Um Olhar Sobre Bauru

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Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Arquitetura Artes e Comunicação Campus Bauru

Um Olhar Sobre Bauru Ensaio fotográfico em HDR de Bauru aplicado ao calendário de 2014

Relatório descritivo do Projeto de Conclusão de Curso em Design Gráfico

Guilherme Rodrigues Colosio Orientação | Milton Koji Nakata

Bauru | 2013



Dedico este projeto a todas as pessoas que passaram por mim até o presente momento e deixaram de uma maneira ou de outra, peças desse maravilhoso e complexo “quebra-cabeça” que chamamos de vida. E para Bauru, por me oferecer os belos lugares, sem os quais o projeto não poderia existir.

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“Fotografia é memória e com ela se confunde. Fonte inesgotável de informação e emoção. Memória visual do mundo físico e natural, da vida individual e social. Registro que cristaliza, enquanto dura, a imagem - escolhida e refletida - de uma ínfima porção de espaço do mundo exterior. É também a paralisação súbita do incontestável avanço dos ponteiros do relógio: é pois o documento que retém a imagem fugidia de um instante da vida que flui ininterruptamente.” Boris Kossoy

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Sumário

Proposta & Justificativa

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Subexposição | Conceito

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Fotografia Ensaio Fotográfico Bauru, um pouco de história HDR, história e processo Panorâmica Silêncio Calendário E o Design?

11 13 15 16 20 21 22 25

Exposição | Desenvolvimento

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Referências Visuais Análise de Similares Um Olhar Sobre Bauru Projeto Gráfico Projeto Final | Ensaio Fotográfico Projeto Final | Calendário

27 30 36 55 57 64

Superexposição | Conclusão

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Conclusão Mensagem Final Agradecimentos Bibliografia

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Proposta A fotografia é uma arte, um registro, um meio de comunicação, um momento congelado, uma memória, um frame. A cada dia se encontra mais presente na vida cotidiana. O autor do projeto conheceu a fotografia na graduação. Entrar na graduação desejada foi uma sensação maravilhosa. Conviver com discentes e docentes do nível e qualidade da Unesp Bauru foi melhor ainda. Aprendeu-se muito sobre design, convivência, amizade e enfim, da vida. Pode-se dizer que o autor sempre levará essas pessoas e experiências em sua memória. Porém, um dia, esta etapa termina e é preciso seguir em frente, entretanto, para finalizar esta etapa foi necessária a elaboração do Projeto de Conclusão de Curso. O presente projeto tem por objetivo desenvolver um ensaio fotográfico em HDR dos principais lugares de Bauru (SP). Para a aplicação desse ensaio, a peça gráfica escolhida foi o calendário. O motivo da escolha se deu ao fato do ensaio fotográfico poder ser admirado ao longo do ano todo.

Justificativa A graduação em Design Gráfico oferece muitas possibilidades em virtude dos vários conteúdos apresentados no curso, porém, especificamente para o desenvolvimento desta proposta foram aplicados os conhecimentos sobre Fotografia. Durante este processo foi necessário recorrer a outros conhecimentos muito bem assimilados pelo autor como diagramação, grid, composição visual, tipografia, entre outros, para se chegar à peça gráfica final: O Calendário. Outro aspecto importante a motivar este trabalho foi oferecer à Bauru/SP, cidade que tão bem o acolheu, um calendário especial com imagens marcantes do próprio município.

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Subexposição | Conceito

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Fotografia A história da fotografia, apesar de não existir a tanto tempo em relação às outras artes, é vasta e cheia de detalhes minúsculos, muito importantes para que ela existisse da maneira conhecida atualmente. Em seguida, um breve histórico será traçado. Um dos primeiros registros fotográficos registrado pela história foi o “Vista da janela em Le Gras” (1826), produzido durante aproximadamente 8 horas por Joseph Nicéphore Niépce. Porém, muitos dos elementos fundamentais da fotografia já haviam sido descobertos bem antes. No século IV a.C., Aristóteles descobriu o princípio da câmara escura. Seu funcionamento se resume na passagem de luz por um orifício, abertura em uma das paredes ou teto, em uma sala propriamente escura, assim projeta-se uma imagem invertida à imagem real do lado de fora da sala (SOUGEZ, 1996). Em meados do século XVI, lentes foram acopladas aos orifícios, proporcionando uma maior nitidez para as imagens. No século XVII a câmara escura foi montada sobre uma espécie de “carro” e podia ser transportada para os lugares, porém, somente por volta do século XVIII ela foi massivamente utilizada por artistas para retratarem melhor os ambientes em suas pinturas. Da invenção da câmara escura até a imagem produzida por Joseph Niépce, além dos casos citados, muitas pessoas foram importantes para a criação da fotografia. Outras vieram após Joseph Niépce, como William Henry Fox Talbot¹, Louis Jacques Mandé Daguerre² e muitos outros para que a fotografia se fixasse e se tornasse conhecida como nos dias de hoje (HACKING, 2012). Além das substâncias sensíveis à luz, foi necessária a criação de fixadores químicos, para manter as imagens nas superfícies por mais tempo, material especial para a criação dos negativos e etc.

Vista da janela em Le Gras | 1826 | Joseph Nicéphore Niépce Considerada a primeira fotografia da história. O tempo de exposição médio foi de oito horas. Coleção Gershheim, Humanities Research Center, University of Austin Texas.

¹ William Henry Fox Talbot também foi precursor da fotografia e fixou as primeiras imagens em papel. Pode-se considerar que foram os primeiros testes de negativos e positivos, pois ele gravava a imagem em um papel (negativo) e passava para outro (positivo), assim reproduzindo a fotografia em série, apesar da qualidade ser inferior ao daguerreótipo (HACKING, 2012). ² Louis Jacques Mandé Daguerre é o “pai” da Daguerreotipia, um processo fotográfico com outros materiais: utilizava placas de prata iodadas e a imagem era revelada com mercúrio, processo perigoso para o corpo humano, mas que foi muito bem aceito na época (HARRELL, 2002).

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Considerar o funcionamento básico de uma câmera fotográfica analógica: a luz (imagem) entra através das lentes da objetiva, passa pelo diafragma (responsável pela abertura “f ” e profundidade de campo), passa para o filme (celuloide) quando o obturador é acionado e levantado através do disparador (HEDGECOE, 2012). O funcionamento da câmera digital é idêntico, em vez de um rolo de filme, é um sensor (CCD), responsável por transformar a luz em códigos digitais capazes de refazer a imagem através de uma leitura específica para eles.

Segundo Ayres (2007), as câmeras digitais tiveram sua origem no meio militar, durante a Segunda Guerra. O primeiro CCD foi criado em 1969, pela Bell Labs, todavia foi comercializado pela Fairchild Imaging em 1973. A Sony, em 1981, comercializou o modelo Mavica, que capturava imagens de 0,3 megapixels (300.000 pixels), custava algo em torno de US$ 12 mil, mas não era digital, ela usava o método de filmagem NTSC (National Television System Committee), congelava as imagens e fazia o armazenamento em disquetes. A Kodak foi a primeira empresa a lançar um protótipo da câmera fotográfica digital (DCS 100), em 1990, utilizando o corpo da câmera F3 (Nikon), com um processador externo. No início as DSLR (Digital Single Lens Reflex) eram muito caras e ainda não usadas com frequência, com a evolução da tecnologia e a relativa melhora nos custos, elas tornaram-se muito populares e hoje possuem presença mundial.

