Guia do Participante
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Era uma vez...
...um outro mundo. Não era um mundo perfeito, é verdade! Tudo era tão caro e tão difícil. Não havia computadores pessoais e nem internet. Um mundo onde telefone móvel era algo possível apenas na ficção científica e onde somente quem tinha muito dinheiro podia ter um telefone fixo em casa. As distâncias eram acentuadas. Mas, existiam as cartas. Uma das lembranças mais fortes que tenho da infância, está relacionada com a chegada das cartas que minha tia Irene escrevia para minha família. Nós morávamos em São Paulo e ela na “longínqua” cidade de Araguari (MG). Na verdade, não era bem ela que morava longe. Meus pais é que se casaram e vieram para São Paulo construir a vida longe de tudo e de todos, em um Jardim chamado Satélite, que de jardim não tinha nada, mas sim algumas ruas de terra cercadas de mato por todos os lados. Telefone? Demorou para chegar por lá. Enquanto isso, sempre que o carteiro aparecia com alguma carta na mão, era uma grande festa. Me lembro como se fosse ontem, quando eu e meus quatro irmãos nos apertávamos ao redor da minha mãe e a ouvíamos ler em voz alta cada uma das linhas: os cumprimentos... os abraços e beijos... depois vinham as notícias e, então, a despedida. Às vezes o envelope chegava mais pe-
sado. Sinal que podia estar lá dentro uma fotografia em papel ou até mesmo poderia ser um daqueles binóculos – afinal, não sei porque chamávamos de binóculo, uma vez que havia apenas uma lente... Enfim, estávamos longe, sentíamos muita falta dos meus tios, meus primos, avós – apesar de uma vez a cada entrarmos todos os sete em uma Brasília e, seiscentos quilômetros depois matávamos a saudade – e vivíamos em um lugar estranho cercados por pessoas que não nos conheciam, nem nos entendiam. No entanto, quando entrávamos em casa, tudo mudava. Meu pai chegando do trabalho todos os dias, minha mãe cuidando de tudo e ainda saindo para vender produtos de beleza para ajudar no orçamento. Eu, meus dois irmãos e minhas duas irmãs brincando e ainda batendo de porta em porta para vender as roscas mineiras que minha mãe fazia. Era tudo tão difícil, duro, mas estávamos juntos. Não tínhamos tantas facilidades e regalias que temos hoje, mas existia a família e ela bastava. Só de imaginar que as futuras gerações podem ser privadas de de serem formadas em um seio familiar, fico muito preocupado. Dizem que a família da pós-modernidade (líquida, sem padrões estabelecidos, sem pai, sem mãe, sem filhos, etc.), a família eudemonista (família livre e feliz) é uma família evoluída, melhorada. Por isso não precisamos mais de toda aquela estrutura rígida e pesada. Não precisamos mais de casamentos, 2
nem de maridos ou esposas. Não precisamos de filhos e nem os filhos precisam de pais. E nós? O que a Comunidade Batista Nova Esperança tem a dizer acerca
dessas coisas? Podemos fazer algo? Durante nossos encontros nos Pequenos Grupos, acredito que teremos a chance de refletir bastante sobre tudo isso. Um forte abraço. Pr. Marcos
Lição
uma Vez 01 Erao Casamento
Alguém já disse que se você tentar cozinhar um sapo, colocando-o numa panela com água quente, ele vai reagir de imediato, saltando para fora. Agora, se você colocar o mesmo sapo em uma panela com água fria e levá-la ao fogo para esquentar gradualmente, ele vai se sentir confortável, relaxado e quando se der conta, não será mais capaz de sair da panela. Quando o sapo perceber a temperatura da água, será tarde demais. Parece que algo muito parecido com isso esteve acontecendo com a sociedade em que vivemos. Se há 30 ou 40 anos alguém sequer sugerisse que a família no seu formato nuclear – pai e mãe unidos pelo matrimônio com seus filhos – estava para ser descartada, com certeza as reações teriam sido tanto imediatas quanto extremas. No entanto, na medida em que essas décadas iam passando, sutil e paulatinamente, os padrões familiares foram sendo submetidos a um processo de cozimento em banho-maria. Quando despertamos daquele relaxante estado de êxtase causado pelos benefícios dos avanços tecnológicos (principalmente na área das comunicações, o que por si se apresenta como uma grande ironia ), das facilidades do estilo de vida centrado na auto realização e do transe hipnótico promovido pelas infinitas propostas de entretenimento, de repente nos percebemos sem qualquer poder de reação. Quando acordamos, não havia mais o que fazer, restava apenas a opção de termos que nos adaptar a essa triste e nova realidade. Uma realidade onde o casamento não faz mais sentido. Se antes ele era o caminho e a base para a concepção de um núcleo familiar, agora ele é substi3
tuido pelo critério da simples afeição. Se antes ele era idealizado como um desdobramento natural da vida humana, um ponto de referência inquestionavelmente estabelecido em nossa trajetória existencial, agora não passa de mera “formalidade”. Se antes ele era sacralizado, agora foi totalmente esvaziado de sentido e é símbolo de infelicidade, de obrigação e de opressão. “Por que devemos nos casar?” é uma pergunta que tem ocupado cada vez mais espaço na vida das pessoas. Muitos estão apresentando suas respostas. Por isso, como nunca, em muito tempo, a Igreja de Jesus precisa estar pronta para responde-la. Momento de Reflexão Gênesis 2:18-25
Então o Senhor Deus declarou: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda”. Depois que formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, o Senhor Deus os trouxe ao homem para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o seu nome. Assim o homem deu nomes a todos os rebanhos domésticos, às aves do céu e a todos os animais selvagens. Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe correspondesse. Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a trouxe a ele. Disse então o homem: “Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada”. Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha.
