Redesign revista Galileu

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GALILEU PG. 1

12.2021

P. 12

10 DOS LOCAIS MAIS SINISTROS DO MUNDO

P. 16

COMO O AVIÃO VOA?

P. 20

DE MOTOR HOJE: PELA EUROPA!

GALILEU.GLOBO.COM

TURISMO MACABRO AS 12 ILHAS MAIS PERIGOSAS DO MUNDO p.17

EDIÇÃO DE IPAD

DEZ. 21


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PRIMEIRAMENTE

WWW.GALILEU.GLOBO.COM

QUEM FEZ A CAPA

DEZ.2021

Quem elaborou a capa foi Victoria Aguiar, estudante de Design, ilustradora e mãe de gatos e dogs.

POR VICTORIA AGUIAR

COLABORADORES DO MÊS

PRECISAMOS NÃO APENAS ACEITAS CULTURAS DIVERSAS, E SIM RESPEITÁ-LAS

emos que aprender a respeitar as diversas culturas. O ser humano é um ser social que se desenvolve a partir da interação, e a interação por vezes se dá a partir de interações que ocorrem de forma cultural. Seja através do compartilhamento de uma refeição em uma determinada época do ano, seja através da comemoração de um dia importante para aquela

determinada cultura. E pensar que o ser humano existe em mais de 510 072 000 km² põe em xeque a questão de que todas as culturas são iguais. Não são! Em um único país vemos comportamentos diferentes do norte ao sul e isso não nos faz menos humanos por termos comportamentos e crenças diferentes. Pelo contrário, é isso que torna o ser humano único. Então devemos, mais do que nunca, abraçar a diversidade, e respeitar o que todos os povos tem a nos oferecer, sem as amarras do preconceito e do julgamento. Não ultrapassando o limite dos direitos do próximo, tudo é possível! O que é macabro para nós pode ser muito normal em outros continentes, então vamos conhecer um pouco mais do que esse nosso enorme planeta de água e seres humanos tem a nos oferecer? Convido você a fazer uma leitura bem relaxante sobre viagens sob uma ótica um tanto quando diferenciada. Boa leitura!

VICTORIA AGUIAR Estudante de Design

Bruna Perotto

ONDE NASCEU E ONDE MORA Porto Alegre (RS)

HISTÓRICO Ilustradora e estudante de design da Uniritter, colaborou com as ilustrações.

Marcelo Lopes

ONDE NASCEU E ONDE MORA Porto Alegre (RS)

HISTÓRICO Estudante de Design Gráfico, gosta de esportes e é apaixonado por música. Colaborou com a matéria “Relaxar vendo Serial Killers?”

Lidiane Basseti

O PLANETA TE ESPERA PARA INICIARMOS ESSA NOSSA GRANDE VIAGEM EM BUSCA DE CONHECIMENTO!

ONDE NASCEU E ONDE MORA Porto Alegre (RS)

HISTÓRICO Estudante de Design Gráfico e ilustradora, colaborou com a matéria “7 formas de ir para o espaço sem foguete”


A TURMA DOS P R ÓX I M O S M E S E S E S TÁ P R O N TA A nova turma de conselheiros da GALILEU, contém 16 voluntários , de todo Brasil, que vão nos ajudar neste semestre a fazer uma revista e um site melhores

QUEM SÃO ELES Matheus Vieira

DE 120 INSCRIÇÕES RECEBIDAS, SELECIONAMOS 16 LEITORES ( 8 MULHERES E 8 HOMENS ) PARA A DÉCIMA SEGUNDA TURMA DO PROJETO

FORTALEZA ( CE )

Flávio Fernandes

RIO DE JANEIRO ( RJ )

Igor Cavalari OSASCO ( SP )

Thiago Marques BELÉM ( PA )

DE ONDE ELES VÊM?

Pietro Moretti

F I D E L I DA D E

SÃO PAULO ( SP )

Lennon Frasetti

HÁ QUANTO TEMPO ELES A C O M PA N H A M A GALILEU

O S E S TA D O S O N D E MORAM OS NOVOS PA R T I C I PA N T E S

RIO DE JANEIRO ( RJ )

Lúcia Freitas CUIABÁ ( MT )

Amélia Santos

6%

UBERLÂNDIA ( MG )

6%

Caitlyn Kiramman

4%

PORTO ALEGRE ( RS )

Raze Valorant SALVADOR ( BA )

Q UA N D O NASCERAM

Larissa Maia

CAMPO GRANDE ( MT )

O GRUPO TEM PESSOAS DE 20 A 64 ANOS

37%

Mirosmar Bento BELÉM ( PA )

18%

Roberta Franco 29%

20-30 ANOS

PONTA PORÃ ( MS )

Júlia Hirochi

SÃO PAULO ( SP )

31-40 ANOS 41-50 ANOS

Um ano

8-10 anos

51-60 ANOS

2-3 anos

13 anos

FORTALEZA ( CE )

5-7 anos

20 anos ou +

Amanda Golber

64 ANOS 5%

50%

25%

5%

15%

Matheus Aguiar

FELIZ ( RS )


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10.2021

GRUPO 8

INTEGRANTES

BRUNA PEROTTO LIDIANE BASETI MARCELO LOPES VICTÓRIA AGUIAR


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MORCEGO, ESQUILO E INSETOS:

CONHEÇA PRATOS ‘DIFERENTÕES’ PELO MUNDO A DESCOBERTA DE UMA RECEITA CHINESA DE SOPA DE MORCEGO, NA EPIDEMIA ATUAL DE CORONAVÍRUS, CAUSOU ESPANTO NAS REDES SOCIAIS NOS ÚLTIMOS MESES.

