quero sublinhar!) – Quem já não sonhou em ser artista e dominar a plateia com uma performance envolvente?! – Quantos de nós não temos talentos artísticos escondidos ou pouco explorados?
Fazemos Arte na escola não somente porque há dezenas de pedagogos e psicólogos referendando o valor da associação das Artes com a Educação e afirmando o quanto esse casamento é feliz e profícuo. Também não fazemos Arte na escola porque os currículos e os Parâmetros Nacionais estão – cada vez mais – fazendo essa demanda. De fato, fazemos Arte na escola porque a Arte promove o homem, porque a Arte nos eleva a patamares superiores, porque a Arte esclarece e abre horizontes. E porque fazer Arte é divertido. E é ótimo fazer coisas divertidas! É ainda mais divertido fazer coisas divertidas que ainda nos façam seres humanos melhores. A Arte, afinal, é a mais doce das travessuras. Max Roger é coordenador do Núcleo de Arte
PROGRAMAÇÃO DO NÚCLEO DE ARTE Encontro de Corais Dia 20 de novembro (sexta-feira), às 19h, na capela do Colégio Santa Cecília Festival de Dança Dias 29 e 30 de novembro, a partir das 18 horas, no Teatro Marista 29/11 (domingo) - 18h – Sítio do Pica-Pau-Amarelo -19h30min – Estação 30/11 (segunda) - 18h30min – Sítio do Pica-Pau-Amarelo - 20h – Estação Mostra de Teatro Dias 6 e 7 de dezembro, a partir das 17 horas, no Teatro Marista 06/12 (domingo) - 17 horas – Peter Pan - 18 horas – Os Três Porquinhos - 19 horas – A Bela Adormecida 07/12 (segunda) - 18h30min – A Bela e a Fera - 20h – Pessoas (Grupo Principal)
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ENEM: COMEMORAÇÃO OU CETICISMO?
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*Armênio Vitoriano do Nascimento Há mais de duas décadas, escutamos sobre a necessidade de um novo sistema de avaliação para o ingresso de nossos jovens na universidade. O tão malfalado vestibular, desigual, desumano e ineficaz, precisava ser substituído. Mas promessas de melhoria educacional sempre foram meros embustes, eis que aparece, ou reaparece, uma fórmula dita mágica para resolver todos os problemas, estabelecendo uma avaliação menos de acúmulo de informação e mais de aplicabilidade de conhecimento prático. Diante de tal novidade, grandiosa e assustadora, devemos comemorar ou sermos céticos? Fórmulas mágicas, como já diz o bom-senso comum, não existem. Então, por que tanto estardalhaço diante desse novo Enem? Existem só ganhos nessa nova prova? As desigualdades educacionais serão superadas agora ou agravadas? Por que diante de tal novidade se percebe mais manobras políticas e menos pedagógicas? Essas perguntas merecem ser discutidas, ou pelo menos levantadas. É bom que se diga que pouquíssimas universidades ditas de ponta no País realmente aderiram ao novo sistema. A Universidade Federal do Ceará ainda não aderiu, aguardou a nova prova ser aplicada para se decidir. Essa cautela é extremamente louvável. Não é à toa que a UFC tem o respeito e a confiança da sociedade cearense. A sociedade precisa ser esclarecida sobre as perdas e as incertezas desse novo projeto. Eis algumas delas: ? Todo o projeto de regionalização desenvolvido ao longo da última década pela UFC será descartado. Por regionalização entenda-se: Estudo da literatura cearense, compreensão da nossa história e da nossa geografia, aplicabilidade das ciências à nossa realidade física, social e econômica; ? Provas específicas para cada área de conhecimento e carreira escolhida, facilitando não só a identificação do aluno com o conhecimento necessário bem como a habilidade para determinadas áreas. Um aluno que deseje estudar Arquitetura precisa ser hábil em desenho técnico. Um aluno de direito precisa ter um conhecimento mais profundo da linguagem e da história, assim como um aluno de Medicina hábil em Biologia e Química cursará mais facilmente sua faculdade. ? A produção de texto pedida pela UFC sempre foi exemplo por requerer dos candidatos conhecimento de diferentes formatos de textos que ele irá precisar em sua vida diária. Com o novo Enem, pede-se um texto dissertativoargumentativo de sete linhas como mínimo. A UFC pedia vinte linhas! ? É óbvio que um controle minucioso da UFC sobre o processo de ingresso de seus alunos permite uma escolha mais direcionada e segura do seu corpo discente.
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Quanto às incertezas, a maior de todas é a segurança e o sigilo da prova, que será a mesma para todo o Brasil, mais precisamente para quatro milhões e meio de alunos, com aplicação da prova simultânea em mais de mil e oitocentos municípios. Tal incerteza diante do que aconteceu é mais do que justificada. ? Ao final do processo, o MEC abriria um “pregão” eletrônico com as vagas nas universidades e os alunos teriam vinte dias para escolher entre cinco opções de cursos, com direito a mudanças constantes de acordo com a visibilidade de pontuações maiores que a sua. Imaginemos o último dia, quando nossos jovens inseguros consultariam o pregão e mudariam de escolhas, que servidor suportaria mais de quatro milhões de consultas simultâneas e quem garantiria a igualdade entre os postulantes a uma vaga, pois teríamos aquele aluno numa lan house no extremo Norte do País e um aluno com um computador de última geração, banda larga, em uma grande metrópole. Sabemos que uma mudança do processo de admissão das universidades brasileiras é uma necessidade urgente. Com esse novo Enem ou outro projeto, essa mudança ocorrerá. E como nossos filhos estarão preparados? Observando nossa realidade atual, percebemos que o mercado profissional precisa de jovens críticos, antenados com o que os cerca, inovadores e ousados. O maior alerta que podemos tirar de tudo isso é que uma escola que forma o aluno apenas com acúmulo de informações não o prepara nem mesmo para o ingresso na universidade. No Colégio Santa Cecília, os alunos desde tenra idade têm aulas de Filosofia, durante as quais despertam seu senso crítico; participam de encontros de formação, projetos como de liderança, de convivência, SICE e Viagens Pedagógicas, formando seu lado humano, ético, sociável, crítico, cidadão e responsável. A melhor maneira de prepararmos esse jovem é com uma educação mais crítica e mais holística, ou seja, integral. Esse jovem precisa ter uma visão social, cidadã, humana e responsável com a sociedade. E à escola cabe o papel de coprotagonista dessa formação ao lado da família. *Armênio é supervisor pedagógico do 3º ano do Ensino Médio
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TRABALHO INFANTIL: O EDUCADOR COMO TRANSFORMADOR SOCIAL *Antonio de Oliveira Lima