Sony Mavica prototype (1981) | 2011 | Morio

Ilustração demosntrando partes e funcionamento de uma câmera fotográfica.

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Ensaio Fotográfico

O ensaio formal é obtido em parte pela escolha dos recursos técnicos. Cada ensaio ganha um tipo de leitura específico, pois depende do equipamento e do tratamento que recebeu. O ensaio formal pode ser confundido com o estilo, algo difícil de ser conquistado pelos fotógrafos, pois demanda muitos anos de prática e maturação. O conceitual é o mais difícil de obter e também de entender. O “instante decisivo”, conceito desenvolvido por Henri Cartier-Bresson ao longo de sua trajetória fotográfica, é uma das formas mais conhecidas de unidade conceitual, tendo se transformado em um grande paradigma para a fotografia no século XX. Os três tipos de ensaio podem ocorrer separadamente ou concomitantemente.

“É através do ensaio que o fotógrafo pode expressar com mais intensidade sua visão sobre determinado tema, e é importante que se sinta a singularidade que a presença do ponto de vista do autor permite ao trabalho. Ao mergulhar em um ensaio o autor se vê inserido em um processo que exige muito mais que a captura de imagens. Exige uma reflexão sobre a conexão entre estas imagens, sobre a edição que melhor pode expressar sua intenção no trabalho (tendo assim mais efeito que a simples exposição de tudo que se pode revelar a respeito do assunto em questão) e sobre a apresentação que seja mais eficiente para tocar o outro, seu apreciador”. (FIUZA & PARENTE, 2008 p.171)

De acordo com um artigo escrito pelo Senac (2013), o primeiro conceito de “ensaio” surgiu na filosofia. O filósofo francês Montaigne procurou escrever de uma forma mais solta, não seguindo à risca o rigor dos tratados filosóficos, procurou por uma estrutura de pensamento baseada em livres associações, assim ele criou o que hoje denominamos ensaios, que logo ganharam espaço nas críticas literárias e em outros campos. Na fotografia, os ensaios ganharam espaço desde o início do século XX; e no Brasil, ganharam inicialmente um espaço na revista O cruzeiro. O critério principal para se classificar um ensaio fotográfico, é a unidade obtida entre as imagens. Existem três tipos de ensaios coerentes: temático, formal e conceitual. O mais fácil de obter é o temático. Ele demonstra um tema que foi escolhido; pode ser um lugar, uma manifestação cultural, ou até mesmo algo mais subjetivo, como a solidão, a loucura.

Naples, Italy | 1960 | Henri Cartier-Bresson

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Considerando tais definições para ensaio fotográfico, pode-se concluir que o ensaio produzido para este projeto, insere-se entre a unidade temática e a unidade formal. Foi um ensaio elaborado, sobre a cidade de Bauru/SP, destacando lugares importantes para a cidade e outros importantes para o autor - referindo-se à unidade temática. Analisando o tratamento utilizado (HDR) e a maneira como os locais foram fotografados, os ângulos, o silêncio presente pela ausência de pessoas e o conceito, pode-se classificar também o ensaio como formal. A escolha pela fotografia deu-se por uma afinidade desenvolvida durante a graduação. Antes disso, o autor não tinha tido contato nenhum, exceto com as fotos de família, eventos, entre outros, todavia, sempre fotografado e nunca fotografando. Após descobrir a fotografia, iniciou os estudos um pouco mais aprofundado e pessoal inclusive. Livros, internet, referências, portfólios de fotógrafos, tutoriais, blogs, entre outros, foram fontes de pesquisa e aprendizado desde 2010. Sendo assim, antes de iniciar o atual projeto, o autor já possuía um embasamento teórico prévio. Em Março de 2013, mediante a possibilidade do Ensaio, o autor posicionou-se e decidiu produzir e desenvolver o projeto com olhares diferenciados do que estava acostumado. Sempre apreciou fotografias de arquitetura, porém, nunca tinha ousado antes desse projeto. Aprendeu a fundo a técnica HDR, a montagem de uma imagem panorâmica e técnicas de tratamento de imagem.

Ensaio sobre garimpeiros | 2004 | Ricardo Azoury

Ensaio sobre garimpeiros | 2004 | Ricardo Azoury

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Bauru, um pouco de história

Bauru é um município do interior do estado de São Paulo, fica à noroeste da capital e foi fundado em primeiro de Agosto de1896 (IBGE). O motivo da região de Bauru ter sido povoada foi a “Marcha para o Oeste”, criada pelo governo de Getúlio Vargas em prol do progresso e desenvolvimento. No início, a região era disputada por tribos indígenas. Os bandeirantes paulistas estabeleceram um domínio regional e as cidades foram sendo fundadas. As fazendas existentes até então, foram recebendo mais pessoas e os distritos foram se criando. A cidade de Agudos, vizinha de Bauru, foi fundada antes (1888) e após alguns anos, Bauru se emancipou e começou a se desenvolver.

A cidade sobreviveu inicialmente com as lavouras de café, pois solo era pobre para o plantio, contudo, foi o sistema ferroviário que trouxe para Bauru o desenvolvimento socioeconômico. Em 1906 a cidade foi escolhida para receber a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, ligando Bauru a Corumbá, cidade do Mato Grosso do Sul, na fronteira com a Bolívia. Assim tornou-se um importante ponto de relações comerciais e não parou de crescer mais. Atualmente Bauru possui o maior entroncamento rodoaéreo-hidro e ferroviário do estado de São Paulo, cerca de 350.000 habitantes, duas grandes áreas de preservação ambiental (Horto Florestal e Jardim Botânico), cerca de 10 instituições de ensino superior, tornando-se assim uma cidade interessante para se morar e com muita prosperidade.

Vista do Brasil Portugal | Bauru | 2011 | Guilherme Colosio

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HDR, história e processo

A abreviação HDR, vem do termo “High Dinamic Range”, cuja tradução literal é “Grande Alcance Dinâmico”. O HDR consiste basicamente em utilizar diferentes tempos de exposição numa série de fotografias para atingirse o grande alcance dinâmico, que consiste em registrar corretamente todas as intensidades de luz em uma mesma fotografia, sem perder informações. Em torno de 1850, Gustave Le Gray, um importante fotógrafo francês, procurou uma maneira de registrar o céu e o mar ao mesmo tempo, sem perder a informação de luz em nenhum local da imagem. Obteve êxito ao registrar dois negativos e revelar a metade de cima (com o céu corretamente exposto) e a metade de baixo (com o mar corretamente exposto), formando assim uma imagem corretamente exposta por completo. Estes estudos foram muito importantes para aprimorar os filmes fotográficos da época. (HANNAVY, 2008)

Ivy Mike | Nuclear Test 1952 | Charles Wickoff

Brig upon water | 1856 Gustave Le Gray

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Mais tarde, a técnica do dodge and burn foi desenvolvida: resume-se em clarear e escurecer certas partes de uma fotografia durante o processo de ampliação. Ansel Adams foi um especialista nesse processo e também na técnica zone system (sistema de zonas), cujo funcionamento se resume em medir a luz e expor corretamente o filme de tal maneira que a fotografia obtenha uma exposição correta (HANNAVY, 2008). Contudo, a técnica do HDR foi desenvolvida na década de 1940 por Charles Wyckoff, para a força aérea americana. O objetivo era fotografar detalhadamente explosões nucleares. Para tal fim, Wyckoff desenvolveu um filme fotográfico de três películas: Uma com ASA (atualmente conhecida como sensibilidade ISO) normal, a segunda com um ASA alto e a terceira com ASA baixo, sendo assim, conseguir três exposições de uma mesma imagem e após o registro, revelava de tal maneira que conseguia registrar corretamente todas as intensidades da luz (MANN & PICARD, 1994). Com a ascensão da fotografia digital e softwares que facilitam a criação de imagens com esse tratamento, a técnica se popularizou.


