ASSOCIAÇAO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
EDIFÍCIO MAYAPAN — Sala 1119
Av. Almirante Barroso, 91 ✩
Caixa Postal 2916
RIO DE JANEIRO
ASSOCIAÇAO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
EDIFÍCIO MAYAPAN — Sala 1119
Av. Almirante Barroso, 91 ✩
Caixa Postal 2916
RIO DE JANEIRO
JANEIRO DIC mZ ANO J — No. 1
ANTONIO PRADO JÚNIOR
PRESIDENTE
VALENTIM BOUÇAS
VICE-PRESIDENTE
J. M. FERNANDES
1." SECRETÁRIO
OSVALDO RISO
2." SECRETÁRIO
K. AP-THOMAS
1.'^ TESOUREIRO
A. B. CAVALCANTI
2," TESOUREIRO
A. P. AMARANTE
SEC. EXECUTIVO
A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACI DENTES, empenhada em tornar mais efetiva o assistência que se propõe dispensar aos seus associados, apresenta-lhes agora o seu boletim mensal "PREVENÇÃO DE ACIDENTES".
Esse boletim será mais um elemento de divulgação da técni ca que prove os meios necessários para proteger o indústria e os homens contra os riscos dos acidentes — traiçoeiros agentes de disperdícios ç de sofrimentos.
É-nos sumamente agradável focalizar, desde este primeiro número de "Prevenção de Acidentes", espetos do trabalho que vem sendo realizado em nosso País por associados nossos, já ago ra distribuídos por quase todos os Estado do Brasil .
Estamos certos de que os exemplos que apresentamos, de magníficos resultados obtidos através do prevenção de acidentes, servirão de estímulo oc desenvolvimento entre nós de trabalhos análogos, dedo o oportunidade em que são focalizados, estando os classes patronais e trabalhistas atentas ao problema, desper tados pela palavra oficial do Ministro Marcondes Filho, que, cer cado de valores como os Drs. João Carlos Vital, Rego Monteiro e Décio Parreiras, convocou os brasileiros poro uma benemérita cruzada de combate aos acidentes.
A Associação Brasileiro paro Prevenção de Acidentes sentese feliz com a oportunidade que assim se lhe apresenta paro, no exercício de dispositivos estotuárics, prestar seu melhor concurso ao poder público em prol do maior êxito de tõo salutar cruzado
O Sr. Ministro Marcondes Filho, a 9 de Agosto próximo passado, no salão de honra do Ministério do Trabalho, e na presença de Presi dentes de Sindicatos Brasileiros, lançou as ba ses da Campanha Nociõnal de Prevenção de Aci dentes. e o fez com. aquela clareza e elegância que caracterizam os discursos dessa elevada au toridade trabalhista.
Tudo se resumia quase num problema de falto de atenção e de descuido, e urgia que se formasse, no trabalhador brosileiro, uma cons ciência de precaução e de cuidado, quando não para evitar os desastres do economia nacional, atingida em cheio, por um número crescente de dias operários Improdutivos, suportados em lei tos de hospitais e cosas de Saúde, que teriam sido evitados, se assim o quizessem o emprega dor tí o empregado.
Estes ainda não pensam, porém, deste mo do. Verificado o desastre, acabados as providên cias de remoçôo da vitimo, tudo volto qo nor mal, interrompido por um ou outro comentário, o resfoigar do máquina possante e, muzuJmanamente, se assiste c reprodução do fato, otrcvez do tempo.
E' a idéia fatalista dominante. Aconteceu porque tinha de acontecer Nenhum inquérito, nenhuma história do desastre é feita, paro co nhecer-lhe a causa e evitar-lhe a reprodução. A imprevidêncio é total .
Só em 1940_ no Brasil, tivemos quase cem mil operários acidentados. Perdemos nesse mes mo ano, mais de 151 mil dias de trabalho ope rário, que nos dariam para construir 75 aviões de combate, no defesa do nosso independência e do integridade do nosso território.
Nõo é moi-S uma questõo de humanidade. E' um problema diretamente ligado ò economia de emprezas e indústrias e, consequentemente, do País.
Pela Dr. DÉCIO PARREIRAS, Inspetor Chefe do Trabalho
— Especialmente para "Prevenção de Acidentes".
Não bosta a assistência que os companhias de seguro até agora se têm limitado a dar, isto é: pagar amputações e garantir leitos de hospi tal, sem se lembrarem que lhes caberia melhor formar o ambiente de prevenção dessa ampu tação e desse, recolhimento hospitalar, donde sol o trabalhador com vido, mas sem o braço e, mais que isto, sem o sua capacidade produtiva e sem o ânimo que possuía até entõo.
Contra esto maneiro de encarar o proble ma levanto-se, no momento, uma onda geral de iniciativas de prevenção, no qual formam Volentim Bouças, Rego Monteiro, Aristides Malheiros, João Carlos Vital, Rocha Miranda, e tom bem Marcondes Filho e o próprio Presidente Getulio Vargas, o que vale prever o êxito total des sa idéia em marcha.
Temos ó mõo os cinco primeiros exempla res do revista mensal especializada que publica o Instituto' Argentino de Seguridad, contendo interessante matéria educativa e de divulgação.
Com o maior satisfação, constatamos o rá pido progresso que vai obtendo essa nossa con gênere argentina nos trabalhos de prevenção de acidentes que vem desenvolvendo em seu país, e, por isso, Qpresentomos-lhe nossos calorosos aplausos.
A redução dos taxes de acidente do trabalho constitue um grande problema nacional
Estrada de Ferro Corcovado R'0
Sócios industriais:
Leopoldina Railway Company Ltd Rio
Companhia Brasi leira de Cimento Pcrtiand S. A São Paulo
Companhia Mecânica e Importadora São Paulo
Companhia Nacional de Cimento Portlond Rio
General Motors do Brasi São Paulo
Cia. Auxil iar de Empresas Elétricas Brasi leiros Rio
Cio, Forço e Luz Nordeste do Brasil Natal, Maceió
Pernambuco Tramwoys & Power Company Ltd Recife
Telephone Company of Pernambuco Ltd Recife
Cia. Energia Elétrica da Baía São Salvador
Cia. Linha Circular de Carris da Baia São Salvador
Cia. Central Brasi leira de Força Elétrica Vitória
Cia, Forço e Luz de Minas Gerais B. Horizonte
Cia. Brosileira de Energia Elétrica Niterói
Cia. Força e Luz do Paraná Curitiba
The Rio Grandense Light & Power Syndicote Ltd Pelotas- -
Cia. Energia Elétrica Rio Grandense Porto Alegre
Cio. Carris Porto Alegrense Porto Alegre
The Southern Brozil Electric Company São Paulo
Cia. Mogiono de Luz e Forço São Paulo
Empresa Elétrica de Amparo S. A São Paulo
Empresa de Melhoramentos Urbanos de Piracicabano S. A. São Paulo
Cia. Campineira de Tração, Luz e Forço São Paulo
Cia. Eletricidade de Taquaretinga São Paulo
Empresa de Eletricidade de Rio Preto S. A São Paulo
Empresa Orion de Barretos S. A São Paulo
Cia. Força e Luz de Joboticabal São Paulo
Cia. Central Elétrica de Icem São Paulo
Empresa Força e Luz de Ribeirão Preto São Paulo
Cia. Francona de Eletricidade São Paulo
Cia. Melhoramentos de Batatais São Paulo
Cia. Douradense de Eletricidade São Paulo
Empresa Forço.e Luz de Jaú S. A São Paulo
Empresa de Eletricidade de Araraquara S. A São Paulo
Cia. Força e Luz de Carioba Soo Paulo
Cia. Paulista de Força e Luz São Paulo
Cia. Força e Luz de Brota.s São Paulo
Empresa Elétrica de Bebedouro São Paulo
Empresa Caracolense de Luz, Força e Telefone São Paulo
Serviço de Eletricidade de Monte Alto Sõo Paulo
Companhia de Carris, Luz e Força do Rio de Janeiro . . . . Rio
Societé Anonyme du Gaz do Rio de Janeiro Rio
Companhia Telefônica Brositeíro Rio
Companhia Ferro Carri Jardim Botânico Rio
Companhia Ferro Carris Carioca • Rio
Companhia Nitro Quimica Brasi leira Sõo Paulo
Bates Valve Bag Corporotion of Brasil Sõo Paulo
Indústrias Reunidas F. Motarazzo S. A. . São Paulo
Pon Americon Airwcys System f^io
General Electric São Paulo
Westinghouse Electric Internotionol Co Rio
Companhia Telefônica Paranaense Curitiba
Companhia Telefônica Rio Grandense Rio Grande
Sócios comerciais
Companhia Nacional de Máquinas Cormerciais . . .
Internacional Business Machines Co. of Delawore
Serviços Holíerith S. A
Maquinas Addressograph & Multigraph of Brasil
Rio Rio Rio Rio
Companhia Sul Mineira de Eletricidade Rio
Companhia Expresso Federei Rio
Sócios individuais
Willicm T. Lesi ie Rio
T. C. Resd Rio
W. S. Cunninghom Rio
Roiph Olsburgh , , Rio
Adhemor Jobim Rio
Antonio Ferraz Rio
R, H. Greenwood Rio
Comipanhios de Seguro -
S. A. Novo Mundo — Componhios de Segures e Acidentes no Trabalhe
Atlântica — Cia, de Seguros de Acidentes no Trabalho
Equitütiva Terrestre Acidentes e Transportes S. A.
Cio. Internacional de Seguros
Sul Américo Terrestres, Marítimcs e Acidentes
Segurança industrial
Fortaleza — Companhia Nacional de Seguros
grasi — Companhia de Seguros Gerais
Companhia de Seguros Minas Brasi
Seguradora Industrio e Comercio S. A,
SERVIÇO DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NAS EMPRESAS CLIENTES^ DA COMPANHIA AUXILIAR DE EMPRESAS ELÉTRICAS BRASILEIRAS
Em princípios de 1941 o Companhia Auxi liar de Empresas Elétricas Brasileiras criou uma "Comissão Central para Prevenção de Aciden tes", destinada a orientar, nas suas companhias clientes que operam em serviços de utilidade pú blica em vários cidades do País, os serviços de segurança no trabalho e de prevenção de aci dentes. Simul ta neamente, cada S companhia cliente orga- çj nizava tombem a sua'^
"Comissão para PrevenÇGO de Acidentes", qué"^ 20O se encarregaria de levar'^ a efeito os recomnda- ^
ções da "Comissão Cen- sj trai".
Após'um período pre-'^ parativo de vários mêses, dedicado exclusiva- ^ 11500 mente ò elaboração de*^ um programa prévio, ao ^||400 preparo do pessoal das comissões locais e à ob- ^H300 tençõo de dados estatís-k4 \\2qo ticso sôbre o situação-^ dos acidentes de traba- ^11100 lho em cada companhia ^ cliente, foi lançado em,^"®®®
1° de Janeiro de 1942;^
Nesses "quadros de boletins" começaram então a ser exibidos, todos os meses, cartazes educativos, preparados e distribuidos pela "Co missão Central", assim como boletins contendo conselhos e recomendações sôbre a prevenção de acidentes. Hoje exibem os cartazes da Asso ciação.
Palestras educativas e reuniões, das quais participam operários, engenheiros, chefes de de partamento e diretores, são levados a efeito pe riodicamente, sob a orientação de pessoal espe cializado em cada serviço.
Os resultados onima-
A PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA COMPA NHIA NACIONAL DE CIMENTO PORTLAND
Relatada por um funcionário da Corniponhia, Sr. C. W. Mathews, chefe de escritório da fábrica, que, nestas linhas, revelo espí rito de segurança altomente de senvolvido. 100
te, de maneira a torná-lo o mais útil e interes sante possível.
Em 1935 tivemos apenas 49 acidentes com perda de tempo, cousa que muito animou a Co missão de Segurança a trabalhar cada vez mais, pois sentiu-se grandemente otimista quanto aos resultados futuros.
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uma bem organizada campanha para preven ção de acidentes, cujos resultados, em meio ano apenas de atividade, revelam já um progresso digno de nota.
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O Coefícienfe de Frequêncío de acidentes (número de ocidentes com perda de tempo para 1,0(J0,000 de Homem-Horas de Trabalho), que, em 1941 , foi de 117,73, sofreu uma redução de 23,00 unidades, baixando no período em oprêço paro 94,73, apesar de um aumento de 264.627 Homens-Horas de trabalho.
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Foi nessa mesma época que nasceu o bole tim mensal "Farol de Segurança", que muito tem contribuído para a redução dos acidentes na fá brica e na pedreira da Companhia. O "Farol de Segurança" é distribuído gratuitamente entre os empregados e recebe colaboração de todos.
Clichês sugestivos aparecem em coda nú mero do boletim, ao lado de noticiário atraen
'53.
O entusiasmo foi crescendo cada vez mois e, assim, t ivemos apenas 6 ac dentes em 1940 e 5 em 1941! Desde há muito que o alvo do pessoal tem sido lutar e continuar lutando com o máximo de suas torças afim de não ter mais acidentes a registrar. Sempre que temos um acidente, a bandeira de segurança, colocada no mastro de fronte ao escritório, é arriada e só volta ao seu lugar no dia 1° do mês seguinte. Basto tirar a bandeira do mastro paro que regular número de empregados procure saber o que houve, qual foi a vítima, o seu estado, etc. Antigamente, a no tícia de um acidente era tida como cousa natu ral, embora lamentável. Hoje, porém, com a campanha bem desenvolvida como se acha e o ('■onlirnia na /iifi. 8
PREVENÇÃO DE ACIDENTES — Janeiro de 1943 — 7
E' comum supor-se que os prejuízos causa dos por um acidente no trabalho são cobertos pelo seguro respectivo.
Vamos mostrar como na realidade as cousas se passam de maneira muito diferente.
Na verdade, alem dos gastos diretos e apa rentes com o tratamento da lesão sofrida, não se pode desprezar o custo do tempo perdido pelo Operário enquanto^ durar esse tratamento.
Podem ser poucas os horas de paralizaçõo como pode durar semanas o afastamento do ope rário de seu trabalho normal De qualquer ma neira esses gastos devem correr por conta do seguro, de despesas gerais, de lucros e perdas OU de qualquer outro item.
Mas, se tais dispêndios são diretamerite acarretados pelo acidente, outros indiretos se acrescentam a ele.s e possam desapercebidos na maioria dos casos. Com efeito, outros operários interrompem o trabalho movidos por sentimen to de curiosidade, de simpatia ou de solidarie dade para com a vítima. Conforme a gravida de da ocurrência, mais ou menos demorada será essa interrupção de trabalho, como maior ou me nor será o número de operários que se afastam de seu labor produtivo. Removida a vítima, per dura G redução no ritmo de trabalho, em conse
DE CIMENTO PORTLAND
qüência dos comentários, lamentações ou tão so mente pela impressão dolorosa que o acidente provocou.
Todo esse tempo perdido pela vítima ou seus companheiros, não obstante as justas ra zões que o determinam, é tempo perdido da mes ma maneira que o acidente em si representa uma perdo já que os acidentes são evitáveis e desnecessários, Acrescente-se ainda o tempo gasto pelo feitor, mestre ou outros chefes:
1 . Atendendo a vítima;
2. investigando a causa do acidente;
3. providenciando para que o trabalho da vítima seja continuado por outro ope rário;
4. selecionando, ensinando ou empre gando um novo operário para fazer o trabalho da vítima; - -
5. preparando os informes de acidente ou outros documentos e avisos legais, etc.
Mais esse tempo, perdido per pessoas que percebem salários ou jornais, representa despe-
O serviço de prevenção de acidentes não é novidade e está sendo largamente praticado no estrangeiro com os melhores resultados.
ild pidi ó)
pessoal bem instruído no serviço de prevenção, a notícia repercute como uma verdadeira bomba. Os comentários são ouvidos em toda a parte e até fora da fábrica.
Mensalmente é real izada na fábrica uma reunião gero! onde são ouvidas bôas palestras e assistidas demonstrações práticas. Cada mês um departamento é encarregado da reunião, cujo programa é organizado e executado intei ramente por conta do seu pessoal Instruir o pessoal para que entenda e pra tique segurança, nõo é trabalho fácil e requer muita perseverança e tempo. Nos primeiros anos de nossa campanha era por demais difíci in cutir na mente dos empregados a vantagem de se precaverem contra os acidentes e não faltou quem julgasse inútil todo o trabalho que estava sendo feito. Os organizadores, pcrém, estavam habituados o enfrentor tais obstáculos e, pouco a pouco, viom desaparecer as dificuldades e co roarem-se de motor êxito os seus esfcrços.
O que é preciso ter em mente é que com uma só pedrada nÕo se pode matar vários coe lhos. Por mais cuidado que se tome em ensinar determinada parte do serviço de prevenção, exis tem sempre elementos que,sofrem acidentes ao executarem outros serviços menos importantes, ainda não atingidos pelas medidas lentas, mas seguras e firmes, da prevenção de acidentes.
Primeiramente atacamos os setores mais peri gosos, contando com o bom senso dos trabalha dores enquanto executam serviços menos peri gosos
A prevenção de acidentes requer um esfor ço perseverante e constante junto ao operaria do. Mas, atingido o seu alvo e obtidos os resul tados desejados, tem-se contribuído para debe lar um dcs maiores flagelos que a humanidade já conheceu.
SC que só pode ser atribuída e levado ò conta do acidente.
E a isto ainda nõo está completa.
Se o acidente causa dono à maquinaria, ferramentas ou outro propriedade se dele resul ta a perda de material danificado é evidente
acrescentam outros''"^® quando se ^ c _i Pardas dernrrpnts^; da Viti ma. E sua quedo Ho ^ "-JtícurrenTts uu redução de lucros j P''oduçao e consequen e ta ao trabalho e q^ó ^ empregado vol te em condições dg encontre novamen^ com a mesmo suas funçõ- -' é a necessidades de cri Outras vezes conseqüência de ^Ptá-lo ò nova função, em para a anterior, ^^P^^idode qjje apresente
Outro parcele grande, dependendQ Pode ser pequena o perda de lucros ^ ^PQreihamento usado, á nas permanecem máqo'' do de inatividode Tombem este p^fí^' nutos ou extendei-.^^P ^er de alguns poucos mi' dependendo naturQ| Por horos dias' semanas, de e natureza do q da duracoó, gravida" como dis danos
O máquina tenha sofrido, danos que podem ain da reduzir-lhe definitivamente o eficiência. Os homens deixariam de ser humanos se acidente sofrido por um companheiro não os fi zesse nervosos por alguns minutos c òs vezes pP' todo D resto do dia.
Ocorrem muitos acidentes e são feridos out''Ps empregados durante este estado de excitcçao nervoso. Deles se originam gastos e perdes como os onalizadcs.
Embora relativamente pequenas, nõo deixa de Ser de boa contabilidade e perfeitamente justificovel incluir, nesta lista de gastos invisíveis, despesas indiretas como uns tanto por cento |y2, aluguel, impostos, juros sobre o cae outras parceles similares, que continuam o tempo em que o operário está sem
Todos os gostos e perdas mencionadcs são ^^^''''tado exclusivo de UM ACIDENTE. H Ílmi^-nos à consideração do porte moteriol do'^ P^^lbizos causados, não obcrdando o aspecto hu'^^'^'tário, que é de maior valia, porque são ines^"^.PVeis os prejuízos devidos ò perda da saúde, Incapacidade temporária ou à permanente, C acidente pode causar não só ao operário
que com o terceiros.
^^Uipe foi acidentado e ausente. Todo o traboli^^ se atrazou...
Acidentes de trabalho ocorridos no Brosii em 1940, distribuídos
causas
A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA PRE VENÇÃO DE ACIDENTES é uma sociedade civil de fins humanitários e de proteção social Nõo sendo sociedade comercial, não visa a obtençôo de lucros. Sua denominaçõo define-lhe o prin cipal finalidade, que é promover o prática do • prevenção de acidentes e difundir sua aplicoçõo em qualquer classe de trabalho, colaboran do com os orgâos oficiais na educação do pú blico em geral paro proteger-se contra os oci dentes
que o deseje, sobre os condições oe seguronçG nos centros de trabalhe; contato com os entidades similares de outros poises, especialmente com os dos poises americanos; outros otividodes que o Diretoria con siderar necessários poro o preenchi mento dos fins do Associoçâo.
Poro melhor desempenho e moior êxito de suos atividades o Associação conto com o coope ração do Inter Americon Sofety Council de New York, com o qual assinou contrato que lhe asse guro o assistência de suo técnico especializada e de sua longa experiência no assunto e, além disso, montem relações estreitas com outras or ganizações congêneres.
(Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio N.o 95 — Julho de 1942 — Ano VIU).
Estabelecem os estatutos do Associação, que, poro conseguir seus objetivos ela ogiró através de;
propagando gráfica por meio de car tazes, painéis, publicações em livros e revistas, fotografias, prospéctos, fo lhetos, filmes cinematográficos e ou tros meios odequodos;
b) conferências, cu/so§ teóricos e práti cos, componhas e exposições ilustra tivas;
estatísticos destinadas o determinar as causas dos ocidentes;
ei organização de concursos e congres sos sobre prevenção de ocidentes;
f) contato permonente com os organi zações potronois e operários poro di vulgar entre ambos cs medidas mais ocertodos poro evitar acidentes do trabalho:
gi estudo e colaboroçõc ativo com os poderes públicos em matéria de legis lação trabalhista;
h1 colaboraçQO com os empresas indus triais e seguradoras e com quem quer
Há quatro meses vêm fornecendo aos seus associados cartazes educativos, visando o pre paro do consciência de seguranço entre traba lhadores e o público em geral . Outros cartazes, já cuidando de determinados aspetos do preven ção de acidentes, serão distribuídos nos próxi mos meses.
Alem disso, em circulores, o Associação vai prestando, metodicomente, informações relativas à prática da SEGURANÇA, procurando auxiliar da maneiro mais eficaz aos que iniciam traba lhos de prevenção de acidentes.
Pôde o Associação, finalmente, proporcio nar aos seus associados, desde jó, outros servi ços informativos, submetendo à suo Comissão Técnica, constituido por especialistas devotados e que gentilmente lhe prestam o seu concurso, ou mesmo ao Inter Americon Safety Council inc., consultas que lhe forem formuladas e que, após devido exame e estudo, serõo respondidas com os informações e conselhos adequados. Ao recopitulor, poro seus associados, orga nizações ç pessoas interessadas no prevenção de acidentes, suas finalidades e atividades, o Associação não pôde deixar de acentuar como depende do coiaboroçõc de todos — inscrevendo-se como associados seus, divulgando suo exis tência e finalidades, fornecendo-lhe dados e in formes que sol icitar e ossistindo-a com a crítica construtiva — para que, dispondo de maiores possibilidades, posso com maior presteza e efi ciência preencher os altos objetivos que tem em miro, beneficiando o coletividade e coda um de seus associados ein particular. PREVENÇÃO DE ACIDENTES — Janeiro de 1943 —
I^fais de 60.000 trabalhadores já
são benefíeiados pelos serviços
da ^'Assoeiação Brasileira para Prevenção de Aci«lentes".
Seus empregados estão entre eles ?
ASSOCIAÇAO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
EDIFÍCIO MAYAPAN — Sala 1119
Av. Almirante Barroso, 91
FEVEREIRO DE 19-13 ANO I — No. 2
Parecerá a muitos espíritos desprevenidos não ser este momento oportuno poro se cuidar da prevençSo de acidentes e o observador superficiol poderá dizer;
E' ridículo pensar em evitar pequenos lesões que apenas interrompem o trabalho dos operários por alguns dias, quando os homens morrem aos milhares nas frentes de batalho!
Nada mais frágil do que êsse raciocínio.
Caixa Postol 2916
RIO DE JANEIRO
ANTONIO PRADO JÚNIOR
PRESIDENTE
VALENTIM BOUÇAS
VICE-PRESIDENTE
J. M. FERNANDES
Í.O SECRETÁRIO
OSVALDO RISO
2." SECRETÁRIO
f;. AP-THOMAS
1," TESOUREIRO
A. B. CAVALCANTI
2." TESOUREIRO
A. P. AMARANTE
SEC.|EXECUTIVO
Sõc raros os ocidentes sensocicnois. Porem, codo dia que posso, alguém sonho ocordodo em seu trobolho. . . um acidente ocorre! Um motoristo ousado posso por outro numo subida poro encontrar o morte no tope. A dono de coso tropeço numo es cada. . . e mais um lar se aflige pelo tragédia.
Dio após dio prossegue o sacrifício devido oo descuido, à Ignorância e ò negligência. Coda minuto ocorre um acidente de trabalho. E quantos outros se verificam nos ruas e mesmo em nossos cosas?
Todo ocidente significa perda inútil Poro o pai de fomillo um ocidente significa privação; poro o industrio!, produção reduzido-. A propriedode se danifico e os voíores humanos se perdem poro sèmpre.
Mas, alem dos moles econômicos, os ocidentes deixam no vido privado dos vitimes troços indeléveis.
Os acidentes arruinam o fel icidade; consomem os eco nomias; ofetom o saúde; afugentam o tronquilidode pelos di vidas, onsiedode e ongústio. Reduzem muitos dos vitimos o uma porco e entravado existêncio, em vez de uma vido con fortável e feliz.
INTERESSEMO-NOS PELOS ACIDENTES. PREOCUPEMONOS COM AS DESGRAÇAS ALHEIAS. REFLITAMOS SOBRE O QUE NOS PODERÁ' ACONTECER.
Estando no início do ano, ponderemos bem sobre todos esses fotos. Os acidentes não ocorrem por casualidade — soo causados. Somos nós os culpados?
Com efeito, basto lembrar que a presente guerro é total, ferindo-se não openas na frente de batalha, mas tombem nas fábricas e em outros estabelecimentos n d u striais, onde se forjam as ar mas e preparam munições para os que éstõo na pri meira linha.
São igualmente necessá rios ò vitória final aqueles que ganham umo batalha, que destroem o inimigo em ataque fulminante, como os que, em tempo util e muitas vezes reduzido, pro duzem bòa quantidode de aviões, navios, armas, mu nições e outros materiais, e os transportam òs trin cheiras
do do assunto de modo destacado, por intermé dio de folhetos, revistos e jornais, têm dado o conhecer interessantes instruções e artigos de técnicos já bastante fomiliorisados com o magni tude do questão e plenamente aptos para en contrarem a sua solução.
No número de Outubro do "Reoders Digest" lediçQo em inglês) encontramos deis ortigos que recomendamos aos nossos leitores, Um deles tem o titulo: "A NOSSA TAXA DE ACI DENTES ESTA' AJUDANDO AO INIMIGO" lOur occident toli is oiding the enemy!) e foi con densado do revisto Fortune.
Mais do que nunca, por uma questão de auto-defesa, é necessário evitar oci dentes, reduzindo o perda de horas de trabalho que representam matérias, armes, munições que deixam de ser fabricados ou cujo fabricação é retardado.
E' por isso que, justamente neste momen to, os governos estõo se interessando mois pelo solução do problema que deixou de ter o predo minante característico de obro humanitária para converter-se em ato de defesa, oto de guerra!
A eficiente propogando americana, cuidan
Após os impressionan tes cifras americanas re lativos ao ano passado; 18.000 homens mortos e 570.000 feridos em acidentes de trabalho, e 32.000 mortes e 2.400.000 feridos em aci dentes diversos foro do tra balho, acarretando uma perda total de 480.000,000 homens/dia de trabalho, refere-se o artigo ao fato de haver o Presidente Roosevelt, impressionado com a grande perda de mão de obra que os acidentes es tavam causando, encarre gado o "National Sofety Council" de dirigir o combate a essa tremenda fonte de disperdício — verdadeiro quinta coluna do indústria. Cin co milhões de dolores serÕo supridos ao "National Sofety Council" por Industriais omericonos, ofim de que amplie seus serviços, in troduzindo o prático de SEGURANÇA, nõo só em cada fábrica, mas tombem em cada caso. Esse artigo, que condenso de maneiro feliz aspectos gerais e resultados do prevenção de
Prevenção de Acidentes — Fevereiro de 1943
acidentes, mostra, citando exemplos, corr>o as profundas transformações sofridas pela indús tria americana, que, abandonando a produção de paz para fabricar artigos necessários à guer ra, foi obrigada a construir novas fábricas e usi nas, a aumentar as horas de trabalho, o readap tar operários antigos e preparar outros inexpe rientes, não aumentaram a freqüência dos aci dentes em muitas dos grandes fábricas que de senvolvem um programa de segurança bem es tabelecido. Em algumas delas até cai essa fre qüência, embora o período anormal que atra vessam
Observa-se, porem, que, geralmente em fá bricas menores, as condições de segurança são piores, mas esse fato também depõe a favor dos trabalhos de prevenção de acidentes, pois eles são menos desenvolvidos nestas últimas.
Outro artigo impressionante, cujo resumo o mesmo "Reoders Digest" nos proporciona conhecer, foi publicado por The American Magazine sob a assinatura de Paul V. MacNutt, Presidente da Comissão de Potencial Huma
no para a Guerra (Chaimain, War Manpower Comission) Intitula-se: "Em breve todos nós seremos necessários ao esforço de guerra"
(We'lí Ali Be Needed in War Work Soon),
Para manter um homem lutando na linha de frente, diz o articulista, precisamos de 1-8 tra balhadores na retaguarda. Mostra, assim, corno será necessário mobilizar os não combatentes, afim de assegurar q estes os elementos essen ciais à suo subsistência e à sua eficiência.
Por essa maneira todos lutam e, quer este jam na linha de frente, nas fazendas ou nas fá bricas, contribuem para a derrota do eixo.
Assim como cada operário que trabalha na construção de um navio sabe que tem sua parte nessa construção, os trabalhadores podem orgu lhar-se também com as bombas lançadas contra o inimigo. Cada um deles tem a sua parte igual mente importante na vitória final
Um trabalhador acidentado é, pois, um sol dado ferido.
Nenhuma outra parte do corpo humano acha-se tão exposta a lesões como as mãos poderá atestar todo aquele que haja usado um martelo, umo faca ou um obridor de latos.
Em qualquer estabelecimento industrial, fábrica ou oficina, sõo ilimitadas as oportunida des para ferirem-se as mãos. No curso de um dia de trabalho elos recebem contusões, arra nhões, cortes, etc., que variam em gravidade, embora felizmente sejam, na maioria dos vezes, insignificantes, bastando um curativo imediato poro que nunca constem dos registros de aciden tes com perda de tempo. Não obstante, muitas dessas lesões são extremamente graves. Delas resulta, não raramente, a necessidade de inter venções cirúrgicas, como amputações de dedos, etc. Outras, sem importância inicial, agravamse, acarretando muitos sofrimentos, por nõo se rem cuidados em tempo, permitindo que os germens, sempre presentes em grande quantidade na pele suja, infetem o ferimento, produzindo a inflamação com todo o seu cortejo de conse qüências.
O problema da proteção das mõos é com plicado pela necessidade de se manter o movi mento dos dedos. Os dedos dos pés podem ser defendidos por sapatos de seguronça e, quando os perigos sõo extremos, por protetores de aço que cobrem a suo biqueira. Não se pode, porem, adotar essa classe de proteção para as mãos, uma vez que, em muitas ocupações, o sentido do tato desenvolve papei muito irhportonte. Por outro lado é comum exporem-se as mãos desne cessariamente nas zonas de perigo dos máqui nas. As prensas elétricas, guilhotinas, cilindros, serras circulares, tupias, engrenagens, etc., têm
ocasionado muitos perdas de dedos. Os proteto res mecânicos para as partes do maquinaria em movimento, os alimentadores automáticos, os pinças para remover peças, todos têm papel im portante no proteção das mãos.
Por isso, os protetores fixos nunca devem estar fóro de seus respectivos lugares, a não ser que o máquina esteja em reparo.
E' hábito comum entre operários pouco experientados ou imprudentes, lubrificarem as má quinas em movimento, assim como limparem o excesso de oleo com estopa, dando lugar num e noutro coso o acidentes graves.
Isto posto, vamos dar algumas regras que devem ser seguidas para a segurança dos mãos:
1 — Não usar anel durante as horas de tra balho. Nõo obstante existirem determi nados serviços em que o seu uso não re presente perigo, é sempre preferivel ge neralizar-se o hábito de nõo usá-lo.
2 — O uso de relógio-pulseira tombem deve ser abolido.
Dü u
n Enviem-nos dados sobre os trabalhos de prevenção de acidentes que estão realizando. Nós os publicaremos como bons exemplos e para conhecimento de outros interessados. Na prevenção de acidentes essa cooperação é indispensável.
Para trocar polias ou correias de trans missão deve-se usar o equipamento apropriado, e nõo as mãos.
As rebarbas, recortes e estilhaços dos tornos, entalhadores, etc., só devem ser retirados por meio de escovas.
Nõo usar mangas compridas é uma boa precaução, especialmente quando se tra balha próximo de máquinas. Generali zar o hábito das mangas curtas é uma bôa medida de segurança.
Nunca se deve usar os dedos ou a mão poro determinar colibres ou espaços en tre superfícies pesadas ou em máquinas, Para isto existem o compasso; as reguas, os calibradores, etc.
Os protetores de máquinas, tais come o serra elétrica, as plainas, ou de polias, engrenagens, etc., não dispensam a pre caução. As mãos nunca devem esten der-se além desses protetores, o mencs que a máquina esteja parada.
Deve-se manter os dedos livres ao ma nejar material pesado, especialmente quando se os empurra ou puxa em luga res acanhados cu atravancados.
Ao usar ferramenta de mão em lugares estreitos, o melhor protetor é a "precau ção". Cuidado com os resvalos das ferra mentas!
Quando se usar chaves de parafuso ou máquina de furar, não se deve firmar com as mãos o peça a trabalhar, e sim fixá-la na bancada ou em um torno! Quando o serviço exigir o uso de facas ou outros objetos cortantes, deve-se sempre cortar para fóra, para longe da mão. Nunca se deve deixar as facas fó ra das bainhas, quando não estiverem em serviço.
Para renovação de fusíveis deve-se usar os alicates apropriados e, para trabalhar em fios ou chaves com corrente elétri ca, usar sempre luvas isolantes .
Ao manusear barricas, caixotes, engradados, etc., deve-se sempre certificar de que todos os préoos foram retirados.
Ao manipular substâncias quentes, cáus ticas, corrosivos, irritantes, cortantes, etc., deve-se usar luvas apropriadas (de amianto, de borracha, de couro), indi cadas para cada serviço.
Nunca se deve usar luvas, quando se trabalha com maquinaria em movi mento,
(Boletim do Ministério do Trabalho IndusiviQ e Comércio-N-95-dulho do'1942 -ÃnoVlll)
A Boyuk Cigars, Inc., de Fi ladélfia, Esta dos Unidos, fabricantes de fumos e charutos, conseguiu acumular 14.314.436 homens horas de trabalho sem acidentes com perda de tempo, no decurso de 7 anos de prática efetiva e per severante do prevenção de acidentes.
Tão belo resultado, que sem dúvida repre senta um record, foi conseguido graças ao es forço coletivo de 4.400 empregados de todas as categorias — desde os chefes até :s mais hu mildes — altamente compenetrados de suas res ponsabilidades na componho, como bem acen tua a revista "Prevencion de Accidentes" de maio deste ano.
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4
ASSOCIAÇAO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
EDIFÍCIO MAYAPAN — Sala 1119
Av. Almirante Barroso, 91 ✩
Caixa Postal 2916
RIO DE JANEIRO
MARÇO DE 1943 ANO 1 — No, a
Achc-se em adiantado estudo o Ante-projeto da Consoli dação das Leis de Proteção ao Trabalho, publicado no "Diório^ Oficial" de 5 de janeiro, poro receber sugestões.
Em capítulo especial trato do Higiene e Segurança do Tra balho, dando o esse assunto merecida destaque, o que nos é grato assinalar.
Já temos acentuado como o sucesso no pre venção de ocidentes depende do cooperação de todos.
Aos chefes cabe, naturalmente, a tarefo de conseguir essa cooperação de seus subordinados e montê-la cada vês mais ativo.
E' lógico, portanto, concluir que a seguran ça emana do Gerência, da mesmo maneira que dela se originam todos os providências gerais visando o eficiência da organização.
Realmente, poro trabalhar com eficiência é preciso trabalhar com segurança e o sucesso do negócio depende do eficiência do trabalho de cada um.
porque a redução de despesas improdutivas e evitáveis, assim como o maior progresso do in dústria asseguram melhores salários; aos segu radores, pelo reduçõo de riscos que lhes permi tirá retribuir com o redução dos prêmios de se guro; 00 consumidor, finalmente, pelas oportu nidades que o economia proporciona à adminis tração do empresa para inverter novos capitais no progresso do indústria, tornando-o, assim, mais eficiente e oferecendo melhores serviços ou produtos e o preços menores. E' um conjunto de benefícios o contribuir poro o bem de mui tos e paro o progresso e grandeza do país!
ANTONlO PRADO JÚNIOR
PRESIDENTE
VALENTIM BOUÇAS
VICE-PRESIDENTE
J. M. FERNANDES
1,'' SECRETÁRIO
OSVALDO RISO
2° SECRETÁRIO
K. AP-THOMAS
1.0 TESOUREIRO
A. B. CAVALCANTI
2." TESOUREIRO
A. P. AMARANTE
SEC. EXECUTIVO
E não se trota de iniciativa isolado. Outros fatos testemu nham o crescente interesse do Govêrno em enfrentar o proble ma dos acidentes do trabalho, tão importante não só sob o pon to de vista humanitário, como também encarado sob o aspeto econômico. São recentes dois atos do Exmo. Sr. Ministro Mar condes Fi lho, designando comissões para elaborar onte-projetosde leis: uma reformando o de acidentes do trabalho, outro re guladora do prevenção dêsses acidentes.
Alem disso, o Departamento Nacional do Trabalho acaba de ser reformado, criando-se a Divisão de Higiene e Segurança do Trabalho, a que caberá o árdua e amplo tarefa de zelar pelo profilaxia dos doenças profissionais e prevenção dos acidentes, fiscalizando o cumprimento das determinações legais, coma estabelece o ort. 291, do ante-projeto.
E' paro o A,. B. P. A., motivo de orgulho e padrão de gló ria, poder prestar, desinteressadamente, concurso efetivo nesse particular, como o fazem, em seus respectivos países, institui ções congêneres, principalmente o "Notional Sofety CouncÜ", de Chicago. A este, encarregado pelo Presidente Roosevelt de realizar campanha de prevenção de acidentes nos Estados Unidos, acha-se a A. B. P. A. ligada por estreitos laços de cooperação e assistência, por intermédio do "Inter Americon Sofety Council", de New York. Isto a habilita a levar aos em pregados e empregadores brasileiros, ensinamentos e conselhos indicados pelo prático de mais de trinta anos naquele país, pcrc que sejam reduzidas as mortes, multilações e perdas, resultan tes da ocurrência de acidentes e aumentando, assim, o bem es tar dos classes obreiras e o produção do país, no momento em que ela é mais necessária para a VITÓRIA.
Prevenção de Acidentes — Março de 1943
Por mais que se preocupem, gerentes e ouxilicres imediatos, com o aspeto humanitário da prevenção de acidentes não po dem imitor-se a considerá-lo sob esse prisma e, por forço de suas próprias funções e respon sabilidades, são levados o con siderá-lo tombem sob o ponto de vista econômico. Sabem eles, com efeito, que os acidentes causam prejuízos vultosos à suo organização, quer afastando do trabalho operários especializa dos e de alto rendimento que são substtiuidos por outros me nos fami iarizados com o traba lho, quer danificando maquinas e instalações, quer, finalmente, reduzindo o produção, não só por estes motivos, como ainda pela diminuição do ritmo de trabalho, em con seqüência do nervosismo dos operários após o acidente, ou enquanto prestam assistência ao companheiro acidentado.
Provavelmente não poderão siquer estimar o quanto representam em dinheiro os prejuízos decorrentes. Saberão, entretanto, que são con sideráveis, e, às vezes, exogeradamente grandes.
Reconhecem, portanto, que o esforço feito paro combater os ocidentes, reduzindo, assim, tais prejuízos, beneficia a todos; ao Superint-endente ou Gerente, responsáveis diretos pela pro dução e qualidade dos produtos e tombem pelas boas relações entre patrões e operários; aos empregados de todas as categorias, pelo maior e melhor defeza de sua saúde e de sua vido e
Por todos essas circunstâncias é que o ge rente e seus auxiliares diretos — chefes de ser viço, feitores, mestres, copotczes, etc., desem penham papel tão importante nos esforços que a empresa rea liza paro evitar acidentes.
Ele e esses auxiliares, que es tão em contato diréto com o pes soal, podem fazer mais do que qualquer outra pessoa nesse sen tido. Mais mesmo do que o pre sidente e os diretores do com panhia que, certamente, não lhes negarão o opôio de que ne cessitarem poro esse fim, como para todos os atividades que vi sem o beneficio da empresa.
Não serio admissível dirigirmo-nos Qos gerentes ou super intendentes de quaisquer orga nizações para sugerir-lhes normas a adotar no direção de suas empresas, fábricas, indústrias ou qualquer departamento delas. Longe de nós qualquer pensamento a esse respeito. Dados, porém, seus assoberbontes afazeres, que dificil mente lhes darõo folgo para planejar e conduzir uma componho de prevenção de ocidentes, é que, cuidando somente desse especialidade, oferecelhes o A. B. P. A., em circulores sucessivos, su gestões de normas e métodos o seguir nessa cam panha 8 lhes pede, encarecidamente, sugestões, informes e dados relativos aos trabalhos que rea izam nesse particular, bem como dos resulta dos obtidos, poro que posso divulgá-los em be nefício de todos os interessados em tão bene mérito cruzada.
Prevenção de Acidentes Março de 1943 — 3
2x 1
Sob o titulo "Mais funestos que os bom bos alemães", publicou o "Correio do Manhã" de 2 de fevereiro, o seguinte telegrama de Lon dres:
Reuniu-se ontem, extraordinariamente, o diretoria da Ligo Nacional de Prevenção da Ce gueira para o fim de conferir o Prêmio Nacio nal de Prevenção do Cegueira relativo ao ano de 1942, instituido pelo Sindicato dos Jornalis tas Profissionais do Rio de Janeiro, para galordoar o obra reputada mais relevante no domí nio da Prevenção do Cegueira, realizado no pois, no ano transato.
Foi conferido o troféu, por unanimidade ao Ministério do Trabalho, atendendo ò importân cia médico-sociaí do cadastro visual efetuado em 10.000 menores, candidatos o emprego no Comércio e na Indústria, através da divjsão de Higiene do Trabalho com evidente repercussão na campanha de prevenção dos acidentes do tro bolho e recuperação dos Estados patológicos, quando possivel.
(''Jornal do Brasil'' de 7 de fevereiro de 1943).
Londres, 1 (A. P.) — Os automóveis ma taram duas vezes mais cidadãos ingleses em 1942 que as bombas alemães — declara o Mi nistério da Guerra, em estatístico publicada.
Houve durante o ano passado, 6.926 mor tes por acidentes nas estradas, enquanto que os "roids" aéreos do inimigo causaram em 1942 um total de 3.221 mortes.
ATENÇÃO MÉDICA — Deve ser dada a todas as lesões nas quais o pele haja sofrido so lução de continuidade, embora insignificonte. Em coda 12 ferimentos existe sempre um onde o infecção se instala, depois do lesÕo, com todo o seu cortejo de conseqüências.
Por menor que seja o ferimento, um cura tivo deve ser efetuado ImedTatomente.
(Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio — N.° 95, julho de 1942 — Ano Vi l I)
As lesões da visto, em sua maior porte, po dem ser evitados com o uso de protetores ade quados. A grande variedade desses protetores, existentes no mercado, exige análise e classifi cação dos riscos que devem cobrir e indicações dos tipos a empregar.
Os óculos de segurança podem classificarse, segundo a natureza do proteção que assegu ram, da maneira seguinte;
q) contra impacto;
b) contra poeira;
c) contra salpicadurcs;
d) contra fumos e gozes;
ei contra luz deslumbrante e irradiações nocivas.
Devem ter vidros claros e armação forte, capaz de resistir ao uso contínuo e impedir que os vidros soltem em conseqüência de um choque. Os vidros devem ser confeccionados de material especial e montados de tal maneira que qual quer partícula que os fajço quebrar não provo que o desprendimento de pedaços, evitando, as sim, ferirem-se os olhos. Os tipos de óculos com ou sem proteção la teral e os de armação em formo de concha são à provo de impactos de frente, guandobrovidos de lentes duras. Quando, porém, existe perigo de agressão lateral por partículas, etc., deve-se usar víseiras, protetores laterais, ou óculos do tipo de armação em formo de concha, que se adapto perfeitamente oo rosto. Os trabalhos de cortar pedra, concreto, aço, etc., são casos típi cos da necessidade de proteção total .
b) Óculos de Proteção Contra o Pó
Devem ajustor-se perfeitamente ao rosto. A ventilacõo pode ser feita por pequenos orifí cios ou ranhuros nas armações de paredes duplas (com espaço livre entre eles), dependendo da composição e qualidade do po e do tamanho dos partículas em circulação no ambiente. Os óculos à prova de pó devem ser utilizados naqueles tra balhos em que se foz limpeza por meio de ar comprimido, em elevadores de grãos, fábricas de cimento, e em qualquer lugar onde se manipulo
material pulverizado muito fino. Tombem esses óculos devem ter vidros muito claros.
c) Óculos Contra Solpícoduras
Duos são as espécies de salpicoduros con tra as quais se deve proteger o operório, a saber:
a) líquidos agressivos;
b) material derretido.
Para proteger-se contra as solpicaduras de líquidos, é necessário empregar óculos cuja ar mação se ajuste perfeitamente oo rosto e seja feita de material resistente, como o borracha, que é impermeável e difici lmente atacavel por tais líquidos, tendo ainda a vantagem de formar juntas herméticos com os vidros. Os químicos de laboratório e, nos fábricas, os operários que manipulam ácidos, os que trabalham em galvonopiastia, etc., devem todos usar esse protetor. Para metal derretido, o protetor deve ser confec cionado de material nÕo infiomável, e ter vidros que não embociem facilmente. Essa proteção é tipicamente necessária na fundição. Tombem nesse coso os vidros devem ser claros.
d) Óculos Contra Fumos e Gases
Assemelhom-se aos anteriormente citados, isto é, aos contra salpicoduros de líquidos, porem sem venti lação alguma.
trabalho
no Brasi em
Óculos Cont-ra Lux Deslumbrante e Irradíações Nocivas
Dividem-se em duas classes:
a) os indicados contra luz deslumbrante são providos de vidros de cor e reduzem a quanti dade de raios de luz prejudiciais à vista, de acor do com seu gróu de opacidade; geralmente não se colocam viseiras nem protetores laterais;
b) para proteção contra raios de luz pre judiciais à visão, usam-se vidros cuja cor tenha a propriedade de impedir a passagem de raios Infra-vermelhos ou ultra-violetas. O poder fil trante desses vidros_deve ajustar-se às normas estabelecidas para absorção e transmissão; a ar mação deve ser do tipo de concha, ajustavel à face. O interior da armação deve ter acaba mento tal que a luz nõo reflita; a ventilação deve ser feita de tal modo que a luz não possa entrar pelas aberturas existentes para esse fim.
Os óculos de armação metálica não devem ser usados nos proximidades de equipamentos elétricos; também não se deve usar os que te nham partes inflamáveis de nitro celulose ou materiais similares.
Os vidros devem ter diâmetro nunca infe rior o 38 mm. (1,5 pol.) em direção vertical e a 44,5 mm (1,75 pol.) em sentido horizontal Recomenda-se, para os circulares que não te nham correções óticas, diâmetro uniforme de 50 mm (1,97 pol.).
Aqueles que devem usar óculos especiais para corrigir defeitos de visão devem ter vidros do tipo de protetores contra impacto, feitos se gundo prescrição médica, de- acordo com seus
ser obtidos focilmente de qualquer fornecedor lo co' ou diretamente dos fabricantes e se recomenda enfaticamente seu uso para evitar lesões irre paráveis.
Segundo as normas norte-americanas fonte principol de fornecimento de dispositivos de pro- ^■eção contra acidentes, existem varias classifi cações numéricas que indicam as características dos vidros. Destacam-se as seguintes:
Cor n. 3 — Os vidros-filtros desta classe servem para a proteção contra o deslumbramenfo por reflexão da luz solar, contra a neve, a óguQ, caminhos e estradas, areias, etc., luz à distância de soldaduras ou cortes a maçarico, e para trabalhos de fundição.
Cor n. 4 — Os vidros-filtros desta categoria servem para os usos indicados anteriormente, sob condições de maior intensidade de luz.
Cor n. 5 — Os vidros-lentes desta classe são do tipo usado em serviços ligeiros de solda e corte por oxigênio, e trabalhos ligeiros de sol da elétrica de contacto.
Cor n. 6 — Os vidros-flitros desta classe servem para corte por maçarico a oxigênio, sol da média a oxigênio e soldo por arco elétrico até 30 ampéres.
Os vidros-filtros devem ser comprados aos pores, cada par deve ser de idêntica classifica ção e ter uma transmissão visivel que nõo difira de mais de 20%.
Poro determinar g natureza exata da pro teção que se deseja,.é conveniente considerar os seis fatores seguintes, que servirão de base ò se leção adequada dos óculos que melhor protege rão o operário em determinado trabalho:
a)
b)
c)
d)
e)
tipo de armação; tipo de aros ou suporte para vidros; conexão entre os aros; viseiras laterais; tamanho;
f) tipo dos vidros.
O cristal dos vidres e seus protetores deve ser forte; livre de estrios, bolhas de ar, ondula ções e defeitos.
Prevençõo de Acidentes — Março de 1943
próprios óculos ou estar providos de óculos de segurança de tipo superposto, isto é, que se coIccom sobre óculos comuns, levando Sempre em conta o ajustamento indispensável para evitarse qualquer dano ao interessado. A claridade das lentes dos cristais superpostos deve permitir passar 89% da luz incidente visivel.
Os raios ultro-violeta, emitidos por qual quer fonte de luz, podem causar inflamações nos olhos e eventualmente afetar a própria vi são. A exposição prolongada aos raios infra vermelhos (que nõo são visíveis) causa certa opacidade na parte dianteira do olho (cornea) e produzem ineficiência em sua parte colorida íiris) . As lentes que protegem a vista contra os raios infra-vermelhos e ultra-violetas podem
Impactos Incolores Inquebráveis Material resistente Téla metálica Resistente
Pós Incolores Metálica Ajustada Plástica, cerradas e bem ajustadas.
Liquides. Metais fundidos.
Incolores Inquebráveis
Borracha ou material não inflamável. Ajuste perfeito.
escura
ASSOCUfiO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
EDIFÍCIO MAYAPAN — Solo 1119
Av. Almirante Barroso, 91
ABRIL DE 1943 ANO I — No. 4
Cinco casos de febre tifoice ocorri dos numa fabrico fecham-na mais de pressa do que o incidência de quinhen tos acidentes nessa mesmo fábrica.
Caixa Foxtol 2916 RIO DE lANEIRO
ANTONIO PRADO JÚNIOR
PRESIDENTE
VALENTIM 80UÇAS
VICE-PRESIDENTE
J. M. FERNANDES
I.» SECRETÁRIO
OSVALDO RISO
2.0 SECRETÁRIO
K. AP-THOMAS
1.0 TESOUREIRO
A. B. CAVALCANTI
2.0 TESOUREIRO
A. P. AMAPANTE
SEC. EXECUTIVO
No presente número de nosso boletim, estampamos mais quatro cartazes estudados pela comissão técnico desta Asso ciação, completando assim suo primeira dúzia. A maioria deles já foi distribuído aos nossos associados e usados em diversos lo cais como propagando do prevenção de ocidentes.
Gostoriamos de receber de nossos leitores suas impressões relativos o esse cartazes. Essas impressões são do maior volio por traduzirem o recçoo que eles provocam, reação que é de nosso maior Interesse conhecer, uma vez que muitos outros car tazes estão sendo estudados paro serem Impressos e distribuí dos oportunamente, visando sempre, criar, manter e desenvol ver o espírito de segurança entre os trobolhcdores.
A cooperação de nossos leitores com suo crítico sincero e construtiva, é poro nós de inestimável valor. Contamos com elo e a agradecemos.
No entanto, cinco casos dé infecção tifícQ podem ser e, em geral, são total mente curaveis, e cinco casos de aciden tes, raramente, permitem o cura absolu ta do trabalhador que volta ao serviço, com freqüência,sem o braço,sem o dedo, isto é, com a suo capacidade produtiva grandemente diminuída.
Varias tem sido as interpretações dadas a esto relativo indiferença ao aci dente do trabalho. Nenhuma supera po rém o explicação que atribue tal atitude 00 egoísmo humano.
A febre tifoide, que atingiu o ope rário, é produzida por um microorganls-
1^0 que, dificilmente, se sabe onde está
® que, como tal, pode tombem nos sacri ficar. O dtente do serra, a polia despreteQido, nós sabemos onde estão e só nós
•^fingirão se deles nos aproximarmos. Questão de mero e simples egoísmo humano.
I^io, 5 de março de 1943.
DR. DECIO PARREIRAS Diretor da Divisãode Higiene e Segurança do Trabalho
Acidentes de trabalho ocorridos no Brasil em 1940
Evidentemente, a primeira cousa que deve fozer ume pessoa que tenha certo material a levantar, descarregar ou transportar, é verificar se se trata de peso ou volume que possa ma nejar sozinha ou se vai necessitar de auxílio de outra ou outras pessoas. E' evidente, ainda, que, verificada a'segunda hipótese, não deva ir alem de suas forças e^ ao contrário, sol icitar au xílio para desempenhar-sua tarefo.
Quando se levanta objetos pesados, devese proceder de tal maneira que o esforço inicial recaia sobre os músculos das pernas, que são os mais fortes do corpo. Em outras palavras: para levantar um peso do chão, deve-se tagachar, agorrá-lo e, em seguida, levantar-se, evi tando desta moneiro as distenções da muscula tura dorso lombar (cadeiras)
A capacidade física dos indivíduos varia conforme sua complexõo e embora se aceite ge ralmente como limite prudente de cargo indivi dual, a ser transportada a distâncias curtas, 30 a 40 quilos, há iiítJivíduos que facilmente podem levantar pesos que excedam de duas vezes esse limite e até mais, conforme sua comp.lexâo e natureza da carga.
Mas os esforços exagerados dão origem o hérnias e distenções musculares, devendo, por isso, ser evitados.
Como recomendações gerais a respeito das cargos individuais, podemos enunciar:
a) seja prudente, tenha cuidado e não ex cedo suas forças;
b) ao transportar objetos faça-o de ma neira tal que veja por onde caminha;
c) transportando ao ombro uma escada, tubos, táboos ou qualquer outro obje to comprido, mantenha mais alta a parte dianteira, para evitar bater em algum companheiro que cruze o ca minho;
d) quando tais objetos forem transporta dos por duas pessoas, é preciso que usem ombros do mesmo lodo e cami nhem com passo certo (vide boletim n. 2)
4-s-. Prevençõo de Acidentes — Abril de 1943
Os veículos destinados ao transporte de ma teriais não devem servir para o transporte'de operários.
O carregamento de qualquer deles deve ser feito tendo em v'stQ facilitar o descargo e evi tar que os materiais deslisem ou caiam com □ trepidação ao.serem transportados.
Os vogonetes e os carrinhos de mão não de vem ser carregados a oitura que Impeça ver o caminho, uma vez que geralmente são empur rados
Os carros que exigem o serviço de dois ho mens devem ter um à frente, servindo de guio. Aqueles que realizam transportes de ma teriais no' interior das fábricas não devem dis.troir-se e, ao contrário, prestar todo atenção às condições dos pisos, poro evitar acidentes. Estes devem, é cloro, ser conservados nos melhores condições possíveis, contribuindo pord que o transporte se faça com segurança.
Deve-se evitar que as mõos fiquem sujeitas Q se machucarem em conseqüências de choque ou quedo de objetos tronspcrtodos.
Dentro de oficinas ou fábricas não devem os veículos utilizados em transporte de materiais exceder certos limites de velocidade, Indicados pelo prudência e pelos condições locois.
Tais veículos, quando não em serviço, de vem estar guardados em locais apropriados, evitando-sc ossim sue petmanênc'a ao longo dos corredores ou locais de trabalho, onde podem ser causa de ocidentes.
3—Natureza dos materiais trans portados
Dada o natureza dos materiais, que podem ser ásperos, cortantes, perfurantes, quentes, frios, enfim voriorem muito suas característicos, há necessidade do uso de proteções ..especiais paro operários que lidem com eles, tais como luvas, sapatos, coneleiros, aventeis, máscaras, copocetes, óculos, etc., cujas aplicoções peculia res a coda serviço, teremos ocQsiõo de focalizar oportunamente.
4—Armazenamento
zéns; ao contrário, deve-se deixar passagens bas tante amplos paro o movimento do pessoal.
Ora...eu Já conheço o caminho de cór...
E' importante serem os materiois dispostos de maneira correta e prudente. Vale isto dizer que deve haver um lugar para seu armazena mento, de modo a nÕo interferirem com o traba lho da fábrica ou do oficina.
Nqo se deve acumular materiGÍ nos locais de trabalho e mesmo nos depósitos suo disposi ção deve ser cuidadosamente feito: os menores, em armários, prateleiros, etc., em pilhes os maiores.
O empilhomento deve ser feito sobre bases sólidas, evitando o escorregamento do moteriol. As pilhas não devem ser demasiadamente altas, porque assim dificultariam a cargo e descargo do moterioi e aumentariam os riscos de ociden tes
Por outro lado não se deve sobrecarregar os pisos, possibilitando desabamentos.
Os objetos que tenham pontas ou cortes devem ser dispostos de moneira a não oferecer perigo òs pessoas que tenham ou possam ter contocto com eles.
Não se deve otravoncor demais os arma
Os socos cheios devem ser sobrepostos em cruz paro maior estabilidade dos pilhas, que de vem ser bem alinhadas e aprumados.
O mesmo cuidado deve-se ter com as pilhes de caixas, que devem ser arrumadas segun do as dimensões, nõo exagerando tombem o sua altura.
Nõo se pode prescindir, na moiorio dos ca sos, de escores e calços para maior segurança do empilhomento, principalmente quando se trata de materiais de dimensões diferentes ou de su perfícies curvas. Este é o caso de tubulações, barricos, etc.
Para terminar estas considerações gerais, muito sucintas e conhecidos, embora freqüente mente esquecidas, lembramos a necessidade de se manterem, nos locais onde existem crmczencdos materiais inflamáveis e combustíveis, ex tintores de incêndio, de tipos adequodos e pes soal instruído para fazê-lcs funcionar em coso de necessidade. Devem ser inspecionados periodicomento afim de serem constatadas os suas boas condições, recarregados oportunamente e colocados em lugar de fócil acesso.
Prevenção de Acidenres — Abrii <hHoje em dia está suficientemente provado que os acidentes não ocorrem fatalmente, pois sõo provocados por causas diversas. Podem, por tanto, ser evitados desde que tais causas sejam removidas ou, pelo menos, atenuadas.
Para tanto é necessário localizá-las e apli car-lhes os remédios indicados a cada uma. São múltiplos esses remédios, como variadas as cau sas a combater.\ v
Elas residem ho homem e no meio ambien te. A este pertencem a deficiência de ilumina ção e ventilação, a falta de limpeza e de ordem, a má disposição das máquinas, a falta de pro teção de suas partes perigosas e tantos outras bem conhecidas, que seria longo enumerar.
Não é suficiente, porém, adotar providên cias no sentido de remover esses fatores, se não forem tombem combatidos outros, mais freqüen tes, que se prendem ao homem.
pode não estar devidamente instruído para o realização de sua tarefa; pode ser descuidado e até imprudente, como mesmo apresentar de feitos maiores... dar-se ao vício da bebida, etc."""
Também pode ser mal alimentado, doente ou atribulado. Enfim, é possível que não tenho de feito algum desses que acabamos de enumerar, faltando-lhe, porém, o conhecimento das regras e das práticas de SEGURANÇA.
E' indispensável que seja instruído nesse particular, permanentemente e de modo mais eficiente e completo possível, para que adquira esse conhecimento e adote essa prática em to dos os seus atos, pois, segundo demonstram as estatísticas, as causas devidas ao fdtor humano interferem na quase totalidade dos acidentes.
Só assim, desenvolvendo programa abran gendo não soniente a adoção de medidas de cor reção do meio ambiente, drproteção da maquinária, de preparo técnico, orientação, seleção e especialização do operário, mas tombem a sua educação de segurança, conseguir-se-á a dese jada redução dos infortúnios do trabalho.
— Doutor, Q senhor pode ver a dor?, per guntou ao seu médico um operário acidentado, que acabava de receber um curativo.
— Não, respondeu o médico; posso, entre tanto, ver a contração muscular que a dor sem pre provoca.
O mesmo acontece com a SEGURANÇA. Não podemos vê-lo, mas sabemos quando ela existe, em um estabelecimento industrial, pela observação do ambiente em que o trabalho é de senvolvido e realizado.
Sera preciso colocar "protetores'em saa marmita?!
Com efeito, a ele pode faltar capacidade física, aptidão ou prática suficiente à boa exe cução do serviço de que se ache encarregado;
6 — Prevenção de Acidentes'— Abril de 1943
1 ...o cuidado tem salvo dedos, mõos, olhos e vidas.
9
2 ...0 descuido, ao contrário, é fértil em provocar sofrimentos e dissabores.
•
3 ...Quanto maior atenção dedicor ao tra balho, mois certo é o salário.
4 ...E' perigoso improvisar ferramentas. Procure sempre uma adequada ao ser viço.
5 . As máquinas não foram feitas para produzir mutilações. Não lhes cabe culpa pelos acidentes que causam.
.Quanto mais fomillorizado estiver com o funcíonomento da máquina, mois probabilidades terá de descuidor-se.
Os aparelhos protetores são colocodos nas máquinas para diminuir riscos de acidentes. Não devem, pois, ser reti rados enquanto elas trabalham. •
.Com óculos de segurança pode-se ver bem. Cem olhos de vidro não se pode.
9 ...A ordem e o limpeza nos locois de trobolho contribuem poro que os aci dentes sejam evitados.
•
10 ...A segurança é amigo da perfeição todo serviço perfeito é seguro.
• '
U ...Por insignificante que sejo o ferimen to, deve ser tratado imediatamente.
Na noite de 3 de março verificou-se em Londres, durante um "alerta" onti-oéreo, aciden te de proporções e circunstâncias impressionan tes, como possamos o resumir, de ccôrdo com o noticiário dos agências teiegráficas.
Uma mulher que carregava num dos bra ços uma criança e no outro um cesto de palha, escorregou quase no último dos dezenove de graus de descida paro um abrigo onti-oéreo.
Só por esse simples fato aquela escada tor nou-se fatídica poro os que nela buscavam sal var-se dos efeitos do "alerto"; — nado menos de 178 pessoas ali encontraram a morte, por esmogomento ou sufocaçÕo, e mais de sessenta outras tiveram que ser recolhidas a hospitais.
A mulher, causadora involuntária do aci dente, foi retirado com vido, mas a criança que ela transportava estava morto.
O Ministério do Segurança Interna — a cujo cargo se acham todos os abrigos onti-aéreos afirma que não houve pânico nem qualquer bomba explodiu nos imediações do local do si nistro. Além disso, o abrigo onde se deu o ca tástrofe é considerado como um dos mois segu ros da capital, tendo sido amplamente utilizado pela populaçõo durante os terríveis "raids" de 1940 e 1941
Certamente esse acidente causou mais vi timas do que os bombos nazistas!
Havendo boa organização, boa administra ção, serviço de prevenção de acidentes, instru ções e publicidade sobre o segurança, proteção de maquinaria, etc., sentimos que ha SEGU RANÇA.
12 .Os bons exemplos frutificom. Por isso, pense sempre na segurança, fale do segurança e pratique segurança.
EDIFÍCIO
Não há dúvida, o sorte pode intervir e intèrVem freqüen temente nos ocidentes^ salvando braços, pernas e até vidas.
e) f) Deficiêncios sensoríois. Sentido muscular em estado de imper feito integridade.
Deficiêncios psíquicas gerais ou par ciais poro um determinado trabalho.
ANTONiO PRADO JUN!OR PRESÍbENTE
VALENTIM 60UÇAS
VICE-PRESIDENTE
J. M. FERNANDES
1." SECRETÁRIO
OSVALDO RISO
2." SECRETÁRIO
K. AP-THOMAS
1.'* TESOUREIRO
A. B. CAVALCANTI
2." TESOUREIRO
A, P. AMARANTE
SEC, EXECUTIVO
Casos há em que, por verdadeiro milagre, escapa-se ileso de acidente impressionante e grave, sem que se posso explicar por que.
Mas, atribuir sempre ò sorte e ao destino o ocurrência dos acidentes de qualquer natureza e onde quer que se verifiquem (no trabalho, no rua, em cosa, em veículos...), assim como le var tombem à conta da sorte ou do destino e escapar-se incó lume ou o perder-se a vida numa dessas occurrêncios; é exagerar muito, é fugir ò evidência dos fotos, é ser-se imperdoavelmente displicente.
Realmente, quanto mais se estudam,os acidentes, reconstituindo-os e onalizcndo os circunstâncias em que se verifica ram, mais se evidenciam as suas causas e o fato de serem evltáveis.
E como é doloroso constatarmos que uma vida útil como a nosso poderia ser poupado, se antes de ocorrer o acidente hou véssemos removido suas causas, inspecionando o local de traba lho, colocando um protetor, alertando e educando o pessoal na prática da segurança!
E' comum, infelizmente, esperarmos que o ladrão nos vi site para só depois colocarmos trancos nas portas.
Urge modificarmos esse hábito, no tocante aos acidentes, que não são como os ladrões que só causam prejuízos materiais, mas tombem outros danos mois graves e irreparáveis, afetando o vido dos trabalhadores e o bem estar de suas famílias.
Tratemos de evitar os acidentes porque eles são evitóveis. Pf^venir é sempre melhor do que remediar.
A cooperação do médico na industrio não só tem sido benéfica a esto, como tombem ò co munidade, pois tem melhorado os condições sa nitários gerois, difundindo o conhecimento do higiene ao mesmo tempo que reduz o risco de ocidentes, aumento o eficiência da produção, regulorizando-o mediante o cumprimento de certas funções que passaremos a, enumerar;
1 Seleçõo do pessoal antes de ser adrnitido.
2—• Classificação desse pessoal de acordo com suas aptidões físicas e psíquicos.
3 — Assistência médica contínua, exames periódicos de saúde.
4 — Inspeções do ambiente de trabalho.
5 ^— Aplicação de medidos profilóticas ade quadas poro a redução dos riscos da indústria.
6 Educcçõc do pessoal em assuntos de higiene e segurança para diminuição do perda de tempo por acidentes ou enfermidades.
E' claro que para o desempenho destas fun ções deve o médico ter conhecimentos suplemen tares em matéria de patologia ocupocionol hi giene industrial, fisiologia do trabalho, psicolo gia do trabalho e psicotécnica.
Uma cuidadosa análise de milhares de ca sos de acidentes nas indústrias demonstrou que Q gronde maioria deles é devido ò inadaptobilíaode físico ou psíquica individual do operário oo trabalho que desempenha, sendo as seguin tes as causas mois frçquentes:
o) b) c)
Constituição física deficiente. Alimentação defeituoso. Enfermidades internos ou de natureza tóxico profissionol ou voluntária íalcoolismo).
Mutilações, transtornos funcionais (coimbros, tremores, etc.).
EXAMES FÍSICOS b) c) d)
O exame físico do operário antes de ser^ admitido é a base fundamental do medicina in dustrial: sua finalidade nõo é a de recusar o ope rário defeituoso senão dar-lhe proteção, bem co mo COS seus companheiros e à indústria. Esse exame, permite, entre outras coisas; o) Empregar o operário no trabalho mois próprio às suas condições físicas; Descobrir portadores de defeitos físicos remediáveis, oferecendo oportunidade para corrigi-los.
Determinar a existência de lesões orgâ nicas e de certos defeitos sensoriòis, como por exemplo q cegueira de cores' o que é indispensável qo seleçõo de maquinistas, motoristas, pilotos, etc,. Prevenir em porte as enfermidades im pedindo que ocupe determinado posto pessoa susceptível aos riscos próprios do mesmo.
f)
Impedir a propagoçQo de enfermidades contagiosas pela remoção daqueles que soo portadores e aplicação de vocinos Impedirão estabelecimento de falsas re-
O exame físico do operário deve <;er r, usuaTo antropométricos preende^ TiT ° P''°P'''Qmente dito, com-
mes rnmr^l provas funcionais e excaprecioção^dloT^°'^^d' - pe''mite uma melhoh Mode narneme nõo exgminado. do reolizarnn ^ ° prescindir, tombem, Rôentgenfotografio °
Maio de 1943 ^ p.evençôc de Acidentes
Cabe tombem ao médico industrial estudar a aptidão psíquica dos empregados ou operários o serem admitidos; poro isso deverá possuir co nhecimentos odequados de psicologia, sobretu do os referentes à indústria para a qual traba lha. A organização Industrial moderçia requer, para cada fase de manufatura, aptidões espe ciais daqueles,que nelas sõo empregados. O es tudo destas condições e o investigação das apti dões dos operários, constituem já uma ciência na prevenção de acidentes.
A faltd de atençõo, memória deficiente, indiferença anto o perigo quando existe de mo do permanente ho local do trabalho, predispo sição à fadiga, falta de destreza manual, etc., são qualidades negativos que uma vêz diagnos ticadas permitem livrar os que as possuem de muitos acidentes.
Mediante uma inspeção médica do-pessoal, que permita o re-exame freqüente dos operá rios pode-se manter tóda a coletividade industri-
'ai de um grande estabelecimento em perfeitas condições, visto que, em tempo oportuno, podese observar qualquer defeito físico que apresen te o operário, ou a presença de outras enfermi dades que, de outra maneira, só se manifesta riam num estado mais avançado. Estas inspeções metódicas reduzem as possibilidades de aciden tes^ reduzem o número de dias perdidos durante o ano e aumentam a eficiência do operário. Igual afirmação pode-se fazer com relaçõo á manutenção de um serviço de assistência médi ca para os casos de acidentes, onde o operário lesado seja imediatamente socorrido.
Pelo que vai exposto pode-se fazer uma idéa dos numerosos serviços que o médico pres ta à industria. Essa cooperação será cada dia maior, ò medida que os dirigentes da indústria vão se compenetrando de que somente com es forço conjunto de uma boa administração, com petente direção, aparelhagem segura, inspecio nada por pessoal especializado, poder-se-á obter o maxirno rendimento no trabalho e a máxima proteção da vido dos operários.
(Resumo de um aponhado retrospectivo feito pelo Snr, J. L. Mocleiro, Secretário do Comissão de Seguronço).
A campanha de prevenção de acidentes na Fábrica Mazda foi iniciada em maio de 1936. O número de operários em serviço andava por 850 a 900 e os acidentes "com perda de horas de trobolho verificavam-se à razão de 30 a 35 por mês, aproximadamente. E' verdade que poucos deles ofereciam gravidade' e, sem dúvida, alguns nao deveriam ser tabelados como acidentes com perda de tempo.
A primeira preocupa ção foi instruir os ge rentes dos diferentes de partamentos da fabrico na prática da prevenção de acidentes. Para tan to, passaram a receber, a partir de agosto, do gerente geral, sugestões sobre os meios de redu zir os acidentes, pedidos de jnvestigoções sôbre certas ocorrências e de fiscolizar e obrigar o cumprimento de deter minadas exigências liga das ò segurança (uso de óculos, etc.) Tombem passaram a receber rela tórios mensais indicando o número,, tipo e gravi dade dos acidentes ocor ridos no respectivo de partamento, comparados esses elementos com os relativos aos dos demais departamentos.
referido ano, caindo a 950 no ano seguinte e a 670 no de 1 938
Nlo fim de 1939 passaram o ser tombem objeto de cogitações os acidentes sem perda de tempo, resoivendo-se encaminhdr todo o aciden tado, por mais teve que fosse o lesão sofrida, ao posto de socorro, poro ser medicado e resolvi do se deve ou não voltar ao trabalho. A redu ção desses acidentes também não se fez esperar, pois a médio mensal, que nos dois últimos me ses de 1937 fôra de 253 casos, já em 1938 limi tou-se o 195.
ERÜA DE TEMPO NA
"tlAZDft.DA GENERAL EIECTRIC-RIO DE JANEIRO
3 Gãmpahhã de Segurança foi iniciada em Maio de 1956
Obtidos os melhores resultados com a coope ração dos gerentes e mestres, foram inicia dos, em fevereiro de 1 939, as competições in terdepartamentais, afim de conseguir o colabora ção de todo o pessoal.
1939 I9;0 1941
Imediatamente se fizeram sentir os efei tos da campanha. Já em 1936 o número total de acidentes com perda de tempo foi de 337. Em 1937 esse número baixou a 90 e em 1938 q72.
Interessante é observar, de passagem, que o número total de horas perdidas, que começou Q ser contado a partir de setembro de 1936, atingiu a média de 1.771 nos quatro meses dó
Ao-pessoal do departomento venc6dür de codo competiçõo anual é oferecido umo festa no recinto do fábrica, du rante os horas de traba lho. São servidos refrescos e sandwiches e propcrcionados números voriodos por artistas de rádio.
Para conseguir-se maior interesse pelo pre venção, foi, após estudos e debates, estabelecido o lémo: TODO CUIDADO E' POUCO.
Quadros de boletins foram colocados em todos os departamentos. Cartazes do "InterAmericon Sofety Council" com os textos em português foram utilizados e renovados merisalmente.
Em março de 1939 decorreu o primeiro mês sem ocidentes com perde de tempo.
O concurso de 1940 já foi organizado em melhores bases, considerado o número de empre gados de cada departamento e o fator risco a que estão sugeitos.
Foi aumentado nesse ano o número de qua dros de boletins, colocando-se mais três, um em cada portão da fábrica. Imprímirqm-se carta zes especialmente confeclonados para o fábrica, a maioria deles exemplificando condições nela reinantes.
Além desses cartazes, trocados mensalmente, passaràm os quadros a exibir simbolica mente a situação de cada departamento em re lação ao concurso^
Nesse ano (1940) era uma escada com um homem colocado ò altura que indicasse a si tuação do respectivo departamento. Nos qua dros dos portões havia seis escadas (número dos departamentos concorrentes), permitindo, ossim uma visão do conjunto. Em 1941 o concurso foi representado por aviões percorrendo rotas tra çadas sobre o mapa do Brasil. Em 1942, por um jogo de foot-ball entre as equipes do S. C. Segu rança e do Acidentes F. Clube. No ano corrente inougurou-se novo método de representação: no mastro do departamento vencedor no mês an terior fica hasteada uma flâmuía de segurança; nos mastros dos departamentos que tenham ope rários acidentodos com perda de tempo, perma necem hasteados flâmulas pretas com um escor
pião branco, até que o empregado volte ao ser viço.
A Comissõo de Segurança, constituída pelo gerente geral, gerentes dos departamentos e se cretário de segurança e sob a presidência de um deles, eleito pelos demois, foi constituída em 1940. Reune-se mensalmente para estudar e discutir os diversos assuntos ligodos à seguran ça, dirigindo assim toda a prevenção de aciden tes na fábrica.
Ao Secretário de Segurança compete cole tar informações para o relotório mensal e cal cular as posições dos departamentos no concur so. Cabe-lhe também visitar cada departamen to uma vez por semana, para fiscalizor as con dições de segurança, recomendar providências para melhorá-las e impor multas (para fins de concurso), quando constatar que os regulamen tos de segurança foram infringidos.
E assim, com passos seguros e resultados cada vez mais animadores, como se vê do qua dro e gráfico que ilustram esta notícia, vão ca minhando os trabalhos de prevenção de ociden tes na Fábrica~Mazda, cujo pessoal e dirigentes sõo dignos de nossa admiração e-de nossos opiausos pelo magnífico trabalho que realizam.
Publicando esta notícia, estamos certos não só de prestar serviço relevante aos que realizam trabalhos análogos, como estimular outras ini ciativas nesse campo humanitário.
QUADRO RESUMINDO OS RESULTADOS OBTIDOS PELA "GENERAL ELECTRIC" COM A PREVENÇÃO
o uso impróprio da chave inglêsa tem cau sado muitas escoriações, contusões dos dedos, quédas graves e outras lesões.
Eis aqui alguns conselhos, para evitar essas lesões;
1*^—Use somente chaves inglesas que te nham as garros em boas condições.
2° — Nunca use um calço entre a chave e a porco ou cabeça de parafuso.
3° — Nunca use uma chave inglêso como martelo. Isto a enfraquece.
4° — Coloque sempre a chave sobre a por ca em tal posição que c esforço'feito sobre o cabo sé transmita direta mente às gorros.
5°— Pense duas vezes antes de empurrar uma chave; dez vezes contra uma você agirá ccm mais segurança, puxando-G.
6°-—Veja se a sua posição é bôo, antes de puxar a chove. Habitue-se a pen sar no que sucederia se elo resvalas se; se os parafusos quebrassem; se a rosco resvalasse ou corresse.
7° — Nunca use um pedaço de tubo como óiavonca poro aumentar o cabo da ' chave.
Jó temos publicado notas que demonstram o alto preço dos acidentes, em vidos, mais alto mesmo, ern certos casos, do que a própria guer ra que ensangüento o mundo..
Mois impressionantes e insuspeitos são os números dó estatística americano que rpostrom haverem os Estados Unidos perdido, no primei ro ano de luto, em todos os "fronts", 58.307 ho mens, entre mortos, feridos, desoporecidos e pri sioneiros.
No "front" interno, porém, os acidentes causam vítimas em número 150 veses maior!
De'fato, atingem essas vítimas onuaimente os cifras de 100.000 mortos e 9.000.000'de feridos!"
Distribuem-se do seguinte maneira:
Acidentes de tráfego e'na via pública 53% das mortes e 34% dos ferimentos.
Acidentes no domicílio — 30% das mor tes e 49% dos-ferimentos.
Acidentes no trabalho tes e 17% dos ferimentos.
17% dos mor-
Conforto-nos, opezor de tudo, verificar que é justamente no trabalho onde os operários se acham mais seguros, ctestondo a eficiência dos métodos de prevenção de acidentes.
Maio de 1943 ^— Prevençõo ds Acidentes —^ 7 )i,
uso do chove inglêso Os acidentes matam mais...
Um segundo de descuido pode causar anos de sofrimentos.
A prevenção de aciden tes não é só para os outros...
EDIFICIO MAYAPAN— Saio.1119
Av. Almirante Barroso, 91
jrNIlO DK 1913 ANO I — No. 6
Por serem as chaves de fenda, ferramentas de uso muito corrente, todos nós acreditamos sa ber empregá-los e, por isso, seu manejo tem pro duzido inúmeros acidentes, desde os mais leves até a perda total da visão.
Uns fazem uso constante dessas ferramen tas,, outros raramente os utilizam. Daremos a seguir alguns conselhos sôbre o seu uso prático e seguro; *
— Nunca use chaves de fenda com ca bos rachados ou mal conservados.
Todo acidente tem suas causas; logo, se quizermos proteger-nos contra eles, devemos procurá-las para que as possamos remover. Devemos, então, anolizor coda ocidente que ocorra, procurando reconstituí-lo, examinan do detalhadamente as circunstâncias ém que se verificou.
E' o base do prevenção de acidentes, que como meio lógico de evitá-los, cuida da remo ção de causas, empregando meios variáveis de acordo com elas. Uma vês conhecidas, for mulam-se as regras e indicom-se os práticos de segurança, que devem ser respeitadas, manti dos, obedecidas e, é claro, aperfeiçoadas, paro que coda vês mais se acentuem os resultados da prevenção.
Caixa Postal 2916
RIO DE JANEIRO
ANTONIO. PRADO JUN!OR
PRESIDENTE
VALENTIM BOUCAS
VJ CE-PRESIDENTE
J. .M. FERNANDES
1." SECRETÁRIO
OSVALDO RISO
2." SECRETÁRIO
K. AP-THOMAS
1." TESOUREIRO
'1 — Boa 93Úde.
2 — Atenção.
3 ;— Vontade ce aprender.
4 - Conhecimento das regras e práticbs de segurança.
5 6 7
Consideração para com os outros. Cuidado 00 planejar o trabalho.
2 3
Escolha sempre a chove"dè tamanho adequado para coda parafuso. Nem Q muito grande, nem o muito pequeho.
Nunca comece o. aporafusar sem an tes fazer um buraco adequado para colocar o parafusò.
Se a ponta do chove estiver amas sado ou torta, endireite-a antes de usá-lo. Pode-se fazer isso facilmen te com uma lima ou uma pedra de esmeri '
Tenho o cuidado de firmar-se bem, quando tiver de aporafusar trepado em uma escada.
Devemos, portanto, hobituarmo-nos a in vestigar os acidentes, pois somente conhecendo suas causas determinantes poderemos protegernos contra eles.
E devemos manter sempre ativas as regras de segurança, proticondo-as e as fazendo pra ticar, se quizermos manter alto o conceito de se gurança adquirido pelos esforços continuados e perseverantes de todos os interessados no movi mento
Vale sempre lembrar e repetir que a pre venção de acidentes não é tarefa difícil; exige, porem, atuação, dedicação, continuidade e per severança da parte de todos, nõo bastando ape nas o boa intenção.
A. B. CAVALCANTI
2." TESOUREIRO
A. P. AMARANTE
SEC, EXECUTIVO
Aplioação da segurança. Prevpnçõo'
Nunca use choves de fenda como objeto cortante, ponçao ou em substituiçõo a qualquer outro ferramenta.
Em trabalhos elétricos, use sempre choves de fenda com cabo de mate rial isolcnte.
Ao apertar parafusos, lembre-se sem pre de que é mais facii fazê-lo se a chove se ajustor perfeitamente ò fendo, do que se for mais largo ou es treita.
Prevenção de Acidentes — Junho de 1943
Dístratu-se.
..,quando trabalhava ontem, cerco das 9,30 horas, com uma serro circular, distraíu-se tendo a mesmo colhido sua mão esquerda, pro duzindo-lhe ferimentos láçero-contusos com seccionomento dos tendões dos.dedos médio, in dicador, anular e pèlegar.
("Diário do'Povo" — Campinas)
Fofta de cuidodo
Passando a mÕo, inodvertidomente sobre um cabo de alta tensão, recebeu o opérório (um eletricista) violenta descarga elétrica, sendo atirado a grande distância, morto,
("Jornal do Brasil' Rio de Janeiro)
Não se lubrífica máquina em movimento.. .
.quando procurava azeitar uma máqui na teve o braço direito decepgdo nd altura do terço médio.
("Gazeta de Notícias" — Rio de Janeiro)
Se usosse óculos.
. . .empregado no pedreiro recebeu um ferimento na vista, motivado por estilhaços de rocho.
("G Dia" — Curitiba)
1 — Estava junto a uma das máquinas, quando o pcilo da mesma, desprendéndo-se, inesperadamente, lhe deu violenta pancada que o fez pérder o equilíbrio, indo bater de. encon tro àquela, com o que lhe resultou sofrer fra tura do crâneo e escoriações vários.
("Jornal do Comércio" — Rio de Janeiro)
2 — Colhido por uma engrenagem, sofreu esmogomento do pé esquerdo. O infeliz operá rio foi socorrido pela Assistência, sendo mais tarde removido paro o Casa de Saúde.
("Diário do Noite" — Rio de Janeiro) e
Pouca prudência para tanta experíênicía. .
De maneira inexplicável; um dos operários ®letrrcistus, por sinal dos mais antí;90s nesse mister, quando, juntamente com mais quatro, companheiros trabalhavam no interior da caso da forço elétrica de conhecida indústria, distíaiu-se, segundo dizem, e oo colocar c rrião num aos possantes cabos de energia, recebera violen ta descorgo que o fulminou incontinenti. Quan do a ambulância, que foi pedida pelos compa nheiros do vítima, chegou ao Iccal 'já o infeliz operário estava morto.
Pode perder só uma unha. . .
O aigodõo tombem peso demais.. e os vezes pesa
Trabalhava em um carregamento de . far dos de algodão para um outo caminhõo um homem de cor branca, com 40 anos de idade, mais ou menos, quando foi vítima de grave aci dente.
Perdendo o equilíbrio, caiu e o pesado fordo coíu-lhe sobre o corpo, abafondo-o. Sofreu ele forte contusão ha região craneono, ficando em estado de choque. Transportado, em ombulância, oo Posto Centra! de Assistêncio, dali foi internado no Hospital de Pronto Socorro, sendo considerado grave o seu estado.
("Meio-Dia" — Rio de Janeiro)
4 — Prevenção de Acidenfes — Junho de 1943
Arranjos perigosos. . .
Pela manhã o sr. . .. resolveu fazer um concerto em um caminhão, para o que utilizouse de um "macaco", com o qual levantou o par te dianteiro do veículo, deitando-se, então, sob o corro e dedicando-se ò suo tarefo.
Pelo que é dado deduzir, estando mo! cal çadas as rodas trozeiros do caminhão, estas deslisaram, ocasionando a quédo do "mococò" e, consequentemente da porte levantado, sendo o infeliz imprensado pelo eixo dos rodas dian teiros e pelo tubo de descarga, o primeiro atin gindo-o no cabeça e o segundo no ventre, sendo de presumir lhe hajam causado morte inston. tâneo.
("Diário de Notícias" ^— P. Alegre)
• • -quondo trobalhovo na máquina de dès^nchor algodão, teve a unho do dedo polegor esquerda arrancada por uma engrenc- ^ do máquina.
("Tribuna de Petrópolis" — PetrópoliS' como pode ficar sem o braço. . .
.
...quando trabalhava nos oficinas do... boteu fortemente com um mortelo na mão es querda, recebendo umo contusão no nivel do dorso da mão.
("Correio do Povo"^ P. Alegre)
Empifhomentos moi feitos podem ferir.
1 ...estava junto c uma pilho de madeira quando parte desta se deslocou e, colhendo-o, deixou-o ficar com fraturo exposta da perna es querda, alem de algumas contusões e escoria ções
("Jcrnal do Comércio" — Rio) e até motor.
2 ...0 estivador . . de 48 anos de idade, casado.. quando trabalhava. . . foi apanhado por uma pilha de cerco de cinqüenta socos, sofrendo morte instantâneo.
("O Estado de S. Paulo" — São Paulo)
Amodorismo. . .
. . trabalhava na derribodo de um moro, em um terreno, onde pretendia construir umo barraco, o gorçon
Em dado ocasião, o terçado que manejava resvalou, _opanhando-lhe os.dedos anular e mé dio do moo esquerdo, quase decepando a foiangeta do primeiro e ferindo o segundo.
("Folha do Norte" — Belém, Po ro I
Horo de perigo..
.
• J-, cosado, de 35 anos de idade, ope no, teve o braço horrivelmente triturado nos ngrenogens de uma engenhoca.
A máquina conseguiu esmagar a m-õo e a n^etode do braço do desditoso homem.
{ O Estado" ^— Fortaleza)
• .quando colocava cano na moenda so-* treu esmcgcmento do braço direito.
do justomente quan do colçcoya a ultima cana na moenda, poro largor poro o almoço.
("Folho do Manha"^ Recife)
5 Prevenção de Acidentes — Junho de 1943
•As estatísticas demonstram que os períodos mais perigosos do dia, isto é, aqueles em que os operários estão mais expostos a sofrer aciden tes, "SOO após transcorridos três horos do come ço do trabalho, tonto pelo manhã como depois do almoço, òu sejam, as compreendidas entre 10 e 1 1 horas e entre 15 e 16.
A estas horas geralmente o trabalho atin ge o maior intensidade, sendo, portanto, máxi mo o esforço físico que os operários realizam; por cutro lado, o trabalho começa a tornar-se enfadonho, coincidindo com a fadigo do operá rio. Todos estes fatores contribuern para que os horas menciondas sejam as mais propícias ò ocurrência dos acidentes.
Pode-se contribuir para afastar esses perío dos de perigo:
1°—Estando mais alerta durante as eta pas finais do trabalho, tonto pela manhã como à tarde.
2° — Tendo o idéia fixa na possibilidade de^acidentes e tendo em mira evitálos.
30.— Mantendo-se em perfeitas condições físicas e mentais.
4°— Dormindo pelo menos oito horas diá rias.
5° — Ingerindo alimentação adequada nas refeições, afim de manter o balanço energético, e nÕo comendo dema siado.
Certo forroviário norte-americano, residen te em Boston, sofreu uma série tal de desventu ras, que, o julgar por elas, é dificil saber se é des graçado ou feliz, pois sua desgraça é té-las so frido, e suo sorte haver escapado com vida de todas elos. Em dois acidentes de trem em que viajava, muita gente morreu, mas ele saiu ileso, No terceiro acidente, foi atirado paro baixo do comboio; fraturou o crâneo, graças, porem a uma hábil operação cirúrgica, salvou-se e volveu ao trabalho. No quarto desastre, foi alçançado por um vagão e arremessado a sete metros de distância, com fratura de diversas costelas. No quinto, o trem em que viajava parou subitamen te e ele foi projetado contra um carro carrega do com materiais de construção. Acudido pelos médicos, pouco depois volvia òs suas ocupações. Mas o pior vinha dçpois. Certo dia, caindo de um cavalo, fraturou a bacia. A coisa era extre mamente séria, e os médicos mostraram-se fran camente pessimistas quanto à cura; o ferroviá rio, entretanto, referindo-lhes os acidentes an teriores, declarou que ainda dessa vez não mor reria. E, realmente, escapou com vida.
("Diário de Notícias", 20/8/1942)
Uma nota divulgada por um matutino ca rioca sôbre o curioso penteado de Verônica La ke, que não está, infelizmente, produzindo os mesmos ingênuos resultados de outras originolidades que Holiywood lança e que fazem época entre as suas fans, pois tornou-se funesto como inspiração de. moda, traz-nos à lembrança, um fato ocorrido há tempos, num estabelecimento -industrial dos Navegantes, com uma moça*que teve sua cabeleira arrancada, cem o couro ca beludo, num impressionante acidente. Devido a um descuido, oo aproximar-se da máquina, os seus longos cabelos foram colhidos pela engre nagem e resultado foi ter a infeliz jovem sofri do, dolorosamente, as conseqüências de uma in tervenção cirúrgica que não- lhe restituiu, se gundo nos conste, os mesmos traços que possuía. Outros casos ocorreram em condições análogas.
As imitadoras do simpática estrela de "Almos torturadas" estão, tonto aqui, como nos Estados Unidos é no Canadá, obtendo péssimos resultados corn o uso dp penteodo de Verônica Lake, porque os cabelos soltes representam um perigo contínuo paro os mulheres que trabalham e já se contam em número, regular os desastres que tem ocasionado em toda a parte.
Nos Estados Unidos, lógo após o lançamen to do primeiro filme em que a ' estrela■•-exi ílto seu original penteado, o mesmo passou a ser co piado com insistência. A principio, pareceu ^er apenas mais uma das atrações das que o cl dade do cinema costuma lançar periodicamente.
o número de moças, militando em fóbnc ^ outros estabelecimentos, que sofreram aci ein tes, Qtroíu o atenção das autoridades, que reso ^eram, em visto do alarme, proibir ó uso ^ 'e penteado. O mesmo sucedeu no Cano a, on e urn decreto governamental pôs um ponto ma á calamidade verificada entre imitpdoros tônica.
/-I diretor do Ser- No Brasil, conforme ° Viço Atuarial do Ministério do trio e Comércio, tem se verificado com r q j fps; de trabalho cio, nos últimos meses, acidenrcs ,.,1 ^niisQ principal cs com operarics que tem como cuu cobeleiros Verônico Loke. As estobst.cos mos-
nnpnto anormal de lesões sérios, 50- re"ud7o°escalpelo parcial ou total, ferimento estéticomente incurovel e dos mc.s ^ " seqüências devido a móda lançada pelo popu lar estrela Recomenda-se, assim, que cs no^ s empregados abandonem o penteado, que a pró pria lancadora abandonou, cedendo oo ^ = autoridades norte-americanas. Assim as jovens brasileiras que, exercem suo ativ.dode nos fábricas não precisordo mais temer o ameaça dos engrenagens.
Preferimos ilustrar esso transcrição que fa zemos da "Folho da Tarde", de Porto Alegre (7-5-1943C com uma demonstração dos males causados por uma móqqina a uma cabeleira des protegida, reconstituindo assim o ocidente cita do. E note-se que c fotografia estampa o pa ciente já curado e condenada ò coívicie, osten tando Q cabeleira perdida.
7 Prevenção de Acidentes — Junho de 1943
Não é muito repetir; os acidentes são evitóveis Por que, então, ocorrem em número elevado, si todo o mundo os repudia e desejaria que eles nõo se verificassem?
É porque isso não bosta. E' indispensável saber como evitá-las, conhecendo suas particularidades,, as circunstâncias em que ocorrem; em resumo; suas causas.
Pecisamos, pois, agir como o higienista que, parg combater as moléstias, evita os fatores de que elas se originam.
Para tanto é necessário diagnosticar os aciden tes, descobrindo suas causas determinantes, que cum pre remover para evitar novos òcurrêncios.
Vê-se por essas simples considerações como é in dispensável manter em coda fábrica, oficina ou qual quer outro local de trabalho, registro detalhado, mi nucioso e completo de oado acidente ocorrido, afim de que, examinado cuidadosamente, suas causas reais sejam conhecidas paro que possam ser combatidos.
o trabalho tem acarretado tonto sofrimen to Gos homens que, impressionados com o fato, passaram a preocupar-se com ele, procurando remediar os conseqüências do acidente, ampa rando o trabalhador através do seguro, trata mento e readaptação.
Isso, porém, não era bastante. Evoluiu-se e hoje preocupa-se codo vez mais com o-evitarse o acidente, que passou a constituir assunto palpitante, quer considerado sob o alto ponto de vista humanitário, quer sob o prático e uti litário prisma econômico, prático e utilitário que nos nossos dias transcende até òs necessidades da defesa nocionaí e da Vitória.
Números -estatísticos recem-publicados bastam poro o compreensão da magnitude do problema. Com efeito, enquanto os Estados Unidos perderam no primeiro ano de luta, em todos os "fronts", 58.307 homens, incluindo mor tos, feridos, prisioneiros e desaparecidos, perde ram, em 1942, no "front" interno, em que tom bem se luto bravamente, 93.000 pessoas> víti mas de acidentes, mantendo-se na vanguarda os de tráfego, com 27.800 mortes (em 1941, quando ainda havia gasolina morreram 39.969 pessoas) Em segundo lugar, na ordem de im portância, vem os. que se verificaram np domi cílio, acarretando a morte de 30.500 pessoas. Os ocorridos no via pública (excluídos os cau sados por veículos) respondem pelo morte de 15.000 cidadãos e, finalmente, os acidentes no trabalho/"de que mais nos ocuparemos,- rrrataram 18.500 operários em 1942.
Felizmente, a maioria das ocurrências não Qcarreto a morte da vitimo. Ferem, é verdade, 'i^Qis ou menos^profundomente, causando males que podem ser de pouca importância, deman dando um pequeno curativo (ocidentes sem per da de tempo), como podem afastar o operário do serviço por algum tempo,, mutilado ou não, ® rnesmo Incapacitá-lo definitivamente para realizar qualquer trabalho (acidentes com per da de tempo).
Heinrich, em seus estudos aprofundados sobre a ocurrêncio de acidentes, chama o otenÇQo para o fato de nõo se dever confundi-los com renmentos, pois estes sõo apenas conseqüência que o acidente pode ter ou nÕo. De análise me ticuloso que procedeu em inúmeras ocurrências poude concluir que em coda grupo de 330 ocientes do mesmo natureza, 300 não causam fe rimento algum, de 29 resultam pequenos lesões ® apenas um dá ensejo a lesão permanente ou perda de horos de trabalho.
Na vida quotidiana constatamos esse foto, através das expressões: "quGs« morri".. "es capei por pouco".. e vamos cometendo nos sas imprudências pessoais ou consentindo na existência de condições que podemos chamar de acidente potencial ou mais simplesmente risco. Exemplos: uma casco de banana no chão; uma engrenagem desprotegida...
A maioria dos acidentes posso, pois, desa percebido, porque nõo há vítima o lamentar. Outros nem se verificam, embora as condições lhes sejam inteiramente favoráveis. E' verdade que se elas perdurarem por muito tempo, cedo ,oü torde se manifestem, de maneiro trágica, talvês.
Voltando às estatísticos americanos rela tivas ao ano passado, verificamos que elas acusam 1.750.000 acidentes com perda de tem po, causando 70.000 incopacidodes permanen tes
Enorme são os prejuízos resultantes de qualquer acidente. O operário deixo de traba lhar por alguns momentos que seja. Continua ganhando. Seus companheiros vão socorrê-lo e tombem interropem o trabalho. Depois'comen tam e lastimam o ocurrêncio. Operário novo, inexperiente, deve substituir o acidentado, experimentodo e eficiente. Reduz-se o produção. Máquinas ficam paradas ou podem ser danifi cadas. Sõo os gastos* invisíveis.
Seguem-se outros despesas, com socorro médico, seguros, hospitolizaçâo, indenizações, etc., etc.
Todos perdem: os industriais pelo encorecimento do produção e conseqüente redução de, ucros poro que se mantenha a vendo do produto, os consumidores tombem perdem em quali dade e preço; os companhias de seguro, embora obrigados a manter toxas mais altos devido ao maior risco, tem menores resultados.
Maiores e nõo avalioveis sõo os prejuízos dos operários e suas famílias, traduzidos em so frimentos e privações.
Materialmente, avaliorom-se os prejuízos americanos de 1942 em u|s 900.000.000, in?Q médicas, seguros. Sõo 18. bilhões de cruzeiros, mais de três vezes o cr--comento de nosso pois poro o ano corrente.
Prevenção de Acidente? „ Jylho de 1 943 — 3
Decorrem de acidentes durante o trabalho e no trabalho. As estatísticas vão, porém, mais adian te e, referindo-se sempre a 1942, constatam que cêrca de 29:000 operários foram mortos e 2.350.000 feridos em acidentes verificados nó via pública, no tráfego, no domicílio.
As horas de trabalho perdidas em conse qüência de tudo isso, atingiram cifra impressio nante de homens/dio, equivalente à paralizaçõo de toda a indústria americana de constru ção naval e de aviões, durante 54 dias.
Aí está, focalizado o maior 5® coluna do produção. Nenhum outro quisling pode sequer aproximar-se dêsse maldito inimigo, que cum pre combater sem piedade por sermos piedosos; que cumpre exterminar antes que ele nos exter mine!
O espírito crítico de alguns, vendo citadas apenas estatísticas dos Estado Unidos, poderá estar pensando agora: isto não é para nós. E' cousa de americano.
Vários são os motivos porque assim proce do. Em primeiro lugar devido ao paradigma que a gronde nação irmã representa em pro gresso geraT, em industrialização, na prevenção de acidentes, no esforço de guerra.
Depois, é porque nela espelhamos o que será o nosso Brasil de amanhã, fruto do grande surto de progresso a que ora assistimos. Seus 136.420 trabalhadores industriais de 1907 ele vam-se a 1 .412.432 em 1940 (Brasil, 194V/41 — Ministério das Relações Exteriores) e serão vários milhões dentro em breve.
Nossas estatísticas, que muito deixam a desejar, referem-se apenas aos acidentes com perda de tempo, verificados no trabalho. E ofe recem números que, na opinião dos técnicos ofi ciais, estão muito aquém da realidade. Acusam 99.848 vítimas em 1940; isto é, um acidenta do em cada grupo de 14 operários, já indican do, portanto, situação relativa muito grave.
Razão de sobra temos, pois, para que tomemos o peito o combate eficiente a esse mal que, embora no limiar de sua evolução, já re presenta prejuízos consideráveis à nosso pro dução.
Como fazê-lo?
Através do prevenção de acidentes, já pra ticada em alta escala nos países industriais mais adeantadós e que tombem se inicia 'no Brasil, com pleno sucesso e grande satisfação dos que a praticam.
Reduzem-se os acidentes com perda de tempo na fábrica Mazda, da General Electric, de 337 em 1936 o 30 em 1942. A companhia Nacional de Cimento Portlcnd, começando a campanha de prevenção na fábrica de Guaxim-
diba, em 1934 registrou 85 acidentes com per da de tempo. Em 1942 apenas 3. As empre sas clientes da Companhia Auxiiar de Empresas Elétricas Brasileiras, espalhadas por 11 estados brasileiros, com onze mil empregados, veem, em um ano de campanha, reduzirem-se essas ocurrências de 15% em média.
A primeira manifestação da prevenção de acidentes no Rio de Janeiro é devida à Light, com seu célebre olhe à direita.
Verdade é que muitos obedientes que bram a cabeça ou se arrependem. Verificase, porém, que raras sõo as notícias de pingentes acidentados nas ruas atravancadas do Rio de Janeiro.
Limitei-me a citar resultados obtidos por algumas companhias ligadas a rotarianos des te Clube. Inúmeras outras ha, preocupando-se com a matéria e praticando-a. Tentar citá-las a todas seria perigoso. SÕo sempre desagradá veis as omissões.
O fato é que o assunto desperta a atenção e preocupa técnicos, industriais, companhias de seguros e instituições de assistência social; apa rece em publicações; associações diversas'cui dam dele. Não posso deixar-~sem_ menção espe cial o Idòrt.
Uma associação especializada surge paro cooperar com todos nessa benemérita cruzada em que se empenham governo, patrões e ope rários. Estamos, portanto, na hora H da pre venção de acidentes.
São simples as suas bases. Necessitamos inicialmente criar o espírito de segurança, isto é, a vontade de evitor-se b acidente e a crença de que isso é possível. Descobrir, em seguida, as causas de cada um, para removê-las, evitan do que ocorram novamente. Importa, pois, em reconhecer de início que os acidentes nõo são obra da fatalidade, mas, ao contrário, são cau sados, como reza o slogan americano; "Accidents d'ont hoppen; they ore caused".
Em seguido é preciso considerar-se como causa sagrada evitá-los. E' preocupação que se traduz pelo "Safety First" encontrodiço em to dos os locais na América do Norte.
Realmente, está hoje provado e nõo mais sofre contestação a tese de que o maioria dos acidentes é perfeitamente evitavel. Na verda de, basta pensarmos um pouco, após uma que da desastrosa, para descobrirmos que confiamos inocentemente num caixote frágil para o nosso peso. .., que corremos por sobre um piso muito" escorregadio. ., que não vimos o buraco onde calmos ou que êsse buraco não devia estar ali a nossa espera. .., que pisamos no cordõo do sa pato.. ., que. . .
São tantos os "quês"!.. . Ainda bem quan do podemos anaFisá-los. Pior aconteceu àquele
(Continua na pag. 6)
As ferramentas vibratórias, que funcionam pneumáticQ ou eletricamente, são capazes de causar lesões que variam desde o entorpecimen to dos pontas dos dedos até importantes altera ções dos ossos e inflamações dos tendões e arti culações dos ombros. Entre essas ferramentas pode-se incluir diverso-s tipos de perfuradores, rebitodores, calafetadores, etc.
Geralmente as lesões orgânicas não se extendem acima do antebraço e quase sempre se limitam aos dedos, mãos e tecidos ao redor dos pulsos. Ha casos em que se produz a neurose, a qual é mais incomoda que as verdadeiras enfer midades.
A combinação do escape de ar frio pode ocasionar espasmos capilares com o resultante esfriamento dos dedos, mal conhecido geral mente pelo nome de "dedos brancos" ou "dedos mortos". Algumas ferramentas cheganri a pro duzir até 4,000 vibrações por minuto, enquanto outras são tão lentas que nÕo passam de 250 golpes por minuto, e é de 1.500 vibrações para diante que se produz o mal chamado "dedos brancos".
Um segundo tipo de lesão consiste no engrossamente e contração do palma da mõo, afe tando os músculos e nervos. No cotovelo e pul so pode se dar a formação de quistos osseos. Recomenda-se o seguinte para evitar tais males:
A ferramento deve ser segura com firmêsa, O choque é amortizado com o uso de um prote tor de borracha esponjosa ou de rolha. As vezes convém usar pulseira de couro. Quando se apre-
Evite todos os ferimentos, mesmo os mais leves.
Não retire dispositivo algum de segu rança ou aviso de perigo.
Nõo use apetrechos de trabalho sem es tar devidamente autorizado a fazê-lo, nem empreenda qualquer trabalho até que esteja habilitado a executá-lo. Tenha sempre em mente que a falta de cidado ou qualquer omissão em seu tra balho.pode originar muita miséria e padecimento paro você e para seus compa nheiros.
Leve imediatamente ao conhecimento de seu chefe, qualquer defeito ou falta de segurança que observar no desempe nho de seu trabalho.
Procure a comodidade e o bem estar de seus companheiros, ajudando-os o se converterem em homens precavidos co mo você.
Esqueça seus problemas pessoais enquan to estiver trabalhando.
Tome cuidado em verificar que suas rou pas de trobalho sõo apropriadas, pois de outra formo poderão ser colhidas pelos máquinas em movimento. Nõo esqueça de usar sempre o protetor indicado paro o trabalho que for executar.
Trote sem demora qualquer lesão ou fe rimento por mais leve que seja, pois ama nhã poderá ser demasiado tarde. Lembre-se sempre destes conselhos de segurança e se tiver alguma dúvida so bre eles, consulte seu chefe.
senta quolquer sinal de dano, deve-se suspender o trabalho, Os operários que sofrem de artrite ou enfermidades do sistema circulatório, nõo de vem usar ferramentas vibratórias. Aos operá rios novos deve-se dar períodos de descanso e breves períodos de trabalho, até que se habi tuem. Em alguns casos pode-se usar sempre para absorver os choques.
Prevenção de Acidentes Julho de 1943
(Continuação da pág. 4) nosso herói, curioso em saber se havia gasoliria no tanque, riscou um fósforo e.. . havia. ..
Avalia-se que 98% dos acidentes indus triais são, por sua natureza, evitóveis, porque re sultam de faltas sanóveis, tais como instruções de trabalho imperfeitas, inabilidade ou incapa cidade do operário, falta de disciplina, falta de protetores nos máquinas, limpesa deficiente dos • locais de trabalho, iluminação inadequada dêsses locais, etc., etc.
Para implantar o espírito sde segurança e desenvolvê-lo cada vês mais, é necessário reali zar verdadeiro trabalho de catequese, pois está provado que g quase totalidade dos acidentes decorre do fator humano. Precisa-se então educar os operários, em trabalho perseverante e continuado.
Os meios usados para isso são as reunjões, as palestras, os conselhos, os cartazes, os films, os comissões de segurança. Tudo dosado con venientemente, de acôrdo com as condições pe culiares a cada organização ou local . E' neces sário, porém, estar sempre repetindo e sempre praticando a segurança, como fazem,os ameri canos com o seu "Watch your step.. ou a Light de São Paulo, através das frases concitando a evitar os acidente, que se lêem em seus bondes. ^
Desempenham papel insubstituível na crioçõo, implantação, manutenção e desenvolvi mento do espírito de segurança e, portanto, dos condições que permitem combater e evitar o aci dente, os dirigentes db indústria, desde os geren tes, superintendentes, chefes de departamento, até os feitores e capatazes. E' preciso, com efei to, que os operários sintam que a prevenção de ocidentes é cousa importante e que por ela se interessam os chefes e patrões. Caso contrário nõo a levam a sério e os resultados sõo desconcortantes.
Medidas de segurança são as que evitam os perigos, tais como os protetores que se de vem colocar nas partes perigosas de rriáquinas ao alcance do operário (eixos, polios, engrena gens), nas partes operatrizes (serra, perfuradofos, etc.), nas instalações elétricas, etc. Êsses .protetores por si só, sem a educação de seguran ça, nõo reduzem os acidentes de mais de 10% .
, Evidentemente incluem-se entre as medi das de segurança, que devem ser postas em prá tica, a boa disposição e funcionamento das má quinas, as condições dos locais de trabalho (ven tilação, iluminação, limpesa, desatravancamento, etc.).
Também representa papel importante o equipamento de proteção individual, adequado a coda gênero de trabalho. São os óculos de di versos tipos e feitios, as máscaras, os capocetes,
os aventais, os cintqs, os luvas, os coneleiros, os sapatos de segurança, etc., etc.
Importo em que os operários realmente os usem, acatando as ordens superiores; deles ope rários, convenientemente instruídos, educados e disciplinados, dependem os resultados do com ponha que se tem acentuado notavelmente a • ponto de se poder citar indústrias em que um ^ acidente é raridade, comentada por muito tempo.
Não admiro, portanto, que o presidente Roosevelt, preocupado com os necessidades cres centes da produção de guerra, ho.ja encarrega do o "National Safety Council", organização americana especializada na prevenção de aci dentes, de intensificar e extender os seus tra balhos de combate a semelhante praga. Para tanto, 05 industriais americanos estõo suprindo o National Safety Council com o bagatela de cinco milhões de dólares. .'. ("Our Accident TolI is Aiding the Enemy" — Reader Digest, outubro 1942)
E' que a transformação industrial ameri cana atingiu as raias do assombro. Trabalha vam em 1940, 500.000 pessoas na indústria de guerra. Esse número passoCT^para - 1 5.000.000 em 1942; irá a 20.000.000 em 1943 ("Em Guarda"), crescendo sempre porque cada com batente exige 18 homens na retaguarda a pro duzir poro ele (We'lt Ali Be Needed in War Work Soon — Paul Mc Nutt, Reader Digest, out., 42).