A exploração do trabalho de crianças e adolescentes ainda é uma realidade comum em países pobres ou em fase de desenvolvimento como o Brasil. Uma realidade que causa vergonha pelas sérias consequências sociais que provoca, como o abandono da escola por parte das crianças e adolescentes explorados e a continuidade de suas famílias numa situação de miséria que se estende por diferentes gerações. Para pôr fim a esse ciclo de pobreza, nada melhor do que investir na educação. O que muitos talvez ainda não saibam é que, felizmente, alguns segmentos da sociedade já despertam para a necessidade de adotar ações que contribuam para acabar ou, pelo menos, diminuir esse drama em nosso Estado e no nosso País. Entre as mais importantes iniciativas com essa finalidade, posso citar a experiência do Colégio Santa Cecília, no universo do ensino particular cearense, e o Programa de Educação Contra a Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente, chamado de Peteca, que se realiza em escolas públicas de 51 cidades do Ceará. Há três anos, acompanho de perto o esforço do Colégio Santa Cecília em conscientizar seus estudantes, professores e pais de alunos sobre a gravidade do tema trabalho infantil através de palestras e atividades curriculares em sala de aula e extraclasses, realizadas anualmente, e das quais já tive oportunidade de participar no decorrer deste te mp o . É, se m d ú vi d a , u ma d e mo n stra çã o d e responsabilidade social levada além do simples discurso e centrada no compromisso de construir cidadãos muito mais esclarecidos e sensíveis às necessidades e aos direitos da criança e do adolescente. Do mesmo modo, tenho observado com entusiasmo o engajamento de centenas de professores e dos quase cem mil estudantes de cerca de mil escolas municipais que, em parte do Ceará, abraçaram a ideia trazida pelo Peteca, programa que levou o debate sobre o trabalho infantil às salas de aula da rede pública de ensino fundamental. A discussão com as próprias crianças, os pais de alunos, professores e demais cidadãos sobre a proibição do trabalho infantil, contida na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) é um meio valioso de advertir a sociedade para a sua responsabilidade em formar cidadãos mais saudáveis (física, emocional e moralmente). Tanto que a ideia já foi abraçada nacionalmente pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) com o lançamento recente do Projeto MPT na Escola. Esperamos que, dentro de pouco tempo, outras instituições possam também se envolver nessa luta que é responsabilidade e dever de todos nós. *Antonio de Oliveira Lima – Procurador do Trabalho
“SOLIDARIEDADE, AMIGOS, NÃO SE AGRADECE, COMEMORA-SE.” (Betinho) * Francisco Sulivan Bastos Mota
Inspirados pela sabedoria do grande sociólogo Helbert José de Souza, o Betinho, um dos maiores símbolos de determinação e de trabalho incansável pela cidadania e pela valorização dos direitos humanos e da solidariedade em uma sociedade injusta, vimos, por meio desta, comemorar o inestimável apoio do Colégio Santa Cecília para com as ações do IPREDE. Somente através de atitudes como a do Santa Cecília é que o IPREDE tem condições de manter o funcionamento regular de suas atividades. O IPREDE atualmente assiste a 1.270 crianças e a 800 famílias, por mês. Vimos, por meio desta, então, agradecer a doação de 720kg de leite em pó e Notas Fiscais com valor aproximado de R$ 436.000,00 em prol do IPREDE, os quais foram arrecadados durante a realização da XXI SICE. Aproveitamos a ocasião para enaltecer o elevado espírito humanístico de todos que fazem o Colégio Santa Cecília, traduzido em sensibilidade aos problemas econômicos e sociais enfrentados pela clientela do IPREDE, proveniente, sobretudo, de comunidades de áreas de risco, de baixa renda e de favelas, fortemente marcadas pela desigualdade nos mais diversos sentidos. Em nome das crianças e das famílias assistidas pelo IPREDE, nós agradecemos. * Francisco Sulivan Bastos é Presidente do IPREDE
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estamos por dentro
PAPANDO PILHAS, BATERIAS E AFINS Quem nunca se deparou com o dilema do que fazer com aquele já usual lixo do universo eletrônico (pilhas, baterias etc.)? Misturar ao lixo comum nem pensar! Esse tipo de resíduo contém elementos extremamente tóxicos. O Santa Cecília, mais uma vez, aposta no pioneirismo. Em uma parceria inédita entre escolas, com a empresa de Informática Ibyte, o corredor de entrada do Colégio ganhou uma lixeira específica para esse tipo de material pesado. “Nunca vi uma campanha fazer tanto sucesso entre os pais. Desde que a lixeira foi instalada, quase todo dia alguém chega com alguma coisa para descartar”, testemunha Maria Ilma, há anos encarregada da recepção dos alunos. Ressalte-se a parceria com a empresa Ibyte, que, além de doar a lixeira, encarrega-se de recolher o lixo e encaminhar para São Paulo, onde ocorre o processo de reciclagem. “Ao pensar os projetos da Escola ligados à ecologia, é preciso traduzir isso em algo concreto. Foi justamente a partir da preocupação com a destinação desse lixo específico que estabelecemos a parceria com a Ibyte”, recorda Priscila Gadelha, do Núcleo de Apoio Psicopedagógico e uma das idealizadoras do projeto. Dos corredores para a gincana da SICE. O senso de oportunidade fez com que o professor de Ensino Religioso, Gilson Rebouças, que é da comissão organizadora da gincana, introduzisse o recolhimento desse tipo de lixo entre as tarefas dos grupos. O que não se esperava era que os alunos juntassem 100kg. Ninguém poupou esforços. Eles bateram nos condomínios nas imediações do Colégio e na casa de amigos e parentes para recolher o que houvesse de pilhas e baterias em desuso. “Foi, sem dúvida, um dos desafios mais interessantes e lançamos a tarefa sem mesmo saber o que faríamos com o resíduo depois. Felizmente, a Ibyte absorveu. A gincana chega ao fim, mas o hábito de selecionar o lixo e dar a destinação correta deve ser um exercício diário”, ensina.
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OUTRAS FORMAS DE RECICLAGEM Todo fim de ano é assim: a Biblioteca Madre Agathe Verhelle assume a dianteira e lança a campanha da “Troca de Livros”. Em vez de dar fim aos didáticos e paradidáticos do ano anterior, os alunos são incentivados a conservar seus livros e investir no velho modelo de escambo. Ganha-se na economia e também na preservação. Isso também é cidadania. Os números da gincana da SICE: TAREFA BENEFICENTE NOTAS FISCAIS LEITE EM PÓ PILHAS E BATERIAS
TOTAL 5.653.591,00 4.500 pacotes 100kg
X 0,5% X 200g
R$ 28.267,95 900kg 100kg
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evangelizando
Quem se habilita
A sala do SOR (Serviço de Orientação Religiosa) do Santa Cecília mais parece uma engajada central de adolescentes. Eles estão por todo lado, “tramando” a próxima ação dos projetos que ampliam a dimensão de espiritualidade e vão bem além dos muros da Escola. Foi nesse clima que conversamos com quatro adolescentes para lá de envolvidos nos projetos sociais da Escola. Saem de suas casas, dedicam tempo e afeto aos que pouco têm e voltam mais fortalecidos e realizados.