Ela traz um pouco mais para a fotografia o que o olho humano é capaz de fazer: balancear todas as “intensidades” de luz de uma imagem. Quando se olha para o nascer do sol, por exemplo, enxergam-se todos os tons: desde o azul do céu, os tons de laranja e também a cor do ambiente. Quando registramos isso em uma fotografia, não acontece o mesmo, na maioria das vezes; uma luz, no caso o sol, sempre estoura e algumas sombras acabam por fazer o mesmo (tornando-se totalmente pretas, sem registro de luz nenhum); assim a fotografia perde informações no registro. Para entender um pouco melhor o processo do HDR, é necessário entender o funcionamento básico do histograma: Resumidamente, o histograma é um gráfico que mostra a distribuição da quantidade de luz e cores em uma imagem, seus valores vão de 0 a 255. Quando o gráfico está mais alto do lado esquerdo (Figura 1), a imagem está subexposta, ou seja, está escura. Quando o gráfico encontra-se mais alto do lado direito, a imagem está superexposta (Figura 3), ou seja, está muito clara. O histograma “ideal” depende muito do resultado desejado, todavia considerar uma imagem com a exposição correta: o gráfico possuirá um equilíbrio nos pontos altos e estará bem distribuído ao longo do eixo horizontal (Figura 2).

Figura 1 | Histograma e fotografia subexpostos.

Figura 2 | Histograma e fotografia expostos.

Figura 3 | Histograma e fotografia superexpostos.

Também se pode chamar de Lowkey a técnica que trabalha com imagens subexpostas e Highkey com imagens superexpostas. (HEDGECOE, 2012) 19


Transformar uma cena de altas e baixas luzes para obter uma exposição correta em relação ao olho humano acaba-se por alterar o “grande alcance dinâmico” da imagem, modificando o histograma para ficar bem distribuído ao longo do gráfico, assim não se perde informações de luminosidade. Aprofundando um pouco mais no assunto do alcance dinâmico, as imagens em JPEG ( Joint Photographic Experts Group, um dos métodos de compressão de uma imagem digital) possuem uma profundidade de cor de 8-bit por canal; isso significa que são processadas cores de 0 a 255, do preto ao branco, em cada canal (RGB - vermelho, verde e azul). Arquivos com profundidade de cor de 16-bit possuem mais fidelidade de cores (inclusive do preto e do branco), pois contém mais informações de cor em cada canal. O intervalo entre as imagens de 8-bit e 16-bit é chamado de alcance dinâmico – muito mais detalhes e fidelidade de cores são encontrados nas imagens de 16-bit, simplesmente

Estádio Alfredo de Castilho | Subexposto

porque existem mais informações sobre a luminosidade de cada pixel quando se tem um intervalo maior de valores de luminosidade em cada canal (MANN & PICARD, 1994). Por causa desta limitação, o ideal é que as fotos em HDR sejam processadas a partir de imagens em formato RAW (“cru”, ou seja, o registro de uma imagem sem alterações de qualquer software), pois possuem muito mais informações de luz e cor em relação às imagens em JPEG. Mas mesmo processando a imagem com um maior alcance dinânico, visualizá-la em monitores comuns ou até mesmo em impressões, ela acaba perdendo informações de cor e luz, pois a gama de cores e luzes em um monitor e programa próprio para esse procedimento é muito maior em relação aos veículos comuns de comunicação. Por vezes essa vasta gama é comprimida, perdendo parte dessas informações, o que pode ou não alterar o resultado final. Monitores profissionais e impressões em alta qualidade (fine print) são os veículos mais recomendados para esse tipo de tratamento.

Estádio Alfredo de Castilho | Exposto

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Estádio Alfredo de Castilho | Superexposto


Atualmente softwares facilitam e muito o processo do HDR, o mais conhecido e utilizado neste projeto, é o Photomatix, da empresa HDRsoft. Apesar de o formato RAW ser melhor para o processo, neste projeto as imagens foram criadas a partir de arquivos JPEG. O software Photomatix Pro traz mais de uma opção de compressão de imagem: Tone Mapping e Fusion. Em tone mapping, pode-se encontrar ainda detail enchancer e tone compressor; dentro de fusion encontra-se presets (funções automáticas) praticamente prontos. Essas variáveis funcionam praticamente da mesma maneira, porém dentro de algumas, no caso detail enchancer, o programa oferece maiores opções de manipulação da imagem. Para o projeto, foi usada a função de detail enchancer.

O processo todo se resume em mesclar três ou mais imagens iguais com velocidades de exposição diferentes, sugere-se que essas imagens possuam pelo menos um ponto de luz de diferença entre elas. Sendo assim as imagens ficariam da seguinte maneira: Uma subexposta (escura), uma “corretamente” exposta (normal) e a terceira superexposta (clara): Mesclando as imagens, consegue-se obter o HDR. Apesar de apresentar pontos claros e escuros, possui informações de imagem nas sombras e nas altas luzes; e ainda assim consegue manter o contraste desejado em um pós-tratamento. Todo o processo executado neste projeto será apresentado detalhadamente mais à frente como tutorial.

Estádio Alfredo de Castilho | HDR

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Panorâmica

Foi o pintor escocês-irlandês Robert Barker que em 1787 criou o termo “Panorama” - vocábulo formado por termos do grego “pan”, que significa total, e “orama” que significa vista (PEREIRA, 2006). Sendo assim, pode-se considerar que uma fotografia panorâmica é o registro de uma vista ampla, geralmente em circular e igual ou maior do que a vista que o ser humano consegue enxergar.

As primeiras imagens panorâmicas que se tem registro foram produzidas não muito depois da criação da fotografia. Os “fotógrafos” da época queriam registrar as cidades, os ambientes e os locais. Porém, como as câmeras ainda eram pesadas, desajeitadas e os recursos técnicos não eram precisos, as imagens eram bem diferentes das conhecidas atualmente.