Era necessário evitar que tão grande per turbação no ritmo de trabalho acarretasse o au mento dos acidentes. Na verdade esse aumen to se verificou; èm tão pequena escala, porém (9% de 1941 a 1942), que serve para aumentar a confiança nos métodos de prevenção adotados, •os quais proporcionaram à indústria americana do tempo de paz, condições de segurança bem superiores às que temos no próprio lar.
Também o nosso Govêrnò está se preo cupando com a questão, còmo se vê de seus atos recentes, tais como a consolidação dos leis tra balhistas, em que capítulo especial é dedicado à matéria, a criação da Divisão de Higiene e Se gurança do Trabalho, que deverá cuidar desse assunto, assim como da, profiloxia de moléstias profissionais, outra matéria da maior relevân cia
Dá-nos a honra de sua presença a esta reunião, o Dr. Décio Parreiras, diretor da refe rida Divisão e grande apaixonado no combate ao acidente.
Motivo de orgulho é já contarmos com uma organização especializada na prevenção de ocidentes entre nós. E' a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes, instituição de al tos propósitos humanitários, vivendo ò custa de contribuição de seus associados: industriais, co-
Pronto para a cama, mas sem pijama! Quer o leitor saber como se estabeleceu este novo "record" de rapidez, despindo■se num abrir e fechar dos olhos? Pois foi bastante simples: Quando o pobre diabo que aparece ria fotografia fez funcionar Q máquina, por descuido, seu macacão foi colhido pela mesma e num zás-trás ficou no lamentável estado em que se vê.
No entanto, ngo obstante o sua situação um tonto es querda, o nosso amigo escapou ileso milagrosamente. Aí tem o leitor a nova invenção! O progresso moderno nos tem propor cionado aparelhos de toda classe .—da máquina de lavar pra tos ao enqroxodor de sapatos — mas é a primeira vez que se ouve falar em uma máquina autornátisQ.. de despir, com a ra pidez do-relâmpago.
Esta fotografia foi enviada.ao Inter-American Safety Coun cil por gentileza do Sr. George S. Thompson, funcionário da Central Mutual Insurance Co., acompanhado do comentário origino! do próprio vítima, na esperança de que a suo divul gação contribua para tornar patentes os perigcs que encerra o uso de roupas inadequados ao trabalho.
"Perdi minha roupa —■ comentou a vítima depois de tão grande susto — mas noo sabem quão feliz me sinto, já que é muito mais fácil repô-lo do que comprar um braço ou uma per na nova."
merciantes, companhias de seguro ou pessoas, que se alistaram ao movimento. Sem qualquer objetivo de lucro, essa associação já vem desen volvendo trabalho eficiente através de cartazes, boletins, circulores, etc. Está, pode-se dizer, no nascedouro, certa, porém, de que em futuro pró ximo poderá ser no Brasil o que na Américo do Norte é o National Safety Council, com cuja cooperação conta, através do Inter-American Safety Council, seu filiado.
Fundada por iniciativa de um grupo de ho mens de boa vontade, é lógico que muitos deles Sejam rotarianos. Em .sua diretoria três sõo f^embros efetivos, um é ex-rotariano.
Antônio Prado Júnior é seu Presidente, volentim Bouços, VicerPresidente; J. M. Ferf^ondes, Ap. Thomos e o nosso presidente A. B. Cavalcanti, são, respectivamente, seu 1° Secre-
tario, 1° e 2° tesoureiros; Osvaldo Riso, ex-rotoriano, é o 2° Secretário. Outros ainda compõem seus conselhos de administração e fiscal E' possível que alguns dos que tne leem cinda noo tenham cogitado sériomente do as sunto ou lhe dado a importância que merece. Outros talvêz pertençam ao team dos que d.zem: — isto de ocidente é com .o com panhia de seguros ^ o exemplo daquele fozenmenta'?''s® ^ ^^zeiros o cada boi para oli- mentor-se, pensando solucionar o problema A moiono certamente nunca teve um ociqu ocid^nt P- acidente e cousa poro os outros.
rão do de que cuidopeno orotir ® ^^i^ificorão que de foto vale a merhôd^r í, de acidentes, obra ^ue sr° ® benemérito,, beneficiando a todos, qaer seiom operários ou patrões.
Prevenção de Acidentes — Julho de 1943
ASSOCIAÇAO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
EDlFiC10_MAYAPAN — Salor,lU9
Av. Almirante Barroso, 91 ✩
Caixa Postal 2916 RIO DE JANEIRO
AGOSTO DE 1943 ANO I — No. 8
Ao fim de oito horas de trabalho em minas, moinhos, fábricas, serviços públicos, no agricul tura, etc., muitos homens e mulheres sofreram lesões nos olhos. Alguns têm fragmentos de me tal, madeira, pedra, fiapos de cano, poeiras; ou tros têm os tecidos ocuiores riscados pelos par tículas do ar ou queimados por ácidos ou s^ubstâncias cáusticas, por mstois derretidos ou pelos roios emitidos pelos aparelhos de soldadura.
Repète-se o fato todos os dias e o resultado é o aumento anuo! do número de cegos, dos ihfelizes incapacitados poro a produção, isto é,
sofredores e inválidos que representam prejuí zo paro a noção.
A maior parte dessas lesões -e dos sofrimen tos delas decorrentes são desnecessários. De coda 1 .000 lesões nos olhos que se verificam hoje, openo 20 não podem ser evitadas.
Mas, poro poder eliminar os 98% restantes é necessário uma oçõo conjunta da administra ção, dos gerentes, bem como de coda um dos em pregados, individualmente, como se depreende do quadro o seguir em que procuramos analisar as causas desass lesões.
ANTONIO PRADO JÚNIOR
PRESIDENTE
VALENTIM BOUÇAS
VICE-PRESIDENTE
J. M. FERNANDES
1.0 SECRETÁRIO
OSVALDO RISO
2.0 SECRETÁRIO.
K. AP-THOMAS
1.0 TESOUREIRO
A. B. CAVALCANTI
2.0 TESOUREIRO
A. P. AMARANTE
SEC. EXECUTIVO
Conforme antecipámos em nosso número 3, ochovo/se en tão, em adiontado estudo, o onte-projeto do "Consolidação dos Leis do Trabalho".
.Pouco depois, o de meio, era efetivamente assinado o decreto-lei n. 5-452, que o aprovou, e vem de ser amplamente divulgado, através de publicações populares do Imprenso Nocionol, distribuídos em grande tiragem por todo o território nacio nal, quando já em impressão este Boletim.
Capítulo especialmente consagrado à higiene e ò seguran ça do trabalho, descreve os obrigações que, nesse particular, te rão os empregadores, bem como os condições o que deverão sa tisfazer os locais de trabalho, quando o Exmo. Snr. Minsitro do Trabalho julgar conveniente e nos prazos que fixar.
Não o podendo fazer agora por falto de espaço e tempo, cuidaremos de tõo importante assunto com mais detalhes nos próximos números deste boletim, com o intuito de dermos aos nossos associados o maior colaboração possível.
Falto de instrução Desordem
Pouco habilidade Equipamento defeituoso Não sõo conIndisciplino Perigos físicos dições especiais.
Falta de atenção Condições inseguros do Mesmo as lesões Práticos inseguras trabalho
Incapacidade mental Planos defeituosos difíceis de preIncapacidade física Rcupo inodequcdá venir, podem re sultar de uma
1 das faltas indi
PREVENÇÃO cadas como evi-
Poderh ser facilmente con- táveis.
trolodos pelo gerência e pelos - empregados.
3 — Prevençõo de Acidentes — Agosto de 1943
iaiísgs
CAI-SE PASSEANDO
.. o oomerciário... quando transitava pela rua Lucas Fortunato^ sofreu uma queda, ferindo-se na cabeça. Levado ao Pronto Socorro, recebeu os necessários curativos.
("A Tribuno" — Sonfos, Est. S. Paulo
BRINCANDO DE GATO..
o menor. ., brincava na tarde de on tem nas proximidades de sua casa, tendo sofrido uma queda do telhodo, de regular altura. So freu, em conseqüência, fraturo do braço esquer do.
CEsfado de Minas" — B. Horíxonfe)
OU DE PASSARINHO
... o menor.. cpuando brincava em cimo de uma árvore, foi vítima de uma queda, rece bendo escorioções ligeiras...
("Correio Popular"— Campinos, S. Paulo)
CAI DA BOLÉIA O COCHEIRO...
... o cocheiro... quando conduzia em Andara! um carro de lixo, perdeu o equilíbrio, sendo atirado ao solo. Com graves ferimentos generalizados o pobre trabalhador foi transpor tado ao Posto Central de Assistência, onde veiu a falecer quando recebia os primeiros curativos.
("Jornol do Brasil" — Rio)
Prevenção de Acidentes •— Agosto de 1943
E DO ESTRIBO O PINGENTE. ..
... viajava como pingente, numa curvo . mais fechaida,' perijeu o equilí brio, caindo ao solo. Em conse;'uência, sofreu feri mento contuso nos regiões ocípito-frontal, temporal direito e porietal es querdo. A vítima foi internada após ser medica do no Serviço de Prnto Socorro.
. , , por to sondo ferimento jovens, adultos e
("A Tribuna" — Niberói)
QUEDA DE ESCADA É VULGAR
ontem, ao descer ume escada, caiu, re cebendo escoriações no punho esquerdo e con tusões no região ocipital.
("Correio Popular" Campinos, S. Poulo)
MAS DE PEDREIRA É PETACULAR. ES-
... foi vítima de unrv-de-^ sastre caindo'de uma pe dreira, do olfuro de 100 me-tros, o menino.. ., que sofriU fratura exposta do frontal e fortes contusões pelo corpo, sendo interna da em estado grave no Hospital Getúlio Vargas.
("O Globo" — Rio]
CAI-SE DO BONDE
... quando procurava saltar de um bonde oindo em movimento o garoto de 8 anos... caiu desamporadamente na rua, ferindose no cabeça, do que resul tou forte hemorragia de •um dos ouvidos.
'Estado do Porá" — Belém) DO CAVALO.
.., deu entrado, ontem, no Hospital de Pronto Socorro, o agricultor.. vítima de uma queda quondo viajava num cavalo de sua pro priedade. A vítima teve, em conseqüência, fra turo do braço esquerdo, ficando olí internada.
("Gazeta de Alogãos" — Moceió)
toda hora,.. caumortes, o crianças,
ontem à noite, o au xiliar do comércio. caiu de uma bicicleta ferindose no pé esquerdo e torqx.
'Folho do Manhã' — Recife)
DO CAMINHÃO. terminado o serviço, alguns trabalha dores pegaram o caminhõo tomando lugar junto 00 "Chcuffeur" um apontador da obra, e, na "corrosserie", três trabalhadores. Dada a parti da ao veículo, um pouco adiante abriu-se o par te lateral da "corrosserie" e um dos passageiros, que nela vinha sentado, caiu ao solo. Aos gritos dos companheiros, porouse o caminhão, mas já de masiado tarde. Poucos mo mentos restarem de vida ao infeliz operário, que, não suportando os sofri mentos, faleceu.
("Estado do Baio" S. Solvador)
E DO TREM... . . . viajava no rápido em componhia de um irmõo quando, estendendo o ca beça para fora da janela, seu chapéu foi atirado oo solo pela ventanio. Sem pensar no risco a que se ex punha, o operário correu à plataforma do carro, pro curando descer," opésor do escuridão. Em dado mo mento, parece que perdeu o equilíbrio, sendo atirado pela forço do comboio ò .vala lateral da estrada. Com a quedo, sofreu fratu ro do crâneo, falecendo pouco depois.
("Estado die Minas"
B. Horizonte")FAS QUEDAS NO TRABALHO SÃO FRE QÜENTES.
... qiuando trabalhava na fábrica de vi dros, situada à... sofreu uma queda, receben do fratura dos ossos do perna esquerda.
Transportado em ambulância para o Posto de Fronte Socorro local, depois dos necessários cufgtivos, foi removido poro a Caso de Saúde Icoraí, onde ficcu internado.
("Diórto da Manhã" — Niterói)
Pelo manhã de hoje, em Tejipiò, o"iornale"iro..,colu de uma barreira onde trabalhava con duzindo barro, recebendo escoriações vóras. A vítima submeteu-se ao necessário trotomento.
("Fplhq da Menhâ" — Reçift)
Quando trabalhava nas obras do prédio... O operário... de 46 anos, por^uguês, residente à rua... caiu do solo sofrendo fratura do crâ nio
("Jornal do Brosír — Rio)
Profefo de (juedn..
5 — Prevenção de Acidentes — Agosto de 1943
Niúnca use lima sem cabo. Se você habítuaímsnte trabalha com li mas, tenha sempre à mão uma bôa coleçõo de cabos de vários tamanhos para não precisar trabalhar com lima sem cabo.
Se olguma das limas que você tem em sua caixa de ferramentas é de ponta muito aguda, deve tomar precauções ao manuz^eá-la, afim de evitar qtje se fira.
Quando Psar uma lirha para desbastar peças em um torno em movimento, use a mão esquerda quando esteja próximo do mcridril, de modo a não ser alcançado por êste ou suas roupas nele se enrolarem.
Nunca bata cbm um martelo sobre a lima, pois podem saltar pedaços da mesma.
Nunca improvise uma lima velha em ponçõo ou cinzel, A têmpera do metal não permite sua aplicação para tais usos.
Não.use uma limo como alavanca. Pode partir-se ou soltar pedaços.
Tenha especial cuidado em nunca trans portar limas sem cabos em seus bolços pois podem causar lesões graves se você cair.
No Distrito Federal, entre Julho de 1942 e Julho de 1943, o Ministério do Trabalho, pela inspetoria e, atualmente, pela suo Divisão de Higiene e Segurança do Trabalho, visitando ti pografias, jornais, fundições e fábricas de tin-ta, teve ocasião.de examinar e fichar 333 operários que poderiam apresentar sintomas de intoxica ção agiuda ou crônica pelo chumbo (saturnismo), infirmando 1787 casos, confirmando 80 e-man tendo 66 como suspeitos, em observação. Foram notificantes ou investigadores os Drs. Nicoláu Morais Barros Filho, Hugo V. Alquéres Boptis ta. Sebastião Jorge Brown, Hugo Firmeza e Zey Bueno.
Dois operários tinham de 14 a 18 anos de idade;.cinqüenta de 19 a 30 anos; trinta e sete de 31 a 40 anos; vinte de.41 a 50 anos; treze com idade maior de 50 e vinte e quatro de Idade Indeterminada.
Eram compositores em tipografia, 62; fundidores, 14; linotipistas, 1 1; impressoras, 11; monotlpistas, 4;.galvanizadores, 3; enroladores, 2; pintor, 1; polidor, 1; mocheiro, 1; moageiro, 1; laminodor," 1; fabricava tinta, 1; idem asbestos, 2; idem zarcõo, 2; idem sulfato de ferro, 1; idem canos, 1 Eram de côr branca, 59 Eram estrangeiros, 8.
Na sintomatologia verificada, a eólica de chumbo apresentou-se em 67 operários exami nados; a orla gengival de Burton em 56; a dormência ou formigamento em 30; os coimbras em 29; a constipaçõo de ventre em 29; as para lisias e paresias (Teleki) em 22; a palidez e anemia em 14; as disestesias e hipoestesias em 7; o hipertensão arterial em 7; o tremor em 9; os ostealgias em 5 e a insônia em 3.
(Dos jornais!
Dê combate sem tréguas á Quinta Coluna.
E não se esqueça de que o ACIDENTE é o maior quinta
colunista na Indústria.
O oxigênio o alta pressão pode dar lugar o explosão se chega a entrar em contata com óleo ou.graxa. Nõo se deve usar nem óleo nem graxa ou outro lubrificante para engraxar um regulador ou para provar os manômetros em ci lindros de oxigênio ou de gás combustível. Tão pouco devem ser tocados com os mõos ou luvas cheias de óleo ou graxa. Isso pode resultar em acidentes.
!Chaves de Griffe)
Evits dèdos esmagados, ossos quebrados, quedas, etc., observando as seguintes precauções, ao usar estas ferramentas:
Us2 somente choves que estejam em bòas condiçõss e sejam de tamanho adequado 00 trabalho que realiza.
Quando trabalhar em lugares estreitos, te nha cuidado em segurar as chaves de modo o nõo ameaçar os seus dedos. Certifique-se de ha suficiente espaço para trabalhar.
3 Nunca coloque uma extensão no cabo de umo chave.
4 Sempre puxe a chove no sentido indicado pelo desenho.
A chave deve morder na parte central, de modo tal que se resvalar haja probabili dade de encontrar um dente que a pren da. Conserve êssès dentes bsm afiados.
6 Nõo faça demasiado esforço corn uma chave pequena, nem a submeta a esfor ços laterais, nem tão pouco a use como martelo.
Nunca use chaves em tubos oui outros ma teriais que estejam em movimento. Pare os máquinas antes de iniciar o trabalho.
O soldador está sujeito o queimaduras pro duzidas nco só pela soldo derretida, iquer derra mando, quer saltando sobre êle, como tombem pelo ferro de soldar e o próprio ácido, ao mani pular e preparar a solda.
A êlss dirigimos os seguintes conselhos:
1 — Use óculos protetores e luvas.
2 Conserve as mangas arregaçadas e o cola rinho abotoado até o pescoço. *
3 ~ Usando as bainhas das calços viradas paro fora e suficientemente compridas, evitará que os ácidos derramados atinjam sua per na ou seu pé.
Se houver necessidade de derreter a solda em panela ou concha, verifique se estas estão completamente secas, livres de umi dade.
5 Nco deixe o panela ou a concha onde al guém possa tropeçar derramando o soldo que poderá queimá-lo ou ao seu compa nheiro. ^
n.yíf" ""-1 objeto úmido ou cho dentro da panela ou con-
Tome sempre o precaução de verificar se nao^ex,ste umidade onde vai derramar a
Evite o contoto dos ferros de soldar ouen rfol?n'íl qualquer outro mate- nol mflamovel. Coloque os sobre as pre- _;ii ^ ui> ioore os pre- silhQs próprias ou desconços, quando nõo os estiver usando.
9 apagar os ferros de soda eíetnca coda vês que abandone a oticina, mesmo por alguns minutos.
Prevenção de Acidentes — Agosto de 1943
ASSOCIAÇAO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
edifício.MAYAPAN — Sola 1119
Av. Almirante Barroso, 91
SETEMBRO DE 1943
Presidente: Volentim F. Bouços
1° Vice-presidente: J. M. Fernandes
2® Vic£-presldante: J G. P. de Aragõo -
1° Secretórío: Alcides Lins
2° Secretário: Dulcídio A. Pereira
Caixa Postal 2916
RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS
Presidente
J. M. FERNANDES
1-° Vice-Presidente
J. G. ARAGÂO
2.® Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1.° Secretário
DULCIDID A. PEREIRA
2.° Secretário
K. AP-THOMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.® Tesoureiro
ANTONÍO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec, Executivo.
Prevenção de Acidentes
ANO I — Ko. 9
Inicia-se agora a segando fase da vido do Associaçco Bra sileira para Prevenção de Acidentes. A primeira — de instala ção —,foi consagrada ò crioção de condições indispensáveis ao trabalho intenso e permanente que a Associação se propôs rea lizar em benefício de operários e patrões, prejudicados ambos pelo inimigo público que é o acidente, cada vês mais perigoso, sorrateiro e danoso, à medido qje se ocentúo o desenvolvimento do indústria .
Nco só o Associoçõo se instalou legal e fisicamente, como osseçarou, mediante contrato assinado com o Inter Americon Safety Council, q assistência técnica e o concurso dos maiores outoridodes no assunto.
A novo direção da Associação, em cujos conselhos e dire toria oindo se encontram os elementos componentes do primei ro diretoria, vai tombem caber'torefo árduo, qual seja o de in tensificar não' só o prestoçõo de serviços aos seus associados como tomb.em o .número de beneficiados por seus trabalhos.
Dignou-se o Exmo. Snr. Ministro do Trobolho, Dr. Mar condes Filho, honrondo-Q com suo confiança, aceder ao convi te que lhe fez o Associação poro fazer-se representor em suo di retoria. Serão, assim, mais estreitos os ligações entre o Associa ção e o Governo, focilitondo desse modo o coloboroçâo que elo deseja prestar do poder público no solução dos problemos relocionodos com os infortúnios do trobolho.
A escolha de S. Excio. recaiu no pessoa autorizado do Dr. Décío Parreiras, técnico de nomeado que já nos tem dado a hon ra de escrever poro este boletim e exerce atualmente o cofigo de diretor do Divisão de Higisne e Segurança do Trabalho, órgão governamental òo qual cobe o fiscalização dos condições de tra balho que asseguram o defeso-do soude e integridade física do operário.
E', pois, com o prestígio dessa representação govemomentol em suo direçco, que a Associação inicia novo etapa de suo vido, côncio dos responsabilidades que lhe pesam, certa dos benefícios que prestará a se-us associados e confiante na colaboração de to dos, poro o fiel desempenho de suo tarefo. Setembro
•k 1® Tesoureiro: K. Ap-Thomos
2® Tesoureiro: Odilon de Beoucloir
Diretor: Dr. Décio Parreiras
k' Diretor: a Antonio Prado Júnior
HS, Conselheiros
A. B. Cavalcanti Juliõo Nogueira
Ary Torres Morvan Figueiredo
Hortêncio Lopes Oswaldo Riso
Joir Negrão de Limo Plínio Contonhede
Joõo Carlos Vital Rolph Greenwood
João Luderitz Renato Wood
Membros efetivos:
Corlos Santos Costa
João ProençQ
Moriono Marcondes Ferraz
Membros sujplentes:
Adhemar Jobim
Helvécio Xavier Lopes
Pedro Brando
Estatísticas oficiais, referentes ao ano de 940, publicadas no Boletim do Ministério do Trabalho (Julho de 1942), e que já foram re produzidas por nós, ao classificar os acidentes segundo os incÍListrias em que^se verificam, colo cam ha vanguardcí a da edificação, com ] 1 .81 2 ocurrências. No mesmo ono, conforme consta de publicação recente (Brasil-1942), eleva-se a 106.006 o número de trabalhadores dessq in dústria, colocando-a em terceiro lugar quanto ao número de obreiros, precedida dós .indústrias texteis (195.702 operários) e de gêneros olimentíciOs (109.685 trabalhadores) Estas últi mas foram tabelados com, respectivamente, 6.071 e 5.470 acidentes notificados.
Êsse simples eríunciado testemunha a maior incidência de acidentes na construção civil, afe tando um operário em cada grupo de 9, enquan to nas duas outras indústrias citadas são neces sários grupos de 32 e 20 trabalhadores, respecti vamente, para que entre eles se encontre um aci dentado, tudo de acordo com as estatísticas re feridas, que, digamos de passagem, são geral • mente consideradas como fornecendo números cquem da realidade.
Verificamos, porém, que embora a maior in cidência absoluta de acidentes em 1940 tinha sido na indústria da construção, nõo e ela, en tretanto, a que oferece maiores riscos.
Basta, com efeito, confrontar os números consignados para" outras' indústrias, nas duas fontes citadas, afim de se apurar que rela tivamente ao número de operários que empre gam, oferecem, segundo esses números, maiores riscos. Ror exemplo na indústria gráfico, veri fica-se que um operário foi aciden#ado em cada grupo de 7. Na correlata do papel, q coisa foi mais séria; cada grupo de 4 trabalhadores teve <im acidentado, isto é, 25% dos operários (2.716 em 10.465) pagaram ssu tributo ao acidente. Não sabemos ss os vítimas foram reincidentes, •nem sabemos os cousas do ocurrências, como ignoramos também quantos dias foram perdidos, •quais- as despesos havidas, direta ou indiretamenet, em conseqüência desses acidentes.
De duas cousas estamos certos, porém, a saber:
1° de que foram vultosas as despesas e' cs prejuízos causados às indútrias referidas;
2° de que poderiam ter sido evitadas essas despesas e prejuízos, além do sofrimento hUmano que os acompanharam.
E o que.se constata nessas poucas indús trias, tomadas ao acaso para exemplificar, re trata a situação gerai que cumpre combater para ser removida ou pelo menos atenuado.
Evidentemente a gravidade dos ocurrências pode variar ao extremo; suas conseqüências paro c operário podem traduzir-se num simplfes susto, como em ferimentos maTs~ou-menos,graves ou custar-lhe a própria vida.
E nem sempre se pode avaliar a importân cia do acidente pelos suas conseqüências. Quan tas vezes verificamos uma mesma ocurrência re sultante de causas idênticas ou bem semelhan tes, causando danos e sofrimentos tão diferen tes? Vamos exemplificar^ o seguir, com notícias colhidas ao acaso, em recortes de jornais, pfática •que jó temos seguido porque assim estampamos a realidade diária. Como falamos da indústria da edificação vejamos casos de queda de andai mes, que nos lembram o ditado: "Quanto mais se sobe, maior a quedo", ditado que devemos modificar parü "Quanto mais se sobe, maior cui dado se deve ter".
Quando trabalhava... em São óonçalo, o operário... de cor branca, com 33 anos de ida-' de, residente ò nua... coiy de urn andaime ao solo, sofrendo vários ferimentos.
A vítima após ser medicado no Pronto So corro, foi recolhida à Casa de Saúde Icaraí.
("Diário da Manhã' Niterói
Foi vítima de deplorável acidente, onferr^, quando trabalhava no 9° andar de um prédio em construção, o operário...
O olüdido operário quando se dispunha a passar de um andaime para outro, caiu, sofren do gravíssimas lesões, sendo recolhido ao Hos pital Miguel Couto.
("Jornal do Brasil"—Rio)
quando trabalhava ontem, no serviço de demolição de um prédio, foi vítima de uma queda do 3° pavimento ao solo. Em conseqüên cia sofreu fratura do crânio e escoriações gene ralizados.
Removido para o Posto Central de Assis tência, ali recebeu os curativos necessários, sen ão a seguir, internado no Hospital de Pronto So corro.
("O Jornal" — Rio)
O pedreiro. ontem às 13 horas, quando trabalhava na fqchqda de um prédio, em repaha Capunga, foi vítima de uma queda do Qndairhe^ sofrendo diversos escoriações pelo corpo.
Depois de medicado, o pedreiro recolheu-sé Q iuo residência.
("Folha do Manho" — Recife
O pedreiro. pardo, viúvo, de 33 anos de idade, residente em Sco Januário, quando tra balhava na manhã de hoje, no prédio. perdeu o equilíbrio, no 11° andar, onde estava arroncando gns pregos, vindo cair, pelo local onde vai ser colocado o elevador ao solo, sofrendo vários fraturas. Foi chamada uma ambulância do Pos to Central' de Assistência, mas quando o médico de serviço chegou ao local, já o pedreiro hovio falecido.
'Meio Dia" — Rio!
Prevenção de Acidentes — Setembro de 1943 — 5
4 — Prevenção de Aciaerites — Setembro de 1943Embora o larga e recente divu-lgoção que teve o "Consolidação das Leis de Trabalho", feita pelo decreto-lei n. 5.452, de de maio de 1943, achamo-nos no dever de chamar a aten ção de nossos leitores para a parte dessa conso lidação referente oos^ossontos de que nos ocupa mos. Faremos por hoje e a seguir, a transcrição das Secções e I, do capítulo V do Título 11, do referido decreto, que, como é sabido, entrará em vigor em 10 de novembro deste ano (art. 91 1 ); tendo entretonto, o Exmo. Snr. Ministro do Tra balho, a faccjldade de fixar, para cada Estado, e quando julgar conveniente, ó início da vigência de porte ou de todos os dispositivos contidos no citodo capítulo, intitulado "Da Higiene e Segu rança do Trabalho", bem como a de fixar prazo para adaptação dos atuais estabelecimentos às exigências nele contidas, (art. 917 e s/pará grafo)
Introdução
Art. 154. Em todos os locais de traba lho deverá ser respeitado o-que neste capítulo se dispõe em relação à higiene e ò segurança do trabalho.
Art, 155. A observância do disposto neste capítulo ,nâo desobriga os empregadores do cumprimento de outras disposições que, com relação à higiene ou à segurança e levando em conta os circunstâncias regionais, sejam incluí das em códigos de obras ou regulamentos sani tários dos Estados ou municípios em que exis tam as empresas e os respectivos estabeleci mentos.
Parágrafo único. Nenhum estabelecimen to industrial poderá iniciar o sua atividade sem haverem sido previamente inspecionadas e apro vadas os respectivos instalações pelo autoridade competente em matéria de higiene e segurança do trabalho.
Art. 156. Cabe ao Departamento Nacio nal do Trabalho, e às Delegacias Regionais do Trabalho, mediante autorização expressa do mi nistro do Trabalho, Indústria e Comércio, supletivamente òs autoridades sanitários federais, es taduais ou municipais, a fiscolizoção do cumpri mento dos dispositivos deste capítulo, competin do-lhes, nos limites das respectivas jurisdições;
o) estabelecer as normas detalhadas e aplicáveis o cada caso particular em que se de senvolvem os princípios estabelecidos neste ca pítulo;
b) determinar as obras s reparações que em qualquer local de trabalho se tornem exigt-
6 Prevenção de Acidentes — Setembro de 1943
veis em virtude das disposições deste capítulo, aprovondo-lhes os projetos e especificações.
c) fornecer os certificados que se tornem necessários, referentes ao cumprimento das obri gações impostas neste capítulo;
<l) tomar, em gerai, todas as medidas que a fiscalização torne indispensáveis.
Segurança do trabalho
Art. 192. As partes móveis de quaisquer máquinas ou os seus acessórios (inclusive cor reias e eixos de transmissão, quando ao alcance dos trabalhadores), deverão ser protegidas por dispositivos de segurança que os gorontom sufi cientemente contra qualquer acidente.
Art. 193. Haverá nos máquinas dispositi vos de partido que lhes permitam o início de mo vimentos sem perigo poro os trabalhadores.
Art. 194.— A limpeza, ajuste e repara ções dos máquinas só poderão ser feitas quando as mesmas nco estiverem ern movimento.
Art. 195._ As instalações elétricas (mo tores, transformadores, cabos, condutores, etc.) deverão ser iniciadas e protegidas de modo a evi tar qualquer acidente.
Art, 196. íQuondo cs instalações elétri cas forem de alto tensão, serão tomados medi das especiais, com o isolamento, quando neces sário, dos locais e a fixação de indicações bem visíveis e claras chamando a atenção dos traba lhadores para o perigo o que se acham expostos.
Art. 197. Todos os estabelecimentos e locais de trabalho deverõo estar eficazmente protegidos contra o perigo de incêndio, dispondo não só d^ meios que permitam combatê-los quan do se produzam (extintor ou mangueiras, depó sitos de creio ou outros dispositivos adequados no gênero especial de Incêndio mais a temer) como possuindo facilidade para a soida rápida dos trabalhadores enn coso de sinistro.
Parágrafo únco. Poderão ser exigidas es cadas especiais e incumbustívsis em estabele cimento de mais de um andar no qual seja maior c perigo de incêndio.
Art. 198. Quaisquer corredores, passa gens ou escadas deverão ter lluminamento sufi ciente (nunca inferior a 10 luxes), paro assegu rar o tráfego fácil e seguro dos trabalhadores.
Art. 199. Entre os máquinas de qual quer local de trabalho deverá haver uma passa gem livre de pelo menos 80 centímetros, deven do essa passagem ser de l,30m (um metro e trinta centímetros) quando for entre partes mo veis de máquinas.
Art. 200. As escadas que tenham de ser utilizadas pêlos trabalhadores deverão ser, sem
pre que possível, em lances retos e os seus degraus suficientemente largos e baixos poro faci litar a suo utilização cômodo e segura.
Art. 201 Todos os .locais de trabalho deverão ter saldos em guantidade suficiente, não podendo as portas, em caso olgum, abrir para o interior, para permitir o escoamento fácil do pessoal erh caso de necessidade.
Art. 202. Quaisquer oberturas no piso,sejam permanentes, sejam provisórias, deverão ser protegidas e assinaladas, de modo a evitar quedos e outros ocidentes.
Art. 203. As ciarobóics de vidro deverão ser protegidas por tela metálico ou outro dispo sitivo, sempre que o sua posiçõo o exigir paro a prevenção de ocidente, o juizo de autoridade competente.
Àrt. 204. Nos estabslecimsntos onde haja caldeiras, deverão estar estas em local se parado e dotada." de-equipamento de segurança
Art. 205. As caldeiros, deverão ser exa minadas por ocasião da instalaçõo e dspois disso periodicamente pqra que se verifiquem os suas condições de segurança e estabilidade. ""
"Art, 206. Nos estctbskcimentos onde haja chaminés deverão ser essas provadas quan to à'suQ segurança e estabilidade, sempre que. haja autoridade técnico que o possa fazer.
Árt. 207. Nos estobelecimentos onde boja'depósitos de combustíveis líquidos, deverão estar os depósitos em situação onde não possam causar acidentes, sendo contra esses protegidos por dispositivos especiais e estando ossinclodos de modo a que os trabalhadores que deles se oproximem o façam.com os necessárias precau ções (evitando fumar, etc.
Art.-208. Nos estabelecimentos em que haja motores a gós ou ar comprimido deverco ser estes examinados periodicamente, analogor mente ao què,* em relação às caldeiras, e dispõe 00 art. 203
Art. 209. Nos locais onde haja moterios infíomáveis ou explosivos, as lâmpodos de ilu minação deverão ser elétricos, sempre que exis tir eríergia desse tipo no local; no caso contrá rio serão tomados medidas especiais e rigorosos poro evitar qualquer perigo de combustão ou de explosõo}
Art. 210. Os locais onde se guardam ex plosivos ou infíomáveis deverco estor protegidos por meio de paro-rólos, em número suficiente, de construção gdequoda; a juizo da autoridade competente.
Art. 21 1 Nos locais onde se guordem explosivos ou inflamóveis o estoque desses não poderá exceder o máximo fixado pela autoridade competente de acordo com as necessidades da indústria e as possibilidades de reabastecimento.
Art. 212. Nos locais onde se guardem inflamóveis ou explosivos, ou com èlas se traba
lhe, serco tomados precauções especiais contra a possibilidode de incêndios.
Art. 213. Nos locais o gue se refere o crtigo anterior só poderá entrar o pessoal que neles devo trabalhar, sendo neles estritamente proibido fumar ou trazer qualquer lâmpada ou dispositivo com chamo desprotegida.
Art. 214. Os ascensores e elevadores de carga deverão ter suficiente garantia de solidez e segurança, e levarão aviso bem visível de car go máxima que podem transportar.
Art. 215. Nos ascensores ^ de edifícios será obrigatório o colocação de um banco indi vidual poro o respectivo cabineiro, devendo, outrossim, ser provida o cobine de um processo derenovação de ar ~fa'crtiTado pela ventilação da respectivo torre.
Art. 216. Os andaimes nos construções deverão oferecer garantia da resistência; nqo poderão ser- carregados çom peso excessivo c os operários que neles trabalhem deverão ser mu nidos de cinturão de segurança, sempre que os circunstâncias especiais o exigirem, o juízo da - fiscalização.
Art. 217. Os guindastes, os transporta dores e cs pontes rolantes deverão ser calcula das de modo a oferecer os necessárias garantias de resistência e de segurança, quer em relaçõo às suas condições próprias, quer -em relaçõo aos suportes em que se apoiem, quando for o caso.
Art. 218. Nas obras em subsolo, bem como nos excovações especiais contra a possibi lidade de desmoronamentos ou soterromentos deverão ser tomadas medidos especiais que ga rantam o iluminoçõo e o ventilação dos locais de trabalho, e que tornem possível a retirado rápi do dos trabalhadores em coso de perigo.
Art. 219. Nos trabalhos em câmaras pneumátIcGS será obrigoíário submeter o traba lhador o ume adaptação paro o fim de ser evita da o transiçõo brusco e perigosa entre ambien tes diferentemente comprimidos.
Art. 220. Em todos os locais de trabalho deverão providenciar os responsáveis poro que '«.xisto o material médico necessário oos primei ros socorros de urgência em coso de ocidente. •
Artt. 221 Em todos as atividades os em pregadores deverco promover e fornecer todos os facilidades poro a advertência e a propagando contra o perigo de ocidentes e paro a educação sanitana dos respectivos trabalhadores, colabo rando na medida do possível com os autoridades no sentido de facilitar nesse campo o suo tarefo.
Art. 222. Nas indústrias insalubres, e nos otividodes perigosos poderão ser exigidas pela autoridade competente, alem das medidas incluídas neste capítulo mais outras que levam em conto o caroter próprio de insalubridade da atividade.
ASSOCIAÇAO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DEACIDENTES
EDiríC10_MAYAPAN — Sola 1119
Av. Almirante Barroso, 91
Palestro proferida no ROTÁR.Y CLUB do Recife pelo rotoriano ANTÔNIO RODRIGUES DE SOUZA, gerente do Pernambuco Tromwoys & Power C®. Ltd.
OUTUBRO DE 1943 ANO I — No. 10
Caixa Postal 2916
RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS
Presidente
J. M. FERNANÍDES
l-" Vice-Presidenfe
J. G. ARAGAO
2.® Vice-presidente
ALCIDES LINS
1 Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.® Secretario
K. AP-THÓMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2,® Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECÍO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo.
Todo acidente tem sua causa ou suas causas. Enquanto nõo as descobrimos e estudamos, não sabemos.como afastá-las e, portanto, nõo poderhos iniciar o combate a esse mdl.
Logo, porém, que começamos a identificá-las vamos veri ficando como o maioria delas é foci de remover e vamos cons tatando como vale a pena remove Ias. Eêtamos, então, prati cando a SEGURANÇA, iniciandò a prevenção de acidentes, e, em conseqüência, vão siurgindo as re.gras de segurança.
Depois, sempre investigando as causas, é preciso, quando ocorre outro acidente, verificar tombem ss essas regras de seguronça foram obedecidas. Provavelmente não o foram inte gral cu sotlsfatóriomente Pode tombem acontecer que outras causas sejam descobertas, indicando a necessidade de novas re comendações, novas providências. Ficam assim enriquecidos os regras de segurança.
E' motivo de satisfação paro os brasileiros Q maneiro decidida e auspicioso porque vem se operando o desenvolvimento industrial do país, que, 00 lado das amplos possibilidades qiue proporcionorá oo aproveitamento dos seus grandes recursos naturais, criará melhores e mais eleva dos condições de vida para sua populaçõo.
Em conseqüência desse salutar" surto de progresso, que está destinado o afetar os mais variados setores do atividade nacional, surgirõo inúmeros e complexos problemas de ordem técni ca e social, que exigirão dos nossos homens e dos 'nossos dirigentes o melhor do suo dedicação e de suo inteligência poro enfrentá-los e solucíO' ná-los convenientemente.
Muito felizmente já se acho mobilisado nesse sentido o consciência nacional, que, por uma série de medidas salutares e oportunas, já vem dando provas de suo capacidade para abor dar com acerto os soluções exigicías pelo trans formação que se opera na vido do no^o.
bro de 1942) o "DIVISÃO DE HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO", que, sob orientação do Ministro do Trabalho, indústria e Comércio, promoverá as medidas necessários poro diminuir os deploráveis conseqüências dos moléstias pro fissionais e dos ocidentes do trabalho.
.A "Prevenção de- Acidentes do Trabalho" constitúe hoje um capítulo importantíssimo da organização industrial moderna, moldado em preceitos científicos, dos quais não podem se afastar as organizações industriais estabeleci das no país e as futuras indústrias que venham ü s-sr criados sob os ouspícos dêsse ambiente promissor,
Na prevenção de acidentes, como em qualquer setor de atividade, vai-se, através da prático diário s da investigação cuidadoso e perseverante, aperfeiçoando o técnica e adquirindo maior experiência que conduz à obtenção de resultados cada vez mais compensadores.
É o que se verifica nas organizações que mais a sério cui dam de evitar os acidentes.
Deve, pois, constituir-se em hábito a análise dos aciden tes pois somsnte conhecendo suas causas é que nos podemos proteger contra êles.
Assim é que a indústria nacionGÍ se desen volve cada dia sob o estímulo do proteçõo e do interesse do Govêrno, que tem ido ao ponto ds se associar aos irvtsresses privados paro melhor assegurar o seu bom êxito como no caso da in dústria siderúrgica e da soda cáustica, podendose citar muitos outros casos em que o Govêrnò, direta ou indiretomente, por meio de fincncianiento e outros sábios medidos, tem contribuido pQca o seu desenvolvimento
O estabelecimento das escolas técnicas paro educQçôo profissional do mocidade é outro exemplo da clarividência dos nossos atuais diri gentes, preparando uma reserva de homens hooiíitados e capazes, de que precisarõo futura mente os novas indústrias do país.
E o que dizer do nosso legislação trabolhisQ que vem colocar o Brasil no vanguarda das noções mais adiantadas do mundo no que diz fespeito Qo tão almejado entendimento entre o capital e o trabalho?
Agora mesmo, o Exmo. Snr. Presidente da República ocobo de enriquecer o seu acervo de benefícios em favor do trabalhador naclona! criando (Decreto-lei n° 5.092 de 15 de Dezem-
.Nos países de desenvolvida orgonizaçpo in dustriai, a "Prevenção de Acidentes" já deixou de ser um tópico de conversação altruístico, para ser considerada "friamente" como um fator im portante de ordem econômica, ao lado dos que contribuem para melhorar, aumentar e baratear Q "produção".
No fase atual do nosso desenvolvimento in dustrial e movidos pelo nosso índole afetivo, não podemos rios referir, no entanto, à "Prevenção de Acidentes" sem que primeiro nos venho à mente o seu aspecto humanitário. Assim é que, ao re ceber dos meus companheiros rotorianos o in cumbência de trotar aqui da questão de "Preven ção de Acidentes" foram as inspiradas palavras do prelado norte-americano Charlçs E. M/ood.coK, as primeiras que me ocorreram oo pensomento: — "Nada sob os céus do Senhor iustificc me hor o tua criaçõo e a.tua cidadania do que o evangelho — q maior cousa, depois ds trazer ao mundo uma nova vido, é salvar uma vido".
Como nos tocam o coraçõo essas palavras, qiuondo nós, que trabalhemos quotidianamente 00 ado de milhares de homens que deixam os seus lares^e os seus entes queridos ao alvorecer, e onde soo esperados onciosomente no fim de cada dia, após uma jornada de trabalho árduo, cercado de riscos de todo o sorte, manobrando
triaquínos e veículos velozes, lidando com pesa dos materiais ou com fios carregados de eletricidadé!
Poro o Indnjstrial brasileiro deve constituir um lema adequado para sua organização "mondar no fim de coda dia, os seus homens para casa, nas mesmas condições físicas ém que se apresentaram no início da sua jornada".
Os acidentes do trabalho anunciam a sua ocorrência somente pelo tilintor ou pela presen ça da ambulância, que é vista relativamente por poucas pessoas e cujo significância. à porta da fábrica ou do local de trabalho, é apreciada ain da por menor número. As estatísticas, porém, revelam um quadro desolador ao mostrar em conjunto o pesado tributo que o humanidade paga ao traiçoeiro Inimigo do trabalhador — o acidente.
E' natural e humano que a Próticq, o Há bito, o Costume gsrem excessiva confiança e consequentemente a imprudência concorrendo para esquecer as medidas fundamentais de pre caução tco necessárias à segurança de cada um.
. Prevenir acidente nÕo é uma tarefa fácil como muitos pensam e organizar, dentro de um indústria, o combate à falta de atenção ou des cuido, requer bastante estudo, paciência e per sistência.
Para se obter eficiência é preciso ^traba lhar com segurança e trabalhar com segurança é combater a falta de atenção e descuido.
Trabalhar com segurança é desenvolver uma consciência de precaução, é estar resguar dado contra o perigo que se nos apresenta em todos os momentos.
Os trabalhos iniciais de prevenção baseiamse na criação e'desenvolvimento do interesse pelo segurança.
Ésse trabalho inicia! é indispensável paro conservar o empregado sempre vigilante de ma neiro a sg prevenir contro o perigo, podendo ser feito com a distribuição de cartazes, avisos, bo letins e instruções colocados em quadros, ilumi nados se necessário, em todos os locais de traba lho onde terá o empregado oportunidade de sempre ter-suo atenção despertado e se lembrar da necessidade de se precaver contra os perigos de acidentes.
Promover rsuniõfes ç conferências paro di vulgação da pátria e dos princípios de aciden tes. Nestas reuniões provocar debates relacio nados às novas medidas de prevenção baseadas nos dados obtidos na prática. Êsses dados são um resumo da análise e registro, em seus míni mos detalhes, ds todos os acidentes verificados.
Tudo isto requer tempo e trabalho, depen dendo certamente do número de pessoas que ser-
■umd pequena oficina onde trabalham poucos operários, o execução do combate oo acidente torna-se uma tarefa focil, porém, desenvolver uma fiscalização eficiente em uma"grande fábri ca ou em uma organização mais complexa, onde existem diversos grupos de indústrias várias, re quer pessoas mais conhecedoras do assunto poro permanentemente cuidarem da prevenção de acidentes.
Uma comissão central dirigida por um pre sidente e tantos membros quantos forem as secções de'trabalho da emprêsa, tem dado os me lhores resultados.
O presidente seria o orientador e controla dor de todos os trabalhos, enquanto que em, cada secçõo seria nomeado um representante da co missão, na maioria dos casos os chefes de servi ços, os quois seriam os responsáveis no suo sec çõo pelo execução dos instruções do comissão central.
E' dever do presidente e de todos os compo nentes do comissão fazer uma verificação do ambiente do trabalho, especialmente no que ss refere à proteção do maquinaria, distribuição dos cartazes de propaganda preventiva, sugerir medidos paro maior segurança do pessoal, ana lisar'S registrar detalhadamente os acidentes verificodos no seu setor e finalmente orientar o preparo técnico, seleção e especialização do operário.
Todas as informações sÕo remetidas ao Pre sidente da comissão central e esto depois do de vido estudo, deverá resumi-los de modo a que se possa, com facilidade, determinar as causas e vultos dos acidentes, a freqüência de determina dos acidentes, e as perdas sofridas pelos operá rios em horas ou dias de trabalho. Este resumo é remetido com os sugestões do comissão ò od ministraçõo da emprêsa, paro conhecimento e providências de fórmo o evitar o repetição dos acidentes.
A estatística ds todos os ocidentes verifica dos em uma grande emprêsa, em os seus míni mos detalhes, é de maior importância.
A estatística mostra no agrupamento de ocidentes em certos e determinados setores os providências preventivas que a emprêsa ou o em pregador deverá tomar para evitá-los, como tombem os acidentes diretamente relacionados com os condições físicas do operário.
Está suficientemente provado pelo estatís tico dos acidentes que os mesmos sco provocados por causas diversas, e conhecidas os causas po dem elas ser removidas e portanto evitados os ocidentes.
Sco vários e muitas as causas a remover; podem ser devidas o fatores que se prendem di retamente GO homem, podem ser provenientes do msio ambiente, luz, ventilação, ordem no
Prosseguindo nos providências que vêm adotando paro, nssta segunda fase de ouas ativi dades, dor maior desenvolvimento aos seus tra balhos e prestar maior concurso aos seus asso ciados, a diretoria da Associação vem de recons tituir o sua Comissão Técnico que se vê agora integrado de maior número ds elementos, to dos êies familiarizados com a prático do pre venção ds acidentes dentro da respectiva órbi-to de QÇQO que, como se verifica do simples enu meração feito Q seguir, represento sempre fon te de larga prática ou exige amplos conheci mentos do matéria. Três sÕo,membros da dire toria 6 cinco pertencem a grandes companhias.
Dr. Décio Parreiras Diretor — (Diretor do Divisão de^Higisne e Segurança do Ministério do Trabalho)
Gilbert W. Hearn (Diretor de Serviços Sociais do Com panhia de Carris Luz e Força do Rio de Janeiro Ltda. e Companhias Asso ciados)
L. Macieira (Secretário do Comissão de Segurança do Fábrica Mozdo da General Eletric S. A. )
J. S- A. Pinheiro (Secretário Gero! do Comissão Cen tral poro Prevenção de Acidentes, do Companhia Auxiliar de Empresas Elé tricos Brosileiros)
K. A P. Thomas. Tesoureiro — (Vice Presidente e Gsrente do Com|panhia Nocional de Cimento Portlond)
Odilon de Beauclaír
2'° Tesoureiro — (Sub-Gerente do Companhia Sul-América Terrestres, Marítimos e Acidentes)
Rey Alvarez (Assistente Especial paro Estudos Eco nômicos, da The Leopoldina RoÜway Comp. Ltd)
Washington Pinto (Chefe do Serviço Médico do Cia. Na cional de Cimento Portlond.)
Registramos com grande contentamento o repercussão que a prevenção de ocidentes vai tendo nos Rotary Clubes.
De fato, o do Rio de Janeiro não só dedi cou ao assunto uma de suas reuniões semanais, quando foi proferido palestro que estampámos {n.° 7) como criou uma sub-comissõo, especi almente dedicada ao assunto, a qual vem tra balhando ativamente. Já nos deu a honra de uma visita à nossa secretaria e apresentou ò re cente assembléia que o clube realizou, suges tões altamente honrosas para esta Associação e de grande alcance prático, aprovados como fo ram sem restrições.
Estampamos neste número nova palestra, esto lida perante o Rotary Clube do Recife e sa bemos que outros clubes também estão se inte ressando pelo assunto havendo igualmente pro gramado reuniões em que êle será ventilado.
Não nos surpreendem essas manifestações dedos os elevados objetivos que norteiam as ati vidades dessas organizações e o espírito prático e avançado de seus componentes.
Temos o sotisfaçoo da presença entre nós do Senhor P. K. StÜes, gerente do Inter-Americon Safety Council, que oro nos visito, depois de longo viagem através das repúblicos americanas, levando os diversas instituições de prevençco de ocidentes, já em trabalho profícuo, o concurso de sua grande experiência.
Coincidindo esso visita com o início do se gundo etapa da vida na Associação, multo te remos a lucrar com os ensinohientos que nos pro porcionará, como também muito nos estlmuloti o oprecioção favorável feito por esse cornpetente técnico a respeito do que até agora realizamos e do preparo que já poss-uimos para o empreendi mento de amplos trabalhos em beneficio de em pregados 6 patrões, exigência natural imposto pelo nosso crescente progresso mdustnaK
Prevenção de Acidentes — Outubro
1 Desabamento da arquibancada do campo do São Cristóvão.
Disputava-se 'um jogo importante do cam peonato de foot-ball da cidade do Rio de Janei ro. Flamengo X S. Crlstovco. Estava em início a peleja: .° tempo/ 1,8.° min-uto de jogo. O in teresse psia-pugna levara ao campo excesso de lotação,. De V^epente, ouviu-se grande ruído e viu-se virem abaixo centenas d.e pessoas, em conseqüência de desabamento de arquibancadas de- madeira.
Como sempre acontece, estobeleceu-se cer to pânico. Depois as vítimas foram removidas por populares, por soldados, por bombeiros, .pela Assistência Pública. 224 pessoas forâ"m medi cadas por esta última, segundo noticiaram os jornois. Felizmente, a grande maioria dos fe rimentos foi leve. Apenos qiuatro foram inter nados no Hospital do Pronto Socorro, por apre sentarem ferimentos mais graves. Não houve caso algum fatal a lamentar. Mais uma vês ò sorte agiu favoravelmente.
Nos Estados Unidos, aconteceu há pouco, conforrne deve estor na memória de todos, la mentável incêndio em um "night-club". Caso semelhante ao relatado acima sob dois aspec tos: 1.°) tratava-se de uma casa de diversões; 2.°) também lá, como aconteceu aqui, verifi cou-se, depois do ocidente haver ocorrido, como
(Continuação da ijág. 4) trabalho, má disposição ou falta de proteção das partes perigosas da maquinária.
Todas estas causas são claramente demons-' tradas pèla análise de cada acidente, o qual de ve ser registrado de um modo mais eficiente e completo possível, com as circunstâncias em que se verificou.
Desenvolvsndo-se este programa, adotando-se as medidas de correção do meio ambiente, protegendo as partes perigosas da maquinária, educando o trabalhador a se precaver contra o perigo, consegus-se atenuar os acidentes no trabalho.
Com a intensificação da produção Indus trial nos Estados Unidos, o número de fatalida des, de mutilados s de incapacitados causados pelos acidentes de trabalho, excede de muitas vezes as baixas nas frentes de batalha, como o provam os fatos abaixo.
Desde Pearl Harbour, 1 1 .800 operários da
Prevenção de Acidentes — Otubro de 1943
as condições locais indicavam claramente 05. pe rigos o que estavam expostos os espectadores. Diferem, porém, essencialmente nas conseqüên cias, dado-o número elevado de mortes verifi cado no incêndio do "Cocoanut Grove", de Bos ton e a ausência de casos fatais no que se verifi.cofu no Campo do S. Cristóvão.
Tivemos mais sorte.
2 — Queda do andaime.
Trabalhavam três operários na constrcçõo de um prédio, nesta capital . Estavam juntos ern um ohdâime na altura do sétimo andar. Ruiu-se o andâime e cairam ao sólo.
Até aqui juntos, separaram-se. O primei ro faleceu no local .- O .s.eç['undo sofreu, além da outros ferimentos, grave fratuTõ dã bacia, vin do a falecer quatro dias após. O terceiro sofreu apenas escorioções e nem foi hospitalizado.
acidentes no sentido de preservar o potencial humano da nação contra os alarmamantes efei tos dos acidentes de trabalho e retardamento da suo produção de guerra, tão necessária à vitória.
Entre nós, as estatísticas do Ministério, do Trabalho e das Companhias de Seguro revsiqm tombem cifras contristadoras, das quais resulta ram as recentes medidas governamentais, visan do proteger o nosso operariado contra os azares dos ocidentes de trabalho.
A origem do movimento em torno da segu rança no trabalho e da prevenção de acidentes pode ser considerada como datando de 1867, na Aisacia Lorena, donde o idéia começou a se di fundir rapidamente pelos poises mais progrsssis- fas do Europa. Nos Estados Unidos, onde o mo vimento em torno do prevenção de acidentes do ^'"abolho tomou notável desenvolvimento, devido principalmente a sua supremacia industrial, pode o,mesmo ser considerado como tendo tido •picio ha uns trinta e poucos anos, quando foram'"" f-retadüs os primeiras leis de compensação pelos acidentes de trabalho.
^ontudo o primeiro esforço decisivo no Sentido de evitar acidentes do trabalho foi feito larga escala pelo Unitsd States SteeI Corpo- ^°tion dos Estados Unidos, em 1907, Em 1910 fe norte-americanos de estradas da sIh''° o lema: — "Safety the First Con se como um preceito de "operação", no deri^g ""^buzir a suo olormante taxo de aci-
de dotar o pois de uma instituição inspirado pelg magnífica obra do "National Safety Council" e do "Inter-Americdn Safety Council", criando o "Associação Brasileiro poro Prevenção de Aci dentes", da qual se ochòm à frente quatro rotarionos, nomes de projeção no indústria e nos meios financeiros do país.
E' com reol SGtisfaçõo que vejo o organi zação o que pertenço filiado o "Asscciaçâo Bra sileiro para Prevenção ds Acidentes" figurando na vanguarda dessa benemérita cruzado, que já pode apresentar animadores resultados no cam po de "prevenção de acidentes".
Resumindo o qus ocimo expus, verifica se que o sucesso no .prevênçõo de acidentes, depen de do cooperoçQo de todos; é do interesse tonto do empregado como do empregador. Para o em pregado evitando o redução do seu salário en quanto afastado do serviço e em trotomento o cargo do" Companhia Seguradora, ou mesmo o prejuízo causado por um acidente com conse qüências de natureza permanente; poro o em pregador, os prejüizos v^ultosos causados ò orga nização, pelo perda do operário especializodo e de alto rendimento que na maioria das vezes é substituído por outro com menor produção e qualidade do produto; alem disso, redução dos riscos e .conseç.uentemente menores prêmios de seguro, e muitos outras despesos difíceis de seriSbolh^"' ° acidentes de nhiofsegJraXoT"
Tombem, aqui neste caso, como as veses acontece, a sorte ajudou. Mas, hõo poude aju dar a todos. Nõo confiemos muito nela. Lembremo-nós sempre de que há mais bilhetes de loteria brancos do que premiados.
indústria bélica foram feridos ou' mortos diaria mente em trabalho ou à caminho do mesmo.
Desde Pearl Harbour, cerca de 60.000 operários perderam o vida.
Desde Pearl Harbour, 50'0.000.000 de Homens-Dias de trabalho produtivo foram per didos em conseqüência de acidentes.
Desde Pearl Harbour, os acidentes custa ram ò República Norte Americana quatro e meio bilhões de dolúres.
Os ocidentes de trabalho, nÕo fatais, no' ano de 1942, nos Estados Unidos, conforme rela tório do Safety Concil, causaram prejuizos aO esforço de guerra, equivalente à paralizaçõo completa dos construções navais e aeronáuticos do país durante 54 dias. Esta notícia foi dado pelo Power Espscialist do mês de Março de 1943.
Respondendo o tõo ousado desafio, orga nizações industriais norte americanas, sob a inspiração do próprio Presidente Roosevelt, lan çaram uma intensa campanha de prevenção de
inH' 00 grande número de fatalidades na Pátria siderúrgica dos Estados Unidos, um -' iM iiaerurgica cios csraaos uruuuo, «.-m de engenheiros o ela ligadcs, promoveram m.ij '-^Pferêncla em Milwankee 'Sm 191 1,segunda em 1912, à qual muitos P esentantes Hp mitm^ indústrias se o P-^esentes.
çe intes de outras indústrias se achavam
Como resultado dessas conferências surgiu nâQ^^ionol Safsty Councll", uma organização que que se desenvolve rapidamente e hoje, como membros todos cs orgoni industriais dos Estados Unidos, às quais Se prestando um inestimável serviço, Perfe?.*^® asisstência técnica e por meio do mais Pqqq'l? ^ completo material educativo e de pro'sUe se pode desejar. r- t j. r Upri!" o inspiração do "National Safet V P dos - ',..°''ganlzou-se tombem nos Estodos^^^nj
em do\° "Inter-American Safety Council", propon^ pQç Q levar às repúblicas latino-am ric cehiS^ heneficios que os Estados Unidos OlhH ^ "National Safety Council ^ Estreitar os relações de "bôa vizm o de tão benemérita cruzada,. Em b oportunissimo ocasião um grujpo de "PsilPiros progressistas, tomou o si tarefo
Todo e qualquer ocidente, por menor Qua ^P^ojolmente aquele em que a pele hoia sofrido lesões necessito de assistência méLc '
Hndns ♦om provado que ferimentos' na?ccmTod ori-onhões, podem infeccio- com todos as suas perigosas conseqüências. Noo devemos es-uscer que o operório esto sempre com cs mãos e os braços sujos de ó I? e outros ingredientes, mesmo devido à n^t? e eo de seu trabalho. Por menor que s-ia urn fe nmento, deve se oplicor o curativo dVememê?"cio e enviar o acidentado ao médico nos et°c' ® m nf
c „ anibulatorio próprio. rnr mod" Porém, SÓ 36 deve apliperdo dé^t^nn^^ ®rnergência e obter sem Pronto Wnr ^ serviço do médico, seja do quradora n da Companhia Se gurado o, ou do ambulatório da empreso. tratGmento^^'^°''° complicações resultantes do
Prevenção de Acidentes — Outubro de
ASSOCIAÇAO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DÈ ACIDENTES
EDIFÍCIO MAYAPAN — Sala 1118
Av. Almiranfe Barroso^ 91
NOVEMBRO DE 1943 ANO I — No. n
Caixa Postal 2916
RIO DE JANEIRO
VALENTIM F; BOUÇAS
Presidente
J. M. FERNANRES
I"® Vice-presidente
J. G- de ARAGÃO
2.® , Vice-presidente
ALCIDES LINS
1.® Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.° Secretário
K. Ap-THOMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAÍR
2.® Tesoureiro
^NTONIO PRADO JUNIÒR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo.
Palavros de P. K. STILES, Gerente do Inter Americon SofetY Councíl, peronte os médicos militores de reserva, no curso de especíolizaçõo <fe medicino de guerra, dirigido pelo Dr. Décio Parreiras, Diretor d-a Divisão de Higiene e Seguronço do Trobolho.
E' para mim muito cara esta oportunida de proporcionada pelo ilustre Diretor da Divi são dg Higiene e Seguranço do Trabalho Dr Décio Parreiras, para falar-vos sôbre assunto Qug tem constituído minha grande preocupaÇco nos últimos 20 anos.
Aumenta minha satisfação o fato de m -.rigir o tÕo seleto auditórlD e fazê-lo em um país onde as -questões de assistência social têm sido dcs maiores preocupações governamentais.
Aproxima-se novo cno. Trabalho preparatório e geral foi feito neste, prestes a terminar. Nosso Boletim, nossos cortozes e nossos circulores, versaram assuntos gerais e bósicos,,relativos à prevenção de ocidentes. Tratando de despertar o espirito de seguranço, procurámos focalizar como os acidentes ocorrem e porque se verificam; combatemos a idéia fotolista; demos con-' seíhos gerais e particularizados sôbre meios e métodos dg ptevenir ocorrências.
Vamos agora entrar em fase nova, mais objetiva.. Já não mais precisamos convencer aos dirigentes da necessidade de, combater os acidentes, nem dos frutos que sua prevenção asse gura. bereficiando operários patrões, indistintomente. Não mais precisaremos dizer que se pode eyitor o psrda de um dedo ou dc um hrcço e que o fazendo não apenas praticamos óbrc humanitária, pois também defendemos um orgão de produção. E' como S2 evitássemos qcie uma máquina fosse inutilizada.
Podemos pois ser mais metádicos e objetivos Vamos por isso conduzir nossos esforços segundo programo traçado. Duran te cada mês cuidaremos esoeciaimente de um determinado as sunto.
No mês de Janeiro, por exemplo, trotaremos de proteger os olhos. Falaremos dos acidentes afetando o visão. Todos, preo cupados com êste mesmo assunto, podemos ouxilkir-nos mutua mente difundindo através de comunicações ò Associação, que os poderá divulgar, conselhos, sugestões, -etc., etc.
Em cada um dos meses subsequentes haverá um outro as sunto a concentrar atenções e -esforços.
Estamos certos de que decorridos doze mêses, ao fim de 1 944, muito terá decrescido a incidência de ocidentes pòrque os aspé tos dc prevenção, que onalizoremos, são tão gerais que se èncontram em todos ou quase todos os locais de trabalho,' predomi nando alguns aqui outros ali.
Evidentemente nõo nos cingi-remos oos assuntos principais. Simultâneomente cuidaremos de cutros e especialmente daqueles que nos forem solicitados, procurando sempre dar aos nossos as sociados os -conselhos mais úteis e completos.
Minha curta permanência nesta cidade já me permitiu verificar que está decidido o com bate Qo acidente, combate tão mais necessário 6 louvável qrjondo todos lutemos pela Vitorio e necessitomos poupar forças e concentrar ener9ÍQs em benefício do causa comum. E justo portanto que, nÕo podendo cruzar os braços ante Os infortúnios do trabalho, que ocasionam a perda de tantas vides e de tanta energia, in tensifiquemos na hora pressnte os trobalhos de prevenção de acidentes, como porte integrante ^o combate o tcdos os obstáculos ao esforço de Querra.
A título elucidativo lembngmos que nos Estados Unidos, segundo os estatísticas, as perde horas de trabalho no ano passado, em conseqüência de ocidentes, eqüivalerem a para ^"'Zqçqo de toda a indústria de construção_de ^^'ões durante 54 dias. Perguntamos entqo; 9ue números ostronômicos atingiria^ essa per a o prevenção de acidentes, lá tão desenvolcom magníficos resultados como est-s qua_^ exemplifica (1), e atualmente int-ensificado.
Nos últimos 30 anos foram gastos cerca 'NUS UlTimOS D\j • M
cinqüenta milhões de dólares em trabalhos educação e propagando de seguranço, sal-1 * I. CP nvn in educação e propagando ae ^ando-se nesse período, ssgundo se avalio, pO.OOO vidas humanos que os acidentes socri^'CQriam inutilmente e compensando, assim, os esforços e os despesas feitos.
E o que de melhor se verifico e acarreta ° aumento diá(\io dos industrieis eisclorectdos Cjue se inscrevem entre aqueles que com o em ° acidente, é o acréscimo simultanso da pro- duçco e seu barateamento, evidenciando, pois^, Q prevenção de ocidentes par ® egron
dos processos de produção, beneficiando tornbém aos patrões e lhes assegurando melhores resultados como é fácil de se compreender.
Além disso, a prevenção de acidentes é simples 8 geral. Planos detalhados podem ser orgonizados e sõo preparados paro consegui'êsse objetivo mos, abstração feita da finalida de e característicos de cada indústria, bem como de seu vulto, todos êsses planos podem, re sumir-se em alguns pouoos priFncípios funda mentais e □ pequenos despesas. E' preciso que q prevenção de acidentes se incorpore às gran des fábricas, às indústrias de paz como os de guerra.
Mgo vou per-menorizcr o que se aplica o estas últimas, tão difícil seria distingui-las no momerito atual quando todas elas trabalham corn o mesma finalidade de apressar o térmi no do GtuoJ conflito. Generalizarei portanto.
E necessário que os dirigentes, tenham o prevenção de acidentes como cousa importan te e a apoiem com entusiasmo, que os chefes de serviço e principalmente os feitores lhe deem toda Q cooperação e consigam poro elo a adesco dos operários, porque sem que estes tenham sempre em mente os princípios e os práticos de segurança, o movimento não terá os resultados olmsjQdos. Alguém deve ser designado pora representar o gerente da fábrica na direção dos trabalhos de segurança. A organização de uma
me^rvel —
nnnli° segurança deve, sem demora, onalizar os ocidentes ocorridos nos últimos anos um deles ocorreu.
perseveronço e coQ delkodI° T dodo Q delicadeza de suo missõo, pois êle é o olmo da componho.
P°berá indicor os perigos o serem eliminados e iniciar o trobolho de educoçQo dos operários. Seu exemplo é precioso.
(conclue na pog. 6'
Nos clichês ique ilustram estos notas, re produzimos o número de "Farol de Segurança", comemorativo de seu oitavo aniversário. Nqo precisemos opres-entó-lo aos nossos leitores porque tais clichês desempenham o popel de cartão de visita e mostram o qus é êsse interessante boletim interno da Companhia Na-
riza se com as dores dos componheiros de tra balho. Contribua poro a alegria de todos com seu onedotório devêros interessante e variado. Traduz o espírito de solidariedade e cordialida de existente nesso orgonizaçõo, entre dirigen tes >e dirigidos, entre patrões e operários. Nosso intúito, GO fozer esto noto, vai além
SASt K uma COrSA? i^fRiDO Mntcc-ine auc oS EStr.oa «•os eSTAUAM 'w(((RMr(» .IcM- ,1c
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exa fHMOX
0 sijpuvmwtrt
u tcmenmim •VÃ MgKO
UH DESCUIDADO POOS DAR TRADALHO A' MUITA eintt a H MeSMO
cionol de Cimento Portlond, distribuído gratui tamente aos seus empregados. ^
Trctc-se, pode-se dizer, de seu orgoo ofi-
Instrue-os no prático do prevenção ocidentes e mostro-lhes, maseus esforços vão sendo coroados gnífico.
Jq lar e solida-
Participa do alegrias de coao
I. U II Múrkn K. S|j,„ lu hUson Y. dp Aityc^.. £$pârtes r,>nna» do
G«nte Nova
•AUrado c K. vkio* r. y Ci,, ft -p Püt..( (ipseriAliif •lur.iuip 1943. e«n <pp Pus 2 - Art. h.. t.ik" do ndP0 ^«rr» rsf. L'ufincii<>» M ^
h dc lut«bo| lio II i>rai <lu H (jL>«iaiH«li!>.i fii/AjinJkUa prOau O, WmUu furnu H, 9 Ic i. u ^rgH |r>| U«V1l>ltf dlVPnUl fxirlu* iftdP de rr>«k«ãli.r,. O ^1 A^pT^orisa*. Im crs«l Kppt>
r». d. r.í.-|.,p|„ (■
IlA Arhktklpa. uv d(|MPjlos r«.
UiT ikin |«w.tí)o, |.ir ru,Tie qup *p IUpuc ijiip r p.iao%i>r.i le-
ArUwaiu Ak«i. r. DsAs }iP9Wlll n 4"« TTÍn H — t.^lkf, Uha rt 0^4(0 dn «r li. Ikl Oepoiitpsdo Pfala Formosa e Triagem ANEDOTAS do t. Ao>:>. dl t Numa Agencia de automóveis Um UAnAcrq A Ilibo (Ip d IVnarir A l iCKuoda QiAu, vi«p lu licT 14 - Udri^. lOha do de SviHH «o UurlA K, O vcmleJLk' •* !▼•<< iu>ikb«*o l>iq 1S - l(ai.y. MS.i d quim P. rb.iga q il Atlt <le %
C*-1li«^op oo.iA.iT Oi'inkPto lie akmIpom |-«.»|vc(, oa |A.i>i.*iii 'i-i'. o lUpiio', H..|P. Mknai.:io do |HA>iii,| qn« 1r« ( miimrwlMra l)i •!«►» muniiin lO. dr ip-rr* MiMihH. PIO 1'tnarfa Cpt.nn Poír.iimn ei» ZA dc ««m» de >9 1.' ijp Frveeebo dp 1840 üli.^ qopi liiípr qiip pss« QOSk nk^iHo ikOio Ih.Ao de mesue e cmw i,oe Bçf, »•-' llodi ^rijulr ««pi.ijil.i ilrka .i.Síivk
Recurso hábil iHâ ?0 Ernnoulo. Iiiho do voí.i Na - i^kfr nW do len AnuRupA. Cli.if r de Oliveúft d. Aliiipriodri 8 ^ur Com .ibuiAile «iiu ririii>p»n> molhfr Klf - 1.11 ctioiioeeod.. I.etn V.lp - ro!". ter diia> kuyta»
dos congratulações que dirigimos ao "Farol de Segurança", seus dirigentes, animadores e cola boradores
Desejamos tombém, e principalmente, pro porcionar COS nossos leitores o conhecimento dêsse interessante boletim, já no nono ono de existência, porque é inestimável o benefício que publicações dêsse genero prestam à prevenção de ocidentes
Prevenção de Acidentes — Novemfcro de 1943
Éles podem fazer mais do que nenhuma outra pessoa pelo sucesso do prevençõo de acidentes.
A colocação dos protetores s o uso da pro.teçõo individual, aliás prescritos por lei, é tam bém das primeiras providências a adotar. E' verdade pus nao bastam os protetores. Se os operários nco estiverem educados no^ prevenção de ocidentes, continuarão a ocorrer os desastres, sacrificando vidos e causando sofrimentos não só às vítimas como aos seus porsntes e amigos.
E' necessário portanto que os operários te nham desde logo ocasião de instruir-se. Devem realizar-se reuniões periódicas^ para que êl-es também apresentem, sugestões e, qssim, mais se interessem pelo assunto. Essas reuniões sõo mais úteis quando feitas dentro de deportomentos. E as competições entre eles, com espí rito esportivo, visando cada qual fazer o melhor, produzem magníficos resultados.
Os cartazes, os cuadros de aviso, a reconstituíçGO de acidentes, muito ajudam a manter e desenvolver o espírito de segurança.
f\ibiicações especiais, filmes, palestras, ca lendários, envelopes de pagamento são tam bém recomendáveis e levam o espírito de segu rança ao lar, Estes últimos sõo muito eficientes porque no dia de pagamento naturalmente me lhor é a receptividade do operário.
Como disse, portanto, e accbo de recor dar, são simples vOS recursos de que necessita mos para obter os desejados resultados. E o melhor é que a prevenção de acidentes, longe de constituir ônus, acarreta aumento de eficiêncio e por isso da produção, produção que é hoje mais necessária do que nunca.
Nco nos esqueçamos de que um homem na tr.ente ds batalha necessita 8 na retaguarda o produzir-para ele. Todos os esforços que fi zermos paro manter cada homem lutando, apressarão a Vitória. ★
Foi gronds a minho satisfoçõo op constator como o instItuiçâo qUe ojúdei o fundar' a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA PREVEN ÇÃO DE ACIDENTES — contando com o deci dido apoio do Governo e por ele prestigiada, está se fazendo merecedora de nossa admiração e estima pelo que já vai realizando e realizará em fu^Jrc próximo, devido aos seus propósitos, à elevada compreensão dos que a dirigem e notodamente ao prestígio e opôio governamen tais, jó referidos.
AAuito terá de fazer, certamente, porque a prevenção de acidentes é tarefa poro muitos, se não o fôr paro todos, cada qual realizando em seu Setor todo o possível paro' combater êsse mal.
Prevenção de Acidentes — Noven^bro de J943
Estampamos em nosso capa externa um clichê que certomsnte vai interessar muito aos nossos leitores.
Trata-se da primeira folho de nossa folhi nha de segurança, que é relativa ao mês de Jqneiro.
Em cada uma das folhas subsequentes ha estompas diferentes, versando matéria de pre venção de acidentes e tendo em vista um deter minado perigo ou umo causo de acidente. Natu ralmente, os motivos iscolhidos (olhos, quedos, corregamento de pesos, incêndio, i lmpeso,ordem, etc., etc. ..) sõo elementares e por Isso mesmo traduzem causas mais frequsntes dos infortú nios do trabalho.
Além disso o folhinho consubstancio o pro grama de atividades do Associoçco no próximo ano, porque em coda mês s-rõo concentrados es forços e atenções em torno do assunto focalizado na folhinha, servindo de tema principal dos tra bolhos do Associação, nêsse mês.
Impressa em verde e preto e com ilustrações bem escolhidas, essa folhinha prestará cuxílio precioso o todos, levando ÒOS""lares operários e aos escritórios o interesse diário pelo prevenção de acidentes, conquistando novos adeptos e au mentando entusiasmos.
Alguns milhares já foram encomendados por associados nossos, podendo ainda a Associa ção oumentor o tirògem para atender a pedidos que lhe forem feitos sem demora, estampando nas folhinhas o nome do associado ofertante ê cedendo-as por preço módico, jó que não ali mento objetivos de lucro.
Elo poderá prestar, como jó vai prestando os relevantes serviços de sua especialidade, cor respondendo, Gssim, com o sua crescente coope ração, ò confiança «q-je nela depoita o vosso govêrno.
Estou csrto de que em poucos onos será poro o Brasil o que significo para os Estados Unidos o "NATIONAL SAFETY COUNCIL".
Poderão fazer parle da Associação Brasileira j.ara Prevenção de Aci- T^nirrinais as associações com fins sociaJ.s. as envpresas SmüTstrSs°TTS?des' coniierciais, e, em geral, as pessoas juridicas e nalu::;í:1:imd;^^la direlona. (Artigo 8" dos Bstd.u.os).
Dividem-se os sócios nas segointes cotegorias:
a) individuais
b) industriais
c) comerciais
d) cooperodores
30 de Junho de 19 '9 ' -foçom donotivos de ^os contribuições mínimos de, segundo a respectiv
Os sócios têm o direito de participar da odministraçõo da Associação, recsber público-" ções, informações, conselhos e orientação de que necessitarem para o prevenção de ocidentes, as sim como consultar, na oua séde, revistas, livros, documentos e estatísticos.
E' dever de cada sócio cooperar com o Assocíqçõo para a difusão dos métodos de preven ção de acidentes e pagar as contribuições fixo das pelo Conselho de Administração, segundo o respectivo categoria e número de emprega dos (categorias b e c), do quol depsnde o v»ulto dos serviços que o Associação lhe presta. O pagamento das anuidades pode ser efetuado de umo vez ou em parceles, semestrais ou trimes trais.
^Damos a seguir os contribuições trimes trais em vigôr:
Eu vos ogradsço, meus senhores, a atenção com que nie ouvístes 6 VOS apresento os meus votos pelo crescente progresso de vosso grande pois.
:Geralmente obed&cem à seqüência obaixo)
Direção do Gerência — O gerente deve fazer o possível pelo suces so da prevenção de acidentes, interessondo-se pessoalmente e dando todo o prestígio à componho qus lhe compete dirigir
ACIDENTES
EDiriClOlMAYAPAN — Sala 1119
Av. Almirante Barroso, 91
DEZEMBRO DE 1943 ANO I — No. 12
2 Cooperação dos Chefes de Serviço — Os chefes de serviço devem fazer com que as práticos de segurança se integrem no processo da produção.
Inspetor de Seguronço — Alguém deve ser designado poro repre sentar a gerente no direção dos trabalhos de segurança. Será o Inspetor ou o Comissão de Segurança.
Caixa Postal 2916 RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS
Presidente
J. M. FERNANDES
!-° Vice-Presidente
J. G. de ARAGÂO
2.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1 Secreíório
DULCIDIO A. PEREIRA
2° Secretário
K. Ap-THOMAS
].® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.° Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PAR_REIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec.- Executivo.
Com êste número, completa "Prevenção de Acidentes" seu primeiro ano de existência..
Caberia bem fozsr agora um balanço.de nossos ativldodss. Limitamo-nos a inserir o índice da" matériá publicada nésses pri-meiros doze números. Não fazemos, nós mesmos, a qprecioçõo dessa matéria. Deixemos que o,leitor o foça.. , , - ,
Como sempre, encarecemos o crítica construtiva. Apre ciaremos imensa todo e quobiuer comentário que nos isnviarem e antecipamos agradecimentos pelas sugestões qus nos chego' PSm às mõos.
Além disso, esperamos que nossos leitores'nos enviem no tícias ligadas òs suas atividades e que se relacionem com nosso finalidade.
Aos nossos votos sinceros de Feliz Natal e Próspero Ano, Novo, que enviamos o todos, acrescentamos o desejo de que maior seja o número de nossos associados e empregados seus c atravessar o ano de 1944 sem pogor tributo ao acidente.
4 Análise dos registros de ocidejite — O inspetor de segurança deve, sem demora, analizar os registros dos acidentes ocorridos nos 2 últi mos anos poro, si~possíveÍ, sober o como, quondo, onde e porque de codo um.
5 Reuniões dos chefes de oiperação — Chefes, feitores, etc., devem ser convocados poro uma reunião geral presidida pelo gerente ou superintendente geral.
6 7 8
Inspeções — Depois dessa reunião, coda feitor deve fazer êxome completo de seu departamento, paro relacionar os.pontos perigosos.
Colocação de protetores — A colocação dos protetores deve iniciarse, o seguir, partindo dos maiores perigos.»
Serviço de Pronto Socorro — Se não existir deve ser instalado. E' muito útil à campanha. Ois enfermeiros podem ajudar o trabalhe de prívençâo, além d® socorrerem os feridos.
Q Reunião Geral — Deve realizar-se, em seguido,, uma reunião geral do pessoal, paro que os operárics tenham conhecimento do pleno de prevenção de ocidentes a odotor e do pQ'rte icjue lhes toca.
O Serviço Educativo — Um programo deve ser organizado, para criar manter e aumentar o interesse ds feitores e operários, pelos práti cos da segurança (cartazes, boletins, avisos, competições pales tras, filmes, etc. )
Revisão de Maquinas — Dsve-se estudar modificações de mánui- oe maquinou — i-^-vc :>c c:>iuuur moaiTicaçoes de márui nas, equipamentos e processos, visando eliminar os perigos de aci dentes e, simultoneomehte, au mentor-lhes a eficiência, em benefício do produção.
Produção eficiente e seguro — satisfação de operários e patrões. Vidos salvas. Sofrimentos poupados. Lucros ournentodos poro o« indus triais e para os seguradoras.
A visõo é, sem dúvida, ò sentido mais pre cioso. Sem ela não se pôde desfrutar das ale grias do lar, da trabalho e das diversões. Re presenta valor inestimável E' a vida, Cegueiro é isolamento.
Tudo, portanto, quanto for feito para evi tar novas vítimas da cegueira, é obra benemé rita, para a qual nõo se deve poupar esforços nem sacrifícios.
Ora, inúmeros soo os homens, mulheres e crianças q»ue anualmente perdem o visÕo, devi do a causas diversas, destacando-se dentre elas os acidentes, quer se verifiquem no trabalho, na rua, ou mesmo em casa
Em números anteriores deste Boletim, já ncs temos preocupado com os ocorridos no tra balho.
No de agosto (n.° 8) esquemotizámos suas causas, mostrando que 98%,delas sõo evitáveis.
Sabemos que os perigos de acidentes afe tando a visão se apresentam em um sem nú mero de atividades, como:
A' fis. 4 de nosso último número, reproduzimos com o título "Resultodo do prevenção de oridentes em perío dos de dois onos", quadro anexo o palestra feita por P. K. Stlles no curso de especialização de medicino de guerra.
Escapou-nos, no revisão final, um erro de impressão que apressamos em corrigir, porque, ao , contrário do que de ordinário ocontece, pode trozer confusões. Citondo exem plos brasileiros, lê-se no quadro "Número de ocidentes sem perda de tempo;", quondo devia estar escrito "Número de ocidentes eom perdo de tempo:"
2) 3) 4) 5) 6) 7)
trabalhos mecânicos ou de solda; trabalhos de pinturas; trabalhos com substâncias '.químicas; monipuiacôo de materiais; trabalhos em madeira; condução de veículos; traboíhos diversos de limpesa, etc.
Só há um meio simples de os evitar. Con siste em üsor óculos de segurança adequados o coda espécie de trobalho.
A eliminação total dessa espécie de aciden tes é, pois, bastante simpks: basta que cada ope rário use óculos apropriados ao trobalho que executar.
No Boletim de março (n.° 3) trotámos des ses óculos, indicando os condições que os dife rentes tipos dsvem satisfazer, tendo em vista coda espécie de perigo o lenfrentar.
lizor os acidentes que se verificarem, descobrin do suas causas poro que sejam removidas. De todo esse esforço, dirigido' contra umin determinada classe de acidentes, resuitorco, cer tamente, observações interessantes que poderão beneficiar o outrem. Com prozer-divulgoremos as que nos forem transmitidas. Decorrido o mês teremos, com certeza, sal vo muitas vistas. Nco sabemos quantas; isso, porém, nõo importa — o foto é que teremos evitado muitos trevos, muito tristtesa, muito so frimento, muito desgraço, que o vido diário acarreto como se vê dos exemplos seguintes:
.quando ontem trobolhovo no lapidaçõo de diamantes. , teve o visto di reita atingida por peqirsna quantidade de pó.
O operário recebeu curativos médicos, 0(5 um oculisto, deixando o serviço -logo após.
('Tribuno de Petrópolis" — Petrópolis)
Muitas vi=zes uma ligeira irritação do oiiho, à qual não damos o menor importância, pode ocasionar suo perda. Um cisco ou peqíuena par tícula, que lhe coio, não deve ser removido com o lenço ou o mão sujo de graxa ou oleo.
Dedicando o mês de Janeiro aos acidentes que afetam a visão, é nosso intuito concentrar atenções e esforços no sentido de serem evita dos. ' i
A tarefa compete,porém, aos nossos leito res e associados, (colocando protetores, afastan do condições , perigosas, aconselhando aos segs operários, esclorecendo-os sòbre os perigoá a que se expõem e fozendo-os usar óculos de segu rança .
Além disso, terõo ocasiõo de melhor ano-
O Dr. medicou no Assistência Pú blica, às 14,25 horas de ontem, o operário ... acidentado quando trabalhava, sofren.ido ferimentos em umq visto, produzidos por arome.
("Diário de Notícias" — Porto Alegrei
casos atendidos ontem no Assis tência Pública:
— O ferroviário. com 39 anos de idade. acidentado com esmeril em am bos as vistos. . ,
("Diário de Notícias" — Porto Alegre)
O corro da Assistência foi chamado, ontem às 9 horas... com o fim de aten der ao... cearense, casado, de 40 anos de idade que extrovossou o ôlho com uma pon to de ferro.
("O Estado" Fortaleza)
Quando ontem o operário... traba lhava no fábrica... foi atingido pelo olovonca de uma máquina, sofrendo vazO; mento traumático do ôlho esquerdo.
A vítima do acidente, foi removida em ambulância do Pronto Socorro paro o Hos pital de Santo Cnuz ,onde está internado.
("O Fluminense' Niterói
O operário. . . empregado no pedrei ra. .. no dia 7 do corrente, às 16 horas, recebeu um ferimento na visto, motivado por estilhaços de rocha.
("O Dia" ^ Curitiba)
O gesto heróico dé um operário boiono
BAÍA, 15 (Agência Vitória) — Dois fa tos estão a merecer especial registo: O espírito humanitário e decidido de urrr modesto operá rio e o sentimento de justiça de uma entidade, reconhecendo-o e, de púWico, proclamando-o, além de recompensá-lo por êsse gesto nobre, proporcionando assim ò sua e à modéstia de sua digna família, um pouco mais de conforto ma terial. Êsses dois fatos resumem-se neste tão singelo quanto expressivo relato, dignoV de que bs imitem oquéles que se ^"rem em tais cir cunstâncias, porque o vida vale também ijpor exemplos dêsse quilate moral, na sua mais bela e alta- significação altruística: há dias os jor nais hoticiafam a iminência de um grande de sastre de bonde, na Ladsira do Fahrício, no ramal de Brotas. Em resumo, o fato passou-se do modo seguinte: — o motorneiro do bonde n.° 179, opôs haver feito, precipitpdaménte, lUma monobra infeliz, abandonou o seu posto, expondo os passageiros a um desastre, que po deria ser fatql. Quando duos senhoras já se haviam atirado fora do carro ferindo se, e pânico começava a dominar todos os passagei ros, colmamente o operário Sr. João Batista de Jesus ,do Departamento de Telefones da Cia. Energia Elétrica da Baía, subiu à boléa do bon de e, com risco da própria vida, improvisado de mctorneiro, conseguiu freiar com segurança, o
elétrico, merecendo o seu gesto de puro humanitarismo, os mais expressivos aplausos de quan tos assistiram ao ato. A Companhia Linha Cir cular de Carris da Baía, muito justamente agra decida ao modesto operário da sua co-irmã, re solveu premiá-lo com uma quantia em dinheiro, numa sessão solene da Comissão para Preven ção de Acidentes, à cpjal compareceu numerosa assistência, destqcando-se dentre esto o Dr. Domingos Uchôa, Dèlegado Regional do'Minis tério do Trabalho, representantes da imprensa e dos sindicatos de classe, diretores, gerentes, chefes de departamento e companheiros de tra balho do homenageado nas duas Companhias. Falaram, enaltecendo o gesto do Sr. João Ba tista de Jesus ,o Df. Domingos Uchôa, o Sr. A. -^Ç. Valente, o Dr. Orlando Garcia, chefe do Departamento de Pessoal, o Dr, Gastâo P. da Silva, gerente da Cia Energia Elétrica da Baía, que premiou o seu empregado com um aumen to de ordenado, e, por último, o_Sr. Filinto Bar reto, em nome da Comissão para Prevenção deAcidentes do qual é presidente. O Sr. Almir Patp, sub-chefe do Tráfego da Companhia Linha Cir cular, fez.o relato da ocorrência, tendo palavras de agradecimento paro o operário salvador.
(Transcrito do "Correio do Noite", de 16 de Juího de 1943) .
N.® 1 — Janeiro
O nosso Boletim
A redução dos toxos de acidente do trabalho constitue um grande pro blema nocionol (Dr. Décio Parrei ras)
Instituto Argentino de Segurldod
Nossos Associados
Os resultados do prevençõo de aciden tes entre nós
Gastos invisíveis resultantes dos ociden tes do trabalho
Acidentes de trabalho ocorridos no Bra sil em 1940, distribuidos segun do os COUSQS
A Associoçõo Brasileira para Preven çõo de Acidentes — suas finali dades e otividodes
Reunomos esforços para comboter es acidentes CM
N.® 2 — Fevereiro
Interessêmo-nos pelos acidentes
A prevenção de ocidentes e a guerro
Cooperoçõo
Protegendo cs Mãos
Como carregar objetos compridos {*) Honro ao mérito
Acidentes de trobolho ocorridos no Brasil ern 1940, grupodos segun do os sédes dos lesões Nossos cartazes (*)
N.® 3 — Março
A Prevençõo de Acidentes caminha
A •responsobilidade do Gerência no - componho de segurança
Prêmio Nocionol de Prevençõo da Ce gueira de 1942 (Conferido ao Mi nistério do Trabalho)
Acidentes X Guerra
Atenção Médica
99.848 acidentes de trobolho ocorridos no Brosil em 1940, distribuidos segundo os atividades
Proteçõo dos olhos
Requisitos que devem preencher os oculos protetores segundo o peri go a que estejam expostos os ope rários
Nossos cartazes (*)
N.® 4 Abril
Nossos cartozes
Mero e simples egoísmo humano (Dr. Décio Parreiras)
Acidentes de trabalho .ocorridos no •Brasil em--1940 grupados-segun do os indústrias
Transporte e Armazenamento de Ma teriais
O fator humano nas causas de aciden tes
Pode-se ver a seguroriço?
Saiba que
Os acidentes ouxiliam o inimigo Nossos cortozes (®)
Evitemos os acidentes nos olhos Quedas Limas
Doenças Profissionais Perigos do Oxigênio Chaves de tubos Aos soidodores Trabalhe,com segurança (*)
N.® 9 — Setembro
Novo etopa
Novo Direção Riscos'. Consolidação das leis do trabalho Roupas impróprias.. (*)
N.® 5 — Moic N.® 10 Outubro
A Sorte e os Acidentes
O Médico no Indústria
O Pior Auxílio C^)
A Prevenção de Acidentes na Fábrica Mazdo da General Electric ^(por J. L. Macieira)
O uso da chave inglesa
Os acidentes matam mais
Os óculos representam um mundo de segurança C^)
investiguemos os Acidentes Acidentes de trabalho, Prevençõo 'e Assistência (por Antônio Rodri- " gues de Souzo)' Comissão Técnica Rotory e a prevenção de acidentes
P. K. Stiíes Acidentes Espetcculores Nossos cartazes C^')
N.® 6 Junho N.® 11 — Novembro
7 Choves dó Seguronço
Chaves de Pendo
Mantenha seu "Record"
Como os acidentes ocorrem
As horas de perigo no trabalho
"Como bater um prego (*.)
Curso completo.
Os cobelos de Verônica Lake
Três bons amigos (*)
N.® 7 — Julho
Registro de ocidentes
Prevençõo de Acidentes (A. P. Amarante)
Ferramentas vibratórios
Dez conselhos de segurança
Despido!. Como por mágica
E' justamente quando menos esperamos que os acidentes nos surpre endem ('■'')
N.® 8 ^ Agosto
ConsoUdoção dos leis trabalhistas
Programo
A prevenção de acidentes em tempo de guerra (por P. K. Stilçs)
Fcrol de Segurança
Folhinho de Segurança
Direitos e deveres dos sócios da Asso cioçõo Brasileira paro Prevenção de Acidentes
Folhinha — janeiro de 1944 ('M
N.® 12 Dezembi
Fim de Ano — Novos Esperanças
Onze passos porá o sucesso de um pla no de prevenção de ocidentes Programo para Janeiro. Proteção dos olhos
Arriscou Q vido paro salvor os pas sageiros índice do Matéria publicada erw "Pre vençõo de Acidentes" durante o qno de 1943.
(') Iliisiraçõt.'^.
prevenção de Açidéntee Dezembro de 1943'
VALENTIM F. BOUÇAS s Presidente
J. M. FERNANDES
1-° Vice-Presidente
J. -G. de ARAGÃO
2.° Vice-Presidente
ALCIDES iINS
1.° Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.° Secretório
K. Ap-THOMAS
\.° Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.° Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE Sec. Executivo.
Cálculos baseados -em estatísticas bem feitas, avaliam o custo médio de coda acidente em 5 vezes aquele que geralmen te aparenta.
Os gastos visíveis são decorrentes das despesas com trata mento médico do acidentado, prêmio de seguro, diárias, indeni zações, etc, Mas não param aí os prej-uizos causados. Quatro vêsés maiores sõo os custos indiretos, geralmente nõo compu tados e até mesmo nco suspeitados.
O industrio! deve substituir o operário acidentado, via de regra muito experimentado, por outro cuja aprendizagem estú por concluir, ou ao qual falta a prático necessária para manter o mesmo ritmo de trabalho ou a mesma eficiência do substituído.
A aprendizagem custa dinheiro. Acrescem as despesas com matérias.primas, que são disperdiçados. Encarece o produto. Peças defeituosas sõo inutilizadas.
Evidentemente, portento, o produção decresce, as encomen das se otrazam — surgem reclamações devidas aos prejuízos causados a terceiros.
Por e»utro iodo, o operário, mesmo indenizado e socorrido, sofre um desequilíbrio econômico, temporário ou definitivo, pois nõo trabalha por algum tempo e tem S'ua eficiência red.uzida durante o tratamento, ou mesmo diefinitivamente em conse qüência de incapacidade adquirida.
Maior é o desaj'Ustamento, quando sobrevem a morte do operário. Sua família, mesmo indenizada, fica privado de um chefe, de um guia. Os filhos muitas vezes interrompem estudos para iniciar uma infância de trabalhos e de dissabores. E' uma perda generalizado que afeta à comunidade.
Evitámos, pois, os acidentes, nõo apenas como obra huma nitária, mos também como dsfesq de nosso patrimônio eco nômico.
Snrs. Rotarianos:
Tendo sido convidado para colaborar nes ta reuniõo' realizando ume palestra sobre a "Segurança Industrial", desejo, inicialmente, deixar patente os meus agradecimentos por tão honrosa distinção, e afirmar; os motivos ciue me impeliram a aceitar este convite fôram, além da amizade que dedico a varies "compa nheiros", se assim me permitem expressar, o entusiasmo de que sou poss'uidor pelas questõss de assistência social, especialmente no tcccnte à Prevenção de Acidentes. Quem vos falo por tanto, nõo é um especialista, um técnico em Medicina do Trabalho, mas apenas um entusiosto, com alguma experiência devida às suos atividades, em organisações industriais.
E' rneu Intuito, fazer uma pequisna sínte se da evoiuçõo da Medicina industrial, a neces sidade da Prevenção dos Acidentes como base para uma produção eficiente e econômica, res saltar o seu lado humanitário e traçar em li nhas gerais um plano inicial, básico, de uma "Campanha de Segurança". O assunto é vasto o seu campo de oçõc ainda maior; contudo pro-' Curarei mostrar as viges mestres dêste tem plo colossal que nò futuro servirá de abrigo o multes milhões de trabalhadores.
A prevenção dos. infortúnios no trabalho, está atualmente, sem dúvida, colocado em to dos os Países progressistas, no primeiro piano dos considerações gerais do organização indus trial moderna. Ao lado do higiene que preporciono 00 trabalhador abrigo contra/ doenças Oriundas direto ou indiretamente do próprio trabalho, o Prevenção de Acidentes é, poro aqueles interessados no atual conflito, uma base de aprovisionamento do esfôrço de guerra, uma vez que, representa economia de tempo, de ma terial, de despesa, sem contar outros prejuízos morais cue ela evita.
O trabalho é efetivamente, "uma das mais complexas manifestações da vidoi individua! e social, por isso que, com justa razão, legislado res, soclológos e médicos têm se preocupado em
enGÍtecê-io e colocar o trabalhador em prote ção de condições contrárias à sua saúde física € espiritual", Êste, é o conceito em que se tern atualmente essa transformação de energia hu mana aplicada à produção, que sob o ponto de vistq prático, tem por objetivo ume compensa ção por porte de empregados e empregadores. Durante vários séculos no História da Civiliza ção, o trabalho representou sempre atributo dc escravos, de gente inferior, motivo pelo qiuoi nunca SfS havia 'elaborado leis de proteção. Somente no Século XVI I é que teve início com Bernordino Ramczzini, uma série de estudos e investigações sôbre a fisiologia do trabalho. A seguir, dada o repercussão na vido sociol do desenvolvimento dos indústrias, já no Século XIX, descobriu-se uma série numerosa de pro blemas que afetavam o saúde do trobaihador, fáto que concorreu paro o criaçõo do Legisla ção Protecionista. Vieram depois maiores pro gressos, nõo só no setor do própria Medicina do Trabalho, em que se estudou a sua fisio-patologia, destacando-se a fadiga como elemen to de importância primordial, o biotipologia com o seleçõo e adaptação profissional; a higiene propriamente dita, bem como, teve início a or ganização, racionalização, previsão, mutuclida■ de e seguro social. Nesta mesmo época, im plantou-se definitivamente g Prevenção de Aci dentes. Na Europa, distinguirom-se nesta 'eta pa, a Grõ-Bretanha, Rússia, 'França, Alemanha e Itália; e nos Américas, os Estados Unidos, onde foi criado o Notionol Sofety Council, institiuiçõo particular, organizada para efetuar a Segurança no trabalho e em outros atividades, que hoje é verdadeiro paradigma dds organiza ções congêneres. Em outro etapa de progresso, criou S3 o Council of industriai Health, compos to de médicos industriais, selecionados conve nientemente e cpue possuíam grande experiên cia, nõo só na higiene como no segurança. Nõo se limitaram sómente aos Estados Unidos as otividodes dos organizadores do Nationo! Sofety Council; fundaram tombem, devido ò necessi dade crescente, pelo foto da industrializaç-õo em outros países dos Américas Central e do Sul, o Inter-American Sofety Council, sob cujo patrocínio já existem em pleno funcionornento cerca de 7 outras entidades autônomas. Entre nós, o desenvpivimento da Seguran ça Industrial e da Medicina do Trabalho, vem
Se efetuando de modo satisfatório, e é motivo de .orgulho paro todos os brasileiros, a recentfe criação da Divisão de Higiene e Segurança, nc Ministério do Trabalho; o legislação trabalhís ta, sem favor, uma das melhores do mundo, atestando o apoio incondicional do Governo à proteção do trabalhador; e também, a profíque iniciativa, de interesse absoluto o Associa ção Brasileira para Prevenção de Acidentes, fun dada há 2 anos openas, e Qae ampara ^e prote ge através seus ensinamentos e sugestõss, cei ca de 100.000 operários.
A Prevenção de Acidentes, é atualmente, levando em linha de conta a multiplicidade dos processos industriais, regulada, por preceitos científicos, nÕo é apenas simples literatura, to mada em consideração somente pelo lodo huma nitário. Os magníficos resultados obtidos pelas indústrias em geral, na sua prática permanen te, têm incrementado o interesse em todos cs países, especialmente naqueles centros indus triais de evidente importância, interesse esso, que no último lustro aumentou consideravelmen te não só devido aos progressos da LegisloçÕo, como também devido ao esforço de guerra. Também o progresso industrial e as exigências da vida atual têm ampliado o conceito da Pre venção, e está fóro de dúvida na "produção mo derna a eficiência e o segurança acham-se dire tamente relocionadas com a economia e os bôas relações industriais": foz parte integrante em todos os detalhes da organizüçõo, desde o sim ples projeto de construção, até aos desenhos disposições do maquinòrlo, processos de fabrica ção, ordens de compro, etc.
A experiência tem ditado, e os 6 anos de prático que possuo nos instalações da Cia. Na cional de Cimento Portlond assim demonstra ram: "para se conseguir maior eficiência na pro dução é preciso que o pessoal se encontre livre de qualquer lesão físico ou mental isto é, per feitamente sadio". Tem-se verificado, além dis so, que os acidentes trazem indiscutíveis prejuí zos, e que além dos gastos efetuados em paga mentos de prêmios de seg^uros, diários, indeni zações e despezas outras com o tratamento do acidentado, hospitalização, honorários médicos etc., acarretam também gastos indiretos, invi síveis, que nõo são contabilizados e que aumen tam o custo da produção. Freqüentemente se disperdiçom materiais, danificam-sef máquinas e ferramentas, e por vários motivos o linha de produção é atingida. Com' p interri^pção do trabalho, nõo raras vezes trazem o desmorali zação do organização, e impedem a bôa atua ção dos chefes e capatazes.
Nenhuma indústria pôde produzir ao má ximo sem que seu "fator humano", fonte de energia vital, tenha indívdualmente um alto
qróu de saúde, de Importância capital nao so para a quantidade como para o qualidade do nroduto. Por êste motivo, a proteção do traba lhador industrial, tem sido o objetivo de inúme ros pesquizas e razão de vários experiências. Um hóbil operário, que desempenhe função de relotvo importâncio em uma fábrica, ou ofici na e que esteja ausente do trabalho por aci dente ou por doença, pôde trazer boçõo no perfeito funcionamento da linha de produção causando perdas consideráveis muitas vezes desconsertantes, pela quebra da seqüên cia das operações.
Não é só no âmbito industrial, ou rnelhci dito no setor do trabalho que a Prevenção Acidentes deve ser tomado em consideração, 'o Segurança é aplicável a todas as atividades, e em todas as fases da vida, ela representa um problema de toda a comunidade, um problemo de todo Nação do mesmo formo que o é de cada indivíduo; e para que pòsso^esenvolver se com êxito, deverá contar com o apoio dos páis, dos mães, das crianças, dos professores, paro que possa estar presente na via pública, no lar, ê no escola".
Em recentes publicações, Mr. Hoore Bellsha, ex-Ministro dos transportes na Grã-Bre tanha e Membro da Câmara dos Comuns, afirmca que os acidentes de trânsito na Inglaterra causaram em 1942 maior número de vítimas que o atual conflito, nos frentes de batalho. As baixas sofridas pelas forças armados britâ nicas atingiram à cifra de 145.012, enquanto que os acidentes ocasionados pqr veículos, vi timaram, num só ano, 147.544 pessoas, dentre ^s quais a 6.® parte era composta por criança": menores de 15 anos. No ano corrente, duron' te o mês de Março, foram mortas, por vdculos, nos ruas da Inglaterra, 529 pessoas e feridas 9.288.
N'Cs Estados Unidos, onde existe perfeita organização de trabalho, aliado à uma berr de senvolvida "Campanha de Prevenção", ocorre ram em 1942, 93.000 rnortés por acidentes diversos, dos quois 18.500 foram ocasionados no trabalho; 9Ò0 milhões de dólares foi o mon tante da dfespesa calculada em diárias, prê mios de seguro, salários perdidos, etc., e que representa em nosso moeda apenas 18 bilhões de icruzeiros O total d? homens — dias perdidos na produção, ou melhor, o absenteísmo por ocidentes, sómente em operários indus triais, eqüivaleu à produção de 54 dias de toda o Indústria aéronóutica e naval americana. Em seu número de Fevereiro, o Journal of The Americon Medicai Association publicou interessante
Quem já nõo sentiu, no tòpo de uma esca da ou deante de umo pirâmide de mesas s ca deiras vibrar dentro de si desejos equilibristas?
A impnudência é tentadora como o serpen te. Devora-nos um gostinho humano pela exibição. Lamentavelmente, porém, é co mum terminar a demonstração com um espe-
tocular mergulho sem muita elegância, mas sem dúvida alguma com muita graça. Após mara vilhosas piruetas pelo or, o herói, ainda estate lado no chão e dolorido, ouve dos espectadores, atraídos pelo barulho da queda, estrondosas gargalhadas que o fazem voltar ò realidade, Envergonhado, finge que não foi nada, que nõo se machucou. Às vezes tudo termina assim. Outras vezes, porém, segue-se um longo repou so no hospital, com o perna estendida. E' tarde, entõo, parq nefletir sobre os seguintes conselhos e muitos outros que a respeito poderíamos for mular
— Evite usar caixote, barrica, cadeira, etc., em substituição a uma escada; não merecem confiança.
— Quando usar uma escada, faça o com cui dado e otençõo. Uma inspeção rigorosa so bre seu estado é sempre aconselhável
— Suba e desça voltado paor elo, evitando sem pre utilizar-se do últmo degrau, onde as con dições de equilíbrio são mínimas.
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{cont, da pag, 4) artigo, q;ue representa um apêlo à conciência na cional dos Estados Unidos, afirmando que; "sob a impressão dos acontecimentos, nem operá rios nem industriais e talvez mesmo nem mé dicos é engenheiros, compreenderam ainda, em sua maioria, até que ponto uma pequena con tribuição no setor da proteção individual, re percutiró no esforço de guerra. Apenas uma redução de 10% em 400 milhões de homens dias anualmente perdidos por dosnço e aciden tes, representa o tempo necessário paro se cons truir 5 couraçados, 16.000 tanks e 9.000 bom bardeiros"
"A guerra poderá ser ganho no front in terno", afirmou outra autoridade.
Compreendendo os necessidades imperio sas, de economia e de tempo, não há muito, o Presidente Roosevelt fez abrir um crédito es pecial de 5 milhões de dólares afim de custear uma "Campanha Nacional de Segurança", cue visasse a redução do desperdício ocasionado pe los acidentes.
Não resto dúvida, meus omigos, o proble ma da Segurança é vital, e, diante dos cifras astronômicas citadas podemos afirmar mesmo, que o sua manutenção em qualquer indústria
— Não o use nem muito afastada da parede, nem muito encostada nela; o certo é estar o pé a uma distância da parede igual à quar ta porte do comprimento da escada.
— Quando a escada estiver encostada a um poste, deverá ser amarrada a êle^ peto par te superior, afim de evitar-se qus resvale para os lados.
representa "bom negócio", posto que, barateio o custo do produção, por reduzir os despezas acarretodas pelos acidentes, calculadas aproxi madamente em 5% do total da folha de pogamento, ou sejam 10% do custo do material consumido pelo própria indüstria (Heinrioh)
Desde a época em que tiveram início os estudos da Prevenção dos Acidentes no traba lho, tem-se observado e hoje estamos convenci dos, êles são evitaveis em sua grande maioria, pelo fáto de, quase todos, serem oriundos de descuidos ou erros cometidos pelas próprias ví timas. Em 100 acidentes pcorridos em uma mesma indústria, 88 sõo causados por descüidos; 10 sõo devido às más condições físicas ou mecânicos onde é efetuado o trabalho (defeito de maquinaria, má iluminação do local, etc. ); e 2 sõo de natureza múltipla, imprevisíveis. De acòrdo com Hsinrich em cada grupo de 330 acidentes, 300 nõo produzem lesão física, po rem os 30 restantes acarretam lesões das quais uma é sempre grave. Os descuidos e os riscos de origem física e mecânico, constituem, pois, o núcleo c-entral responsável pela freqüência dos acidentes industriais. Tomando como base, como ponto de partida, estas condições, cremos
que, «uma vez focalizados os riscos e melhora dos as condições sob as quais sofremos os aci dentes, beneficiaremos a situação.
A arraigada crença fctalista e os hábitos" mudam muito lentamente, não é admissível crer pêlo menos no início, que em um pdís com de senvoivimento vertiginoso como o Brasil, no qual o industriaiizaçõo onda a passos largos, se consiga por intermédio de conferências, pu bíicações e demonstrações práticas, uma perfei ção absoluta em matéria de-segurança. Si nos Estados Unidos e na Inglaterra, países padrões, ocorrem tantos acidentesV.qué podemos esperar, nós que temos umu maiono de operários pos suidores do crença de que os acidentes sõo obra do Destino; e de industriais ainda nõo suficien temente preparados para "aceitar", em suo maior parte, a utilidade prática e o lado eco nômico da Prevenção de Acidentes? Já se esbo ça contudo apezor do panorama desolador, oca sionado pelo conflito mundial e pelas diferenças de déias, uma ligeira modificação desta crença e do indiferentismo cômodo. Muitas indústrias já efetuam campanhas de prevenção de aciden tes; em outros mais adiantadas e bem organi zadas o problema é levado mais a sério e está presente ism todas as fases da produção, entrosado na própria organização. Sem dúvida o fator humano é o ponto ne vrálgico, é a "chave do problema", por isso que há necessidade de educar o indivíduo para que tenha conciência da responsabilidade que lhe pesa sobre os ômbros; é preciso convencê-lo de que "o Qualidade mais apreciada de um homem de trobalho, além do sua habilidade profissional e carater, é a atitude vigilante que montem permanentemente durante as horas de serviço, contra os perigos que améaçam o si e aos sêus companheircs". Deve-se pois, inicialmente, ao procurar instalar, a Segurança em determ.inada indústria, proporcionar meios de educar os tra balhadores, desde o mais graduado ohefe ao menor operário, afim de prepará-los'para pres tar uma cooperação decidida ao movimento, fa zendo com que o problema seja algo pessoal, e que seja "parte integrante da sua vida diário, principalmente durante o trabalho". Deve-se procurar desenvolver o "espírito de Segurança" no subconciente dos operários, afim de se torna rem confiantes e possuírem iniciativa. Esta ta refa, primitiva, puramente educacional, requer muita perseverança e cuidado, é a mais árdua etapa o vencer. Conseguido o opôio, de pelo menos 80% do pessoal, o resto é fácil.