Por que devemos nos casar? Porque fomos criados com uma necessidade vital: viver relacionamentos profundos e verdadeiros (v.18) “Não é bom que o homem esteja só”. De acordo com a narrativa bíblica, o ser humano foi criado à imagem e semelhança do seu Criador. Ele foi criado com a capacidade de se relacionar nos mais profundos níveis. Diferente das outras espécies, o homem tem uma carência (física, emocional e existencial), uma necessidade que precisa ser suprida na medida em que se 4
relaciona com um outro ser tão profundo e tão complexo como ele. “Farei para ele alguém ... que lhe corresponda”. Não pode ser qualquer relacionamento. Há áreas em nós que apenas alguém capaz de mergulhar nas profundesas de nossa vida poderá tocar. Quando o homem pôs os olhos na mulher, ele soube. “Ela, sim, é capaz de me entender. Somos correspondentes, compatíveis. A capacidade que ela tem é tão grande quanto a necessidade que eu tenho”. É claro que um relacionamento dessa intensidade e desse nivel não pode ser alcançado de uma hora para outra, como num piscar de olhos. Ele precisa de tempo para se manifestar. Precisa ser construido e cultivado ao longo de uma vida. Relacionamentos serão profundos apenas quando permitirem que os anos criem a plataforma perfeita, as condições ideais para que eles possam surgir. Algo ainda precisa ser dito. Não estamos dizendo que uma pessoa pode se realizar apenas se estiver casada. Muitas pessoas, como o próprio apóstolo Paulo, encontraram caminhos para relacionamentos duradouros e significativos em amizades e no companheirismo. O que podemos dizer com segurança é que o casamento é a plataforma mais comum e básica, dada por Deus, para que pudéssemos constuir relacionamentos duradouros e significativos. Porque relacionamentos profundos são construidos sob compromisso público (v.24) “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.” As pessoas não estão erradas quando dizem que o casamento, como o vemos em nossos dias, nem sempre existiu. Cerimônias, contratos, documentos, são elementos que foram sendo acrescentados ao longo da história. No entanto, o que sempre existiu e que está ligada à própria natureza humana e à sua capacidade de se relacionar, é a importância do compromisso público para estabelecer um relacionamento. Não havia cartório no Jardim do Édem, muito menos alguma igreja. O que sempre houve foi a necessidade de, no momento em que uma pessoa atingisse a maturidade necessária para viver independente de seus pais, poderia então escolher alguém e assumir um compromisso público de união. As culturas sempre mudam, mas a constituição de uma família sempre foi marcada por um ato público. Sempre foi assim: “se você ama, então assuma publicamente”. 5
Isso nos leva à raiz do problema. Assumir publicamente é comprometer-se e nenhuma palavra assusta tanto nossa geração quanto essa: compromisso. Por mais que se esforcem por justificar suas resistências em relação ao casamento quando apontam para o esvaziamento do sentido, para a questão da formalidade ou até mesmo quando celebram sua dessacralização, o que na verdade os assusta é apenas uma coisa: não são capazes de assumir um compromisso publicamente e então verem as portas para todas as outras possíveis oportunidades que a vida pode proporcionar serem fechadas. Não conseguem entender que estão deixando de considerar o mais importante. Só é possível desfrutar da verdadeira intimidade, na medida em que ela estiver amparada e protegida por um compromisso. Desde que pecou a humanidade tem se especializado em usar o outro como matéria prima para conquistar sua felicidade. “Você não está mais me fazendo feliz”; “Tenho o direito de ser feliz!” e “nada, nem ninguém vai atrapalhar a minha felicidade” são frases que descrevem muito bem esse quadro. Se ao menos conseguissem alcançar a felicidade que tanto procuram. Mas, o que se verifica na prática é exatamente o contrário. Gente confusa, desorientada, caótica. Quanto mais se relacionam, mais se tornam incapazes de desenvolver um relacionamento profundo e duradouro. Já temos condições de fazer uma avaliação de tudo isso. Se formos realmente honestos, vamos perceber que algo não está certo. Estamos caminhando na direção e no sentido errados. Nunca seremos felizes assim. Como disse tão bem C.S. Lewis, “a gente não vive uma relação conjugal para então sermos felizes”, como se pudéssemos extrair do outro algo que mude nossa condição, “mas somos felizes e então estamos preparados para uma relação conjugal”. Porque o compromisso público é o inicio de uma maravilhosa jornada rumo à efetiva intimidade (v.25) “O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha” Quando alcançamos o ápice da intimidade, somos trasportados para um estado onde não precisamos mais sentir vergonha um do outro. Desde os primeiros momentos da nossa vida, iniciamos nossa jorna6
