PROGRAMA ESCOLHAS 4ª GERAÇÃO
FORMAÇÃO PRÓ-EMPREGO MANUAL DE APOIO
PROJETO EMPREGA O FUTURO LX-061
AUTORES Projeto Emprega o Futuro Entidade Promotora/Gestora: Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária Entidades Parceiras: - Associação de Moradores do Bairro da Cruz Vermelha do Lumiar - Gebalis - Centro Social da Musgueira - Fundação Aga Khan – Programa K’CIDADE - Centro de Formação Profissional para o Sector Alimentar - Câmara Municipal de Lisboa – DAS
CONTACTOS ISU – Alta de Lisboa Rua Maria Alice N. 9 1750 Lisboa Telefone: 217591831
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ÍNDICE
Introdução
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Baú De Ideias
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Formação PRÓ-Emprego
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Metamorfoses – A flexibilidade da abordagem
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Balanço da Acão/Testemunhos
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Considerações Finais
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Bibliografia
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INTRODUÇÃO
O presente manual surge no âmbito do Projecto Emprega o Futuro, inserido no Programa Escolhas 4ª Geração, que desenvolve a sua intervenção no território da Alta de Lisboa. Este manual descreve a Formação PRÓ-Emprego desenvolvida e aplicada pelo Projecto, que resultou de problemas/necessidades sentidas na população com quem o projecto tem vindo a intervir. Sendo assim, verificou-se que a população da Alta de Lisboa, semelhante a tantos outros territórios, nomeadamente a população jovem (destinatários do projecto) apresentavam lacunas ao nível das competência pessoais e sociais, que dificultavam a sua integração e permanência em respostas formativas e profissionais. Por outro lado, as características associadas a estes jovens, por parte das entidades empregadoras, dificultavam o seu recrutamento. Tendo em conta estas problemáticas foi criada uma formação que visa promover competências para a empregabilidade nos jovens, nomeadamente: responsabilidade, saberestar em contexto de trabalho, capacidade de relacionamento interpessoal, gestão de conflitos, respeito pelas hierarquias, entre outras; promover a reflexão sobre os objectivos profissionais dos jovens e sua possível redefinição, a partir da construção participada do seu próprio plano pessoal de inserção; e proporcionar uma oportunidade de auto descoberta profissional através da realização de um estágio numa empresa/organização, tendo por referência a área de interesse do/a participante, com acompanhamento tutorial ao longo de todo o processo. Esta formação acenta em 2 fases: formação em contexto de sala e formação em contexto de trabalho. A mais valia deste produto centra-se principalmente na mobilização activa dos jovens na construcção de planos individuais de inserção à medida, bem como do envolvimento dos empregadores na construção de planos de formação em contexto de trabalho dos jovens nas suas empresas. Todo este processo permite que a relação técnico-jovem seja fortalecida o que 4
facilita o posterior encaminhamento e acompanhamento do percurso do jovem, que normalmente apenas cede quando existe confiança. Em jovens mais novos (16-18 anos) permite um primeiro contacto com o mundo do trabalho o que leva a uma reflexão sobre o seu futuro e as decisões que considerava como certas, serve em muitos casos, para desmistificar a ideia de que “a trabalhar é que se está bem”, o que leva muitas vezes a um abandono precoce da escola. Aproximação das empresas ao projecto e território e por fim, depois de uma experiência positiva os jovens acabam por se sentir mais confiantes e bem preparados para os desafios futuros.
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BAÚ DE IDEIAS
Os baixos níveis de escolaridade e de qualificação social associadas às situações de exclusão social, favorecem o desenvolvimento de dualismos sociais, gerando maiores assimetrias e tendo efeitos bloqueadores no acesso ao emprego e formação profissional. As situações de exclusão social, segundo Bruto da Costa (1998), decorrem de um processo mais ou menos avançado de acumulação de ruturas várias ao nível do trabalho, família e também da esfera da participação e cidadania, tendo em conta os modos de vida dominantes. Neste contexto, o deficiente acesso aos vários sistemas básicos desemboca rapidamente num conjunto de fatores produtores de risco de exclusão: baixos rendimentos, desemprego, baixos níveis de escolaridade, precariedade do emprego, instabilidade familiar, más condições de habitação, debilidade física e psicológica e, por fim, consumos excessivos de substâncias. Deste conjunto de ruturas do indivíduo face a diferentes sistemas sociais, a situação perante o trabalho assume particular importância, dado ser um facto crucial na construção identitária dos sujeitos, identidade, essa, que confere o reconhecimento social aos indivíduos e grupos. Assim sendo, o papel da escolaridade e da formação profissional no aumento dos níveis de empregabilidade deste tipo de população reveste-se de grande importância, dado o lugar central do acesso ao mercado de trabalho na inserção social. Os percursos de orientação e formação construídos para estes públicos devem ser (re)orientados para pressupostos que permitam a aquisição de competências, a flexibilidade curricular, a certificação oficial e por fim inserção profissional efetiva, o que implica a conquista de uma nova abordagem que assume o reconhecimento da centralidade do individuo no processo de inserção, optando-se pela operacionalização de uma abordagem integrada e territorial na intervenção ao nível da (re)inserção.