São de utilidade, nesta fase, os cartazes de propaganda, circulares, ordens de serviço, avisos nos locais de perigo, calendários, folhetos, revistas, e outras publicações de carater educa tivo. São também aconselháveis, os palestros gerais, assistidas por todo o pessoal da indús
tria, as. reuniões dos capatazes, reuniões 'espe ciais, exibições cinematográficas sôbre assuntos de prevenção, de mistura com outros de.fundo patriótico.
Ao lado dessas medidas, devé-se adotar preceitos de carater disciplinar e de fiscalizaÇõo, tudo de acordo com as características es peciais da mentalidade do operário e do tipo da indústria. Numa 2® etapa, deve-se organi zar uma investigação sistemática das causas dos acidentes, afim de serem aplicadas conside.rgções de ordem técnica para eliminá-las.' Sõo então adotados métodos de proteção especial, em toda a maquinária e equipamentos, executa dos processos novos e mais racionais, para aper feiçoamento dos várias fases da fabricação; melhoradas as condições dos locais de trabalho, no tocante- ò Iluminação, ventilação, l impesa, etc., sob um rigor científico, obedecendo as de terminações prescritas pelos códigos e regras elaboradas por instituições competentes. Numa terceira etapa, realizar estatísticas das acorrências, analizando-as e confrontando-as com as de outras indústrias similares, dando publicida de permanente dos resultados obtidos. -Efe,tua_i; inspeções periódicas nos locais de trabalho, co lher sugestões dos capatazes e até mesmo dos operários, promover competições, etc.
Indiscutivelmente, o responsável principal pela criação e manutenção de uma Campanha de Segurança bem orientada deve ser o Geren te da indústria; ele deve dar todo o apoio ne cessário e fazer com que seus subordinados ime diatos cumpram os normas da prevenção. Deve adaptar a Segurança a todos os serviços da Or ganização, principalmente aos do Departamen to Médico, onde se faz a primeira seleção indi vidual, a "prova de capacidade física" do ope rár,io. Muitas indústrias jpossuem verdadeiras Comissões de Segurança compostas de vários ele mentos selecionados, outras possuem apenas um Diretor de Segurança, o próprio médico da orga nização, e finalmente em indústrias menores o gerente m'esmo é o responsável diréto pelo pro grama, uma vez que é êle quem designa o tra balho e atribue as responsabilidades. Cabe im portante papel, no desenvolvimento do progra ma, a análise detalhada de cada acidente, pois, sendo várias as causas que tomaram parte numa mesma ocorrência, direta ou indiretamente, e que devem ser eliminadas, o seu conhecimento só poderá ser efetuado através a investigação de como ocorreu o acidente, qiuais as condições locais, a atitude do operário, etc. Desenvolven do-se assim um programa de prevenção esquemáticaments descrito, a freqüência dos aciden tes diminuirá. Entre nós, espalhados por todos os estados, existem organizações que. ado tam desde algum tempo em seus estobelecimentos fabris os preceitos da moderna organi-
zaçco incustriol e que colocam o Seguronço cm plano destacado. A Cia. de Corris, Luz e Força do Rio de Janeiro Ltd., a General Eletric, a Cia. Auxiliar de Empresas Elétricos Brasileiras, a.Cia. Nacional de Cimento Portland e m-uitas outras. Nesta última, onde tenho a satisfação de diri gir.o Departam'ento Médico, conseguiu-se redu zir em muito, os cifras de acidentes; de 89 gra ves ocorrências em 1934, as quais- impediram o retorno dos operários ao trabalho, passam-s a 3 apenas em 1942. O coeficiente de gravida de, baseado num cálculo entre o núbiero de homens-horas trabalhadas, e o gráo de incapa cidade do operário vitimado, que naquele ano era de 17,5, baixou a 0,81 Os pequenos aciden-Jes, contusões, escoriações, etc., compatíveis com a continuidade do trabalho por parte do operário, dscresceram de 2.000 aproximada mente, para 745. O número de curativos caiu o 2.510 o que eqüivale à média de 3,5 curati-"vos paro cada pequena lesão. Tudo.representou • esforço, perseverança e tenacidade, e levando em conta somente o ladõ humanitário, um nú mero considerável de mortes e mutilações foi certamente evitado, com todo o seu cortejo de conseqüências, repercutindo não só na organi zação, como em muitos lares. A frente desta iniciativa, a "Campanha de Segurança da Cia. Nacional de Cimento Portland", estão dois rotarianos; Ap-Thomas, espírito dinâmico e em preendedor, e Fred Schieber, possuidor de um coração magnânimo, i2 entusiasta da assistência social; são duas forças que se conjugam para o desempenho dé uma finalidade. Um sintetiza o lado prático e econômico da Segurança, o ou tro, o lado humanitário, ambos fazem implan tar-se no seio daquela comunidade composta de 800 vidas, aproximadamente, um objetivo tão ardorosamente defendido, que é a "eliminação total dos acidentes".
Snrs., o panorama nacionol apresenta, não só pelo desenvolvimento indust-ríól como pela situaçcdi política -e econômica, uma oportuni dade rara paro se desenvolver uma Campanha em todo País, como primeiro passo da ofensiva contra este inimigo comum, p ACIDENTE. Te mos uma Legislação especializada, possuincfos a Divisão de Higiene e Seguronça do Trabalho a cuja frente está Décio Parreiras, elemento de grande competência e iniciativa; possuimos a As sociação de Normas Técnicas, onde se regula mentam e se codificam serviços, materiais, et:.; possuimos o IDORT, as Federações das Indústrias e outras instituições de real valor, como também a Associação Brasileira Para Prevenção de Aci dentes, fundada sob a orientação do IntsrAmerican- Sofety Council de onde recebe per manentemente material e sugestões, para a so lução dos problemas ligados a Segurança da nossa Indústria; e mantém cóm êle estreito contacto, por intermédio de seus técnicos, que freqüentemente nos visitam. Credenciem esta instituição, presidida pelo senhor Valentim BouCOS, com cargos na sua Diretoria s Conselhos, vários rotarianos; José Fernandes, K. Ap- Tho' mas, Odilon Beaucloir, J . G. Aragõo, Pires Amarante, Alcides Lins, Renato Wood e outros. Urge, portanto, que se intensifique a divulga ção das idéias de Segurança e que se desenvol va nd seio das icoletividades uma verdadeira "Campanha de aceitação" para cuidar da consecussão dum ideal que éi "possuir trebalhodores fortes e sadios com uma capacidade de trabalho suficientemente elevada, para engrandecimento de nossa indústria, assim como para nco au'mentarmos a legião de mutilados, em suo maio ria inúteis". Necessitamos nos congregar, em torno de instituições como este Rotary Clube, ofim de apoiar o obra altnuística que outros estão executando com objetivos exclusivamente patrióticos.
ASSOGIAÇAO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO PE ACIDENTES
EDIFÍCIO MAYAPAN — Sala 1119
Av. Almirante Barroso, 91
FEVEREIRO DE.1944 ANO 2 — No. 14
Há pcucos dias ainda, o Dr. Décio Parrei ras, diretor do Divisão de Higiene e Segurança do Trabalho, acentuava, em entrevista à impren sa, que no primeiro semestre de 1942 verifica ram-se 28.000 acidentes nesta capital, com o perda de um e maio miíhõo de horas de trabalho.
Êsses dados são impressionantes e dsvem merecer uma especial atenção nesta época, em qus o esforço de guerra impõa o aproveitamen to máximo da capacidade de produção de todos os trabalhadores.
Caixa Postal 2916RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS
Presidente
J. M. FERNANDES
1-° Vice-Presidente
J. G. de ARAGAO
2.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1 Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.° Secretário
K. Ap-THOMAS
í.° Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.° Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P, AMARANTE
Sec. Executivo.
Toda novidade é recsbida com xerta descrença e com des confiança. ■ . . _ ;
Quando a estrada de ferro foi inventada, houve quem obje tasse sôbre a utilidade do invento, apresentando razões como estas:
— Os trens transportam toda a produção de determi nada zona em uma ou diuas viagens e depois ficam parados o resto do ano;
— Será necessário colocar muros ao longo da via fér reo para evitar ^cjue a alta velccidads dos trens prejudique a saúde dos viajantes.
Júlio Verne, que previu tantos, cousas do atualidade, foi considerado, por muitos de seus contemporâneos, um maluco.
Houve, naturalmente, por toda a porte, jnultos descrentes, quando surgiram os primeiros trabalhos de prevençõo de oci dentes e, como êsses trabolhos são recentes entre nós, é huma no que também aqui cinda os encontremos. Para êles, os oci dentes SQO todos, ou quase todos, devidos à fatalidade. Trúta-ss, via de regra, de operários, dirigentes e patrões, aos quais o pro blema nunca foi apresentado, ou noo tiveram ocasião de meditar profundamente sobre êle, e só têm a atenção despertada poro Q prevenção após uma ocorrência desogrodavel, que enche de dor um lar e de constrangimento uma colmeia de trabalho.
Depois disso compreendem que a prevenção de acidentes deve ser considerada e praticada, enquanto é tempo, isto é, antes que os acidentes se verifiquem, porque sa preveni-los é fácil, remediá-los nem sempre é possível.
DIrigimo-nos o estes que dinda não pensaram no preven ção de acidentes pedindo-lhes tão somente que experimentem praticá-la. Serão, em breve, seus fervorosos adeptos, dela aufe rindo resultados tõo bons ou melhores do que os colhidos por tantos outros industriais que, simuitâneamente, realizam obro humanitária'de elevado alcance.
Torna-se necessário, por isso, incentivar cada vez mais a campanha de prevenção contra ocidentes do trabalho. Seus resultados teem de ser explêndidos. Dados estatísticos revelam que na Alemanha, antes da guerra, 41-14 por cento dos acidentes tinham sua causa em fato res humanos; o .Bureau Internacional do Traba lho dá a esses "fatores a responsabilidade em 50 por cento dos acidentes e, a esse propósito, o revista norte-americano "Sofety Engineering"' diz: "Quando os mecanismos de uma fábrica estão
protegidos, 95 por cento 'dos acidentes soo pro-. duzidos por cousgs atribuíveis ao homem".
Não bosta que a lei assegure indenizações aos acidentados é aos seus beneficiários. "A vido humana, — diz Alfredo Bastardos —, tem certamente urh valor econômico; é um capital que produz e os atuários matemáticos podem ovolió-lo em uma quantia determinada,.rriaior ou menor, segundo os circunstôncios. Mas o vido do homem tem, também, um valor espiritual Inestimável que não se pode pagar com todo o dinheiro do mundo. O que representa poro os pois, o esposa e os filhos, d vida do filho, do ma rido ou do pai jamais poderá ser substituída ou compensada por uma pensão ou por uma quan tia elevada".
Defendamos, portanto, êsse valor espiritual ensinando os operários d se prevenir contra os acidentes do trabalho.
(O Jornal de 1U1-1944)
Prevençõo de Acidentes — Fevereiro de 1944
"Mantenha o caminho desimpedido'' e a íegendâ de nossa folhinha para o mês de favereiro.
Tire êssr s prégos; você ipode ferir-se — é O que S2 íê na folha de março.
As ilustrações são, respectivamente, um carrinho de mõo deixado na passagem, cousan-. do um tropeçcio e prégos abandonados numa tá bua à espera da que alguém pise sobra êles. Para mais evidenciar o perigo vê-se um pé cal çado com sapato furado na sola, prestes a pisar 2 conseqüentemente a ferir-se, talvez grave mente. Pouco difere a ilustraçõo que se vê nesta página.
Há coincidência aparente entre assuntos a trator, que, embora ofereçam vários pontos de contacto divergem bastante, como veremos c seguir.
Inicialmente convém frizor que estamos cuidondo de causas elementares e -universais de acidentes por que elas se encontram em todo local de trabalho e em qualquer indústria.
Notará o leitor que nerh falamos em traba lhos com máquina e siq.uer com ferramentas.
Vejamos inicialmente a legenda "MANTEhTHA O CAMINHO DESIMPEDIDO".
Evoca os cuidados que devemos ter com relação aos pisos dos locais de trabalho.-
Naturalmente eles sõo muito variados, e de pendem do tipo de indústria recomendações es paciais a seu respeito. Os materiais nêles usa dos sco desde os mais simples e baratos, até os mais caros e especializados: simpiss terra, tijolo, pedra, madeira, cimento, borrocho, me tais diversos. Cada um oferece vantagens e desvantagens.
E' fácil, ao construtor de uma nova fábri
ca, escolher o melhor material a empregar, como também fixar todos os detalhes necessários à sua eficiência e às condições de segurança oue devem oferecer. Não nos cabe, naturalmente, examinar esta quastõo a fundo, porg-ue não es tamos cuidando de pavimentações a fazer, mõs sim ds pavimentos já existentes.
Scbemos, entretanto, que inúmeros aciderites sõo causados diàriamente pelas más condi ções dos pisos de fábricas e outros locais de tra balho. São quedas, esbarrÕes e tropeções, resul tando, nõc raro, em frat-uras ou outros ferimen tos, que podem tornar s-e extremamente graves se a pessoa esbarra em objetos cortantes, máqui nas em movimento, etc., oj cai sóbre êles. Os m=ios de evitar que tais acidentes ocorram, são, entretanto, em última analise, a ordem e a con servação adequados.
Os pisos devem ter revestimento resisten te às cargas a suportar (naturalmente maiores exigências são feitas q-uando veículos pesados transitam sôbre êles ou quando servem de depó sito de materiais, base de maquinas pesadas, etc.)
Não devem ser escorregadios, por sua pró pria natureza ou se tornarem devido ao con tato com algum material de uso normal da in dústria em causa.
Aqueles pisos, cuja lavagem frecüente se impõe, devem ser iconvenientemente drenados afim^ de secarem rápidamente, evitando os escorregões. Todos devem ser bem iluminados e mantidos desimpedidos.
E' preciso, também, ter em conta, princi polmente em nosso clima, o calor e os ruidos excessivos qae êle possam causar, pois sõo fa tores de quada de produção, aumento de fadiga e também contribuem paro que os acidentes ocorram.
bepressões ou mesmo um peqaenc buraco não concertado, podem causar ocidentes bsm sérios.
As manchas de óleo nõo removidas sem demoro, podem também acarretar consec-uên. cias desagradáveis.
Todas os aberturas feitas no solo, como va los para o passagem de canalizações, devem ser convenientemente protegidas e assinaladas encaonto abertas. As caixas de inspeçco e de re gistros devem 'ser mantidos cobertos com tem pos resistentes e colocados de maneiro adequado.
E' preciso atender, também ao fato de que o próprio íimpesG pode tornar o piso muito escorrígodío, motivo porque é necessário cuidado na escoliha dos meios e materiais para fazer essa limpeso.
. Finalmente, nenhum objéto deve ser aban donado ou colocado nos passagens, afim de evi tar esbarradas, tropeções e quedas.
Por extensão, jó que falemos de pancadas e esbarradas resultantes de obstáculos pelo ca-^ minho, vaie referir ainda aos operários que atravessam passagens estreitas, carregando ma teriais e principalmente materiais longos, como tábuas, canos, etc E' preciso que tenham o maior cuidado nos cruzamentos para evitar que firam companheiros de trabalho. Mas, é neces sário, também, chamar o atenção desses que possam pelos cruzamentos, poro que nõo o fa çam distrcídomente, confiando apenas no pru dência dos outros.
E' de boa prático, colocar nos passagens, avisos como estes, chamando o atenção dos ope rários: Cuidado — Possa,gem — Atenção Devogor, etc.
Não podemos esquecer, cinda, o inconve niente das máquinas colocadas desordenadamen te e atravancando espaços pequenos. O ideal é ter S3 espaço amplo, máquinas bem dispcstos,
com os pGSSogens bem de finidas por onde possam ' circular operários e veícu los, sem prejudicar os ope radores.
Lembramos finalmente as observações e recomen dações feitas no boletim n.° 4 o respeito do "Trans porta e Armozenomento de Materiais'
Passemos agora à legenda "TIRE ÊSSES PRÉGOS; VOCÊ PODE FERIR-SE". Há um apelo ao egoísmo para desenvolver o altruísmo. Nõo é raro supormos que nõo devemos corrigir um defeito ou erro, simplesmente porque não o co metemos. Quem deixo uma casco de banana no chõo, cpenos porque nõo o atirou está incidindo numa falto, de cooperação. Lembrando-se, po rém de que êle próprio pode escorregar e cair, cer tamente não a abandonará. Mas, nõo é de cas cos de banano (assunto de Ümpesa) que deve
mos cuidar, mas de pequenos objétos cortantes ou perfurontes (prégos, cocos de vidros, farpas de madeira, etc., etc.) . Nosso cartaz do mês, lembra a necessidade de os apanhar, quando no chão, evitando assim ocorrências que se verifi cam diàriamente, em grande número.
Mas, nõo é só no chão que êles nos amea çam, como também removê-los já nõo é só uma questão de limpeso. . .
Prégos se encontram por todo a parte, em tábuas, caixotes, barricas ou mesmo soltos pelo chco e, neste último coso, quando por sôbre êles passo a rodo de um veículo, têm a tendência de virar a ponta paro cimo, à espera de alguém para ferir. Naturolmenee, tanto êles como as farpas, se apresentam com maior freqüência em seções de encaixotamento ou outros trabalhos em ma-
delra onde, em cómpénsaçâo/os meios de pròtèçõo são mais freqüentes.
Dentre nossos ilustrações, vemos operá rio enccíxotodor livre do perigo de cortar-se com a fita quis envolve o caixote — outro,fon te de ferimentos —'devido ao uso de luvas.
•
Vale recordar que não estamos tratando de protêger as mãos, de um modo geral, ]á o ha vendo feito no Boletim n.° 2.
•
Mais traiçoeiras, ainda, são as farpas de madeiro, que, embora geralmente caUsem ape nas }j.geiros arranhões, podem também ocasio nar infecçõss graves.
Naturalmente as evitamos tendo cuidado pcra que mesas, cabos de ferramenta, bancadas, etc., etc., sejam sempre lisos, sem solução de continuidade,'nem quinas vivas. ..
Já os cacos de vidros, constituem perigo existente sempre em grande escala nas indús-
trios vidreiras, exigindo não só proteção das mõos, como dos pés e olhos.
Nõo estamos, é bom lembrar e repetir, tro tando de proteger determinados orgcos, mas de eliminar fatores de ferimentos.
A proteçõo dos pés é, porém, de modo par-' ticular, focalizada nesses assuntos, que aborda mos poro fevereiro e março.
Infelizmente oinda não estamos em condi ções de resolver o problema dos sapatos de se gurança, (com reforços, especialmente biqtueifo metálica) usados amplamente em muitos paí ses, pois até mesmo o calçado comum ainda nõo é generalizado entre nossos operários, sendo fre qüente apresentarem-se' descalços ou, iquando muito, calçando tamancos.
Devemos registrar, porém, com satisfação, que o assunto tem preocupado não só ao Go verno como aos nossos industriais. Há pouco tempo tivemos notícias da institüiçõo de uma comissão paro estudar a possibilidade de cria ção de um tipo de calçado popular, por iniciati va do Setor da Produção Industrial do Coorde nação dd Mobilizoçõo Econômica, fato que re gistramos com gronde satisfação, porque as es tatísticas de acidentes sempre mostram Tncidência elevada em pés e mãos, estas naturalmen te como orgõo operador.
DOCUMENTO IMPRESSIONANTE E VALIOSO
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Prezado Coronel Stllwell
Revi, com grondis interesse, o relatório que o "National Safety Council" preparou, a meu pedido, sòbre o campanha nacional para redu zir os acidentes que estão se opondo ao nosso esforço de guerra e rstordando o vitória.Há dois anos, pedi ao "National Safety Council" que planejasse e conduzisse essa campanha, porque, já nessa ocasião, se évidenciova estarem os acidentes causando injustificável desperdício de mco de obro, tempo e material. -
Seu relatório mostro que resultados animadores foram consegui dos na guerra contra os ocidentes, motivo porque me é caro, nesta opor tunidade, c por seu intermédio, levar meus sinceros agradecimentos aos niilhares de compatriotas que estco dando o melhor de seu tempo e esfor ço poro baixor o coeficiente onuol de mortes por acidentes.
Mas, sua estimotivo, segundo a qual 89 mil americonos morre riam aciclentolmente, no front Interno, e mais de nove milhões de ou tros seriam feridos, em 1943, evidencia-nos estar ainda longe de vencido o nosso batalha contra o descüido e que, portanto, maiores esforços cinda sco necessários poro vencê-la.
■V r. tm
axide4>Uú4ó^
Exmo. Snr. Coronel John Stilwéll
Muito sinceramente (o) Frankiin D. Roosevelté um íeUdò'. Prevenção de Acidentes Fevereiro dé 1944 6 Prevenção de Acidentes — Fevereiro de
ACIDENJES \
EDinClO MAYAPAN —Sa]a 1119
Av. Almirante Barroso, 91
Caixa Postal 2916 RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS
Presidente
J. M. FERNANDES
I-° Vice-Presídente
J. G. de ARAGÃO
2.° Vice-presidente
ALCIDES LINS
1.° Secretário
DULCIDIO A. - PEREIRA
2.® Secretário
K, Ap-THOMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.® Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR, DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo.
,0 ministro Marcondes Filho proferiu, na Hora do Brasil de 30 de março, a seguinte pa lestra :
MARCO DE 1944 ANO 2 — No. 15
Ningiuem -admitirá como dessmpsnhando sotisfatóriomen • te suas finalidades, um poljcial que se limita a constatar os crimes e a remediá-los, fazendo socorrer o ferido no rua ou re mover o morte.
Naturalmente sÕo mais complexas as atividades dos man tenedores da ordem pública i;m sua funçco repressiva. Eviden temente, constatado um crim^, não basta cuidar da vítima. E' preciso procurar o crimincso, paro que seja afastado do socie dade, evitando-se, assim, que cometa novos delitos.
Do mesma forma nõo estão fazendo tudo quanto devem e podem, o industrial ou o segurador que apenas socorrem o aci dentado. E' nscessário também que proourem identificar os ogentes causadores dos acidentes, impedindo continuem suo criminosa atuação.
É necessário, pois, dar aos causadores de acidentes c mesmo IratamiSnto recomendado para os criminosos, isto é, torná-los inofensivos pelo seu afastamento ou isolamento.
No case da Polícia, bs investigadores arriscam, muitos ve zes, a própria vida, enfrentando criminosos que reagem, pro curando eliminá-los.
Já a pesquisa das causas de acidentes nenhum perigo ofe rece. Exige apenas método e perseverança.
"A vigente lei de acidentes do Trabalho é de 1934. Paro sua época, foi um excelente di ploma, mas, nestes dez últimos/anos, o Brasil se desenvolveu prodigiosomiCnte. A evolução ul trapassou todos os cálculos, todos os previsões e até mesmo as grandes clarividêncics. O pro gresso extraordinário do indústria, por exemplo, exigiu ccntínuo aumento de mossas operários e vem inaugurando, constantemente, novos rarrios de produção^ A lei, já agora não consegue aíen der as circunstâncias. Ainda aceita o incapaci dade temporária ou parcial. Descõnl^ece, mui tas formas de emprego que novos entidades cria ram 8 cujos acidentes devem ser indenizados, Não cogita das mcléstias profissionais. Adoto processos muito demorados, que retardam os benefícios e facilitam a intrcmissõo de tercei ros inescrupulosos, em prejuízo do operário. Não Gtende, sobretudo ,o problema do prevenção de ocidentes, que é fundamental nos indústrias no vas.
Por todos esses motivos e para o fim de ela• borar uma lei que satisfizesse os reclamos do nossa realidade e estivesse em consonância com Q melhor doutrina, constitui no Ministério do Trabalho Indústria e Comércio, em meiados do.ano passado, uma Comissão de juristas e de téc nicos do maior autoridade.
Logo no início dos trabalhos, surgiu uma preliminar. Era necessário saber se o seguro de riscos de acidentes do trabalho continuaria con fiado às empresas de seguros ou passaria ao Estado, através dos órgcos,competentes. Uma terceira hipótese dizia respeito ò transformação paulatina do nosso regime de seguros de um poro outro daqueles dois extremos.
Conhecendo do ccso, o Presidente Vargas decidiu se pela última hipótese.
"Com isso, êle disse, será possível o dimi nuição dos prêmios de seguro, ou, o que será preferível, uma melhor base paro indenizaçôo ou assistência, de vez que o seguro social nõo pode visar lucros'".
Indicado esse critério, que está devidamen te atendido na reforma, a Comissão dediccu-se ò sua tarefo, elaborando, com grande proficiên cia e brilho, um ante-projeto de lei de acidentes do trabalho, qus agora apresentei ac sr. Presi
dente da República e que vai ser publicado pelo prazo de sessenta dias, afim de colher suges tões, permitindo o aprlmorcménto dos dispositi vos, de modo a atender as altas finalidades so ciais para que foi preparado.
Dou aqui alguns informes sobre c texto; O ante-projeto adota a teoria do risco pro fissional, que, melhor do que nenhuma outra, vem ao encontro do objetivo social da proteção . O acidente do trabalho deve ser considerado co mo um risco inerente ao exercício profissional. Nõo interessa pesquisar a causa nem o respon sável. A sua indenização deve pesar sobre o tra balho, levando ò conta dos despesas gerais da empresa como acontece, por exemplo, com o seguro contra o incêndio. O novo texto consi dera ocidente todo aquele que se verifica pelo exercício de trabalho ou em conseqüência dele, provocando, direta ou indiretamente, lesÕo cor poral, perturbação funcional ou doença que de termine a morte, o perda total ou parcial, per manente ou temporária da capacidade paro o trabalho ou de quolcuer forma reduza a capa cidade do ganho do seu portador.
Admite ainda como lesão indenlzave! o decorrente de sabotagem ou de terrorismo pra ticado por terceiros, ofensas físicas intencionais, desabamentos, inundações, incêndios. Estende Q proteção aos operários e demais servidores nõo titulados do Uniõo, Estados ou Municípios, com funções em obras públicas e em serviços de natu reza industrial, agrícola ou pecuário e aos em pregados de autarquia, das sociedades de iSconomia misto e concessionários de serviço pú blico. Estabelece a efetiva responsabilidade com relação à prestcçco do assistência desde o co nhecimento pelo empregador dos prim-siros sin tomas da doença, paro evitar males maiores a ambas as partes, facultando a reclamação em virtude da assistência insuficiente ou mal orien tada e regulando o sistema para o verificQçõo do procedência ou não da queixa argüido, su prime a incapacidade temporária ou parcial. A prático demonstro, na verdade, o Inconveni êncio de tal classificação. Acidentado o traba lhador, é de toda a vantagem o seu afastamen to do serviço, para que se evite a ogravaçaoMa lesõo e, se o incapacidade é temporária, a im possibilidade de ganho durante êsse período de ve ser total . • (Conlinun iin Joilin (í)
alavra ministerial sôbre o ante-projeto de nova lei de acidentes
À eletricidade deve q indústria, em grande parte, seu esplêndido desenvolvimento moderno. Mas, contra seus riscos, devem precover^se in dustriais e operários, afim de evitar acidentes e prejuízos materiais, causados por ela através de choq;ues, queimaduras, incêndios.
E não só são lardentáveis as lesões causa das diretamente pela cprrente elétrica como também ocorrem acidentes graves resultantes, indiretamente, do imprudente manejo de insta lações. Basta lembrar, para ilüstrar essa últi ma fonte de sofrimentos os consequêncios que pode ter a ligação de uma chave elétrica pondo inesperadamente em movimento uma máçiuina que esteja sofrendo reparos ou simplesmente limpesa ou lubrificaçâo: o operário pode ser colhido, perdendo um dedo, um braço ou, quem sobe mesmo, o vida devido apenas ò inoportu na intervenção de um companheiro nco fami liarizado com o serviço; a máquina pode sofrer danos de vulto cuja reparação acarrete despeso elevada,
Como lesões diretas o operário geralmente recebe queimoduras, de maior ou menor gravi dade, ou choques, que podem variar de intensi dade, causando apenas á sensação de formigamento, ligeira contração de músculos ou efeitos mais graves, como a poralizia dos centros res piratórios, e até mesmo a morte, conforme n intensidade da corrente e outras circunstâncias. A voltagem é, naturalmente, fator impor tante a considerar. Mas, mesmo baixas voltagens podem causar graves lesões, dadas as con dições de resistência do indivíduo e do local A humidade representa fator importante neste particular. Evitá-la é pois concorrer para que sejam'atenuados os choques.
Também pode se reduzir muito*© perigo de acidentes pessoais usando voltagens baixas. Mas não se pode estabelecer limite absoluta mente seguro, pois até mesmo mortes resultam freqüentemente de contatos com circuitos ou aparelhos nõo devidamente isolados e traba lhando sob voltagens reduzidas como sco as uso • das nas instalações elétricas domiciliares.
E bem se pode dizer que circuitos e equi pamentos, operando sob oita voltagem, quando devidamente protegidos, oferecem maior segu rança do que outros mal protegidos, embora tra balhando sob voltagem mais baixa.
Além disso, é bom lembrar também, que um choque de pequena intensidade pode oca sionar acidentes indiretos como a queda-de um operário que se encontre, por exemplo, no alto
de uma escada, causando-lhe lesão de gravida de superior à que poderia sofrer apenas da cor rente '
Por tudo quanto acabamos de dizer sm re sumo, deve-se ter cuidados especiais corfi"a"s ins-talações e equipamentos elétricos, evitando os curto-circuitos, as terras acidentais, sôbre-cargas e maus contatos.
Esses cuidados começam na fase de cons trução. Aos especialistas cabe proteger e exe cutar as instalações utilizando o material mais adequado. Deve-se combater o hábito de se improvizarem em eletricistas aqueles operários que não tenham conhecimentos e prática para o desempenho dessas funções.
Todos os perigos de contato devem ser afas tados. Os fios e equipamentos devem ser isola dos ou colocados fora do alcance do operário; as terras mantidas em bcos condições; os pon tos perigosos assinalados como também os dife rentes circuitos, chamando especlol atençõo para os de voltagem mais oIta.
Como não estamos nos preocupando com a operação em trabalhos especializados de eletri cidade ,da alçada de empresas exploradoras des se ramo do serviço público, nem tão pouco da execução de instalações que, como já acentua mos, deve ser cometida a organizações ou pes soas especializados, não nos detemos na análi se de dispositivos de proteção individual como luvas, cintos, aventais, esteiras, e nem mesmo de ferramentas adequadas à execuçõo desses trabalhos. Basta por enquanto que insistamos para que somente quem saiba trabalhar em ser viços elétricos, e assim conheça seus perigos, de les seja encarregado, evitando dessa maneiro as improvisações danosas nõo só a homens como a equipamentos.
E' preciso, porém, lembrar que tais dispo'sitivos e sobretudo as ferramentas de uso mais universal, que. sõo convenientemente isoladas, devem ser bem conservadas e inspecionadas fre•cuentemente.
temente escolhidos. Particular atençõo merece o isolamento. Nco sendo resistente estraga-se em pouco tempo devido à açõo de agentes me cânicos ou da humidade. ,As lâmpadas estõo sujeitas a quebrar-se ò menor pancada, motivo porque devem ser protegidas.
Também as boquiIhas devem ser cuida dosamente escolhi das. As de latõo nõo se deve usar em ex-' tensçts sem ligação ò terra. As de porcela-na nõo oferecem o perigo de choques mcs sõo 'puebradiças. Melhor será o empre go de boquilhas de "material isolante, nco quebradiço.
Também merecem atenções e cuidados es peciais os protetores dos circuitos. ,Um fuzivel nõo deve ser substituido por fio de maior .resis tência,-ao critério de qualquer um.
A substituição de fusíveis deve ser feita com o auxilio de alicates especiais (Soca-ftusível) e nõo com a mão.
As chaves devem ser protegidas. Usam-se com sucesso as de segurança que ficam fecha das a cadeado enquanto o circuito estiver des igado, o que deve acontecer sempre que houve-necessidade de repará-lo ou nele realizar qual quer .trabalho.
Aliás, inspeções periódicos de to das as instalações, devem ser feitas, por pessoa habili tada. Mas ao ope.-rário compete co municar ao feitor, para 'que este pos sa adotar as provi dências necessá rias, a existência de qualquer perigo ou defeito que ob serve no equipa mento com que trabalha. Evitará,' assim, choques, da • nos ,pessoais,e ma teriais.'
A propósito lembramo-nos das lâmpadas usadas em extensões. Os fios sõo sujeitos a danificar-Se rapi damente, ss nõo forem convenien
Muitas organizações adotem o hábito de colocar, junto ò chave, letreiro indicando que está fora de serviço e nõo deve ser religada se não por quem tenha autoridade paro fczê-Io por conhecer exatamente porque foi desligada 0 quando pode novamente ser restabelecida o
Cerlificou~<ie de que ninguém está trabalhando no circuito? (Coníoítin no Jolhn tí)
Prevenção de Acidénteç
Março de 1944
Há poucos dias os jornais dedicararr. paginas inteiros a grande desastre ferroviário ocorrido em São Paulo.
Infelizmente a catástrofe foi dè propor ções alarmantes.
As verdadeiras causas do sinistro ainda não forem conhecidas, circulando muitas versões a respeito.
Muitos afirmam que a composição desen volvia "excesso de velocidade".
Outros asseguram qüe^o maquinista, como fazem todos os maquinistasSempre qas preci sam "tirar um atraso", corria à vontade por um declive existente.
No entanto não nos cabe verificar as cau sas da ocorrência, porque seja como for, a in felicidade atingiu e enhtou algumas dezenas de, famílias, tendo em vista que perderam o vida 35 pessoas e outras 57 ficaram feridas.
As causas serão apuradas devidamente e os meios de serem evitadas fatalidades como esta, devem ser cada dia estudados e aplicados convenientemente.
Viu a fábrica de cimento de Sierras Bayas, Argentina, em 1943, decorrer o segundo ano consecutivo sem «jm único acidente com perda de tempo, graças aos seus trabalhos de preven ção. Que magnífico exemplo a ssguir!
Registramos, com essa notícia, nossas con gratulações à companhia referida e ao Instituto Argentino de Seguridad, ao qual é associada.
(Conclusão da jolha 6') corrente. E' pratica recomendável pois evita muitos danos diretos e indiretos, conforme já exemplificado.
A cbservaçGo dos conselhos que demos nc correr desta exposição, tão ampla e generalizada, contribuirá para reduzir ou eliminar os aciden tes de origem elétrica como também os incên dios e outros danos materiais devidos ò eletri •uidade,
Apesar de tudo podem oinda ocorrer aci dentes que aparentemente causem a morte do vítima. Por isso não podemos deixar de nos re ferir oo sistema "Prone" de respiração artificial, que tem restituido a vida a muitas vítimas de afogamento, contátos é descargas islétricas e envenenamento por gaz.
Na página sete descrevemos o método de maneira sucinta e prática, pondo-o ao alcan ce de qualquer pessoa.
(Conrhisâo ilr Jls -V)
Pelas obrigaçÕ2s resultantes dos dispositi vos do onte-projeto, nos casos de doença profis sional, responderão proporcionalmente todos os empregadores, sob cujo dependência tiver tra balhado o empregado, na mesmo profissão, dentro dos dois ultimes anos, salvo as exceções que a próprio lei estipulo. Tal disposição não impede que o empregado exija a total idade do seu último empregador, cue, neste coso, ficará com direito regressivo contra os anteriores.
O ante-projeto contem ainda preceitos so bre a readaptação profissional e o reaproveitamento do empregado acidentado, poro reinte grar a vitimo do .infortúnio do trabalho nos for ças produtoras do Nação. Terna insuscetível do penhoro o -crédito da vítima, de acidente ou di reito dos seus beneficiários, impedindo;~também.,_ a cessõo, o procuração em Cdusa própria, qus -eram fórmulas de fraude, e assegurando (prio ridade no concurso de créditos privilegiados.
Trata também, minuciosamente, em longo capítulo, do prevenção dos acidentes, adotando as mesmas diretrizes da Consol idação dos Leis do Trabalho e (estabelecendo modalidades. Dou exemplos. A recusa, ppr parte do empregado, em submeter-se òs instruções especiais expedi das pelo empregador em ordens de serviço, foi equiparado ò insubordinação para os efeitos de {'•jsta causo de rescisão de contrato de trabalho. Por outro lodo, consideram-se transgressões, dos preceitos do prevenção o emprego- de máquinas C'j instrumentos em mau estado ou execução de obras ou trabalhos com pessoal e material defi cientes. Aliás, está hoje apurado que por mais que Se dispehda com a prevenção racionalizado, ela será sempre menos oneroso que o sistema de indenizações.
O ante-projeto contém ainda preceitos sotos do problema, e de grande vantagem será que sôbre os seus dispositivos se manifestem ju ristas e interessados, afim de que o nova lei possa al inhar-se entre os melhores e mais equi ibradas nesse campc da íegislaçõo.
Enfim, no meio das dificuldades do época que atravessamos e dos óbices cue todos os pro gramas administrativos encontram ò cada mo mento, o Estado Nacional, sob a inspiração do presidente Vargas, contjnua serenamente cum prindo as suas oitos finalidades scciais*.o servi ço do engrondecimento do Brasil
Deito-se o vítima de bruços, com. um braço extendido pa ro a frente e o outro dobra do, poro 'que sôbre o ontebroço Ou a mão repouse o rosto de modo que o nariz e a boca fiquem livrss.
2) Ajoelho-se por cima da víti ma á altura do cintura, pondo-se as palmas dos mõos sôbre as costas, com os dedos descansando sôbre as coste las; o mínimo apenas tocondo a última costela . (fig.
Extende-ss bem os braços, inclino-se para a frente, de vagar, deixando que o peso do corpo foco pressão sôbre o torox da vítima. Este mo vimento que deve durar de •dois a trlês segundos, nõo deve ser violento, (fig. 2)
Para reaulor o nt.mo dc ODeraçõo basta ocomponhor nrópria respiração funda inclinando.se paro a frente' "C É necessário continuar esta L.ohra de_ respiração ortificiol, nreciSO horas) até qae volts a respi ração riorntal do vitimo.
Depois, incl ino-se imedioto-t mente para trás, cessondo completamente a pressão anteriormente feita. (fig. 3)
associacao brasileira para PREVENÇÃO DE ACIDENTEI
EDIFÍCIO MAYAPAN — Sola 1119
Av. Almirante Barroso, 91
Caixa Postal 2916 RIO DE,JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS
Presidente
J. M. FERNANDES
1 Vice-Presidente
J. G. de ARAGÃO
2.® Více-Presidente
ALCIDES LINS Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.° Secretário
K. Ap-THOMAS
J.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.° Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo.
È com satisfação que verificamos como nossas trabalhos vão produzindo resultados indiretos além dos que constatamos diretamente.
Não só nos chegam o meúdo referências honrosas ao çue realizamos, como também temos visto nossos escritos reproduzi dos, aumentando, assim, seus benefícios.
Ademais notamos que outros instituições e revistas téc nicos também já cuidam da prevenção de ocidentes, dando-nos d honra de nos oponttarem como fonte de ensinamentos ou ins piração.
Isso é, poro nós, atestado confortodor de que vamos cum prindo nossas finalidades e de que já se observo por cquí o espirito de segurança, sem o qual nenhum trabolho eficiente de pre venção de acidentes é possível.
A Prevenção de Acidentes, nos últimos tempos, vem se tornando uma realização pal pável no campo industrial, e agora que o "situa ção é onormalissimo, em que os Nações Unidas convergem todos seus esforços poro maiores pro duções, a Prevenção de Acidentes torna-se ain da mois imperiosa.
Parecerá, à primeiro vista paradoxal que Se pense em prevenir acidentes, quando o pers pectiva é ds morte em campos de batalho; en tretanto, o raciocínio assim dirigido é frágil e de fácil contestação.
A guerra de hoje não é somente dos sol dados de vanguarda, porém uma grande porção do esforço cabe aos soldados do retaguarda, por que nas fábricas e estabelecimentos industriais são forjodos os armamentos e munições para os que se encontram nos linhas de frente.
São tão úteis e necessários os que ganham uma grande batalha, os que aniquilam o inimi go, como tombém são úteis e necessários aque les que produzem a máquinorla bélica e a trans portam à primeira linha.
Desta maneiro, o ocidente rspresento poro o produção um retardamento e às vezes um co lapso. E' um ato de auto defesa prevenir o oci dente, reduzindo, tanto quanto possível, a per da de.horas de trabalho.
Em nosso pois, q Prevenção de Acidentes já se encontro no rói das realizações concretas, já temos a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes que, há algum tempo, vem minis trando ensinamentos, indicando recursos, ditan do conselhos para que, em nosso terra, tenha mos, em.breve, afastado de nossas preocupações o nimbus escuro dos ocidentes. Os res>ultados já se fczsm sentir. As espectativQs são as melho res possíveis e, dentro em breve, é de se esperar que todo organização industrial ou comerciei estéja se desdobrando em esforços afim de que o total do horas perdidas seja nuIo'.
Nos Estados Unidos, é paladino do compo nha o Nationol Sofety Council, com séde em Chicago, cujo atuação destacado e eficiente, le vou o Presidente Roosevelt o chamá-lo paro cooperar no esforço de guerra, intensificando e estendendo seus trabalhos de prevenção de aci dentes não somente òs indústrias de todo o país.
mas a todo sorte de atividade. Inclusive òs do lar. -
A magnífica atuaçõo do Nationol Sofety Council inspirou a hundaçõo do Conselho InterAmericano de Segurança (Inter-Amerlcan So fety Council), com séde em New York, qu-e tem orientado a criação de organismos semelhantes nos Américas. A ele devemos o iniciativa de fundação do Associação Brasileira para Preven ção de Acidentes que, no Brasil, tem produzido muito, levando-se em consideração o seu pouco tempo de organização.
Embora nco seja matéria nova, a preven ção de acidentes oindo nao é bem compreendi do e praticada entre nós, o que não se deve es tranhar porque até ogora não dedicámos ao pro blema o atenção que ele merece e exige. Nem mesmo foi cindo combatido, como deve ssr, o idéia fotolisto que atribue ò obro do acaso a ocurrência de ocidentes, quando no verdade eles têm suas causas, sendo portanto perfeitamen te evitáveis.
A prevenção de acidentes é simples, exi gindo porém codperaçQO, trabalho contínuo e perseverante, não sendo de esperar resultados surpreendentes e altamente compensadores desde o inicio, mas sim após algum tempo de suo pró-
(Conclue a fls. 6T
Récebeu a Associação, há poucos dias, a honrosa visita do senhor R. A. Hhmmel", pre sidente da Lone Star Cemenl Corporation, es pirito de escol e grande paladino da preven ção de acidente que deixou, não há muito e após realizar administração das mais proficuas, o cargo de presidente do Inler American Safety Council, ao qual continua a pres tar, como diretor, sua magnífica cooperação, Deixando registrados aqui os nossos agradecimentos pela atenção com que nos distinguiu, expressamos tamijém, ao Sr. R. A, Hummel, nossos votos de felicidade pes soal e de boa e agradavel estadia entre nós.
Obedecendo à seqüência de assuntos a tra tar no corrente ano visando apontar perigos e causas de acidentes a combater, conforme pro grama estabelecido, já cuidámos dentre outros da límpesa dos pisos de trabalho e da remoção de objetos abandonados nas passagens ^
Abordámos, assim, o fator material de uma série de acidentes. Não completamos porém d tarefa. E' necessário também cpue dediquemos algumas palavras ao fator humano.
Embora admitindo que todas as medidas sugeridas tenham sido postas em prática é ne-_ cessário combater o excesso de confiança que degenera em imprudência. Dessa maneira não deve ser descurada a educação do operário, insistindo-se sempre para que caminhe com pre caução, vendo sempre onde pisa e por onde onda.
As correrias nos locais de trabalho devem ser totalmente abolidas. Mesmo o caminhar apressado não é recomendável E' cloro 'que não defendemos a lentidão sonolenta pois também o sono causo acidentes.
Na travessia de portas ainda maiores de vem ser as precauções, lembrando-se sempre de que alguém pode vir em sentido contrário.
As portas de vai-vem devem, de.^preferência, ser puxadas e não empurradas evitandõ-se,' assim, muitas pancadas em quem delas se aproxime.
Também as passagens estreitas e sobretu do aquelas de pouca altura ou onde houver obs táculos, exigem maiores cuidados.
Naturalmente essas condições de perigo devem ser assinaladas colocondo-se letreiros em lugares visíveis e adequados, estando as passa gens bem iluminadas.
De maneira acentuada se fazem sentir mais necessários esses cuidados no trânsito por es cadas
Naturalmente que elas devem ser projeta das com a preocupação de segurança e assim mantidas: limpas, bem conservadas, não escorre gadias, sem defeitos nos degráus, com os corrimões sólidos e em bom estado, convenientemen te iluminadas.
As de madeira exigem outras atenções. Devem ser inspecionadas freqüentemente e re parados os seus defeitos. Degráus partidos ou comprometidos, falta de resistência, prégos etc., são causas freqüentes de quedas e ferimentos.
Devem ser icolocadas e mantidas firme mente, evitando que deslisem. Para isso devem ser amarradas ou seguras por outra pessoa e regulado seu afastamento da parede.
Não se deve colocar uma escada em fren te a porta que abra para dentro. Também é conveniente não apoÍá-la no caixilho de uma janela. Evita-se isso, pregando uma táboa no tope da escada de modo qtue a mesma se apoie nos Iodos da janela.
É preciso ainda lembrar sempre que as es cadas foram feitas tanto para subir como para descer. É pois, condenável deslizar por elas co mo se fossem planos inclinados.
O correto é descer-se ou subir-se de fren te para a escada e sempre segurando nela, quer seja nos degráus ou nos lados.
Oportunamente examinaremos com maio res detalhes a questão das escadas, em instru ções especializadas.
O transporte de materiais longos, ao om bro ou à cabeça, deve ser feito lembrando sem pre dos companheiros que estão trabalhando ou circulando. Nas passagens estreitas, na traves sia de portas, nos cruzamentos, naturalmente maiores devem ser as precauções. Evitam-se ossim esbarradas e pancadas.
Sempre que possível, caminhar de frente. Quando de costas, prestar atenção ao companiheiro que o ajude no transporte do objeto pe sado, atendendo aos seus sinais e à sua guia. É preciso ajudar e pedir auxílio. Nõo se deve carregar pesos excessivos oiu deixar que compa nheiros o façarh.
Quando o transporte é ferto em carrinhos deve ser mantida a visibilidade/ dirigindo-os de ■frente e não sobre carregando. Em caso con trário o operário que maneja o transportador é forçado a virar a cabeça, senão todo o corpo, para verificar por onde vai.
Estudando-se os acidentes que se sucedem nos armazéns e depósitos verificamos que esta prática tem custado muitas cabeças quebradas em virtude de pancadas em materiais amontoa dos e empilhados.
Acidentes dessa natureza serão eliminados completamente se os capatazes não permitirem que operários carreguem mercadorias ou mate riais pelo forma descrita.
Naturalmente onde mais intenso for o trá fego de carrinhos ou transportadores, é necessá rio estabelecer-se mõo e contra mão, aliás con veniente em qualquer hipótese
A sinalização, quer por meio de dísticos, quer por indicações cu faixas de tráfego, tam bém se recomenda paro cs páteos e interiores de fábricas e depósitos.
Finalmente, devemos recordar a iluminação dos armasens e depósitos. Muitos deles a tem deficiente devido a estarem tapadas as janelas ou portas auxtliares com pilhas de materiais; ou tras vezes essa iluminação deficiente é devida ò falta de aberturas ou defeitos de instalações elétricas. Sem luz não podemos ver por onde ca minhamos
As Comissões de Segurança de cada organi zação cabe examinar todas as questões aqui expostas, indicando os meios de resolver os pro blemas locais e promovendo a efetivação das medidas preconizadas.
{Continuação da pag. 3)
tico. Ele repousa em tres ordens de atividades, quja seqüência inicial é a seguinte:
1.°) Criação do jnterêsse geral e ativo pelo segurança.
2.°) Análise dos acidentes, para determi nação de seios causas.
3.°) Ação corretiva baseada, nessas causas verificadas.
A primeira circunstância é primordial. Não será possível obter a redução definitiva dos aci dentes em qualquer fabrica, oficina, otc., sem que todos, compenetrados das respectivas res ponsabilidades, se interessem entusiásticamente pela campanha, não só protegendo-se como protegendo aos outros, evitando causar aciden tes, instraindo-se, exemplificando.
Claro é que o esforço persuasivo deve emanar de cima, cabendo aos que dirigem (ge rentes, snjperintendentes, assistentes, chefes de serviços, mestres, feitores e capatazes) respon sabilidades grandes e atuação insubstituível no preparo da conciência de segiurança, de que todo o pessoal deve estar possuído para que os aci dentes sejam combatidos.
Para que se investiguem as causos do oci dente, é necessário anoHzar como ocorreu cada um deles, examinando as circunstâncias q;ue o cercaram desde os seus antecedentes, abordando/ separadamente, o fator humano, o locgl de trabalho, a rrráquina, etc. A análise deverá ser feita mesmo quando não resujtarem conseqüên cias danosos do acidente. Isto porque não se pode avaliar a importância do acidente sómente pelas suas causas.
Para combater as causas do acidente, as providências variam. Convém que se saliente desde já que geralmente se trota de providên cias que não acarretam despesas especiais e ra ramente conduzem a dispêndios de vulto.
Custará pouco melhorar as condições de limpeza e asseio do ambiente ^e trabalho, pro teger as partes perigosas dos máquinas, educar o operário e dar-lhe recurso e proteção indivi dual para que execute sua tarefa sem perigo de acidentar-se. Resultará em benefício da pro dução, aperfeiçoando-Q e barateando-a, o melhor arranjo dos materiais, o funcionamento seguro das máquinas, o desatravancamsnto da oficina ou fábrica.
Temos o prazer de registrar a inscrição re cente dos seguintes novos sócios que vêm tra zer à Associação, além de seu prestigio e apôio, a satisfação de verificar a expontaneídade com que nossos industriais se incorporam à benemé rita obra de prevenção de acidentes:
Moraes Barros & Cia.
Moreno Borlido Gr Cia.
Tapijara & Cio. Ltda.
Cia. Progresso IndüstriaL dp^rasil
Gillette Sofety Razor Company of Brazi!
Industria Nacional de Canos de Aço
S. S. White Dental Mfg. of Brazil
Oliveira Lima Gr Cia. Ltda.
Fritz Johansen S. A.
A. Piratininga — Cia. de Seguros
LIoyd Industrial Sul Americano
Companhia Paulista de Estradas de Ferro
Companhia Vidreira do Brasil
Evidentemente aumentará a eficiência do operário a melhoria das condições de ilumina ção e ventilação dos locais onde trabalham.
Todas essas providências, que são tomadas no interêsse do indústria, favorecem grandemen te o "Combate do Acidente".
Aí .estão, em linhas gerais, ds bases do Prevenção de Acidentes. Desde que se consiga implantar entre o pessoal o "Espírito de Segu rança", estará vencida uma etapa das mais im portantes, restando, sómente, daí por diante, cumprir, manter e desenvolver o mesmo espírito.
(Transcrito da^ Revista Mineira de Enge nharia, Ano V — Setembro de 1943 — N. 39).
1 Procure conhecer bem o serviço, antes 13 — Tenho sem|]»re no memória a seguronço de realizá-lo. dos seus companheiros se esqueceu o sua.
Antés de por em movimento uma má quina, repare se tudo está em ordem e se não há perigo.
• Não improvise ferramentas; procure uma adequada ao seu trabalho.
m
A distração é um dos maiores fatores de acidentes. Trabalhe com atenção e drficilmente se acidentará.
A pressa é companheira dos acidentes. Faça tudo com tenfpo, para trabalhar bem e com segurança.
6 — Lembre-se sempre do velho ditado "Mais vale prevenir do que remediar".
Coopere com seus companheiros em be nefício do segurança de todos e siga sempre os conselhos de seu chefe ou. feitor.
ã — Ande com atenção, olhando para a fren te, por melhor que conheça o caminho.
9 — Quando ocorrer um acidente ao seu com panheiro, seja o primeiro a socorrê-lo.
10 — Mantenho sempre sua bancado em ordem; a limp|eza e o orronjo concorrem paro o trolralho sem. perigo.
11 — Execute com cuídodo o trobolho que lhe foi confiado.
12 —■ Pense na sua fomília antes de comieter uma imprudêncio.
14 —' Procure manter sempre limpo e em or dem o seu vestiário.
15 — Coopere com seus companheiros em be nefício do seguronça de todos.
16 — Pense sempre no que está fazendo, e só no que está fozendo.
17 18 19
Acate sempre os observações de seus chefes e 5i;ga seus conselhos.
Nunca deixe de usar óculos de seguron ço quando o serviço o exigir.
Não remova as proteções de uma máqui na. Não proceda à sua líntipesa, conser to ou oiustomento quando em movi mento.
Não atire ferramentas ou moteriais, nem os abandone em lugares altos; foço-os descer por uma corda ou pelo meio que lhe fôr indicado.
21 Não use roupas inadequodas oo serviço: prefira o mococão, é o melhor vesti menta.
22 NÕo deixe objetos espelhados pelo ch6oApanhe-os.
23 —^ Antes de subir uma escada, verifique se elo ^ está perfeito e firmemente colo>cada.
24 — Peça o ajudo de um companheiro se o serviço fôr demasiado porá sua forço.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
EDIFÍCIO MAYAPAN —Sala 1119
Av. Almirante Barroso, 91
MAIO DE 1944 ANO 2 — No. 17
"Com o regulomento do Departamento Nocionol do Trobolho, o motério do prevenção dos acidentes no trobolho esto em fóco.
Caixa Postal 2916 RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS
Presidente
J. M. FERNANDES-
1-° Vice-Presidente
J. G. de ARAGÃO
2.® Vice-Presidente
ALCIDES LINS
.° Secretário
DULCIDIC A. PEREIRA
2.° Secretório.
K. Ap-THOMAS
1.° Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAÍR
2.® Tesoureira
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo.
' Curiosissimo é o trabalho que estampamos, reproduzido do "Jornal do Comércio" de 13 de ogosto de 1921
De foto; nele obordo o senhor Eduardo Olifiers, otuário entco em pleno otividode, e toívês pelo primeiro vez no Brasil com tonto proficiência, o problema do Prevenção de Acidentes. Seus conceitos e conselhos cindo são' de polpitonte oportunida de, A técnica expíonodo oindo é moderno.
A necessidode dé umo Associcçõo como o nosso, poro que, o combote oo ocidente sejo corodo de pleno êxito, oi está bem documentodo e evidenciodo, Nem mesmo um lema- que sintéticomente exprimisse o Safety First do idioma inglês, escapou às suas cogitações. E, cer tamente por não conseguir um sotisfotório em português, oceitou o lotino; Prímo'Securitos.
Por tudo isso e porque deve ser lido pelos interessados no assunto, merece o trabalho em opreço o destaque que lhe de mos.
No Brosil, tendo o lei de reparações dos aci dentes do trabalho entrado em vigor relativa mente hó poucos anos, essa matéria oindo noo tem o importâncio de que dispõe no Europa e no Américo do Norte, onde se considera o preven ção dos acidentes do -trabalho como o alma desso lei, segundo o expressão do Dr. Frederick Zohn, perito no matéria.
E' potente que no Brasil, como no América do Norte e no Europa, os operários e~os patrões têm, ambos, interesses no prevenção, visto que os reporoções fixodos pelo lei de reporoções dos ocidentes do trabalho não podem necessoriomente compensar os perdas sofridas por eles, operá rios e patrões.
Com efeito, é impossível ovalior-se em di nheiro os sofrimentos dos operários e dos fomílios vítimas de acidentes do trabalho ou os per das de cportunidode de uma melhor situoçõo por invoiidéz permanente cousodo por aci dentes.
E' impossível também ovoliar-se o que a indústria perde em tèmpo e energio por terecn de abandonar o trabalho os operários acidenta dos poro serem substituídos por outros que pre-, cisam estar fomiliarizodos com o ofício. Nesta época de intenso trobolho, é do interesse dos patrões facilitar □ produção, pondo os seus ope rários ao obrigo do perigo; sendo assim, o pro dução será melhor e maior.
Enfim, é menos custoso oos patrões, ado tarem aparelhos e medidas de prevenção de oci dentes do trobolho que soo eficozes, do que pogorem reparações ou um prêmio maior paro o seguro devido oo risco maior.
Nesse sentido o experiência estrangeiro, mostra que se poderá melhor obter o fim colimodo peío educoçpo dos operários e patrões, o que se dará com o menor resistência pelo interesse pecuniário que oS patrões têm em reduzirem os acidentes.
Nesse mesmo sentido os estatísticas extrongeiros mostrem cloromente que os causas de ocidente nco são devidas, no suo maioria, ás máquinos ou á insuficiência dos aparelhos de prevenção dos máquinas, porém aos otos e erros
Individuais, sejam de operários ou de patrões, que poderiom ser evitodos somente se fossem especialmente educados e se lhes fosse ensi nado o maneiro de tomor os devidos precau ções conero os acidentes
No último "industrial 'Sofety Conference" de Londres, em Setembro de 1920, orgonizodo pelo Departamento do trobolho inglês e o "British industriol Sofety Associction", o chefe dos inspetores do trobolho, iSr. Bellouse, opresen-' to estatísticas inglesas o êsse respeito e diz que dois terços dõs ocidentes, não são devidos ás móquinos, e mais cindo que do terço restan te só umo terço porte pode ser evitodo pelo emprego de oporelhos preventivos colocados nos máquinas.
As estatísticos no Alemanha, de 1887, 1897 e 1907 já provaram, também, esse foto. A Alemanha que foi o primeiro país o ter umo lei de reporoções de ocidentes do trobolho, foi a primeiro o cometer o erro de encarregar cs autoridades de usarem aparelhos e medidas pre ventivos que nõo deram os resultodos desejados por serem no suo maiorio teóricos e inapllcóveis.
No Inglaterra tem-se -umo outro políti ca: os autoridades incitorom, encorajaram, protegeram tõo sórnente cs iniciativas dos pa trões e dos operários; os aparelhos e medidas de prevenção só foram postos em vigor depois de terem sido aprovados pelos patrões e verificodo o suo eficácia no prático.
No Brasil, dever-se-á seguir essa político dos ingleses que é o dos Norte-Americonos. O Departamento do Trobolho dev.erio limitar os funções dos engenheiros, dos inspetores do tra balho o darem, o princípio conselhos oos patrões e reunirem elementos poro códigos de apare lhos e medidas preventivos, copiados dos extrongelros, convenientemente odopto os oo melo brasileiro.
Esses códigos não deveriam ser obngato- rios antes de ser provada a sua efícacia e de serem ouvidos os interessados afim rem os benefícios do critica. A elite dos patrões em todos os ramos do atividade de veria criar, no Brasil, -uma ossociaçao especial-
Cêrca de um terço' dos acidentes indus triais, ocorrem no manejo de materiais.
Naturalmente sco de menor importância as conseqüências da maioria deles, por se veri ficarem com materiais menores ou mais leves, cujo transporte e arrumação exigem apenas o emprego do força m-uscular.
Ferem-se principalmente os pés e as mãos, comprimidos senão mesmo esmagodos, sob car gos QU£ caem ou simplesmente resvalam.
Também são freqüentes as hérnias, prove nientes do levantamento de pesos exagerados, e as distenções musculares, resultantes de moneiras incorretas de o fazer, como aliás já foi mos trado em um de nossos cartazes.
E' preciso evitar os esforços exagerados. Mesmo que se trate de pessoa m'Uito forte, deve sempre lembrar-se de que há um limite para o esforço que seus músculos podem suportar. Exce der tais limites é sempre danoso. Prático e segu ro é solicitar o auxílio de um ou mais componheiros.
Além disso,-nunca se deve esquecer de que o esforço principal, ao levantar pesos, deve re cair sôbre os músculos das pernas, de preferên cia aos dos costas, como mostra uma dos gra vuras que iustram este texto.
Prática a combater, no levantamento de pequenos pesos com guinchos manuais, é o há bito comum que leva o operório a colocar-se de maneiro a ficar o pé sob a cargo. Se o peso, por qualquèr motivo se desprende, r-€&ülta,,'nâo raras vezes, o esmagomento do pé. Também os mãos devem ser protegidas nessa operaçoo, para evitar os ferimentos devidos ao atrito do cor rente.
No entanto, é claro, os acidentes mais sé rios ocorrem quando os materiais são mais pe sados ou volumosos, exigindo o emprêgo de meios mecânicos, tais como alavancas, cordas, correntes, guinchos ou guindastes, elevadores de carga, transportadores ou pontes rolantes, etc., para os levantar e transportar de um sítio a outro.
Milhares de acidentes se verificam cada ano na operação destes equipamentos e de mui tas ocorrências resultam sérias lesões aos traba lhadores.
E' natural portanto que o assunto mereça toda o otençõo e que o focalizando contribua mos para afastar causas de acidentes ligadas a tais operações.
Em regra, o que acontece é não se achar o aparelhamento em boas condições, trabalhar so brecarregado ou não ser manobrado convenien temente.
E' preciso, pois, como medida elementar de prudência, que cabos, correntes, cordas, guin dastes etc. etc., sejam sempre conservados e mantidos em boas condições, procedendo-se ao seu exame periodicamente,
E' indispensável, também, que não sejam excedidos os respectivos limites de carga, mo tivo porque os encarregados de manobrar dispo sitivos transportadores ou elevadores devem sa ber qual a carga máxima admissível, sendo de boa prático colocar em lugar visivel avisos indi cando esses limites.
Por outro lado, é preciso também selecio nar tais encarregados e os instruir conveniente mente, evitando improvisações sempre prejudi ciais à segurança e à eficiência.
Na manobra de guindastes e pontes ro lantes, sinais definidos devem ser usados, de mo do a orientar as operações de levantar, baixar ou transportar cargas. O operador só deve aten der aos sinais de uma pessoa, préviamente desig nada e não deve mover o carga sem que haja compreendido com clareza o sinal recebido.
E' muito perigoso e deve ser evitado o transporte de volumes pesados por sôbre pessôas em trabalho, pois a carga pode cair quando menos se espera, resultando muitas lesões sérias e fatais dessa prática insegura.
E' também perigoso, e deve ser evitado, o balanço da carga ao ser levantada. Basta para., isso que o gancho caia verticalmente sôbre elo ou que no início do levantamento seja ssgura até adquirir a verticolidade.
Recomendações devem ser feitas aos tra balhadores paro que nÕo ponham as mãos nas eslingcs, cabos, ou correntes, depois do gancho ter segurado a carga.
A maioria das causas de acidentes na ma nipulação de materiais, equipamentos etc,, re
sulta de imprudência ou moús hábitos, como aca bamos de verificar.
Para concluir vamos agora reproduzir alguns exemplos dessas ocorrências, fornecidas pelos jornais.
Quando auxiliava a carregor um cominhõo.. . foi vítima de um acidente. Uma pilha de sacos cTe arroz caiu sôbre ele, ferindo-o bastante.
("Estado de Minas" Belo Horizonte)
Quando trabalhava no serviço de des carga do vapor.. . foi vítima de um aciden te o estivador. Atingido pelo gato de um guindaste na orelha esquerda, sofreu um ferimento contuso de regular importância.
("Folha do Norte" — Belém — Porá
' . . . trabalhava no depósito de madei ra daquela empresa procedendo ao descarregamento de toras.
...uma delas rolou sem governo, colhendo o operário. . . depois dos primeiros curoti-
Mantenha seu corpo o mais vertical possível
Tendo um dos elevadores de cargo sofrido um desarronjo a altura do quinto pavimento, de cidiu-se o operário a ir reparar esse aparelho. Poro ali subiu e desligando a corrente qus o sustentavo, calçou-o, apenas com um pedaço de ferro.
Entrando, depois, poro o elevador, José da va começo ao'consêrto, quando, inesperadamen te, este desprendeu-se e caiu com êle ao solo. A quéda foi de quase 25 metros de altura.
Removido pard o Posto Central de Assis tência o operário faleceu quando era socorrido.
("Jornal do Comércio", Rio)
•
Um homem de 40 anos de idade, aproxima damente, côr branca, que trabalhava no Cais do Porto, no serviço de estiva, foi vitimado por um acidente grave.
Prccurávo êle recolher umas pesadas peços, presas ao guindaste, quando uma delas, caindo, foi otingí-lo na cabeça, fraturondo-lhe o crânio.
("A Noite" — Rio)
vos, foi a vítima transportado para o Hos pital onde ficou internada.
("Diário do Povo" — Campinas—S. Paulo)
o referido operário, que fora víHma de um ocidente provocado por excesso de esforço, apresentava distensõo grave nos músculos do ventre, sendo medicado e, após, levado ao Hospital, onde ficou em trata mento.
("Diário de Notícias" — Porto Alegre)
(Continuação da pag. 2)
mente paro o fim de promover o "Primo securitas", "Safety First", "Sureté et Protection" na classe dos potrões, segiuindo, assim, o exemplo dos industriais ingleses, norte-americanos e froncêses.
Esso associoçõo ajudará muito o Departa mento do Trobolho, notcdomente na criação de códigos de aparelhos e medidas preventivas e no formaçQo de um museu brasileiro de "Pri mo Securitas".
Cedo ou tarde se fará a organizaçõo de uma associação dessa espécie poro o-componho em favor do "Primo Securitas", sem o qual não poderio ser possível a educação dos patrões e operários nesse sentido.
Os fins dessa associação deverão ser 0 me-, mo das congêneres extrongeiros e consistirão principalmente:
Fitas cinematográficos têm sido um meio valioso poro o prevenção dos ocidentes e, sendo de uma linguagem universal, .poderão muito bem ser usadas no Brasil.
Durante minha último estada na Europa, tive ensejo de ver quanto essas associações de 'Primo Securitas", "Safety First", "Sureté et ProtÊctIon tem feito paro o prevenção dos oci dentes do trabalho, tendo sido muito ajudados nessa tarefa pelas companhias de seguros con tra os ocidentes do trabalho.
A êsse respeito, no Brasil, os companhias têm tudo a ganhar, estudando o experiência extrangeiro. O barateamento do seguro e a fi xação de taxo de palpite têm um efeito contra producente paro o prevsnção dos ocidentes do trabalho e causa, cêdo ou. tarde, a falência em prejuizõ dos operários e potrõss.
/
•-
O motorista quando hoje procedia-ò descar ga do caminhão que diriga, foi colhido por um volume, sofrendo forte contusão no abdômen, do que resultou uma hemorragia interna. foi o vítima, em estado grave, internoda no Hospital do Pronto iSdcorro.
•
("A Noite" — Rio)
Foi colhidO' por um guindaste, tendo morte instantâneo, o operário. foi também atingido, sofrendo ferimentos generalizados, o caldeireiro.
A polícia fez remover o corpo sendo o ferido internado no Hospital Santo Crijz, após os socor ros da Assistência.
("Diário de Notícias" —Rio)
o) em facilitar e militar pela formaÇÕo, em cada fírma-membro dessa associação, dum "comitê" "PrlmoSecuritas" de que farão porte um representante do patrão, operá rios e contromestres, poro investi garem os causas dos acidentes e aplicarem as medidas eficazes parq evitá-los.
Os engenheiros especialistas no matéria a serviço da associo çõo, visitarão as fábricas, ofici nas, étc., membros dessa associo çõo e promoverão o crioçõo des ses "comitês".
b) em iniciar uma intensiva e edu cativa campanha em prol do "Primo Securitas" entre os pa trões e operários, publicando paro os membros do associação, afim de- serem exibidos em fábricas, oficinas, etc., diagramas, carta zes com textos expressivos e cur tos, indicando os causas de aci dentes e os meios o serem usa dos paro evitá-los.
O referido estivador se encontrava nas proximidades do guindaste quando êste re movia do convés do navio 15 sacos de fari nho de trigo para o cais. Nesta ocasião, porém, a "língada" se desprendeu e os 15 sacos caíram, colhendo o infortunodo estivador, que sofrendo lesões graves, veio a falecer pouco depois.
("Diário de Notícias" R-io)
Prevençõo de Acidentes — Moio cie 1944
Uma tarifa mínima, organizada pelos se guradores 'brasileiros e posta em vigor pelos autoridades, evitaria as falências e ajudaria muito a prevenção dos acidentes do trabalho, seguindo-se, assim, o que se tem feito nos poi ses mais adiantados no assunto.
Os prêmios dessa tarifo mínima deviam ser fixados cientificamente paro coda ramo dè atividade, pelos dados estatísticos senco naci onais, pelo menos, o princípio, extrongeiros. A adoção dum "Merit Roting Plcn", como se tem feito no extrangeiro, terá por efeito dor um interesse adicional aos patrões para prevenir os acidentes; o falto de engenheiros especialistas nessa matéria dificulta, porém, o sua aplicação.
As companhias de seguro contra os oci dentes do trabalho podem prestar grandes ser'viços para a prevenção acesses ocidentes,, clas sificando-os segundo os causas, o que terá por efeito demonstrar cuonto é grande o proporção dos ocidsntes que podem ser evitados e os remé dios a empregar.
O serviço que poderá prestar o Departa mento do trabalho no prevenção desses aciden tes, notcdomente paro q regulamentação dos trabalhos de m-enores, que tonto aumentam os riscos de ocidentes nos fábricas, é valioso, mas, poro ter o completa eficácia, é necessário, pelos razões supramencionados, o auxílio duma asso ciação de "Primo Securitas" dos industriais bra sileiros".
ASSOCIAÇAO BRASILEIRA RARA
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
EDIFÍCIO MAYAPAN —' Sala 1119
Av. Almirante Barroso, 91
JUNHO DE 1944 ANO 2 — No. 18
Pelo DR. A. P, GONÇALVES DA ROCHA Superintendente médico da Cia de Seguros Sul América Terrestres, Morítimos e Acidentes
Caixa Postal 2916
RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS Presidente
J. M. FERNANDES
1*® Vice-presidente
J. G. de ARAGÃO
2.® Vice-presidente
ALCIDES LINS
1.° Secretório
DULCÍDIO A. PEREIRA
2.® Secretário
K. Ap-THOMAS
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ODILON DE BEAUCLAÍR
2.® Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE Sec. Executivo.
Em ncFsa' Circular n.° 8, abordamos ò necessidade dos Co missões de Segurança e apresentamos sugestões e normas paro suo constiruiçõo e atividade.
A experiência dos que já as tem constituído é o melhor atestado de sua eficiência e dos magníficos frutos que delas po dem ser colhidos.
A nova Lei de Acidentes do Trabalho, publicado para re ceber sugestões, contém, aliás, dispositivo, estabelecendo taxa tivamente (artigo 8?.)., o obrigatoriedade dos empregadores de mais de 100 empregados, organizarem xomissões desse gênero.
Encarecemos aos nossos Associados que ainda nõo o fize ram, a constituição de Comissões de Segurança, como meio indispensável co desenvolvimento do programa de prevenção de acidentes, em suas fábricas ou oficinas.
Com prazer os auxiliaremos, fornecendo detalhes e escla recimentos que atendam o coda coso ern particular.
Os acidentes no trabalho pelos suas várias causas, torna-se -uma questão complexa, que se relaciona com muitas atividades científicas. Não é assim, possível, fixar de modo pleno e satisfa tório o problema do suo prevenção. Se, porém, nõo é focil resolver o problema da prevenção de acidentes, pela maitipiicidade das suas causas, torna-se ao contrário, focíl imo fixá-lo no tocan te a uma das suas faces, de nõo menor impor tância para o operário, que é o prevenção das complicações do pequeno ferirhento considerado sem nenhuma importôncio.
A negligência,' a falta de cuidado pela suo própria saúde, faz com ique o operário fe rido de pequeno oci dente nõo lhe dê o me nor importância, o me nor valôr, precisamente por essa dimlniuta lesão nõo apresentar grávido
de, ao menos aparente mente. E infel izmente o que se vê, o que se verifica constantemen te é que as consequên cias graves sempre re sultam, em 9ua maio ria, das peqenas lesões; porque as grandes le sões, por sua natureza, forçam o procura do tratamento imediato, que remove, via de regra, a sua gravidade.
E' fóra de dúvida que a preocupação máxi ma em relação ao trabalho é a prevenção de acidentes; entretanto, nõo é só essa proteção de que carece o operário. Êíe precisa, também do proteção contra a agravaçõo da pequena lesão. De que modo? COM O TRATAMENTO PREVENTIVO. Não pareça um exagero de nosso parte essa afirmação, por ser de coda hora, de todo Instante, a. presença no nosso Serviço Mé dico de um operário sendo portador de grave e, às vezes, de irremediável lesão resultante do pe queno ferimento que recebera há vários dias atrás, vítima, assim, da sua negligência, do seu descuido, da falto de zêlo pelo sua saúde. Como protegê-lo? Fazendo- lhe a EDUCAÇÃO PRE-
OVENTIVA por meio de conselhos convincentes ique lhe incutam no espírito a necessidade do tratamento imediato a qualquer ferimento, por menor que êste seja, imperceptível até. Roçamos ao operário uma esqécle de educação sanitário contra a possibilidade do agravamento do peiq.ueno ferimento. E' esto, na verdade, uma porte essencial do problema LESÃO DE ACIDENTE NO TRABALHO, que interessando particular e diretamente 00 operário nõo deixa de ser impor tante para o patrão; ao operário, mais que o êste, por ser êle o prejudicado com as conse qüências do agravaçõo da lesõo; ao patrão nõo deixo de caber uma parte desse $>roblema por se vêr privado do concurso do operário capaz, que se encontra no iminência de uma incapacidade por sua própria culpo, pelo seu desleixo, pslo seu des cuido. Cobe, portanto, ao Patrão uma parte dessa propaganda pre ventivo conduzindo, com o suo autoridade e com o suo assistência, o operário na procura de •um tratamento imediQto. Ao operário, sem pre descuidado do peque no lesão, é preciso ser dito, torna-se necessário ser repetido até a convicção, que os pequenos, males, os pequenas lesões, são o origem das grandes, das graves, dos violentas infecções com o seu cortejo d-s danos irreparáveis. Quanta mu tilação, quanto incapacidade, e cté mortes, não tem surgido destes descuidos, tõo freqüentes, tão dolorosamente constantes!
Via de regro o operário que recebe um pe queno ferimento de vidro, de arome, em um de do por exemplo, não procura medicá-lo. E o foz por nco dor importância á pequena lesõo, como também poro não se afastar do trabalho, não o interromper, sem se lembrar ique o sua impru dência poderá lhe trazer., na melhor hipótese, muitos dias de afastamento desse trabalho. Se
O controle das .hemorragias ocupa, sem dú vida, lugar destacado no conhecimento dos primeiros socorros a serem prestados aos acidenta dos, dada a necessidade muitas vezes urgente da sua aplicação.
Sabemos qoe o coração lança, tal como uma. bomba, o sangue nas artérias e o recolhe psias veias para impeií-lo aos pulmões, afim de oxige ná-lo. Éste é um ciclo permanente e contínuo essencial à vida e que mantêm em constante movimento a massa líquido — o sangue — veí culo de elementos nutritivos necessários a todos os órgãos e tecidos.
Entre os artérias e as veias, existem ramifi cados por todo o corpo, como uma rêde de exten sas malphas, os capilares"; de calibre ás vezes mi croscópico e que servem de elemento Irrigador do. sangue.
De acordo portanto com o vaso de origem podemos distinguir as hemorragias em 3 tipos diferentes, cada uma delas com sua próprio ca racterística, importando conhecê-las para controló-las bem.
a — Arf<eriol: — Sangue vérm.elho vivo correndo em jatos entrecortados se o vaso é calibroso (grandes artérias) bu contínuo se de menor calibre. E' a mais grave hemorragia e deve ser estancada rapidamente fazen do-se compressão sobre a arté ria, em um ponto situado entre o coraçõo e a ferida que sangra.
b — Venoso: 'Sangue vermelho escuro, correndo contínua e len tamente. Deve ser estancada por pressão na veia, abaixo da feri da que sangra, isto é, entre a ferida e o extremidade do mem bro, ao contrário da anterior. Geralmente basta uma simples compressão sobre a própria fe rida para fazê-lp cessar.
c — Capílor: —■ Sangue vermelho menos vivo que o da arterial, escoando-se lentamente em len çol E' facilmente estancave! com a aplicação de uma com pressa ou pedaço de gaze do brada sôbre a ferida.
Existem muitos processos que põem termo G todas as classes de hemorragias, seja ela arte rial venosa ou capilar e que variam conforme o órgõo ou melhor com a situação topográfica do vaso lesado. De um modo geral podemos distin guir 4 processos que, uma vez conhecidos, colo cam aquele que vai prestar o primeiro socorro c um acidentado com hemorragia, em situação de controlá-la até a chegada do médico que presta rá o socorro definitivo.
— TORNIQUETE
O Torniquetè é um aparelho que circunda e aperta qualquer segmento de membro, com o objetivo de estancdr uma hemorragia. Pode ser improvisado com um cinto, gravata, toalha, lenço, ou cousa semelhante, suficientemente resistente para que possa ser amarrada e re torcido.
Coloca-se no ponto adequado a ser comcomprimido, pelo torniquete, um pequeno resalto para ajudar a compressão (pedra pequena e cha ta, pedaço de madeira, etc., envolto em pano para não ferir)
Aperta-se em seguida o torniquete, torcendo-íhe o alça até que o sangue deixe de correr poro, em seguida, afrouxá-lo lentamente toman do a precaução de soltá-lo coda 15 minutos pois do contrário pode resultar uma grangrena. Sua aplicaçõo principal é para os casos de he morragia das extremidades, isto é, nos membros (vide figura — pontos 4A e 5A).
O torniquete nunca deve ser coberto por ataduros.
E' método particularmente útil para estan car pequenas hemorragias no rosto, pescoço e extremidades. Freqüentemente faz-se necessá ria também nas hemorragias arteriais, enquanto nco é aplicado o torniquete. 'A pressão exercida com os dedos deve .ser suficientemente forte poro deter o botirnento dos artérias.
São os seguintes os pontos principais onde ss poderá aplicar a pressão (vide figuro),
— Artéria Temporal — Em frente ao centro do pavílhõo do ouvido, paro controlar os hemorragias do porte superior do cabeça.
2 — Artéria Carótida — A cerca de de ume polegada do pomo de Adão (nó do garganta) e o cer ta profundidade, poro contro lar os hemorragias do pescoço e do cobeçG.
3 — Artéria Subclóvia — Profunda mente, por detroz do centro do clavículo, contra, a primeira costela, paro controlar os he morragias do ombro e do braço.-
4 — Artério Numerai — Contra o " osso do braço (húmero) no suo metade e para fóra, de modo a controlar as hemorra gias localizadas abaixo desse ponto.
5 — Artério Femural — Contra o femur (osso do coxo), mais ou menos c 3 polegadas oboixo do virilha, poro, controlar os he morragias da coxa e da perna.
6 — Artério Poplitéia — Na cqvldade do joelho, poro controlar as hemorragias que se vérificarem no parte posterior da perna.
Consiste no aplicação ds compressas, di'retomente sôbre a ferido, cpertondo-a com uma Qtadura, E muito eficiente, nos hemorrogios ca pilares e na maioria das venosos, embora sem resultado nos orteriares.
Em muitos casos de hemorragias, especi almente venosos, localizados nos membros, le vantando a porte ferida estanca-se o sangue. E um processo fácil e que tem aplicGçõo em muitos casos, especialmerite quando se trato de ruturos de velos voricosos (vcrises)
NOTA — As figuras mostram o modo de apli car torniquetes e como se deve exer cer g pressão digital.
Já estamos trabaU-iQndo na confecção de nosso calendário de segurança paro o ano de 1945.
Obedecera, em suqs linhas gerais, o mesmo critério do deste ano, ís^q é, para cada mês terá uma folha ilustrado, focalizando determinado pe rigo ou cojsa de acidente e aconselhando sem pre práticas de segurança
O clichê que estQmparhgs é a folha do mês de março da folhinha do corrente ano. Por êle terão os leitores que não conhecem o dito ca lendário, idelG sobre devendo escla recer que foi todo impresso em verde e preto.
ConehiiUo da jolha 3
ao contrário, o operário procurasse o curativo imediato e/ embora interrompendo o seu tra balho por alguns instantes, recebesse o trata mento de um penso sumário, ou o ponto falso protetor, e a injeção de sôro antitetânico, teria prevenido o inflamação, o abcesso, o flegmão, a septicemia, o tétano, sempre de gravidade e conseqüências fatais á vítima, incauta e im previdente.
O nosso Serviço Médico é freqüentemente procurado por operários portadores ds abcessos, erisipélas, flegmões, resultantes de pequenas feridas incisas, confusas e puntiformes, que re cebidas, não sõo ligadas em virtude da sua ne nhuma importância e que por isso mesmo vÕo determinar a incapacidade, a mutilação, o de feito, a perda dos movimentos. E' um quadro doloroso de todo o dia!. De quem a culpa? Do operário, que se descuida, .que não zela pela integridade do seu organismo, que hão se-inte-, ressa pela sua saúde, expondo-a a possíveis e graves infecções, e tudo isso por uma imprevidência condenável, que é a de não cuidar, de não procurar combater, com o tratamento pre ventivo, a pequena lesão inicial, aparentemente sem importância. O operário deve se proteger da desventura que o aguarda quando, a sua ne gligência o faz desprezar o imediato tratamen to preventivo, protetor de suo saúde, Que pro cure êsse tratamento a qualquer lesão que adquiro no acidente, que corra imediatamente ao Ambulatório a procura do benefício salutar ao seu organismo, que é o tratamento preven tivo que será aplicado á lesõo aparentemente sem importância, mas de conseqüências desas trosas, quando abandonados. Nessas 2 ou 3 ho ras 'que o operário perde em busca do tratamen to preventivo, tem salvo o grande patrimônio de sua saúde e o integridade do seu organismo.
Do ante projeto da Lei de Acidentes do Trabalho publicado para receber sugestões (Di ário Oficial, Seção — 2 de maio de 1944 fis. 8369 a 8376), reproduzimos o capítulo seguinte que diz respeito à prevenção de aci dentes.
Da Prevenção de Acidentes e da Higiêne do Trabalho:
Art. 77 — Todo empregador é obrigado a proporcionar a seus empre gados a móxima segurança e higiêne no trabalho, zelando pelo cumprimento dos dispo sitivos legais a respeito, pro tegendo-os, especialmente, con tra as imprudências que pos sam resultar do exercício ha bitual da profissão. ,
Art. 78 — Considerando-se, paro êste efeito, como parte integrante desta lei, os disposições refe rentes à Higiêne e Segurança do Trabalho do Consolidação das Leis do Trabalho, sujeitos os empregadores às penalida des na mesma Consolidação fixados, independente da indenizoçõo legal.
Art. 79
Art. 80 — Sempre que o acidente resul- tar da transgressão, por porte do empregador, dos preceitos relativos à prevenção de aci dentes e à higiene do traba lho, ficará êle sujeito à sançõo prevista no artigo 102 desta lei, sem prejuízo do disposto no art. 78, quanto às penalidades. *
Art. 81 — Consideram-se também transgressões dos preceitos de prevenção de acidentes e hi giêne do trabalho, sujeitas às sanções a que se refere o arti go anterior;
ü) — O emprêgo de máquinas cu instrumentos em mau estado de conservação.
b) —7 A execução de obras ou tratrabalhos com pessoal e ma terial deficientes.
Distríbuida por:
Pretendemos realizar agora trabalho cinda mais sugestivo e atraente, empregando maior número e variedade de cores.
Tudo depende, porém, dos pedidos que nos forem feitos, porque desejamos aumentar a ti ragem ao máximo, visando obter assim, preço
de Acidentes — Maio de 1944
O patrão,, sendo o beneficiado imediato desse tratamento preventivo, que nos acompa nhe o esforço, procurando aconselhar e enca minhar o operário. mais baixo possível, o que beneficiará o todos, vis to como não nos move o objetivo de lucro e sim o de prestar moior serviço aos nossos associados e à causa da prevenção de acidentes, que constitue nossa finalidade.
§ 1.°
Os empregadores expedirâb' ipstruções especi.ais aos seus empregados, o título de "or dens de serviço", que êstes estarão obrigados a cumpri'' rigorosamente, para o fiel observância dos disposições referentes à prevenção con tra acidentes do trabalho.
A recusa por parte do empre gado em submeter-se às ins truções Q que se refere o pre sente artigo, constitui insu bordinação para OS efeitos da legislação em vigor.
Art. 82 — Os empregadores, cujo nú mero de empregados seja su perior o 100, deverão provi denciar Q organização, em seus estabelecimentos, de co missões internas, com re presentantes dos empregados poro o fim de estimular o interêsse pelas questões dc prevenção de acidentes, apresentar sugestões quanto à orientação e fiscalização das medidas ds proteção ao tra balho, realizar palestras ins trutivas, propor a instituição de concursos e prêmios e to mar outras providências ten dentes a educar o empregado na prática de prevenir aci dentes.
§ 2.C
Em nenhum caso o emprega dor poderá justificar a in observância dos preceitos de prevenção de acidentes e hi giene do trabalho, com a re cusa do empregado em aos mesmos sujeitar-se.
* Art. 102 — As indenizações previstas nesta lei se rão pagos com um ocréscimo de vinte e cinco por cento (25%) sempre que o acidente a que corresponderem re sultar da inobservância das disposições legais relativas ò higiêne do trabalho, ou fôr dolosamente ocostonado pelo empregador ou quem o represente nu direção do trabalho, sem prejuízo do procedimento civil ou criminal que em coda coso couber.
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ém «Maw iCi, opererlo le 43 anos. reslfente 4 f >w tmmtmmtt, com dra^' VVV. ccftuuiões jenfralp*^ Mmé» •«»' «JlV ^'de 5, morsder 4 ^ V.-os Rei» 95. com •sç'' >e eontusOes laadas; P' .rffela dos Wrs' ji\y^S<ie 24 anos, ,* 8117», n. 110. >tÍ8s contüsos, e IIyihem 09 cor branta,-«^w 40 acoa que sofr» p wbxero e da bacis. tic ■jbock". 8ne ■p5» os ifls -naqu"!» posto, for para o Hospital de onde ficeran do *1.0 dlstrit' as 4ue o CS'
referido estabele» turS. / ç> fato,» lindo SUye óleo. tomé •Ih^ y alastra:
" "'"' rf^^^-ípendèo^ ^ na Penha, ,eSo q\ie destruiu com- ferlraeíitc» n.is espsdu' V P ^ero e \^5o de "st ^aneuc».. •
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Companhia de -A "Seeuraiiça-"^f^"«JTlaT' -m.
^ha do ^a soh as^cív adultoe. que sO. Idas pela fumaça sitiy Sndio e da ccmtbustlo de\
^ a mencionada, indès áerranas. aÍ.'. À dl yds mo-j •yo o dtrétor do Hospital.' \ •" OamaJ Pilho, «mparecendo ao ,«ntô logoj que sr^Xd* ocorrência, determi /í. & remoção., í daq^-^^^-^^ermos para ditemos outros hosp^' "tura.
quan^%VX,^splta!ar. ^ Líopoltíinay' Y' ^ comissaj tino 8 Csnít^í^láS^ ,.ítrJto., ree. queda, sentoj»^^^./fltóü Oe ■a composlcSo concius líS. >fo pí e.squfrdy'OC gjnla nerallzados, foi (v- > ^4, y .íretanto,
52^perá Sào GoJ^c5c^"^ hospital local. wo / re!:dente 4
^lo que so. aSSlo do tora .' na Santa C ha oer Hospital Getulio V t, o-diretor de A de'M. ijara •lop' pcrtcls, cr ao na %aC\ ilharss ty yrquanto aqr ^mals modev
i, Xln mtIço de Pronto Sotorre de Nl^ w ^ jjjj JiedJeou. odtem, as stgumle» ^ dé quedas: V _ .i- ts. de qustto meses, 4St i
Baoícer 433, com íe-' superior; >, de dois ano< Ires. Pogundes.
O auto da praça ad Taquara. Soares do Nas rua estrada do fratura do crio
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>Ktal: rilbo de Ademorador 4 la nço 85. com feri/ -írontal; d. anos, fiUn de. residente 4 rva apresentando fratura / «o. / itudante Msrlo SImorador A .ru^/
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reparui. oner fundi outros le dlrljla / uarte. esastre e a <i'icima. veio a itleeer quar Carlos -Chsfaspolicia do 20- dl ^ remoeae do csd' •V-, ^ DE QUEDA — Qu rvore.^dllm de colher frutor peda a menor Rafael, mora/ em. eòiuequênela, reefato ocorreu na ipr transportado, (r, ODdo-TccelMU par/ XHoapKi enor ttide' iifr tp.
4 sofi w ,«-■ priidi' e VíA Inrtpy' _.. mo íot Bo.-íioanrtal Cariei/' -j<;?.c.- -.• * a y' áv Honerio ncl» - d4mollc ifti 'oVrae do o' da casa o Eeitor • Bn«4. T eoni
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.lijueT Cau..liai de Aclidi''désrâníon? domestica' t com 28 anr rua Julfb. feiijuentr -frontal • Iv, re re 'EegI: T, rtncflndç,. chtein, - eercfá.. iras, uaa cercasiiav d» v B mdolna **• léswtük. de.9, aubs^ '.mbrador. na\
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sgauteoro operário i, ,7 anos .aa Mu# qdando trabj estabelecim nto â rua Lima e. tíma' de iim cojí^eauêncti^r'- ^ .magamentoJr cV^-í ní mJa ^ ^ horas, Y ( !o d^ V \r unos Parpél /m;edicadaa.
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MBÉaaMW, danin. ,d as liulolações .D ^ A fIT»^-,^Wx< lúz. fogSes 'e «rande bdrte dá louça —• ir wa3 cQcontravq. eortnhelro e o, qêpeiro .conseguiram escap' ^^^^^jieuor.^' ^no3 d
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A Marer^ 'dúi, por' latropp' fyeip
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/«orro TáriOS .«IdrntBdo-
Realizou-se, às dezesete horas do dia detenove de julho, cerimônÍQ de cita significação, no gabinete do Exmo. Snr. Ministro do Traba lho, quando Sua Excelência procedeu ò distribui ção de prêmios a Companhias que se destinguirom nos trabalhos de prevenção de acidentes.
^Pronunciou, então, Suo Excelência, o se guinte discijrso:
BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
EDiríClO MAYAPAN — Sala 1119
Av. Almirante Barroso, 91
JULHO DE 1944 ANO 2 — No. 19
Caixa Postal 2916
RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS
Presidente
j. M. FERNANDES
l-o Vice-Presidente
G. de ARAGÃO
2.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1.® Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2° Secretário
K. Ap-THOMAS
1.° Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAtR
2° Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo.
Noticiamos em outra parte deste Boletim a cerimônia da entrega de prêmios conferidos pelo Ministério do Trabalho, a alguns industriais pelos resultados de seus trabalhos de preven ção de ocidentes".
Desejamos salientar aqui como foi altamente significativo e de'g''ande olcance, o gesto desses Industrieis delegando o em pregados seus a honro de receberem cs prêmios.
Dé foto, testemunharam, assim, seu reconhecimisnto à coiaboraçõo deles recebida, sem o qual seriam perdidos os esfor ços e dispêndios no sentido de lhes proporcionar o segurança no trabalho.
De outro lodo, certamente contribuiu to! gesto para acen tuar no espírito dos operários premiados o sentido de sua própria responsabilidade na prevenção de ocidentes.
Servirá, finalmente, pcro despertar a atenção de inúmeros outros trabalhadores ainda não compenetrados dessa responsobilidade e conquistar sua adesõo ò campanha em que todos se devem empenhar e de cujos resultados sõo os maiores bene ficiados.
"Esta solenidode demonstro que a campa nha iniciada paro o prevenção de acidentes no trabalho é um empreendimento grandioso, por que já estamos distribuindo prêmios, o que quer dizer que já colhemos os primeiros benefícios da Iniciativa.
Nunca puz em dúvida o êxito do campa nha, porque, envolvido agora nos problemas .quedizem respeito a este Ministério e_que tão de perto falam dos necessi dades do trabalho, te nho verificado, coda vez mais profundamente, a riqueza do nosso capital humano, riqueza que as seguro o vitória de todas , 3S iniciativas sõs. Em vSrdode, o empregador brasileiro é dotado de extraordinário boa von tade e de inteligência plástico que lhe permi tem atender os apelos da legislação social, ins tituída pela insigne Pre sidente Getulio Vargas. IMuito bem). Por outro •lado, também devemos reconhecer que o traba lhador brasileiro é um exemplo das virtudes da raça, que dela fazem um elemento de garantia para o engrandecimento do Brasi,!.
Apesar de estarmos .apenas entrando na grande fase Industrial e, por isto mesmo, utili zarmos mão de obra ainda não perfeitamente adequada, o trabalhador brasileiro, pela sua In teligência compreensiva, pela sua força de odaptaçõo, pelo sua capacidade de atender a má-, quina, é dos que mais depressa favorecem e fa cilitam a aplicação dos medidas destlr^dos a prevenir os acidentes no trabalho, Quero assinalar um fato, poro por em relêvo o inteligência do trabalhador brasileiro e, ò responsabilidade que lhe podemos atribuir na cooperação com o Estodo e com os empregado res, tendentes a resolver os problemas conjun
tos, entre os quais se inscrevem como dos mais importantes o da prevenção dos acidentes no trabalho. E' um caso que tem o encanto de ser pequeno e expressivo. Numa fábrica de tecidos fci contratado um técnico estrangeiro poro o direção de certas máquinas. Sobrevindo a guer ra, este técnico foi convocado paro o serviço mi litar em seu país. Isso lançou grande perturba ção entre os diretores da empresa, por não te rem previsto a hipótese, cchando-se na iminên cia de sofrer grandes dificuldades. Um operá rio, sabedor dessas preocupações, pediu licença paro afirmar que, se era fazer o que o técnico vinha tozendo, ele esteve pronto paro substi tuí-lo. E, efetivamente, o substituiu, sem que houvesse qualquer anormalidade no trabalho. Aprendera apenas vendo com inteligência e atenção.
Aponto esse foto perante operários brasi leiros, poro dizer que o esforço do Governo e dos empregadores na compo nha de prevenção de acidentes tem o direito de esperar uma grande colaboração dos traba lhadores, ofim de .que o índice de tais acidentes desça ropidam^ente, de monstrando que, tam bém quanto o este pro blema, o Brasil se acho Inscrito entre os povos mais adiantados.
Do que estamos fa zendo, do espírito que. animo esta campanha e dos contínuos resulta dos que iremos colhendo, são bem um funda mento as palavras que aqui pronunciou um dos mois progressistas industriois do Brasil, ressal tando quanto a matéria interessou o patrões e operários e ponderando que isto constitui mais um fruto da Consolidação tias Leis do Trabalho, e do espirito de mutua compreensão, do harmo nia das classes, do conjugado esforço de todas elos paro o bem coletivo, dando ao Brasil o possibildade d= colher enormes benefícios no cam po social e aperfeiçoar, cada vez mais, o qua dro dos nossos trabalhadores.
Como bem asseverou o orador, estamos den tro do Brasi l, trabalhando pelo engrondecimen-
(Conclue na pag. 7)
Prevenção de Acidentes — Julho de 1944 —.3
E' sempre com grande prazer que noticiamos as ativi dades relativos à prevenção de acidentes, porque constit"uem fonte de ensinamentos para todos quantos se acham empenhados em iguais trabalhos e exemplo paro aqueles ainda não integrados do movimento.
Temos hoje a satisfação de noticiar a instalação de duas comissões de segurança e muito nos empenhamos em divulgdYs outras atividades semelhantes, antecipando agra decimentos pelos informes.que nos forem enviados.
O dia 14 de julho foi uma data festiva para cs Laboratórios Sydney Ross Company, pois nes.se dia se Instaloü sua Comissão de Segurança.
A reunião contou com a presença de repre sentantes do Ministério do Trabalho e da Com panhia Seguradora, Gerente e Operários da fá brica, sendo precedida de um exercício de alar me contra incêndio executado pela brigada de bombeiros recem-organizada no fábrica.
Em,seguida foi empossada a Comissão de Segurança assim constituída;
Presidente, Sr. Albert Declerc.
Secretária, Srta. Yvonne Mendes Nunes. Representante do pessoal da fabrico, Srs. Rodolfo Jurinci e Sérgio Moacir daS Chagas.
Foi também instalada no mês de julho a CoinissÕQ de Segurança da GILLETTE SAFETY RAZOR' company OF BRAZIL, nossa asso ciada.
Seus trabalhos foram iniciados sem demo ra, com a primeira reunião da comissão que fi cou constituída de membros efetivoS} e Outros eventuais. Estes são diferentes empregados, con vocados em número de três paro cada reunião', de modo a foz-er-se o rodízio do pessoal.
E' iniciativa interessante, pois proporciono o lodo o pessoal servir, em relativamente pouco tempo, na Comissão de Segurança ampliando seus conhecimentos e oumentando ssu entusias mo pelq campanha.
São os.seguintes os membros efetivos:
Presidente, J. A. Testa.
Secretária, Olga M. Kastrup.
Membros: Stonley J. Saraflnos, Joseph H.
Bollard, Virgillo Carnieletoe Mercedes Both.
Já é bem velho o ditado, que diz,, "é me lhor prevenir do que re mediar". grito de dôi da árdua experiência de nossos avós, no caminho espinhoso, e acidentado do vida. A pests, o varíola, a febre amarela, etc., assolovam os seus dias felizes e êles, impotentes, a tudo assistiam e, desorientados, clamavam por auxílio: Surge um homem em nosso meio, e com âlé se difunde o Higiene, a ciência qus previne, 1QO somente saneando o ambiente em qun vive o homem, como também favore cendo o bom funcionamento do seu organismo. Cuido, assim, de suo saúde, esforçando-se paro poupor-lhe a vida. Êste homem, foi o grande Osvaldo Cruz, qtJé, buscando nos móis recônditos pontos do nossa terra, os fotôres etiológicos dos males, íütondo contra a sua expansõo maléfica, imprimindo novos rumos no suscetibilidade individual, aumen tando a resistência orgânico, conseguiu debelar aquilo que pa recia indestrutível. Hoje, com c vacinação obrigatória, e o saneamento dos re giões inhóspitas, nõo mais existem as epidemias de tão nefondo memória.
Apresentamos nossas felicitações ao pessool e ò administração desse importante estabe lecimento industrial, desejando-íhes o maior sucesso nos trobalhos de segurança tão entusiásticamente iniciodos.
Prevenção de Acidentes — Julho de 1944
Assistente Técnico, A. Forron. , Assistente Técnico Jurídico, Dr. Alfredo 4 Guorischi.
Congratulações e votos de pleno sucesso
DR. MÒACIR FIGUEIRED Ao DR. JOÃO PROEN
O RAMOS. Médico-Chefe do Serviço de Prevençõo de Acidentes do Tra balho do Cio. EQUÍTATIVA TERRESTRES, ACI DENTES E TRANSPORTES, S. A.
ÇA homenagem do autor
"a medicina, pois, cada vez mais se impõe como preventiva do que curativa. "Vox populi, vox Dei!" Daí lembrarmos, neste despretencioso trabalho, quando o progresso do indústria e do comércio, em nosso meio, dia o dto mais se in tensifica, o valor da Prevenção de Acidentes do Trabalho, cujo finalidade é também zelar pela saúde do trabalhador, procurando poupar-lhe a vida, não só em seu benefício, como em prói do grandeza de nossa pátria, que tudo espera do seu trabalhador. Um operário dosnte não produz, e milhares nestas condições, por certo, farão ressentir-se o economia do país. Nos Es tados Unidos da América do Norte, o prevenção de acidentes do trabalho, tem sido tão eficien te, que o próprio Presidente Roosevelt recorreu ao "National Sofety Council", para cooperar no esfôrço de guerro, e os seus efeitos benéficos jó se estão fazendo sentir, groços à orientação de médicos e engenheiros, que procuram, o todo transe, combater os ogéntes agressores, capa zes de afostarem, temporário ou definitivomen-
te, trabalhadores, mui tas vezes técnicos in substituíveis, de seus afazeres inestimáveis pa ra o país. Êsses resulta dos espantosos, não re querem, absolutamente, grande ônus, como à primeira vista possa perecer, õcb a orientação de pessoas competentes, com o mínimo de gastos, usufruiremos o máximo de be nefícios. O primeiro posso o dar-se é desperlar no meio dos trabalhadores o intsrêsse geral e ativo pelo Seguronça. De fato, não nos seria pos sível prevenir e consequentemen te reduzir o numero de aciden tes do -trabalho, sem que todos, cônscios ds suas responsabilida des cooperem, com o máximo interêsse, pela Componha de Seguranço. Incutiremos em to dos o cuidado, a prudência, o ze lo poro consigo mesmo e seus companheiros, principalmente os mais novatos, maiores vítimas dos infortúnios, graças à suo in experiência. Apontaremos os pe rigos que cercom os trabalha dores e os meios capazes de •afastar ou atenuar tais perigos. Cooperondo, um operário, retirorá do chão uma "ccixo, que pela suo posição, posso ser causadora de acidentes e levará imediatamente co conhecimento de se'j chefe, para que o mesmo tome as medidos ne cessárias paro que tal foto não mais se reprodu zo. Nõo é um Qto inútil o dêste operário, levan do 00 conhecimento do administração, essa Irre gularidade. Foi coctperaçõo, zêlo por si e .seus companheiros, pois não se- poderá admitir que," por CGUso de um negligente, outrem pague com a vido o resultado dó estupidez ou da displi cência. Precisamos combater os espíritos dani nhos, que procuram encarar estes rasgos de hun;ianidadp como atos humilhantes e degra dentes, pois a Prevenção de Acidentes do Tra balho, jamais poderá ssr feita, sem a cooperoçõo de todos. São os operários quem melhor conhecem o ambiente do traboiho, os seus de feitos, as suas qualidades e os riscos a que estão expostos. Por isso Insistimos- na palavra Cooperação, élo fundamental, báse primordial paro as grandes aspirações da Segurança e Hi giene do Trabalho.
Prevençõo de Acidentes — Julho de 1944 — 5
lógico que o exemplo deverá vir de cimo, cabendo aos chefes, gerentes, etc., as maiores responsabilidades, nesta campanha be nemérita. Êles deverão incentivá-la e prestigiála, paro que melhor se forme a Conscíêncío de Segurança cuja finalidade única é ensinar, edu cando, protegendo e até mesmo, mais rara mente, advertindo ou punindo, o operário qua se sempre exposto o riscos de vido ou que o de formam e o inutilizam para o resto da exis tência.
As bases da Prevenção de Acidentes do Trabalho, como vêm,"^^00 simples. Traz-nos grondes benefícios, mas para tal requer cooperaçãOf boa vontade e perseverança de todos. Isto só se consegue, com uma campanha psico lógica bem feita entre os operários, a cargo de uma ComíssÕo de Segurança, composta de membros bem selecionados da própria empresa. De maneira geral, a Comissão de Segurança do Trabalho tem por finalidades:
1.° Criar e manter o interesse pelo segu rança, por meio de conselhos, prêmios, advertências e punições, mais raramen te, aos reincidentes contumazes e si muladores. Cartazes serão afixados nos locais de maior perigo, com dizeres e desenhos sugestivos.
Zy Analizar, minuciosamente, todos os acidentes,' estudando, detalhadamente, quando, onde e como ocorreram, desco brindo-se gssim a causo e a responsa bilidade (do patrão? do operário?)
3.° Ação corretiva, baseada na causa e na responsabilidade apuradas.
Exemplifiquemos: O operário A sofreu um acidente no Seção B. Aberto o iruquérito, ouvi remos a vítima (quando fôr possível) e as tes temunhas oculores do acidente. Ficaremos então sabedores de que, quando o operário A. na SeÇÕo B limpova a engrenagem da máquina X., em movimento, sua mão direita ficou presa ,e os dedos esmagados pela engrenagem. Causa apu rada, pois: engrenagem da máquina: Responsobilídade opurada: do operário. Porque nunca se deve limpar máquinas em movimento. Isso êle já deveria saber, em virtude dos conselhos e avisos que proíbem tais práticas. Foi imprudên cia, falto de observância das ordens de serviço. Decisões tomados pela Comissão de Segurança*
Fazer ciente aos operários que o Snr. A., deso bedecendo os ordens de serviço, limpando o má-
quina "X", em andamento, sofreu um sério acidente, de que resultou ficar mutilado. Re comendar maior atenção no trabalho, mais cui dado, mais prudência e lembrar, novamente, que fico expressamente proibida ò limpesa de qualquer máquina, quando em movimento.
Êsse exemplo é bastante elucidativo para provar-nos que o proteção individual muitas vezes, é nula, desde que o operário nõo se precavenha convenientemente. O que adeantaria se a vítima estivesse protegida com luvas? A engrenagem é de aço, e até ferro esmagaria. O que beneficia ao operário é ser cuidadoso, nõo facilitando no trabalho e obedecer aos con selhos ique lhe soo ministrados pela Comissão de Segurança, cujo função é zelor pela sua saú de e integridade física.
Vejamos outro exemplo: O operário B, na Seção C, ao esmerilhar uma peça, é atingido no olho direito por um pequeno estilhaço. Causo apurado: estilhaço proveniente de uma peça que esmerílhava. Responsabilidade apurada: do Patrão. Por que? — Porque ^sc-.. ...o ^operário estivesse protegido, os seus olhos munidos de óculos de segurança, o estilhaço não o tsria por certo ptingido. Decisões tcniodas pela Comissão de Segurança: Solicitar oos dirigentes da Emprêsa a compra de óculos de segurança, e esta belecer a obrigatóriedade do seu uso, para evitar que tais casos se repitam.
Aqui está, pois, a grande importância que desempenha a Comissão de Segurança, na-edu cação e proteção dos operários contra Aciden tes de Trabalho, resguardando-os dos infortú nios a que estão constantemente expostos. Êsse órgão deverá, antes de tudo, ter vistas bem largas para o futuro, descobrindo a causa de acidentes antes da sua manifestação maléfica ê, mais raramente, afastá-los após experiências colhidas na prática corrente.
A Companhia Equitativa, Terrestres, Acci.dentes e Transportes, S. A., procurando incre mentar, entre rfós, esto prática humanitária, está distribuindo oos seus Segurados, gratuita mente, distintivos para os membros da Comissõo de Segurança, segundo o "inter American Safety Council" e relatórios para os inqué ritos de acidentes, mediante cs. quais, os membros Investigadores da Comissão de Segu rança apurarão a causa e o responsabilidade, durante a sua reunião semanal ou quinzenal, afim de tomar as providências que cada caso exigir.
da pag. 3)
to da nação. A.entrega desses prêmios é apenas o primeiro élo de uma corrente que se estende rá por todo o país, mostrando que, em todos os setores industriais, o problema será estudado e resolvido, Para empregadores, para empregados, e para o Estado, não existe o impossivel, quan do se trata de melhorar as condições do traba lho, aprimorar o técnica e porfiar, como todos estamos porfiondo, pelo grandeza do Brasil
Às Companhias Sul América, Eruitativa e o Caixa de Acidentes no Trabalho dos trabalha dores na construção civil, qüe tiveram a idéia tõo oportuna do oferta desses prêmios, contri buindo tõo belamente para o animação desta festa, quero consignar os meus agradecimentos.
Os que aqui estão, vindos de várias fábri cas, devem transmitir aos" companheiros a con fiança que o Ministério do Trabalho deposita no desenvolvimento dessa campanha, para "evitar acidentes que sacrificam o homem e diminuem a marcha ascencional do pais. Continuemos a trabalhar com este espirito, sob a inspiração do Presidente Vargas, para sermos dignos do Bra sil e das gerações porvindouras (palmas prolon'gadas)."
E' com prazer que registramos a seguir os nomes de novos associados que se inscreveram na ""Associação, recentemente, ampliando seu quadro e prestígio e dondo-lhe a satisfação de ver aumentar dia a dia o número dos adeptos e entusiastas da prevenção de acidentes, aos quais presta sou concurso.
Costa Pereira, Bokel Ltda. — Rio.
Estacas Franki Ltda. —, Rio.
Morvan Dias de Figueiredo — Sõo Taulo. Nodir Figueiredo, Indústria e Comércio S. A. — S. Paulo.
General Eletric S. A. (Fábrica Mazdo) Rio.
B. Dutra & Cia. Ltda. — Rio. Sociedade Anônimo Casa Pratt — Rio. Indústrias Químicas Brasileiras "Duperial" S. A. — Sõo Paulo.
Apresentamos à Companhia Nacional de Cimento Portland, ò General Eletric S. A. e òs Usinas Nacionais nossas calorosas felicitações e votos paro que continuem a colher os resultados de seus eficientes trabalhos de segurança e a exemplificar para que cada vês maiores resultodos sejam colhidos dessa benéfica campanha., por elas e outros industriais. Essas felicitações e tais votos sõo dirigidos igualmente a todos quan tos cooperam para a obtenção de tão magníficos resultados, quer sejam dirigentes, chefes de ser viço ou trabalhadores.
