Plataforma Online de ofertas de estágios e emprego

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SUDOESTE EMPREGO PLATAFORMA ONLINE DE OFERTAS DE EMPREGO E ESTÁGIOS

PROJECTO PROMOVIDO POR:

PARCEIROS:

FINANCIADO POR:

CO-FINANCIADO POR:


ÍNDICE

ÍNDICE ...................................................................................................................................... 2

INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 3

ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL ............................................................................................. 5

NARRATIVA DA PRÁTICA ......................................................................................................... 10

ELEMENTOS ILUSTRATIVOS ..................................................................................................... 16

AVALIAÇÃO DO RECURSO........................................................................................................ 20

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................................... 22

BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 24

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Recurso Escolhas – SOLUÇÕES ALTERNATIVAS DE INTERVENÇÃO


INTRODUÇÃO A Fundação Odemira constituiu-se com o objectivo de assegurar a consolidação de projectos no Concelho de Odemira de natureza Educacional, Cultural e Social, abrindoos à participação de pessoas singulares ou colectivas, nomeadamente, em relação ao projecto Escola Profissional de Odemira, promovendo a sua inserção no concelho, reforçando os meios indispensáveis ao desenvolvimento de actividades de formação profissional inicial e contínua e actividades de inserção dos cidadãos na vida activa. Neste contexto, a Fundação Odemira decidiu, em 2009, candidatar-se à IV Geração do Programa Escolhas com o Projecto Agora!. À semelhança da lógica Escolhas, o Agora! é um projecto de inclusão social de jovens, que assenta em 3 eixos fundamentais de acção: 1- Melhoria do desempenho escolar, através de acções ligadas à educação não-

formal e ao desenvolvimento de competências transversais; 2- Acompanhamento aos jovens no plano individual e acompanhamento

integrado ao nível familiar; 3- Articulação com o mercado de trabalho e desenvolvimento de competências de

transição para a vida activa. O Programa Escolhas prevê para as equipas de projecto um plano de formação, que incidiu nesta Geração sobre o conceito de Recursos Escolhas – ao longo dos 3 anos de projecto, foram as equipas locais incentivadas a criar um Recurso estruturado a partir de actividades dinamizadas no projecto. Assim foi-nos pedido que apontássemos uma actividade crítica, que considerássemos inovadora, pertinente, inclusiva, eficaz na concretização dos objectivos a que o projecto se propõe. Ao olhar para o nosso projecto, escolhemos o nosso 3º eixo de acção para trabalhar o Recurso a partir de uma actividade relacionada com a empregabilidade e a articulação com o mercado de trabalho. Consideramos que esta vertente do projecto é realmente uma área-chave, tendo em conta a crise económica que atravessamos e olhando ainda às particularidades da região em que estamos – grande tendência de desertificação,

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desemprego, baixos níveis de escolaridade, poucas oportunidades, meio muito ruralizado caracterizado por ciclos geracionais nem sempre benéficos (alcoolismo, desvalorização do percurso escolar, etc). Por estes motivos apostamos nas actividades relacionadas com a empregabilidade para tentar atenuar alguns dos desafios vividos pelos jovens. Foi assim que escolhemos a Plataforma Online de Ofertas de Emprego e Estágios – uma ideia concebida já no ano lectivo 2008-2009 por um grupo de alunos de um curso de Marketing. Estes alunos apresentaram esta ideia na Assembleia Municipal Jovem, iniciativa da Câmara Municipal de Odemira – o projecto Agora! resolveu abraçar este conceito e ajudar a colocá-lo em prática com o decorrer do projecto. A Plataforma consiste então num website semelhante a qualquer site de ofertas de emprego, sendo que seria construído e dinamizado pelos jovens e seria um site regional, de modo a concentrar as ofertas de emprego das empresas locais, bem como criar uma base de dados de currículos de jovens recém-formados à procura de emprego. Desta actividade partiu-se então para a criação do Recurso Escolhas do Projecto Agora!

