MENSAGEIR O LUTERANO | Ano 94 | Nº 1.155
Janeiro e Fevereiro2011
Leia nesta edição
“Bem-aventurados os surdos?” Podem os surdos ser felizes, bem-aventurados? Sim, quando o amor de Deus e o amor salvador de Jesus lhes forem anunciados e comunicados
“Bem-aventurados os surdos... que ouvem e creem!”
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MENSAGEM DO PRESIDENTE
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VIDA COM DEUS
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ADORAÇÃO E LOUVOR
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RETROSPECTIVA
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OPINIÃO
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CAPA
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MÚSICA NA IGREJA
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EDUCAÇÃO TEOLÓGICA
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VIDA CRISTÃ
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MEDICINA E ÉTICA
vida cristã
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SERVIÇO DE CAPELANIA
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IGREJAS PELO MUNDO
Acolhimento na Igreja
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VIRANDO A PÁGINA
FORMANDOS
IELB recebe novos pastores
em foco
A ganância e a fome
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REFLEXÃO
É tempo... de prospectus!
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Mensageiro | Janeiro e Fevereiro 2011
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| AO LEITOR |
Nilo Wachholz Editor-Redator | editor@editoraconcordia.com.br
: © Zeliha Vergne
muito amplo e cheio de significados, porém, em nosso estudo, o autor aponta Cristo como o centro da verdadeira espiritualidade. Em outro tema relacionado a este, somos alertados para o cuidado com as crendices e superstições próprias deste período, embora, algumas sejam praticadas ao longo de todo o ano. Em aspectos práticos da vida cristã somos convidados a refletir sobre o acolhimento que recebemos de Deus, e conclamados a responder na mesma medida em relação ao nosso próximo, onde quer que ele esteja. E são apontados caminhos para a nossa resposta, seja ela coletiva, através das instituições de ação social, ou mesmo de ações individuais. No campo da saúde e da ética médica, trazemos uma reflexão sobre a doação e o aproveitamento de órgãos do nosso corpo para ajudar outras pessoas. As dúvidas vão permanecer, mas elas são menores que os benefícios da doação.
FOTO DA CA PA
Final e início de ano é um tempo diferente. Diferente pela correria que antecede o Natal e Ano Novo, pela desacelerada na agenda profissional e escolar de muitas pessoas e famílias nos meses de janeiro e fevereiro. Mas há outros aspectos que afloram de forma especial nesta época. Entre eles, está a renovação das expectativas pelo novo, pelo melhor na vida pessoal, familiar e profissional. E muito nitidamente também aflora a espiritualidade, a religiosidade. Percebe-se isso especialmente nas mensagens dos votos que trocamos com pessoas do nosso relacionamento e também nos mais diferentes cultos e manifestações religiosas, até mesmo nas praias do nosso imenso Brasil. Para ajudar na reflexão, na avaliação, e até mesmo para ajudar as pessoas encontrarem ou seguirem caminhos mais seguros e bem fundamentados, especialmente no aspecto religioso, trazemos como matéria de capa o tema Espiritualidade. É um tema
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Tempo diferente
Saudamos aos novos pastores que a IELB recebe em seus campos de trabalho ministerial. Contem sempre conosco, seja pelo Mensageiro Luterano ou por outros produtos da Editora Concórdia. A todos a nossa gratidão e os votos de um feliz e abençoado Ano Novo! Voltamos em março, se Deus assim o permitir!
Mensageiro Luterano ISSN 1679-0243 Órgão Oficial da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) de periodicidade mensal (exceto janeiro e fevereiro - edição única). Registrado sob nº 249, livro M, nº 1, em dezembro de 1935, no Registro de Títulos e Documentos do Rio de Janeiro, conforme o Decreto-Lei de Imprensa nº 24776 de 14/07/1934. Projeto e Produção Gráfica Editora Concórdia Ltda. Redação mensageiro@editoraconcordia.com.br Editor Nilo Wachholz - MTb 42140/SP Assistente Editorial Daiene Bauer Kühl - MTb 14623/RS Revisão Aline Lorentz Sabka JORNALISTA-DIAGRAMADOR Leandro da Rosa Camaratta Designer Christian Schünke Colaboradores fixos Bruno Ries, Carlos W. Winterle, Luisivan V. Strelow, Marcos Schmidt, Mona Liza Fuhrmann, Rosemarie K. Lange, Vitor Radünz, Waldyr Hoffmann Assinaturas Lianete Schneider de Souza Logística Marcelo Azambuja Assinatura no Brasil Anual R$ 49,00; Bianual R$ 92,00 Assinatura para outros países Anual US$ 52,00; Bianual US$ 100,00 Tiragem desta edição 9 mil exemplares A Redação reserva-se o direito de publicar ou não o material a enviado, bem como editá-lo para fins de publicação. Matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da Redação ou da Administração Nacional da IELB. O conteúdo do Mensageiro pode ser reproduzido, mencionados o autor e a fonte.
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IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DO BRASIL Filiada a Associação de Editores Cristãos (ASEC)
Endereço Av. São Pedro, 633, Bairro São Geraldo, CEP 90230-120, Porto Alegre, RS Fone/Fax (51) 3272 3456 Site www.editoraconcordia.com.br Twitter twitter.com/edconcordia Email editora@editoraconcordia.com.br Comercial comercial@editoraconcordia.com.br Diretoria Executiva Henry J. Rheinheimer (presidente), Clóvis J. Prunzel, Nilo Wachholz, Nilson Krick e Rubens José Ogg Gerente Nilson Krick - nilson@editoraconcordia.com.br Depto Financeiro Joel Weber Editor Nilo Wachholz - editor@editoraconcordia.com.br Comissão Editorial Adilson Schünke, Célia M. Bündchen, Clóvis J. Prunzel, Nilo Wachholz, Nilson Krick e Rubens José Ogg
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| MENSAGEM DO PRESIDENTE |
Egon Kopereck Pastor Presidente da IELB| presidente@ielb.org.br
Ano Novo traz novos projetos e oportunidades
imagens arquivo editora concórdia
Novo Ano 2010 é página virada, 2011 já é realidade. Mesmo 2010 sendo página virada, ela tem história, e a história nos ensina e nos motiva. O ano que passou foi um ano cheio de desafios, oportunidades, mudanças, novidades, algumas dificuldades, mas, no final, não poderia ser outra a nossa atitude senão juntar as mãos, olhar para cima e dizer: “Muito obrigado, Senhor. Mais um ano, estiveste do nosso lado. Nos amparaste, guiaste e, em meio as dificuldades, nos carregaste em teus braços. Perdoa nossa ingratidão e as muitas vezes que preferimos seguir nosso próprio caminho, e, orgulhosamente, não entregamos tudo em tuas mãos”. Agora, olhamos para frente: queremos levar “Cristo Para Todos, Comunicando a Vida, Acolhendo e Integrando”. O Bom Pastor Jesus é nossa motivação. O seu amor por nós, e pelo mundo inteiro, nos impulsiona, nos move e não nos permite calar ou ficar indiferentes. E o que é mais confortador: esse Jesus que esteve conosco em 2010, que nunca nos abandonou, nos diz e promete: “Estou convosco todos os dias” (Mt 28.20), também no futuro. Ele continua dizendo: “Não temas, porque eu sou contigo, não te assombres, porque eu sou o teu Deus, eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Isaías 41.10). Isso não é maravilhoso? Com essa certeza, dá para entrar num novo ano com medo, dúvidas ou insegurança? Então, queridos irmãos, feliz e abençoado 2011!
Projetos Muitos desafios e muitas oportunidades nos esperam em 2011. Queremos, como Diretoria Nacional, visitar muitos distritos e comunidades, levando uma palavra especial aos líderes nos Encontros de Liderança, desafiando para um trabalho sempre mais unido,
focado e integrado na busca de uma Igreja viva, dinâmica, ativa, acolhedora, que valoriza e olha com amor para as crianças; que quer ver os jovens integrados, envolvidos, vivendo a sua confirmação de fé e fidelidade a Deus por toda a vida. Uma Igreja que trabalha com Servas, Leigos e Terceira Idade. Uma Igreja que não quer apenas ouvir o Evangelho, mas que deseja, de fato, praticá-lo no seu relacionamento com o próximo, amando, servindo e testemunhando. Uma Igreja que cuida da boa formação e educação do seu povo. Uma Igreja que incentiva e apoia vocações para o santo ministério, para que tenhamos sempre mais e bons obreiros na seara do Senhor. Enfim, queremos ser uma Igreja Viva que, com seu viver e agir, “Comunica a Vida”.
Oportunidades Temos muitas oportunidades para servir. É o nosso testemunho pessoal. É o orar pelo trabalho no Reino de Deus, por nossos pastores e líderes. É o ofertar com alegria e fidelidade o melhor que podemos, conforme
nos recomenda 2 Co 9.7: “Não com tristeza e por necessidade; porque Deus AMA a quem dá com alegria”. Queremos nos envolver em projetos sociais. Queremos ajudar na formação de futuros pastores, e, nesse sentido, em nosso Seminário Concórdia, há necessidade de termos mais moradias para estudantes casados. Podemos ajudar nos colocando à disposição, como voluntários, para ajudar com ofertas ou com mão de obra. Eis uma campanha que está por ser lançada. Queremos ler o nosso Mensageiro Luterano e desafiar nossos irmãos que ainda não têm uma assinatura a fazê-la também. Queremos guardar tempo, diariamente, em nosso lar para, usando o nosso devocionário, em conjunto com a família ter nossa devoção doméstica, e assim, diariamente, convidar Jesus para estar conosco em nosso lar e em nossa vida. Senhor! Abençoa o trabalho de nossas fracas mãos, e que seja tudo para tua honra, glória e louvor, pois o que tu fizeste por nós, não tem dinheiro que paga. Aceita nossa consagração e fidelidade. Amém. m Mensageiro | Janeiro e Fevereiro 2011
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| VIDA COM DEUS |
Luisivan Vellar Strelow Teólogo (STM) | lstrelow@hotmail.com
Em Cristo, somos acolhidos e acolhemos outros “Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para glória de Deus” (Rm 15.7)
Todos são iguais Paulo escreve que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Todos perderam a inocência e se tornaram culpados perante Deus. Cristo nos levou para a glória de Deus quando nos acolheu na sua inocência e não nos rejeitou por causa de nosso pecado. Esta é a mensagem do Evangelho: somente o perdão dos pecados pode nos devolver a inocência e, com ela, a glória de Deus. Acolhidos na graça de Deus, participamos também de sua glória. Pois o perdão traz inocência, justiça e bem-aventurança, e a fé é um coração novo e puro perante Deus. Paulo, no início da carta, diz que não se envergonha do Evangelho, porque é poder de Deus para salvação de judeus e gregos. O Evangelho revela a justiça que inocenta o pecador – o perdão dos pecados. Ninguém pode pleitear inocência perante Deus. Todas as pessoas, sem distinção, precisam da justiça que inocenta o pecador: “Somos justificados, gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24).
Em Cristo, somos acolhidos O Evangelho anuncia a justiça que absolve o pecador, pois o Cordeiro Inocente foi punido em lugar de todos os pecadores. Assim, pela fé em Cristo, e de nenhum outro modo, seremos declara-
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para que seja salvo; o desprezado, para que descubra o valor de sua vida; os caídos, para que sejam levantados.
dos inocentes no dia do juízo (1 Ts 1.10; 3.13). O sangue de Jesus não é, para nós, motivo de vergonha, mas de glória, porque o seu sangue inocente, derramado pelo pecado, é o poder de Deus para inocentar os pecadores. Pelo mesmo motivo, também não temos o porquê de nos envergonhar uns dos outros na igreja, pois o amor cobre multidão de pecados. Existem muitas irmandades e fraternidades no mundo que praticam o acolhimento mútuo, mas nenhuma outra, além da Igreja de Cristo, pode acolher para a glória de Deus. Somente a Igreja pode acolher o pecador com o perdão dos pecados que confere inocência e livra do juízo eterno. Cristo nos acolheu para nos dar o que não tínhamos e que jamais poderíamos obter senão do Filho Unigênito de Deus: a inocência e glória dos filhos de Deus. O acolhimento cristão é, por essa razão, chamado de “comércio maravilhoso”, porque nosso pecado é perdoado e somos cobertos com o manto da justiça de Cristo.
Em Cristo, acolhemos fortes e fracos Esse “comércio maravilhoso” precisa se repetir no cotidiano da igreja. Os fortes na fé não devem ter vergonha dos fracos, pois fortes e fracos são igualmente pecadores acolhidos por Cristo. Na igreja, somos acolhidos como fracos para nos tornarmos fortes, pois nossa força não está em nós, mas na graça de Deus. Quando Paulo ouviu de Deus as palavras “a minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza”, também declarou “quando sou fraco, então, é que sou forte” (2 Co 12.9,10). O fraco é acolhido para que adquira força; o necessitado, para que tenha fartura; o solitário, para que se encontre em família; o perdido,
O Evangelho de Cristo é a palavra do acolhimento divino que inocenta os pecadores. Uma igreja acolhedora continua a obra de Cristo, que veio buscar e salvar os perdidos, os desprezados, os humildes, os pequeninos, os que nada são. O acolhimento fraternal, na igreja, é Evangelho vivido e praticado. Por essa razão, vamos todos à igreja, para que, com nosso sincero “bom dia, como vai?”, especialmente aos visitantes, sejamos nós mesmos a melhor pregação do Evangelho que acolhe os estranhos para que se tornem membros da família de Deus. Quando acolhemos, também somos acolhidos. Assim como todos fomos acolhidos por Cristo, também nos acolhemos todos, mutuamente, para a glória de Deus. m foto: Leandro da rosa camaratta
O
s fiéis eram identificados em quadros e gravuras com um círculo dourado sobre suas cabeças – as “auréolas”. Os pecadores eram representados, por outro lado, escondendo o rosto perante Deus, envergonhados de seus pecados. As auréolas representavam a inocência e a glória dos filhos de Deus.
| EM FOCO |
Marcos Schmidt Pastor em Novo Hamburgo, RS| marsch@terra.com.br
A ganância e a fome
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A solução para a fome e outras necessidades materiais está naquilo que não se precisa, naquilo que sobra. Está no lixo, por exemplo. O desperdício de comida no Brasil daria para alimentar oito milhões de famílias. foto arquivo editora concórdia
eu primeiro artigo, aqui neste espaço, foi em janeiro de 2003 sob o título Fome Zero. Era o início do mandato do presidente Lula que lançava a campanha contra a fome no Brasil. Oito anos depois, os dados anunciam que a desnutrição de 50 milhões de brasileiros foi reduzida pela metade. Porém, ainda existe muita gente na miséria. No mundo, as estatísticas indicam que há 800 milhões de pessoas que não têm alimento suficiente; 11 mil crianças morrem desnutridas a cada dia; um terço das crianças dos países em desenvolvimento apresenta atraso no crescimento físico e intelectual. Como diminuir esta calamidade? Quem sabe imitando o gesto dos bilionários americanos? Estimulados por um dos homens mais ricos do mundo, Bill Gates, eles prometeram doar metade de suas fortunas. Se isso for cumprido, serão mais de 150 bilhões de dólares para a caridade. Imaginem esses e outros ricos doando parte de seus bens? Seria a solução. No entanto, sabemos que isso é muito difícil de acontecer, porque o problema da fome tem nome: ganância. Uma doença infecciosa que vem do coração humano e atinge o bolso de cada um, alastrando-se nas necessidades materiais do semelhante. A fome tem explicação bíblica na história do homem que chegou para Jesus e pediu: “Mestre, mande o meu irmão repartir comigo a herança que o nosso pai nos deixou” (Lc 12.13-21). Jesus respondeu que a missão dele não era de julgar ou repartir propriedades. E alertou: “Tenham cuidado com todo tipo de avareza”. Para ajudar na reflexão, contou a parábola do rico que construiu enormes celeiros a fim de guardar todas as suas colheitas e aproveitar a vida. “Seu tolo!”, narra o final da parábola. “Esta noite você vai morrer; aí quem ficará com tudo o que você guardou?”. - Quem ficará com tudo o que nós guardamos? Foi pensando nisso que um casal idoso do Canadá, sem conseguir se adaptar à vida de milionário, resolveu doar 98% dos 19 milhões de reais que ganhou numa loteria. A ação bene-
volente foi feita para organizações de caridade, instituições sociais e hospitais. Numa entrevista, o casal explicou o estranho gesto: “ninguém entende por que demos o dinheiro, mas nós não precisávamos daquela fortuna”. Na verdade, a solução para a fome e outras necessidades materiais está naquilo que não se precisa, naquilo que sobra. Está no lixo, por exemplo. Uma pesquisa diz que o desperdício de comida no Brasil daria para alimentar oito milhões de famílias; nem precisaria mais da Bolsa Família. No mundo, um terço dos alimentos se estraga nas prateleiras e nas lixeiras – enquanto uma pessoa a cada sete padece de fome. Por isso, histórias iguais a estas, de pessoas ricas que doam o seu dinheiro, impressionam numa sociedade cada vez mais materialista. Vivemos tempos marcados pelos “prazeres da vida”. Dias atrás, encontrei o seguinte destaque numa revista eletrônica sobre moda de roupa: “Glamour e hedonismo podem ser adquiridos a preços acessíveis”. Chamou-me atenção a palavra hedonismo. Jesus usou este termo na parábola do Semeador, ao dizer que “as sementes que caíram no meio dos espinhos são as pessoas que ouvem a mensagem. Porém as preocupações, as riquezas e os prazeres (hedonón no grego) desta vida aumentam e sufocam essas pessoas. Por isso, os frutos que elas produzem nunca amadurecem” (Lc 8.14). Sabemos que os frutos da fé cristã são a prática da caridade ao próximo. E não é preciso ser milionário para obedecer ao que Jesus diz no fim da história bíblica “vá e faça a mesma coisa”. A cada instante surge no nosso caminho alguém “assaltado” por necessidades materiais. Para ajudá-lo, teremos que sair do conforto de nossa rotina samaritana. Mas, como testemunhou o casal canadense, eles se consideravam felizardos apenas por estarem vivos, e por terem um ao outro. Algo parecido ao que o apóstolo Paulo escreveu: “Pois para mim, viver é Cristo e morrer é lucro. Mas, se eu continuar vivendo, poderei ainda fazer algum m trabalho útil” (Fp 1.21,22). Mensageiro | Janeiro e Fevereiro 2011
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| REFLEXÃO |
É tempo...
de prospectus!
foto arquivo editora concórdia
PAULO RICARDO KLAUDAT Professor e pastor emérito, Simões Filho, BA
É
mais fácil o retrospectus, ou seja, olhar para trás, ou o prospectus, olhar para frente? Quando olho para trás, no tempo, posso ver os fatos, sentir as emoções e saudades, os fracassos ou sucessos, posso chorar ou me sentir muito feliz. Mas, e o prospectus – olhar para dentro do tempo futuro, é possível? A sabedoria popular responde: o futuro a Deus pertence! Essa não é uma afirmação nova, pois há 3.000 anos, Salomão já dizia: “A pessoa faz os seus planos, mas quem dirige a sua vida é Deus” (Provérbios 16.9) e “As pessoas podem fazer os seus planos, porém é o Deus Eterno quem dá a última palavra” (Provérbios 16.1). Será, então, que essas opiniões nos convidam a ficarmos parados e a cruzarmos os braços ou a não planejarmos absolutamente nada, já que Deus dirige tudo? Não é bem isso. Essas palavras nos mostram, sim, o verdadeiro caminho que devemos seguir. Milhões de
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brasileiros planejam baseados nos “profetas” de fim de ano. Será que existe uma pessoa que recebeu este poder especial? Você já viu essas “profecias” darem certo? Profetizar que a Seleção Brasileira encontrará dificuldades numa Copa do Mundo e que precisa prepararse, isso qualquer um pode afirmar, mas ver os acontecimentos futuros de minha vida, isso só pertence a Deus. Por isso, Deus quer que a gente planeje, e de forma correta. Existem milhares de livros sobre planejamento. Cada um quer apresentar a melhor fórmula, mas todos fazem, entre outras, três perguntas importantes: 1) Por que planejar?, que é a justificativa; 2) Para que planejar?, que é o objetivo; 3) O que quero alcançar?, que é a meta. O mais interessante é que, embora conheçamos esses passos, muitos preferem a mentira, o engano de uma “previsão” que nunca acontecerá e que poderá nos trazer muita infelicidade. Na época do profeta Zacarias, que viveu cerca de 500 anos antes de Cristo, Deus
desafiou o Povo de Israel a fazer um planejamento e vivê-lo. Por quê? Havia paz e todos os setores da sociedade cresciam. Para quê? Sedimentar, solidificar essa boa situação. O que alcançar? Muitos e muitos anos de paz e progresso. Como? Eis o “X” da questão. O Povo de Israel fez completamente o contrário. Desrespeitou leis, e sua religião se tornou uma prática egoísta e só de fachada. Foram, por isso, dispersos, escravizados por diversos povos e sua terra foi destruída. E o pior de tudo, Deus disse: “Assim como eles não quiseram ouvir quando eu falei, eu também não vou escutar quando eles orarem a mim” (Zacarias 7.13). Mas, como eles deveriam olhar para frente e viver o seu planejamento? Fácil! Veja: “Sejam honestos e corretos e tratem uns aos outros com bondade e caridade. Não explorem as viúvas, nem os órfãos e nem os pobres. E não façam planos para prejudicar os vossos semelhantes” (Zacarias 7.9). É fácil, não é? Portanto, é tempo de olhar para dentro do futuro da minha família, do meu trabalho ou estudo, e da minha relação com Deus, e viver corretamente o planejamento acima proposto, que também é para nós. Não sou profeta, mas posso garantir: você não vai se arrepender no final de 2011. Peçamos assim: Senhor, não permitas que eu erre no meu planejamento, e lembre-me sempre m da tua proposta. Amém!