Rafaella Thomáz, Tales Gurgel, Ana Luiza Weyne e Caio Lima. Cada um, ao seu modo, compartilha da experiência de trocar o cotidiano individualista pela dedicação ao outro. “Me sinto muito realizada ao ajudar o próximo. Ver a felicidade de alguém porque você fez o mínimo por ela! E não falo de carência material, falo da falta de afeto. É aí que a gente vê como tem uma vida boa”, abre a conversa Rafaella, a mais articulada do grupo. Rafaela, como a maioria, começou a visitar instituições de crianças e idosos a partir da experiência nos projetos do SOR. Hoje, ela extrapola e vai a outros espaços como o Instituto do Câncer. “O Colégio atua também na nossa formação de caráter pessoal, nos possibilita ver o mundo de forma mais ampla, nos preocupar com a sociedade como um todo”, continua. Tales casou o estímulo da Escola com o ambiente familiar, sensível aos que mais precisam. “Aprendi com os meus pais a buscar a felicidade nas coisas pequenas. Um sorriso para alguém carente pode ser uma grande alegria”, ensina ele que, além do SOR, frequenta ONGs e os famosos encontros do sopão. E quando o assunto é consumismo, ele, o Tales, é o mais radical: “O consumismo é uma forma de preencher o vazio no coração. Somos minoria apenas porque boa parte dos jovens, principalmente na periferia, não têm acesso à formação”, constata. Aninha, coordenadora do Infância Missionária, empresta seu jeito doce à conversa. “Não sei dizer se foi esse ou aquele projeto que me tornou uma pessoa melhor, só sei que ver a realidade das pessoas e se colocar no lugar delas pode ser um grande aprendizado”, resume. A Santa Casa de Nazaré, que atende a idosas carentes, foi a instituição mais citada por eles. “Tem uma diferença grande de geração, a gente fica sem saber como abordar, o que dizer, é um desafio muito grande”, constata Aninha. Desafio ainda maior para Caio Lima, que não tinha muita proximidade com a avó e acabou nessa visita descobrindo a beleza de se chegar à velhice. “Me senti muito feliz conversando com elas, percebendo que são bem informadas, não ficam só presas ao passado, ouvindo a história de vida delas. O mais marcante, para mim, foi a hora em que a gente as maquiou. Não ficou muito bom, mas o importante é a intenção”, relembra.
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conhecendo as profissões
Foi-se o tempo em que a carga horária do estudante não passava de quatro ou cinco horas diárias. Hoje em dia, eles se desdobram para acompanhar, em horários alternativos, aulas que vão muito além dos conteúdos definidos nos parâmetros curriculares. Mas o que poderia parecer um fardo, mais uma obrigação, ganha outro sentido para os alunos.
encontrou uma afinidade a mais com o pai, que é professor do CEFET. “Hoje, quando ele leva algum novo projeto para casa, eu já entendo, até dou as minhas opiniões. A sensação é muito boa”, confessa. E não é só: Bruno aprendeu a controlar o nervosismo nas provas de tanto exercitar. Ficaram no passado os brancões característicos dos primeiros tempos.
Melina Pinheiro, às voltas com o corre-corre característico do 3º ano do Ensino Médio, lembra-se com saudade das aulas de Olimpíadas de Biologia do ano passado. “Era uma diversão, eu adorava! A aula corria num clima super zen, ia fluindo, não sentia aquilo como obrigação”.
Às vésperas de mudar para Florianópolis, Lucas Napoleão (1º ano do Ensino Médio) pretende correr atrás de uma formação mais aprofundada. Ele lembra que, por serem alunos com nível de conhecimento muito semelhante, as aulas podem ser mais dinâmicas, inclusive trazendo novas descobertas científicas. Este ano, ele participou das turmas de Biologia e Química.
As vantagens vêm a galope: “Agora no 3º ano, que temos de ver muita coisa em pouco tempo, o conteúdo de biologia só precisa de uma revisão. Posso me dedicar a outras matérias que conheço menos. Não foram tardes perdidas nem tempo desperdiçado”, constata Mel, que fará vestibular para Medicina. Bruno Rocha (2º ano do Ensino Médio), das turmas de Olimpíadas de Física,
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Conteúdo que se traduz também no dia a dia. Breno Negreiros (9º ano) reconhece que o nível das turmas de olimpíadas é elevado, o conteúdo é bem mais difícil, mas que parte desse conhecimento serve para a vida prática. “Um exemplo é a consciência ambiental. A gente tem que mudar de atitude ao ver as mudanças climáticas”.
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Nem tardes perdidas, nem tempo desperdiçado
CUIDAR DE SI, DO OUTRO, DOS QUE VIRÃO É como se eu entrasse num mundo onde prevalecem as suavidades. “Bom dia, Janaina!” Susto! O cumprimento caloroso do Lourival (responsável pela recepção dos alunos) é o que me desperta das minhas manhãs por vezes sonolentas (zzzz). O abre-alas para um dia de trabalho onde se avizinha o corre-corre alegre dos miúdos, o chão encerado quase à moda antiga, o olhar vigilante de quem brecha os corredores, o cheiro de café que corre da sala dos professores, o catatau de trabalho empilhado à mesa, os tantos mundos que se abrem por entre as dezenas de portas, janelas e telas. Em vão, tentei me desfazer de certo tom pessoal para falar do cuidado – uma palavrinha tenra, simples, mas que guarda muitas dimensões e significados. No ano em que
o Santa Cecília abre os caminhos para celebrar em 2011 os seus 100 anos, a conversa se inicia falando do cuidar. Cuidado dos que zelam, dos que protegem, dos que ensinam, dos que corrigem, dos que recebem, dos que planejam, dos que partilham. São muitos os modos de cuidar. Para os pequeninos, o gelinho em forma de dindim para sarar do tombo é o melhor dos cuidados; para Irmã Eulalia, é, se não trazer cada nome gravado na memória, pelo menos guardar cada uma das fisionomias; para a Francisca, a mandachuva da cozinha, é receber os que chegam a sua porta seduzidos pelo cheiro do caldo quente como fossem príncipes; para a Gladys, é perceber que a escuta é muito mais eficaz do que as certezas. Enfim, é saber que cada um dos que corta os corredores do Santa Cecília é um ser único, indivisível e passível de cuidados. Um novo miúdo que nasce na comunidade ou um pequeno que ingressa na Escola, tudo é motivo para festejar com a retumbante alegria carnavalesca. É que o ato de educar, além de desafiador, pede cuidado, muito cuidado com as gerações que, por certo, farão deste nosso mundo um lugar melhor de se viver. E é disso que se fala nas páginas que virão.
