história ambiental
Clarinha
e os 7 amigos do ambiente Lídia Dias
Ficha técnica Título História Ambiental “Clarinha e os 7 amigos do Ambiente“ Edição Câmara Municipal da Mealhada Design Gráfico Divisão de Comunicação, Eventos e Relações Externas Redação Lídia Dias Revisão de Textos Divisão de Comunicação, Eventos e Relações Externas Ano 2021
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Mais de metade do lixo que produzimos pode ser reciclado. No entanto, é importante saber como se deve proceder à deposição correta dos resíduos em cada contentor. Reciclar os materiais possibilita dar-lhes uma nova vida, diminuir o consumo de recursos naturais e evitar a sua deposição final em aterro ou a sua incineração, preservando assim o meio ambiente. Aprende com a Clarinha e os 7 Amigos do Ambiente quais os resíduos que podes colocar nos respetivos contentores: Papelão, Vidrão, Embalão, Oleão, Eletrão, Compostor e Lixo comum.
história ambiental
Clarinha e os 7 amigos do ambiente
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Numa pequena aldeia, vivia a jovem Clarinha com a sua madrasta, Malvina, numa casa velha, sem cor e sem vida. Malvina era muito vaidosa e só pensava nela. Todos os dias, saía no seu carro velho, barulhento e fumarento, para comprar roupa, sapatos, malas e produtos de beleza.
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Clarinha preocupava-se com o ambiente e vivia infeliz, porque a madrasta deitava lixo no chão, deixava as torneiras abertas e as luzes acesas. Apesar dos alertas da Clarinha, a madrasta não fazia nada para mudar os seus hábitos.
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Certo dia, Clarinha, cansada de apanhar lixo, fechar torneiras e apagar as luzes, decidiu sair de casa. Não aguentava mais viver com a madrasta que só prejudicava o ambiente.
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Pegou na bicicleta e partiu em direção à floresta. Pedalou, pedalou e encontrou uma linda casa de madeira. Cansada, decidiu parar. Bateu à porta e a porta abriu-se.
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A casa estava arrumada e perfumada. Sentou-se no sofá e logo adormeceu. Ao final da tarde, foi surpreendida por 7 jovens a olhar para ela. Envergonhada, Clarinha pediu desculpa pela sua ousadia.
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O jovem vestido de azul apresentou-se: - Olá, eu sou o Papelão e somos os “Amigos do Ambiente”. E tu como te chamas? - Eu sou a Clarinha. Tens o nome de um ecoponto? - Exato, todos temos o nome associado a um contentor. Eu sou o Papelão, porque coloco o papel e cartão limpos no ecoponto azul.
PAPELÃO
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O rapaz vestido de verde também se apresentou: - Eu sou o Vidrão, porque coloco as embalagens de vidro no ecoponto verde. A Clarinha perguntou: - Só as embalagens de vidro? O Vidrão começou a resmungar: - Sim. Os copos, loiça, lâmpadas, espelhos e vidros de janelas não vão para o vidrão.
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Confusa, Clarinha perguntou: - Mas, afinal, o que é que se coloca no vidrão? - Só se devem colocar garrafas, frascos e boiões. Mais nada, percebeste? - Ah, agora percebi. No vidrão, só garrafas, frascos e boiões. - Repetiu a Clarinha.
Vidrão
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Clarinha olhou para o rapaz vestido de amarelo e avançou: - Tu és o Plasticão? - Enganas-te, eu sou o Embalão. - Embalão? Nunca ouvi esse nome. Que resíduos colocas no contentor amarelo? - Perguntou Clarinha admirada.
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- Eu coloco as embalagens de metal e as embalagens de plástico. Clarinha concluiu: - Tem lógica, se o ecoponto amarelo leva embalagens de plástico e embalagens de metal, Embalão é o nome mais correto.
embalão
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- Olá, eu sou o Eletrão – Disse o rapaz vestido de vermelho. - Eu levo os eletrodomésticos avariados para o Ponto Eletrão, para serem reciclados. - Pensava que eras o Pilhão. - Disse admirada Clarinha.
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- Nós só usamos pilhas recarregáveis, assim podemos carregá-las quando já não dão. - Estou surpreendida, cada um tem uma função diferente, mas todos contribuem para melhorar o ambiente.
eletrão
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O rapaz vestido de cor-de-laranja interrompe-a: - Eu sou o Oleão e guardo o óleo usado para reciclar. Esse óleo dá para fazer velas, sabão e combustível para os carros. - A minha madrasta deita o óleo no lavatório, ela diz que a água lava tudo.