Datashow,
um recurso auxiliar no culto
fotoS: Leandro da rosa camaratta
| ADORAÇÃO E LOUVOR |
David Karnopp Membro da Comissão de Culto da IELB Pastor em Vacaria, RS
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m dos recursos cada vez mais usado na comunicação é o datashow. A exemplo do computador e do celular, este recurso veio para ficar. Ele tem sido uma bênção na condução dos cultos, palestras, estudos bíblicos e reuniões. Apesar de ser um instrumento valioso para a igreja, ele pode trazer problemas se for mal usado. O desafio então é usá-lo corretamente. As vantagens dele são conhecidas e não é necessário descrevêlas. Porém, quais seriam os perigos do uso inadequado do datashow? Recursos audiovisuais sempre são bemvindos no culto. No entanto, quando eles se tornam o centro das atenções, o culto perde o foco. O foco do culto não devia estar no recurso, mas na mensagem para a qual o recurso transmite. O senhor Jesus também se utilizou de recursos para ensinar. Certa vez, ele subiu a um monte para falar melhor (Mt 5.1); noutra ocasião, ele utilizou um barco para ensinar a multidão na praia (Lc 5.3). Em ambas as situações, o foco não estava nos recursos, mas na sua Palavra. Quando um datashow é responsável por encher a igreja, é preciso perguntar se ele não está sendo mais valorizado do que a própria Palavra. Em alguns lugares, todo o culto é projetado no datashow, inclusive hinos e leituras bíblicas. Isso faz com que as pessoas deixem de folhear a Bíblia e o hinário. O único contato com a Bíblia passa a ser o visual. Com o tempo, elas não saberão mais localizar passagens ou livros da Bíblia. Mesmo que, no futuro, a Bíblia deixe de ser impressa em papel é preciso saber “folheá-la” eletronicamente. Há casos em que são projetados excesso de imagens, cores e texto. Isso faz com que
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o culto vire uma poluição visual. O excesso de informação e ilustração, ao invés de ajudar, perturba. Em alguns casos, também acontece uma projeção indiscriminada de imagens. Muitas delas são “catadas” na internet sem a menor reflexão sobre sua origem. Algumas imagens beiram ao chocante. A impressão que se tem, é que, o texto projetado não é suficientemente forte, por isso, precisa ter uma imagem de impacto para que fale mais que o texto. É sempre melhor que as imagens sejam discretas para que a atenção não esteja nelas, mas no texto. O uso do datashow pode também afetar o sistema litúrgico tradicional. Ele tem sido usado para se investir excessivamente na variedade litúrgica. Mesmo que se mantenha o esqueleto da liturgia, o que dita o tom é a variedade. Isso oferece o perigo de descartar a histórica liturgia e seu rico conteúdo. Com o tempo, também se corre o risco de perder a identidade cultual. O datashow tem a vantagem de oferecer novidades, mas nisso também mora um perigo, pois o que é novo hoje, amanhã não é mais. Com isso, é necessário buscar sempre mais novidades, para, de alguma maneira, continuar agradando. O perigo é fazer das novidades o centro do culto. E o bom uso do datashow também passa pela escolha mais adequada da fonte, isto é, o formato da letra. Evite as serifadas como a Times New Roman e semelhantes. Prefira letras como Arial, Tahoma, Verdana. E quanto ao tamanho da letra, use aquele em que a pessoa mais distante da tela possa ler, sem nenhuma dificuldade. Assim, o valor do culto não pode depender do projetor. O culto depende da Palavra e dos sacramentos, pelos quais Deus age. A ausência
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“O valor do culto não pode depender do projetor. O culto depende da Palavra e dos sacramentos, pelos quais Deus age. A ausência do datashow e de outros recursos não deveria desmerecer o culto, pois o centro das atenções é o altar, onde estão a Palavra e os sacramentos.” do datashow e de outros recursos não deveria desmerecer o culto, pois o centro das atenções é o altar, onde estão a Palavra e os sacramentos. O datashow deve ser usado como uma ferramenta no culto, para ajudar as pessoas a entenderem melhor o que Deus está dizendo. Ele não deveria substituir nem Bíblia, nem hinário, nem pastor. A imagem que ele transmite deve sublinhar a mensagem, e não dispersar o pensamento com ilustrações muito diversificadas. Ele deve ser um recurso para memorizar, para fixar ideias, para mostrar gráficos e mapas, para mostrar a grandeza do amor de Deus por nós. Também deveria ser usado como recurso da nossa resposta ao m amor de Deus. Mensageiro | Janeiro e Fevereiro 2011
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| RETROSPECTIVA | Foto arquivo editora concórdia
O que es perar de
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Elmer Teodoro Jagnow Pastor em Marechal Candido Rondon, PR
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empre que inicia um novo ano surgem novas expectativas. Espera-se algo melhor no ano que inicia, mas nem sempre este melhor acontece. A pergunta necessária é: como foi o ano que passou? Bom, regular ou ruim? A resposta sempre depende de nossas expectativas. Nos votos de Feliz Ano Novo, aparecem as expectativas: “muito dinheiro, muita saúde e muita paz”. Isso são coisas importantes. Para alguns, não ter tido dinheiro em abundância significa que o ano que passou não foi bom e, se não tiver esta fartura no novo ano, este também será um ano ruim. Aqueles que tiveram problemas de saúde vão avaliar o ano que passou como um ano ruim. Assim, cada pessoa tem as suas expectativas, e, se elas não se realizam, o ano é tido como ruim. O que o filho de Deus jamais deveria esquecer é que iniciar um novo ano já é uma grande bênção de Deus. São mais oportunidades para servir a Deus.
Quanto tempo? Um ano possui 365 dias, que são 8.760 horas no total. Cabe a cada pessoa decidir como usar esse tempo. Em Eclesiastes 3.1a-4: “Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião. Há tempo de nascer
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ensageiro
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e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar [...] tempo de derrubar e tempo de construir. Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar; tempo de chorar e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las; tempo de abraçar e tempo de afastar”. O texto ensina que Deus dá tempo para fazer muitas coisas. Veja, porém, a con-
O que o filho de Deus jamais deveria esquecer é que iniciar um novo ano já é uma grande bênção de Deus. São mais oportunidades para servir a Deus. clusão: “Então entendi que nesta vida tudo o que a pessoa pode fazer é procurar ser feliz e viver o melhor que puder. Todos nós devemos comer e beber e aproveitar bem aquilo que ganhamos com o nosso trabalho. Isso é um presente de Deus. Eu sei que tudo o que Deus faz dura para sempre; não podemos acrescentar nada, nem tirar nada. E uma coisa que Deus faz é levar as pessoas a temê-lo” (Ec 3.12a-14). Logo não se pode ser feliz se não
reservarmos tempo para Deus. Quanto destas 8.760 horas você usa para se ocupar com as coisas de Deus? Quantas horas você usa para participar dos cultos? Quantas horas foram no ano passado? Quantas horas serão no final deste ano? Quanto tempo dedica para as outras atividades da igreja? Quanto tempo para a devoção particular e familiar?
O tempo mais importante Como em todas as coisas, Deus deve estar em primeiro plano. No uso do tempo também precisa ser assim. Jesus, no tempo estabelecido pelo Pai, veio salvar a humanidade: “Quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho, que veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei para libertar os que estavam debaixo da lei, a fim de que nós pudéssemos nos tornar filhos de Deus” (Gl 4.4,5). Jesus teve muito tempo para os seres humanos. Dedicou 33 anos para a humanidade pecadora. Teve inclusive tempo para morrer e salvar as pessoas de seus pecados. É esta doação de Jesus que é a motivação para cada filho de Deus reservar muitas destas 8.760 horas do ano para ele. Talvez, seu grande desafio seja usar mais tempo para aquele que é o Doador da vida m e do tempo.
| OPINIÃO |
Superstições de Ano Novo
Foto: Lori Boggetti - Fotolia.com
carlos walter winterle Pastor na Cidade do Cabo, África do Sul cwwinterle@yahoo.com.br
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ui ao Mercado Público estes dias. Logo ao entrar, vi uma enorme fila, bem organizada, com cordões de isolamento, que conduzia para a parte central do mercado. Chegando mais perto, vi vários “pais e mães de santo” lado a lado, devidamente paramentados com suas roupas típicas, atendendo as pessoas da fila. Um dava passes, o outro borrifava água com um raminho de arruda, o outro benzia, e um amarrava uma fitinha vermelha no pulso dos fiéis. Várias mães levavam seus filhos para passarem por aquele ritual. Bem no final, um dos dirigentes recolhia o pagamento (ou seria uma oferta espontânea?). Observei durante um bom tempo, chocado com aquela cena inimaginável para mim. Alguém pode pensar que vi esta cena na África, onde sou pastor já por quatro anos. Não! Por incrível que pareça, esta cena aconteceu no Mercado Público de Porto Alegre, RS, na última vez em que estive no Brasil, em abril de 2010! No Quênia, não se vê uma cena destas. Aqui, as religiões tradicionais africanas são discriminadas e até perseguidas, como sendo algo de um passado vergonhoso que querem esquecer. Ainda estes dias, vi uma reportagem em que cinco mulheres foram queimadas por suspeita de bruxaria, pois estas práticas trazem desgraça para os moradores da vila. Li que Porto Alegre é a capital menos evangelizada do Brasil, e que no Rio Grande do Sul concentram-se mais terreiros de umbanda do que na Bahia. Enquanto muitos países da África já baniram as superstições e o culto aos espíritos, sinais de um primitivismo e de uma ignorância não mais desejáveis, nosso país cultiva e dá espaço cada vez maior a essas crendices que levam as pessoas de volta à escuridão. Fiquei observando aquelas mães levando os seus filhos para receberem um passe e
Onde estão as raízes cristãs que nossos avós plantaram em solo brasileiro? Onde estão os princípios cristãos que moldaram a nossa cultura e trouxeram tanto progresso a nossa terra? Onde ficou a fé que construiu catedrais e igrejas nas praças centrais das principais cidades como marco de referência e testemunho da esperança cristã? uma fitinha no pulso... Quantas daquelas crianças foram batizadas? Num momento, são entregues nas mãos de Jesus (mas talvez sem muito conhecimento); e noutro momento, são entregues nas mãos de satanás, literalmente “amarradas” pela fita vermelha.
Advertência bíblica A Bíblia é muito clara tanto no Antigo como no Novo Testamento: Deuteronômio 18.9-14: “Não se achará entre ti [...] nem adivinhador, nem feiticeiro, nem encantador, nem necromante [...] nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominação ao Senhor”. Gálatas 5.19-21: “As obras da carne são conhecidas e são: [...] idolatria, feitiçarias [...] e outras coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam”.
Testemunho e oração Num país com tanta liberdade como o nosso, vamos testemunhar a verdadeira fé em Jesus Cristo, que expulsou os maus espíritos e venceu a satanás na Sexta-Feira Santa e na Páscoa. Talvez, você nunca entraria numa fila daquelas como vi no Mercado Público, mas, infelizmente, muitos cristãos ainda apelam para crendices e superstições, principalmente nas festas de Ano Novo. Cuidado com estas brincadeiras “inocentes” – elas podem ser o início de um caminho que conduz cada vez mais para longe dos braços amorosos e perdoadores do Salvador Jesus. Vamos nos refugiar nestes braços amorosos e poderosos, orando por aqueles que ainda andam nas trevas e testemunhando a todos a verdadeira luz que ilumina também o nosso caminho no início de um Novo Ano: JESUS! CRISTO PARA TODOS! m Mensageiro | Janeiro e Fevereiro 2011
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Gerhard Grasel Pastor, Capelão Geral da ULBRA
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á um renovado interesse pelas questões religiosas e, ao mesmo tempo, um crescente distanciamento de algumas pessoas para com a igreja institucional. Temas religiosos estão em voga, mas cada vez mais é visível a perda do “controle” das igrejas sobre a vida, o pensar e a prática dos fiéis. Não poucos repudiam doutrinas, dogmas e princípios cristãos, porém, querem ser vistos como espiritualmente desenvolvidos e ativos. Mas, afinal, a espiritualidade está em alta? O elevado número de programas religiosos na TV e rádio nos fazem pensar isso.
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Espiritualidade, como defini-la?
IMAGEM Casejustin/ Dreamstime.com
Seria a espiritualidade o oposto do materialismo, do ateísmo? Superstição é espiritualidade? Em assuntos espirituais tudo é relativo, subjetivo e nada é absoluto e definitivo? Qual a diferença entre espiritualidade antropocêntrica e teocêntrica? 12 M
ensageiro
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Talvez pudéssemos dizer que existem palavras fracas, médias, fortes e até fortíssimas, isto é, palavras que são consistentes, densas, complexas, abrangentes, com significado variado e até dúbio. Enfim, existem palavras que dizem muito e, ao mesmo tempo, contraditoriamente, quase não dizem nada. Pois é assim que percebo, ouço e reflito quando me defronto com essa palavra multifacetada: espiritualidade. Seria sinônimo de religiosidade? Penso que não convém tentar historiar etimologicamente este termo tão presente no quotidiano do ser humano, pois a grande questão é como entender esta palavra “mágica” – espiritualidade, que quase sempre é bem acolhida, apesar de sua ambiguidade. Seria a espiritualidade o oposto do materialismo, ateísmo? Superstição é espiritualidade? Em assuntos espirituais, tudo é relativo, subjetivo e nada é absoluto e definitivo? Qual a diferença entre espiritualidade antropocêntrica e teocêntrica?
Essas e outras perguntas precisam ser pensadas e analisadas para tentarmos discernir e identificar as diferentes formas e expressões da espiritualidade humana.
Manifestações da espiritualidade A rigor, só existem duas formas de espiritualidade: uma sai do homem (mundo) para o alto (deuses, divindades) e a que parte do Único Deus em direção ao ser humano. Babel foi a tentativa antropocêntrica (homem centro), e Natal e Pentecostes são ações graciosas de Deus em favor da criatura amada em Cristo (teocêntrica – Deus centro). Em Atos 17.22-23, lemos: “Então Paulo ficou de pé diante deles, na reunião da Câmara Municipal, e disse: - Atenienses! Vejo que em todas as coisas vocês são muito religiosos. De fato, quando eu estava andando pela cidade e olhava os lugares onde vocês adoram os seus deuses, encontrei um altar em que está escrito: “AO DEUS DESCONHECIDO”. Pois esse Deus que vocês adoram sem conhecer é justamente aquele que eu estou anunciando a vocês”. No seu comentário, Paulo reconhece que os atenienses são muito religiosos e que criam em um desconhecido poder superior: o “Deus Desconhecido”. Depois, identificou esse poder superior como o Criador, o Senhor de tudo, o Pai de todos, o que ressuscitou a Jesus, o Salvador e o futuro Juiz. Graças a Jesus Cristo, podemos conhecer a Deus pessoalmente. Não temos de buscar um poder superior anônimo ou desconhecido para que nos ajude. Podemos confiar em um Deus poderoso, amoroso e pessoal. Os atenienses tinham medo, pois, caso esquecessem de cultuar esses deuses desconhecidos, sofreriam castigo. Eram religiosos, espiritualizados, mas não conheciam o Deus verdadeiro. E o homem pós-moderno, hoje, é muito diferente? É religioso, espiritualizado? Tem fé?
A fé pessoal e a ação do Espírito Santo Criador da logoterapia, Viktor Frankl, psiquiatra judeu, preso num campo de concentração, testemunhou sobre a importância do acreditar. Ele sobreviveu aos campos de
“ ”
Senhor, desperta tua Igreja, começando por mim. Senhor, edifica tua comunidade, começando por mim.
concentração por causa da sua fé pessoal em Deus que lhe dava e mostrava o sentido da vida. Agarrou-se as promessas dos salmistas, como: Salmo 42 – como a corsa anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus; Salmo 63 – tu que és o meu Deus, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti, numa terra seca, exausta e sem água; Salmo 143 – como a terra ávida, tenho sede de ti. Viktor Frankl, que aos 37 anos já tinha doutorado em medicina, chamado o “médico do vazio existencial”, não se “envergonhou de crer na existência de Deus como pessoa e mostrar que essa existência está arraigada no interior de qualquer um, em qualquer lugar e em qualquer tempo” (Revista Ultimato - edição 327). O amor próprio, quando ancorado em áreas mais profundas, espirituais, não pode ser abalado facilmente, dizia ele. Um exemplo disso é Jó. Porém, para não sermos enganados a toda hora por novos ventos de “doutrina”, ou “espiritualidade”, é preciso que o Santo Espírito, o Consolador, nos lembre, instrua e ensine. Em 2 Timóteo 3.14-17, Paulo lembra o seu discípulo Timóteo que é muito bom que ele, desde a infância, saiba as Sagradas Letras, as quais o tornaram sábio. Essa Palavra é útil para o ensino, repreensão, correção e para educação
na justiça. O mestre Paulo destaca o valor de um bom fundamento e lastro espiritual para enfrentar as frustrações, dificuldades e tentações da vida material e espiritual. Enfim, a ação do Espírito Santo é a verdadeira obra de espiritualização em contraposição à atribuída aos espíritos de criaturas humanas. O Santo Espírito de Deus age na Palavra quando, onde e como Ele quer; não permitindo “manipulações espirituais” por parte de obreiros bem ou mal-intencionados. Infelizmente, em nome da fé, da religião e de Deus, as maiores barbáries e atrocidades já foram cometidas. Por exemplo, as cruzadas, as seitas fanáticas, o suicídio coletivo, o terrorismo, a manipulação de massas, etc. “A melhor máscara”, disse alguém, “é a religiosa”. Até o diabo a usou ao tentar Jesus, citando as Escrituras, tentou seduzir “revestido de espiritualidade”. Portanto, espiritualidade pode ser uma “isca na ponta de um anzol” que leva à morte espiritual. Na pirâmide das necessidades humanas, Maslov identifica a necessidade de sentido de ser, de propósito de vida. Às vezes, sentimos saudade “não sei do quê”, um anseio e desejo pelo inexplicável, pelo indescritível, pelo mistério. O homem é “estruturalmente” religioso. Por esse motivo, as recentes pesquisas científicas atestam que “faz bem acreditar” em algo superior. Os gurus do
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| CAPA |
“otimismo religioso” ou da autoajuda espiritualizada vendem bem seus produtos. A visão de que o ser humano é um todo físico, psicossocial e espiritual está confirmada. A assistência espiritual aos enfermos hospitalizados, com certeza, pode ser traduzida em resultados de consolo. Faz bem acreditar, ter fé! Até tem resultado financeiro, pois economiza medicamentos.