San Francisco from Rincon Hill | 1851 | Martin Behrman | Gelatin Silver print

Lower Manhattan from Staten Island Ferry Corrected | 2006 | DAVID ILIFF | License CC-BY-SA 3.0

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Silêncio

O silêncio não é considerado uma técnica, mas será citado para definir aprofundar o ensaio fotográfico. O silêncio é a ausência total de sons. A fotografia é uma imagem estática e por isso não possui som, contudo o silêncio transmitido no ensaio fotográfico acontece de outra maneira. As imagens possuem a ausência total de pessoas, tornando assim, os lugares vazios e silenciosos; fator que contribui para a apreciação das imagens, pois não existem distrações visuais. Desejou-se transmiti-lo, pois a maior parte das fotografias foi produzida em horários nos quais os lugares estavam praticamente vazios, trazendo a sensação do silêncio e do vazio, que foram muito boas para o autor. Este quis transmiti-las em seu ensaio.

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Calendário

O calendário utilizado atualmente, na maioria dos países, é o Calendário Gregoriano. Os primeiros calendários registrados na História são dos povos egípcios e hebraicos. Eram baseados nas estações do ano e nas fases da lua, usado principalmente para a agricultura. Possuíam em média 360 dias, eram divididos em meses, porém eram 10, e não 12 como conhecemos atualmente. (MARQUES, 2000) Desde então, o calendário sofreu muitas modificações referente à dias, semanas, meses, nomes dos meses, datas comemorativas, entre outros, e também modificaram-se no sentido de optar por fazer o ano baseado nas fases da lua, nas estações ou no movimento do sol; durante muitos séculos, devido à erros matemáticos, os calendários perdiam ou ganhavam dias, conforme eram necessários para seguir os solstícios e equinócios.

Resumidamente, o calendário evoluiu, desde antes de 5000 a.C. até o ano de 45 a.C., quando Júlio César chegou no poder e chamou o astrônomo Sosígenes para “consertar a bagunça”. Houve o “ano da confusão”, o qual possuiu 445 dias (o maior de todos os tempos) para consertar tudo e seguir conforme seria o correto. O calendário então passou a seguir o Sol. Esse era o modelo da época:

Representação do calendário Egípcio

Representação do calendário Hebraico

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1.º Januarius 2.º Februarius 3.º Martius 4.º Aprilis 5.º Maius 6.º Junius 7.º Quintilis 8.º Sextilis 9.º September 10.º October 11.º November 12.º December

31 dias 29 ou 30 dias 31dias 30 dias 31 dias 30 dias 31 dias 30 dias 31 dias 30 dias 31 dias 30 dias


Após algumas reformas e homenagens ( Julio César – Julius e César Augusto – Augustus) o Calendário acabou por se resumir em (aqui em português): 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

31 dias 28 ou 29 dias 31 dias 30 dias 31 dias 30 dias 31 dias 31 dias 30 dias 31 dias 30 dias 31 dias

O Calendário Juliano possuía um problema: a data dos equinócios e solstícios se deslocava em relação aos dias corretos e isso preocupou a Igreja, pois alteraria também as datas religiosas. Somente em 24 de Fevereiro de 1582 o calendário foi realmente estabelecido da forma conhecida atualmente, e foi chamado de Calendário Gregoriano. Fragmento de um calendário Maia

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Tendo o conhecimento sobre a história do calendário, o autor optou por aplicar o ensaio fotográfico nessa peça gráfica. Assim limitou a quantidade de fotografias do ensaio em relação aos meses (12 imagens) e também limitou algumas ideias e definições do ensaio fotográfico. A escolha da peça deu-se também por um fator curioso. Durante as férias escolares do ano de 2012, especificamente de Dezembro para Janeiro, época de distribuição dos calendários e “folinhas” por estabelecimentos comerciais, em sua cidade natal, notou que grandes partes das peças eram desprovidas de um ensaio fotográfico “interessante”, o máximo que se podia notar eram algumas imagens - fotografias ou ilustrações, com pouca relação entre elas, acabando por não criar muita harmonia na peça gráfica.

Neste projeto, a peça gráfica “calendário” foi escolhida apenas como apoio para o ensaio fotográfico. O projeto não pretendia, em momento algum, desenvolver uma nova peça desse gênero ou até mesmo inovar de alguma maneira. Foi inclusive, usado da maneira minimalista, justamente para valorizar ainda mais o ensaio fotográfico.

Calendário Gregoriano, método utilizado nos dias atuais.

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E o Design?

“Design” é até hoje um termo complicado em sua definição. Em um apanhado de referências do dia a dia, de discentes, docentes, palestrantes, livros, entre outros, o autor percebeu que designers procuram definir o termo da maneira que o percebem, porém acabam contradizendo uns aos outros algumas vezes. A essência compreendida dentro do meio acadêmico e da vida foi: design é projetar uma ideia da melhor e mais agradável maneira possível, tanto para o designer quanto para o usuário. Também se faz referência ao fundamental “bom senso”, sem o qual os projetos nunca seriam os mesmos. O calendário é uma peça gráfica, e sendo assim, pode tornar-se um projeto de design gráfico. O objetivo desde projeto em questão, não é voltado para transformar ou refazer qualquer parte desta peça gráfica, ela foi utilizada apenas como peça de apoio para o tema principal: o ensaio fotográfico. E este possui muito “design” por trás do resultado final.

Ao desenvolver o ensaio fotográfico, o autor primeiramente definiu o tema, depois o conceito, a linguagem, o estilo e o tratamento. Projetar todas essas vertentes pareceu ser algo fácil no início do projeto, todavia no desenrolar do mesmo, percebeu-se certa complicação no processo. Construir uma unidade entre as imagens foi uma etapa árdua, pois a vontade era transmitir aspectos da cidade, entretanto não sabia por qual deles optar. Depois de definir que seriam lugares, procurou enxergá-los melhor dentro do ambiente urbano, criando assim um conceito. A linguagem, o estilo e o tratamento, podem ser exemplificados juntamente, pois o olhar, o estilo da fotografia e o tratamento em HDR fecham o projeto como um todo. A fotografia também tem o seu “design”. Uma boa imagem necessita de técnicas a serem pensadas antes do “click”, como ângulo, composição, ritmo, luz, informação, textura, entre outros. Ter esse embasamento antes de clicar, com certeza transforma e muito a captura final que se deseja obter.

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Exposição | Desenvolvimento

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Referências Visuais

O ser humano, com acesso direto às mídias on-line, televisão, revista, jornais e outros meios de comunicação, é saturado diariamente com imagens e ideias novas, sendo a internet a maior responsável por esta saturação de referências visuais. Em sites de fotografias, por exemplo, consegue-se observar milhares de imagens de alta qualidade dos mais variados assuntos e estilos, em um curto espaço de tempo. As principais fontes de referências para este projeto resumem-se em três sites: 500px (www.500px.com), Behance (www.behance.net) e Flickr (www.flickr.com). O 500px e o Flickr são sites especializados em fotografia, sendo plataformas onde os fotógrafos de todos os níveis e estilos criam seus perfis e colocam o seu trabalho à mostra

para o mundo. O Behance é um site do mesmo estilo, porém, seu forte são projetos criativos, abrangendo muitos universos diferentes no qual a fotografia é apenas um deles. Outras fontes de referência foram alguns calendários, de diferentes tipos, conseguidos no início do ano de 2013, muito úteis para estudar como as imagens eram trabalhadas, servindo de base para o aprimoramento da peça final deste projeto.