POR TATIANE DO AMARAL

Mas o morcego não é único animal “estranho” consumido como alimento pela população mundo afora. Pratos típicos elaborados com animais pouco usuais podem gerar um certo “nojinho” para quem nunca viu, nunca comeu e já não gostou. Até mesmo aqueles pratos considerados normais no Brasil, para outras nações, podem soar “estranhos”. Na lista constam, por exemplo, o pé de porco, pé de galinha, torresmo e a buchada. Um monstro com uma boca circular sem mandíbula, mas cheia de dentes, semelhante a uma sanguessuga. A lampreia é um tipo de

peixe tão consumido ao redor do mundo que nem consta em listas de pratos exóticos. Pronta para comer, se assemelha a uma posta de peixe corriqueira. Os pratos com lampreia são muito consumidos nos países europeus, principalmente em Portugal e na Espanha. Servida cozida no próprio sangue, é considerada uma iguaria. Se por um lado, alguns animais causam espanto, outros podem gerar compaixão, como é o caso do porquinho-da-índia. Prato típico da região andina, quase sempre é servido limpo, sem pele e assado com a cabeça. O animal é considerado um pet em alguns países, mas, nos Andes, é um prato para ocasiões especiais.

“OS PERUANOS NÃO CONSEGUEM ENTENDER COMO ALGUÉM PODE TER UM PORQUINHO-DAÍNDIA COMO UM ANIMAL DOMÉSTICO”

Alberto Arce (Antropólogo)


PG. 76

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CULINÁRIA PELO MUNDO COMIDAS EXÓTICAS AO REDOR DO GLOBO POR THAIZA CASTRO Não há nada de estranho em comer farofas, lasanhas e espetinhos, certo? Depende! E se fossem farofas com formiga, lasanhas de morcego e espetinhos de escorpião? Pelo mundo, há uma série de comidas peculiares das quais a maioria das pessoas teria receio de experimentar. Confira comidas exóticas pelo mundo e se surpreenda com os pratos e origens de cada um.

1. ESCORPIÃO FRITO - Ásia

2. TURU - Brasil

Mas é claro que tínhamos que começar a lista de comidas exóticas pelo mundo com um clássico! Em alguns países asiáticos é comum achar barraquinhas de rua vendendo espetinhos com escorpiões fritos. Por ser submetido a altas temperaturas, o seu veneno é neutralizado e se torna inofensivo.

Seguindo com as peculiaridades gastronômicas, temos o turu. Ele é um molusco de corpo alongado, cabeça dura e corpo gelatinoso. Tido como afrodisíaco, o turo vive em troncos podres submersos ou próximos à rios e seu gosto se assemelha ao dos mariscos. Encontrado no interior da Amazônia.

3. BAIACU - Japão Não tem nada de exótico em comer peixe no Japão, mas o baiacu é especial. Conhecido por inchar para afastar predadores, ele também é muito venenoso, podendo ser 1200 vezes mais forte que cianeto. Pelo perigo do seu consumo, os chefs que preparam essa iguaria são muito bem treinados para preparar o baiacu. Independentemente da receita, seu modo de preparo inclui a retirada de uma bolsa localizada perto das brânquias, onde o veneno fica contido. Como finalização, os chefs costumam furar essa bolsa e espalhar uma pequena quantidade do conteúdo para provocar um leve efeito alucinógeno. Vale ressaltar que cerca de 20 pessoas morrem ao ano intoxicadas pela ingestão do veneno.


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CULINÁRIA PELO MUNDO CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE A CULINÁRIA RUSSA Uma culinária rica e variada, rica em frutas e vegetais frescos marca o paladar de quem embarcou para a Rússia para acompanhar a Copa do Mundo. E os ingredientes que nunca faltam na cozinha por lá são batatas, manteiga, carne, pães e ovos. Além destes, são bastante comuns por lá o repolho, leite, creme azedo, cogumelos, banha de por-

co, tomate, maçã, mel, açúcar, sal, alho e c ebola. Devido aos inúmeros rios na Rússia, o peixe é um outro alimento que não falta dos pratos do cotidiano. As sopas condimentadas são também tradicionais. E uma curiosidade: um prato bastante conhecido aqui no Brasil, o estrogonofe, tem origem russa e ficou

conhecido na Rússia na Segunda Guerra Mundial quando os soldados levavam a carne cortada em tiras em grandes barris mergulhada em uma mistura com sal. Na hora do preparo, a carne era frita e acompanhava cebola e um creme de leite azedo muito popular por lá, de nome: smetana. A diferença da versão russa para o estrogonofe brasileiro é que lá o prato não acompanha arroz e batata palha, sendo servido com purê de batatas. Vai um estrogonofe aí?


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curiosidades sobre viagens que você precisa saber!