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ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL Desde a difusão dos computadores pessoais em meados da década de 80, que as Tecnologias da Informação se tornaram uma realidade inerente à vida de todos nós. Das grandes multinacionais às pequenas empresas, das instituições públicas ao ensino e na nossa própria casa, termos como Informática, Computador, Internet e Multimédia, entre tantos outros, invadiram o nosso vocabulário e, acima de tudo, as nossas tarefas do dia-a-dia, transformando-as em instrumentos fundamentais de trabalho. Ao longo dos últimos anos foi sendo (correctamente) sustentada a ideia generalizada que a Informação é um dos principais recursos que uma organização possui para fazer face às contínuas exigências do mercado e, em última análise, ao seu próprio sucesso. O rápido evoluir dos mercados, a forte pressão da concorrência e as crescentes exigências dos consumidores, trazem consigo a necessidade de se desenvolverem constantemente novos processos para maximizar a capacidade da informação em contribuir para uma maior qualidade, produtividade, rapidez e rentabilidade na empresa, sendo neste contexto que surgem as chamadas Tecnologias da Informação. O conceito de Tecnologias da Informação surge enquanto conjunto de conhecimentos, reflectidos quer em equipamentos e programas, quer na sua criação e utilização a nível pessoal, empresarial e institucional. Das várias ferramentas, métodos e técnicas existentes no domínio das Tecnologias da Informação, o computador destaca-se, na medida em que é o elemento em relação ao qual existe uma maior interacção com a componente humana das organizações. Uma das características fundamentais das Tecnologias de Informação, que reflecte bem a sua importância actual, consiste no facto de um único meio electrónico de comunicação suportar todo o tipo de informação possível de digitalizar, o que inclui deste os tradicionais documentos de texto, a análises matemáticas e financeiras, passando por imagens, áudio e vídeo.

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Deste modo, as Tecnologias da Informação surgem como elemento de concepção e suporte da comunicação organizacional, em actividades que vão desde o simples arquivo de dados até ao correio electrónico e às possibilidades de trabalho à distância.

A Internet é das tecnologias mais úteis e utilizadas hoje em dia. As comunicações via Internet podem transportar trabalhos com informação pessoal a um vasto número de pessoas e a custo reduzido. Podemos afirmar que o uso da Internet contribui para o desenvolvimento da sociedade, da informação, e também melhoria da vida dos cidadãos. A Internet melhora as comunicações e o acesso à informação. Actualmente este meio de comunicação é utilizado em casa, trabalho, para realizar trabalhos ou simplesmente lazer. Algumas vantagens da Internet são: . Comunicação entre as pessoas de uma forma rápida e eficaz, via e-mail e chat . Novas oportunidades para constituir redes de pessoas e de grupos, que não eram possíveis antes do aparecimento das novas tecnologias . Possibilidade de estabelecer laços à escala mundial . Melhora a capacidade de gerir a informação O aparecimento das redes electrónicas não aumenta o isolamento, nem prejudica a sociedade, a cultura e as relações humanas; pelo contrário, constata-se que as Tecnologias de Informação e Comunicação são úteis para estimular as cooperações, partilhar conhecimentos e ideias, desenvolver parcerias e enriquecer as actividades. Em 2003, a Internet era utilizada por quase 2/5 da população portuguesa. A maioria dos utilizadores é do sexo masculino, jovens e constata-se que quanto menor é o nível de escolaridade, menor é a utilização destas tecnologias. Em relação à condição perante o trabalho, a população empregada é que usufrui mais desta tecnologia em relação à população desempregada, mas é sobretudo a população inactiva (estudantes) que introduz a utilização da Internet nos seus hábitos quotidianos.

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A partir de dados deste género podemos facilmente presumir que a par da evolução das tecnologias, existe também outro fenómeno que implica a dificuldade de acesso a estas tecnologias por grande parte da população: a este fenómeno chamamos infoexclusão.

A infoexclusão define uma nova forma de exclusão nos países desenvolvidos, em que as dificuldades de acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) aumentam entre as pessoas com necessidades especiais ou em circunstâncias de maior vulnerabilidade. Nesta perspectiva, entendemos que o conhecimento das novas tecnologias assume, em si mesmo, uma nova forma de inclusão social, e que se tornou imprescindível na adaptação à sociedade sob diferentes formas. Por seu turno, consideramos que a aplicação de uma estratégia de crescimento e competitividade baseada no conhecimento, na tecnologia e na inovação, bem como, a estratégia de promoção do desenvolvimento social e do reforço da competitividade deve de ser baseada na qualificação, na qualidade do emprego e no acesso à informação. Assim, apesar da crescente democratização dos suportes informáticos que facilitam o acesso à informação, verifica-se que determinadas pessoas – por serem idosos, emigrantes, detentores de deficiência física ou mental, iletrados e ou iletrados tecnológicos, com limitações económicas ou em situação social marginal – ficam de fora da actual sociedade digital. Um dos novos requisitos do mercado de trabalho, que se pode transformar em factor de exclusão social, é o acesso às tecnologias de informação e comunicação e, nesse sentido, é inquestionável que a precariedade sócio-económica está relacionada com a fraca ou inexistente educação e qualificação profissional.