ASSOCIAÇAO BRASILEIRA PARA
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
EDIFÍCIO MAYAPAN — Sala 1119
Av. Almirante Barroso^ 91
✩ Caixa Postal 2916 RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS Presidente
J. M. FERNANDES
1 Vice-Presidente
J. G. de ARAGÂO
2." Vice-presidente
ALCIDES LINS
1.® Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.° Secretário
K. Ap-THOMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.^ Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P, AMARANTE
Sec. Executivo.
serviço
SEGADAS y/AiVA
Refere-se às boas idéias de segurança que cada um de nós pode ter e que, naturalmente, nõo deve guardar, mas sim trans mitir a outros com o fim de ampliar a sua aplicação e, assim, os benefícios que possam proporcionar.
Transmiti-las indistintamente é, porém, menos aconselhá vel do que levá-los ò comissão de segurança que melhor os apre ciará e delas tirará o partido possivel, imediatamente ou quando julgar oportuno.
até mesmo sua vida.
Um operário que trabalha na leitura de uma obra que demanda atenção, po de perder todo o serviço se é distraidopor um companheiro. Mas não se resu me a isso o prejuízo que uma brinca deira de mau gosto ou simplesmente importuna pode provocar. Há pouco tempo falávamos a um operário que outrora fóx^a um dos melhores oficiais de sua fábrica e hoje em dia ocupava apenas um lugar.de vigia: — não tinha
mais a mao direita.
2 — Prevenção de Acidentes- — Agosto de 1944
companheiro sabia que eu tinlia horror ás baratas e jogou-me uma em cima. Tomei um susto e a serra circular le vou minha mão. Foi uma desgraça para mim. Não podia mais ganhar o que ganhava com minha habilidade: deram-me um emprego de vigia em atenção aos meus serviços'anteriores; mas os meninos saíram da escola.. Também em certa fábrica dos Esta dos Unidos um indivíduo de mau gosto provocou um incêndio e várias mortes. Quando a oficina estava em pleno mo vimento ele chegou à porta gritando: "Fogo! Fogo!"; não havia incêndio al gum mas o pânico se produziu entre os operários e na correria que se veri ficou foram derramados tambores de óleo que ihcéndiandó-sé, produziu o in cêndio de verdade. Uma brincadeira idiota custara.a vida. dê rnuitós ópéfários e arrasara uma indústria próspera.
3
, \
f
Não é completa o segurança em ume fábri ca ou oficina se não forem tomadas precauções contra os incêndios e suas conseqüências, geral mente graves e penosas.
impõem-se, por isso, medidas que os evitem ou os combatam tanto no inte resse dos patrões como no dos operários, CUJOS esforços se completam, portanto, nessa obra da mesmo maneira que na de prevençõo ds acidentes, pois também é!es são acidentes. Vamos por isso abor dar o assunto em siuos generalidades.
E' sempre mais fácil evitá-los do que extin gui-los. Devemos evitar os incêndios, mas tam bém é necessário saber agir e agir com rapidez, quando ocorrem. As medidas acauteladoras contra incêndios sÕo, em geral, simples e integradas às que a administração e os tra balhadores adotam e devem praticar diáriamente, tendo em vista suas obrigações normais e seus objetivos ds produção e se gurança.
Tais precauções, freqüentemente descora das, devem iniciar-se na escolha ou projeto do edifício ou edifícios para localizar a oficina ou a fábrica, tendo em vista suas peculiaridades e as de seus departamentos. Os códigos de obra e os regulamentos dos corpos de bombeiros estabelecem, geralmente, exigências mínimas a respeito. Referemse a materiais de construção às saídos (portas devem.abrir para fóra) às pas-' sagens e corredores que sempre devem ser rhdntidos em ordem, limpos e dessmpedidos; às escadas; às Instalações de aos extintores, etc.
Vêm, depois, as precauções com as instala ções e na operação. Nõo é defensável, por exem plo, colocar caldeiras e fornalhas em pi sos combustíveis, nem permitir que se fume na proximidade de inflamáveis. Mas são comuns tais faltas de precau ção e cuidado e outras mais graves, re sultando ou não, imediatamente, em de sastres sérios.
Via de regra, todo o incêndio é no principio um pequeno incêndio. Origina-se de defeitos no instalação elétrica (curto circuito, centelha, aquecimento demasiado), de explosões, combustões expontâneos ou não. A falta de atenção e de cuidado, como o falto de ordem e ds limpeso são seus cúm plices: fósforos e pontos de cigarros ati rados a esmo, sòbre combustíveis ou mnteriois de fácil combustão; aparos de pa pel, pedaços 0'U serralha--.de rnadeiro amontoadas pelos cantos; pequenos de feitos em instalações elétricas e tontos outras cousGs semelhantes podem dor origem a grandes sinistros. E os bombeiros devem ser cha mados logo que se notar a irrupção de um incên dio, nõo se dando tempo a que atinja gran des proporções, quando já nÕo é fáci ex tingui-lo. Em fábricas ou oficinas vêm-se modernamente os sistemas "sprinkiers" constituídos de canalizações com água sob pressão, ramificadas pelas diferentes depen dências e providas de bocas que se abrem scb o açco do color, lançando o água em chuveiro sobre o piso ou sobre os materiais existentes de modo a extinguir os incêndios em seu início. Nem todos, porém, podem ser apagados com água. E' o coso dos verificados com in flamáveis, como petróleo, gazoíino, que rosene, etc., ®leos, combustíveis e essên cias vegetais diversas e cuja extinção se foz pelo processo de abafamento.
A água é também contra indicada nos incêndios ern maquinas, oparêihbs e • condutores onde existo corrente elétri co ou eletricldode estático, e ainda depósitos de carbureto de cálcio, cal viva, sódo cáustica, áci dos suifúricó, clorídrico, etc., os quais atingidos poderiam ocasionar acidentes graves, com au mento de temperatura, explosões vio lentas, emissão de gases etc.
Constituem aporeihamento indis pensável, erh qualquer local de trabalho, os extintores que podem ser de vários ti pos e modelos. Os mais comuns são o dé
soda ácida e o de espumo. Terh a copacidode de cerca de 1 O litros.
Os de sódo ácido destinam-se exclusivamen te COS incêndios comuns que são extintos pela água, Já os de espuma têm oplicaçao mais amplo pois são também indicados poro os casos de infla máveis. São, porém, contra indicados paro carbu reto de cálcio, ácidos, eletricidade.
Devemos citar ainda os extin tores ditos gososos, que servem po ro incêndios comuns e especiais,, □ tendendo também aos riscos elé tricos. São os extintores de Tetracloreto de Corbon-o (contra indica dos em incêndios em matérias ani mais; couros, peles e onde existam chapas de ferro em brozo, devido o produção de fosgênio) os de Gás Carbônico, de uso universal, exigin do, porém, cuidados poro o opera dor, os de Brometo de Metilo, também poro to dos os casos. Todos estes sõo òbofcdores, extin guindo o fogo pelo isolamento do oxigênio do ar.
verificado se todas cs instru ções de defesa contra incên dios sõo realmente cumpridas.
Essa missão pode caber qo inspetor ou à Comissão de Se gurança.
Nas grandes indústrias, ou melhor nos empresas onde o vigilânclo é organizado, é aconselhável que os guardas diurnos e noturnos otravessem regular mente cs locais quando nõo há tra balho e é importante quando cessar o trabalho, qu-s os armazéns e sa las sejam percorridos por aqueles guardas que devem certificor-se de que a corrente elétrica esteja inter rompido nos respec'tivos interrupto res principais; de que o fogo esteja completamente extinto em todos os fornos sem guorda permanente; de que nõo fiquem combustíveis -no vizinhança dos fornos, nem obondonodos panos para limpeso, embebidos em óleo de linhaçc cu qualquer oütro óleo de inflamaçõo expontâneo; etc., etc.
A vigilância deve ser mantida e é natural mente tõo importante nos domingos e feriados, como durante o noite.
Os extintores devem ser colocados em locais adequados e montidos em boas condições. Seu manejo deve ser ensinado segundo o tipo de cada um e suas finalidades.
Resta-nos ainda, falando dos medidas pre ventivos, lembrar os recipientes com areia, para receber pontas de cigorro e fósforos, os baldes com areia,, para. ser atirada sobre o objeto onde se verifique início de fogo, os avisos que devem ser colocados e obedecidos, proibindo o uso do fumo ou lembrando precauções a tomar.
E' necessário tonto nos pequenas como nos grandes fábricas e, nestas últimas, principalmen te, que uma determinada pessoa seja encarrega da de fazer pelo menos uma vez por semana uma inspeção poro verificar se todos os causas mani festos de incêndios foram evitados, que há asseio e que todo o material de extinção está pronto o ser utilizado imediatamente,, quando se apresen tar G oportunidade, ossim como também deve ser
As medidos preventivas e de combate oo in cêndio devem ser mais amplas em localidades onde nõo exista corpo de bombeiros. Nesse caso o própria fábrica deve organizar o serviço pró prio de extinção de incêndio, adextrondo e ins truindo pessoal escolhido para constituir a turma de, incêndio e esta realizar exercícios freqüentes, obedecendo a instruções e regulamentos prepa rados. Evidentemente é interessante a constitui ção dessas turmas especiais mesmo em fábricas localizadas nos cidades maiores onde haja Corpo de Bombeiros, caso em que é de interesse recípro co que sejam mantidas boas relações entre elas e a Corporação de Bombeiros.
4 — Prevenção de Acidentes — Agosto de 1944 S agua. OüNAo feitor é -um élo de transição entre ope rários e patrões. De fato, sendo ele o primeiro estágio de chefia, representa, para seus. homens, a administração ou a gerência da emprêsa, e ^sto, por sua vez, nele vê um representante da mão de obra.
Quer seu título seja capdtaz, chefe de tur ma, feitor, mestre, etc., é na realidade o res ponsável direto pelo execução eficiente de de terminado trabalho ou.pela tarefa que certo grupo de homens realiza.
E' por isso que devè estar familiarizado cpm tudo quanto se refere ao seu serviço. Guio e chefe, deve, portanto, ser também profundo conhecedor dos indivjduos que trabalham sob suas ordens, conquistando-lhes o respeito e o confiança.
Todo operário novo reíquer atenção especial, e o copctaz deve orientá-lo, tendo em vista a eficiência e a segurança. Aliás, eficiência e seguranço, são dois fatores vitais para a produção e para a estabilidade d-e qualquer emprêsa .E não são duos finali dades antagônicas, nem mesmo discordantes. Ao contrário, os esforços para-obter uma e outrq, convergem e coincidem na- maiorlo dos casos.
De fato, visando a eficiência, o copctaz férrt três pôrttos irrtportantes o atender: super visão, instrução e orgonizâçâô.
Tem que supervisionar ós operários e em pregados. Tombém deve verificar o equipamen to e as condições gerais em que se desenvolvem os trabalhos dos quais esfá encarregado.
Deve dar, com regularidade, instruções aos operários, prestarrdo maior atençõo àqueles que pela primeira vez trabalham sob suas ordens.
Seus dotes de organizador, sua habilidade e sua capacidade de trabalho refletem-se dire tamente no obtenção do fim que é: produção perfeito e econômica.
Oro, como já temos mostrado e é focil ve rificar, nenhum método novo precisa usar, ne nhuma qualidade especial, necessita possuir o feitor, parq o desempenho de suas obrigações referentes à prevenção de acidentes.
Então, sendo a segurança fator Integrante do eficiência, apenas deve tê-la sempre em mente, como uma de suas responsabilidades, ensinando-a aos seus homens e exigindo que c pratiquem, tai como deles exige disciplina e sempre está pronto o ensinar-lhes os métodos de trabalho.
Ninguém mais do que êle, que está sempre em contacto di reto e imediato com ps operá-^ rios, tem tantas e tão boas opor tunidades poro os instruir na prá tico da segurança.
E' por isso que se costuma dizer que "o capotoz é.a chave da segurança''.
Deve, pois, ser alertado pa ro o porte ativa que desempenha no prevenção de acidentes e, além disso, estar especialmente instruído o seu respeito.
Daí o importôncio em fazerem porte dos comissões.dê segurança, " conforme já mostrá mos (circular n.° 8), e também ã necêssidâde de se reunirem, perióditomente, os feitores dos diferentes departamentos, poro após o exame dos acidentes ocorridos, análize das causas e condições em que se verificaram, proporem ao diretor de segurança, sempre presente, as su gestões para serem evitados novos infortúnios.
1 Procure conhecer bem o funcionamento da máquina ou ferramenta que vai usar.
2 Comunique, imediatamente, ao seu chefe toda e qualquer anormalidade ou defei to encontrado no máquina ou ferramen ta que está usando ou vai usar.
3 Não remova as proteções de uma máqui na. Não proceda ò suo limpesa, conserto ou ajustamento, quançfo em movimento.
Não use grovoto, mangas connpridas, nem roupos muito folgados, quondo trobaIhor perto de máquinas em movimento.'
5 Não trabolhe com anel; guorde-o antes que arranque seu dedo.
Conserve livres todos as passagens e corredores do fábrica, bem como os lu gares onde houver hidrontes ou extin tores cfe Incêndio.
7 Não deixe abertos alçapões, bueiros, ou quoisquer buracos nos písos, sem que estejam com os competentes guardas ou sinais de aviso.
8 Se o chão estiver sujo de óleo, tome cui dado poro não escorregar e providencie suo limpesa.
9 Não atire cascos de frutas, rolhas ou pe quenos objetos nos escodas. Evitará quedos que podem ser fatais.
10 Conserve sempre limpo, nõo somente o seu locol de trobolho, mas todo o fábri ca. Jogue estopos, popeis, cascos de fru tas, etc., nos recipientes apropriados.
11 Acostume-se o quebrar o fósforo usa do, porque ossim não o deixòrá oceso.
12 Não fume, nem jogue cigarros acesos perto de moteríol inflomóveh
13 Comunique, imediatomente, oo seu chefe, qualquer ferimento ou lesÕo que tenho sofrido, por menor que seja.
14 Não discuto com colega algum duran te o serviço — isso o deixará de móu humor e tirará a cautela que deve con servar.
15 — Todas os práticas perigosas devem ser imediatamente comunicadas ao seu chefe.
16 Combata as brincadeiras de móu -gosto. Podem trazer más conseqüências.
17 Nõo use or ^comprimido poro limpor roupos, cabelos, etc.
18 Use sompre os protetores índividuols (óculos, máscaras, luvas, aventois, cintos, etc.) recomendados poro o ser viço que vai executar.
19 Lave freqüentemente as mãos e o ros to, especialmente antes dos refeições, se está trabalhando com ácidos ou substâncias tóxicas.
20 Lave abundantemente os olhos com água corrente, se êles forem atingidos por substârictas químicos, e, logo em seguida, procure o ombulotórío poro o tratamento adequado.
21 Nõo insista em corregor um pêso ou fazer um esforço superior às suos forças.
22 Não transporte, nos bolsos ou no cinto, ferramentos pontudos ou cortontes, se as mesmas não estiverem devidomente protegidas.
23 A seguronço é omiga do perfejçõo Trobolhe com seguronço.
24 Observe e divulgue estes conselhos de seguronço e não se arrependerá.
Prevenção de Acidentes — Agosto de 1944 — 7
Conselhos de Segurança para serem seguidos
EaDiríciO MAYAPAN — Saio 1119
Av. Almirante Barroso, 91
SETEMBRO'DE 1944 ANO 2 — No. 21
Andaimes são estrados provisórios de ma deira, elevados, suspensos ou não, usados princi palmente na construção ou reparos de edifícios, pinturas, etc.
Caixo Postal 2916
RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS Presidente
J. M. FERNANDES
1-° Vice-Presidente
G. de ARAGAO
2.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1.® Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.® Secretário
K. Ap-THOMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2° Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo.
Não se consegue o segurança nq trabalho com uma ou algu mas providências isoladas, nsm também com a vontade de alguns.
Ao contrário, resulta do esforço continuado e perseverante de todos, como temos repetido e vale sempre repetir, E nÕo podem pcrar os trabalhos de prevenção, por se haverem reduzido os aci dentes como não podem cessar cs ds contcbilidbçle e os da admi nistração por haver a indústria atingido situação sólida e prós pera.
O trabalho de prevenção de acidentes nunca chega ao fim. Não é como a construção de uma casa que se ultirna em alguns meses e nem mesmo como uma grande obra de engenharia uma estrada de ferro, uma ponte, etc., que, por mais demorada, um dia se conclue.
A prevenção ds acidentes, ao contrário, incorpora se à ro tina de uma fábrica ou indústria e não o pode mais deixar, inte grada como é à produção eficiente.
E, assim, diariamente; ao iniciarmos os trabalhos e a todo o momento, durante o labor quotidiano, devemos estar sempre lem brando que os ocidentes sõo evitáveis e tudo fazendo paro os evitar. Isso custa pouco e rende m.uito.
São, geralmente, de natureza grave e mui to freqüentemente fatais, os acidentes" neles ve rificados
Per isso, muito cuidado se deve ter na construção dos andaimes e seu uso.
Tanto os materiais empregados em sua confecção, como o próprio andaime depois de se ' achar em serviço, devem ser examinados com freqüência, para descobrir o tem po defeitos que possam ocasionar acidentes.
Instruções de serviço devem ser baixadas para que o pessooí que nêles trabalhe não cometa im prudências que podem ter conse qüências sérias.
As causas principais dcs aci dentes nos andaimes sÕó as se guintes:
1 — Defeitos na construçõo;
2 — Material defeituoso ou de re sistência insuficiente;
3 — Sobrecarga (uso do ondoim? para fins diferentes dos proje tados);
4 — Descuidos;
5 — Imprudências.
Naturalmente o andaime deve ser projetado em vista o serviço a que destina, a carga n suportar (homens e materiais), alem do psso próprio e agentes naturais. E devem ser calcula dos com grande margem de segurança de modo a poderem resistir a uma carga três vezes maior do que a normal.
Dsvem dispor de es,paço suficiente poro que os operários trabalhem e se movimentem com seguança.
Sua construçõo deve ser sólida e rígida, evitando os balanços desnecessários. Travamentos em diagonal proporcionam essa rigidez.
Os andaimes devem ser providos de guar das laterais para evitar a queda dos operários, ossim como de meios seguros de acesso: esca das permanentes ou portáteis, estas últimas l imitadas a serviços temporários e pequenas alturas. *
A escolha do material é im portante, em qualidade e dimen cionamento.
Deve evitar se a falsa eco nomia a que conduz o aproveita mento de materiais usadas e nõo em condições satisfatórias.
Não se deve pintar cs an daimes.
E' também muito importante selecionar os trabalhadores para o serviço de andaimes.
Geralmente um homem jovem, em bom estado de sa.úde, com boa vista, pulso e pés fir mas, que tenho confiança em si próprio, mesmc a grandes alturas, possuindo um bom sentido de manobra e bom critério sôbre as estruturas, pode ser um excelente homem de andaimes. Mas é preciso que êsses homens tenham ssmpre o sentido da sua responsabilidade para com a própria vida e com o vida dos outros, não cometendo imprudências e não deixando que os cometam.
Embora estejomos na éra da máquina, inú meros são os trabalhos realizados diariamente, em qojolquer fábrica ou oficina, com o uso ex clusivo de ferramentas de mão. E todo o mundo, maneja em caso, no escritório ou na rua, ferra mentas de tipos diferentes, como o simples ca-, nivete, o furador, a faca, o martelo, o serro te, etc.
Todos se expõem, assim, a acidentes, de im portância e conseqüências mais variadas. E as estatísticas mostram que êíes são em número elevado e via de regra se originam do emprego indevido dessas ferramentas ou de seu mau es tado. Também a sua proteção inadequada, seu abandono, principalmente em locais de onde pesam cair, bem como ,seu manejo imperfeito, contribuem para que seja elevado o número de ferimentos cue ocasionam■.
Para evitar todos esses inconvenientes é preciso, portanto, adotar uma série de providên cias relativas à escolha, aquisição e manuten ção das ferram'cntas e estabelecer regras a res peito de seu uso.
Não pretendemos enumerar todas essas providências nem formular as regras referidas. Preferimos tecer comentários Que permitam a cada um, dentro de sua esfera de açõo e de sua norma de trabalho, redigi-las e adotá-los.
E' de primordial importância serem as fer ramentas de mão confeccionadas com material mais adequado. Coso contrário extragam-se de pressa e prejudicam o produto confeccionado, além de apresentarem perigos para o operador.
A técnica moderna proporcionou a mesmo ferramenta com modelos variados, conforme o fim -special a Que se destina. E' preciso esco lher o mais apropriado.
de madeira de bco qualidade, de fibra reto. Quando se quebra o cabo de um martelo em trabalho há sempre o possibilidade deste proje tar-se indo ferir alg-uem. São "freqüentes os fe rimentos nas mãos, causados por defeitos na madeira dos cabes de ferramentas.
E' necessário, também, cuidado especial na colocação dos cabos. Convém que pessoa expe rimentada se encarregue sempre desàe serviço e não coda .operário. Deve essa pessoa dispor de núm'cro suficiente de cabos novos,_em depósito para as substituições.
Não se deve perrnitir q-ue os operários usem prégos como cunhas, para segurar os cabos de ferramentas, porque as possibilidades de aci dentes aumentam consideravelmente, com essa prática.
O martelo é a ferramenta de mão que mais correntemente se usa e à primeira vista não se imagina como posso causar tontos acidentes.
Existe 'umo grande variedade de tipos, ca da um dêles destinado a determinada classe de trabalho; o uso de um martelo inadequado é a causa freqüente de muitos acidentes Que tam bém se produzem, com freqüência, quando um operário acostumado o trabalhar com martelo de certo peso, deve usar, por alguma circunstân cia, oütro mais leve oü mais pesado.
Portanto, é conveniente que cada operá ria use sempre o martelo com o qaal está fami liarizado
•
AAuitcs acidentes se verificam diáriamente porque os operários usam chaves de dimensões maiores ou menores do que as porcas Que dese jam apertar ou afrouxar, as fazendo resvalar 2 ferir.
resva
Deve-se proibir o uso da chave de fendo como ponçâo ou furador e lembrar que seu cabo não é martelo.
Sôbre o emprêgo de limos, já demos (Bo letim n.° 8) vários conselhos.
Poderiamos ainda enumerar práticos diá rias incorretos no uso de vários outras ferramen tas. Não esgotaríamos a matéria e seriamos multo extensos. Já agora cada um^ pode, entre tanto, descobrir e lembrar essas práticas insegu ras para.as corrigir.
Quanto ao serrote, por exemplo ,verifica-se aue pessoas inexperientes sofrem, freqüente mente, cortes nos dedos indicador e polegor qo começarem a serror. Basto, para reduzir a pos sibilidade desses ferimentos, iniciar o movimen to do serrote puxondo-o para cima, pois ossim menos possibilidade tem de saltar.
Importante é também considerar o cabo da ferramenta.
Freqüentemente, com o objetivo de fazer economia, compram-se cabos baratos e de má qualidade, para martelos, ponções, picaretas, etc. Não se atinge o objetivo e gumentam-se cs possibi lidades de acidentes. Os cabos devem ser
Quando a chave é muito grande para a porca, é comum ver-se empregar pedaço de ma deira ou ferro como cunha para ajustá-la. E' processo muito pouco seguro que deve ser proi bido tetminantemente.
A chave inglesa deve ser sempre colocada * de modo a envolver a porca com a boca na di reção do movimento, evitando-se assim que abra. ,
Sõo freque^.
tubos ò guisa de ca^^mos em cartaz nosso.
^ "Manejo ocasionam um nnas indústrias '^do das facas e facões cortumes, fábrid^^°cjQ>Uito alto de acidentes
Pode-se con q T^te nos matadouros, dentes desta ^'9^5 de borracha etCí.de couro g melh,^^^ '-'Qr ^"^uzir o número de ocif
hq ^^eio do uso de bainhas ^^nstruçco dos cabos de acões. têrti poro evitcr qu^ '^Qq çT^rte de metal no cabo ^^liss sobre a lâmina.
das nos traboii^ recebem com fr ^ q ferramentas usa^auêriçj 9t-|^in^aria, os operários ferimentos nas mãos.
choves cl que a odequad^
vaiam. Qo # maiores qu menores do ^ PrótlcQ -j '^Qfuso, geralmente resser parofusQçj^ seg^ te, a com a mõo a peço o o peça firmemgf.," ^Ombém, frequentemenevitados apoiando O se vê na gravura ao lado.
E' preciso recomendar cindo o maior cui dado no crrumqção e transporte dos ferra mentas.
As que não estiverem em serviço nao de vem ser obandonadas a êsmo para se danificorem ou ferirem alguém. Não se deve deixá-loa cm locais altos, de onde possam cair ferindo algum companheiro.
Também não devem ser atiradas pelo mes mo motivo.
^'^ndenQyd^' ^^edas provocados por bos suplementa^ °
Aproxima-se agora, a passos largos, a vitó ria das nações unidos, contra os inimigos da humanidade.
Com Isso aumentam as perspectivas de no vamente termos, em breve, gasolina para movi mentar carros há longo tempo imobilizados, quer sejam caminhões quer carros de passa geiros.
Devemos, pois, pensar desde já e seriamen te, nos problemas que surgirão.
A maioria dos antigos motoristas amadores nco dirige há muito tempo. Os melhores volan tes encontram-se pois "fora de forma". Perde ram a prática o que vale dizer a automaticidade dos movimentos, o sangue frio com que en frentaram situações críticas, o "conta" com que cruzavam por outros veículos e encostavam seus carros.
Acresce a tudo isso o desejo que todos te rão de novamente dirigir, de dar seus passeios, de ir para o trabalho um pouco mais tarde, en fim, de voltarem o gozar do conforto que o pro gresso lhes proporciona e de que os inimigos os queriam privar e conseguiram privar por tanto tempo.
Os resultados serão, nõo resta duvido, maior número de acidentes, pequenos e grandes, mais atropelamentos, mais- mortes, mais sofri mentos inúteis.
As autoridades aos quais o problema está afeto, certamente tomarõo as providências co seu alcance. Mas nÕo bastam. E' preciso que todos cooperem.
E' necessário, portanto, que todos comecem a psnsor nesse problema e a adotar medidas para que sejam atenuadas suas más conse qüências.
Basta que avaliem as próprias forças e se compenetrem de haver perdido o treino; que fa çam rever seus carros, cujos freios podsm não estar regulados e que possam ter sofrido, duran te a paralização, danos que acarretem perigos, Basta, finalmente, lembrarem-se de que quan do se quebra uma perna e fica-se imobilizado algum tempo é necessário depois aprender no vamente a andar, para que assim se estabsleçc uma mentalidade de prudência na volta aos tempos antigos, evitando precipitações preju diciais.
Isto quanto aos que estiverem parados. Outros, porém, continuam dirigindo; a êles não se aplica o que foi dito até agora. Terão de con tinuar rodando e talvez com maior intensidade. Devem lembrar-se de que surgiram os destrelnados e terem cuidados e atenções para com
êles, não os atrapalhando nem os considerondo intrusos.
Aliás, para êstes que estão trafegando, em maioria motoristas profissionais, vale lembrar acidentes ocorridos nesse período de ruas lim pas, de carros suspensos em cavaletss, nas garoges particulares, para mostrar-lhes sua grande responsabilidade na solução do problema que teremos de enfrentar.
De acordo com uma estatística organizada pelo Inspstoria do Tráfego, verificaram-se, nes ta capital, durante o ano último, 429 desastres de veículos, dos quais resultaram 632 feridos e 45 mortos.
FERRAMENTAS.
Estampamos abaixo a primeira página do interessante "Boletim Mazda" da General Eletric S. A., do mês de agosto (ano V. n.° 47), como sempre cheio de matéria atrativa e noti ciário abundante.
Aí vemos o permanente interêsse do pes soal da fábrica — dirigentes e dirigidos pe los trabalhos de prevenção de acidente.
Tivemos o gronde prazer de estar presentes á primeira reunião de segurança realizada na fábrica do Gillette Safety Razor Company of •Brczil, em vinte e dois de agosto último.
[(Àinliiiiinçiio dti pnij. 5)
Quando subimos uma escada, não devemos levar a ferramenta na mõo nem no bolso, des protegida; ou a conduzimos no cinto ou depois a elevamos, só ou com o respectiva'^qixa,^ por meio de uma corda.
A estatística mostra-nos êste ano resulta dos ainda mais compensadores dos esforços con jugados de todos. Até o fim de julho registra ram-se apenas 4 acidentes cam 944 horas per didas ou sejam 22 ociden-tes e 4. 173 horas per didas a menos do que em igual período do ano passado.
As quinze horas, teve início o reunião, no refeitório do fábrica, presentes todos os empre gados. A' mesa sentaram-se o Gersnte Geral da Ccmponhio e outros chefes de Serviço, mem bros da Comissão de Segurança e o representan te da Associação.
Transcorreu o reunião, que foi rápido, num cmbi'snte de grande interêsse pelo prevenção de acidentes, falando o presidente do Comisssõo de Segurança o representante da Associação e, fi nalmente, o Gerente Geral do Companhia, Se nhor írving Sondbonk, todos ouvidos com g maior atenção e o mais vivo interêsse, traduzin do, assim, o firme e generalizado propósito de -combater sem tréguas os acidentes.
Láap.dM
Quando no cinto e principalmente se é ponteaguda ou cortante, deve estar protegida. As ferramentas danificadas devem ser substituídas de modo a só serem usadas as que estiverem em bom estado.
>« Dv ;iwuo
CURIOSIDADES
Qm/ tf tíí
" EJiion-Mdztid'' f
Nfto itol«4 »• làap»<«i
"A vela ilumina a morte, a lâmpada ilumina a vida"
Evitando ocidaDlM woek «Titará c( v«lo • fabricará incdA lâmpodcLi.
ber6 f I» Í4lÍaÍA4« 4^
Fiação e Tecelagem Tognato S. A - S. Paulo
Cia. Sorocabana de Materiais FerroviáriosPrevenção cie Acidentes — Setembro dç 1944
ASSOCIAÇKO
EDIFÍCIO MAYAPAN — Sala 1119
Av. Almirante Barroso, 91
OUTUBRO DE 1944 ANO 2 — No. 22
Coixa Postal 2916
RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS
Presidente
J. M. FERNANDES
1-° Vice-presidente
J. G.' de ARAGAO
2.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS
í.° Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.° Secretário
K. Ap-THOMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAÍR
2.® Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec, Executivo.
Que faria o leitor, se um médico, antes mesmo de o exa minar, lhe receitasse uma porçco de remédios? Gertorpente noc .os compraria e procuraria outro facultativo para ser conv^enten-temente medicado.
E', o caso de perguntar-lhe também: Como foram iniciQ' dos, em suo fábrica, os frobolhos de prevenção de ocidentes? Por uma investigação cuidadoso dos acidentes verificados ante riormente? Por sua comparaçõo com os verificados em outras fabricos? Tomando conhecimento do prático *da prevenção em geral?
Se as respostas são afirmativos, muito bem! Se, ao contrá rio, a prevenção começou porque o patrão quiz e mandou fazer ume porção de coisas que ouviu dizer serem úteis ò prevenção,' já não podemos dizer o mesmo. Não afirmamos que tudo esteja errado. Também o nosso médico poderia ter acertado ao receitar alguns dos medicamentos o cue nos referimos de início.
Aconselhamos aos que iniciam trabalhos de prevenção de acidentes, a fazerem uma análise tão meticulosa quanto possí vel da situação de sua fábrica cu oficina, no tocante aos aciden-, tes, procurando verificar:
a) freqüência e gravidade dos acidentes ocorridos;
b) quo! o experiência de sua organizaçõo, no passa do, com referência aos acidentes;
c) se é favorável ou desfavorável o cotejo dos rela ções de acidentes, entre suo organização e outros empresas semelhantes; 7
d) se já foram tentadas medidas de prevenção.
Esclarecidos êsses pontos há, certamente, um diagnóstico feito ou GO menos uma indlcaçõo da trilha a seguir na prático do prevenção de acidentes Que certamente será mais firme e profícuo. Ademais é bom repetir, os resultados nem sempre se rão obtidos rápidamente. Mas virão com certeza.
Quando se inicio em nosso país o campa nha de prevenção contra acidentes do trabalho é interessante mostrar que o problema preocupaos autoridades também nos outros grandes nações.
Dados recentes colhidos no Inglaterra com provaram que em 1942 o número de acidentes-, foi de 314.630, ou seja mais 16 por cento que em 1941 Esse número é, entretanto, relativa mente m'UÍto baixo quando se verifica que só em nossa capital, naquele mesmo ano, tivemos cer ca de 65.000 acidentes.
As estatísticas de 1942, da Inglaterra, corriparadas com os de 1938, ou sejam deantes do gusrra, demonstrem que o crescimento de aci dentes foi de 51 por cento paro os homens e de 389 por.cento poro os mulheres.
Corno causas dos acidentes foram anotados as seguintes:
q) — aumento da mõo de obro feminina, em indústrias perigosas, por exi gência do guerra;
b) c)
Aos industriais chamamos o atençõo sôore ■olquns desses fatores: — os referidos nos letras B e G.
O aumento do fadiga pelo ampiiaçõo do d^uraçGO do trobolho, que é outro grande cqusq de acidentes, nõo está relacionado porque os in dustriais ingleses já se convenceram que só ex cepcionalmente se deve lançar mão desse re curso.
Transcrevendo aqui dados, é necessário re petir, também, observações feitos pelo Inspetor Chefe das indústrias britânicas: "Como conse qüência, sou de parecer que é o momento paro ■ toda fábrica importante possuir uma comissão de segurança industrial composta de represen tantes da emprêsa e de empregados; também um ou mais agentes de segurança do trabalho, com conhecimentos especiais, dfevem trabalhar junto ás comissões".
E em seu'relatório o Inspetor-Chefe aponte o necessidade de, nos locais de trabalho, serem ' mantidas condições boas de temperatura, de re novação de or e de iluminação.
aceleração da produção e conse qüente aumento do fadiga no ope rário;
serviços exigidos o certos trabaihodores;
d) — influência do ardor patriótico, pro vocando serviço apressado para au. mentor o produção;
e) — admissão de trabalhadores com ida de elevado;
— falto de técnicos-orientadores;
g) —'aumento de enfermidbdès e conse qüente redução da capacidade física.
Examinando esse relatório, devemos sentir orgulho de já possuir a Consolidação das Leis do Trabalho, promulgada pelo Presidente Var gas, um capítulo sobre higiene e segurança do trabalho; de já termos instalada uma Comissão de Prevenção de Acidentes que, como primeiro passo, vai cuidar de preparar técnicos em pre venção, e, finalmente, do projeto de Lei de Aci dentes, estabelecer o obrigatoriedade do exis tência de Comissões Mistas de Prevenção, em todos os fábricas com mais de 100 operários.
Tudo o que se fizer em matéria de preven ção de acidentes não será o bastante, entretanto, se empregados e empregadores não se compe netrarem de.que dar causa a acidentes é ajudar Qo inimigo, é prejudicar o progresso do Brasil
(O "Jornal" — n-1-1944)
•prevençõQ de Acidentes í-t- Outubro de 1944
O macacõo é a ro-upaxjdeal para ò- traba lhador. Deve ser considerado seu uniforme. As próprias mulheres, na indústria bélica america no o tem usado em largo escala, criando, natu ralmente, tipos e modelos sugestivos.
Via de regra, porém, cs roupas eus oferecem perigo principalmente junto a móqoinas, como por exemplo as muito folgadas, mangas compridas e, desabotoadas, gravatas, cinto com ponta solta etc.
Também não é novidade dizermos que os anéis, as cor rentes de chave e de relógio, os colores, devem ser guardados durante as horas de trabalho.
O calçado deve ser forte e estar em bom estado. Sapatos furados ou de pouca resistência, para os homçns, e geralmente os de última moda, para as mu lheres, não oferecem, também, a segurança desejável.
Mas, variando ao extremo as atividades na indústria mo derna, com elas variam tam bém os riscos, em intensidade e particularidades. Originam-se ora das substâncias em contacto com o operário, oro da própria natureza do trabalho que êie realiza. 'Tornou-se, pois, neces sário criar elementos de proteçõo individual e desenvolveu-se essa técnica de modo a poder-se dizer, que hoje em dia, todo a closse de trabalho, por mais pe noso que sejo, encontra sua proteção em dispo sitivos ou equipamentos convenientemente es tudados ei confeccionados. Esses dispositivos são, naturalmente, os mais variados, quer em feitio, quer em relação aos materiais de que são feitos. Via de regra visom proteger determina da parte do corpo.
Sem pretendermos siquer enumerá-los to dos vamos tentar uma revisto desses dispositivos de proteção individual, apenas para os focalizar. A proteção dos olhos, que ê das mais cor
rentes, jó analizómos em um dos nossos primei ros números, examinando os diferentes tipos de .óculos e suas aplicações específicas. Não nos datemos, pois.
Também quanto às mãos, jó nos temos re ferido às luvas que as protegem contra os objetos ásperos, cor tantes, substâncias corrosivas, eletricidodes etc., variando con sequentemente o material de que são confeccionadas (couro, amipnto, borracha, etc.), seu ti po e resistência. ~-
'As luvas para proteção con tra corrente elétrica, são de fobricoçâo especial, protegidas por cobre-luvas de couro, pa.-a evitar que sejam perfuradas ou cortadas por arome etc. E' mui to importante serem tais luvas verificadas para saber se soo su ficientemente isoiantes a deter minada voltagem. 1 ais provas devem fazer-se sistemáticamente e com a maior freqüência possivel. Nunca se devè usar em trabalhos de eletricidade, luvas que tenham reforços ou pecos de metal.
Não é conveniente usar-se luvas no manejo de máquinas, pois existe o risco delas serem opanhados pelas partes em mo vimento.
Com relação à cabeça, existem grandes perigos nas indústrias ds mi nas, cantaria, construções, etc., devendo os operários usar capacetes. As operárias, princi palmente, é recomendável o uso de protetores para o cabelo (lenços, redes etc.), o que elas fazem seguindo a modo e criando modêlos.
Os protetores das pernas consistem em di ferentes classes de perneiras, poiâinas, caneleiras etc. de materiais e tipos variados.-
As causas dos lesões dos pés são muito dí.versas, (queimaduras, quedas de objeto, empreenchimento, tropeçÕes, esbarros etc.) Seu número porém poderá ser consideravelmente re-
duzido mediante proteção adequada, que pode ser conseguido com biqueiras, cobre-sapatòs, bo-"tas, botinas ou solados especiais, também con feccionados de materiais diversos.
Poro a proteção do corpo, são ainda utili zados aventais de tipos e materiais diferentes recomendando-se sempre cuidado especial quan do se trabalha junto o máquinas êm movimento.
As máscaras, também de tipos e modêlos diversos, são empregadas em trabalhos de pint^urc e em ambientes prejudiciais a respiroçõo normal
individual, sem nos determos em suas particula ridades e sem citar outros mais especializados e portanto de uso menos cor.rente. Seria, aliás, necessário um trotado poro esgotar o as&unto.
E vamos concluir, com este clichê devido ao bom humor americano, em que é lembrado o guerreiro antigo, com suo armadura, o mostrar que mesmo os bravos daquele tempo, sempre prontos o morrér, não se arriscavam inutilmente e ao contrário defendiam corr» zelo o grande pa trimônio que. é ° vida.
Lembramos assim, em linhas gerais, os principais e mais correntes meios de proteção
Na Ilustração de nossa folhinhq no mês de outubro, como também o Ültimo cprtaz distribuí do, estampamos um péssirno ekemplo de banca da. Tal é a desordem nela reinante, que m-uitos a acharão exagerada. Se bem que, de fato .e fe lizmente, reproduza uma situação que podemos^" considerar excepcionalmente fná e, assim, não generalizada, esta mos certos de que muitos poderão cons tatar a existência de bancadas tão desordenodas Como esta. E quem sabe mesmo' alguns verificarão que a sua própria mesa de trabalho não é um modelo de arrumação e ordem.
Isso acontece muitas vezes cpuando após uma ausência de alguns dias, voltamos do escritório e entõo re solvemos arrumar a mesa que é nossa bancada de trabalho.
De fato, em uma mesa de escritório, as pos- , sibilidades de ferimentos sõo menores, embora também pequenos objetos como alfinetes, gram-
pos, clipers, furadores etc., sejam causas do pequenas espetadelas que não tratadas 'podem infeccionar.
Nas bancadas, ao contrário, sõo comuns cs pregos, parafusos, arames, aparas de metais e outros pequenos objetos de corte ou pontds que podem ser a causa de arranhões e feridas, em sua maioria também pequenasr
E não é só. A falta de espoço para traba hp r, resu tante de tamanho otravancamento, ocasiona oportunidades para esbarradas, quedas de objetos sobre o pé do operador que ss ar risca depois a pisar sôbre ele ou tropeçar. Enfim, difícil será enumerar todos os males qiue podsrõo advir dessa falta de ordem..
E a limpesa das bancadas também deve ser feita com cuidado evitando empregar-se as mãos para a remoção de pequenas partículas iQue as podem ferir. Pata isso existem os escovas.
A Companhia Nacional de Cimento Portiand vem mantendo em sua.fábrica em Guaxindiba, graças aos esforços perseverantes que de senvolve suo administração e a cooperação de todos os empregados, especialmente os da Co missão ds Segurança, magníficos resultados no suo componho de prevenção de ocidentes.
Em um dos últimos números do "Farol de Segurança", boletim mensal de distribuição in terna, verificamos que 8 dos seus departamen tos jó completaram 1 .000 dias conseoutivos de trabalho sem se registrar' um só acidente com perda de tempo, sendo que três deles possuem um "record" superior o 2.000 dias sem oci dentes.
E' sem dúvida, um exemplo qiue deve ser imitado por todo a indústria nacional, dadas as razões de ordem econômica e humanitário tan tas vezes divulgadas por nós em vários publica ções, e que norteam a aplicação da Prevenção de acidentes.
Damos abaixo um gráfico demonstrativo dos resultados obtidos no período ds 1933 a 1943, onde são vistos os coeficientes de fre qüência (número de acidentes por milhão de homem-hòros) bem como o número médio de, operários em serviço.
Tome cuidodo em nõo sobrecarregar o andaime.
2) Não permita alterações nos andaimes ou tablados, por odiçõo ou remoção de madeiros, suportes ou braçadelrqs sem 'permissão do encarregado.
3) Nõo salte sôbre o andaime, n.em per mita que o material seja jogado sôbre ele.
4) Conserve o andaime limpo e desimpe dido.
5) Inspecione regularmente o andaime afim de mantê-lo em perfeitos con dições.
6) Nenhum utensílio ou ferramenta deve ser abandonado no andaime, quando cessar o trabalho.
7) Proteja o andaime contra danos provo cados por choques òu pancadas.
8) Nõo deixe pessoa alguma trabalhar de^ baixo do andaime sem proteção.
9) Desmanchando o andaime remova to dos os prégos do madeira.
10) Comunique ao capataz, qualquer falta de segurança verificado no andaime.
11) Não permito brincadeira no andaime; é extremamente perigoso.
Çoíficiefltí ít freqüência {/tiivti Aiaáitri ur/Hc i(litrisfr4it.'iíí4ij
Número de operários *
12) Não atire materiais ou ferramentas do andaime para o chão.
Prevenção de Acidentes — Outubro de 1944 —
EDIFÍCIO MAYAPAN — Solo 1119
Av. Almirante BarrosO/ 91
✩
Caixa Postal 2916
RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS
Presidente
J. M. FERNANDES
1-° Vice-presidente
J. G. de ARAGAO
2.® Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1.® Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.*^ Secretório
K. Ap-THOMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.® Tesoureiro
ANTONíO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo.
NOYKMBRO DE 19-I4 'ANO 2 — No. 23
Esta palavra está muito usada atualmente, em diversos idiomas. Mas,sempre se fala em combater o obsenteismo refe rindo-se Q combater as faltos oo trabalho, como meio de aumen tar a produção e, consequentemente, de abreviar o vitória.
E será necessário prosseguir nesse combate, quando cessar o dos armas porque precisamos prosseguir lutando pela grande za do nosso Brasil. De fato, que' maior contribuição para essa grandeza e esse progresso pode ser dado do que o comparecimento diário ò fábrica e ò oficina onde são produzidas os má quinas e as ferramentas, ou confeccionados os produtos de que necessitamos poro viver e nos defender?
Sabido como os acidentes acarretam grandes perdas de bomens-hora de trabalho vemos no prevenção de acidentes um dos fatores mais eficientes de combate ao obsenteismo, acentuando-se, assim, entre os fatores necessários e seguros de nosso de senvolvimento industriai.
Incentivemos, pois, como ato patriótico, a
E' comum confundir-se acidente com feri mento. No entanto sõo duos cousos bem diferen tes. E justamente nessa diferença repousa gran de porte, desapercebida embora, dos resultados da prevençõo de ocidentes.
Segundo o que escreveu Heinrich em seu li vro "Industrial Accident Prevention" pode-se di zer qus menos de 9 % dos ocidentes .acarretam ferimentos. Entco, 91 % não seriam considera dos como tal se prevalecesse o conceito de acidente-ferimento. Além disso, nesses 9%, openos O, 3 % sõo mais gritantes, por importarem cm ser considerados como acidentes com perda de tempo, isto é, por originarem lesão permanente ou obrigarem o operário a se ofostor doQrobaiho por mais de uma jornada. Daí se vê, portanto, que o grande maioria dos acidentes não afetam c operário mas redundam exciusivomsnte em da nos materiais,
Êsses dados valerão poro nosso meiq? E' o pergunta que naturalmente ocorre formular pois os números acima resultam do experiência ame ricana. Nõo podemos responder cotegóricomente; mas também não os podemos refutar. Então, melhor será aceitá-los tal qual sõo opresentodos visto como escrevemos em tése e não podemos por de porte números tco significativos. E não podemos fugir ò evidência de que muitos aciden tes, a grande maioria deles, possam desaperce bidos, só sendo considerados como ume ocorrên cia normal no rotina diário. E' uma peça ou uma ferramenta que cai sem atingir o pé de pessoa
clgumo. E' porte de uma máquina ou produto que salta indo openos quebrar um vidro ou donificar'sé. E' um escorregõo que nõo chega a ser quedo. uma derrapogem ccntroloda, uma escada que se quebro, um fogareiro qiue explode, uma vala que se fecho, etc. etc.—são enfim ton tos ocorrências, pequenos e grandes, o que assis timos diáriomente, desde as mais simples e sem importância até as mais fortes e impressionan tes. Embora comumente não sejam consideradas ccmo ocidentes do trabalho, deles apenas dife rem quanto aos efeitos sobre o trabalhador, uma vez que apenas falto, talvez por questão de se gundos ou de milímetros, o vítima. Que diferença há, portanto, no prevenção de umas e outros des sas ocorrências? Nenhuma. Anolizondo-se um desses quase ocidentes, constatamos que ocorrereu tal qual outros de que resultaram donos pes soais talvez bem graves.
E' desnecessário, portanto, ir além para que bem fique patente o quanto é errada a confusão entre acidente e ferimento e como são mais nu merosos os primeiros do que os últimos, pois po dem ou nõo afetar o trabalhador.
E assim passou-se a preocupar também com os ocidentes potenciais, que instintivamente sempre compreendemos, através de expressões como estos, tõo comuns: "quase cai", "quase morri" etc., traduzindo bem o certeza subconciente de .que é dando combate a êsses quase acidente, que se eliminam os acidentes, pois é, removendo causas que evitemos efeitos.
Nesta secçõo, ora iniciada e o ser desen volvida e publicada com freqüência, pretende mos responder objetivamen'te à pergunta: Como evitar acidentes? Exemplificando como êles ocorrem e indicando medidas gerais ou específicas a serem adotadas no sentido de os combater eficientemente, pretendemos atingi i' nosso objetivo. Mqs, naturalmente, não é de es perar que possamos fazer 'uma recapitulaçõo de todos os casos possíveis, nem é êsse nosso obje tivo.
Exemplificando, desejamos apenas contri buir para afastar condições ou hábitos que faci litam ou determinam a ocorrência de acidentes, pois. assim agindo, certamente orientamos e in centivamos a análise de outras ocorrências, se melhantes ou não, em qualquer local de traba lho. E melhor será o resultado desta secçÕo, se conseguirmos incentivar a correção de tais há bitos ou condições perigosas, antes dos ociden tes ocorrerem.
Será muito valiosa a cooperação de nossos leitores, fornecendo-nos, para ilustrarmos estas páginas, sempre com o rhaior realismo, exem plos de ocorrências verificadas e providências adotados. Naturalmente nõo pretendemos men cionar os locais das ocorrências, nem os colabo radores, senão quando autorizados a fazê-lo.
Acídente — O encarrega do de um edjfício 00 descer por uma esca da recemlavada e □ indo úmi da, escor regou cairido e ferindo-se.
Correção — As escadas devem ser lavadas de cima. paro baixo, dcndo-se instruções paro que ninguém as use antes de estarem completa mente sêcas. Sinais adequados cu mssmo cer cas vedando o acesso ò escada, sco recomen dáveis.
Os trabalhos realizados no via pública ofe recem perigos nõo sómente aos operários deles encarregados como também aos transeuntes, e é natural que os pessoas extranhas ao trabalho que se executa ignorem seus riscos e sejam me'nos precavidas. Por isso devem ser alertadas e protegidos. Cuidados especiais devem, pois, ser adotados tendo em visto evitar acidentes. Va mos apresentar olgumas sugestões para a segu rança desse trabalhos, gerolmente realizados porcompanhias de serviço público, departamentos do govêrno ou empreiteiros. Beneficiaremos. assim, nõo só aos operários como ao público em gerdi.
Como norma tais trabalhos interferem com o trânsito, quer de veículos, quer de pedestres: sõo valas ou buracos abertos na via pública, são montes de terra ou pilhas de material o atra vancá-la.
zir ao mínimo os riscos, não deixando desprote gidas e descobertas os valas, os buracos etc., onde alguém posso cair ou quebrar uma perna.
Noturamente são necessários os sinais lu minosos o noite para que seja completa o segu rança Tudo isso, aliás, é previsto nos regula mentos de Trânsito.
Em casos especiais, de tráfego muito inten so, recomenda-se só realizar esses trabalhos à noite, deixando durante o dia convenientemente protegidas e cobertos por meio de tábuas ou pranchas de metal as aberturas feitas nas cal çadas ou na rua.
Um reparador já práti co em seu trabalho, fe riu-se com um pesado mar telo, na pon ta do dedo polegar da mco esquer da, afetando o osso.
Um ope rário e s t avo lubrificondo uma má quina. Deixando a máquina, o operário pisou no óleo, es-" corregou e so- » freu o acidente mais sim ples e às vezes comais sé rio dos acidentes indus triais: — uma quéda.
Em primeiro lugar, portanto, é indispensá vel ter eni vista êsse trânsito e deixar espaço su ficiente para que êle prossiga com a maior noímaildode possível. Depois, é preciso ossinolar^òs perigos: colocar toboletos mostrando que a rua, o passeio ou parte deles está Impedida e sinais indicativos do caminho livre. Finalmente, redu
Os materiais depositados nos ruas ou estra das, devem ser arrumados com segurança, evi tando-se saliências e deslocamentos. Devem ser defendidos e assinalados: durante o dia com bandeiras vermelhas e à noite com lanternas do mesmo cor.
Quando se transportam postes, canos, vergolhÕes, ou materiais semelhantes, suas extrcmidodes devem, também, ser assinaladas.
São necessários precauções especiais afim de que.os linheiros Que estejam trabalhando nos postes\nõo atirem ou não deixem cair materiais 00 solo. Também é conveniente isolar-se, como zona de perigo, certo espaço em torno do poste. Naturalmente êsses operários tomam precau ções especiais poro proteção do público contra o possibilidade de choques elétricos. Aplica-se o exposto, quase integralmente, aos trabalhos em ondoimes.
Correçãa:
çõo na oficina
Deve se melhorar a iluminadar instruções aos capatazes paro evitarem, durante o trabalho, polestros des necessários e que possam distrair os operários.
Correção: E' convenien te ter muito cuidado para nõo derramar óleo no solo, Sapatos com solas e saltos antiescorregadiços evi tam os quédas em pisos úmidos ou sujos de óleo. os manchas de óleo devem ser removidas sem de mora.
Ao serem abertos valos paroielamente às calçadas e onde a largura do rua ou estrada o permite, a terra que se tira deve ser empilhado do iodo do trânsito, com o fim de formar defesa poro ps veículos.
Não raro ouvimos frases como esta: em nos sa fábrica os acidentes são muito raros.
Ferramentas, tais como, pás. alavancas etc., não devem ser colocadas nesses espaços, pois nelas podem tropeçar os operários. Cabos, cordas, fios etc., que se depositam na calçacc devem estar cuidadosamente enrolados, evitan do tropeções e quedas.
O lado da valo junto ò calçado, por onde circulam os pedestres, também deve ser prote gido e assinalados os perigos com as já referi das bandeiras ou lanternas vermelhas.
E' conveniente reservar espaço suficiente poro que os operários possam caminhar com seguronça entre a vala e a pilha de terra do lado da nua, ou do lado da colçada.
Evidentemente .quando o segurança o exi gir, as valas devem ser escorados tendo em vis to a sua profundidade, a natureza do terreno, o intensidade do tráfego, etc. Deve evitar-se a iqueda de objetos e do próprio material escova do sobre os operários que neles trabalham.
Onde for necessário que os pedestres ou carros cruzem vala, é prudente colocar-se fortes pranchões ou mesmo improvisar estrados servin do de passagem.
Finolmente, é desejável que trabalhos como os referidos sejam sempre conduzidos com Q maior rapidês, não só devido aos transtornos que causam aos residentes e transeuntes das vias públicas por êles afetadas, como também pelas possibilidades de acidentes que oferecem e podem ogrovar-se com o tempo.
Na maioria das vezes trata-se fábricas onde trabalha pequeno número de operários. Estarão êles de fato protegidos contra os infortúnios do trabalho? Gozarõo do privilégio de nÕo se aciden tarem? Certamente não. Ao contrário, ss fizer mos o cômputo dos pequenos arranhões e mesmo dos ferimentos mais graves, é bem certo verifi carmos que, proporcionalmente, soo mais fre qüentes (levando em conta o respectivo número de operários e as horas trabalhadas) do que em outras indústrias de mais vulto, semelhantes ou não à considerada e nas quais mais aparentes são tais ocorrências.
Além disso, não se consegue nessas grandes aglomerações grau de segurança tÕd elevado que os permite atravessar longos períodos de tempo sem que um único acidente venho perturbar o idtmo normal do trabolho? E também nÕo se veri ficam nas pequenas fábricas grandes infortúnios? Entõo, não há cpue distinguir entre umas e outras Indústrias, fábricas e oficinas, pequenas ou gran des, todas elas se beneficiam com a prevenção de acidentes ,que se extende além dos números percebidos indo até ò eliminação dos qiiflse acidenfres,daquelas ocorrências que apenas causam prejuízos para os patrões e que, portanto, tem para êles, a predominar sôbre seus nobres senti mentos humanitários, os grandes efeitos eco nômicos sobre a produção e respectivos custos, incorporando-se aos gravames e desperdícios que êles,.bons administradores e bons industriais, têm sempre o maior empenho em combater e a preocupação de eliminar.
Os acidentes causados pór serrotes verificom-se: a) ao saltar êste quando começa a cortar — b) saindo do córte por qualquer mo tivo — c) por descuido oo manejá-lo quando não.em uso.
Oferecemos aqui algumas sugestões de se gurança que podem seu úteis: .
1) Certificfue-se de que o serrote corta bem e de que os dentes estõo colocados de maneira a fazer um córte suficientemente amplo para passar a fòlha.
2) Use o serrote apropriado para o trabalho que vai fazer.
3) Ao iniciar um córte, mantenha o polegor da mão que guia o ser rote bem alto para evitar que êste deslise sôbre o mesmo.
4) Não force o serrote. "Se não pren de sob a pressão normal é provávelmente porque está precisando ser afiado ou reparado.
5) Use um pouco de óleo. ou para fina para evitar aderência do ser rote nas madeiras úmidas ou gomosas.
6) Quando usar o joelho paro firmor a madeira tenha especial cuida do em não se expor a perder o equilíbrio.
Um dos maiores defeitos do homem é o hábito que tem de andar advinhando em vez de ter certeza das cousos.
Quantas vezes-não recebemos como res posta a uma pergunta, a frase "penso que sim", e outras semelhantes como, "penso que serve" "parece cpue dá", "penso que posso" etc.
O costume de odvinhar as ccusas quase sempre dá mau resultado. Por exemplo, se um operário recebe ordem de executar determinado serviço e não o conhece bem, ao em vez de estu dá-lo afim de poder desincumbir-se da missão que lhe foi confiada, passo a mão numa ferra menta qualquer e logo vem a frase ou pelo me nos o pensamento "penso que dá". Infelizmen te, porém, em muitos casos a cousa não dá e o serviço sai mal feito, sendo motivo ás vezes,.de sérios acidentes.
Quando nco se está devidamente fa.miliarisado com o serviço, deve-se indagar do fei tor qual a maneira certa e mais segura de fazé-lo.
Às vezes ainda acontece que o emprega do não tem certeza qual c ferramenta adequa da para o caso e, sem mais nem menos, lenço mão da primeira que vê, na S"uposiçõo de que serve, sem ao menos se certificar se o estado dc mesma permite executar um serviço seguro.
Suponhamos ainda que um chsfe pergunte o um empregado se pode fazer um certo servi ço. Na maioria dos casos a resposta é "penso que sim". Quando a segurança da gente está em jogo, nõo pode haver meio têrmo: ou o cousc é ou não é; ou pôde ou não pôde. E' preciso ter certeza do que se está fazendo.
Há pessoas que não podem trobalhor em lugares altos, mas sentem acanhamento em dizê-lo; por isso imoginarVi consigo mesmo "penso que posso" e o resultado é as vezes o mais de sastroso que se pôde imaginar.
Vamos todos resolver que no futuro será ou sim-ou nco, pois essa certeza poderá pouparnos nõo poucos aborrecimentos. E ainda existe outra cousa que devemos resolver com certeza e isto é de acabarmos çom os acidentes. Nõo devemos pensar conosco mesmo "penso que pos so" — se quizermos resultados certos e defini tivos, é preciso resolvermos e dizer com resolu ção: Acabaremos com os Acidentes.
(Transcrito d'"O Farol de Segurança)
ASSOCIAÇAO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
EDIFÍCIO MAYAPAN — Saio 1U9
Av. Almirante Barroso. 91
DEZEMBRO DE 1944 ANO 2 ~ No. 24
Caixa Postai 2916 RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS
Presidente
J. M, FERNANDES
1-° Vice-Presidente
J. G. de ARAGAO
2.® Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1 ^ Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.® Secretário
K. Ap-THOMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.® Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo.
1 - preocupações devidas á saúde ou dificuldades familiares ou financeiras,
■2 ~ O mau gênio, ò - A falta de interêsse pelo trabalho,
A - A falta de atenção ao executar o trabalho,
5 - pânico ao apresentar-se uma situãção difícil
6 - TAenospresar a prevenção de acidentes.
Provado como está que o fator humano é preponderante na ocorrência de acidentes, ne nhuma campanha de prevenção pode ser coroado de êxito sem que para elo estejam preparados os operários, compenetrados de suas responsabilida des e de suo participação em tão freqüentes quão prejudiciais ocorrências que lhes trazem tontos dores, tonto sofrimento. Daí a necessidade de desenvolver-se entre o pessoal o espírito de se gurança isto é, formor-se aquela mentaiidgdeque foz de coda homem um preocupodo em evi tar os ocidentes que possam prejudicá-lo ou a seus companheiros de trobolho. Sem isso não é possível levar avante o programa que a adminis tração tenho troçado para combater os infortú nios do trabalho.
E como conseguir que êsse espírito de seguronçQ seja criado e mantido? Já temps repetido os meios geralmente usados. Vale entretanto re cordá-los. Cartazes, dísticos, conselhos afixado^ em quadros especiais, em locais visíveis, nas ^üIas de trabalho ou de reunião,, em pontos estra tégicos, como a entrado do fábrica, junto ao tetóglo de ponto, perto de bebedouro, etc. etc., soo de grande alcance. Sua renovaçõo freqüente evi to a monotonia e mantém o interêsse pela cam panha. Deve-se evitar a afixoçõo de muitos diferentes de uma só vez, para que o operário se concentre sobre certo temo ventilado e ossim melhor cuide de determinado aspecto especial dos perigos b que está sujeito. Verdade é que mui tos cartazes são genéricos, não focalizando ris cos especiais. Mas servem também como inter ruptores do rotina ou como ponto de referência paro exame do que tem sido feito e dos resulta dos conseguidos. Desse tipo são alguns que ja temos distribuído como aqueles contendo as le gendas:
"Já pensou que pode evitar acidentes e os prejuízos que causam?"
"Você está fazendo tudo quanto pode para evitar ocidentes?"
Lançada assim q pergunta é de esperar, 16gicomente, que, no íntimo, procurem os traba lhadores formular a resposta e caso negativo possem a agir comovo cartaz sugere perguntando.
Além disso os cartazes servem como ponto de partido paro palestras dos chefes de servi ço desenvolvendo, aos subordinados, o temo fo calizado, em reuniões de segurança, outro meio eficiente de conseguir não só desenvolver o es pírito de segurança como a cooperação de todos. Mais odeonte, surge o competição entre deportomentos, no sentido de exibirem melhores resultados positivos no prática do prevenção de ocidentes, .desenvolvendo-se entre os operários o espírito esportivo que os levo a trabalhar em equipe já não pensando somente no próprio ' pessoa mas também no bem estar dos componheiros.
As comissões de segurança, que spo orga nizados desde logo, não sómente servem paro superintender os trabalhos de prevenção como cindo poro o instrução do pessoal mediante o rodízio, tão recomendável, de se-us compo nentes.
As ilustrações organizados no própria fá brica, focalizando determinadas peculiaridades ou recordando certos acidentes ocorridos, são igualmente de cita valia na criação e manuten ção do espírito de segurança, que, sem dúvida, é a base sobre que repousa o segurança de um local de trabalho embora convenientemente protegido e adaptado à necesidode de produzir com eficiência e com segurança. Prevençõo de Acidentes — Dezembro de 1944 — 3
A magnífica publicação anual do National Safety Councii, de Chicago, Estados Unidos, in titulada "Accident Facts", como sempre faz, re úne na edição de 1944 dados completos e inte ressantes relativos aos acidentes e aos resulta dos da sua prevenção. Se de um lado São im pressionantes as característicos . relativas aos males oriundos dessas ocorrências, quer sob o ponto de vista humanitário, quer considerado o aspecto econômico da questão, de outra porte exalta também notáveis resultados colhidos por inúmeras organizações norte-americanas através da prática contínua, eficiente e perseverante da prevenção de. acidentes E ésses resultados que cobrem as mais variadas indústrias, são resumi dos odmiravelmente na citaçõo das companhias de cada indústria, que melhor "record" absolu to vêm mantendo. Referem-se os dados ao trC' bclho contínuo sem qualquer acidente com per da de tempo, e são fornecidos os números to tais de homerh/horas trabalhadas, consecutivamente, sem uma dessas ccorrências, sem que um único operário sofra lesão que o impeça de prosseguir trabalhando ou voltar ao labor quo tidiano na próxima jornada.
As estatísticas >organizadas obedecem p .classificação geral dos indústrias adotada por aquela instituição, e de coda classe é citada openas o fábrica com melhor "record" conhecido, o que importa em admitir a existência de muitas outras, com resultados tco significativos como os tabelados. As quatro fábricas que en cabeçam a lista (respectivamente, indústrias têxtil, de fumos, química e de máquinas) já ex cederam a cifra de onze milhões de homem/horos trobolhadas, sem acidente com perda de tempo. Sõo elas:
1 E. DU PONT DE NEMOURS & CO. (Seoford Nylon Plant. Seoford, Dei.), com 15.621.888 h/h.,'
2 _ BAYUK CIGARS, INC. (Philodeiphio, Po,), com 14.314.436 h/h.
3 _ E. DU PONT DE NEMOURS & CO. (Old Hickory Tenn), com 1 1 .361 .846 h/h.
4 — GENERAL TIME INSTRUMENTS COR?-., (Westclox Div., La Soí le, II ), com . . . . 1 1 . 1 14.600 h/h.
Ignoramos o. número de empregados de qualquer dessas fábricas como também dos de mais reiccícnadas, em -número de trinta e três, sendo que vinte e cinco ultrapassaram-três mi-_ íhões de homem/horas de trabalho sem ociden tes' com perda de tempo.
Suponhamos, paro raciocinar, uma médio de mil. Levando em conto o trcbolho em tempo de guerra admitamos que cada um trabalhe em média 50 horas por semana. Temos assim o to-, tal de 50.000 homem,''horas semanais. Entõo, dividindo onze milhões por 50.000, teríamos 220 semanas ou sejam mais de quatro anos de trabalho contínuo sem um acidentado com per da de tempo, em qualquer dos quatro fgbi icos citadas. No primeira delas seriam seis anos. Nos fábricas representativas de vinte e cinco indústrias diferentes, mais de um lono, atestondo assim os magníficos resultados da pre venção de acidentes em qualquer ramo de in dústria cu atividade, nõo invalidando essa con clusão o fato de desconhecermos o respectivo número de empregados e horário de trabalho.
Nõo nos esqueçamos também de que ape nas foram tabelados algumas fábricas, as que melhores resultados apresentam dentre sues congêneres, que os acompanham de perto, nessá competição esportiva que tonto contribui para o desenvolvimento do segurança.
Em certa oficina de bombeiros, um operário pisou sobre um pe daço de tubo abandonado no chão, tor cendo o pulso 00 cair e pro-. curar amporcr-se.
Correção - : f — Trata-se de [,' acidentes dos mais comuns. [ Para evitá-los é preciso que se mantenho ,?i -' Q limpeza do local de trabalho, sejam evitodcs as quedos e o abandono de materiais quando transportados e ainda que se faça sua crmaze' nogem de maneira conveniente. Ademais e preciso estabelecer responsabilidade dos capatozes ? no conservação dos pisos e passagens do te^P®^ tivo departamento com o colaboroçao dos operários.
O opera dor de uma prenso per deu o dedo indicador por que fez uso de uma te naz ordiná ria para ali mentá-la.
Acob ova de colocar o material de baixo do mol de e mononrensa antes de tirar o tenaz, brou o pedal da P gg^nogado entre os cabos da O dedo f' Qnriputado.
teve de o
tenaz e
Q rnodo mais seguro de evitar
Correção: é o uso de protetores acidentes é necessário usar-se feradequados; se P c»patazes devem dar insramentas de /g^onstrações da formo exata truções eJozer de as utiliza''-
Pequenos reparos estavam sen do feitos na c a n a l iz o ç õ o de água de um banheiro, Ror operário que recebeu cho que elétrico fatal de uma extensão com boquilha de latõo. Exominada n extensão verificou-se haver passagem de corrente poro o boquilha, em conseqüêncio de água que se infiltrou molhando o seu isola mento.
Correçõo: — boquilhas de latão devem ser substituídos por outras aprovadas, com suportes isolados e protetores.
o auxiliar de olmoxarife, do al to de umq escada, procura va alcançar uma prateleiro afas tado, para dela retirar certo ar tigo. Perdeu o equilibro cain do 00 solo e quebrando um braço.
Correção: estar a escada em boas condições, ■/erificou-se no sentido de evitar esta Foram dadas in procurar olcançar-se de prática inseg distontes, rçcomendando- escada p^ais perto deles. uma se colocar
Prevenção de Acidentes Dezembro de 1944
Campanha educativa do Ministério do Trobalho. indústria e Comércio — D. N. T. — Divisão de Higiene e Seguronça do Trabalho .
A intoxicoçâo profissional pelo chumbo é, de certO; a mais importante desse tipo de into xicações, por ser a mais freqüente e rriuito grave.
São inúmeros as ocupações e indústrias em Que se pede adquirir o saturnismo crônico: ^ no fabrico de baterias, de corantes, de locas, de~ removedores de tinta, de óleo de linhaça, de ver-, nizes. de papéis pintados, de retocadores; na fabricoçco de borracha, de pneus, no preparo de espelhos, de lâmpadas incandescentes, no exer cício diário de compositor, de tlpógrofo, em linotipos, e nas funções de cortidor, de gravador, de poíidor de diamantes e de fazedor de .inseticidas, de pérolas artificiais e de alguns cosméticos de base de carbonato de chumbo.
A forma de grande^ poder intoxiconte é a fumoça, provindo do chumbo derretido. Alguns admitem que a via principal de pntroda é a via gástrico, por ingestão de poeiras. Para ouiros o absorção se faz, principalmente, pelos pulmões, é a teoria inglesa e pouco importância tem, no caso, a pele.
O operário intoxicado, em geral, procura o médico por se sentir cansado, com uma fadigo inexplicável, com um gôsto metálico, com náu seas, vômitos e inopetência. A sua história de trabalho mostra que êle limpa a poeira dos cai xas de tipo ou absorve a fiumaça dos fogões de fundição de chumbo. Queixa-se, mais tarde, de prisão de ventre, de salivaçõo abundante, de cri ses diorreicas. Tem eólicas que é o sintoma mais freqüente (Parreiras e Brown); anemia e, se for examinada o boca, vê-se, às vezes, a chamada linha de chumbo ou orla genglval de Burton. Mais tarde aporecem as paralisias saturninas e os iriâos ficam na impossibildiade de fletir os de,dps; as dores nos articulações e sintomas de úlcera gástrico ou duodenaí (Sebastião Brown).
Para prevenir essas intoxicações profissio nais deve ser pedida aos empregadores a"lavagem das mõos e rosto dos operários, antes das refei ções; G .proibição de comer e fumar durante o trabalho; a limpeza de soalhos, sem levantamen to de poeiras; o colocação de exaustores que re movam poeiras e fumaças de chumbo; e máqui nas e fogões perfeitamente fechados
N.® 17 — Moio
No tratamento durante os crises são usa dos os injeções de gluconoto de cálcio ou cloreto, de cálcio introvenosos, para fazer cessar o espas mo intestinal. Usa-se o sulfato de atropína ou morfina e a vitamina B 1 se são verificadas nevrites. Como regime desinto^cicante hoje não se em prego mais o leite e sim o fósforo que se combi nado ao chumbo circulante, sob a formo de fos fato de chumbo, deixo o organismo. O leite, ao contrário do que se pensova, até pouco, é piejudiciol, porque o cálcio que contém se-combino ao chumbo, fixondo-o, temporariamente, nos ossos iongos.
Muitos acidentes, podem ser evitados ha vendo o cuidado necessário. Por isso, deve-se considerar o seguinte:
Ao lavar os janelas, não pisar na beira da do peitorll.
Antes de subir uma escada, examinar se está bem firme. O escorregar da escada é evi tado pregando-se-lhe chapas de borracha em baixo
Garrafas com álcool ou querosene, devem ser guardadas logo após de servidos. Nunca ma nipular com êstes líquidos perto da chamo.
Os fósforos nõo devem estar sóbre o fogão quente, perto de um bico de gás, nem ao alcan ce de crianças.
Cuidado com tomadas elétricas e outros objetos elétricos, especialmente quando se está cm cimo de assoalho molhado ou dentro da ba nheira.
Prégos enferrujados devem ser jogados fóra.
Panelas com conteúdo quente nõo devem ficar ao alcance de crianças.
Quadros e espelhos devem ser sólidamente fixados nos seus lugares.
(Boletim Mazdo — Abril de 1944)
N." 13 — Janeiro
O custo dos ocidentes
Poíestro sóbre -prevenção de acidentes proferido no Rotory Club de Ni terói, pelo Dr. Washington Pinto Exibições desnecessárias e perigosas. Cuidado nos passagens e cruzamen tos. . .(x)
N.® 14 — Fevereiro
E' preciso ter fé.
Palavra oficia! (Prevenção contra aci dentes do trobalho — (Dr. Segados Vionna)
Fotografia histórica (x)
Nosso programo em fevereiro e março (Mantenha o co.minho desimpedido e tire êsses prégos; você pode ferir-se)
Documento impressionante e valioso Safety Educotion (x)
N.o 15 — Morçc
A polícia dos acidentes
Palavra ministério! sóbrs o onte-projeto do novQ lei de ocidentes do tra balho
As instalações elétricas e os acidentes
Uma grande catástrofe
Um exemplo
Respiroção artificial pelo método "Prone"
Nossos cortozes (x)
N.o 16 — Abfil
Espírito de Segurança
Sóbre prevenção de acidentes Celso Cordão)
R. A. Hummel
Eng."-
Olhe por onde caminho. , Novos Associados Conselhos de Segurança poro serem se guidos e divulgados
Nossos cortozes (x)
Primo Securitos
A Prevenção dos Acidehtés do Trúbolho (Eduardo Olifiers)
Carregamento de pesos
Nossos cartazes (x)
N.® 21 — Setembro
Continuidade Andaimes de modelro' Ferramentas de mõo Trófego
Atividades de nossos associados Novos sócios
A cabeça dos outros não é caixa' ferramentas. Seja cuidadoso! • (x) de
Comissão de Seguranço
O perigo do pequeno ferimento
N.® 18 — Junho N.® 22 — Outubro (Dr.
A. P. Gonçalves do Rocho)
Controle de Hemorragias
Folhinha de Segurança para 1945
Novo lei de acidentes do Trobalho
E' combatendo os pequenos acidentes... que se evitam os grandes desas tres (x)
Diagnóstico
Acidentes do Trabalho e esforço de guerra (Dr, Segados Vionno)
Vestimentas e Protetores individuais Conserve em ordem sua mesa de tra balho
Exemplo
Conselho paro uso dos andaimes Se você nao foz isto. .. nõo deve fazer isto (x)
N® 19 Julho N.® 23 Novembro
Estímulo
Prêmios de Seguranço
Mais duos Comissões de Segurança
Considerações sóbre o prevenção <le ocidentes do trabalho e formação do Comissão de Segurança (Dr. Moacir Figueiredo Ramos)
Novos Associodos
Pense duos vezes, você só tem uma vido! (x)
N.® 20 Agosto
Boas idéias
Brincadeiros durante o serviço (Dr. Segodas Vionna)
Prevenção de Incêndios
O copotaz e o prevenção de acidentes
Conselhos de seguronça pora serem se guidos e divuígodos
Boqs sugestões de segurança podem salvar vidas (x)
Absenteismo
Quase acidentes Como evitar acidentes Trabalhos na via pública
O acidente nos pequenas indústrias Sugestões de segurança para uso ade quado de serrotes
Penso que sim Bons companheiros (x)'
N.® 24 — Dexembro
Causam Acidentes
O Espírito de Segurança como base da Prevenção de Acidentes Campeões.. .
IntcxicQções Profissionois pelo Chumbo. Conselho de Segurança em Casa Como evitar acidentes Índice do matéria publicado em "Pre venção de Acidentes" durante o ano de 19,44
Um tipo de feitor que nõo serve (x)
Prevençõo de Acidentes — Dezerhbro de 1944 — 7
EDIFÍCIO MAYAPAN — Sala 1119
Av. Almirante Barroso, 91
JANEIRO DE 1945 ANO 3 — No. 25
Pelo Dr. D. L. BRANDÃO REIS, Encarregado do Serviço de Prevenção de Acidentes do Cia. de Seguros SUL AMÉRICA TERRESTRES, MARÍTIMOS E ACIDENTES
No momento em que se cuida tõo interessadamente de proteger o operário nacional çontrà os infortúnios do trabalho e nas vésperas de entrar em vigor a nova lei que deverá regular este ramo de seguro, nco será demasiado mos trar aqdi o relevante papel que desempenham os Comissões de Segurança no prevenção dos ocidentes do trabalho.
Dis o art. 82 do Decreto n.° 7.036 de 10 de Novembro de 1944:
e no seio da coletividade obrei ro, êsse espírito de precaução no trabalho, tão necessário hoje mais do que ontem.
VALENTIM F. BOUÇAS Presidente
J. M. FERNANDES
1-° Vice-Presidente
J, G. de ARAGÂO
2° Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1 Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.° Secretário
K. Ap-THOMAS
1.° Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.° Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AAAARANTE
Sec' Executivo.
Depois de dois anos, apresentomo-nos com capa diferente. Procurando melhorar sempre, preocupamo-nos, nat-uralmente, com a introdução de outros modificações em nosso Boletim, quer quanto ò matéria versada, quer quanto à suo apresenta ção. Tudo isso depende, porém, ern grande porte, do opiniÕo de nossos leitores aos quais nos dirigimos agora, solicitando suges tões a respeito.
Preparado para seu "Uso e para os auxiliar nos trabalhos de prevenção de acidentes e, naturalmente, sem poder atender in teiramente 00 desejo de cada um, pretendemos entretanto que este Boletim se aproxime o mais possível da satisfação geral e de coda um particularmente. Idêntico é, naturalmente, nosso pro pósito com relação às demais publicações que editamos.
Encarecemos por isso, constantemente, o crítica constru tiva de nossos associados, bem como suo colaboração., enviondonos escritos e fornecendo-nos elementos relativos aos tra'balhos de segurança que desenvolvem, tudo com o objetivo de melhor servir-lhes e, pelo exemplo e estímulo, também beneficiar a tan tos cutros, em fase menos adiantado de ação. no benemérito e altruísta propósito de reduzir infortúnios do trabalho, que, como recompensa, lhes proporciona nõo pequenas compensações, quer de ordem sentimental, quer de significação material
A todos antecipamos agradecimentos por essa colaboração que nos permitirá envidar esforços para melhor cumprir os fins que objetivamos.
"Os empregadores cujo número de empregados seja superior a 100. deverão providenciar o organização, em seus esta belecimentos, de comissões internas, com representantes dos empregados, paro o fim de estimular o interêsse pelos .questões de prevenção de ocidentes, opresentar suges tões q'uanto à orientação e fiscalização das medidas de proteção ao trabalho, rea lizar palestras' instrutivas, propôr o insjjtuiçco de concursos e prêmios e tomar 6útras providências, tendentes a 'educar o empregado na prática do prevenir aci* dentes".
Compreendendo o 'oito valor das Comis sões de Seguronçc no combate ao ocidente do trabalho, o Comissão nomeado pelo Governo para proceder a reforma da lei atualmente em vigor, incluiu, mui ocertadamente, no texto do novo diploma, um capítulo especialmente dedi cado à prevenção de ocidentes, estabelecendo deveres, responsobilidades e penalidades paro patrões e empregados, com referência ao assunto.
Também nós estamos plenamente conven cidos de que, sem a instalação dessas Comis sões locais, tôda campanha de prevenção de acidentes terá vida efêmera e não poderá ser levada avante.
E' preciso que haja em cada fábrica ou. oficina um gnupo de pessoas abnegadas e inte ressadas, capazes de tomarem a si o encargo dessa tarefa humanitária e patriótica, manten do sempre presente, dentrç do .estabelecimento
O papel educativo que tais Comissões de verão desempenhar é deveras relevante. Preocupado com a execução de sua tare fa, o nosso operário precisa, de alguém que, den tro do estabelecimento onde trabalho, zele pela suo segurança e chame a sua atenção paro os perigos a que está permanentemente exposto; de alguém que lhe 'faça aquilatar do valor da suo obra e do que representa o seu trabalho e o seu esforço no desenvolvimento industrial do país; de alguém que o faça pensar no possibili dade do ocidente, nas suas conseqüências e na repercussão que êle poderá ter na vido do seu ler; de alguém, enfim, que o ajude a evitar o acidente.
Eis as finalidades dos Comissões de Segu rança Isso parq só falar no que diz respeito aos interêsses do empregado. De porte do empre gador nõo sõo menores os benefícios que os Co missões de Segurança podem proporcionar-lhes. Além de serem um élo de ligação entre patrões e empregados, os Comissões de Segurança, encarregando-se de um importante setor da vida industrial do estabelecimento, aliviam a respor^sobil idade da administração, tornando mais se guro o ambiente de trabalho, educando e prote gendo o operário contra o ocidente, evitando o desperdício do mõo de. obro, mantendo o ritmo da produção, e evitando 0 inutilização dc moquinária, além de poupar ao elemento humano, fa tor do sua prosperidade, mutilações e perdas de vidas preciosas.
Que trabalho tão útil, tõo nobre, tão humano!
As estatísticas nos mostram que no ano de 1943 ocorreram, só no Distrito Federal, 67.000 acidentes com perda de tempo e que, em conse qüência dêíes, foram perdidos 3.500.000 ho ras de trabalho produtivo e necessário, sendo de cêrca de Cr$ 6.000.000,00 a importância em dinheiro, correspondente o êsse tempo perdido.
(Concilie na ptioina
"Nosso propósito
Para o êxito do prevenção de acidentes, é indispensável que máquinas e seus occessórios . perigosos sejam providos de protetores ade quados.
Ésses protetores, bem planejados e coloca dos, ou mesmo integrados à próprio .maquínária, longe de afetarem se»u funcionamento, aumentom-lhe o eficiência.
Quando o indústria deu os primeiros passõs para proteger a maquínária, os métodos fo ram deixados a critério de cada um em parti cular. Mais tarde, porém, códigos e regulaineri> tos uniformes foram redigidos abrangendo mui tos aspectos'do assunto.
Existe atualmente uma crescente tendên cia entre os fabricantes de máquinas, pare tor nar os protetores parte integrante delas. Mas, quando se compra uma máqiuina sem os proteto-
acesso da mõó do operador-ò zona de perigo ou o afastam, como é o caso da ilustração-que.ogrodecemos à GILLETTE SAFETY RAZOR DO BRA'SIL, de um grupo de prensas de sua fábri ca, que só funcionam quan do baixadas e seguras duas alavancas, uma de cada la do da máquina, além de disporem de dispositivo que afasto a mõo colocado inadvertidamente na zona de perigo.
de de os manter sempre em condições .ade quadas,
Uma máquina da qual se tenha tirado o protetor, é mais perigosa do .que se nunca o ti vesse tido, pois o trabalhador adquire Incons cientemente o hábito de nêle confiar.
Os protetores devem ser projetados de ma neira que se possa Golocá-los e tirá-los.rápida e facilmente.' Sem isso os acidentes ocorrem freqüentemente porque os operários efetuam reparações ou "trocem as correias de transmis são'com os protetores no lugar.
A qualidade do material empregado no? protetores, sua durabilidade é resistência é de suma importância. Os protetores bem construí dos e de material durável, mais facilmente são mantidos em boas condições, requerendo me nos reparos, ao passo Que os protetores fracos, freqüentemente constituem perigos ao confia rem os operários em sua suposto segurança.
Os. protetores devem manter-se limpos, não sómente para facilitar as inspeções e paro sua boa aparência, procurando evitar acumulor
ções de óleo e pó que também poderão provocar incêndios. Quando se empregam protetores de madeiro, são de muita importância as inspeções e reparações freqüentes.
res necessários, devem ser estudados cuidadosa mente, tendo em vista o tipo da máquina e as operações que realiza, afim de conseguir o má ximo de proteção do operário sem que interrom pa seu trabalho ou diminua a produção.
Cercam-se máquinas inteiras ou grupos operativos, isolando-os do ambiente de traba lho; énvolvem-se determinadas partes perigo sas, empregando grades, teias, crivos, chapas. Dispositivos promovendo a parada de emergên cia e acionados manual ou autompticamente, são colocados em certas máquinas. Outras re cebem protetores que evitam a possibilidade de
Constitui prático ex celente, estimular os ORprários a oferecer sugestões sôbre proteções que julga rem convenientes, bem co mo sôbre o modo de conseguí-las. Dessa maneiro, o patrão obtém o benefí cio dó experiência prática dos operários, convencen do-os ainda do valor dos protetores e da necessida-
d uso de metal é geralmente preferido no construção de protetores devido a suo resistên cia, durabilidade, aparência e qualidade incombustível. Sõo usadas telas ou grades, para p'ermítir o inspeção das peças.
Os códigos e normas para protetores esti pulam o tamanho apropriado das perfurações do material, segundo a classe de protetores que se vai construir. Naturalmente as partes de uma máquina que funcionem em óleo"devem ser encerrados por um protetor de metal sem ori fícios. As vêzes a madeira se utilizõ para os protetores de instalações elétricas de alta ten são. Na presença de agentes químicos que po dem produzir a deterioração de um protetor me tálico, é necessário cpue êle seja de madeira ou metal neutralizado contra êsses ataques.
A aporêncio do protetor é fator importan te. E' freqüente vê-los em uma fábrica ou ofi-cino, todos pintados em côr especial
Muitas vêzes ocorrem acidentes quando os rtiecâriicos tiram um protetor porq efetuúr uma reparação ou ajuste, esquecendo-se de o colocar firmemente ao terminar o trabalho; de outras vêzes são protetores inadequados que saltam devido 00 movimento do máquina.
Os reparadores devem ter o responsabili dade de colocar de novo todo protetor retirado,
devendo considerar seu trabalho Incompleto até que todo aparelho- de proteção esteja instalado seguramente.
O operário... de,cor branca, brasileiro, ca sado, com 52 anos de idade, morador à rua..., na tarde de ontem, quando trabalhava em uma construção, sofreu uma queda, recebendo 'dois ferimentos contusos nd. região ocipital; uma contusão no hemitorox esqb€,rdo, foCe posterior; idem na perna esquerda e diversas escoriações disseminadas pelo corpo. Levado para o Posto da Assistência em ambulância que compareceu ao local, o ferido foi medicado.
Ontem, pouco depois do meio dia, os pe dreiros O.M.S., casado, com 26 anos de idade, residente è rua... e A.B., solteiro, de 20 anos, domiciliado ò rua..., trabalhando num dos an daimes que foram armados para introduzir al gumas reformas no edifício da Maternidade, perderam o equilíbrio, vindo a cair ao solo.
O.M.S, recebeu ferimento contuso na re gião nasal, escoriações no pé esquerdo e contu sões na coxa direita, enquanto que A.B. sofreu escoriações no braço direito e contusões na per na esquerda .•
Ambas as vítimas foram socorridas pela As sistência Municipal, e como o estado de cada uma exigisse maiores cuidados, foram elas inter nadas na Casa de Saúde "Campinas".
("Correio Popular" Campinas!
Conclusão da pagina 3)
Si considerarmos estas cifras, nos compe netraremos da- necessidade urgente de dar com bate ao acidente do trabalho, com todos os meios ao nosso alcance, adotando medidas de proteção ao homem e à máquina, procurarido educar o nosso operário no sentido de evítor o acidente e ensinando-o a servir-se do seu ins trumento de trabalho, sem perigo para sua vida. ,
"A Nação, o Govêrno e as Companhias Se guradoras, dissse em certo ocasiõo Miss Fran cês Perkins, Secretária do Trabalho do Govêrno dos Estados Unidos, têm grande interêsse na 'prevenção dos acidentes industriais, mas o in terêsse do trobalhbdor é ainda maíor, por se tratar de um interêsse pessoal".
As diárias e as indenizações recebidos das companhias nõo valem o broço perdido, nem pagam a vida de um chefe de família.
Vqle citar aqui, pelos conceitos que encer ram, as palavras do MinistVo Marcondes Filho, quando se referiu ò nova lei de acidentes do trabalho:
"A vida humana, disse 5. Excia., tem cer tamente, um valor econômico. E' um capital que produz e-os atuários e matemáticos podem Qvaíiá-lo. Mas a vida do homem possue também
um imenso valor afetivo e um valor espiritual inestimável que nõo se podem pagar com todo o dinheiro do mundo. Nisto consiste, sobretu do, o valor da prevenção com q'Ue se evita a per da irreparável de um pai, de um marido, de um filho, enfim, daquele que sustenta o lor prole tário e preside os destinos da família. A pre venção é como "a saúde. Um bem no qual só -reparamos quando o acidente e o moléstia che gam. Mas é o maior bem que possuímos. De vemos reconhecer, assim, que por mais que se dispenda com a prevenção racional, ela é sem pre menos oneroso que o sistema de indeniza ções, que nco curam os mutilodos, nem apagem a morte".
Por*isso, a tarefa das Comissões de Segu rança é da mais alta Importância e exige dos que as compõem, esforço e tenacidade,' traba lho e desprendimento, paciência e boa vontade para poderem realizar com proveito e eficiên cia a sua nobre missõo.
Ao Govêrno, pelos seus Departamentos téc nicos, às Companhias de Seguro, às Associações especializadas e aos Sindicatos de classe, cum pre incentivar e auxiliar a organizaçõo dessas Comissões, fornecendo-lhes meios e elementos para poderem levar odeante a campanha a que se propuzerom.
E'-nos &umamente grato registrar o consti tuição da Comissão Interna de Segurança da Fábrica de Bonsucesso do Ministério da Guerra, instalada solenemente a 25 de dezembro últi mo e assim constituído:
Presidente Major Agenor Marques; Asists. Técnicos Cops, Paulo Alves do Silvo e Pedro Augusto Sisson do Silva Tavares; Assistente Médico. Cop. Médico Dr. Paulo Cesor de Campos;
Secretário Serventuário — Emídio Aragõo Filho
Membros . Mestres — João Mário Gomes, Valdemar do Ro cha Vieira, Gustavo José Ramos Mala, Antonio Bor ges, Rubem Viana e Má rio Voz de Araújo.
Augurondo o maior êxito dos trabalhos desse nova Comissão de Segurança, desneces sário é acentuar como nos será grato pres tar-lhe, como às demais, nossa maior ossistêncic e cooperoçõo.
A melhor ferramenta e o melhor proteção que existe é o cabeça. Use-o em seu trabalho.
Nõo discuto pois as discussões causam muitos acidentes.
Nõo confundü lentidão com segurança.
Cuide de suas luvas de borracha e as exa mine diariamente antes de usá-las.
Nas reuniões de segurança, apresente sues sugestões em benefício de todos.
Não trobalhe mecônicamente, pois no ro tina está o perigo. Esteja alerta como o solda do na trincheira.
Seja precavido e coopere com os outros para evitor acidentes.
Tivemos o "grato satisfação de receber a visita do Sr. Gotardo C. Pedemonte, Diretor Geral -do instituto Argentino de SeguHdod, du rante suo curta permanência neste Capital.
Serviu-nos essa magnífica oportunidade paro o melhor conhecimento das notáveis ati vidades que vêm sendo desenvolvidas por aque la instituição congênere, como poro a troca de idéias relativas à prevenção de acidentes, num intercâmbio muito proveitoso de experiências recíprocas.
O Ministro Marcondes Filho baixou a se guinte; portaria:
"O ministro de Estado, dos Negócios do Trabalho, Indústria e Comércio, resolve desig nar os srs. desembargador Antônio Carlos Lofayette de Andrada, Jair Negrâo de Lima, repre sentante da Confederação Nacional de Indus trio, José de Segados Viana, representante do Departamento Nacional do Trabalho, Moacir Cardoso Veloso de Oliveira; representante do Departamento de Previdência Social, Odilon de Beoucloir, representante do Sindicato das Em presas de Seguros Privados e Copitalizaçâo do Rio de Joneiro e Paulo Leopoldo Pereira da Câ mara, representante do Serviço Atuarial, para, em comissão, sob a presidência do primeiro, ela borarem o projeto de que trota o art. 115, do decreto-lei n.° 7.036, de 10 de janeiro de 1944 (Lei de Acidentes no Trabalho)".
Noto — Rezo o artigo citado:
Art. 1 15. Dentro de 120 dias contados do publicação desta "lei, serão expedidos os regula mentos e demais atos ique se tornarem necessá rios à sua execução, entrando ela, em vigor, nO fim desse prazo.
•Prevenção de Acidentes Janeiro dé 1945
'Correio do Povo" — P. Alegre")
para regulamentar a nova lei de acidentes no trabalho
ASSOCIAÇAO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
EDIFÍCIO MAYAPAN — Sala 1119
Av. Almirante Barroso^ 91
FEVEREIRO DE 1945 ANO 3 — No. 26
Caixa Postal 2916
RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS Presidente
J. M. FERNANDES
1 •° Vice-presidente
J. G. de ARAGÃO
2.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS Secretário
DULCID-IO A. PEREIRA
2.® Secretário
K. Ap-THOMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.® Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo.
Com o merecido destaque, pelo importância de que se re vestem e pela autoridade de que emanam, reproduzimos abaixo consideroções e recomendações do Congresso Brasileiro da In dústria, relativas à prevenço de acidentes, como parte do re sultado dos trabalhos do Terceiro Comissão do Congresso, gru pados no item "outras medidas tendentes a baixar a custo da produção".
CONSIDERANDO:
o) — que o elevado número de acidentes se reflete sobre a produtividade da naçoo;
b) — que um regime de prevenção, orientado cien tificamente, diminuí, de maneira sensível, o nú mero de acidentes;
c) — que a prevenção de acidentes deve ser estimu lado, em foce dos seus benefícios;
O CONGRESSO BRASILEIRO DA INDÚSTRIA
LEMBRA AOS INDUSTRIAIS
A adoção de medidas científicas cfe prevenção de acidentes no trobolho.
Curso de Técnica de Prevenção de Acidentes na Indústria de Fiação e Tecelagem
Em sua palestra semanal de 19-1-45. pro feriu o Ministro Marcondes Filho as seguintes palavras:
"Uma novo providência acabo de ser to mada pelo Ministério do Trabalho, no sentido de dar organização eficiente à campanha con tra o acidente do trabalho.
Desde que lançou os vistas sobre o proble ma cujo vulto, nos últimos tempos, atingiro o índices verdadeiramente alarmantes, o governo vem articulando medidas destinadas a eliminar essa causo negativo de tantos sacrifícios ò eco nomia pública.
Acidente no trabalho significa horas per didas de labor, diminuição de rendimento da energia coletiva, imoloção de vidas essenciais à comunidade e, sobretudo, uma fonte de infor túnios para as famílias dos que cooperam, com o seu labor honesto e produtivo, para o prospe ridade do Brasil
A campanha favorece uma açõo mais rá pida, mais seg'ura, mais eficaz, contra êste ini migo do operariado e da economia nacional,' produto da imperfeita organização dos ambien tes de trabalho e da falta de uma educação das atividades do homem diante das máquinas ou das contingências da profissão.
Foram instituídas Comissões de Segurança, criados prêmios e outros incentivos, desdobrondo-se a componho, não só pela propaganda através de cartazes e impressos, como pela di vulgação didático dos ensinamentos indispensá veis à prevenção,
Agora, o Divisão de Higiene e Segurança do Trabalho acabo de traçar os instruções para o funcionamento de Cursos de Técnico de Pre venção de Acidentes de Trabalho na indústria de fiaçco e tecelagem, cursos que, no corrente ano, serão realizados, sob a orientação e fisca lização do Ministério do Trabalho, em cooperacõo com a Comissão Executiva Texíll e a Asso ciação Brasileira para Prevenção de Acidentes.
Estende-se, assim, as molhas benfazejas de tal iniciativa, envolvendo, em todos os seus
"O Deportomento Nacional do Trabalho, pela sua Divisão de Higiene e Segurança do Tra balho, vem de determinar o total de 68.389 acidentes ocorridos, no Distrito Federal, duran te o ano de 1944 e distribuídos da seguinte for mo: — janeiro 5.941; fevereiro 5.267; março 6.642; obrll 5.390; maio 5.855; junho 5.720; julho 5.507; agosto 5.942; setembro 5.546; outubro 5.972; novembro 5.342; dezembro 5.265. No ano trosocto, foram perdidas três milhões, oitocentos e vinte e oito mil, duzentos e desesseis horas de trabalho produtivo, para três milhões, setecentas e cinqüenta e quatro mil e desesseis horas, em 1943.
Se for considerado porém que, em 1944, foi permitido o aumento diário de horas de tra balho, bem como o trabalho noturno paro me nores e mulheres, no esfòrço de guerra ora desen volvido no País, chega-se à conclusão que a campanha de prevenção de acidentes levada avante pelo Ministério ào Trabalho, Indústria e Comércio, começa a conseguir os seus primeiros resultados benéficos, havendo, no segundo se mestre do ano passado, menos .241 acidentes que no primeiro".
aspectos, o grande problema de defesa do ope rário".
Êsse Curso, o primeiro do gênero o reali zar-se entre nós, marcará o início de uma série de outros, destinados nco só ao preparo de téc nicos em prevençco de acidentes e à difusão dos métodos empregados, como oo esclarecimento dos próprios trabalhadores, diretamente ou através de seus dirigentes imediatos, relativa mente aos sofrimentos e prejuízos a que os su jeitam os infortúnios do trabalho- e aos meios de os evitar.
Foi com especial agrado que recebeu a Associação do Dr. Décio Parreiras, seu ilustre diretor que o é também da Divisão de Higiene e Segurança do Trabalho, convite prontamente aceito para colaborar na reolizaçao dêsses cur sos, cujo significado e cujos altos objetivos des necessário será ressaltar ainda mais.
Prevenção de Acidentes — Fevereiro de 1945
Para proceder à limpesQ dos vidros de uma ja nela siubiu, certo emprega do, em uma cadeira que não oferecendo a necessá ria estabilidade ocasionou suo quedo, quebrando o vidro e ferindo-se.
Ccrreção: — Foi re comendado 'Usar sempre, para o fim indicado, esca das em boTi estado e fir memente colocadas, e não cadeiras ou outros objetos.
Um operário estava concer tando uma ca nalização condutora de certo .ácido. Ela se achava sob pres são. Repentina mente verificouse ura vazamen to em uma l-uva e o rosto do operário foi atingido pelo ácido, receben do queimaduras que interessa ram o visto, em bora usando óculos.
Correção: —Deve-se dar instruções aos em pregados para que sempre usem o material de proteção adequado, no caso óculos a prova de solpicaduras.^ Igualmente deve-se recomendar a todos que não trabolhem em t'ubulações sob pressão.
Prevençõo de Acidentes — Fevereiro de 1945
Um operá rio tirava sa COS de açúcar de uma pi lho quando ou tros qiue es tavam ao la do cairam e atingiram- lhe o perna comprimind o - o contra o car rinho de mão e machucando-Q.
Correção :
— Tanto o capotaz como o operário deviam terse assegurado de que o pilho estava bem segu ra e os sacos colocados cruzados entre si para que não escorregassem (fôlha de instrução n.° 2, série A).
Sob esse título, publicou "O Jornal" de 2 de fevereiro, longo e interessante telegrama de No va York, pormenorizando atividades de técni cos oficiais latino americanos em visita a indus trias estadunidenses, com o objetivo de con.hecer suas atividades relativas ò proteçco do trabalhador, em atestado eloqüente do alto apréço e grande interesse que a tais assuntos vão dedicando, com elevado propósitó humani tário, os govérnos dos países representados. £'nos particularmente grato reproduzir esse telegroma, para maior conhecimento ide interes sados.
NOVA YORK, janeiro — (S. -I . H.)
Um grupo de proeminentes funcionários traba lhistas de cinco repúblicas do hemisfério está estudando os métodos norte-americanos para preservar a segurança e o bem estar dos tra balhadores industriais, com o propósito de oumentar o proteção aos operários em seus pró prios países.
Os líderes trabalhistas em visito aos Esta dos Unidos, todos êles figuras de renome em seus respectivos países, obtiveram bolsas do De partamento de Trabalho dos Estados Unidos pa ra realizarem um estudo dos métodos de sogura^nço e das leis de administração trabalhistas nêste país.
Os visitantes são o dr. Milton Fernandes Pereiro, diretor da Divisão de Prevenção de Aci dentes do Departamento Nacional do Trabalho do Brasi l, que há 2 anos se dedica ao serviço ce prevenção de acidentes e higiene industriai; dr. Samuel Oscar Blixem Flores, do Divisão dé Inspeção e Acidentes do Banco de Seguros do Uruguai, que possue umo experiência de 21 anos em métodos de segurança industrial, e c sr. Júlio Figueroa Fernondez, secretário geral do Fundo Industrial de Acidentes e Seguros do Chile.
Um operá rio que apa gava as luzes em um compartime n t o teve a aten ção desperta da para um ventilador recenteme n t e instalado. Extendeu a mão paro sentir o efei to do ar fazendo-o com tanta inf e icidade, que, a aproxi mando demasiadamen t e, perdeu a pon ta do dedo indicador.
Correção: — Havia um protetor para ser instalado antes de ser ligada a corrente ao ven tilador. o que não foi feito. Recomendações forom feitas para nõo se removerem protetores nem intervir (paro concertos, lubrificações etc.) em máquinas em movimento.
Tendo realizado inúmeras viagens dc ins peção pelos maiores fábricas industriais dos Es tados Unidos, os líderes trabalhistas que nos visitam tiveram ótima impressão do espírito que anima as leis de segurança índustriial norteamericanas
O grupo inspecionou programas de segu rança em execução e observou os métodos para o prevençõo de acidentes, bem como os procedi mentos adotados em caso de acidentes nas fá bricas. Integram o grupo três líderes trabalhis tas masculinos e quatro femininos do Brasil, Mé xico, Chile, Uruguai e Porto Rico. Os represen tantes mosculinos interessaram-se particular mente pelo estudo dos métodos de prevençõo dos acidentes industriais, pela educacco de se gurança e indenização aos trabalhadores. As mulheres dedicaram especial atençõo às leis protetoras do trabalho, relativos dos proble mas de mulheres e crianças empregadas.
As representantes trabalhistas ferhininas estão era vésperas de completar seu estudo de três meses, e regressarão era breve a seus paí ses. Os homens estõo prosseguindo em seus es tudos e observações, que se prolongarão por seis meses, e deixarão a cidade de h]ova York em - janeiro com destino à Corolina do Sul, onde fre qüentarão ura curso para inspetores de segu rança sob o patrocínio do Departamento de Tra balho daquele Estado.
O dr. Pereiro realizou investigações sobre acidentes casuais e doenças ^profissionais nos minas do Brasil, sendo técnico em serviços de inspeção em fábricas e minas. Durante suo permanência nos Estados Unidos, mostra-se êle particularmente interessado em realizar um es tudo dos métodos omericcnos de educação dos trabalhadores, bem como de adoção de médi cos de segurança, inclusive prevençõo de oci-dentes e aplicação da lei
O sr. Figueroa, que publicou no Chile di versos artigos sobre o segurança industrial, está interessado em encarecer o necessidade de se incluir amplo equipamento de segurança nos maquinárics que são exportados dos Estados Unidos poro o Chile, bem como em fazer um estudo pormenorizado dos processos e educação de segurança. Tem êle acompanhado os inspe tores responsáveis pela aplicação dos leis oe sepuronça em uma série de fábricas, observando atentamente os investigações e processos usodos em casos de ocidente. Tecendo comentários sôbre^ suos impressões, o sr. Figueroa disse:
Dq escola de segurança, dos reuniões rea izados nos fabricos, dos conferências de espe cialistas no Qssunto com administradores de grandes empresas, origino.se o princípio e o pro gresso do espírito de segurança que predomino entre chefes e trabalhadores".
Entre as fábricas visitadas pelo sr Figue roa encontram-se estabelecimentos de coVnes em conservas, maquinárío, serviços em madeira mobílias, couro e manipulação de olimentos.'
As principais causas dos maus "records"" de acidentes são as que seguem;
1) — Falta de habilidade ou clare za em dor instruções;
2) — Nõa seguir os instruções;
3) — Nõo observar que as instru ções se cumpram estritamente;
4) — Métodos inadequadas;
5) Falta de atenção;
6) — inexperiência;
7) — Pressa.
Examinando os registros de acidentes veri fica-se que todos êles sõo motivados por algu ma destas causas.
Suponhamos o ccso de um mecânico que querendo adeantar o trabalho, em vez de fixar na mesa de furar a peça ç-ue vai executar, seguro-o com as mõos paro andar mais rápido e como resultado dessa imprudência, perde o pon ta de um dedo. Neste caso, o trabalho, em vez de adeantar, se atraza, prejudicando a produÇÕo e originando um acidente desnecessário.
Nõo sõo apenas os avisos que o capataz exibe que o isentam de responsabHidodes; sua obrigaçõo nÕo é só dar instruções, mas também fazer com que sejam cumpridas.
Raramente poderá ocorrer um acidente que nõo seja previsível pelo capataz; verifica-se que no maioria das vezes poderá evitá-lo.
Quolquer q.ue seja a índole das dificulda des, o capataz e o supervisor industrial terõo de resolvê-las. Os problemas de acidentes nõo sõo distintos dos de produção e os remédios sõo semelhantes.
na
Gillete Safety Razor Company of Braz.l
Tivemos o sotisfaçâo de estor presentes o novo reunido do pessool do Gillette Sofety Razor Compony of Brozil, promovido pelo suo sõo de seguronço e reolizodo aos vinte e quotro de janeiro. r interessantíssimo congregou Essa reunião interes^ ^ ^ Ar, fábrica: Gerente, Chefes de Sviço, M'em°bros do Comissão de Segurança e Empregados. Decorreu no maior ccom o moior 'desenvolvido. espírito de segurança i oresentes representanTrabalho, (Dr. Celso Cou tes do Ministério do ^ ^ tinho) dos Seguwdores^^ y^ssccioçõo, IA. P. Reis e Luiz o noiavra, abordando, Amarante) que usaram à P ^ sob diferentes aspectos, questões "9°^ ° ^ vençdo de ocidentes e levondo seu centivo d obro de seguronço que vem sendo reciizada naquela fábrica. rncinn foi lançado o compo- No mesmo ccosiao, t v tridentes recebido com nho de "um ano sem ocidenre r, nc melhores perspectivas de qronde entusiasmo e os a nlins auguramos com o completo êxito, que, ditos, uuy maior simpatia.
A exemplo do que foi feito em números anteriores, com o seção "Como evitar aciden tes", iniciamos com êste número a publicação dos "Temas de Segurança" com o objetivo prin cipal de avivar e manter o interesse da adminis tração, superintendentes, copatazes e operários, no prevenção de acidentes.
A idéia deste Boletim é apresentar uma sé rie de sugestões gerais, as quais podem facil mente ser adaptados cu modificadas poro ofe recer variedade e estimular o interesse nos re uniões de segurança.
A Comissão de Segurança deve providen ciar poro que um ou mais membros da comissão üejQm preparados antecipadamente poro dis cutir temas tais como;
1 1 A feita de conhecimento do tra balho por parte do operário novo.
2) Como o pode 'Cjudor o departa mento do pessoal.
3) Como pode ouxiliá-fo o capataz.
O chefe do departamento do pessoal deve falar sôbre o sistema utilizado pelo companhia no seleção de seus empregados.
Capataz, cujo departamento tenho um bom "record", deve ser convidado o falar sôbre o tema: "como meu departamento recebe um empregado novo e o ajuda em seu trabalho". Depois dessa palestro é conveniente que um empregado novo trate do mesmo temo, dando suas impressões relativas oos métodos empre gados.
E'-nos muito grato ontecipor que se acho em adiantado orgonizoçõo em S. Paulo, o primeira sucursal da Associação, que, assim se senvolvendo e levondo seus serviços diretomerite oos centros manufatureiros, viso ampliar seus trobolhos e suo ossistêncio oos ossociodos, proporcioncndo-lhes codo vez maior somo de ele mentos poro o .desenvolvimento dos respectivos trobolhcs de prevenção de ocidentes e seu moior êxito.
Entõo, é conveniente iniciar-se o discussão, cmpíiando o assunto e dando oportunidade a to dos poro discutirem os métodos em vogo.
As sugestões devem ser anotadas cuidado samente afim de, oportunamente, serem estu dadas, aproveitando-se as que forem aplicáveis o coda caso. O presidente do Comissão deve le var ò discussão mais os seguintes temos;
1 ) Que instruções deve receber o em pregado novo do Serviço do Pes soal?
Que instruções cabe ao Serviço Médico dar-lhe?
Se uma muleta poderá ser o sustento de suo família?
Se é suficiente poro evitar acidente, apren der algumas regras de Segurança, ou nõo prati cá-los todos?
Se o indenização que recebeu representa o valor reol da mõo ou perna que foi perdida?
Se os desculpas "não vi", não sabia"*' e "nõo pensei" foram suficientes para evitar as dores ("lue sentiu e justificar o perde do dedo, ou do mão?
Se fez todo o possível poro evitar o aci dente?
Depois compreenderá o significado desta frase: — Prevenir acidentes significa segurança poro você e sua família.
íForoi de Segurança — Julho de 19''!41
3) Que providências se deve adotar para colocar devidamente o novo empregado de acordo com cs res pectivos condiçõe físicas?
4) Recebe o novo empregado instru ção conveniente relativamente às regras de segurança ligadas o seus encargos?
Encerrado a discussão deve o presidente do comissão de segurança acentuar os pontos mais importantes, diligenciando para que sejam cum pridas as deliberações a respeito e por êíe orlei',todos.
Um programa de segurança quase sempre reflete o personalidade, o especialidade e o pre paro do pessoa que o projeta ou está encarre gada de o executar.
de dos empregados e o medicina preventiva te rão'um pope! preponderante. Excitará o imporiâncio dos primeiro auxíl ios, o limpeza da fá brica e o higiene Individual .
ACIDENTES
EDIFÍCIO MAYAPAN — Sola 1119
Av. Almirante Barroso, 91 ✩
Caixa Poatal 2916
RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS
Presidente
J. M. FERNANDES
1-° Vice-Presidente
J. G. de ARAGAO
2.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS
I.® Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.® Secretário
K. Ap-THOMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2,® Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo.
MARÇO DE 1945 ANO 3 - No. 2:
E' ccmum cuvir-se frase como esta: não temos acidentes partido de qrjem não pratica a segurança e assim convicto, res ponde q'.'ando se lhes fala a respeito.