S

e você gosta de viajar, confira nossa seleção das 10 curiosidades sobre viagens e lugares ao redor do mundo.

1. Que tal um selo Inca em seu

passaporte? Se você visitar o Machu Picchu, no Peru, terá direito a um carimbo especial. O mesmo se aplica se você for para as Ilhas Cayman, no Caribe, Galápagos, no Equador, Ilha de Páscoa, no Chile, diversos locais da Antártida e Canadá. Países como a Argentina, Estados Unidos e até mesmo a Coreia do Sul também possuem lugares onde os passaportes são registrados com carimbos especiais.

3. Se você acha que o Cristo Re-

dentor ou a Estátua da Liberdade são grandes, espere até poder vislumbrar com os seus próprios olhos a estátua do Templo de Buda, em Henan, na China. Ela tem nada menos do que 153 metros de altura, quase 4 vezes a altura do Cristo no Rio de Janeiro.

2. Apesar de o país ser um

pouco menor do que o estado do Rio de Janeiro há uma questão que causa grandes con- f l i t o s culturais e políticos ainda nos dias atuais: os 4 idiomas oficiais. São eles o alemão, o francês, o italiano e o romanche. A divisão dos idiomas causa tantos problemas para os cidadãos suíços que a Assembleia Federal decidiu adotar um sistema de tradução simultânea.

4. Apesar de ser um dos melhores paí-

ses do mundo para se viver, no Canadá, se você precisar se transportar de metrô só poderá comprar o seu passe semanal às segundas. Um tanto quanto esquisito, não é mesmo?

5. Se você estiver visitando a Grécia, poderá passar a noite em um dos hotéis

mais luxuosos do mundo, se tiver disposto a desembolsar R$ 85 mil pela diária, é claro. O hotel Royal Villa, localizado em Atenas, oferece uma linda suí- t e com nada menos do que 1150 metros quadrados, piscina aquecida, sala de massagem, sauna, banheira de hidromassagem, acesso a uma praia privada, um mordomo, um cozinheiro particular e um piano. Será que vale tudo isso?


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AS

CONSE-

QUENCIAS DOS FILMES DE TERROR

Terror é um gênero cinematográfico que se divide em outros subgêneros, como o sobrenatural, o psicológico e o slasher, em que psicopatas cometem crimes bizarros, muitas vezes aleatoriamente, e o sangue jorra abundantemente. Muitas pessoas fogem desse tipo de produção, outras optam por fechar os olhos nas cenas mais horripilantes e há aquelas que não só se divertem, mas relaxam enquanto assistem. É como se fossem submetidas a uma espécie de faxina mental entre um susto e outro. Para entender o que acontece com esses espectadores, VivaBem

conversou com especialistas que levantaram algumas possibilidades. A primeira é que o cérebro dessas pessoas pode ser “insensível” aos sustos. “Seja por predisposição natural ou por hábito, pessoas que se acostumam com os filmes de terror possuem o sistema límbico dessensibilizado para um tipo de estímulo que

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geralmente provoca repulsa na maioria pessoas”, explica Fernando Gomes, médico neurocirurgião. Segundo ele, quando se cria este costume, as amígdalas cerebrais “disparam” menos e, consequentemente, provocam menos reações que são associadas ao medo e ao pavor, como ansiedade, aumento da frequência cardiorrespiratória,


RELAXAR AO

V E R

U M

?

SERIAL KILLER D

dilatação das pupilas, ressecamento da boca, tremores e piloereção (pelos arrepiados). De acordo com esse argumento, as pessoas que são capazes de se manterem tranquilas diante de sequências com Michael Myers, o vilão de “Halloween”, provavelmente apresentam menor atividade da amígdala. Segundo ele, quando se cria este costume, as amígdalas cerebrais “disparam” menos e, consequentemente, provocam menos reações que são associadas ao medo e ao pavor. Já o neurocientista Nicolas Cesar, pontua que a individualidade é um fator muito importante a ser considerado. Os cérebros humanos variam bastante de indivíduo para indivíduo e isso produz uma vasta gama de possíveis reações a um mesmo estímulo, como, por exemplo, um filme de terror. “O contexto e histórico de vida de cada um importa muito também. Pode ser que algo que me assuste hoje não seria tão assustador se fosse apresentado daqui a uns anos, ou mesmo se tivesse sido apresentado ontem”, diz. A resposta depende das experiências

passadas gravadas na memória, do estado emocional ao assistir ao filme, do contexto e temática da produção e atividade do cérebro. Cesar diz que a personalidade também impacta na atração ou aversão pelo perigo, assim como a cultura, pois certos elementos dos filmes de terror podem ser mais representativos de crenças da sociedade que se associam mais fortemente ao medo. Outra explicação seria a de que essas pessoas têm uma sensação maior de controle sobre os próprios sentimentos ao assistirem a esses filmes. Essa satisfação faz com que alguns neurotransmissores sejam produzidos pelo cérebro, principalmente a dopamina, gerando prazer. Por esse motivo, os filmes de terror podem ajudar a aliviar o estresse e a ansiedade da vida real, ainda que temporariamente, porque conduzem a imaginação para um cenário tenso que rapidamente se desfaz ao se confrontar com a realidade.