da pessoal em busca de aceitação e acolhimento. Pois não fomos criados para a solidão. Contudo, na maior parte do tempo, entendemos que precisamos mudar para conseguir essa aceitação. Mudamos para conseguir a admiração de amigos. Mudamos para conquistar um namorada(o). Com o tempo vamos desenvolvendo uma capacidade de esconder quem realmente somos. Passamos a empregar um esforço imenso para esconder nossos defeitos, nossas limitações, nossas feiuras, com medo de que nunca seremos aceitos se os revelarmos. Nada faz tão bem para nós como quando ao longo de uma vida juntos, nos vemos totalmente livres para baixarmos nossas armas e sermos quem exatamente somos diante da pessoa que amamos. Sem medo e sem reservas. Tiramos nossas máscaras e começamos a experimentar a maravilhosa sensação de sermos realmente amados. Momento de Decisão Nós não fomos criados para a felicidade, fomos criados Pr. Ricardo Agreste para os relacionamentos e os relacionamentos se tornam o espaço no qual aprendemos a amar. E quando aprendemos a amar, somos verdadeiramente felizes. Nunca houve um tempo em que tantas pessoas tivessem tanto para serem felizes e bem realizadas (bens, recursos, atividades culturais e físicas, entretenimento, experiências sexuais de toda forma com todo tipo de gente, etc) mas são, na verdade, infelizes, inquietas, ansiosas, deprimidas, transtornadas. Os consultórios psiquiátricos estão cada vez mais cheios de gente que busca desesperadamente algum alívio; as drogas (legais e ilegais) são consumidas como nunca; cada vez mais pessoas são iniciadas mais cedo no universo da vida sexual e da dependência alcoólica; o número de suicídios (principalmente entre jovens e adolescentes) cresce assustadoramente. • E você? Como está a sua vida? • Você tem sido influenciado(a) por esse espírito? Por que é tão difícil aceitar a vontade de Deus em relação aos nossos relacionamentos? • Está pronto(a) para permitir que o Espírito Santo o convença de que Deus tem o melhor para a sua vida, no que diz respeito à sua vida conjugal? 7
Lição
02 Era uma Vez Um Marido e Uma Esposa
Se hoje há muita resistência em relação ao casamento, o que podemos dizer das reações provocadas quando pensamos em tocar no assunto dos papéis a serem desenvolvidos pelos maridos e pelas esposas? Se é constrangedor falar de casamento, falar do papel do homem e da mulher no casamento nem se fala! O escritor americano Alvin Toffler, em seu livro “A Terceira Onda – A morte do Industrialismo e o Nascimento de uma Nova Civilização”, escreve sobre como chegamos nesse estado. Segundo ele, as relações humanas são transformadas como consequência da ação de grandes ondas de mudança que se sobrepõem na história. 1. Primeira Grande Onda (4.000 a.C. até séc XVII d.C.) – Durante muito tempo os grupos humanos se organizavam de forma simples, formando comunidades agrárias de autosubsistência, que produziam tudo aquilo que precisavam consumir. As famílias eram organizadas em torno de uma estrutura patriarcal, reunindo até quatro gerações (avós, filhos, netos e bisnetos) na mesma grande propriedade. 2. Segunda Grande Onda (séc. XVIII d.C. até 1970) – a partir da Revolução Industrial, a sociedade passa por enormes mudanças. A família agora, por causa do trabalho e das grandes companhias, precisa ser simplificada. Precisa ser ágil, movel, ir aonde pode trabalhar. Surge a família nuclear, composta de Pai, mãe e filhos. 3. Terceira Grande Onda (a partir de 1970) – Inicia-se a era da informação. Os Satélites, a Internet e os computadores pessoais mudam a forma como as pessoas se relacionam. É o fim dos padrões, modelos, formas, regras. Os limites são derrubados em todas as relações. De acordo com Toffler, todas essas transformações são irreversíveis e não há mais o que fazer. Não adianta chorar. Precisamos, agora, nos adaptar a essa nova civilização e às novas formas de ver a família. 8