O desafio missiológico
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Foto arquivo editora concórdia
Com certeza, a Índia é extremamente espiritualizada e religiosa. Até “exporta” “gurus da meditação” e sua cultura é inconfundível (novela Caminho das Índias, por exemplo). Porém, nós costumamos dizer que “Deus é brasileiro”. Sem dúvida, nosso povo é profundamente religioso. Observe quantos gestos ritualísticos de sinal da cruz fazem os jogadores e juízes de futebol. Essa religiosidade brasileira é multiforme, sincretista, com ingredientes das heranças indígenas, africanas, católicas, ibéricas, acrescidas desde o século XIX de influências do protestantismo europeu ou norte-americano e do espiritismo europeu (kardecista). A profusão do espiritismo e da religiosidade afro-brasileira já há tempo ocupa e desafia as igrejas cristãs. Como se posicionar a partir do Evangelho de Jesus Cristo? A matéria exige reflexão e estudo, afirma Gottfried Brakmeier, renomado teólogo luterano. Na religiosidade kardecista, budista e hinduísta, estão presentes as leis do carma. Aí, a salvação acontece somente pelo pagamento das dívidas cármicas, através do sofrimento e da caridade, em inúmeras e sucessivas reencarnações. Exclui a justificação e salva-
ção somente pela graça, através da morte e ressurreição de Jesus Cristo, testemunhada pelo Novo Testamento. “Para esses grupos, Jesus apenas representa um bom mestre entre muitos outros, mas não é o filho de Deus, que veio libertar de toda e qualquer tentativa de autossalvação” (Ingo Wulfhorst). Confira Colossenses 1.13-20. Está aí o desafio missiológico por excelência: encontrar pistas e dicas para uma ação pastoral. É preciso fazer algumas perguntas: o que temos esquecido ou omitido em nosso testemunho cristão no contexto brasileiro? Que necessidades precisam ser atendidas, supridas? Que aspectos do nosso ser Igreja precisam ser resgatados ou relegados a segundo plano? Como testemunhar
O que temos esquecido ou omitido em nosso testemunho cristão no contexto brasileiro? Que necessidades precisam ser atendidas, supridas? Que aspectos do nosso ser Igreja precisam ser resgatados ou relegados a segundo plano? Como testemunhar a espiritualidade verdadeira, centrada naquele que é Espírito (Jo 4.24)?
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a espiritualidade verdadeira, centrada naquele que é Espírito (Jo 4.24)?
O sentido da vida, só na verdadeira espiritualidade Nestes tempos, a pergunta pelo alvo, o sentido da nossa vida, precisa ser retomada. Não basta só ganhar dinheiro ou ter posição de prestígio – a frustração, o vazio e o nada estão presentes em vidas bem sucedidas materialmente. Faltará aí a espiritualidade? Quem sou eu sem as minhas funções? Esta é a última pergunta: para que, afinal, se vive? Um filósofo marxista observou que a maioria das pessoas sofre do vazio da vida e que, portanto, “se precipitam de um divertimento
a outro, de uma atividade a outra”. No entanto, quem “vive sem o diálogo interior”, diz o mesmo pensador, “vive sem si mesmo” e perde o seu EU em coisas e funções externas. Seria isso a desespiritualização? O secularismo? O ser humano encurvado em si mesmo? Não se consegue calar a pergunta pelo último fundamento perene da vida. Fazemse exigências à vida, as quais a vida real não corresponde. Estaria aí a raiz da disposição ou tendência do ser humano para a espiritualidade? Nem só de pão e sensações (diversão) ele vive, não é verdade?! No Natal, Deus se encarna, se materializa
na pessoa de Jesus Cristo e convida para viver a verdadeira espiritualidade no dia a dia do material. A verdadeira fé (espiritual) é ativa no amor (material, concreto, visível e real). Parece-me que na espiritualidade de “baixo para cima” (Babel), centrada e motivada pelo homem, cada um dela se serve como lhe convém. Decide-se qual espiritualidade que mais se adapta ao seu modo de ser. Nesse caso, a criatura brinca de Criador, pois não deixa Deus ser Deus. Deus, que é espírito (Jo 4.24), é a fonte e o centro de toda espiritualidade verdadeira, amarrada somente às Escrituras, somente à Graça e somente a Cristo.
Lutero faz uma reflexão sobre a espiritualidade que serve de contraponto nesse tema. Ele diz: “Tudo que é demasiadamente espiritual é carnal”. Em resumo, a espiritualidade engana ou pode ser usada para mentiras. Concluo lembrando que a congregação cristã, como corpo de Cristo, é a melhor agência da verdadeira e autêntica espiritualidade. Não há nada igual ao povo de Deus reunido ao redor de Sua Palavra. Nada! Viver essa afirmativa é o permanente desafio e missão de todos os cristãos e de todas as congregações cristãs do mundo. Deus nos ajude nesse propósito. m
| DO LEITOR |
A fila de sonhos Visitar meu irmão que mora em Macapá, AP, está na minha fila de sonhos. Conversávamos ao telefone quando lhe contei isso. Ele riu da minha fila de sonhos e disse que posso ir quando quiser. Na verdade, os sonhos nos acompanham pela vida toda. Quando crianças, sonhamos com a vida adulta e o que desejamos para ela. A certa altura da vida, fazemos um balanço do que foi alcançado, do que está pendente e do que ainda é viável. Depois, começamos a sonhar com sonhos de adulto e, quando temos filhos, sonhamos com a vida dos filhos. E, então, vemos que os sonhos precisam entrar numa fila, seja por questões financeiras, seja pela necessidade de que muitos anos novos sejam celebrados! O maior sonho de um cristão lhe é dado ainda na infância: a certeza da vida eterna com Deus! No Batismo, essa certeza é plantada no coração. Entra ano e sai ano, a garantia de Deus é a mesma: o céu é daqueles que tem Jesus como seu Salvador. Esse sonho não entra em fila nenhuma. Contudo, a passagem do tempo e as questões financeiras podem atrapalhar, sim. A fé em Deus precisa ser alimentada e compartilhada para manter-se acesa e poderosa. A certeza da vida eterna após a morte dá tranquilidade ao cristão para o
cotidiano terreno. E mesmo as dificuldades e provações deste mundo não lhe impedem de sonhar. Todos conhecem pessoas que dizem ter fé em Deus e não precisar de igreja; fazem suas orações em casa, leem a Bíblia. No entanto, quando temos a oportunidade de conviver um pouco mais com elas, percebemos confusão, desânimo, e certo cansaço. As dificulda-
Abraçar e ser abraçado! Na minha congregação, há uma amiga que todos os finais de culto me abraça e diz “Não esquece que eu te amo!” des do dia a dia – especialmente os temores que assediam os moradores das grandes cidades – tomam proporções e despendem esforços maiores que o considerado normal ou aceitável. Aí, observamos que sua fé está preocupada com a previsão para o seu signo, com a cor que vai trazer mais sorte, com qual pé saiu da cama. Compartilhar a fé para alimentá-la implica congregar-se. Em outras palavras, ler
a Bíblia em conjunto com outras pessoas, receber o perdão dos pecados, cantar hinos num grande coral (mesmo que nem sempre afinado ou no ritmo certo), confessar a mesma fé em uníssono, partilhar o pão e o vinho. Abraçar e ser abraçado! Na minha congregação, há uma amiga que todos os finais de culto me abraça e diz “Não esquece que eu te amo!”; isso foi muito importante quando tive depressão... E se todos colocarmos na nossa fila de sonhos para o novo ano o tornar cada culto, cada atividade, cada evento da congregação um momento delicioso e atraente de alimentar e compartilhar a fé no Deus Triúno? Não sei se será neste ano que conseguirei ir a Macapá; não sei se meu irmão ainda estará lá quando eu puder ir. Talvez esteja reservado para eu realizar sonhos que estavam em outra ordem na minha fila. Talvez esteja reservado realizar o grande sonho, garantido desde o meu Batismo. Faço minha lista de sonhos e a entrego nas mãos de Deus! Feliz Ano Novo!
Candace Luciana Albrecht Lassig | São Leopoldo, RS
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| MÚSICA NA IGREJA |
Confessionalidade na música I Paulo Brum Membro da Comissão de Culto da IELB Pastor e capelão de música da ULBRA
Dentro da diversidade de opiniões, compartilho o estudo do pastor Horst Kuchenbecker, trazendo reflexões dos pais da Igreja Luterana (parte I).
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m úsica é um dos excelentes dons de Deus. Mesmo não sendo a música um meio da graça, ela age sobre a psique da pessoa de uma forma que ainda não é tão conhecida por nós. Por exemplo, ela infunde coragem, inspira alegria ou melancolia, pode incitar também ao erotismo sexual, entre outras coisas...
A música na visão de Lutero A música é um dos mais excelentes dons ao lado da teologia. Ela também afasta o diabo e torna as pessoas alegres, faz esquecer as angústias, a vaidade e outros vícios. Veja como o rei Davi e todos os santos colocaram suas ideias piedosas em versos. Quando a tristeza vem e procura ganhar a supremacia Foto arquivo editora concórdia
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em mim, eu digo: “veja que preciso tocar ao meu Senhor. Porque a Escritura ensina que Deus gosta de ouvir cantos alegres. Assim eu canto e toco instrumentos até que os maus pensamentos e a tristeza vão embora”. Porém, o diabo também conhece o poder da música e a usa para seus fins, para despertar maus pensamentos e embalar as pessoas no caminho do pecado. É triste ver que em nossos dias milhares de jovens são enganados e arruinados por seus ídolos musicais. Eles se aglomeram nos festivais de rock onde rolam drogas, comportamentos imorais e violência. A música é bastante subjetiva, quer seja profana ou sacra. Ela tem três elementos básicos pelos quais podemos formar um julgamento: ritmo, melodia e harmonia. Esses elementos afetam a vida emocional da pessoa para o bem ou para o mal. Quando a melodia é dominante, ela se expressa em sons. Quando o ritmo é dominante, ele impulsiona a movimentos, danças. Quando a harmonia domina, esta é moldada e expandida. Esta última forma tem sido a mais usada na música clássica e nas igrejas.
Como a Igreja Luterana pós Lutero vê a música? O professor Daniel Reuning, do Seminário Concórdia, de Forte Wayne, Indiana, EUA, num artigo publicado na revista Confessional Music, e outro no Concordia Theological Quarterly, vol. 48, N. 1, pág.17, fez algumas observações bem interessantes que resumimos aqui como segue: Lemos na Confissão de Augsburgo, artigo VII: Da Igreja. Porque para a verdadeira unidade da Igreja Cristã, é suficiente que o Evangelho seja
pregado unanimemente de acordo com a reta compreensão dele [...] não é necessário que em toda a parte se observem cerimônias uniformes. Portanto, as formas de culto são adiáforas (não prescritas na Escritura). A música, em si, pertence aos adiáforos. Mesmo assim, podemos dizer, há na Igreja três opiniões distintas quanto a isso. Entusiastas - Este grupo é formado pelos seguidores de Carlstadt, cuja opinião é: o que não for expressamente ordenado por Deus, deve ser tirado da Igreja. A música é adiáfora, portanto, fora com ela. O importante é só a leitura da Palavra de Deus e a pregação. Hoje, são poucos os que ainda seguem essa orientação. Entusiastas II - São os seguidores de Muenzer. Eles são, em alguns aspectos, semelhantes ao primeiro grupo. Eles aboliram a música tradicional, sendo a pregação a parte dominante no culto, mas eles embelezam seus cultos com música e hinos contemporâneos, folclóricos e populares. É uma mudança radical, abandonar a forma de culto e sua música do passado e instituir um culto novo, um show teatral, um entretenimento com danças e expressões corporais, como o sapatear, bater palmas, erguer as mãos, etc. Eles procuram entusiasmar, levar ao choro ou a pular de alegria, falar em línguas, ter visões, dar testemunhos, e dizem que isso é sinal de alguém ser cristão. Hoje, vemos essa forma nos cultos pentecostais, nos grupos carismáticos e seus cultos televisionados. Confessionais - Este grupo segue a orientação de Lutero que, firmado na Escritura, sabe que o Espírito Santo opera poderosamente pela Palavra de Deus e pelos sacramentos, por isso, eles estão mais interessados no conhecimento da Palavra de Deus e no controle de suas emoções. A música tem a finalidade de servir à Palavra para fixá-la no coração, para mútua edificação e consolação e para o testemunho. Isso se mostra na escolha dos hinos e da música. m Horst R. Kuchenbecker, adaptação do texto de M. J. Grieger. Queensland, Austrália, ano 1982.
| EDUCAÇÃO TEOLÓGICA |
Janeiro e fevereiro,
meses preciosos! Foto arquivo editora concórdia
tem o que fazer, cumpre-se o provérbio: “A ociosidade é a mãe de todos os vícios”. E ainda serem meses preciosos?
Janeiro e fevereiro são meses preciosos
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uitos leitores poderão não concordar com a afirmação de que janeiro e fevereiro sejam meses preciosos. Até por isso é preciso levantar a polêmica, pois com a discussão do assunto poderá surgir luz. Na nossa vida, isso se repete muito. Nossas opiniões se modificam à medida em que ouvimos outras opiniões. Deus faz isso conosco também quando lemos sua Palavra. Mas, afinal, o que há sobre janeiro e fevereiro?
Cenário comum Estamos em janeiro e, daqui a pouco, em fevereiro. Muitos esperavam ansiosamente pela vinda desses meses. Porém, outros os detestam, e, com algumas razões, dizem que são meses em que tudo para. E, por isso, não sabem o que fazer. As crianças ficam sem aula; os jovens, sem colégio; fábricas fecham por férias coletivas; nas estradas, contam-se mais mortes no trânsito; os abusos em festas e bebidas são frequentes. Para muitas pessoas, o tédio leva à depressão, e, quando não se
Primeiro, porque são meses de Deus, como os outros. Segundo, é preciso fazer uso de maneira sábia deste tempo para serem preciosos. E há muitas outras razões. Ter férias, como isso é importante! Pois elas restabelecem a energia e a disposição para um novo ano. Para muitos, o restante do ano pode depender do que for feito nesses dois meses. Então, experimente usar seu tempo livre para orar, ler a Palavra de Deus, ter comunhão com o Senhor em todos os sentidos. Depois de ter orado, experimente decidir por fé que neste ano quer ser um seguidor de Jesus, obediente e consagrado. E, de fato, muitos, quem sabe a maioria, prepara o ano nesses dois meses. Aqui no Seminário, trabalhamos para receber de novo os estudantes e especialmente a nova classe. Buscar a Deus e viver o tempo que nos deu de maneira sábia é o melhor jeito de ser feliz. Também em janeiro e fevereiro. benjamin jandt | Provedor do Seminário Concórdia
Inscrições para ingresso no Seminário Concórdia em 2012 “Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja” (1 Tm 3.1), diz Deus através do apóstolo Paulo. Aqueles que desejam servir a Deus e ao seu povo como pastores estão colocando diante de si um belo propósito. O Seminário Concórdia é a escola oficial da IELB para a preparação de pastores qualificados à proclamação do Evangelho e administração dos sacramentos. O aluno do Seminário Concórdia também é aluno de Teologia na Universidade Luterana do Brasil, através do
convênio IELB/Ulbra, e, na conclusão do curso, recebe da Universidade o diploma de Bacharel em Teologia, reconhecido pelo MEC. Os pré-requisitos para ingressar no Seminário são: ser membro da IELB há pelo menos três anos; ter o ensino médio concluído; ser aprovado no curso preparatório, nos testes finais do Seminário e no vestibular da Ulbra. Para iniciar seus estudos no Seminário em 2012, os candidatos deverão participar do curso preparatório durante o ano de 2011. Esses estudos
são realizados pelo candidato em sua própria casa, com apoio do pastor local e com material fornecido pelo Seminário. As inscrições estarão abertas até 31 de março de 2011. Para fazer sua inscrição, escreva para: Seminário Concórdia – Inscrições 2012 Caixa Postal 202 93.001-970 - São Leopoldo, RS secretaria@seminarioconcordia.com.br (51) 3037-8000 (horário comercial)
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| VIDA CRISTÃ |
tora concórdia
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Acolhimento na Igreja A Igreja comunica a vida é o lema da IELB 2011-2014. E o destaque para o ano de 2011 é Acolhendo e integrando. Este assunto é realmente de muita importância na nossa vivência cristã. Muitas vezes, acolhimento nos faz pensar em cumprimentar a todos, em sermos gentis, mas é muito mais do que isso, e agradeço ao bom Deus por ter esta oportunidade de crescer com vocês neste entendimento. Lea Fuhr Weber Psicóloga, Canoas, RS
Todos precisam ser acolhidos Não acolhemos apenas aos novos membros ou visitantes, acolhemos uns aos outros o tempo todo, tanto na igreja como em todas as atividades de nossa vida. Toda pessoa precisa ser amada. O ser humano, em todas as suas ações, está buscando por amor em outro ser humano. E nós temos muito mais do que este amor humano para compartilhar, temos o verdadeiro amor que vem de Jesus, que é dom de Deus. É claro que cada um de nós tem uma forma diferente de vivenciar este amor, temos habilidades e preferências. O que Deus quer é o amor e a fidelidade de seus filhos nas virtudes da fé. No trabalho, na escola, na família, na igreja e em todos os lugares, o amor é o elemento propulsor, o combustível inesgotável. Amar é nossa vocação. Amar com palavras, com sentimentos, com gestos e ações. Amar com o coração, cujo fundamento é o próprio amor de Deus. O amor não é simples sentimento, é total-
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mente desinteressado, é universal, e não se traduz apenas em palavras. Ele é acompanhado de obras que são a compreensão, a dedicação, o perdão, a aceitação da vontade divina, a ação de graças e de louvor por tudo que o Senhor fez
Hoje a religião é mais acolhida do que herdada. O espaço que a Igreja pode ocupar na vida das pessoas depende da qualidade do acolhimento e do testemunho, e não mais do prestígio da instituição. e faz por nós. Essas obras se refletem na nossa vida e nos impulsiona para a missão. Por isso, não pode haver preconceito,
indiferença ou mesmo tirania. Deus nos deu a dádiva da vida para amarmos e sermos felizes, jamais para vigiarmos, condenarmos e punirmos a nós mesmos ou a nossos irmãos e irmãs. Aceite aos outros, aceite a si mesmo, não tema a Lei, pois Deus é amor. “Eu afirmo, que quem acolher aquele que eu envio, estará também me acolhendo, e quem me acolhe, acolhe aquele que me enviou” (Jo 13.20). E acolher quer dizer que, além de receber bem, precisamos aconchegar, trazer para junto do coração.
A Igreja do NT acolhia A imagem da Igreja no NT é a da família. Em 1 Tm 3.15,16, a Igreja é identificada como sendo a “casa de Deus”. Nesta casa, Deus é nosso Pai, somos irmãos em Cristo. Tratamos uns aos outros como membros da mesma família. Atos dos Apóstolos descreve que a característica marcante da Igreja era de que contava com a simpatia de todo o povo. Os cristãos davam bom testemunho e tratavam todas as pessoas com respeito, amor
e bondade, pois, através deles, o Espírito Santo fluía. Quando acolhemos com amor, revelamos a comunhão e o tesouro que temos para compartilhar. Quando nos fechamos ou não nos interessamos pelas pessoas, é sinal que nossos corações estão fechados para a comunhão, e o Evangelho fica encoberto para aqueles que ainda não conhecem a Cristo. É preciso conhecer as pessoas, e não ficarmos fechados em grupinhos, pois o Espírito Santo quer construir a unidade da Igreja através de nossas vidas. Precisamos crescer como pessoas, como Corpo, não permitindo que ciúmes e disputas interfiram na vida da comunidade. Devemos ficar preocupados quando as pessoas dizem que vem a igreja por causa deste, daquele ou por causa do pastor. Isso acontece porque estão tão carentes que acabam se fixando em quem lhes deu mais atenção. Porém, isso é perigoso porque certamente em qualquer problema com estas pessoas elas sairão da igreja. Quando todos entendem que a verdadeira razão de nossa participação na igreja é Cristo, Nosso Salvador, então não há sentido de sair da igreja por causa de pessoas ou do pastor.
Ações de acolhimento Sei que devemos nos preocupar também em fazer programações diferenciadas, usar de tecnologia, entregar kits e cartões de boas vindas. Contudo, nada disso terá valor se não nos envolvermos pessoalmente uns com os outros. As pessoas são mais importantes do que programas, do que aparelhagem, do que cartões, do que coisas. Ninguém mais do que o próprio Senhor Jesus personificou esta verdade. Todos nós sentimos quando somos acolhidos e recebidos com amor ou não. É muito importante que busquemos ser uma Igreja acolhedora sempre, na secretaria,
escritório pastoral, residência paroquial, nas atividades e departamentos, cultos, enfim, sempre e em todo o lugar. Quando nossas igrejas permanecem abertas, devemos ter pessoas que ali acolham os que ali chegam, na maioria das vezes, machucados pela vida e que nada mais precisam do que uma palavra de conforto e, talvez, uma indicação do caminho a ser trilhado.