Voltando ao contexto socioeconómico do território em que se encontra o Projecto Agora! vemos aqui muitas premissas para que haja grandes índices de infoexclusão nesta população. Os problemas sociais aqui vividos formam um conjunto de factores

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que em nada facilitam o acesso às Tecnologias da Informação por grande faixa da população – população envelhecida, fraco nível de escolarização, isolamento social e territorial, desertificação, desemprego, etc – o que nos levou a tentar perceber de que forma a actuação de projectos como os do Programa Escolhas poderiam tentar atenuar certas conjunturas, utilizando precisamente as novas tecnologias como forma de combate à exclusão social. Um dos maiores problemas actuais reside na pobreza vivida por muitos, causada essencialmente pelas elevadas taxas de desemprego. Daí um dos eixos do projecto ser precisamente trabalhar as competências a nível da empregabilidade, com o públicoalvo do projecto.

A empregabilidade é um termo que se baseia numa recente nomenclatura dada à capacidade de adequação do profissional às novas necessidades e dinâmica dos novos mercados de trabalho. Com o advento das novas tecnologias, globalização da produção, abertura das economias, internacionalização do capital e as constantes mudanças que vêm afectando o ambiente das organizações, surge a necessidade de adaptação a tais factores por parte dos empresários e profissionais.

É precisamente aqui que os nossos conceitos de intervenção se cruzam: a empregabilidade e as novas tecnologias são dois mundos inevitavelmente ligados. As TIC’s oferecem novas possibilidades instrumentais na construção de uma maior proximidade na relação entre os candidatos ao emprego e a informação relevante em termos de empregabilidade. Foi com base neste conceito que o Projecto Agora! propôs aos seus destinatários a construção de uma plataforma que uma vez on-line possibilitará aos seus intervenientes e utilizadores o recurso a empresas da região que candidatam ofertas de emprego e de uma série de perfis de candidatos a empregos. O projecto pretende mostrar através do recurso elaborado que é possível criar soluções informáticas simples facilitando o acesso a informação relevante e facilitando o contacto directo entre os candidatos e as empresas.

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A criação deste recurso vem também fomentar o envolvimento dos destinatários que estão directamente ligados à construção da plataforma com as empresas da região e assim dar-lhes uma experiência valiosa de trabalho e maior conhecimento sobre o mundo institucional das organizações da região. A elaboração deste recurso é multidisciplinar porque afecta várias valências do conhecimento e várias disciplinas, sendo, neste caso, o recurso trabalhado numa escola. Por um lado o vasto conhecimento de programação informática é necessário para a execução física do recurso, por outro lado a sua difusão na comunidade e a sua publicitação depende da capacidade dos alunos de marketing de expor um produto. É uma prova de que numa zona com elevada taxa de infoexclusão as tecnologias vão ganhando cada vez mais território, abrindo portas assim em dois sectores chave de intervenção do projecto: a empregabilidade e a tecnologia como recurso na evolução e aprendizagem. A visibilidade do trabalho dos destinatários é também um factor importante e que motiva a escolha deste recurso, porque o reconhecimento é sem dúvida um factor importante e que fomenta a continuidade da busca pelo aperfeiçoamento.

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NARRATIVA DA PRÁTICA RECURSOS E REQUISITOS TÉCNICOS, MATERIAIS E HUMANOS Para colocar em prática este recurso, foi necessário reunir determinadas condições a nível técnico – primeiro há que definir o grupo de jovens envolvidos na execução do projecto, deveremos para isto ter em atenção que tipo de jovens são e quais as suas capacidades, competências e potencialidades. No nosso caso, como o projecto está integrado numa escola profissional, foi lançado o desafio a uma turma de alunos de um curso profissional de informática – tornou-se pertinente também articular com os professores da área técnica, sensibilizando-os para a importância do projecto e da actividade, para que possam acompanhar e apoiar os alunos neste processo. Caso o grupo envolvido seja um grupo de jovens reunidos no contexto de um bairro ou associação, por exemplo, deve definir-se um técnico da área de informática (monitor CID por exemplo) para dar acompanhamento na execução técnica da plataforma Web. Será pertinente considerar-se a valorização e formação destes jovens, proporcionando por exemplo workshops – abrangendo as temáticas associadas a este projecto (criação e manutenção de páginas Web, estratégias de empregabilidade, design gráfico, programação, etc.).

