Aprender é OQUEI

Page 1


MUITO OBRIGADA E UM GRANDE BEIJINHO, A TODAS AS PESSOAS QUE, CONNOSCO, PARTILHARAM O CAMINHO QUE NOS CONDUZIU À APRESENTAÇÃO DESTE RECURSO ESCOLHAS.

A EQUIPA DO PROJETO “ESCOLHAS MÚLTIPLAS II”


2


ÍNDICE

ENQUADRAMENTO…COMO NASCE O RECURSO

5

Alguns conceitos…

6

O Programa Escolhas e o Projecto “Escolhas Múltiplas II”

7

O Projeto “Escolhas Múltiplas II” e a Turma de jovens destinatários

9

O Plano de Intervenção na turma de destinatários

11

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO RECURSO ESCOLHAS…NARRATIVA DA PRÁTICA

14

Programa de Promoção do sucesso escolar Gostar de Aprender

14

Apoio Psicopedagógico Individual/grupo

16

Cid@Net

21

Rumo à Canoagem

25

Educação Parental

27

A MALETA PEDAGÓGICA “APRENDER É OQUEI”

32

Os seus Instrumentos/Ferramentas

32

Considerações para os seus futuros utilizadores

33

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES E DOS RESULTADOS

34

Avaliação das Atividades

34

Avaliação dos Resultados

35

Dificuldades Sentidas…

36

Avaliação do Recurso

37

ANEXOS

39

BIBLIOGRAFIA

46

3


4


ENQUADRAMENTO…COMO NASCE O RECURSO Este Guia do/a Utilizador/a pretende apresentar o Recurso Escolhas.

O presente Recurso Escolhas constitui um instrumento/ferramenta que pretende retratar a intervenção desenvolvida pelo Projeto “Escolhas Múltiplas II” – aprovado e financiado no âmbito do Programa Escolhas (4ª Geração: Uma escolha com futuro).

O Guia do/a Utilizador/a, para além contextualizar o Programa Escolhas, o Projeto “Escolhas Múltiplas II” e a sua dinâmica (objetivos, destinatários/beneficiários, atividades, avaliação), apresenta cinco instrumentos/ferramentas que são disponibilizadas no âmbito do Recurso Escolhas “Aprender é OQUEI” – Mala Pedagógica. Assim, pretende ser um manual de apoio à utilização do Recurso, de forma a facilitar uma apropriação e utilização autónoma por terceiros, situados noutros contextos ou situações de intervenção.

Deste modo, a equipa convida-o/a a explorar o conteúdo da mala pedagógica, isto porque, APRENDER É…

Olhar e ouvir bem / Organizar Questionar Querer Usar conhecimento Unir esforços Expressar / Esclarecer Estudar / Empreender Imaginar / Investir

5


“Aprender é OQUEI” retrata uma experiência que visou melhorar os níveis de sucesso escolar de uma turma de 2º ciclo.

Alguns conceitos… O presente Recurso Escolhas aborda alguns conceitos, intrínsecos à intervenção que o Projeto “Escolhas Múltiplas II” e o Programa Escolhas desenvolve.

Um destes conceitos é o de Insucesso Escolar. O Insucesso Escolar resulta da dificuldade que uma criança/jovem manifesta na aquisição das aprendizagens dos conteúdos escolares. Estas dificuldades podem ser várias: problemas cognitivos, dificuldades de aprendizagem, desinteresse, desmotivação, falta de atenção/concentração, absentismo, saber estar e trabalhar em grupo, etc. De uma maneira geral, podemos apontar uma confluência de fatores de ordem social, económica, familiar e cultural como influenciando os níveis de insucesso/sucesso escolar das crianças/jovens. Em cada contexto geográfico importa identificar e refletir sobre os fatores que originam este insucesso.

O Sucesso Escolar depende então de um trabalho de superação destas dificuldades identificadas.

É neste domínio que investiu o Projeto “Escolhas Múltiplas II”. Apostou na superação de dificuldades relacionadas com o saber ser e estar dos/as jovens – o desenvolvimento das competências pessoais e sociais – bem como no envolvimento das famílias numa participação ativa na vida escolar dos filhos/as – desenvolvimento das competências parentais.

Assim, conceitos transversais a este Recurso são também o de competências pessoais e sociais e o de competências parentais. Importa perceber o que são e quais as que interessa desenvolver. Ao longo deste Recurso, estes conceitos serão exploradas, identificadas as atividades e as metodologias/estratégias que os desenvolvem.

6


O Programa Escolhas e o Projeto “Escolhas Múltiplas II” “O Programa Escolhas é um programa de âmbito nacional, tutelado pela Presidência do Conselho de Ministros, e fundido no Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, IP, que visa promover a inclusão social de crianças e jovens provenientes de contextos socioeconómicos mais vulneráveis, particularmente dos descendentes de imigrantes e minorias étnicas, tendo em vista a igualdade de oportunidades e o reforço da coesão social.

Decorrem, no triénio 2010/2012, 130 novos projectos, com vista a reforçar o apoio à mobilização das comunidades locais para a criação de projectos de inclusão social de crianças e jovens oriundas de contextos socioeconómicos mais vulneráveis.

Assim, e tendo em

consideração o risco acrescido de exclusão social dos públicos-alvo, nomeadamente dos descendentes de imigrantes e minorias étnicas, para a prossecução da sua missão, estabelecem-se como áreas prioritárias de intervenção do Programa Escolhas, a inclusão escolar e educação não-formal, a formação profissional e a empregabilidade, a dinamização comunitária e cidadania, a inclusão digital, o empreendedorismo

e capacitação.”

(www.programaescolhas.pt)

O Projeto “Escolhas Múltiplas II” é um dos 130 Projetos financiados pelo Programa Escolhas e é promovido por um consórcio, constituído por várias Instituições/serviços do Concelho de Montemor-o-Velho, a saber: Associação Fernão Mendes Pinto – Entidade Promotora e Gestora do Projecto; Agrupamento de Escolas de Arazede; Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Montemor-o-Velho; Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra; Instituto Português da Juventude; Clube infante Montemor; Cooperativa Teatro dos Castelos; Associação Filarmónica 25 de Setembro. O consórcio do Projeto coordena o desenvolvimento de um conjunto de atividades previstas no Plano de Acção do Projecto “Escolhas Múltiplas II” e que visam a prossecução dos seguintes objetivos gerais:

7


- Aumentar o Sucesso escolar através de uma acção integrada dirigida a crianças/jovens e suas famílias do Agrupamento de Escolas de Arazede; - Capacitar crianças e jovens para uma participação social e comunitária; - Apoiar a inclusão digital dos jovens do Agrupamento de Escolas de Arazede.

As atividades desenvolvidas integram-se nas seguintes medidas financiadas pelo Programa escolhas: Medida I – Inclusão Escolar e Educação não Formal Medida III – Dinamização comunitária e Cidadania Medida IV – Inclusão Digital

O Projeto “Escolhas Múltiplas II” tem como principais destinatários: - Crianças e jovens com idades compreendidas entre o 6 e os 14 anos; - Encarregados/as de Educação/Pais/Familiares.

O projeto protagoniza a sua intervenção no Agrupamento de Escolas de Arazede (EB2.3 de Arazede), que integra crianças e jovens pertencentes a duas freguesias do Concelho de Montemor-o-Velho – Distrito de Coimbra. Assim, o Projeto trabalha com crianças, jovens e seus familiares das freguesias de Liceia e Montemor-o-Velho, freguesias tipicamente rurais.

A equipa técnica do Projecto é constituída por:

1 Técnico de Serviço Social (Coordenadora de Projecto);

1 Psicóloga;

1 Monitora Cid@Net.

8


O Projeto “Escolhas Múltiplas II” e a Turma de jovens destinatários Assim, no ano lectivo 2009/2010, uma Turma de Jovens destinatários foi encaminhada para a intervenção do Projeto, com o objetivo de ser trabalhada de forma a aumentar os seus níveis de sucesso escolar.