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AS 12 ILHAS MAIS PERIGOSAS DO MUNDO Animais peçonhentos, gases venenosos ou tendências para desastres naturais tornam estas ilhas impossíveis de visitar. Uma ilha paradisíaca rodeada pelo mar azul e pontilhada de coqueiros é o sonho de férias ideais, certo? Mas, o cenário idílico pode mudar substancialmente quando falamos nas 12 ilhas mais perigosas do mundo. Ao contrário de sinônimos de paraíso, como Ibiza, Malta ou Maldivas, existem ilhas que, definitivamente, não são conhecidas pelas festas sem fim e praias incríveis. Em vez disso, são cheias de animais perigosos, gases venenosos ou forças naturais inclementes. A maioria das ilhas no mundo é tida como segura para destinos de férias ou residência. Por outro lado, as ilhas apresentadas a seguir, com toda certeza, mostram que existem lugares que nem devem ser visitados! Fauna assustadora, restos nucleares, condições climáticas extremas, entre outros fatores fazem com que chegar perto desses lugares seja mortal. Por isso, listamos aqui as 12 ilhas mais perigosas do mundo para evitar que, inadvertidamente, você as inclua em seu próximo roteiro de viagem. 1. Ilha da Queimada Grande – Brasil

Você tem medo de cobras? Então, nem pense em chegar perto da Ilha da Queimada Grande, no litoral de São Paulo. O nome vem das queimadas que os antigos pescadores faziam para afastar as cobras. Apelidada de Ilha das Cobras, é o lar de aproximadamente 15 mil cobras, a maior parte delas serpentes da espécie Bothrops insularis, mais conhecida como jararacas-ilhoas. A espécie está entre as mais venenosas do mundo, com veneno de 12 a 20 vezes mais forte que o das jararacas continentais. A pequena ilha tem apenas 43 hectares e especialistas estimam que existam aproximadamente cinco cobras jararacas-ilhoas por metro quadrado da ilha. A espécie é responsável por mais mortes que qualquer outra cobra na América do Norte e do Sul. Até o momento, não há antídoto totalmente eficaz, então evitar o lugar é uma boa ideia. Durante anos, um faroleiro foi o único humano na ilha, mas a Marinha do Brasil baniu todos os civis. Hoje preservada pelo ICMBio, é restrita a pesquisadores e profissionais ambientais. 2. Ilha Sentinela do Norte North Sentinel Island – Ilhas Andaman

A Ilha Sentinela do Norte é o lar da tribo Sentinelese, cujas únicas armas são lanças, arco e flecha. O governo da Índia, que controla a ilha, a considera o grupo de pessoas mais ferozes do planeta. Para exemplificar, após um tsunami em 2000, autoridades tentaram entregar alimentos de emergência. A missão, porém, precisou ser abortada depois que o helicóptero foi atacado. Portanto, viagens marítimas no raio de cinco milhas náuticas são proibidas, além do deslocamento a menos de 4,83 quilômetros da costa. 3.Ilhas Izu – Japão

Miyake-jima, localizada nas Ilhas Izu, é uma ilha vulcânica criada há mais de 2.500 anos. Com uma área de 55,50 km², a ilha está a 180 km de Tóquio e seu maior perigo está no Monte Oyama, vulcão ativo que já entrou em erupção várias vezes na história recente. As erupções recorrentes fazem com que o vulcão tenha vazamentos constantes de gás venenoso, obrigando os cerca de 2.800 residentes a usarem máscara de gás. Eles não necessariamente tem que usá-las o tempo todo, mas devem sempre carregá-las consigo para usar em emergências. Quando os níveis de enxofre sobem drasticamente, sirenes disparam em toda a ilha. Ainda que haja erupções frequentes, a mais grave aconteceu entre os dias 26 de junho e 21 de julho de 2000. A ilha foi acometida por cerca de 17.500 terremotos sucessivos que despertaram o Monte Oyama, adormecido há 17 anos. Em 7 de julho, uma erupção explosiva levou à total evacuação da ilha e os moradores só retornaram em 2005. Os voos para o destino foram cancelados e voltaram a operar oito anos depois.


18 4.Saba – Antilhas Holandesas

Furacões são fenômenos recorrentes nas ilhas caribenhas e no território dos Estados Unidos. Porém, algumas regiões são, literalmente, castigadas por eles. Um exemplo delas é a ilha de Saba, nas Antilhas Holandesas. De acordo com o site da Caribbean Hurricane Network, a Rede de Furacões do Caribe, nos últimos 150 anos, a pequena ilha foi mais atingida por furacões severos do que qualquer outra na região. Para exemplificar, foram 15 tempestades de categoria três e 7 de categoria cinco. A Ilha de Saba está situada a 32 km de St. Maarten e, apesar das tempestades assustadoras, seus moradores seguem receptivos a turistas que, claro, viajam fora da temporada de furacões. Ah, e Saba tem também um dos aeroportos mais perigosos do mundo! A pista do Aeroporto Juancho E. Yrausquin é a mais curta usada em voos comerciais do mundo, possuindo apenas 400 metros de extensão. Pensa que acabou? Saba ainda tem um vulcão adormecido que emergiu a 900 m para fora do Mar do Caribe! 5.Atol de Bikini Ilhas Marshall