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OS CUIDADOS NOS PRIMEIROS ANOS Verinha, Verinha, Verinhaaa! Se não fosse funcionária do Santa Cecília (ela cuida da recepção da Educação Infantil), Vera Lúcia Franco, a Verinha, daria uma ótima contorcionista. Ela se desdobra entre o chamado dos pais na hora da saída e uma infinidade de pequenos de 2 a 6 anos que a acionam para quase tudo: banheiro, papel, canetinha... E enquanto ela atende a cada um com o maior carinho e conta do seu cotidiano há quase 15 anos à frente daquele portão branco (22 de Santa Cecília), não deixa escapar uma só criança sem que reconheça o responsável que veio apanhá-la. “É um trabalho que exige muita atenção. Não descuido dos meus pequenos um só instante e a maior alegria que eu posso ter é vê-los crescidos, do outro lado da Escola, e ainda me chamando de Verinha, lembrando do tempo em que convivemos”, derrama-se ela, certa de que o tempo de convivência é o mais importante. Favas contadas: depois das primeiras semanas, ninguém mais chora, tudo passa a ser familiar, a Escola vira uma outra casa, até mais animada, porque mais cheia. De fato, não há álbum de formatura (conclusão do 3º ano do Ensino Médio) que não traga as famosas fotografias desbotadas dos dias de banho no parquinho. Para os que se alongam na Escola, o cofrinho das
recordações está ainda mais cheio. Banho, almoço, cochilo, aulas de reforço, esportes, inglês, dança... “É preciso ter um olhar bastante aguçado para perceber quando determinado gesto é, por exemplo, a saudade de casa. E o cuidado para que as crianças sintam-se protegidas, cuidadas, mas não confundam os papéis”, observa Ray, coordenadora do Tempo Integral. E elas se sentem, verdadeiramente, as donas do pedaço. Bonito de se ver como no TISC os maiores se arvoram de cuidadores dos menores. Pedro Silveira, veterano no Tempo Integral (ele tem 12 e está desde os 7 anos), é um dos maiores animadores, cada dia ele propõe uma brincadeira diferente. “É muito melhor estar aqui adiantando as tarefas, brincando, do que em casa vendo TV. Não sei explicar, mas me sinto muito cuidado aqui, cercado de muito amor”. “Estudei no Santa Cecília do 4º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio e as lembranças são muitas. O Colégio investe na convivência social, na formação ética. O aluno não é visto meramente como um competidor.” Rael Kassouf, ex-aluno
EXÉRCITO SILENCIOSO E HARMONIZADO Toda escola tem seus anjos de asas invisíveis. No Santa Cecília são muitos e estão por toda parte. O carrinho da limpeza corre por todo lado, mantendo nossa tradição de zelo e organização. Por trás das vassouras e esfregões, muitos anjos: Socorro, Noalis, Susu... Mas as galerias da Escola reúnem também um verdadeiro exército de protetores. Eles estão sempre de olho na meninada, nos que entram e nos que saem, no trânsito de alunos, educadores, funcionários e pais. O ex-aluno Marcelo Caio praticamente nunca deixou o Santa Cecília, nem mesmo quando concluiu o Ensino Médio. Como auxiliar de coordenação, ele monitora os horários de pico nos corredores na condição privilegiada de quem conhece a malícia de menino nem tão comportado. “A gente resolve a maioria dos conflitos com o diálogo. Cuidado, para mim, é saber a hora de ser mais duro; é observar como eles chegam à Escola, se vêm triste, se vêm alegre; é compreender cada fase que eles estão vivendo”, ensina. O papel de zelar é ainda mais desafiador para o funcionário George Oliveira. Manhãzinha cedo e lá está ele de olho no recreio das crianças do Ensino Fundamental I. Ele troca ideias com as crianças, aprende com elas e manda um discurso conciliador cada vez que uma briguinha se avizinha. “Tento explicar de forma mais simples a consequência dos atos deles, para que tomem consciência”. O sol esquenta e as atribuições do George ficam mais complexas. Ele é responsável por ordenar o trânsito nos horários de saída dos alunos, missão árdua diante da nem sempre civilidade dos que circulam de automóveis pelas vias e dos próprios pedestres. “Se às vezes é tão difícil convencer crianças, imagine adultos. Para apaziguar os problemas, tento chegar na simplicidade, na gentileza”, revela. Bate a fome. Nem todos sabem de onde vem aquele café quentinho e o cheiro do caldo de galinha que sobe pelo ar. Na cozinha, quem dá as cartas é a Francisca Nunes. Ela tem quase 20 anos de casa e por suas mãos passaram os famosos enroladinhos de queijo e o picolé de morango, no tempo em que a cantina era gerida pelas Irmãs. “Aqui tem que se estar atento a tudo: se o caldo está bem temperado, se o suco está doce, se o café está forte. Mas faço com o maior gosto. Atendo todo mundo com o maior amor, afinal, os funcionários desta Escola são a minha vida”.
CUIDADO QUE PASSA PELO RESPEITO Cuidar é também abrir janelas mais generosas para o mundo. E é de se tirar o chapéu para os projetos de formação do Santa Cecília. Poucas são as escolas que conseguem reunir centenas de alunos em torno de projetos nos quais o maior atrativo é a palavra de Deus, são os momentos de meditação, é o desprendimento e a solidariedade. Os projetos do Serviço de Orientação Religiosa – SOR, como tantos outros da Escola envolvendo cidadania (Liderança, Projeto Vida, Vínculos Afetivos, Semana do Meio Ambiente, SICE...) fazem toda a diferença na visão de mundo de uma geração que cresce implicada nas questões sociais, ambientais e políticas. Não por acaso, ao terminar o Ensino Médio, eles voltam ao Santa Cecília na condição de cicerones dos que pisam o nosso chão pela primeira vez. Imagine o que é conhecer um ambiente escolar levado não somente pelas mãos dos profissionais, mas também por quem ali descobriu as primeiras letras, a primeira tabuada, o primeiro jogo de bola, o primeiro amor... “Participei recentemente do DDD 2009, ou Dias de Deserto. Quando se fala em deserto, uma das coisas que vem logo à mente é vazio, ausência. E, se falando de alguém em um deserto, aí é que pensamos em solidão. Só que nesse projeto, os crismandos do Santa Cecília tiveram a oportunidade de participar de um deserto no qual havia mais encontro do que propriamente isolamento”, vai no cerne Raíssa Veloso (2º ano do Ensino Médio).
