Conjuntura CNseg Nº25 | Ano 3 | Agosto 2020

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Ano 3 • No 25 • Agosto 2020

Publicação da Confederação Nacional das Seguradoras

Conjuntura CNseg

Editorial

O primeiro semestre de 2020 fechou com redução de 3,5% sobre o de 2019. No último mês, em junho, seguros cresceram quase 33% alavancados por VGBL. Mesmo sem ele, o aumento ainda foi forte, de 18,3%. (*) Não inclui Saúde nem DPVAT.

Análise de Mercado


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .................................................. 3 EDITORIAL ...........................................................

SUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO

A CNseg A Confederação Nacional das Seguradoras CNseg é uma associação civil, com atuação em todo o território nacional, que reúne as Federações que representam as empresas integrantes dos segmentos de Seguros, Previdência Privada Complementar Aberta e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização. A CNseg tem como missão contribuir para o desenvolvimento do sistema de seguros privados, representar suas associadas e disseminar a cultura do seguro, concorrendo para o progresso do País.

A Conjuntura CNseg é uma análise mensal do estado dos segmentos de Seguros de Danos e Responsabilidades, Coberturas de Pessoas, Saúde Suplementar e Capitalização, com o objetivo de examinar aspectos econômicos, políticos e sociais que podem exercer influência sobre o mercado segurador brasileiro. Em meses de referência de fechamento de trimestre, esta publicação reúne também os Destaques dos Segmentos, a atualização das Projeções de Arrecadação, os Boxes Informativos Estatístico, Jurídico e Regulatório e o acompanhamento da Produção Acadêmica em Seguros.

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SUMÁRIO


EDITORIAL

ANÁLISE DE MERCADO

EDITORIAL O primeiro semestre de 2020 fechou com redução de 3,5% sobre o de 2019. No último mês, em junho, seguros cresceram quase 33% alavancados por VGBL. Mesmo sem ele, o aumento ainda foi forte, de 18,3%. (*) Não inclui Saúde nem DPVAT.

Marcio Serôa de Araujo Coriolano – Presidente da CNseg

A arrecadação do setor segurador no primeiro semestre de 2020 alcançou R$ 121,1 bilhões, ou uma redução de 3,5% com relação a igual semestre de 2019. O primeiro trimestre foi de resiliência do setor segurador, que cresceu 7,8%, considerando que a pandemia foi declarada apenas em março. Já o segundo trimestre revelou impacto forte do regime de distanciamento social, impactando em redução da arrecadação da ordem de 13,8%. A resposta do setor segurador ao ambiente restritivo da pandemia do novo coronavírus tem sido diferenciada, seja em cada período comparado, seja em cada linha de negócios. Assim, após um mês de abril de sensibilidade mais forte ao ciclo pandêmico (queda de 21,4%), o mês de maio mostrou alguma recuperação (aumento de 11,4%), basicamente devida aos Planos de Previdência VGBL, sem o que a queda teria sido de 2,3%, bem menor do que a do mês anterior. Agora, o mês de junho mostra aumento substantivo de 32,9% -

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novamente auxiliado pelos Planos VGBL (59,6%) –, embora sem eles a expansão teria sido de 18,3%. Na comparação com igual mês do ano anterior, os segmentos e ramos de seguros tiveram comportamento diferenciado. No geral, o aumento foi de 6,7%. O segmento de Danos e Responsabilidades avançou expressivamente (18,5%), na esteira de recuperação do ramo de Automóveis e do Patrimonial Massificados. Os ramos de Responsabilidade Civil e o Rural também tiveram boa contribuição. Porém foi no segmento de Cobertura de Pessoas – historicamente de grande protagonismo – que o setor teve desempenho apenas regular: os Planos de Vida Risco reduziram, enquanto os Planos de Acumulação avançaram timidamente. Já no acumulado semestral, a comparação com o mesmo período de 2019, de retração de 3,5%, indica igualmente que os seguros foram demandados de forma diferenciada. O ramo de Automóveis continua com queda de arrecadação provoca-