Calendário “Visions of Japan” | Canon 2013

Calendário “Culturas” | Coopercitros 2013

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Shinishi Higahi | Fotografias noturnas em Tokyo.

Luca Campigotto | Fot贸grafo de paisagens urbanas.

Jean-Claude Barrens | Fot贸grafo de arquitetura. David Zimmerman | Fot贸grafo de paisagem.

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Ales Jungmann | Fotógrafo de arquitetura.

Anton Jankovoy | Fotógrafo de viagem.

Captain Kimo | Fotógrafo de paisagens (HDR).

“Atomic Zen” | Fotógrafo de paisagens noturnas.

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Análise de Similares

Trey Ratcliff | HDR

A análise de similares partiu de uma busca rápida comparada à definição do ensaio fotográfico e de extrema importância para a criação da identidade e coerência visual. Foram definidos três pilares principais: Técnica Fotográfica, Estilo e Calendário. Para conseguir sintetizar ainda mais, optou-se pela escolha de apenas um exemplo de cada, neste caso, os melhores possíveis. Vale ressaltar que todos os profissionais citados nesta parte do projeto são contemporâneos e seus trabalhos estão disponíveis nos sites respectivos de cada parte. A fonte inspiradora para o autor, trazendo a maior parte dos similares, este na plataforma Behance (www.behance.net), uma comunidade de trabalhos criativos que integra profissionais, alunos e amadores dos mais variados ramos relacionados com design e projeto.

Trey Ratcliff é fotógrafo e reside na Nova Zelândia. Seu principal foco é a fotografia HDR, através da qual registra muitos locais e principalmente paisagens. O ponto fundamental da escolha deste fotógrafo foi a técnica que vem difundindo pelo mundo através de seu site www.stuckincustoms.com. O HDR, um dos pontos fundamentais deste projeto, foi aprendido em um tutorial criado por Trey. Ele mostra exatamente como funciona a fotografia HDR, os softwares e um pouco sobre edição de imagem. Este tutorial já era conhecido antes do Projeto de Conclusão e foi essencial para desenvolver e aprimorar, ainda mais, a técnica do autor.

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Nick Frank Arquitetura Nick Frank é fotógrafo de arquitetura e reside na Alemanha. Um dos focos de Nick é a arquitetura simétrica. Em ensaios de metrôs, é muito perceptível a preocupação do fotógrafo em sempre manter o alinhamento e perspectiva corretos. Quando são precisos, causam dinâmica e estática ao mesmo tempo nas fotografias. A fotografia de arquitetura foi importante para o projeto em questão, pois dos lugares fotografados, alguns eram dotados de arquiteturas belíssimas e com a simetria desejada para se retratar.

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Kim Høltermand Silêncio Fotógrafo de arquitetura e paisagem, Kim Høltermand foi quem inspirou também na arquitetura, nas paisagens e principalmente no silêncio e na ausência de personagens vindo atrapalhar a visualização do foco da imagem. Seus trabalhos autorais são ensaios maravilhosos de locais que trazem paz e tormento ao mesmo tempo, enquanto são observados. O silêncio é um aspecto bom na fotografia de arquitetura e paisagem, já que não há distrações visuais e o observador pode apreciar a imagem com os mesmos olhos do fotógrafo.

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Irina Vinnik Calendário Irina Vinnik é uma arquiteta que reside na Rússia e tem como foco a ilustração. Seus desenhos possuem um estilo art-nouveau e o principal foco é a ilustração de livros infantis. A análise como similar vem de um projeto desenvolvido por Irina há algum tempo. Com suas principais ilustrações, ela monta calendários e disponibiliza a venda on-line. Observando os trabalhos e os calendários de Irina – grandes e rebuscados, com um acabamento muito bom e de tamanho admirável - foi que o autor decidiu trabalhar o ensaio fotográfico dentro desta peça gráfica.

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Concluindo a análise, pode-se dizer que todos os exemplos citados contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho, tanto na parte fotográfica, como na parte gráfica. De maneira geral, serviram para embasar e conceituar o projeto após a decisão do tema do ensaio fotográfico. 37


Um Olhar Sobre Bauru

Estudos Iniciais

Quando iniciou o Projeto de Conclusão de Curso (PCC), o autor optou por desenvolver ilustrações e concept arts para o livro “O Guia do Mochileiro das Galáxias” de Douglas Adams. Passado mais de três meses com o projeto em andamento, percebeu que aquela não era muito a ideia que gostaria de desenvolver como PCC, já que se via trabalhando com a fotografia futuramente. Durante o período de férias escolares, também devido a alguns acontecimentos pessoais, resolveu mudar o trajeto e seguir para a área da fotografia. Ainda em sua cidade natal, fez um apanhado de calendários, pois estes estavam sendo distribuídos no final/ início do ano (2012/2013) e serviriam de referência para o desenvolvimento do projeto. Voltando à Bauru, no início de fevereiro, deu andamento em alguns projetos que estavam “na gaveta” e assim que iniciou os atendimentos com o orientador, passou a organizar melhor a proposta em mente. Fotografar a cidade, referindo-se à cidade como um todo: lugares, pessoas, acontecimentos, ações e outros aspectos, é uma atividade intrigante e ao mesmo tempo desafiadora. Observou ser Bauru uma cidade grande demais, sendo necessário focar em alguns aspectos para o desenvolvimento do ensaio por completo.

Durante uma das “saídas fotográficas”, no Parque Vitória Régia, houve um momento em que o “anfiteatro” do local chamou muito a atenção, e então alguns outros locais da cidade vieram à mente, remetendo um pouco à arquitetura da cidade, um pouco aos pontos mais conhecidos (turísticos) e um pouco às memórias pessoais do autor. Após este passeio no início de março (2013) decidiu-se pelo desenvolvimento de um ensaio que revelasse alguns locais “turísticos”, também do interesse do autor e de muitas pessoas daquele universo.

Primeiros estudos de formato.

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Desenvolvimento do Projeto

Desenvolvendo a análise de similares de como o autor gostaria que fosse o projeto final e realizando alguns esboços sobre o mesmo, foi-se moldando a ideia primária e reduzindo alguns conceitos, até o conceito final ser criado: Um ensaio fotográfico sobre a cidade de Bauru, tendo como foco os locais turísticos e a arquitetura. Para complementar o ensaio e criar uma identidade entre as imagens, escolheu-se um tratamento de imagem (HDR) e para a aplicação do ensaio, optou-se pelo calendário, limitando o ensaio fotográfico em 12 imagens e foi a peça gráfica mais interessante no momento da escolha. O projeto foi apresentado e aprovado pelo orientador, e em seguida, deu-se o início dos trabalhos. O tratamento em HDR definiu o estilo das imagens e do ensaio, tornando-o, assim, uma unidade. O autor teve a oportunidade de aprimorar a técnica recorrendo a um teste já realizado, com sucesso, no início de 2013, quando da decisão em realizar o ensaio com esta linguagem.