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Formação em Sala: Competências Pessoais e Sociais e o Mercado de Trabalho
Tendo em conta as características do mercado de trabalho, cada vez mais se assiste, a um aumento do nível de exigência no momento de contratar um funcionário. Hoje em dia, para além das habilitações escolares e experiência profissional, as características pessoais assumem uma grande importância. Segundo Telma Duarte (Consultant, HAYS Recruiting experts in Construction & Property), neste contexto, as competências pessoais e sociais, são fundamentais e diferenciadoras para o sucesso numa determinada função e para um melhor enquadramento na cultura organizacional da empresa. Cada empregador procura um mix de competências pessoais, emocionais e sociais que são complementadas pelo know-how técnico da sua especialidade. Não basta ser um especialista na execução da função, é preciso ser também dotado de competências pessoais que não são mais do que um cluster de aptidões pessoais, tais como a liderança, o espírito de equipa, a criatividade, a flexibilidade, o relacionamento interpessoal, a comunicação, a resiliência, a organização e a resolução de problemas. São um indicador de performance a ter em consideração, tal como a experiência técnica o é, pois as competências técnicas assumem um valor reduzido quando as competências pessoais são pobres. Tendo em conta isto torna-se importante, por um lado, promover o desenvolvimento de competências transversais para a empregabilidade e, por outro lado, a consciencialização dos destinatários acerca dos seus recursos e competências profissionais, valorização das mesmas e estratégias de marketing pessoal.
Formação em Contexto Real de Trabalho
A Formação em Contexto Real de Trabalho é, tal como o nome indica, uma formação desenvolvida em posto de trabalho, a partir de um plano de formação e do acompanhamento tutorado em empresa. Esta Formação contempla um conjunto de atividades que visam a aquisição de conhecimentos, capacidades, atitudes e formas de comportamento exigidos para o exercício das funções próprias de uma profissão. A Formação em Contexto Real de Trabalho surge com o intuito de ultrapassar algumas dificuldades sentidas no acompanhamento do público-alvo em termos de inserção profissional, nomeadamente as dificuldades relacionadas com a inserção em emprego devido à frequente baixa escolaridade, falta de formação/especialização profissional e défice de competências pessoais e sociais e também de competências para a Empregabilidade. No contexto do 7
mercado de trabalho, estes indivíduos encontram-se frequentemente em desvantagem, sendo que a experiência de Formação em Contexto Real de Trabalho apresenta-se como uma alternativa que permite um espaço de aprendizagem acompanhado (pelo Tutor na empresa e pelo Técnico de acompanhamento/Gestor de Percurso do projeto), e que frequentemente é também uma experiência de transição “protegida”, para o início de um processo de inserção profissional.
Formação em Contexto Real de Trabalho e Orientação Profissional
Ao longo da nossa intervenção deparámos-mos com as dificuldades das jovens associadas às tomadas de decisão acerca de uma área profissional que abandonaram precocemente a escola e que ainda não tiveram contacto com o mercado de trabalho. Nessa medida, a Formação em Contexto Real de Trabalho toma a forma de experimentação pelos jovens, apresentando-se como um processo complementar às atividades de Orientação Vocacional, na medida em que permite conhecer melhor os seus interesses e aptidões profissionais (aspeto importante na tomada de decisão acerca de um percurso formativo a seguir, por exemplo) e também como uma primeira abordagem ao mundo do trabalho, permitindo desenvolver competências pessoais, sociais e profissionais inerentes ao exercício de uma atividade profissional.
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FORMAÇÃO PRÓ-EMPREGO
A QUEM SE DESTINA? De um modo geral esta formação destina-se a jovens entre os 16 e os 24 anos, jovens
provenientes de contextos socioeconómicos mais vulneráveis, jovens em abandono escolar precoce, jovens em situação de desemprego ou emprego precário e outros públicos em situação de desvantagem.
UTILIZADORES? Os utilizadores deste Produto podem ser vários: Organizações Não Governamentais,
IPSS, organismos públicos e privados com um papel importante no apoio ao processo de formação e inserção profissional, que intervém em territórios urbanos de exclusão social.
TENTA RESPONDER A QUE PROBLEMAS? Jovens com baixas qualificações escolares e profissionais e que apresentam lacunas ao
nível das competência pessoais e sociais, que dificultam a sua integração e permanência em respostas formativas e profissionais. Desajustamento entre as necessidades das entidades empregadoras e as competências dos jovens desempregados
DURAÇÃO? A duração da formação é variável consoante o grupo com quem se está a trabalhar. Se
o grupo for constituido por jovens mais novos que apresentem menos qualificações escolarares e pouca ou nenhuma experiencia profissional, a formação é sentida mais como orientação vocacional e profissional e sendo assim, a duração em sala é mais longa que a formação em contexto de trabalho. Se por outro lado, o grupo apresentar experiência profissional comprovada, mais qualificações e competência, em que o objectivo é adquirir mais competências profissionais a duração da formação em sala é menor que a formação em 9
contexto de trabalho. Em geral a formação não excede os 2 meses.