Uma família sem papéis definidos para marido, esposa e filhos. Todos são essencialmente iguais. E somente devem permanecer juntos enquanto houver vínculos afetivos que justifiquem essa união, uma vez que os critérios de avaliação são estabelecidos unicamente a partir do ponto de vista dos indivíduos, não mais os coletivos. Sempre bem pessoal e nunca o comum. O que a Bíblia tem a dizer sobre tudo isso? Momento de Reflexão Efésios Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor, pois o mari5.22-33 do é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos. Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. Da mesma forma, os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, pois somos membros do seu corpo. “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne”. Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja. Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito. O Padrão De acordo com as Escrituras, tanto o homem como a mulher têm, sim, um padrão a ser seguido como referência. Efésios 5.1 diz: “Sejam imitadores de Deus, como filhos amados”. Precisamos adotar o padrão estabelecido por Deus. Agora, como se imita Deus? Para respondermos essa pergunta, precisamos pensar em responder pelo menos outras duas: 9
1. Sendo Ele Deus, não se trata de um padrão infinitamente elevado demais para nós? 2. Sendo Ele Deus, um ser eterno e totalmente inalcançável aos nossos cinco sentidos, como seria possível reconhece-lo ou sequer considerá-lo como padrão? A resposta para essas perguntas é uma só. Jesus Cristo! O padrão estabelecido por Deus na criação e perdido pelo homem desde a sua decisão pelo pecado, pode agora ser encontrado em Jesus. Os seres humanos pecaram e foram destituidos – ou abortados – daquele ambiente ideal onde podiam se relacionar pessoalmente com seu Criador. Porém, nas palavras do próprio Jesus, “Deus amou o mundo de tal maneira” (João 3.16) que decidiu entrar nele de forma natural, sendo concebido e desenvolvido no útero de uma mulher. Como nos mostramos incapazes de ir até Ele, de O percebermos e de nos relacionarmos com Ele, o próprio Deus decidiu se esvasiar de suas prerrogativas divinas para vir a nós. Conforme o evangelista celebra: “O Logos Eterno se fez gente! E nós pudemos ver a sua glória!” (João 1.14). “Sendo Ele a expressão exata de Deus”! (Hebreus 1.3) Começando pelo fim. Sempre é melhor começar uma conversa polêmica partindo do lado onde houver mais facilidade de aceitação. Se, na época em que o apóstolo Paulo escreveu a Carta aos Efésios, questionar os “deveres” dos homens em relação às mulheres era algo difícil de fazer, o apóstolo usa esse mesmo expediente. Antes de tocar no ponto mais nevrálgico da questão, ele trás à tona algo que era aceito – e até mesmo esperado – comumente por toda a sociedade: começou falando dos “deveres” das mulheres na relação conjugal. Para tanto, do total de onze versos, Paulo precisou somente de três para falar sobre o papel da mulher e oito para abordar o lado masculino. A sujeição feminina era algo tão acomodado no senso comum daquela sociedade que foi usado apenas para introduzir o principal assunto: o amor sacrificial masculino. Hoje, contudo, parece que vivemos uma situação extremamente oposta. Para abordarmos o mesmo assunto, temos que começar pelo lado inverso. Antes de falar sobre o dever das mulheres, precisamos entender muito bem o que a Bíblia está dizendo sobre o papel masculino. 10
Maridos, amai as vossas mulheres
como Cristo amou a Igreja (v.25-27)
Após milêlios de hegemonia, a figura masculina tem experimentado um enorme processo de perda de identidade e valor. A partir da Revolução Sexual – movimento que se deflagrou na história entre os anos 60 e 70, caracterizado como sendo uma rebelião social contra os “valores morais cristãos” que “regulamentavam” a sexualidade humana e as relações interpessoais (monoPasseata feminista em Washington, D.C., em 1970. gamia, casamento, heterossexualidade) – o amor torna-se livre de todas as obrigações do matrimônio e dos códigos morais. A contracepção e a pílula, a nudez em público, a normalização da homossexualidade e a legalização do aborto foram fenômenos que começaram a ganhar força e mudaram toda a sociedade ocidental na sua essência. Em meio a tudo isso, soma-se o movimento conhecido como feminismo, uma ideologia que mudou conceitualmente o modo como enxergamos a mulher e, principalmente, o homem na sociedade. Podemos perceber que, na medida em perde de vista seu papel e abre mão de sua responsabilidade, o homem mergulha em um crise jamais vista em sua história. Não há qualquer sinal daquele que figurava tão bem como o provedor do lar, o líder da família, o sexo forte. No entanto, existe um padrão a ser seguido pelo homem. Esse padrão está ligado às necessidades mais fundamentais de nossa espécie, enquanto seres criados com habilidades e papéis específicos. Segundo a Bíblia, mesmo considerando todos os erros históricos da humanidade – em se tratando de suas relações – há, sim, um papel específico para cada um dos dois gêneros humanos. 11