Importa agora, - por um lado, compreender porque foi identificada e encaminhada esta turma para intervenção/acompanhamento do Projeto, e apresentar as suas principais dificuldades e; - por outro lado, apresentar de forma mais detalhada

as atividades, objetivos e

metodologias/estratégias desenvolvidas com a referida turma.

A turma era composta por 16 jovens de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 11 e os 13 anos, frequentavam o 2º Ciclo do Ensino Básico. Jovens residentes num contexto rural, num território com elevados índices de exclusão social (desemprego, alcoolismo, carência económica, isolamento provocado por uma rede de transportes deficitária, violência doméstica). Jovens que carecem também da necessária

estimulação para o seu

desenvolvimento integral. Detêm uma rede social reduzida, muito circunscrita à zona geográfica de residência. A turma integrava jovens com dificuldades ao nível da gestão emocional, jovens com dificuldades cognitivas e jovens que manifestavam problemas de comportamento. Estas dificuldades repercutiam-se ao nível do seu aproveitamento escolar. São jovens que manifestavam dificuldades ao nível do saber ser e estar.

Relativamente às famílias, envolveram-se pais/mães/familiares

com baixas habilitações

académicas, baixas qualificações profissionais e outras problemáticas como consumo abusivo de álcool, violência doméstica, desemprego de longa duração.

Partimos de um diagnóstico elaborado em que se identificava na turma problemáticas como: insucesso escolar; défice de competências pessoais e sociais, défice de competências TIC, dificuldade em aceder a atividades artísticas e desportivas; baixos níveis de participação e cidadania e, no caso das famílias, défice de competências parentais associado a problemáticas de pobreza transgeracional e multidimensional, isolamento social, alcoolismo e violência

9


doméstica. Esta turma apresentava um menor aproveitamento escolar e problemas de comportamento, em comparação com as outras turmas do mesmo ano escolar.

De Fevereiro a Junho de 2010, a equipa iniciou a intervenção/acompanhamento à turma e visou: - O estabelecimento de uma relação empática. Foi possível apresentar a equipa e definir regras de trabalho bem como criar os instrumentos de registo de assiduidade, comportamento e aproveitamento de cada jovem destinatário, - O conhecimento do grupo – as características individuais e as relações interpessoais. Apostando sobretudo na dinamização de atividades de educação não formal foi possível conhecer melhor cada elemento e o seu funcionamento no grupo turma; - Exploração de algumas temáticas para avaliar o nível de conhecimento do grupo turma, o que possibilitou também conhecer algumas dinâmicas familiares e de participação comunitária. - O apoio individualizado a jovens que evidenciavam maiores dificuldades de aprendizagem ou outras dificuldades que interferiam com o seu desempenho escolar. Foi sobretudo uma fase de recolha de informação, de conhecimento do jovem e do seu contexto familiar, de estabelecimento de uma relação entre jovem e equipa e de trabalho ao nível de algumas aptidões, tais como: memória, competências linguísticas, orientação espacial, lateralidade, etc., tendo em vista a melhoria das classificações escolares destes jovens; - A aproximação aos/às Encarregados/as de Educação/Pais/familiares para estabelecimento de uma relação próxima com a equipa do Projeto, favorecendo um melhor conhecimento do contexto familiar e das suas dinâmicas e problemáticas. Iniciou-se também o trabalho de desenvolvimento de competências parentais e procurou-se fomentar uma relação próxima entre família-escola; - A inclusão digital dos jovens desenvolvida através do espaço Cid@Net, sediado na escola e que envolveu a turma numa maior e melhor utilização das TIC, sobretudo como ferramenta de apoio ao estudo. Neste sentido, foram implementadas atividades ocupacionais de orientação livre (acesso livre à Net e acesso a jogos pedagógicos) a formação e certificação (Currículo Literacia Digital), o apoio na realização de trabalhos escolares, entre outras atividades que um espaço equipado e monitorizado pode oferecer (elaboração de cartazes, competição através de jogos de rede, etc.);

10


- O envolvimento em atividades fora do contexto escola através da participação em sessões de iniciação/prática da modalidade desportiva da Canoagem e que possibilitou a implementação de metodologias/estratégias diferenciadas e complementares da intervenção promovida em contexto de escola.

Em termos globais, no ano lectivo 2009/2010 e porque a intervenção apenas decorreu de Fevereiro a Junho de 2010 foi possível: - Estabelecer uma relação empática e de aproximação com os jovens (destinatários do Projecto) e com as suas famílias (beneficiárias do Projecto); - Envolver os destinatários e beneficiários nas diferentes atividades do Projecto; - Conhecer de forma mais aprofundada contextos de intervenção e problemáticas emergentes.

O Plano de Intervenção na turma de destinatários Assim estavam conseguidos os objetivos iniciais do Projecto e foi necessário avançar para a definição do Programa de Intervenção mais específico que decorreria nos dois próximos anos letivos.

Neste sentido e concretamente no ano letivo de 2010/2011, com a turma de destinatários, o Projecto “Escolhas Múltiplas II” desenvolveu as seguintes atividades:

11


Atividades da Medida I

12

Intervenção


Atividades Medida IV

Intervenção

Para além destas atividades, os jovens destinatários foram ainda integrados na Atividade Rumo à Canoagem, desenvolvida no âmbito da Medida III.

Com o desenvolvimento destas atividades, a intervenção realizada pretendia sobretudo trabalhar os seguintes objectivos: - desenvolver competências pessoais e sociais em jovens; - desenvolver competências parentais. - promover o sucesso escolar do grupo de jovens.

Importa agora apresentar de forma mais detalhada cada uma das atividades enunciadas e especificar os seus objetivos, metodologias e estratégias de intervenção, bem como e, de forma paralela apresentar o instrumento/ferramenta que resultou do seu desenvolvimento e que constitui o Recurso Escolhas.

13


PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO RECURSO ESCOLHAS…NARRATIVA DA PRÁTICA Ao longo do ano letivo 2010/2011 foram desenvolvidas as atividades que concretizaram o recurso Escolhas.

O Recurso Escolhas elaborado pelo Projecto

“Escolhas

Múltiplas

II” retrata a

complementaridade entre várias actividades: Programa de Promoção do Sucesso Escolar “Gostar de Aprender; Apoio Psicopedagógico Individual/Grupo; Educação Parental (Medida I – Acção C) Rumo à Canoagem (Medida III – Acção b) e Cid@Net (Medida IV).

De seguida apresentaremos as atividades, seus objetivos, sua forma de desenvolvimento e metodologias/estratégias utilizadas bem como o Instrumento/ferramenta que delas resultou.

Programa de Promoção do Sucesso Escolar – Gostar de Aprender

Esta atividade visou o desenvolvimento de sessões semanais com o grupo turma. Estas sessões decorrem numa hora livre do horário escolar da turma.

Neste sentido e, como já foi referenciado, a turma apresentava algumas dificuldades ao nível do saber-estar, nomeadamente ao nível do relacionamento interpessoal, respeito pelo outro/a, escuta activa, capacidade de trabalho em grupo, entre outras, pelo que se entendeu ser necessário elaborar e desenvolver um Programa de Promoção de Competências Pessoais e Sociais.

Este programa pretendia ajudar os jovens a lidar com as suas dificuldades pessoais e sociais. É com a finalidade de colmatar a falha dos modelos familiares na transmissão dos valores e atitudes em sociedade que surgem o programa de promoção de competências sociais. Este programa, mais do que centrar a atenção nos défices comportamentais ou cognitivos dos/as jovens, visou optimizar capacidades pessoais e relacionais de forma a aumentar os seus níveis de sucesso escolar.