Jesus criou a Igreja para que nela e através dela aqueles que são trazidos à comunhão possam se relacionar entre si como membros do seu Corpo. Sendo assim, não temos direito de escolher com qual parte do Corpo vamos nos relacionar, pois todos os membros fazem parte do Corpo. Muitas comunidades entregam alimentos, roupas, mas acredito que devemos avançar na direção da superação da miséria e da fome. Nossa igreja é um lugar de oração, e faltam pessoas que exerçam o ministério do acolhimento por mais tempo e façam disso o seu trabalho de evangelização. Quantas pessoas poderiam ser evangelizadas só pelo acolhimento em nossas comunidades? Entendo que fazer da igreja a casa e a escola da comunhão é nosso grande desafio.
Podemos chamar este acolhimento de hospitalidade, porque a casa de Deus é a nossa verdadeira casa. O apóstolo Paulo diz que “devemos compartilhar daquilo que temos, com os santos e praticar a hospitalidade” (Rm 12.13). A hospitalidade também é um mandamento da lei do amor. Quando acolhemos algum irmão na nossa casa, ou na casa de Deus, estamos permitindo que eles nos conheçam na nossa intimidade familiar. Todos os que vêm à igreja estão, mesmo sem saber com clareza, à procura de algum tipo de salvação. Então, o único significado para uma boa acolhida é facilitar em nosso ambiente sagrado que este conheça Jesus Cristo, a verdadeira Salvação, o Verbo que se fez carne e veio habitar entre nós. Sendo assim, uma igreja acolhedora recebe com um sorriso fiel, pois estamos abrindo nosso coração para que Cristo se manifeste em cada um que esteja entre nós. Não precisamos ter medo de sermos alegres, pois esta alegria é a demonstração do amor de Deus. Interessante a colocação da própria CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) em relação ao alto índice de afastamentos da Igreja Católica: “Hoje a religião é mais acolhida do que herdada. O espaço que a Igreja pode ocupar na vida das pessoas depende da qualidade do acolhimento e do testemunho, e não mais do prestígio da instituição”. Portanto, cientes destes ensinamentos, precisamos fazer a seguinte reflexão: podemos ser identificados como cristãos no contato que temos com as pessoas? Que o nosso cartão de visitas possa ser a nossa simpatia, a nossa comunhão de amor em Cristo e a maneira como acolhemos aqueles que nos visitam e aqueles com quem m convivemos para a glória de Deus! Mensageiro | Janeiro e Fevereiro 2011
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| MEDICINA E ÉTICA |
Transplantes de órgãos,
dúvidas e (in)certezas! MONTAGEM SOBRE FOTO arquivo editora concórdia
Um leitor do Mensageiro Luterano, médico que trabalha com transplantes de órgãos (ou integra a equipe que retira os órgãos dos doadores), nas mais diferentes situações, nos fez as seguintes colocações: Como fica quando sou chamado a retirar um órgão de uma pessoa que está com a morte cerebral confirmada? Eu não estou apressando a morte física dessa pessoa? Esta questão me preocupa e reaparece sempre que sou chamado para uma nova situação de transplante nessas condições.
vitor radünz Médico, Curitiba, PR rjantzx@hotmail.com
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e madrugada, durante o estágio na UTI da faculdade, a enfermeira nos acorda, informando que “dona Lú” estava em parada cardíaca. A paciente encontrava-
se lá há quase um ano, e já havia passado por todo tipo de complicações. Todos os recursos da medicina haviam sido tentados, mas sem sucesso. Diante do que o plantonista apenas sentencia: “faz uma morfina e
deixa ela ir”. Em seguida, vira-se e torna a dormir. Na época, não compreendi porque ele não havia saltado da cama com pijama e tudo para acudir aquela senhora, usando as acrobacias que haviam nos ensinado nos anos anteriores.
Mais do que um corpo Infelizmente, só fui descobrir a razão daquela atitude mais tarde, quando eu, agora, é que era o médico. O curso havia nos preparado com esmero para cuidar não de um ser humano, mas de um conjunto de órgãos. Valorizávamos os achados do exame físico, os exames de laboratório e o formato do eletrocardiograma, mas esquecíamos que ali havia uma pessoa, que sentia medo, expectativas, dor, fome. Isso gera constante ansiedade no médico que cuida de pacientes graves, em especial das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Ali, ficam muitos doentes terminais, inconscientes e incapazes de se expressar. Uma das mais perturbadoras questões é: até que ponto vale a pena usar recursos tecnológicos, sem necessariamente prolongar a dor e o sofrimento dos doentes e seus familiares? Para auxiliar os médicos em tal dilema, em 2010, o Conselho Federal de Medicina lançou o novo Código de Ética Médica, que enfatiza a preocupação com o ser humano por trás do paciente. Esse código defende a ortotanásia, que consiste em fornecer amparo no fim da vida, cuidando-se para não cair no erro da distanásia, que significa prolongar desnecessariamente uma morte inevitável.
Quando a vida começa e quando acaba? De onde procedemos e para onde vamos, e de que forma? O que é vida? Se for sinônimo de alma, qual a sua relação com o corpo físico? São questões tão antigas quanto o próprio homem. Médicos, filósofos, teólogos, juristas tentam há séculos encontrar uma definição para a morte. Embora fundamentados na experiência humana ao longo dos tempos, os conceitos atuais ainda não podem ser considerados mais do que especulações, e sempre abrem espaço a muitas críticas.
Dificuldades em fazer o diagnóstico Ainda não existe aparelho ou exame para atestar a morte de uma pessoa antes que seus órgãos parem de funcionar. Até a década de 1960, o óbito era confirmado após a parada cardíaca. Com o desenvolvimento das técnicas de reanimação e das modernas UTIs, os médicos passaram a conviver com uma nova categoria de pacientes, os “salvos da morte”, mas que mantinham apenas resquícios de atividade de algum órgão, com ajuda de aparelhos; assim permaneciam por semanas, meses: inertes, Mensageiro | Janeiro e Fevereiro 2011
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desacordados, sem nenhum tipo de contato com o ambiente. Estariam ainda vivos? Até quando continuar o tratamento? Na busca de respostas, um grupo de médicos, teólogos e historiadores de Harvard se reuniu em 1968 e lançou um conjunto de diretrizes para firmar o diagnóstico de morte encefálica, caracterizada pela destruição total e irreversível da atividade do cérebro e sua porção inferior, que tira qualquer chance de acordar ou voltar a comunicar-se com o mundo. O coração ainda bate e o sangue continua circulando, graças à infusão contínua de medicamentos; o pulmão “respira” porque um aparelho injeta ar em seu interior. Essa situação dura um determinado tempo, não é ilimitada. A Igreja apoia a definição de morte encefálica. Segundo o Papa João Paulo II, “a Igreja confronta os progressos da humanidade com os princípios do cristianismo, exercendo oposição quando a dignidade do homem for ameaçada”. Para ele, as evidências para o diagnóstico, se aplicadas de maneira escrupulosa, são coerentes. O Papa defendia a renúncia de intervenções médicas intempestivas, e demonstrou sua confiança, em 2005, ao optar por passar seus últimos dias no quarto ao invés de ficar na UTI. Em 2008, a Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano publicou a obra The Signs of Death, que lista a opinião de cardeais e de neurologistas dedicados ao tema. Nele, a Morte Encefálica não é considerada uma “nova morte”, mas apenas um novo modo de morrer. Fica claro que a Igreja confia no conhecimento médico atual. Se novas descobertas surgirem no futuro, ela precisará renovar seus conceitos. O documento reitera a validade do diagnóstico, citando um estudo feito na Clínica Mayo com quase 400 pacientes, em que se verificou uma acurácia de 100% com critérios corretamente aplicados. Até hoje, não há caso documentado de alguém que tenha voltado após ter diagnóstico de Morte Encefálica. Infelizmente, alguns tablóides geram medo na população ao divulgar supostos casos de pessoas “que acordaram da morte cerebral”. Tais notícias sempre seguem uma “receita de bolo” cujos ingredientes costumam ser: Fonte obscura ou pouco confiável; Relato vago, contraditório, referindo-se a outra condição que pode simular morte cerebral; numa das pérolas mais recentes, bastante divulgada na Internet, cita-se que “o diretor do
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A morte é o último capítulo da biografia de uma pessoa. A doação dos órgãos, quando factível, é um final heróico, o último gesto que encerra com nobreza a existência terrena. hospital afirmou que a mulher estaria muito provavelmente clinicamente morta”; Depoimentos de público leigo e não da equipe médica; Ocorrência em localidade remota ou não localizável, por exemplo, “num hospital da França”.
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tempo e conhecimento, não respondem essas questões O organismo só se mantém graças ao funcionamento harmonioso dos diferentes órgãos, tal qual uma orquestra cujo maestro é o cérebro. Sem ele, entra-se em inexorável desintegração, que os aparelhos apenas podem adiar. De acordo com o Catecismo Católico, “a unidade entre alma e corpo é tal que o corpo
mantém a forma da alma”, isto é, a alma espiritual é o agente mantenedor do corpo vivente. A alma é a unidade essencial, refletida na integração entre as atividades vegetativas, sensoriais e intelectuais, ou, como disse Aristóteles, cada uma dessas qualidades está contida na outra, como figuras geométricas. Cita São Tomás de Aquino que “a alma controla o corpo através de um intermediário que serve como o motor”. Santo Agostinho vai além e apresenta um ponto de vista surpreendente para seu tempo: “Quando as funções do cérebro que estão a serviço da alma cessam por alguma razão, visto que não mais atuam os mensageiros das sensações e os agentes do movimento, é como se a alma não estivesse mais presente no corpo”. Vale frisar que isso foi dito numa época em que a ciência considerava o coração como o centro da vida e a morada da alma. Certamente, o homem ainda está longe da verdade, e talvez nunca a alcance. Causa desconforto e parece fora de questão aceitar que um ser humano com o coração batendo não tenha mais chances. Os pesquisadores e a Igreja continuam trabalhando na busca de melhores respostas, a fim de minimizar a dúvida, a negação e a dor presente tanto entre os familiares como também entre a equipe médica. m
| SERVIÇO DE CAPELANIA |
Capelania:
Foto arquivo editora concórdia
limites e possibilidades Rafael Wilske Pastor e capelão hospitalar
C
onta-se a história de um empresário calçadista que enviou dois encarregados à Índia, para conhecer a realidade local e saber se seria possível vender sapatos naquela região. Chegou o primeiro enviado e relatou ao patrão que lá ninguém usava sapatos e não havia o porque investir. O outro enviado chegou ao patrão e pediu para aumentar o investimento na produção e propaganda, visto que naquela região ninguém usava sapatos. Com esta ilustração, queremos compartilhar limites e possibilidades na Capelania Hospitalar na cidade de Cascavel, PR. Diversos hospitais públicos e privados fazem de Cascavel uma referência em terapias na região Oeste, bem como faculdades e universidades. É possível também contabilizar dezenas de denominações religiosas pentecostais e neopentecostais que nos “espremem”, pois olhamos para nossos números e contatamos algumas limitações. O trabalho da Capelania Hospitalar faz parte da paróquia Cristo Para Todos, que é composta por duas congregações. No bairro Jardim Guarujá, a Congregação Cristo Para Todos tem 36 membros e conta com apenas um pequeno espaço para a realização dos cultos. Na cidade de Santa Tereza do Oeste, a Congregação Cristo Rei tem 74 membros, e está em andamento a construção de um templo. Assim, os números nos parecem limitações, mas o trabalho nos abre inúmeras possibilidades. Desde seu início, a Capelania Hospitalar teve grandes conquistas, como a função de coordenação dos Assistentes Espirituais Hospitalares. Atualmente, o pastor capelão, Rafael
Wilske, coordena 120 visitadores no Hospital Universitário do Oeste Paranaense e 50 visitadores do Hospital UOPECCAN - União do Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer. Estes visitadores pertencem a 25 igrejas diferentes. Cabe à coordenação realizar o cadastro e treinamento para visitação hospitalar. No dia 28 de setembro, iniciamos os cultos no Hospital Universitário. Além disso, os congregados internados nos demais hospitais de Cascavel também recebem visitas. Este trabalho de Capelania é mantido com ofertas pelas congregações do distrito Cataratas, ao qual pertencemos, e dos distritos Sete Quedas e Lago Itaipú. As demais ofertas voluntárias também têm nos ajudado. Temos recebido ofertas de materiais evangelísticos, como Cinco Minutos com Jesus e materiais doados pela Sociedade Bíblica do Brasil que são distribuídos entre funcionários e enfermos. Muitas pessoas vindas de outros estados e cidades são atendidas pela Capelania Hospitalar. É nosso objetivo, neste espaço, falar de limites e possibilidades. Convido a Igreja Luterana a pensar como o segundo enviado da
ilustração acima – investir nas possibilidades e vencer limitações. Esperamos sensibilizar mais membros da IELB para nos ajudar a manter o nosso trabalho. Se você, além de orar pelo nosso trabalho, quer conhecer mais e colaborar conosco, entre em contato com o pastor Rafael Wilske pelos telefones (45) 3037-1173 ou (45) 9982-2671 ou pelos e-mails prwilske@gmail.com ou capelania@brturbo.com.br. Particularmente, creio que sermos a Igreja responsável pela coordenação e orientação teológica dos visitadores hospitalares é uma responsabilidade e um privilégio, por saber que, em meio a tantas denominações que existem em Cascavel, a Igreja Luterana está à frente deste trabalho. Os números podem ser limites, mas também possibilidades. O número de pessoas que usava sapatos na Índia fez um enviado desistir e fez o outro investir e negociar justamente lá. O número de luteranos envolvidos na capelania pode ser um limite, mas também um estímulo a justamente buscarmos este espaço especial m que é a Capelania Hospitalar! Mensageiro | Janeiro e Fevereiro 2011
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| INCLUSÃO SOCIAL E RELIGIOSA |
“Bem-aventurados os surdos...
que ouvem e creem!” FOTO: Svitlana10/ Dreamstime.com
“bem-aventurados os surdos” é muito mais, e com razão, questionado.
O surdo visto por Deus
Se essa era a atitude da sociedade para com o surdo, a de Deus e de Cristo eram completamente diferentes. Em Levíticos 19.14, lemos: “Não amaldiçoarás o surdo”; Lei de Deus para o povo de Israel. Jesus, além de seguir a Lei, deu um passo ainda mais importante e necessário, curou um surdo (Mc 7.31-37). O amor de Deus e de Cristo transforma a vida dos surdos. “Bem-aventurados os surdos?” Podem os surdos ser felizes, bem-aventurados? Sim, quando o amor de Deus e do salvador Jesus lhes for anunciado e comunicado. Mas, como os surdos podem ouvir o Evangelho? Talvez a pergunta devesse ser feita primeiro aos ‘ouvintes’, assim como Paulo fez: “Como invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10.14). Diante da abençoada realidade de comunicação através das mãos, a qual é conhecida como Língua de Sinais, não deveríamos mais perguntar como, mas, sim, por que ainda não? Ou, por que não agora, já?
Surdos na sociedade de hoje Klaus Kuchenbecker Pastor em ministério especial - Missão Surdos Porto Alegre, RS
O surdo visto pelo mundo Estranho?! Diferente?! Sim, com certeza. Surdos que ouvem? Isso suscita questionamentos, pois são duas realidades que não combinam – inclusive, uma elimina a outra. A falta de audição traz grandes desafios, também limitações. Ao olharmos para trás, na história, detectamos inúmeros e tristes fatos na vida dos surdos no convívio social. Eram desprezados, rejeitados, ignorados,
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desacreditados e tidos por incapazes e inválidos. Em algumas culturas, se não isolados, eram até mesmo mortos. A falta de audição causa um desconhecimento da fala precisa e bem articulada, levando muitos a julgarem o surdo como ignorante, deficiente mental – pelos sons que emite e suas atitudes agitadas. Assim, valorizando apenas a fala, via-se cumprir o dito popular: “quem não se comunica, se trumbica”. E diante disso, o
Vivemos, hoje, em meio a grandes avanços e progressos quanto aos direitos humanos, dentre eles, também os dos surdos. São reconhecidos como pessoas aptas ao estudo, como profissionais capacitados e cidadãos independentes, competentes e responsáveis.
Surdos na igreja Como Igreja, não poderíamos ficar de fora deste avanço. Para muitos, a situação ainda é estranha, levando-os a perguntar: não poderiam, eles, ficar de fora? Isso porque às vezes perturbam com atitudes, barulhos, movimentos... Não! Não podem ficar de fora,
Foto arquivo editora concórdia
pois fazem parte deste mundo ao qual Jesus ordenou “ide, portanto, fazei discípulos”. Em Porto Alegre, Naomi Hoerlle Warth, ao ensinar sobre o amor de Jesus para três crianças surdas, deu início ao trabalho com os surdos em nossa Igreja. Essa atitude, apoiada pelo marido, prof. Martim Carlos Warth, resultou na fundação da Escola Especial Concórdia para Surdos, em 5 de setembro de 1966. Em 15 de outubro de 1970, foi fundado o Centro Educacional para Deficientes Auditivos (CEDA). A Congregação São Paulo, decidiu, nesse mesmo ano, dar apoio ao CEDA, como sendo sua atividade Social. A escola cresceu e veio a ser conhecida nacional e internacionalmente. Em 15 de novembro de 1981, foi realizado o primeiro culto na Linguagem de Sinais, na Congregação Concórdia, de Porto Alegre, usando o método da Comunicação Total. Os teologandos Ely Prieto e Ricardo Sander dirigiram esse culto. Posteriormente, tornaram-se professores de Ensino Religioso e capelães na Escola Especial Concórdia. Desde 1983, a Escola está localizada ao lado da Congregação São Paulo, de Porto Alegre, e é uma das unidades de Ensino da Ulbra. A partir da Escola Especial Concórdia, outras frentes de trabalho foram surgindo dentro e fora da Igreja. Com alegria, constatamos um belo quadro de trabalho com os surdos em nossa querida IELB – escolas para Surdos em Porto Alegre, Santa Rosa e Sapiranga; quatro pastores para os surdos. No entanto, ainda é um trabalho muito pequeno para o tamanho da nossa Igreja e que continua sendo visto como estranho, diferente. Uma das intenções com este artigo é nos alegrarmos com as bênçãos que Deus tem
Com atitudes de amor, atenção, aceitação e dedicação, o surdo poderá em seu coração ter a mesma alegria, a mesma certeza, a mesma gratidão e adoração que temos, pois “ouviu o que Deus tem a lhe dizer”. derramado sobre o trabalho que chamamos de Missão Surdos dentro da Igreja Luterana, inclusive lembrar alguma data festiva. Outra intenção é oferecer a todos a oportunidade de verem no surdo não um diferente, um estranho, mas também um alvo de Deus para a salvação em Cristo, que exige de nós ouvintes uma atenção especial, uma forma especial de lhes pregar a mensagem: a Língua de Sinais. Com atitudes de amor, atenção, aceitação e dedicação, o surdo poderá em seu coração ter a mesma alegria, a mesma certeza, a mesma
gratidão e adoração que temos, pois “ouviu o que Deus tem a lhe dizer”. Ouvir com o coração é incomparavelmente melhor do que simplesmente ouvir com os ouvidos. Pela ação do Espírito Santo, Deus quer encher os corações, as mentes e as vidas dos surdos com a bemaventurada certeza da vida eterna. Para isso, nos convida a trabalhar também na direção dos surdos. Busque aprender a Língua de Sinais. Busque conhecer os surdos. Busque integrar aos surdos nas atividades da sua congregação. Busque ver o surdo não como alguém estranho, diferente, mas como igual, um amado por Deus como você. No dia 18 de setembro, a Congregação São Paulo, de Porto Alegre, realizou a confirmação de 16 jovens – oito jovens eram ouvintes e oito eram surdos. Nesse dia, três jovens foram batizados – duas meninas provenientes do trabalho da Diaconia Social, e um jovem surdo. Todos os surdos batizados vêm de famílias não luteranas. Esse foi um dia de festa e de superação; dia de igualdade e sem acepção. Nenhuma diferença, senão o meio de receberem o anuncio do Evangelho: alguns pela audição e outros pela visão. Todos estavam ali, diante do altar do Senhor, como iguais, confirmando a sua fé em Jesus, prometendolhe fidelidade e amor. “Quem é de Deus ouve as palavras de Deus” (Jo 8.47). Todos, pelo Batismo, são de Deus. Poderíamos deixar de lhes levar a ouvir ou fazer ouvir a Palavra de Deus? Que Deus abençoe a todos, alegrando aos ouvintes na certeza de que os surdos também são bem-aventurados por ouvirem a graça da salvação em Jesus. m
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| AÇÃO SOCIAL |
Parabéns Aelca!