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Ora barulho, ora silêncio. A supervisora do Ensino Fundamental, Gladys Diógenes, aprendeu com os muitos anos de experiência que antes de tudo é preciso saber ouvir. “O exercício da escuta é muito importante, eu diria fundamental, no processo educativo. A minha referência para qualquer atitude que eu venha a tomar é o respeito. A fala de alguém – seja criança seja adulto – tem que ser respeitada. Cuidar é estar sensível ao momento do outro”. Nos Encontros de Evangelização, as panelinhas andam em baixa. Primeiro desafio é se aproximar daquele sujeito que, num primeiro momento, imagina-se não ter tanta afinidade assim. “É surpreendente para eles, fazem amizades duradouras que nem imaginariam. Acho que cuidado é essencialmente ver no outro um ser humano e cultivar respeito, solidariedade, perdão e compaixão”, encerra o assunto Irmã Marceli Dias, uma militante incansável dos Encontros de Evangelização.
Equipe do Diga Lá
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O CONHECIMENTO NOS APROXIMA
O DIGA LÁ NAVEGA PELO SENTIMENTO DE FAMÍLIA QUE SE EXPRESSA TÃO BEM NA SICE Em setembro de 2009, a Semana de Integração, Cultura e Esporte encerrou sua 21ª edição. Já com um pouco de saudade, fez-nos pensar: talvez quem entre no Colégio durante a SICE não entenda o sentimento desse evento. O barulho, os jogos, os trabalhos, os alunos correndo tentando achar isso e aquilo para a gincana e o aparente caos pode confundir quem não conhece ou não estudou no Santa Cecília. Mas a verdade é que existe durante a SICE um sentimento que só quem a vive consegue explicar: sentimento de família, de equipe que promove uma vez por ano uma semana cheia de espetáculos, lembranças e emoções. É difícil para alguém que não é tomado por esse sentimento entender o quanto tudo que acontece na SICE é importante para os alunos do Colégio Santa Cecília. Como, por exemplo, onde eles acham a energia para passar o dia inteiro no Colégio? Ou por que eles passam tanto tempo juntando latas de leite em pó, pilhas usadas e notas fiscais? É que estão em uma competição acirrada:
as tarefas da Gincana beneficente são as mais disputadas não só pelos pontos que proporcionam para cada série, mas também pela oportunidade que elas dão aos alunos de ajudar várias instituições carentes e assim compartilhar a alegria de estar na SICE, compartilhar o sentimento de família que se ajuda e cresce junta que o Santa Cecília proporciona. A competitividade entre os anos existe, mas consegue se manter no seu lugar: enquanto vivemos um jogo ou uma atividade da gincana, seja torcendo seja participando, valem os gritos de apoio, o desejo da vitória, a implicância com o time adversário. Porém, quando estamos todos unidos, na grande festa final do encerramento da SICE, esquecemos qualquer desentendimento, concentramo-nos em mostrar o melhor de nós, deixamo-nos chorar por um momento emocionante e, em clima de felicidade, agradecemos por ter vivido mais uma vez este sentimento que temos tanta dificuldade de explicar, único do evento mais tradicional do Colégio Santa Cecília.
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BOLA NA CESTA! O SANTA CECÍLIA É OURO E PRATA! Elas são ouro no drible. Deixaram para trás o Acre, o Amapá, o Distrito Federal, o Amazonas. As meninas do basquete do Santa Cecília conquistaram um feito histórico: ouro nas Olimpíadas Escolares Brasileiras! Disputaram pela 1ª divisão, em Poços de Caldas, Minas Gerais. Quase não acreditaram! “Nossa meta era viajar, há três anos perseguimos a etapa nacional do campeonato, ganhar ouro é uma conquista que vamos levar para o resto da vida”, comemora Larissa Fortes (9º ano). Elas entraram em quadra dispostas a trazer o título para o Ceará. Deixaram pelo caminho a falta de experiência em competições nacionais, as contusões dos empurrões que vinham das adversárias. “Dentro de quadra a competitividade era para valer, mas fora dela a convivência era tranquila, fizemos muitas amizades”, esclarece Ingrid Nogueira, com a concordância de sua colega Tamires Ferreira, que mesmo com um dente quebrado, resultado das divididas em quadra, também considera tranquila a competição. As nossas meninas tiveram que driblar também a baixa estatura para o esporte. A atleta mais alta do Santa Cecília tem cerca de 1m70cm. Disputaram com meninas com 1m85cm. “É preciso ter estratégia, reflexo e pensar rápido. Aí não tem quem segure a gente”, vibra Tainah Freire (9º ano). Parabéns às nossas guerreiras e aos treinadores, que deram o melhor de si. “Faço basquete porque gosto, me divirto. Este resultado só vem aumentar o meu interesse pelo esporte.” Luisa Xavier (9º ano) “A gente tinha chances, mas não sabia o que ia enfrentar. O mais importante é não entrar de salto alto, achando que já ganhou.” Júlia Scarparo (9º ano)
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PRATA QUE VALE OURO A medalha de prata no basquete dos Jogos Escolares Brasileiros já é um grande resultado em um campeonato que envolveu mais de cem escolas em todo o País. Mas, exigentes que são, os atletas do masculino de basquete do Santa Cecília não voltaram tão satisfeitos assim. “A gente subestimou o adversário e entrou em quadra confiante demais na final. Fica a lição de que cada jogo e cada adversário deve ser encarado como único”, admite Gabriel de Oliveira (9º ano). Os mais experientes, Fernando Barreira e Felipe Câmara (9º ano), que já jogaram pela seleção cearense, acreditam que os jogos colegiais são mais descontraídos, com menos pressão. “Faltou um pouco de experiência do time na final, mesmo assim tivemos um resultado importante. Esperávamos apenas a classificação”, disse Felipe. “Conquistar a medalha de prata é chegar muito longe. Se fosse definir uma palavra para este time, seria união. Estivemos sempre muito juntos e entrosados”, avalia Rafael Cruz (9º ano), opinião endossada por Moisés Saraiva (8º ano), o mais novo na equipe. “A equipe responde às marcações desleais mostrando jogo.” Fernando Barreira
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estamos em sala
PINTURA, MÚSICA, LITERATURA E PRESERVAÇÃO São muitos os universos dos projetos da Educação Infantil. As crianças do Infantil 2, por exemplo, andam às voltas com os fenômenos naturais como vulcões e furacões. No Infantil 3, elas mergulham nas cores e formas de Volpi e, no Infantil 4, festejam o nosso poetinha Vinicius de Moraes. Tem mais: na sala de leitura, os projetos despertam nas crianças o interesse pelo maravilhoso mundo da literatura. Conheça os projetos. DESCOBRINDO OS FENÔMENOS DA NATUREZA – INFANTIL 2 “Descobrindo os fenômenos da natureza” tem como ponto de partida a possibilidade de estimular as crianças a conhecerem os fenômenos que ocorrem no cotidiano e ampliar esse conhecimento apresentando fenômenos que acontecem na natureza (vulcão, furacão, neve).