O Atol de Bikini é um Patrimônio Mundial da Unesco perigoso por dois motivos: radiação nuclear e tubarões. O local abrigou mais de 20 testes de armas nucleares entre 1946 e 1958. Embora as ilhas tenham sido declaradas ‘seguras’ em 1997, seus habitantes nativos se recusaram a retornar. Eles não estão errados! Ainda não é recomendado ingerir produtos cultivados localmente. Ademais, nos últimos 65 anos, não houve pesca na área, então, a vida marinha – e os tubarões – só aumentaram! Mas, há mergulhadores aventureiros que, atraídos pela intensa fauna marítima e os numerosos naufrágios na região, se arriscam a visitar. 6.Ilha Gruinard – Escócia

Bjornoya é um lugar de difícil cultivo em razão do solo extremamente rochoso. Também dificulta que um barco atraque um barco devido às enormes falésias ao longo da costa. Mas o que torna a ilha realmente perigosa é o naufrágio de um submarino nuclear soviético cerca de 100 milhas náuticas a sudoeste, em 1989, vazando material radioativo na água. Isso também pode ter contribuído para danificar o solo da ilha. Além disso, especialistas acreditam que o campo de gás Snøhvit também tenha alterado o clima permanentemente. 8.Ilha Bouvet – Noruega

A Ilha Gruinard, pequena porção de terra ao norte da Escócia, foi usada pelo governo britânico para testes de guerra biológica durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, experimentos foram conduzidos na ilha desabitada usando a antraz, bactéria altamente virulenta que matou centenas de ovelhas, além de obrigar a ilha a ficar de quarentena. Gruinard foi descontaminada na década de 1980, sem efeito real. Isso porque foram usadas centenas de toneladas de formaldeído, outro material potencialmente perigoso. 7.Ilha do Urso -BjornoyaNoruega

A Ilha Bouvet está a quase dois quilômetros ao norte da Antártica. Trata-se da ilha mais remota do mundo e mais de 93% do território é coberto por uma geleira. Apenas seis pessoas vivem lá e trabalham para o Serviço Meteorológico Norueguês. Porém, sua permanência se limita ao tempo de dois a quatro meses, considerando as condições adversas. Em uma emergência, por exemplo, a ajuda demoraria para chegar, pois, há somente um lugar confiável para atracar barcos.


19 9.Ilhas Farallon – Estados Unidos

Entre 1946 e 1970, o mar na área das Ilhas Farallon, na costa de São Francisco, foi usado como depósito de lixo radioativo. Estima-se que 47.500 tambores de 208 litros de aço foram descartados ali. A localização exata e o risco para o meio ambiente ainda não são claros. Também, acredita-se que a remoção possa causar mais danos do que deixar os restos intocados. Porém, o risco de visitar a ilha tem mais dois fatores graves. Há indícios de que um navio da Marinha Americana, com sinais radioativos, pode ter sido enterrado ali. Há ainda uma extensa população de elefantes marinhos, que atrai dezenas de tubarões-brancos. Portanto, pense duas vezes antes de mergulhar! 10.Ilha Ramree Myanmar

A Ilha Ramree, na costa de Mianmar, é famosa pelo terrível incidente ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1945, após combates entre tropas britânicas e japonesas, cerca de 400 soldados japoneses foram forçados a fugir para os pântanos que cercam a ilha, onde foram aparentemente atacados pela população considerável de crocodilos de água salgada. O incidente é, de acordo com o Guinness Book of Records, o maior ataque sofrido por animais, e ficou conhecido como a Batalha da Ilha Ramree.

11. Arquipélago de Mergui - Myanmar

O Arquipélago de Mergui é formado por 800 pequenas ilhas, situado entre Mianmar e a Tailândia. As ilhas são, em grande parte, desabitadas. A tribo nativa Moken sobrevive exclusivamente da pesca, vivendo em grandes barcos de madeira que consideram suas casas. Estranhos que se aproximam são recebidos com uma saraivada de flechas de fogo. Por isso, autoridades locais recomendam que turistas evitem a área. Ataques frequentes de piratas condicionaram o povo Moken a evitar contato com pessoas não familiares como parte de sua estratégia de sobrevivência. Infelizmente, a tribo luta para sobreviver, mas nenhum dos governos locais conseguiu com sucesso incluí-la.

12. A 12Papua Nova Guiné

Ainda que Papua Nova Guiné seja, de fato, um bom lugar para visitar, a premissa não é a mesma para todas as áreas. Registros de assalto a mão armada, roubos de veículos, invasões domiciliares e violência sexual se juntam à tensão entre grupos etnicos como exemplos de riscos aos quais os turistas devem se atentar. De acordo com o site do Ministério das Relações Exteriores da Nova Zelândia e sites governamentais do Reino Unido e Estados Unidos, as tensões entre os grupos de clãs do país podem resultar em violência a qualquer momento, sem avisos, com usos de facões e armas de fogo, principalmente na Região das Terras Altas e nos maiores centros urbanos como Lar e Port Moresby.