Um homem pensa como homem, sente como homem e age como homem. Uma mulher pensa como mulher, age como mulher e sente como mulher. Apesar de ouvirmos muito sobre igualdade entre os gêneros, se formos realmente honestos, não há como fugir disso. Homens não são capazes de sentirem como uma mulher e mulheres não podem agir, sentir e pensar como homens. De acordo com Efésios, existe, sim, uma forma do homem corresponder à sua vocação. Ele cumpre o seu papel no momento em que ama. Não com qualquer tipo de amor, mas com aquela espécie de amor com o qual Cristo amou. O amor que entrega a própria vida em favor da felicidade da amada. Nossa sociedade está profundamente carente de homens que amem suas esposas. As mulheres do século XXI estão precisando desesperadamente ser amadas dessa forma, ainda que elas nem se dêem conta disso. Mesmo sendo elas que, agora, ditam os caminhos, que pagam as contas e que colocam a comida na mesa, elas precisam como nunca se perceberem amadas por alguém que é capaz de sacrificar a própria vida para que elas sejam felizes. Vivemos um tempo que sofre pela ausência da figura masculina. Claro que não falamos daquele tipo autoritário, injusto, tirano, rude, insensível de outros tempos. Mas a mulher de hoje – ainda que em posse de sua emancipação financeira e do controle de seu corpo e de sua capacidade à maternidade – não vê a hora de ser amada por alguém capaz de ser firme, dedicado, presente, que jamais foge da responsabilidade e que nunca mede esforços para fazê-la a mulher mais feliz do mundo, como esposa e como mãe. Esposas, sujeitem-se aos seus maridos ta a Cristo - v.22-24
como a igreja se sujei-
Como previsto, enfim chegamos no ponto mais delicado da nossa conversa. Parece mesmo impossível falarmos sobre sujeição feminina nesta altura da história, em pleno século XXI. Afinal, como dizer que a mulher de hoje (ícone de força, dedicação, inteligência, honestidade, competência, humanidade, responsabilidade, atitude, etc) deve se sujeitar ao homem de hoje (ícone de ignorância, preguiça, covardia, incompetência, desonestidade, irresponsabilidade, apatia, etc)? Parece mesmo que, nesse caso, a Bíblia não pode estar com a razão. Com certeza esse texto, que em outro tempo, quando a mulher era oprimida, era tão reverenciado, hoje deve ser ignorado e visto como sendo produto de um pensamento arcaico e ultrapassado. 12
Contudo, algumas coisas precisam ser esclarecidas. Em primeiro lugar, o texto bíblico não diz que a mulher deve se sujeitar ao homem. Está escrito que cada mulher precisa se sujeitar ao seu próprio marido, enquanto marido. Não é uma classificação de valor para os dois gêneros. Não diz que um é superior e outro inferior. Mas que são complementares. Ele cita o modelo do Corpo de Cristo. Cabeça não é nada sem o restante do corpo e nem o conjunto dos membros pode existir como corpo sem a cabeça. Somente existe algum valor no conjunto. Em Gênesis, a narrativa da criação, (1.27) afirma que Deus criou o homem (espécie) à Sua imagem, como homem e mulher. E os dois são vistos como uma unidade: homem. E a eles é dada a missão de dominarem a terra. De acordo com o projeto original, um jamais deveria dominar o outro. No entanto, a partir do momento em que – os dois – fazem opção pelo pecado, a harmonia desta relação é totalmente comprometida. O resultado é devastador e as consequências são antecipadas com tristeza pelo próprio Criador: “você (mulher)” que foi criada para estar ao lado, “agora será dominada”. Não se trata de um castigo imposto de forma arbitrária, mas da imediata consequência dos seus atos. E o que se seguiu a isso, todos sabemos. Milênios marcados pela opressão, subjugação e dominação masculina sobre as mulheres. Na antiga Grécia, por exemplo, a mulher idealizada era subjugada por sua incapacidade intelectual, física e de “não-virtuosidade” em comparação aos homens deste período histórico. Segundo Aristóteles “a mulher era incompleta, sofria de uma carência e maturidade de espírito, sendo, portanto, incapaz de exercer qualquer outra função que não fosse a de obedecer ao seu marido”1. Esse pensamento grego influenciou profundamente o mundo antigo. Na Palestina2 da época de Jesus também não era diferente. As mulheres eram impedidas de frequentar as sinagogas3, entrar no templo e até mesmo o acesso à Torah lhes era negado. Para a maior parte da sociedade, elas sequer possuiam uma alma. 1. Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C) . Livro I - A Política 1259b18 2. Na época bíblica – antes da influência grega –, as mulheres eram respeitadas, ouvidas e exerciam papel de grande importância na vida familiar e comunitária: Sara, Rebeca e Raquel, por exemplo, foram fundamentais para o desenvolvimento da nação; havia também profetizas e até juízas. 3. Desde aquela época até os dias de hoje as mulheres judias começam cada dia escutando os homens dizerem “Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo que não me fizeste mulher” 13