Para uma execução integrada a todos os níveis, a supervisão deve ser realizada por técnicos que preferencialmente possuam os seguintes requisitos: - Formação na área das ciências sociais, educação, animação sociocultural, psicologia ou afins; - Capacidade de liderança, resolução de conflitos, gestão de equipas; - Experiência no trabalho com jovens, na captação dos seus potenciais e interesses, de forma a orientar a criação do website de acordo com as suas ideias e motivações, criando competências empreendedoras; - Competências como organização, responsabilidade, etc.; - Experiência no trabalho de intervenção comunitária e de preferência conhecimento do território a nível da realidade laboral, e rede empresarial.

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No caso do nosso projecto, avançou-se então com a turma de informática dirigida pelo professor da área de programação, que passou a colaborar com o projecto no sentido de orientar em termos técnicos a primeira fase da actividade – construção da plataforma web que será a estrutura do recurso. Dada a organização interna da instituição em que estamos inseridos, sendo uma escola e tendo sido a solução trabalhar a partir de uma turma, e ainda tendo em conta que a construção de uma plataforma web é um trabalho não vocacionado para um grupo, a opção que se viabilizou foi um dos alunos agarrar este desafio e torná-lo na sua PAP (Prova de Aptidão Profissional) – só assim foi possível o mesmo jovem disponibilizar tantas horas para este projecto. Isto trouxe-nos um constrangimento pelo tempo que demorou a realizar esta primeira fase do trabalho, que à partida deveria ter envolvido um maior grupo de jovens.

Com a plataforma construída e pronta a colocar em acção, passou-se à fase de divulgar a Plataforma e trabalhou-se a partir daí com uma nova turma de alunos de um curso profissional de Marketing e Comunicação – também alunos de 3º ano, com os quais foi sendo desenvolvido um trabalho de desenvolvimento de competências também ao nível da empregabilidade – como de resto é transversal a este recurso. Aqui contámos com a colaboração da professora de área técnica deste curso – que dirige os alunos em termos da planificação de um projecto de marketing. A primeira acção realizada com este novo grupo foi verificar em termos de imagem qual a viabilidade da Plataforma. Tendo sido construída por um programador informático, considerou este novo grupo que poderia ser bastante melhorado o layout do site, bem como criar um novo logotipo, que melhor expressasse os intuitos de comunicação da Plataforma. Assim, fizeram uma listagem de tudo o que queriam melhorar no site e fez-se novamente ponte com a área de informática de forma a remodelar alguns pontos, como tipo de letra, as cores, fundos, etc. Nesta fase foi elaborado um plano de acção em que se criou uma estratégia de divulgação a 3 níveis:

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- Divulgação da Plataforma pela comunidade do concelho de Odemira e captação de indivíduos (desempregados ou não) interessados em colocar o seu currículo na plataforma; - Divulgação da Plataforma pela comunidade escolar, especialmente os 3ºos anos, como público preferencial para utilização deste recurso, sendo jovens a partir para o mercado de trabalho com uma formação profissional; - Divulgação da Plataforma pelas empresas da região, para que estas criassem um perfil (e consequentemente se fosse formando uma base de dados do tecido empresarial) e por outro lado para que utilizem a Plataforma quando tenham necessidade de colocar pessoal.

Para utilizar e colocar em prática um recurso como a Plataforma Online, sugerimos a participação de um grupo de cerca de 10 jovens, que idealmente terão diferentes níveis de participação e diferentes tarefas nas diversas fases em que se deve estruturar a execução deste recurso: definição de conteúdos e imagem, e planeamento da execução; construção do site; divulgação do site à comunidade, manutenção do site. Estes jovens, como já foi referido anteriormente, devem ser acompanhados no mínimo por 2 técnicos (um da área das ciências sociais, outro da área da informática).