FORMAÇÃO PRÓ-EMPREGO: O PROCESSO
• Selecção da Equipa Técnica: Funções • Planeamento da Formação: Geral • Divulgação • Recolha das Inscrições: triagem dos candidatos • Contacto com candidatos • Sessão de Esclarecimento - selecção dos candidatos • Ajustamento da Formação ao grupo • Inicio da Formação • Contacto com Empresas/Organizações - Estágios • Estágios • Avaliação e pagamento de bolsas
Equipa Técnica e Funções
Neste processo é importante destacar 5 técnicos fundamentais para a realização da formação: - Coordenador da Formação: técnico responsável pela preparação dos materiais, criação do dossier de formação, responsável pela burocracia (recolha de documentos, declarações, financeiro), dinamiza as sessões e acompanha o jovem na formação em contexto de trabalho (técnico de acompanhamento); - Formador: planeia a formação, desenvolve-a em conjunto com o primeiro e acompanha o jovem na formação em contexto de trabalho (técnico de acompanhamento); - Técnica que faz o matching jovem-empresa: recolhe junto dos formadores e dos jovens as suas áreas de interesse, explora as possibilidades existentes no mercado de trabalho, entra em contacto com as empresas, apresenta as propostas de estágio ao jovens e está presente, juntamente com o técnico de acompanhamento (podendo ser ele em várias situações esse técnico) nas sessões de apresentação e avaliação do jovem na empresa; 10
- Dinamizador Comunitário: mobiliza jovens para a ação e apoia os jovens nos vários contextos em que os mesmos estão inseridos: família, escola, trabalho, amigos, etc.; - Tutor de Estágio: articula com o técnico da entidade as questões relacionadas com o estágio, traça em conjunto com o jovem e técnico de acompanhamento (técnicos envolvidos na formação) o plano de estágio do jovem, onde ficam descritas as funções, horários, etc., faz o acompanhamento do jovem no local de estágio, articula com o técnico de acompanhamento todos os problemas que surjam e avalia o estágio do jovem, juntamente com o técnico de acompanhamento.
Nem sempre a pessoa de contacto na empresa é o tutor de estágio do jovem, é preciso haver uma articulação com ambos uma vez que, por vezes, a informação não circula e perde-se o propósito da formação em contexto de trabalho.
Para além desta equipa central, e tendo em conta a formação de cada formador, em alguns módulos, são precisos formadores externos (p.exemplo: expressão dramática, marketing pessoal, entrevistas reais de emprego). Estes recursos humanos têm de ter experiência de trabalho com grupos de jovens, estarem familiarizados com o conceito da educação não-formal, francas competências de comunicação e relacionamento interpessoal e experiência de trabalho com jovens oriundos de contextos socioeconómicos mais vulneráveis.
Seleção do Grupo de Formandos
É importante perceber que tipo de grupo se forma e o seu perfil uma vez que isso vai determinar a estrutura da formação (data de inicio, duração da formação em sala, duração da formação em contexto de trabalho, temáticas a trabalhar, perfil do formador, entre outras), portanto é importante definir à partida quem são os jovens e que características apresentam, tendo real importância a idade, experiência profissional e objetivos futuros. Da nossa experiência quando se forma um grupo com jovens com características, maturidade e objetivos diferentes torna-se mais complicado por um lado o desenvolvimento da formação uma vez que as dinâmicas têm de ser mais variadas e logo não fazem sentido ao 11
mesmo tempo para todos, e por outro pela própria relação entre os membros do grupo que se torna hostil. A nosso ver para existir um melhor aproveitamento para todos é importante criar um grupo com características e objetivos idênticos. Posto isto pode optar-se por duas vias: se o projeto já tem em mente um grupo de jovens com quem acredita ser importante trabalhar, basta entrar em contacto com os jovens e perceber se estão interessados ou não. Se por outro lado, o projeto não tem grupo nenhum de momento pode proceder à divulgação da formação junto dos parceiros, indicando as idades gerais (16-24), a data de inicio da formação, e no nosso caso, a indicação que haverá uma bolsa de formação e subsídio de transporte. No segundo caso a primeira sessão da Formação é uma sessão de esclarecimento que tem como objetivo a apresentação da formação mas também serve como avaliação e seleção dos jovens a frequentar a formação. Nos casos em que o grupo é á partida selecionada pela equipa técnica apenas se realiza uma sessão de apresentação.
Sessão de Esclarecimento Como já foi dito anteriormente esta sessão é realizada quando a equipa pedagógica ainda não definiu o grupo que irá participar na formação. Para esta sessão é importante a participação de 3 técnicos: 2 que dinamizam a sessão e 1 que toma notas sobre o comportamento dos participantes.
Uma vez que o grupo por vezes é desconhecido para os técnicos, é importante que a sala esteja disposta de maneira a que o técnico que analisa a participação dos jovens consiga desenhar um croqui da sala, com os formandos sentados, identificando-os com o nome próprio, e por vezes características (ex: camisola verde, olhos azuis, cabelo com gel, etc.). Isto é bastante importante porque na fase posterior de selecção é mais fácil identificar com clareza qual o participante que está a ser analisado no momento.
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Exemplo de uma sessão de esclarecimento: 1. 2. 3. Sumário 4. 5. 6.
Jogo de apresentação Programa do Curso: módulos, formadores, duração e horário Aspetos Logísticos: bolsa, subsídio de transporte, funcionamento do processo Dúvidas/Questões Dinâmica “Abrigo subterrâneo” Questionário Final
Nesta sessão é sempre importante referir a metodologia que irá ser usada, ou seja, explicar o porquê de se usar dinâmicas de grupo e qual o seu objectivo. Os jovens, como estão apenas habituados à educação tradicional das escolas, por vezes, quando não são enquadrados pensam que estão ali “a brincar”.