Jesus, no entanto, confrontou esses conceitos e devolveu às mulheres a dignidade perdida. Ele foi rotulado como pecador principalmente por causa de sua atitude de amor e compaixão com a qual recebia, compreendia e acolhia as mulheres. • Jesus lhes devolveu o valor: Elas sempre estiveram presentes em seu ministério e, por mais incrível que isso possa parecer, foram elas que o sustentaram financeiramente.(Lc 8.1-3) • Jesus lhes devolveu a voz: Foi delas o privilégio de serem as primeiras a ver e conversar com Jesus Ressurreto e a elas foi dada a missão de anunciar a ressurreição aos discipulos incrédulos e medrosos. • Jesus lhes devolveu a dignidade: Ele iniciou um movimento que resultou no derramamento do Espírito como cumprimento da profecia anunciada pelo profeta Joel, onde os filhos e as FILHAS, os servos e as SERVAS seriam os portadores da Palavra do Senhor. Foi a partir desse movimento iniciado por Jesus, que o apóstolo Paulo, no momento em que escreve para os crentes de Éfeso, uma cidade estabelecida sobre os alicerces da cultura grega da inferioridade feminina, apresenta a sujeição como sendo a “resposta” feminina natural e expontânea frente ao amor sacrificial masculino. Assim como acontece na relação entre Jesus e a Igreja: “Ele nos amou primeiro” (I João 4.19) Não é a qualquer homem que a mulher deve se sujeitar. Somente àquele que se entrega a ela. Somente àquele que a ama e empenha sua vida para que ela seja feliz. Momento de Decisão Tente por alguns minutos refletir um pouco a respeito de como você está vivendo. Saiba que Deus, o teu criador, te ama e preparou o melhor para você. A vontade DEle para sua vida é boa, perfeita e agradável e nunca o contrário. Rebelar-se contra Ele é assumir uma vida de sofrimento e tristeza. Não porque Ele vai trazer punição vingativa, mas porque suas decisões e escolhas geram consequências e você, somente você, é responsável por elas. E hoje é você que tem a oportunidade de escolher e assumir o padrão estabelecido por Cristo como: • marido - aquele que ama como Jesus amou a igreja • esposa - aquela que se sujeita como a igreja se sujeita a Jesus
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Lição
03 Era uma Vez os Pais e os Filhos
Com o fim da família nuclear, as gerações mais recentes estão crescendo em um mundo onde não encontram mais padrões sociais estabelecidos. Se antes eles ajudavam cada indivíduo a assumir seu papel na sosiedade, agora os filhos da revolução vivem o drama de fazer (obrigar) a sociedade mudar para se adaptar a eles. O problema é que enquanto esse indivíduo se esforça para “criar” o seu mundo ideal, outros sete bilhões estão fazendo o mesmo. O resultado? Já pode ser visto em todos os continentes, países e culturas: desajuste e caos social. Cada vez mais se discute se é realmente necessária a presença dos pais na educação dos filhos. Eles não têm mais o que dizer. Abriram mão de seu papel e agora encontram-se esvaziados de propósito. As gerações que nasceram após os anos setenta, que cresceram em meio a um mundo em trasnformação e que questionaram a autoridade de seus pais, rompendo com os padrões familiares mais tradicionais, se vêem, agora, como pais-que-não-sabem-ser-pais tentando conviver com filhos-que-não-sabem-ser-filhos. O resultado? Pais sem altoridade e filhos sem limite. Pais que não sabem nada e filhos que sabem tudo. Os pais desta geração não se vêem preparados para liderar seus filhos. Abrem mão de sua posição na história, por serem de uma geração acima e com isso perdem a oportunidade de influenciá-los. É claro que alguém está assumindo essa lacuna. O Estado, que se diz “Laico”, mas que na verdade se veste de uma postura anti-cristã, vem “religiosamente” se posicionando para educar nossos filhos e livrá-los da má influência dos pais. No entanto, o que a Bíblia tem a dizer sobre essas coisas? 15
Momento de Reflexão Efésios 6:1-4
Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. “Honra teu pai e tua mãe”, este é o primeiro mandamento com promessa: “para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra”. Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor.