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LUGARES SINISTR

OVERTOUN,REINO UNIDO A cidade de Dumbarton, na Escócia, é o terror dos cachorros.Lá fica a ponte Overtoun, destino de supostos cães suicidas. Desde 1960, 50 animais pularam da ponte e morreram. O motivo das mortes permanece um mistério.

MORRO DAS CRUZES, LITTUÂNIA

ILHAS DAS BONECAS, MÉXICO A ilha ( que na verdade é um jardim flutuante nos canais do município ) é uma homenagem a uma menina que morrou afogada ali. O ermitão Julian Barrera acho o corpo da garota. Dias depois uma boneca surgiu boiando no local e dali em diante acreditou-se que era a alma da menina. Desde então se penduram bonecas nas árvores.

O que é que tem 100 mil cruzes, mas não é um cemitério? É um morro, no norte do país. Não há pessoas enterradas ali, trata-se apenas de uma homenagem aos lituanos mortos no séculos 19 e 20, quando o país esteve na mira de russos e alemães.


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ROS DE SE CONHECER

POR DIOGO RODRIGUEZ

P O R TA D O I N F E R N O , T U R C O M E N I S TÃ O O nome é Cratera de Darvaz, mas o apelido é horripilante. Com 20 m de profundidade, a Porta do Inferno é, na verdade uma caverna que desabou. Já as chamas ocorrem porque a região está cheia de campos de gás natural. Em 1971 , soviéticos que descobriram que o gás estava suspenso no ar e não disperso no subsolo, decidiram atear fogo. Só que o incêndio jamais apagou.

NAGORO,JAPÃO

Em 2005, a japonesa Ayano Tsukimi, criou uma produção de espantalhos em sua vila e os colocou espalhados como se fossem habitantes do local.

C AV E R N A S K A B AYA N , FILIPINAS

M O YA N A Q , U Z B E Q U I S TÃ O Essa cidade já teve um p o r t o e u m a e co n o m i a baseada em pesca. Hoje é um deserto. Quando os soviéticos desviaram rios entre o Uzbequistão e o Cazaquistão para a irrigação, decretaram a morte do Mar de Aral, que na verdade era um lago ( e não qualquer um, mas o maior do mundo em 1960 ). Hoje há diversos barcos abandonados, como se fossem navios-fantasma navegando na areia.

Os Ibaloi, habitantes locais, têm um métode de mumificação próprio, colocam uma solução salgada no corpo e logo após deixam sobre uma fogueira para que seque. Nessas cavernas as múmias ainda se encontram da mesma maneira, até hoje.


PAPO CABEÇA DESIGN BRUNA PEROTTO

De motorhome pela Europa!

E

les não cabiam mais na rotina, mas descobriram que a vida po dia caber em um motorhome dois por três. Esse é todo o espaço de que Evelize Leoncio e Lucas Miguel dispõem para dormir, cozinhar e planejar o itine rário da manhã seguinte, já que (a maior) parte de viver em um motor home signi fica pôr o pé na estrada – todos os dias. Para embarcar no novo e motorizado lar, o casal de namorados colocou a vida inteira dentro de dois pares de malas e caiu na estrada, desbravando novos lugares da Europa. Todas as manhãs quando acordam, a paisagem do outro lado da janela é diferente da do dia anterior. Pode ser um parque em Dormagen, na Alemanha, ou os moinhos de Kinderdijk, na Holanda. Desde o início de agosto, as estradas europeias são o “quintal de casa” dos namorados. Ela tem 23 anos e é de Caxias do Sul. Ele está com 32 e é de São Paulo. Os dois se conheceram no ano passado, em Dublin e, agora, largaram os empregos na capital irlandesa para l e -

va r

um a

v ida

nô made

pel a

Europ a .

Com pouco mais de seis metros qua drados, a “casa móvel” conta com uma cama, que fica sobre o banco do motorista, uma mesa que se transforma em sofá, armários, geladeira, fogão, um aquecedor central que não funciona e um chuveiro que não aquece. Para tomar banho, eles esquentam a água no fogão e usam garrafinhas de plástico. – Desde o início, a gente pensou que a parte mais difícil de viver em um motor home seria o banho. Em Dublin, eu gastava cerca de 30 litros d’água para to mar banho, agora um litro é suficiente para mim. Chuveiro é uma coisa boa, mas não é essencial – conta Evelize. Evelize e Lucas gostam de deixar registrado todos os lugares por onde passam, e isso significa equilibrar a marmita em uma mão e os equipamentos na outra. Além das câmeras, compraram um drone (que também foi batizado e se chama Betinho). As imagens todo mundo pode ver no canal do YouTube e no perfil do Instagram que eles criaram para regis trar a viagem e mostrar por onde andam.


– Não serve só para publicar as fotos e os vídeos que a gente faz. É também para registrar os problemas, as coisas ruins que acontecem – conta Evelize.

– Nos ensinam que devemos fazer fa culdade, arranjar um emprego, ter uma casa, mas nós queríamos levar uma vida diferente – conta a caxiense.

Antes da jornada nômade, ela já trabalha va com imagens em estúdio de fotografia em Dublin. Lu cas também era emprega do em um estúdio lá, mas com animação 3D. Para editar o material que produzem pela estrada, e les às vezes passam o dia em bibliotecas ou, na falta destas, em lan chonetes. Como Evelize conseguiu a cidadania italiana e Lucas já tinha o passa porte português, eles podem viajar pelos países europeus sem precisar de visto.