No final desta sessão, com o questionário final, apura-se quem continua interessado e quem não se encontra. Após esta sessão a equipa técnica reúne-se e escolhe o grupo final. Dois técnicos ficam responsáveis por ajustar a formação inicialmente pensada ao grupo e o terceiro liga aos candidatos que foram selecionados e aos que não foram explicando os critérios e arranjando alguma alternativa tendo em conta os serviços prestados por entidades parceiras.
o
Dinâmica do Abrigo Subterrâneo
Imagina que o teu mundo está sob a ameaça de uma bomba nuclear. Aproxima-se um homem e diz-te que tem uma solução, mas que a tua decisão é importantíssima e tem de ser muito rápida! Existe um abrigo subterrâneo anti-nuclear, onde cabem apenas 6 pessoas. Tu foste um dos escolhidos, mas agora tens de escolher quem são as outras 5 pessoas que te irão acompanhar, das 11 pessoas que estão na lista abaixo descrita:
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Um músico, com 40 anos de idade, toxicodependente; Um advogado, com 25 anos de idade; A mulher do advogado, com 24 anos de idade, que acaba de sair do manicómio. Ambos preferem ficar juntos, seja dentro ou fora do abrigo, não se querem é separar; Um padre, com 75 anos; Uma prostituta de 34 anos; Um homem sem fé, com 20 anos, autor de vários assassinatos; Uma estudante universitária que fez um voto de castidade; Um cientista, com 28 anos, que só aceita entrar no abrigo se puder levar a sua pistola; Uma menina de 12 anos com problemas de aprendizagem; Um homossexual com 47 anos de idade; Um débil mental, com 32 anos de idade, que sofre de ataques epilépticos.
o
Questionário Final (exemplo)
Nome: _______________________________________________________________________ Data de Nascimento: ____ / ____ / ________
Idade: __________________
Telefone/Telemóvel: _________________________ / ________________________ Escolaridade completa: ___________________________ Nacionalidade: ______________________________
A) Escolhe as 3 áreas profissionais que mais te despertem interesse: 1. _________________________________ 2. _________________________________ 3. _________________________________
B) Sentes-te capaz de cumprir durante o mês de formação todas as responsabilidades que te forem atribuídas? ___________________________________________________________________________
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C) Qual é a tua maior dificuldade?
Chegar a horas? _____________________________________________________________________________
Não faltar nunca aos compromissos? _____________________________________________________________________________
Trabalhar em grupo? _____________________________________________________________________________
D) Tens filhos? Se sim, tens com quem os deixar das 10:00 às 18:00 durante o mês de formação? _____________________________________________________________________________________
E) Queres acrescentar alguma coisa que consideres importante na tua seleção para esta formação? _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________
Obrigada pela tua participação!
Planeamento da Formação: Ajuste ao grupo
Antes de passarmos à apresentação do referencial da formação, é importante referir que este tem de ser criado de acordo com o perfil do grupo a quem se irá destinar este produto. Tendo em conta este facto iremos apresentar de seguida dois tipos de referenciais: o primeiro (referencial 1) desenvolvido com um grupo de jovens mais novos (16-18 anos), com baixas qualificações (entre o 5º e o 9º ano), em abandono escolar, sem experiência profissional e com fracas competências pessoais e sociais. O segundo (referencial 2) desenvolvido com um grupo de jovens entre os 20-24 anos, com escolaridade ao nível do secundário, com alguma experiência profissional, que apesar de terem mais competências pessoais e sociais não tinham conseguido até à data integração profissional. 15
Referencial 1
Sessão
Horário
Tema
1ª
15h00 – 17h00
Sessão de Esclarecimento
2ª
10h00 – 13h00
Apresentação/Expectativas
3ª
10h00 – 17h00
Autoconhecimento
4ª
10h00 – 17h00
Tomada de Decisão
5ª
10h00 – 17h00
Trabalho em equipa/Gestão de conflitos
6ª
10h00 – 17h00
Comunicação/Relacionamento Interpessoal
7ª
10h00 – 17h00
Expressão Dramática
8ª
10h00 – 17h00
Orientação e exploração dos interesses profissionais
9ª
10h00 – 17h00
Técnicas de Procura de Emprego
10ª
10h00 – 17h00
Técnicas de Procura de Emprego
11ª
10h00 – 17h00
Workshops de Experimentação Profissional/Visitas de Estudo
12ª
10h00 – 17h00
Workshops de Experimentação Profissional/Visitas de Estudo
13ª
10h00 – 17h00
Empreendedorismo
14ª
10h00 – 17h00
Formação TIC
15ª
10h00 – 17h00
Formação TIC
16ª
10h00 – 17h00
Visitas ao local de estágio Inicio do estágio
17ª
10h00 – 17h00
Avaliação
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Referencial 2
Sessão
Horário
Tema
1ª
15h00 – 17h00
Apresentação
2ª
10h00 – 17h00
Autoconhecimento
3ª
10h00 – 17h00
Expressão Dramática
4ª
10h00 – 17h00
Trabalho Equipa
5ª
10h00 – 17h00
Marketing Pessoal
6ª
10h00 – 17h00
Comunicação
7ª
10h00 – 17h00
Formação TIC (word)
8ª
10h00 – 17h00
Formação TIC (PowerPoint)
9ª
14h00 – 17h00
Apresentação Trabalhos Formação TIC (Excel)
10ª
10h00 – 17h00
Auto-Imagem e Postura
11ª
10h00 – 17h00
Empreendedorismo/Auto-Emprego
12ª
10h00 – 17h00
Técnicas de Procura de Emprego
13ª
10h00 – 17h00
Entrevista Emprego
14ª
10h00 – 17h00
Entrevista Emprego – Empresa Trabalho Temporário
15ª
10h00 – 17h00
Entrevista: Recrutamento em Grupo
16ª
10h00 – 17h00
Avaliação Formação
17ª
A definir
Apresentação aos locais de estágio
18ª
6 horas diárias