14


Objetivos: 

Promover o desenvolvimento interpessoal e social dos/as jovens;

Analisar os comportamentos dos/as jovens perante uma situação e refletir sobre as suas vantagens e desvantagens;

Identificar outras formas de resolução da situação: a mudança de comportamento;

Possibilitar a cada jovem o reconhecimento das suas capacidades e a possibilidade de aplicá-las.

Desenvolvimento: Após a realização do diagnóstico e da definição de objectivos, foi elaborado um programa de desenvolvimento de competências pessoais e sociais que contemplou a realização de vinte sessões, com periodicidade semanal (duração de quarenta e cinco minutos), que decorreram de Janeiro a Junho de 2011, e que intitulámos “OQUEI…em grupo”.

Cada sessão obedeceu à seguinte estrutura: 1 – Apresentação da dinâmica da sessão e dos materiais necessários

bem como das regras de funcionamento/desenvolvimento; 2 –

Realização da dinâmica de grupo e 3 – Reflexão sobre o objetivo da dinâmica.

As dinâmicas realizadas visaram o desenvolvimento de competências pessoais e sociais como: Ouvir; Apresentar outra pessoa; Dar um elogio; Dar instruções/Seguir Instruções; Respeitar o/a outro/a; Ajudar o/a Outro/a/Pedir Ajuda; Cooperar, Melhorar o desempenho em equipa; Estar Atento/a e Concentrado/a. Depois de trabalhadas algumas competências de grupo, foi proposto aos/às jovens que se responsabilizassem pela preparação e dinamização das últimas sessões deste programa.

Metodologias/Estratégias: - Realização de dinâmicas de grupo e actividades de carácter lúdico; - Utilização de técnicas dramáticas de role-playing; - Promoção da reflexão sobre vivências geradas no “aqui e agora” do grupo; - Utilização sistemática do reforço positivo durante a realização das actividades propostas.

15


Instrumento/Ferramenta do Recurso Escolhas: Da implementação desta actividade junto dos/as jovens resultou:

“OQUEI EM GRUPO…fichas de actividades” presenta 20 Fichas de Atividades realizadas com a turma em que foram trabalhados os conteúdos descritos anteriormente. As fichas de atividades apresentam a descrição de dinâmicas de grupo e sugestões dadas pelos jovens para a sua realização.

Esperamos que sejam úteis a quem abraçar um desafio semelhante.

Apoio Psicopedagógico Individual/Grupo Depois de apresentado, analisado e discutido com todos os intervenientes (Jovem, Encarregado/a de Educação, Equipa e Professores) tentou-se implementar o Plano Individual de Acompanhamento, podendo este contemplar a integração em diferentes actividades, entre as quais o apoio psicopedagógico individual/grupo.

Alguns jovens do grupo turma foram encaminhados para sessões de apoio psicopedagógico (em resultado da avaliação

diagnóstica efetuada), que foram realizadas com uma

periodicidade variável (semanal, quinzenal ou mensal), dependendo da situação problemática que o/a jovem apresentava. Consistem essencialmente em sessões de promoção de competências pessoais

e sociais:

auto-estima, auto-confiança, conhecimento de si,

relacionamento interpessoal, gestão das emoções, organização de tarefas, hierarquização de prioridades, definição de objectivos de vida, etc.

16


Alguns jovens do grupo turma frequentavam ainda sessões de apoio psicopedagógico de grupo. Para o efeito foram constituídos diferentes grupos de intervenção, em função das necessidades específicas que cada jovem apresentava - Grupo de Gestão Emocional, Grupo de Promoção Cognitiva e Grupo de Gestão Comportamental.

Grupo de Gestão Emocional Objectivo Geral: promoção de competências de gestão das emoções.

Objectivos Específicos definidos para o Grupo: 

Promover competências pessoais de auto-conhecimento;

Promover uma auto-estima positiva;

Aprender estratégias de coping mais eficazes para lidar com a ansiedade e outras emoções disruptivas;

Reforçar a capacidade para solucionar problemas pessoais e interpessoais;

Promover competências de resolução de problemas pessoais e interpessoais (em contextos formais e não formais);

Ampliar a percepção de si e do outro no processo grupal;

Aprender a estar e a actuar em grupo.

Programa: 1. Funcionamento do Grupo (identidade e coesão grupal); 2. Auto-conhecimento 3. Auto-estima e auto-conceito; 4. Auto-imagem corporal; 5. Identificação e Gestão de Emoções; 6. Relacionamentos interpessoais: mapa relacional, resolução de problemas, a relação de namoro; 7. Educação para a Sexualidade.

17


Metodologias/Estratégias: - Realização de dinâmicas de grupo e actividades de carácter lúdico; - Utilização de técnicas dramáticas de role-playing; - Promoção da reflexão sobre vivências geradas no “aqui e agora” do grupo; - Generalização das aprendizagens e vivências suscitadas no grupo a outros aspectos da vida dos jovens; - Utilização de técnicas de expressão gráfica; - Utilização da metáfora para tratar alguns dos temas abordados; - Utilização sistemática do reforço positivo durante a realização das actividades propostas.

Grupo de Promoção Cognitiva Objectivo Geral: promoção de competências cognitivas e reforço da aprendizagem de métodos de estudo.

Objectivos Específicos definidos para o Grupo: 

Promover a estimulação cognitiva das áreas que se impõem como obstáculo ao sucesso educativo;

Promover o interesse e a responsabilização pelo estudo;

Desenvolver competências ao nível da expressão oral e escrita;

Aumentar a capacidade de atenção/concentração, através do reforço positivo e da possibilidade de sucesso nas actividades propostas;

Desenvolver sentimentos de auto-eficácia;

Promover expectativas de sucesso;

Treinar estratégias de resolução de problemas;

Capacitar os/as jovens de hábitos e métodos de estudo.

Programa: 1. Funcionamento do Grupo (identidade e coesão grupal); 2. Atenção/Concentração 3. Competências linguísticas (lexicais e ortográficas); 4. Cálculo matemático;

18


5. Orientação visuo-espacial; 6. Raciocínio lógico; 7. Velocidade de processamento; 8. Aprender a estudar – métodos e hábitos de estudo.

Metodologias/Estratégias: - Utilização de jogos lúdico-pedagógicos (de tabuleiro e disponíveis na internet) para promover competências cognitivas e linguísticas; - Elaboração individual de exercícios que visam o treino de competências cognitivas; - Recurso a textos e exercícios diversos (de papel e lápis) para desenvolver a leitura e a escrita; - Análise e discussão em grupo das estratégias de resolução utilizadas para uma concretização mais eficaz das tarefas propostas; - Utilização sistemática do reforço positivo

aquando da realização dos exercícios

propostos.

Grupo de Gestão Comportamental Objectivo

Geral:

promoção de competências pessoais

e sociais

e diminuição de

comportamentos disruptivos na sala de aula.

Objectivos Específicos definidos para o Grupo: 

Aprofundar o auto-conhecimento através de actividades que obrigam à reflexão sobre características próprias;

Aumentar o reportório de competências sociais dos jovens, nomeadamente, o comportamento assertivo, a cooperação e a interajuda através de actividades e dinâmicas que promovem este tipo de comportamento;

Aprender a estar a actuar em grupo;

Promover interacções positivas com os pares;

Potenciar a responsabilidade pessoal através da concretização de projectos pessoais;

Aumentar a capacidade de resolução de problemas e conflitos;

Reflectir sobre objectivos pessoais a curto, a médio e a longo prazo.

19


Programa: 1. Funcionamento de grupo: coesão e cooperação; 2. Auto-conhecimento; 3. Auto-controlo; 4. Relações interpessoais/amizade; 5. Responsabilização e valorização pessoal; 6. Projetos pessoais/definição do seu projecto de vida.