Magnífico ser'a se exprimisse sempre a verdade e não o des conhecimento dela.
De foto, geralmente não há estatísticas feitas e os aciden tes só ocorrem em pequeno número, por ser pequeno o número de operários. Mas, no verdade, é alto o freqüência embora não o seja o gravidade, que mais impressiona.
Um dia, porém, repete-se o que sempre acontece nesses lu gares onde pensemos q-ue não femos acidentes: ocorre um grave e talvez mesmo espetocular, com sacrifícios irreparáveis.
Verifica-se, então, que poderio ter sido evitodo. Mas, é tarde!
Inúmeros industriais, entretanto,'podem foz.er afirmativas no mesmo sentido, estribados em registros e estatísticos seguros.
São pronunciodas com orgulho e escritas com vaidade. Vclem come troféus conquistados, com esforço constante e perse verante na luta centra o acidente.
Esta apreciação geral se vê comprovada na prática, quando se verifica que o responsável por êstes serviços divide seu tempo com outras ocupações.
Se por exemplo o tesoureiro ou o auditor da emprésa fòr o encarregado de confeccionar o programa de seguronço, verificaremos que sua primeira' preocupação é o custo dos acidentes, são os registros e estatísticas que versam sôbre o fator econômico do negócio.
Se o diretor de pessoal arcar com a respon sabilidade de organizar e conduzir um progra ma de segurança, verificaremos que sua tendên cia será o apreciação relativo aos operários espe cializados.
Se déstes trabalhos fôr encarregado o en genheiro chefe, veremos facilmente que êste de dicará grande parte de seu tempo revendo pro cessos de fabricação, disposição das instalações, estudando os materiais e suo manutenção, o adestramento dos trabalhadores etc.
Poro um encarregado dos serviços comer ciais, um plano de eliminação de acidentes no trabalho deve boseor-se primordialmente na co operação de todos os empregados e, seguramen te, em componha de propaganda por meio de cartazes, folhetos, etc.
Se entregarmos ao médico a confecção dêste programa, naturalmente êste o verá sob o ponto de vista de sua profissão, no qual o saú
O foto é que muito bons resultados têm si do obtidos em campanhas de segurança dirigi dos por Quclquer dêsses especialistas. Devemos consideror, pcrém, o diretor de segurança, como um indivíduo que dedica todo o seu tempo o êsse problema. Naturalmente, temos de admitir qrje sofrerá influência das ati vidades o que se dedicou anteriormente; mos, não tendo cutras obrigações, estará mais Incli nado o prestar à segjranço consideração e estu do mais amplos e dediccr se o elo integrolmente.
Usará registros e dados estatísticos que fa zem ressaltar o custo dos acidentes, para assim demonstrá-los aos chefes. Protegerá, tanto quanto fôr necessário, todos os equipamentos, c os operários. Fará a educoçoo de seguronço por meio de conferências, cartazes, etc. Não deixará de desenvolver o higiene e solubridode da fábrica e porá em prático os primeiros socor ros como bases fundomentois do prevenção de acidentes. Depois de haver implantado seu pro grama e vê- lo funcionando sem interrupção ou tropeços, perceberá que tem desenvolvido um plano bem elaborado.
E', com êsse tipo de programas de seguran ça, elaborado cbordondo todos os itens neces sários e desenvolvido plenamente, que se conse guem os notáveis "records" de meses e onos", com milhões de homem/horas de trabalho, "sem acidentes".
A segurança é amiga da perfeição, Só o trabalho seguro pode ser perfeito
Com nossos felicitações à Cia! Forço e Luz de Minas Gerais, reproduzimos uma ata de reunião da suo Comissão de Seguronça, por nos dar magnífico exemplo e bela (içõo de com devem trabalhor essos Comissões:
Ata n° 1 da reunião da comissão de prevenção de acidentes realizada em 9 de Janeiro de 1945
Aos nove dias do mês^de janeiro de míi no vecentos e quarenta e cinco, -reuniu-se. a CO
MISSÃO PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES, sob a Presidência do Dr . Celso Cordco, o qual qc dor início aos trabalhes, convidou os mem bros nomeados o tomarem posse de seus ccrgòs, cs quais, prestaram, em seguida, o seu compro misso de bem servir as finalidades do referida Comissco, ficando, desta fôrma, assim ccnstituída:'— Presidente, Engenheiro Dr. Celso Cordõo, Secretário, Jônotos Ahacleto de Morais e membros Sr. João Ferreiro Botisto e Engenheiro Dr. Dilermondo Teixeiro.
ORDEM DOS TRABALHOS:
Foi, pelo Secretário, feito o leitura da cir cular n.° 173, expedida pelo Sr. Presidente e encaminhado aos. diversos Chefes de Deportamen.tos da Cia. Fôrça e Luz de Minas Gerois, no qucl especificava detalhadamente, os deveres do Empregador e do Empregado no sentioc de evitar ocidentes e as penalidades oriundas de (qualquer omissão no cumprimento dos disposi tivos do Decreto-lei, n.° 7.036.
Discutindo-se, em seguida, as medidas pre liminares a serem tomadas, ficou unanimemen te determinado péia Comissão que se efetivas sem as seguintes providências:
NO SETOR OFICINAS DE BOMBAS E SEÇÃO DE TRANSPORTES, o cargo do mémbro João Batista:
a) Proteger as partes móveis dos má quinas e pintar as mesmas de ver melho; mencionar nas Talhos, Pontes Rolantes, Macacos e outros
máquinas do mesmo gênero o carga máxima que pode ser levan tada ou conduzido.
b) Colocar nas dependências, em pontos bem visíveis, cartazes com os seguintes legendas;
"MAIS VALE PREVENIR QUE RE MEDIAR"—- "NÃO TRABALHE COM ANEL; GUARDE-O ANTES QUE ARRANQUE SEU DEDO"
"A SEGURANÇA E' AMIGA DA PERFEIÇÃO" — "TRABALHE COM SEGURANÇA" — "O FELIZ RE GRESSO AO LAR E' O PRÊMIO DE UM DIA DE TRABALHO SEM ACIDENTES" — "USE ÓCULOS DE SEGURANÇA PARA NÃO USAR ÔLHO DE VIDRO".
NO SETOR SEÇÃO DE LUZ E FÔRÇA (Distri buidoro) a cargo do membro Dr. Dilermondo Teixeira:
■a) Inspecicnor se todos os trabalha dores que idom com corrente elé trico de alta e baixa tensão estco devidamente munidos de luvas de borracho, caneletas, mantos de borracha, cinturões de segurança e outros equipamentos contra descargas elétricas;
b) Em que condições se encontram os escadas, se as mesmas ofere cem segurança;
íCoitclue no pág. 6
Foi uma interessante festo, o realizado na fábrica Mazda, do General Eletric, em homena gem GO pessoal de seu departamento de Pro priedade, vencedor da Campanha de Seguran ça em 1944, com o decurso, aliás, desse ario inteiro, sem um único acidente com peraa de tempo o que é de assinalar de modo especici Reproduzimos o seguir o descrição da festo, feito pelo Bo letim Mazda.
"A cerimônia foi aberto ;pelo Dr. Preiss E. Lohman Jor,, Presidente da Comissão Executiva de Segurança, e, após Q apresentação de prcxe do ,Sr. R. tL Greenwood, Presider*te do General Eletric S. A. foi por êste entregue ao Sr. A. Robottom, Gerente do Departamento festejado, as Taças "R. ,_ .H Greenwood" e "George Milko".
De posse das Taças, troféus de honra poro o Departamento vencedor, o Sr. A. Robottom, como detentor dos mesmas, proferiu com paio vros firmes q incisivas o sfcj agradecimento pe la homenagem que ocabava de receber dos mãos do Sr. Presidente do General Eletric, o. A., decicrondo que tudo devia ao seu psssool c.c qual esperava ter o mesmo resultado contra o ocidente em 945
Em seguido, uscu do palavra o Dr. Decio Parreiras, Diretcr da Divisão de Higiene e Segu rança do Trobalho. Disse S. Excio. da satisraÇGO que se achava possuído por se dirigir aquele
grupo de esforçados trabalhadores que durante o ano inteiro conseguiro trabalhar sem registrar um único ccidente. Era essa uma componha de Tundo patriótico que encontrava de suo porte Limo defesa ardoroso, razão do seu extremo cui dado em otender sempre ao convite do Fábrica para tais cerimònios.
Com o palavra o Dr. Alberto F. Morei iG, Diretor do De partomento Jurídico dc Sul Américo, ou viu-se um vibrante imioroviso aos traba lhadores vencedores, advertindo-os dos pre juízos e sofrimentos tiazidos aqueles que, de certo, não cuidem, como éles cuidaram, de procurar atraves sar um ano inteiro sem registro de aci dentes
Como comple mente do belo festo foram assistidos interessan tes números representados por aplaudidos ar tistas contratados especialmente pela Fábrica, dando-se a seguir um farto lanche de sanduí ches, chcps, refrescos etc".
•
Reproduzindo fotografia do entrega dos tocas, pelo Sr. R. H. Greenwood, na presen ça do Dr. Décio Parreiras, ao Sr. A, Robotlom, congrctulamo-nos com o General Eletric, nosso üsscciado, com seus dirigentes e pessoal da Fábrica Mazda, pelos magníficos resultados cjue vem obtendo em suo Campanha de Preven cão de Acidentes, certos de que continuarão sempre o constituir exemplo digno de ser cita do e seguido.
As companhias de transporte oferecem particularidade interessante a considerar, no tocante COS acidentes e sua prevenção. E' ique, prestando um serviço ao público e não fabricondc uma mercadoria para vender-lhe, veern esse público envolvido em grande parte dos riscos que afetam seus empregados, o que torna mais complexa e mais transcendente a prevenção dos ocidentes nessas companhias, jd por si ampla e variada em conseqüência da diversidade de trabalhos executados.
De fato, essas companhias dispõem de ofi cinas em que sÕo realizados os serviços mais va riados: fundição, ferraria, carpintoria, mecâni ca, pintura, eletricidade, caldeireiro, serraria oficinas que cuidam da manutenção e do reparo dos veicules quando nõo de suo própria cons trução .
E não é só isso. Ainda devemos conside rar os diversos serviços de construção e manu tenção quer de edifícios quer dos vias (quanto c estas referimc-nos, é claro às estrados de fer ro e às companhias de bonde) . Também ofere cem os riscos decorrentes da energia utilizada, quer seja a elétrica com os fios trol ley para su primento a bondes ou trens, quer seja o car vão, a lenha ou outros combustíveis lóieo ou gasolina) nos demais veículos, como locomoti vas, ônibus, ojtomóveis, navios ou aviões.
Quanto à operação dos serviços, soo de con siderar a carga e descarga de materiais, seu armazenamento e transporte, surgindo ainda, e de maneira diversa, problemas de proteção dos passageiros e equipagens dos veículos util zados
Nos transportes urbanos-, interferem os pe rigos da via pública dos transeuntes e do tráfe go em geral sôbre os quais a Companhia nõo tem controle completo. Nas estradas de Ferro são diferentes os riscos oferecidos nêsse parti cular embora melhor controle tenha a compci nhia sòbre todo o sistema em movimento aparecem aí as questões de sinalização e de blo queio de linhas. Nas companhias de navegaçõo
cérea interferem na segurança do tráfego, de manei.ra mais acentuada, cs fatores meteoroló gicos que são de prever, indicando nas últimas os possibilidades ou impossilibidades de trânsi to. Nestas sco sem dúvida mais remotas, embora não inexistentes, os possibilidades de abairoamento de veículos, mais possíveis nas demais e geralmente mais graves nos estradas de ferro, Assume relevo maior nas empréscs de navegaçõo e aviação o problema da segurança contra incêndio e dos salvamentos em caso de ncufrágio, como para os aviões é de transcen dente importância a questão do funcionamen to dos motores, c do escolha, construção e boa manutenção dos campos de pouso.
Tudo isso, assim dito por alto, em onólise muito genérica, serve para focalizar a universali dade e complexidade dos riscos oferecidos nas companhias de transportes e. certamente,-para lustrar romo nelas mais acentuados devem ser os resultados dá prevenção de acidentes, quer diretos — com redução de ferimentos, mutila ções e indenizações, bem como de avarias das mercadorias transportadas, do material rodante, flutuante ou dos aviões, e ainda das máqui nas, ferramentas e da matéria prima usada para os conservar cu reparar — quer indiretos, ieduzindo prejuízos causados ao público que se utiliza ou não dos serviços do companhia.
E é de se sal ientar como em grande parte o complexidade da prevenção decorre do influ ência que a companhia deverá exercer sòbre as pessoas que usam seus serviços, confiando-lhes o bem estar e a própria vida, e de outras que Gpenos interferem com esses serviços.
Assim, portanto, a prevenção de acidentes em tais companhias, clém da alta finalidade de proteger seus próprios bens e o pessoal, refle te-se na prestação do bom serviço e no incenti vo paro a criação e desenvolvimento do espíri to de segurança, nõo só entre seus empregados como entre o povo em geral, visto como a mer cadoria laue oferecem deve ser, em última aná ise, um transporte seguro.
(Conclusão da pagina 9)
c) Colocar cartazes em iugores visí veis e adequodos, com as seguin tes legendas:
"PREVENIR ACIDENTES E' DE VER DE TODOS" — E' PERIGOSO IMPROVISAR FERRAMENTAS"
— "UM SEGUNDO DE DESCUI DO PODE CAUSAR ANOS DE SOFRIMENTOS" ~ "PROCURE SEMPRE UMA FERRAMENTA ADEQUADA AO SERVIÇO".
WO SETOR ALMOXARIFADO, o cargo do mem bro secretário Jônotas Anccleto Morais:
a) Verificar se os empregados usam escadas de um modo correto, de quantas dispõe o Aimoxarifado eem que condições;
b) Proibir que façam das prateleiras escodas;
c) Inspecionar a atual iluminação, se a mesma é eficiente;
d) Colocar em lugar visível os seguin tes cartozes:
"EVITE QUE SEU ÚLTIMO ATO SEJA UM ACIDENTE" — "AS QUEDAS PODEM TRAZER GRA VES CONSEQÜÊNCIAS" — "MAN TENHA O CAMINHO DESIMPE DIDO".
Devem ainda os membros da Comissão, em coda setor a seu cargo, relator minuciosamente as condições do aparelhamento de prevenção existente e sugerir medidas que julguem ade quados afim de serem discutidas e examinadas na primeira reunião.
Não havendo mais assunto algum a ser ex planado, o Sr. Presidente encerrou o sessão e eu, jònatas Anacleto de Morais, lavrei o pre sente ato, que, depois de ido e aprovada, será pelo Comissão assinado.
Belo Horizonte, 9 de Janeiro de 1945.
O Presidente — Celso Cordão
Membro — J. F. Batista
Membro —■ Dilermondo Teixeira
O Secretário — Jônotas Anacleto de Morais
Nós que estornes envolvidos néste movimen to de segurança industrial ou eliminação de aci dentes conhecemos bem de perto o que quer di zer segurança; apesar disto nós nos veríamos em dificuldades se alguém nos pedisse uma defini ção que obrangesse todo o sentido da palavra Esse campanha pró eiiminaçco de ociden tes tem dado à segurança, uma significação que vai muito clém do definição dado pelo dicionário.
A méra isenção do perigo nõo é o Interpre tação de segurança; elo serio impraticável se fosse adquirida com o prejuízo do trabalho e de\eria ser abandonado se interferisse no pro gresso
O homem estaria imitado ao trabalho ma nual e aos carros puxados o cavalos se seguronco nõo tivesse uma significação mais amplo que o definição do dicionário. Segurança tem sido um parceiro do progresso. Válvulas em coldeiras, fuzíveis em fios elétricos são resultodos de acurados estudos para evitar aos homens e má quinas, acidentes no trabalho.
Quando pensávamos em segurança há al guns anos atroz, vinho-nos logo á mente, apare lhos adicionados ás máquinas poro servirem de protetores; eram em gero! ridicularizados por hoinens práticos pois nõo sotisfoziom ás exigên cias dos administradores e nem aos homens do trabalho.
Infelizmente poro o componho, umo gran de porte do pòvo, ainda encara a questão de se gurança apenas como aparelhos anexados ás '•r>áquinas, ao envez de uma parte integral do tra balho. Muitos há que se esquecem que a segu rança abrange todo o elemento que melhora a situação e o condição do trabalho fazendo tudo paro suo eficiência. luminação, limpeza sa neamento todos são fatores que contribuem para G el iminação dcs acidentes.
Nós somos como que os pioneiros nesta qjestôo de segurança e esperamos que o geroçõo vindoura compreenda inteiramente o seu signi ficado e aplique os seus princípios não só na vido privado dos indivíduos mos também no trabalho e nos ruas para o bem do coletividade.
Prevenção de Acidentes — Março de 1945 7
Um segundo de descuido pode causar anos de sofrimentos
EDIFÍCIO MAYAPAN — Sola 1119
Av. Almiiante Barroso^ 91
Caixa Postal 2916 RIO DE JANEIRO
VALENTIM F. BOUÇAS
Presidente
J. M. FERNANDES
Vice-Presidente
J. G. de ARAGAO
2.® Vice-Presidente
ALCIDES LINS
I.® Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.® Secretário
K. Ap-THOMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.® Tesoureiro
ANTONIO PRADO JÚNIOR
DR. DECIO PARREIRAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo.
~7\proxlma-se o fim da guerra mais sangrenta que o huma nidade conheceu. Almejamos tenho sido o última conflagração Q ensangüentar o mundo.
Goreis são os anseios por uma paz duradoura, e todos se mostram dispostos q envidar esforços nesse sentido. Cessará a luta. Os espíritos serõo desarmados. As preooupoções com os meios de presservcr e prolongar a vida e assegurar o bem estar e o conforto, substituirão as atuais criações de engenhos da morte.
Mois se desenvolverá, então, estamos certos, o prevenção de acidentes, aliciando adeptos, preparando técnicos, incorporando-se Indissoluvelmente à rotina diária, quer da fábrica e da oficina, quer da via públ ica e do lar.
Só assim, com esse combate que continuara, cada vez mais aceso e decidido, poderemos ter a certeza de que cessará o der ramamento inútil do sangue precioso dos trabalhadores, desses outros soldados, que na guerra contribuem poro o Vitória e na poz, para o progresso e felicidade gerais
Segundo foi anipiaiucnle divulgado, a ci fra de Crfp 5.270.768,10 — aliás "record", anual — representa o lotai de pagamentos efetuados em 194-1, como indenizações por acidentes do trabalho, apuradas por acordo ou sentença, em 1552 processos li([uidad'üs no correr do ano. Excede de Cr Jp 640.015,40, o lotai de indenizações pagas em 1943.
Quer isso dizer cjue, em dois anos, foram pagos, no Distrito Federal, Cr-| 9.1)01.490,80 como indenizações por acidentes do Irabaibo.
E, é preciso lembrar cjue a publicação de onde estamos tirando esses dados, referese ainda ao vultoso labor da 1.=' Curadoria de Acidentes do Tra,balho, intervindo, no ano de 1944, em 4035 processos, 2212 dos quais, pas saram para o corrente ano.
Quanto será acrescido à quantia acima, pela. liquidação desses 2212 casos? Admitindo a média, de Cr$ verificada nos pro cessos liquidados cm 1944, teremos ... Cr$ 8.432.535,75 a pagar, e, assim, o total an terior acrescido a Cr|'18.334.026,55.
Não há como negar os benefícios da lei de amparo aos trabalhadores, assegurandoIhes ou a seu^ dependentes, reparações por infortúnios do trabalho que atingem cifras tão elevadas.
Mas, é de perguntar: — Tal quantia re para os males por éles sofridos? As quantias
pagas por mortes, por braços ou pernas per didas, representam o valor das vidas ou dos membros sacrificados?
Não, e não. Também não podem dar aos seguradores e aos patrões a tranqüila cer teza de haverem, embora com sacrifícios ele vados, tudo feito para remediar o mal cau sado por tantos infortúnios. E, mais do que isso, sabem os últimos, que pagaram, através de prêmios de seguro ou diretamente, toda essa indenização, não se limitarem a, ela os prejuízos causados pelos acidentes, pois as despesas indiretas são geralmente avaliadas, cm quatro vezes mais.
Então, estamos certos de que focalizan do devidamente êsses números, e indicando os meios de os reduzir, mais não fazemos do que alertar aqueles que ainda não creem na prevenção de acidentes, para o seu grande alcance huma.nitário e para os benefícios eco nômicos que acarreta a todos:
aos seguradores, aumentaiulo ganhos pela diminuição de riscos;
aos patrões, reduzindo despesas e aumentando a produção;
aos trabalhadores, melhorando as condições de vida, pela diminui ção de perdas de renda.
Do Jornal UMA, órgão oficial dos empre gados e associações da Usina Monte Alegre, Refinadora Paulista S. A., com sede em Pira cicaba, tiramos a seguinte^notícia, interesante sob vários aspectos: pela exato compreensão reveloda, do que seja a prevenção de acidentes e de stuas necessidades; pela demonstração de um belo início de campanha preventiva; pelos honrosos conceitos emitidos a respeito de nossa Asfociaçco. Eis o notícia:
A Gerência da Usina Monte Alegre delibe rou recentemente promover uma campanha perrr-.anente contra acidentes do trabalho.
Muito emboro não tenho o cadastro do UMA, registrado muitos acidentes de natureza grave néstes últimos anos, a iniciativa do sr. Lino Marganti é bastante merecedora de aplau sos, pois além de beneficiar a operosa classe de trabalhadores monteaíegrinos, dará maior regu laridade aos trabalhos da Usina.
Os nossos operários estco todos segurados contra acidentes, porém, o seguro não é preven ção. Dá 00 trabalhador apenas ga/ontia finan ceira, extensiva ò sua família, mas não pode poupar sua vida. NÕo queremos com isto, ti rar as virtudes do seguro contra acidentes, que é obrigatório por lei e necessário sob todos os pontos de vista, porque na fatalidade de qual quer desastre inevitável o operário terá garan tido para si ou sua família, tratamento adequa do, pecúlio ou pensão. O que queremos deixar ciaro é o fato de que a vido do operário vale muito mais que qualquer dinheiro que se lhe queira atribuir.
Eis porque o prevenção de acidentes é uma medida de grande alcance social, que deve ser adotada por todos os patrões e empregados.
O primeiro passo da Gerência para a Cam panha que se propôs foi tornar a Usina Monte Alegre associada da Associação Brasileira pa ra Prevenção de Acidentes, com sede no Rio de Janeiro, q qual já vem fornecendo interessantes cartazes e boletins de propaganda muito suges tivos e orientará os trabalhos da Campanha.
Nós que aplaudimos todas os boas inicia tivas dos responsáveis pelo destino da Refina dora Paulista S. A., felicitamos cordialmente o sr. Lino Morganti por mais essa, que é d.is mais brilhantes e nos propomos colaborar entu siástica e incondicionalmente para maior suces so de tão humanitária Campanha,"^-abrindo des de já a secção "Campanha Contra Acidentes" que receberá colaboração de todas as pessoas de boa vontade.
Felizmente, vai se generalizando o interesse pela prevenção de acidentes e aumentando, dia a dia, o número de seus adeptos. Ainda há pouco, tivemos a satisfação de verificar como se lhe vai dando a posição de destaque que bem merece.
Iniciando a diretoria do Sindicato dos Logistas do Comércio do Rio de Janeiro uma série de palestras, dedicadas ao corpo social, foi escolhido para tema da primeira delas a Prevenção de Aci dentes
E a palestra, proferida aos 15 de março, na Sede da A. B. 1 ., pelo.secretário executivo des ta Associação, atendendo ao gentil convite a êle dirigido, foi, ouvida com alto interêsse pelo gran de número de pessoas presente.
O registro que delo fazemos, envolve con gratulações à diretoria do Sindicato dos Logistas, pelo seu alto apreço a assunto de tamanha rele vância e, ao mesmo tempo, agradecimento pela distinção com que nos cumulou.
Os magníficos resultados que vão sendo obtidos pela Companhia Goodyear do Brasil, em suo campanha de .prevenção de acidentes, acham-se bem condensados no seguinte relatóric-resumo da respectiva Comissão de Seguran ça, por cujo intermédio dirigimos òquela Com panhia nossas mais calorosas felicitações com os votos de pleno sucesso na realizaçco do pro grama do corrente ano, que é: um ano sem ocidentes.
Eis o relatório:
Encerrou-se o segundo ano de otividodes do Comissão de Prevenção de Acidentes.
Podemos afirmar que o número de ociden tes dêsse ano foi bastante reduzido, conside rando o elevado número de operários, aproxi madamente 1 .600, e os riscos o que estão expostos.
Venceram o.CONCURSO, as Divisões "Cor das e FiaçÕo" — "C e Pessoal" e "Engenharia e Melhoramentos",'as quais operaram sem aciden tes com perda de tempo.
Vejamos o quadro demonstrativo:
Divisão N." de Acidentes Dias perdidos
Cordas e Fiação 0 0
'C e Pessoal 0 0
Eng. e Melhoramentos 0 0
Divisão "B" 3 45
"!'ecelagem e Torção 2 62
Divisão "A" 7 283
Totais 12 390'
Pela demonstração acima, observa-se que foram perdidos 390 dias, ou sejam 3. 1 20 horas contra 2.979.405, total de horas trabalhados durante o ano, eqüivalendo o cada 1 .000 horas trabalhadas 1.3' (uma hora e três minutos) per didos
Realizou-se no dia 8 de-fevereiro, o instolüçõo de uma Créche no Moinho Inglês. Ao mesmo tempo, foram inaugurados os quadros especiais destinados à fixação de cartazes, avi sos, etc.., referentes à Prevenção de Acidentes.
A fotografia que estampamos, reproduz o solenidade dessa inauguraçõo com o presença do diretor do Divisôo de Higiene e Segurança do Trabalho, dirigentes e empregados do Moinho, c pessoas gradas.
No pequeno número de acidentes ocorridos, todos êles, felizmente, de pequeno gravidade, a maioria foi motivada mais pela desatençdo do que pela periculosidade do serviço.
Esperamos que 1945 seja um ono sem oci dentes, para o que contamos com a cooperação de todos. A COMISSÃO
(o) O. S. Machado — Encarregado; Antônio ce Borros; Domingos Fadigo; Jorge Abbud; M, L. Hess; Salomão Silva e Silvio Lanzoni.
Prevenção de Acidentes — Abril de 1945 —
caído por tróz dele
Uma ope rária, trcbo Ihondo em máquina de furar, perdeu uma boa por ção ^de cabe lo GO tncíinarse sobre a mesa da re ferida má quina para apanhar al guma coLisa que havia
Correção — Foram dados gorros especiais às operárias, inicíondo a gerência uma campapanha educativa afim de que o cabelo fosse protegido pelo gorro, ficando os capatazes en carregados de fazer com que estq regra seja cumprida. «
Um operá rio pôs-se o limpar o tor no em que trabalhava. O tropo \c o m ique fazia a ilmpesa foi apanhado pe los engrena gens em mo vimento, ar rancando -lhe indicador os dedos, esquerdo. Teve que amputar o i
Correção — Foram colocados melhores protetores nos engrenoge^ e os copaioze:. advertiram novamente os opíerorios paro nõo limparem máquinas em movimento.
ô -r— Prevensõp de Acidentes Abril de 1945
Um operóVio lavava uma peneiro com á g u G quente. En quanto ÍG fe char a água, deixou a m a n g ueiro, que usava, sobre uma mesa. Mas *0 mangueira deslizou e o -água quente atingiu o t r o balhüdor no rosto, nos olhos e no peito.
Correção : ' "^ Fez-se vestir o operário com ra para executar, trabalho como 'trina cadas as válvulas de fechor occessíveis e íoÍ adotado' dispo '; lugar
a boquilhü da mangueira-, mais ,, es J« n. - IVnAic '^do Hq-o
em uso.
de
Uma História e um Fato...
Que teria acontecido, quando não fazia muito, êle tinha saído alegre e sorridente poro o trabalho na fábrica?
Sua esposa olhava-o sem articular palo-^ vro, tal a emoçõo que sentia ante àquela apa rição inesperada do marido; Sua mãe, mais cal mo, foi quem falou:
— Que aconteceu?
Antônio deixou-se cair numa cadeira, mos trando ambas os mãos envoltos em gase e ainda com vestígios de sangue.'
— Sofr.j um acidente, disse êle, olhando de soslaio poro os duas mulheres, como que desejondo vêr o efeito do suo frase.
Sua esposa, openos balbuciouu
— Como foi isso?
. E logo em seguida, sentenciou: Na certo foi alguma brincadeira de mal gôsto. . .
Foi então, quando. Antônio, com um sor riso melancólico começou a suo narração:
•— . . . chegando ò fábrica, vestiu o maca cão e dirigiu-se para a máquina, o suo velho máquina, companheiro fiel de tontos anos, que êle conhecia e estimava como à suo filha. Sa bia das suas manhas e defeitos, dis.tinguia para fuso por parafuso, todos tão familiares a sua longo permanência naquele serviço. Começou a Ilmpesa, como fazia todas as manhas, ajus tando as peças e lubrificando partes necessári-as ao seu perfeito funcionamento. Quando assim procedia pediu a um compartheiro que traba lhava próximo que ligasse q chave, pondo o má quina em movimento. Foi justamente nesse momento que êle, sentindo um estremecimento brusco, soltou um grito lancinante e caiu desrt-ioiado. Com os mãos tintas de sangue, foi re movido -pelos companheiros pora a enfermaria dq fábrica.
O resto é fácil adivinhar. Curativos, calmontes e a dolorosa ordem de ir poro casa, a mesma de onde sairo pelo manhã, alegre e são.
Correção — Foram íruções no sentido de que todn^ ^^érqicda por menor que seja, fôsse U ® msna, para fazer o necessário à feritoda publicidade a êste Qcideq.^''Qtivo forom ministradas às operorj Hq of-^u-se meiros auxílios, pora serem evit^ ''ÇÕes d
E êle ali estava, pálido, desapontado e ainda bastante emocionado pelo Imprevisto do cêna que vivera naquela manhã, perguntando a si mesmo, como teria acontecido aquilo tudo, a êle, um veterano no serviço e conhecedor per feito daquela máquina, como conhecia as suas próprios mãos.
As duos mulheres, tentaram onimó Io, pro curando disfarçar os t-ristes conseqüências da quele acidente, ocorrido justamente rras véspe-
ros do pagamento do aluguei da casa e da pres tação da mobília da sala de jantar.
. Infelizmente, casos como êsse dinda acon tecem entre aquêles que-pensam que, como são antigos no serviço, estão isentos dos males do ocidente.
Será. que o nosso Antônio, operário veteíono no fábrica, ainda nõo teria observado os regras! de segurança?
E' bem possível.
Eu conheco tantos assim.,. .
O FATO
"A operária trabalhava em u'a ma quino complicada mas, opezar dos seus 5 anos de casa, jamais sofrerá um acidente.
Na fábrica onde elo trabalhava puzeram um cartaz assim;
"N.'\0 LIMPE MÁQUINAS EM MOVIMENTO"
Tudo porque?
Por falta de atenção unicamente. Se elo ti vesse lido o cartaz e obedecido, não estaria ogoro, com êsse -castigo lamentável aliás.
Ensinamentos;
1.°) Leio os cartazes educativos e os obedeça;
2.°) Pergunte ao seu chefe como evi tar ocidentes;
3.°) Nõo limpe máquinas em movi mento".
Prevenção
de Acidentes — Abril
Nossos leitores terão observado o empenho ((ue vamos mantendo em sempre divulgar nolícias de ati vidades relativas à prevenção de acidenle.s, realizadas por diferentes organizações.
Essa divulgação íem grande alcance e significa do por retratar a realidade diária c estimular exem plificando.
Por isso, estamos sempre à disposição de nossos leitores para o noticiário dc suas atividades de se gurança e divulgação dos resultados que obtêm.
E não só estamos à sua disposição como jiedimos não guardurem dados preciosos c interessantes, que ])oderão beneficiai- a outi-os, fazendo-os, ao contráj-io, conhecidos através da divulgação que lhes ofere cemos.
As fotografias que estampamos foram ba tidas por ocasião dos oulos inaugural ,e final, vendo-SG entre os presentes o Cel. Carlos ProenÇQ Gomes Sobrinho, i lustre diretor do fábrica de Eonojcesso do Ministério da Guerra, que assis"u a tcdos os aulas, prestigiondo-as com sua presença e manifestando sempre seu aplauso ò iniciativa.
Acaba a Associação de realizar, por inicia tiva do Ministério do Trobalho, seu primeiro'cur so de técnico de prevençco de ocidentes e provávelimente o primeiro do gênero realizado no Brasi .
Iniciado o 9 de março, encerrou-se no dia 13 de abril, após um desenvolvimento de doze hõros de aulas.
A matéria ficou o cargo de especialistas no assunto, como sejam os médicos Drs. Eder Jansen de Melo, Hermínio Brito Conde e Washington Pinto, o tenente Humbold d'Aquino, do Corpo de Bombeiros e os engenheiros J. S. A. Pinheiro e A. P. Amoronfe
O curso despertou interesse além da espectctivo pois foi assistido regularmente por 45 pessoas, notondo-se entre elos diretores e geren tes de fábricas, mestres, ccpotazes e operários, ossim como médiccs e funcionários do Ministé rio do Trabalho,
Dodp esse interesse, que ultropcssou os limjtes da indústria de fiação e tecelagem à qual se destinava inicialmente, foram mais amplos os assuntos trotados no curso, que abordou o prevenção de acidentes de modo mais general zado
No decorrer do curso que teve cunho prá tico, foi exibido um film sobre o método "Prone" de Respiraçco Artificial .
A Divisão de Higiene e Segurança do Tra balho ofereceu aos presentes o livro que ccaba de editar, intitulado "Como fazer diminuir os acidentes do trobalho" o icual foi recebido com geral satisfcçco. A Associação forneceu aos in teressados uma série de publicações contendo os temos estudados. Além disso, está preparando uma monogrofia reunindo as palestras proferi das e que será de grande utilidade não só pora todos aqueles que concluíram o referido curso, como poro os que não o puderam fazer.
Sendo nosso objetivo o prevenção de toda a sorte de acidentes^ nco podemos deixar de nos impressionar com o elevado número de acidente? de trânsito, que os jornais vêm noticiondo diáriomente. Não podemos deixar de nos imprcssionor com êsses acidentes, que tambéfri afetom direto ou indiretamente os trabalhadores, porque esta mos em época de restrições que conduzem não só Q diminuiçco dos veíouios em circulação como lombém à da velocidade de-tráfego.
Ora, êsses dois fatores deveriam bastar pa ra uma redução grande no número de acidentes, embora nõo devamos perder de vista o desgaste dos veicules que nco tem sido substituídos E' do supor, portanto, que, cessadas os restrições, normaíizando-se o tráfego de veículos, a^umentenr tais ocorrências, crescendo assustadoramente o número de vítimas inúteis, muitcs vezes culpa das pela própria desgraço sofrida!
Jornais do Rio noticiam fatos como êstes, ocorridos no mesmo dia;
— ônibus de duas companhias diferentes chocam-se em plena rua, saindo feridos, ílgeircmente, dois passageiros de um deles;
— outro ônibus, sóbe no calçada, atrope lando três trans€'"Jntes um dos quais é internado por haver sofrido fratura da coxa esquerda;
ônibus e bonde chocam-se, ferindo dois passageiros;
— um trem apanha um operário, motando-o;
— uma quedo de bònde ocasiona fratura de crâneo do vítima;
— em outra qaeda de bonde, fratura, o operário, uma clovícula;
— fratura do crâneo e comoção cerebral, de outro operário, resultam de atropelalamento por ônibus;
— um menor é atropelado por auto, ferindo-se ligeíromentè na perna esquerda;
um auto opôs atropelar um transeunte — por sinal, ajudante de caminhõo choca-se com um bonde e, em seq.iicía, contra um poçte.
Todos êsses acidentes, ocorridos no mesmo dia e no mesma cidade, são apenas alguns dos noticiodos. E nem são acidentes graves, como os ;qje impressicnom o público e ocupam os primei ras páginas dos jornais. Quantos outros ter-seGo verificado no mesmo dato sem que fossem noticiados ou incluídos nos recortes consultados?
Mais do que êsses fotos, dssirh constalodcs co acaso, falam estatísticos, como o recentemen te publicada na "Folha da Noite", de S. Paulo." focalizando a importância do problema naquela cidade. Vê-se, de fato, nessa pablicGçõo, que o númere de acidentes de trânsito mantêm-se tão elevado como nos anos anteriores, quando nõo hcvia restrições, nem racionamento de gozolir^o. De janeiro a março o Delegacia de Acidentes em Tráfego recebeu 456 jriquéritos.
"Nos acidentes — rezo o noticia, ique passomas. Q transcrever —- figura um total de 543 veículos, assim distribuídos: automóveis parti culares, 56; bondes, 149; caminhões, 130; outomóveis de aluguel, 50; carroças, 21; aufoTnóve-is oficiais, 37; trens, 13; bicicletas, 15; motocicletos, 6; ônibus, 62; aranhas, 2 e aviões, 2.
Quanto òs pessoas vitimados, temos: Gravementes feridas, 268; levemente feridas, 257, e mortas, 56, num total geral de 581 pes soas.
Na relação dos culpados pelos acidentes, encontramos 229 vítimas e 159 indiciados. Dos
Nas grandes crgonizQçÕes .Industriois hó sempre lugar bem definido para o diretor de se gurança, o engenheiro de segurança, os inspeto res e 05 comissões de segurança. Reuniões, pa lestras, exibições, concursos, filmes etc., são meios correntes de olí difundir o prático da pre venção de acidentes.
Mas,,em uma pocaeno orgaiiizaçco, a couSQ é diferente e o diretor de segurança que, ge ralmente, tem também eutros encargos, não .-.ecessitQ explorar tcdos êsses recursos paro levar o cobo um eficiente programo de segurança; pooe reclizá-lo de formo muito móis simples.
Deverá, entretanto, estar imbuído de dese jo intenso e sincero de prevenir os acidentes, co mo de transmitir êsse anseio aos demais encarre gados e, através deles, individuolmente, a todos os trabalhadores, nõo só pela palavra como pelo exemplo.
Deverá demonstrar que o realização de uma componho de segurança é parte integrante do trabalho de cada um e que o responsabilidade pelo seu sucesso é gerei
Estando os chefes dos departamentos, os copatQzes, cs inspetores e os trabalhadores, con vencidos do volor do segurança, é tempo de se porem em execução os projetos para seu desen volvimento.
E' fácil levar a cabo q eliminação dos ris cos ordinários de incêndio, conservar os pisos csseiodos e manter ordem e limpeza gerais, pre parando o campo paro -um eficaz programo de segurançG. Entõo, pode-se trotar de evitar todos os riscos que a fábrica, suas instalações e equi pamento oferecem.
Devem ser proporcionados, ocs trabalhado res, todos os protetores necessários ao combate aos riscos do trabalho, tais como óculos, luvas, protetores das máquinas, escodos de seg-urança,
456 inquéritos que deram entrada no Delegacia de Acidentes em Tráfego, foram concluídos 388, estando os restantes em andamento.
Em 1944, foram instaurados 1 .870 inqué ritos, sendo que 1 .793 ferem remetidos ao Fonum Criminal . Dos investigações reolizadas, 390 deram resultados positivds e 151 negativos
2.430 pessoas forom acidentados, sendo 1 .228 gravemente feridas; 1 .033 levemente feridos e 159 mortos. 1 .067 vítimas foram declaradas culpadas pelos próprios acidentes que sofreram. Os indiciados responsáveis formorom o total de 726. Nos inquéritos foram ouvidas como teste munhas 2.430 pessoas. — Quanto às principais causas dos acidentes, como nos anos anteriores,
etc., dando-lhes a certeza de ccje a gerência é sincera em seus propósitos de garantir a realiza ção de um programa de segurança. Seguem-se, então, o estudo do r-otino de cada operação do fábrica e, com q colaboração do tróbolhador, o estabelecimento dos meios i.iois seguros de executar coda uma deles. Análise dos acidentes que se repetem pode rá de pronto orientar medidas preventivo? a se rem tomados. Urna investigação completo e im parcial de cada ocidente oferece sempre ensina mentos o serem utilizodos. Estas investigações deverão demonstrar;
, o) o causa fundomental do ocidente;
b> querh foi o responsóvel;
c) que medidos devem ser tomados para evitar sua repetição.
E' indiscutível a eficácia dos reuniões de se gurança realizados durante as horas de traba lho e mesmo sem muito preparação, mas com o objetivo certo de discutir algum risco ou perigo do trabalho.
O desenvolvimento dos habites de seguran ça entre os empregados e o cumprimento inte gral dos regulamentos paro uso de vestuário de segurança e de outros artefatos de segurança, requer certo tempo e faz necessário o recurso constante ò paciência e à perseverança, que nõo devem abandonar o diretor de segurança, Nõo lhe foltoró, entretanto, o recompensa de um su cesso completa, que êle melhor poderá aprecior ca que seus colegas das grandes organizações, porque terá mais oportunidades para conhecer individualmente os operários e deles se fazer «um verdadeiro amigo.
f.lestGcam-se cs atropelamentos, abalroomentos e quedos".
Vaie meditar ante os resultados cpurodos nos inquéritos citados: Em quase 60 % dos ca sos conclusos, dêste ano, foi reconhecida a cul pabilidade do próprio vítima. Em 194^, 44 % das vítimas ferem reconhecidas culpadas pelos ocidentes verificados, Muito há, portanto, o fazer para evitar cridente? de trânsito o não só os veicula i deveiri ser cuidados, como devem ser instruídos os mo toristas, os possogeiros e transeuntes, isto é, o público em geral, pois nâo bòsta encarar o as sunto sob um de seus aspectos poro que êle se ja resolvido ou oo menos sejam atenuados seus inconvenientes.
r.'.
Após o eleição do Presidente c do Conselho Fiscal do Associaçcc e renovação de parte do Conselho de Administração, tudo na Assembléia Gera! Ordinária realizada aos 27 de março, re'..:niü-se o novo Conselho de Administração, a 7 do corrente més de maio, poro, no forma esta tutária, eleger-cs demois membros dò rjiretorio. As?im ficou constituída " ü atual admjnistraçco
ca A. B P A -
Conselho de Administrocao
As prensas são máquinas de largo emprego na indústria, variando seus tipos conforme a na tureza-da fábrica, Ccmo o próprio nome indica, operam por compressão, mediante dispositivos diversos e fontes variadas de energia.
Sendo tão difundido o emprego dessas má quinas, torna-se interessante dizer alguma cojsa quanto aos cuidados que os empregados que Os operam devem tomar, não só para se protege rem contra os perigos que elas podem oferecer, como também para a conservação da ferramenta c do equipamento, porque umo ferramenta mal colocada pode acarretar sérios danos, como o quebra da própria ferramenta ,e, também, origi nar eminentes perigos para um acidente grave.
Os operadores e seus companheiros devem por ccnseguinte tomar em consideração os se guintes conselhos;
— Antes de montar a ferramenta, deve-se por a prensa em movi mento, inspecionando se nóo apresenta alguma anormolidode.
— Ao colocar a ferramenta devese ajustá-lQ sempre'com todo o cuidado, porque é dum rigoroso cjustomento que depende a durabilidade do ferromento e também a seguranço pessoal do operador,
— Deve-se trobolhor coni a má ximo atenção e regularidade
Conforme antecipamos, foi criada, em SÕo Poulo, o primeira suçurso! desta Associação. Acha-se instalada nó Viaduto Boa Vista n.® ôS, solo 81 1, com o telefone 3-2257.
. E' o primeiro élo do cadeia de nossa expan são, visando difundir a prática do prevenção de acidentes e prestar maior soma de serviços o maioV número de industriais e seus empregocos.
nco deixando que çe acumulem retalhos e fragrr)eritos de ma terial em lugares pão apropria dos. Coso contrário, o traba lho torna-se mp.is difícil o porigoso.
4» Notondo-se gyalqoer irreguioridade na máquina deve-se po*rá-la e avisar imediararnento 00 encarregado.
Deve-se jevitar distrações du rante o trabolho pois muitas vêzes a perda de dedos, mco ou brqço é conseqüente desses distrpçÕes inoportunas.
6) Duropte a operação cem umo prensa, deve-se sempre evitar meter as mãos debaixo do fer romento
7) Ninguém deve dirigir-se oo operador de umo prensa no momento da operação, porque pode desviar suo atenção tor nando-o exposto 00 perigo.
( Nunca se deve retiror os orotetores dos prensas, ou preju dicor seu funcionamento pois foram colocados para ajudar o operador o evitar os acidentes.
Diretoria
Presidente
1 Vice-Presidente
2.° Vice-Presidente
2.° Secretário
].° Secretário
2.^ Tesoureiro
1 Tesoureiro
Diretor
Diretor
Conselheiros
Ary F. Torres
J. M., Fernandes
J G. P. Arogão
Alcides Lins :
Dulcídio A. PereTa
K. Ap-Thomas
Odilon de Beoucloir
Dr. Décio Parreiras
Valetim F. Boucos
Adhemar Jobim
Antonio Prado Júnior
Fábio Prado
Gilbert Heorn
Guilherme da Silveira Filho
João Carlos Vital
João Luderítz
Jülião Nogueira
Leonídio Ribeiro
Morvon Figueiredo
Renoto Wood
Woíff Klobin
Conselho Físcol
Membros efetivos
Carlos Santos Costa
Mariono Marcondes Ferraz
Rodrigo Otávio Filho
Membros suplentes
Armando Arruda Pereira
Helvécio Xavier Lopes
Luiz Dumont Viilares
Já se Qcha, assim, em plena, atividode, ofe recendo mais estreita cooperação aos nossos cssociados locais e com eles. contando po.ra a cmpliaçõo do nosso quadro social e enriqueci mento de nossa experiência, êsse primeiro áio, que, por -se localizar em nosso principal centro industrial, será também, naturalmente, o ma>s forte do codeia que lançoremos sobre o pais.
Entrará em vigor a 1 de julho a nova lei de ocidentes de trabalho.
Já tivemos ocasião de transcrever neste bo letim dispositivos seus interessondo a prevenção -de acidentes.
Desejamos ogora destacar mais uma vez, seu artigo 82 que trcnscrevemos a seguir e estabelece obrigatoriedade da criação de Co missões de Segurança onde houver mais'de cem empregados.
Art. "82 — Os empregadores, cujo número de empregados seja su perior Q 100, deverão, providenciar o organização, em seus est^obelecimcntos, de comissões internas, com representontes dos empregados, poro o fim de estimular o interesse pelas questões de prevenção de acidentes, apresentar sugestões quanto à orientação e fisca lização das medidas de proteção ao trcbolho, realizar palestras instruti vos', propor o instituição de concursos e prêmios e tomar outras providências tendentes a educar o empregado na prático de prevenir acidentes.
Éste lembrete é acompanhado de nosso ofe recimento para auxiliar c instalação dessas co missões, bem como orientar seus tnabalhos.
'P^aupe ó&ui d&daij óuaó triãa-òj ôeui e píò, poiò ainda não. á-e eneant^uim á u-tnda ptç>aô òo.^h,eAà,aítnte.ò pa>ia o- cx).h.puo. dumano.,...
4ioletim da PENSE
ASSOCIAÇÍO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Av. Almirante Barroso, 91 Sala 1119
RIO DE JANEIRO
JUNHO DE 1945 ANO 3 — No, 30
Os acidentes da "última hora" sucedem, ge ralmente, devido às segiuintes causas:
) Há operários que quando se oprcximo o hora da saída começam o pensar em cousas diferentes daquela que estão fa zendo. Essa distração é causa de aci dentes
2) Outros, apressam a execcjçâo de sua ta refa para sair no minuto exato. Essa pressa provoco ocidentes.
Mas, há também quem interrompa o trabalho antes do tempo e comece a, brincar ou conversor. Distrai os outros e, sem iquerer, dó lugar o acidentes.
Viaduto Boa Vista^ 68 Sola 811
SAO PAULO #
ARY F. TORRES Presidente
J. M. FERNANDES
1-° Vice-Presidente
J. G. de ARAGAO
2.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS Secretário
DULCIDIO A.^ PEREIRA
2.° Secretário
K. Ap-THOMAS
I.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.® Tesoureiro
DR, DECÍO PARREIRAS
VALENTIM F. BOUÇAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo
Xü Rio de Janeiro, coino certamente em outros lugares, inúmeras ])essoas ficaram queimadas ou fe ridas, leve ou gravemente, durante as comemorações da ^'itó^ia das Nações Unidas na Europa.
Houve também um sério conflito, do qual saíram feridas várias pessoas.
4) Não poucos operários deixam fóra do lugar ferramentas, caixas e outros obje tos, constituindo oportunidades para outros acidentes.
Também há os que, concluído o traba lho, descem as escadas apresscdamente -para sair quanto antes; parece até que alguém os persegue. Escorregam, caem, e se acidentem.
6) Existem também aqueles que correm, otropeladcmente, à saído do fábrica, empurram seas companheiros, não vêm os perigos do páteo e da rua, causando assim acidentes leves ou graves.
Tudo isto é facilmente evitável com «um pouco de boa vontade e a observação déstes con selhos:
1 A distração é sempre perigosa, e mais perigosa nos últimos momentos do tra balho. Tome nota disto porá o seu bem.
2) Nco se deve afobar" para concluir um trabalho. Dois a cinco minutos mais, nõo valem o risco de sofrer um ociden te que poderá ter graves conseqüências.
As brincadeiras têm sempre conseqüên cias dolorosas. Não esqueça sua res ponsabilidade ao causar dano a um companheiro. Evite as brincadeiras no trabalho e evitará riscos.
4) Antes de deixar o serviço ponha cada coüSQ em seu lagor. A ordem é um ín dice de dedicação ao trabalho.
5) Porque descer as escadas correndo? Não sobe você quantos se tem acidentado deste modo? Lembre-se de que cabe a você mesmo evitar os acidentes desta classe. Espere alguns segundos e che gará com toda a segturança.
6) Correr ò saída do trabalho é uma im prudência. Nunca se deve fazer isso. Parece que se esta fugindo de alguma couso.
X^ão seria possível isentar de dores, tão justas ma nifestações de alegria?
Ontem, cêrco das 12 horas, estava insoscionando os trabalhos de seus operários, o Snr.
Subiu a um andaime, a uns 4 metros de altura. Em dado momento, escorregando em um tijolo, o construtor coí-u, Èotendo vioíentcmente com a cabeça no solo.
Operários acercaram-se da vítima e provi denciaram a ida ao local de uma ambulância. foi conduzido, em estado grave, oo Pronto So corro. Depois de medicado internou-se no H.'. P. S. Os médicos acreditam que tenha sofrido fratu ro da base do crâneo. Seu estado, apesar de melhoras é bastante me lindroso.
("Folha de Minas", Belo Horizonte)
Estava êle fazendo o reboco de uma pare de, no décimo pavimento, junto ao vão destina do aos assessores e pelo qual já subira um elevador-prancha dos utilizados em serviço. José, que talvez se nco tivesse apercebido de tal, foi debruçor-se á janela, no momento justo em que já descia o pesado aparelho e opanhado por êste teve o crâneo esmagado. A sua morte foi ins tantâneo,
("A Notícia", Rio)
Um estudo onolítico de 17.869 acidentes, com perda de tempo, ocorridos nos trabalhos sob a jurisdição do corpo de Engenheiros do Exérci to Americano, revelou os seguintes fotos muito significativos:
1 A falto de supervisão foi causa direta ou indireto em 73 % de todos o.s aci dentes
2) Em cada gpupo de cinco acidentes, três ocorreram quando o Supervisor ou o Copotaz não se encontrava presente, diri gindo os trabalhos-.
Os acidentes têm causas definidas. Mui tos dependem do próprio indivíduo. Responden do a estas perguntas você poa'érá avaliar.seu co eficiente de segurança pessoal
Você crê no seguronço, ou penso que é algo para os outros?
2) E' você cuidadoso em utilizar os prote tores dos máquinas e todos os outros apetrechos de segurança, ou não lhes dá importância?
3) Mantem-se atento oo seu trabalho ou deixo que pessoas ou ccusos o distraiam?
No prédio onde tra balhava, foi vítima de acidente, o operário A. ., de 50 anos de ida de presumíveis, casado, português e morador.
Perdendo o equilí brio quando no alto de uma escada. caiu ao solo e teve o crâneo fra turado em conseqüência do fato, sendo removido pouco depois em estado de "shock" para o Posto Central de Assistência, onde lhe foram presta dos os socorros médicos de maior urgência.
Em seguida, .internaram-no no Hospital ("A Notícia", Rio:
perdeu hoje a vida. tragicamente quan do em trabalho, o operário J. A, C., de 29 anos de idade, casado e morador á rua.
CAIU DO ANDAIME
três operários trabalhavam em um an daime, na artura"de cin co metros, quando o mesmo caiu oo solo, causando ferimentos nos seus ocupantes. Um de les, M. G. A., ficou em estado grave, e os dois outros, que sõo L.O.C. e A. A., receberam ape nas contusões e escoria
ções
Os dois últimos, de pois de medicados no Pôsto de Assistência, re tiraram-se, tendo o pri meiro ficado internado.
("O Globo", Rio) CAIU.
Quando trabalhava num edifício em cons trução. 0 operário solteiro, de 26 anos de idade, caiu do 1 .° andar ao chão, sofrendo em conseqüência, ferimento contuso no frontal e escoriações pelo corpo. foi transportado em ambulância ao Hospital sendo al socorrido.
Seu estado é grave.
3) A feita de por em prática os Regras de Segurança foi causa em 29 ?o de to dos os acidentes.
4) A falta de inspeção dos possíveis perigos foi fator em 2.2 % de todos os aciden tes
5) Um em cada cinco acidentes, ou seja, 20 %, forem causados por instrução insuficiente.
Os requisitos de segurança violados mais a meúdo foram concernentes à armazenagem de materiais e remoção de resíduos (23 %); uso do equipamento protetor (21 %) ; equipomenio mecânico e mecanismo (18 %); rampas, pistas, plòtoformos e andaimes (10 %); trans porte de pessoal de estudos e projetos (6 °ü ) Essos violações causaram 78 % dos acidentes e 74 % daqueles com perda de tempo.
4) Você está interessado em seu emprêgo ou não gosta dele?
5) Você respeita seu capotaz e o estima, ou penso que êle é robugento?
6) Aceita, você, com sinceridade os reco mendações e correções, cu discordo das sugestões que soo feitos ao seu tra balho?
7) Está sempre de bom humor ou Irritado?
8) Tem costumes morigerados, dorme o suficiente ou é um habitual tresnoitado?
'Diário da Noite'
Colaboração do Dr. Alfredo Guarischi, Advogado, Assistente Téc nico Jarídico da Comissão de Se gurança para Prevenção de Aci dentes do Trabalho, da Giilette Sofety Razor Co of Brazil
Perdoe-me o leitor us^ar um título que foi oriundo da gíria nocicnol, mas, no caso, não há expressão melhor do que esta, como ma.s adian te vamos notar.
Hitler, antes de iniciar a guerra, que teve por ápice a sua fragoroso derrota, certamenteteria ouvido cs bons conselhos dos entendidos no cscunto para nõo fazer a mesma, porque a iria perder. Todavia, como êsse indivíduo tem o "es pírito de porco", teimoso a valer ,fez a guerra, cmeaçcu conquistar o mundo todo, tremeu os alicerces da civilização e amendrontou a todos, mas, por fim, teve o merecido castigo, a derroto.
Assim, vemos hoje o que acontece diaria mente com certos operários, tanto homens como mulheres, os quais por contradição ou estupidêz, primam por fazer as cousos ao contrário, do que devem fazer, com relação às regras de aciden tes do trabalho.
Quando um patrão, através de pessoa com petente, encarregada do assunto; ou a Comis são poro Prevenção de Acidentes do Trabalho dá ordens, no sentido de evitar um acidente, é porque um estudo fôra feito antes, e lógicaniente as ordens dariam benefícios.ao operário, isentando-o de ocidentes.
Muitos operários entendem que as devem desrespeitar porque predomina o citado "espiri to de porco" cu seja, mais vernacularmente, o espírito de contradição.
Acontece que depois que há o acidente, vem o operário se lamentar e pedir benefícios, olém do estipulado em lei, dizendo que 'está arrependido e devia obedecer". Nessa ocasião, qualquer arrependimento é tardio e, acontecerá CO operário o mesmo que aconteceu a Hitler foi derrotado.
Essa advertência sirva a quem se achar no caso,
Manduca era urn rapaz forte e alegre, boê mio e brincalhão. Mas, não primava pelo bom gosto e pela prudência. Queria ser excêntrico, demonstrar coragem.
Lima dos brincadeiras que mais repetia eco deveras impressicnonte. Consistia no seg-uinte; tomava de um revolver com o tambor vazio; nele colocava uma cápsula; girava o tambor ra pidamente, poro Q direita e para a esquerda; le vava, depois, o cano ao ouvido e dava ao gatilho — uma, duas, três vêzes — parando sempre o renr.po e nada lhe acontecendo.
Mos, do última vez em que realizou a proe za, não deixou o tambor na posição costumeira. Errou pelo primeira vez, embora errasse por pouco. Mas, êsse êrro custou-lhe a vida. Estou rou os miolos com a bolo deixada no revolver.
Que lição podem tirar dêsse j;a^o, ocorrido em Niterói, o 26 de maio e narrado pelos jornais, aqueles, que por nunca haverem sofrido uni oci dente, pensam poder continuar impunemente a cometer imprudências, e n nõo se preocuparem com a segurança, certos de que, graças co aca so ou à proteçõo divina, continuarõo sempre in cólumes, mau grado todas os oportunidades que proposital ou inadvertidamente oferecem oo acidente.
A muitos deles está reservado o mesmo fim do Manduco. Uma vez, uma vez apenas, verificc-se o acidente tão provocado. E é o bastante paro que nunca seja esquecido — tal a lezõo causada — cu nem sequer seja percebido per causar morte instantânea.
Deve-se por isso estar sempre lembrando o ésses falsos otimistas, que o primeiro aciden te pôde também ser o último
1 — Lembre-se de que suas mãos levam para caso o alimento de suo familía.
2 — Nõo use luvas ao trobolhor com máqui nas em movimento.
9 — Não execute serviço algum no porte elé trica com a corrente ligado — um cho que poderá <matá-lo.
10 — Cuidado, ao ligar umo chove elétrica verifique si os contatos estão em ordem G si não vai hover "curto".
3 — Não use os mãos e sim escovas ou ferra mentas adequadas/ paro remover resí duos dos máquinas.
Verifique se os cordas, cabos, correntes, talhos ou moitôes que vai utilixor poro suspender uma cargo, soo suficientemen te fortes e estão em bom estodo de con servação
5 — Nõo fure umo peça sem prerrdê-lo com blocos ou grampos. Segurá-lo com a mão é perigoso.
6 — Trago sempre os mãos limpos de óleos ou graxas, quando estiver manejondo ci lindros de oxigênio, pois o contato deste gós com aquelas substâncias pode pro duzir explosões.
7 — Tome cuidado quando transportar pcçat> compridos, tais como tábuas, vigas, tu bos, escadas, etc., poro nÕo atingir seus componheíros. E' recomendável usar duos pessoos paro tais serviços, apoiondo o peça sobre ombros do mesmo lado.
Nunca deixe de segurar-se no eorrimão, ao subir ou descer uma escada
0»
— Ao monobror uma válvula de vapor, veri> fique si nõo vai haver escopomento c co loque-se de modo o nõo ser atingido
12 — Os carrinhos de mão devem ser monobrodos com prudência e cautela — lembrese de que êles não possuem freios.
«•
13 — Antes de usar um« mangueira dc ar com primido certifíquc-se de que está om boos condições e com os ligações perfeitas.
14 — Não guarde suo comida nos proximidades de ácidos, poeiras venenosas, jótos de pinturo, etc.
15 — Quem trabalho em pintura ou com jato de areio, mistura paro vidro, etc., deve lavor bem os olhos e o nariz assim como gorgorejar com água em abundância ao cessor o trabalho.
16 — Iniciado um trotomento no hospital, não o obondone sem ordem do médico^ ou do enfermeiro.
. Av. Almirante Barroso, 91 Sala 1119
RIO DE JANEIRO
JULHO DE 1945 \N0 3 — No. 31
Viaduto Boa Vista, 68 Sola 811
SÃO PAULO #
ARY F. TORRES
Presidente ^
J. M. FERNANDES
1 .o Vice-Presidente
J. G. de ARAGÃO
2.0 Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1 ,0 Secretário
dulcidio a. pereira
2.° Secretário
K. Ap-THOMAS
],0 Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.0 Tesoureiro
dr. decio parreiras
valentim F, BOUÇAS
Diretores
A. P. aMARANTE
Sec. Executivo
Pois, segundo o opinião de muitos dirigen tes, um copotcz competente:
— Entende mais de seu trabalho do que qualquer outro pessoa.
— E' um bam administrador que sobe co mo conservar os empregados, os mate riais e os máquinas.
— Estimub os operários, merece e' montémísempre suo confiança.
Em cada dois minutos acidentou-se, no Rio de Janeiro, em ]9'^4, um operário, enquanto trabalhava. 68.351 foi o núme ro total apurado pelo Ministério do Trabalho.
Quantos outras pessoas foram feridos acidentalmente em coso ou no rua, nesse mssmo ano? E quantos morreram ou fica ram inutilizadas? Não temos elementos para responder.
Sabemos apenos que muito dinheiro foi gosto com socorros médicos. Indenizações, seguros etc., e oue nenhum acidentado, nenhium patrão se beneficiou com o dispêndio feito. Os primei ros perderam dias de trabalho, sofreram m»uti laçõeà; os outros sofreram reduções de produçco, encorecimento do produto, diminu.'Çco de lucros. Sofreu a comunidade. Tucb devido aos ccUentes.
Oro, coda um deles teve suo causo ou suoscousas. Como em sue maioria poderiam ter sido evitadas, constituem perda iniustificável, provo de ineficiência, para não di^er perda crimi noso, ante c sangue inutilmente derramado.
Depende, portanto, de nós mesmos o rcdiçoo de tontas per das de vidas, de energias, de bem estar e de dinheiro.
Procurando sempre agir com segurança, no trabalho, no rua ou em caso, estamos cumprindo um dever e nos benefi ciando
— Dá senjpre uma respos ta inteligente e prático a coda pergunta que lhe seja feito.
— Tem um lugar determi nado poro coda couso e pr2ocupa-se em man ter sempre cada couso em seu lugar.
— E' razoável poro com seus operários e seus chífes.
— Niinco fole demais.
— Obtém Q coopcroção de seus horriens, não precisando forçá-los o trabaUior.
— Realiza seu trabalho com o mínimo de discórdias e de desavenças.
— Conhece os problemas que afetam os trabalhadores e também os que afetam o comporhia.
— Finalmente, sabe em igue consiste a segturonça.
1 ) Reconhecendo que o prevenção de oci dentes é porte do responsabilidade de coda trabalhador.
2) Interessondo-se pessoalmente pelos problemas de suo eguipe.
3) Obedecendo o todos os Regras de Se gurança
4) Dando o bom exemplo.
5) Não só ensinando seus subalternos a fazer o respectivo trabalho, co mo também o fozê-lo sem pengo paro êles próprios, e poro os companheiros.
6) Aceitando plenamente o responsabilidade dos acidentes de suo equi pe.
c7) Procurando selecionar os trabalhadores segun do suas aptidões e riscos de trabalho.
8) Fazendo inspeções periódicas e concienciosQs das Instnincõpc /s caiuüunoo bem os trabalhos □ fazer.
9) Fazendo com que, na realização ds codo tiQ^alho, seja usado o equipamen to de segurança Indicado.
10) Consideiando tão graves as infrações dos regrc-s de segurança, como os de suas próp>i/ns instruções.
O operário quondo trabalhava. foi colhi do pelo lingoda de um guindaste de 4 tonela das,, teve morte imediata.
As primeiras horas da tarde de ontem ocor reu um acidente fato! numas obras de constru ção no centro urbano, resultando dois operários serem colhidos por uma barreira.
Passados os primeiros instantes de estupor seus companheiros foram em seu socorro enquan to o foto ero comunicado á Polícia e aos bombei ros, E, assim, dada a pronta intervenção dos tra balhadores foi possível retirar dos escombros J. F, A. Estava bastante aturdido, tendo sofri do um ferimento na cabeça, M. F, N., todavia, que contava 56 anos, os bombeiros que ali esti veram, só puderam retirá-lo morto. Foro esma gado sob o peso brutal.
("Brasil-Portugal",
Impressionante e comovente ocidente ocor reu, á tarde de ontem, em uma das grandes construções, que estõo sendo ievoitados, no cen tro do cidade, nele perdendo a vido um operário, quando entregue ás suas ocupoçces de costume.
Erorr? precisamente 15 horas, quando o tra balhador. içQvo poro o oito uma dos muitos, "lingodos" de tábuas, destinadas oo trabalho no construção do prédio.
Repentinamente, o roidanc, pela qual gira va um cabo de aço, que levava c "lingoda", des prendeu-se do alto, vindo tudo a cair sobre o cabeça de que, embaixo, co nível da rua, puxava aquêle cabo.
A morte do infeliz foi instantâneo.
("Diário de Notícias", Porto Alegre)
Quando trabalhava numa barreira :. . foi alcançado por um bióco de terra que ruiro e so terrado, o operário.
Continuamos aqui o publicação dos Temos de Segurança, destinados o manter o Interêsse pela prevenção de acidentes. Apresentamos o seguir algumas considerações sobre
E' tõo amplo êsse temo que de vez em quando o Comissão de Segurança pode dedicar uma das suos reuniões ao seu estudo exclusivo. De fato, colculü-se que algumas milhares de mortes por ocidentes ocorridos onualmente, são resultantes de quedàs.
Algumas das razões dêstes ocidentes são;
) Tropeções;
1 Existe olguma saliência no piso ou nos passagens?
2) Existe algum buraco perigoso?
3) Temos alguma escada ou andaime com defeitos que possam causar quedas?
4) Há materiais amontoados pelo ca minho?
5) Há óleo, graxa ou água sobre o pi so, podendo produzir escorregões?
ATINGIDOS
Grave acidente no trabalho registou-se ontem, por volta das 16,30 horas num armazém do qual saíram gravemente feridos dois ensacadores de café,
J.. S. C., de 39 anos de idade,.brasileiro, casado, e J , M. oe unoo iUudo, pc i^yues, casado, ambos ensacadores, trabalhavcm, junta mente com outros companheiros, no interior do armazém, no serviço de empilhagenr/de socas de café. Em dado momento, uma dcs pilhas des moronou, indo as sacas atingir os dois operários que ali se encontravam.
As vítimas, que sofreram fírimentos, foram socorridas por outros componharos e levados pa ta o Pronto Socorro. Depois d? receberem os pri meiros curotivos, forom intenados no hospital em estado que Inspira sério?cuidados.
A autoridade de plar^o na Central de Po licio tomou conhecimento do fato, mandando instaurar inquérito.
Companheiros do infeliz, escovando o lo co!, ainda o retiraram com vido, solicitando, pa ra êle, os socorros do Assistência.
O infeliz veiu, contudo, o falecer co ser me dicado no H. M. C. Foi aberto inquéiito por se trator de acidente de trabalho.
("Correio do Molho", Rio)
2) EscorregÕes;
3) Perda de equilíbrio;
4) Falta de visibilidade;
5) Falta de sinalização;
6) Quebro de solto de sapato, etc.,, etc.
A Comissão de Segurança pode discutir o seguinte:
1) Temos tido muitos ocidentes devi do o quedos?
2) Temos feito alguma cousa paro evitá-las?
3) Temos feito algum estudo de nos sa fábrica, visando remediar o pro blema das quedos?
Esses estudos podem ser orientados com a resposta o perguntas como estas:
6) Já se focalizou o perigo do uso de saltos oitos?
7) Há corrimãos em tcdos os escadas andaimes e nos aberturas do piso eu de paredes? Estão em boas con dições?
8) Há suficiente claridade ou luz emi todos cquêles lugares onde o obsrcuridode posso ser ccuso de quqí-' dis?
Desfruiram uma forfuno calculado sm Cr$ 104.595.400,00 — As causas dos sinistros — Valor total em riscos e indenizações x \
Uma diviulgaçõo estatístico feita pelo Insti tuto Brosüeiro de Geografia e Estatística, no último número do seu boletim trimestral, revelo que no período de três anos, isto é, de 1940 o 1942, os incêndios ocorridos no Brasil, em bens., protegidos por seguros, destruíram uma riqueza calculada em Cr$ 104.595-400,00. Nada me nos de 2.091 sinistros se verificaram nesse espa ço de tempo, provocados por causas várias, não se precisando quantos foram motivados pelo imprevidênciü humano, por circunstâncias ocasio nais ou por criminosa deliberação.
As causas presumíveis, no entanto, foram arrolados, concluindo-se que 149 incêndios re sultaram de aquecimento excessivo ou imprevis to de aparelhos elétricos; de chaminés, tubula ções,'etc. (excesso de fuligem); de cêras, verni zes, gorduras, etc.; de mancais, eixos, rolamen tos, etc .; de materiais combustíveis junto o fon tes de calor; de sistema de aquecimento; de me tais; de elementos não especificados. Somaram 36 os incêndios determinados por combustão es pontânea de celulóide e produtos similares (fil mes, etc.); de combinações ou produtos quími cos (exclusive celulóide); de detritos animais, sementes vegetais oleaceas ou sujas de óleo, etc.; de fibras vegetais (aniagem, juta, ete.); de re síduos, tropos, etc., sujos dê óleo.-'
Os que tiverem origem na explosão de apa relhos elétricos, industriais (transformadores, ge radores, chaves □ óleo, etc. ); cb oparethos-do mésticos (fogoreiros, lâmpadas, aquecedores, etc., usando inflamóvais) de caldeiros ou re servatórios de água quente; üe explosivos (pól vora, nitrocelulose, TNT, diiamite, nitroglicerino, etc. ); de inundações; gás inflamóvel (de iluminação, hidrogênio, af^tileno, etc. ou lí quido inflamável (gasolird, etc. ); de tubos de ar comprimido e elemeitos não especifícádos, foram em número de 90.
Outros 347 foronr ocasionados por foiscos elétricos e 247 por fajulha (não elétrica) de lo comotivas; de queiriodores, fogões, lornolhas, chaminés, secadores etc.; de fornos, de coldei-; ras de locomotivas,etç,; de aparelhos, utilizando,
— Todo acidente tem suo causa.
— ,Não confie rra sorte e sim no segu rança
Portaria n.® 229 de 19 de Junho de 1945, do Diretor Geral do Deportomento Nocionol do Troboiho
O meio mais seguro e rápido de red-uzir acidentes é eliminar suas causas.
O Diretor Gero! do Departamento Nacional do Trabalho, usando dos atribuições.,que lhe são conferidas pelo item XXI do ort. 30 do Regi mento do referido Departamento, e tendo em vista o que estabelece o artigo 29 n.° I, do De creto n.° 13.001, de 27 de julho de 19'13 e o ort. 82 do Decreto-lei n.° 7.036, de 10 de no vembro de 1 944, Recomenda q odoçoo dos Instnucões que se seguem e que visam orientar o criação e a atua ção dqs Comissões Internos de Prevenção de Acidentes, instituídas pelo Decreto-lei supra mencionado com caráter obrigatório nas emprêsas com mais de 100 erripregados:
ríficos poro distinguir o trabalhador ou o pro fissional que mais se tenho feito notor no componha de prevenção; i) propor-penalidades para o trabalhador que se recusar submeter os instruções previstos no art. 79, do decreto-lei n. 7.036; j) sugerir à gerência as medidas jul gadas necessárias para o bom êxito- dos traba lhos do Comissão; k) Reunir-se, pelo menos, uma vez por mês, redigindo ato de cada .sessão realizado; I) fornecer esclarecimentos e focilitar o atuação da Divisão de Higiene e Segurança do Trabalho e das Delegacias Regionais do Tra balho .
4) — Os ocidentes são lições de seguran ça muito caros.
5) Urh segundo de descuido pode aca bar com-uma vido.
6) — E' mais fácil explicar uma demoro Que um acidente.
— Fínolídade
Art 1 — A Comissão Interna de Preven-, çõo de Acidentes tem como finalidade zelar pelo saúde e integridade física do trobolhacor, estimulando o interêsse pelas questões de pre venção de acidentes, apresentando sugestões quanto ò orientação ç fiscqlizaçao dos medidas de proteção ao troboiho, realizando paleistras instrutivas, propondo o instituição de concur sos e prêmios e tomando outras providências capazes de manter o espírito de precaução du rante o trabalho.
Art. 3.° — O número de membros ou vogois G integrar o Comissão será fixado em cada caso pelo emprêsc, figurando entre os mesmos: o) Presidente; b) Secretário; c) Médico do Fá brica; d) Engenheiro da Fábrica; e) Gerente de .Fábrica; f) membros representantes dos em pregados, em núm'ro não inferior o três, indi cados pelo sindicato respectivo, quando exis tente.
Art. 4.° — O Presidente deve ser um dos diretores do Companhia ou pessoa Indiceda pe los mesmos,■ podendo a escolho recair em quai squer dos membros do Comissão.
7) Todo trabalho é seguro, se tomados os precauções necessárias.
8) Nõo é suficiente conhecer as regras de segurança. O importante é pra ticá-las
abrasivos (esmeris, rebolos, polidores, etc.); de corpos estranhos em pontes, engrenagem ou de moinhos, etc. de soldo ou corte de metais; de venti ladores; de atritos de máquinas em geral Além de cem incêndios provocados pela açõo de raios, registrardm-se ainda 178 acidentes diver sos e 942 de origem IgnofQda.
O valor em risco otinglu ü impórtânciü de Cr$ 676.238.000,00, e as Indenizações so maram a quantia de Cr$ 92. 124.800,00, inclu sive despesos.
(Dos jornais)
— Funções
Art. 2.° — Cabe à Comissão Interno de Prevenção de Acidentes: a) promover p çurnprimento da legislação em vigor referentes ò se» guronço e higiene do trabalho; b) realizar o estudo dos condições de segurança do maquina ria e higiene dos locais de trabalho, com a fi nal idade de sue melhoria; c) redigir normas e instruções convenientes poro prevenir possíveis acidentes e doenças profissionais; d) investigar as causas de ocidentes e doenças profissionais, mantendo em dia estatísticos de aóidentes, com seus índices de frequênciq e gravidade; e) obser var o instalação e funcionamento dos servi ços de cssistência qos acidentados; f) promo ver Q adaptaçõo e seleção profissional do tra balhador; g) desenvolver ensino, divuigaçÕo e propagando, por conferências, palestras, car tazes, filmes, cartilhas, acerca de prevenção de acidentes e doenças prcfissionais; h) promover competições, concursos, feitos, menções hono-
Art. 5.° — O Secretário será de ivre éscoIho do'Presidente do Comissão.
Art. 6.S'—O mandato dos membros da Comissco soró de um ano, providenciando esta para a subs\ituiçõo do vogai que nõo se mostrar interessado oelas funções ou que faltar ás sessões três vj^es ccnsecutivos, sem motivo jus tificado.
Art. 7.° — Qüolquer trabalhador poderá dirigir-se o Comissío Inferna de P-revenção-de Acidentes para prevoní-la da execução de ser viços perigosos em s^ja secçQo cu outra qual quer; poro sugerir medidas de proteção indivi dual ou coletiva e poro-sal ientár a transgres-síiô de ordens, regras e reqdomentos que visom o defesa do próprio trobolhcdor.
Nõo caminhar despreocupadomente pe los ruas;
ACIDENTES
Av. Almirante Barroso, 91
Salas 1118/1119
RIO DE JANEIRO
Viaduto Boa Vista, 68 Solo 811
SÃO PAULO
ARY F. TORRES
Presidente
J. M. FERNANDES
1-° Vtce-Prestdente
J. G. de ARAGÃO
2.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1 Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.® Secretário
K. Ap-THO/^AS
i.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.® Tesoureiro
DR. DECIO PARREIRAS
VALENTIM F, BOUÇAS
Diretores
A, P. AMARANTE
Sec. Executivo,
AGOSTO DE 1945 ANO 3 — No. 32
Em nosso último número publicamos integralmente a por taria baixada pelo Diretor do Departamento Nacional do Tra balho, com instruções visando orientar a criaçco e atuação dos Comissões Internas de Prevenção de Acidentes, tornadas obrigalórias pelo artigo,82 do Decreto-lei n.° 7.036, de 10 de novem bro de 1944. Antes disso, em nosso número anterior,' hoviomos Iranscrito mais uma vez êsse dispositivo legal, em vigor desde primeiro de julho, e oferecido nosso auxílio aos industriais poro , faciiítar-lhes seu integral cumprimento.
Agora transcrevemos outro portaria, esta assinada pelo pró prio Ministro do Trabalho, regulando o entrado em vigor de dis positivos da Consolidação das Leis do Trabalho, referentes à hi giene e segurança do trabalho. Paro elo chamamos a atenção de nossos leitores ocs quais o Associação procurará esclarecer e auxiliar, srmpre que solicitada.
Depois de longo permanência sôbre cavaletes, nos gorages, voltam a circular os automó veis particulares. Voltam apenas com 30 litros por mês o que certamente não lhes pennltiró ir longe. Muitos permanecerão nas gorages aguar dando maior disponibilidade de combustível, en quanto outros deverão ser rebocados poro oficincs onde serco removidos os defeitos adquiridos após tÕo longa paralizaçÕo.
De qualquer maneiro, porém, seró intensi-., ficado sem demora o tráfego de veículos em to do o país. Maiores serão portanto os riscos de acidente. Não são poucas os recomendações a fazer aos condutores desses veículos, para evi tar ocorrências desagrodóveis, afetando a vido e o bem estar deles próprios e de transeuntes.
Mas, nco apenas a êles nos dirigimos nêste momento, lembrando precauções o tomor. Ao contrório, são em maior número os que coritinuorõc a andar de ônibus e de bonde e a circular o pé, pelos ruas da cidade. Por isso os adverti mos sôbre os novos perigos o que ficarão sujei tos. Também êles podem e devem contribuir poro que nõo se registrem ocorrências dolorosas que os afetariam sériomente. Nõo devein esque cer-se de que nco só os motoristas estão destra nados. Os transeuntes também estão desacos tumados do tráfego intenso que não enfrentam hó 3 anos. Devemos, pois, aconselhá-los o
2) só atravessar as ruas nos esquinas e faixas de trânsito; nõo atravessar as ruas sem primeiro certificor-se de que o pode fazer com segurança;
4) respeitar os sinais de trânsito. Seguindo ó risco estes poucos conselhos e os transmitindo a outros, muito contribuiremos poro nosso segu rança individual e paro o coleti vidade . E, fa zendo assim a nosso parte, po demos reclamar dos motoristas o cumprimento da parcelo que lhes toco, nessa com ponho de segu rança do trófego que agora deve ser generaliza da
Ordem e limpeza são fatores importantes na prevenção de acidentes.
De fato, constata-se diariamente que mui tos operários sofrem lezões porque tropeçam, pizam ou escorregam em materiais oiu substâncias deixadas no chão. Algunsxsâo atingidos.por fer ramentas ou outros objetos que caem.
Tudo Isso quase sempre decorre do abando no desses objetos, no chão ou em plataformas, prateleiras e outros lugares elevados, do falta de limpeza regular dos pisos ou da pouca ordem no ombiente de trabalho.
Poderá à primeira vista parecer estranho que isso aconteça. Mas... cada um poderá verifi car em sua fábrica, oflc n a , departamento, bancada ou na própria gaveta, quanto pode ser melhorada a respectiva arrumaçõo e limpeza. Vale a pena fazer uma experiência .que quase sempre é compensada com a descoberta de al gum valor ou objeto querido desaparecido há tempos.
Ordem e impeza são também fatores importantes na prevenção de incêndios. Lixo, tropos com óleo e'Outras ma térias inflamáveis, são responsáveis pela irrup ção de muitos incêndios com grandes prejuízos materiais e às vezes com perdas de vida. Além de tiudo isso, economisam espaço, temp.j e ma terial.
Não pensem as Comissões de Segurança que nada têm a ver com o ordem e a limpeza. Ao contrário devem também promover a cam panha da vossoura, reservando certo período de tempo — semana, quinzena, mês — para essa componha, durante a qual todos os seus compo nentes e os operários concentrem esforços no sentido de melhorarem o ambiente de trabalho.
4 ■— Prevenção de Acidentes — Agosto de 1945
Até vale a pena fotografar aspectos piores para comparações futuras.
Antes de iniciar a campanha, convém orga nizar um programa que pode ser condensado num questionário como o que se segue:
Estão as passagens bem marcadas?
2) As passagens, escadas e saídas de in cêndios são mantidas livres de obs truções?
3) Tem sido tomada a devida precaução para armaze namento de ferramentas e materiais? Estão bem co locados os dep ó s t o s de ixo?
5) Os p sos sõo conserva dos em boas condições e livres de acumulação de óleo ou água?
6) Estão bem empilhados os materiais? •Não estão sujeitos a cair com a vi bração causada pelo trânsito?
7) Sõo conservados limpas as janelas, claraboias, lâmpadas elétricas e refle tores?
8) As instalações sanitárias são manti das impas?
9) Estão em ordem as bancadas?
101 Há entulho ou material combustível com risco de incêndio?
O Serviço de Prevenção de Acidentes do De partamento de Acidentes do Trabalho do Insti tuto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos vem real izando uma obra notável em matéria de Prevenção de Acidentes, imprimindo cartazes, publicações, folhetos, instalando comissões de segurança e zelando pelo seu funcionamento, realizando reuniões etc., etc.
Comemorando o décimo segundo aniversá rio do Instituto, organizou interessante exposi ção, no sede do Instituto de Resseguros do Bra sil, reunindo dados diversos e muito valiosos des ses trabalhos, mostrando também os bons resul tados que já vem obtendo através de uma com ponha bem orientado.
Convidada para visitar o exposição teve a diretoria da Associação o prazer de o fazer, demoradomente, acompanhada do Dr. Jocc Car los Vital, presidente da Ccmissõo organizadora do Instituto de Serviços Sociais do Brasil e mem bro de nosso Conselho de Administração, que genti lmente acompanhou os visitantes com éles parti lhando a magnífica impressão o todrs dei xada por tudo quanto foi dodo observar. As fotografias que ilustram esta página, mostram dois aspectos da exposição: o poinel - central e um recanto com o material de pro teção
"Os recentes estudos estatísticos, procedidos pelo Departamento Nacional do Trabalho, reve lam o baixo de ocidentes ocorridos durante o trabalho no Distrito Federai, na seguinte forma,
Convém ponderar que o decréscimo de oci dentes vem se verificando, apesar do aumento do número de horas de serviço, pelo esforço de guerra, e com a permissão do trabalho noturno poro menores e mulheres".
Convite genti do Dr. J. G. Aragõo, Su perintendente Geral do Companhia de Corris Luz e Força do Rio de Janeiro, Ltd. e nosso 2.° VicePresidente, deu ensejo o uma visita do diretoria da Associação à Cidade Light especialmente pa ra ver o Cfue ali se faz no tocante à prevenção de acidentes.
Não só tiveram os visitantes oportunidade de percorrer todos as secções daquela magnífica colmeia de trabalho, recebendo a cada passo ex plicações e esclarecimentos de seu construtor e dirigente, Sr. Charles A. Barton e mais se entu siasmando cem sua obra, como também apreciar em detalhes os medidas por êle postas em práti ca para o eficiente combate ao acidente. E, nesse partiruíar, foi-lhes proporcionada, ainda, urna exposição, pelo senhor Fausto Poranhos, digno auxi iar do senhor Borton nas questões de seg'urança-no trabalho.
Ainda mais, tiveram os visitantes, logo à entrada da Cidade Light, oportunidade de visitar a Escola de Aprendizagem Industrriaí da Cia. Corris e Associadas, justamente quando o Sr. Aucjsto de Abreu Britto, seu professor descorria poro os jovens alunos sobre a prevenção de aci dentes, inculcando-lhes, assim, desde cedo, prin cípios e práticos de segurança q-ue tanto os auxi liarão no futuro.
Após almoço que lhes foi oferecido e de pois de demorada e proveitosa visita, os repre sentantes da Associação deixaram a Cidade Light encantados com o que lhes foi dado obser var e com as gentilezas recebidas.
Estamos trabalhando na confecção rje nosso calendário de segurança para o ano de 1946.
Em linhas gerais obedecerá ao mesmo cri tério anterior, isto é, cada mês com uma ilus tração focalizando certo perigo ou causo de aci dente ou aconselhando como evitá-los.
Para orientação dos que nao conhecem êsse calendário, estampamos em nosso capa um cl chê da folha deste mês e esclarecemos que se trata de tricromia com os dimensões de 38 cen tímetros de altura por 25,5 de largura.
Procurando opresentor para 1946 trabalho sempre melhorado, lembramos aos interessados que o tiragem dependerá das encomendas qiue forem feitas e que o respectivo preço será tanto menor quanto maior o número de exemplares encomendados, pois não nos move o objetivo de lucre e sim divulgar cinda mais a prevenção de acidentes. Estamos à disposição dos interessa dos para maiores esclarecimentos, sem compro misso.
Façam suas encomendas sem demora.
Prevenção de Acidentes — Agosto de 1945
UM NOVELESCO, OUTRO PROFISSIONAL...
O novelesco
Dentre os inúmeros acidentes ocorridos por todo o parte no dia 29 de julho, dois chamaram o nossa atenção. Um deles, conhecido de todo o mundo pelo seu aspecto novelesco, ocoireu em Nova York, quebrando a rotina monótona dessas ocorrências pelo espetacular de .que se revestiu.
Como foi noticiado nas primeiras páginos dos jornais, com letras garrafais, um aviõc de bombardeio bi-motor do tipo "B-25" — foi de encontro ao mais alto edifício do mundo — o "Empire Stote Buiidlng" de 102 andares e 410 metros de alturo'— explodindo e incendiondo-se,
O acidente verificou-se em conseqüência da cerrcção e de o pporêlho voar baixo. Morreram várias pessoas ficando feridas inúmeras outras.
Nõo foram maiores os conseqüências desse desastre porque o oviõc colidiu com um andar desocupado e muitos escritórios dos-outros an dares e dos prédios vizinhos, também atingidos, achavam-se fechados, por se tratar de um sá bado
No mesmo dia, em um parque de diversões nesta capital, o motorista "Capitão Billy'' que executa arriscadas façanhas, no interior de um grande cil indro conhecido como a "Muralha da Morte', teve suo motocicleta preso de chames quando a experimentava para dar início ò exibi ção de seu número sensacional. Foi necessária c açõo do Corpo de Bombeiros, poro opagor o fogo.
Nado sofreu o Capitão Blíly, que teve oco„ sião d'S prestar declarações o "O Globo" lembran do outros acidentes mais graves que já sofreu, nesss spcrt que é suo profissão há 15 anos. O mais grave foi no Argentina. Fraturou a perna esquerdo e várias costelas. Concluindo, disse que continuró a exibir-se pois essa é suo profis são e está bem experimentado.
Nota
Lembre-sè, leitor amigo, ser diferente o seu coso. Você nao tem expectodores paro oplaudirem suas façanhas. Portanto, só pode perder em crrisccr-se.
Em 2 de julho, o ministro Marcondes Filho baixou Q seguinte portaria que tomou o n.° 32: O ministro de Estado dos Negócios do Trobolho, indústria e Comércio, no forma do que estabelece o ort. 917 do Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo decreto-lei número 5 .452, de de maio de 1 943;
Considerondo que a expedição do novo lei de ocidentes do trabalho importo na vigência dos dispositivos de higiene e segurança do tra balho que asseguram proteção aos trabalha dores;
Considerando que, embora já vigorontes em suo grande maioria, os medidas de higiene contidas nos artigos adianté mencionados, é de bom aviso dor à sua aplicação sistemática unv, período de adaptação, de forma a acautelar os interêsses econômicos em causa; e tendo em vis ta as sugestões apresentadas por dois técnic-os déste Ministério e por um representante da Con federação Nacional de Indústrias; Resolve que, da Consolidação dos Leis do Trabalho tenham vigência:
o) — o partir de noventa dias da dato da publiccçcü desta portaria, os orts. 1 55, 56, 5 /, 158, 161, 163, 168, 169, 170, 173, 174, 176, 181 , 182, 185, 186, 187, 188, 189, 190, 191, 193, 194, 195, -196, 198, 202, 205, 206, 207, 208, 209, 210, 21 1, 212, 213, 214, 215, 2T6, 217, 218, 219, 222, 223;
b) — em construções que se iniciciem o partir do data da publicação desta portaria, os orts 59, 1 65, 200, 201, 204 e o parágrafo úni co do ort. 197;
c) — em construções que se iniciarem a partir da dato da publicação desta portaria, e a critério.da autoridade, de doze a dezoito meses, em construções já existentes, ort. 160;
d) — dentro de dezoito meses, os artigos 166, 167 e 172;
e) — sómente nas secções de caráter in salubre, o artigo 171;
f) — em construções que se iniciarem a partir da data do publicação desta portaria e, no prazo de um ano, nas demais construções, o artigo 175;
g) — condicionada às possibilidades de
Em nosso número 27, publicamos interes sante e instrutiva ata de reunião da Comissão de Segurança da Companhia Fôrça e Luz, de Mi nas Gerais. Foítava-ncs,- entõo, o fotografia dos membros dessa eficiente comissão, que hoje estampamos, reiterando-lhes cumprimentos pe los trabolhos que vêm realizando.
São êles, do esquerdo poro a direita: Sr. J. F. Batista, Chefe do oficino de Bondes; Engenheiro Celso Cordão, Superintendente do Departamento de Bondes e Presidente da Co missão; Sr. JonQtos A. de Morais, Assistente do Chefe do Departamento de Materiais, (Secretá rio da Comissão); Engenheiro Di lermondo Tei xeira, do Departamento de Engenharia e fiscal da companhia no construção de linha de trans missão de Belo Horizonte o Potí.
aquisição de, material, os artigos 178, 179, 180 e 203;
h) — após a regulamentação os artigos 1 84 e 192 e parágrafo único do ortigo 165; — apenas nos Iccois de trabalho com mais de cincoento trabalhadores, os artigos 220 e 221".
("Diário Oficial", 10-7-45)
Valha-se de nossa colabo ração para os trabalhos de sua comissão de Prevenção de Acidentes.
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DE ACIDENTES
Av. Almirante Barroso, 91 Salas 1118/1119 RIO DE JANEIRO
Viaduto Boa Vista, 68 Sala 811
SAO PAULO
ARY F. TORRES Presidente
J. M. FERNANDES .o Vice-Presidente
J. G. de ARAGÂO
2.0 Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1.0 Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.o Secretário
K. Ap-THOMAS .o Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.® Tesoureiro
DR. DECÍO PARREIRAS
VALENTIM F. BOUÇAS
Diretores
A. P. AMARANTE Sec. Executivo.
SETEMBRO DE 1945 ANO 3 — No. 33
Após tantos anos de guerra sangrenta e destruidora, ces sou o luta em todos os frentes de combate, com a vitória abso luta dos que foram levados o combater em defesa da dignidade
humana
Inicia-se, assim, a luto pela paz, que, seg-undo opinico ge neralizada, será mais penosa e difícil de conquistar do que foi o vitória pelas armas.
Confiamos, porém, na boa vontade e no bom senso dos ho mens ■— cujo inteligência é sempre evidenciada — paro que repousem em bases lógicas, e por isso sólidas, os princípios cons trutores dessa verdadeiro paz tão desejado.
Há meses, publicou um matutino desta ca pital telegrama de Londres referindo-se òs pro vidências conjuntos dos govêrnos americano e inglês no sentido de evitar acidentes aéreos. Assim estava redigido:
"A Grã Bretanha e os Estados Unidos entraram em um acordo a respeito de um pleno paro reduzir os ccidentes aéreos"
— escreve o redator aeronáutico do "Doyly Sketch" desta capital O Sr. Wlnant, embaixador americano em Londres, expres sou o seu agradecimento ó Grõ-Bretcnho por "êste valioso auxílio o nosso esforço de guerra". Um curso especial de oito dias, destinado aos oficiois encarregados da se gurança de terra do Oitava Força Aérea Americana, foi organizado pela "Royoí Society", afim de evitar acidentes. O Sr. Wllfred Garret, do Ministério do Trabalho Britônicp, e o comandante assistente -da Administroçco do Oitava Fôrço Aereo dps EE, UU. são os principais elementos nesse acordo entre cs duas nações para prevenir os acidentes aéreos. A Royal Society está organizando o programa, o qual incluirá os causas dos ocidentes aéreos, condições técnicas do segurança terrestre, riscos elé tricos e químicos. Cinqüenta oficiais de segurança terrestre do Oitava Fôrço Aérea freqüentarão o curso no seu início" — con clui o "Doiíy Sketch".
Logo que o cessação do luto na Euro pa permitiu a divulgaçõo de certos dados referen tes ainda ao esfôrço bélico para completar o obra de redenção do humanidade, com o cniquiiomento do Japão, noticiaram os jornais resul tados obtidos através de eficientes trabalhos de segurança aéreo realizada na travessia do otlân-
tico de Qvultados contingentes humanos e nume rosa frota aéreo. São impressionantes os dados. Vejamos o que se lé em^ "O Globo" do 12 de julho:
"Londres, 12 (A. P. — O sistema de socorro oero-morítimo dos Estados Uni dos, Grã-Bretanha e Brasil estabeleceu dois caminhos diretos através do oceano, em fcrma de cadeias de navios — estacionados como se fossem faróis destinados o guiar os aviões 00 longo do caminho e o socorrê-los em coso de uma descida forçada.
O brigadeiro CarI Hocg, comandante da divisão aerotronsportado norte-americono na Europa, descreveu êsse grande movi mento de homens e móqüinas como "a maior pista aérea de todos os tempos".
O "record" de seguronça é notóveí Até agora, 4. 157 aviões — Fortolezcs, Liberators e bombardeiras de transporte bi motores — atravessaram o Atlântico, com perda de apenas dois aparelhos, no lodo eu ropeu do oceono. Desde 20 de maio, mcis de 60.000 soldados foram transportados pelo ar, sòbre essas rotas.
Os planos do brigadeiro Cor! Hoog pre vêem o transporte aéreo, êste mês, de ou tros 20.000 soldados, quase todos vetera nos do guerra e que, muito naturalmente, jó estõr o caminho do Pacífico.
Outros 30.000 soldados seguirão em agosto".
Se a segurança é assim um fato tõo notá vel em operação de tamanha complexidade, nõo hó motivos poro que deixe de existir em Ioda a parte. E' uma questão de q-uerer, mas querer de foto, agindo, trabalhando.
Prevenção de Acidentes — Setembro de 1945 —• 3
Sou mais poderoso do que os exércitos combinados do mundo inteiro.
•Matei mais homens do que todas as guerras de todos os tempos.
Sou mais mortífero do que os bolas e destruo mais iòr.es do que os-conhões de maior alcance. ^
Não faço distinções. Minhas vítimas sõo ricos e pobres, jovens e velhos, for tes e fracos. As viuvas e os órfãos co nhecem-me bem.
Cresço tanto que minha sombra se estende o todos as atividades, desde as voltas que dá uma pedra de amolar às curvas que faz um trem de ferro.
Massacro milhares de trabalhadores ca da ano.
Oculto-me o mais que posso e trabalho quase sempre em silêncio. Adotam me didas contro mim. Mas, nem todos li gam importância o elas ..
Sou implacável.
Estou em toda a porte — no lar, na rua, na fábrica, nos cruzamentos cie estra dos de ferro, no mor, na terra, no ar. . .
Trago comigo a doença, a dor e a mor te e, não obstante, poucos tratam de evitar me.
Destruo. Nado ofereço e tudo tiro.
Sou teu pior Inimigo
Um bom copatoz é sempre capaz de ensi nar aos seus operários como realizar corretamen te as respectivas tarefas. Nem sempre, porém, bastam as instruções verbais, que entrem por um cuvido iç saem por outro, principalmente quando se trota de operário novo, que procura aprender uma infinidade de cousas áo mesmo tempo.
Aíérh das palavras, são necessários os exem plos. O capataz deve mostrar como realizar o trabolho, fazendo-o êíe próprio. Depois, o ope rário deve repetí-lo diante dêle.
Um bom mestre deve munir-se de paciêncio ilimitada e saber colocar-se mentalmente no lu gar do operário novo. Entre os pontos que se de ve inculcar na sua mente estão cs conselhos de segurança, versando sobre:
1 — Riscos inerentes ao trabalho e práti cas de segurança a adotar.
2 Indicação dos acidentes ocorridos no respectivo trabalho ou departamento. Equipamento de segurança que deve usar e onde encontrá-lo.
4 Como trotar as lesões e a importân cia de o fazer mesmo que elas pare çam insignificantes.
5 Serviço médico e de primeiros socor ros disponíveis.
6 Conselhos de segurança e s-ua obser vância .
Cuidodo das ferramentas e equipa mentos.'
8 — Papel do trabolhodor na manutenção da ordem e da limpeza.
vençõo de ocidentes, tratando da ilaminaçõo, em seu clássico livro (Industrial Accident Prêvention) diz com razão: — "Paro proteger-se con tra acidentes, enquanto realizo sua tarefo diá ria, o operário normal deposita maior confiança na visco do que em qualquer outro sentido. Mas, os olhos só podem transmitir ao cérebro as im pressões que recebem, e se as recebem de manei ra insuficiente, devido à iluminação deficiente, a pessoa normal age em condições de cegueira parcial".
A iluminação é fator da maior importân cia a considerar no ambiente de trabalho. Os efeitos da boa luminação, quer natural, quer artificial, nôo sõo só evidentes; evidenciam-se também através de constatações feitas em lon gos anos de experiências e observações.
Além do seu salutar efeito sobre a preven ção de ocidentes, que nos interessa direta e indi retamente, a boa iluminação beneficia sobremo do a indústria. No "Manual cf Industrial Higiene and Medicol Service in War Industries" da Divisão de Higiene Industrial do Instituto Na cional de Saúde do Departamento Americano de Saúde Pública, encontramos enumerados êsses benefícios:
1 } maior precisão do mão de obra, resul tando melhor qualidade do produto, menos perdas de material e trabalho;
2) aumento da produção e redução de custos;
3) melhor uti lização do área da fábrica;
4) maior facilidade de visão, principal mente paro os operários mais velhos que assim se tornam mais eficientes;
5) menor número de tesões oculares entre os empregados, pelo redução do esforço visual;
61 maior satisfação do operariado que se torna mais estável;
7) maior facilidcde em manter o limpeza e o osseio no fábrca c, finalmente
Bem sintetiza assim, a transcendente importâncio da boa iluminação no combate ao aci dente. Por isso mssmo, é enorme o desenvolvi mento da técnica da iluminoçõo e são notáveis seus efeitos na reduçõo dos infortúnios do traba lho. Mas, é ainda Heinrich quem afirma, há nos locais de trabalho violações sem conto dos pre ceitos da boa iluminação e, assim, os acidentes atribuíveis à essas falhas sõo em número muito ocima do razoável.
No opiniõo de Soppington, há estimativas segundo as quais a iluminação deficiente contribue para aproximadamente 25 % dos aciden tes industriais. E a iluminação deve ser bôa em quantidade e qualidade (côr, direção e di fusão. . .).
A quantidade de luz quer artificial, quer na tural, deve ser suficiente. Podrões de níveis de iluminação tem sido estudados e indicados por associações e companhias especializadas. A dis tribuição de luz deve ser uniforme, evjtando sombras, áreas escures é ofuscamentos. As pri meiros, principalmente em escadas, são engano sas; excesso ds claridade contribue para a fadi go ocular e olhos cangados conduzem à deficièncío de visõo.
Também é importante a distribuição do luz tendo em vista os diferentes níveis, quer dizer os pontos de operação — no bancada, na máquina, nos áreas de trabalho, escadas etc.
A boa iluminação depende, pois, de muitos fatores e as instalações devem ser projetadas e construídas por engenheiros competentes.
Heinrich,
A indústria tem lutado por espaço de mui tos anos com um sério problema; cs empregados não se lembrem de informar sôbre a ocorrência de pequenos acidentes quando êstes nco causam mais que ligeiras feridas ou arranhões, os quais em muitos casos, trazem consigo graves infecções e complicações, tornando-se necessárias amputações e ocasionando a perda de dias de trabalho.
Êsse comentário tem o propósito de assinalor o perigo dos prégos, parafusos, arames e outros pequenos objetos de corte ou de ponta que podem ser a causa de arranhões e feridas, em sua maioria pequenas, mas perigosas.
E' indispensável orientar os operários sô bre êstes riscos que podem ser eliminados desde que seja aplicado o lema: "UM LUGAR PARA CADA COUSA E CADA COUSA EM SEU LUGAR".
Precisamos eiirhinar as causas desta classe
Voltamos a reproduzir em nessa copa uma folha da folhinha de segurança editoda pela Associaçco, para o corrente ano, como já fizera para 1944.
Constitue essa folha — do mês de outubro — novo aviso de que se acha em preparação o calendário para 1946 e apêlo aos interessados em £üa aquisição para que, sem demora, dirijam-se ò Associação, fazendo suas encomendas ou ao menos indicando o número de exemplares que pretendem obter.
E' que a Associaçco não visando lucro com o impressão desses calendários, fará imprimir apenas o número de exemplares encomendados, cedendo-os pelo preço de custo, que, natural mente depende da tiragem global.
Ademais, seguindo a praxe de imprimir em cada folha o nome da companhia adquirente para que sue distribuição fique caracterizada, ne cessita providenciar o êsse respeito com o devi do antecedência.
O Sr. Poscoal B. Paladino, empregado da Companhia Nacional de Cimento Portiand, es creveu, sob o título acima, interessante traba lho para o "Farol de Segurança", boletim interno daquela Companhia, abordando de maneira atraente o comportamento humano no trabalho e sua influência na ocorrência de ocidentes. De início, estabelece a alternativa:
a) — Os acidentes têm como causa o pró prio trabalhador e ligam-se ao esta do geral do operário, ao seu modo da vido, ò sua saúde, à sua situa ção econômica, òs suas relações no âmbito social, bem como à suo compreensão pelo próprio serviço e interesse por êle.
b) — Os acidentes têm como causo os má quinas, o aperfeiçoamento técnico e estão relccionodos aos movimentos e execução no decurso dos tarefas, e, por conseguinte à capacidade profissional do operário.
dor, fazendo sentir a glória de ser útil ò so ciedade, dignificondo o emprêgo de suas energias, enobrecendo-lhe o trabalho, fazendo-lhe sentir como clgumo cousa nova e por êle criada, a suo tarefa.
Paro tanto seria bom instituir-se prê mios, louvores, recordes, monter-se clubes recreativos, sociedades culturais onde se jam divulgados üs vides como o de Edison, Ford, Santos Dumont, eternos devotos do trabalho e da dignificaçõo humano.
Devemos considerar antes de tudo, que G fábrica nõo seja apenas o loca! onde se perdem energias, mas uma fonte de ener gia poro o vido.
de ocidentes como por exemplo: Ao receber se mercadorias em caixotes, barris, etc., deve-se tirar os prégos, aromes, grampos e paroTusos que possam ferir, antes de se tocar no conteúdo. Quando se armazenam madeiras ou tábuas, estos devem estar livres também de todo prégo, arame, ou cinta de aço que possam ter. E nõo se deve esquecer o uso de luvas de couro grosso ou outros
5 — Prevençõo de Acidentes — Setembro de 1945
meios de proteção, quando se lido com mate riais cortantes, com farpas, etc.
E' indispensável também que se faça com preender a todo empregado a necessidade de aplicar o primeiro curativo a toda ferida por pe quena que esta seja, assunto aliás, já debatido em um dos nossos boletins anteriores. E qucrdo se tratar de uma ferida profunda devem ser so licitados imediatamente os serviços de um mé dico
As estotísticos demonstram que come re sultado das pequenas feridas e arranhões, milha res de empregados, contraem infecções anual mente, o que é causo de considerável sofrimen to, perda de procuçõo para a emprêsa e om ex cessivo custo para o Indústria por causa da quan tidade de tempo perdido.
A divulgação è o cumprimento do lema que encabeça este comentário podem eliminar tais ocidentes.
Aqui ficam nossas observações, parn o uso corrente dos capatczes que deverão ensinar aos seus operários a monter suas bancadas em o.f^dem concorrendo, assim, paro eliminar acidentes des se clasSe.
Passando ò análise do primeiro item, lem bra ser necessário goze o operário de perfeito saúde,'além de se adaptar ,perfeitamente à res pectiva tarefa, estar tranqüilo, bem alimentado, com o conto do armazém em dia, família gozan do saúde e feliz. Então, o trabalho é para êle um prazer, se encontra na fábrica condições que enumera: •-• • '
1 — boa alimentação;
2 — máxima higiene no local de trabalho;
3 — higiene individual de cada traba lhador;
4 — instalações recomendáveis, boo ilu minação, locais orejados;
5 — compreensão dos fins sociais do tra balho;
5 — Motivoçõo do Trabolho.
Detem-se na análise do último item, expli cando;
entendemos por "Motivação do Trabalho", o interêsse, a paixão, o amor do operário, o empenho no desenrolar da ta refo "Motivar" é vitalizar um esforço, em oposição ao esforço sem interêsse.
Consegue-se isso educando o trabalha
Depois, analiso o item b, apenas sob o pon to de vista do comportamento do homem, mos trando ser necessário esforçar-se o trabalhador por tornor-ss ótimo profissional, conhecedor pro fundo de seu trab,Glho, desempenhando do ma neira mais perfeita a respectiva tarefa, assim como sendo cauteloso, precavido, atento ao ser viço, nõo se esquecendo de que o menor descui do pode acarretar-lhe ou o seus companheiros de trabalho — que são seus amigos — lezões gra ves. Enfim, é necessário que o operário no exer cício de seu trabalho mostre-se sempre um mag nífico cidadão. E, sintetizando, exclama;
Motivar o trabalho, dor vido ao tra balho, criar todos os fatores capazes de nos prenderem à fábrica, buscondo ilustrarnos, intruir-nos, >;ducar-nos e assegurar-nos os bons meios, os boas regras, é necessário poro que evitemos os contínuos acidentes do trabalho.
A direçco desta fábrica, por exernplo, tem merecido o acatamento dos .que aqui trabalham, pelas realizações feitas, e pelo boo vontade paro com os operários.
Tem uma folho que presta serviços re levantes, avisando, instruindo, educando os turmas. E' o farol que ilumina novos ca minhos.
Por que nõo trilhá-los?
E o Senhor Pascoal Paladino termina seu interessante trabalho — qus procurámos con densar — explicando o seu propósito ao escrevêlo: — contribuir poro o criação desse espírito de solidariedade, de entendimento, de entusiasmo pelo trabalho, que tonto influe poro o eficiência do serviço e tonto contribue poro o bem estar de todos. Prevenção de Acidentes — Setembro de 1945 —
Av. Almirante Barroso, 91 Salas 1118/1119
RIO DE JANEIRO
O menor de 6 cnos de idade, filho de uma viuva, residente em Sõo Gonçolo, conseguin do ili'jdir o vigilância de sua genitoro se acercou de uma moenda de cana olí existente, quando esta trabalhava. Abeirando-se do máquina, num gesto de curiosidade, a criança introduziu a maozinha direita, que foi colhida pelas engre nagens, sofrendo esmagamento de três dedos. Conduzido para a Assistência, dado a que seu estado inspirava cuidados, foi a criança interna da no hospital do vizinho município.
'Correio da Manhã" — Rio de Janeiro)
Viaduto Boa Visia, 68 Solo 811
SÃO PAULO
ary f. torres
Presidente
M. FERNANDES
l-o Vice-Presidente
. G. de ARAGÃQ
2.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1 Secretário
dulcidio a, pereira
2.° Secretário
K. Ap-THO/V\AS
I.° Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLair
2,° Tesoureiro
OR. DECIO parreiras
VALENTIM F. BOUÇAS
Diretores
A. P. A/^ARANTE
Sec. Executivo.
— O motorista impaciente.
— O pedestre descuidado.
— O motorista que insisto em estor sempre na frente.
5
Depois de medicado no pôsto do Meyer foi internado no Pronto Socorro.
"Correio da Manhã" — Rio de Janeiro)
O Dr com o doutorando e o en fermeiro .. medicou, ás 14,30 horas de ontem, na Assistência Pública, o mecânico com 15 cnos de idade que apresentava dois ferimen tos por esmagamento no mÕc esquerda, produ zidos pela engrenagem
Quando trabalha va na máquina de algo dão da branco, bra sileiro, com 32 anos, morador à rua teve a mõo, presa na engre nagem de uma das má quinas, sofrendo feri mento lácero contuso do dedo indicador direito.
A vítima foi socor rida no Pôsto de Assis tência Municipal
("Diário do Povo" — Campinas) .
— O molorista que deixa de fazer os sinais devidos. O motorista que se nego a reduzir a intensidade dos faróis.
— O motorístc gue dó volta no meio da rua.
— O motorista ,oue repetidamente sai e entra no fila de veículos em marcha.