Formação em contexto de trabalho/Estágio Possibilidade de avaliações intermédias
19ª
A definir
Reuniões de avaliação do estágio – feedback da avaliação, entrega das folhas de presença
20ª
A definir
Pagamento de Bolsas
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Formação em Sala
Instrumentos Gerais:
Esta formação tem instrumentos específicos para a Formação em sala e para a Formação em Contexto Real de Trabalho. Na Formação em Sala são usados os seguintes instrumentos: o o o o o o o o o
Folha de Presenças: usada no início das sessões, é assinada pelos jovens e serve de controlo às faltas; Ficha de Ocorrência: usada para deixar alguma informação ao formador seguinte para o caso de não se cruzarem para trocar informações; Folha de Sumário: folha onde são registadas as atividades realizadas e as não realizadas; Planificação da Sessão: folha que serve de guia aos formadores e que define os conteúdos da sessão; Avaliação Inicial e Final de competências – Equipa pedagógica (usada no inicio e no fim da formação de modo a realizar um balanço de competências) Avaliação dos Módulos – Equipa pedagógica (avaliação de cada sessão, aplicada no final da sessão) Avaliação dos Módulos – Formandos (avaliação de cada sessão, aplicada no final da sessão) Avaliação final da Formação – Equipa pedagógica Avaliação final da Formação – Formandos
Na Formação em Contexto Real de Trabalho são usados os seguintes instrumentos: o o o o o
Folha de Caracterização do Formando Programa Individual de Formação em Contexto Real de Trabalho Folha de Presenças e Sumários Avaliação Final do Estágio – Tutor Auto-avaliação do Estágio – Formando
Sessão de Apresentação
Esta sessão serve para os destinatários se conhecerem, para serem dadas informações gerais sobre a formação e para se estabelecer regras juntamente com os destinatários. Sendo assim, começa-se sempre com uma dinâmica de apresentação e entregam-se os seguintes documentos: o
Programa da Formação: contém os dias de formação, horário, tema e formadores responsáveis. Contém também o contacto do coordenador da formação para uso dos formandos. 18
Exemplo:
Dia
Sessão
Módulo
Formadores
08/11
15h-17h
Apresentação
GB, IB e JV
09/11
10h-17h
Auto-Conhecimento
GB e JV
10/11
10h – 17h
Expressão Dramática
Formador Externo
o
Documento com Informações Gerais: documento onde é explicado o funcionamento da formação e os seus aspetos logísticos. É importante certificar que todos os destinatários envolvidos levam o documento consigo para mais tarde evitar constrangimentos por falta de informação.
Exemplo:
Informações Gerais
Horário:
o o o Faltas: o o o
10H – 17H Intervalo: 15 minutos de manhã e à tarde Hora de almoço: 13H às 14H00
Permitidas X% de faltas justificadas (de acordo com o que a equipa definir) Permitidas X% de faltas injustificadas (de acordo com o que a equipa definir) Quando se excede o número de faltas permitidas o valor da bolsa começa a ser descontado proporcionalmente o Exclusão do curso: se as faltas excederem os X dias Benefícios: o Bolsa no valor de X€ (paga no final da formação mediante entrega de folhas de presenças no estágio devidamente preenchidas) o Subsídio de transporte (apenas o mês de estágio e sob apresentação do recibo de compra) Penalizações na bolsa: o Os formandos que sejam excluídos, desistam da formação ou que não completem qualquer uma das fases do curso não terão direito à bolsa. Contactos
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Sessões: Competências Pessoais e Sociais No desenvolvimento destas sessões é sempre importante manter uma linha de
orientação nas dinâmicas usadas, ou seja, a sessão tem de ter um início onde é explicado o tema que se vai trabalhar, depois desenvolvem-se as dinâmicas, sendo que no final das mesmas é sempre feito o enquadramento teórico e a ponte com a realidade. Caso isto não seja feito pode perder-se o sentido da mesma e os formandos não reterem da sessão o que se pretende.
Exemplo de uma Sessão sobre a Comunicação:
1.
Sumário
2. 3. 4.
5. 1.
Observações
Brainstorming: a. O que é a comunicação? b. Tipos de comunicação? c. Importância no mercado de trabalho? d. Vantagens de uma boa comunicação? Desvantagens de uma má comunicação? Dinâmica Você está escutando? Comunicação Não-Verbal: Dinâmica Formas com o Corpo Comunicação Verbal: a. Dinâmica desenhar um jardim b. Personagens em Cena Estilos de Comunicação Encore: Argumentação/Comunicação Mediada: a. Dinâmica debates (escolher) (Valores)
Técnicas de Procura de Emprego Nas sessões dedicadas a esta temática segue-se um esquema de sessões que está
dividido da seguinte maneira: 1. Aspetos teóricos: a. CV e Carta de Apresentação: explicar o que são e realizá-los com os jovens; b. Onde pesquisar ofertas de emprego? Sites, jornais, etc. Fornecer esta informação aos jovens. Pô-los a pesquisar 5 ofertas de emprego que lhes interesse, escolher uma e fazê-los interpretar a oferta e responder como se fosse uma situação real;
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c. O que é uma Entrevista de Emprego? O que é avaliado? Como se prepara uma entrevista de emprego? Perguntas frequentemente utilizados pelo entrevistador? Comportamentos adequados e a evitar durante uma entrevista. d. Simulação de Entrevista de Emprego: primeiro a pares e depois com um técnico exterior à formação, sendo que as últimas são filmadas; e. Visualização da entrevista filmada: é bastante importante esta fase uma vez que os jovens tomam consciência de uma série de pormenores bastante importantes para a sua prestação nas entrevistas de emprego, o que devem manter (pontes fortes) e o que devem melhorar. f.