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ANÁLISE DE MERCADO

da pela perda de mobilidade das pessoas. O ramo Patrimonial, que no passado foi sustentado pelos seguros massificados, teve resultado positivo propiciado basicamente pelo ramo de Grandes Riscos. Os ramos que revelaram crescimento expressivo foram os de menor ponderação relativa, como o Marítimo e Aeronáuticos (28,4%), Rural (25,2%) e Responsabilidade Civil (19,8%). Novamente nessa comparação semestral, agora no segmento de Cobertura de Pessoas, as evidências reafirmam que a recuperação será mais lenta naquele que foi o polo dinâmico do desenvolvimento do setor segurador nos últimos três anos. A retração geral, trazida pelo ambiente de reduzida circulação de pessoas, foi de 5,6%. Os Planos de Vida Risco ficaram com virtual estabilidade, enquanto os Planos de Acumulação experimentaram queda de 7,2%. O segmento de Títulos de Capitalização caiu 7,1%. Os dados de sinistralidade comparada nos dois primeiros semestres de 2019 e 2020, mostram redução no segmento de Danos e Responsabilidades, de 55,8% para 49,0%, influenciada pela redução de acidentes e roubos. Já no ramo de Vida Risco, a sinistralidade agravou-se de 25,8% para 26,6%, em função do aumento dos óbitos. Esse agravamento também foi observado no ramo de Planos de Previdência

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Privada, no qual observamos um recuo da captação líquida, que passou de R$ 20,9 bilhões para R$12,2 bilhões, pela elevação dos resgates. Os resgates também afetaram a captação líquida dos Títulos de Capitalização, que caiu de R$2,7 bilhões para R$1,7 bilhões. Na ótica de 12 meses móveis, que é a melhor medida tendencial, a inclusão do mês de junho – ainda que com o efeito extraórdinário de aumento de receitas do VGBL – continua em marcha de desaceleração das taxas, como previsto. Depois de mergulho para ainda positivos 6,7% em maio, caiu agora mais um pouco, em junho, para 6,1%. A novidade positiva é a taxa específica do segmento de Danos e Responsabilidades. A recuperação das receitas de junho levou a aumento na série de 12 meses, de 2% para 3,9%. Já antevendo o mês de julho, caso ele repita o aumento agora ocorrido, a taxa acumulada em 12 meses móveis cairá mais ainda, para 4,4%. Mas, considerando que julho de 2019 foi o mês de maior arrecadação (R$ 25.5 bilhões), a melhor hipótese seria de repetição da arrecadação de junho, levando a taxa de 12 meses para 2,8%. Encerrando, o gráfico abaixo revela a trajetória das tendências de desaceleração recente dos segmentos, em base de 12 meses móveis.

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VARIAÇÃO NOMINAL DA ARRECADAÇÃO (12 meses móveis) 11,7%

10,0% 10,0% 7,7% 7,7% 1,3%

9,0% 6,7% 3,1% 2,0%

2,0%

1,3%

6,7% 4,2%

3,1%

-2,2% -5,4%

12,7%

5,5%

5,5%

4,2%

4,2%

12,1% 11,0%

12,1%

9,9% 8,2% 8,2%

9,9%

9,0%

9,0%

5,5%

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-2,2%

até jun-19 / até jun-18

16,7%

1,7%

4,2%

9,0%

-5,4%

até mar-19 / até mar-18

12,7%

12,7%

11,7%

5,3%

até set-19 / até set-18

16,7%

13,8% 11,0%

13,8% 12,5%

12,5%

9,8%

5,3%

4,8%

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até dez-19 / até dez-18

-2,2% 18,7%

16,7%

13,8%

1,0%

13,8% 12,5%

12,5%

12,4%

9,8% 4,8%

18,7%

Setor Segurador (sem Saúde)