“QUE HISTÓRIA É ESSA?” – INFANTIL 5 E 1º ANO O projeto aborda o livro de Flavio de Souza, com novas histórias envolvendo personagens de contos antigos e famosos. Mas o livro e, consequentemente, o projeto é uma homenagem aos personagens desconhecidos daqueles clássicos da literatura. Nessa obra, eles são os personagens principais. HISTÓRIAS DO MUNDO – INFANTIL 2, 3 E 4 O projeto “Histórias do Mundo” é inspirado na Coleção Mundo da Criança. São contos, lendas e fábulas, histórias curtas, mas ricas e lúdicas, que refletem a vida e os hábitos dos diferentes povos. PROJETO BRINCARTE – EDUCAÇÃO INFANTIL Jogos, culinária, música, literatura, piquenique, oficinas, brincadeiras, teatro, arte, histórias. Precisa dizer mais?
A MAGIA DAS CORES E FORMAS DE VOLPI – INFANTIL 3 Nada mais prazeroso que possibilitar o contato com as mais diferentes linguagens artísticas. O projeto sobre Volpi aproxima dos alunos o mundo das artes, a partir da produção de um artista que pintou tanto a nossa cultura com suas cores como Alfredo Volpi. RECITANDO E CANTANDO VINICIUS DE MORAES – INFANTIL 4 O projeto sobre a obra desse grande poeta e compositor traz às crianças vivências direcionadas à diversidade poética e musical por ele criada e cantada, nas vozes de importantes intérpretes da MPB.
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E assim se passaram 20 anos... Os orientais costumam dizer que ao fazer 60 anos o homem renasce. E é neste ano de 2009 que Irmã Eulalia Maria Wanderley de Lima celebra não só o tal renascimento, mas também os seus 20 anos de Santa Cecília. A pernambucana de Águas Belas ensina, dia após dia, que é preciso saber acolher o outro com um sorriso e um afago. Fazer da humildade, da generosidade, exercícios diários. Que custo convencê-la a nos conceder a entrevista! Não quer os holofotes sobre ela. Para liderar, a senhora de ar elegante revela que é preciso saber sentar à mesa com a diferença, a tolerância e com os que mais necessitam, exercitar a escuta. A diretora que (pasmem!) conhece praticamente cada um dos alunos pelo nome está sempre com as portas abertas ao novo. E celebra: “Ah, minha filha, a vida é uma coisa extraordinária, devemos tentar viver cada momento presente com intensidade e generosidade! E se for para eu falar das minhas alegrias no Santa Cecília será uma verdadeira ladainha”. Pois deixemos que ela nos conte da infância, da vida religiosa e dos desafios de educar. Interatividade – Irmã Eulalia, 2009 é um ano especial: 60 anos de vida e 20 de Santa Cecília. Qual o balanço desses anos de vida e dedicação à educação em Fortaleza? Irmã Eulalia – Para mim, a vida é magnífica, viver é uma coisa extraordinária, eu amo a vida. Viver no sentido da doação, da entrega, do viver cada momento presente. Poder me relacionar com as pessoas, poder enfrentar os desafios, as dificuldades como forma de também amadurecer, crescer, sempre olhando de frente a vocação que escolhi: Deus como ideal da minha vida, tendo como fundamento o evangelho, no carisma que eu abracei de sacrificar-nos e consagrar-nos inteiramente à juventude, onde quer que possamos cooperar na propagação da glória do Senhor e neste grande desejo de, em qualquer circunstância, encarnar a face atual do Cristo Educador. Então, o balanço que eu faço destes anos todos é a alegria de tê-los vivido bem, na alegria e entrega da minha vida ao serviço do Reino.
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I – Eu gostaria que a senhora contasse um pouco da sua trajetória na vida religiosa. Como começou? De onde veio esse interesse? IE – Falar da minha vocação à vida religiosa é reportar-me à história da minha infância, da adolescência, da minha juventude. Nasci em uma família de origem cristã e tive uma graça muito grande de continuar os meus estudos no Santa Sofia, Garanhuns, escola que pertence ao Instituto das Damas. Lá, continuei a desenvolver a formação recebida em meu lar, participava de todas as atividades da Escola, assim como em minha cidade, Águas Belas, no sertão pernambucano. Lembro que ao final de um dos cursos de Liderança Cristã, no Santa Sofia,
Sou apaixonada pela palavra de Deus, pela espiritualidade da minha congregação, por tudo que me ajuda a ser mais para servi-Lo mais e melhor.
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Sempre agradeço porque tudo é graça de Deus.
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a Madre Bernadete (que foi diretora aqui também no Santa Cecília) nos deu um diploma, com uma frase que me marcou muito: “Tu és imortal e insubstituível no plano de Deus”. Essa frase ecoou dentro de mim, daí comecei a pensar e alimentar o ideal e desejo de uma consagração. Continuei participando dos grupos de aprofundamento de vida cristã, depois do grupo vocacional. Eles foram clareando as minhas convicções e me conduzindo a uma definição e opção de vida. Encontrei uma resistência muito grande de meus pais, especialmente do meu pai, que tinha outros projetos para mim. Mas mesmo com toda a resistência, consegui seguir o caminho do chamado à vida religiosa e, depois, ele percebeu que esse era o meu ideal, que eu era feliz e acolheu minha decisão.