Entrevista exterior em Empresa de Trabalho Temporário: nesta fase os jovens recebem a informação que no dia x terão de se apresentar na empresa x para uma entrevista às x horas, para responder a uma oferta de emprego para a área de sua preferência. Os jovens têm de preparar a entrevista (Onde fica a empresa? Que transportes apanham? Rever as perguntas e respostas, etc.). Depois desta entrevista a empresa de recrutamento que colaborou no processo participa numa sessão ou envia o relatório de avaliação das entrevistas que é devolvido aos jovens.
g. Entrevista em Grupo – simulação em sala de uma entrevista em grupo realizada por uma entidade externa. Feedback aos participantes.
Formação TIC Com o desenvolvimento destas formações notou-se a importância de desenvolver
paralelamente uma formação em competências básicas de informática, uma vez, que em muitos casos representa uma lacuna nas competências dos jovens e que por outro lado enriquece o seu currículo. Nas sessões de formação TIC aliamos os conteúdos trabalhados com o desenvolvimento de um trabalho de exploração de uma área profissional de interesse. Esses trabalhos são mais tarde apresentados individualmente ao grupo onde são avaliados aspetos inerentes à postura e maneira de comunicar do jovem em público. Sendo assim juntamos dois objetivos num só, por um lado a exploração e aprofundamento da área de interesse que serve em muitos casos como orientação profissional e por fim, consegue-se trabalhar a postura do jovem quando quer comunicar perante uma plateia.
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Formação em Contexto de Trabalho – Estágio Como já foi dito anteriormente o processo de angariação de estágios passa
primeiramente por um levantamento das áreas de interesse dos jovens, uma exploração das empresas e contactos e por fim matching jovem-empresa. É importante referir que este processo deve iniciar juntamente com a formação em sala uma vez que, nem sempre o contacto com as empresas é imediato, o que pode levar a um atraso no processo e ao acabar a formação em sala o jovem pode ainda não ter nenhuma colocação em estágio. Esta pausa em alguns casos pode levar à desmotivação do jovem que acaba por abandonar o processo. É de extrema importância assegurar que a passagem da formação em sala para a formação em contexto de trabalho se faça de forma contínua.
Contacto com as Empresas:
Nas abordagens às empresas é importante referir: - A formação e o contexto em que ela se desenvolve, é importante enquadrarem a empresa para não se perder os objetivos que se pretendem; - O perfil do candidato: a idade do jovem, se tem experiência ou não, qual é o objetivo do jovem ao realizar este estágio (exploração profissional, reforço de competência adquiridas, etc.); - Deixar claro que as empresas não têm nenhum encargo monetário com o jovem (a formação encarrega-se da bolsa, subsídio de transporte e seguro do estagiário); - Reforçar qual o papel do tutor de estágio e o que se pretende desta figura.
Quando se tratam de jovens em que se consegue prever que a integração em estágio vai ser mais complicada deve avisar-se os tutores de estágio para tal facto. Isto permite um maior acompanhamento do mesmo e, ao mesmo tempo, não cria expectativas irreais nas empresas que depois mais tarde defraudadas podem levar a que a colaboração fique sem efeito no futuro, uma vez que estas se sentem “enganadas”. Pondo as cartas todas na mesa a empresa pode escolher se aceita ou não o estagiário, salvaguardando assim o projecto. 22
Normalmente após os contactos as empresas pedem que lhes seja enviada o protocolo de estágio. Este protocolo é verificado pela empresa e caso haja alguma alteração a ser feita é comunicada. Este protocolo estabelece o horário de estágio e salvaguarda os direitos e deveres de todas as partes envolvidas. No fim é assinado pelo projeto, pela empresa e pelo jovem.
Para garantir o maior sucesso do estágio é importante que o técnico de acompanhamento mantenha um contacto permanente com o estagiário e tutor de estágio de modo a resolver de imediato qualquer constrangimento que aconteça.
É ainda importante referir que algumas empresas antes de aceitarem o estágio querem entrevistar o candidato. No dia de apresentação do estagiário é importante levar as folhas de presença e outros documentos necessários e ter-se a preocupação de haver uma troca de contactos entre tutor e estagiário para o caso de quererem comunicar durante a formação.
Avaliação Quando a formação em contexto de trabalho chega ao fim, é marcada uma reunião
com os estagiários e os seus respetivos tutores no local de estágio, onde são avaliados vários parâmetros definidos pela equipa técnica, em conjunto. Após esta fase, cada formando avalia a formação no geral e faz a sua auto-avaliação. No final a equipa técnica junta-se e avalia a formação no geral tendo em conta os parâmetros fixados no início como objetivos da formação.
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METAMORFOSES – FLEXIBILIDADE DA ABORDAGEM
Este produto foi testado e implementado no território da Alta de Lisboa, sofrendo algumas modificações tendo em conta a população-alvo a que foi dirigido. Sendo assim apresentamos duas versões deste produto, desenvolvidas por duas entidades presentes no Consórcio do Projeto Emprega o Futuro:
Formação utilizada pelo Gabinete de Inserção Profissional Esta formação foi dirigida a um público mais velho, utentes do Gabinete de Inserção
Profissional, antiga UNIVA. Os participantes tinham idades entre os 27 – 40 anos, experiência profissional comprovada e encontravam-se desempregados. As metodologias usadas foram as mesmas contudo existiram algumas diferenças no que diz respeito à duração das fases da formação: - Formação em Sala: 1 semana e meia, onde foram basicamente tratadas questões relacionadas com técnicas de procura de emprego; - Formação em Contexto de Trabalho: 1 mês.