Decidir pela escolha dos locais de Bauru foi uma tarefa penosa, pois existiam lugares legais e que dariam belas imagens em HDR, porém não era muito importante para a cidade ou a arquitetura não correspondia com a desejada. Sendo assim, essa foi a lista final: Árvore Copaíba | Getúlio Vargas Central de salas 50’s | Unesp Estação Ferroviária Noroeste Estádio Alfredo de Castilho Ginásio Panela de Pressão

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Horto Florestal Igreja Tenrikyo Dendotyo Jardim Botânico Parque Vitória Régia Praça da Paz Praça Rui Barbosa Teatro Municipal e Maria Fumaça. (Bônus)

Imagem do Google Earth com os locais definidos.


Definidos os locais, a etapa seguinte consistia em estudos sobre os melhores horários para realizar a fotografia, inclusive conhecer os de fácil acesso e quais precisariam de autorização. Com ajuda do programa Google Earth foi feito um mapa geral para se saber a posição do sol em relação ao local, o melhor horário, entre outros aspectos. Recorreu-se ainda ao site www.climatempo.com.br, para auxiliar na de previsão do tempo, extremamente necessário na maioria dos casos. Os primeiros testes foram realizados no final de Março (2013) já com um olhar mais aguçado na busca e com tentativas em HDR. No início foram testados ângulos, setups da câmera, uso do tripé e a fotografia panorâmica, tendo o cuidado em não engessar o olhar.

Estudos sobre o formato final das fotografias.

A primeira imagem produzida aconteceu no início de abril, ainda dentro das fases de testes, porém, a partir desta, outras imagens começaram a ser produzidas em somente um arquivo, já organizando o final. O formato da imagem, horizontal (landscape), foi definido antes da execução das fotografias, pensando-se na coerência do conjunto final. Após a definição deste formato, e devido a algumas limitações técnicas (falta de uma grande angular). Optou-se também por montar imagens panorâmicas (junção de duas ou mais imagens, afim de ampliar a visão), pois elas representariam melhor os locais a serem retratados, obtendo registro de uma maneira mais ampla.

Teste HDR | Praça da Paz

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Céu de Bauru

Bauru não possui uma localização “especial” no mapa, não se encontra no Trópico de Capricórnio ou algo do gênero, porém, com o desenvolvimento do projeto, pôde-se perceber o céu “abençoado” da cidade. Praticamente todos os dias os pores do sol são maravilhosos, assim como o nascer, com nuvens de todos os tipos e uma variação tonal incrível, principalmente no início do outono.

Céu de Bauru em duas datas diferentes, com o pôr do sol de Outono.

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Softwares

O tratamento de todas as fotografias foi realizado em três programas: Adobe Photoshop CS6 (Adobe), Adobe Lightroom 4.2 (Adobe) e Photomatix Pro 4.2 (HDRSoft). O Lightroom foi responsável por um tratamento básico das imagens. Contraste, sombras, altas luzes, distorção de lente, redução de aberrações cromáticas e de ruído foram alguns dos recursos utilizados para a primeira fase do tratamento. Funcionou muito bem, pois a opção de “sincronização” oferecida pelo programa foi ideal o tratamento em “lote”. O Photomatix Pro é o software principal. O tratamento da imagem em HDR é todo feito pelo programa. Sliders são responsáveis para a finalização da imagem com o tratamento desejado. Para cada local foi desenvolvido um preset, um comando prévio que é sincronizado com as outras partes da imagem para que todas possuam o mesmo tratamento.

Lightroom

O último programa a ser utilizado foi o Photoshop CS6, fundamental para a montagem das imagens, com um comando avançado de juntar as partes de uma panorâmica em uma só imagem (Photomerge). Outros recursos utilizados foram o Clone Stamp Tool (Carimbo) e o Healing Brush Tool (Curativo). O primeiro para apagar elementos que atrapalhavam a visualização, como manchas, grafites, pequenos defeitos de paredes, calçadas, chão, pessoas e, em um caso especial, alguns carros. O segundo mesclava as partes defeituosas do primeiro, tornando a imagem “natural” novamente. Vale ressaltar a importância da tecnologia existente vindo facilitar o desenvolvimento do projeto. Realizar este tipo de tratamento na época das máquinas fotográficas analógicas seria praticamente impossível.

Photomatix

Photoshop

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Tutorial

O principal tutorial aprendido e utilizado para a produção das imagens do projeto encontra-se em www.stuckincustoms. com. Muitos sites foram vistos e a técnica aprimorada é a junção de todos eles. Em seguida um passo a passo de como as imagens desse projeto foram desenvolvidas. O princípio do HDR é unir três imagens iguais, com velocidades de exposição diferentes, para conseguir um grande alcânce dinâmico e uma grande variação tonal (como o exemplo básico das páginas 18 e 19). O primeiro passo para uma fotografia neste estilo, é escolher de antemão o local a ser registrado, pensar no melhor horário e na melhor luz possível. Montar e configurar o equipamento é tão importante quanto registrar a imagem. Para as fotografias realizadas neste projeto, chegou-se no local com 30 minutos de antecedência. Um bom tripé é essencial para este estilo de fotografia. O importante é ser firme e estável para não existirem chances de registrar as imagens com pequenas variações de enquadramento, pois é mais trabalhoso arrumá-las no pós-tratamento. O setup da câmera depende do modelo usado. Para o projeto foi utilizado o kit da D90 da Nikon (Câmera mais objetiva 18105mm f/3.5~5.6 VR). A D90 possui a opção de Bracketing. O bracketing consiste em registrar a imagem com configurações diferentes, para o HDR usa-se a configuração de velocidade (do bracketing). Caso a câmera não possua este modo, é necessário fazer o processo de alterar as velocidades manualmente.

Após escolher o ângulo a ser registrado, monta-se o tripé com a câmera sobre ele. O modo de disparo pode ser o Manual ou prioridade de Abertura. O foco deve ser manual, para não existir diferentes profundidades de campo entre as imagens. Após todo este setup pronto, dá-se início ao registro das imagens. É aconselhável utilizar a câmera com o temporizador, porque neste modo evita-se qualquer tremor na câmera. No projeto, como foram feitas imagens panorâmicas, fezse mais de um registro para montar a imagem final no póstratamento, como será mostrado adiante. Após realizar todas as fotografias, e conferí-las é hora de descarregá-las e iniciar o pós-tratamento. As etapas a seguir serão explicadas com o auxílio de imagens registradas durante o processo.

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O primeiro passo é descarregar todas as imagens no computador e salvá-las em uma pasta. O programa utilizado para esta finalidade foi o “Nikon Transfer” da Nikon. Nesta etapa as fotografias estão em RAW (cru, sem tratamento algum).

Tendo as imagens já salvas em uma pasta, dá-se início ao tratamento básico. No Lightroom, após importar e selecionar todas as imagens, foram são feitos ajustes básicos de contraste, cor, correção de lente e aberração cromática. Estes ajustes são sincronizados com as outras imagens, para que o tratamento seja o mesmo para todas. Após os ajustes básicos, as imagens são expostadas para uma nova pasta, na melhor qualidade e em JPEG.

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No Photomatix, escolhe-se a opção “Load Bracket”, seleciona-se as imagens (as três ou mais exposições diferentes do mesmo ângulo), fazem-se as pré escolhas [redução de ruído, retirada de “fantasmas” (objetos ou pessoas que se moveram durante as fotos), alinhamento, corte e redução de aberração cromática]. Após essas pré escolhas, o programa dá início à união das imagens.