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I – A dedicação à vida religiosa exige muitas renúncias, como a convivência com a família e a negação do consumo, profundamente estimulado na nossa sociedade. Como a senhora lida com isso? IE – A consagração religiosa por si é uma consagração em vista do Reino de Deus. Então, o fundamento está na vivência radical do Evangelho. O que me ajuda a viver esta renúncia é olhar para o Cristo, tê-lo como modelo. Claro que isso exige um trabalho interior, um aprofundamento da espiritualidade, uma vida de oração, um aprender a conviver com pessoas de temperamentos e idades diferentes dos nossos, a optar pela simplicidade, a saber viver com o essencial, a ser disponível, a discernir o que convém e estar coerente com minha opção de vida, colocandome nas mãos de Deus para que Ele, como oleiro, trabalhe o barro que existe em mim e me faça uma nova criatura, a serviço de sua Igreja. I – À frente do Santa Cecília, a senhora já fez parte da formação de gerações. Como avalia a mudança nos costumes, na relação familiar e na própria escola? IE – O mundo evolui constantemente. As famílias passam por processos de transformações. Os costumes e posturas de cinco anos atrás não são os mesmos de hoje. Cada vez mais percebemos que o mundo vai exigindo de nós, educadores, posturas diferentes, uma nova
adequação. O que acho bonito no Santa Cecília, nesse percurso de vida, o próprio slogan Duc in Altum exprime bem: passemos para a outra margem, avancemos para águas mais profundas. E podemos traduzir essas palavras como símbolo da ousadia, da capacidade de adaptar-se ao novo, de encarar os desafios com coragem, criatividade e determinação. Olhar o mundo sempre de forma aberta, sem perder o foco dos objetivos, dos princípios filosóficos, do ideal e fundamentos da educação. O que percebo nesses anos todos é essa capacidade que a própria Instituição Damas carrega de adaptar-se às novas realidades, aos novos tempos, sem perder a essência de sua missão. Saber lidar com as famílias, educadores, educandos e sociedade através do diálogo, da escuta, respondendo as urgências e necessidades atuais, através de seu projeto político-pedagógico institucional. I – A senhora é reconhecidamente uma grande administradora. Como mantém o equilíbrio para gerir uma grande escola, do porte do Santa Cecília, e ainda se dedicar às atribuições da Congregação Damas? IE – Nossa fundadora diz: “Toda missão vem acompanhada das graças necessárias”. Sempre agradeço porque tudo é graça de Deus. Cada função que eu recebo, coloco-me sempre à disposição para fazer não o que eu quero, mas o que Deus quer. Claro que tenho meus limites, como qualquer ser humano, mas uma coisa que me ajuda bastante é a espiritualidade. Sou apaixonada pela palavra de Deus, pela espiritualidade da minha congregação, por tudo que me ajuda a ser mais para servi-LO mais e melhor. Também procuro confiar naqueles que trabalham c o m i g o , d i v i d i n d o responsabilidades e dando-lhes autonomia, exercendo uma direção compartilhada e
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participativa. Sempre nos encontramos para planejar, avaliar e replanejar. Os frutos são maravilhosos porque se tornam uma dinâmica criativa, em que aprendemos a viver a unidade na diversidade. Outra forma é uma alimentação equilibrada e, na medida do possível, umas caminhadas, para diminuir as tensões e descansar o cérebro. I – Este ano o Colégio fala de cuidado na sua campanha institucional. E a gente vê isso no tratamento diferenciado aos alunos, na limpeza, na preocupação ambiental... O seu comportamento simboliza um pouco isso. Como a senhora consegue reconhecer cada um pelo nome, lembrar das gerações que já passaram por aqui? IE – Com relação ao cuidado, isso é uma característica de todas as nossas Escolas Damas. A alegria, o acolhimento, este tratamento diferenciado faz parte da nossa Missão. Digo isso porque também recebi quando era aluna. Tenho um grande amor pelo Santa Sofia, guardo recordações profundas das minhas mestras, aprendi muito vendo esse cuidado que elas tinham e carrego também em mim por herança da minha família. Meus pais eram muito comunicativos, muito atenciosos com todas as pessoas. Eles nos ensinaram a olhar o outro, seja quem fosse, com muito respeito. Aprendi desde pequena na minha casa a acolher do pobre ao rico. Na nossa mesa, todas as pessoas que chegassem tinham seu espaço. Tenho uma característica, talvez um dom, de memorizar o nome das pessoas e, consequentemente, o nome dos alunos. Claro que não sei o nome de todos os alunos da Escola, mas procuro, na medida do possível, aproximar-me e gravar suas fisionomias. Porém, fico muito feliz quando me encontro com alunos e ex-alunos, fora da Escola, e eles, sorridentes e de forma gentil, vêm me abraçar e cumprimentar. I – O que é preciso para formar na atual conjuntura bons profissionais, mas também cidadãos comprometidos com o planeta? IE – O mundo de hoje é descartável, tudo é igual, globalizado, então as pessoas vêm perdendo o referencial de conhecer-se e conhecer o outro; ao contrário, fecham-se no individualismo. Então, para educar homens comprometidos, temos que trabalhar muito com os nossos jovens a abertura para o outro, a tolerância, o respeito, o acolher as diferenças, a solidariedade, o meio ambiente, os valores, para que este mundo possa ter uma perspectiva de futuro melhor. Enquanto continuarmos acentuando o consumo, a globalização, o individualismo, a tendência é o fechamento. A escola é um espaço que favorece a formação integral do ser humano e deve colaborar para que o educando tenha a possibilidade de
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desenvolver suas potencialidades e preparar-se para contribuir na construção e transformação da sociedade e do mundo. I – Nesta entrevista de balanço, não podemos deixar de falar das maiores dificuldades que a senhora enfrentou à frente do Santa Cecília e também das maiores alegrias. IE – Na direção de uma escola, as maiores dificuldades são quando enfrentamos situações que vão no sentido oposto aos nossos ideais. As maiores dificuldades são de incompreensão, de falta de diálogo. Porém, as dificuldades foram feitas para serem vencidas. O próprio Cristo afirma: “No mundo tereis muitas aflições, tende confiança, eu venci o mundo”. Agora, alegrias são muitas! Uma das maiores é quando percebo os nossos alunos entrando no mercado de trabalho como bons profissionais, mas, sobretudo, comprometidos com a sociedade, levando aquilo de positivo que aprenderam dentro da Escola. Outra alegria é a participação afetiva e efetiva dos nossos educandos nas diversas atividades da Escola como: projetos do SOR, olimpíadas, SICE, competições esportivas, DIGA LÁ, resultados dos vestibulares, viagens pedagógicas, projetos em sala de aula, liderança, quando observamos o crescimento da autonomia, da solidariedade, sentido de grupo, aquisição do conhecimento, treinamento de papéis, partilha, compromisso social. Outra grande alegria é a responsabilidade e competência dos profissionais, esta grande equipe, criativa, diversa e que consegue levar o Santa Cecília sempre para o alto. Realmente é um mar de alegria ter um grupo que está sempre colocando o barco para a frente, mesmo que as ondas estejam revoltas. São muitas e muitas alegrias, uma verdadeira ladainha. I – A senhora é pernambucana de nascimento, mas também um pouco cearense depois desses anos todos. Que “manias” e hábitos do cearense já estão incorporados? IE – Ainda não consegui pegar o sotaque cearense apesar desses vinte anos. Dos hábitos, o que adquiri é esta tendência à inovação. Ah, e na culinária, o baião de dois, a paçoca, os preparos especiais do peixe, a tapioca feita na forma cearense. Aprendi muito a usar o vocabulário: a cruzeta, o rebolar, o gigolete... I – Mas além de cearense e pernambucana, a senhora é também uma cidadã do mundo. Tem inclusive viajado muito pela África, continente extremamente pobre, onde bravas religiosas Damas desenvolvem trabalhos sociais. O que traz na bagagem? IE – A vida religiosa é também itinerante, peregrina. O religioso não tem os pés fixos em um lugar. Estou aqui há vinte anos, mas o sentido da vida consagrada é a itinerância, essa mobilidade que é própria do Evangelho, a disponibilidade para o Reino. Nessas viagens todas que eu fiz, especialmente na África, para mim, a maior experiência que trago é o aprendizado com as Irmãs que estão lá, esse desprendimento, essa vida a serviço de Deus, mesmo com toda a instabilidade e insegurança, que são enormes. Mas estão lá por amor ao Reino. O missionário é aquele que está disponível para servir Jesus Cristo em qualquer lugar, sob qualquer circunstância. Isso me inspira a trabalhar a capacidade de acolher o sofrimento, o inesperado e ao mesmo tempo trabalhar para que o mundo seja um lugar melhor, mais tolerante.