Em termos de recursos materiais, deve ser considerada a disponibilização de uma sala de trabalho equipada com computadores com acesso à internet, fotocopiadora, impressora, mesa de reuniões. Também será necessário adquirir o software indicado para a construção de páginas Web.

PROBLEMAS E DIFICULDADES ENCONTRADOS E HIPÓTESES DE SUPERAÇÃO No decorrer da colocação em prática deste recurso, podemos deparar-nos com diversos obstáculos que devemos estar preparados para enfrentar, como de resto é comum no quotidiano do mundo do trabalho e particularmente da intervenção social. Reunir um grupo de jovens pode ser o primeiro desafio: dependendo do contexto de intervenção de cada projecto, é preciso analisar onde estão as necessidades e onde

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podemos definir o ponto de partida – no nosso caso, que trabalhamos a partir de uma escola profissional, a solução foi encontrada na articulação com os docentes de área técnica dos cursos cujas temáticas estão directamente envolvidas com este recurso (informática e marketing/comunicação). Partindo do trabalho em sala de aula, lançámos o desafio a alguns alunos e estruturámos com eles os passos a dar, a estratégia de trabalho, definimos metas e tarefas. Tendo em conta a primeira e segunda fase da execução desta Plataforma, trabalhou-se, como já explicado acima, primeiro com um aluno de uma turma de informática – aluno de 3º ano, sendo que este grupo esteve mais sensível à temática da empregabilidade por estar a concluir o curso e necessitar de se empregar em breve. Seguidamente foi envolvida a turma de comunicação e marketing, também alunos de 3º ano. Surgiram aqui algumas dificuldades de nos adaptarmos ao ritmo escolar, não estando completamente independentes no nosso trabalho, temos de assumir uma enorme flexibilidade e cooperação para podermos trazer estas mais-valias em contexto escolar. A escola tem regras e um funcionamento muito próprio que é necessário contornar e perceber, de forma a não prejudicar o seu funcionamento e de forma ao recurso ser uma vantagem e não uma sobrecarga. No nosso caso surgiu uma combinação com os professores de um horário semanal em que podemos estar com a turma e dar continuidade ao trabalho. Caso o projecto esteja inserido num bairro ou associação devemos então tentar compreender quem serão os jovens mais interessados em participar numa ideia deste género, e porque não articular com entidades ligadas ao emprego como o IEFP, ou um Gabinete de Inclusão Profissional – uma ideia seria reunir os jovens em situação de desemprego e ocupá-los positivamente lançando o desafio de criar um recurso que responda às suas necessidades imediatas – estaremos a valorizar o seu currículo e a proporcionar oportunidades de inclusão (aquisição de competências técnicas, contactos importantes a nível do tecido empresarial e institucional, etc.). Em qualquer dos casos será possível a equipa de projecto se deparar com dificuldades na continuidade da envolvência do grupo de jovens, pois o percurso de elaborar esta Plataforma pode ser demorado, e é comum que os jovens se desinteressem, deixem

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de ter disponibilidade, mudem as suas rotinas, enfim, é possível que o grupo se desintegre. Por isso são aqui importantes as competências a nível da gestão de grupos para manter os níveis de motivação (quem sabe organizando uma visita a uma empresa/instituição, realizar dinâmicas de teambuiding, etc.). No entanto a desintegração do grupo pode acontecer por motivos externos e aí há que ser flexível – é sempre possível a continuidade do trabalho por outros grupos, porque os momentos são distintos e o trabalho pode ser facilmente passado a um novo grupo ou a novos membros.

MÉRITOS E POTENCIALIDADES O projecto Agora!, com a execução da Plataforma, procura desenvolver competências para a procura activa de emprego, colmatando a ausência de serviços públicos na região. Através da utilização das TIC, o projecto tenta contribuir para facilitar a empregabilidade dos desempregados mais jovens facilitando o acesso a informação sobre oportunidades de emprego e viabilizando o contacto directo entre as empresas e os candidatos. O projecto tenta assim demonstrar que é possível desenvolver formas específicas de resposta numa base territorial, mostrando como poderá ser possível agir noutros contextos tendo como referência a experiência desenvolvida pelo projecto. Uma das grandes potencialidades do recurso será a possibilidade da envolvência, participação juvenil e educação pelos pares – sendo que a sua execução pressupõe que grupos de jovens estejam activamente empenhados na construção, manutenção e divulgação do site. A execução das tarefas implicadas na construção e divulgação do website vai promover a autonomia, capacitação e empowerment dos jovens e comunidades onde o recurso se replique. É também intenção do projecto dar destaque à multidisciplinaridade e à convergência de informação de áreas distintas mas perfeitamente complementares. No caso da Plataforma está a ser necessário dar reconhecimento a matérias como informática, marketing e comunicação, recursos humanos, acção social…

