Recurso Pedagógico DAR +
Projecto Escola Com Escolhas – E3i
Dar + Dossier de Apoio do Recurso
2012
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Recurso Pedag贸gico DAR +
"Cada um faz sempre qualquer coisa melhor que os outros."
Geijer , Erik
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Recurso Pedagógico DAR + Índice Introdução
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1 - O Enquadramento Teórico e Conceptual
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1.1 - O Voluntariado em Portugal
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1.2 - Os Jovens e o Voluntariado – Uma Experiência Enriquecedora!
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2 - A Conceção Do Recurso DAR +
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2.1 - Caracterização Técnica do Recurso
7
2.2 - Objetivos do Recurso
12
2.3 - Metodologia de Aplicação
12
3 - A narrativa da Prática - Uma Experiência em Crescimento
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3.1 – Definição do público-alvo a aplicar
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3.2 – Local de aplicação do Jogo
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3.3 – A Avaliação
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3.4 – Principais Resultados
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4. Síntese Conclusiva
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5. Principais Ideias a Reter
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Bibliografia
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Anexos
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a) Ficha de Caracterização do Recurso; b) Grelha de validação do recurso c) Guião de Entrevista / Questionário de validação do Recurso Escolhas d) Ficha de Diagnóstico Inicial e) Ficha de Diagnóstico Final f) Fotografias com os jovens a jogarem o recurso. g) Testemunhos de jovens voluntários
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Recurso Pedagógico DAR + Introdução
O recurso pedagógico Dar + surge no âmbito do desafio promovido pelo programa Escolhas. Este desafio foi lançado no início do Programa de Formação de Coordenadores dos Projectos de 4ª Geração e, consistia essencialmente na elaboração de um recurso que, reunisse em sim, algumas das práticas de intervenção de Intervenção desenvolvidas nos diferentes contextos dos projecto.
Assim, planear, desenvolver e avaliar toda uma prática de intervenção com vista à sua certificação, tornou-se numa meta a atingir, não só pela Equipa técnica do Projecto Escola Com Escolhas, mas também pelo seu Consórcio e Publico – alvo, já que, com esta validação tornava-se visível uma parte da intervenção no contexto do Projecto Escola Com Escolhas.
Atendendo ao contexto de intervenção do Projecto Escola Com Escolhas, foram identificadas como principais áreas estratégicas: a Inclusão Escolar e a Educação Não Formal; a Dinamização Comunitária e Cidadania e o Empreendedorismo e Inovação.
Subordinado à Temática do Voluntariado, o recurso surge como um excelente instrumento de Promoção de Competências Pessoais e Sociais, na área da participação e do exercício positivo da cidadania, motivando assim, a capacitação para o exercício de uma cidadania activa e responsável.
Integrado e operacionalizado em actividades desenvolvidas no contexto do Projecto, o Recurso DAR + apresenta-se como um jogo lúdico-pedagógico, que de forma visível, reúne em si, um planeamento, uma operacionalização e uma avaliação de todo um processo de crescimento, surgindo como um apelo e, simultaneamente um compromisso, de que cada um de nós pode dar mais de si aos outros, em prol da sua comunidade.
Desenvolvido ao longo do Ano de 2011 - Ano Europeu do Voluntariado, o Recurso DAR+ dá visibilidade a todo um trabalho de informação e sensibilização sobre
3
Recurso Pedagógico DAR + a temática do Voluntariado, quer a nível micro, isto é, no contexto interno do projecto, quer a nível macro, no contexto de consórcio e comunidade envolvente.
São vários os desafios colocados pela elaboração do Recurso destacando-se os seguintes:
a) O Envolvimento do Público - alvo no processo de planeamento, operacionalização e avaliação; b) A Constituição de parcerias a nível interno e externo; c) A transformação do Jogo numa imagem da intervenção do Projecto; d) A transmissão de Conhecimento; e) A Promoção de Competências Pessoais e Sociais; f) A validação do Recurso a vários níveis.
Com este recurso, a proposta de actuação passa por incrementar nos jovens para além do exercício de uma cidadania activa e responsável, a mobilização em projectos jovens na comunidade, na área do Voluntariado.
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Recurso Pedagógico DAR + 1. O Enquadramento Teórico e Conceptual 1.1
O Voluntariado em Portugal
O Voluntariado é definido na lei portuguesa como “o conjunto de ações de interesse social e comunitário realizadas de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projetos, programas ou outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e das comunidades desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades públicas ou privadas”. Este enquadramento jurídico surge pela primeira vez no nosso país em 1998/99. O auge da divulgação e veiculação do voluntariado ocorreu no ano de 2001, por ocasião do Ano Internacional do Voluntariado proclamado pela Organização das Nações Unidas. A partir desta data a um nível global, nacional e local o voluntariado conquistou uma importância social de forma indiscutível. Pela Decisão do Conselho da União Europeia n.º 2010/37/CE, de 27 de Novembro de 2009, o ano de 2011 foi proclamado o Ano Europeu do Voluntariado (AEV-2011). Na base desta decisão está a convicção de que o voluntariado, enquanto exemplo maior da cidadania ativa, é um elemento chave do reforço da coesão e da consolidação da democracia, colocando em prática valores europeus fundamentais como a solidariedade e a não-discriminação e contribuindo, assim, para o desenvolvimento harmonioso das sociedades europeias tão almejado. O objetivo geral do Ano Europeu do Voluntariado é, portanto, incentivar e apoiar, nomeadamente através do intercâmbio de experiências e de boas práticas, os esforços desenvolvidos pela Comunidade, pelos Estados-Membros e pelas autoridades locais e regionais, tendo em vista criar condições na sociedade civil propícias ao Voluntariado na União Europeia e aumentar a visibilidade das atividades de Voluntariado no espaço comunitário. A participação ativa dos jovens neste tipo de iniciativas revela-se fundamental para que possam cada vez mais desenvolver as suas competências fundamentais enquanto cidadãos participativos e preocupados com o futuro das questões sociais.
A Educação desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de uma cidadania participativa. Assim, podemos considerar que qualquer acção educativa, formal, não
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Recurso Pedagógico DAR + formal ou informal, inclusive a acção da família, que permita ao indivíduo, ao longo da sua vida, agir como cidadão(ã) activo/a e responsável no respeito pelos direitos de outrem, deve ser considerada como componente da educação para a cidadania. O voluntarido, emerge e exige ao jovem apelar não apenas aos seus conheicmentos formais, adquiridos em ambiente escolar, mas sobretudo, promove uma presença afina de promoção de competências não formais. Todos os cidadãos estão em permanente processo de reflexão e aprendizado. Este ocorre durante toda a vida, pois a aquisição de conhecimento não acontece somente nas escolas, mas nos locais de trabalho, nas cidades, nos movimentos sociais, nas associações civis, nas organizações nãogovernamentais, dentre outros. A educação não-formal, enquanto modalidade de ensino/aprendizagem implementada durante a trajetória de vida das pessoas, pode ser compreendida em seis dimensões: a qualificação dos indivíduos para o trabalho; a aprendizagem política de direitos através da participação em grupos sociais; a educação realizada na e pela mídia; a aprendizagem de conteúdos da escolarização formal em modalidades e esferas diversificadas; a educação para a vida, no sentido de garantir a qualidade de vida, e finalmente, a adoção e exercício de práticas voltadas para a comunidade – o voluntariado.
1.2
Os Jovens e o Voluntariado – Uma Experiência Enriquecedora!
O Projecto Escola com Escolhas considera o voluntariado jovem como a peça fundamental do puzzle na sua formação “ não formal”. Neste sentido, através da colocação dos jovens em instituições locais da comunidade, nomeadamente na área da infância e juventude, 3.ª idade e desenvolvimento de campanhas de recolha de bens para fazer face a algumas necessidades manifestadas pelas entidades, com quem possuímos parcerias informais. Tal, permite-nos dar um contributo fundamental para o processo de desenvolvimento destes jovens enquanto seres humanos. Tal como referido, as parcerias, quer sejam formais ou não formais, são de estrema importância neste âmbito, pois são elas, que nos permitem dar resposta a este tipo de iniciativas, ao acolherem os jovens nas suas instituições e inseri-los no dia-a-dia das suas atividades. 6
Recurso Pedagógico DAR + O desempenho de atividades de voluntariado por parte dos jovens implica a adesão a uma causa social e promove o enriquecimento pessoal, contribuindo para o desenvolvimento de várias competências, tais como: sentido de responsabilidade, espírito de colaboração, relacionamento interpessoal, competências de comunicação, capacidade de analisar problemas e de encontrar estratégias de resolução, capacidade de liderança são alguns dos aspetos em que podem ser esperadas melhorias. Aprende-se a selecionar e utilizar melhor os recursos disponíveis. Pratica-se e desenvolve-se o altruísmo e a solidariedade. Adquire-se uma maior consciência social e percebe-se que se pode ter um importante papel ativo na sociedade. A consciência de ser útil e de contribuir para a melhoria social traz felicidade pessoal e desenvolve a autoestima. No exercício do voluntariado, conhecem-se pessoas, adquirem-se conhecimentos, encontram-se novos caminhos e novas oportunidades. Estes jovens são promotores de um associativimos, que apesar de informal, é considerado como um meio privilegiado de participação social. É encarado como um instrumento susceptível de promover a educação cívica, estabelecendo valores sociais e normativos, no sentido de uma sensibilização para a democracia na juventude e de estimular e promover a resolução de problemas e a satisfação de necessidades pessoais e dos outros. Deste modo, este projeto, esta estratégia de intervenção, assenta sem dúvida em todos estes aspectos. Ao reconhecermos a importância do voluntarido na vida dos jovens, quer ao nivel do desenvolvimento de competencias pessoais e sociais, promoção de uma educação não formal, tão importante nos dias de hoje e de ontem e do amanhã, surgiu no ano de 2010 a necessidade de propor a criação de duas actividades intituladas “ Voluntários a Escolha Certa!” e “ Formar Voluntários”. A primeira pretende o desenvolvimento de um banco de voluntários constituído essencialmente por jovens, com vista à integração destes, em contexto da Comunidade em Instituições nas áreas da saúde, ambiente, infância e 3ª idade. A segunda, pretende a organização de reuniões/encontros temáticos com vista à definição de estratégias e âmbitos de intervenção enquanto voluntário. Estes momentos pretendem não só abranger os jovens que pertencem ao banco de voluntários, bem como os representantes das instituições onde estão a desenvolver a actividade. A promoção das parcerias informais possui aqui um papel de destaque, umas vez que estas são indispensáveis para a manuetnção da actividade em si. 7
Recurso Pedagógico DAR + Na perspectiva do desenvolvimento e enriquecimento do voluntarido entre os jovens, foi unanimne por parte da rede de consócio e parceiros a urgência do desenvolvimento de um meio, neste caso especifico, um recurso, que permitisse através do seu caracter ludico e pedagógico a promoção de competencias sociais e pessoais dos jovens, não só daqueles já envolvidos no nosso projecto, mas também com o intuito de promover a curiosidade e reflexão da temática, de outros.
2
A Concepção Do Recurso DAR + 2.1 - Caracterização Técnica do Recurso
Parte 1- Caracterização técnica
O Jogo DAR + consiste num jogo de tabuleiro que, aborda como temática central - o Voluntariado, tendo como principal objectivo a promoção de competências pessoais e sociais nos jovens, com vista à sua participação de forma responsável e consciente no contexto da sua comunidade. Integrado nas actividades desenvolvidas no projecto, o desenvolvimento do recurso foi monitorizado nas atividades: Formar Voluntários! Voluntários, a escolha Certa! E Raízes, envolvendo toda a equipa Técnica e os destinatários que participam assiduamente nas referidas actividades. DAR + é um jogo lúdico pedagógico, que pode ser aplicado a grupos de jovens com idades compreendidas, entre os 14 e os 18 anos, sendo que, o grupo não deverá exceder os oito jogadores. Com a aplicação deste jogo pretende-se despoletar o interesse pelo Voluntariado, no entanto, o recurso em si não esgota o tema, necessitando para isso do apoio de um Monitor. O jogo poderá ser aplicado nos seguintes contextos: a) Escolar; b) IPSS: c) Projectos de Intervenção Social; d) Associações Juvenis; e) Entre outros. 8
Recurso Pedagógico DAR +
O jogo tem uma duração média compreendida entre os 45 a os 60 minutos, dependendo do grupo de trabalho, não reúne em si requisitos específicos a nível de conhecimentos. Este recurso é constituído por um tabuleiro (34cm/22cm), quatro peões de jogo (cores: amarelo, vermelho, verde e azul), dois dados, cem cartões e um envelope com as regras de jogo. Este recurso utiliza como materiais: o papel, o cartão e o plástico. A caixa do jogo (25,5cmm/20 cm/6 cm) apresenta as seguintes imagens: A) Logotipo do jogo; B) Logotipo da Entidade Financiadora – Programa Escolhas; C) Logotipo da Entidade Promotora do Projecto – Escola Secundária Engº Acácio Calazans Duarte; D) Logotipo do Projecto Escola Com Escolhas – E3i.
A Imagem do jogo consiste numa mala que, reúne em si as várias áreas de intervenção do voluntariado, destacando-se igualmente um elemento identificativo - o logotipo do Projecto Escola Com Escolhas – E3i. O jogo é bastante apelativo atendendo às cores e imagens que reúne em si. Divide-se em quatro áreas de interesse: Ação Social, Cultura, Ambiente e Saúde às quais estão associadas quatro cores correspondentes: amarelo, azul, verde e vermelho. Constituído por 100 cartões apresenta uma dinâmica de questões e tarefas com base no tema. O objectivo destas funções passa por promover o debate entre todos os jogadores, de forma a perceber se as respostas dadas são ou não aceitáveis, uma vez que, em alguns casos não existem respostas absolutas. A aplicação do jogo em grupo, tendo por base um mínimo de 2 jogadores e um máximo de 4, com a possibilidade de se jogar em equipas. O jogo inicia-se com identificação do primeiro candidato a voluntário, através do lançamento dos dados e da obtenção do maior valor numérico. Cada jogador / equipa apenas podem realizar uma jogada de cada vez, excepto quando saem as casas brancas ou pretas, já que estas casas correspondem tarefas específicas: a) Casa branca (símbolo do Projecto Escola Com Escolhas) – Resposta à pergunta se a resposta for a correta têm a possibilidade de continuar a jogar, 9
Recurso Pedagógico DAR + se a resposta for incorrecta volta para a casa branca e dará a vez a outro jogador /equipa; b) Casa preta - Implica directamente o retrocesso de 3 casas.
O jogo termina com a chegada do Primeiro Jogador à última casa do tabuleiro, determinando-se assim, o Vencedor.
O jogo na sua dimensão física, encerra em si todo um processo de construção desenvolvido em etapas, que se poderão enumerar da seguinte forma:
Etapa
Descrição
Definição do Tema a
Escolha da temática a abordar no recurso com a inclusão das áreas
Abordar
de intervenção a abordar.
Selecção das actividades
Selecção das actividades que promoveram a Monitorização do
para Monitorizar o
recurso: Voluntários, a Escolhas Certa!; Formar Voluntários!;
Recurso
Raízes – Promoção de Competências Pessoais e Sociais. Elaboração de um instrumento de apoio ao desenvolvimento de
Construção da Ideia
um grupo de voluntários. Apresentação da proposta de desenvolvimento do jogo aos destinatários do Projecto através da Assembleia de Jovens;
Apresentação da Ideia
Divulgação da Ideia e Pedido de Apoio ao Consórcio do Projecto através das Reuniões de Consórcio; Estabelecimento de Parcerias Internas (serviços da Escola, Ex. gabinete de Imagem da ESECAD; Projecto PES da ESEACD e
Constituição de Parcerias
EBGS); Estabelecimento de parcerias com Entidades do Exterior (EAPN; Loja Social; CLDS da Marinha Grande; Banco Local de Voluntários; IPSS e Associações que acolhem jovens em regímen de Voluntariado). Definição das ideias chave do jogo – logotipo, imagem,
Construção de Recurso
mensagem, recursos, materiais, entre outros aspectos; Identificação das áreas de intervenção/Personagens do 10
Recurso Pedagógico DAR + jogo/Regras. Experimentação do Recurso
Definição de grupos de controlo; Identificação das etapas da Experimentação; Definição de Instrumentos de Verificação.
Principais Resultados Validação
Avaliação da aplicação do recurso aos Grupos de Controlo através da análise dos questionários; Identificação das ideias principais a desenvolver.
Desta forma, e atendendo ao estabelecimento de parcerias que foi necessário preconizar para a elaboração do Recurso DAR+, apresentamos o testemunho da parceria estabelecida com o gabinete de Imagem, da Escola Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte :
“Depois do Gaaf fazer uma proposta ao Gabinete Imagem da escola para criação de uma imagem de marca para um jogo didático, cujo nome é Dar+, a conceção do referido jogo surgiu naturalmente. Assim sendo o Gabinete Imagem, estudou a forma mais fácil de concretizar o projecto. Concluímos que em termos de embalagem seria mais fácil e prático recorrer a material já existente. Foi adaptado uma embalagem, e a partir daí quer o tabuleiro de jogo quer as respectivas cartas foram redimensionadas em função das medidas da embalagem. Reutilizamos os dados e os pinos de outro jogo. Em termos de conceção gráfica, tentou-se criar uma imagem jovem e apelativa, de acordo com a faixa etária a que se destina, recorrendo ao uso de muitas cores vivas e utilizando ícons simples e diretos. O percurso do jogo foi construído deforma a ser dinâmico. O software utilizado quer na imagem de marca, quer na conceção gráfica de todo jogo foi o CorelDraw e o Ilustrator. Depois de tudo impresso em papel autocolante, procedeu-se ao recorte e a colagem. Julgamos que o produto final, apesar de construído de uma forma “caseira”, cumpre com os objectivos propostos. Em termos estéticos é um jogo apelativo! José Nobre” 11
Recurso Pedagógico DAR +
2.2
Objectivos do Recurso
A elaboração do recurso é possível através da participação efectiva dos jovens no processo. Este recurso permite aos jovens demonstrar as suas competências, capacidades e habilidades. O recurso surge no âmbito da intervenção do Projecto Escola Com escolhas E3i e apresenta como objectivos gerais: •
Promover competências pessoais s sociais nos jovens como: a
responsabilidade, a cidadania, o civismo, o espírito de iniciativa e o cumprimento de regras; •
Incentivar e mobilizar a participação dos jovens na sua
comunidade envolvente; •
Incrementar o espírito solidário nos
jovens
através
da
implementação de projectos na área do Voluntariado; •
Apelar
aos
jovens
para
a
constituição
de
Organizações/Associações para dar resposta a determinadas problemáticas.
2.3
Metodologia de Aplicação
A metodologia de aplicação do recurso desenvolveu-se em várias etapas de experimentação, assim, numa perspectiva aglutinadora consideramos as seguintes:
Etapa Diagnóstico
Descrição Aplicação
de
Objectivos mini- Desenvolvimento de diagnóstico inicial
questionário sobre a temática sobre a temática do Voluntariado; do Voluntariado;
Vincular os jovens no processo de avaliação do recurso. Abordar a temática do Voluntariado de
Visionamento
do
filme forma explícita através do visionamento do 12
Recurso Pedagógico DAR + Explicitação
“Corrente do Bem”;
filme; Sensibilizar os jovens para a temática do
do
Voluntariado;
Tema Brainstorming
Aplicação
de
dinâmica
de
grupo
(brainstorming) para recolher algumas ideias decorrentes da aquisição de conhecimento. Analisar se o jogo pode ser um instrumento que promova Competências Pessoais e Sociais no âmbito da Cidadania; Aplicação Do
Aplicação do jogo em grupos Verificar se a mensagem do jogo é de controlo distintos;
transmitida; Definir o âmbito de aplicação do jogo;
Jogo
Avaliar as regras do jogo; Revalidar o jogo enquanto Recurso. Promover a avaliação dos conhecimentos adquiridos sobre o voluntariado; Avaliação
Aplicação
de
questionário Avaliar a aplicação do jogo sobre a temática,
sobre o jogo;
regras, valores e linguagem. Recolher
as
principais
reflexões
apresentadas pelos jovens.
Estas etapas desenvolveram-se de acordo com o seguinte cronograma:
Etapas/Sessão 1ª Sessão
2ªSessão 3ª Sessão
4ª Sessão
5ª Sessão
6ª Sessão
Data Diagnóstico Visionamento do filme Brainstorming Aplicação do jogo Avaliação
Nota: Cada sessão teve a duração de 45 minutos. 13
7ª Sessão
Recurso Pedagógico DAR +
No âmbito da Metodologia de aplicação do recurso foram definidos três grupos de controlo atendendo às seguintes características:
Grupo
I
Critérios de Selecção
Observações
Grupo aleatório;
Correcção da linguagem do jogo;
Destinatários do Projecto;
Ajustamento das regras;
Manifesto interesse na actividade de Definição da Imagem do Jogo. Voluntariado.
Grupo pré - definido de acordo com a Definição do Grupo de acordo com a II
faixa etária (10-12;12-14;14-16;16-18);
faixa etária - 14/18 anos;
Destinatários do Projecto;
Necessidade de construção de um suporte de apoio para aplicar o jogo.
Grupo
pré-definido
com
idades Definição de materiais de apoio à
compreendidas entre 14 e 18 anos; III
aplicação do jogo.
Destinatários do Projecto; Interesse
no
desenvolvimento
da
actividade de Voluntariado.
A narrativa da Prática - Uma Experiência em Crescimento 3.1 – Definição do público-alvo a aplicar.
Inicialmente pensou-se em algo interativo e acessível a todos e em todo o lado com a criação de um E-Book sobre o voluntariado. Este E-Book teria informação geral sobre o tema do Voluntariado, base de dados de locais para realização de voluntariado a nível nacional e também teria associado uma plataforma onde existissem testes psicoténicos para despistagem de interesses e motivações.
14
Recurso Pedagógico DAR + Na reunião com Escolhas de apresentação das ideias iniciais do recurso, os técnicos acharam interessante. No entanto, o parecer técnico acerca do recurso sugeria algo mais prático e acessível e daí optou-se por um jogo de tabuleiro.
O jogo de tabuleiro começou a ser perspetivado tendo como base vários jogos de tabuleiro. Optou-se por pensar num tabuleiro com várias cores e cada cor corresponderia a uma área do voluntariado. Pensou-se em ter 4 cores, de modo a abranger 4 áreas do voluntariado: amarelo (ação social), azul (cultura), verde (ambiente) e vermelho (saúde), mais a cor branca e preta que são casas com vantagens e desvantagens. Posteriormente, começou-se a preparar as questões e tarefas abrangentes e transversais no âmbito do voluntariado para as várias cores e respetivas áreas que pudessem ser aplicadas em vários lugares, ou seja, para que o jogo possa ser aplicado na Marinha Grande, Lisboa, Peniche ou em Torres Vedras, por exemplo.
3.2 – Local de aplicação do Jogo
O objetivo será aplicar o jogo em diferentes contextos, tais como: contexto escolar, catequese, ATL, projetos de intervenção social, associações juvenis, centros e lares de acolhimento de jovens e contexto familiar.
15
Recurso Pedagógico DAR +
3.3 – A Avaliação - Análise dos questionários
Publico – alvo
4 alunos
17 alunos
4 alunos
4 alunos
4 alunos + 4 alunos
Ano/turma
7ºA
-----
7ºA
6ºB
1ºano CEF OSIS
Idades
12 anos
12 – 18 anos
12 anos
11 anos
14 anos + 15 anos + 16 anos
Género
3 raparigas e 1 rapaz
10 raparigas e 7 rapazes
2 raparigas e 2 rapazes
4 raparigas
2 raparigas e 6 rapazes
Local
Aula Formação Cívica – RAÍZES (45 minutos)
Hora de almoço e intervalos no projeto
Aula Formação Cívica – RAÍZES (45 minutos)
Aula de formação cívica RAÍZES (45 minutos)
Aula de formação cívica RAÍZES (45 minutos + 45 minutos)
Espaço
Formal
Informal
Formal
Formal
Formal
Planificação da sessão
Aplicação da ficha de diagnóstico inicial voluntariado; Questionário de avaliação.
Aplicação do inquérito por questionário a 15 alunos.
Aplicação da ficha de diagnóstico inicial voluntariado;
Aplicação da ficha de diagnóstico inicial voluntariado;
Aplicação da ficha de diagnóstico final
Aplicação da ficha de diagnóstico final
16
Visionamento do filme “A Corrente do Bem”; Brainstorming acerca do Voluntariado; Aplicação da ficha de
Recurso Pedagógico DAR +
voluntariado;
voluntariado;
Questionário de avaliação.
Questionário de avaliação.
diagnóstico inicial voluntariado; Aplicação da ficha de diagnóstico final voluntariado; Questionário de avaliação.
Obstáculos sentidos pelos alunos
Regras; Circuito do Jogo.
Regras;
Regras – casa branca.
Tempo muito reduzido para a realização do jogo; Circuito do Jogo; Casa inicial e final do jogo.
Tempo muito reduzido para a realização do jogo; Circuito do Jogo; Casa inicial e final do jogo; regras.
“É bom”.
“É divertido”.
“É divertido”; “As questões e as tarefas são muito grandes”; “As regras têm muita informação”; “Onde começa o jogo?”
Não houve oportunidade de terminar o jogo, pois é um jogo longo – aprox 1h/1h30m.
Não houve oportunidade de terminar o jogo, pois é um jogo bastante longo – aprox 1h/1h30m.
Não houve oportunidade de terminar o jogo, pois é um jogo bastante longo – aprox 1h/1h30m.
Circuito do Jogo; Cartões errados;
Comentários acerca do Jogo
“É bom”; “Eu gosto”; “É fixe”.
Dificuldade das questões/tarefas. “É bom”; “Eu gosto”; “É fixe”.
Duração
Não houve oportunidade de terminar o jogo, pois é um jogo longo – aprox 1h/1h30m.
Não houve oportunidade de terminar o jogo, pois é um jogo longo – aprox 1h/1h30m.
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Recurso Pedagógico DAR +
Postura
Empenhados; Divertidos.
dos alunos
Empenhados; Divertidos; Concentrados.
Aplicados; Empenhados.
3.4 – Principais Resultados
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Aplicados; Empenhados; Divertidos; Concentrados; Embora com apenas 11 anos dominam bastante bem o tema.
Aplicados; Empenhados; Embora com idades compreendidas entre os 14 – 16 anos não dominam muito o tema.
Recurso Pedagógico DAR +
Ficha de Diagnóstico Inicial – voluntariado
Perguntas do Diagnóstico
Grupo A (6ºB)
1. Completa com Corajoso, Leal, Voluntário, Amigo, 9 características amor, imaginação, orgulho, de um voluntário simpático, trabalhador, ajudar, respeitar, honesto, atento, corajoso, ouvinte, humilde, caridoso, leal.
2. Para ti Voluntário é…
Ajudar o amigo que precisa
Grupo B (7ºA)
Grupo c (CEF)
Valente, Confiante, honesto, simpático, único, sincero, responsável, vontade, valor, amor, honra, ouvinte, ajudante, apressado, resistente, respeitado, orador
Respeitado, Vigia, Honesto, Ajudar, Amigo, Ordenado, Leal
Uma pessoa que ajuda todos;
Ajudar os outros
É honrada e com valores
Respeitado e Organizado
Dar Ajudar
Diagnóstico Inicial 3. Indica 3
Deveres de um Voluntário
Ajudar, Respeitar , Perceber
Dar, respeitar, ajudar, ouvir, amar, ser amigo, atento
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Não sei, Pontual, saber esperar, ajudar os outros, amigo, educado, defender, compreender, responsável, honesto, respeitado, atento, trabalhador.
Recurso Pedagógico DAR +
4. Indica 3 Direitos de um Voluntário
Respeitado, valorizado, ajudado
Ajudar, respeitado, tratado com Não sei, respeitado, simpáticos, ajudante, valor, simpático, limpo, defender, apoiar amigável, merecia se pago, acolhido e bem recebido
5. Que Instituições conheces na tua área de residência?
Não conheço
Bombeiros, Policia, Girassol, Canil Marinha Grande, Sta, Casa da Misericórdia
Não conheço, Bombeiros, policia, Sta. Casa da Misericórdia, Cento de Saúde, Escola, Lar Idosos
Bombeiros, Santa Casa da Misericórdia, Canil.
Não conheço, Bombeiros, Posto médico
Igreja Bombeiros voluntários Girassol
6. Que Instituições na tua área de residência
Sei que existem mas não sei quais Igreja Lares Idosos APAMG
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Recurso Pedagógico DAR +
Ficha de Diagnóstico Final – Voluntariado
Perguntas do Diagnóstico
Grupo A (6ºB)
Grupo B (7ºA)
Grupo c (CEF)
1. Completa com 9 características de um voluntário
Corajoso, Leal, Voluntário, Amigo, amor, imaginação, orgulho, simpático, trabalhador, ajudar, respeitar, honesto, atento, corajoso, ouvinte, humilde, caridoso, realizado, carinhoso.
Valente, Confiante, honesto, simpático, único, sincero, responsável, vontade, valor, amor, honra, ouvinte, ajudante, apressado, resistente, respeitado, orador
Respeitado, Honesto, Ajudar, vigilante, Leal
Uma pessoa que ajuda todos;
Diagnóstico Final
2. Para ti Voluntário é…
Ajudar os outros
É honrada e com valores
3. Indica 3 Deveres de um Voluntário
Ajudar, cuidar, proteger, responder, corajoso, respeitar , perceber
Dar, respeitar, ajudar, ouvir, amar, ser amigo, atento
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Ajudar as pessoas
Ajudar, respeitar, amigo, responsável, honesto
Recurso Pedagógico DAR +
4. Indica 3 Direitos de um Voluntário
5. Que Instituições conheces na tua área de residência?
Ajudar, respeitado, tratado com valor, simpático, limpo, amigável, merecia se pago, acolhido e bem recebido
Respeitado
Não conheço Igreja Bombeiros voluntários
Ajudar, apoiar, defender, respeitar, honesto, amigo e simpático.
Bombeiros, policia, Girassol, Canil Marinha Grande, Sta, Casa da Misericórdia
Não conheço, Bombeiros, policia, Sta. Casa da Misericórdia, Cento de Saúde, Escola, Lar Idosos, APPACDM, Câmara Municipal.
Bombeiros, Santa Casa da Misericórdia, Canil.
Não conheço, Bombeiros, Posto médico, Hospitais.
Girassol 6. Que Instituições na tua área de residência que recebem voluntários?
Sei que existem mas não sei quais Igreja Lares Idosos Apang
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Recurso Pedagógico DAR +
Análise dos inquéritos por questionário
Perguntas
Grupo D (informal)
1. Consideras este jogo de tabuleiro Sim – 14 diferente de qualquer outro que Não – 1 já tenhas jogado?
Grupo A (6ºB)
Grupo B (7ºA)
Grupo C (CEF)
Sim - 4
Sim - 4
Sim - 5
Não – 0
Não – 2
Não – 2
Não respondeu - 1 2. Em que é que consideras este jogo O tema – 13 diferente dos outros: A existência de apoio de uma 3ªa pessoa (pais, professores e técnicos) - 1 A partilha de experiências e
O tema – 4
O tema – 5
A partilha de experiências A partilha de experiências e ideias e ideias entre os jogadores entre os jogadores - 2 -1 A aquisição de novos A aquisição de novos conhecimentos – 2 conhecimentos – 3 A existência de perguntas/tarefas/ A existência de teatros… no mesmo jogo – 1
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O tema – 3 A existência de apoio de uma 3ªa pessoa (pais, professores e técnicos) - 2 A partilha de experiências e ideias entre os jogadores -6
Recurso Pedagógico DAR +
Diagnós tico geral
ideias entre os jogadores – 5
perguntas/tarefas/ teatros… no mesmo jogo –2
A aquisição de novos A possibilidade de as conhecimentos – 2 respostas serem dadas por pessoas de qualquer A existência de território – 2 perguntas/tarefas/ teatros… no mesmo jogo – 4
A possibilidade de as respostas serem dadas por pessoas de qualquer território – 1
Complicada - 4 3. Consideras a linguagem utilizada Simples – 8 nos cartões adequada? Mt simples – 1 Classifica segundo
Simples- 3
A existência de perguntas/tarefas/ teatros… no mesmo jogo –2 A possibilidade de as respostas serem dadas por pessoas de qualquer território – 0
A possibilidade de as respostas serem dadas por pessoas de qualquer território – 2
Mt complicada – 2 Complicada - 1
A aquisição de novos conhecimentos – 1
Simples - 3
Complicada - 5
Muito simples – 2
Simples - 2
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Recurso Pedagógico DAR +
a escola
4. Consideras que as regras do jogo são claras? Classifica segundo a escala.
Complicada - 3
Complicada – 1
Simples – 4
Simples – 7
Simples – 2
Muito simples - 1
Mt simples – 5
Muito simples - 1
5. Consideras mais Com apoio – 13 vantajoso realizar o Sem apoio – 2 jogo com ou sem apoio de um orientador? Porquê?
Com apoio – 4
Simples – 9
Com apoio – 4
Com apoio – 4
Sem apoio – 2
Porque? “Por causa da ajuda” Sem apoio – 4
Porque ainda não se sabe bem jogar –1 Porque podemos pedir ajuda numa
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Recurso Pedagógico DAR +
perguntar – 4 Bom funcionamneto do jogo – 1 6. No final do jogo, ficas-te interessado a hipótese de te vires a tornar num voluntário?
Muito interessado – 3
Muito interessado – 2
Muito interessado – 4
Interessado – 1
Interessado – 3
Interessado – 3
Pouco interessado – 1
Nada interessado – 1
Sim – 5
Sim – 4
Porque?
Não - 1
Não - 4
Porque com a Porque? Quero ser informação é mais voluntário. fácil; podemos ter já alguma forma de faze-lo; para haver mais voluntários pelo mundo; ajuda a
Não respondeu - 1
Porque? “pode ser que queiram ajudar as pessoas”
Muito interessado –2 Interessado – 2 Nada interessado –9 Pouco interessado –2
7. consideras que a informação adquirida no jogo será útil, para quem pretenda vir a ser, num futuro próximo voluntário?
Sim – 15
Sim – 4
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Recurso Pedag贸gico DAR +
perceber o que tem de se fazer; partilha de experi锚ncias.
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Recurso Pedagógico DAR + Conclusões da aplicação do jogo
Ao longo da aplicação do jogo constatou-se algumas situações:
Após efetuar as questões e tarefas e aplicar o jogo em pequenos grupos informais, primeiro grupo de análise, percebeu-se que aquelas eram um pouco difíceis e exigentes e que a idade mínima para poderem jogar deveria ser os 14 anos. Mas ao aplicar-se a outras faixas etárias percebe-se que o fator idade não é limitativo para o desempenho eficaz do jogo;
A importância de haver uma terceira pessoa para a condução e acompanhamento do percurso do jogo, de modo a esclarecer dúvidas acerca das regras e outras. Em contexto de sala de aula e de forma a envolver um maior número de indivíduos, optou-se por atribuir o papel do juiz ou dos juízes a um ou dois alunos para controlo do jogo;
Que há dúvidas e questões quanto à 1ª casa do jogo e à ultima;
Que há determinadas dúvidas quanto ao circuito efetivo do jogo;
Alguns alunos realçaram o facto da informação acerca das regras do jogo ser muito extensa e excessiva assim como a informação dos cartões;
Que algumas tarefas e questões eram difíceis de concretizar;
Que a linguagem presente nos cartões era um pouco complexa;
Detetou-se a importância de resposta nos cartões das questões gerais, como por exemplo: define Voluntariado, faz um poema com as seguintes palavras, completa a frase;
E percebeu-se que é necessário tempo para poder jogar de forma eficaz, pois 45 minutos de aula é pouco tempo para: aplicar o mini diagnóstico acerca do voluntariado, o jogo, voltar a aplicar o mini diagnóstico e o inquérito por questionário;
De forma geral os comentários acerca do jogo foram: “é fixe”, “é divertido” e “é giro”, os alunos consideram o jogo com linguagem e com regras simples mas preferem ter apoio de uma terceira pessoa, consideram este jogo diferente de outros jogos no que diz respeito ao tema e à partilha de conhecimentos e ideias entre os outros jogadores, ficaram interessados em realizar voluntariado num 28
Recurso Pedagógico DAR + futuro próximo e consideram este jogo útil para quem no futuro quiser exercer esse papel.
Fazendo a comparação com a aplicação do jogo em diferentes idades e em diferentes turmas constatou-se que:
- Na turma do 6ºano, com 4 alunos com 11 anos, o interesse no jogo foi bastante acentuado, verificando-se que os alunos embora com uma idade inferior aquela inicialmente prevista (mais de 14 anos) tinham algum background acerca do tema central do jogo, salientando como problemas do jogo: o tempo, o circuito efetivo e a primeira casa e a última do jogo;
- Na turma do 7ºano, com 8 alunos com 12 anos, houve um grande empenho e interesse no jogo, verificando-se que os alunos tinham algum conhecimento acerca do tema, destacando como problemas: as regras das casas brancas e pretas, outras regras e o circuito do jogo; - Na turma do CEF OSIS, 1ºano, com 8 alunos, com idades entre 14 – 16 anos, verifica-se algum desconhecimento face ao tema do voluntariado mesmo com a aplicação do filme “ A Corrente do Bem” e com um brainstorming acerca do tema, isto porque se tivermos em conta a raiz da constituição das turmas CEF e o fato da turma ser multicultural com alunos com origem Ucraniana, Francesa, Cabo Verdiana e Russa, o conhecimento face ao tema é muito mas muito superficial. Por outro lado, identificam muito rapidamente o que está bem ou menos bem, acabando por dar mais sugestões que nas outras turmas que dominavam melhor o tema;
- Na aplicação do jogo em pequenos grupos informais, com idades entre os 12 18 anos, verificou-se que tinham conhecimentos acerca do tema, mas que o jogo tinha algumas lacunas: o circuito, as regras e a complexidade de algumas tarefas e questões.
- Quanto à aplicação do diagnóstico inicial e final, percebe-se que a falta de tempo para a sua aplicação condicionou os dados efetivos. 29
Recurso Pedagógico DAR +
Recomendações/alterações: - Melhoramento das regras do jogo. - Tornar o circuito do jogo mais simples; - Revisão de algumas das questões e tarefas de jogo
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Recurso Pedagógico DAR +
4.Síntese Conclusiva
Critérios de Validação Inovação
Indicadores Qualitativos Jogo lúdico – pedagógico sobre a temática do voluntariado; Despoletar nos jovens o interesse pelo Voluntariado – garantia de responsabilização do jovem; Ponto de partida para a procura de mais informações sobre o tema; A existência de um orientador/mediador de jogo permite o desenho de um perfil sobre o jovem, fundamentado nas suas respostas às perguntas do jogo; É um jogo dinâmico, na medida que possibilita respostas que apelam para a criatividade, imaginação, conhecimentos específicos e gerais.
Pertinência
Garantir apoio na dinamização de actividades onde se pretende divulgar o voluntariado; Instrumento para a Intervenção em Comunidade; Um recurso para despoletar o interesse para o desenvolvimento de acções de Voluntariado; Aquisição de conhecimentos sobre as respostas sociais e culturais existentes no território envolvente. Valorização dos conhecimentos dos utilizadores face à acção do Voluntariado;
Utilidade
Promove a aquisição de Competências Pessoais e Sociais na área da Cidadania; Aquisição de conhecimentos sobre as respostas sociais e culturais existentes no território envolvente. Capacitar os indivíduos dando-lhe algumas ferramentas para desenvolvimento de trabalho autónomo que, a médio, longo prazo possa contribuir para a integração em contextos organizacionais;
Capacitação/Autonomia Despoletar interesse pelo Voluntariado;
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Ferramenta de sensibilização directa e dinâmica na área do voluntariado;
Recurso Pedagógico DAR +
As perguntas são suficientemente abrangentes e podem ser respondidas por jovens de qualquer território. Existência de regras de jogo bem definidas; Replicável em diferentes contextos (Escola, IPSS, Projectos, Associações na área da Infância e Juventude; Transferibilidade
Possibilidade de jogo com ou sem orientação, no entanto, para maximizar os objectivos do recurso, sugere-se a existência de um orientador que monitorize e realize a mediação das respostas e tarefas; Transversalidade da idade dos jogadores.
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5. Principais Ideias a Reter
O jogo poderá ser replicado e comercializado, sendo os principais interessados instituições como escolas, bibliotecas, centros de tempos livres, IPSS, ONG, associações, ou seja, por todos aqueles que vêm no voluntariado uma forma de promoção de competências pessoais e sociais, assim como, uma das formas de tornar os jovens cidadãos
mais participativos e preocupados com o futuro das questões
sociais.
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Recurso Pedagรณgico DAR +
Bibliografia Coimbra, G., Fernandes D. (2009): Mundos Vividos: os Caminhos do Voluntariado Hospitalar. Tese Mestrado em Sociologia, Universidade Coimbra, Coimbra.
Rodrigues, S., Chung Y. (2010): Forรงas de carรกcter em jovens voluntรกrios do Projeto Social. Tese de Mestrado, Universidade de Lisboa, Lisboa.
http://www.redejovensigualdade.org.pt/dmpm1/docs/mentoring-IR.pdf Pagina consulta em 12 de Dezembro de 2011
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Anexos
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