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espaço damas
VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO DAMAS De 21 a 23 de janeiro de 2010, o Santa Cecília receberá educadores de todo o Brasil para o VI Seminário de Educação Damas. Conheça os temas das palestras e conferências que irão enriquecer ainda mais a formação dos que cuidam do futuro do nosso País. No site da Escola (www.santacecilia.com.br), você encontra as resenhas na íntegra. Tema: Escola e família: parceiras na aprendizagem Conferencista: Elizabeth Camargo Viana Polity Resenha: A mudança mais importante na educação suscitada por novas demandas sociais é que a escola deve hoje incorporar, de forma sistemática, a tarefa de formação do sujeito. Mas, para que a escola possa estar apta a corresponder às novas expectativas é preciso que adote outro paradigma educacional. Tema: Escola e convivência democrática Conferencista: Ulisses Ferreira de Araújo Resenha: A busca de modelos dialógicos, pautados em valores de democracia, justiça, solidariedade e outros mais pressupõe introduzir no dia a dia das escolas a preocupação cotidiana com valores socialmente desejáveis. Tema: Mediação dos conflitos Conferencista: Valéria Amorim Arantes de Araújo Resenha: Uma escola de qualidade deve transformar os conflitos do cotidiano em instrumentos valiosos na construção de um espaço de reflexão e de ação que permita aos estudantes enfrentarem, autonomamente, a ampla e variada gama de conflitos pessoais e sociais. Tema: A condição humana: em tempos de saúde perfeita Palestrante: Madalena de Queiroz Lima Verde Resenha: Diante do fenômeno contemporâneo, de medicalização da vida e do avanço nos diagnósticos no campo da saúde mental infantil, discutiremos os limites das fronteiras normal e patológico, saúde e doença e sua repercussão no cenário social. Tema: Saberes docentes e autonomia dos professores Palestrante: Casemiro de Medeiros Campos Resenha: Os sabres docentes; a cultura e o trabalho dos professores; a identidade do professor; os conteúdos de ensino e a transposição didática; estratégias de ensino e a aprendizagem. Tema: E a família, morreu? Palestrante: Antonio Mourão Cavalcante Resenha: A família sempre foi considerada pilastra da sociedade. Será que ainda existe lugar para família no novo milênio? Devemos considerá-la como instrumento de repressão aos desejos mais profundos e naturais do ser humano? Tema: Ética profissional: cuidando das relações no ambiente de trabalho Palestrante: Ana Cristina Benevides Pinto Resenha: Um dos maiores desafios contemporâneos advém da conjugação da ética a partir da aquisição do conhecimento. Desde Epicuro, já se refletia que o
conhecimento e as ciências seriam meios para alcançar como meta desejada a ética. Entretanto, o que temos desenvolvido eticamente nos contextos de produção do conhecimento? Tema: O novo Ensino Médio: matriz referencial curricular Palestrante: Carlos Artexes Simões Tema: Educação e Espiritualidade Palestrante: Carlos Tursi Resenha: Trata-se, antes de qualquer coisa, de estabelecer corretamente o domínio da espiritualidade, distinguindo-o do da confissão religiosa: consiste na dimensão pneumático-transcendente que, junto com as dimensões somática e psíquica, compõe uma visão antropológica apropriada da existência humana. Tema: Virtude intelectual e virtude vivencial Palestrante: Custódio Luís Silva de Almeida Resenha: A formação humana se dá indissociadamente nas dimensões prática e teórica. No entanto, a escola foi modelada de tal maneira que a dimensão teórica assumiu a hegemonia, relegando a dimensão prática a intervalos pontuais do calendário escolar. É preciso rever nossos currículos e metodologias para construir um ambiente escolar capaz de ver e de saber ver, de compreender e de saber compreender. Tema: Sensibilizando olhares para uma educação patrimonial e intercultural no cotidiano da escola Palestrante: Lourdes Macena Resenha: Abordagem sobre a necessidade de inserção dos saberes, fazeres e costumes do povo local no cotidiano curricular buscando favorecer um sentido de valor sobre eles. Ênfase sobre o Folclore na escola como cultura viva, ativa e permanente, seguindo a pedagogia emocional de Chabot (2005) quando enfatiza que “é preciso sentir para aprender”. Tema: Marketing na educação para a conquista e retenção de clientes Palestrante: Cláudia Buhamra Resenha: Levar aos participantes os conceitos e os instrumentos de Marketing Educacional para que as escolas possam obter sucesso na conquista e na retenção de clientes através da excelência em serviços e do desenvolvimento de um consistente posicionamento de marca. Tema: ENEM – da escolaridade básica ao ensino superior, uma discussão necessária Palestrante: Dorivan Ferreira Gomes
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nos corredores
PROMOÇÃO AMIGO É PRA ESSAS COISAS A amizade é um patrimônio que cabe bem naquela máxima: não vendo, não empresto nem dou! Os antigos já diziam que quem encontra um amigo encontra um tesouro. Como não se acham tesouros facilmente, é bom irmos cuidando dos amigos que garimpamos na nossa vida: na escola, no trabalho, no futebol... O Santa Cecília, no mês do estudante e sensível à importância de amigos ao nosso redor, apostou na promoção que tinha como objetivo reunir a turma em torno de um lazer divertido e prazeroso. Os lugares escolhidos foram o cinema, o boliche e os jogos eletrônicos, resultando em gargalhadas gostosas, abraços e alegria garantida. Recebemos centenas de participações. Para concorrer, bastava reunir os amigos e mandar as fotos do grande encontro para o site da Escola. Estamos felizes, pois, numa cidade de muros altos e vidros fechados, podemos pensar possibilidades que agregam, que aproximam e que geram convivência, afeto, escuta e ação. Como é bom sabermos que longe ou perto temos amigos e que, num momento de total franqueza, podemos dizer: amigo é pra essas coisas. Agora é só esperar pelo resultado final, a ser divulgado na homepage da Escola.
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CUIDAR Um tempo pra você Um tempo para o outro Um tempo para o mundo todo transformar Cuidar é a chave pra viver melhor Cuide das pessoas que estão ao seu redor Sonhos que inspiram uma nova geração Aceite o desafio e leve a vida com amor no coração Colégio Santa Cecília Cuidar, ousar e celebrar
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Fortaleza/CE