Metodologias/Estratégias: - Realização de dinâmicas de grupo e actividades de carácter lúdico; - Promoção da reflexão sobre vivências geradas no “aqui e agora” do grupo; - Generalização das aprendizagens e vivências suscitadas no grupo a outros aspectos da vida dos jovens; - Utilização sistemática do reforço positivo durante a realização das actividades propostas.

Desenvolvimento: Como é possível verificar, também após a realização do diagnóstico e da definição de objectivos, foi elaborado um programa de desenvolvimento para cada grupo que contemplou a realização de vinte sessões, com periodicidade semanal (duração de quarenta e cinco minutos), que decorreram de Janeiro a Junho de 2011, e que intitulámos “Eu sou…OQUEI”.

Cada sessão obedeceu à seguinte estrutura: 1 – Apresentação da dinâmica da sessão e dos materiais necessários

bem como das regras de funcionamento/desenvolvimento; 2 –

Realização da dinâmica de grupo e 3 – Reflexão sobre o objetivo da dinâmica.

Desta forma foi possível trabalhar a promoção de competências cognitivas, sócio-afectivas e académicas.

20


Instrumento/Ferramenta do Recurso Escolhas: Dos conteúdos desenvolvidos nas sessões de Apoio Psicopedagógico Individual/Grupo resultou:

Este caderno contém atividades para jovens e foi elaborado, de forma a que estes as possam realizar individualmente, em grupo e com ou sem o acompanhamento de um/a Técnico/a. Pretende

ajudar os

jovens

a

ultrapassar dificuldades

emocionais, cognitivas e

comportamentais que lhes possam estar a condicionar o sucesso escolar. As suas atividades podem ser realizadas de forma sequencial ou não. Trata-se de um caderno com muitas propostas e muitas funções e com flexibilidade e espaço para novos desafios. Este caderno é um livro aberto para a imaginação de todos/as. Pretende dizer e fazer sentir ao/à jovem “Eu sou OQUEI”.

Sugerimos que espreitem, vão folheando e explorando as suas potencialidades.

Cid@NET O espaço Cid@NET do Projeto “Escolhas Múltiplas II” encontrava-se sediado na E.B.2,3 de Arazede, equipado com seis computadores com ligação à Internet e detinha uma Monitora habilitada para a supervisão das diferentes atividades. Este espaço funcionava 35 horas semanais (7 horas diárias).

Este espaço tinha por grande finalidade promover a inclusão digital dos/das jovens destinatários.

21


Objetivos: 

Promover o desenvolvimento interpessoal e social dos/as jovens;

Dotar os/as jovens de conhecimentos ao nível da utilização das TIC;

Rentabilizar as TIC como ferramenta de apoio ao estudo;

Apoiar cada jovem no reconhecimento das suas capacidades e no processo de superação das suas dificuldades.

Desenvolvimento: No âmbito do espaço Cid@Net - Inclusão Digital - o projecto “Escolhas Múltiplas II” colocou ao dispor da turma de jovens destinatários, quatro actividades distintas e complementares (com periodicidade semanal), tais como:

O Acesso a Jogos Pedagógicos, onde se pretendia o desenvolvimento de competências cognitivas como a concentração, a atenção, a memória, o raciocínio matemático e linguístico. Promovia ainda o desenvolvimento da motricidade fina, através da utilização do rato e teclado. Através de actividades/jogos lúdico-pedagógicos e jogos em rede/online foi possível fomentar o relacionamento interpessoal e a competitividade saudável.

O Acesso livre à Internet visava a exploração desta ferramenta para pesquisar temáticas do currículo escolar, e/ou temáticas/tarefas sugeridas e orientadas pela Monitora. Proporcionouse também momentos de exploração da Internet de forma livre (supervisionada).

A Formação TIC, privilegiou-se a formação certificada em Tecnologias de Informação e Comunicação, promovendo a aprendizagem ao nível das novas tecnologias e o consolidando as suas competências tecnológicas. A turma de jovens destinatários frequentou a formação no Currículo de Literacia Digital da Microsoft. Também foi possível certificar os/as jovens com o Diploma de Competências Básicas em TIC (DCB).

O Apoio na Realização dos Trabalhos Escolares privilegiou a realização de trabalhos, por vezes acompanhados da exploração da Internet sobre temáticas escolares lecionadas pelos

22


professores, utilizando sites e software de interesse pedagógico. É também dado aos jovens apoio em algumas ferramentas do Microsoft Office 2007 como o Word, o Excel e o PowerPoint. No âmbito desta actividade pretendia-se disponibilizar aos jovens a ferramenta de apoio ao estudo “Escola Virtual” da Porto Editora (senhas cedidas pelo Programa Escolhas), sobretudo aos/às jovens com mais dificuldades de organização e sem métodos de estudo, bem como aos jovens com mais dificuldades de aprendizagem.

De salientar que, o espaço Cid@Net pretendia, não somente dotar os/as jovens de competências ao nível da utilização do computador, internet e correio electrónico, entre outras, fundamentais para jovens do 2º Ciclo do Ensino Básico, mas também visava ser um espaço de estudo e de convívio. O espaço Cid@Net pretendia também ser um espaço de encontro e de diálogo para os/as jovens destinatários do Projecto.

O Cid@net funcionou com regras de funcionamento que potenciavam o saber-estar e o saberfazer, procurando assim dar complementaridade à intervenção desenvolvida pelas atividades anteriormente descritas (Programa de Promoção do Sucesso Escolar “Gostar de Aprender” e Apoio Psicopedagógico Individual/Grupo).

O Programa Escolhas procurou ainda disponibilizar outras actividades como por exemplo concursos, jogos, através do espaço Cid@Net e que visavam o desenvolvimento da cidadania activa, da criatividade, da capacidade crítica, etc. É de salientar que alguns dos/das jovens ganharam prémios pela sua participação nestas atividades.

Metodologias/Estratégias: - Jogos lúdico-pedagógicos diversos e jogos on-line em rede; - Pesquisa livre/supervionada na Internet; - Ciclos formativos; - Apoio individualizado/grupo para realização de trabalhos escolares; - Visionamento de filmes; - Realização de debates, - Utilização sistemática do reforço positivo aquando da realização dos exercícios propostos. - Apresentação de desafios matemático-linguísticos mensais.

23


Paralelamente

a todas as atividades já enunciadas, o Cid@net apresentava desafios

matemático-linguísticos mensais aos/às jovens destinatários. A resolução correta destes desafios seria convertida num sistema de pontos e traduzida em tempo (horas) para utilização da Internet de forma livre/supervisionada. Desta forma, pretendia-se vincular os/as jovens ao espaço Cid@net, estimular o raciocínio numérico, linguístico e motivar os/as jovens para a aprendizagem.

Instrumento/Ferramenta do Recurso Escolhas: Os desafios matemático-linguísticos foram reunidos e compilados para uma pen que agora apresentamos como instrumento/ferramenta do Recurso Escolhas.

“Desafios OQUEI - Pen Inteligente” reúne 20 desafios que o Cid@net divulgou junto dos/as jovens

destinatários,

bem

como

apresenta

algumas

sugestões

para

a

sua

utilização/rentabilização. São verdadeiros jogos de mente, trocadilhos que fazem pensar e que podem ser utilizados de diferentes formas, como por exemplo: - nos momentos de convívio e diversão em família; - na definição de contratos entre Pais/Mães/Familiares e seus Educandos. A resolução correta de um desafio por parte do jovem permite-lhe a navegação na internet durante um período de tempo definido por ambos (pais/mães e filhos/as); - em concursos dirigidos a jovens; - na sala de aula, para intercalar com conteúdos mais teóricos; - etc… onde a nossa imaginação nos levar.

Explore a Pen Inteligente e analise a utilidade que lhe pode dar.