Oficinas de Experimentação Profissional Estas Oficinas abordam este tipo de formação mais pela vertente da orientação
profissional. Durante uma semana são trabalhadas as competências pessoais e sociais e, após esta fase, os formandos escolhem 3 áreas de interesse e estagiam em cada uma delas durante uma semana. Este contacto mais diversificado permite que os jovens consigam no fim destas oficinas escolher uma área de preferência, rejeitar algumas, e construir o seu percurso pessoal de uma forma mais realista e ajustada aos seus reais interesses.
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BALANÇO DA ACÇÃO - TESTEMUNHOS
“Esta formação melhorou o meu currículo e provavelmente terei mais chances de encontrar algo melhor no meu futuro” M.C. - 20 anos
“Mudou imenso a minha vida, consegui estagiar na área que queria e ficar lá a trabalhar” T.V. 23 anos
“Foi muito importante porque conheci uma área de trabalho que nunca pensei que gostasse de trabalhar, arrisquei fazer lá o estágio, foi prolongado por mais 1 mês e neste momento encontro-me lá a trabalhar à 1 ano.” L.A. - 22 anos
“Durante os dias em que estive em sala aprendi imensas coisas sobre mim e sobre como me comportar. A simulação da entrevista e a possibilidade de sermos entrevistados por entrevistadores a sério foi muito importante para perceber onde é que falhava mais nas entrevistas. O estágio deu-me mais experiência profissional na área da estética e fez com que conseguisse arranjar logo trabalho ao mesmo tempo que tiro um curso para me especializar nesta área”. S.D – 22 anos
“Esta formação deu-me experiência de trabalho que não tinha e permitiu-me inscrever num curso de empregado de mesa e tirar o 9.º ano” M.M. - 18 anos
“Esta formação alterou a minha forma de pensar e a minha visão do trabalho” J.S – 15 anos
“Tornei-me mais responsável e voltei para a escola” D.E. - 15 anos
“Desde que vim para a formação a minha vida melhorou. Arranjaram-me uma oficia para estagiar, fiquei lá a trabalhar e voltei para a escola à noite para acabar o 6.º ano” F.T. - 17 anos
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“Fiquei a conhecer uma área que me interessa muito, trabalhar com crianças, e fez-me decidir seguir o curso de animação social e completar o 12.º ano” S.V – 17 anos
“Alterou a minha forma de pensar perante cada situação, sinto-me mais preparada para o futuro” M.E. - 17 anos
“Não sei bem. Acho que me ajudou muito na minha maneira de ser, a ter mais paciência. Porque trabalhar com crianças exige muita paciência e cuidados. Para além disto, tenho mais um ponto para acrescentar no meu currículo.” V.S. - 17 anos
“Depois desta formação acho que devo começar a pensar melhor no meu futuro” D.A. 17 anos
“Foi importante porque me deram uma alternativa à vida. Fiquei com muito mais mural para ver o que quero da vida.” R.C – 19 anos
“Julgo que o carácter mais inovador da ação reside em conciliar a dimensão teórica em sala com a possibilidade de experimentação/exploração profissional em contexto real de trabalho. A relação de confiança e de proximidade que se estabelece e todo o acompanhamento ao longo do processo são também muito importantes.” Técnica
“O facto de os jovens experienciarem uma atividade profissional da sua preferência é um meio bastante inovador no contexto formativo e pode abrir outras portas.” Técnica
“Excelente oportunidade de “tirar” os jovens da rua, ainda que seja por um breve período, e oferecer oportunidades de capacitação de formação e inter-relação. Possibilidade de despertar nos jovens, que não estudam há muito tempo, outra vez a vontade de aprender, através de um modelo de aprendizagem mais dinâmico e focado no individuo que outrora na escola.” Técnica
“Para quem esteja desperto para receber formação e consciente que o seu futuro depende grandemente de si, e das suas tomadas de decisão, estas formações podem ter um papel crucial nas suas vidas.” Técnica
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“Possibilidade de gerar autonomia ao incutir nos formandos a ideia que depende grandemente delas as mais-valias que podem retirar do curso/trabalho. Conseguido por coisas “pequeninas” como sendo o cumprimento de horários, ou as regras estabelecidas à partida, por todos os formandos e formador e isso repercutir-se-á (acredito eu) nas suas vidas.” Técnica
“Na minha opinão os cursos de orientação têm mostrado ser uma ferramenta de trabalho muito importante na medida em que, em grupo, se consegue ir trabalhando de uma forma continuada e de forma dinâmica as competências dos jovens. Em termos de motivação mostra ser eficaz pelas metodologias utilizadas, assim como em termos de eficácia a nível das competências pessoais e profissionais. Ao longo das formações notam-se evoluções a nível da auto-estima, do relacionamento interpessoal e uma maior consciência do seu percurso profissional a nível futuro. “ Técnica
“Sempre que seja definido este ponto de encontro entre as necessidades e expectativas de ambas as partes e, bem definido o perfil do estagiário, o resultado só pode ser proveitoso para todas as partes envolvidas, como foi no caso do estágio da B.” Tutor de Estágio Organização/Empresa
“Descobrimos uma excelente profissional com este estágio” Tutor de Estágio Organização/Empresa