12,4%

Danos e Responsabili Setor DPVAT e 8,9%Segurador 8,9% (sem DPVAT) Saúde) 6,1%

9,8%

4,8%

até mar-20 / até mar-19 Setor Segurador

Saúde)

6,1%

3,9%

3,9%

4,0%

4,0%

3,4% 3,4% Cobertura (sem de Pessoas Danos e Responsabilidades Setor Segurador (sem DPVAT e Risco DPVAT) Saúde)

9, até jun-20 / até 12,7% Cobertura de de Pessoas Cobertura dejun-19 Pessoas - Planos Danos e Responsabilidades (sem (sem DPVAT e Acumulação Risco DPVAT)

Vari

9,0% 12,7% Setor Segurador Danos e e Responsabilidades Cobertura de Cobertura de dede Capitalização Capitalização Cobertura Pessoas - Planos de Cobertura de Pessoas - Planos Setor Segurador (sem DPVAT e Danos (sem (sem DPVAT Responsabilidades Pessoas – Planos Pessoas – Planos Acumulação Risco Saúde) DPVAT) e Saúde) (sem DPVAT) de Risco de Acumulação 9,9%5,5% 9,0% 12,7% 8,2% Capitalização Fontes: SESDanos (SUSEP) –e Extraído em 06/08/2020 Cobertura Pessoas - Planos de Responsabilidades Cobertura(sem de Pessoas - Planosde de Acumulação DPVAT) Risco 10,4% 9,9%5,5% SUMÁRIO 6 CONJUNTURA CNseg 9,0% | ANO 3 | N 25 | AGOSTO/2020 8,2% Capitalização Cobertura de Pessoas - Planosde dePessoas Cobertura - Planos de O


CONSELHO DIRETOR com mandato de 30/04/2019 a 29/04/2022

Presidente

Diretores

Marcio Serôa de Araujo Coriolano

Bernardo de Azevedo Silva Rothe Brasilprev Seguros e Previdência S/A

1º Vice-Presidente

Edson Luís Franco Zurich Minas Brasil Seguros S/A

Roberto de Souza Santos Porto Seguro Cia. de Seguros Gerais

Eduard Folch Rue Allianz Seguros S/A Francisco Alves de Souza COMPREV Vida e Previdência S/A

Vice-Presidentes Gabriel Portella Fagundes Filho Sul América Companhia Nacional de Seguros Luciano Snel Corrêa Icatu Capitalização S/A

Gabriela Susana Ortiz de Rozas Caixa Seguradora S/A João Francisco Silveira Borges da Costa HDI Seguros S/A

Vinicius José de Almeida Albernaz Bradesco Seguros S/A

José Adalberto Ferrara Tokio Marine Seguradora S/A Leonardo Deeke Boguszewski Junto Seguros S/A

Vice-Presidentes Natos

Luiz Fernando Butori Reis Santos Itaú Seguros S/A

Antonio Eduardo Márquez de Figueiredo Trindade Federação Nacional de Seguros Gerais

João Alceu Amoroso Lima Federação Nacional de Saúde Suplementar

Jorge Pohlmann Nasser Federação Nacional de Previdência Privada e Vida

Luis Gutiérrez Mateo Mapfre Previdência S/A Nilton Molina Mongeral AEGON Seguros e Previdência S/A Pedro Cláudio de Medeiros B. Bulcão Sinaf Previdencial Cia. de Seguros Pedro Pereira de Freitas American Life Companhia de Seguros S/A

Diretor Nato Marcelo Gonçalves Farinha Federação Nacional de Capitalização

Luiz Tavares Pereira Filho Consultor Jurídico da Presidência da Fenaseg

DIRETORIA EXECUTIVA Alexandre Leal – Diretor Técnico e de Estudos Luiz Tavares Pereira Filho – Consultor Jurídico da Presidência da Fenaseg Miriam Mara Miranda – Diretora de Relações Institucionais Paulo Annes – Diretor de Administração, Finanças e Controle Solange Beatriz Palheiro Mendes – Diretora de Relações de Consumo e Comunicação


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