— O motorista que foz uso do busina desnecessóriomente.
Artur, bronco, bra sileiro, com 40 enes,
quando trabalhava ontem, cerco das 9,30 horas, com uma serro circular, distroiu-se tendo a mes ma colhido 0 suo mõo esquerda, pmduzindo-lhe ferimentos lácero-contusos com seccionomento dos tendões dos dedos 'médio, indicador ,anular e polegor.
A vítima, depois de socorrica no Pôsto de Assistência Municipal, foi removida para a Sen ta Ccsa, oqde ficou hcspitalizodo.
("Diário do Povo" — Campinas.
O operário lidavo com uma serro na oficina, a rua. quando lhe alcançou a mão di reita, decepando-a.
de uma máquina com o qual o acidentado tra balhava
("Diário de Notí cias" — Porto Alegre)
O impressor, com 19 anos de idade e resi dente ó rua traba lhando, ontem, em uma máquina de impressão, sofreu um ferimento por esmagamento no mão direito
("Diário de Notí cias" — Porto Alegre)
Apresentando feri mento contuso na fase
dorsal da mõo esquerda, com secçõo do tendõo do 3.° dedo da mesma mõo, foi ontem socorrido no Pronto Socorro A. J. C. foi vítima de um acidente quando trabalhava com uma má quina, á rua. .•
("O Fluminense" — Niterói
o operário A. K S. quando trabalha va no máquina de desmanchar algodão, teve a unha do dedo polegor da mão esquerda arranca da por uma engrenagem da máquina.
A vítima foi levado para o escritório da emprêsa aí recebendo curativos na mão, ficando entregue aos cuidados do Dr.
("Tribuna de Petrôpolis" — Estado do Rio)
Prevenção de Acidentes — Outubro de 1945
Todos conhecem" o importante papel reser vado aos cartazes, na criação, manutenção e de senvolvimento do espírito de segurança, que é indispensável ao sucesso de qualquer campanha de prevenção de acidentes.
Devem, portanto, as Comissões de Seguran ça estar sempre atentas a êles, zelando para que sejam convenientemente utilizados, procurando saber se estão colocados em lugares adequados, se estão sendo vistos e comentados pelos operá rios e Se êsse comentário lhes é favorável ou des favorável
Também em relação a conselhos, frases, avisos etc., afixados na fábrica, é preciso saber se SGo adequados, claros, compreensíveis, bem situados ou se podem conduzir a interpretações erradas não beneficiando e até prejudicando a campanha de segurança. E' preciso cuidado, evi tando impropriedades como exemplificado na-caricatura que ilustra esta fôlho e aconselha o escanfandrista a beber muita água. ,
Também nôo é conveniente, o excesso de frases, de dísticos, de cartazes, superpondo.-se uns aos outros desordenadamente. Pouco ou ne nhum benefício trazem e possam a não ser li dos ou observados.
A Comissão de Segurança deve, pois, estar alerta, procurando tirar o maior partido possível dos cartazes e dísticos, tomando ou sugerindo providências para-corrigir êrros ou deficiências. A propósito, recomendamos a leitura de nossas circulares ns'. 2 e 9. _ .
Aconselhamos, ainda, ò Comissão, fazer uma investigação, por intermédio de algum, alguns ou todos os seus membros averiguando o que se segue e, depois, discutindo o assunto;
-— quanto aos letreiros, dísticos, frases:
1 ) Se são necessários todos os letreiros e avisos de segurança existentes na fá brica.
2) Se de fato existem os perigos indica dos, nos lugares onde estão colocados.
Se são necessários outros avisos.
Se há avisos ilegíveis.
Se deve ser modificada a redaçõo de algum deles.
6) Se os avisos estão colocados conve nientemente
Se são obedecidas as instruções conti das nos avisos e letreiros de seguran ça, etc., etc.
I — Com relaçõo aos cartazes:
Se os cartazes de segurança sqo pre gados nas paredes ou em quadros es peciais.
Se cs quadros são de aspecto agradá vel e atrativos.
3)
Se são localizados convenientemente.
9) Quais os tipos de cartazes que dÕo me lhores e mais eficientes resultados:
•a) Os ilustrados com fotografias ou com desenhos?
b) humorísticos?
c) cartazes de tipo violento?
d) adágios, máximos ou con selhos?
e) aquêles que mostram ao ope rário o. que deve oiu o que nõo • deve fazer?
f) os que contêm estatísticos?
g) grandes ou pequenos?
h) a cores ou apenas branco e preto?
.'Wii 'm
•'vM
5) 7) 8)
Se SQO exibidos muitos cortazes ao mesmo tempo.
Se os cartazes são trocados corçi, fre qüência.
QUEDAS C0Í1O Desce» uma ESCADA CM 2 TEMPOS.. ÜSUERTE Aswell asa EVITA ACCIDENTes PERO— tos EV/TARA rODOS. SeaPrecavídó PODEHTPAZEI?
QAVES CON6EOUÊNCIA5
Do.descuido com o fumo e com fósforos se originam'incêndios e explosões que causam quei maduras e mortes, principalmente onde haja ex plosivos, líquidos ou vapores inflamáyeis. Essas ocorrências sco evitados com c observôncia de regras e conselhos de segurança, que indicam lugares onde o fumo não deve ser per mitido. Assim, por exemplo, não se deve fumar:
em qualquer cômodo onde haja líqui dos inflamóveis ou seus vapores, em processos de fabrNicòçõo ou experimen tação:
perto de tambores de líquidos inflamó veis, mesmo que estejam vazios há algum tempo; "
perto de qualquer tubuloçõo ou equi pamento em reparo, que contenho ou posso conter líquido infiomóvel ou seus vapores;
em lugares onda se guardam inflama veis ou explosivos;
nos trabalhos em minas;
onde haja aviso "E' proibido fumar"
O conselho mais certo é êste:
Se você não está certo de q-ue não é perigoso fumar onde se encontro, NAO FUME. ■
1 — Qualquer concerto ou arranjo em uma instalação elétrica deve sar en tregue a um eletricista prático.
2 Quando os fusíveis se fundem, devese interromper a corrente, desligar o aparelho defeituoso, colocar novos fusíveis iguais aos fundidos, '£ só entõo restabelecer a corrente.
Quando fundem os fusíveis e não se sabe o causa ou não a podemos re mediar, deve-se interromper a cor rente na chave geral e chamar um eletricista
4- Se chcve geral não corta os dois polos, deve se destorcer os fusíveis, um de cada vez, com uma só.mão e pisando em material isolante.
5 Sob pretesto algum devP-se fazer ex periências ou brincadeiras com a ele tricidade ,
6 Não se deve procurar extinguir com água, incêndios em aparêlhos elétritricôs ou em suas proximidades, por que é condutora ò eletricidade. De vem ser usados extintores de ácido carbônico, tetracloreto de carbono ou creio.
OS ACIDENTES EM BELO HORIZONTE, EM
1944
O Serviço de Estatístico Criminal do Depar tamento EstocVjol de Estatística de Mmcs Gerais divulgou interessantes dados, segundo os quais ocorreram no Capitai Minefró, durante o ono de 1944, quase_6.000 ocidentes'. Dessa cifra, . . 2.519 ocorrêrcm em trabalho industrial. Sofre ram lesões de maior gravidade 5.889 pessoas das quois 3.919 homens e 1 .970 mulheres.
Há bem pouco tempo esta locução não exis tia porque o trabalho era caseiro e os pequenos acidentes advindos do traboího, ou no trabalho, eram em tÕo pequena quantidade que o assunto nõo merecia nenhuma atenção.
Quando, mais tarde, surgiram as máquinas, o número de acidentes aumentou, porque estas, as máquinas, como é natural, tinham de produ zir mais acidentes do que na época da pequena indústria, quando nÕo eram empregados meios mecânicos e, consequentemente, poucas pessôas se acidentavam.
O velho ditado diz "nõo há bem que .sem pre dure e moí que nunca se acabe".
Nos casos dos acidentes do trabalho, vemos que a primeira parte do provérbio está bem en quadrada visto que "^nÕo hó bem que sempre dure", isto é, as máquinas fazem bam p.orqae produzem muito, mais perfeito, com menos tra balho nosso. Em compensaçõo elas produzem mais acidentes num determinado espaço de tem po, do que um trabalho manual, cujo facilidade é maior e dá bastonte tempo também poro que o operário trabalhe com maior segurança. Toda via, a segunda parte do ditado "e mol que nun ca se acabe", está sendo resolvida aos poucos, através de estudos sôbre o assunto e muito interêsse dos especialistas em Prevenção de aci dentes do Trabalho, que são os engenheiros de segurança ccadjuvcdos pelos auxiliores e artis tas para a confecçõo de desenhos sugestivos. Mostram e ensinam a maneira correta de traba lhar e o meio de evitar os acidentes. Incluem, também, os escritores, jornalistas e advogados," através de artigos çue possam induzir o homem do trabalho ao freio contra acidentes, em bene fício do próprio trabalhador.
Assim é que, em bôa hora, foi inventada a Comissão de Segurança poro Prevenção de Aci dentes do Trabalho, agora elemento obrigatório por .lei nas fábricas, cujo número de operários exceda a 00.
Devemos, sem dúvida,, aos nossos amigos norte-americanos o grande interesse pelo assun to e os grandes resultados que vêm demonstrar como se deve proceder paro que se tenha o míni mo possível de ocidentes e o máximo de produ ção, o que significa eficiência maior para a em-prêsa e maior rendimento para o operário. Um. trabalhador sem uma perna ou com um braço mutilado nõo pode ter êsse título, um operário, mas, meio ou, talvez, um terço de operário. Mas um braço mutilado ou mesmo um dedo ampu tado nõo é considerado uma fração do rorpo no proporção do tamanho, mas na proporção das
funções. Qüer isso dizer que, um trabalhador que trabalha num serviço onde há necessidade dos dedos da mão direito, por exemplo, trabalhos de alta precisão, ficará totalmente inútil ,embo ra uma pequena porte do corpo tenha sido dani ficada. Portanto os operários deverão evitar os acidentes, pcra cue a suo integridade física não seja prejudicada, apenas em diminuição consi derável de capacidpde funcional e, perderá mui to a naçõD, porque n coeficiente de trabalho sofrerá restrição, prejudicando o balança eco nômica do País, jó que se luta com falta de braços.
Um acidente numa fábrica nõo determino sómente a perda de tempo do operário acidenta do, mas das pessoas que providenciam a "pape lada" legol, a enfermeira, o médico, o superin tendente, os colegas de trabalho e, consequente mente, no dia do evento há um constrongime.ito na produção, natural das pessoas afetivos e por comentários que às vezes levam dias e dias. Que remcrso. também terá o patrõo, sabendo que o acidente ocorrido com o seu empregado afetou a êle próprio e sua família. Deveria, pensará o empregador, ter eu colocado protetores nas má.quinas poro evitar êsse acidente, porque, afina! de centos, com uma despeso pequena evitaria uma despesa maior aliada a uma desgraça.
Como Se vê, o benefício é mútuo, tonto pa ra o empregador como para o empregodo e aquêle que isso nco compreender ou é ignorante ou se faz isso com segundos intenções, nõo sabe mos quais.
Infelizmente porém, talvez porque nem to das os intel igências sÕo Iguais, muito gente há que critica a Comissão de Segurança, dizendo que é tempo perdido e que a Comissão só serve para atrapalhar.
Nó fóbricas, cujos membros da Comissão se excusam de trobalhar e, por todos os formas, entrovam e sabotem a açõo do Comissão de Se gurança. Seja essa sabotagem paro críticas, fal to de obediência òs ordens emanados da Comis são ou com o descanso próprio dos relapsos e in capazes.
Frizamos bem êsse ponto e chomomos a atenção para os proprietários ou gerentes dos fábricas que hó sempre indivíduos dentro ou fóro do Comissão de Seguronça que, pelas suas oções nefastas, prejudicam o bom andamento dcs trabalhos o corrompem finalidade tão nobre.
Assim é que apelamos sejam bem escolhi dos as pessoas que devem trobalhor nas Comis sões de Segurança, dando q estos todo o apoio paro que tudo corra em harmonia.
ASSOClAfXO BRASILEIRA PARA PREVENSAO DE ACIDENTES
Av. Almirante Barroso, 91
. Salas 11I8/I119 RIO DE JANEIRO
conforme "o local Por exemplo: 1 5 a 30 db ern hospitais, um pouco abaixo de 40 db. nas casos, apartamentos e hotHs, 50 a 60 em locais de tra balho.
NOVEMBRO DE 1945 ANO 3 — No. 35
Viaduto Boa Vista, 68
Sola 811
SAO PAULO ARY F. TORRES
Presidente
J. M. FERNANDES
1-° Vice-Presidente
J. G. de ARAGÃO
2.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1.° Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.® Secretário
K. Ap-THOMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.® Tesoureiro
DR. DECIO PARREIRAS
VALENTIM F. BOUÇAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo.
Publicamos no último número deste boletim amo página centrol abordando o temo cartazes e dísticos. Pedimos aos nossos leitores que nos apresentassem críticas e sugestões sôbre os cartazes que temos distribuído e ao seu ver devemos preparar. Insistimos por essa manifestação de nossos associados pa ra que lhes prestemos o melhor serviço possível
Agora, desejando imprimir avisos para serem afixados nos locois de trabalho, como Áfençâo, Cuídodo, Devogor, Perigo, etc. etc., voltamos a solicitar-lhes a indispensável colaboração no sentido de nos Indicarem as palavras ou frases que mais urgentemente devemos imprimir, tendo em vista atender às ne cessidades gerais de nossos associados .
Ruídos são sons que incomodam. Produzem fadigo, reduzem o oudiçco, gerom nevroses, decrescem a eficiência.
Naturalmente uns indivíduos soo mais sen síveis que outros oos seus efeitos. Há uma cer to resistência individual aos ruídos e até uma adaptação progressiva ocs inconvenientes por eles acarretados ao repouso, ao sono e ao con forto. Mas, mesmo êsses indivíduos que parecem bem tolerar cs efeitos dos ruídos são vítimas de seus malefícios que mais se acentuam em se trotando de ruídos intensos, prolongados, discontínuos, intermitentes, súbitos e inesperados.
Afirma Sappington, serem ordináriomenle, os ruídos ritmados das operações industriais, muito menos irritantes e pertturbodores do que os ruidos sem ritmo dos exteriores, causados por bondes, locomotivas, apitos, automóveis, businos, rádios, aeropianos, etc.
Como o ruído aumenta a fadiga e dificulta a concentração mental em trabalhos que o exi ge mais acentuado, é bem de ver como também interfere ncs acidentes e por isso igualmente de vem ser . combatidas como parte de • suo pre venção
A intensidade dos ruidos é medida e refe rido ò unidade escolhida, o decibel, que repre senta a menor mudança de nível do som que o ouvido pode perceber ou, melhor, ò menor mu dança de tonalidade por êle pressentida.
Como termos de comparação doremos os seguintes gráus no escala de decibeis:
O cochicho baixo ou mexer de folhas 10
Ruído em jardim, sem movimento 20
Em rua tranqüila, sem tráfego o ruído de um automóvel si lencioso 50
A conversação comum em um aposento ou o ruido de um rua comercial de movimento médio bO
O ruido de uma rua com muito tráfego 70
O de um perfurodor pneumático 90
O de um rebitodor 100
O de um motor de avião 110
Um som já doloroso para o ouvido .... 130 Veriam os imites toleráveis poro os ruidos,
Verdade é que em uma grande sala de dati lografia pode chegar o 70 e a própria conversa ção pode atingir de 35 a 70. Como já dissemos, aliás, a intensidade só nõo é o único fator o con siderar. E' elemento relativo. Considere-se uma sala de leitura ou estudo. Qualquer conversa prejudica, enquanto, por exemplo, numa fábrica o conversa normal de operários nõo tem influên cia sob êsse ponto de vista.
Pode-se reduzir ou eliminar os inconvenien tes dos ruidos, usando os seguintes meios: eliminando fonte: o ruido em sua própria
2)
3)
4)
isolamento dos operações ruidosas; isolamento de instalações; usando protetores individuais contra o ruido.
No primeiro recurso cüpitulam-se os remé dios contra máquinas defeituosas, com peças gastos, ma! instalados, mo! localizados bem co mo operadas sem o cuidado devido. Corrige-se: substituindo as peças gostos;
2) usando peças bem baloncedos;
3) evitando vibrações das máquinas e pro tetores; os
4) boa íubrificoçõo;
5) diminuindo tanto quanto possível choques e atritos metálicos.
No segundo, é óbvio que se pode seporor a máquina ou operação ruidosa do ambiente-onde outras máquinas ou operações não o soo,-'dimi nuindo assim os efeitos do ruido sobra o con junto
O revestimento de paredes, chõc, tetos, etc., com materiais que absorvem o som, evitan do que reflito, é meio corrente capitulado no Item 3 Instalações de máquinas a prova de tre pidação e com isolamento sonoro é outro.
Finalmente, paro os operários Cfue nõo po dem ser afastados do ambiente onde seja forte o ruido, usam-se certos tipos de capacete com protetores para os ouvidos, ou simples tampões para êstes, existindo-os de tipos especiais cue evitando os maiores ruidos permitem entretanto ouvir o conversa.
^ctiíco de segurança da do Rio de Janeiro e Qssociacfas.
cão de Acidentes, são êíes separados em deter minadas cuantidades, devidamente empacotados e remetidos oos Superintendentes dos depar tamentos poro distribuição aos respectivos Ins petores de Segurança. Os cartazes e calendá rios sco afixados nos quinhentos e tantos quadros de avisos existentes ein'todas as dependências das Companhias Associadas.
Em princípios de 1944 foram escolhidos em todos os departamentos da Companhia de Carris, Luz e Fôrça do Rio de Janeiro, Ltda. e Com panhias Associadas, supervisores e encarregados para cooperarem na campanha de prevenção de acidentes, sendo eles denominados Inspetores de Segurança o cujas funções regulares foram acrescidos os deveres de prevenção contra aci dentes de trabalho. Êsses inspetores são em nú mero de 77, ou seja, em médio, um pcra 300 empregados.
A cada Inspetor de Segurança foram dados instruções por escrito, a saber: Assim que rece ber cópia da parte de acidente ocorrido na se ção sob sua inspeção, compete-lhe analisar o causa, afim de:
a) Evitar "os acasos" e prevenir repetição;
b) Educar o vítima a evitar ocidentes si milares no futuro;.
c) Relator cs causas reais e os medidas to mados, no relatório mensal dirigido ao Chefe do Serviço de Segurança, para fins de estatístico mensal de acidentes de trabalho de coda departamento.
Antes de ser permitido um empregado voltar 00 trabalho, deve comparecer perante o Inspetor de Segurança que aporá o visto no bole tim médico, coso a vítima já se ache em condi ções de retornar ao serviço, nõc tendo perdido o dia todo. O Inspetor visara o "alta médica" no caso de ter o acidentado perdido mais tempo do que o dia do acidente. Sómente mediante êsse "boletim" ou "alta médica", visado pelo Inspe tor é permitido voltor o acidentado ao serviço.
Ao receber boletins, cartazes mensais e ca lendários da Associação Brasileiro para Preven
Em poucos palavras, o programa de segu rança no trabalho na "Light" e Companhias Associados é baseado no princípio de que reduzindo-se p número de acidentes pequenos serõo reduzido igualmente os graves. Assim, a obser vação cuidadosa dos empregados durante o seu trabalho é o primeiro passo para diminuir os pos síveis acidentes. Alguns dos métodos pouco se guros verificados durante o trabalho não neces sitam de um técnico de segurança no trabalho pcra notá-los, — são berrantes e pecam contra todos os preceitos do bom senso. Outros porém requerem- o atenção de um técnico e possivel mente algumas modificações no equipamento para corrigir o perigo.
Um dos passos mais importantes em nosso programa de segurança é a eliminação da ideiò de que um acidente não é importonte uma vez que nco haja feridos. Um contratempo, um "quasi", é sinal de q-ue algo não está certo com os operários, os métodos ou com os máquinas.
CONCLUSÃO — Nunca é demais repetir que os três principais fatores na prevenção- de ocidentes são:
Conforme se verifica, estamos fazendo tu do 00 nesse cíconce para evitar o sofrimento e o sacrifício inútil de vidos.
Todos os detalhes já mencionados depen dem do Chefe do Serviço de Segurança, o qual antes de terminar o primeiro semestre dèste ano já hovio organizado oito Comissões internos"de Prevenção de Acidentes presididas psios respec tivos superintendentes das Companhias Associacias. Ditas comissões foram instalados e se reúnem pelo menos uma vez por mês. O Super intendente Geral da Cia.. Corris, Luz e Fôrça do Rio de Janeiro, Ltda. é presidente de seis desses
V BEW5S0 PAI.PíDKHE ÇUE NOS AJUDE.TRABAIHáNMcwCBII
As reuniões das Comissões Internos de Pre vençõo de Acidentes transcorrem em espírito de cordialidade e todos os membros vêm coope-an do, não tendo nenhum dêles ainda se ausentado delas.
No dia 7 de setembro último foi comemo rado o 15.° aniversário da inauguração dos Ofi cinas do Cidade Light, quando, consoante o cos tume, se realizaram no compo de foot-balí proves desportivvas o que assistiram famílias e amigos dos empregados.
íSiTJinimu RÁUpVimTAlUL rÁRTENNA N{n} eusÂSCtau
ispôskí oncí vosso
AMRIMDUC o ESPERAIS
SAIU.PAR* A ALE6RIA DoVtSSO CONVtl
VW C OOS VOSSOS fItHfliS. PIÍÍ-lHt
PUE CUMPRA oslRSIRÀHEIim kIEUUIUEI
NO TRABALHO.E ÈU ESTARÁ DE FATO SE6ÜR0 CONTRA AtlDENTÍES.
comissões; o Superintendente Geral da Cia. Te lefônica Brasi leira e presidente da Comissão do C.T.B. e o Gerente da S. A. du Gás é presi dente da Comissão do S.A.G.
Cada comissão tem o chefe do departamen to como substituto do Superintendente caso nco possa êste presidir; um Secretário escolhido peío chefe do respectivo departamento em que fun ciona a comissco, o qual também escolhe o Mé dico e o Engenheiro de Segurança. Quatro mem bros representando os empregados sõo indicados pelos respectivos sindicatos e quatro Inspetores de Segurança, em média.
As ilustrações que publicamos doe uma idéia da propaganda que por essa ocasião foi exibida pelo Sr. C. A. Borton, Superintenden te Gerai de Traçco e Oficinas, e os seus auxilicres da Comissão Interno de Prevenção de Aci dentes.
"AfJtHOS! JPUICÜIBANIOSmSECTU*!
LUBRíFICAÇãO
ajudante descuidado
— Perigos de incêndio (óleo, líquidos infíomáveis etc.)
2 — Proteção contra incêndios lextintores, saídos, etc
Completou, no mês de outubro, seu quinto cno de existência, essa útil publicação qúe man tém a General Electric S. A. "no interesse da segurança de seus empregados", como se lê no respectivo cobeçalho.
Um traba lhador estüvo lubrificando o eixo de uma má quina. Ao fczê-lo, uma cor rente apanhouihe os dedos, vindo a perder um dêles
CorreçãoNão era possí vel, nesse caso, parar a máquina para lubrificá-Ia. Adotou-se dispositivo para que a bbrificação se fizesse automáticamente. Foram colocados protetores completos c feitas inspeções detalhadas para eliminar todo risco similar.
IMPRENSADO POR UM CAMINHÃO
Um ca minhão, QO dar marcha ò ré, imprensou contra a pla taforma de carregar jm operário que estava diri gindo a ma nobra O operá rio, por se achar em" um canto, não pôde fugir. Por outro lodo, o condu tor não podia vê-lo.
Correção: Foram dadas instruções a todos os operários dos departamentos' de recebimento e expedição para que se coloquem sempre dian te dos caminhões quando auxiliam suas mano bras. Todos os motoristas foram alertados para G necessidade de se certificarem de não haver ninguém atroz do carro, antes de recuarem.
o operador de uma prensa perdeu quatro dedos quando um companhei ro seu acionou o pedal dç máqui na antes que pudesse retirar o mão.
Correção Os capatozes
deram Jnstruções aos operários para colocar os protetores antes de operar os prensas e foi tor nado obrigatório o cumprimento de~-uma regro proibindo o mais de um operário trabalhar rio prensa enquanto q corrente estiver ligada.
3 — Perigos nos pátios (buracos, cruza mentos de vias férreas, etc. )
4 — Eletricidade (chaves, lâmpadas portá,teis defeituosas, etc. )
5 — Perigos nas portes operativas de certas máquinas (serros, prensas, moinhos, etc.)
6 — Transmissões (correios sem guarda, polios, etc.)
7 — Perigos no manejo de materiois (carros, transportadores, etc. )
8 — Perigos químicos, (ácidos, cáusti cos, etc.
9 — Escadas (corrimões, degraus, etc.
10 — luminação.
Que o Boletim Mozdo" continue sempre o trilhar o mesmo caminho seguido até aqui, ali mentando e reforçando o bom entendimento entre trabalhadores e dirigentes de tão Impor tante organização, dando-lhes assistência e ensi namento útil, assim corrio os divertindo, são cs votos que formulamos ao apresentar nossas con gratulações muito especiais aos que dõo vida e vigor a êsse boletim, montendo-o sempre vigi lante, protetor, útil e atraente.
\ \VÀ\\ UKtii U y " /
Um fundidor já prá tico, recebeu graves quei maduras so bre o peito, rosto 6 ombros, quando um novo ajudan te, que nõo havia posto os polüinos previstos pa ra sua prote ção, tropeçou no pano fiouxo de suas próprias cal ças, derramando o metal derretido sôbre seu componheiro de trabalho.
Como ambos haviam colocado óculos de se gurança, os olhos do acidentado foram poupa dos, nõo recebendo meto! fundido.
Correção: As pernas dos calços soltas são sempre um risco de acidente e o capatoz deve sempre insistir para que os operários usem as poloinas que lhes são indicadas para esta op-5raçõo.
1 1 — Ventilação.
12 — Limpeza e arrumação.
Além disso é interessante os inspetores de segurança adotarem o hábito de responderem a êles próprios, com freqüência, a seguinte per gunta:
BELO HORIZONTE, 24 (Dq sucursal de "A NOITE" — Cinco boiodeiros procedentes da ci dade de Tiros, poro onde hoviam levado a boba do, ao regressarem, encontraram na estrada, próxima a Abaeté, um caminhão tombado num precipício: Ao lado dois homens faziam sincis de socorro. Os boiadeiros opearam-se de suas montados e auxiliaram os vítimas do desastre, que eram o negociante e seu motorista, a retirar o corro do abismo. Desejoso de manifes tar a suo gratidão, o comerciante convidou os boiadeiros a participar da abertura de uma pipo de cachaço tapada havia vários anos. E ali mes mo nc estrada, sob o luór, cinco copozios foram cheios e, imediatamente tragados pelos cinco boiadeiros. E quando ia também, levar o seu ca neco a boca, viu, com inenarrável espanto, que cs cinco, um após outro, iam caindo mortos, ful minados. Refazendo-se da terrível conjunturo, estendeu os cinco cadáveres no caminhão e disparou rumo o Abaeté. Lá chegando verificou que, no fundo do barril de cachaço, jazia morta uma cobro cascavel
("A Noite" de 24-9-4'5}
Prevenção de Acidentes — Novembro de 1945 — 7
Av. Almirante Barroso, 91 Salaa 1118/1119
RIO DE JANEIRO
Viaduto Boa Vista, 68 Safa 811' SAO PAULO ARY F. TORRES
Presidente
J. M. FERNANDES
1-° Vice-Presidente
J. G. de ARAGAO
Z.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1." Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.® Secretário
K. Ap-THOMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.® Tesoureiro
DR. DECIO PARREIRAS
VALENTIM F. BOUÇAS
Diretores
A. P. AMARANTÊ
Sec. Executivo,
Elevado é o número de acidentes que se verificam em casa, afetando até mesmo aqueles que já se acostu maram a evitá-los no trobalho.
Por isso vamos dor alguns con selhos para serem levodos à casa e transmitidos o amigos e parentes.
Trata-se de simples medidas e pre cauções que entretanto contribuirão poro afastar muitos probalibilidades de aborrecimentos e sofrimentos.
DEZEMBRO DE 1945 ANO 3 — No. 36
Com êste número, chegamos ao fim do terceiro ano de pu blicação dêste boletim. Lançando as vistas poro traz, constata mos com satisfação o quanto se desenvolveu entre nós, nesse lapso de tempo, a prevenção de acidentes, graças aos esforços conjugados do Govêrno, de patrões e empregados como de ins tituições entre os quais orgulhomo-nos de estar incluídos.
Iniciando novo ano e firmados nesse passado que criou fortes raízes, estamos certos de que mais se desenvolverõo os trabalhos de segurança beneficiando direta e indiretamente o todos quan tos se interessam por êles e trabalham.
Essa certeza traduz os anseios desta Associação e os votos que o guiza de alegre Natal e feliz Ano Novo dirige a todos os associados e seus empregados, votos e anseios que se traduzem num desejo sincero de
1 — Certifique-í,e de que as escodas'es tejam bem Iluminadas e tenham corrimões firmes e fortes.
2 — Foço corn que os membros de sua família se acostumem a segurar rios corrimões.
3 — Mantenha as escadas e saas oroximidodes sempre limpos e desempedidos, removendo do chõo objetos, lixo etc.
4 — Nõo suba em cadeiras para colocar quodros, cortinas etc. Muito menos recomendável é cinda colocar cai xotes sobre os cadeiras paro subir sobre êles. Use sempre uma escada boa e sólida.
5 — Todos os vidros que contenham substâncias tóxicos devem levar uma etiqueta especial e ser coloca dos em lugar separado dos remé dios. Em cosas onde há crianças, cuidados especiais devem ser toma dos com relação a venenos que de vem ser guardados onde elos nõo mexam.
6 — Nunca tome remédio no escuro. Antes de o fazer, leia o etiqueta e tome apenas a dose prescrito.
7 — Nõo coloque sua roupa sobre estu fas, para secar. E' prático que oca siona muitos incêndios.
8 — DesfaçQ-se imediatamente de todos os cgcos de vidro. Melhor é embru lhá-los; enterre as lâminas usadas. Todos as facas e utensílios cortan tes devem ser mantidos em lugares inacessíveis às crianças.
9 — Tome cuidado com o gaz. Sõo pe rigosos os seus escapamentos quer através de fissuros nas conalizcções, quer por se deixorem abertos os bicos nõo ocêscs.
10 — Os pisos muito polidos são bonitos, mas perigosos. Use poro polir ma terial que nõo seja escorregadio,
11 — Mantenho secos os pisos do banhei ro pois muitas quédas greves ocor rem a».
12 — Mantenho sempre em bom estado as Instalações elétricas. Certifiquese de que todos as extensões tenhom bom isolamento. Nõo traba lhe com equipamento elétrico, se suas mãos ou seu corpo estão molhados ou se está sobre piso úmido.
13 — Nõo guarde explosivos em sua co sa ou perto dela.
14 — Tenha cuidado com os fósforos e os guarde onde as crianças nõo os pos sam QÍconçar.
15 — Estude regras simples de primeiros socorros e os aplique imediatamen te, se ocorrer algum acidente. Lo go depois chame o médico.
Divulgando esses conselhos em cosa, contri buímos paro aumentar nosso bem estar e satis fação como poro aí criar, também, ambiente se guro como procuramos manter no fábrico.
E' com satisfação que o "NOSSO JORNAL" (1) registro o Interesse crescente que vem des pertando entre nós a campanha de prevenção contra acidentes no trabalho, orientada pelo Administração da Fábrica através da Comissão Interna de Segurança Industrial.
Os fratos e ensinamentos que se vão co lhendo no decorrer dos trabalhos dêsse novo órgão, são bastante animadores e dõo novos alentos para perseverar'oessa órduo^ e humanitária tarefa. ^
Nunca será demais insistir que o campanha de prevenção contra acidentes visa mais o interêsse do operário do que propriamente do pa trão, especialmente no nosso caso em que êste é representado pelo Estado. — De fato, os con seqüências de um acidente grave são íamentá-veis. O homem sofre física, moral e economica mente
Entre nós, latinos, o excessivo sentimentaIismo contribui paro exaltar òs côres sombrias em que se desenha o quadro desolador de um acidentado. Um chefe de família que chega ao lar, numa ambulância, todo envolvido em gaze é motivo das mais comoventes e desesperadorcs cenas de aflição. Por maior que seja o conforto e 0' corinho da família, jamais se conformará com o ocorrido pois o seu espírito de rebeldia não aceitará as imposições do que ele crê que seja a "fotalidade" "má sorte" ou que outro no me êle queira dar a essa fada má que espreito Os passos dos imprevidentes.
Moralmente o indivíduo se sente abatido por^se constituir motivo central de um quadro de lamúrias e imprecações. Passado o perigo, se a desgroça o marcou com perdas físicas — êle será um recalcado ao sentir-se com a sua capa cidade reduzida. Nunca será igual a outro ho mem normal.
O lado material também pesó no acabatTtento do quadro que descrevemos. Os dias de ausência ao trabalho representarão uma sensí vel reduçõo no seu já sobrecarregado salário, obrigado ainda a atender a despesas imprevis tas com medicamentos, curativos, dietas, etc.
Entretanto, todas essas preocupações deopareceriam, todo êsse martirizonte quadro serio evitado, mediante uma conduta simples: "seguir os regras de segurança" que são minis-
(1 ) — "NOSSO JORNAL", é o mognífico boletim publicodo pela Fóbrica de Bomsucesso do Ministério da Guerra, do qual, dato venia, transcrevemos este interessante trabalho-contendo tão impressionante exemplo de oplicoçgo prática e útil ,da- prevenção de acidentes, estampan do, iguolmente, clichê de seu quarto número, com. b qua dro que bem mostra como é oli encorado^o serio a prevenção de ocidentes.
tradas pelos encarregados, mestres e membros do Comissão de Segurança.
Assim, um simples por de óculos pode evi tar todo o quadro que desenhamos ccima. Tam bém um gesto irrefletido de burlar uma regro de segurança — como no manejo inadequado dos prensas mecânicos — pode reproduzi-lo com todos os côres sombrias do infortúnio.
A Fábrica fornece gratuitamente a seus servidores todo o equipamento de proteçõo con tra acidentes e, mais do que isso,, se empenha numa propagando incessante — poro que o ho mem use diretamente êsse mesmo equipamen to. O que todos devem pensar é ,que êsse dispendio material em cercor o trabalho de toda prote ção possível só tem como objetivo resguordor a saúde e o integridade físico dos que aqui labutam. E é necessário que coda um compreenda, embora pareça claro, que não compete á Admi nistração obrigar ao uso de tais equipamentos de proteçõo ou práticos recomendados, mas sim, 00 operário fazer sentir o necessidade dês se oparelhomento ou desses práticos adequadas.
Õu, em outras palavras: ao inícior um ser viço, será o operário o primeiro o advertir sôbré o necessidade — poro o segurança do trabalho
— de usar óculos, luvas, máscaras, etc. e não o mestre o dizer: você deve usar óculos ou luvos, etc.
Quando isso acontecer em todo o Brasil te remos dado um largo posso no caminho do civi lização — pois que o conceito desta envolve também um constante anseio pelo maior segu rança em todos os atividades humanos.
Embora muito se tenho progredido nésse setor, ainda há muito o fazer. Temos de nos 11bertor de alguns preconceitos arraigados no mentalidade do operário. E' muito comum se ouvir o frase: "eu não me acidentei por prozer" — querendo dizer com isso que o acidente era inevitável Outros acreditam sériamente no "Pqtolidode" ou no "Destino" — e assim pensondo, oõo há como prevenir contra acidentes, porquê ficomos todos sujeitos aos caprichos da Sro. D. Fatalidade.
E' no intuito de contrariar essa supersticiO; so mentalidade que vamos divulgar um acidente interessante aqui ocorrido.
Os tornos de repuchor, dado o natureza do trabalho, são máquinas perigosas pelo possibili dade de freqüentes acidentes.
Tanto a ferramenta, como a peça, ou o bu cha pode soltar da máquina e projetor-se no es paço com grande velocidade indo atingir pessoas que se interponham no caminho.
silenciosamente, aguardavam os protetores ã manifestação dq Sro. D. "Fatalidade".
'
Poderia até olguem ter comentado: "estão se preocupando com tolices, nunca houve nado!".
Algumas semanas mais tarde, desafiando o espírito de previdência, resolveu aquela temível personagem fazer o suo aparição. O operário estovo trabalhando normolmente no torno de re puchor quando oo rebarbor uma peça, o cavaco enrolou-se no ferramenta e esto soltou-lhe brus camente do mão e projetou-se poro frente, indo crovor-se no protetor, conforme o trajetória assi nalado no clichê.
E, si ncò fosse o previdência concretizada no protetor, teríamos um operário gravemente Qcidentodo e o seguir a clássico exclamaçõo: "Que fatalidade!".
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Por isso, foi cuidadosamente estudado o melhor tipo de proteção consistindo numa tela metálica reforçado, colocada no torno de modo o cobrir o provável superfície dê intercepção das peças arremessados pelo máqüino num funcionomento cnormoi Os estudos foram feitos, o material encomendado, os protetores confeccio nados e o seguir colocados no loco! previsto. E,
E, talvez, a própria família teceria fanta sias supersticiosas em torno do coso, como varias que soo do conhecimento geral — "eu bem que não queria que o José trabalhasse hoje; tinha um pressentimento que olgumo coisa de ruim ia lhe acontecer". "Mas êle é teimoso e acho que ninguém morre no véspera do dia, q não ser o perú!.
Os acidentes de tráfego são freqüentes e em muitas ocasiões fatais, e isso principalmente por duas causas; velocidade e Imprudêncio.
Alguns motoristas, profissionais ou amado res, abusam do velocidade, querendo cobrir grandes distancias, sem pensarem nos obstá culos que poderão encontrar: Uma curva fecha da, asfalto molhado, freios que falham ou outras circunstâncias que os levam a uma grande tra gédia
N., Z5 — Jgneíiro
Nosso propósito Comissões de Segurança e Prevenção de Acidentes
{|Dr. D. L. Brandão Reis)
Os protetores evitam ocidentes Como os acidentes ocorrem Fábrica de Bonsucesso do Ministério da Guerro Gotordo C. Pedemonte Conselhos práticos para manter a se gurança
Agora, mais do .que nunca, sõo necessários cuidados especiais com o tráfego, em toda a parte, nas grandes como nas pequenas cidades e, fóra delas, nas estradas e caminhos.
De fato, intensifica-se rapidamente o movi mento de veículos após longo período de redu ção forçada,
Já se verificam acidentes sérios causando vítimas e prejuízos materiais.
As autoridades estão alerta e educando o povo.
E' necessário que todos amparem essas me didas e cooperem para seu êxito.
A imprudência e o descuido são também má companhia paro quem maneja o volonte. A elas se devem grande parte das ocorrências trá gicas registradas na via pública.
Como porém toda regra-tenT^exceçÕes, nem sempre o motorista tem culpa e sim "o"pedestre que atravessa a rua sem antes olhar para ambos os lados.
E' indispensável que os motoristas moderam o velocidade e acatem os regulamentos, mas também é necessário que todos as pessoas co nheçam e obedeçam as regras de circulação, pa ra tornar seguro o tráfego.
1 seus- dedos, mãos e olhos lhe pertencem, devendo conservá-los bem para poder usá-los diáriamente.
2 as máquinas nõo foram feitas para machucar nenhuma parte de seu corpo; sendo cuidadoso nõc se arrependerá.
os protetores colocados nas má quinas foram instalados para sua proteção; não os tire.
4 quanto mais você trabalha com uma máquina, maior possibilidade tem de descuidar-se e o descuido é um acidente seguro.
o bom senso tem salVo dedos, mãos, olhois e vidas.
Prevenção da Acidentes — Dezembro de 1945
9 10
O homem cuidadoso é um ho mem sõo; êle penso e atua còm se gurança.
7 . o homem descuidado pôde ser feliz, porém não por muito tempo.
8 você poderá ver bem com óculos, porém nada verá com ôltjo de vidro.
— . . . a negligência causa ocidentes
o homem inteligente não sómente procura saber o que é segu rança, como também praticá-la.
Paro regulamentar a nova lei de acir dentes no trabalho
Não carregue ferramentas de corte ou de ponta nos seus bolsos (x)
N. 26 — Fevereiro
Prevenção de Acidentes e custo de produção
Curso de Técnico de Prevenção de Aci dentes no Indústria de Fiação e Te celagem
Começom a diminuir no Rio de Janeiro, os acidentes do trabalho.Como evitar acidentes Estudando leis trabalhistas nos Estados Unidos
Causas de Acidentes
Reuniões de Seguronça Sucursol de São Paulo Temos da Segurança Pergunte o um acidentado Nossos Cortozes (x)
N.».,27
Não Temos acidentes.
Programas de Segurança
A Prevenção de Acidentes na prática
Um ano sem acidentes.
A prevenção de acidentes em compa nhias de transporte
Que é segurança
Coopere com seus companheiros, visan do a segurança de todos (x)
N.® 28 — Abril
Continuaremos o combater
Quanto custam os acidentes? E a quem beneficiam?
Componha contra ocidentes
Início da campanha de Prevenção de Acidentes no Usina Monte Alegre
Interesse pela Prevenção de Acidentes
Evitando ocidentes.
Como evitar ocidentes
Uma história e um falo
Não seja teórico — Ajude seu. com panheiro (x)
N.o 29 — Moló
A Realidade
Curso de Técnica de Prevenção da Acidentes
Acidentes de Trânsito
Seguranço nos Pequenos Indústrias
Prenses
Novo Administração
Sucursal da São Paulo
Novo lei de Acidentes
Nossos Cartozes (x)
N.» 30 Junho
Comemorando a vitória
Os acidentes da última hora
Como os ocidentes ocorrem na cons trução civil Supervisão
Exame de consciênia
Espírito de Porco (Dr. Alfredo Guorischl)
Um único ocidente
Conselhos de Segurança
Ensine oo novo companheiro como ptaticor a segurança Ix)
N.® 31 Julho
Dever a cumprir
Aos Capatozes...
Como os ocidentes ocorrem...
Temas de segurança
Mais de dois mil incêndios no Brasil em dois anos
Máximas de seguronça
Comissões internas de prevenção de acidentes
Defenda suas mãos pois tem muito valor (x)
N.® 32 — Agosto
Importante
Aos pedestres
Ordem e Limpeza
Exposição sobre Prevenção de Acidentes
Continuam a baixar os acidentes do Trabalho no Rio de Janeiro.^
Cidade Light
Folhinha de Segurança
Dois ocidentes originais
A nova lei de Acidentes do Trabolho Comissão de Segurança da Cia. Luz e Força de Mines Gerais Folhinha Ix)
Ni® 33 — Setembro
Paz!
A Segurança é um fato... -Quem sou eu?
Aprendlzogem
Iluminação
Um lugor poro cada cousa e coda cousa em seu lugar
Folhinha de Segurança Motivoçõo do Trabalho Folhinha (x)
N.® 34 — Outubro
Inimigos da Seguronça no Tráfego Pobres mõos!
Cartozes e Dísticos
A Segurança e o futuro Conselhos de Segurança sobre eletrici dade
Os acidentes em Belo Horizonte em 1944
Acidentes do Trabalho (Dr. Alfredo Guaríschi)
Pense em sua famílio, antes de cometer uma Imprudência (x).
N.® 35 Novembro
Dísticos
Ruídos
Seguronça antes de tudo (R, Paterson Wheeler)
Como evitar ackJentes Causas típicas a serem observadas quando se fizer inspeções 'de se gurança
Boletim Mazda Acontece cada uma. Eslüo todos bem? (x)
N.® 36 Dezembro
Menos ocidentes em 1946
Acidentes em cosa Segurança e fatalidade Trafego
Não se esqueça de que.
índice do Matéria pubiicadp em 1945 Nossos cortazes Ix)
(x) Ilustrações ou frases
Prevenção dé Acidentes — Dezembro de 1945
ASSOCIAÍXO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDEKTES
Av. Almirante Barroso, 91 Salas 1I18/I119 RIO DE JANEIRO
Viaduto Boa Vista, 68 Sqts 811
SAO PAULO
ARY F. TORRES • Presidente \
J. M. FERNANDES
!•" Vice-Presidente
J. G. de ARAGAO
2.® Vice-Presidenie
ALCIDES LINS
1.® Secretário
DULCIDÍO A. PEREIRA
2.® Secretário
K. Ap-THOMAS
1.° Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.® Tesoureiro
DR. DECIO PARREIRAS
VALENTIM F, BOUÇAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo,
Relacionamos nesta página os componentes de algumas Comissões de Segurança instaladas últimamente, dírígindo-lhes nossas congratula ções e votos pelo mais amplo êxito nos trabalhos de prevenção de acidentes a seu cargo, ao reiteror o afirmativo de como será agradável a esta Associação prestar-lhes o sua maior colaboração para êsse fim.
1 — Tecelagem e Possomanoria Tijuco S. A.
Presidente — João Setaro.
Secretário — José Furtado da Rocha Brcsll.
Membros — Herculano G. da Silva Filho; Carlos Martins dos Santos; João Batista da Silva; José Rodrigues Bonjar.
4 — L. B. de Almeido & Cio.
Presidente — José de Sá Reis.
Secretário — Raymundo Pinto Filho.
Membros — Amadeu Pimentel; José Gon çalves Pereira; Plinio Antonon; José Francisco Izidoro. j
5 — Corlos do Silvo Aroüjo S. A.
Presidente — Farmacêutico Júlio Silva Araújo Filho.
Secretário — José de Aluquerque Lins.
Membros — Dr. Sebastião Duarte de Bar res; Johcnes Thole; hAano Fernandes Monteiro; João Lopes Loureiro; Maria de Lourdes de"Almei da Silveira.
2 — Cia Fárica de Botões e Artefatos de Metols
A nova lei de acidentes do trobolho estabelece, em seu artigo sétimo, não ser considerado acidente, para-efeitos da pro teção oo trabalhador, aquéie "c/ue resultar de doio do oróprio acidentado, compreendida néste a desobcdíêrt'CÍa a ordens ex pressas do empregador".
Parece castigo, mas não é mais que uma advertência, móis que um grito de alerta.
De fato, que mais representa paro o operário: perder dias de serviço e não receber indenização cu ficar sem 'um ou mais dedos, sem a mco cu o braço, que quantia alguma paga?
O que se pretende evitar com êsse dispositivo é justamente a aplicação — por sinal automática — do castigo pelo ncc cum primento dos regras de segurança, castigo que consisto na mutiloçõo ou mesmo no perda do vida.
Inconcebível é, aliás, o desrespeito o essas regras, pois tra balhamos poro suprir às necessidades de nosso corpo — alimen to, vestuário, abrigo, recreação, etc. — Como então não nos preocuparmos em o manter íntegro e conspirarmos contra suo in tegridade, dando oportunidade aos acidentes qua o afetom, não respeitando regres e conselhos organizados para nosso bene fício?
Precisomos aprender o trabalhar com segurança, para pro teger nosso corpo. Trabalhar com segurança é um dever para ccnosco e para com nossos companheiros. Desrespeitar as re gras de segurança é faltar ò êsse dever. E' crime e os criminosos não merecem omporo, mas castigo.
Por isso, desrespeitando as regras de segurança, abrimos mão do omporo do lei e arriscamo-nos ao castigo inexorável da mutilação e da morte!
Presidente — Fritz Weber.
Secretária — Helena Walkíria Land.
Membros — Dr. Otávio Silva; Noemia Gue des; José Roque Viana; Waldemar Walsh.
^ — Sociedade Anônimo Estomjpario Colombo
Presidente — Carlos Augusto Rei.
Secretário — Francisco Sormento.
Membros — José Maria Guimorões; Claudino Brosiliense dos Santos; Juvenal Pereira de Scuzo; Orlando Vieira dos Santos. •
3 — Cio. Petropolitono de Fíoçõo e Tecelagem'
Presidente — Dr. Adhemar de Canindé Jobim.
Secretário — Qrlindo Ditadi
Membros — Dr. Paulo de Mattos Rudge; Dr. Belisario de Assis Fonseca; Athonagildo Flores Pravitz; Antonio Esteves; Agenor Moebus.
7 — Fábrica Colombo
Presidente — Dr. Arnaldo Bailesté. Secretário — Alberto Corrêa de Athoide. Membros — Arthur da Silva Moura; Napoleâo Gomes de Scuzo; Pedro Cruz Pereira da Cunha; Adalberto Brito Cabral de Mello; Abílio Alves.
JANEIRO DE 1946 ANO 4 — No. 37Sustos.
O TRÁGICO E O PITORESCO
Foi grande o número de ocidentes impres sionantes occrrldos durante o ano de 1945 Adul tos chocam pela sua brutalidade e pelas vítimas que causam. Ocupam q noticiário dos jornais díos e dios. Outros passam mais ou menos des percebidos.
Alguns surpreendem porque só ocasionam prejuízos materiais. Outros, porém, revestem-se de circunstâncias tco especiais que até parecem produto da fantasia.
Dificilmente poderíamos rememorar todas essas ocorrências, trágicas, caprichosas ou pito rescas. Mbs, vale a pena focalizar algumas deIas, sempre com o intuito de criar e , , -- - manter o espirito de segurança como também de incenti var trabalhos de prevenção de acidentes, pois di zem bem alto dos sacrifícios que acarretam e das perdas que determinam essas ocorrências tão generalizados.
E, focoiizcndo aspectos gritantes da ques tão, desejamos acentuar q gravidade do piob?ema no rotina diário dos locais de trabalho onde os acidentes se sucedem, mutilando e matando sem que, no maioria dos casos, siqper chegue mos a ter notícias deles e de suas conseqüências que assim nõo avaliamos convenientemente.
Transporte
A malorio dos grandes desastres de que te mos notícia, ocorridos no ano de 1945, verifica ram-se no transporte de passageiros. E seu nú mero foi Impressionante, como elevado foi o sa crifício de vidos dêles decorrente.
Já no mês de fevereiro dois Impresionorom pelo brutalidade; Um ferroviário — o de Soo Gonçalo; outro de avioçco — o de Lagoa Santa.
O primeiro ocorreu com o expresso de Cam pos que opanhoü em uma passagem de nível um bonde da linha Porto Velho-Sdo Gonçcfo, reple to de passageiros e com inúmeros pingentes.
Faleceram imediatamente cinco passagei-
ros. Inúmeros soiram feridos leve ou gravementen Dêstes, muitos outros sucumbiram pouco depois ou nos dias subsequentes.
O noticiário dos jornais aponta como cul pado o sinaleiro da estrada, que não se encon trando em seu posto quando se oproximovo o trem, manteve-se foragido vários dios, após o desastre.
Não menos impressionante e trágico, foi o acidente de aviação verificado em Lagoa Santa (Belo Horizonte) no dia 15 de fevereiro, com um avião comercial, quando decolava rumo no norte do país, conduzindo onze passageiros e quatro tripulantes todos vitimados.
Em março foi o trem de "aquáticos'' que tombou perto de São Lcurenço. Eram treze car ros com cêrca de 400 passageiros. Felizmente não houve vítimas a lamentar, embora o núme ro fatídico de carros. ..
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Ocorreram outros desastres de trem, que, embora sérios, deixamos de citar, por serem me nos importantes ou impressionantes. Mas, lem bramos ainda aquele que se verificou, em setem bro, na estação de Deodoro, chocando-se dois trens elétricos e ferindo cêrca de oitenta pes soas
Quanto aos bond'es, naturalmente tiveram também papel destacado na ocorrência de aci dentes, oro isoladamente oro em conjunto com G-utros veículos. Eis alguns casos:
— Em Belo Horizonte perto de trinta pes soas são feridas em um engovetomento de dois veículos que desciam uma la deira.
— Em S. Pc''jlo descarrila u.m bonde indo bater violentamente contra um poste. Os jornais exibem fotografias em que aparece, no chõo, mão decepada de um passageiro.
— No Rio, descarrilo um reboque indo de encontro o um caminhão. Um passa geiro morre. 19 ficam feridos.
— No Rio, oindo, um passageiro que via java junto 00 motorista coloca uma gar rafa com gasolina entre o painel e o lodo esquerdo da caixa de controle. Com Q trepidação quebra-se a garrafa. Espolho-se o gasolina. Centelhas do motor provocam princípio de incêndio de que se origina pânico ocasionando ferimento de muitos passageiros.
Quanto oos ônibus, citaremos três casos semelhantes:
- Em S. Paulo, um ônibus do linha "Ave nida", repleto de passageiros, após co iidir com uma árvore incendiou-se ma tando seis pessoas e ferindo muitos outros.
~ incendiondo-se outro ônibus, em Cam pinas, perecem nove pessoas, saindo mais treze horrivelmente queimados.
- Por catro Iodo, havia acontecido o mes mo, meses antes no Rio de Janeiro, sem que se registrasse uma único vítima.
Uma criancinha que ficara abandona da no interior do veículo, foi saiva pelo motorista que voltou ao interior do mes mo, retirando-o e queimondo-se cssirn nas mãos e nos braços. Manoel Ferrei ro dos Santos é o nome dêsse motorista que merece menção por seu gesto de desprendimento.
mais êste:
Um ônibus desgovernado subiu ao pas seio, no rua do Lavradio (Rio) atrope lando três pessoas, uma das quais fa leceu
Dentre os acidentes com automóveis ocorrem-n'os citar estes dois:
Oito soldados morreram em conseqüên cia de um choque entre o veículo que cs transportava e outro que também trafegava na Estrada Rio-Sâo Paulo. Em Belo Horizonte um caminhão con duzido por motorista improvisado lan çou-se Q todo velocidade no Ribeirão Arruda, morrendo quatro pessoas e fi cando feridas outras duas.
A maior catástrofe ocorrida durante o ano foi sem dúvida, a explosão do "BAHIA", com a perda de 333 homens e de tão importante navio de guerra.
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Catastrófico foi o temporal que desabou sobre Petrópolis e seus arredores na noite de 26 de março, danificando-cs em largos trechos e
produzindo inundação, desabamento de casas, barreiros e pontes, rompimento de canalizações de água potável, etc. etc.
Vültosíssimos foram os prejuízos moteriois. O número noticiado de mortes foi de cêrca de cem pessoas.
Os sustos.
Um bombardeiro coi ao solo, no Rio Grande do Sul, com. tal violência que ficou completa mente destroçado e um dos seus motores é pro jetado a cem metros de distância. A tripulação salvou-se milogroscmente.
Na praia do Flamengo caiu e mergulhou no mor outro bombardeiro, sendo o aviador salvo e transportado de cutomóvel poro suo residência por não apresentar ferimento.
Um transeunte em plena rua central do Rio de Janeiro, passando perto de um prédio em construção, cai-lhe um caibro na cobeço, maton do-o instontôneamente.
Um menor, em Florianópolis, morre asfixia do, devido ô falta de energia elétrica quando era submetido a exames de troquéia e brônquios.
A Borco Quinta, com duas mil pessoas o bordo, voltando de Poquetá, submergiu quase completamente quando já atracada ò ponte de desembarque da Praça Quinze. Houve tempo para os passageiros desemborcarem, sem vítisnas a lamentar e até mesmo sem molharem os pés...
Incrível
O mais incrível ocidente foi aquele que se verificoj longe daqui, na Grande Nova York, pa recendo até história do Brucutú — foi o esbarro dodo no Empire Stotes Building por uma fortale za voadora. ..
Um cperório quando amolava uma ferramenta, recebeu pequena partícula na v.ista, deixando, porém, de ir à enfermaria. Vários dias mais tarde sentiu-a irri tada e veio a per der a vista.
Correçõo: Re comendações severas foram feitas: 1 ." sôbre o cumprimento da ordem de se fazerem comuni cações imediatas a respeito de qualquer lesão por pequena que seja; 2.°) fazerem qs encarre gados e capatazes obrigotório o uso de óculos de segurança nas operações em causa; 3.°) inten sificar a campanha de segurança chamando maior atençõo para os riscos focalizados.
Um empre gado que empurrova um carrinho de mão carrega do de coixos, esbarrou com êle contra um banco.
parado repentina e violenta ocasionou-lhe forte nos costas.
Correção: — A Investigação dern^^strou que o carrinho estova sobrecarregado, impedin do ao operário ver por onde caminhava- f^omm dadas instruções poro ique nõo sejam empilhadas os cargas além de determinado cltUra, aSsim' co mo providenciada q marcação dos possoQ^f^s no solo, para maior segurança no circuloÇÕo in terna ,
Uma moça que fa zia pacotes de certa merc a d o r a agachou - se debaixo de sua meso de. trabalho pa ro apanhar uma caixa que havia caído. Uma mecho de cabelo prendeu-se em um eixo coloca do sob G mesa, sendo arrancado juntamente com o couro cabeludo.
Corieção — Nunca se hovio pensado em proteger o eixo em apreço devÍdò"~à-sua-posiçõo abrigado e à pe-^ueno velocidade com que gira va. Mesmo ossim, todos os eixos semelhantes fo ram cobertos e as operárias obrigadas o usar tcucüs protegendo o cabeleira por inteiro.
Um operário, es tava em pé no alto de uma escada que servira como meio de acesso entre um bor co que se construía e o dique 50 pés oboixo. Ouvindo o opito poro o almoço a víti ma disse aos seus componheiros: Corra mos e dirigiu-se rapi damente escada abaixo.
A uns quinze pés de onde estava, escorre gou e caiu. Recebeu um golpe no cabeça e mor reu instantaneamente. E' por isso que o hora do almoço é considerado uma ameaça constante pa ra a seguronço dos trabalhadores.
Correção'— Além de avisos com o frase: Nfio corria, caminhe; foram iniciados outros meies de evitar acidentes dêsse tipo, inclusive horas de almoço diferentes, por grupos; fiscali zação do trânsito; saídos e possogens adequados e suficientes facilidades poro refeições e osseio.
Esto pergunta deve ser formulada todos os dias. Assim manteremos vivo o propósito de sempre fazer algo em benefício do segurança, aproveitando todas as oportunidades que dic''iamente se apresentam para tento.
Por muito insignificante que seja, o cto rea lizado em favor dq segurança é sempre betéfico.
Uma casca de banana no chão pode-oca sionar uma quédo o quem não a veja. Só o «mpurró-la com o pé para onde não ofereça perigo, constituo ato valioso de segurança que é sempre praticado por quem se preocupa com elo.
Mas, quem não pensa na segurança deixa a casca onde se encontra e pode ter o desprorer de ver qualquer outra pessoa pisando sôbre ela, escorregar e cair.
Mais se convencerá, entretanto, do nece'isidade de praticar q segurança, quem havendo deixado aquela casca, dela nõo se'recordando, vem depois o ser suo vítima e lamentar-se por haver, no quédo, quebrado o braço ou a perna.
Poderá então culpar a fatalidade ou o des tino, mas o fará em vão, apenas para encobrir sua própria falta de prevenção.
Não devemos esperar que os acidentes ocor rem para depois corrigir situações perigosas, por que as vezes pode ser demasiado tarde. Deve mos adquirir o hábito de nos proteger e proteger aos outros poro evitar que ocorram acidentes. E' desta e nõo de outro maneiro que acabamos com os ocidentes; por isso deve estar sempre em nossa mente o pergunta: Que faço pala segu rança?
Existem boas rozÕss poro que a ventilação se considere como fator de segurança. Em resu mo são os seguintes:
1 — E' o único forma de remover todos, os gazes perigosos ocasionados pe las emanações.
2 — E' decisiva no prevenção de certos fogos nos minas.
3 — E' absoí>utamente necessário em lu gares quentes e úmidos.
4 — Tem uma aplicação universal na prevenção do silicosis.
5 — Diminue Q deterioração do,madeiro. w
6 — Melhoro a visibilidade.
7 — Proporciona atmosfera condizente à segurança.
Qoal d«le8 disse qne mEVKIVC ÃO DE ACIDENTES é bobaglein ?
"O- '-tO®
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associação
Av. Almiraní® Barroso, 91 Salas 1118/1119
RIO DE JANEIRO
Viaduto Boa Viste, 68 Sola 811
sKO PAULO
ARY F. TORRES
Presidente
j. M. FERNANDES
].o Vice-Presidente
J, G. de ARAGÂO
2.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1 .o Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA '
2.® Secretário
K. Ap-THOMAS
1.0 Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2° Tesoureiro
DR. DECIO PARREIRAS
VALENTÍM F. BOUÇAS
Diretores
A. P. AMARANTE
Sec. Executivo
FEVEREIRO DE 1946 ANO 4 — No. 38
Os membros das Comissões de Segurança devem inspecio nar em suas seções o seguinte:
1 ) — As máquinas sem proteção.
2) — O emprego de protetores inadequados.
3) — Perigos de escorregar ou tropeçar.
4) — A ordem.
5) — Os elementos para primeiros socorros.
6) — O pó e a umidade.
7) — O uso de vestimentas de segurança.
8) — O uso de óculos de segurança.
9) — Estado dos ferramentas.
10) — Luz e ventilação.
11 ) — Estatística de ocidentes.
12) — Perigos de incêndio.
A indústria de construção no Brosi l, como nos Estados Unidos, apresento cifras elevadas em matéria de ocidentes.
No Brasil, segundo estatísticas levados o efeito pelo Serviço de Estatísticos do Previdência e Trabalho, durante o ano de 1940, os riscos de construções de pedra, aterros e eoificocões" ocasionaram 7.403 acidentes graves, com^perda de elevado número de horas de serviço, só tendo sido superado pelo risco de "minas e 'pe dreiras".
Nos Estados Unidos, pelos estatísticas do Bureau of Labor Stotistics, em 1941 ocorreram 495.500 acidentes em construções, com perda de tempo, sendo êste o risco 'Cjue maior númoro de acidentes prcporcionou d-urante êsse ano, nêsse País.
Pela simples apreciação de tais algarismos se poderá avaliar a importância e o interesse eco^ nômico de que se reveste uma componha de se gurança nas empresas de construção, visando di minuir os acidentes do trabalho.
Levando-se em conta que os acidentes üu mentem o custo do produção acarretando disperdício de tempo, material e mco de obra, oca sionando dano às ferramentas e à maquinaria e determinando atraso no andamento do obra, de pronto se compreende o alcance da adoção de medidas para prevenir os ocidentes nos constru ções. Isso, sem falar no iodo humanitário do questõo que é de todo o justiça considero,- .
"A segurança nos trabalhos de construção, como muito acertodomente afirma o ASSOCIATED GENERAL CONTRACTORS OF A/v\ERICA INC., só pode ser obtida, no entanto, por meio de uma constante atenção por parte dos superin tendentes e copetczes e com a cooperoçõo dos trabalhadores".
E' necessariamente o que precisamos con. seguir poro diminuir os acidentes em nossas cons truções.
De algum tempo a esta parte vimos estudondo cuidadosamente o assunto e chegamos ò conclusão de que o instituição de Inspetores de Segurança nos emprêsos construtoras, tal-zez fosse uma idéia interessante a ser adotada no caso.
Êsses Inspetores que teriam por função fis calizar as obras em andamento e zelar pela se gurança dos operários em serviço, teriam a auto ridade necessária paro determinar providências tendentes a evitar os acidentes do trabalho e a êles caberiam, ainda, entre outras atribuições, os seguintes: ^
a) verificar o estado de conservação e seguranço das ferramentas de mão usadas pelos operários (martelos, picaretas, pás, formões, marretas, etc.);
b) constatar o segurança dos andaimes construídos nos obras sob a sua fiscalização, cui dando para que os mesmos tenhom a necessária -solidez, estabilidade e proteção, não sejam so brecarregados com pêso excessivo e possuam guardas em torno, para evitar quedas aos que dêles se utilizam;
c) verificar o estado de segurança e a inte gridade dos degraus das escadas em serviço;
d) exigir cinturão de segurança para os operários q'ue trabalham em postes, mastros ou andaimes em grande altura;
e) verificar si as partes móveis das máqui nas existentes nos locais de trabalho (serras circulores, poiias, correias de transmissão, tupíos, etc.) estão suficientemente protegidas, provi denciondo, em coso contrário, a devida proteção para as mesmas;
f) nõo permitir a limpeza, ajuste, tubrificaçõo ou reparo em máquinas, quando em movi mento;
g) providenciar paro que as instalações do 'uz, motores, condutores, chaves e quadros de eletricidade sejam devidamente protegidos, isola dos por tela, vidro ou madeira, afim de evitar que sejam Inadvertidamente alcançados pelos operários;
(Conelue a póg 6)
^0° Não ponha sôbre o bancado md feriais grandes que possam cair.
Tome cuidado para não causar acidentes a terceiros quando ma nipular peças grandes.
Use palas para proteger-se contra os partículas que saltam.
Use óculos para sua proteção, quando forem necessários.
Procure o melhor iluminamento de sua bancada, através de janelas e aberturas existentes no cômodo onde trabalho. Evite o ofusca mento.
Lave bem as mãos e o rosto antes de comer e ao deixar o trabalho.
1 — Por mais interessante que seja a conversa entre os seus companhei ros de viagem, nÕo volte a cabeça para ouvi-la.
2 — Não tire as mãos do volante.
3 — Mantenha-se atento □ direção.
4 — Atenção especial nos cruzamentos — Você pode ir no mõo e o outro não.
5 — Obedeça os regulamentos e os sinais de trânsito na rua-e na estrada.
^ Preste maior atenção ao passar ern frente o saídas de escolas, oficinas, gorages, fábricas etc.
1 — Mantenha suo bancada em ordem e limpa.
2.° — Mantenha o piso em torno dela vre de objetos q-ue possam ocasio nar escorregões e tropeçÕes peri gosos.
3.0 — Não permito a acumulação de ma teriais e resíduos que possam dor origem a incêndios.
4.0 — Utilize uma escova apropriada para tirar do banco as fitas de ma deira.
5.0 — As ferramentas devem ser manti das em lugar de onde nõo possam cair. Tenha um lugar para coda uma e guarde-o sempre nêle.
6.0 — Proteja os ferramentas que te nham ponta ou corte, com bainhas de couro ou lona.
7.0 — Evite usar ferramentas estragadas ou com cabos defeituosos.
Use somente chaves de dimensões apropriadas a cada trabalho.
Nunca improvise ferramentas ou as use de maneira incorreta,
Um outomóvel atropelou, em março de 1945, onze pessoas de uma só vez, na Avenida Presidente Vargas...
7 — Diminua a velocidade antes de uma curva ou cruzamento e toque a bu zina
8 — Utilize o espelho de retrovisão e o mantenha sempre limpo e em posi ção conveniente.
9 — Não posse à frente de outros veí culos nas proximidades de curvas ou cruzamentos.
10 — Mantenha limpos os faróis e o parabrisa.
1 1 — Pare o carro antes de fazer uma volto completa.
E e s t a
21 (Especial para O GLOBO) De vido à deficiência de carros e locomotivas os trens da . estão correndo superlotados, o que vem originando sérios acidentes naquela ferrovia. Agora mesmo, em um dos últimos trens, . morreram asfixiados um homem e um menino, no mesmo comboio, uma mulher deu ò luz uma criança",
("O Globo" — Rio)
12 — Verifique se os freios estão regula dos e a direção sem jogo exagerado
13 — Mantenha-se na mõo, principalmen te quando anoitece. Não ofusque com seus faróis o motorista que vem em sentido oposto.
14 — Cuide de sua bateria. Lembre-se que a água distilada do acumulador deve ser mantida em certo nível
15 — Cuide da pressõo e estado de seus pneumóticos.
16 — Cuidado com as derrapagens nas curvas, em dias de chuva.
1"7 — Nõo se julgue um "bombo no volan te" e nem exiba suas habilidades em prejuízo de outros.
18 — Não faça manobras espetaculares. Você pode ser um grande perito no volante, mrs o outro ser um "bar beiro".
19 — Nõo siga pelo meio de ruas movi mentadas.
20 — Passe sempre pela direita.
21 — Seja prudente; se o tráfego é inten so, não procure passar entre dois veículos.
22 — Nõo passe a toda velocidade por outro veículo. Lembre-se de que arrebentando um pneu não terá tempo para manobrar e evitar a "trombada".
23 — Nõo fique admirando a paisagem quando está dirigindo. Se gosta tanto de o fazer, pare o carro.
24 — Não dirija com uma só mão, para mostrar habilidade.
25 — Nõo onde contra a mÕo.
26 — Não desafie, nem aceite desafios para corridas com outros veículos.
Damos, a seguir os componentes de algumas comissões de Seguran ça, recentemente instaladas, formulando votos de maior êxito em seus trabalhos.
ComjMnhía Auxiliar de Vicçõo e Obras
Presidente — Dr. Francisco Moreira do Fonseca.
Secretária — Clotilde Baylon de Ravignan.
Membros — Eloy Pereira Pimenta; João Lima Damasceno; Sebastião Alves Rabello; Boccacio Valle Silva; Manoel da Si lva Colmeirco; João Clemente de Souza, Leão Ribeiro & Cio. Ltda.
Presidente — Dr. José Cláudio da Costa Ribeiro.
Secretário — Waldir Carlos Barroso.
Membros — Dr. Luiz Alvarenga Neto; Dr. Luiz Antonio Garcia de Souza; Arthur de Saldanha da Gama; José Perez Melhado; Geral do de Souza.
Presidente — Fábio Mengarelli.
Secretário Almeida.
— Manuel José da Silvo
Membros — João Scsinío de Araújo; Se bastião Sgcmbato; Antonio Dias do Silva; Joa quim de Mello Santos.
Fábrica do Andaraí — Ministério da Guerra
Presidente — Major Horoldo Tavares da Goma.
Secretário — Luiz Onofre Leyrand Moniz Ribeiro.
Membros — Cop. Médico Dr. João Gon çalves Tourinho Filho; Cap. Ari Martins.
(Conclusão da pág. 3)
h) verificar a solidez e segurança dos ele vadores de cargo usados no serviço, não consen tindo que os mesmos transportem peso além do estipulado;
1) recomendar o limpeza dos locais de tra balho, evitando que fiquem espalhados pelo chão, táboQS com pregos, pedaços de madeira, cintas de barris, pedaços de ferro e outros materiais ca pazes de produzir acidentes;
j) proibir que sejam lançados do alto obje tos como: ferramentas, tóboas, tijolos, caçam bas, etc., fozendo-os antes descer por meio de cordas, caixas ou elevadores, quando fôr neces sário transportá-los;
k) nõo permitir que os operários transpor tem sozinhos pêso superior a 60 quilogromos po ro o trabalho contínuo e sessenta e cinco quiiogramos paro o trabalho ocasional;
I) verificar todas as possibilidades de aci dentes e procurar removê-las com a adoçõc de medidas de proteção e segurança adequados;
m) instruir cs operários sôbre o modo de evitar os acidentes pecul iares a cada ofício;
n) tomar conhecimento dos acidentes ocor ridos nas obras a seu cargo, investigando cs suas causas e fazendo um relato do mesmo à admi nistração da empresa, sugerindo as providências a serem tomadas para evitar a sud repetição;
o) levar ao conhecimento da administração do empresa os faltas e insuboVdinações cometi das pelos operários que desobedecerem os ordens dedos com referência a segurança do trabalho; que se recusarem a usar os equipamentos de pro
Campanha Educativa do Divisão de Higiene e Segurança do Trabalho (M. T. I C.
Vários sõo os doenças profissionais do pul mão e do aparelho respiratório.
Os epitéllos das vias aéreas entram em con tato com uma série de agentes tóxic(is e irritan tes, às vezes sob os formas de gases, cutras ve zes de fumaças e poeiras.
O "O Globo"noticiou há tempos, fato ocor rido nesta Capital constituindo embora violen tamente, prático de prevenção de acidentes.
Eis a notícia:
teção que lhes forem fornecidos; que danificarem ou removerem, sem justa causa, os protetores das máquinas em serviço e os que, por dissídio ou imprudência forem vítimas ou causadores de aci dentes;
A solução que propomos talvez seja o me lhor poro ser adotada no momento, até que se encontre outra que satisfaço de modo mais com pleto
A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA PRE VENÇÃO DE ACIDENTES, instituição fundada poro difundir entre os seus associados os princí pios e regras do trabalho com segurança está, naturalmente, habilitada o resolver com os inte ressados.os seus casos individuais de modo a coiocá-íos dentro do que determina a lei, com re ferência à matéria.
O ideai seria que as empresas de constru ção pudessem organizar cs suas Comissões de Segurança como vêm fazendo as demais in dústrias
E' preciso, no entanto, convir que o coso das construções merece 'um estudo mais cuidadoso de modo a conciliar o interêsse das emprêsos com a necessidade de proteção do trabalhador.
O que não se pode negar, entretanto, é que a prevenção dos acidentes nos trabalhos de construção está a exigir soluções adequadas e providências urgentes, pelo grande número de mortes e incapocidades que êsse risco comporta.
Que o nossa coiaboraçõo possa ser útil aos interessados pelo problema é o que desejamos.
A permanência prolongada em ambiente de poeira é uma das causas de doenças crônicas infiomatórios dos brônquios e epitélio pulmonar. O perigo dos poeiras está na rczõo inversa de se-u tamanho e a sua açõo irrltativa local é o que nos interessa. A silicose, ique é a mois importante desses doenças crônicos do puimõo, verificc-se nos britadores de pedra, nos corvoeiros, nos mi neiros, nos que extraem ouro em Morro Velho, em Passagem e outros minas brasileiras (Parrei ras, Brown e Fernandes) Ela se caraterlzo por crises de falta de ar (dispnéia), dores torácicos, os vêzes, hemoptise, exigindo então, paro diag nostico, exame radiológíco do puimõo.
A omiantose é uma fibrose pulmonar devi da à Inhalação de poeiras e fibrilos de silicilato de magnésio, mais ou menos impuro e quese.cGrateriza, também, pela dispnéia e pelo tosse.
Os^que trabalham com o gesso, cal, cimen to, nos indústrias de porcelana, em geral, podem ser acometidos da calicose que é, igualmente, um processo de fibrose pulmonar.
Nos trabalhadores de ferro, no metalurgia, citam-se casos de sideróse. A bissinose é a doen ça dos que trabalhem com olgodõo e o tobccose dos que manipulam fragmentos do fumo.
A prevenção dessas doenças, já qtue a curo não existe, merece especial atenção e defesa, pe lo instalação de captores, exaustores, ventilado res, insuflodores de ar, filtraçõo, desumlficaÇQO, recirculaçâo e umectaçõc dos superfícies. As máscaras e capuzes são pouco suportáveis pelo difícil manejo e color dos ambientes de tra balho.
O exame médico, antes da colocação do operário, deve afastar os que tiverem doenças pulmonares, anteriormente, verificados. Por outro lado, os exames sistemáticos de rolos X surpreenderão a doença no seu início.
No fim da ruo Marquês de Sopucaí, existe velha ponte que serve poro o trânsito de pedes tres por cimo do leito do Estrado de Ferro CenIral do Brasil Para galgar o alto do viaduto, foi construído uma escada de madeiro que, com o tempo, se deteriorando e, ultimamente, pas sou a constituir sério perigo poro todos oquêies cue dela se utilisavam. Uma senhora e um ga roto foram ali acidentados. Os moradores das imediações, tomados de verdadeira indignacõo, ogruporam-se em cêrca de duzentos pessoas e incendiaram a escodo.
o automóvel particular número. quando passava em frente co armazém 6, do Cais do Porto, perdendo q direção foi chocor-se, violen tamente, com um poste, junto ao qual se encon trava, encostado, o guardo, do Polícia interno, daquele cáis,. ., de 31 onos, solteiro, morador à ruG O automóvel ficou danificado, pois, capotou espetacularmente. Com o violência da colisão, o guardo caiu oo solo, sem sentidos, e todos julgaram estar êle, gravemente ferido. Po pulares chamaram o ambulância da Assistência, que conduziu o guardo ao Pôsto Central, onde ainda chegou sem fala.
Ficou constatado, porém, nõo apresentar ferimento. Coira co solo, com o susto inespe rado
"A Noite" — Rio)
ASSOClAfAO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Av. Almirante Barroso, 91
Salas 11 18/19
CAIXA POSTAL 2916
Telefone 42-0928
RIO DE-.JANEIRO
Viaduto Boa Vista, 68 Sola 811
Telefono 3-2257
SÃO PAULO
ARY F. TORRES
Presidente
J. M. FERNANDES
I-° Vice-Presidenfe
J. G. de ARAGAO
2.° Vice-presidente
ALCIDES LINS
1.° Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.° Secretário
K. Ap-THOMAS
1.° Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.° Tesoureiro
DR. DECIO PARREIRAS
VALENTIM F. BOUÇAS
Diretores
A. RAPOSO
Secretário Executivo
MARÇO DE im ANO 4 — No. 39
"Prevenir acidentes é dever de todos".
Mas há muitos 'Que dizem: prevenir acidentes custa caro. Nada há menos verdadeiro.
Há outros que dizem: para que prevenir acidentes? meus operários ectoo no seguro.
Só a parte humana da questão serio suficiente para rebater êste crgumento pois a ninguém é dado olhar com indiferença a possibilidade de outros se acidentarem.
Será, entretanto, econômico seguir regras de segurança ainda que para isso tenhomos que dispender algum dinheiro?
A Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes pro curará mostrar-lhe que suas despesas diminuirão se prevenir acidentes em seu trabalho.
São vários os razões expostas pelos direto res ou gerentes de pequenas instalações fabris cfim de justificar a falto de programa de segu rança
Com mais freqüência alegam:
— "Aqui nunca temos acidentes" ou,
— "Nosso indústria não é arriscado"
A verdade, porém, é quase sempre, que
— Não há -estatístico nem registos dos acidentes ocorridos, que, noturolmente, nco podem ser em núme ro elevado, dado o pequeno número de operários empregados. Por isso, possam desapercebidos os que ocor rem, o menos que constituam ver dadeira desgraça com mutiloçÕc ou morte.
2.° — Embora certas fábricas ofereçam riscos maiores do que a generalida de e tenham seus problemas pe culiares o verdade é que existem princípios gerais para uma orgonizaçõo de segurança, aplicáveis a qualquer indústria, não importa qual seja o número de operários empregados, o produto fabricado ou o serviço realizado. Em todas elos há oportunidades, para ocidentes."Onde está o homem está o perigo" diz o ditado.
Os trabalhos de segurança em uma oficina com alguns homens sõo tão importantes e indis pensáveis como em grandes fábricas grupando centenas ou milhares de operários. Além disso, obedecem o princípios gerais e exigem condições que nco diferem numas e noutras.
Assim, por exemplo, é indispensável que o gerente cu superintendente esteja sinceramente interessado no segurança, tanto sob o ponto de visto econômico, como humanitário. De foto, uns poucos acidentes importantes numa ofic-na pequena elevam sériamente os prêmios de se guro.
Nem poderá alegar que nõo lhe resto tempo para se dedicar aos trabalhos de segurança, por que depois de estabelecido e em execução o reipectivo programo, nõo precisará dedicar oo assunto mais do- que algumas poucas horas men salmente.
Ademois, não haverá necessidade de alguém se dedicar exclusivamente à seguronça, como acontece nas organizações maiores, com os di retores ou inspetores de segurança. Em oficinas ou fábricas pequenas, qualquer pessoa com tato e disposições paro a segurança, sendo, por exem plo, um mecânico ou outro oficial, de preferên cia conhecedor da oficina, pode ser encarregado de desempenhar êsse pQpel, isto é, dedicar alguns minutos, cada dia, ou horas por semana, poro inspecionar os instalações.
As outras atribuições do inspetor de segu rança -podem, igualmente, ser desempenhados sem prejuízo de seus encargos normais, dado o pequena vulto da oficina e reduzido número de operários que se instruem paulatina e fácilmente.
Naturalmente tudo deve existir em peque na escola. Nõo se dispensa uma caixa com me dicamentos de urgência, nem quem saiba apli cá-los, como também nõo devem ser deixados sem tratamento e notificação as pequenas lesões. Para socorro dos acidentados greves, deve saberse o que médico, ambulatório ou hospital se di rigir sem demoro.
Tudo, portanto, como nas grandes organi zações, sem acarretar aumento de dispêndio nem de trabalho, gerando, oo contrário, situoções de conforto, confiança e bem estar, além de acar retar, acertodomente, melhoria no produção e reòüçõo de despesas diretas e indiretas com os acidentes.
Prevenção de Acidentes — Março de 1945 — 3
2 — Prevenção de Acidentes -• Varço de 1946Em se tratando de segurança não há estabelecimento pequeno
Campanha Educafiva da Divisão de Higiene e Segurança do Trobaího (M. T. I C.)
As dermatoses profissionais atingem tal nú mero nos indústrias brasileiros que, pelas horas de improdutividade que determinam, começam a constituir um problema de interêsse econômi co nacional .
Há os dermites produzidas pela ação do frio sôbre a pele, comum nos fabricante e car regadores de gêlo, e nos que usam o clorofórmio, c éter, o cloreto de etila, na sua fabricação ou nas anestesias. O calor, seco ou úmido, pode trazer as queimaduras de 1 .°, 2,° e 3.° graus, freqüentes nos que trabalham em altos fornos, em tonéis de caldas e substâncias ferventes. As • irradiações do sol, suportados por agricultores e marinheiras, bem como as de luz elétrica, podem justificar irritações do pele, com vermelhidão (eritema), edema e bôlhas-.
Os raios X, o radium, o tório e o mesatór'o, de que são vítimas principais, médicos, enfermei ros e seus manipuladores, determinam eritema e secura da pele, perda das unhas, com ulcerações difíceis de cicatrizar.
Grande contribuição trazem as substâncias químicas, no estado sólido, líquido ou gososo, sobressaindo as dermites produzidas pela potassa e soda cáustica, que provocam vesículas e eczemas rebeldes; pelo querosene, com ardor, prurido e pequenas vesículas; pelos óleos lubri ficantes, que entopem os canoiículos das glân dulas sebáceas; pela terebentina que justifica o eczema crônico dos pintores.
Os vernizes provocam permanente irritaçco da pele dos operários que os empregam ou fabricam, com eczemas; o orsênico, nos ique tra balham em peles, pode provocar ulcerações mais ou menos profundas; o mercúrio traz descarnaçâo e erupções escarlatiniformes nos fabricantes de lâmpadas, baterias e termômetros.
A prevenção dessas doenças profissionais estó, grandemente, no uso de luvas apropriadas; no emprêgo de pós ou unguentos protetores sô bre a pele ao usar a substância irritante, dandose ao trabalho todas as facilidades de toilette individual, construindo banheiros, pias, chuvei ros, com água, toalha e sabco suficientes.
Prevençõo de Acidentes — Março de 1946
Muitos acidentes graves são causados aos ciclistas quando em trabalho. A observância dêstes conselhos os evitará.
1.° — Obedeça aos regulamentos e sinais de trânsito.
2.° — Mantenha-se junto à calçada, ò direita. Não foça zigue-zagues.
3.° — Quando são vários os ciclistas de vem ir uns atroz dos outros e nõo mais de dois emparelhados.
4.° — Conserve as duas mõos no guidon. Nõo faça exibições, você nõo é de circo. . .
5-° — Não pegue "carona" de ônibus etc. para ir mais depressa, pois isso é causo de muitos acidentes graves.
6.° — Transportando embrulhos, amarreos fortemente à bicicleta, sem que lhe perturbem a visão.
7.° — Não carregue outra pessoa em sua bicicleta.
8.° — Conserve em boas condições suas lanternas e refletores se sai ò noi te. Prefira luz a refletor, na trazeiro.
9.° — Ao dobrar esquina faça com a mão o sinal convencional, tal como se conduzisse um automóvel.
Entre as tarefas o serem realizadas diáriamente encontram-se., com certa freqüência, aquelas que exigem nossa habilidade em fazer rópidamente amarrações que ofereçam segu rança
Apresentamos aqui uma série de nós, para aplicações diversas.
E' útil exercitar-se na confecção dêsses nós porque geralmente quando se tem necessidade de os fazer, nem sempre se têm à mão estas ínstpuções.
II — PARA UNIR CORDAS ENTRE SI
1 .° Sendo de igual diâmetro, fig. 1 .
2.°) Poro arrostar cordas muito grossas e siçõo vertical, (fig. 1)
III para levantar barrigas ou TAMBORES
1.°) Quando devam ser mantidas em po sição horizontal, (fig. 2).
I _ COMO AMARRAR UMlA VIGA OU UM ANDAIME
2.°) Quando devam ser mantidos em po sição vertical, (fig. 1 ).
Em um cruzamento de muito trân sito, é preferível descer, e cruzar a rua q pé.
n .° — Seja prudente e tenha mais cuida do do que quando manobra um automóvel pois em caso de choque você leva desvantagem.
12.° — Nõo se esqueça de que um ciclis ta deve obedecer às mesmas regras de transito ique um motorista.
10.° Obedeça-os!
Êste nó é indicado poro quando se torne necessário amorror alguma cduso de modo a não girar ou deslizcr sobre si mesmo. Eis como se faz:
1.°) Dê duas voltas na viga, com o corda (fig. 1).
2.°) Ponho a parte correspondente o A entre B e C. Forme em seguida uma alça com B e passe-a para baixo, pela extremidade da viga (fig. 2)
3 °) Levante o extremidade C e acerte to das os ligaduras da viga (fig. 3} .
4.°) Remate com um nó "Bowline" entre A e C.
conseqüente prevenção de sofrimentos humanos. E' amo tarefo de preservação que não pode ser suficientemente exaltado.
33] artigo publicado no UMA, órgão dos Emprega- 1942
Com satisfaçõo transcrevemos abaixo ym 1941
334 dos e Associações da Usina Monte Alegre de Pi - 1943
40S
332 racicaba (n.° 172, ano VI I, de 27-1-46). 1944
Agradecendo as referências elogiosas que 1945 239 nos são feitas vimos antes atribui-las à Direção da Usina Monte Alegre, que em boa hora soube Continuemos, pois, todos no afã de dar ò compreender quão útil e vantajosa pode ser, campanha o valor que ela tem realmente com para todos, uma campanha bem orientada corn ^ ique evitaremos muitas conseqüências geralO fim de prevenir acidentes. mente lamentáveis".
"Bastante ani^madores foram os resultados Em 12 de Fevereiro último foi solenemenobtidos no ano findo pela Campanha de Preven- te instalada o Comissão de Segurança da Usina çõo de Acidentes, iniciada entre nos em Janeiro Monte Alegre com a presença da AssociacÕo de 1945, quando a Usina Monte Alegre se filiou Brasileira para Prevenção de Acidentes repre- à Associação Brasileira para Prevenção de Aci- sentada pelo Secretário Executivo e enq ° do dentes, modelar organização fundada com o es- Sucursal de S. Paulo, copo que a sua denominação bem esclarece. /\ Comissão ficou assim constituída E de fato, podemos afirmar que graças a Presidente — Sr. Lino Morgonti essa campanha eí-ucidativa, feita por intermé- Vice-Presidente — Sr. Eduardo Fernandes dio de cartazes sugestivos afixados em todas as Filho. secções, além da publicação em nossas colunas Secretário — Sr". Alcides Rodrigues do de conselhos e ensinamentos sobre o modo prá- Silva. tico e fácil de como seguir as mais rudimentares Membros — Dr. José Rodrigues de Aímeiregros de segurança, o trabalhador monteole- da (médico); Srs. Pedro Sompronha Ambrosio grino teve conhecimento dos riscos que corre oo Aronson, Luiz Zinsly, João Corrêa Froncisco entrar numa oficina e dos perigos a que está Pecorari, Orlando Golebo Guido Costelotti Beexposto constantemente em quolquer modalida- nedito Teodoro. de de trabalho, aprendendo a pôr em prática qs A constituição da Comissão de Segurança medidas de prevenção e de garantia à sua inte- seus propósitos, o apoio que lhe dá a Adminisgridode física, paro o seu beneficio, de s-uo fa- tração da Usina, enfim tudo o que tivemos opor- mília e da coletividade ^ tunidade de ver por ocasião de nossa visita deMais de que q-ualquer comentário falam rom-nos a certeza que em 1946 ainda seró mepor nos os números, pelos qua^s se nota que em nor o número de acidentes na Usina- Monte 1945 houve sensível diminuição de sinistros. Alegre,
Continuando a série de documentos inicia- tança não intencional, por acidentes, no front 1° Fevereiro de 1944 interno. Ao contrário, e por ironia, agravou seu (n,° 14) damos abaixo a carta do Presidente tributo 90 acidente dos Estados Unidos ao Nationa! Safety CouncÜ. Uma gronde noção que vence o guerra oeNesso corto se pode sentir a importando que e |q liberdade é capaz de preservar a liberdade doda, na Republica irma, a Prevenção de Aci- oonquistado. E essa liberdade inclue segurança contra a morte desnecessária, o destruição e . , n • , sofrimento. Os acidentes destroem essa segui-
Na ultima pagino deste Boletim reprodu- rança. Êste país demonstrou, durante a guerra, zimos a capa do numero de Outubro de 1945 da que os ocidentes podem ser reduzidos mesmo Publicação do National Safety News. sob os condições mais odversas, se os quizer-
VA/ t.- o realmente combater; é inconcebível venha
Caso Bronco Washington 8 de Se- o perder o guerra contra os acidentes depois de embro de 1945. vencer o guerra contra o Eixo. Isso não pode acontecer, nem acontecerá.
Presodo Senhor Deorborn: Acompanhei com grande interêsse os traA paz poz fim o maton^ça premeditada nos balhos do National, Safety Council visando o re compôs de batalho, mas nõc terminoiu a mo- duçõo do crescente número de acidentes e a
6 — Prevenção de Acidentes — M'árço de 1946
Por isso apelo para os dirigentes e funcio nários do National Safety Council no sentido de continuarem, durante q paz, o encargo que o Conselho recebeu e tão bem desempenhou no período do guerra, isto é, o mobi lização dos fôrços de segurança do Noção em uma campa nha unida contra os ocidentes de todo o sorte que anualmente roubam a vido de dezenas de milhares de americanos.
Apelo, Igualmente, paro coda cidadão seja qual fôr sua atividade, para aderir a essa cam panha e pelo seu exemplo pessoal contribuir pa ra o prevenção de sofrimentos, pezares, mágoas, dores e tragédias que os ocidentes acarretam. Sinceramente seu,
ass.) HARRYTRUMAN
Ned H. Deorborn, Esq. Presidente do National Sofey Council Chicago, lilinois.Cio. Expresso Federal >
Cio. Sul mineira de Eletricidade
Serviços Holierith
Maquinas Adressogroph e Multigroph do Brasil
Internacional Business Mochines of Detaware
Moraes Berros & Cio. Ltdo.
Moreno Borlido & Cio.
Dinoco Agências e Comissões Ltdo.
Maurício Longe & Cio. Ltdo.
Cio. Aux. de Emprêsas Elétricas Brasileiras
Botes Volve Bag Corp of Brasil
Cio. Brasil, de Cimento Portland Perús
Cio. de Carris Luz e Fôrço do Rio de Janeiro, Ltdo.
Cio. Mecânico e Importadora de S, Paulo
Cio. Nacional de Cimento Portland (Mauá)
Cia. Nitro Química Brasi leira
General Motors do Brasil
Pon Americon Airways System
The Leopoldina Roiiwoy Co. Ltd,
Companhia Progresso Industrial do Brasil
Gi lette Safety Rozor Company
Ind. Nacional de Canos de Aço S. A.
S. S. White Dento! Mfg. Co, of Brasil
Indústria Brasileiro de Lopis Fritz Johansen S,A.
Companhia Vidreiro do Brasil "COVIBRA"
General Electric S. A.
Ind. Químicas Brasi leiros "Duperial" S. A.
Costa Pereira Bokel Ltda.
Inscreva seu nome entre êíes. Algum serviço útil lhe podemos prestar. Pracure certlficar-se.
Prevençõo da Acidentes — Março de 1946
the HíTe House sop^o^er 6, W-i .,^. Be^rtcm-. »"ê'
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I ^avQ followcd vith mountlng uuni\)or oí lietlooal sarety <=°">'='^^^'''"f,entlon ot hv^an s.rferlaB. ^ 19 =;re«atS vílol osr^ot te too Ms^lS oc—
I X-herefoTc c^ll upon the ^rloà^of peace thc ..tloeal oarrled agslgnment tv^e Councll oafetT forces of the ííatlor. IT^T- the o/all Í.ude th.al each year taho ^ritrrrTehrcri—3 or ^encane.
X ddix .poa evers eltUen ^;levchl%he'"
Phic oanipalsn and hy persoual Qufferlns, hearthròah and tragedy that accrdenta hri ..
Very eincerely
Av. Almiranie Barroso, 91
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CAIXA POSTAL 2916
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2.® Secretário
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1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.® Tesoureiro
DR. DECIO PARREIRAS
VALENTIM F. BOUÇAS
Diretores
A. RAPOSO
Secretário Executivo
A colocação de aparelhos de guarda nos máquinas é, às vezes, um pouco esquecida, em vista de se insistir, constantemente, na necessi dade do cuidado permanente que o operário de ve ter consigo próprio para evitar desastres. A atenção necessária, da parte do operário, para evitar um acidente, diminuindo sua capacidade de trabalho, torna,, entretanto, de grande impor tância a colocação dessas guardas. Por êste mo tivo, muitos industriais têm-se preocupado em engendrar aparelhos de segurança nos máquinas e até, em alguns países, as autoridades tixom
o melhor meio de evitar quédos e trambolhÕes é o de for mar o hábito de procurar saber o motivo por que êles ocorrem.
Eis aqui alguns;
— Graxas, óleos ou água nos assoalhos ou degráus;
— Objétos caldos ou fixos nos assoalhos e degráus;
— Material solto, pronto o rolar sob os pés;
— Assoalho desnivelado ou em condições precários; Degráus gostos ou quebrados de uma escada;
— Escadas com degráus irregulares ou curvados;
— Escadas com pisos, corremõos ou degráus defeituosos;
— Suportes de expediente,, tais como caixotes, barris, codeiros, mesas, etc.;
— Aberturas sem guarda nos assoalhos, ou olçopÕes aber tos;
— Pranchas soltas nos andaimes ou plataformas, parapeitos, etc.;
— Logares ou cantos escuros; Sapatos com saltos acalcQr>hados ou solos soltos; Calços muito compridas que entram sob os sapatos; Saltos muito oitos ou roupas muito compridas que sõo apanhados pelos sapatos ao descer uma escada, etc.;
Curvar-se demasiadamente para fóra de uma janela; A falta do emprêgo de cinturões de segurança ou córdos de prevenção, quando trabalhando em lugares muito oitos.
normas nesse sentido, com o fim de evitar aci dentes. As emprêsGS procuram colocar, em suas máquinas, aparelhos próprios para evitar que os operários se machuquem.
Os fabricantes de maquinismos para as in dústrias já alcançaram grande progresso no co locação de guardas nas máquinas de sua pro dução mas, mesmo assim, quando estas máqui nas sõo instaladas em uma fábrica, ainda se co locam outros aparelhos de proteção.
Um fato interessante é terem os próprios operários sugerido, em muitos casos, as guardas que, atualmente, são empregadas em sues má quinas
No geral, os aparelhos de proteção devem ser de construção forte e colocados de maneira a abranger todas as peças móveis. Sua instala
ção deve ser de mólde a permitir um acésso se guro e fccil à lubrificaçõo e reparo, quando ne cessário.
A proteção obedece a duas classificações gerais:
2. Pontos de c^eroçâo; Aparelhos de transmissão de fôrçc.
Das duos classificações, o proteção mais dificii é Q do operário nos pontos de operoçao da máquina. Têm-se inventado aparelhos de guar da para os pontos de córte, ofiação ou perfura ção, ou para outras partes que possam oferecer perigo oo operário quando introduz, na máqui na, o material a ser trabalhado. Para que sejam eficientes, as guardes dos pontos de operoçao devem proteger o operário tonto contra o perigo das partes em movimento como na movimentação do material em traba lho. Isto poderá ser conseguido pela aplicação de guardas dos tipos seguintes:
1 Dispositivos de alimentação e descargas automáticas;
2.
3.
Dispositivos de controle a duas mÕGs; Fazer um novo projéto da máquina, pro curando tornar impossível o entrado do ope rário no zona perigoso;
4. Aparelho de interrupção automática do máquina quando qualquer porte do corpo do operário estiver na zona perigosa;
5. Dispositivos para puxarem ou empurrarem, automaticamente, os mãos do operário para fóra da zona perigosa;
6. Anteparos,. coberturas e oütros guardas apropriadas;
7. Dispositivos de fechamento.
Os dispositivos de partida das máquinas deyem ser preparados para diminuir o risco da operação, obrigando que sua movimentação só se faça com o pressão dos dedos sobre um bo tão de to! modo que os dedos não podem estar entre os partes perigosas quando o máquina en tra em operação.
Prevenção d# Acidentes — Abril de 1946
Nlem todas os guardas protetoras anterior mente referidas garantirão 100% de proteção.
Por exemplo, um alimentador automático de uma prensa pode tornar desnecessário, mas não impossível, que um operador coloque suo mÕo na zona perigoso.
Guardas inadequados dão como resultado
inteiramente a zona perigosa, garantirá um ser viço muito mais seguro, especialmente em pren sas de movimento mais lento.
O tipo de guarda do ponto de operação va rio com a máquina e com o tipo de operação. Alimentação e descarga automáticas, guardas que envolvem as zonas perigosas, que empurram mãos ou braços, limitação da pancada, e outros meios, são usados para controlar a operação de prensas potentes.
Em certos tipos de prensas é .muitas vezes necessário instalar guardas de diferentes tipos nos pontos de operação para cada tipo de faca a ser usado. Por este motivo as guardas apro priadas devem ser consideradas como parte in tegrante das facas.
Coberturas de madeira e guardas de sobre por são usados em máquinas para trabalhos em madeira e em várias outras espécies de equipa mentos. Freqüentemente essas guardas funcio nam automaticamente. Outras são de constru ção fixa.
Máquinas que utilizam em seu funciona mento objetos ponteagudos, como laminodores para borracha, colandras, moinhos de farinha, e outros, são melhor protegidas-por_ dispositivos de ação rápida que atuam nos freios quando esses dispositivos são tocados por qualquer par te do corpo do operador. Estas guardas sõo pro jetadas de modo a parar o movimento da máqui na no prazo mais curto possível
Mantenha suas ferramentas em boas con dições, sempre limpas, lubriticados e reporadas.
E' bom habito usar um fio extra para li gar ò terra o estojo da ferramenta, quan do em uso, se essa ligação não tiver sido feita.
Faça questão de usar somente cabos de extensão verificados e aprovados.
Examine sempre o fio e suas ligações com todo o cuidado antes de usá-lo. Um fio defeituoso, com suas tomadas e interrup tores danificados, é sempre perigoso.
Nunca pendure o cabo de extensão sobre pregos ou outros prendedores ponteagu dos. Não o deixe embaraçado, e nem onde possa ser danificado por um caminhão ou outro veículo. O fio ou seu isolamento se riam danificados.
6. Proteja o fio contra o contato de óleo ou graxa, superfícies aquecidas ou drogas ácidas. Isto poderia danificar" seu isola mento. -
7. E' pratica desaconseíhavel remendar de feitos grandes no isolarhento do cabo com fita isolante. Ou córte o fio, diminuindo-o, ou empregue um fio novo.
8. Use óculos ou aparelhos protetores dos olhos enquanto estiver usando ferramen tas elétricas, caso Haja perigo de esvoaçamento de partículas.
9. Não use ferramentas elétricas portáteis na presença de infiamáveis ou gazes.
10. Guarde o cabo de ligcçÕo ou extensão em lugar bem seco, onde possa ficar enrolado.
ferimentos sérios aos operadores, enquanto que um alimentador automático protegido, isolando
Proteja os portes móveis dos máquinas.
A OPERÁRIA TEVE A MÂO IMPRENSADA
Só no Posto de Assistêncío conseguiram des montar o maquino que a colheu
No estabelecimento de fábrico de massas alimentícios, situado à foi vítima, hoje, em trabalho, de um acidente de graves conseqüên cias, a jovem de 15 anos de idade e mora dora à rua fato que registra também cir cunstâncias curiosas e impressionantes.
Lidava essa operária com uma máquina de moer carne quando, talvez, num momentâneo descuido ou não, teve a mão direita apanhada por aquela e de um modo tal que não a poude retirar, nem tampouco quantos ali procuraram ir em seu auxílio, ao tempo que era solicitado do Posto Central de Assistência o comparecimento de uma ambulância, afim de serem prestados os socorros de que necessitava. De fato, poucos ins tantes depois, ali chegava o ambulancia, porém
Prevenção de Acidentes Abril de
o facultativo que nesta se fez conduzir viu-se na mesma impossibilidade de fazer tirar a mão da operário da máquina referida, por falta de meios que lhe fossem adequados,
A providência tomada, então, pelo médico, foi a de fazer transportar a operária com a má quina em questão poro o Posto e aí, graças aos mecânicos déste, foi o tal aparelho,, enfim, des montado.
A vítima, que ficou com a mão quase tôda esmagada, tendo tido então os curativos que se faziam necessários, foi internada, depois, numa casa de saúde por conto de uma companhia de seguros. Registrada que foi a occorrência pelo comissário que estava de serviço na de legacia do distrito, abriu-se inquérito sobre a mesma.
(Dos jornais)
O operário. da emprêsa. acaba de idealizar e confeccionar facas, em fôrma de lâ minas com protetores, destinadas o substituir os antigos instrumentos usados no córte de novelos de barbantes,, nas secções de ensacaría dessa Fábrica. Com o novo invento desse trabalhador brasileiro, que já está sendo utilisado e que me receu os melhores elogios do Divisõo de Higiene e Segurança do Trabalho, ficam reduzidos em mais de 50 por cento os acidentes diários ocor ridos nêsse estobelecimento industrial e que im portavam em grande pêrdo de tempo na mão de obra, além dos danos físicos causados oo ope rariado.
(De um jornal do Rio)
Prevenção de Acidentes -— Abril de 194"6 — 5
O Superintendenfe?
As Comissões de Segurança?
O Encarregado?
O Trabalhador?
No, número de Dezembro de 1945 do "in dustrial Supervisor", publicação mensal do Nationai Sofety Council, encontramos um artigo do Sr. Lester B. Mc Allister, Diretor de Segu rança da Companhia Americano de Alumínio.
O autor declara haver por muitos meses procurado representar gróficamente um progra mo de segurança.
No diagroma obtidcKprocurou não apenas uma organização paro segurança mas também chamar a atençõo dos encarregados que tiverem Q responsabilidade direta de fazer um programo de segurança onde atualmente nõo existe ne nhuma organizaçõo nêsse sentido. Afianço o outor que os acidentes podem e hão de terminar quando os encarregados assumirem plena res ponsabilidade pelo segurança.
Analizemos os duas partes de que se com põe o gráfico.
A Comissão de Segurança e o Superinten dente Geral constituem o fiscalização geral que age sobre os chefes de Departamento e nos pró prios Departamentos.
Quando os encarregados de serviço com preenderem que seus superiores os estão obser vando, analisando seus elementos de segurança e fazendo notar que o êxito de seu serviço de pende, principalmente, de seus empregodos não sofrerem acidentes, aí ehtõo se inicia realmen te um programa de segurança.
;Na organização proposta, todo o programa está centralizado em torno do encarregado. Constitui suo obrigação:
1) Conhecer seus homens; Fazê-los trabalhar de acordo com suas capacidades; Coperar com êles; Instrui-los;
Observar e remover os perigos; Verificar que os homens usem ferra mentas apropriados ao serviço;
Cuidar da segurança e auxiliar a dar CO trabalhador a consciência do se-> guronça;
Fazer inspeções semanais;
Punir, mas só como último recurso que deve ser invocado quondo necessário para sua própria proteção e de seus homens.
Os trabalhadores, os encarregados, o su perintendente geral, todos enfim devem estar ligados em perfeita harmonia em torno da segu rança. Isto se consegue através do organização
6 -— Prevenção cte Acidentes — Abril de 1946
da Comissão de Segurança, do Departamento Ije Segurança e do Serviço Médico.
Analisemos êsses três itens:
Uma Comissão de Segurança deve ter um representante de coda setor de trabalho para que possa exprimir as necessidades gerais dos serviços e para que suas sugestões sejam bem recebidas.
Cada membro da Comissão deve ter res ponsabilidade definida para trazer à Reunião indicaçõo dos máos hábitos e má orientação, re lativamente à segurança.
Éles devem fazer Inspeção diária e semanal e prestar, um auxílio constante aos novos em pregados.
Urn Depqrtamenfo de Segurança deve constituir um serviço da organizaçõo. Se con venientemente orientado éle instruirá todos os novos empregados, fará. excelentes observações e analises e poderá fornecer qos~ encarregados um resumo dessas análises. O Departamento deve acompanhar e verificar se todo o programa de segurança está funcionando corretamente, gados'^^ 'ricentívo e um guia para os encarreDepartamento deverá ter sua próp'*ia mspeçao como uma verificação das inspeções dianas e semanais dos encarregados e das Co missões de Segurança.
Seus^ membros devem comparecer a tôdas as Reuniões para guia-los e auxilia-las.
O Departamento de Segurança, aliás, de ve investigar rninuciosomente todos os aciden tes, procurar suas causas e fazer recomendações para corrigr-Ias.
. I. .'^®P'^'"^Qrnento deve ser capaz de cen tralizar todas os reclamações relativas à segu rança
O Serviço Médico fará todo o possível para diminuir o medo após o acidente e tratará o operário de tal modo que êle não hesite em recorrer ao Serviço Médico ao menor ferimento recebido.
Se êsse programo fôr convenientemente administrado e seguido, encorajando sempre o operano q pensar na segurança", então o trabalhodor poderá e certamente fará seus servi ços de maneira segura.
Não se propõe assustar ninguém, ainda que seja necessário mostrar o que poderá acon tecer se os serviços forem feitos sem o "ecessá10 cuidado pois o acidente poderá ocorrer v qualquer momento.
C0ni55A0
•PE SEGURANÇA
CONHECER O VALOR
PA SEGURANÇA
EVtTAR O RISCO:
1-imPESA
2-PRÁTlCA
INSPEÇÕES; 1-DIÁRIAS
2-SEMANAIS
ajuda ao NOVO EMPREGADO
DEPARTAMENTO DEP-ARTANENTO DE SEGURANÇA MEDICO
COMPUAIR 0 EXAME
NÔVO EMPREGADO físico
ANAUSE DAS estatísticas TRATAMENT»
PROGRAMAÇÃO DOS GRANDES
E DOS INCENTIVO PEQUENOS
INSPEÇÃO ACIDENTES
REUNIÕES:
l-DEPARTAHEHTOS
TERAPÊUTICA
2-OFICINAS RAIOS X
O-ENCARRECADOS
RSíL/íHAfiã RISCOS
INVESTIGAÇÃO DIÁRIOS
DAS CAUSAS DE ACIDENTES ABSÊHTEISMO
POSIÇÃO
OEFElTüOS* falta de "«al/sacao
Observar-se-Q que o círculo de que se com põe o gráfico, está dividido em duos porre» ■— ^ouso e efeito*
CoUSQ.
A grande maioria dos acidentes é devida a:
a) descuido — o trabalhador não presta atenção;
b) Práticos errados — execução errodo do serviço;
c) Falto de treinamento;
d) Má administração. E' surpreendente o número de acidentes que resulta do abondono de ferramentas em lugares nõo apropriados;
e) Falta de fiscaliração.
Efeito.
a) Sofrimento humano. Ninguém sabe nem avalia quanto um ferimento faz sofrer a não ser o próprio indivíduo e sua família;
b) Falto de pagamento. Muito embora Os leis protejam os trabalhadores acidentados, é-,
" Tronscorreu em setembro último o décimo aniversário do "Farol de Segurança" Boletim in terno da Companhia Nacional de Cimento Por fland.
Essa publicação muito tem realizado em be nefício da prevenção de acidentes, não só naqueto fábrica como também em outras organiza ções através de seus úteis ensinamentos.
J^^ioneiro da prevenção de acidentes entr?.' nós o "Farol de Segurança", realiza obra prático que o recomenda como um feito brilhante do ensinamento e compreensão nõo só dos adminia tradores da Companhia como também de sem empregados e operários.
A guizo de relatório apresento o Farol, osetembro os seguintes dados;
Nessa última década, 1935-1945, grandes cousas realizámos no tocante o' serviço de prevenção de acidentes. Foram distribuídos 120 números do "Farol de Se.quranco"; fornm realizados cérca de 500 reuniões semanais da Comissão de Segu rança e aproximadamente 120 reuniões mensòis. Talvez tenham sido apresenta das mais de mil boas sugestões e, por melo delas, quem sabe quantos acidentes foram evitados. O que é certo e nos causo gran de satisfação é que, entre nós, os aciden tes cairom de uma maneira iquase inacre ditável Nem todos sabem e outros talvez já se esqueceram de que em 193,4 tivemos 90 acidentes com perda de tempo e já ern 1935 êsse número caía para 49. E dessa formo, o número de acidentes, com muito poucas exceções, foi diminuindo ano após
fácil avaliar quanto o trabalhador haveria de preferir nõo ter se acidentado;
c) Custo para a indústria, que inclui alcrn das despesas de mão de obro as de administra ção, necessárias ò manutenção do operário oçidentado;
d) Custo para a Companhia. Acreditamos, se nõo hcuvessemos citado êsses fatos, que o trabalhador tiraria como suas próprias conclu sões que nossa único razão para um progroma de segurança seria salvaguardar o dinheiro da Companhia, tão evidente é a redução das des pesas do Empresa com o diminuição dos aci dentes.