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Este recurso é ainda perfeitamente replicável noutros contextos e poderá ser utilizado por todas as comunidades que tenham necessidades a nível da disponibilização e circulação de informação de ofertas de emprego e estágios. A área geográfica de foco da Plataforma terá de ter uma certa dimensão/abrangência, bem como uma relativa actividade económica, seja a nível do turismo, da produção agrária ou indústrias, de modo a existir um número de ofertas e de interessados (empregadores ou desempregados/desocupados) que justifique a criação do site. Será talvez um recurso que pode interessar a escolas, nomeadamente as que leccionam cursos de informática, ou outras entidades similares, Câmaras Municipais, projectos de combate ao desemprego, Gabinetes de Apoio ao Empresário, entre muitas outras possibilidades.

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ELEMENTOS ILUSTRATIVOS Como elementos ilustrativos deixamos abaixo alguns “printscreens” exemplificativos de alguns menus e áreas da Plataforma construída.

Página inicial da Plataforma Sudoeste Emprego

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Menu “Procura de Emprego” da Plataforma Sudoeste Emprego

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Área de Login para cidadãos/empresas da Plataforma Sudoeste Emprego

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Área de registo para cidadãos da Plataforma Sudoeste Emprego

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AVALIAÇÃO DO RECURSO Como todas as nossas acções, também a actividade Plataforma Online de Ofertas de Emprego e Estágios, que serviu de base ao Recurso Escolhas e que deu origem à Plataforma Online Sudoeste Emprego, teve o seu plano de avaliação. Primeiro que tudo, aplicou-se um questionário de avaliação aos jovens que estiveram envolvidos na construção e divulgação da plataforma, ou seja, os nossos destinatários directos nesta actividade. Tentámos com este inquérito avaliar várias situações: qual a adequação do trabalho à actividade lectiva e qual a contribuição da Plataforma para o desenvolvimento das competências técnicas dos jovens, que são adquiridas nos cursos que frequentam. Aferimos ainda qual a opinião dos jovens sobre o apoio prestado pelos técnicos do projecto e pelos professores e qual a sua opinião no geral sobre a Plataforma Sudoeste Emprego, em termos da sua utilidade para a comunidade. Em segundo lugar, resolveu-se avaliar a Plataforma junto de futuros potenciais utilizadores. Assim, pedimos a algumas empresas que testassem a Plataforma navegando um pouco e preenchendo depois um inquérito de avaliação. Por outro lado, dirigimo-nos a algumas turmas de finalistas da nossa escola, que entendemos como futuros utilizadores da Plataforma, pedimos também que testassem o site e dessem depois a sua opinião num inquérito. Nestes inquéritos tentámos perceber o que os inquiridos pensavam sobre a Plataforma enquanto site (a sua navegabilidade, aspecto visual, qualidade da informação e menus, etc), qual a previsão que faziam de utilizar a Plataforma num futuro próximo, qual a sua opinião sobre a utilidade da Plataforma e pedimos ainda críticas e/ou sugestões de melhoria.

Analisando os resultados, verificamos que os jovens que estiveram envolvidos na Plataforma na altura da sua construção e depois da sua divulgação, se encontram no geral muito satisfeitos com a sua participação no processo (84% respostas) sendo o balanço positivo. É importante referir que 76% dos jovens consideram que as tarefas que desempenharam foram adequadas aos seus conhecimentos técnicos e ainda que 95% das respostas revelam que os jovens consideram que a colaboração nesta Plataforma melhorou muito as suas competências a nível técnico. Quanto às empresas que testaram o recurso, analisando as respostas, temos uma média de satisfação de 4 valores (de 0 a 5) com os vários itens em análise. Numa perspectiva mais