Há 42 anos, entidade une ação social e missão
“
Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22.6). Esse versículo é a missão permanente da Associação Evangélica Luterana de Caridade (Aelca) que, no dia 10 de novembro de 2010, completou 42 anos de atividades. Localizada em Porto Alegre, RS, a Aelca atende 120 crianças de zero a seis anos na educação infantil, em turno integral, e 80 crianças e adolescentes - seis a 14 anos - no turno em que não estão na escola. Esse serviço social proporciona inúmeras oportunidades missionárias para anunciar o Evangelho da Salvação. O pastor José Daniel Steimetz, capelão da entidade, explica que a pregação da Palavra de Deus sempre foi uma constante na Aelca. “Semanalmente, falamos sobre o amor de Jesus para 200 crianças – um número que, multiplicado por família, mostra o grande aspecto missionário da instituição”, salienta José Daniel. Também são realizados cultos na capela da Aelca, nos quais participam luteranos que trabalham no local, ou que já tenham trabalhado, além dos que ingressaram por Profissão de Fé. Aconselhamentos, Batismos e diversos atendimentos sociais ainda fazem parte das atividades da Capelania.
Integrando ação social e evangelismo A inserção da Aelca na sociedade ainda possibilita inúmeras oportunidades de pregação do Evangelho ao público externo da entidade. Ao participar de fóruns na área de educação e reuniões com entidades afins, é aberto um espaço para o pastor capelão falar. José Daniel acredita que pelo menos 500 pessoas não luteranas foram atingidas através desses espaços institucionais da Aelca, no ano de 2009. Em 2010, a entidade foi chamada a participar da Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS), grupo inter-religioso, apoiado pela Sociedade Bíblica do Brasil, que está discutindo o trabalho social desenvolvido nas igrejas cristãs. A atuação da RENAS no Rio Grande do Sul iniciou em 2010.
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Diaconia cristã
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A Aelca também auxilia e participa das atividades da Associação de Entidades de Assistência Social da IELB (AESI), num esforço para resgatar a reflexão sobre a responsabilidade social da Igreja. A diaconia, neste trabalho, é encarada como tarefa inerente à vida da Igreja, “pois é fruto do amor de Deus no servir de Jesus (Marcos 10.45, Efésios 2.8-10)”, comenta o capelão José Daniel. Uma grande conquista da AESI foi a criação de uma disciplina obrigatória dentro do curso de Teologia, sobre Teologia e Prática da Diaconia/Ação Social – que já está sendo cursada pelos seminaristas. Elaine Dresch Timmen, diretora da Aelca, acredita que falta conhecimento por parte dos membros das congregações luteranas sobre o que é diaconia. “Muitas vezes, as pessoas acham que é só dar coisas, mas é muito mais”, avalia. Ela afirma que as doações são indispensáveis, mas revela a necessidade de um maior envolvimento, como parcerias e voluntariado. “Um professor de Educação Física que possa dar uma aula por semana, seria ótimo”, diz Elaine. Voluntários luteranos para contar histórias, fazer oficinas – culinária, artesanato, música, entre outras – também são de grande ajuda.
Faça a sua parte A Aelca quer e precisa de maior apoio dos irmãos luteranos. As atividades de comemoração do aniversário da entidade podem ser apontadas como exemplo que revela tal necessidade. A diretora da associação informa ter enviado um comunicado para todas as congregações do distrito, chamando voluntários para o evento, que oferece à comunidade local diferentes serviços. Porém, essas não apareceram... O aniversário passou, mas a Aelca continua... E com a importante tarefa de marcar o
coração daqueles que passam por ela com o amor do nosso Salvador Jesus. Participe você também desta missão. Mais detalhes sobre o trabalho da Aelca no blog, http://Aelca.blogspot.com, ou visitando a instituição localizada na Rua Gen. Salvador Pinheiro, 799, Vila Jardim, Porto Alegre, RS m fone: (51) 3334-6222. Cármen Rehfeldt | Porto Alegre, RS
| GENTE DA IELB |
Líderes e pastores parceiros na missão
A
Igreja, organizada em congregações locais, precisa funcionar com decência e ordem, segundo o apóstolo Paulo em 1 Co 14.40. Para isso, pastores e líderes leigos (homens e mulheres) da Igreja, precisam ser cooperadores entre si, parceiros que caminham juntos na mesma direção, embora com dons e funções diferentes. E uma das muitas funções na Igreja é a de tesoureiro (a). Queremos, neste espaço, reconhecer esta importante função exercida por tantas pessoas ao longo dos anos de trabalho da IELB, na pessoa do sr. Werner Amplatz (foto), falecido em 11 de setembro de 2009, em Curitiba, onde era tesoureiro da CEL Unidos em Cristo, do bairro Fazendinha. Werner exerceu esta função por mais de duas décadas, em duas diferentes congregações.
Origem da função
são mencionados “caixas de coleta” onde os sacerdotes depositavam o dinheiro que o povo trazia para os reparos do Templo (2 Rs 12.9). O profeta Malaquias menciona a “casa do tesouro” (Ml 3.10) como o lugar onde eram recolhidos os dízimos para o sustento e serviço dos sacerdotes. “Três fileiras de câmaras estavam vinculadas às muralhas externas do templo, nos lados norte, sul, e oeste. Grandes colunatas e câmaras, existentes nesta área, proviam espaço para armazenagem para os sacerdotes e levitas, a fim de que pudessem desincumbirse devidamente de seus respectivos deveres” (A História de Israel no Antigo Testamento, de Samuel J. Schultz, p 142 -143). A administração do Tabernáculo, e mais tarde do Templo de Jerusalém, estava dentro da jurisdição dos sacerdotes. Os levitas foram nomeados para que auxiliassem os sacerdotes no cumprimento de muitas responsabilidades que lhes haviam sido determinas (Nm 3.6-9). A “casa do tesouro”, ou “caixas de coleta”, estava sob a responsabilidade dos levitas (1 Cr 9.26; 26.20). Então podemos afirmar que os primei-
O nome “tesoureiro” vem de “tesouro”, lugar onde são guardadas as riquezas ou coisas preciosas, e tesoureiro é aquele que guarda e cuida do tesouro. “Mesmo num período muito antigo, os templos eram foto arquivo editora concórdia edificados com “câmaras de tesouro”, onde ofertas e impostos em espécie e dinheiro podiam ser armazenados” (DITNT, vol. 3, pág. 590). Tanto o Tabernáculo (lugar de adoração do povo de Israel durante a peregrinação pelo deserto) quanto o Templo em Jerusalém possuíam um lugar próprio para o recolhimento das ofertas. Este lugar era chamado de tesouro. “A prata, o ouro, e os utensílios de bronze e de ferro deram para o tesouro da casa do Senhor” (Js 6.24). Também
ros tesoureiros mencionados na Bíblia foram da tribo de Levi, OS LEVITAS. Há referência na Bíblia de outras pessoas que foram responsáveis pelas “caixas de coleta”, ou coletas (ofertas), além dos levitas. O mais conhecido foi Judas Iscariotes (Jo 12.6). Outro exemplo foi Epafrodito, que passou às mãos do apóstolo Paulo a oferta enviada pelos filipenses (Fp 4.18).
Testemunho da família Por Márcia Beatriz Amplatz “Algumas semanas depois da morte do meu pai, após o culto o presidente da nossa congregação, Paulo R. Costa, leu um comunicado solicitando um candidato à vaga de tesoureiro para eleição numa assembleia extraordinária. O comunicado foi feito com as qualidades de um tesoureiro enumeradas por membros da comunidade que viam em meu pai o exemplo de não apenas um excelente administrador, mas um fiel servo de Deus. O texto solicitava do futuro candidato: 1. AMOR (1 Pe 5.2-3) – Espontaneidade, boa vontade e modelo para os outros. 2. HONESTIDADE (1 Tm 3.4, 7-8) – Ter todo respeito, bom testemunho dos outros. 3. PACIÊNCIA (Cl 3.12) – Inimigo de contendas, humilde, manso. 4. ORGANIZADO (1 Co 14.40) – Faz tudo com decência e ordem. 5. FREQUÊNCIA nos cultos e reunião da diretoria. Quando o presidente leu as características solicitadas para o novo tesoureiro e que elas descreviam o meu pai, senti muito orgulho deste homem que dedicou sua vida ao Mensageiro | Janeiro e Fevereiro 2011
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| GENTE DA IELB |
serviço de Deus e deixou esses exemplos em toda a sua vida tanto na igreja quanto na família. Exemplos esses que minha mãe, eu, minhas irmãs e meus sobrinhos seguiremos sempre em nossa vida, principalmente quanto a honestidade, responsabilidade com os bens materiais da igreja e o privilégio de podermos participar dos cultos e ofertar para que a congregação consiga evangelizar sempre mais pessoas. Ser exemplo, este era meu pai. Pessoa honesta consigo, com os outros e uma competência de “planejar” as finanças das congregações na qual participou. Não admitia atraso no salário do pastor, sempre zelando pelo bem-estar do pastor e sua família. Uns
dias antes dele falecer, o pastor Valdir foi fazer uma visita, e meu pai lhe perguntou: “o senhor está precisando de alguma coisa?” Viver em harmonia com o pastor, com os membros da comunidade, com sua família, são alguns dos exemplos deixados e modelos a serem seguidos”.
MEU Testemunho
Eu tive a grata felicidade de ser pastor, em duas congregações, onde o sr. Werner foi tesoureiro. A Comunidade São Paulo, do Portão, e Unidos em Cristo, de Fazendinha, ambas em Curitiba. O sr. Werner me ajudou muito em minha vida familiar e no meu ministério. Ele sempre me dizia: “pastor, se precisar, bate um fio”.
Eu sou testemunha de que é possível ter uma boa convivência e um permanente espírito de cooperação entre o pastor e o tesoureiro de uma congregação. Eu e minha família somos gratos a Deus por ter tido o sr. Werner como tesoureiro durante a maior parte do meu pastorado. O apóstolo Paulo diz: “Reconhecei, pois, m a homens como estes” (1 Co 16.18)”. Valdir Mansk | Pastor em Curitiba, PR
Fontes: A história de ISRAEL no Antigo Testamento, Samuel J. Schultz. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento.
| TESTEMUNHO |
FOTO ARQUIVO HORA LUTERANA
Na cadeira de rodas, mais motivos para viver
Queremos relatar para você a importância do material e dos projetos da Hora Luterana na vida do senhor Aristides Kracke, pai do pastor Carlos, da Hora Luterana.
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O sr. Aristides vive na cidade de Campo Verde, MS, e, aos 53 anos de idade, teve sua vida e suas prioridades totalmente modificadas. Devido a uma infecção que quase lhe custou a vida, foi vítima de uma paraplegia que lhe impede de andar, e hoje depende de uma cadeira de rodas. Sem poder trabalhar e se movimentar como antes, viu sua vida mudar radicalmente. Porém, mesmo diante desta realidade inesperada, ele afirma: “Se Deus me deu a oportunidade de voltar do hospital e continuar vivendo é porque Ele ainda tem muitos planos para mim. E hoje me sinto feliz, muito feliz em poder ajudar outras pessoas, presenteando com os livretes que a Hora Luterana me manda. Desta maneira, Deus me deu ainda mais motivos para viver, mesmo estando sobre esta cadeira de rodas”.
Com a ajuda de amigos e da Hora Luterana, o sr. Aristides recebe mensalmente 100 livretes que ele distribui nos hospitais e postos de saúde de sua cidade. E neste final de ano, mais de 300 profissionais da saúde, de sua cidade, serão presenteados com o devocionário Cinco Minutos com Jesus 2011. E seu Aristides faz questão de entregá-los pessoalmente. É a Hora Luterana e parceiros dando um sentido de vida ainda maior para as pessoas. Você também pode participar, orando e ofertando para a Hora Luterana. Ela produz e distribui o material para que pessoas como o seu Aristides e outras centenas de evangelistas e capelães, possam levar o consolo e a esperança de vida e salvação, que só é possível em Cristo Jesus, nosso único Senhor e Salvador. Visite nossa página na internet www.horaluterana.com.br PAULO ROBERTO WARTH | Diretor da Hora Luterana no Brasil
| DO LEITOR |
Estamos no mundo,
foto: leandro da rosa camaratta
mas dele não somos...
S
empre gostei demais deste hino do Hinário Luterano. E ainda gosto, mas, toda vez que ouço ou que canto, surge uma dúvida, e eu pergunto para mim mesma: “Será?” Será que ainda dá para cantar assim, com muita convicção, com muito fervor quando vejo que na minha querida Igreja Luterana, com o intuito ou o pretexto de que é preciso “renovar,” “acompanhar os tempos”, “modernizar a igreja”, estão sendo introduzidas práticas e atitudes que são corriqueiras aqui fora, no mundo – costumes e modismos da nossa época? E aí eu pergunto: qual é o principal objetivo dos cultos nas nossas igrejas? Agradar o mundo? Atrair os descrentes, oferecendolhes aquilo que eles gostam, assim obtendo muitas “decisões” por Cristo, sem dar “muita” importância de como foram obtidas? Agradar o nosso coração? Ou agradar plena e somente a Deus? “… assim falamos, não para que agrademos a homens e sim a Deus, que prova os nossos corações” (1 Ts 2.4). Sinceramente, penso que, se não optarmos pela última alternativa, de fato não devemos mais cantar “Estamos no mundo, mas dele NÃO somos”. Será que é assim que vamos “segurar” os membros, tanto jovens como adultos? Alguém já procurou “consultar” os mesmos para ver o que eles pensam sobre isso? Não sou contra “qualquer mudança”, absolutamente. Como diz o pastor Waldyr
Hoffman, em seu artigo publicado no Mensageiro Luterano do mês de maio de 2010, muitas mudanças ocorrem e já ocorreram, e muitas delas geraram desconforto e tensões entre os membros, no entanto, muitas delas vieram para melhorar. Concordo plenamente quando diz: “As mudanças quando favorecem a convivência da comunidade e quando são feitas de forma espontânea (eu diria ainda, com o aval da comunidade e dentro da doutrina que nos legou Lutero), sem dúvida ajudam na propagação do Evangelho”. E ainda: “Adequar-se aos novos tempos, trazendo mensagens que venham suprir as necessidades modernas do membro e ser uma Igreja contextualizada é tudo que precisamos. Entretanto, sem modismo”.
Mudanças Pois é aí que está o problema! Então, modismo é prática “do mundo” ou não? Então, por que introduzir práticas como a “dança litúrgica”, por exemplo, que apenas se diferencia das danças que assisto na escola onde trabalho na música? [A coreografia e a vestimenta são semelhantes.] Também o “culto campeiro”, onde se usa o palavreado típico para se referir a Deus... Nada contra a cultura gaúcha ou aos que cultuam a mesma, a qual também aprecio, mas, cada coisa em seu lugar. Quanto à música na igreja, ou dos nossos “grupos musicais”, o problema não está na diversidade de instrumentos. Violão,
gaita, bateria, tudo isso é válido e muito lindo, o problema todo está no som exagerado dos instrumentos que não permite que se entenda a letra da música. Em se tratando deste tipo de música, o que é mais importante, a letra, a mensagem, ou o ritmo e o som estonteante da mesma? Por que não usar de moderação, e deixar o som exagerado e os ritmos dançantes para os “shows” que o mundo oferece? Acho que as mudanças podem acontecer, mas devem ser muito bem pensadas, decididas em assembleia da comunidade, para não acontecer que as mesmas tenham “efeito contrário”, em vez de cativar os membros, os afastem, gerando sentimentos de decepção, de revolta contra sua própria igreja. Expressões culturais devem ser filtradas, não simplesmente adotadas. Acredito que quando procuramos tão somente agradar a Deus, agradar de forma plena, atraímos e agradamos os descrentes que foram eleitos para serem salvos, e também atraímos e mantemos os verdadeiros crentes, e alcançamos os objetivos almejados. Mais do que nunca, é preciso que estejamos vigilantes, e não nos deixemos enganar com o que parece tão inofensivo, tão natural... Basta olharmos a nossa volta e ver o que acontece em algumas igrejas... Não é o que m pregamos e queremos. Ou será que é? Marli Marlene Krebs Bessel | Reside em Santa Rosa, RS Mensageiro | Janeiro e Fevereiro 2011
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Igrejas pelo Mundo enfoca, a partir desta edição, pastores brasileiros servindo a igrejas irmãs. Além de conhecermos as igrejas, vamos conhecer a trajetória que levou estes nossos irmãos a deixarem a pátria e a família, e a se dedicarem ao pastorado, à missão e à educação teológica em países distantes. Começamos com o pastor Gilberto da Silva, servindo como professor no Seminário em Oberursel, na Alemanha
Selbständige Evangelisch-Lutherische Kirche
Pastor brasileiro na Alemanha Foto arquivo ÁLBUM DE
FAMÍLIA
tato com uma Igreja como a SELK que, embora pequena, traz consigo a herança da Reforma Luterana “no original”.
Minhas origens Sou “barriga-verde”, pois nasci em uma das mais belas cidades do Brasil – Florianópolis, SC. Como a maioria dos brasileiros, fui batizado na Igreja Católica. Apesar de ser cristão batizado, não tinha muito conhecimento sobre fé e Igreja, pertencendo ao grupo dos chamados “cristãos nominais”. A coisa mudou quando comecei a estudar engenharia civil na Universidade Federal de Santa Catarina. Lá, através da indi-
A
SELK (Selbständige EvangelischLutherische Kirche – Igreja Evangélica Luterana Independente, da Alemanha), é uma Igreja pequena, mas com uma grande missão. Ela tem aproximadamente 35 mil membros e 125 pastores. Há aqui muitas outras igrejas evangélicas e luteranas, com as quais, entretanto, nós não temos comunhão de púlpito e altar, por causa de problemas doutrinários. Outro problema neste país é o ateísmo, principalmente no leste, na antiga Alemanha Oriental comunista. Há muito o que fazer e, por isso, o contato com uma Igreja forte e missionária como a IELB é muito importante. Do mesmo modo, é importante para a IELB manter con-
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chamando para servi-lo no ministério pastoral da sua Igreja. Enquanto avaliava as possibilidades de estudar Teologia, aconteceu um fato que me apontou definitivamente o caminho – o pastor Martinho Sonntag foi chamado para ser diretor do Seminário Concórdia em São Leopoldo, RS. Isso facilitou a minha despedida de Florianópolis e da engenharia civil.