Cada Departamento da Fábrica ou Usina deve ter um dêstes diagramas. Achamos que êles ajudam a mostrar a responsabilidade de ca da um na segurança de todos, ouxiliando parti cularmente Os encarregados a compreenderem sua própria funçõo, de grande importância, no nroqrama total de proteção da Usina.
cno, até que registámos 7-acidentes em todos os Departamentos durante o ano de 1941 Felizmente até êste momento, só tivemos 4 acidentes em 1945. Se bem que podemos sentir orgulho por termos tido apenas 4 casos êste ano, número reduzi díssimo, comparado com alguns anos atrás, não podemos deixar de ficar tristes quando nos lembramos que tivemos êsses quatro acidentes pois foram demais e de forma alguma deviam ter ocorrido. Paro nós que fomos os primeiros a promover o trabalho de prevenção de acidentes, já nem deviamos nos lembrar do último que ocorreu. Isso porém, não se dá e temos no nossa memória, bem vivo, o acidente ocorrido em 27 de julho pp.
Máo grado tão bons resultados ainda escreve;
"Cada vez que erramos, pensamos que tivemos uma bôo lição para nõo errar mais. Vamos considerar todos os acidentes ocorridos até hoje como um grave erro da nossa parte e, então, fazermos novos pla nos para não mais precisarmos passar pelo dissabor gue os acidentes nos causam. Até hoje, não nos foi possivel realizar tõo almejado sonho mas isso será fácil se to dos cooperarem na campanha tão bem in tencionada e que tanto nos tem benefi ciado"
Apresentando felicitações aos redatores do "Farol de Segurança" desejamos que continue sua trajetória sempre ascendente e que em 1946 seja atingida a meta por todos tco almejada de um ano sem acidente.
AV. ALMIRANTE BARROSO, 91 Salas 1118/19
CAIXA POSTAL 2.916.
Telefone 42.0928 RIO DE JANEIRO
VIADUTO BOA VISTA, 08 Sala 811
Telefone 3-2257
SAO PAULO •
ARV F. TORRES Presidente
J. M. FERNANDES
1.° Vicc-Presidente
J. G. DE ARAGAO 2-° Vice-Presidentc '
ALCIDES LINS
L® Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.° Secretário
K. AP-THOMAS
L" Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.® Tesoureiro ni? DECIO PARREIRA.S
VALENTIM F. BOUÇAS
Diretores
A. RAPOSO Secretário Executivo
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
ADHEMar joeim JÚNIOR FADTO PRADO gilbert HEARN
JOÃO LUDERITZ
JULIAO nogueira
DKG^IDlo RIBEIRO
FIGUEIREDO
RENATO WOOD
WOLFF KLABIN
CONSELHO FISCAL Membros efetivos
CARLOS SANTOS COSTA
MARIANo J. M. FERRAZ
RODRIGO OTÁVIO FILHO
Membros suplentes
ARMANDO ARRUDA PEREIRA
HELVEClo XAVIER LOPES
LUIZ dumont villares
COMISSÃO TÉCNICA TerGOMES M!"ist??,
Ban.suce3So do (Leopoldina Raüway)
ÇCia. CarnsLu.
MAIO DE 1946 ANO 4 — No. 41
Prevenir acidentes é economizar o potencial humano, é zelar pelos seus operários, é demonstrar interêsse pelo próximo.
E' dever de todos ouxlllar uns aos outros e é prevenindo os acidentes que mais de perto nos auxiliamos mutuamente.
A recuperação de um operário acidentado, mesmo num oci dente simples, é dispendiosa e demorado, havendo entretanto, determinados ocidentes que Impossibilitam por completo a volta ao trabalho, causando quosi sempre uma involidez definitiva.
O que adianta uma pensão mensal pago por uma compa nhia a um operário acidentado, si ele fica sem suas pernas, por exemplo?
Mais do que nunca aqui se aplico o velho cdagio:
"Moís vale prevenir que remediar."
O operário João, para acender um cigorro, pôs uma viga de ferro que estava carregando, de pé e encostada no muro de um depósito.
A viga escorregou e otingiu-o no braço es querdo, quebrondo-lhe o mÕc.
CORREÇÃO: Nunca se deve encostar uma peça numa parede sem escorá-lo, afim de evi tar que elo deslise e cáia.
Se o viga ao cair fosse sôbre o cobeço do João, o acidente serio muito maior.
Uma moça que empocotova pequenas pe ças de mercadorias, abaixou-se para apanhar uma caixa que havia caído.
Uma porte do seu cabelo enrolou-se num eixo que havia debaixo da mesa, arrcncondo-lhe um pedaço do couro cabeludo.
CORREÇÃO: — Devido à pequeno veloci dade do eixo, ela nunca havia pensado em colo car guardas sôbre o mesmo e nem utilizar os gorros que resguardoriom seu cabelo. Dois operários carregavam um cono sôbre os ombros. O da frente distroído, tropeçou e caiu. A outra ponta do cano foi cair sôbre O seu companheiro deslocando-lhe o pé.
CORREÇÃO: O operário deve olhar onde põe o pé, afim de evitar os tropeços. Deve tam bém evitar, quando corregor objetos pesados, atravessar terreno acidentado, sujo ou molhado. Um sapato bem calçado também diminui os escorregamentos quando se anda no mo lhado.
Prevenção de Acidentes — Moio de 1946 — 3
Um dos fatores mais ^w/£d //^ Um dos fatores mais importantes na causa dos acidentes de trabalho, é o cansaco dos ooerorios. -
Para um homem cansado, é sempre difícil n^ncentrar o pensamento no que está fazendo Ma assim maior probabilidade de acidentes
O operário deve procurar chegar ao traba lho o mais descansado possível; q noite deve ter Sido aproveitada ao máximo para o repouso ne cessário.
Geralmente o trabalhador cansado está quas. sempre sonolento, não presta a devida atençao onde põe as ttiõos, expondo-as desra maneira, q um esmagamento ou corte.
O problema interesso de perto, tanto ao operário como ao empregodor.
Quando um mestre observa um homem nos condições acima enumeradas, deve tomar pro videncias para que êle repouse um pouco, afim em retorne ao trabalho em melhores condições físicos, condições estas, que ^implicam no melhoria dos condições téc-
A deficiência alimentar também contribue poro causar o cansaço, devendo o mestre reco mendar aos operários que não comecem o tranolhar em jejum, e sim, sempre bem alimentados evitando desta maneiro, vertigens causados pela fraqueza proveniente da má olimentação o cansaço devindo oo depauperamento do ergonisrno sub-nutrido.
r-r-r.^ u Pi^ocurou Q guma veZ analisar a CGusa dos aciden+r:,,.
4. u . que constantemente per turbam o ritmo . «-unsrani k 'u do Vido, você tombem chegou a conclusão de ni,«. r , •. e que a fatalidade noo existe.
das vézes, um descuido ou atençGo.
CQUSQ geral dos acidentes é na maioria vezes, um ' desvio de um
E claro aus nr»^ '• Hwc pode acontecer a "Jni ope-ario
NO USO DE FERRAMENTAS MANUAIS, OBSERVEM-SE AS SEGUINTES PRECAUÇÕES:
1 ,°) — Não use martelo de mecânico poro bater. Use martelo de car pinteiro.
2.°) — Não use os martelos quebrados ou com cabos em más condições. Conserte-os.
° êsse operário "7° comprovado que excesso de c^nfil cs necessários cuLoH T refa. Podemos e t ™ '°" ocidentes. Não P^^rtonto, P^venir cs o proteção adequrdr°= ''7' tisfeito por suas nK ° PPPmtip senPt-se-o sacobo com a maior !e " perfeição possívelnós deve^tXlha'!"'
o tempo e em tôda tT roQQs as nossas atividades í- UUY<^
Prevenindo nr-;^ demonstração de daremos mois uma que a fatalidade existe
Observando com atenção estos regras vere mos que muitos acidentes serõo facilmente evi tados
1} A moioría dos acidentes é ocasionada por simples distração, sendo esto ainda mais pengosc nas ultimas horas do trabalho. Tome no ta disto.
esqueça de guardar „ trabalho noo se pectivos lugares A '®''''°"rcritQs erP seus resíndice de empenhe ®rn ordem soo um a afençSo de seu77°/''°''°'^°; despertara olhos que o olhará com bons
3.°) 4.°]
Não bata com martelo em ferra mentas de alta tempera, tais co mo: brocGs, limos, formões, etc.
Não se escpueçc dos óculos quan do fôr cortar ferros; com eles evitorá lesões em seus olhos. •
Coloque sempre em seu logor os protetores dos máquinas;
Não utilize ferromentos em máu estado;
Córte o corrente antes de trabalhar em um circúito elétrico;
Preste atenção nos partes móveis, contun dentes e finas das máquinas;
Um empilhamento de materiais mal -feito é sempre perigoso;
Não lubrifique nem engraxe máquinas em movimento;
Use óculos protetores para evitar graves le sões em sua vista.
O ACIDENTE DO TRABALHO E' UM MAL QUE
AFETA: o operário a sua família a emprésa a economia nacional a sociedade.
Evite acidentes e lute contra os enfermida des profissionais. Constitua nas fábricas e oficinas Comis sões Internos paro Prevenção de Acidentes.
.
2) As brincadeiras de máu gosto sdo pre judiciais, trazendo sempre máus resultados. Não se esqueça de suo responsabilidade pelo dono causado o um companheiro. Evite essas brinca deiras e evitará aborrecimentos.
3) Poro concluir ropidamente um trabalho, noo se arrisque em sofrer um acidente. Perco um minuto em suo vido mas não perco suo vido em um minuto.
Prevenção de AcidentesMaio de
bre-se que está em ? correndo. Lemdeste gênero r17.!pp= "^^os evitar ocidentes mais, chegara com ° ° " toda segurança.
LENDO com nfo - ii_ ' que suQ vido está conselhos vera ^ suas próprios muus.
Todos nós, alguma vez na vida, iniciamos um trabalho inteiramente novo. Isto provo que "Ninguém nasce sabendo". Muitos operóiios acham focilidade ao iniciar um novo trabalho, porque têm a sorte de encontrar um compa nheiro experimentado que o auxilio nos primei ros passos da sua loto diária. Os operários lem bram sempre daqueles colegas que lhes evitorarri maiores aborrecimentos e talvez algum de sastre.
Por isso, quando um novo companheiro entro poro o seu trabalho vocês, operários mais antigos, devem lembrar-se que também foram principiantes, que necessitaram do auxílio, do conselho e do proteção dos antigos colegas. Hoje, como solidariedade, devem prestar igual auxílio aos que iniciam seus trabalhos, tendo sempre em mente que todos necessitam do pão de cada dia.
Lembrem-se que o ideal será; "Um por to dos e todos por um".
PrevencQo de Acidentes — Maio de 1946
Com grande satisfação transcrevemos abai xo o artigo que nos foi enviado pelo presidente da Comissão Interna poro Prevenção de Aciden tes do Gilíette Sofety Rozor C.° of Brazil.
Se, ern ^ma estrada, estiver colocado um aviso mais ou menos nos seguintes dizeres: "Cuidado, não passe deste ponto porque há um pântano" e o transeunte despreocupado e negli gente resolve não ler o^ aviso, ir passando, cairá no pântano e, por conseqüência, morrerá.
Todo aviso, por mais inocente que possa parecer, deve ser lido. E, o mais importante, ser obedecido, desde ique não exija absurdo.
Assim é que, no caso a que nos referiamos acima, se o pedestre descuidado lêsse o a\nsonco morreria.
Sabemos do caso de uma fábrica que colo cou um aviso assim: "Amanhã não haverá tra balho". Quasi ninguém leu o aviso, porque o desleixo, aliado à preguiça, o impediram de fa zer. Resultado: no dia seguinte, cêrca de 200 operários acordaram cedo, entraram nas filas para esperar condução, vieram mal acomoda dos nos veículos, gastaram dinheiro de passa gem e bateram com o nariz na porta.
Se tivéssemos tempo, poderíamos enume rar vários exemplos bem significativos, mas bas tam estes mencionados.
Assim se dá com a questão de acidentes do trabalho, Nas fábricas bem organizadas ou sim ples oficinas, gdsta-se dinheiro em confeccionar um quadro de avisos, conselhos, instruções, in formações e meios de prevenção de acidentes.
Uma bôa luz é necessária para o trabalho principalmente para aqueles que labutam ]«jnto de máquinas.
Uma iluminação deficiente, força o ope rário a aproximar o rosto do maquinismo, c-orrendo o risco de levar íimalha nos olhos ou coi sa equivalente. Já com luz abundante, a sua vi são nõo será perturbada, não sendo por isso ne cessário aproximar a vista para enxergar melhor.
Nunca o operário deverá acender fósforos afim de clarear o que está fazendo. Pode ha ver inflamáveis por perto, ocorrendo o risco de um incêndio ou explosão.
Vários funcionários gostam o seu tempo na elaboração de avisos e conselhos mas, infeliz mente, a negligência de alguns, destrói o traba lho produtivo dos interessados na prevenção de acidentes, resultando o prejuízo poro si e para os seus colegas porque, é preciso q-ue se note, quando ocorre um evento o empregado do escri tório que preparo o aviso ou o Gerente da fábri ca nada perdem e quem sofre é o operário.
Há dias, um operário "inocente", sofreu um acidente quando trabalhava em máquina de polir e não deu aviso dêsse acidente, escondendo-o mesmo, sob o alegação de qoe era um pequeno acidente, e, por ser pequeno, ignorava ser necessário avisar à administração da fábri ca, para o tratamento adequado.
A mão inflamou e esse pequeno acidente se transformou numa grande chaga, perdendose tempo e dinheiro e ganhando o operário so frimento. Perguntamos a êíe porque nõo obser vava os cartazes, dentre cs quais havia um ex plicando que, por menor que fosse um ocidente, deveria o operário procurar o administração do fábrica, e êsse operário respondeu que não lero nenhum aviso.
Permitam-nos indagar agora, quem foi o prejudicodo?
CUSTO DO ACIDENTE — O custo do aci dente do trabalho é o total dos despesas reque ridas para cobrir os prejuízos que os acidentes causam ao trabalho e dos que dêles resultam.
CUSTO DIRETO DO ACIDENTE DO TRA BALHO — O custo diréto do acidente do tra balho é o total das despesas visíveis e computáveis decorrentes dos obrigações para com os empregados expostos aos riscos inherentes ao exercício do trabalho.
Do custo diréto do acidente do trabalho constam as despesas com prêmio de seguro, assis tência médica e hospitalar aos acidentados e in denizações.
CUSTO INDIRETO DO ACIDENTE DO TRABALHO — O custo indireto do acidente do trabalho é o total das despesas invisíveis ou não facilmente computáveis, resultantes da Inter rupção do trabalho, do afostamento do empre gado da sua ocupação habituai, danos causados o equipamentos e materiais, perturbações do tra balho normal e outros prejuízos.
VOCÊ SABE qual o custo do acidente em sua fábrica?
que o custo Indireto do ocidente excede comumente, de muitas vezes o custo direto, único que é coberto pelas Companhias de Seguro? que prevenindo acidentes há economia em sua indústria?
Estacas Franki Ltda.
B. Dutra Cr Cia . Ltdc.
Soe. Anônima Caso Pratt
Fiação e Tecelagem Tognato S. A.
Christiani & Nielsen
Fábrica de Bonsücesso — Ministéric da Guerra
Topijara Gr Cia. Ltdc.
Cio. Fiaçõo e Tecelagem Moraes Sarmento
Comp. Sorocobona de Moteriol Ferroviário
Nadir Fig-ueiredo Ind. e Comércio S. A.
Companhia Petropolitano Fioçõo e Tecelagem
E OBEDEÇA AS REGRAS DE SEGU RANÇA DE SUA FÁBRICA
Muitos pensam que os regras de segurança foram feitas para "fazer bonito", como propa ganda do patrão e do operário, esquecendo-se de que a pessoa que diretamente sofre as conse' quéncios de um acidente é sempre o trabalhador, além de sua família.
Se você não se cuida e tampouco se inte* ressa pelo bem estar de seu companheiro, pense oo menos em suo família, vítimas inocentes de sua falta de precaução.
Estude as regras de segurança de sua fá brica e obedeça-GS.
Refinadora Paulista S. A. (Usina Monte Alegre)
Cio. Fábrica de Botões e Artefatos de Metal Indústria Calçados Arte Ltda.
Laminaçõo Federal de Metais Ltda.
Fábrica de Tecidos Maracanã S. A.
Laboratório Silva Araújo Roussel S. A.
Fábrica do Andoraí — Min. do Guerro
Inscreva seu nome entre êles.
Algum serviço útil lhe podemos prestar Procure certificar-se
Prevenção de Acidentes Maio de 1946
'
A ABPA está organizando illmes sobre prevenção de acidentes. Esses filmes poderão ser passados aos em pregados de seus Associados tão cedo estejam prontos Aguarde-os.
üiais de 85.0O O trabalhadores já são beneficiados pelos serviços da ^^Associação Brasileira para Prevenção de Acidéntes'\
Seus empregados estão entre eles?
SKDK
AV. ALMIRANTE BARROSO, 91 " Salas 1118/19
CAIXA POSTAL 2.916
Telefone 42.0928 \ RIO DE JANEIRO
SUCURSAL
VIADUTO BOA VISTA. 68 Sala 811 Telefone 3-2257
SAO PAULO
ARY F. TORRES
Presidente
J. M. FERNANDES
1,® Vice-Presidente
J. n. DE ARAGAO
2.® Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1.® Secretário
DULCIDTO A. PEREIRA
2.® Secretário
K. AP-THOMAS
1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLATR
2.® Tesoureiro
DR. DECrO PARREIRAS
VALENTIM F. BOUÇAS
Diretores
A. RAPOSO
Secretário Executivo CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
ADHEMAR TOBT.M
ANTONTO PRADO TUNIOR
l"ARrO PRADO
CILBERT HEARN (ilTILIIERVE DA SILVEIRA FILHO
.IOAO CARLOS VITAL
JOÃO LUDERITZ
rULIAO NOGUEIRA
l-EONIDH) RIBEIRO
MORVAN FIGUEIREDO
RENATO WOOD
^VOLFF KLABIN
CONSELHO FISCAL Membros efetivos
CARLOS SANTOS COSTA
-MARIANO J. M. FERRAZ
RODRfGO OTÁVIO ITLHO Membros suplentes
ARMANDO ARRUDA PEREIRA
HELVECIO XAVIER LOPES
LUIZ DUMONT VILLARES COMISSÃO TÉCNICA
WASHINGTON PINTO (Cia. Nacional de Cimento Portland)
L. BRANDAO REIS (Sul América Ter restres)
CEL. CARLOS DE PROENÇA GOMES
SORR MUt (Fálii-ic.-i lie Hunsiiccsso ,1., Ministério da Guerra).
J. FEY ALVAREZ (Leopoldin? Railtvay)
l^ATERSON WHKELER (Cia, Carrís J.ii.
!• 'lii Riu i|r Jiiiicl v» .• (.'iiio. AKsnciailHH t.
I. L. MACIEIRA (General Eléctric, Fábrica Mazela)
J' S. A. PINHEIRO (Cia. Auxiliar de Em. priaaa Elétricas Brasileiraa)
o CILINDRO
O padeiro brasi leiro, com 6 anos, morodor á rua ., é empregado do Padaria sito à rua .; ás 9 horas, aproximadamente, quando trabalhava no preparo do mossa do pão, descuidou-se, tendo o cilindro da máquina co lhido Q mõo direito do trabalhador.
Este, ferido, compareceu ao Posto de Assis tência Municipal
ACIDENTADO EM TRABALHO ESMAGOU PARTES DA MÃO EM MÁQUINA DE IMPRIMIR
Um Qcidenfe por mais simples que pareço poderá impos sibilitá-lo temporariamente ou talvez paro sempre. Poro o bem dos seus e pora suo própria segurança, você deve cooperar na luta centro tôda classe de acidentes. Procure evitáJos, perma necendo atento e prevenido em seu trabalho, em sua coso, em qualquer íogar, enfim.
Observe com atenção os acidentes □ que es'á sujeito.
O operário ., com 8 anos de idade, e re sidente ò rua ., quando trabalhava, ontem, com uma máquina de imprimir, no Tipogrofio situada á rua ., teve o mão esquerdo co lhida pela máquina, sofrendo em conseqüência ferimentos por esmogamento nos dedos mínimo, anulai" e médio da mesma.
Depois de ser medicado no Assistência Pú blica foi internado em tratamento no Hospital
TEVE A MÃO PRESA PELO CILINDRO
O operário ., com 17 anos, padeiro, mo rador em quando trabalhava em uma pa daria daquela localidade, teve a mão esquerda presa em um cilindro para mossas, sofrendo ume forte contusão daquele membro. Trazido pora Campinas, -101 socorrido no Posto de Assistência Municipal, e em seguida removido poro □■'Coso de Soude Compinas, onde ficou ho-spitolizodo.
A firma ., proprietário da fábrica de te cidos participou que o operária fiandeiro ., de 16 cnos, solteiro, ontem, ás 14 horas, fôra atingida no dedo indicador da mÕo esquer da, por um fjso da máquina com o qual traba lhava
AODENTE NO TRABALHO
Em ., á torde de ontem, foi vítima dc um acidente o trabalhador braço! branco, solteiro, de 32 anos, residente à Manejando uma caçamba, uma dos peças dessa máquina apanhoü-lhea polpa do dedo indicodor esquer do, esmagan-lo-o. Levado ao Posto da Assistên cia, foi devidamente medicado.
O operário . ., com 27 anos de idade, do miciliado ò ruG ., ontem, cerca dos 14,30 ho ras, foi atingido pela engrenagem da máquina de cortar solo, recebendo ferimento lacerado nos dedos anular e mínimo da mõo direita. Socorrido pela Assistência Municipal, foi a vitima internada.
Quando trabalhava no. máquina de algodão do ., o operário branco, brasileiro, com 32 anos, morador á rua teve o mõo presa no engrenagem de uma das máquinas, sofrendo ferimento lácero contuso do dedo indicador di reito
A vítima foi socorrida no Posto de Assistêncio Municipal
O dr. ., com o doutorando e o en fermeiro medicou, ás 14,30 horas de on tem, na Assistência Pública, o mecânico . ., de 1 5 anos de idade e residente á que apre sentava dois ferimentos por esmogamento no mão esquerdo, produzidos pela engrenagem de uma máquina com a qual o acidentado trabalha va nos estabelecimentos onde o menor é empre gado.
Apresentando ferimento contuso no foce dorsal da mão esquerda, com secçõo do tendão do terceiro dedo do mesmo mõo, foi ontem soccrrido no Pronto Socorro, A. J. C. Fôra vitimo de um acidente quando trabalhava com uma maquino, á rua
O operário ., branco, brasileiro, com 40 anos, morador q rua ., quando trabalhava on tem, cerca dos 9,30 horas, com uma serro cir cular, distraiu-se, tendo a mesma colhido o sua mõo esquerda, produzindo-lhe ferimentos lácerocontusos com seccionomento dos tendões dos de dos médio, Indicador, anular e poiegor, A vitima, depois cie socorrida no Posto de Assistêncio Municipal, foi removida poro a San-to Casa, onde ficou hospitalizado.
(Dos jornais)
- Prevenção de Acidentes --- Junho de 1946
Prevenção de Acídenles — Junho de 1946
Damos a soguir o rclalório da Comissão Inlenia para Prevenrâü dc AcidüiUes de um de nos>us Associados, rehilivo a um acidenle ocorrido numa serra circular.
Uni opei-úrio;-. iiicunihido dr serrar aclias «le lenha, após vá rios ano.s cie (rahalho ijei'do a \ifla num acidenie ciii'-, nao lus-<eni suas con.<eciuêiicia.s. teria sido i'sf|ni'CÍíIo iniii l.o rapidiimeiile.
niadrii'a qui- devia ser pas sada na s'-'i-ra [intia um no e asse nó foi recusado pela serra. .\ acha de lonlia fui atirada con tra o abdômen do operário, j)rodiizindu i-uptura das vísceras e morte conseqüente em dois dias. lóis.semos ao relatório c veja mos a minúcia da investigação e ü cuidado tomado para evitai repetição de casos análogos.
Acidentando-se no dia 30-3-46 no sérra cir cular de cortar lenho, onde trabalhava, veio a falecer em dota de 1-4-46, à 1,30 do manhã, o operário correspondendo o acidente a um débito de 6000 dias perdidos.
Pelo estudo feito pelo Comissão de Segu rança, bem assim como cindo pelos próprias de clarações do acidentado em dota de 30-3, òs 10,30 do manhã, chegou-se à seguinte conclusõo:
O acidente foi provocado principal mente pelo interferência do serro oo tocar num nó da ócha de lenha que estava tentondo serrar.
Tc! ócha de lenha foi violentamente devolvida, atingindo o acidentado no porte inferior do abdômen, ocasionando o ruptura do porede interna dos intestinos, seguindoée-lhe mais tarde o ruptura do parede ex terna, com conseqüente hemorragia. O boço também foi contundido.
Tendo sido operado no Hospital dos Clíni cos, Pronto Socorro (São Paulo), teve seu boço removido e o porte afetada do intestino suturo-
4 - Prevenção de Acidentes —- Junho dc 1945
Serro circular
do. Nõo resistindo ó intervenção, veio □ falecer ó 1,30 do manhã de 1-4-46. ,
E' o primeiro acidente foto! nessa fábrica, depo's de quase 7 anos de trabalho sem se re gistrar um coso como esse.
Poro se prevenir casos futuros, no mesma sérra, estuda o Comissão de Seguronço os se guintes itens:
1— Proteção oo longo da cabeceira do mesa;
2° — Proteção superior ó altura dos dentes da serro
3."^—Diminuição dos dentes do sérra; ^rr
4.° — Aumento possível de revoluções do sérra; -Sérra fixo e mesa movei, oq vice-versa.
A Associoçõo Brasileira paro Prevenção de Acidentes lamenta profundamente o ocorrêncio de um coso como esse, tão roro e ;de conseqüên cias tão graves.
Leiam todos com otençõo e rteditem sobre o coso, pois. é um verdadeiro avise Um ociden te, por menor que seja, deve ser excminado; suas conseqüências sõo sempre imprevisveis.
íAril manejo, com amplo visibilidade, Simples e seguro, àe iof repetição de casos onólogos este protetor impede a ' P » »
Prevenção de Acidentes — Junho de 1946 — 5
Mantenha sua mão longe de serras circuiares e engrenagens;
Nunca pense em medir uma peça em movimento;
Mantenho seu cabelo longe de cilindros giratórios;
Use sempre óculos protetores quando es tiver trabalhando em uma pedra de es meril; X.
E' perigoso apoiar-se contra uma má quina, quando em movimento;
Nunca recolha l imalhas com a palma da mõo. Utii ise uma escova, um pau "ou, um pedaço de metal;
Mantenha suas mangas suspensas e use aventais;
n.^) Pense sempre em seu trabalho;
12.^) Nõo sonhe de olhos abertos, lembre-sc que os mais graves acidentes ocorrem justamente nessas horas;
13."'') Quando levantar qualquer objéto pesado ou máquina, peça ajudo a seu colega. Faço esforço com os pernas e nunca com os músculos das costas ou da bar riga;
14.'"' As ferramentas de muo com rebarbcs são perigosas. Conserte-os;
15."') Nõo corra, caminhe. Repare sempre por onde anda;
16;^) E' perigoso usar sapatos com sola fino numa oficina mecânica;
Nunca é demais se falar em acidentes do trabalho, que roubam a vida a dezenas de ope rários é Invalidam centenas cada ano. Nunca é demais, portanto, repetir-se que o prevenção contra acidentes do trabalho é um dever dos em pregadores e dos empregados. Outrora era raro encontrar-se uma empresa que cuidasse sériarnente de prevenir os acidentes de trabalho, mas hoje em dia rara é a organizaçõo que nõo toma medidas especiais de proteção de seus traba lhadores
Seguem aqui as rozões de inúmeros aci dentes:
Falta de atenção do trabalhador;
2."''l Ignoròncia do trabalho a efetuar;
3.®) Fadiga;
Falta de cooperação; Defeito na construção das máquinas ou no seu funcionamento; Falto de espaço; Desarrumaçâo de material do trabalho; Luz deficiente; Roupas impróprias; Falta de aparelhagem de proteção.
Como se vê, a maioria das causas de aci dentes pode facilmente ser corrigida sem des pesas grandes, apenas com a boa vontade de empregados e empregadores. Evitar acidentes no trabalho é colaborar para o progresso do país, é cuidar da família proletária. Que todos sigam estas lições.
8.^)
9.^) 10.^)
Observe se as engrenagens e ferramen tas cortantes estão bem ajustadas;
Qualquer óleo derramado sóbre o piso, deve ser limpo imediatamente;
Póre sua máquina antes de limpó-la, lubrificó-la ou consertá-la;
Muitos acidentes graves são causados ao subirmos ou descermos uma escada, tanto no trabalho como em casa. Devemos portanto estar atentos òs seguintes práticas de segurança:
1 ) Quando subirmos ou descermos uma es cada, utilizemos os corremõos. Não andemos em uma escada com as mãos nos bolsos.
2) Os saltos sõo especialmente perigoso'., nos escadas; tenhamos cuidado com nossos sa patos.
3) Observemos cuidadosamente a direção que o escada tem.
4) Se necessitarmos passar por ume escada carregando um grande embrulho, levemo-lo de tal forma que possamos olhar sempre por onde caminhamos.
17.®) Você deve repousar co sofrer qualquer acidente, por mais leve que seja. Pro cure logo os primeiros curativos, mesmo que não ache necessário.
Observando com atenção estas regras, poder-se-á bater o record de segurança.
5) Tenhamos especial cuidado ao levarmos vidros e outros objetos ponteogudos.
6) Não levemos líquidos quentes em reci pientes abertos.
7) Se a escada estiver escura usemos, se possível for, "LANTERNAS" e andemos de vagar
S. A. Estamparia Colombo
Companhia Cerâmica Brasileira
Tecelagem e Passamonaria Tijuco S. A.
Ind. de Aço e Metais Ltdo. "INDAL"
Fábrica São Luiz Durão, S. A.
L. B. de Almeida & Cia.
Perfumaria Myrto S. A.
Cia. Construtora e Técnica, Koteca S. A, Carlos da Si lva Araújo S. A.
S. A. Fábrica Colombo
Fiação e Tecelagem de Juta S. A.
Produtos Químicos Ciba S. A.
Leão, Ribeiro & Cio. Ltda .
Fioçõo Extro-Fina de Algodão S. A.
Soe. Anônima Emilio Vanini — Tinturaria e Estamparia
Companhia Auxiliar de Viaçõo e Obras
Emprêsa Gráfico Ouvidor S. A.
Metalúrgica Spoeri Ltda.
Laboratório Moura Brasil-Orlando Rangel S. A.
Fábrica Paulista de Artefatos de Ferro, Ltda.
Inscreva seu nome entre eles.
Algum serviço útil lhe podemos prestar
Procure certificar-se
Prevenção de Acidentes — Junho de 1946 —• 7
SÉDE
AV. ALMIRANTE BARROSO, 91
Salas 11 18/19
Caixa Postal 2.916 - Tel. 42-0928
RIO DE JANEIRO
Sucursal VIADUTO BOA VISTA, 68
Sala 81 — Telefone 3-2257
SAO PAULO
ARY F. TORRES - Presidente
J. M. FERNANDES - 1.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS - 1.° Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA - 2 ° Secretário
K. AP-THOMAS - 1 ° Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR - 2° Tesoureiro
DR. DECIO PARREIRAS - Diretor
VALENTIM F. BOUCAS - Diretor
A. RAPOSO - Secretário Executivo
ADHEMAR JOBIM
ANTONIO PRADO JÚNIOR
FÁBIO PRADO
GILBERT HEARN
GUILHERME DA SILVEIRA FILHO
JOÃO CARLOS VITAL
JOÃO LUDÉRlTZ
JULIÃO NOGUEIRA
LEONIDIO RIBEIRO
MORVAN FIGUEIREDO
RENATO WOOD
WOLFF KLABIN
CONSELHO FISCAL
Membros efetivos
CARLOS SANTOS COSTA
MARIANO J. M. FERRAZ
RODRIGO OTÁVIO FILHO
Membros Suplentes
ARMANDO ARRUDA PEREIRA
HELVECIO XAVIER LOPES
LUIZ DUMONT VILLARES
COMISSÃO TÉCNICA
WASHINGTON PINTO (Cia. Nacional de Cimento Portiand)
D. L. BRANDÃO REIS (Sul América Terrestres)
CEL. CARLOS DE PROENÇA GOMES
SOBRINHO (Fábrica de Bonsucesso do Ministério da Guerra)
J. REY ALVAREZ (Leopoldina Railway)
PATERSON WHEELER (Cia. Carrís Luz e Fôrça do Rio de Janeiro e Cias. Associadas).
J. L. MACIEIRA (General Eléctric Fá brica Mazda)
J. S. A. PINHEIRO (Cia. Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras)
Sim é preciso meu amigo que analizemos detalhadamente os atos dos nossos chefes. Não sejamos precipitados ao classifica-lo bom ou máu. Ele é o nosso guia. Dispense a ele seu respeito e trate-o com admiração. Assim ele o tratará também. Se hoje ele apareceu na fábrica mal hu morado, procure analizar a causa desse mau hu mor. Lembre-se das responsabilidades que ele também tem sobre seus ombros. Recorde-se de que voce também fica mal humorado quando o seu serviço não está indo bem, quando voce tra balha muito e sem descanso, quando o chefe lhe impõe uma tarefa e por um outro motivo voce não pode executar, ou quando as precauções cons tantes da família não lhe deixaram trabalhar. Pro cure portanto conversar com seu chefe e ofere ça-lhe os seus préstimos demonstrando-lhe sua atividade como bom operário cumpridor do seu dever. Se voce agir assim, ele o terá sempre em realce, chamando-lhe nas ocasiões em que neces site de pessoa da sua cohfiança. E' respeitando e admirando seu chefe que nos tornamos respeita dos e admirados.
Se vocês estão realmente interessados em evitar acidentes no trabalho, ou mesmo, salvar a vida de muitos, devem prestar a máxima aten ção a todas as indicações que lhes forem envia das. Não podemos conseguir um verdadeiro am biente de segurança, porque para isso seria ne cessário eliminar todos os riscos provenientes do nosso trabalho, o que nem sempre é possível, pois há trabalhos cujos riscos são grandes, como por exemplo, a manipulação de explosivos, o trabalho nas fundições etc.
Mas si os riscos não podem ser evitados po dem ser diminuídos, graças a um perfeito sistema de prevenção de acidentes, que alertará os operá rios nos pontos mais prováveis de desastre. Os en carregados desse serviço de prevenção de aciden tes, serviço importantíssimo numa grande oficina ou fábrica, devem ser homens inteligentes, pro fundos conhecedores da maquinaria existente, e
dos seus enguiços e riscos. Grandes observadores, eles notarão atentamente o modo de trabalhar dos operários, quais as distrações que, durante o fun cionamento das máquina podem ser fatais, o iluminamento do local, si está bom ou deficiente, etc.
Depois então, elaborarão em conjunto um re gulamento contra acidentes, no qual são corrigi das todas as falhas observadas no modo de traba lho dos operários, regulamento esse, que será posto ao alcance dos operários, impresso em qua dros pendurados nas paredes, ou em boletins dis tribuídos a cada um. Pode-se também lançar mão de conferências com os homens, no próprio local de trabalho, com demonstrações práticas de pos síveis acidentes, e o modo melhor de evita-los. Conseguiremos desse modo, não suprimir os aci dentes. mas faze-los diminuir quasi totalmente aumentando a produção e reduzindo os riscos de quem produz.
Nas causas de acidentes no trabalho, o fator descuido atinge um coeficiente alarmante. Em vários estudos sobre a prevenção de acidentes se chega a conclusão de que, o elemento humano influe consideravelmente como causa. Assim,-a' falta de atenção tem concorrido para o acréscimo da soma de prejuízos em grandes e pequenas in dústrias, prejuízos reaimente evitáveis, se o ope rário sem atenção no seu trabalho, soubesse ava liar o máu resultado da sua falta de atenção. As sim, computando-se as estatísticas através a im prensa diária, é raro o dia que lá não se encontra a notícia de um operário que provocou um acidente.
As vezes pela mesma razão, deixam estufas ligadas ocasionando curto-circúitos provocadores de incêndios etc.
Finalmente é na falta de atenção que se ve rificam as grandes causas de acidentes, as quaes' seriam evitadas com uma bem orientada campa nha de prevenção, demonstrando ao operário o sentido de despertar a sua máxima atenção no respectivo local de trabalho.
Neste caso não devem ser poupados esforços para atingir este objetivo que certamente resul tará em benefício geral.
A falta de atenção á um erro e deve ser evi tado ou melhor corrigido. Olho aempre por onde caminha. O perigo está, òs vezes, mais perto que se pensa.
E' de palpitante interesse a proteção da vista dos operários, pois segundo se conclui pelas esta tísticas até hoje apresentadas sôbre tão relevante matéria, muitos olhos se perderam nos trabalhos das indústrias e grandes somas de dinheiro foram dispendidas em indenizações, peta falta do emprêgo de protetores adequados para os olhos.
Um eminente cirurgião americano depois de completar um minucioso estudo sôbre a questão de acidentes em olhos, nos Estados Unidos, rela tou que cêrca de 300.000 acidentes nos olhos em
trabalhos industriais ocorrem cada ano, compre endendo em média um dia ou mais de perda de tempo; que 70.000 destes acidentes são indenizáveis e que o custo total anual desses acidentes^ nos Estados Unidos monta em nada menos de cinqüenta milhões de dólares!
Verificou-se que o custo de indenização por olho é, em média, de US | 1 .80 (cerca de Cr| 36,00 em nossa moeda) não contando as despezas com médico, perda de tempo, falta de produção e outras despesas correlatas.
Esta vazão de dinheiro pode ser sustada. Uma oficina metalúrgica dispendeu cerca de $ 1 .668 dólares (cerca de Cr| 35.000,00 em nossa moeda) por ano durante um período conse cutivo de 5 anos em acidente de olhos, quando os óculos protetores eram empregados apenas em trabalhos arriscados. Desde que passou a usar óculos protetores em todos os trabalhos esta despeza sofreu uma redução para apenas US $88,00 (cerca de Cr$ 1.760,00 em nossa moeda) por ano. Pelo emprego compulsório de óculos prote tores uma mina de carvão reduziu suas despezas com acidentes de olhos, num período de 3 mezes, de cerca de $ 30.000 dólares (cerca de Cr$ 600.000,00 em nossa moeda). Em 166 uzinas de aço empregando 100.000 operários, pouparam-se 2.397 olhos, num período de 2 anos, com uma economia calculada em mais de quatro milhões de dólares (Cr$ 80.000.000,00 em nossa moeda).
Os acidentes industriais tem diminuido, par ticularmente nas indústrias, onde tem, havido ca pricho no ensino das medidas de segurança.
Evitar os acidentes é muito melhor do que ter que remediá-los depois do dano estar feito.
Deve ser a incumbência de cada um, co nhecer as condições que possam causar um aci dente, para saber como conduzir-se ao deparar com elas, afim de evitar que o mesmo lhe aconte ça. Contudo, os acidentes advêm, apesar de todas as precauções, e é pois muito importante saber o que se deve fazer, quando for necessário aplicar os "primeiros socorros". Das diferentes seções dos trabalhos de prevenção de acidentes, não há ne nhuma que seja mais valiosa do que o conheci mento do tratamento do primeiro curativo aos feridos.
Quando dois soldadores trabalhavam fazendcf um serviço que requeria cuidado, um deles suspendeu seu capacete de solda sofrendo os efei tos da luminosidade do arco de seu companheiro de trabalho ficando temporariamente cego.
CORREÇÃO — Para seguir o "regulamento, todo soldador deve usar os capacetes de solda, para proteger-se contra a claridade enorme que se desprende do arco em funcionamento. Devem também colocar um biombo ao redor de cada tra balho de solda de arco.
Suas mãos são suas companheiras de traba lho. Culde-as. Não deixe de concentrar toda aten ção no seu serviço.
Quando estiver trabalhando em qualquer es pécie de máquina, lembre-se que, apesar da per feição destas, voce estará sempre sujeito a graves acidentes como o que passamos a narrar. Não prestando atenção às regras de segurança, uma empregada que trabalhava em um mimeógrafo elétrico sofreu grave acidente perdendo em con seqüência disto, os 3 primeiros dedos da mão di reita. Isso aconteceu por um simples descúido. Tentava ela ajustar o alimentador da máquina es tando esta em movimento.
CORREÇÃO — Esta moça não seguiu as re gras de segurança. Devia utilizar as chaves apro priadas para esse fim tendo antes parado a má quina. As mãos devem permanecer fora do me canismo em movimento.
Sabe-se que os acidentes acontecem com menos •freqüência, e que normalmente,, são menos sérios entre as pessoas com experiência na aplicação dos primeiros curativos, do que entre aqueles que não aprenderam a faze-los.
Um caso que provou quanto é indispensável o ensino dos primeiros auxillos se demonstrou recent^ente quando uma criança de 12 anos de idade foi salva depois de.asfixiar-se com vapores de gasolina. Esta menina retirando o tampo de fundame^n^te do cheiro respirou pro-
Quando a encontraram estava sem sentidos mas, imediatamente um rapaz que conhecia mui to bem as medidas.para os primeiros auxílios, em-
Dennk a respiração artificial. Depois de 15 minutos a criança começog a res pirar e o medico encontrou-a completamente bôa.
Um rapaz que trabalhava em um escritório querendo alcançar o telefone que estava sôbre outra extremidade da mesa e sendo esta de altura inadequada à sua finalidade, escorregou e caiu sendo vítima de um acidente.
CORREÇÃO; As mesas devem ser de cons trução sólida, e de altura apropriada de tal modo que possam servir para empregados de estaturas altas e baixas. A saúde dos empregados poderá prejudicar-se com o uso contínuo de mesas e ou tros objetos de tipos defeituosos ou mal ajustados. Estas devem ser feitas com bastante espaço para os joelhos e os pés dos empregados, sem que haja falta de eficiência da parte dos homens causada pelo cansaço ou falta de conforto em seu trabalho.
A máquina quase lhe triturou o braço
O operário de 16 anos. quando lidava, on tem, como uma máquina, foi atingido por uma engrenagem da mesma, que por pouco lhe tritu rava todo o braço direito.
Apresentando fratura desse membro e ainda escoriações várias, foi transportado para o Pôsto Central de Assistência, de onde, após socorrido, foi removido ao Hospital.
Apanhado pela serra circular, o operário sofreu gravíssimos ferimentos no abdômen
(Da sucursal, pelo telefone) — Na manhã de ante-ontem, esta cidade foi abalada com a noticia relativa a uma dolorosa ocorrência verifi cada na secção de serraria da firma. . . .
Às 1 1 horas da manhã, quando o operário se entregava a sua tarefa de serrador, foi atingido pela serra circular, que lhe produziu gravíssimos ferimentos no abdômen, seccionando aíças do intestino delgado, do grosso intestino e parte do estômago.
Acidente no trabalho
Nas obras... encontrava-se trabalhando junto de uma máquina o operário. .. de 20 anos de Idade.
Em dado momento, ao tentar lubrificar a máquina em movimento, distraiu-se e a roda amputou-ihe o ante-braço direito. A vitima foi so corrida pelo Hospital sendo, em seguida internada.
Socorrido imediatamente e recolhido à Santa Casa de Misericórdia local, foi atendido mas, à vista da gravidade dos ferimentos, sugeriu-se qúe o operário fosse transportado para esta capital.
(Dos Jornais)
Campanha Educativa do Divisão de Higiene e Segurança do Trabalho (M T, 1. C.
A propósito do artigo com o título acima re cebemos do Dr. Vicente de Oliveira Ramos, mé dico da Cia. Brasileira de Cimento Portiand Perús a carta que abaixo transcrevemos.
Agradecemos ao Dr. Vicente o Interêsse e a contribuição valiosa que ele traz para o estudo de tão importante questão,
Perús, 17 de Abril de 1946
Exmo. Snr. Diretor do Boletim da "Associa ção Brasileira para Prevenção de Acidentes".
Atenciosas saudações
Tenho acompanhado com bastante interêsse todos os números do bem cuidado "Boletim" da
A. B. P. A.", cuja leitura é sempre util e pro veitosa.
Entretanto tomaria a liberdade de fazer uma pequena observação a respeito de um trecho do artigo intitulado 'Doenças profissionais do pul mão", no número 38, de Fevereiro de 1946, no qual se lê:
Os que trabalham com o gesso, cal, cimen to, nas indústrias de porcelana, em geral, podem ser acometidos da calicose que é igualmente um processo de fibrose pulmonar"
Pretendendo colaborar com esta apreciada revista, desejaria prestar algumas informações neste sentido, na qualidade de médico que sou. da Cia. Brasileira de Cimento Portiand Perús.
De fato nunca observei um só caso de cali cose ou mal de S. Roque entre nossos operários, assim como nas radiografias levadas a efeito pela Cia., jamais se constatou caso algum desta ou de outra qualquer pneumoconiose, em nenhum de nossos trabalhadores.
Esta minha afirmativa está de acordo com o que dizem os autores, que ao citarem as indús trias responsáveis por aquela enfermidade, não fazem referência ao cimento.
Igualmente deve-se assinalar que o pó dos compostos calcáreos. formado por particulas mui to finas, sem ângulos e pontas, é o menos danoso entre os pós industriais.
Alem disso sendo solúvel nos líquidos do organismo se deposita facilmente nos orgãos e ra pidamente se elimina.
Poder-se-ia dizer que há certa vantagem em trabalhar nas indústrias de produtos calcáreos, com relação a tuberculose pulmonar, sendo rara entre os operários, pois se comprovou experimen talmente que esta classe de pó retarda o desenvol vimento da infecção kochiana, porque provoca uma hiperprodução de macrófagos que fazem
inertes os bacilos tuberculosos e assegura uma reserva de sais calcáreos, que compensam a desmineralisação comum dos tuberculosos-, segundo Donato Boccia.
Sobre esta questão que estudamos, refere o Prof. Barros Barreto: "Atribue-se à presença de partículas de saes de caldo (Thompson, e cois ) a ausência de fibrose pulmonar extensa entre os operários que lidam com o cimento; mas este fato, verificado por observadores ingleses, ame ricanos, alemães, japoneses, parece antes se ex plicar por uma exposição insuficiente á silica livre E' bem verdade que a cal interfere na salubiiidade da silica; pôde mesmo inibil-a (Matthews)' como fez o gesso. sulfato de cálcio hidratari^ (Whitehouse)".
Deste modo julgo ter informado judiciosa mente a V. S.. esperando ser tomado ern conside" ração, pelo que antecipo meus agradecimentos"
Cordialmente, com os protestos de alta ma e aprêço, sou de V. S.
amo. ato. obro. (ass.) Dr. Vicente de Oliveira.Ra^os
Toda pessoa que trabalha sòbre escadas, pos tes, etc. é obrigada a usar os cinturões de:.seg.u-rança. Estas devem ser fixadas a um ponto de apoio bastante sólido para que não corram o pe rigo de ceder ou rebentar. O uso do cinturão per mite que o operário trabalhe folgadamente com as mãos, evitando por qualquer circunstância um desequilíbrio que poderá causar graves acidentes ou mais provável, a morte instantânea. Eles de vem ser conservados em perfeitas condições. E' indispensável que os examinem todas as vezes que tiverem de ser utilizados, pois nunca serão demasiadas as precauções que tiverem para um trabalho com segurança. Se o homem perceber qualquer defeito numa das partes dos cinturões deve imediatamente levar ao çonhecimento de seu chefe.
Este deverá prove-lo de um outro em per feitas condições, para que continue o seu traba lho sem a preocupação de acidentes.
Obserí/em bem estas precauções:
Nunca se deve secar o couro molhado por melo do calor mas, sim em temperatura normal, para não resseca-Io.
Convém engraxar seguidamente as corrêas
dos cinturões para mante-las flexíveis tes, Com estas precauções todo trabalhar livre de um acidente ' ® Poderá
Use sempre S3U C/ntutâo de Segurança
Sna realização na Capital da Republica
AS SOLENIDADES REALIZADAS NO MINISTÉRIO 00 TRABALHO E A REUNIÃO NO SAPS.
Empresas vencedoras da Campanha de prevensão de acidentes do trabalho no ano de 1945.
SEDE.- RIO DE JANEIRO edifício MAYAPAN
AV. ALMIRANTE BARROSO, 91 11.0 andar — SALA lvll9
TEL. 42-0928 — CAIXA POSTAL 2.916
END. TEL.: PREACT
SUCURSAL: S. PAULO
edifício DO BANCO DO ESTADO RUA JOÃO BRICOLA. 24 lO.o ANDAR — SALA 2 TEL. 3-2257
End. Td.: PREACT
Presidente
J. M. FERNANDES ] o Více-Presidente
J. G. DE ARAGAO
2 8 Vice-presidente
ALCIDES* LINS
1 o Secretirio
DULCIDIO A. PEREIRA
2.0 Secretário
K. AP-THOMAS
1.8 Te.soureíro
ODILON DE BEAUCLAIR
2 8 Tesoureiro
DR. DECTO PARREIRAS
VALENTIM F. BOUÇAS
Diretores
A, RAPOSO Secretário Executivo
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
ADHEMAR JOBIM
ANTONIO PRADO JÚNIOR
FABTO PRADO
GILBERT HEARN
GUILHERME DA SILVEIRA FILHO
JOÃO CARLOS VITAL
JOÃO LUDERITZ
JULIAO NOGUEIRA
LEONIDTO RIBEIRO
MORVAN FIGUEIREDO
RENATO WOOD
WOLFF KLABIN CONSELHO FISCAL Membros efetivos
CARLOS SANTOS COSTA
MARIANO J. M. FERRAZ
RODRIGO OTÁVIO FILHO Membros suplentes
ARMANDO ARRUDA PEREIRA
HELVECIO XAVIER LOPES
LUIZ DUMONT VILLARES COMISSÃO TÉCNICA
WASHINGTON PINTO (Cia. Nacional de Cimento Portiand)
D. L. BRANDAO REIS (Sul Amíríca Ter restres)
ÇEL. CARLOS DE PROENÇA GOMES
SOBRINHO (Fábrica de Boiisiicesso do Ministério da Guerra).
J. REY ALVAREZ (Leopoldina Railíray)
R. PATERSON — WHEELER (Cia. Carris Luz e Força do Rio de Janeiro e Cias Associadas).
J- L. MACIEIRA (General Eléctric, Fábrica Mazda)
J- S, A. PINHEIRO (Cia. Auxiliar de Ein, présas Elétricas Brasileiras)
Temos o grata satisfação de comunicar a transferência do Escritório de nossq Sucursal de S, Paulo, para a Rua João Brícolc, 24-10.° andar, sala 2 — Edifício do Banco do Estado.
Aproveitamos cinda para participar que assumiu a dire
ção de nosso Sucursal o eng. Eudoro L. Berlinck, que já vinho brilhantemente dirigindo, de longa dato, o Escritório da ASSO
CIAÇÃO BRASILEIRA DE NORAAAS TÉCNICAS.
Esses dois fotos são bastante auspiciosos poro nosso Asso ciação que teró mais uma oportunidade de Incrementar suas atividades em S. Paulo e nos demais Estodos do Sul do País.
Contamos que o prezado associado nos dê a honra de uma visita em nosso novo Escritório emprestondo-nos, assim, o apoio de iq.ue tanto carecemos.
Realizou-se, de 23 a 29 de junho p.f., nesta Capital, organizada pela Seção de Segurança do Divisão de Higiene e Segurança do Trobalho, a SEMANA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO, empreendimento com a finalidade de despertar o interesse de empregadores e em pregados paro os problemas relativos à preven ção de acidentes, por meio de uma campanha educacativa.
Poro promover a realização do referida Se mana foi indicada pela D. H. S. T. do Ministé rio do Trabalho uma Comissão assim constituída: Presidente de Honra — Dr. Dedo Parreiras; Presidente — Dr. Milton Fernandes Pereira, respectivamente. Diretor do D. H. S. T. e Chefe da Seção de Segurança da mesma Divisão; sen do os demais elementos os Drs. M. Cavalcanti de Carvalho, da Revista "Trabalho e Seguro So cial"; Moacyr Figueiredo Ramos, do Equitativa Terrestres, Acidentes e Transportes S. A., Da niel Luiz Brandão Reis, da Sul América Terres tre, Marítimos e Acidentes; Hugo Firmeza, che fe do Seção de Higiene da D. H. S. T., Nilo Viei ra do Câmara, da Associação Brasileira poro Prevenção de Acidentes, Victor Hugo Mendes da Costa, Engenheiro de Segurança, John Henry Sioter, Engenheiro do City Improvements C.°; Snrs. Carlos Nery, da Fábrica Mazda, General Eíectric e José de Sousa Castro, do Moinho inglez; e D. Clotilde Bayíon de Rovignan, da Com panhia Auxiliar de Vioção e Obras.
A Semana de Prevenção de Acidentes doTrabalho teve início no dia 23, na Radio Mouó, onde o Dr. Antonio Corrêa Marques, em nome do Dr. Decio Parreiras, fez o sua instalação. Durante todo o decorrer da semana de 23 a 29, médicos, engenheiros. Industriais e repre sentantes de emprêsQS interessadas, proferiram palestras educativas na Radio Mauó e Radio Roquete Pinto, sendo abordados os seguintes te
mas:
"Prevenção de Incêndios", pelo Tenente Humboldt de Aquino;
"Maneiro de se efetuar uma inspeção em local de trabalho", pelo Dr. Francisco Nobre de Lacerda, do Instituto de Ã^posentadorlo e Pen sões dos Marítimos;
"O vestuário e o acidente do trabalho", pe la Dra. Tolito Borges do Carmo, do D. H. S. T.;
"O papel do médico na prevenção dos aci dentes do trabalho", pelo Dr. D. L. Brandõo Reis, da Caixa de Aposentadoria de Serviços Pú blicos e Sul América Terrestres;
"Resultado das Comissões de Segurança no Distrito Federal", pelo Dr. Rubens Siqueira, do D. H. S. T.;
"A prevenção dos ocidentes do trabalho nos Estados Unidos da América do Norte", pelo Dr. Milton Fernandes Pereira, chefe da Seção de Se gurança do Trabalho da D.H.S.T.;
"A mulher e o acidente do trabalho", pela Dra. Mariona Monteiro de Sarros de Britto Ro- " drigues,. do D. H. S. T.;
"A segurança do trabalho no Moinho Inglez", pelo Sr. José de Sousa Castro, da CIPA do Moinho Ingiez e Secretário do Comissão Pro motora do Semana;
"O meio ambiente no local de trabalho", pelo Sr. Heitor Ribeiro Pinto.
Fábricas e estabelecimentos industriais e comerciais desta Capital que possuem Comissões internas de Prevenção de Acidentes realizaram durante essa Semana palestras para seus em pregados, bem como demonstrações práticas so bre o modo de trabalhar a salvo de ocidentes, divulgando entre seus empregados conselhos e regres de segurança e higiene industrial.
O dia 27 de junho, entretanto, marcou o ponto alto da Semana de Prevenção de Aci'dentes.
Em solenidade realizada sob a presidência do Sr. Ministro do Trabalho, Dr. Negrão de Li ma, foram conferidos os prêmios às Empresas que, em 1945, mais se destacaram pelos seus trabalhos em pró! do prevenção de acidentes nos respectivos estabelecimentos.
Ao ato estiveram presentes, além dos
Prevenção de Acidentes — Agosto de 1946
membros da Comissão de Prevenção, presidida pelo Sr. 'Jr. Dedo Parreiras, Diretor da Divi são de Higiene e Seguronça do Trabalho, o Sr. Oscar Soraiva, Consultor Jurídico do Ministério do Trabalho. Fez-se, também, representar na cerimônia a Sra. Gospar Dutra, contando-se ainda com a presença de representantes das fir mas premiadas, e de grande número de pessoas.
Aberta a sessão pelo Sr. Ministro do Tra balho, fez usa do palavra o Dr. Milton Fernan des Pereira, Chefe da Secçâo de Segurança do
O Dr Milton Fernandes Pereira, finnndu lia u .v-i? discurso
Trabalho e membro da Comissão Anual Promo tora da Campanha de Prevenção de Acidentes, que salientou os trabalhos da Divisão de Higie ne e Segurança do Trabalho, desde a suo fun dação no setor da Prevenção de Acidentes no Trabalho. "Ao lado do intimação mois técnica, — ocrescentou o orador — passamos a revol ver o terreno inculto da imprevidéncia. Ao operório, professamos a inferioridade do mutilado e o pouco valor do auxílio do indenização e da aposentadoria. Ao empregador induzimos ò realidode do problema, a vantagem econômica de prevenir o acidente do trabalho. Provamos estatisticamente que todo capital empregado na prevenção de ocidentes rende quatro vezes mais do que a indústria praticada".
Após fazer um rápido histórico dos traba lhos realizados pela Comissão desde 1944, sa lientando que, como resultados desses trabalhos, em significativos totais a freqiuência dos aciden tes foram baixados em 9.154, o orador terminou o seu discurso dizendo; "Hoje temos centenas de firmas previdentes que em justa competição assim se dispuzeram nos esforços em prol da pre venção de acidentes do trabalho no Campanha de 1945, no Distrito Federal".
A seguir falou o Sr. Carlos Nery Pinheiro, do Comporihia General Electric S. A. e membro da Comissão de Prevenção de Acidentes, que
agradeceu, em nome dos firmas laureadas os prêmios que lhes foram conferidos, salientando o alcance da campanha que o Divisão de Higie ne e Segurança do Trabalho vem realizando ofim de banir do meio operário a idéia da fatalidade, que torna tõo espinhosa a tarefa de proporcio nar aos trabalhadores a segurança necessária para q realização dos seus trabalhos. Definindo as finalidades e o programa da Campanha, o Sr. Carlos Nery disse: "O amor ao próximo e, so bretudo o incontido patriotismo que nos domi na é que nos conduz a trabalhar muito e muito pela Campanha do Acidente, sem dúvida algu ma, o mais poderosa arma de que nos servimos contra o ceifaçõo de preciosas vidas; a invalidez, a mutilação de mãos, de pernas, de braços, cegueira; a loucura, enfim, a apavorante legião dos orfõos da felicidade, escopo dos que lutam pela conquista da ventura. O quadro desolador que se nos afiguro, oriundo da imprevidéncia dos nossos homens de trabalho, no tocante à suo atençõo por meio do Comissão de Segurança que procura educá-los pela exibição de cartazes sugestivos e em cores variados, concursos diver sos, disseminação de regras de Segurança ade quadas ao meio de trabalho, palestras, folhetos, prêmios em dinheiro, e um sem número de ou tros motivos capazes de bem_ impressionar". Após salientar o grande êxito da "Semana" de Prevenção de Acidentes", o representante da Fá brica Mazda terminou dizendo da importância da campanha o qual representa um dos maiores empreendimentos poro o bem estar dos traba lhadores em geral e dos Empresas, onde exer cem os suas atividades, como também para o progresso do Brasil cuja evolução muito depende do contribuição dessa grandiosa tarefa.
Falou, após, o Sr. Oscar Saraiva, exprimin do a satisfação do Govêrno Federal em presidir, por intermédio do Ministro do Trabalho, ò sole nidade que representa a preocupação do Estado pela Defesa do Homem e da personalidade hu mana. Disse que os mutilados do trabalho constij-uem a vergonha dos mais elevados civiliza ções industrias e daí o alcance da campanha de combate ò imprevidéncia promovida pela Divi são de Higiene e Segurança do Trabalho. Ter minou fazendo um apêlo a todas as empresas industriais do país para que seguissem o exem plo das que estavam recebendo o merecido prê mio dos seus esforços.
P^^osseguimento, usou da palavra, o Sr. inistro do Trabalho, encarecendo, em nome o Governo, os esforços empregados para pre servar o hornem do civilização moderna, traçon- 0 um paralelo entre as realizações do Govêrno jgen mo e as do Brasil, no setor das realizaçoes in us ncis e concitando a todos os bons rosi eiros a trabalharem unidos em perfeita so-
Pótrio ° ^ ^ ^i^Qrandecimento da nossa
4 Prevenção de Acidentes — Agosto de 1946
sões Internas de Prevenção de Acidentes insta ladas nas nossas fábricas e oficinas e terminou o seu magnífico discurso aconselhando os nossos industriais a "confiarem menos nos cirurgiões e mais nas Comissões de Segurança"; porque êles nõo podem evitar o infortúnio do trabalho, cabendo-lhes somente reparar, em parte, o dano causado pelo acidente.
Prolongadas palmas coroaram as últimos palavras do diretor do Divisão de Higiene e SegurançG do Trabalho.
Brasileira para Prelugar: "Eletromor',
Foi, então, feita a distribuição dos prêmios às firmas premiadas, das quais destacaram-se os seguintes; Classe Proficiência: 1 .^ lugar — General Electric — Fábrica Mazda, "Bronze Senhora Gas par Dutra", oferta da Equitativa Terrestres, Aci dentes e Transportes S. A.; 2.° lugar: Compa nhia Usinas Nacionais, "Taça Dr. Astolfo Ser ro", oferta da Equitativa Terrestres, Acidentes e Transportes S. A.; 3.° lugar: S. A. Cortume Carioca, "Taça Dr. Milton Pereira", ofertada pe la Comissão Promotora da Campanha de Pre venção de Acidentes do Distrito Federal; Classe Emuloção: .° lugar — The Rio de Janeiro Flour, Mi is and Granaries Ltd. (Moinho Inglês) , "Ta ça A/\inistério do Trabalho, Industria e Comér cio", oferta da Associação venção de Acidentes, 2.° Indústria Elétrica Brasileira S. A., "Taça Dr. Décio Parreiras", oferta da Sul América Terrestres, Marítimos e Acidentes; 3.° lugar: Angio Mexican Petroleum C.° Ltda., "Taça Associação Bra sileira para Prevenção de Acidentes", oferta da Cosa da Borracha Ltda.
Além desses prêmios foram^conferidas me dalhas de mérito o cerca de 14 empresas indus triais, fábricas e estabelecimentos outros, assim como diplomas de "Menção Honrosa", a mais de trinta firmas que, pelos serviços realizados em pról do prevenção de acidentes, se tornarem merecedoras dessa distinção especial .
Finalizando as solenidades da Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho, teve lugar no dia 29, no Restaurante da Praça do Bandei ra, do Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS), o almoço de confraternização, oferecido pela Comissão Promotora da Semana, às Comissões Internos de Prevenção de Aciden tes do Distrito Federal Esta festa que contou com a presença do Sr. Dr. Clovis Maranhão, representante do Sr. Ministro Negrão de Lima, Drs. Decio Parreiras, diretor da D. H. S. T., AAilton Pereira, presiden te da Campanha de Prevenção de Acidentes do Distrito Federal e chefe da seção,de Seguranço da D, H. S. T,, Major Agenor Marques, presi dente do CIPA, da Fábrica de Bonsucesso, do Ministério da Guerra e demais componentes da Comissão Promotora da Semana de Prevenção de Acidentes e convidados, fechou com chave de ouro os comemorações do ano de 1946, Após o almoço fez uso da palavra o Dr. Décio Parreiras que pronunciou esplêndido discurso abordando tema relativo à prevenção de acidentes entre nós e encorajando aquêles que se dedicam a tõo humana empreitada a pros seguir nos trabalhos que com tonto sucesso vêm realizando paro o defesa do homem que tra balha. Amostrou o Dr. Decio Parreiras os resul tados que jó têm sido conseguidos pelas Comis
Em seguida fez uso da palavro o Sr. Dr. Clovis Maranhõo que, em nome do Sr. Ministro Negrão de Lima ali fôra poro levar a solidarie dade e o apoio de S. Excia. aos promotores de tão significativo empreendimento de tão altas finalidades humanas, econômicas e patrióticas.
Teve lugar, logo após, o "show" organizado pelo Serviço de Recreação Operária do Ministé rio do Trobalho, sob a direção dos Snrs. Raymundo Wanderley, Diretor da Divisão Cultural, José Luiz e Adolpho Ferreira Bahiana. Momentos muito agradáveis foram, então, proporcionados a todos os que se encontravam no SAPS. Poesias, canções e cenos de teatro li geiro, foram magnificomente interpretadas pelos artistas amadores que vieram trazer o sua cola boração aos festejos da Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho.
Já quasi noite terminou o reuniõc que hó de ter causado àqueles que a assistiram, muito satisfaçõo e deixado muitas saudades.
Assim, decorreu de formo excelente o Pri meira Semana de Prevenção de Acidentes. Es peramos que excelentes sejam também os resul tados que dela é lícito se esperar.
Premiando os que se salientaram em seus esfórços em pró! de uma melhor maneira de tra balhar, a salvo dos riscos de acidentes; mos trando òquêles que trobolham os perigos a que estão permanentemente expostos e ensinondo-os a prevenir os acidentes; confraternizando com os interessados e os responsáveis pela seguran ça do trabalho nas fábricas, nas oficinas, na in dústria e no comércio, para trozê-los a colabo rar conosco no Campanha de Prevenção dos Acidentes, estamos, certamente fazendo obra de humanidade e patriotismo, ao mesmo tem po que defendendo o patrimônio econômico da Pátrio e de cada um.
A Associação Brasileira paro Prevençõo de Acidentes sente-se jubi loso de ter podido cola borar tão intimamente com os organizadores da Semana de Prevençõo de Acidentes do Trabalho cujos objetivos dizem tão de perto com as suas finalidade. E, felicitando por sua vêz esses batalhadores da prevenção de acidentes, concita-os a não abandonar a luta, árdua, difícil e penosa por certo, mas que há de ser vencida pela tena cidade, pelo desprendimento e pelo trabalho de idealistas dessa têmpero.
Muitas e muitas vêzes temos esclarecido que a atenção na execução de seu trabalho é a maior colaboração que o trabalhador pode dar ao S€'U país.
Kor mais insigmticante que seja a tarefa executada si co executá-la procurarmos concen-
0 martelo é muitas vêzes perigoso.
Pedro costumava, nos dias de tolga, exe cutar em casa pequenos serviços de conserto tendo seu fiíhinho aò\íado.
trar nela tôda atenção, os resHjltados serão obti dos com muito maior rapidez e precisão.
O perigo está presente em qualquer tarefa e a distração, mesmo que ligeira., pode acarretar conseqüências.
Observemos os exemplos abaixo:
O impressor ., com 19 anos de idade e residente ó rua . . ., trabalhando, ontem, em uma máquina de impressão na ., sofreu um ferimento por esmogomento na mão direita.
Engrenagem em movimento
Todo operário deve prestar a máxima aten ção ao executar qualquer trabalho.
Certo operário quando trabalhava na má quina, derramou graxa em torno dela e pozse a limpá-la,, com a máquina em movimento. A estopa com qúe limpava a graxa enrolou re pentinamente no eixo, orrastando-lhe os dedos entre as engrenagens. O ferimento foi bastante grave e foi necessário amputar-lhe o dedo.
— O operário ... lidava com uma serra na oficina ., quando ela lhe alcançou a mão direita, decepando-a. Depois de medicado foi internado no Pronto Socorro.
ACIDENTADO
Foi ontem medicado no Pronto Socorro, v.,, de 23 anos, morador na travessa ... e que na ocasiõo em que trabalhava com üm torno, fôra vítima de um acidente sofrendo luxação do quin to dedo da mõo esiquerda.
Ontem, ás 9 horas, os funcionários do es critório da Fabrica ... foram informados de que o operário A. K. S., quando trabalhava na má quina de desmanchar algodão, tivera a unha do dedo polegar da mão esquerda arrancada por uma engrenagem da máquina.
A vitimo foi levada para o escritório da em presa aí recebendo curativos na mõo, ficando en tregue aos cuidados do médico de serviço.
ACIDENTADO
Ü operário . . . com 17 anos de idade e residente à rua . . . foi vítima de um acidente, ontem, qf-iondo trabalhava nas oficinas do...
U acidentado, que sotrera um ferimento confuso na mõo direita, foi medicado na Assis tência Pública, às 9 horas, pelo
(Dos Jornais)A medida oue executava seu trabalho pro curava prender a atenção do filho, explicandoIhs a melhor maneira como fazê-lo, despertando assim, no menino, o interêsse pelo serviço. Acon tece porém que numa dessas aulas sua mulher veio com êles conversar durante algum tempo. Kedro, nao querendo perder tempo, continuava seu trabalho. O assunto porém tornou-se mais interessante que o serviço, e a atenção foi des viada para a conversa. Veio, em seguida, a con seqüência dessa distração. Justamente no mo mento em que éle ia pregar um prego, teve que responder a uma pergunta da esposa e o martelo desceu com toda a força, nco sôbre o prego, mas sôbre seu dedo e um grito muito forte escapoulhe da garganta.
Na seg'unda-feira não pôde trabalhar, pois seu dedo se inflamou e o médico recomendou nado fazer durante 7 dias.
E foi assim, por um desvio de atenção, quo Pedro prejudicou sua família pelas despesas con sequentes do tratamento, seu patrão pela neces sidade de substjtui-lo no serviço por pessoa in experiente, e s&u País pela menor produção de sua fábrica.
Lembre-se sempre, trobal"hador amigo, a atenção é o fator primordial no serviço.
Correção — Os protetores das máquinas e especialmente das engrenagens devem estar no lugar. Nunca limpe máquinas em movimento.
Não se apressem a concluir um trabalho com risco de sua vida. Perca um minuto em sua vida mas não perca a vida em um minuto.
Laboratório Moura Brasil-Orlando Rangel S. A
Fábrica Paulista de Artefatos de Ferro, Ltda.
Indústria de Chocolate Lacta S. A
Frigorífico Armour do Brasil S. A.
Metalúrgica Turioçú
Atlântica — Companhia de Seguros
Brasil — Companhia de Seguros
Companhia Internacional de Seguros
Companhia de Seguros Minas-Brasil
Equitativa Ter. Acidentes e Transportes 5. A.
Segurança industrial
S. A. Novo Mundo — Companhia de Seguros
Sul América Ter. Marítimos e Acidentes
A Fortaleza — Companhia de Seguros
A Piratininga — Companhia de Seguros
LIoyd Industrial Sul Americano
Inscreva seu nome entre êles.
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ABY^F; torres
Presidente
J. M. FERNANDES
1.» Více-Presídente
J. G. DE ARAGAO
2.® Vice-Presidente
ALCIDES LINS
1.» Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA
2.» Secretário
K. AP-THOMAS
1.» Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR
2.» Tesoureiro
DR. DECIO PARREIRAS
VALENTIM F. BOUÇAS
Diretores
A. RAPOSO
Secretário Executivo
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
ADHEMAR JOBIM
ANTONIO PRADO JÚNIOR
FÁBIO PRADO
GILBERT HEARN
GUILHERME DA SILVEIRA FILHO
CARLOS VITAL
JOÃO LUDERITZ
JULIAO NOGUEIRA
LEONIDIO RIBEIRO
MORVAN FIGUEIREDO
RENATO WOOD
WOLFF KLABIN
CONSELHO FISCALMembros efetivos
CARLOS SANTOS COSTA
MARIANO J. M. FERRAZ
RODRIGO OTÁVIO FILHO
Membros suplentes
ARMANDO ARRUDA PEREIRA
HELVECIO XAVIER LOPES
LUIZ DUMONT VILLARES COMISSÃO TÉCNICA
WASHINGTON PINTO (Cía. Nadonal de Cimento Portland)
O. L. BRANDAO REIS (Sol América Terrestres)
PROENÇA GOMES (Fabrica de Bonsucesso do Ministério da Guerra).
J. REY ALVAREZ (Leopoldlna Railway)
R. PATERSON — WHEELER (Cia. Carrls Luz e Força do Rio de Janeiro e Cias Associadas).
J. L, MACIEIRA (General Eiéctric, Fábrica Mazda)
J. S. A. PINHEIRO (Cia. Auxiliar de Em. prêsas Elétricas Brasüeiraa)
Esta é o pergunta que devemos formular todos os dias. Só assim praticaremos algo em benefício da Segurança. Um auxí lio, por mais simples que seja será sempre benéfico. Por exemplo: Se você ao passar por algum lugar encontrar uma casco de banona pelo chão, deve pô-la fora imediatamente pois esta "inocen te casquinha poderá causar um acidente a uma pessoa. Então voce se sentirá satisfeito ao lembrar (que cumpriu uma missão de Segurança evitando froturas que poderiam trazer péssimas conseqüências.
Contamos com o esfôrço de todos em nossa campanha. Este seró valioso e trará satisfatórios resultados. Agora te nhamos sempre em mente esto pergunta:
O que faremos poro a nossa Segurança?
Nâo esperemos que os acidentes ocorram poro depois cor rigi-los. Talvez seja demasiado tarde. Por isso mais uma vez
prevenimos:
Façam seus trabalhas cam as devidas precauções.
Múltiplos e variados são os formas como os acidentes se apresentam e múltiplos e variados são também os transtornos que êles trazem prin cipalmente ao capataz, que é a pessoa respon sável, encarregado das explicações dos ocorrên cias COS chefes, seus superiores.
O capatoz é a pessoa encarregada da clossiticaçõo e distribuição do trabalho segundo o aplicação e o eficiência de cada trabalhador. E' também êie que transmite aos trabalhadores os métodos de cooperação poro evitar os aci dentes
Assim sendo, êie discute com seus compa nheiros os regulamentos de segurança na exe cução de cada serviço.
Mas o acidente sempre acontece. Ocasio nado por um descuido ou por uma distração, hó sempre um fato a registrar. E como o capotdz explicará essa ocorrência o seu chefe?
Hoje, um operário se pôs o sonhar durante o serviço e sofre, um ocidente, em consequêncio dêsse sonho, por não haver percebido qualquer coisa sobre o chão.
Amanhã o fato ocorre com uma operária imprudente que não usou a touca protetora, tra balhando com seu cabelo solto.
Que fará o copotaz nêsse coso? Que expli cação dará o seu chefe?
Poro um copotoz que sempre fez o possí vel para ensinar os métodos seguros de preven ÇQO de ocidentes o seus homens, é irritante ter que explicar porque o Indivíduo tropeçou per dendo um dia de trabalho. E êle se verá entõo na contingência de, com as explicações desses Ocidentes, provocar o suspeita de seus chefes sõbre a suo capacidade para dar instruções de segurança e disciplina.
Mas, a responsabilidade que cabe a êle é de FAZER O POSSÍVEL PARA EVITAR OS AC! DENTES, e quando ocorrerem procurar saber nõo QUEM FUI O CULPADO, mas, sim, QUAL A CAUSA.
Uma vez examinado o fato que causou êsse acidente em todos seus detalhes, êle deverá fa zer algo poro evitar novos ocorrências, estudan do com todo o interêsse, os causas que o pro vocou
E' possível que um operário sofra repetidos vêzes pequenos acidentes classificados como "descuido de suo parte".
Um operário que pelo segunda ou terceira vez incorre num mesmo êrro, não deverá ser dis pensado do seu serviço como descuidodo ou in competente. O primeiro passo a ser dado pelo co potaz é conhecer o seu estodo de saúde otim de descobrir q causa da freqüência dêsse ociden te, Tomemos por exemplo um coso que recente mente foi levado oo Conselho Nacional de Segu rança nos Estodos Unidos.
Um ropaz sofreu 4 ocidentes em menos de um ano. Seu copotaz dizia ser descuido. O exa me físico revelou que êle era vítima de uma ca tarata nos dois olhos.
Tonto o operário como o patrão ignoravam êsse foto. Depois de convenientemente trotodo o ropoz melhorou considerávelmente não sofren do mois ocidentes.
Üutro coso é o de um rapaz que des perdiçava muito moteriol queixando-se seu co potaz que. êste não cumpria os regras de segu rança. Examinado porém, foi constotodo que êste sofria de diabetes.
Então passando a um trabalho onde pudes se sentor pelo menos o metade do dia o rapaz melhorou consideravelmente.
Êsses casos vêm provar que oo copotaz ca be a torefa de averiguar com todo interêsse e cuidodo o causo dos ocidentes.
E si o Sr. é um capatoz eficiente, cumpri dor do seu dever, deve se lembrar sempre em observar seus empregados e, se deporor com' alguma deficiência físico ou mental, monde-o o um trotomento apropriado.
Prevenção de Acidentes — Setembro de 1946 —- 3
Poucos são os trabalhadores que conhecem Q importância relevante que exerce sobre o pre venção de acidentes a maneira de se vestir dos operários durante a execução do serviço.
O uso de uniformes adotado pelos trabalha dores de uma fábrica não tem por finalidade me lhor apresentação de seus servidores, mas sim preveni-los contra acidentes que sõo ocasionados pelo "USO de vestuários nco adequOdos.
A maneira de se^vestir é importantíssima pora a segurança do empregado na oficina. Por isso o empregado deve se vestir sempre com o máximo osseio e com roupas adequadas ao seu trabalho. Os trabalhadores portanto devem ter bem em mente os conselhos que obaixo trenscrevemos:
Grandes desastres já têm ocorrido pelo uso de peças soltos, tais como mangas, gravatas, fi tas de aventais ou relógios,.anéis, pu'seiros, etc., perto de máquinos em movimento. Num descui do qualquer, uma dessas peças em contacto com a máquina em movimento, leva o trabalhador c perda de seu braço, de sua perna ou mesmo dc sua vido.
Aconselhomos portanto o uso, no trabalho de oficina, de roupa mais prática e segura como um mococão com mangas pouco acima do coto velo.
U uso de roupa suja, gasolina ou óleo é muito perigoso por serem essas substâncias tá climente inflamáveis.
Devem oinda ser usados chapéus metálico, ou de fibra dura, perneiras e sapatos especiais.
tstos duas peças têm uma importância relevante no proteção dos trobalhodores. E' dc conhecimento de todos que os trobolhcdores que estão em contacto com solventes ou executam soldes de arco e outros serviços dessa natureza, estão em constante perigo. Hara evitá-los, ao iniciarem seus trabalhos devem trazer um aven tal de couro, osbesto ou borracha, acompanho do de luvas do mesmo material. Assim vestidos estarão prevenidos contra ocidentes que o exe cução desses serviços geralmente ocasiona. Tô-
das as tiros do avento! devem ser omorrcdas poro trós afim de evitar que se embaracem duronte o trabalho.
As luvas veriam de quoíidade segundo suo cphcoção e portanto conforme a natureza do serviço execulodo.
Temos portonto em uso, para prevenção de ocidentes, as:
Luvos de pano — As luvas de pano são ge ralmente usadas paro se lidar com peças polidas, cue se enferrujam ou se descoram pela tronspiração das mãos.
Luvas de couro — tipo manopla — Essas luvos são usadas geralmente para serviços de sol da, para transporte de material e em trabalhos grosseiros. Nco devem ser usados poro se lidar com tropos e peças sujas de óleo, ou em metais e ferramentas muito quentes. O calor enrruga o couro, e quebra os pontos. Devem ser frou xos poro proporcionar ventilação e poro serem fóciimente tírodcs.
Luvas de asbesto — As luvos feitas de os besto sõo usados poro se lidar com objetos e fer romentcs c?uentes. Devem ser conservados sem pre enxutos.
Luvas de borracho — Essas luvas sõo usa das para se lidar com ácidos, solventes, produtos químicos, gasolina, óleos e líquidos que possam prejudicor o pele. Use tocos poro suo conser vação.
O USO dos gorros com viseiros transparentes mas é necessária a escolha adequada ao serviço. As viseiros Inflamáveis, de celulóide, só deverão ser usados iquondo o serviço não fôr de possível con tacto com partes inflomóveis.
Os gorros oferecem ótima proteção nos ca sos de moços traba'hando junto a peças girotórios.
Protejam sempre c cabaço lembrando qu.' elo é o parte do corpo que protege o cérebro. Usem sempre capacetes protetores.
Sapatos — O trabalhador deve estcr sem pre calçado pois seu pé é necessário para seu sus tento. Assim evitará os conseçuênclos ds topadas e da queda de objetos, tais como ferramentas, pacotes, etc, A indústria fabrico, além dos sapa tos comuns, sapatos especiais, chomodos de se gurança, protegidos com chapas de aço especial mente na biqueira.
Além dos luvas e aventais já citados, devem ser usados pelos operários, poro prevenir aci-' dentes os:
CAPACETES DE SEGURANÇA
Capocetes de seguronço — são indispensá veis nos trabalhos de indústrias tais como: pe dreiras, construções, refinarias, etc. afim de resguardá-los contra quedas de moteriol .
Paro certo classe de trabalho é conveniente
Os sapatos de segurança devem ser usados quando se trabalhar com objetos pesados, Êles darão o proteção necessória a seus pés evitando que o quedo de qualquer objeto venho feri-lo.
Usem sapatos de segurança lembrando que mais vale um pé iq,ue duos muletas.
Prevenção de Acicfentes — Setembro de 1946 — 5
Os freios de estacionamento devem ser ajustados depois que esfriarem.
2-° As rodas devem ser calçadas.
Uma hélice de duos pás deve ser colo cada na posição horizontal.
Uma hélice de três pás deve formar o 'etro Y, Sendo que uma pá deve apontar para boixo.
5 ° O estacionrmentò é permitido sómentc ao pista (Jq hangar ou em campo verde, Nunca em q^Jal^qnjer parte de uma pista.
Quando possível, devem ser usadas as cobertas para o motor.
Nos dimos quentes, a capota, coberta Ou outro cobertura da nocéle deve ficar aberta" o suficienig para que haja ventilação nos instruf^entos.
^®**gores:
^ Equipamento do hangar consiste geral mente no seguinte:
Equipamento de provos e quadros para ferramentas;
Bombas e tambores de óleo para o motor;
Tetracloreto de carbono para fins de limpeza;
Aparadores de óleo colocados sob os motores;
Macacos hidráulicos;
Estoque de peças para consêrtos e es toqiue de material;
tquipamento para incêndio, portátil, Compressor de ar fixo ou portátil;
Talhas móveis ou ta!has'com corrente em corrediças no teto.
Os regiulamentos do hangar proibem o arma zenamento de gasolina com chumbo ou branco, dope, tinta, solvente ou outro material inflamável; o armazenamento deve ser feito pelo meiios o 30 metros do hangar.
O hiecônico que tem noção de segurança deve se preocupar com cs seguintes condições do hongor;
Verificor sempre, antes do avião ser re movido, Se há lugar para o movimento da hélice;
2-° Nunca deixar, em baixo do aviõo, o equipamento de provas, bancos de trabalho e
macacos hidrául icos, qucndo nõo estiverem em uso;
3.° Nco se devem deixar objetos ou outros veículos menores sob os osos dos aviões; Os macacos devem ser instalados so mente sob estribos para macacos;
5.° As mesas de trabalho nunca devem se^ deixodas sob qualquer porte do avião quando não estiverem em uso;
6.° Os aparadores de óleo devem sempre ser colocados sob os motores poro evitor escor regões, queda e perigo de incêndio;
/y boldo Q Arco Voltàico ou Açetileno, apesar de nõo ser proibida inteiramente, deve
Realizou-se no dia 30 de maio p.f. a posse da novo Comissão interna de Prevenção de Aci dentes do S. A. Cortume Carioca, importante es tabelecimento desta Capital que conta com mais de um milhar de operários a seu serviço.
E' esta Q segunda Comissão que tem o S. A. Cortume Carioca, destinado a zelar pela seguronço de seus empregados, durante o serviço.
A sua Diretoria compõe-se dos seguintes senhores: Felipe Pinto, chefe da Seção l-C Presidente; Daniel Bessa, apontador do Seção I-C — .° Secretário; Teopompo Meireles Fi lho, costureiro — 2° Secretário; José da Silva Júnior, recortodor — membro representante do Fábrica; Paulo Pombo do Poz, eletricista, éAvntonio Afonso Pena, maquinista,-ambos também representantes da Fábrica.
São todos elementos de valor e dispostos a trabalhar com afinco para que a prevenção de acidentes na suo fábrica tenho cada vez mais eficiência e maior desenvolvimento.
ser controlada cuidadosamente paro que não se ja executado junto dos dispositivos de lavagem, óleos, tuselogem e outros materiais fácilmente infiamóveis;
8° O abastecimento e retirodo do combus tível deve ser feito foro do hangar a não ser que seja obtida permissão especial da autoridade do hangar;
9.° Verificar os pinos de segurança do trem de pouSo escamoteãvej e colocar os calços nos rodos;
10.° Nenhum motor de avião deve funcio nar dentro do hangar, devido aos vapores, perigos de incêndio e jato de hélice;
1 1 .° A não ser que seja necessário um con serto no porte elétrico, desligar sempre a bateria;
12.° Pora extinguir fogo no piso devem ser usodos baldes cheios de areio;
13.° Conhecer o localização do equipamen to de incêndio e aprender como usá-lo.
Gentileza da Escola Técnico àe Avíoçõo, São Paulo.
A propósito vale mencionar que a CIPA do Cortume Carioca que terminou o mandato, teve oportunidade de realizar um trabalho muito in teressante em pról da prevenção de acidentes nesse estabelecimento.
Além de um perfeito serviço de prevenção de incêndios, organizou uma bem treinodb' equi-' pe de bombeiros que, dia e noite, mantem-se alerto e pronta poro agir ao primeiro sinal de olorme. Suas reuniões foram realizadas com
regularidade e úteis e proveitosas providênciaj foram tomados pela Comissão poro evitar a ocor rência de acidentes no referido Cortume.
Tais esforços foram recompensados com o conquisto do Taça Dr. Milton Pereira, 3.° Prê mio Emulação, na recente Campanha de Pre venção de Acidentes, realizado há pouco nesta Capito!.
A Associação Brasileira poro Prevenção de Acidentes que já tem o satisfação de contar a 5. A. Cortume Carioca no rói de seus Associados, GO mesmo tempo que se congratula com o Di retoria da CIPA que terminou o seu mandato, pelo magnífico trabalho que conseguiu realiza-, felicita os membros do Diretoria recem-empossodo, des*ejando-lhe uma fecunda e feliz admi nistração.
Fábrica Gunther Wagner Ltdo. — Est. de São Pofulo.
Refinodoro Paulista S. A. (Usina Tamôio) — Araroqucra — Est. de São PojIo. Klabin irmãos & Cio. (Manufatura Nacional de Porcelana) — Rio de Janeiro — D. F, Brasi leira Fornecedora Escolar S. A. — Est. de São Paulo.
Componhio Goodyear do Brasil — Est. de São Paulo.
Inscreva seu nome entre eles.
Comissão interna para prevenção de acidentes
Condições indispensáveis à segurança do trabalhador e a uma produção normal c satisfatória
SEDE: RIO DE JANEIRO
edifício MAYAPAN
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END. TEL.: PREACI
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EDIFÍCIO DO BANCO DO ESTADO RUA JOÃO BRICOLA, 24 10.» ANDAR — SALA 2 TEL. 3-2257
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Presidente
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1.0 Vice-Presidente
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2.0 Vice-Presidente
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1.» Secretário
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2.0 Secretário
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2.0 Tesoureiro
DR. DECIO PARREIRAS
VALENTIM P. BOUÇAS
Diretores
A. RAPOSO
Secretário Executivo
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
ADHEMAR JOBIM
ANTONIO PRADO JÚNIOR
FABTO PRADO
GILBERT HEARN
GUILHERME DA SILVEIRA FILHO
.TOAO CARLOS VITAL
JOÃO LUDERITZ
JULIAO NOGUEIRA
LEONIDIO RIBEIRO
MORVAN FIGUEIREDO
RENATO WOOD
WOLFF KLABIN
CONSELHO FISCAL Membros efetivos
CARLOS SANTOS COSTA
MARIANO J. M. FERRAZ
RODRIGO OTÁVIO FILHO
Membros suplentes
ARMANDO ARRUDA PEREIRA
HELVECIO XAVIER LOPES
LUIZ DUMONT VILLARES COMISSÃO TÉCNICA
WASHINGTON PINTO (Cia. Nacional de Cimento Portiand)
D. L. BRANDAO REIS (Sul América Terrestres)
DE PROENÇA GOMES
SOBRINHO (F.ábrica de Boiisiicesso do Ministério da Guerra).
J. REY ALVAREZ (Leopoldina Raíliray)
R. PATERSON — WHEELER (Cia. Carris Luz e Força do Rio de Janeiro e Cias Associadas).
J. L. MACIEIRA (Geueral Eléctríc, Fábrica Mazda)
J. S. A. PINHEIRO (Cia. Auxiliar de Em. prêsas Elétricas Brasileiras)
OUTUBRO DE 1946
ANO 4 ~ No. 46
A prevençõo de acidentes é, sob todos os pontos de vista, de gronde utilidade.
A ume pessoa prevenida tudo corre normalmente.
A falta de previdência ocasiona transtornos seríssimos nÕo raro de efeitos mortais.
Lembre-se de que um descuido ou falta de atenção, pode lhe aniquilar o futuro, inutiiizando-o.
No rua, a serviço ou a passeio, devemos sempre estar alerta.
A leitura de um jornal enquanto se onda é perigoso e in cômoda.
Com ctençoo na leitura esquecemo-nos de observar os si nais de trânsito e os efeitos sõo perigosos.
Em uma rua movimentado você tem que dar atenção não só aos veículos como também evitar os trancos e empurrões muito freqüentes a quem se distrai nas caminhadas.
Tenham sempre em mente esta verdade: distrair-se em qualquer lugar e principalmente no execução de sua tarefa é de efeito prejudicial.
A seg'urança do trabalhador repousa sobre os ombros do mestre, feitor, encarregado, ou melhor dizendo da pessoa que dirige o serviço. Considerando ique não há diferenço entre a se gurança e a produção, torna-se desse modo a responsabilidade do mestre extensiva ò segu rança do pessoal e à produção.
Para se obter uma produção satisfatório é necessário que tudo seja feito com método, aten ção e corretamente, t' condição precipuo do mestre providenciar que isto seja feito com o me lhor aproveitamento possível. E se isso não acon tecer estará o mestre falhando às funções que lhe sõo atribuídas, surgindo como conseqüência disto uma série de dificuldades.
Uma das condições primordiais para evitar o queda da produção é o cuidado com o seguran ça do pessoal; um bom mestre não é indiferente ò segurança de seus homens, e nÕo inicia um trabalho apressadamaente sem esfudar os con dições de segurança do seu pessoal, pois isto contribuirá poro a boa produção do serviço a ser executado.
t' dever do mestre dirigir e ensindr seus homens a executar o trabalho da forma correta
De modo geral, os mestres possuem conheci mentes necessários para o trabalho que é feito debaixo de suo direção, entretanto nõo cumpri rão totalmente seus deveres, se não se Instruí rem em práticos seg<uras até o ponto de ter sem pre em vista a segurança, de forma que ensi nando o seu subordinados a maneira de tozer um trabalho perfeito, acostume pelo ensinamen to constante a todos os operários a serem cui dadosos
Conforme se pode concluir nada há de mis terioso ou complicado, concernente ò prevenção de ocidentes, sendo exclusivamente necessário o bom senso, a boa vontade e o recomendável espírito cristão, de que não devemos iqiuerer para os nossos semelhantes o que nõo queremos para nós mesmos,
E' muito comum a errôneo teoria de se dei xar para amanhã o que pode ser feito hoje, e muitas vêzes deixa-se até o que deve ser feito hoje. Quem pratica esta teoria num programa de segurança incide num lamentável êrro, pois não poderá impedir o aumento do número de acidentes, com perda de tempo prejiudicando grandemente a produção.
Em uma indústria, quando um indivíduo é classíticado mestre ou encarregado, e aceita êste cargo, deve estar certo da responsabilidade <que lhe é decorrente de suas funções.
E se aceito o honroso cargo que lhe é con fiado, aceita igualmente a responsabilidade pela segurança do peSsoal que está debaixo de sua orientação, nõo sendo possível evitar esta res ponsabilidade, dentro do lógico bom senso.
Quando as instruções dadas pelos seus mes tres são observadas pelos seus subalternos, nõo só diminuem os riscos e acidentes, como também evitam trabalho perdido e aumentam a produção.
E si o mestre julgar os seus métodos de con vencer os operários, ineficientes, é seu dever fa zer todo esforço paro reforçá-los.
O elemento de defesa mais eficaz para pre venção de acidentes é o ensino. Ensine seus ho mens o fazer o necessário, de modo correto, no momento indicado.
A primeiro vista nos parece que com essa exigência da previsão de acidentes estamos so brecarregando o mestre entretanto, é justamen te o contrário, pois em uma secçõo, ou mesmo em uma indústria, onde nõo houver acidentes, todos os operários desempenharão suas atribui ções, normalmente, sem dispenderem esforços extras pora não diminuir a produção.
Pensando assim, chegamos à conclusão ra cional que a ausência de homens çu-mesmo de um só homem sobrecarregará muito mais o mes tre, do que o elemento de defesa que êle usar poro evitar os acidentes, o maior Inimigo do tra balhador, de sua família e do produção.
Prevenção de Acidentes — Outubro de 1946 — 3
Prevençõo de Acidentes — Outubro de 1946
Como é o mestre o pessoa mais ligado aos operários, êle conhece seus homens, Seus pontos fracos e fortes, sabe mais que quajiguer outro pessoa; portanto, farão mais coso do mestre do que de qualquer outro, assim estamos convenci dos que uma importante parte dêsse trabalho só será eficiente com a colaboração do mestre, visto que é êle o elemento de maior ligação com o tra balhador.
Por êsse motivo, o mestre deve tomar todos os precouções possíveis com respeito ò supervi são de seus subordinados, para asseg<urar-se de que não praticam os maus costumes, não sejam negligentes e nõo tomem o hábito de protelar, que usem seus aparélhos de segurança previstos
pela Companhia, ainda que o trabalho a exe cutar seja por pouco tempo.
üevemos ter sempre em mente que a seg-u rança significa estar livre de perigo e prejuízos, significa estar livre de nos lastimar, de olgumo, formo significa o ausência de perda de tempo e de dinheiro, e muitas vezes a perda de um mem bro que incapacitará um homem para o resto da vida.
(Trabalho apresentado pelo Sr João Limo Damasceno na 6.^ reunião aa Comissão Interna de Prevenção de Acidentes da Companhia Auxi liar de Viação e Obras, realizada em 27 de mar ço de 1946)
Gentilmente oferecidos pelo nossa associa da General Electric, recebemos algumas fotogra fias dc aspétos internos de sua Fábrica.
O espirito de segurança sempre se fez sen tir nessa organização e suas estotísticas-nos re velam como são eficazes os métodos seguidos com o fim de prevenir acidentes.
Não basta a existência dc um serviço de prevenção de ocidentes, é necessário cuidado com a máquina e com o homem. Aquela sendo devidamente protegida com télas, protetores ou outros sistemas convenientes e estes munidos de seu equipamento de segurança
Acima de tudo, porém deve haver o since ro desejo da administração superior de eliminar üs causas dos acidentes.
Esse conjunto existe na General Elétric e daí seu reduzido número de ocidentes.
A freqüência com que se originam os oci dentes do trabalho nos obras de construção e nos estabelecimentos industriais, obriga a insis tir nas medidas tendentes a dar uma completo se•gurança no trabalho. Neste sentido, nada será mais eficiente que dar o estrito cumprimento às leis, ordens e recomendações sôbre as condi ções em que o trabalho deve se desenvolver nos diferentes ambientes fabris ou ao ar livre. Nos casos em que as medidos om vigor resultem in suficientes, devem elas ser completadas com ou tras disposições mais oportunas.
Em varias ocasiões temos assinalado a ne cessidade de considerar conjuntamente a inspe ção e a vigilância nos estabelecimentos indus triais e em outros lugares de trabalho, afim de serem observadas estritamente as disposições em vigor tendentes a proteger o pessoal que exe cuta sua tarefa em condições perigosas, para sua segurança, ocasionadas pelo ambiente insalu bre em que se desenvolve seu serviço habitual Para prevenir esses males, que atentam contra o estado físico dos operários, existe uma legis lação bastante eficiente.
Na tarefa de defender a segurança dos tra balhadores, devem colaborar tanto as autorida des encarregadas de vigiar o cumprimento das leis como os patrões, as companhias de seguro e mesmo os operários.
As primeiras, exigindo que os lugares de trabalho ofereçam os necessárias condições de segurança; que as máquinas tenham todos os dispositivos e elementos necessários para evitar., na medida do possível, toda classe de acidentes; que 05 andaimes sejam construídos de acordo com os mais rígidos princípios de segurança; que o ambiente das fábricas, sobretudo quando se manipulam elementos ou materiais insalubres, ofereça as necessárias condições de higiene, etc.
Os patrões, por seu lado, devem ser inte ressados em facilitar o trabalho são e higiênico dos seus operários, ogindo sempre com um am plo sentido de responsabilidade social.
Para completar estas medidas é necessário uma campanha intensa de divulgação entre os operários e industrieis, por todos os meios persuasivos de que se dispuzer, ilustrando o modo como se devem evitar acidentes que, em algu mas ocasiões, podem ser de fatais conseqüên cias
A êste respeito além dos cartazes que serõo colocados chamando o atençõo sôbre o proble ma, sõo úteis outros processos diretos como con ferências, demonstrações práticos, exibições ci nematográficas, etc., nas quais se pode interes sar o patrões e operários.
E' evidente que uma campanha desto na tureza para surtir seus efeitos deve ter como base o interesse do industrial em colocar seu es tabelecimento em completo acordo com as me didas que devem ser tomadas para evitar aos seus operários aqueles riscos do trabalho que são previsíveis. E' inútil ensinar oo operário os mé todos contra acidentes e em seguida obrigá-lo a trabalhar em ambientes inseguros ou insalu bres, com perigo para sua integridade físico. Com um andaime mal construído, não se poderá nunca evitar que um operário cáia ao sólo, se chegor a escorregar.
O operário, por suo vês, não seguindo as re gras e instruções, não auxiliando enfim o tra balho de seus dirigentes torna-se o principal fa tor dos acidentes que, daí em diante possam ocorrer.
A campanha de prevenção de acidentes é, verdodeiramente, uma campanha de bôa vonta de de todos os Interessados.
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Investigue as causas dos acidentes poro po der evitá-los. Sempre existe algo de interes sante nos quadros de cartazes. Coda sugestÕo de segurança pode ajudar-lhe a evitar um oci dente
A segurança está baseada em:
— Boa saúde;
2 — Atenção;
3 — Vontade de aprender;
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6-
Conhecimento das regras e instruções; Consideração para com os outros; Cuidodo ao plonejar o trabalho; Aplicação do Segurança,
Pergunte a seu chefe o que nõo souber Prevenir acidentes é obrigação de todos. Coopere para evitar acidentes.
Dê suo coloboraçõo decidida à humanitária obra de Prevenção de Acidentes.
A primeira medido que deve ser tomada paro prevenir acidentes resume-se na proteção individual orientada, pela distribuição percen tual das lesões nos diversas partes do corpo.
As lesões se dão principalmente nas mãos, pés, pernas e cabeças. Como se pode observar essas partes do corpo são as que podem ser mais facilmente protegidas..
Existem poro isso luvas, calçados, perneiras opropriadas para certa classe de serviço, ca pacetes, óculos, etc.
Um empregado, quando limpava uma ofi cina, teve necessidade de remover um caixote de um ponto para outro. O caixote pesava bas tante e o rapaz trazia as mÕos sujas de graxa. Não pensou no valor de seus pés e também es tava longe de avaliar o que lhe ia suceder.
Num dado momento, o caixote escorregou de suas mõos e caiu sobre seus pés.
te aqueles que podem trazer conseqüências gra ves como garrofos e vidros em geral Cada coüsa em seu lugar e um lugar para cada cousa.
O falecimento do vítima
De há muito trabalhava na . . ., em Nite rói, o operário ..., de côr bronca, com 28 anos de idade, casado morador no No sábado, quando se entregava aos seus afazeres, aquêle operário se viu atingido por uma polia, que se desprendeu de uma máquina, produzindo-lhe graves ferimentos no pescoço.
Removido para o Hospital, veiu a falecer.
A operária foi hospitolixado em estado grave
O trabalhador do "Engenho ..., ante ontem, pela manhã, quando colocava cana na moendo, sotreu esmagomento do braço direito.
Submetido o umo intervenção cirúrgico no hospital . . veiu, ontem ò tarde poro . . ., acompanhado do
O delegado local instaurou inquérito sobre o acidente.
A vítima foi acidentado justomente quando colocava a última cana no moenda por largar para o almoço.
Aprendam a realizar todos os seus traba lhos com segurança. Às vezes um simples des cuido pode provocar graves acidentes, afastando os operários do serviço por muito tempo ou tal vez para o resto da vida. Observem com a má xima atençõo os desastres ocorridos com seus companheiros, e procurem executar suas tarefas do modo mais conveniente.
Certa moço que trabalhava em um escri tório procurou levantar a máquina de escrever que estava sobre sua mesa. Querendo evitar, de qualquer maneira, a perda de tempo, não pe
N'uma oficina de estamparia, no município de São Gonçalo, onde é empregada, foi vítima de grave acidente a operária ...
Estava ela em trabalho, próximo de uma máquina, quando a polia desta se desprendeu do eixo e foi colhê-la, atirando-a violentamente ao Solo, com ferimentos na cabeça, tendo parte do couro cabeludo arrancado.
Untem, momentos antes dos 12 horas, o senhoritc ., branco, com 20 anos de idode, quando trabalhava na Fábrica de Parafusos, si tuado à rua . . . foi atingida pelo correia de uma máquina, sofrendo orrancamento total do couro cabeludo.
Por umo ambulância que compareceu oo locai, a jovem foi transportada paro o Pôsto Central do Assistência Pública.
Após os curativos de urgência, a vítima que apresentava ainda estado de choque, foi inter nada no Hospitol.
Correção — Não se devem mover cargas pesadas com as mãos sujos de graxa. Devem ser usados sopatos de segurança sempre que neces sário. Essa providência quando tomada tem tra zido forte redução na porcentagem das lesões de pés. Deve ser aconselhado e facilitado o uso dos sapatos de segurança. Estes teem aplicação especialmente na estiva de ccixaria, tambores, barricas, ferros e metais diversos.
Os caminhos e pontos obrigatórios de pas sagem diovem estar desimpedidos. Os objétos não devem ser deixados pelo chão, especiolmen-
diu auxilio a nenhum de seus colegas. As suas condições físicas não permitiam suportar tal peso. Resultou então distensõo dos músculos de suas costas, perdendo em conseqüência dessa im prudência vários dias de trabalho.
Correção — Todos os empregados ou em pregadas, cujo trabalho envolva o manejo de ma teriais pesados, devem ser instruídos no método adequado de levantar pesos.
Apresentando esmagomento num dedo do mão direita, deu entrado ontem na . . . . de côr preta, com 18 anos de idade, residente no . . . Estava em uma prancha, com a mão esquerda para fora. Aproxima-se o-utra prancha e dá-se o choque dos duas, resultando disso o ocidente de que foi vítima o descuidado nave gante.
. .., branco, com 41 anos de idade, foi me dicada ontem no Sonto Casa, em virtude de tet cortado o braço na ripa de uma cerca.
Residente á rua ..., ... retirou-se para a Suo coso assim teve pensados os seus ferimentos.
Vítima das engrenagens de uma máquina, que lhe trituraram inteiramente o braço direito, deu entrado, às 10,30 horas de ontem, no pôsto médico ..., o operário ..., cearense, casado, de 32 anos de Idade, residente em ...
O operário trabalhava, ontem, nas obras da construçõo do Túnel Novo, movimentan do uma das máquinas com que se quebram pe dras, quando teve o braço direito amputado pelo maquinismo da mesmo.
Depois dos primeiros curativos no .. ., o operário foi removido para o Hospital de Aciden tados
(Dos jornais)
Mais de 140.000 trabalhadores ja sâo
beneficiados pelos serviços da Associação
Brasileira poro Prevenção de Acidentes.
Seus empregados estão entre eles?
Componhia Fiação do Rio de Janeiro — Rio de Janeiro —- D. F.
Corrrpanhio Siderúrgico Nacional IVolta Redonda ) — Estado do Rio.
S. A. Indústria Irmãos Lever — Rio de Janeiro — D. F.
Charles A. Menge — Estado de São Paulo.
Arsenal de Guerra do Rio — Rio de Janeiro — D. F.
Inscreva seu nome entre êles.
Algum serviço útil lhe podemos prestar
Procure certificar-se
SÉDE
AV. ALMIRANTE BARROSO, 91 Salas 1 18/19 ^
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ARY F. TORRES - Presidente
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K. AP-THOMAS - 1.° Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR - 2° Tesoureiro
DR. DECIO PARREIRAS - Diretor
VALENTIM F. BOUCAS - Diretor
A. RAPOSO - Secretário Executivo
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
ADHEMAR JOBIM
ANTONIO PRADO JÚNIOR
FÁBIO PRADO
GILBERT HEARN
GUILHERME DA SILVEIRA FILHO
JOÃO CARLOS VITAL
JOÃO LUDERITZ
JULIÃO NOGUEIRA
LEONIDIO RIBEIRO
MORVAN FIGUEIREDO
RENATO WOOD
WOLFF KLA8IN
CONSELHO FISCAL
Membros efetivos
CARLOS SANTOS COSTA
MARIANO J. M. FERRAZ
RODRIGO OTÁVIO FILHO
Membros suplentes
ARMANDO ARRUDA PEREIRA
HELVECIO XAVIER LOPES
LUIZ DUMONT VILLARES
COMISSÃO TÉCNICA
WASHINGTON PINTO (Cia. Nacional de Cimento Portiand)
D. L. BRANDÃO REIS (Sul América Terrestres)
CEL. CARLOS DE PROENÇA GOMES
SOBRINHO (Fábrica de Bonsucesso •do Ministério da Guerra).
J. REY ALVAREZ (Leopoldina Railway)
R. PATERSON-WHEELER (Cia. Carr/s •Luz e Força do Rio de Janeiro e Cias. Associadas).
J. L. MACIEIRA (General Eléctric Fá brica Mazda)
J. S. A, PINHEIRO (Cia. Auxiliar de EmprêsaiN Elétricas Brasileiras)
Após haver a Companhia efetivamente pos to em prática medidas destinadas a eliminar con dições perigosas, existentes em sua fábrica, deve esforçar-se para obter a cooperação ativa dos tra balhadores. O primeiro passo para isso é conven cê-los que está realizando um esforço sistemáti co para evitar acidentes, que a maioria deíès de corre de condições ou práticas inseguras e que, sendo a Companhia responsáveT principal pelas condições existentes na fábrica, ela fará tudo ao seu alcance para que tais condições se tornem seguras.
Assim espera que seus operários assumam propósitos de, em benefício próprio e de seus companheiros, combater as práticas inseguras, evitando os acidentes.
Além disso,- os operários deverão apresentar sugestões a respeito da prevenção de acidentes.
Tais assuntos deverão ser levados aos ope rários por intermédio de cartas pessoais da gerên cia, por meio de editais colocadas no quadro de boletins, atravez das publicações que a empresa editar, em- reuniões departamentais ou gerais.
Isso é necessário, para dar publicidade ao projéto e crear entusiasmo para sua execução. Sem a cooperação de operários êsse plano fracas sará.
Inúmeras são, hoje em dia. as organizações que mantêm em vigor, em suas fábricas e ofici nas, medidas de prevenção de acidentes consta tando, pelos resultados obtidos, que. além do aspéto humanitário que envolvem, tais medidas acarretam benefícios consideráveis para a própria indústria. Cresce por isso, dia a dia, o número de novos industriais interessados, que procuram in teirar-se do assunto buscando informações a res peito. Muitos planos detalhados têm sido prepara dos, para o estabelecimento, dessas medidas de prevenção de acidentes em industrias variadas. Mas, abstração feita da finalidade e característi cos de cada indústria, bem como de seu vulto, todos êsses planos podem resumir-se em alguns poucos princípios fundamentais.
Enumeramos a seguir, várias providências elementares sucessivas a serem adotadas por quem inicia trabalhos dessa natureza. São pro vidências relativamente simples, pois acarretam apenas pequenas despesas e, máo grado isso. as seguram a inclusão das medidas de segurança en tre as práticas habituais da empresa, visando ob ter a produção eficiente.
A prevenção de acidentes deve partir de cima. Ao gerente, cabe dar todo o apoio da Com panhia e iúzer com que as medidas delas decor rentes se integrem no processo da produção. Deve assim fazer com que cada feitor e cada operário saiba a parte que lhe toca nos esforços a dispender para que se implante e desenvolva a segu rança nos trabalhos da empresa. Sem um gerente entusiasta a ampará-lo sempre, é fadado ao fra casso-qyalquer plano de segurança.