“ Este estágio tem possibilitado à organização o desenvolvimento e manutenção de atividades nucleares no CAR. Ainda que timidamente, as ideias da vossa estagiária têm permitido uma dinâmica diferente e positiva entre os utentes. Tem sido para nós e para os utentes uma experiência positiva que beneficia da continuidade horária e da motivação da nossa/vossa estagiária.” Tutor de Estágio Organização/Empresa
“Quanto à opinião pedida acho que a Empresa ao receber jovens estagiários está a ajudar estes jovens a entrar no mercado de trabalho. A participação em estágios na empresa contribui para a formação pessoal e profissional dos estagiários porque lhes permite o conhecimento de uma nova realidade. Permite à Empresa o cumprimento do seu papel social, ajudando a formar novos profissionais.” Tutor de Estágio Organização/Empresa
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para finalizar é importante referir os problemas que o Projeto tem tido no decorrer das várias formações que foi desenvolvido ao longo de 3 anos, de modo a que estes sejam ponderados pelas equipas que se apropriarem desta produto e que sejam planeadas estratégias para os ultrapassar. Sendo assim, os problemas/dificuldades sentidas mais significativamente pela equipa foram:
Características do grupo: quando se forma um grupo com jovens com características, maturidade e objetivos diferentes torna-se mais complicado por um lado o desenvolvimento da formação uma vez que as dinâmicas têm de ser mais variadas e logo não fazem sentido ao mesmo tempo para todos, e por outro pela própria relação entre os membros do grupo se torna hostil. Da nossa experiência para existir um melhor aproveitamento para todos é importante criar um grupo com características e objetivos idênticos.
Jovens com poucas perspectivas de futuro: é possível encontrar jovens que precisariam de um trabalho em sala mais longo do que outros. Quando o jovem tem poucas perspectivas de futuro apresenta muitas dificuldades na escolha de uma área de interesse para estagiar o que nos dificulta a procura de uma empresa para o integrar. É importante fazer um trabalho individual com o mesmo, reforçar a orientação vocacional e profissional, apostar em visitas a diferentes postos de trabalho e se for o caso encontrar 3 opções de estágio onde o jovem pode ir experimentar e depois decidir.
Jovens com baixas qualificações: os jovens com baixas qualificações têm imensa dificuldade em exercícios escritos e em exercícios que exijam mais capacidade reflexiva. Encontrar uma forma de equilibrar a formação e dar um acompanhamento mais individualizado em sala (importância de ter 2 formadores em sala).
Contacto com as empresas: existem empresas que levam algum tempo para desbloquear os estágios, se este contacto não é feito atempadamente há a possibilidade de se atrasar a integração do jovem o que leva por vezes à sua 28
desmobilização. É importante ter um RH afeto a esta parte que começa desde cedo a contactar com várias empresas de modo a que todos os formandos iniciem o estágio mal acabe a formação em sala.
Perfil dos tutores de Estágio: o sucesso do estágio depende em muito do jovem mas também do ambiente e da pessoa que o acompanha no seu projeto individual. Alguns tutores de estágio, que podem ser ou não as pessoas com quem contactamos em primeira instância podem não estar sensibilizados para esta ação o que dificulta a realização de um estágio com sucesso. É muito importante ter uma reunião com o estagiário e a pessoa que efetivamente o vai acompanhar (que por vezes não é a pessoa de contacto) e estabelecer em conjunto os objetivos do estágio.
Educação Não formal: é importante explicar logo ao inicio a metodologia que vai ser usada, porque é usada e como se vão desenvolver as sessões uma vez que estes jovens estão habituados a outro tipo de aprendizagem e normalmente, quando não se faz uma ponte entre as dinâmicas e o que está em causa, pensam que “andam ali a brincar”.
Desistências: é frequente ver jovens que desistem quando se faz a transição da sala para o contexto de estágio. Para evitar isto é importante que os tutores de estágio comuniquem frequentemente com o tutor da instituição para que, quando existe uma falta, este possa ligar de imediato ao jovem para perceber o que se passa e resolver a questão.
Para facilitar a apropriação deste Manual o projeto considerou a possibilidade de desenvolver formações e acompanhamento direto aos futuros utilizadores do produto, permitindo assim uma troca de experiência que se revelará importante para a plena aplicação do produto e Workshops de apresentação do produto e relato de experiência pessoal.
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BIBLIOGRAFIA
Costa, Bruto da. (1998). Exclusões Sociais. Lisboa: Gradiva IEFP. (2007). Técnicas de Procura de Emprego. Lisboa: Departamento de Emprego, Direcção de Serviços de Informação e Orientação Profissional Fachada, M. O. (2010). Psicologia das Relações Interpessoais. Lisboa. Edições Sílabo, Lda. Projecto e-re@l: Rede para a empregabilidade na Alta de Lisboa. (2007). GPS - Gestão de Percursos Sociais. Lisboa:Projecto e-re@al. Projecto Vida. (1998). Prevenir a brincar. Lisboa: Gráfica HGL, Lda. Serrão, M., Baleeiro, M.C. (1999). Aprendendo a Ser e a Conviver. Brasil Centro Sul: FTD Vieira, J.(2006). Colecção de Dinâmicas de Grupos. Lisboa
http://www.arteconstrucao.com/opiniao/desenvolva-as-suas-competencias-pessoais
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