Primeiros passos no Seminário
Comecei a estudar Teologia no Seminário Concórdia em 1985. Como não tinha possibilidades financeiras, recebi ajuda da Associação de Senhoras Amigas do Seminário (ASAS), fato que merece a minha eterna gratidão! Com essa ajuda, e trabalhando como Atuando há 15 anos na Alemanha, “carteiro” e depois na secretaria e o pastor Gilberto conheceu por lá na biblioteca do Seminário, consegui financiar meus estudos. Em 1989, fiz sua esposa e formou sua família estágio em Campo Grande, MS, com o pastor Oswaldo Rheinholz, já falecido. Voltando para São Leopoldo, cação de amigos, conheci o trabalho pastoral iniciei paralelamente o curso de Licenciatura entre estudantes universitários, coordenado em História na Ulbra, pois ganhei uma das pelo pastor Martinho Sonntag, hoje pastore- bolsas que eram oferecidas aos estudantes de ando a CEL Paz de Florianópolis. Teologia. Formei-me em Teologia em dezembro Participando da pastoral universitária, fui de 1990, iniciando, no ano seguinte, o curso de aos poucos me integrando na congregação e mestrado. Depois da ordenação na Comunidade na IELB. Após cursar a instrução de adultos, fiz Concórdia, de São Leopoldo, em agosto de 1992, Profissão de Fé no dia 18 de dezembro de 1983, fui pastor auxiliar dessa Congregação por quase um dia inesquecível em minha vida, pois pude três anos. Finalmente, recebi o grau de Mestre participar pela primeira vez da Santa Ceia na em Teologia (MST) do Seminário Concórdia, a Igreja Luterana. Além de participar regularmen- minha vida tomou um rumo bem diferente... te dos cultos dominicais, fazia parte do grupo Primeiros contatos de jovens e de outras atividades da congregacom a Alemanha ção, colaborando até mesmo no seu programa Na verdade, esse novo rumo já começara missionário de televisão. Todo esse envolvimento nas atividades mostrou que Deus estava me em 1986, quando estava no segundo ano de
Teologia. Nesse ano, cheSeminário na gou como novo professor do Seminário o missio- Alemanha onde nário alemão Dr. Hans o pastor Gilberto Horsch, o qual despertou ministra aulas em mim o interesse pelo aprofundamento na pesquisa teológica. Assim, comecei, desde cedo, a cultivar a ideia de, um dia, fazer o doutorado em Teologia, se possível na Alemanha. A ideia começou a se tornar realidade em 1993, quando pude acompanhar o Dr. Hans e sua família em uma estadia de seis meses na Alemanha. Nesse período, tive oportunidade de treinar o alemão, que até então só tinha aprendido “teoricamente” no Seminário, e de achar o orientador para a tese de doutorado. Além de tudo conheci, por ocasião de uma viagem ao Norte do país, uma alemã muito simpática, com a qual passei a me corresponder regularmente depois de voltar ligou perguntando se eu não tinha interesse em assumir provisoriamente a cadeira de Tepara o Brasil. ologia Sistemática. Aceitei o convite e, depois de um ano na Teologia Sistemática, assumi a Novas oportunidades Em 1995, abriu-se para mim a possibili- cadeira de História da Igreja com um contrato dade de assumir uma congregação da Selbs- de cinco anos. Depois desses cinco anos, fui tändige Evangelisch-Lutherische Kirche (SELK), integrado no rol de pastores da SELK e chaa igreja irmã da IELB na Alemanha, por dois mado como professor titular de História da anos. Foi uma experiência gratificante. Du- Igreja, cargo que ocupo até hoje. De outubro rante esse tempo, pude conhecer o trabalho de 2008 até setembro de 2010, fui reitor do pastoral em uma congregação alemã (há seme- Seminário, função que cada professor exerce lhanças e diferenças), meu alemão se tornou por dois anos, em sistema de rodízio. fluente e a “alemã muito simpática” tornou-se Família e a realidade atual minha namorada, noiva e esposa. Casamos Nesse meio tempo, a família também cresceu em janeiro de 1997 e, depois de terminado o comissionamento na SELK, mudamos para a – o Felipe nasceu em agosto de 2001, a Laura em Bavária, onde iniciei o doutorado em março julho de 2004 e a Alicia em maio de 2009. O Seminário da SELK em Oberursel, a Lude 1997 na Friedrich-Alexander-Universität Erlangen-Nürnberg. Depois de escrever a tese, therische Theologische Hochschule (LThH), é uma que foi publicada em 2000, fiz a prova final faculdade pequena. Somos cinco professores (chamada Rigorosum – o nome já diz tudo!) em titulares, cada um responsável por um área da janeiro de 2001, recebendo, assim, o título de Teologia: Antigo Testamento, Novo TestamenDoutor em Teologia (Dr. Theol.). Durante todo to, História da Igreja, Teologia Sistemática, o período do doutorado (1997-2001) a minha Teologia Prática. Além desses, há professores esposa, Dörte Rambach-da Silva, trabalhou horistas, que lecionam as línguas antigas (hepara nos sustentar (ela é fisioterapeuta), pois braico, grego, latim) e outras áreas especiais da Teologia, como por exemplo, Diaconia e não ganhei bolsa alguma. Após a conclusão do doutorado, minha es- Direito Eclesiástico. Atualmente, contamos com apenas 27 posa estava grávida do nosso primeiro filho e nós estávamos avaliando as possibilidades de alunos. Temos também estudantes de outras servir no Brasil ou na Alemanha (estava difícil, igrejas, pois a nossa escola e o nosso curso pois a SELK não estava chamando pastores do de Teologia são reconhecidos por lei estadual exterior), quando chegou um telefonema ines- (na Alemanha, o ensino em todos os níveis é perado, por meio do qual Deus nos mostrou responsabilidade única dos estados). Esses mais uma vez o caminho a seguir: o então estudantes, entretanto, não fazem o exame reitor do Seminário da SELK em Oberursel me final em Oberursel, pois este só serve para
aqueles que vão ser pastores da SELK. Os nossos alunos não fazem todo o curso de Teologia aqui, pois uma parte dos estudos é feita nas universidades alemãs, onde há faculdades de Teologia, ou no exterior, principalmente nos seminários do Sínodo de Missouri. Semelhantemente à ASAS, o nosso Seminário tem uma associação de amigos que, além de ajudar financeiramente a escola, concede três bolsas de estudo por ano: duas para estudantes de Saint Louis e Fort Wayne, seminários do Sínodo de Missouri; e uma para um estudante de São Leopoldo. Principalmente esta última bolsa, me faz muito feliz, pois, assim, podemos dar oportunidade a um brasileiro de conhecer o nosso Seminário e a SELK. Como brasileiro, fico muito feliz e sou grato a Deus pela possibilidade de contribuir para esse contato entre nossas igrejas. Pessoalmente, sinto-me como pastor da SELK e da IELB. Meu desejo maior é que o contato entre os seminários se intensifique – já temos um programa de bolsas para estudantes. Do mesmo modo, talvez possamos tornar as relações mais fortes através de um programa para professores, por meio do qual alguns de nós ofereçam cursos em São Leopoldo e viceversa. Quem sabe, o Senhor da Igreja conceda que, um dia, também esse sonho venha a se m tornar realidade. Prof. Dr. Gilberto da Silva dasilva.g@lthh-oberursel.de www.lthh-oberursel.de Colaboração: pastor Carlos Walter Winterle Contatos sobre esse assunto: mensageiro@editoraconcordia.com.br Mensageiro | Janeiro e Fevereiro 2011
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foto: leandro da rosa camaratta
| FORMANDOS |
IELB recebe novos pastores
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ma cerimônia cheia de emoção e expectativas marcou a formatura de 19 estudantes do Seminário Concórdia na noite de 4 de dezembro de 2010. O texto de Rm 12.15, “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram”, foi o lema escolhido. Familiares e amigos estiveram presentes para testemunhar a realização do sonho daqueles jovens. O paraninfo foi o professor Anselmo
Ernesto Graff, e o orador foi o formando Francis Dietrich Hoffmann. Os formandos homenagearam três professores e uma funcionária: Anselmo Graff, Paulo Weirich, Vilson Scholz e Melita Scheunemann. O juramento foi conduzido pelo formando André Gonçalves de Freitas. O presidente da IELB, pastor Egon Kopereck, citou Mt 9.36-37, onde Jesus se compadece com a multidão que parecia como ovelhas
sem pastor. “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Mande, Senhor, mais trabalhadores para tua seara.” Kopereck disse que isso também se comprova em nossa IELB. “Trinta comunidades enviaram chamados para os formandos, e apenas 19 foram contempladas, pois esse era o número de formandos. Também nós devemos continuar orando por mais obreiros para seara do Senhor”, enfatizou.
Os novos pastores •
André Gonçalves de Freitas, 23 anos. Filho de Maria Tereza e Cléo Gonçalves de Freitas e noivo de Melissa. André vem da CEL São Paulo – Mayas, Porto Alegre, RS. Foi chamado para Juiz de Fora, MG. Ele destaca a influência da sua congregação e do seu pastor na sua ida ao Seminário: “Sempre admirei o carinho, a alegria e o respeito com o qual eles transmitiam a Palavra de Deus e acolhiam as pessoas”, relata.
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Charles André Wildner, 32 anos. Filho de Claci e Darci Wildner, casado com Leonice e pai de Johannes. Charles vem da PEL Cristo Redentor, Seara, SC. Foi chamado para Cerrito, RS. Sobre o período que viveu no Seminário Con-
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córdia, destacou: “Os professores se interessam e desejam preparar-nos bem para o ministério”.
que a IELB doutrinariamente continue a ser a Igreja que é.
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• Éderson André Vorpagel, 25 anos, filho
Clairton dos Santos, 25 anos. Clairton vem da CEL Cristo, Herveiras, RS. Foi chamado para Espigão do Oeste, RO. Quer “orientar as pessoas com sabedoria e lhes dar o consolo do Evangelho, que encontramos em Cristo, com seu perdão e salvação”.
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Davi Schmidt, 23 anos, filho de Cornelia e Arnildo Schmidt e noivo de Natacha. Davi vem da CEL Redentor, Igrejinha, RS. Foi chamado para Dois Irmãos, RS. O trabalho do próprio pai inspirou muito o desejo de tornar-se um pastor. Davi espera
de Celi e Jeronimo Vorpagel. Éderson vem da CEL da Paz, Linha Barão. Foi chamado para Nova Petrópolis, RS. Éderson diz: “Espero poder servir a Deus da melhor forma possível, colocando à disposição tudo que ele me concedeu”.
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Fernando Dal Molin, 28 anos, casado com Priscila. Fernando vem da CEL Sião, Araricá, RS. Foi chamado para Santa Rosa, RS. Fernando espera que a Igreja continue ajudando o Seminário Concórdia na formação
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Fernando Santos Boone, 26 anos, filho de Cecília e Humberto Boone. Fernando vem da CEL Paz, Barra de São Francisco, ES. Foi chamado para Itapema, SC. “O que mais marcou neste tempo de Seminário foi a convivência com os colegas que aos poucos passaram a ser amigos e hoje são como irmãos”, conta.
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Francis Dietrich Hoffmann, 23 anos, filho de Neusa e Arnaldo Hoffmann e casado com Luana. Ele vem da CEL Bom Pastor, Belo Horizonte, MG. Foi chamado para Canguçu, RS. Francis conta que neste período de estudos descobriu que existe um Deus amigo que não fica esperando algum erro para aproveitar e castigar.
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Holdibert Grün Assis, 24 anos, filho de Luzia Marta de Assis e Holdi Grün. Holdibert vem da CEL Cristo Redentor, San Alberto, Paraguai. Foi chamado para Marangatú, Paraguai. Holdibert diz que muitos ainda precisam ouvir que Cristo quer salvar a todos. “É nessa perspectiva que busco iniciar meu ministério”, afirma.
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Isaías Hanerth, 23 anos. Isaías vem da CEL São Marcos, São João Pequeno, Colatina, ES. Foi chamado para Rondonópolis, MT. Isaías conta que desde pequeno a figura do pastor já lhe chamava atenção. “Observava
tudo o que o pastor fazia durante o culto... e tive o incentivo do meu pai e meu avô.”
essa união se intensificou após o retorno do estágio. Terei muitas saudades de todos”, afirma.
Ronaldo Martinho Arndt Júnior, 23 anos, • Jones Claiton da Silva Rubira, 33 anos, filho • filho de Esther e Ronaldo Arndt (in memoriam). de Odetes e Antonio Rubira, casado com Suzana e pai de Jefferson e Davi. Jones vem da CEL Concórdia, Sítio Floresta, Pelotas, RS. Foi chamado para São Leopoldo, RS Ele diz que deseja ver seus filhos bem encaminhados na vida. Sonha em ter um ônibus missionário para viajar pelo Brasil, levando o Evangelho com palestras, teatro e música.
• Josué Fernando Skolaude, 24 anos, filho de
Marlita (in memoriam) e Arcênio Skolaude. Josué vem da CEL Betel, Cerro Branco, RS. Foi chamado para Juína, MT. Josué destaca a importância das pessoas, pastores, distritos e congregações que apoiaram sua ida e permanência no Seminário Concórdia. “Sem esse apoio, jamais teria conseguido chegar até o presente momento.”
• Marlus Seling, 23 anos, filho de Maria Glória e Martinho Seling e noivo de Damaris. Marlus vem da PEL Santa Cruz, Mato Branco, Imbituva, PR. Foi chamado para Volta Redonda, RJ. Desde pequeno Marlus sentia vontade de ser pastor, gostava de ir à igreja e de tocar violão nos cultos. “Acredito que a decisão foi sendo construída durante toda a minha vida.”
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Mateus Leonardo Lange, 23 anos, filho de Carmen e Oscar Lange. Mateus vem da CEL Bom Pastor, Linha Brasil, Nova Petrópolis, RS. Foi chamado para São Leopoldo, RS. A convivência com os colegas foi o seu destaque. “Nossa turma sempre foi muito unida, e
Ronaldo vem da CEL São João, Erechim, RS. Foi chamado para Capanema, PR. Em relação ao ministério, diz: “independente do lugar para onde irei, o pastorado é algo abençoado por Deus, e, por isso, as minhas expectativas são as melhores possíveis”.
• Samuel Rediess Fuhrmann, 26 anos, filho de
Marlene Rediess e Levino Fuhrmann, e casado Vivian. Ele vem da CEL Emanuel, Fragata, Pelotas, RS. Foi chamado para Santa Cruz do Sul, RS. Samuel destaca dois fatores: “o primeiro deles é a convivência com os colegas. O segundo é o carinho e o cuidado para com os alunos do Seminário pelos membros das diferentes congregações”.
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Tiago Frederico, 27 anos, filho de Dilma e Laurentino Frederico, casado com Gleicy. Tiago vem da CEL Bom Pastor, Belo Horizonte, MG. Foi chamado para Campo Limpo Paulista, SP. Sobre o ministério afirma: “é uma nova etapa da vida. Uma nova etapa no casamento. Uma filha que está chegando. Um presente de Deus. Uma comunidade que espera com carinho a nossa chegada, como nós também esperamos. Que em tudo Deus nos abençoe”. Formaram-se ainda Gerson Daniel Bloch chamado para Seara, SC e Régis Duarte Müller chamado para Governador Valadares, MG. Tatiana Sodré | Assessora de Comunicação da IELB foto: www.markol.com.br
de pastores para a Seara. “Porque chegará o dia em que até os habitantes das terras mais longínquas, ilhas distantes, cantarão ao Senhor um cântico em seu louvor (Isaías 42.10)”, destaca.
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| VIRANDO A PÁGINA |
Com Deus, podemos virar as páginas sem medo Adilson derlY schünke Coordenador Nacional do PEM
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omeço a escrever este texto com grande expectativa de virar esta página e a minha própria, pois estou no hospital em recuperação cirúrgica de um melanoma. Mas esta é só mais uma de tantas outras páginas viradas durante o ano que passou. Afinal, ser avô, também é uma experiência nova, e aconteceu também neste ano cuja página do calendário viramos em 31 de dezembro. Ainda ontem, ouvindo uma reportagem sobre a possibilidade de haver um novo caos aéreo no fim do ano, quando o repórter relatou os muitos momentos vividos pela equipe de repórteres presos em aeroportos, ocorreu-me que nesses cinco anos de muitas viagens minhas e dos integrantes da Direção Nacional da IELB, sempre pudemos ir e voltar dentro do tempo previsto. Não me lembro que alguém tenha chegado depois da programação agendada. Somadas, foram muitas horas de voo sob a guarda e proteção de Deus. Mas guardo na lembrança, como uma página virada de forma especial, o voo JJ3054, com o qual fui para Belém, 18 dias antes da queda do mesmo Air Bus da TAM em São Paulo. Era dia 29 de junho de 2007, quando o avião teve que arremeter no aeroporto de Congonhas (CGH) em São Paulo, num barulho extremamente assustador. A minha programação era chegar sexta ainda, antes da meia-noite em Belém. Porém, cheguei somente às 2h40 de domingo, na casa do pastor Evandro Bündchen, e às 5h estávamos no cais do porto para uma semana de evangelização com os barcos da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), para uma experiência missionária ma-
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foram ditas pela minha esposa, Ângela, para que a nossa vida continue a brilhar intensamente até virarmos a última página da nossa caminhada terrena.
Há muitas páginas que, certamente, não gostamos de virar, pois deixam marcas que o tempo não apagará, mas estas servem para dar acabamento a um diamante que o Senhor está polindo.
Coloquemos este Novo Ano como mais uma página a ser virada nas mãos do Senhor, que tudo sabe e que tem todas as coisas sob o seu controle, e sempre para o melhor.
ravilhosa. Estavam a bordo: médicos, enfermeiros, dentistas, outros profissionais e até uma cabeleireira. Fizemos 726 abordagens com mais de 1.200 Bíblias entregues para os ribeirinhos do rio Mojú, no Pará. Páginas e páginas viradas porque o nosso Deus foi bom e porque a sua misericórdia dura para sempre. Ao virar a página de mais um ano no calendário, podemos exclamar “Até aqui nos ajudou o Senhor!” e avançar por mais um ano na certeza da sua presença em nossas vidas. Há muitas páginas que, certamente, não gostamos de virar, pois deixam marcas que o tempo não apagará, mas estas servem para dar acabamento a um diamante que o Senhor está polindo. Essas palavras confortadoras me
Desgraças e tragédias vão continuar acontecendo sempre. Elas nos afligem e assustam; causam conflitos e crises. Além disso, é muito normal não encontrarmos as explicações ou justificativas para os nossos dramas da vida. Mesmo assim, não devemos permitir que o desespero ou o medo nos dominem. Para Deus, não existe o impossível. Jesus está aí para nos fortalecer e animar. A receita do remédio eficaz é esta: “No meio de todas as nossas aflições, eu continuo muito animado e cheio de alegria. Em todos os lugares houve problemas, lutas [...] e medo no nosso coração. Porém Deus, que anima os desanimados, nos animou” (2 Co 7.4b, m 5b,6a NTLH-Glow).
o ers niv e U oo or d tod am s, m o e d u [...] parar to Jes e u s e q s ri de os eC eza ossa n eio d .38,39 t r e 8 ep ac or m ho da qu sso p r”. Rm n e t o a ho “Eu o há n ue é n Sen nã us, q nosso o De
IELB
Cuiabá, MT
notícias ENCARTE DO MENSAGEIRO LUTERANO - JAN E FEV/2011
Primeiro grupo de escoteiros luteranos FOTOS: ARQUIVO EDITORA CONCÓRDIA
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DESTAQUES
A Congregação da Paz, de Cuiabá, MT, criou o primeiro Grupo de Escoteiros Luteranos. Eles realizaram o 1º CIEL (Curso de Introdução ao Escotismo Luterano), que aconteceu em duas etapas, uma no dia 30 de outubro de 2010, nas dependências da CEL Paz, de Cuiabá, e outra nos dias 1 e 2 de novembro, em acampamento na Chapada dos Guimarães. No dia 7 de novembro, foi realizada no culto a cerimônia de “Promessa Escoteira”, com a entrega dos lenços e os distintivos aos escotistas, líderes que vão agora desenvolver o Escotismo Luterano com crianças, jovens e adolescentes. O Grupo de Escoteiros recebeu o nome Grupo de Escoteiros Christian Timm Musskopf em homenagem ao filho do pastor Horst Siegfried Musskopf, que é portador de necessidades especiais. O Escotismo Luterano é uma excelente oportunidade evangelística e de testemunho cristão. Segundo o Chefe Escoteiro, André Fabrício Malheiros, com grau Insígnia Madeira, o “Escotismo é uma forma de tirar nossas crianças, adolescentes e jovens dos shoppings e da internet, e colocá-los em contato com a natureza, ensinando os valores cristãos e éticos indispensáveis para o convívio social”.
Ação evangelística na Fórmula 1 Noite especial em Novo Hamburgo Congresso de Ação Social no DIVARP
IELB
notícias FOTOS: ARQUIVO EDITORA CONCÓRDIA
Distrito Paulista realiza Juventudes reunidas Congresso de Jovens no Espírito Santo
De 15 a 17 de outubro de 2010, aconteceu, nas dependências do Instituto Concórdia, de São Paulo, SP, mais um congresso dos Jovens do Distrito Paulista. Foram dias especiais nos quais os jovens puderam, além de viver em comunhão revendo e fazendo novos amigos, louvar a Deus e aprender um pouco mais da sua Palavra, através das oficinas ministradas pelos pastores Marcos Weide, Arthur Benevenuti, Sérgio Flor, André Plamer, Ailton dos Santos e Sidnei Ahnert. Os jovens também aproveitaram o momento do congresso para comemorar os 25 anos do Distrito.
100 anos de vida abençoada No dia 6 de agosto de 2010, a senhora Lionda Blauth, vó Blauth, como é conhecida, membro da CEL São Lucas de Novo Hamburgo, RS, completou 100 anos de idade. A data foi marcada pela visita e o abraço dos filhos, genros, netos, bisnetos, do pastor Volmar Herbertz e da violinista Caroline Lutz. Lionda nasceu em Pinhal Alto, Nova Petrópolis, RS. A vó Blauth está bem de saúde, mas não consegue mais participar dos cultos, como o fez durante toda a sua vida. Por isso, recebe a visita regular dos pastores no asilo onde reside – o que para ela é sempre uma grande alegria. Seus familiares e irmãos na fé da congregação agradecem a Deus pelas bênçãos derramadas e desejam que o Senhor continue a lhe abençoar.
