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A amizade é a grande aliada na luta contra o Câncer

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ACREDITAR

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Em 18 anos de fundação, a Associação de Apoio a Pessoas com Câncer é marcada por diversas histórias de amizades, resultados dos encontros entre usuários e acompanhantes, em cada Unidade e Casa de Apoio.

As amizades no período de tratamento oncológico, se tornam essenciais, é o que afirmam as usuárias e acompanhantes entrevistadas nesta edição do Informe Acreditar, ao recordar os momentos vividos umas com as outras.

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A psicóloga Fernanda

Pupe, afirma que a presença dos amigos é associada à sobrevivência, com um efeito que protege e fortalece. “As amizades têm como fator positivo o espelhamento ou a identificação pelo fato delas estarem passando por momentos similares. O vínculo e o afeto faz com que se sintam entendidas, apoiadas, fortalecidas”, diz a profissional. Desta forma, ao dividir as experiências vividas, é formada uma rede de suporte que contribui, tanto para a organização da rotina de tratamento, como para a renovação da positividade, estimulando a ressignificação de suas trajetórias. l Identificação e escuta criam laços

A amizade de Iolanda Egger de Almeida, 67 anos, de Panambi e Patrícia Jayme Pinheiro, 57 anos, de Porto Alegre, começou no grupo de Musicalidade Vozes do Coração, na Unidade Porto Alegre. As duas estavam ali para lutar

De Amizade

me mostraram que eu poderia ressignificar a minha vida. As amizades fizeram eu ter mais um motivo para não ficar trancada em casa e ter força para enfrentar tudo”, relata.

Aliás, foi neste momento que Patrícia percebeu que a Iolanda se tornou fundamental em sua vida, conversando diariamente, compartilhando suas experiências e puxando a orelha uma da outra gerando uma animada rede de apoio.

independente de distância física.

um olhar carinhoso, de uma amiga que tem muita disposição para ajudar todos que estão ao seu redor”, comenta Sandra.

Sílvia ressalta a importância da amizade com alguém que está passando pela mesma situação. Já Sandra, complementa que o dialógo criado por elas incentiva o empoderamento e o crescimento da autoestima.

contra o Câncer e encontrar apoio da assistente social, da psicóloga e demais frequentadores do grupo. Segundo Patrícia, conhecer a Aapecan, foi um ponto de virada em sua vida, pois estava em estado de negação em relação ao diagnóstico: “Na Aapecan, as pessoas

Para a Iolanda, a amizade se tornou uma espécie de porto seguro. Ela relata que se identificou com a luta de Patrícia: “É claro que temos a nossa família, amigos e fazemos terapia, mas, precisamos de alguém que fale a nossa língua, que tenha dores parecidas”, comenta Iolanda.

Hoje em dia, costumam se visitar e também criaram um grupo no WhatsApp com outras amigas que conheceram na Aapecan. Afinal, nas palavras de ambas as usuárias, a amizade é arrumar um jeito de estar junto

Sílvia Rebeca Mendez Silva, 42 anos, de Santana do Livramento e Sandra Regina Monteiro Nunes, 58 anos, de Porto Alegre, se conheceram no Projeto Registros da Alma, realizado anualmente no mês de outubro, em alusão ao mês da conscientização e prevenção e do diagnóstico precoce do Câncer de Mama.

Apesar do curto período de amizade, elas garantem que a conexão é fundamental no enfrentamento da doença e que muitas vezes, se entendem apenas com um olhar. “Na Sílvia encontrei

Esse fortalecimento emocional faz diferença ao enfrentarem os desafios de suas trajetórias. No projeto Registros da Alma, as usuárias relatam que provaram a si que mulher nenhuma tem que se sentir menos mulher por ter sido diagnosticada com Câncer.

Ainda, surge o sentimento de que a vida vale a pena e o foco em pensamentos positivos: “Na Aapecan fizemos novos amigos que já passaram ou estão passando pelo mesmo momento que nós e que acima de tudo, nos ensinaram a viver de um novo jeito: com leveza e gratidão”, afirmam ambas.

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