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bloco das flores

O Bloco das Flores Brancas, como era conhecido à época, foi fundado em 1920 por Pedro Salgado e Raul Moraes. Após desfilar ao longo de 17 carnavais, o bloco deixou de sair, ficando apenas na lembrança por muitos anos. Apesar de ter passado por tanto tempo sem desfilar, de 1937 a 2000, o bloco tem um lugar guardado na história do carnaval, pois é reconhecido como o primeiro bloco lírico de Pernambuco. Mesmo com o longo período sem atividade, o bloco esteve presente na memória e na tradição através das músicas de frevo, como o do Bloco da Saudade. Em 1988 o Bloco das Flores foi relembrado por pesquisadoras e historiadoras, que se movimentaram para retomá-lo no ano 2000.

Bloco das Flores. Mariana Guerra, 2019. (*) visualização no mapa: item 74.

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No contexto do surgimento do Bloco das Flores, há o carnaval do começo do século XX, que enquanto festa mundana, era “inadequado” para as moças “recatadas” daquela época, que por muito tempo viviam limitadas ao espaço da casa. Essas mulheres, porém, passaram a ganhar mais espaço nas ruas, então, como alternativa para que as moças pudessem brincar o carnaval, foi criado o Bloco das Flores. As fantasias eram vestidos bem costurados, com muitos detalhes e adornos e tinham altos custos, o que fazia com que as pessoas que frequentavam os blocos precisassem ter certo poder aquisitivo. A marca do bloco é a poesia, os perfumes e a leveza.

O Bloco das Flores arrastava multidões enquanto desfilava na primeira fase de sua existência (1920 e 1937), sempre anunciado nos jornais, era tido como um simpático bloco, onde todos cantavam em uma afinada orquestra. No seu período recente, com o flabelo de cor dourada e preta contornado com flores, o desfile do Bloco das Flores parte da Praça Maciel Pinheiro, seguindo pela Rua da Imperatriz, atravessando a Ponte da Boa Vista, pela Rua Nova, Praça do Diário, até o bairro do Recife Antigo.

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