Atualmente na Alemanha, pretendiam chegar a Munique a tempo da Oktoberfest , que começou no final de semana. Depois, vão fazer uma visita rápida à República Tcheca e passar um mês viajando pela Áustria. Também querem percorrer as estradas da Suíça e da França e passar o inverno em Portugal e na Espanha, onde esperam que o frio não seja tão inclemente com eles e com Rogerinho. Mas os planos param por aí. De pois disso, nem eles sabem aonde vão parar.

Para continuar na estrada, eles não descartam outras atividades, como traba lhos temporários em fazendas, ajudando em colheitas e na criação de animais, e serviços como o Workaway, no qual viajantes colaboram com algumas horas de ajuda por dia e recebem, em troca, acomodação, comi da e outros benefícios do anfitrião.

– Estamos vivendo um dia de cada vez. Se, no futuro, a gente tiver que voltar, a gente vai voltar. Não temos problema com isso – diz Evelize.

– Nós nos organizamos por mais de um ano para isso e temos dinheiro para seis meses. Nossas despesas mensais são de, aproximadamente, 650 euros, o que é bem menos do que a gente precisa va para viver em Dublin – explica Lucas.

Lucas

é

mais

filosófico:

– A gente nunca vai voltar. Não do mesmo jeito. Se a gente voltar depois dessa experiência, mesmo assim, nada vai ser como era antes.


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1. ELEVADORES ESPACIAIS

Essa ideia é realmente o que você pensa: um elevador que vai desde o chão até o espaço; Essa ideia foi proposta pela primeira vez pelo cientistas russo Tsiolkovsky, em 1895. Existiriam cabos conectados a um veículo eletromagnético que leva a diferentes plataformas no espaço ou na atmosfera superior. Esses elevadores viajariam em uma velocidade que chegaria a milhares de quilômetros por hora. A NASA acredita que esses elevadores substituiriam a dependência de foguetes. O Japão e a China têm planos de construir os seus exemplares até 2050. 2. Skyhook

Imagine algo como um gancho de pesca descendo do espaço. Sim, essa é a ideia do Skyhook. É basicamente uma versão menor do elevador espacial, visto que os dois seguem o mesmo princípio.

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3. Loop de Lançamento

O Ioop de lançamento consistiria em cabos magnéticos cobertos por um material protetor. Em vez de ter uma extremidade alta na atmosfera, as extremidades do mesmo estariam no chão. O centro da pista se elevaria nos céus, como uma montanha-russa. A espaçonave então partiria de uma ex-

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co a seguir e surpreenda-se.

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V

iajar para o espaço e ver o nosso planeta lá de cima é o sonho de muitos. A profissão de astronauta é bastante citada por crianças, mas tem lá suas dificuldades… e não são poucas. É preciso todo um treinamento físico e psicológico para poder embarcar. É possível fazer essas viagens através de foguetes e existem diversos registros de sucesso nesse meio. No entanto, os foguetes talvez não sejam a única opção na hora de viajar ou enviar uma carga para o espaço no futuro. Atualmente, só é possível sair do planeta dentro de um, mas isso tende a mudar com o passar do tempo. Existem planos para desenvolver métodos alternativos de viagem. Esses métodos são bastante estranhos, mas há estudiosos que acreditam na realidade dos mesmos daqui alguns anos. Inventores propuseram viajar ou enviar cargas para o espaço utilizando elevadores, armas especiais submarinas, balões e até catapultas. A redação da Fatos Desconhecidos, pensando nisso, listou para você, caro leitor, algumas maneiras de viajar para o espaço sem foguetes. Se você souber de algum método que não listamos aqui, manda pra gente. Sem mais delongas, confira conos-

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Por DIOGO QUIARELI

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7 MANEIRAS DE VIAJAR PARA O ESPAÇO SEM FOGUETE


325 tremidade da pista, disparando para o espaço no seu invento no espaço, pois acreditam no sucesso do mesmo. 4. CATAPULTAS

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Uma start-up especial, chamada SpinLaunch, considera usar catapultas para mandar cargas para o espaço. Essa catapulta, rodando em alta velocidade, poderia enviar uma carga para o espaço a velocidades de até 4.800 quilômetros por hora. A NASA fez alguns testes com algo parecido e desistiu da ideia. Afirmaram que era menos confiável que os foguetes. No entanto, a SpinLaunch acredita que essa tecnologia funcionará. O maior desafio é a resistência do ar que pode impedir que a carga chegue ao espaço. 5. BALÕES

A empresa World View pretende fazer coisas da maneira antiga. Em vez de tentar algo novo, eles querem levar coisas para o espaço utilizando balões de hélio. Esses voarão para a estratosfera, a segunda camada da atmosfera da Terra, assim chegando ao espaço. Um voo poderá levar dois pilotos e seus turistas. Um assento nesses balões poderá custar cerca de US$ 75.000 e levará seis horas. A empresa realizou um teste bem sucedido em 2014, utilizando protótipo. O único problema é que os balões levarão duas horas para chegar ao espaço, diferente dos foguetes que chegam em quatro minutos.