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Mensageiro | Jan e Fev 2011 | Encarte IELB Notícias
Entre os dias 9 e 12 de outubro de 2010, os jovens da Congregação Paz, de Vila Velha, e da Congregação Esperança, de Cariacica, ambas do ES, se reuniram em um retiro espiritual no Sítio Rancharia, sob o tema: “Algumas amizades não duram nada, mas um verdadeiro amigo é mais chegado que um irmão” (Pv 18.24). Estiveram presentes cerca de 80 jovens que puderam estudar a Palavra de Deus, louvar, brincar e aprender mais através de uma gincana.
Compartilhando experiências de vida
Noemy Flora Leffler Glitz completou 80 anos no dia 9 de fevereiro de 2010. A data foi festejada com a presença de filhos, familiares e amigos, contando inclusive com a presença animada do pastor Guilherme Lüdke. Assim como seus familiares, Noemy é membro da Congregação Cristo, de Marechal Cândido Rondon, PR.
Batizados e Confirmação
FalecimentoS
No dia 4 de setembro de 2010, aconteceu na CEL Concórdia, de Dona Emma, SC, o batizado de Daniel Hoepers Fidler. No dia 26 de setembro, os irmãos Yuri Correa e Miguel Correa Naatz foram batizados na Congregação São Pedro, de Witmarsum, SC. Já no dia 17 de outubro, foram confirmados dois jovens na Congregação São Paulo, Gnadental, de Witmarsum, SC. As cerimônias foram realizadas pelo pastor da Paróquia São Pedro, Ervino Martim Spitzer.
Batismo e Profissão de Fé No dia 6 de novembro de 2010, a Congregação Cristo, de Salvador, BA, recebeu seis novos membros por Profissão de Fé, e o jovem Adriano dos Santos, 19 anos, pelo Batismo. As cerimônias foram realizadas pelo pastor Walter Daniel de Oliveira. Eles lembram com gratidão as palavras de At 2.47: “E cada dia o Senhor juntava ao grupo as pessoas que iam sendo salvas”.
No dia de 8 de março de 2009, aos 77 anos, faleceu Walter Frederico Landmeyer. Nascido em Getúlio Vargas, RS, no dia 30 de abril de 1931, foi aluno da Escola Concórdia, de São Paulo, SP, do pastor Ernesto Heine, jovem atuante na CEL Concórdia, de São Paulo e leigo dedicado na CEL Santíssima Trindade, de Curitiba, PR. Seguia sua vida baseado em João 11.25: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá”. Apesar de não poder participar dos cultos, recebia assistência espiritual do pastor Curt Albrecht. Walter deixou enlutados a esposa, Ivone, filhos, nora e netos. O sepultamento foi oficializado pelo pastor Curt. Selvita Stroher Hopf faleceu no dia 5 de dezembro de 2009 aos 76 anos. Nascida em 26 de julho de 1933, em Toropi, RS, deixa enlutados o esposo, Guilherme, filhos, genros, netos e irmãos. A cerimônia foi realizada pelo pastor Luiz Raimannn, de Mata, RS.
Faleceu , no dia 2 de setembro de 2010, aos 94 anos, Anida Adelina Garske. Ela dedicou grande parte da sua vida aos trabalhos do Departamento de Servas da Congregação Cristo Redentor, de Cachoeira do Sul, RS. Querida por todos, deu exemplo de muita fé em Cristo Jesus. A Tia Anida deixou muitas saudades. Um versículo bíblico que lhe dava muito conforto era: “Tudo posso naquele que me fortalece”, Fp 4.12-13.
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IELB
notícias Instalação em Porto Alegre
Primeiro pastor Noite de em Várzea Grande Integração Alemã
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O pastor Tito Martinho Lang foi instalado na Congregação Castelo Forte, de Porto Alegre, RS, no dia 16 de outubro de 2010, pelo pastor conselheiro do Distrito Porto-alegrense (DIPA), Paulo Kerte Jung, sendo este oficiante e pregador. O pastor Vili Redel atuou como liturgista e assistente. Ao final do culto, o pastor Tito convidou os pastores para juntos proferirem a bênção. Após o culto, aconteceu um momento de confraternização.
Aconteceu, no dia 16 de outubro de 2010, a instalação do pastor José Carlos Paulino dos Santos, na Congregação Cristo Para Todos, de Várzea Grande, MT. A instalação foi realizada pelo pastor Conselheiro do Distrito Mato Grosso, Horst Siegfried Musskopf. A congregação tem seu primeiro pastor para um trabalho independente, que será subsidiado financeiramente pela Congregação Paz, de Cuiabá, MT. Também nesse dia, comemorou-se o aniversário de 15 anos da CEL Cristo Para Todos.
Como todos os anos, a Congregação Cristo, de Canoas, RS, realizou no mês de outubro de 2010 uma festa alemã. Este ano, a temática foi Rechne mit mir! (Conte Comigo!), fortalecendo a interação e o comprometimento do cristão no trabalho de Deus. A noite iniciou com um culto especial, onde o pregador foi o pastor Paulo Weirich, e, em seguida, realizou-se a festa que contou com banda alemã, comida típica e chope. Cerca de 180 pessoas participaram do evento.
BODAS DE casamento
No dia 19 de outubro de 2010, Carlos Alberto e Angela Laci Bobsin comemoraram Bodas de Prata, em cerimônia realizada na Congregação Da Paz, de Campo Bom, RS. O pregador foi o pastor Aurélio Dall’onder.
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O casal Manfredo e Maria Brykcy, da CEL Redentor, de Moinho Velho, São Paulo, SP, completou 50 anos de matrimônio em 30 de abril 2010. Para comemorar a data, eles viajaram à Europa. Entre os locais visitados está a Igreja do Castelo, em Wittenberg, Alemanha, onde estão afixadas as 95 teses de Martinho Lutero e o seu túmulo.
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No dia 14 de outubro de 2010, o casal Emilio e Irma Tomm completou 60 anos de matrimônio. A cerimônia aconteceu no dia 16 de outubro, no templo da Congregação São Paulo, de Marechal Cândido Rondon, PR. O pastor João Neri Fazioni proferiu a mensagem baseada em 1 Sm 7.12b: “até aqui nos ajudou o Senhor”.
Frutos na Zona da Mata
Ação evangelística na Fórmula 1
As alegrias não findam na região da Zona da Mata Mineira. Prova disso é que a recém formada paróquia, que compreende Juiz de Fora e Viçosa, MG, recebeu quatro novos membros por Profissão de Fé nos meses de outubro e novembro de 2010. Dentre eles, o jovem estudante Luiz Felipe Drumond, que recebeu no mesmo dia, 21 de novembro, o Batismo. Nesse dia, toda a paróquia festejou com ele, e houve um culto paroquial na CEL Concórdia, de Viçosa, com pregação do conselheiro distrital, pastor Joel Müller.
No dia 7 de novembro de 2010, os jovens da Congregação da Paz, de São Paulo, SP, realizaram mais uma ação evangelística durante a corrida da Fórmula 1. Com o apoio da Hora Luterana, que forneceu todo o material, aproximadamente mil pessoas receberam livretos evangelísticos e tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre Jesus. Muitas pessoas que circulavam pela região do autódromo de Interlagos foram ao encontro dos jovens para receber o material. “Desejamos as mais ricas bênçãos de Deus a essas pessoas, e também a todos os jovens envolvidos nesta ação missionária, resultado da parceria entre a Hora Luterana e a nossa congregação”, afirma Carina Taísa Österlein.
Trabalho reconhecido
Fome 29 em São Luís
O pastor Hilário Linhaus, da PEL São Paulo, Afonso Cláudio, ES, que apresenta um programa na Rádio Educadora desde 1982, teve um reconhecimento especial – foi entrevistado pelo jornalista André Junqueira, da TV Gazeta. A reportagem foi ao ar nos dias 7 e 8 de setembro de 2010, com repercussão estadual. O programa religioso Cinco minutos com Jesus começou com cinco minutos e hoje tem meia hora. Além de reflexão, o pastor passa as notícias dos hospitais, falando das pessoas internadas. Assim, eles tiveram também abertura nos hospitais e atualmente fazem visitas a todos os internos. O programa vai ao ar todos os dias às 6h, e, aos domingos às 12h30.
Nos dias 9 e 10 de outubro de 2010, foi realizada a segunda edição do projeto Fome 29 da Juventude Evangélica Luterana Trindade da Paz, de São Luís, MA. O evento iniciou com um culto onde as crianças receberam homenagens pelo seu dia. Após o culto, foi realizada a Noite da Pizza. O projeto continuou no domingo, com devoção realizada pelos jovens e a arrecadação de alimentos no bairro Cohab. Também foram distribuídos folhetos e realizadas abordagens evangelísticas do Aquecendo Corações que depois foram sinalizadas no mapa. Houve excelente receptividade dos moradores da região, que contribuíram com alimentos que foram doados ao asilo Solar de Outono. O objetivo do projeto, que é motivar para o testemunho pessoal e serviço, foi alcançado. Por isso, a congregação agradece a Deus e a todos que participaram e apoiaram. Mensageiro | Jan e Fev 2011 | Encarte IELB Notícias
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IELB
notícias Atividades no Divarp
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Noite especial em Novo Hamburgo
AÇÃO SOCIAL A Congregação Rei Jesus, de Novo Hamburgo, RS, realizou, no dia 19 de novembro de 2010, sua tradicional Noite Cultural. O evento contou com a apresentação de esquetes pelos jovens e servas e com o Grupo de Dança Rei Jesus. Este grupo existe há nove anos e trabalha com aulas de ballet e dança contemporânea para crianças e adolescentes. O grupo conta com 40 bailarinas, sendo que destas, mais da metade não é luterana. As aulas, ministradas pelas professoras Daniele Bauer e Daiene Bauer Kühl, acontecem em quatro turmas, duas vezes por semana. Uma vez por mês, os pastores Adalmir Wachholz e Paulo S. Kühl fazem um momento de reflexão com histórias bíblicas. Mais de 300 pessoas, entre congregação e familiares das bailarinas, prestigiaram o evento. Após, os jovens venderam lanches para auxíliar na ida ao congressão da JELB.
Famílias reunidas
O dia 15 de novembro de 2010 foi especial para as famílias pastorais do Distrito Vale do Sinos (Divasi). Eles estiveram reunidos para um dia de confraternização na casa de Rebeca Figur, filha do pastor conselheiro, Arnildo Figur, em Novo Hamburgo, RS. Além do costelão, puderam se divertir com as conversas informais, jogos e chimarrão. Antes do almoço, o pastor Oscar Zimmermann e o professor Raul Blum conduziram um momento devocional.
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No dia 14 de novembro de 2010, aconteceu, na Congregação Cristo, de Videira, SC, o primeiro Encontro de Coordenadores e Voluntários de Ação Social no Distrito Vale do Rio do Peixe (Divarp). O palestrante foi o pastor Marco Antônio Jacobsen, de Canoas, RS, que abordou as questões práticas da Ação Social e suas experiências pessoais. Segundo os participantes, a palestra e o encontro superaram as expectativas. Cerca 65 pessoas participaram do evento. Este primeiro encontro é fruto do Planejamento Distrital IELB 2010-2014 elaborado pelas lideranças, que escolheram o mês de novembro de cada ano para realizar o encontro de Ação Social Distrital, com palestras e troca de experiências entre as congregações.
encontro teológico Aconteceu, no dia 16 de novembro de 2010, o Encontro Teológico dos pastores do Divarp, em Joaçaba, SC, na CEL Santíssima Trindade. O tema O Modelo Tradicional de Missão e Evangelismo na IELB x Um Novo Paradigma foi apresentado pelo pastor Álisson Schröfer da Silva, de Joaçaba. Participaram do encontro oito pastores.
correções > Pág. 26, edição de novembro. O sobrenome da vice-tesoureira da JELB está incorreto. O nome certo é Larissa Priscila Bredow. > Pág. 22, edição de novembro. O endereço correto do pastor emérito Bruno Rieth é São Leopoldo, RS. > Pág. 42, edição de dezembro. O correto é: Colaborou Paulo Udo Kunstmann, Coordenador do Instituto Histórico da IELB.
CONFIRMAÇÕES 1
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1. Colatina, ES - Foi realizada a Confirmação de três jovens pelo pastor Fábio Werneck. Em 7 de novembro de 2010, na CEL São Marcos.
Fé. Cerca de 250 pessoas participaram do culto oficiado pelos pastores Wilson Lentz e Laércio Knak. Em 5 de dezembro de 2010, na CEL Emanuel.
2. jaraguá do sul, SC - Pela primeira vez, três jovens confessaram publicamente a sua fé: Killyn Tainá Chaves, Helen Bast e Tyerres Alessandro Johann. A cerimônia foi realizada pelo pastor Lauri Pinnow e contou com a presença de 80 pessoas. A meta da congregação é adquirir um terreno e construir o seu próprio local para as programações. Em 12 de setembro de 2010, na CEL São Mateus.
4. marechal cândido rondon, PR - Foi realizada a Confirmação de 31
3. SiNOP, MT - Nove jovens testemunharam sua fé no Deus Triúno. Além disso, duas pessoas foram recebidas por transferência e três por Profissão de
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adolescentes. O culto, com a presença de 500 pessoas, foi ministrado pelos pastores Emerson Zielke e Romildo Wrasse. Em 14 de novembro de 2010, na CEL Cristo.
5. Marechal floriano, es - Foi realizada a Confirmação de 10 jovens. A mensagem foi proferida pelo pastor Nestor Wille, e na liturgia foi auxiliado pelo estagiário René Gehm. Cerca de 350 pessoas estiveram presentes. Em 24 de outubro de 2010, na CEL São Mateus. 6. três de maio, rs - Cinco jovens fizeram a Confirmação. A cerimônia foi realizada pelo pastor Gerson Steffen. A mensagem foi baseada no texto bíblico de Lucas 21.19: “É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma”. Em 14 de novembro de 2010, na CEL São Pedro.
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notícias FOTOS: ARQUIVO EDITORA CONCÓRDIA
Bênçãos em Canoas A data de 6 de novembro de 2010 ficará marcada para os atuais e futuros congregados da missão Martinho Lutero, em Canoas, RS, quando realizou-se, pela primeira vez, a recepção por Profissão de Fé, Confirmação e um Batismo. Mirian Urnauer Machado foi recebida por Profissão de Fé e teve sua filha, Lívia Machado dos Santos, batizada. Aconteceu também a Confirmação de três jovens. Todos são oriundos do trabalho realizado nas Escolas Luteranas Comunitárias de Canoas. O culto foi encerrado com uma oração, pedindo a Deus que continue a abençoar este trabalho.
80 anos de vida e Bodas de Ouro
Olimpíada em Camaquã
O casal Sara Amanda e Carlito Fredrich completou 80 anos de vida. Carlito, no dia 21 de outubro, e Sara, no dia 24 de novembro de 2010. Igualmente, eles festejaram Bodas de Ouro no dia 17 de dezembro de 2010. O enlace matrimonial, no dia 17 de dezembro de 1960, aconteceu na Comunidade Concórdia, em Porto Alegre, RS, sendo oficiantes o pastor Antonio Reinoldo Lang (pai de Sara) e o pastor e professor Arno Carlos Gueths. E foi também na Concórdia (onde eles são membros) que aconteceu um momento de devoção para este acontecimento. Os oficiantes foram os pastores Roberto Kunzerdoff Jr., Cristian Lucas Dolvitsch, Gustavo Scholze e Tito Martinho Lang (irmão de Sara). “Até aqui o Senhor nos ajudou, orientou e conduziu, por isso, estamos alegres e muito agradecidos.” O casal lembra ainda os 50 anos do falecimento de Lina Heringer Lang. A CEL de Jaboticaba, Sarandi, RS, sentiu muito a perda da “frau pastor Lang”, onde Antonio Reinoldo Lang era pastor. “Por isso, e por tantas atenções e manifestações de carinho e amizade até hoje, queremos agradecer dizendo: ‘o Senhor vos ajudou ontem e hoje e que continue a ajudar e abençoar’”, comenta Sara.
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No dia 7 de novembro de 2010, a PEL Cristo, de Camaquã, RS, vivenciou um dia muito agradável. A 3ª Olimpíada da Paróquia foi um momento de louvor, reflexão e diversão. As quatro Congregações da Cristo participaram do evento. O início da atividade foi marcado pelo louvor e culto, ao meio-dia teve um almoço e em seguida os esportes. A olimpíada foi organizada pela Congregação São João, de Vila Aurora.
BODAS DE casamento
Sigfrid Ludke e Olga Lüdke celebraram Bodas de Diamante no dia 4 de julho de 2010, em Curitiba, PR, em culto especial na Congregação São Paulo. Entre as dádivas divinas, agradeceram a Deus pelos seis filhos, genros, 17 netos e dois bisnetos. O pastor Reinaldo Lüdke, filho do casal, dirigiu a mensagem sob o tema: Compartilhando experiências da vida com Deus (Sl 78). Conduziram a parte litúrgica do evento os pastores Nelson Lautert e Júlio Jandt.
Aos 7 dias do mês de maio de 1960, Alma Martha Nerling e Aselentino Ferreira de Castilhos casaram na CEL São João, de Erechim, RS. Agora, no dia 23 de maio de 2010, renovaram o voto com o mesmo lema de Josué 24.15: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. A cerimônia foi dirigida pelo pastor Flávio Guites. Após, o casal foi homenageado pelos cinco filhos, 11 netos e demais familiares e amigos.
Divasi realiza congresso da Terceira Idade
FalecimentoS
No dia 16 de setembro de 2010, 160 idosos do Distrito Vale do Sinos (Divasi) se reuniram na Congregação São Mateus, de Sapiranga, RS, para o 8º Congresso da 3ª Idade. A programação contou com culto, palavra das autoridades presentes, palestra sobre o lema da IELB 2010, (proferida pelo coordenador nacional do PEM, Adilson Schünke), almoço, devoção pela Juventude Mirim local, assuntos administrativos com eleição da diretoria para o biênio 2011/12, distribuição de sacola ecológica e uma revista Boas Novas. Além disso, eles participaram de recreação no Centro de Cultura da cidade com o grupo Curto Arte, de Dois Irmãos, e a peça Esperando o Thiltapes e o chá de despedida servido pelo grupo hospedeiro. Além da presença dos pastores do distrito e líderes leigos dos outros Departamentos, fizeram-se presentes a presidente nacional da LSLB e o presidente da IELB.
Faleceu, no dia 26 de julho de 2010, aos 59 anos, Regina Mariane Michaelsen, que durante 10 meses lutou contra o câncer. Deixou enlutados a mãe, a irmã, o esposo, Remi, filhos, noras, cunhados, e duas netas. Segundo o pastor Lauro Petry, Regina foi uma dedicada serva na Congregação de Igrejinha, RS, atuando 35 anos no Departamento de Servas, ocupando cargos na diretoria local e distrital – participando dos retiros espirituais, congressos distritais e nacionais. Durante o velório, as servas cantaram hinos a Deus, para consolo aos enlutados. A cerimônia foi realizada pelo pastor Arnildo Schmidt.
Congregação celebra Culto Infantil
Aos 76 anos, faleceu no dia 25 de julho de 2010, Eduardo Guilherme Mütelstäd. Nascido em Santo Cristo, RS, em 21 de março de 1934, foi professor Sinodal da IELB em Peabiru, Mandaguari e em Marechal C. Rondon – Escola Concórdia, PR. Foi ainda professor do Colégio Rui Barbosa e professor estadual. Eduardo deixa enlutados a esposa, Ester, com quem foi casado por quase 49 anos, filhas, genros, netos e bisneto. Era membro da CEL Cristo, de Marechal Cândido Rondon, PR, desde 1965.
As crianças da CEL São Paulo, de São João Grande, Colatina, ES, realizaram culto infantil, no dia 10 de outubro de 2010, quando foi explorado o tema A Arca de Noé, principalmente apontando para a Aliança que Deus faz conosco. O culto foi conduzido pelo pastor Joênio José Huwer, com o sermonete. As professoras e as crianças participaram com leituras, orações e cânticos. Cerca de 140 pessoas estiveram presentes, sendo 18 visitantes. Esse culto serviu de motivação para os membros e crianças da congregação continuarem na obra do Senhor, sabendo que no Senhor, o trabalho não é em vão (1 Co 15.58).
Faleceu, no dia 1º de novembro de 2010, aos 83 anos, Kurt Ritter. Ele nasceu no dia 13 de agosto de 1927, em São Sebastião do Caí, RS. Desde pequeno, vivia em Saldanha Marinho, RS, onde era membro ativo da CEL Cristo. Kurt deixa enlutados os filhos, genros, netos, bisneta, demais familiares e amigos. A esposa, Elga Ritter, o precedeu na morte. O sepultamento e o culto de Ação de Graças foram oficiados pelo pastor Hermes Renato Kohn.