24


Rumo à Canoagem Até ao momento apresentámos atividades desenvolvidas em contexto escolar. Todavia, o Projeto “Escolhas Múltiplas II” também apostou no desenvolvimento de atividades a decorrer fora do contexto escolar, por se considerar que seria importante esta complementaridade.

O desporto revela-se uma excelente estratégia para a promoção de competências pessoais e sociais, sendo este o nosso principal objetivo a desenvolver junto dos destinatários/as, tornava-se importante envolvê-los neste tipo de atividade.

Deste modo, optou-se pela prática de uma modalidade desportiva que se mostrasse verdadeiramente atrativa para a turma de jovens destinatários: a Canoagem.

A Vila de Montemor-o-Velho possui um Centro de Alto Rendimento para a prática do Remo e da Canoagem.

A verdade é que os/as jovens encontram algumas barreiras quando pretendem avançar para uma prática contínua e regular desta modalidade desportiva: por um lado a sua prática fica bastante dispendiosa e, por outro lado, o acesso à Pista de Remo de Montemor-o-Velho está bastante dificultada pela escassa rede de transportes do Concelho (praticamente inexistente). Falamos de jovens provenientes das freguesias que ficam mais distantes da sede de Concelho (sem rede de transportes) e que os pais e as mães vivenciam dificuldades económicas que os/as impossibilitam de ter acesso a esta prática desportiva.

Neste sentido, o Projeto “Escolhas Múltiplas II” propôs a dinamização de uma parceria com um Clube Local, de forma a rentabilizar recursos com o objectivo de garantir a um grupo de jovens a prática regular desta modalidade desportiva.

Objetivos: 

Promover o desenvolvimento interpessoal e social dos/as jovens;

Analisar os comportamentos dos/as jovens perante uma situação e refletir sobre as suas vantagens e desvantagens;

25


Identificar outras formas de resolução da situação: a mudança de comportamento;

Possibilitar a cada jovem o reconhecimento das suas capacidades e a possibilidade de aplicá-las.

Como se pode verificar, estes objetivos reforçam a intervenção protagonizada no âmbito das atividades já anteriormente apresentadas, como por exemplo o Programa de Promoção do Sucesso Escolar “Gostar de Aprender”.

Desenvolvimento: Esta actividade surgiu como estratégia para dar continuidade e/ou reforçar o Programa de Desenvolvimento de Competências Pessoais e Sociais, já que a modalidade desportiva da Canoagem tem um conjunto de exigências que permitem trabalhar o cumprimento de regras, trabalho em equipa, comunicação, relacionamento grupal, persistência, resistência

à

frustração, assertividade, entre outras.

Semanalmente, de Março a Junho, um grupo da turma de jovens destinatários foi envolvido na prática da modalidade desportiva Canoagem. Esta atividade também serviu para premiar os jovens que iam evidenciando um esforço maior no cumprimento dos objetivos escolares. Assim, a seleção do grupo de jovens participantes obedecia a requisitos/condições previamente negociadas/definidas com os/as jovens, familiares e professores.

Metodologias/Estratégias: Sessões Teóricas e Práticas.

Instrumento/Ferramenta do Recurso Escolhas: Para ilustrar o trabalho desenvolvido e sobretudo apresentar a modalidade desportiva da Canoagem como um desporto promotor de competências foi elaborado um vídeo, que constitui mais um instrumento/ferramenta desta maleta pedagógica.

26


De salientar que este desenvolvimento de competências também pode ser trabalhado através de outras modalidades desportivas.

A equipa convida-vos a conhecer o leito do Rio Mondego ou a Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho e a experimentar as modalidades desportivas do Remo e da Canoagem.

Veja “Canoagem é OQUEI” – treino de competências.

Educação Parental Esta intervenção não estaria completa se não contemplasse um trabalho junto do grupo de pais/mães/familiares da turma de jovens destinatários. Se trabalhar com a criança/jovem é fundamental, trabalhar com a família é imprescindível.

Esta intervenção

com as famílias é protagonizada de duas

formas: através

de

atendimentos/visitas domiciliárias às famílias e sessões de Programas de Educação Parental.

A equipa tinha no seu horário dois períodos semanais dedicados à intervenção com as famílias. Os assuntos abordados com as famílias foram inúmeros, visavam sobretudo o cumprimento do plano de intervenção proposto para a turma de destinatários.

Nas sessões de atendimento ou visitas domiciliárias realizadas com as famílias/jovens sinalizados foi possível recolher informação fundamental para a intervenção a realizar quer com os/as jovens quer com as próprias famílias ao nível do desenvolvimento de competências parentais.

As sessões desenvolvidas com as famílias também visavam a execução de um Plano de Intervenção Familiar, em que foi prestado:

27


- Apoio Psicológico Apoio emocional e diminuição da ansiedade em vítimas de violência doméstica; treino de estratégias de coping mais eficazes para lidar com a ansiedade e outras emoções disruptivas; Desenvolvimento das capacidades pessoais na auto-gestão e controlo de emoções e sentimentos; Incentivo à promoção/definição de um projecto de vida e de valorização pessoal e profissional.

- Apoio Psicopedagógico Recolha de Consentimentos para a realização da intervenção do Projecto e, devolução dos resultados da avaliação psico-afectiva dos seus educandos e co-cooperação/orientação no delinear/implementar/avaliar de algumas estratégias para minorar as dificuldades sentidas tanto pela criança/jovem como pela família/Encarregado de Educação; Apoio para melhor desempenho da função educativa; Conhecimento dos Planos de Acompanhamento delineados, de forma a perceberem o trabalho a ser desenvolvido e, também serem sensibilizados para a importância do seu envolvimento neste processo, para a viabilização do plano; Orientações sobre algumas técnicas e métodos de estudo a utilizar com os educandos, de forma a prover/motivar o sucesso escolar; Apresentação do plano de actividades para o período de férias lectivas e assegurar as condições necessárias e a motivação dos educandos para participar.

- Apoio Psicossocial Realização de propostas de apoio a nível económico (Rendimento Social de Inserção, Subsídios Eventuais Urgentes e Apoios Complementares e ainda Ajuda Alimentar apresentados aos Serviços Locais de Segurança Social de Montemor-o-Velho); Esclarecimentos e apoio para tratar do processo relativo ao subsídio de refeição escolar; Orientações sobre os procedimentos a realizar no caso das vítimas de violência doméstica (Apresentação da queixa, requerimento da regulação do poder paternal, requerimento de apoio judiciário), acompanhamento de crianças/jovens e famílias a determinados serviços (Hospital, Ministério Público, Farmácia, entre outros).

Para trabalhar o desenvolvimento de competências parentais, foi elaborado e desenvolvido um Programa de Educação Parental.

28


Objetivos: 

Fomentar o diálogo e a partilha de experiências que reforcem e estimulem a função parental;

Estimular a discussão e reflexão de temas associados à parentalidade;

Desenvolver competências parentais de forma a permitir um melhor desempenho das funções educativas;

Prestar apoio, orientação e informação relativamente ao desempenho do papel parental;

Pretendia-se trabalhar o desenvolvimento de competências parentais numa lógica de complementaridade com o Programa de Promoção do Sucesso Escolar “Gostar de Aprender”.

Desenvolvimento: Assim, face à situação particular das famílias, foi desenvolvido um programa de sessões de grupo para desenvolvimento de competências parentais centrado na: 

Melhoria dos níveis de informação sobre temas diversos (Adolescência, Sexualidade, Comunicação e Estilos Parentais, Limites, Elogio, Afetos);

Domínio de Métodos e Técnicas de Estudo;

Interessa ainda realçar que este Programa de Educação Parental, compreendeu uma componente educativa/pedagógica e procurou-se que estivesse relacionado com o Plano de Intervenção Familiar, com a finalidade de desenvolver simultaneamente na família as tais competências parentais facilitadoras da promoção de competências pessoais e sociais dos seus filhos (a importância da delimitação e explicitação de regras, a educação para o optimismo, a elevação da auto-estima, a gestão de emoções, entre outras).