O gerente só deve contar com a cooperação decidida de seus homens para a campanha de prevenção de acidentes, depois de mostrar-lhes, por meio de sinais visíveis, tais como protetores, boa iluminação etc., que está fazendo tudo quan to pode para o maior êxito dessa campanha. Para que deles obtenha toda a cooperação, é de suma importância que o gerente faça seus chefes de serviço e feitores crer na segurança e praticá-la da mesma maneira como crêm nos processos efi cientes de produção e os praticam. Isso será con seguido dando à segurança a mesma importância que aos métodos de produção, realizando con ferências freqüentes e fazendo os feitores cien tes da experiência de outras companhias em pro blemas semelhantes.
Aplica-se ao chefe do departamento de pro dução o que dissemos relativamente ao gerente. Ele é como um general na primeira linha da cam panha pela segurança, e, pela sua fé e entusias mo, deve conquistar para ela o respeito e o apoio dos feitores. Se a considerar causa secundária u mesmo fará o feitor. Deve pois fazer com que seja vista como assunto vital pelo departamento de produção.
O chefe de departamento de produção deve mantêr-se em estreito contáto com o diretor de segurança e participar ativamente do planeja mento de atividades que melhorem as condições de segurança.
Qualquer que seja-a importância de um fá brica, dever-se-há ter um homem 'responsável pela segurança. Em pequenas fábricas ou oficinas, será conveniente que essa responsabilidade seja do próprio gerente. j
Em fábricas maiores deverá existir uma pesr sôa com o título de engenheiro de segurança^ diretor de segurança, inspetor de segurança ou outro,
Em organizações pequenas não é necessárib que exerça exclusivamente êsses encargos - mas não se deve escolher para tal posto quem já este ja sobrecarregado por outros deveres.
Além dos conhecimentos especializados, um bom diretor de segurança deve possuir as qualidades que se fazem necessárias ao chefe eficiente em qualquer atividade. Deve ter visão, iniciativa, perseverança, bom senso, habilidade, Idiplomacia) qualidades de comando e, sobretu do, simpatia. Não é indispensável que seja en genheiro embora isso seja desejável. Da mesma maneira que ninguém é perfeito nesta vida, mui tos diretores de segurança não tem todas as qua lidades mencionadas: outras as terão ém larga escala, mas não os conhecimentos técnicos. Ccímo acontece com todas as especialidades pode ser necessário treinamento especi<?l para o diretor de segurança de uma indústria altamente espe cializada.
O Diretor de segurança deve conhecer os homens com quem e para quem está trabalhando, pois o sucesso de seu trabalho depende multo das relações que com êíes mantenha. Por exemplo deve convencer os engenheiros da companhia de que êíes são responsáveis pela colocação de pro tetores, quando projetam máquinas e equipamen tos; os agentes de compra de que devem especi ficar os protetores necessários quando compram máquinas e equipamentos, etc. Da mesma ma neira, cada homem dentro da organização tem, ligadas à Segurança, certas responsabilidades que deve conhecer e desempenhar. Algumas vezes consegue-se isto mediante sugestões, outras vepor um pedido pessoal, outras, finalmente, mediante uma ordem do gerente ou do superitendente. Qualquer que seja o meio, o resultado almejado é fazer com que cada qual se interesse mais pelo problema e assuma sua parcela de res ponsabilidade na execução do trabalho de segu rança.
A subordinação do Diretor de Segurança va com a empreza. Em algumas, é o próprio che do Departamento de Pessoal. Em outras há organismo especial que de qualquer maneira deve estar em íntimo contácto com o serviço do pessoal, pois as informações e sua acção muito dependem desse serviço. (Consulte-se a este res peito nossa circular n.° 10).
Em uma pensão morava um pintor desem pregado e desiludido.
Certa noite, cariçado de andar foi para sua e deitou-se. Embora com muito sono resol mesmo assim, fumar um cigarro.
Mais tarde, já meio sufocado, acordava um tremendo barulho produzido por gritos, sirenes, etc. Num instante verificou que em seu quarto lavrava um Incêndio, grossos rolos de fu maça saiam pela janela dando o alarme à vizi nhança.
Aquele inocente cigarrinho e seu pequeno descuido foram a causa do incêndio que só não assumiu proporções mais graves pela presteza que foi socorrido.
Vamos esboçar ligeiramente os deveres de um diretor de segurança em uma companhia on de nenhuma outra atividade de segurança tenha sido exercida além da colocação de protetores re comendados pelas Companhias de Seguros ou exigidos pelos inspetores oficiais. Ao aceitar o cargo, deve o diretor de segurança certificar-se que o gerente deseja, sinceramente, iniciar a pre venção de acidentes e adotar as medidas praticáveis e razoáveis que ele indicar para obter a cooperação dos empregados. O primeiro passo a dar será a análise dos acidentes verificado na companhia durante os últimos dois anos, pelo menos.
Nossa circular n.° 6 trata do "Registro do Acidente", mostrando como ele deve ser feito e a de n.° 7 trata da "Estatística de Acidentes" onde detalhadamente se encontram os métodos para se organizar essa estatística.
Nada mais natural do que ouvir muitos fei tores ou outras pessoas dizerem: "Nunca tivemos um acidente". O diretor de segurança deve estar habilitado com fatos.e números para provar que houve acidentes; do contrário fica sempre em si tuação desvantajosa.
E não é só. D'entre outros, também os se guintes resultados podem ser colhidos dessas análises:
a) Apontam os Departamentos onde os aciden tes ocorrem com mais freqüência.
b) Mostram as causas dos acidentes e o que deve ser feito para eliminal-os
c) Apontam os capatazes cujas turmas estão su jeitas a maior número de acidentes.
d) Devem ser usadas para estimular a compe tição entre Departamentos, no sentido de melhorar as condições de segurança.
Acham-se a disposição dos Associados, em nosso Escritório, diversos catálogos de material para Prevenção de Acidentes.
Em tais catálogos como por exemplo no da Ampco Metal Inc. N.° 177 de Janeiro de 1946 encontramos as seguintes ferramentas: chibancas, alavancas, escovas, ponteiros, facas, espátutulas, picaretas, alicates, serrotes, tesouras, coIheres, chaves de fenda, chave inglesa, chave para porcas e chave de diversos tipos, ferramentas apropriadas para trabalhar em local onde há ga zes inflamáveis, na proximidade de explosivos, etc. As ferramentas contidas nesse catálogo não produzem faísca com o atrito ou pancada, faíscas estas, que inflamariam os gazes ou os explosivos que estivessem perto, se se trabalhasse com ferramentas comuns.
Falta de cumprimento de instruções de serviço Distrair-se durante a execução de uma ta refa é geralmente de efeito desastroso. Por isso deve-se concentrar toda atenção no trabalho e lembrar que por uma simples distração poder-sehão desperdiçar todos os esforços empregados até aquele momento no sentido de evitar um aci dente.
Acidentes sempre a.contecem quando se trabalha de maneira insegura seja por falta de. instruções adequadas, de seu cumprimento quan do elas existem, por falta de atenção, etc.
A distração no serviço vem quando já se tem prática e já se julga ser mestre em seu ofício. A falta de cumprimento de instruções ocorre ge ralmente, quando se é novo e não se conhecem as conseqüências de uma imprudência.
Assim toda moça que trabalha junto a eixos ou outras peças giratórias, deve proteger sua ca beça com um gorro. Uma simples máquina de furar pode causar o arrancamento do couro ca beludo.
Sonhar durante a execução de uma tarefa é muitas vezes perigoso. Mantenha sempre toda atenção no serviço. Lembre-se que o acidente é realmente um problema bastante sério, e que afeta a felicidade de cada indivíduo, sua eficiên cia no trabalho e sua segurança econômica.
Sabemos que os acidentes nem sempre são produtos da casualidade e que podem ser evitados facilmente.
Um método correto de executar seu trabalho sem que haja nenhum risco de acidente, é repou sar, longe do local do trabalho, ao sentir qualquer cansaço e não se distrair nem por um minuto.
Instruções devem ser dadas para que as moças usem gorros toda vês que trabalhem na indústria.
A gerência deve iniciar uma campanha edu cativa com o fim de animahas a usar gorros ou capacetes. Os capatazes devem obrigar seus em pregados ou empregadas a comprir as regras de segurança.
Todo operário deve prestar toda atenção ao executar seu trabalho. Lembrem-se que um des cuido pode ser fatal. Deixem os sonhos para de pois e procurem executar seus serviços da ma neira mais segura.
Por menor que seja a tarefa ela deve ser executada da melhor forma possível. Fazendo as coisas bem feitas não só triunfarão como evita rão acidentes que muitas vezes têm resultados funestos não só a vocês como também aos seus.
Feriu-se casualnicnte
O alfaiate. residente em. ontem, à tarde, quando amolava um canivete, feriu-se na mão esquerda, sendo acometido de uma hemor ragia.
A vitima depois de submetida ao tratamen to de urgência, recolheu-se a sua moradia.
O soldado feriu-se acidentalmente
.soldado da Força Policial do Estado que presta seus serviços na. ,, ontem, quando lim pava uma pistola, descuidou-se e, acionando o gatilho, a arma disparou tendo o projétil atingido o indicador da. mão esquerda.
O soldado foi imediatamente socorrido no Hospital de Pronto Socorro, de onde saiu para a enfermaria da sua corporação.
Acidente na padaria.
O padeiro. . com 28 anos de idade, quan do trabalhava na. às 3 horas de ontem, so freu um acidente, dele saindo ferido pela faca com que cortava massa, sofrendo um ferimento inciso na mão esquerda, cuja medicação foi pra ticada na Assistência Pública,
De trágico e lamentável acidente foi vitima, ontem, um dos empregados de uma oficina consertadora de sapatos, sita à. no momento exa to em que finda a primeira fase das atividades diárias, se preparava para deixar o estabeleci mento, afim de almoçar. Para isso. dirigiu-se o rapaz. ap segundo pavimento, onde Ia à büsca do paletó, quando ao deixar a cabine.do ascehsor, este se pôs, inesperadamente, em movimento, imprensando-o entre o piso e a parte superior da porta. A morte não foi imediata, o que levou alguém a solicitar socorros à Assistência. Ao che gar a ambulancia já nada mais havia a fazer vis to que ele havia falecido.
Trabalhava em uma máquina na. o operá rio. com 38 anos, casado, residente à. quando a polia da mesma partiu-se indo atingi-lo, lançando-o sobre a máquina. Com o choque,'o operário fraturou o crânio.
o operário teve o crapio fraturado, falecendo quasi instantaneamente
^Quando trabalhava, hoje na secção de chanfraçao de laminas de canivete, na Fábrica, foi vitima de lamentável acidente, o operário de 51 anos casa o. Encontrava-se êle trabalhando num re ° esrneril, quando a pedra partiu-se e um os pe aços oi atingir o operário na cabeca, fraturando-lhe o crânio.
Solicitada uma ambulancia da Assistência, nada mais foi ddssívpI -f-v— ' ^ H ^ivei ta.i.er, pois o operário teve morte quase instantânea, Decditou parte da cabeça e um dos braços
As nove horas e trit^f- . j u Serraria num acidente Cm ""C deu, de modo lamentTjel TvCdl"
O fato, segundo apurou j da maneira seguinte áaup! determinação do capatz H °
Ar. r. da serraria, foi designa do para colocar toros de j ro oup ronHi,^ f^adeira em cima do car ro que conduz os mesmn/ z- ^ serem beneficiados Nu^ ^ contrava em cima do cTr. ^«^^s que se ennão poude segurar, dos pedaços de madeiCa CCe centro à alavanca do carrn ^ rumo a uma das serra^d ° 'l" T ° lhe parte da cabeca e um d T'' T^dCC' pelos companheiro;, foi tTraí'd d ° r-.ria ortrio ''rado do porao da sercarro. já sem vida.' velocidade do
Acidentado um impressor do.: 'gico acontecimento verificou-se hoje, pela manha, nas oficina*; Ar. ^ . M ^"t.inas do Quando ali tra- balhava o impressor de 42 anos de -idade, teve o braço direito esmagado pelo compressor da máquina. ^
D ^ operário foi socorrido por uma ambulância do Posto Central de Assistência, e conduzido, di retamente, para o Hospital.
(Dos jornais)
A qualidade mais apreciada em um homem de trabalho, depois de sua habilidade profissio nal e carater, é a atitude vigilante mantida nc trabalho, contra os perigos que ameaçam nlo só a si como a seus companheiros. Em toda produ ção eficiente a segurança é indispensável. Pense no valor Inestimável da sua colaboração para o aumento da nossa produção e procure evitar os acidentes do trabalho. Os dias em que voce estiver acidentado, o nosso país terá sua produção di minuída ou atrasada. Procure, portanto, colabo rar na Prevenção de Acidentes do trabalho, na sua fábrica ou ofina, lembrando-se de que você •próprio-pode ser vitima de um descuido de outrem, de urria máquina com defeito, de uma fer ramenta em máu estado, de uma engrenagem,
polia ou serra sem proteção. Para ajudar esta campanha, você deve levar ao conhecimento do seu patrão toda anormalidade que observar na máquina em que você trabalha, todo defeito que verificar na ferramenta que você e seus compa nheiros utilizam e cbmunicar toda possibilidade de acidentes na oficina em que você é emprega do. Se você Imaginou uma melhor maneira de executar determinado serviço ou de evitar aci dentes nesta ou naquela máquina, apresente sua idéia ao mestre dâ oficina, porque, assim fazen do, você estará prestando um serviço ao Brasil, evitando desperdício de material e-mão-de obra nas indústrias e poupando braços e vidas, tão ne cessárias ao nosso País.
M. DEDINI & CIA. — Vila Rezende - Piracicaba - S. P.
CARLOS DE BRITO & CIA. — Rio de janeiro - D. F.
THE SYDNEY ROSS CO. — ■Rio de'Janeiro - D. F.
DR. FELtNTO B. COIMBRA — Rio de janeiro - D. F.
COURO E METAL SOCIEDADE ANÔNIMA — Rio de Janeiro - D. F.
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CAFETEIRA BRASILEIRA S. A. — Rio de Jaheiro - D. F.
S. A, CORTUME CARIOCA -- Rio de janeiro - D. F.
USINAS SANTA LUZIA S A - - Rio de Janeiro - D. F.
LAVANDERIA HOTÉIS E SILÜLARES S. A, — Rio de Janeiro - D, F.
inscreva seu nome entre êles. Algum serviço útH
CUSTO DIRETO
PflGfIMENTO PELO EMPREGADOR SE Nfl"0 Mfl' SEGURO OU PELfl ENTIDRDE SEQURPDORfl SE O SEGURO EXISTE
5 R L fl R O S INDENIERÇÕES
DESSASTEDE MAQUINAS E PERRflMENTflS
GASTOS MÉDICOS GASTOS DE RDMINISTRSÇflO
PERDA DE TEMPO
PERDA DE MATÉRIA PRlMfl
TRAMITES
LEGAIS
DOS OPERÁRIOS
DO EMPREGADOR
CUSTO IMDIRETO
GASTOS DE MEDICINA
NOS PRIMEIROS SOCORROS.
DO MEDICO DO PESSOfíL DE ENFERMfífíífí
NOS PRIMEIROS auxílios PRESTADOS AO ACIDENTADO.
ESTE CUSTO esta' SEMPRE A CARGO DO EMPREGADOR
MAJA OU NAO SEGURO
DIFERENÇA NO RENDIMENTO PRODUZIDO PELO TRABALHADOR, SUBSTITUTO DO OPERÁRIO ESPECIALIZADO QUE SOFREU UM ACIDENTE
AJUDA flO ACIDENTADO SIMPATIA COMPANHEIRISMO CURIOSIDADE COMENTÁRIOS INQUIETAÇR'0.
IMDIRETO DO EST/\DO (COLETiVtoaDE)
DOS ENGENHEIROS DOS CflPATAZES.
NO ESTUDO DfíS CfíUSRSDO fíCiDENTE NE R£0R6fíNISfíÇfí'0 DO TRRBELHO.
1 NDÚSTRIRS CONEXAS
NfíS PRRRUZfíÇÓES E RTRRZOS SOPfí/OOS
MORaL(S£HJ\M^HTO CAUSADO A'família,DIFÍCIL
SER AVALIADO)PODENDO
Pesquizar as causas dos acidentes é o pri meiro e principal elemento de Prevenção.
SEDE; RIO DE JANEIRO
AV. ALMIRANTE BARROSO, 91 edifício MAYAPAN 11.® AlíDAR — SALA 1.119 END. TEL.: PREACI
TEL. 42-0928 — CAIXA POSTAL 2,918
8UCTJRSAL: S. PAULO edifício DO BANCO DO ESTADO RUA JOÃO BRICOLA, 24 10.0 andar — SALA 2 TEL. 3-2257 End. Tel.: PREACI
ÂRY F. TORRES - Presidente
J. M. FERNANDES - 1.° Více-Presidente
ALCIDES LINS - I.® Secretário
DULCIDIO A. PEREIRA - 2.® Secretário
K, AP-THOMAS - 1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR - 2® Tesoureiro
DR. DECIO PARREIRAS - Diretor
VALENTIM F. BOUCAS - Diretor
A. RAPOSO - Secretário Executivo
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
ADHEMAR JOBIM
ANTONIO PRADO JÚNIOR
FÁBIO PRADO
GILBERT HEARN
GUILHERME DA SILVEIRA FILHO
JOÃO CARLOS VITAL
JOÃO LUDERITZ
JULIAO NOGUEIRA
LEONIDIO RIBEIRO
MORVAN FIGUEIREDO
RENATO WOOD
WOLFF KLABIN
CONSELHO FISCAL Membros efetivos
CARLOS SANTOS COSTA
MARíANO J. M. FERRAZ
RODRIGO OTÁVIO FILHO
Membros Suplentes
ARMANDO ARRUDA PEREIRA
HELVECIO XAVIER LOPES
LUIZ DUMONT VILLARES
COMISSÃO TÉCNICA
WASHINGTON PINTO (Cia. Nacional de Cimento Portiand)
D. L. BRANDAO REIS (Sul América Terrestres)
CEL. CARLOS DE PROENÇA GOMES
SOBRINHO (Fábrica de Bonsucesso ,do Ministério da Guerra).
J. REY ALVAREZ (Leopoldína Raíiway)
R. PATERSON-WHEELER (Cia. Carrís Luz e Fôrça do Rio de Janeiro e Cias. Associadas).
J. L. MACIEIRA (General Eléctric Fá brica Mazda)
J. S. A. PINHEIRO (Cia. Auxiliar de Emprésas Elétricas Brasileiras)
DEZEMBRO DE 1946 ANO 4 - No. 48
O trabalho de pesquiza deve. ser exercido tanto pelo operário como pelos Encarregados de pessoa! e de material.
Parte da culpa dos acidentes recai também sobre o operário, mas parte cabe ao seu chefe, en carregado da fiscalização do pessoal e do mate rial.
Assim encarando podemos classificar os aci dentes de acordo com a discriminação abaixo.
Por fisca lização deficiente
Um 1947 próspero e venturoso é o que a A. B. P. A. deseja a todos os seus Associados e a todos aqueles que com ela trabalham na Pre venção de Acidentes.
E ao iniciarmos éste novo ano, tomemos, um a um, a resolução firme de transformal-o num ano sem acidentes, na indústria, no comér cio, na agricultura, na rua ou em casa,
E aproveitemos esta data para um estudo dos acidentes ocorridos em 1946. Revivamos os acontecimentos e verifiquemos si foram aplica das as medidas necessárias para evitar sua repe tição:
1.°) Instruiram-se os trabalhadores quanto à maneira de executar corretamente seus traba lhos?
2.°) Tomaram-se as necessárias medidas de proteção ao trabalhador?
3.°) Adquiram-se equipamento completo e os aparelhos de segurança apropriados a cada serviço?
4.°) A execução de determinadas tarefas for feita ccxn o uso dos aparelhos protetores indicados pela administração?
E após este exame, renovemos todos, una nimemente, industriais, administradores, traba lhadores e colaboradores, o desejo que temos de fazer com que nenhum acidente venha perturbar a ventura que nos trará o 1947
E que apliçados os métodos de segurança se'A R D a"".?" é o que a A. B. P. A. deseia aos seus Associados.
Evitemos acidentes
Sim, é o fator principal, Dela decorrem quasi todas as causas de acidentes. Seja atencioso em seu serviço e será assim seu próprio protetor. A atenção é necessária em todas as horas, quer na execução do mais simples trabalho, quer no mais complexo.
Causas de Acidentes
Por causa dependentes do operário
do equipamento do local adequado da obrigatoriedade dd uso de material protetor da conservação das máquinas e materiais etc. atenção cuidado uso do material protetor segurança na execução do serviço, etc. conhecimentos técnicos
Cabe ao encarregado do pessoal como me dida direta de prevenção, a proteção individual do operário.
Equipamento
Para isso é necessário que o encarregado disponha de equipamento completo e bem mon tado, acompanhado dos acessórios tais como; Juvas, redes de cabelo, óculos protetores,^ calçados especiais, máscaras apropriadas, vestuários, ca pacetes, etc. devendo ser bem esclarecido o em prego de cada um.
Obrigatoriedade
A fiscalização do uso desses materiais deve ser rigorosa e eficiente, pois ela desempenha um papel preponderante na Prevenção dos Acidentes. Mas a fiscalização não atinge somente aos ope rários. Atinge também, e principalmente, às má quinas e aos materiais. Eles carecem de igual ze lo e cuidado. Não faça conserto provisório nos materiais. Eles são caminho aberto para os aci dentes.
Local adequado
Afora os acidentes propriamente ditos há ainda a assistência individual ao operário, o zelo pelo seu estado geral, a escolha do local apropri ado a cada serviço, afim de evitar as lesões Inter nas, muito comuns nos operários que trabalham com ambiente e material inadequados.
E agora encaremos a parte que cabe ao ope rário na Canipanha contra os acidentes.
Atenção na execução do serviço; Atenção no emprego do material adequado. Atenção na conservação dos mesmos; Atenção nos efeitos que seu trabalho produz; Atenção na limpeza, e em tudo; Atenção.
Cuidado
O cuidado está intimamente ligado à aten ção. Para que seu serviço esteja bem feito e, você bem protegido é necessário toda atenção em sua tarefa e todo cuidado com sua proteção.
Como primeiro passo, cuidado quanto ao uso dos materiais apropriados para cada tarefa. Não procure demonstrar maior habilidade executando certos trabalhos sem o emprego do material apro priado. O fato de você executar um trabalho que carecia de luvas, sem calça-ias, não demonstra que você é mais forte ou mais eficiente, demons tra, sim que você é rebelde e desobediente e está mais sujeito aos acidentes. Cuidado portanto sig nifica: "Não trabalhe sem empregar o material exigido pela sua tarefa".
Ajude-nos com o seu cuidado, na Prevenção dos Acidentes.
Ao executar seu trabalho faça-o com pra zer. Procure nele motivo de interesse e verá que por mais insignificante que seja a tarefa execu tada, ela requer conhecimento na execução.
Se alguma dúvida ocorrer durante a execu ção do serviço, recorra a seu companheiro. Nãc tente fazer o que você não sabe. Isto poderá tra zer como resultado um acidente que tanto pode ser simples como pode inutiliza-lo para sempre. O conhecimento técnico é adquirido não só pelo estudo, mas também pela prática criteriosa, pela segurança na execução da sua tarefa. Adquira os conhecimentos próprios da sua tarefa e apliqueos com Segurança.
Será assim mais um dos que lutam pelo bem estar dos operários na Prevenção dos Acidentes.
Caiu sob o peso de uma barra de ferro de 700 quilos
Lamentável e impressionante desastre veri ficou-se, ontem, ás 16,45 horas, com o operário
Uma barra de ferro pesando 700 quilos caiu desastradamente sobre o seu torâx, ocasionandoIhe a ruptura do estomago e esmagamento de vários orgãos internos. O estado da vitima é deses"perador.
Caiu da arvore
Teve a perna esquerda fraturada, devido a ter caído do cimo de uma mangueira, o menòr de 8 anos de idade.-A vítima sofreu, além da fra tura da perna, escoriações generalizadas.
Acidente de morte no bairro de Capão Fresco
Atingido pelo desmoronar da arvore o menor sucumbiu instantaneamente
Ontem á tarde, verificou-se lamentável aci dente de morte, no bairro de Capão Fresco, em que perdeu a vida uma inocente criança.
Por volta das 17,40 horas, o lavrador... que Tazia pouco regressara da roça, achava-se empenhado no corte de uma árvore, nas proxi midades de sua casa,
No momento em que deu o último golpe e quando a arvore já ameaçava cair, surgiu o menor de 5 anos, que foi apanhado em cheio. Sofrendo esmagamento do tórax, a criança sucumbiu, antes mesmo de receber qualquer so corro médico.
... vendo o seu neto morto, foi- tomado de dôr e desespero que tornaram mais lastimável o trágico acidente.
A polia da máquina apanhou a moça
Na fábrica... sucedeu, ontem, funesto aci dente com uma moça que ali trabalhava. Em dado momento a polia de uma peça colheu-a e jogou-a a distancia toda ensangüentada. Transportada p'ara a Assistência a infeliz criatura submeteu-se a uma intervenção cirúrgica, tendo-lhe o... am putado ò braço direito que foi esmagado. A jo vem ainda teve fraturada a coxa direita e o punho esquerdo. Não resistindo aos ferimentos recebi dos, vêio a falecer na Assistência, às 2 horas de hoje.
Feriu-se acidentalmente com uma faca
O açougueiro... de 46 anos de idade, ca sado, ontem, por volta das 17,30 horas, quando cortava carne no açougue situado a rua..., feriuse na mão esquerda com a faca que manejava. No Pronto Socorro, para onde foi removido, a vitima recebeu os curativos de que necessitava, retirando-se a seguir.
O comerciário... de 44 anos, letoniano, re;^ sidente na rua. foi colhido por um grosso ga lho de arvore que serrava, ajudado por outros companheiros. Tendo sofrido fratura do crânio. Teodoro foi socorrido por uma ambulância do Hospital. falecendo ao ser medicado.
O teto desabou
As 9 horas e meia de ontem,desabou.o teto de um barracão em construção, no interior de uma fábrica de propriedade de,.. Dois operários que ali trabalhavam foram apanhados pelos es combros sofrendo ferimentos de natureza leve na cabeça e no rosto.
Eis as vitimas: ... de 17 anos, cuja família reside á rua... e ... de 46 anos, casado, carpin teiro, morador á rua
... casada, de 50 anos, residente á rua... foi socorrida no posto central de Assistência, apresentando contusão na cabeça. Passava por baixo de um andaime de uma construção na Ave nida quando um martelo caiu-lhe na ca beça, fenndo-a.
.. - operário, de 2] anos, morador à rua... quando desarrumava um guarda-roupa, em sua residência, urn martelo caiu-lhe na cabeça. Com foi socorrido no posto cen tral de Assistência.
Na... em..,. desabou, ontem, um gal-
Muitas lesões são causadas por gavetas abertas Todo empregado encarregado de organiza ção de arquivos deve ter sempre em mente os perigos ocasionados pelo descuido. Lembrem-se que um Instante de descuido pode significar uma vida inteira de sofrimento. Uma lesão por mais leve que seja é sempre um aviso de que existe al guma deficiência no seu trabalho. Investiguem sempre. Tomem as devidas precauções antes que ocorra um grave acidente.
A maioria dos casos de acidentes pode prever-se facilmente antes mesmos que ocor ram. Um observador esperimentado reconhece facilmente a situação embaraçosa em que se en contra. Não fazendo caso das regras de seguran ça, um empregado trabalhava distraidamente na organização do seu arquivo. Em um dado momen to. precisou de qualquer papel ^que se encontrava na última gaveta. Imediatamente tratou de apa nha-lo, sem ter tomado o cuidado de fechar pri meiramente a gaveta de cima. Enquanto procura
va o papel não se lembrou de que a outra gaveta ficara fora do lugar e ao levantar-se recebeu uma forte pancada, derrubando ainda o arquivo e todo o papei que cuidadosamente separava.
Esses acidentes devem ser cortados com a aplicação de um programa educativo, correta mente planejado onde o funcionário aprenda a ver e a aplicar a maneira de executar seu serviço. Lembrem-se que muitas lesões são causadas por gavetas mal colocadas.
Há seis tipos diferentes de martelos ma nuais usados geralmente: de carpinteiro, de me cânico, de chumbo, de latão, de couro crú e de madeira ou plástico. O mecânico encontrará a maior parte dêstes em qualquer operação de ofi cina. Os martelos são feitos para finalidades es pecíficas e ao lêr estas explicações será evidente que o emprêgo errôneo deve ser evitado.
De carpinteiro: Êste martelo é geralmente usado em todas as operações de marcenaria.
A parte de metal do martelo é feita de um material mais macio do que os martelos de mecâ nico e não devem ser usados nas operações de trabalho de metal.
De mecânica: Êste martelo é conhecido como martelo de bola e é especialmente designado para trabalhos de máquina. Êle é feito de aço especial e não lascará sob pancadas fortes, se fòr conser vado em condições convenientes.
de motores e lugares onde for necessário cuidado na aplicação de força. A cabeça de couro crú é renovável.
Madeira ou Plástico: O martelo plástico é empregado para ajustar serviços e dar ,pancadas leves. As partes ,plásticas do martelo são fixadas por rosqueamento ou processo patenteado e de vem ser usados com cuidado. Batendo em super fícies agudas com a extremidade do martelo, estragar-se-há a matéria plástica. A face do plás tico deve ser conservada lisa, limando ou esmerilhando.
matando um outrb nue ' numero da.... As'au^dSfVc"s1L\ram °
outra vdima era pensada na Assistência.
(Dos jornais)
De chumbo e latão: Êstes martelos são mo delados de chumbo ou latão e são usados para bater nas freses, nos parafusos rosqueados e par tes de máquina que seriam estragadas se fosse empregado um martelo de aço. Um pedaço curto de uma polegada de cano é usada como cabo e é Introduzido no molde quando o martelo é construído.
De couro crú: Êste martelo é empregado para adaptar o trabalho nas engrenagens, peças
1. A face de qualquer dêstes martelos deve ser plana e paralela ao eixo do cabo.
2. Os martelos de mecânico são levemente chanfrados ou arrendondados nas extremidades da
"^-ctéririnquanto"
face, para reduzir qualquer tendência que haja para se estragar naquele ponto.
3. Alguns martelos de carpinteiro são semelhan temente arredondados nas extremidades, mas Isto é somente para evitar que a madeira se estrague em determinado trabalho.
4. Para pregar tachas e pregos, um martelo de face chata será muito útil, pois evitará que o prego se escape ou que o martelo se escorregue da cabeça do prego. Conserve-o sempre com á superfície Usa.
5. A segurança do martelo depende multo da ma neira como a cabeça é encaixada no cabo. Se a cabeça for colocada um pouquinho de lado,
pode ser a causa de muitos acidentes que pa recem inexplicáveis.
6. O ajuste da cabeça do martelo ao cabo, deve ser perfeito.
7. As cabeças devem ser fixadas, com calços e os cabos devem ser postos de molho, se ne cessário, para evitar que saiam da cabeça.
8. Dê pancadas leves, com martelo leve, e panca das fortes com martelos pesados.
Os acidentes pessoais ocorreni devido as ca beças de martelos se soltarem e falta de cuidado nas pancadas. Verifique a cabeça do martelo quanto à firmesa. Dar pancadas com martelo é um processo que precisa ser estudado; dê pan cadas leves até que você saiba usar o martelo.
O pessoal encarregado de abastecer o avião com combustível, tem uma responsabilidade tão grande quanto em qualquer das etapas na seqüên cia das operações que levam gasolina da refinaria até o bocal da mangueira distribuidora. A pessoa que desempenha concienciosamente esta função, sabe que qualquer descuido de sua parte poderá acarretar uma pane no avião, destruição de pro priedades ou perdas de vidas. Ela deve ser de confiança para lidar com o equipamento de au toridades superiores e para colocar no avião gaso lina limpa e não contaminada para que haja ris co de vidas e de propriedades. O abastecimento dos aviões é perigoso se não forem tomadas as devidas precauções em virtude da presença dos vapores de gasolina e fontes de ignição.
1 — Geral: Para eliminar a asfixia ou feri mentos que por acaso possam ocorrer num aciden te durante o abastecimento, todo o pessoal no avião deve ser removido e tòdas as operações re lacionadas com o abastecimento cessarão neste momento. Tôda vez que isto.fôr impraticável de vem-se tomar todas as precauções afim de se obter ventilação adequada e evitar a ignição.
2 — Fumo: Serão proibidos dentro da área de 15 metros de qualquer operação de abas tecimento, o uso de cigarros, charutos e cachim bos acesos; uso de fósforos e isqueiros e uso de qualquer outra fonte de ignição. Quando um avião estiver sendo abastecido além do limite de 15 m, os trabalhadores serão avisados que não se pode fumar.
3 — Ignição: O abastecimento do avião será realizado fora e longe de qualquer fonte de igni ção.
4 — Quando se usa um caminhão de abas tecimento, ele fica estacionado de tal maneira que possa ser retirado do local com o,mínimo de ma
nobras em caso de fogo ou explosão. Os freios de vem ser apertados e o motor desligado.
5 — Chave da Bateria: O chefe dos mecâ nicos do aeroporto verificará se estão^ou não des ligadas a chave de bateria do avião e a chave de ignição. Ele providenciará para que todas as pessoas que trabalham nas imediações do avião estejam informados de que está se processando o abastecimento do avião. A chave mestre pode permanecer ligada, mas não deve ser ligada nem desligada durante o abastecimento. O rádio ou outro equipamento elétrico não deve funcionar durante o reabastecimento.
6 — Extintores de Incêndio: O chefe da tri, pulação verificará se os extintores de Incêndio es tão colocados em suas posições certas e se há al guém em condições para manejá-lo imediata mente no caso de incêndio.
7 — Queda de Objetos: Depois de colocada a escada e antes de subir até às asas, o mecânico retirará todos os objetos de seus bolsos afim de evitar que eles caíam no tanque que se acha aberto ou então avarie a asa.
8 — Ligação à terra: Antes que o bujão de gasolina tenha siao removido do tanque do avião e antes de se iniciar o abastecimento, tanto o caminão como o avião aevem estar eletrlcamente ligados à terra por meio dos fios terra. Antes de encostar o bocal no tanque êle deve entrar em contáto com a estrutura do avião, de modo a igualar qualquer carga estática que porventura exista. O^ocal deve ser ligado à terra.
— Abastecimento diretamente do tam bor: Quando se tiver de abastecer o avião, direta mente dos tambores, retirar do depósito o núme ro de tambores necessários e colocá-los à uma distância relativa da asa, agrupados de acordo corn a necessidade de cada tanque. Mante-los de pe com a abertura de saída da gasolina voltada cima. O fio terra será então ligado ao tambor está sendo esvasiado e ao avião. Se se usar um íuníl, ligá-lo também à terra.
12 — Abastecimento diretamente das latas: Algumas vezes é necessário reabastecer o avião usando latas. Esta operação é perigosa e o uso adequado das medidas de segurança não devem ser negligenciadas, embora seja apenas necessá ria uma pequena quantidade de combustível. O avião será disposto na posição indicada no plano geral preestabelecido, bem como o extintor de in cêndio e medidas de emergência.
13 — Tampa da lata: A tampa da lata será afrouxada mas não retirada antes que a lata seja levada até o tanque, de modo a"não encontrar di ficuldade no remover a tampa no funíl.
14 — Enchimento dos tanques de gasolina: Quando se estiver enchendo os tanques de gaso lina instalados provisoriamente nas cabines do avião, existirá um risco muito grande. A ventila ção é de suma importância. Os fios terra devem ser ligados e deve-se lidar cuidadosamente com o combustível. Um segundo mecânico deve estar
na expectativa para socorre-lo aos primeiros sin tomas de asfixia ou fogo.
15 — Desbastecimento: Quando se tornar necessário desabastecer o avião, será essa feita fora do hangar. Uma pequena seção da manguei ra será ligada ao bocal, o qual atinge o fundo do tanque; os fios terra serão ligados a todos os elementos e as válvulas serão ajustadas para levar o combustível dos tanques dos aviões aos tanques de armazenagem adequada. Se for usada uma bomba manual, não colocá-la sobre as asas. Se não houver bomba disponível, o combustível deve ser drenado do coletor do tanque ou válvulas de dre nagem do sistema de combustível. O recipiente deve ser mantido tão perto quanto possível da saída do dreno com um fio estático ligando a lata e o aviao.
(Gentileza da Escola Técnica de Aviação - São Paulo)
M. P. DEDINl & CIA."
Vila Rezende - Piracicaba - S. CARLOS DE BRITO & CIA.
Rio de janeiro - D. F. THE SYDNEY ROSS CO.
Rio de janeiro - D. F. DR. FELINTO B. COIMBRA
Rio de janeiro - D. F. FABRICA YPÚ — ARTEFATOS DE TECIDOS. COURO E METAL SOCIEDADE ANÔNIMA
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j. PALERMO Gr CIA.
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Rio de janeiro - D. F.
USINAS SANTA LUZIA S. A.
9
— Bocal: Os bocais serão abertos e fecha dos suavemente. Os tanques de combustível não serão cheios até transbordar.
10 ■—- Coletores de Drenagem: Quando estiver drenando coletores, usar um recipiente para apa nhar a descarga. Esta operação será feita fora do hangar.
Rio de janeiro - D. F.
LAVANDERIA HOTÉIS E SIMILARES S. A.
Rio de janeiro - D. F.
Inscreva seu nome entre êies. Algum serviço útil lhe podemos prestar
Procure ceitificar-se
SEDE: RIO DE JANEIRO
AV. almirante BARROSO, 91 edifício MAYAPAN
11.0 ANDAR — SALA 1.119
END. TEL.: PREACIX
FEL. 42-0928 — CAIXA POSTAL 2.916
SUCURSAL; S. PAULO
EDiPiciO DO BANCO DO ESTADO RUA JOÃO BRICOLA. 24
lO.o ANDAR — SALA 2
TEL. 3-2257
End. Tel.r PREACI
F, torres - Presidente
M. Fernandes - l.° Vice-Presidente
J. G. De ARAGÃO - 2.° Vice-Presidente
ALCIDES LINS - 1.° Secretário
DLILCIDIO a. pereira - 2° Secretário
K. AP-thoMAS - 1.® Tesoureiro
ODILON DE BEAUCLAIR - 2° Tesoureiro
OR. DECIG parreiras - Diretor
VALENTIM F. BOUCAS - Diretor
A. RAPOSO - Secretário Executivo
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
ADHEMAR JOBIM
antonio prado ;unior
FÁBIO prado
GILBERT hearn
guilherme da silveira filho
JOaO CARLOS VITAL
JOÃO LUDERITZ
JDLIÃO nogueira
LEONIDIO RIBEIRO
morvan figueiredo
RENATO WOOD
WOLFF KLABíN
CONSELHO FISCAL
Membros efetivos
CARLOS santos COSTA
MARIANO J M. FERRAZ
RODRIGO OTÁVIO FILHO
Membros sluplentes
ARMANDO ARRUDA PEREIRA
HELVEcio XAVIER LOPES
LUIZ DUMONT VILLARES
COMISSÃO TÉCNICA
WASHINGTON PINTO (Cia. Nacional de Cimento Portiand)
Brandão reis ISul América Terrestres)
CEL. CARLOS DE PROENÇA GOMES
SOBRINHO (Fábrica de Bonsucesso do Ministério da Guerra).
J, REY ALVAREZ (Leopoldina Railway)
R- PATERSON-WHEELER (Cia. Carrís Luz e Força do Rio de Janeiro e Cias. Associadas)
J- L. Macieira (General Eléctrlc Fibrica Mazda)
J- S. A. pinheiro (Cia. Auxiliar de Emprêsas Elétricas Brasileiras)
O quadro social da Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes acaba de ser enriquecido com a inscrição dos Departamentos Regionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (S.E.N.A.I.) dos estados do Rio Grande do Sul, de Pernambuco e de São Paulo. Inscreveu-se tam bém como nosso associado a Escola Técnica de Belo Horizonte.
Êsses novos associados merecem registro es pecial, porque, pela natureza das suas atividades, vêm prestigiar a ação educativa, que "constitúi o programa da Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes, a qual se estende, assim, a impor tantes instituições de ensino industrial, concor rendo para dar maior e mais rápido desenvolvi mento á prática da Prevenção de Acidentes no nosso país.
A Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes, sentindo-se estimulada pela prova de confiança que os diretores de tão importantes instituições depositam na sua açlo, expressa-lhes os seus agradecimentos e registra com grande sa tisfação a inscrição desses seus associados, assim como a de Importantes industriais do estado do Rio Grande do Sul, os quais, pelo destaque com que figuram no parque industrial brasileiro, não poderiam deixar de se incorporar ao movimento para combate ao acidente do Trabalho no nosso pais.
Com a missão de divulgar a prática moderna da Prevenção de Acidentes, visitou recentemente o estado do Rio Grande do Sul, o nosso enge nheiro José S. A. Pinheiro, que se desempenhou com o mais completo êxito da sua delicada tarefa, dado o ambiente propício e acolhedor alí encon trado.
A Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes, sobremodo sensibilizada pelo cavalhei resco acolhimento com que foi distinguido, na quele estado, o seu representante, cumpre o gra to dever de expressar os seus efusivos agradeci mentos às várias organizações industriais, asso ciações, órgãos oficiais e à imprensa porto-alegrense, pela valiosa colaboração que veio trazer novo e maior incentivo aos que trabalham.pela causa nobre da Prevenção de Acidentes e pelo seu desenvolvimento no nosso país.
Como um preito de justiça, a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes salienta a cooperação franca e decidida da PROTECTORA — Companhia de Seguros contra Acidentes do Trabalho, a dinâmica organização seguradora riograndense, cumprimentando os seus esforçados e esclarecidos diretores pela magnífica e bem ori entada campanha preventiva de acidentes, que estão promovendo no Sul do país, consignando, também, o seu reconhecimento pela assistência espontânea e profícua da Sociedade de Engenha ria do Rio Grande do Sul, do Departamento Re-
gional de Aprendizagem Industrial (S.E.N.A. l.) do Rotary Clube de Porto Alegre, do Centro da Indústria Fabril e do Departamento de Viação e Obras da Prefeitura de Porto Alegre, onde o nosso engenheiro, recebido com a maior simpatia, pro feriu palestras, que lhe abriram o caminho para o seu trabalho de divulgação da Prevenção de Acidentes.
Ao Correio do Povo e ao Diário de Notícias, os valorosos órgãos da Imprensa rio-grandense, que tão eficazmente concorreram para divulgar os nobres e elevados objetivos da Prevenção de Acidentes, ao dr. Fábio de Morais, Delegado Re gional do Ministério do Trabalho, Indústria e Co mércio e aos seus dedicados auxiliares srs. João Lathuada e Wilson Oliva, que entusiasticamente presidiram a instalação das Comissões Internas para Prevenção de Acidentes em várias fábricas de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e São Leopoldo, aos srs. ]. E. L. Millender, Dario Gastai e C. O. Bossemeyer, respectivamente, diretor-residente e gerentes da Companhia Carris Porto Alegrense e da Companhia Energia Elétrica Rio Crandense, ao dr. Aymoré Drumond, diretor da Viação Férrea Rio-Crandense, aos engenheiros Atila do Amaral e Mario Goulart Reis, respectiva mente chefe e assistente do Departamento do Pessoal da referida organização ferroviária, ao dr. Germano Peterson júnior, presidente do Clube do Comércio e a todos os industriais, técnicos e en genheiros rio-grandenses, cujo apoio e encoraja mento facilitaram a ação do seu enviado ao Rio Grande do Sul, a Associação Brasileira para Pre venção de Acidentes manifesta o seu sincero re conhecimento.
Ilustramos o presente número do nosso Bo letim com clichês de alguns aspectos fotográficos dos contatos feitos pelo nosso engenheiro, por ocasião da sua visita ao Rio Grande do Sul.
Aspecto da assistência no auditório da Escola Visconde de Mauá do S.E.N.A.l., em Porto Alegre, por ocasião da exibi ção da película cinematográfica sobre a aplicação do método "prone" de Schaefer, para reanimação das vitimas de choque elétrico e de asfixia por afogamento e inalação de gases.
O estado do Rio Grande do Sul se orgulha muito justamente da sua indústria variada e pro gressista, que conta com estabelecimentos fabris reputados entre os mais importantes do país. Os industriais gaúchos são animados de elevado esr pírito de iniciativa, tendo a colaboração de técni cos capazes e de operários eficientes e laboriosos.
Não é de admirar, portanto, que a Preven ção de Acidentes tenha sido recebida com o mais franco entusiasmo no estado do Rio Grande do
Sul, visitado recentemente por um dos nossos en genheiros, em missão da Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes e que lá encontrou um ambiente sumamente propício ao desenvol vimento dessa moderna técnica, já pelo adianta mento da sua indústria, já pela receptibilidade do seu povo ás iniciativas de progresso.
O interêsse pela missão do nosso represen tante. não se restringiu, porém, ao que era lícito esperar dos diretores e operários das fábricas, como os mais diretamente afetados pelos danos e prejuízos resultantes do acidente do trabalho. Em vários outros setores de atividade, a Preven ção de Acidentes foi acolhida com a mais perfeita compreensão das suas ejevadas finalidades. Uma organização seguradora" ■rj^ograndense," compreen dendo os benefícios que lhe poderia proporcionar a prática moderna da Prevenção de Acidentes en tre os seus segurados, incorporou-se à Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes, promo vendo uma inteligente campanha, que foi rece bida com grande simpatia pelo público.
Na imprensa, em várias associações e em^ instituições técnicas e educacionais, a Prevenção de Acidentes constituiu assunto de especial in terêsse, durante o rápido contacto que tiveram com o nosso representante.
Órgãos oficiais, como a Delegacia Regional do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, apoiaram, também, com entusiasmo, a tarefa de divulgação da Prevenção de Acidentes, secun dando, aliás, a ação que o referido ministério vem eficientemente desenvolvendo no país, por inter médio da Divisão de Higiene e Segurança no Tra balho, orientada pelo idealismo do Professor Décio Parreiras, um dos mais destacados pioneiros da Prevenção de Acidentes entre nós.
A melhor prova, porém, da perfeita compre ensão com que os gaúchos acolheram a Prevenção de Acidentes, foi a sua repercussão nos próprios meios culturais, devendo-se a um dos seus mais brilhantes expoentes, o jornalista e escritor Au gusto Carvalho, ex-secretário de Educação, a fe liz e inspirada expressão, — automaHsmo da de fesa, para interpretar o objetivo prático e ime diato da Prevenção de Acidentes, qual seja o de criar e desenvolver no operário e no trabalhador a ccnciéncia dos riscos que o cercam, ao executar as suas pesadas tarefas e dos quais podem resul tar lamentáveis sofrimentos para sí e sérios pre juízos para a indústria.
E' com especial satisfação que a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes registra a contribuição do jornalista gaúcho Augusto de Carvalho, dando-lhe o devido crédito pela sua fe iz definição, que não temos dúvida, ficará con sagrada entre os nossos técnicos e os que se de dicam a êste ramo da organização moderna do trabalho, contribuindo para a sua divulgação e melhor compreensão no nosso país.
Extrato de uma palestra proferida pelo nosso engenheiro José S. A. Pinheiro no Rotary. Clube de Porto Alegre.
Curso de Prevenção de Acidentes para os inspectores de zona da PROTECTORA — Cia. de Seguros contra Acidentes do Trabalho. Aspecto de uma das palestras proferidas pelo nosso engenheiro José 5. A. Pinheiro, vendo-se, da esquerda para -direita, sr. Amilcar O. Horne, inspetor nas cidades de Pelotas e Rio Grande, sr. João Caries Rezende, sub-gerente da companhia, sr. Alfredo Altenbernd, inspector no estado de Santa Catarina, sr. Francisco da Rocha Timm, inspector da 3.^ zona, sr. Armando Luiz Rezende, inspector em Porto Alegre, sr. Yaro Gontan Landó, inspector da 4.^ e da 5.^ zonas e sr. Joaquim Brasil Ramos, inspector da 2,^ zona.
Pelo Decreto-lei n.° 7036 de 10 de Novem bro de 1944, instituiu o nosso govêrno, a obriga toriedade da Prevenção de Acidentes nos esta belecimentos industriais do país. adotando o sis tema de Comissões constituídas por patrões e em pregados, engenheiros e capatazes. médicos e mestres da fábrica, as quais receberam a designa ção de Comissões Internas para Prevenção de Acidentes (C. 1. P. A.) e cuja missão é promover os meios necessários a evitar os acidentes do tra balho, que ocorrem nas nossas fábricas. A orga nização e o funcionamento dessas Comissões se acham regulamentadas pela Portaria n.° 229 do Departamento Nacional do Trabalho, de 19 de Junho de 945.
Adotando, a nossa legislação, o sistema de Comissões de patrões e empregados para comba ter o acidente do trabalho, seguiu, aliás, a prática já adotada com completo êxito nos grandes cen tros industriais e recomendada pela técnica mo derna da Prevenção de Acidentes. O sistema de Comissões, além de permitir um meio mais eficaz
e mais pronto para combater o acidente, tem mos trado que constitui, também, uma maneira prá tica e eficiente de estabelecer um objetivo co mum, que contribuirá para fortalecer os laços de solidariedade e o espírito de colaboração, que de vem existir entre patrões e empregados. Gerentes e operários, técnicos e capatazes, encontrando-se freqüentemente nas suas reuniões de segurança, descobrirão, dentro de pouco tempo, que poderão trabalhar juntos em perfeita harmonia e resolver amistosamente problemas de mútuo interêsse. Os resultados de tão agradável associação têm levado muitas organizações industriais a se utilizarem dessas Comissões para a solução de outros pro blemas, de natureza social, técnica e administra tiva. Talvez, as nossas Comissões internas para Prevenção de Acidentes (C. 1. P. A.) venham, ainda, fornecer a oportunidade para que patrões e empregados possam estabelecer uma associação cada vez mais intima entre ambas as partes, ten do por base os seus mais genuínos interêsses.
Aqui mesmo, em Porto Alegre, nesta cidade
Aspecto de uma reunião de segurança à qual compareceram todos os operadores da Companhia Energia Elétrica Riograndense, vendo-se, da esquerda pata a direita, sentado, o sr. C. O. Bossemeyer, gerente da companhia, e engenheiros Raul Daudt, presidente da C. I. P. A. e José S. A. Pinheiro Depois da reunião foi exibido uma película cinematográfica sobre a reanimação das vitimas de choque elétrico.
Aspecto da mesa que presidiu a instalação da C. P. A, na firma Indústria Metalúrgica e de Munições de Amadeo Rossi & Cia., na cidade de São Leopoldo, vendo-se, da esquerda para a direita, sentados, o sr. Alberto Rossi, diretor da firma o nosso engenheiro José S. A. Pinheiro, sr. João Lathuada, representante do Delegado Regional do Ministério do Traba-
balho, sr. Leonel Friederich, consultor assistente da firma, Júlio Otto Schmidt, sócio, sr. João Carlos Rezende, e Otávio Sperle, respectivamente sub-gerente e agente da Pro tetora — Cia. de Seguros contra acidentes do Trabalho, O presidente da C. 1. P. A. e o sr. José Piovan, que se vê em pé, ao centro, sócio da empresa e chefe das oficinas,
feliz e progressista, já tive a oportunidade de ve rificar os admiráveis efeitos dessa associação, Ins pirada pela Prevenção de Acidentes, que criou um novo motivo para estimular, cada vez mais, os sentimentos de solidariedade humana entre os homens de trabalho.
Na Companhia Geral de Indústrias foi esco lhido como representante da diretoria, para pre sidente da C. í. P. A., um velho mestre, acatado pelos seus chefes e subordinados, que, desde lo go, se atirou com entusiasmo e real interêsse ao desempenho de sua nova missão. Sentindo que, à frente do Serviço de Prevenção de Acidentes da sua organização, havia sido chamado a colaborar na melhoria da economia da empresa, ao lado dos seus diretores, contribuindo para evitar os des perdícios de mão de obra,^de máquinas e ferra mentas e de materiais, por um lado, e por outro, concorrendo para proteger os seus operários con tra os sofrimentos causados pelo acidente do tra balho, o conceituado mestre começou a viver uma nova vida. Sem perda de tempo, emitiu ordens de serviço para proteção de máquinas e instruções sobre a maneira segura e correta de executar de terminadas tarefas, distribuindo equipamentos protetores entre os seus homens. Tive a oportuni dade de ver as suas instruções aos chefes de secÇão, os quais, ao tomarem conhecimento das mesmas, as assinavam de próprio punho, sob o parágrafo final: — "tomei conhecimento das ins truções acima, que prometo obedecer e fazer cumprir". Ele próprio, como mestre geral da fá brica, recebeu dele próprio, agora investido do novo e honroso cargo de presidente da C. I. P. A., as mesmas instruções dirigidas aos demais mes tres e chefes de serviço, "prometendo obedecelas e faze-las cumprir".
Encontrei-me, algumas semanas depois, com um dos diretores da citada companhia, o qual, entusiasmado com o sucesso do seu Serviço de
Prevenção de Acidentes, disse-me: — "o Lúcio está no sétimo céu, em apenas um mês de ativi dade, já reduziu a media dos acidentes de cêrca de quarenta por cento".
NOTA Sr. Lúcio Soares Figueiredo, o Lúcio aci ma referido, designado para representar a diretoria da Companhia Geral de Indús trias na sua Comissão Interna para Pre venção de Acidentes, como presidente da mesma, é um antigo e estimadissimo mestre geral da fábrica, pelo que foi re cebida com simpatia geral a sua designa ção para presidente da C. I. P. A., que tem, ainda, como membros, o sr. Alcides Buz), secretário: sr. Waldomiro dos San tos, representante do Sindicato dos Em pregados em Metalurgia; dr. Fernando Schneider, médico e o sr. João Carlos Re zende, consultor técnico.
N.® 37 — Janeiro
Castigo
Novas Comissões de Segurança
Alguns fatos impressionantes ocorridos em 1945
Como evitar acidentes.
Que faço pela Segurança
A ventilação, fator de segurança
Falham os freios (X)
N.® 38 — Feveireiro
Plano de Trabalho das Comissões de Se gurança.
A Prevenção de Acidentes nas Empresas de Construção (D. L. Brandão Reis)
Bancada de Carpinteiro
Record
E esta!
Conselhos aos Motoristas
Comissões internas de Prevenção de de Acidentes.
Prevenção de Acidentes nas empresas de construções (continuação da p. 3)
Doenças Profissionais do pulmão. Prevenção violenta Susto
Faça do seu lar um doce lar evitando acidentes (X)
N.® 41 Maic
E' econômico prevenir acidentes
Causas de Acidentes
O cansaço dos operários
Você acredita na fatalidade?
Regras de Segurança
As ferramentas de mão causam muitos acidentes
Conselhos ao trabalhador
O acidente do trabalhado é um mal que afeta:
Ajude sempre o novo colega
Secção de colaboração
Claridade
Aprenda e Obedeça as regras de segu rança de sua Fábrica
Custo do Acidente
Alguns Associados Nossos
Noticia,auspiciosa •
N.® 42 Junho
Segurança antes de tudo
Proteja suas mãos
Acidentes com dias perdidos em Março de 1946, ocorrido na Protetor colocado na se^ra' circular Regras para a segurança pessoal
Segurança nas escadas
Instruções aos trabalhadores
Alguns Associados Nossos Trabalhe com Segurança Ordem do dia
O que faremos para a nossa segurança Procure sempre saber qual a causa dos acidentes
A maneira de vestir-se Considerações sobre o estacionamento de aviões
Nova comissão interna de prevenção de acidentes da S. A. Cortume Carioca Anguns Associados Nossos Mantenha o caminho desimpedido (x)
N.® 46 — Outubro
A atenção é indispensável Contribuição da Cómpanhia Auxiliar de Viação e Obras
General Electric
A segurança no trabalho Mais vale prevenir que lamentar Causas de acidentes
Acidentes do trabalho
Mais de 140.000 trabalhadores já são beneficiados pelos serviços da Asso ciação Brasileira para Prevenção de Acidentes Seus empregados estão entre eles?
Alguns associados Nossos
Na Escola de Condutores e Mortoneiros da Companhia Carris Porto Alegrense quando o nosso enviado dissertava sôbre a prevenção de acidentes do tráfego.
Da importante firma de Porto Alegre, A. J. RENNER, S. A., a conceituada indústria do ves tuário, conhecida em todo o país, pela excelência dos seus produtos, recebemos uma série de inte ressantes e Inspirados desenhos, executados pelo seu departamento artístico, tendo como motivo a Prevenção de Acidentes.
Agradecendo aos diretores da firma A. j.
N.® 39 Março
E' econômico prevenir acidentes
Em se tratando de segurança não hl estabelecimento pequeno.
Doenças profissionais
Conselhos aos ciclistas
Nós
A mesa que instalou os Serviços de Prevenção de Acidentes na Companhia Geral de Indústrias, de Porto Alegre, vendose, ao centro, o nosso enviado, tendo á dírflita o sr. João Lathuada, representante do Delegado Regional do Ministério do Trabalho, e à esquerda o sr. Lúcio Soares Figueiredo, presidente da C.I.P.A. e o sr. Alberto Kneiper, diretor-ge rente da empresa.
RENNER, S. A. pela sua gentileza, e desejandoIhes manifestar a sua apreciação pelo seu elevado espírito de colaboração em prol da causa da Pre venção de Acidentes, a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes, tomou a iniciativa de utilizar a valiosa oferta que Ihè foi feita, na con fecção dos seus próximos cartazes educativos, prestando, ao mesmo tempo, uma merecida ho menagem à progressista organização industrial rio-grandense.
Usinas Monte Alegre
Documento impressionante e valioso
Alguns Associados Nossos
Pubiic Safety
N.® 40 Abril
Por que cáem os trabalhadores. Dispositivos de Proteção nas Máquinas
Proteja sua mão
Ferramentas Elétricas Manuais
Invento de um trabalhador, destinado a reduzir acidentes no trabalho.
Quem é responsável pela segurança?
Responsabilidade da Segurança
Farol de Segurança
N.® 43 Julho
Você respeita seu chefe?
Como diminuir os acidentes
A falta de atenção provoca acidentes
Óculos Protetores
O ensino dos "Primeiros Socorros" cc. mo medida de prevenção.
Causas de Acidentes
Como cs acidentes ocorrem en, máquinas e aparelhos mecânicos
Doenças profissionais do pulmão
Cinturões de Segurança
Use óculos de sequrar.^ ,,, yutança para nao usar ôlho de vidro (X)
N.® 44 Agosto
Sucursal de São Pauio
Semana de Prevenção de Acidentes a ta e atenção provoca acidentes
ü martelo e muitas uiids vezes perigoso
Engrenagem em movimento
Acidentes do Trabalho
Alguns Associados Nossos Remover objetos deixados compete a todos (x) pelo chão.
N.® 47 —- Novembro
Cooperação Mútua
Organização de um programa de Segu rança industrial Descuido
Catálogos de Material Causas de Acidentes
Acidentes diversos Operário do Brasil
Alguns Associados Nossos Custo do Acidente do trabalho (x)
N.® 48 — Dezembro prevenção de Iniciamos Novo Ano Fatores indispensáveis à acidentes
Acidentes diversos
Causa de acidente
Martelos
Abastecimento de um Avião
Alguns Associados Nossos Instalações defeituosas causam aciden tes (x)
Aspecto do jantar oferecido, no Restaurante do Palácio do Comércio, pela diretoria e altos funcionários da PROTECTORA — Cia. de Seguros contra Acidentes do Trabalho ao nosso representante, que se vê ao centro, tendo à sua direita, sr. Francisco Ivo Schuch, diretor, sr. Eugênio F. Wanner, ge rente; e à esquerda, Dr. Gert Eduardo Seco Eichenberg, presidente da companhia e sr. João Carlos Rezende, subgerente.
Damos início a esta sessão, que se destina á colaboração dos membros das "Comissões Interpara Prevenção de Acidentes" dos associados da A. B. P. A., a qual será recebida com agrado por este Boletim.
Do sr. A. A. Guarishi. presidente da C.I.P.A. da Ciilette Safety Razor Co. of Brazil recebemos a colaboração abaixo, que agradecemos, . -
Em todas as fábricas péde-se aos operários para não se descuidarem pois, além disso consti tuir um furto de tempo ao empregador, represen ta mal exemplo para os colégas e diminuição da produção. Esta vai, indiretamente, acarretar carestia de vida porque o produto é mais onerado com a mão de obra maior e mais cara.
Agora, com o exemplo que acabamos de notar numa fábrica podemos acrescentar que o descuido é também inimigo da prevenção de aci dentes do trabalho e amigo do acidente. Foi numa prensa automática um operário "olhando para ontem" esqueceu o seu dedo onde a matriz bate na peça.
Êsse infeliz e descuidado operário, ficou com a ponta do dedo amassado, resultando ficar doente 15 dias, aos cuidados da Companhia de Seguros, em prejuízo do empregador e de sí pró prio.
Esta máquina tem as peças de segurança nor mais, a Comissão de Segurança tudo fez para pre ver e evitar acidentes, cartazes são espalhados por tôda fábrica e farto noticiário afixado em quadro próprio. Mas, quando um operário é des cuidado, nada se pôde fazer, apenas lamentar o ocorrido e que sirva este exemplo para os demais empregados, no sentido de não haver acidentes dessa natureza — distração —.
No nosso próximo número, daremos início à publicação de um interessante trabalho do sr. Wilfrid Garrett sôbre a Inspeção Fabril na GrãBretanha, mostrando como a questão de Higiene e Segurança no Trabalho é tratada, naquele adian tado país, pelo seu esclarecido governo e pelos empregadores industriais.
A importante questão é regulamentada na Grã-Bretanha pelas Leis Fabris .(Factories Act), que são fiscalizadas por um Departamento Cen tral, sob a jurisdição do Ministro do Trabalho e do Serviço Nacional, em muito se assemelhando ao que já se pratica entre nós, sob a orientação da nossa legislação sôbre o assunto e sob a fisca lização da Divisão de Higiene e Segurança no Trabalho do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Pelo trabalho do sr. Wilfrid Garrett, veriflca-se que na Grã-Bretanha, a propaganda para Prevenção de Acidentes, não apenas na indústria, mas também nas rodovias e no lar, é feita por uma organização voluntária particular, a Real Sociedade para Prevenção de Acidentes, apoiada pelo govêrno e colaborando com o mesmo na ta refa de atrair a atenção dos empregadores para a questão de Prevenção de Acidentes e na educa ção dos trabalhadores, correspondendo, a sua ação, ao programa estabelecido pela nossa Asso ciação Brasileira para Prevenção de Acidentes.
Chamamos a atenção dos nossos leitores para o trabalho do sr. Wilfrid Garrett, o qual devemos ao sr. Clitford j. German, ilustre Adido do Tra balho junto à Embaixada Britânica no nosso país. por cuja gentileza aqui registramos os nossos sin ceros agradecimentos.
índice para o ano de 1946
Por um lapso, não foi distribuido com o nos so Boletim do mês de Dezembro do ano passado, o ÍNDICE da matéria publicada durante o ano de 1946, o que fazemos agora.
O referido ÍNDICE se refere à matéria pu blicada nos Boletins ns. 37 a 48.
•Boletim da kCAO. ^/j
A PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA INDÚSTRIA TÊXTIL
acidem!ll dentes" !; C°'^'==5es Internas para Prevenção de Aci- "«snres poderão utilizar o desenho
Soiicitamos às "( f[ tir:, •, . Comissõ ^5„ ^ acima para uma compe- Ç o entre os operários da sua fábrica, oferecendo ^odas as condições ou atos inseguros enprêmios utjcuuíua enrviissâo"°^"°T.u^^'''''° ° "Codado nL .í companhia seguradora ser convi- para árbitro da competição.
es" que resolverem por em pránetirnn ^ "OS comunicarem o resultado da comDostas' ° ''etrato do vencedor e as suas res postas para publicação neste Boletim.
a leitura do artigo do dr. Brandão Reis, s a serem dispensados as pequenas lesões resul tantes dos Acidentes do Trabalho
mo Boletim. a ser publicado no próxí-
SEDE: RIO DE JANEIRO
- -AVENIDA ALMIRANTE BARRnso' Ql
EDIFÍCIO MAYAPAN 11." ANDAR — SAliAS llis/o
END. TELEG.; PREACI
. . TEL. 42-0928 — CAIXA POSTAL 2918
SfüCURSAL: S.PAULO^v EDIFÍCIO DO BANCO DO ESTADO RUA JOÃO BRÍCOLA. 24 24.0 ANDAR TEL. 3-2257
END. TELEO.: PREACi DIRETORIA
ART P. TORRES — Presidente
J. M. FERNANDES — l.o Vlce-Presldeníe
ALCIDES LINS - 2fi Vlce-Presldente
rro TEBYRIÇA — 1.0 Secretário
JOÃO LUDERITZ —.2.® Secretário
K. AP-HíOMAS — l.o Tesoureiro
DURVAL LOPES REIS — 2.0 Tesoureiro
DR. DÉCIO PARREIRAS - Diretor
VALENTiai P. BOUÇAS — DJretOr."
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO '
ADHEMAR JOBDH
ARMANDO ARRUDA PEREIRA
FÁBIO PRADO
GILBERT HEARN
GUILHERME DA SILVEIRA FILHO
JOÃO CARLOS VITAL
ROBERTO MANGE
CEL. CARLOS PROENÇA GOMES SO
BRINHO
DR. LEONIDIO RIBEIRO
ALBERTO PIRES AMABAlíTE
RENATO WOOD
WOLFF KLABIN
CONSELHO FISCAL
Membros EfetiTOs
CARLOS SANTOS COSTA
MABIANO J. M. FERRAZ
RODRIGO OTÁVIO FILHO
Membros Suplentes
JAIR NEGRÃO DE LIMA
HELVECIO XAVIER LOPES
LUIZ DUMONT VILARES
SECRETARIO EXECUTIVO
JOSÉ S. A. PINHEIRO
COMISSÃO TÉCNICA
£)R. WASHINGTON PINTO (Cia. Nacio nal de Cimento Portland).
CEL. CARLOS PROENÇA GOMES SO BRINHO (Fábrica de Bonsucesso do Mlnl.stério da Gucrrn).
ROGÉRIO PORTELLA (Tlie Lcopoldlna Raliway Oo. Ltd,).
R. PATERSON WHEELEB (Cia. Carrla Luz e. POrça do Rio de Janeiro e As sociadas).
J. L. MACIEIRA (General Eletrlc Fá brica Mazdo).
DR. FRANCISCO NOBRE DE LACERDA
FILHO (Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos).
DR. ROBERTO COELHO DA ROCHA (Dlvlsáo de Higiene e Segurança no Traballio — Ministério do Trabalha Indús tria e Oomárcio).
AJENALDO DA SILVA MONTEIRO (Bha.rinSg, Companhia S/A.).
R Pj MAtHESON (Cia, AuxUlar de BmIprísoa Elétricos Braallelras).
Kèstebelecemos, com o presente número, a publicação do nosso Boletím suspensa por algum tempo em conse qüência das dificuldades que se têm feito sentir em vários setores de atividades, entre as quais avulta a elevação ge ral dos custos de produção, que afetou, também, a_ indús tria gráfica, encarecendo sobremodo as nossas publicações.
Nossos leitores notarão que êste Boletim se apresenta agora sob um aspecto que reflete a nova orientação dada a êste meio de contato com os nossos associados, visando atender mais eficazmente à tarefa educativa que nos cabe desempenhar junto aos mesmos.
Nossa experiência tem demonstrado que o êxito de um serviço de Prevenção de Acidentes muito depende do trabalho das Comissões Insternas para Prevenção de Aciden tes (C.I.P.A.), em cuja tarefa desejamos colaborar.
Daí a modificação que resolvemos introduzir em nos so Boletím transformando-o num meio de estabelecer um contato mais íntimo e eficiente entre essas Comissões e a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes.
Estamos certos de que, estimulando o trabalho das Comissões, divulgando-lhes as atividades e promovendo a necessária emulação entre elas, estaremos melhor servindo a nossos associados e contribuindo para reduzir os aciden tes do trabalho em fábricas e oficinas, o que constitui o principal objetivp de todos nós.
A feição com que se apresenta êste número de nossa publicação mensal, mostra a maneira por que desejamos colaborar com as Comissões Internas para Prevenção dc Acidentes» contando com a sua cooperação para que o objetivo que temos em vista resulte nos benefícios es perados.
Completando a atuação de nosso Boletím» iniciaremos, também, a publicação de boletins e circulares técnicas es pecializadas, de modo a melhor atender aos vários tipos de indústrias inscritas em nosso quadro social.
Com esta nova orientação, acreditamos melhor aten der às necessidades de cada associado, correspondendo, as sim, à confiança com que nos têm distinguldo.
Entre as organizações industriais brasilei ras que se acham praticando com êxito absoluto a Prevenção de Acidentes, destaca-se a Com panhia Petropolítana, em cuja fábrica, situada em Cascatinha, no Município de Petrópolis, Es tado do Rio, funciona um modelar serviço de Prevenção de Acidentes que serve de paradigma às demais fábricas de tecidos do país.
Os magníficos resultados obtidos por essa Companhia, introduzindo a Prevenção de Aci dentes em sua organização interna, constituem uma esplêndida prova das vantagens da colabo ração que deve existir entre dirigentes e empre gados em benefício de seus interêsses.
A experiência de três anos de prática de Prevenção de Acidentes na Companhia Petro polítana vem demonstrar como essa importante atividade, integrada hoje de maneira íntima no processo industriai moderno, pode influir com indiscutível eficácia na melhoria das condições econômicas e sociais da indústria.
O tríplice objetivo — o humanitário, o econômico e o social — visado pela prática mo derna da Prevenção de Acidentes, está sendo alcançado com pleno sucesso nessa Companhia, cujos diretores e operários se orgulham, muito justamente, dos resultados obtidos em prazo re lativamente curto.
Filiando-se à Associação Brasileira para Pre venção de Acidentes em janeiro de 1945, a "Pe
tropolítana" organizou imediatamente a sua Comissão Interna para Prevenção de Acidentes (CIPA), dando início a um combate sem tré guas ao acidente do trabalho — o Inimigo N.® 1 da Indústria — lema adotado para a meritória campanha em que diretores e empregados se empenham com entusiasmo e confiança.
No primeiro ano de atividades a CIPA conseguiu reduzir de 40% os seus acidentes com perda de tempo, os quais, em 1944, alcan çaram a elevada cifra de 170, e em 1945 che garam a 102,
Apesar das condições anormais do período de guerra e do aumento constante de operários, cada ano seguinte marcou um novo triunfo da CIPA da Companhia Petropolitana, verificandose, em 1946, 37,25% menos acidentes do que no ano anterior, e, em 1947, 70,31% menos que em 1946. Assim, em dezembro de 1947, as bem organizadas estatísticas da CIPA, reve laram a ocorrência, durante o ano, de apenas 19 acidentes, ou seja, uma redução de 88,22% sôbre o total de aciidentes em 1944.
Essa organização industrial se orgulha hoje de ter baixado o seu Coeficiente de Freqüência (número de acidentes por um milhão de homens-horas trabalhadas), que era de 43,73, em 1944, a 5,16, média inferior à dos próprios Es tados Unidos para a indústria têxtil, antes da guerra, e que era de 7,77.
Conseguindo por meio de reuniões rega lares e extraordinárias de sua CIPA — cujo presidente é o próprio diretor-presidente da companhia, o esforçado Engenheiro Dr. Adhemar Cantndé jobim — um serviço eficiente de registro e cadastro de acidentes para a devida análise de suas causas e sua eliminação, a Com panhia Petropolítana vem realizando uma no tável obra de grande alcance social por meio do seu modelar serviço de Prevenção de Acidentes, fazendo jús aos aplausos dos que vêem nesse im portante aspecto da organização do trabalho, um dos meios mais eficazes dea perfeiçoamento das condições econômicas de nossa indústria e da vida de nosso trabalhador.
Congratulando-se com a Companhia Petropolitana pela sua realização, a Associação Bra sileira para Prevenção de Acidentes se sente feliz em apontar este exemplo às fábricas dq país. divulgando nesta edição do seu Boletim, dedicado à indústria têxtil nacional, vários as pectos do serviço de Prevenção de Acidentes dessa associada.
A Companhia Petropolítana confere, anual mente, prêmios de eficiência e emulação aos fun cionários que mais se destacarem na prática da . Prevenção de Acidentes, o que muito tem contri buído para colocá-la na posição destacada que ora ocupa nesse setor de suas atividades.
E' cora satisfação que publicamos as foto grafias dos esforçados auxiliares da Petropolí tana, contemplados com valiosos prêmios em 1947, distribuidos em uma reuniõo especial e so lene da sua CIPA.
Guilherme Ludwigi Sofamídr, brasileiro, solteiro, químico, nas cido a 19 de julho de 1917, em Magé, no Estado do Rio. Entrou para a Companhia a 25 de ou tubro de 1940, como chefe da' 3.^ divisão do Departamento de Produção Têxtil, n.° 5 — Tingimento — cargo que ocupa até hoje. Foi-lhe conferido o Prêmio de Eficiência por ter Guilherme Lifdwig Schmidt idealizado um protetor para os cilindros das calandras da Secção de Acabamento, destinado a evitar a possibilidade de esmagamento dos dedos entre os rolos em movimento.
José Cândido da Silva, bra sileiro, solteiro, nascido em Três Rios, no Estado do Rio, a 15 de maio de 1922, Entrou para a Companhia a 2 de abril de 1941, como ajudante de alvejador, função que exerce atualmente.
Foi-lhe conferido o Prêmio de Eficiência, por ter idealizado um dispositivo que permite a utili zação de um registro geral úni co para proteção da máquina de "Chamuscar Pano", evitando as possibilidades de incêndio, de conseqüências sempre de sastrosas.
DIMINUIÇÃO DE 87,1 POR CEMTO APOS SUA FILIAÇÃO A Associação Brasileira
José Cândido da Silva
43.73
REDUÇÃO DE 88.2% DO COEF. DE FREQÜÊNCIA 39.30
26.04
âs la Í650
A'fotograíia publicada" ém nossa' capa foi tomada após uma das reuniões reguldires da Craússão Interna para Prevenção de AcideolM da Companhia Petropolítana e na qual apare: cem'entre os membros da CIPA e vários chefes de departamento, da esquerda para a direita, na primeira fila, os Srs.: Atonagildo Flores, técnico da fábrica e representante das oficinas na CIPA; Dr. Osório Teixeira da Silva, médico e diretor do Serviço Sanitário da fábrica; enge nheiro AdhemaT de Conindé Jobim, presidente da CJIPA e diretor-presidente da companhia; en genheiro Nilo Vieira (Dconora. representcmte da Associação Brasileira para Prevenção de Aci dentes; engenheiro Lauro Sodré Viveiros de CJastro, representando o Ministério do Trabalho, In dústria G Comércio; Belisário de Assis Fonseca, gerente da fábrica e Sr. Orlindo Didoti, chefe do Depariamênto do Pessoal, respectivamente, membro e secretário da CPA.
Geraldo Orlindo Girardi
Geraldo Orlindo Girardi, bra sileiro, casado, nascido a 5 de agosto de 1907, em Petrópolis, no Estado do Rio. Entrou para a Companhia a-5 de _rnaio de 1920, trabalhando como tecelão. Freqüentou o Curso de Inspetor «Io Segurança da A.B.P.A., recebendo o respectivo certifi cado. Colaborou com o seu companheiro Pravitz num dis positivo para proteção dos dedos teceíões ao enrolar o pano no cilindro de recepção dos teares, pelo que lhe foi conferido o Prêmio de Emulação.
Carlos Ferreira Pravit*, bra sileiro, casado, tecelão, nascido a 24 de março de 1898, em Petrópolis, no Estado der Rio. Entrou para a Companhia a 18 de outubro de 1906, exercendo atualmente as funções de tece lão. E' membro efetivo da CIPA. Recebeu o Prêmio de Efíeíâneía por ter idealizado, em colabora ção com o antigo Inspetor de Segurança, Girardi, um disposi tivo para proteção dos dedos dos tecelões contra o risco de serem epanhados pelas engrena gens na operação de enrolar o pano no cilindro de recepção dos teares.'
1632 1632 i —T"
Aumento p& 6.3%
Fiuou-se a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO oE ACIDENTES EM 3dC JANEIRO 06 1945
Gráficos demónstrativos da notável redução do número e do Coeficiente de Freqüência de Acidentes (número de acidentes por 1 .000.000 de Homens-horas trabalhadas) verificada na fábrica da Companhia Petro polítana nos últimos três anos
Na Companhia Petropolítana os operários e aprendizes são submetidos a um treino inicial sobre Prevenção de Acidentes. Aqui vemos o Inspetor de Segurança, Sr. Mário Giarola, iniciando aprendizes da refenda Companhia na prática da Prevenção de Acidentes
SALTO PERIGOSO DA LANÇADEIRA
yeriflca-se a pequena altura dentro de 0,80 cms. | ea pequena distancia visando o tecelao que trabalha ao lado. j
SALTO PERIGOSO DA LANÇADEIRA
Na Grã-Bretanha, as Leis Fabris (Factory Acts) colocaram sobre o empregador a responsa bilidade principal de atender às exigências dessas leis, e o Inspetor de Fábricas de Sua Majestade é o'funcionário cujo dever consiste em fiscalizar o cumprimento, por parte do empregador, do que as leis estipulam.
Ao grupo de inspetores compete a tarefa de descobrir e apontar as condições inseguras e in salubres de trabalho nas fábricas e de aconselhar o Ministro responsável (o Ministro do Trabalho e do Serviço Nacional) onde se julgue que a lei deve ser reforçada em qualquer sentido, como resultado de experiência ou de pesquisa empre endida tanto pelas firmas industriais como pelos vários organismos científicos com os quais o De partamento Fabril mantém contacto.
petor Distrital. De acordo com as necessidades, outros Inspetores são lotados nas repartições divisionais. O Inspetor Distrital é diretamente res ponsável perante o Inspetor Superintendente da Divisão onde fica situado o distrito e êsses fun cionários são principalmente responsáveis pelo trabalho executivo do Departamento.
Além disso, existe também um corpo de Ins petores técnicos — médicos, eletricistas e enge nheiros na maioria, ligados ao Departamento Central em Londres.
C
Verifica-se a pequena altura dentro de 0,80cms. e a grande distancia visando o tecelao que trabalha no segundo tear ao lado.
SALTO NÃO PERIGOSO DA LANÇADEIRA
Verifica-se com uma trajetória mais alta acima de 0,80cms. sem atingir a posição do tecelao |
SALTO NÃO PERIGOSO DA LANÇADEIRA j
Verifica-se raramente com uma trajetória parabólica sem atingir a posição do tecelao.
Conftibuicão cia C.I.RA.
IDEALISADO POR CARLOS FERREIRA PRAVITZ
As cláusulas legais sobre que assentam os poderes dos Inspetores Fabris estão contidas prin cipalmente no Factories Act de 1937 e em gran de número de regulamentos legais e Ordens ex pedidas pelo Ministro responsável de acordo com a Lei acima referida e anteriores.
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Em resumo, o Factories Act impõe exigên cias legais sobre a saúde, segurança, bem-estar e horas de trabalho dos operários nas fábricas. Certas cláusulas se aplicam também a docas, ar mazéns, construções, trabalhos de engenharia civil de várias espécies; abrange também a su pervisão de meios de escape em caso de incên dio, inspeção de caldeiras e outros vasos de pres são, elevadores e outros mecanismos.de suspen são. Os Regulamentos e Ordens acima mencio nados, tratam com maiores detalhes de riscos par ticulares a certas indústrias. Ésses riscos incluem aquéies peculiares ao trabalho nas docas e na construção naval, ao trabalho com substâncias rádio-ativas, ao de manufatura de filmes cinema tográficos, etc. Ademais, há certo número de Ordens que tratam do bem-estar dos operários que se dedicam a trabalhos não asseados ou aquêles que exigem facilidades especiais relati vas a lavatórios, tais como o da salgadura de arenques, curtimento de couros, fornos, etc. Em con junto, êsses Regulamentos e Ordens regulam o trabalho em mais de 60 indústrias diversas e seu número vai sendo" aumentado na medida que sur gem as ocasiões.
O Inspetor Chefe de Fábricas é auxiliado por outros quatro Inspetores, um dos quais é mu lher, e o país é dividido em 12 divisões contro ladas pelos Inspetores Superintendentes. Por sua vez, as Divisões são divididas num total de 92 Distritos, cada qual supervisionado por um Ins-
O inspetor chefe, auxiliado pelos funcioná rios do Departamento. Central e por seus peritos, mantém constante contato com representantes de várias organizações industriais, quer de emprega dos, quer de empregadores. Os progressos alcan çados são obtidos através da cooperação dos co mitês dêsses representantes na solução dos pro blemas difíceis.
Para exemplificar, recentes comitês estuda ram a prevenção de acidentes devidos a pren sas elétricas e aos devidos a máquinas de ma nufatura de borracha. Um dêsses comitês está agora considerando os melhores meios de pre venir o aumento da silicose nas fundições de aço, devido à rápida extensão dos produtos de guerra. Os organismos técnicos mantêm igual mente íntimo contato com seus respectivos or ganismos profissionais e o Departamento Fabril em conjunto é orientado por um Comitê Indus trial Assessor de Saúde e por uma Junta Assesso ra de Bem Estar, cujos membros são nomeados pelo Ministro.
Aos inspetores médicos incumbe cooperar 'corh o Departamento Fabril e com o restante do corpo de inspetores sobre todas as questões mé dicas relativas à medicina Industrial. Supervisio nam também o trabalho dos cirurgiões que, em número de 1.758, trabalham em regime de ho rário parcial praticamente em cada cidade e dis trito. Os médicos, de acôrdo com os poderes con feridos pelo Factories Act, apresentam relatórios sôbre todos os menores de 16 anos que traba lham em fábricas e sôbre certas moléstias indus triais.
O Inspector Médico também realiza com pletas investigações relativas a novas doenças in dustriais e pode empreender êsse trabalho até o final ou até um ponto em que o assunto pode ser tratado por um organismo à parte, que assim pode levar a efeito pesquisa mais extensa e sis temática. Um dos progressos conseguidos no tempo de guerra foi a extensão da supervisão médica nas fábricas, de acôrdo com o Factories Order (de Serviços Médicos e de Bem Esar).
Êsse trabalho começou no período inicial da guer ra, mas agora foi ampliado. Pe acordo com essa Ordem,os médicos são empregados quer por tem po integral. quer por tempo parcial, pelas firmas a tim de orientá-las nas questões médicas; e foi apenas devido à escassez de médicos, em face das necessidades da guerra, que se impediu a ampliação verdadeiramente rápida dêsse serviço Como auxiliar de seu trabalho, q Inspetor Mé dico Chefe é também assistido por comitês de especializados em vários ramos de ativtdades. Exemplo disso é o comitê de dermatolo^stas que estudam em particular a preven ção da dermatite.
^ Os Inspetores Engenheiros auxiliam na so lução das questões de engenharia e mecânica que afetem a segurança e saúde. Realizam estudos de ventilação e de resguardo de máquinas em taretas perigosas, investigam as explosões e os ris cos químicos e analisam os relatórios de aciden tes a fim de determinar a eficácia dos meios de salvaguardar os trabalhos. Incumbem-se igual mente de prestar auxílio aos Inspetores Fabris lo cais em questões especializadas e de apresentar provas técnicas em inquéritos e processos. Êsse ramo mantém íntima ligação com as Instituições de Engenharia e com organismos de pesquisas como o Laboratório Nacional de Física e outros organismos científicos empenhados na pesquisa dos problemas de ventilação, desenhos para cons trução e projetos similares.
Os Inspetores Eletricistas atuam de modo similar nas questões relativas à eletricidade, além de empreender um trabalho sistemático de ins peção. de acordo com os regulamentos elétricos. Importante característica dêsse trabalho é o fato de os inspetores manterem a segurança do uso da eletricidade nas fábricas no mesmo passo do rápido progresso da técnica elétrica em tal grau que o aumento de acidentes durante os anos de guerra, em proporção, foi menor que o 'menso aumento da energia elétrica utilizada.
Os Assessores de Cantinas dás Fábricas constituem inovação de tempo de guerra julgada necessária devido ao rápido aumento das canti nas de tempo de guerra construídas para alimen tar os trabalhadores industriais; incluindo as existentes em fábricas comuns, locais de cons trução e docas, as cantinas agora em uso exce dem a 10.000. Êsses Assessores de Cantinas, na maioria^ mulheres, que realizaram estudos espe ciais sobre abastecimento, orientam os empredores em todos os aspectos da alimentação de seus trabalhadores e realizam freqüentes visitas as fábricas nas horas de refeição. A êíes cabe a grande melhoria da alimentação nas fábricas, tanto em quantidade como em qualidade de ali mentos servidos.
Todo êsse corno tó^ • .• neiras às fábricas muiS"^ realiza visitas rotido Departamento incu^^""í"""
tarefa particular e co^ alguma outra periêncla assim adauirW e extais e seus funcionários '"spetores Distripais. Êsse corpo distrital mente entre pessoas qu ® Pdncipalcondições fabris e a ma® experiência de sul habilitações em En»''^ '"tegi-anfes possica. Cêrca de um têrco^"
tituídc de mulheres D "^e^bros é consanos de sua nomeação primeiros ticamente treinados na'rt1®° e sisternaIho ativo nos Distritos tanto do trabano Museu industrial de siderados como "Pratican?" í®' m®"" ®®'' ®°'í" conhecimento técnico ° tratar das questões técn®""®'
COS tóxicos mais comuns e ris- ticiente conhecimento de'®"® ' ® sendo realizados na indúst f rem quando devem ape^"'® ®'® ""^eceseus colegas especialistas n" r f guerra, a crescente comnu processos industriais modernos dução de novos produtos f'"®®"*® ^ senvolvimento da aniica ® ® aumentaram enormemem®® ®l®"''®f' de e segurança, com aumi Problemas de saudeveres dos I nspetores Fabds
bém leva ao conheciment ®u Tamos métodos de segurança .• f utilizada em outras orgín ® dentes industriais, os ProL?^®®®'u bem-estar são eticazLnte fTd ® ® / Inspetor é treinado para P.®"®*"® í® mentn tprn!r.^ ,n=:^ obter certo conheciCOS industriai:; como íamb,"® ®'®'®°í'®"j® ^ cn<í A nrátirpc ^ nos metodos técni cos e práticos de os controig^.
Os Inspotores Fabris .-i » " empregados a fim de asse», ®''®"". f® '"^P®" ®°® mento da lei. Penso Tue ® V °'"*®®"®' """"P"'' o respeito tanto dos emom '"=P®*®''®= "^^recem pregadores. O trabalho oter ®® °' ®r®.r^' importante serviço Públic:T;°P°® ^^3": permanente, além de uma - u ■? ^ ocasião da aposentadoria Estado por instruídos desde cedo a tL^® subordinados sao ponsabilidade e merece ®®T eficiência de seu trabalho^r ® balho é efetuado através d"^ k ^ ■' vel com os empregadores pregados, e os Inspetores ® ®r®" a proferir palestras dirigi?, °-'®t'^''u Êsse íntimo contato com as T ? il'^^ Unions. piamente dilatado durante I"®-!® ®"®" «idiMc Qg últimos anos.
(Concluj próximo número)
Registramos com prazer a incorporação da Companhia Deodoro Industrial à campanha na cional em prol do desenvolvimento da Preven ção de Acidentes no país. Inaugurando êsse serviço a referida organi zação têxtil instalou a sua Comissão Interna para Prevenção de Acidentes (CIPA) , dando posse aos seus membros constituintes em uma reunião especial, à qual compareceram o engenheiro Ro berto Coelho da Rocha, representando a Divisão de Higiene e Segurança no Trabalho, o repre sentante desta Associação, diretores, técnicos e funcionários da companhia, deixando, em todos os que tomaram parte na reunião inaugural do seu novo serviço, agradabilissima Impressão pela cordialidade e pelo entusiasmo reinantes no de correr dos trabalhos, de que damos aqui vários aspectos fotográficos.
Fotografia tomada após a instalação do Serviço de Prevenção de Acidentes
Dr. Nelson Velloso Borges, diretor da companhia, como suplente do presidente da Comissão.
Usaram da palavra durante a reunião o Dr. Manoel Velloso Borges, que manifestou a sua satisfação pela oportunidade de dotar a fábrica, de cuja diretoria fazia parte, de uma nova e im portante atividade, que vinha possibilitar aosseus companheiros de trabalho dispor dos neces sários meios educativos à sua defesa contra os acidentes do trabalho, esperando de todos a in dispensável colaboração para o bom êxito da campanha que se iniciava naquele momento.
O representante do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, engenheiro Roberto Coelho da Rocha disserta sôbre as atividades das Comissões Internas para Prevenção de Acidentes
A Comissão da Companhia Deodoro Indus trial ficou constituída dos seguintes membros: presidente; Dr. Manoel Velloso Borges, diretortesoureiro da companhia, representando a dire toria; Secretário; Sr. Paulo Cabral de Melo; Mé dico, Dr. Israel Afonso Ferreira, chefe do serviço médico da fábrica; Srs. Peter james Terry e Thomas Turner, técnicos da fábrica; Sr. Agripino Gui marães, chefe da oficina mecânica; Sr. Mário Ro cha, sub-gerente; Srs. Osmart Henrique de Melo, João da Costa Pinto, Aurino Soares da Costa e Nestor Pereira de Novais, representantes como membros efetivos e suplentes do Sindicato de Mestres e Contra-Mestres de Tecelagem; D. Ma ria das Dores Divina Barbosa e Benevenuto Mar tins, representantes do Sindicato dos Trabalhado res de Fiação e Tecelagem do Rio de janeiro;
O Dr. Manoel Velloso Borges, dizendo que constituía uma honra para sua Companhia ter naquela reunião a presença de um representante do Ministério, convidou o engenheiro Roberto Coelho da Rocha para presidir a sessão inaugural
O engenheiro José S. A. Pinheiro, Secretário Executivo da A B P A ao fazer uma exposição educativa sôbre a organização e funcionamento de um serviço de prevenção de acidentes em uma fábnca de tecidos
dos trabalhos da "Comissão", proferindo o refe rido engenheiro uma interessante palestra edu cativa sôbre as atividades das Comissões Inter nas para Prevenção de Acidentes, criadas pelo art. 82 do Decreto-lei n." 7.036 de 10 de no vembro de 1944, regulamentado pela Portaria
n.P 229, de 19 de junho de 1945, do Deparmento Nacional do Trabalho.
o Dr. Manoel Velloso Bor ges, diretor^tesoureiro da s^Companhia e presidente da C.jPA, após ter recebi do o distintivo da P- A., em palavras entu siásticas dirige um apêío aos seuis auxiliares para se esforçarem pelo bom êxito da Campanha da Prevenção de Acidentes.
Falou em seguida o Secretário Executivo da Associação Brasileira para Prevenção de Aciden tes, engenheiro José S. A. Pinheiro, que, refe rindo-se à influência que a mulher, quer como es posa, mãe, noiva ou irmã, poderia prestar à no bre causa da Prevenção de Acidentes, apelava para o corpo feminino da fábrica, tão dignamente ali representado, para que constituísse a van guarda da companhia em prol da defesa de todos os que trabalham na Companhia Deodoro In dustrial contra o Inimigo N.® 1 da Indústria, sugerindo que as senhorinhas ali presentes colo cassem no peito dos rnembros da "Comissão" o distintivo da Associação Brasileira para Preven ção de Acidentes, em que figura a Cruz Verde, símbolo internacional da Prevenção de Aciden tes, o que foi feito sob aplausos entusiastas de todos os presentes.
Ainda por proposta do engenheiro Pinheiro foi aprovada a sugestão para escolha de um de terminado dia dó mês para as reuniões da "Co missão", tendo sido escc^lhida a última sextafeira de cada mês.
A Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes assinala, sob registro especial, o in gresso no seu quadro social, como Sócio Colabo rador. da Sociedade Cooperativa de Seguros Ope rários em Fábricas de Tecidos, a conceituada or ganização seguradora que opera em seguros contra acidentes do trabalho exclusivamente para os associados do Sindicato das Irrdústrias de Fiação e Tecelagem do Rio de Janeiro.
Compreendendo os benefícios que poderá proporcionar aos seus segurados da Prevenção de Acidentes, a mencionada organização segurado ra, além de filiar-se à A. B. P. A. promoveu um entendimento com a mesma, no sentido de ser dada uma assistência técnica especial aos seus segurados, facultando-lhes, assim, os meios ne cessários para orientá-los devidamente na tarefa educativa dos seus operários e na organização e funcionamento dos seus respectivos serviços de Prevenção de Acidentes, desde a instalação de sua "Comissão", até a elaboração de estatísticas e relatórios destinados a avaliar os resultados e o progresso dos referidos serviços.
10—Prevenção de Acidentes — AbrU "de
Em outro local dêste Boletim damos uma notícia, acompanhada de alguns aspectos foto gráficos, da instalação do Serviço de Prevenção de Acidentes na Companhia Deodoro Industrial, segurada da organização em apréço, e nossa as sociada, que dá uma idéia dos esforços conju gados da Sociedade Cooperativa de Seguros Ope rários em .Fábricas de Tecidos e da Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes, no sen tido de darem o máximo desenvolvimento possí vel à Prevenção de Acidentes do trabalho na in dustria têxtil do país, contribuindo, assim, p^ãra o seu aperfeiçoamento pela adoção de métodos modernos de trabalho.
Honrada com a confiança e a colaboração dos esclarecidos mentores da referida organiza ção seguradora e do Sindicato das Indústrias de Fiaçao e Tecelagem do Rio de Janeiro, a A B P A nao poupará esforços para prestar uma eficaz as sistência a tão entusiasta colaboração na causa da Prevenção de Acidentes no Brasil.
No intuito de prestar a mais crmpla colabo ração à Campanha Educativa da Divisão de Hi giene e Segurança no Trabalho, a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes promove rá, dentro em breve, um grande concurso entre as "Comissões" (CIPA) dos seus associados, o qual se apresentará sob a designação de "Con curso do Mestre João".
Constituirá o tema do "Concurso" erh estu, dos, a série de palestras reunidas por iniciati va do Professor Décio Parreiras, Diretor da men cionada Divisão do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, em uma Cartilha Educa tiva, sob o título — COMO FAZER DIMINUIR O NÚMERO DE ACIDENTES DO TRABALHO, as quais "devem ser os de um trabalhador envelhe cido no ccmbiente fabril, e que, na sua. sabedo ria. nos dá \una série de conselhos, a serem li dos e meditados não só pelo operário, mas tam bém, e principalmente, pelos grandes indus triais e diretores de fábrica, diretamente inte ressados no assunto".
Êsse trabalhador é o "Mestre João", que dá o nome ao concurso a ser promovido pela
A. B.P. A., e que, ao lado de outros personagens sugeridos pelos capítulos: Perna de Pau e Ôlho de Vidro e O Resmungão de Segurança, aparecerão nesta 'seçõo movimentando com uma nota de bom humor, o desenvolvimento do concurso.
(Paródia da Marcha Carnavalesca — "O Krata da Perna de Pau"
Oáa/^cà fe, não/
Apresentamos inicialmente O Open^o da Perna de Pau, (Ja conhecido por intermédio do nosso cartaz n.° 54), uma vitima do acidente do trabalho e, hoje, um entusiasta da Prevenção de Acidentes e autor de uma paródia da popular marcha carnavalesca dé João de Barro, O PI RATA DA PERNA DE PAU", com cujo ritmo se esforça para'poupar, a seus companheiros de trabalho os infortúnios do acidente.
Eu sou o operário da perna de pau, Do ôlho de vidro, Mas eu não sou mau... (bis).
Na oficina, Ao mestre João eu nõo dava atenção. Na oficina, Eu trabalhava Sem precaução, E quase que perco a vida Por não fazer caso da prevenção.
Mas hoje eu grito bem alto: Obal Acidente, nãol...
(Com a música da marcha "Pirata da Perna de Pau", de João de Barro).
PRECISA-SE DE UM "PRATICO EM PROTEÇÃO: INDUSTRIAL" : ■
Importante firma distribuidora de linha com- • pleta de material de proteção industrial, precisa • de uma pessoa conhecedora do assunto, para • trabalhar junto às indústrias. Escrever para êatè ; Boletim, Caixa Postal 2916, dando informações • sôbre idade, nacionalidade, referências e pre^ ; tensões. *
Prevenção de Acidentes —Abril de 1948 — 11
A fotografia abaixo mostra um aspecto da visita que os delegados dos países americanos presentes à Segunda Reunião, da Conferência Inter-Americana de Segurança Social fizeram ao Presidente da República, General Eurico Gaspar Dutra, no Palácio do Catete, em novembro do ano passado, por ocasião dos trabalhos da impor tante reunião internacional.
— Relatório do secretário geral da Co missão Permanente. II — Tese apresentada pelo Instituto Mexicano de Seguros Sociais sòbre se guros de acidentes do trabalho. III — Seguro de desemprego, trabalho apresentado pelo Ministé rio do Trabalho do Canadá. IV — Relações das Comissões Técnicas Médico e de Estatísticas, sòbre métodos uniformes para o levantamento de apurações relativa à morbidez e serviços mé dicos.
.Por proposta da delegação brasileira, foi apro vada uma recomendação de grande interêsse e oportunidade para as associações técnicas e co mitês de segurança, de vários países americanos que se dedicam à divulgação da Prevenção de Acidentes, a qual ficou redigida como se segue; Recomendação n.° 22 — "Recomenda-se estimular, por todos os meios, a criação e o de senvolvimento de organizações especializadas na técnica de prevenção de acidentes do tra balho, promover a uniformização de métodos de investigação de cadastro e de registro de ( Continua napágina IS )
A Conferência Inter-Americana de Segu rança Social é um organismo que reúne quase todos os países das Américas, tendo por finali dade incrementar e facilitar a congregação en tre as instituições de origem social das nações representadas a aperfeiçoar as respectivas legis lações nacionais, agindo nesse sentido, em es treito contacto com a Repartição Internacional do Trabalho.
A idéia de sua criação surgiu em 1940 ao tempo da inauguração do Hospital Obreiro, em Lima, magnífica realização da Caixa Nacional do Seguro Social do Perú. A convite do govêrno chi leno, efetuoü-se, em Santiago do Chile, em se tembro de 1942, a Primeira Reunião da Confe rência, na qual, além de ser delineada a sua or ganização, foram ventilados problemas da mais alta importância e atualidade em relação ao Se guro Social.
A Segunda Reunião da Conferência teve lu gar no Rio de Janeiro, achando-se presentes de legações da República Argentina, Bolívia Brasil Canadá, Chile. Colômbia, Cuba. Equador, Esta dos Unidos. Guatemala. México, Panamá, Para guai, Perú e República Dominicana e representa ções da Repartição Internacional do Trabalho.
A delegação brasileira foi chefiada pelo Sr Morvan Dias de Figueiredo, Ministro do Traba lho, representantes das instituições de previdên cia social e de associações de empregados e em pregadores.
Foram os seguintes, os temas debatidos na Segunda Reunião:
Do Serviço Médico da Sui-América, Terrestres, Marítimos e Acidentes.
determinar panariclos, abcessos, fleimões e pro cessos inflamatórios outros, sempre de conse qüências imprevisíveis.
Êstes três exemplos de pequenos acidentes que ocorrem a cada momento nas grandes fábri cas; como nas pequenas oficinas, são suficientes para mostrar como pode uma lesão banal, In significante mesmo, causar as mais sérias com plicações.
O trato diário com acidentados do trabalho autoriza-nos a fazer essa afirmativa.
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As pequenas feridas, as escoriações, as con tusões, as queimaduras ligeiras, os corpos estra nhos nos olhos, são acidentes que não merecem, geralmente, muita atenção da parte dos operários.
Ora é um prego que espeta o pé. sangra um pouco e, estancado o sangue, logo voltam ao tra balho sem ao menos procurar proteger a ferida; ora é uma queda de certa altura e passado o sus to do primeirp instante, voltam a trabalhar sem maiores preocupações; ora, ainda, é um corte no dedo ou na mão com a ferramenta .que, estavam trabalhando, amarram um pano qualquer, às ve zes até uma estopa suja e lá sé vão sem outros cuidados. Quando se chama, então, a sua aten ção para a necessidade de um curativo feito com mais cuidado, dizem-nos coisas como estas: "Eu tenho boa carnadura". "Eu tenho bom sangue", etc.
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É preciso, no entanto, atentar que êsses aci dentes banais, que slo os de todos os dias e de todas as horas, não são tão insignificantes como se pensa.
Senão vejamos. O prego que feriu o pé do operário que andava no meio de tábuas, sem o devido cuidado, além de causar a ferida que exi ge tratamento, pode ser o inoculador do germe do tétano, infecção gravíssima, capaz de ocasio nar a morte, quando não prevenida a tempo; a queda sofrida pelo operário que caiu do andaime pode ter causado fratura de uma ou mais coste las; o corte produzido pela ferramenta e que não foi cuidado convenientemente, é porta aberta à penetração de germes patogênicos capazes de
Uma ferida num dedo, se não for cuidada logo após o acidente e tratada por quem saiba fazê-lo, pode acarretar um processo inflamatório que ganhando pouco a pouco a mão, o antebraço e o braço, vá determinar até a amputação destas partes essenciais do corpo. Se isso não é o que sempre acontece, às vezes êsse estado se apresenta com uma rapidez tal que não dá tem po a qualquer outra providência, para combatê-lo com resultado.
Outras vezes é um fleimâo que se instala tomando a mão e atingindo as bainhas tendlnosas de um ou mais dedos. A intervenção cirúrgica se impõe e se torna urgente, ficando o aciden tado em conseqüência disso, com imobilidade de uma ou mais falanges, resultando uma incapaci dade para o trabalho. Os dedos ficam duros, fle xionados sobre si mesmos ou distendidos, não podem mais dobrar-se normalmene as falanges judicados e, com isso, prejudicada também a caudicados e, com isso, prejudicada também a ca pacidade de trabalho do operário que não tem mais firmeza para empunhar os instrumentos do seu ofício, tornando-se assim um inválido para a sua profissão.
Devemos convir que, na maior parte das ve zes, cabe ao operário a responsabilidade do agra vamento da pequena lesão, seja porque deixou de procurar o serviço médico da fábrica ou o ambulatório da companhia seguradora a tempo de ser evitada a infecção da ferida, seja porque em vez de valer-se de tais serviços deu ouvidos a "entendidos", "sabidos" e "curiosos", que sem pre os há em toda coletividade, solícitos e prestativos mas cuja intervenção prejudica mais do que auxilia.
Não é raro atendermos nos serviços onde trabalhamos, acidentados que trazem colocadas sobre suas feridas, folhas de árvores, pedaços de sabão, emplastros feitos pela comadre ou pela
vizinha, com os mais curiosos e variados Ingre dientes e, até excrementos de animais. Êste pro cedimento pode certamente, representar uma crendice ou um interesse, muito humanos, em conseguir a cura mais rápida do seu parente ou do seu amigo, mas pode pelo contrário ocasíonaríhe sérios contratempos e graves complicações, em vez de benefícios.
Não devemos também esquecer de chamar a atenção dos interessados, patrões e emprega dos, para os acidentes oculares do trabalho por que nas fábricas e oficinas há sempre "habilido sos" e "especialistas" em retirar corpos estra nhos dos olhos de seus companheiros. Êles tra balham com rapidez e precisão e qualquer coisa serve para tirar o fragmento de metal ou vidro, o pó de serragem, etc., que se foi depositar na córnea do companheiro atingido pelo acidente. São palitos de fósforos, pedaços de piassava, al finetes, agulhas de coser, lascas de madeira, etc. A intenção pode ser muito louvável mas as conseqüências desta intempestiva intervenção podem ser também muito graves, acarretando até a perda do olho de quem se sujeitou a tão contra producente tratamento.
Ao médico e à enfermeira é que cabe cui- • dar das feridas sofridas pelos acidentes do traba lho. Qualquer lesão deve ser imediatamente vista por êles para receber o tratamento adequado e a injeção de sôro antitetânico, se for necessário. Nada de deixar que a ferida se agrave para. só então, procurar o ambulatório; nada de deixar que pessoas "entendidas" se metam a fazer aqui lo que cabe exclusivamente ao médico e à enfer meira; nada de consentir que bondosos compa nheiros, improvisados em oculistas, façam aquilo que não conhecem.
Nas pequenas feridas incisas, como nas pe quenas escoriações, um simples curativo feito por quem esteja habilitado a fazê-lo, evita quase sem pre o agravamento da pequena lesão.
As feridas que estiverem em contacto com a terra ou as produzidas por instrumentos sujos de ferrugem, graxa, etc., devem mais do que qual
quer outra merecer cuidados especiais de limpe za e desinfeção, porque aí o perigo não está ape nas no agravamento da lesão mas também numa outra complicação interessando direta e imedia tamente à vida do acidentado — o tétano que deve ser a todo transe evitado.
O desprêzo pelo pequeno ferimento, justa mente porque a lesão é mínima e não impede o operário de trabalhar é a causa de muitas incapacidades. E o que se observa freqüentemente é que estas resultam quase sempre de acidentes banais, porque as grandes lesões, como os gran des esmagamentos, as fraturas expostas, as feri das com grandes perdas de substância, etc., obri gam o a«identado a procurar, sem demora, o tra tamento adequado.
Torna-se necessário, pois, que o operário compreenda, em seu próprio benefício que toda e qualquer ferida, por menor que ela seja, exige um curativo feito imediatamente após o acidente por pessoa habilitada a fazê-lo bem.
Quantas mutilações, quantas íncapacidades e mesmo mortes tiveram sua origem numa peque na ferida mal tratada, descuidada e abandonada ao acaso pela sua vítima incauta e displicente!
Nos dias em que vivemos não há mais ra zão para que isso aconteça se os nossos traba lhadores e os nossos operários forem devidamente -alertados para os perigos das pequenas lesões ocasionadas pelos acidentes do trabalho e ins truídos sôbre os cuidados que lhes devem ser dispensados.
Aí estão os serviços médicos e de pronto socorro das fábricas e das companhias segurado ras aparelhados para atender seus empregados e seus segurados: aí estão os serviços especializa dos das instituições de previdência social à dis posição dos associados que delas necessitarem.
E' preciso, entretanto, que se mostre ao ope rário a necessidade e as vantagens do curativo feito logo após o acidente, por quem saiba fa zê-lo de maneira correta; é preciso, também, en sinar-lhe os meios de evitar o agravamento da pequena lesão.
St. john dei Rey Míning Company, Ltd. — Nova Lima — Minas Gerais
S. A. Cortume Krambeck — Juiz de Fora — Minas Gerais
Cia. Empório Industrial do Norte — Salvador — Bahia
Cia. Municipal de Transportes Coletivos — S. Paulo
Indústria de Pneumáticos Firestone — S. Paulo
Construtora Landoes Ltda. — Díst. Federal
Hugo Molinarí & Cia. Ltda.—D.Federal
Chíclets Adam Ltda. — São Paulo
A Associação Brasileira para Prevenção de Aciden tes mantém um <uwo •»pecial para benefício dos associados que desejarem •especializar funcionários como Inspetores de Sejuranço. O clichê ao lado é ■um "fac-símile" do Certi-ücade conferido pela A.6. P.A. ao Sr. Mário Giarola, antigo t experimentado te•celâo, que desempenha, atualmente., com dedíca-^o 8 eficiência, as fun-r ções de Inspetor de Segu rança na Companhia Perropolítana.
Geríjficamos C&ncâiÍU €0m ^ijjocia^ã&yáammlo'rea/^ad»
do- ^^dera£, Rio dc laneiro,23dcduCtiO' de mj
Agradecemos a gentileza da Dinaco Agências c Comissões Ltda., epresentantes para o Brasil da Wilison Products, Ine., com fábricas de^-equipamento de segurança na cidade de Readlng. nos Estados Unidos, por intermédio da qual recebemos uma série de interessan tíssimos Cartazes, em tricromia. intitulados Use seus óculos protetores — de propaganda dos produtos da sua repr©ser>tada.
Distribuímos os referidos Cartazes entre os nossos associados, -grande número dos quais nos escreveram solicitando a remessa de coleções adicionais, e teremos satisfação em atender a todos os que desejarem receber os bem confeccionados Cartazes dos Produtos Wíllson.
(ContinuoçcEo da pdginc 12)
acidentes, bem como a sua permuta e divulga ção. e incentivar a criação, nas escolas técnicas, de cursos especializados de prevenção".
Honrado com o convite que lhe fez o Exma Sr Ministro do Trabalho para designar um seu representante para integrar a delegação brasi-
leira, a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes, por escolha de sua diretoria, indicou o seu Secretário Executivo, engenheiro José S. A. Pinheiro, para representá-la na Conferência, tendo o mesmo funcionado como assessor técni co da sub comissão de "Riscos Profissionais".
llàSIlEi víiiüiiiie*ciiifiiT£S KMln. HAYAM.»
SIM A indústria do cimento no BfssIJ é um ©xefl^pio» Na fábrica da Companhia Nacional de Cimento Portland, em GuaXindiba, aâo pro duzidos milhões í^o sacos de ci mento por ano, sei** só acidento.
Filiada
à ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES"