Escola 5*****

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Recursos de Formação “Estratégias e Práticas de Educação para a Inclusão”

Introdução 1/2 A proposta inicial de Recurso XK Agarr`a Onda pretendia deixar na “escola do escolhas” a experiência de oito anos de intervenção em contexto escolar.

(2010-2012) Índice Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Enquadramento conceptual do recurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Narrativa da prática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Elementos ilustrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Instrumentos e ferramentas utilizadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Avaliação do recurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Pela experiência de trabalho em três escolas diferentes, utilizando a mesma base de trabalho, os resultados foram satisfatórios pelo que se conclui possíveis de reproduzir noutros contextos escolares/escolhas. Todavia, propusemos ambiciosamente a descrição de 5 atividades de sucesso em contexto escolar. São 5, as atividades base que sustentam a intervenção em contexto escolar que sob as quais seria produzido o nosso Recurso Escolhas: o XKOLHE DIFERENTE/Gabinete do Jovem Agarr´a Onda! (Acompanhamento de alunos em situação de risco); XKOLHE ASSOCIAR-TE/Agarr´a Associação! (Apoia ao associativismo juvenil); XKOLHE APOIAR/Agarr´a O Aluno! (Apoio a professores e auxiliares de ação educativa no desenvolvimento de competências e pela definição de estratégias para o trabalho com estas problemática); XKOLHE ACOMPANHAR/Agarr´a os Pais! (Co-responsabilização das famílias pelo processo educativo das crianças e jovens) e XKOLHE APROXIMAR/Agarr´a Comunidade! (Aproximação sucessiva da comunidade à escola, reforçando o papel social da mesma junto de todos). No seguimento das sucessivas avaliações da equipa de gestão da formação/acompanhamento dos recursos concluímos que o que deixaríamos como boa prática seria a estratégia de integração em contexto escolar baseada numa abordagem positiva, que determina depois o sucesso da intervenção.

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Introdução 2/2

Enquadramento conceptual do recurso 1/3

Ambos os projetos implementaram a formação em “Educação para a inclusão” acreditada pelo Centro de Formação de Professores. No âmbito desta formação os professores são capacitados a propor e desenvolver nas suas escolas iniciativas promotoras da inclusão. Consideramos que esta ação de formação é um recurso Escolhas e que os trabalhos dos professores são boas práticas, recursos das escolas.

Nos termos do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, ao Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua compete proceder à acreditação das entidades formadoras e das ações de formação contínua de professores e acompanhar o processo de avaliação do sistema de formação contínua. Compete-lhe ainda a acreditação dos cursos de formação especializada. A prática que aqui propomos foi acreditada pelo conselho científico mediante proposta dos projetos e enviada pelos Agrupamentos ao Centro de Formação de Professores.

A área estratégica de intervenção do Recurso Escolhas é a Inclusão escolar e educação não formal, e é um recurso de suporte à motivação (re)socialização a partir da psicologia positiva de crianças e jovens em contexto escolar. A versão final destina-se a técnicos que estão ou pretendem trabalhar em contexto escolar e/ou direções das escolas. A formação foi criada a partir das necessidades dos destinatários e beneficiários, sob o acompanhamento e supervisão dos parceiros do projeto, pelo que, desta forma, estão e estarão sempre envolvidos; Paralelamente, os parceiros acompanharam a validação do processo. Os trabalhos desenvolvidos e a implementação de atividades por parte dos professores refletem os ganhos assim como a avaliação positiva da formação. A partir da proposta de recurso Escolhas os beneficiários professores e direções, os utilizadores em geral, bem como as Direções de outras Escolas e outros promotores de projetos, poderão autonomamente propor esta iniciativa em contexto escolar como ganhos significativos tendo em conta as práticas que partem do seu próprio trabalho e construção, e chegam um grande nº de destinatários e beneficiários tendo em conta o nº de alunos que cada professor tem por ano.

A proposta de alterações à Lei de Bases do Sistema Educativo por parte do Ministério da Educação desencadeou uma acesa polémica sobre as instituições onde deve ser realizada a formação de professores. Esta polémica nem sempre tem sido conduzida da melhor maneira por parte dos diversos intervenientes, que muitas vezes parecem mais apostados na defesa dos seus próprios interesses do que na consideração do que é realmente mais importante para os jovens e o futuro do país. Apesar disso, esta polémica tem sido muito positiva, estimulando a discussão de problemas que, de outro modo, não seriam considerados. A iniciativa governamental, indiretamente, acabou por proporcionar uma boa oportunidade para refletir sobre o trabalho que presentemente se faz no domínio da formação de professores nas Universidades e Escolas Superiores de Educação do sector público e privado.

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ContinuaIcao

Em resumo, chegar à escola e começar por propor uma ação de formação em que juntos pensamos estratégias de educação para inclusão resulta, e o nosso recurso propõe a estrutura da ação de formação, reúne num cd os conteúdos e exemplos de trabalhos propostos por professores, e integra a ficha de avaliação da ação.

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Enquadramento conceptual do recurso 2/3

Enquadramento conceptual do recurso 3/3

Todo o professor é professor de “alguém” ensinando “alguma coisa”, num determinado contexto e com uma determinada finalidade. A formação dos professores tem de ter, por isso, uma vertente científica, tecnológica, humanística ou artística, como prevê o ordenamento jurídico da formação de professores (Decreto-Lei 344/89). É essa vertente, dada pela formação de base dos professores, que lhe dá o domínio desse “alguma coisa”, sem o qual não se pode falar da atividade de ensino. Mas como educador, a sua atividade tem de assentar numa sólida formação cultural, pessoal e social (também prevista no referido Decreto-Lei).

Só esta componente permite o reconhecimento dos principais caminhos a percorrer no contacto com o terreno da prática profissional e faculta experiências de formação que estimulam a mobilização e a integração dos conhecimentos e problemáticas por parte dos formandos e proporcionam o desenvolvimento da sua capacidade de compreensão do real através da observação e da intervenção múltiplas vertentes de formação de índole educacional.

O professor é uma figura de cultura. É por isso importante que ele possa adquirir formação em outras áreas do saber para além das da sua especialidade. Além disso, a complexidade do processo de aprendizagem, o seu carácter multifacetado (que inclui nos objetivos curriculares não só conhecimentos mas também capacidades, atitudes e valores), a crescente heterogeneidade dos públicos escolares (atente-se, por exemplo, na dimensão multicultural), e a multiplicidade das funções e tarefas necessárias nas instituições educativas (definição do projeto de escola, diagnóstico de problemas, realização de projetos de intervenção, apoio a alunos com necessidades especiais, ligação com a comunidade, dinamização da formação, participação na gestão escolar, etc.) exigem, para um adequado desempenho profissional, a experiência de várias décadas de formação de professores em Portugal e a investigação educacional (tanto no nosso país como no estrangeiro) mostram que esta formação não se pode reduzir à sua dimensão académica (aprendizagem de conteúdos organizados por disciplinas), mas tem de integrar uma componente prática e reflexiva.

É com base nestes pressupostos que se propõe a formação de professores em Educação para a Inclusão como uma boa prática a adotar pelos projeto escolhas e Escolas no geral.

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ContinuaIcao

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Narrativa da prática 1/5

Narrativa da prática 2/5

O início da construção a ação de formação é coincidente com o diagnóstico dos projetos. Há dificuldades em definir estratégias para as crianças e jovens em situação social vulnerável pelo que podemos começar por sensibilizar/formar os técnicos que estão no terreno e mais próximos, os professores.

Dos efeitos a produzir: mudança de práticas, procedimentos ou materiais didáticos definimos que com este projeto de formação pretende-se refletir sobre o contexto social dos Agrupamentos, e a partir desta análise e das dificuldade encontradas pelos docentes, perceber e desenvolver competências promotoras da inclusão social das crianças, e promotoras da igualdade de oportunidades.

Esta é a base de trabalho, e a razão de pertença deste Projeto de Formação nos Agrupamentos de Escolas, em que há um problema detetado e o Projeto deverá contribuir para a respetiva erradicação e/ou diminuição da sua influência: a enorme diversidade cultural e socioeconómica dos habitantes das freguesias em que as escolas do agrupamento estão instaladas, caracterizada por diversas nacionalidades e etnias, e em muitos casos, pelo desfavorecimento social. Neste sentido, levar-se a cabo o desenvolvimento de competências que promovam a inclusão social é, então, um aspeto fundamental deste projeto. Este projeto de formação responde também às finalidades expressas no artigo 1º alíneas a) Promover o Sucesso Educativo e b); Melhorar a Integração dos nossos alunos; do regulamento Interno do Agrupamento Rio arade, por exemplo. Assume também a importância das boas práticas de educação intercultural, da promoção da equidade social, e da criação de condições para a concretização da igualdade de oportunidades para todos. Este projeto de formação tem como objetivo desenvolver competências promotoras da melhor integração possível de todos os alunos, independentemente da sua proveniência, através de uma maior sensibilização e conhecimento de estratégias de intervenção promotoras da igualdade de oportunidades.

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Pretende-se com esta formação: 1. Criar um clima organizacional de tolerância e compreensão da realidade social. 2. Promover práticas pedagógicas alicerçadas na reflexão participada. 3. Promover uma melhor integração dos alunos na sala de aula e na escola, valorizando a diferença e a diversidade. 4. Adotar uma metodologia de intervenção com base no otimismo.

Dos conteúdos da Acão (Práticas Pedagógicas e Didácticas em exclusivo, quando a Acão de formação decorre na modalidade de Estágio ou Oficina de Formação) definimos: 1. Perfil bio-psico-social da criança dos 10 aos 15 anos (2) 2. Abordagem neurocognitiva (2) 3. Violência e gestão de conflitos em ambiente escola (7) 4. Psicologia Positiva (6) 5. Educação Intercultural (3) 6. Estratégias de Intervenção (5)

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Narrativa da prática 3/5

Narrativa da prática 4/5

Das metodologias de realização da ação definimos os seguintes passos metodológicos: 1. A formação implica 25h de sessões presenciais onde serão trabalhados os conceitos e fundamentos teóricos, e cuja 1ª sessão será a de enquadramento teórico da temática e versará todas as vertentes da intervenção social promotora da inclusão social. Será ainda nas sessões presenciais que se promoverá a reflexão sobre as aprendizagens, trabalhos e aplicação prática das aprendizagens; ao mesmo tempo que se devolverá ao grande grupo o resultado dos trabalhos em pequeno e grande grupo, e onde se realizarão as sessões de síntese. 2. Nas sessões de trabalho autónomo (50h) pretende-se: a reflexão e mediação pedagógica dos saberes teóricos para aplicação em sala de aula; construção de novos materiais didáticos que promovam aprendizagens significativas pela sua aplicação em contexto escolar; partilha dos resultados da aplicação de materiais construídos.

No cd encontra-se o respetivo modelo de acreditação junto do conselho científico que deve ser entregue no centro de formação de professores. Também é o centro de formação que define os formadores sempre que os técnicos do projeto não estejam também eles acreditados para o exercício da formação de professores. O ideal será ter um técnico do projeto que conhece a realidade em causa, e outros formadores convidados, com mérito reconhecido nas áreas de formação. Os professores são um público muito exigente e o facto de os formadores serem reconhecidos dá credibilidade à ação, e aumenta os níveis motivacionais. No cd encontra-se também modelos de convite a formadores nas várias áreas de formação.

Depois deste desenho do projeto de formação que pretendemos para a escola/agrupamento o passo é o de visitar o centro de formação da área geográfica da escola e propor a ação de formação, e a definição de formadores. A ação de formação terá ainda que ser aprovada pelos órgãos de escola que poderão propor alterações ou a introdução de outros temas pertinentes para o contexto escolar. A construção do projeto com os professores coordenadores e representantes dos vários órgãos de escola é determinante para a sua aceitação.

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Findo o processo de construção da ação com a direção da escola, com os órgãos de escola e com o centro de formação, envia-se o modelo para acreditação. Em poucas semanas receberão a resposta. Com uma resposta afirmativa e a indicação dos créditos a conceder é convidar os professores que estiveram envolvidos na construção da ação a apoiarem a divulgação e o processo de inscrição, que na maioria dos casos já se faz on line. É importante monitorizar de perto todo o processo, e esta monitorização deve ser feita pelo responsável pela construção da ação, ou pelo seu principal impulsionador. A presença deste nas sessões reforça a importância de cada matéria, de cada informação a reter e a utilizar. As sessões devem acontecer semanalmente para que se dê espaço à reflexão individual e entre pares, e o trabalho final deve ser construído ao longo da formação e com as turmas dos formandos. Devemos encontrar ao longo do processo formativo evidências da apreensão de conceitos, da capacitação destes agentes, e da coresponsabilização nos processos.

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Narrativa da prática 5/5

Considerações Finais

A direção deve fazer parte do júri de avaliação dos trabalhos finais, e deve comprometer-se a assimilar as propostas mais pertinentes no plano anual de atividades do agrupamento de escolas.

Esta ação de formação é já uma referência na formação de professores no Algarve pelo desafio e singularidade, e poderá ser uma referência a nível nacional, levando o Escolhas e a sua metodologia de intervenção mais além.

Elementos ilustrativos

Bibliografia

No cd encontram-se fotografias e trabalhos realizados pelos professores que permitem ilustrar o trabalho desenvolvido.

AA. VV. (org.) (2001): Formando Professores profissionais. Quais Estratégias? Quais Competências?. São Paulo: Artmed.

Instrumentos e ferramentas utilizadas

AA. VV. (2001): Educar para la Diversidad en el Siglo XXI. Zaragoza: Mira Editores.

Os instrumentos e ferramentas estão no cd em anexo.

ANGULO RASCO, J. F. (1993): "Que profesorado queremos formar?". Cuadernos de Pedagogía, Nº 220, pp. 36-39.

Avaliação do recurso

BENAVENTE, A. (1990): Escola, Professoras e Processos de Mudança. Lisboa: Livros Horizonte.

A avaliação do recurso foi feita pelos professores e em particular pela direção da escola que utiliza os trabalhos produzidos a partir da formação como boas práticas, em alguns casos referências a nível regional. Depois, e pela implementação em escolas diferentes do mesmo recurso e com resultados também muito positivos podemos considerar que de facto, este é um recurso muito pertinente para as escolas e agrupamentos, com resultados ao nível visíveis e passíveis de verificação. O questionário de avaliação da ação de formação encontra-se no cd.

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BOLÍVAR, A. B. (1993): "Culturas profesionales en la enseñanza". Cuadernos de Pedagogía, Nº 219, pp. 68-72. CANÁRIO, R. (org.) (1997): Formação e Situações de Trabalho. Porto: Porto Editora. CARIDE GÓMEZ, J. A. (1995): "O profesor como investigador: Os aportes da Investigación-Acción", in VIEITES, M. F. (coord.): Formación, Transición e Emprego, Vigo: Ediciones Xerais de Galicia, pp. 40-50.

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