Pais e filhos (Renato Russo) Estátuas e cofres e paredes pintadas Ninguém sabe o que aconteceu. Ela se jogou da janela do quinto andar Nada é fácil de entender. Dorme agora, é só o vento lá fora.
Quero colo! Vou fugir de casa! Posso dormir aqui com vocês? Estou com medo, tive um pesadelo Só vou voltar depois das três. Meu filho vai ter nome de santo Quero o nome mais bonito.
É preciso amar as pessoas Como se não houvesse amanhã Porque se você parar pra pensar Na verdade não há.
Me diz, por que que o céu é azul? Explica a grande fúria do mundo São meus filhos Que tomam conta de mim.
Eu moro com a minha mãe Mas meu pai vem me visitar Eu moro na rua, não tenho ninguém Eu moro em qualquer lugar. Já morei em tanta casa Que nem me lembro mais Eu moro com os meus pais.
É preciso amar as pessoas Como se não houvesse amanhã Porque se você parar pra pensar Na verdade não há.
Sou uma gota d’água, sou um grão de areia Você me diz que seus pais não te entendem, Mas você não entende seus pais.
Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo São crianças como você O que você vai ser, Quando você crescer?
Filhos, obedeçam a seus pais Assim como na relação entre marido e esposa, de acordo com a Bíblia, há um padrão estabelecido para pais e para filhos. Uma relação se comporta como vias que ligam dois lugares. Como no caso de uma estrada, é preciso estabelecer padrões de normas e condutas para que o caos não se estabeleça. Faixas, sinais, sentidos obrigatórios, não seriam necessários se somente um veículo fosse transitar na via. A primeira iniciativa a tomar é estabelecer aqui as condições de uma via de mão dupla. Se cada um ocupar o seu lugar, e o seu padrão de conduta, nunca haverá acidentes nem colisões. Outra questão a ser resolvida é o mau-estar que a palavra “obediência” provoca em nossa sociedade. Para ela, obediência sempre trás consigo o peso do autoritarismo. Crianças criadas por pais autoritários não querem reproduzir os memos traumas em seus filhos. E com isso, não se apresentam como tendo a autoridade conferida pela experiência vivida uma geração acima. Acabam perdendo a oportunidade de influenciar a vida de seus filhos. Quando o texto bíblico afirma que os filhos devem obedecer a seus pais, o faz apresentando três motivos: 16
v1. “porque é justo” – Trata-se de uma lei natural. Nada mais coerente que os filhos obedeçam a seus pais e nunca o contrário. Uma vez que o conhecimento humano está ligado à sua experiência sensorial e empírica, os pais são NATURALMENTE capacitados para orientar e conduzir os filhos para que alcancem a maturidade. Enfim, contratriando a tudo o que se diz hoje, a experiência e a maturidade não representam declínio e fraqueza, mas um bem de valor inestimável. v.2 “porque é um mandamento” – Trata-se de uma lei espiritual. Não é uma obediência cega ao sexto grande mandamento (Êxodo 12.20), que devemos apenas obedecer com medo de sofrer represálias de um Deus autoritário e severo, antes, trata-se mais uma vez das consequências dos nossos atos. São elas que vão nos punir. v. 3 porque é o caminho para a felicidade – Todos os 10 mandamentos foram entregues por Deus tendo em vista o bem estar dos individuos e de toda a comunidade dos filhos de Israel. Deus interferiu definitivamente na vida daquele povo e mudou sua condição de escravos para a de povo livre. Eles estavam a caminho de uma nova terra para fundar um novo tipo de reino. E para isso receberam de Deus instruções “para que tudo corresse bem e tivessem longa vida sobre a terra”. Por isso, quando o Apóstolo Paulo evoca o sexto mandamento, não o faz para impor e exigir uma obediência ritualista. Não é abrir mão de nossa condição de liberdade para escolher e pedir, mas os filhos devem obedecer de coração, COM HONRA: “farei isso porque CONFIO em você e acredito que é o melhor para mim... porque sei que você só quer o melhor para mim”. Pais, sejam pais Quanto aos pais, o apóstolo Paulo escreve: “não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor”. Os pais não precisam se esforçar para conquistar a atenção e a admiração de seus filhos. Eles simplesmente já as têm. Também não precisa de estratégias de conquista para exercer autoridade sobre eles, basta apenas um simples e verdadeiro olhar. É natural que seja assim. Por isso, os pais precisam assumir sua vocação de serem pais. Não são professores, mestres, donos, mas aqueles que
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geraram e que trouxeram à luz e por isso recebem de Deus a responsabilidade de preparar seus filhos para a vida. Por isso, não podem sequer imaginar entregar essa maravilhosa tareva nas mãos de outras pessoas, instituições, até mesmo da igreja e muito menos do estado. A partir de certa idade, parece que algo acontece na relação entre os pais e os filhos e de repente percebemos surgir grandes abismos que separam uma geração da outra. O que era admiração agora parece ser um tipo de desprezo; onde havia confiança, parece que encontramos dúvida e receio. De acordo com o apóstolo, o segredo para que isso não aconteça e os pais vençam na nobre tarefa de educar seus filhos é que precisam observar cuidadosamente duas coisas: v.4 “Não irritem seus filhos” Muito se fala de filhos que não obedecem seus pais. Mas, na grande maioria das vezes essa atitude dos filhos não passa de uma reação pelo fracasso dos pais em serem pais. São eles, os pais, responsáveis e causadores dessa rebeldia. O que pode irritar um filho, a ponto de levá-lo a uma atitude de revolta e desobediência? Podemos apontar pelo menos três fatores que podem ser facilmente encontrados na quase totalidade dos casos: 1. críticas, 2. agressividade, 3. omissão no papel v.4 “criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor”. Os pais devem assumir a responsabilidade do desenvolvimento de seus filhos. Precisam assumir a verdade de que são uma geração acima e são capazes de cumprir essa tarefa tão digna. Não podem se deixar enganar pela mentira de que é impossível fazer. Mas, pelo contrário. Precisam fazer isso com fé e instrui-los no “conselho e nos caminhos do Reino de Deus”
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“Quando você promete amar alguém para sempre, está prometendo o seguinte: “Eu sei que nós dois somos jovens e que vamos viver até os 80 anos de idade. Sei que fatalmente encontrarei centenas de mulheres mais bonitas e mais inteligentes que você ao longo de minha vida e que você encontrará dezenas de homens mais bonitos e mais inteligentes que eu. É justamente por isso que prometo amar você para sempre e abrir mão desde já dessas dezenas de oportunidades conjugais que surgirão em meu futuro.” “O objetivo do casamento não é escolher o melhor par possível mundo afora, mas construir o melhor relacionamento possível com quem você prometeu amar para sempre.”
Stephen Kanitz - Colunista da Revista Veja
“Precisamos unir a geração de nossas avós com a de nossas mães para chegar a um equilíbrio feminino... Quero dizer às jovens do mundo de hoje que existe uma pressão para que elas sejam autossuficientes profissionalmente, sejam mulher e homem ao mesmo tempo, como se fosse a única forma de realização. Para isso, elas têm de desenvolver agressividade, frieza – sentimentos que não têm a ver com o que é ser mãe. O valor básico da maternidade é cuidar do outro, doar, servir. Nada a ver com o mundo competitivo..” Participante
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Maria Mariana (autora de Confissões de Adolescente) em entrevista publicada pela revista Época
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De Casa em Casa é o Ministério de Pequenos Grupos da Comunidade Batista Nova Esperança. Acreditamos que os pequenos grupos são o meio mais eficaz para cumprirmos nosso papel na Grande Comissão. Porque são os relacionamentos interpessoais a forma mais efetiva para levar as pessoas a Jesus. Cremos que a intimidade e o aconchego fazem de um lar o ambiente ideal para: • • •
Pastoreio – Acolher e ensinar os membros da igreja Evangelização – Receber amigos, vizinhos e parentes e convidá-los para um primeiro contato com a igreja e com o ensino da Palavra Comunhão – Promover a integração entre todos participantes com o grupo e ajudá-los em sua inclusão no contexto da igreja.
Guia de Estudos para Pequenos Grupos Comunidade Batista Nova Esperança © Produzido para uso interno Novembro/Dezembro 2012