Com o desenvolvimento do Programa de Educação parental pretendia-se: Fomentar o autoconhecimento e relacionar as características pessoais com o desempenho das funções parentais; Identificar as dificuldades intrínsecas ao desempenho do papel de pai e de mãe e perceber o seu carácter normal; Conceptualizar as figuras parentais como modelos de referência para os filhos, percebendo a importância da sua forma de comunicação, dos seus comportamentos e da sua auto-estima no estilo relacional, comportamental e na auto-estima

29


dos filhos; Promover a reflexão sobre as condições indispensáveis para uma relação de qualidade entre as figuras parentais e os/as filhos/as, percebendo a importância das suas formas de comunicação, dos seus comportamentos e da sua auto-estima no estilo relacional, comportamental e na auto-estima dos/as filhos/as; Promover uma relação positiva entre a família e as suas crianças/jovens; Estimular a reflexão sobre o conceito de comunicação, destacando a importância deste nas relações familiares; Reconhecer a importância e a necessidade de definir regras e limites ao comportamento das crianças/jovens, de modo firme e consistente; Perceber a importância de educar para o optimismo e conhecer estratégias para que isso seja possível; perceber a importância de acompanhar os filhos e as filhas no percurso escolar, estando próximo da escola e supervisionando as tarefas escolares, criando condições de estudo e a aplicação de métodos e técnicas de apoio ao estudo.

As sessões de educação parental tiveram uma periodicidade quinzenal e uma duração de duas horas. Decorriam em horário pós-laboral ou outro horário da conveniência das famílias.

Metodologias/Estratégias: - Dinâmicas de Grupo; - Jogos diversos; - Visionamento de filmes; - Realização de debates e troca de ideias e experiências; - Exposição de temáticas; - Realização de tarefas para casa (realização de tarefas conjuntas entre pais/mães e filhos/as.

Instrumento/Ferramenta do Recurso Escolhas: Do desenvolvimento das sessões de Educação Parental resultou:

30


Dois baralhos de cartas: - “OQUEI em família…explora temas” – aborda temas como: Adolescência, Sexualidade, Comunicação e Estilos Parentais, Elogio, Limites e Afetos. - “OQUEI em família…apoia o estudo” – explora a temática dos métodos e técnicas de estudo (organização do local de estudo, acompanhamento das tarefas escolares, etc.) Nestes jogos de cartas, as famílias são desafiadas a encontrar a complementaridade de imagens e de frases e a refletir sobre o seu conteúdo.

O “Manual de Apoio - OQUEI em família” complementa os jogos de cartas. As famílias podem recorrer a este manual de apoio para retirar mais informação sobre os temas explorados nos jogos de cartas. Experimente Jogar…

31


A MALETA PEDAGÓGICA “APRENDER É OQUEI”

Os seus instrumentos/ferramentas A maleta reúne cinco instrumentos/ferramentas que têm vindo a ser apresentados ao longo deste Guia do Utilizador.

- “OQUEI em grupo – Fichas de Atividades” - aborda o saber ser e estar em grupo;

- “Eu sou OQUEI – Caderno”- ajudam os/as jovens a ultrapassar dificuldades emocionais, cognitivas e comportamentais que lhes condicionam o sucesso escolar – 1) Gestão Emocional; 2) Promoção Cognitiva; 3) Gestão Comportamental;

- “Desafios OQUEI – Pen Inteligente” - disponibiliza vários desafios, enigmas e estratégias para utilizar as TIC como ferramenta de apoio ao estudo;

- “Canoagem OQUEI – Treino de Competências” - ilustra como a Canoagem é um desporto promotor das competências pessoais e sociais;

- “OQUEI em família…explora temas” e “OQUEI em família…apoia o estudo” com o “OQUEI em Família – Manual de Apoio” - ilustra e apresenta as actividades desenvolvidas com Pais/Mães/Familiares e propõe a realização de determinadas actividades em família ou apresenta sugestões e conselhos aos pais/mães/familiares.

Estes constituem os 5 instrumentos/ferramentas da mala pedagógica que disponibilizamos e que têm por objectivo último trabalhar o desenvolvimento de competências pessoais e sociais como factor que impulsionará o sucesso escolar de uma turma de jovens, por isso o apresentamos como um Programa de Promoção do Sucesso Escolar – Aprender é… OQUEI.

Salientamos a complementaridade existente nestas ferramentas, visível na:

32


- especificidade de intervenção de cada uma delas e que simultaneamente se enriquecem entre si, - na aposta no trabalho direto com jovens e na relação pais/mães e filhos/as e - ainda nos diferentes contextos de realização: dentro e fora do espaço escola.

Considerações para os seus futuros Utlilizadores Neste sentido, face às características dos instrumentos/ferramentas que constituem este Recurso somos de entendimento que os futuros utilizadores poderão ser: Técnicos/as de Projectos similares, Psicólogos/as e Técnicos/as do Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) das Escolas e também Professores/as, Animadores/as de Grupos e Monitores/as. Trata-se de um Recurso com uma diversidade de ferramentas dirigidas a jovens e a famílias, que ocorre dentro e fora do espaço escola e que, futuramente, podem vir a ser utilizadas individualmente ou em simultâneo.

Este Recurso Escolhas poderá ser aplicado junto de jovens adolescentes e suas famílias, com características semelhantes. No entanto, também somos de entendimento que um profissional poderá rentabilizá-lo e adequá-lo e aplicá-lo junto de outros grupos de jovens e famílias, em que seja necessário trabalhar o desenvolvimento de competências pessoais e sociais e competências parentais.

Assim, face a esta diversidade e também à imaginação do ser humano que não pára, os futuros utilizadores podem ser diferentes tipologias profissionais e até os próprios jovens e suas famílias.

Compete-nos ainda esclarecer que a definição destes conteúdos materializados nos Programas e nas ferramentas/instrumentos acima descritos contemplam as propostas e as ideias apresentadas pelos jovens, quer nas Assembleias de Jovens, quer na avaliação semanal das sessões realizadas. Os jovens e as suas famílias estiveram envolvidos, desde a fase inicial do Recurso: Diagnóstico, Construção e Desenvolvimento dos Programas e Avaliação.

33


AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES E DOS RESULTADOS Avaliação das Actividades O processo de avaliação acompanhou todo o planeamento e implementação do projeto e foi uma das fontes mais importantes de informação que permitiu o “ajustar” constantemente da intervenção ao público.

A reflexão sobre o objetivo de cada sessão, desenvolvida com a turma de jovens destinatários, foi realizada através de debate de ideias entre todos/as os/as participantes e/ou de aplicação de um instrumento de reflexão criado pela equipa – MEmO – M (o que mais gostei…), E (o que foi embaraçoso, que não me senti à vontade…), m (o que menos gostei…) e O (o que foi uma oportunidade, o que aprendi…). Para melhor visualizar e compreender este

instrumento,

poderão encontrar um exemplar no anexo I. Para as famílias também foi aplicado um inquérito de satisfação.

A base de toda a avaliação do projecto está nos próprios jovens que são os primeiros a ser questionados quanto à execução das actividades e sobre o seu próprio envolvimento (autoavaliação). Cada actividade fundamentou-se na própria avaliação das crianças/jovens e este constituiu o ponto de partida para reformulações, ajustamentos, ou para a idealização de novas atividades integradas na filosofia e estrutura global do projeto. Serão avaliados aspetos como: nível de motivação e participação na atividade, sentimento de pertença ao grupo (verificável na avaliação positiva das relações estabelecidas entre membros do grupo) percepção do empenho na concretização das tarefas propostas nas atividades, sentimento de competência tanto ao nível da execução das aprendizagens e valorização do seu trabalho e do grupo, relacionamento com os monitores, animadores, formadores, equipa, sentimento de prazer/satisfação na participação nas atividades. De salientar que se registou uma boa taxa de participação nas sessões, que atividades ronda os 98%.