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específica denotamos que os aspectos a melhorar (com média de 3 valores nas respostas) são: informação prestada e menus disponíveis – o que nos leva a crer que a avançar com este website será uma ideia para o futuro melhorar os conteúdos disponíveis tornando a plataforma mais abrangente. Quanto à previsão das empresas da sua utilização futura, a maioria das respostas (66%) foi prevejo uma utilização moderada. 79% das empresas que responderam ao inquérito consideram ainda que a Plataforma é muito útil para a região. Olhando à perspectiva dos jovens que testaram esta Plataforma como possíveis futuros utilizadores, continuamos com uma média de 4 valores no que respeita à sua opinião relativamente a itens como navegabilidade, aspecto visual ou intuição, entre outros. 89% dos jovens responderam que consideram a Plataforma muito útil para os cidadãos da região no entanto apenas 26% prevê uma utilização intensiva da Plataforma sendo que 57% prevê uma utilização moderada.

Em anexo colocamos os questionários elaborados.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a exposição efectuada ao longo deste trabalho, gostaríamos de deixar os seguintes pontos em modo conclusivo: - A Plataforma Online foi um projecto que nos deu muito gosto colocar em prática, principalmente porque foi uma ideia que surgiu de um grupo de alunos. É sempre mais interessante quando estamos apenas a ser veículo de concretização dos potenciais dos nossos jovens, o que para nós é factor chave no trabalho de inclusão social e intervenção comunitária. Ter em atenção o que os jovens pensam e querem foi um dos fios condutores ao longo de todo este processo, todo o site foi construído segundo as suas expectativas e crenças e opiniões. - A Plataforma Online de Ofertas de Emprego e Estágio Sudoeste Emprego foi uma actividade que se estendeu no tempo por um período mais longo do que ao início imaginámos. A fase de construção da plataforma web foi um processo demorado e complexo, que exigiu muitos conhecimentos técnicos que extrapolaram a equipa do projecto. Visto não termos CIDNET contámos com a colaboração de professores da área de informática da entidade promotora do projecto, que por sua vez apoiaram os jovens na construção deste website. Como já explicámos, a actividade acabou por tornar-se a Prova de Aptidão Profissional de um aluno, que acabou por ser praticamente o único envolvido nesta fase do processo – o que se tornou constrangedor visto que era suposto a actividade incluir mais destinatários. Depois na segunda fase do projecto, passou-se a trabalhar com um grupo maior no sentido de divulgar, testar e finalizar a plataforma. Como nos inserimos na actividade lectiva, algumas vezes tivemos de ter a flexibilidade de nos adaptar às circunstâncias da mesma, o que atrasou ainda mais o processo: os alunos estiveram bastante tempo em estágio sem vir ao projecto, outros trabalhos se foram colocando pelo meio, e no final acabámos por não concretizar todas as etapas que queríamos. - Este recurso ficou a alguns passos da sua concretização total: conseguimos chegar à etapa de fazer um plano de divulgação para a Plataforma, fazer um levantamento de empresas onde queremos fazer chegar o recurso, efectuar junto de algumas empresas e cidadãos um teste e uma mostra da Plataforma para averiguar a sua viabilidade e detectar bugs e outros eventuais problemas. Conseguimos ainda com este último grupo de jovens com que se trabalhou melhorar o layout da Plataforma e criar um novo logotipo, já que o jovem que a

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construiu, com os seus skills de informática, descurou mais a imagem. Ficámos assim com a Plataforma pronta a ser utilizada. - No momento presente, passaríamos ao próximo passo: imprimir e colocar cartazes e flyers de promoção da Plataforma Sudoeste Emprego, designar alguém para manutenção do site, próximos contactos com empresas e particulares de modo a captar perfis institucionais e currículos, etc… No entanto chegámos ao fim de mais um ano lectivo e o grupo com que trabalhámos está de saída, sendo alunos finalistas, para o ano não serão público do projecto. Embora estejamos agora a apresentar resultados do Recurso Escolhas que não ficou concluído como seria de esperar, a nossa actividade mantém-se no projecto até ao fim do ano, e contamos em Setembro voltar a trabalhar com um novo grupo de alunos no sentido de explorar e realizar as etapas finais e assim deixar a Plataforma Sudoeste Emprego a funcionar em pleno.

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BIBLIOGRAFIA - Marques, A.E. (2008) Computadores e Informática. Lisboa: Centro Atlântico. - Sousa, S. (2005) Tecnologias da Informação - O que são? Para que Servem? Lisboa: FCA - Editora de Informática, Lda. - www.ami.org.pt - www.cm-odemira.pt

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