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notícias Caros irmãos luteranos, no dia 16 de janeiro de 1971, em São Leopoldo, RS, a Liga de Leigos Luteranos do Brasil, também denominada LLLB, foi oficialmente fundada. Estava marcado o início de uma atividade que nos seus primeiros objetivos já definia que os leigos deveriam trabalhar unidos, para se fortalecerem mutuamente, para crescerem no conhecimento das verdades eternas, para permitir um maior crescimento de nossa querida IELB. Essa lembrança é importante porque, no dia 16 de janeiro de 2011, a LLLB completa 40 anos de fundação. Alusivo a essa data, nosso presidente, Oldemar Roholoff, escreveu a seguinte mensagem que compartilho com os irmãos: “Leigos, sempre fiéis andai / Nas pegadas do Senhor! / Vossa vida consagrai / Ao seu reino com fervor.” Com esse trecho do Hino dos Leigos (302 do HL), escrito pelo pastor Martinho Lutero Hasse em 1962, venho em nome da Diretoria Nacional da Liga de Leigos Luteranos do Brasil celebrar os 40 anos desta união de servos do Senhor. Esta atividade que vem levando o nome de Deus a todos os lugares do nosso país, difundindo os valores da vida cristã e seguindo os ensinamentos bíblicos para contemplar o grande amor de nosso Pai para conosco, vem sendo construída a cada dia. Cada leigo, que em conjunto com seus irmãos cresce mutuamente embasado no conhecimento das verdades eternas está permitindo a expansão de nossa Igreja. Os 40 anos da LLLB devem ser lembrados e festejados por todos nós, e enaltecidos em agradecimento a todo o esforço dos nossos precursores, para que nos dias de hoje pudéssemos continuar a escrever esta história de bênçãos divinas. E é neste espírito de comemoração que convido a todos para continuarem de mãos
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LLLB 40 anos e corações unidos para dades de culto, estudos Um só coração trabalhar cada vez com e outras atividades que com Cristo e a Igreja mais fervor, conforme a a Igreja realiza. mensagem de nosso SeSomos de fato um nhor que não se detém povo abençoado, muito na passagem do tempo, não se modifica com bem orientado a olhar para Cristo como o a mudança das gerações, mas é prevalecida Filho de Deus, o enviado dos céus, nosso quando os irmãos louvam em união. único e suficiente Salvador. Nessa certeza, Fazendo jus às palavras de nosso presi- nos despimos de nosso “eu”, deixando de dente, trago um desafio a todos os irmãos confiar em méritos próprios e capacidade (ligas de leigos e congregações): o plantio de humana, para nos entregar confiantemente uma árvore no pátio das nossas igrejas em a Cristo, e pela fé receber o seu perdão e a comemoração aos 40 anos da LLLB, para salvação de nossa vida... Mas, em meio à que, daqui a 10 anos, possamos nos abrigar tão grande verdade e privilégios, precisamos sob sua sombra para comemorar os 50 anos fazer uma pergunta, constantemente, a nós da LLLB, simbolizando assim nossa fé que mesmos: será que a nossa resposta ao amor se refugia sob a sombra do Todo-Poderoso de Deus e à Igreja à qual pertencemos tem Deus (Sl 91.1). sido condizente com o que Deus fez e faz por A sombra de Deus sobre os seus filhos nós e com as oportunidades que nossa queé a certeza do seu amor por nós. Neste rida Igreja nos proporciona? Temos orgulho espírito, compartilho ainda com os irmãos de ser um cristão luterano? Temos orgulho algumas palavras escritas pelo meu colega, de pertencer a IELB? pastor Cleydes Kloss, e que podem ser lidas Como cristão luterano, membro da na íntegra no site da LLLB: IELB, sou livre para servir o meu Deus. Ser cristão é Minha vida cristã não é motivada pelo que maravilhoso! Todo as leis ou tradições prescrevem, mas, unicristão é um filho camente, pela graça e pelo amor de meu de Deus, criado, Deus, em Cristo. redimido e salvo. O leigo luterano é livre para servir a Vive neste mundo Deus. Somente o “amor de Cristo nos na certeza de que constrange”, 2 Co 5.14. Por isso, queremos um dia estará nos servi-lo com alegria. braços de seu Pai Caros leigos, que as palavras dos nossos no céu. irmãos tenham despertando em vossos coraSer luterano ções o ardente desejo de comprometimento é um grande pri- com a causa de Jesus. vilégio! Um luterano é orientado na verdade Seja na Liga, na Congregação, no lar proclamada desde a reforma: somente ou na sociedade, que vossa sombra seja o pela Escritura, somente pela Graça, so- Senhor Jesus e que mente pela Fé – a salvação da humanidade o vosso lema seja a inicia e termina no coração de Deus, que cruz, símbolo que nos age por sua graça, e por meio do Evangelho lembra o quanto Deus, conduz o homem (ser humano) à fé no em seu Filho, nos Cristo que nos salva. amou. Um forte abraSer cristão luterano da Igreja Evangélica ço da LLLB a todos os Luterana do Brasil é uma bênção! Todos os irmãos em Cristo. membros da IELB têm o privilégio de ouvir a Emerson Zielke | mensagem de Deus, sendo proclamada na pastor conselheiro da “forma clara, sã e pura”, conforme exposta LLLB na Escritura Sagrada em todas as oportuni-
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Congresso de Leigos em Curitiba FOTOS: ARQUIVO EDITORA CONCÓRDIA
Reestruturação do site da LLLB
O Distrito Paraná Leste realizou seu Congresso de Leigos no dia 7 de novembro de 2010, na Congregação São Paulo, de Portão, Curitiba, PR. O devocional de abertura foi dirigido pelo leigo Salmon de Paiva. O palestrante foi o professor do Seminário Concórdia, Anselmo Graff, falando sobre o tema: Missão da Igreja e evangelização – um olhar para Martinho Lutero. Após a palestra, o pastor Curt Albrecht aplicou aos congressistas um teste bíblico. Na parte da tarde, foram convidados os representantes da LLLB para explanarem sobre os trabalhos da Liga, momento esse dirigido pelo pastor Emerson Zielke e pelo leigo Sandro Zastrow. O Distrito Paraná Leste manifestou seu apoio aos projetos da Liga. Em seguida foi firmado, simbolicamente, o comprometimento do então presidente distrital da Liga, Donato Stelle, e do conselheiro distrital, pastor Curt Albrecht, com o recebimento do boton da LLLB pelos representantes da LLLB. Foi eleita a nova diretoria assim composta: Presidente - Orley Villa; Vice - Cyrineo Dickel Junior; Secretário - Edson Iurk; Vice - Cyrineo Dickel; Tesoureiro - André C. Mittmann; Vice - Amauri Stelle; Cons. Fiscal - Salmon de Paiva; e Pastor Conselheiro - Curt Albrecht. A Diretoria que se despediu era composta pelo presidente - Donato Stelle; Vice - Cyrineo Dickel; Secretário - Edson Iurk; Vice - Jason Torres; Tesoureiro - André C. Mittmann; Vice - Evaldo Iurk e Pastor Conselheiro - Curt Albrecht.
Leigos no Campos Gerais O Distrito Campos Gerais realizou seu XXII Congresso de Leigos no dia 7 de novembro de 2010, na Congregação Paz, de Ponta Grossa, PR com o lema: Vivei a vida comum do lar (1 Pe 3.7). A palestra com o tema Família foi dirigida pelo pastor Odil Sontag, de Imbituva, PR. A LLLB se fez representar pelo presidente, Oldemar Roholoff, e pelo tesoureiro Winfried Arno Hubner, que falaram sobre os projetos da Liga. Foi firmado o comprometimento daquele Distrito com a Liga através da entrega do boton da LLLB ao pastor conselheiro do distrito de Leigos, Noedi Kissler, e ao presidente distrital.
A nova diretoria da LLLB fez uma reestruturação do seu site, o endereço é o mesmo www.lllb.org.br. Ali, você pode acompanhar um pouco do histórico da LLLB, seus atuais projetos, programação, congressos distritais, mensagem do presidente e dos pastores conselheiros, enfim, tudo o que acontece na LLLB. Além disso, você também pode deixar seu recado e/ou sua opinião. Acesse! Aproveite também o e-mail de nossa secretaria para divulgar seus congressos, aniversários da Liga, depósitos para a Liga. O endereço é: lllb.secretaria@hotmail.com. Para correspondência o endereço é: Rua Ceará 610 - Centro CEP: 85960-000 Marechal Cândido Rondon, PR.
Informações cultos na praia CAPÃO DA CANOA, RS Contato: pastor Ismael Joel Rediske Fone: (51) 3625-3153 ou 9402-0506 E-mail: emanuelielb@yahoo.com.br Xangri-lá, RS Fone: (51) 3689-1213 (Loja Xik-Xik) Livramento, Osório, RS Fone: (51) 3683-8202 (BR 101, Km 86) Ilha de Guriri, São Mateus, ES 7ª Avenida s/n esq. com a 9ª avenida Guriri Norte - São Mateus, ES Deodato ou Gorete pelo celular: 9824-3647 ou 9988-0909 São Vicente, SP e Baixada Santista www.ielbsaovicente.blogspot.com Fone: (13) 3462-7936 ielbsaovicente@gmail.com
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IELB
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Contribuições das Congregações
CONtatos da ielb
280.000,00
PRESIDENTE - Egon Kopereck presidente@ielb.org.br
260.000,00 240.000,00 220.000,00
1º VICE-PRES. - Arnildo Schneider arnildo@ielb.org.br
200.000,00 180.000,00 160.000,00
2º VICE-PRES. - Geraldo Schüler geraldo@ielb.org.br
140.000,00 120.000,00 100.000,00 Jan
SECRETÁRIO - Rubens Ogg rubens@ielb.org.br
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Realizado 2009 156.008,62 115.122,69 180.805,86 160.122,67 178.151,84 164.391,96 171.101,24 172.863,80 246.346,83 186.097,41 168.335,23 263.048,34 Meta/10
179.765,32 128.692,16 189.639,31 168.286,91 189.936,65 181.386,62 195.542,49 179.720,07 205.766,60 199.802,51 184.583,82 260.898,54
Realiz.2010
145.659,30 132.607,53 224.557,49 170.273,78 157.706,27 203.393,26 211.234,13 190.341,07 205.947,14 209.755,96 236.089,60
Indicadores da IELB
TESOUREIRO - Renato Bauermann renato@ielb.org.br
Valores Válidos para janeiro/2011 IEG= 1,5806 POUP= 2,4496 IFAPAI= 3,1321 IFPP= 3,2421
PEM - Adilson Schünke adilson@ielb.org.br
Rentab. [Líquida] (mensal atual) FPP/FAPAI = 0,6487 % Poupança = 0,6413
PROJETOS - Mario Lehenbauer mario@ielb.org.br
Política de Subsistência Pastoral: Básico: R$ 1.867,00 (retroativo a abril/2010) Anuênios (cada ano pós formatura) => (1º ao 15º)=R$ 67,21 e (16º ao 20º)=R$ 33,61
GERAL ielb@ielb.org.br
Obs1: Lembramos a ênfase da livre negociação entre congregações e pastores. (Não deveria ser menor que os valores acima indicados)
TELEFONE (51) 3332-2111
RENATO BAUERMANN Tesoureiro da IELB
Ordenações e Instalações Eberval Lucas – instalado, no dia 21 de março de 2010, como pastor na CEL São Paulo, de Cerejeiras, RO, pelo pastor Walter Adolf Baminger. Era pastor em Seringueiras, RO. Grasiliano Galarsa Silveira – instalado, no dia 1º de agosto de 2010, como pastor assistente na CEL São Lucas, da Vila Ipiranga, Porto Alegre, RS, pelo pastor Geraldo Walmir Schüler. Estava em licenciamento. Edgar Züge – instalado, no dia 19 de setembro de 2010, como pastor na CEL São Paulo, de Novo Hamburgo, RS, pelo pastor Geraldo Walmir Schüler. Era pastor cedido à Igreja Evangélica Reformada, de Carambeí, PR. Heldo Egon Bredow – instalado, no dia 26 de setembro de 2010, como pastor na CEL Emanuel, de Itoupava Central,
12 M
ensageiro
Blumenau, SC, pelo pastor Hilmar Duarte Stern. Era pastor no Bairro Pinheirinho, Curitiba, PR.
novembro de 2010, como pastor na CEL São Paulo, de Rio do Sul, SC. Era pastor em Itajaí, SC.
Júlio Jandt – instalado, no dia 31 de outubro de 2010, como pastor cedido à Igreja Evangélica Reformada, de Itararé, SP, pelo pastor Paulo Roberto Verdin. Era pastor no Bairro Portão, Curitiba, PR.
Alex Marciano Schmökel – instalado, no dia 25 de novembro de 2010, como pastor na CEL Concórdia, de Buriti, Santo Ângelo, RS, pelo pastor Ailton José Müller. Era pastor em Vila Progresso, Vera Cruz, RS.
Paulo Roberto Monteiro – instalado, no dia 7 de novembro de 2010, como pastor na CEL São Marcos, do Bairro Canudos, Novo Hamburgo, RS, pelo pastor Arnildo Arthur Figur. Era pastor em Carazinho, RS.
Erno Delmar Scheffler – instalado, no dia 25 de novembro de 2010, como pastor assistente na CEL Cristo, de Nova Porto Velho, Porto Velho, RO, pelo pastor Adalberto José Gross. Estava sem chamado.
Libório Frederico Kissmann – instalado, no dia 14 de novembro de 2010, como pastor cedido à Igreja Evangélica Reformada, em Carambeí, PR, pelo pastor Arjan Witzier. Era pastor em Bom Jesus, RS.
| Jan e Fev 2011 | Encarte IELB Notícias
Rubin Brehm – instalado, no dia 21 de
Wilmuth Engelmann – instalado, no dia 28 de novembro de 2010, como pastor na CEL São Paulo, de Itarana, ES, pelo pastor Heder Frederico Pieper Gumz. Era pastor em Marabá, PA. Rony Ricardo Marquardt Pastor, Assessor da IELB
Mensageiro das Crianças Encarte do Mensageiro Luterano de janeiro e fevereiro de 2011
Acolhendo e Integrando
MC Historia Dibbs e Keite estão de volta! Acompanhe mais uma aventura dessa dupla que adora viajar com os personagens bíblicos. Nesta edição, Keite conta a história das pessoas que foram visitar Jesus na manjedoura. Dibbs- Olá, Keite! Como passou este mês? Fez muitas viagens? Keite- Olá, Dibbs. Eu viajei bastante. Acompanhei os pastores que foram ver Jesus na manjedoura. Sabe o que eles fizeram ao sair dali? Dibbs- O que foi? Me conta. Keite- Eles saíram contando que viram o Salvador do mundo, assim como os anjos disseram. Os anjos disseram que ele estava deitado em uma manjedoura entre os animais. Falaram também que o Salvador do mundo estava ali e que a promessa de sua vinda tinha se cumprido. O tempo passou, e sabe quem mais foi visitar Jesus? Dibbs- Quem? Keite- Os visitantes vieram do Oriente e montados em camêlos. Eles eram três e trouxeram presentes para Jesus. Seguiram uma estrela desde o Oriente. A estrela os conduziu até Jerusalém. Lá chegando, eles procuraram o rei Herodes para saber onde tinha nascido o Rei dos judeus. O rei fez várias perguntas para descobrir onde estava Jesus, mas os visitantes, que também eram reis magos, não sabiam dizer onde estava Jesus. Saíram da presença do rei e seguiram a estrela. Quando encontraram Jesus e
seus pais, adoraram o menino Jesus e deramlhes presentes: ouro, incenso e mirra. Os pais de Jesus ficaram muito felizes com a visita e os presentes. Os magos voltaram para o Oriente por outro caminho para não se encontrarem com o rei. O dia da visita dos reis magos a Jesus tem o nome de Epifania, que quer dizer Manifestação. Manifestação de Jesus aos gentios. Gentios são as pessoas que não fazem parte do povo de Deus. O Salvador Jesus veio para nos salvar e nos dar vida. Dibbs- Que história maravilhosa! Jesus receber a visita de reis e ganhar presentes. Nós ganhamos o maior presente. Keite- É verdade. E este presente é Jesus que veio para nos salvar dos muitos pecados que cometemos. Ele veio ao mundo porque nos ama muito. Mas o que acham que aconteceu a Jesus depois da visita dos reis magos? O que fizeram com os presentes que ganharam? Isto nós vamos ver na próxima revista. Célia Marize Bündchen
MC Atividades Dibbs e Keite nos contaram da visita dos magos e os presentes que deram a Jesus. Nós também recebemos este presente que é o maior presente dado para todos os homens. Que precioso presente nós recebemos neste Natal! Adoremos juntos a Jesus que é o nosso Salvador.
1
Resolva os cálculos e coloque o resultado no quadradinho de cima e a letra correspondente ao número no quadrado abaixo. Depois é só completar as lacunas do versículo. Onde está o ________________ que nasceu para ser o __________________ dos _______________________. Nós vemos a ________________ dele no __________________ e viemos adorá-lo. Mateus 2.2
5+5
10-9
8+1
4+4
7+2
5+2
2+2
3-2
5+3
10+1
6+6
1
20-19
2
4-3
6x2
1+1
12
1x2
2+1
2x2
8-7
4+1
3x2
4+3
2
2
7+6
4x1
4x2
1x1
3x3
3x1
17-16
7
6
1
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7
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A
E
I
O
U
S
T
R
L
N
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J
D
Vamos viajar junto com os Magos do Oriente. Desenhe a cena em que os magos avistaram a estrela. Mateus 2.1-12.
Mensageiro | Jan e Fev 2011 | Encarte Mensageiro das Crianças
Carmem Riewe
CEL Cruz, Cruz Alta, RS
Carolina
Luana
Carol
Eduardo
Erik
Gabriel
Fernanda
Fernanda dos Santos
Rafael F. W.
Peter
Rafael
Vitor
Tiago
Roberta
Olá amiguinhos, eu sou Saulo Saick. Tenho um irmão que o nome é Adam, os meus pais são Darli e Suzani. Eu tenho 6 anos e moro em Serra Pelada, Afonso Cláudio, ES. João Vitor
Thales
Leonardo
Meu nome é Natália Luani Grutzmann, tenho 10 anos. Angela é o nome da minha mãe, Jair é do meu pai, Jorge Lucas do meu lindo irmão, Tatiani da minha irmã, Thaisa da minha prima, também o Samoel, o Gabi, a Estefani, a Eduarda, o Alexandre, a Monisa…
Mensageiro | Jan e Fev 2011 | Encarte Mensageiro das Crianças
3
Olá amiguinhos do MC. Meu nome é Tatiane S. dos Santos de Freitas. Eu e minha irmã Lidian somos professoras da Escolinha Bíblica na Comunidade Pentecostes da Capelinha Santo Antônio, localizada no interior do município de Camaquã, RS. É com grande prazer que escrevemos pela 1ª vez para o MC, divulgando os trabalhos de alguns dos nossos alunos, homenageando o nosso primeiro aniversário da Escolinha Bíblica na Comunidade, que comemoramos no mês de setembro. É com alegria que enviamos os desenhos para o desafio do mês “o que você imagina que Deus criou no segundo dia?”
Bruno B. da Silva
Geovana
Daniela Tutenhagen
William J. F.
Miquéias Soine Penning
Oséias Soine Penning
Desafio do mês
Amiguinhos, as férias já chegaram! Vamos fazer um desenho sobre o sexto dia da Criação? Como você imagina o que Deus criou no sexto dia, de acordo com Gn 1.24-31? Faça um desenho bem bonito e colorido, e mande-o até o dia 20 de março para:
Um grande abraço e muito obrigada.
Patrícia R. Bierhalz
Mensageiro das crianças Av. São Pedro, 633 - Bairro São Geraldo CEP: 90230-120 - Porto Alegre, RS
Meu nome é Tatiane Letícia Grutzmann, moro em Senador Salgado Filho. O nome do meu pai é Jair e da minha mãe é Angela, meu irmão é Lucas e a mana é Natália. Que Deus esteja com todas as crianças.
CEL Esperança, Barra do Garças
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Thaís - 9 anos
Maria Eduarda - 7 anos
Mensageiro | Jan e Fev 2011 | Encarte Mensageiro das Crianças
João Pedro - 6 anos
Artur - 8 anos
Aline - 9 anos
Eraldo - 10 anos
Carlos - 6 anos
Fausto - 7 anos