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6. AVIÕES

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Charles Bombardier e Juan Garcia Mansilla sugeriram o uso de aviões especiais para viagens espaciais. O Paradoxal é um avião supersônico, com um motor que se converte em um foguete para o espaço. O motor volta a ser de um jato quando retorna à Terra. Os criadores esperam que um dia usem

7. ANEL ORBITAL

O anel orbital está relacionado ao elevador espacial. Trata-se de um anel enorme que circunda o planeta. Diversos pontos ao longo do mesmo seriam conectados à estações terrestres aqui na Terra. Elevadores seriam instalados nas estações para permitir as viagens. O mesmo foi sugerido pela primeira vez em 1870, por Nikola Tesla.


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Roda gigante de um parque de diversões que nunca sequer foi inaugurado em Pripyat, ao lado de Ch acidente nuclear de 1986, Pripyat é uma cidade fantasmas. No entanto, após o sucesso da s


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hernobyl, Ucrânia. Foi construída para abrigar trabalhadores da Usina Nuclear de Chernobyl. Após o série “Chernobyl” da HBO, o destino se tornou oficialmente atração turística desde 2019.


GALILEU

MATERIA COMO O AVIAO VOA? ILUSTRAÇÃO BRUNA PEROTTO


OFICINA REPORT AGEM

FERNANDO BADO

DESIGN

BRUNA PEROTTO

Como o avião voa?

O

básico é vencer duas forças que grudam o bichão à terra. A primeira é a resistência do ar contra o avião ou qualquer objeto em movimento. Para superá-la, os aviões usam hélices, turbinas ou foguetes para conseguir um impulso maior que a resistência. A segunda é o próprio peso da aeronave. Nesse caso, é preciso criar uma força mais poderosa que o peso para empurrar o avião para cima – o empuxo. Fácil? Nem tanto, se a gente lembrar de um princípio da física traduzido pelo inglês Isaac Newton: toda ação gera uma reação de mesma intensidade, mas com sentido contrário. Ou seja, sempre que os primeiros inventores forçavam o avião para cima empuxo, a resposta era uma força igualzinha para baixo peso. E o avião não voava. A solução apareceu em outro princípio da física, enunciado pelo suíço Daniel Bernoulli: quando a velocidade da passagem do ar por uma superfície aumenta, a pressão diminui. Aí, os engenheiros desenharam asas de modo que o ar passasse mais rápido na parte de cima e mais devagar na parte de baixo. Com isso, a pressão na parte de cima da asa fica menor, e na parte de baixo fica maior, certo? Essa diferença de pressão suga a asa para cima, gerando um empuxo suficiente para fazer o avião levantar. No ar, pás móveis ajudam a controlar os movimentos laterais e de subida e descida, como você vê abaixo. Tu r b i n a

fazer um avião sair do chão, a pri1ar Para meira coisa é superar a resistência do a objetos em movimento. Para isso, a aeronave precisa ser impulsionada por hélices, foguetes ou turbinas. Essas últimas executam duas ações: primeiro, sugam o ar para dentro com uma grande hélice, como um exaustor gigante.

Depois de sugar o ar, as turbinas expe2 lem esse ar do outro lado, comprimido e acelerado por várias hélices menores.

O ar supercomprimido e acelerado que sai da turbina gera uma força em sentido oposto, que “empurra” o avião pra frente fazendo-o vencer a resistência do ar.

A r com p r i mi d o e acelerado d o


Vencida a resistência do ar, é hora de superar o peso de centenas de toneladas 3 que gruda o avião ao solo. Quem vai fazer isso são as asas, especialmente desenhadas para criar um poderoso empuxo (força que empurra o avião para cima). A asa mais usada em aviões comerciais tem a parte de cima curva e a da baixo reta. Esse tipo de construção induz uma diferença de velocidade na passagem do ar: o ar de cima passa mais rápido, pois percorre um caminho maior no mesmo tempo que o ar de baixo, que passa mais devagar.

A diferença na velocidade na passa4 gem de ar faz com que a pressão na parte de cima da asa seja menor que em-

baixo. Com isso, a força do peso (que atua em direção ao solo) fica menor que a força de empuxo (que atua para cima). E o avião começa a voar!

Ma io r vel ocida Meno r Pressã o

Meno r vel ocida Ma io r Pressã o

F luxo d e a r

Para que o piloto possa controlar o 5 ângulo de subida ou descida e realizar ajustes na velocidade do avião, as asas

Le me

possuem pás móveis chamadas flaps. Eles alteram a direção da passagem do ar, mudando a diferença de pressão na asa e, por conseqüência, o empuxo do avião.

Por fim, o avião não perde a direção 6 graças à asa que fica em pé na parte de trás, o estabilizador vertical. Ele mantém

F lap

a aeronave em linha reta. O estabilizador também tem um flap, chamado de leme, que é movido sempre que o piloto quer virar a aeronave para a esquerda ou para a direita.



2021

OCT13

A linha “Singles” do Spotify, chegou no Brasil e dessa vez L7NNON, está a frente do projeto. “Vida toda” é o nome do som dessa parceria.

RIO DE JANEIRO

Singles


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