Depois de unir, uma imagem “padrão” é gerada. Com a opção de processo Tone Mapping e o método Detail Enchancer, dá-se início às configurações pelos sliders. A maior parte deles são básicos: contraste, saturação, balanço de brancos, entre outros. O principal é o Lighting Adjustment (ajuste de luz). Ele é quem dá as ordens no grande alcance dinâmico, pois trabalha com as variações principais de luz e sombra da imagem. Após as definições prontas, salvase um preset do tratamento para sincronizar com o restante das imagens. 45


Após sincronizar e salvar todas as partes da imagem já em HDR, inicia-se o processo de montagem da imagem. Caso o HDR seja de apenas uma imagem, pular para a etapa da edição de fotografia.

O Photoshop CS6 tem recursos avançados para unificar imagens em uma panorâmica. O comando encontrase em File>Automate>Photomerge (na versão em inglês) Escolhidas todas as imagens que irão compor a fotografia final e o modo (para a maioria foi escolhido o “automático”), o programa dá início ao processamento delas. Sobre os modos, existem opções como: Perspectiva, Motagem, Cilíndrica, Colagem, entre outros.

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Com a imagem já montada, é necessário conferir se tudo está OK nas emendas, pois as vezes o programa “falha” na montagem. Com esta etapa pronta, é recomendado unificar todas as camadas (layers) para o arquivo ficar mais “leve”. Daqui em diante, as imagens serão retratadas à parte do programa. Após o Photomerge, a fotografia fica com as bordas tortas, sendo necessário cortá-la com a ferramenta Crop. Depois do crop, são feitos ajustes de cor: Duplica-se a camada da foto e em “opções de camada” opata-se por Overlay, reduzindo um pouco a opacidade e criando máscaras se necessário. Nas fotografias de arquitetura, é essencial endireitar a perspectiva da imagem, com as ferramentas Perspective e Distort, do painel Transform. Quando o sistema de cor e contraste estiverem OK, parte-se para a limpeza da imagem. 47


Comparando as duas imagens, pode-se perceber a ausência da torre de energia ao fundo e das caixas de concreto próximas ao lago. A limpeza da imagem consiste em duas ferramentas básicas: O Healing Brush Tool (Curativo) e o Clone Stamp Tool (Carimbo). O carimbo funciona para clonar a imagem, enquanto o curativo para arrumar uma parte em relação à amostra escolhida. Após a limpeza, mais um tratamento de cor é realizado, principalmente em algumas partes que carecem de contraste. Por fim, é aplicado o efeito “High Pass” para dar nitidez à imagem, quando necessário.

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A seguir, miniaturas de outros tratamentos das imagens, para perceber melhor as etapas de limpeza de imagem e contraste tonal.


1 | Montagem da imagem.

2 | Crop.

3 | Limpeza dos elementos (Postes, carros, defeitos da construção, entre outros).

4 | Imagem Final com contraste maior no cĂŠu, filtro HighPass e sem os elementos (Carro, postes, entre outros).

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1 | Montagem da imagem.

2 | Crop e início da limpeza dos elementos.

3 | Limpeza dos elementos (Postes, fios, pichações, defeitos da construção, entre outros).

4 | Imagem Final com contraste maior no céu e filtro HighPass.

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1 | Montagem da imagem.

2 | Crop e limpeza dos elementos.

3 | Limpeza dos elementos (Postes, pessoas, defeitos da construção, entre outros).

4 | Imagem Final com contraste maior, filtro HighPass e sem os elementos (Postes, faixas, pessoas, entre outros).

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1 | Montagem da imagem.

2 | Crop e início da limpeza dos elementos.

3 | Distorção de arquitetura para a perspectiva correta, limpeza dos elementos (Pessoas, defeitos da construção, entre outros).

4 | Imagem Final com contraste maior no céu e filtro HighPass.

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1 | Montagem da imagem.

2 | Crop e limpeza dos elementos.

3 | Limpeza dos elementos (Pichações e manchas).

4 | Imagem Final com contraste maior, filtro HighPass e sem os elementos (Pichações e manchas).

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Grid

O grid é retangular com o objetivo de valorizar a fotografia, com uma estrutura quase minimalista a ponto de ressaltar a imagem e ao mesmo tempo manter os elementos básicos necessários de um calendário. É dividido em um bloco (imagem) e duas linhas (legenda, mês, ano e dias), sendo estruturado para ser o mais eficiente e objetivo possível.

(imagens dos grids)

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Cores

Observando um padrão na exibição de fotografias em exposições, quadros de fine art, entre outras referências, o autor, a princípio, escolheu um fundo branco como melhor opção, embora os testes realizados em tela e impressão mostraram uma imagem muito “vaga” dentro do espaço em branco. Devido a este fato decidiu utilizar um fundo escuro para ressaltar as imagens coloridas. As letras receberam apenas tons da escala de cinza, para não competirem visualmente com as fotografias.

X X 55


Tipografia

A escolha das tipografias foi relativamente tranquila. Para as legendas das imagens seria necessária uma família tipográfica rebuscada e que valorizasse visualmente as cenas. O autor optou pela Trajan Pro, fonte considerada clássica e simples, funcionando perfeitamente para este propósito. Os dias da semana, os meses e o ano necessitavam de clareza e compreensão rápida do usuário. Univers foi a melhor tipografia para atender este quesito, pois sendo sem serifa, sua leitura é rápida, dinâmica e de fácil compreensão. O traço, usado como elemento gráfico nas legendas foi necessário para fechar o grid e para dar uma maior ênfase a elas.

Trajan Pro

Pangramas à beça jazem no sótão da memória-dervixe do faquir helênico. 0123456789/-+.,;:!@#$%¨&*()\|[]{}©

Univers LT STD

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Projeto Gráfico

Formato

O formato final do calendário é horizontal e seu tamanho é 320x450mm (altura x comprimento). A escolha do tamanho foi proveniente de dois motivos: aproveitamento de papel e diagramação. Desperdiça muito pouco papel no corte e foi ideal para distribuir bem os elementos gráficos. Também a partir da análise de calendários, imprimi-lo em um formato maior valoriza o ensaio, diferentemente da impressão para um calendário de mesa, por exemplo.

320x450

320x450 A0 (960x660mm)

320x450

320x450

Distribuição dos elementos no formato.

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Papel

Acabamento

Dentre os testes realizados, o melhor papel para a impressão, sem danificação demasiada nas imagens, foi o Couché Fosco. Ele não absorve tanta tinta como o Offset e não tem um brilho forte como o Couché Brilho. O brilho atrapalha a visualização das imagens devido ao seu reflexo. Papéis especiais foram dispensados da pesquisa pelo alto custo e devido a presença de texturas, que também atrapalham a visualização. A gramatura de 250g/m² foi escolhida em função das lâminas mais resistentes, evitando acidentes como dobras indesejadas, rasgos fáceis, entre outros.

Das encadernações conhecidas, a wire-o é a mais adequada por ser simples, com um visual compatível com o estilo da peça gráfica. Na parte interior ao wire-o é utilizado o “ômega”, uma espécie de arame próprio para a função de pendurar o calendário.

Wire-o.