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- Ela não sabe que o óleo é uma gordura que entope os canos? Qualquer dia, a tua madrasta vai ter problemas, ai vai, vai… e, ainda por cima, essa gordura polui a água e mata os peixes. - Dizia o Oleão com ar preocupado.
oleão
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De seguida, passou a apresentar-se o que estava vestido de castanho: - Olá, eu sou o Compostão e coloco os restos de legumes e frutas no compostor para fazer a compostagem.
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- Compostagem? O que é isso? - Perguntou Clarinha curiosa. - Compostagem é transformar a matéria orgânica, como as folhas, legumes e frutas, num material que parece terra - o composto - que depois usamos na horta. - Fantástico, estou impressionada com o vosso trabalho.
Compostão
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Ouviu-se alguém a ressonar. O Vidrão começou a resmungar: - Lá está o Lixão a dormir outra vez. É um preguiçoso, só dorme. Acorda! Clarinha deu uma gargalhada e perguntou: - Lixão, é verdade que não fazes nada?
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O Lixão ainda sonolento respondeu: - Cá em casa reciclamos tudo, quase que não usamos o caixote de lixo normal. Às vezes, coloco louça partida, uma caixa de piza ou guardanapos de papel, mas é muito raro fazer alguma coisa.
lixão
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Clarinha relembrou com tristeza o que vivia com a madrasta: - Em minha casa, vai tudo para o caixote de lixo normal. Não quero voltar para lá. A madrasta terá que viver sozinha no meio da sua lixeira.
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O Embalão chamou os amigos para uma reunião. Passado pouco tempo, perguntou à Clarinha se ela estava interessada em morar lá em casa. Ela ficou radiante com o convite e aceitou.
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Juntamente com os novos amigos, passou a fazer a separação do lixo, a tratar do jardim e da horta, a dar de comer aos animais e a fazer produtos ecológicos.
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Certo dia, ouviram bater à porta. O Embalão foi ver quem era. - Boa tarde. Sou a Malvina e ando à procura da Clarinha. Viu-a por aqui? Assustado com esta visita inesperada, disse: - Espere aqui um bocadinho. Já volto.
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O Embalão parecia elétrico de tanto tremer e começou a gaguejar: - Está ali a Mal… Mal… Malvada. - Malvada? - Perguntaram todos em coro.
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Clarinha interrompe-o: - Será Malvina, a minha madrasta? - É isso, é a Malvina e está à tua procura. E agora, o que fazemos? - Perguntou o Embalão assustado. - Não se preocupem, eu vou falar com ela.
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Clarinha ficou espantada quando viu a madrasta. Vestia uma roupa estranha, estava despenteada e parecia mais velha sem a maquilhagem.
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A madrasta começou a chorar: - Minha querida, ainda bem que te encontrei. Os canos da cozinha entupiram, é água e lixo por todo lado. As contas da água e da luz são enormes. Tu bem que me avisavas, mas eu não queria saber, desculpa.
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O Vidrão começou a resmungar: - A senhora Malvada nunca pensou que os seus maus hábitos lhe trouxessem consequências? - Desculpem, prometo que vou mudar e aceitar os conselhos da Clarinha. - Disse Malvina muito envergonhada.
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Clarinha despediu-se dos seus 7 amigos e agradeceu tudo o que lhe tinham ensinado. Pegou nas suas coisas, colocou uma maçã no bolso e partiram no carro velho, barulhento e fumarento.
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Pelo caminho, o carro parou no meio da floresta. Malvina, começou a barafustar com o carro: - Porque é que paraste? E agora, como vamos voltar para casa? Nem penses que vou a pé.
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Enquanto as duas olhavam para o carro, Clarinha pegou na maçã e deu-lhe uma valente trinca. Começou a tossir, a tossir e caiu desmaiada no chão. A madrasta começou a gritar: - Socorro, alguém me ajude! Socorro!!!
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Apareceu um jovem de trator que foi ver o que se passava. Clarinha estava branca como a neve. O rapaz tirou-lhe o pedaço de maçã da boca que a impedia de respirar e ela abriu os olhos. - Estás bem? - Perguntou o rapaz.
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- Sim, muito obrigada. - Agradeceu Clarinha enquanto se levantava. - Eu sou o Zecambiente. Muito prazer. A conversa foi interrompida pela madrasta: - Obrigada Zecambiente. Estávamos a ir para casa quando o meu carro parou.
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Zecambiente mexeu nos cabos, deu à chave e o carro começou a trabalhar. Malvina seguiu para casa no seu carro velho. Clarinha acompanhou o Zecambiente. Pelo caminho, perceberam que tinham uma grande paixão, uma paixão pela natureza.
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Com o tempo, a casa velha, sem cor e sem vida, tornou-se numa casa renovada e ecológica. Malvina estava tão mudada que comprou um carro amigo do ambiente e, juntamente com a Clarinha, o Zecambiente e os 7 amigos, fundou a Associação “Cuida do ambiente e viverás feliz para sempre!”
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