34

em algumas


Avaliação dos Resultados A avaliação do sucesso escolar das crianças/jovens irá basear-se sobretudo na classificação escolar obtida. Podemos referir, que no final do ano letivo, dos 16 jovens envolvidos nesta intervenção, apenas um reprovou de ano, o que confere uma taxa de 93,75% de aproveitamento escolar.

No que se refere à avaliação do desenvolvimento de competências pessoais e sociais, a equipa, de acordo com os dados obtidos no Diagnóstico de Necessidades, elaborou um Teste de Avaliação de Competências (Ver anexo II) que aplicou como pré-teste, em Janeiro de 2011 e como pós-teste em Junho de 2011 junto dos 16 jovens destinatários. Os resultados indicam uma evolução de 33,3% no desenvolvimento pessoal e social. Registamse melhorias ao nível da capacidade de se conhecer a si próprio e de reconhecer as características positivas de um colega, do dizer obrigado, do ter capacidade de iniciar uma conversa, fazer perguntas e manter o diálogo, do conseguir pedir ajuda, do identificar a forma como se sente, da capacidade de lidar com os sentimentos, do saber gerir o tempo e da capacidade de defender os seus direitos. Por outro lado, verificou-se que se tornava necessário apostar no desenvolvimento de competências como: gostar de si, ser capaz de ouvir os outros, resolver conflitos, saber lidar com a ansiedade em relação às aulas e aos momentos de avaliação, sendo estas as questões em que os jovens pontuaram mais baixo.

No que diz respeito à atividade “Rumo à Canoagem” e com o objectivo de avaliar a aquisição de competências técnicas específicas da modalidade desportiva e competências pessoais e sociais foi criado um instrumento que foi preenchido pelo Monitor (Ver Anexo III). Em termos de resultados podemos referenciar que 85% foram avaliados com o nível de Bom, no que diz respeito ao desenvolvimento das competências pessoais e socais (interesse, participação e cooperação) e 7,5% com o nível Muito Bom e 7,5% com um nível Pouco Satisfatório. Na aquisição das técnicas específicas da modalidade, 54% obtiveram avaliação de nível Bom, 15% de Muito Bom e 31% de Suficiente.

Também no que se refere à Educação Parental, a equipa experimentou a aplicação de alguns testes para aferição da evolução das competências parentais. Contudo, posteriormente

35


verificou-se que, devido às alterações efetuadas ao Programa (que se mostraram necessárias para ir de encontro às necessidades das famílias) estes testes não possibilitavam a aferição dos resultados em função dos objetivos trabalhados. Assim, optou-se por aplicar um questionário às 16 famílias (ver anexo IV), que visou avaliar a relação pais/supervisão académica e constatase que 33,3% dos pais costumam ir à escola com uma periodicidade mensal. 93,3% dos pais/mães afirma perguntar aos seus filhos como correu o dia e o que aprenderam de novo, e somente 13,3% afirma não perguntar nada da escola, o que demonstra que uma larga maioria dos pais acompanhados pelo projecto mostram agora maior preocupação em relação ao dia dos/as seus/suas filhos/as na escola. A presença das famílias no Projecto através das sessões de Educação Parental e Atendimento a Encarregados de Educação/VD veio a aumentar o contato destes com a escola e consequentemente reforçou a sua preocupação com o acompanhamento escolar dos seus educandos.

Dificuldades Sentidas… Ao longo deste percurso fomos sentindo inúmeras dificuldades que procurámos ultrapassar, identificando novas estratégias e desenvolvendo novas metodologias.

Assim partilhamos algumas: Sentimos bastante dificuldade na implementação dos momentos de reflexão junto da turma dos destinatários. Os/as jovens envolviam-se no desenvolvimento das dinâmicas e das atividades, contudo, nem sempre mostravam a mesma receptividade para, no final de cada sessão, refletir sobre o objetivo desta e sobre as aprendizagens efetuadas. Também verificámos que sessões de 45 minutos nem sempre permitem a realização deste exercício de reflexão, pela dificuldade de gestão do tempo.

Dada a especificidade de intervenção em contexto escolar, há que respeitar o horário de cada jovem, pelo que se verificaram dificuldades em encontrar horários compatíveis para realizar as sessões, sem privar o/a jovem de assistir às diferentes aulas. De salientar que os/as jovens têm horários bastante

36

preenchidos, estando os atendimentos/acompanhamento

a serem


realizados, em alguns casos, nas horas de intervalo e almoço, o que dificulta a colaboração/assiduidade

deste (nem sempre mostra disponibilidade ou colabora nas

atividades). Ainda assim, registaram-se poucas faltas às sessões planeadas.

Igualmente sentimos dificuldades em motivar as famílias para uma frequência assídua das sessões de Educação Parental. Apesar de procurarmos inovar na forma de dirigir o convite ou de desenvolver a sessão, na adequação de horários, etc, nem sempre conseguimos envolver o n.º de familiares previsto.

Outra dificuldade sentida prende-se com a utilização do Cid@net como espaço de apoio ao estudo, pois os jovens mostravam preferências pelo acesso a jogos e pela navegação na internet. Também se registaram algumas dificuldades na formação TIC, considerando os/as jovens, à partida, que já detinham os conhecimentos necessários. Quando confrontados com a realização dos exames tornava-se visível a sua falta de conhecimentos e então envolviam-se no processo formativo (mas a sua motivação oscilava ao longo do percurso, sendo necessário implementar várias medidas e estratégias para os manter envolvidos no ciclo formativo).

Avaliação do Recurso Ao longo deste processo, jovens, família, parceiros, técnicos foram fazendo a sua apreciação crítica relativamente ao Recurso que se apresenta, pelo que podemos sistematizar da seguinte forma, todas as ideias:

37



ANEXOS

39


ANEXO I – Instrumento de Avaliação MEmO

Actividade: __________________________________________________ Dia: _____ / ________ / 2011 Sessão nº:__________

M

E

m

O

39


ANEXO II – Teste de Avaliação de Competências. Teste de Avaliação de Competências

aspectos: 1. Ter capacidade de te conhecer a ti próprio (autoconhecimento). 2. Ter capacidade de reconhecer as características positivas de um colega 3. Ser capaz de elogiar um colega 4. Dizer Obrigado 5. Pedir Desculpa 6. Ser capaz de ouvir os outros 7. Ter a capacidade de iniciar uma conversa, fazer perguntas e manter o diálogo 8. Conseguir pedir ajuda 9. Ser capaz de seguir instruções 10. Identificar a forma como te sentes 11. Lidar com os teus sentimentos. 12. Gostar de ti. 13. Compreender e conseguir colocar-se no lugar dos outros. 14. Conseguir relacionar-se com os outros. 15. Resolver conflitos. 16. Ser tolerante para com as diferenças entre as pessoas. 17. Saber viver em sociedade. 18. Emprestar um objecto pessoal a um amigo 19. Conseguir controlar a tua agressividade 20. Ter métodos de estudo eficazes. 21. Saber gerir o tempo. 22. Ter um comportamento adequado na sala de aula. 23. Ter um bom desempenho escolar. 24. Saber lidar com a ansiedade em relação às aulas e momentos de avaliação. 25. Reflectir sobre as diferentes possibilidades que tens para o teu futuro. 26. Ter a capacidade de defender os teus direitos 27. Ser autónomo e independente

Sempre

aos seguintes

Quase sempre

relativamente

ÀsVezes

que te avaliasses

Nunca

Gostaríamos

1

2

3

4

1

2

3

4

1 1 1 1

2 2 2 2

3 3 3 3

4 4 4 4

1

2

3

4

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3

4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4

1

2

3

4

1

2

3

4

1 1

2 2

3 3

4 4

Obrigado pela tua colaboração!