Wire-o com o ômega.

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Projeto Final | Ensaio Fotogrรกfico

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Praรงa Rui Barbosa

Teatro Municipal

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Horto Florestal

Parque Vit贸ria R茅gia

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Praça da Paz

Jardim Botânico

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Central de salas 50’s | Unesp

Árvore Copaíba | Getúlio Vargas

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Igreja Tenrikyo Dendotyo

Estรกdio Alfredo de Castilho

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Ginásio Panela de Pressão

Estação Ferroviária Noroeste

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Projeto Final | Calendรกrio

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Simulação do calendário final.

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Simulação da aplicação em ambiente.

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Detalhe da peรงa final.

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Superexposição | Conclusão

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Conclusão

Conclui-se que a melhor fase de todo o projeto foi aprender. Esse “aprender” pode ser estendido para a graduação de uma maneira geral. Conviver com docentes e discentes da mais elevada qualidade é uma soma de experiências que o autor irá levar para a vida inteira. A graduação foi mais uma etapa conquistada, ainda é preciso aprender muito sobre a vida, o universo e tudo mais. Como “de praxe”, o projeto está sempre aberto à transformações e pode sempre ser melhorado. Mesmo assim o autor ficou satisfeito com o resultado obtido no prazo estipulado. A sensação de realizar um projeto do início ao fim, vê-lo desenvolverse e ter o apoio de amigos e família, como obtido pelo autor, pode ser considerada muito gratificante. Umas das melhores que já se sentiu até hoje. Acredita-se ter conseguido aplicar grande parte do conhecimento acumulado em todos os anos de sua vida, principalmente o conhecimento em Design, durante a graduação.

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Mensagem Final

Gostaria de deixar aqui algumas palavras para quem leu o projeto e de alguma maneira se inspirou, além de falar brevemente sobre meu modo de enxergar a vida. Ninguém nunca disse que a vida é fácil. Estamos aqui, neste “mundão” pra aprender, ensinar e cuidar dele. Temos que aproveitar o máximo de cada dia e agradecer por tê-lo vivido. E se você tem um sonho, siga-o. Por mais árduo que o caminho seja, quando você conquistar esse sonho, a felicidade será a melhor e a mais sincera de todas. Por fim, siga apenas o primeiro mandamento, pois todos os outros são extensões dele. Lembre-se de que a vida é baseada no equilíbrio e tente visualizá-la como o crescimento de uma árvore, bem enraizada, forte e produtora de bons frutos.

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Agradecimentos

Gostaria de agradecer primeiro a Deus, pela vida. A minha família (Pai, Mãe, Irmãos, Avós, Tios, Primos, e por aí vai...), pois sem todo esse conjunto de ensinamentos e sentimentos eu não estaria onde me encontro hoje e nada faria sentido. A todos os meus amigos de Bebedouro/SP (algumas pessoas em especial) por me ensinarem a enxergar pequenos detalhes da vida que carregarei para sempre. Aos discentes e docentes do curso de Design da Unesp Bauru/SP, por me acolherem e me ensinarem tão bem sobre tudo. A Bauru, também por me acolher e pelas belíssimas imagens que trouxe para o projeto. Ao pessoal da república, por me acompanhar em algumas fotografias e por ajudar a analisar a qualidade do trabalho. A tecnologia dos hardwares e softwares, pois sem ela, o projeto não existiria. E por fim ao TAO, por ser o caminho.

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Bibliografia

Livros

1 | ANG, Tom. O Fotógrafo Completo. São Paulo: Europa, 2010. 2 | DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 3 | HACKING, Juliet. Tudo sobre fotografia. Rio de Janeiro: Sextante, 2012. 4 | HANNAVY, John. Encyclopedia of nineteenth-century photography. Michigan: Taylor & Francis Group, 2008. 5 | HEDGECOE, John. O Novo Manual de Fotografia - O Guia Completo para Todos os Formatos. São Paulo: Senac, 2012. 6 | KOSSOY, Boris. Fotografia e História. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. 7 | LUPTON, Ellen & PHILLIPS, J. Cole. Novos Fundamentos do Design. São Paulo: Cosac Naify, 2008. 8 | MARIGO, Luiz Claudio. Fotografia de Natureza: Teoria e Prática. São Paulo: Europa, 2010. 9 | ROCHA, Claudio. Projeto Tipográfico: Análise e produção de fontes digitais. São Paulo: Rosari, 2005. 10 | SAMARA, Timothy. Grid: construção e desconstrução. São Paulo: Cosac Naify, 2007. 11 | SOUGEZ, Marie-Loupe. História da Fotografia. Ediciones Cátedra, S.A., 1996.

Periódico

1 | SENAC. O ensaio fotográfico e sua importância histórica. Europa, SP, n. 199, p. 38-39, Abril de 2013.

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Sites

Último acesso em: 1º de Junho de 2013. 1 | AYRES, Marcelo. Saiba como surgiram as câmeras fotográficas digitais. Disponível em:<http://tecnologia.uol.com. br/produtos/ultnot/2007/08/29/ult2880u406.jhtm>. 2 | BAURU, SP. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/link.php?codmun=350600>. 3 | FIUZA, Beatriz Cunha & PARENTE, Cristiana. O conceito de ensaio fotográfico. Discursos fotográficos. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/issue/view/200>. 4 | HARRELL, Thomas W. M. Manual de Fotografia. Disponível em: <http://www.tharrell.prof.ufu.br/default2.htm> 5 | HDR Tutorial. Disponível em: <http://www.stuckincustoms.com/hdr-tutorial/>. Acesso em: 01/06/2013. 6 | História da fotografia panorâmica. Disponível em: <http://content.lib.washington.edu/panoramweb/history.html>. 7 | JUNIOR, Edson das Chagas. Fotografia panorâmica multimídia: De Robert Barker ao fotógrafo panoramista Investigando a práxis e as aplicações do Dispositivo. Disponível em: < http://www.foto360.com.br/panoramista.pdf>. 8 | MANN S. & PICARD R. W. Being `undigital' with digital cameras: Extending Dynamic Range by Combining Differently Exposed Pictures. Boston: M.I.T. Media Lab Percentual Computing Section, 1994. Disponível em: <http:// wearcam.org/is_t95_myversion.pdf>. 9 | MARQUES, Manuel Nunes. Origem e evolução do nosso calendário. Coimbra: Jornal periódio Helios, 2000. Universidade de Coimbra, Departamento de Matemática. Disponível em: <http://www.mat.uc.pt/~helios/Mestre/ H01orige.htm>. 10 | PHOTOMATIX PRO. Disponível em: <http://www.hdrsoft.com> 11 | PEREIRA, Margareth da Silva. O olhar panorâmico: A construção da cidade como experiência e objeto de conhecimento (1800-1830). Disponível em <http://www.portalseer.ufba.br/index.php/rua/article/view/3182/2290>.

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Um Olhar Sobre Bauru Ensaio fotográfico em HDR de Bauru aplicado ao calendário de 2014

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Arquitetura Artes e Comunicação Campus Bauru

Projeto de Conclusão de Curso | Design Gráfico

Guilherme Rodrigues Colosio Orientação | Milton Koji Nakata Bauru | 2013

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