40


ANEXO III – Teste de Avaliação de Competências Técnicas e Pessoais e Sociais desenvolvidas pela atividade “Rumo à Canoagem”. 1 – AVALIAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS PESSOAIS E SOCIAIS ADQUIRIDAS NOME: DATA

PONTUALIDADE

ASSIDUIDADE

INTERESSE

PARTICIPAÇÃO

COOPERAÇÃO

2 – AVALIAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS ADEQUIRIDAS AO NÍVEL DA PRÁTICA DA MODALIDADE DESPORTIVA CANOAGEM DATA

MOTOR

COGNITIVO

AFECTIVO

OBSERVAÇÕES

ESCALA: MT – MUITO BOM; B – BOM; S – SUFICIENTE; PS – POUCO SATISFATÓRIO; I – INSATISFATÓRIO

3 – AVALIAÇÃO/APRECIAÇÃO GLOBAL

O MONITOR ___________

41


ANEXO IV – Questionário de Avaliação às Famílias sobre a Supervisão Académica. Condições para estudo em casa: Entrevista para Pais / Mães / Familiares

Identificação: Nome: Por favor, leia atentamente as perguntas e coloque um (x) nas respostas que mais se adequam à sua vida familiar.

Hábitos dos pais em casa: 1 - Trabalha fora de casa: sim( ) não( ) 2 - Período em que você trabalha: manhã ( ) tarde( )

noite( )

3 - Considerando que você trabalha fora de casa, quando é que o seu filho/a faz os trabalhos de casa? ( ) antes de você chegar a casa ( ) depois de você chegar a casa 4 - Quando você chega a casa e ele não está a estudar, o que é que ele/a costuma estar a fazer? ( ) a dormir ( ) a brincar ( ) a ver TV ( ) a jogar ( ) a navegar na Internet ( ) a comer 5 - Costuma dedicar algum do seu tempo livre a realizar atividades ou jogos com o seu filho ou filha? sim ( ) não ( ) Quais? ____________________________________________________

42


6 - O que costuma fazer quando não está a trabalhar (dias de folga, fins de semana, férias etc..) ( ) sai com os seus amigos/ familiares/ filhos ( ) faz tarefas domésticas(limpeza de casa, cozinhar…) ( ) dorme ( ) lê ( ) faz algo em relação ao estudo dos seus filhos ( ) viaja ( ) brinca com os seus filhos

Aspetos relacionados ao Estudo: 7 - O seu filho/a gosta de ir à escola? ( ) sim ( ) não Porquê?________________________________________________________________ 8 - A escola costuma passar trabalhos de casa? ( ) sim ( ) não 9 - O seu filho ou filha tem o hábito de estudar em casa? ( )sim ( ) não 10 - Qual o período de estudo do seu filho ou filha em casa? Durante a semana: ( ) manhã ( ) tarde ( ) noite Fim-de-semana: ( ) manhã ( ) tarde ( ) noite 11 - Quanto tempo dedica ao estudo (nº de horas diárias) _______________ 12 - O seu filho ou filha cumpre um horário semanal de estudo, com as horas e as disciplinas a que se deve dedicar? ( )sim ( ) não 13 - Como estuda o seu filho ou filha? ( ) sozinho ( ) acompanhado e com quem: ___________________ ( ) outros - explicações/ATL 14 - Considera que o seu filho ou filha tem dificuldades para estudar? ( ) sim ( ) não 15 - Sente-se capaz de ajudar o seu filho ou filha a estudar? ( ) sim ( ) não Porquê? _______________________________________________________________

43


16 - Com que frequência costuma ir à escola? (Semanal, Mensal, Final do Período) __________________________________________________________________________ 17 - Sabe quais são as disciplinas nas quais o seu filho ou filha tem mais dificuldades ou nas quais tem mais sucesso: Disciplinas com dificuldades: __________________________________________ Disciplinas com mais sucesso: __________________________________________ 18 - Costuma perguntar-lhe como correu o seu dia, como correram as avaliações e o que é que aprendeu de novo? ( ) sim ( ) não 19 - O seu filho ou filha tem hábitos de leitura? (Costuma ler todos os dias ou costuma ler livros com alguma frequência) ( ) sim ( ) não 20 - Costuma incentivar o seu filho ou filha a ler? ( ) sim ( ) não

Local e material de Estudo 21 - O seu filho ou filha tem um local de estudo? ( ) sim ( ) não 22 - Se sim, indique o local: ________________________________ 23 - Como é este local? Descreva (luminosidade, som, pessoas à sua volta) __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 24 - O seu filho ou filha é organizado com os materiais escolares? ( ) sim ( ) não 25 - O seu filho ou filha tem materiais escolares de apoio ao estudo (dicionários, livros de exercícios)? ( )sim ( ) não

44


Compensações oferecidas pelo acto de estudar 26 - Como age habitualmente quando o seu filho ou filha faz os trabalhos de casa, empenhase no estudo e obtém bons resultados escolares? ( ) não faz nada ( ) dá-lhe dinheiro ( ) dá-lhe guloseimas ( ) faz-lhe elogios ( ) mima-o/a com gestos carinhosos ( ) compra-lhe um presente Obrigado pela sua colaboração

45


Bibliografia Programa Escolhas, retirado de www.programaescolhas.pt Pimenta, M. – Apresentação Power-Point – Seminário Regional de Coordenadores do Programa Escolhas. Outubro de 2010 Aventura Social, retirada de www.aventurasocial.com Matos, M.G. – Apresentação de Power-Point.

46


FICHA TÉCNICA DO RECURSO ESCOLHAS Maleta Pedagógica “Aprender é OQUEI”

Guião de Utilizador/a “Aprender é OQUEI” : Equipa do Projeto Escolhas Múltiplas II “OQUEI em grupo” – fichas de atividades: Equipa do Projeto Escolhas Múltiplas II Alunos/as da turma de 6ºC do Agrupamento de Escolas de Arazede (ano letivo 2010/2011) “Eu sou OQUEI”- caderno: Pofessora Dr.ª Ana Cristina Almeida Equipa do Projeto Escolhas Múltiplas II “Desafios OQUEI – Pen Inteligente” : Equipa do Projeto Escolhas Múltiplas II “Canoagem OQUEI – Treino de Competências” : Equipa do Projeto Escolhas Múltiplas II “OQUEI em família…manual de apoio” : Dr.ª Cristina Ferreira e Dr.ª Patrícia Mano “OQUEI em família…explora temas” e “OQUEI em família…apoia o estudos” : Dr.ª Cristina Ferreira, Dr.ª Patrícia Mano , Dr.ª Eugénia Roque e Equipa do Projeto Escolhas Múltiplas II. Ilustrações - “OQUEI em família… apoia o estudo” - Sandro Ricardo Cruz Batata e “OQUEI em família… explora temas” - Diogo Rafael Pereira Sousa e Ana Beatriz Rodrigues Martinho Fotografia: Equipa do Projecto Escolhas Múltiplas II Composição Gráfica, Encadernações e Produção Mala Pedagógica: Jorge Valente (Centro de Artes do Papel | Cooperativa Teatro dos Castelos) (exceto composição gráfica de “Eu sou OQUEI” – caderno)

47


Equipa Projeto “Escolhas Múltiplas II” Paula Caldeira (Coordenadora) Patrícia Mendes (Monitora Cid@Net) Sandra Rolo (Psicóloga)

Associação Fernão Mendes Pinto Rua Dr. José Galvão, 211, Apartado 9 3140-853 Montemor-o-Velho geral@afmp.pt

48



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.