T1228 revista de seguros fevereiro de 1941 ocr

Page 1

DO

1 1

Brasl1

Em preparo a

ediçõo dé 1941

li

ABILIO DE CARVALHO '

Diretores: C1L""DID0 1 DE OLJVJ,i}IRA e J . \T. BORBA

ANO XXI·

li

FEVER.EIRO DE 1941

Segt_lt.'O e .Justiça, No autorizado dizer de Cre·spi, a profissão de segurador é d~s . mais ' ' · " ... ~ honro's âs.

"idades ' Nas principa is praças do r;nundo, el.a é exercida por pe,rsonal_ l t . I de destaque, com relações nos meios sociais e mercantís e· guiada por· té . · ' '"' cnicos de real valor. ' Os honrosos labores das e~presas de s;guros le-v am -as· á pros~eridp·­ de,· quando diri$Jidas com inteligencia . As qualidades de um bom ' segu'rador devem ser muito variada::;: conceito, qrbanidade- e presteza na rea 1 . lização d~sses importantes negócios, em todos os seus ramos. inic ialmente modesta, ) com trabalho infa.tigavel, Uma companhia . • . . ,, ' i) poderá ser projetada fóra da sua séde e estender-se pelo país. inte_iro. u ~ sopro de vida agita -la -á , por toda a parte, graças aos seus a'gerÍ·tes e. reguladores de avarias marh imas, nos portos do exte'ri ~r: ' . ~ '- '. ! b segurador deve ser honrado; leol, nobr~ e esti,:navel pelo s eu ca ca·rater. Só assim pode·rá corresponder vantajosamente á confiança da So ci edÇJde~ · A sua missão economica é muito grande e importarte. Ess~s estabelec imentos são verdadeiras escolas de previdencia . Tal instituto é da mais alta relevancia social. A sua ytilidade públi co ~ .reconhec ida p~la Economia Política ou Economia das Nações, que o in clue no seu quadro, entre as dencias. Sómente creaturas ignorantes OLJ estupidas poderão ter prevenÇões .I ,contra as seguradoras. . Nos pa íses educados, o seguro é considerado y ma - feliz c reação do homem, no dom ínio da preservação dos bens materiais e da sua propria integridade e conserva,ç ão. Ele p~otege o segurado contra ? su.? ,Wopria falta . · ~ l, .1 Em relação ,a terceiros, e·ssa prc;>teção va i, até os danos resultantes de atos dolosos, .. .fi , , ....... 1-.J,... Ha quem admita que os seus representantes busquem mc:>ttVOS e ara evadir ao pagamento dos sinistros; que .procurem pretextos de nulidade . elo~ ~o~tratos que assi.nafl'); q~e as defesa s das companhias estão se~p;e I . cheias de futeis alegaçõe·s e que a sua segurança seja uma qUtmera . . J • • \.,. .;~

l

\

'

,

..)

1

'•

"'

\

....

..

~

J

-

~,..

'f

1

-.;

'

-

j'

:

;•

.li

\

I


17·2 Se esses fq_ceís a.cuSQdores conhecessem a enormidade de fraudes que são arquitetadas contra O erorio dessas empresas e QS numerosas vezes que elas indenizam ' com urgencia, ou sabendo que estão sendo U!iurpadas no seu patrimonio, teriam vergonha da propria leviandade. O seguro, atendendo a necessidade de toda sorte, tem sido motivo de publicações numerosas e· estimoveis. Ent~e nós, os livros a respeito são poucos, entretanto, as operações crescem sempre. Pequeno é o conhecimento cientifico do seguro; escassa é o atenção prestado •pelos magistrado~ :oo.s casos s~bmeti~os á suo justiça. Daí, as decisões mais errados, l"ão somente nos riscos de incendio e de mar, como de morte. Muitas vezes temos análizado esses julgados incríveis. Não ha muito, um juiz houve por improcedente a ação de uma seguradora, subrogada nos direitos do segurado, contra uma companhia de no'vegoção, em visto da prova resultante do documento de folhas... Esse documento era uma carta do Companhia armadora, ao seu advogado, ' o legando ausencio de culpa de sua parte! Seria' mais justo que os armadores exercessem ·mai~r vigiloncio sob~e o seu pessoal, evitando desencaminhes e avarias, do que chicanorem em juizo. . RESPONSABILIDADE CIVIL O seguro desta natureza é recente no Brasil. Ele está circunscrito ao 'risco · de autÓmovel e. á responsabilidade em que possa i~correr o proprietario, em frente a terceiros. Segundo as apolices relativas a esse caso, não são incluídos entre as terceiras pessoas, o marido ou a mulher, os pais, filhos, irmãos do segurado e qualquer outro parente com ele· residente, os socios e por fim os pessoas que com o segurado tiverem relações de . dependencié::t' ou de so laria. Levanta-se, porém uma duvida : Devia a companhia ·indenizar o dano sofrido por um genro do segurado, que com ele viajava·, no automovel s~guro.? - O genro não está expressamente indicado entre as exclusões da apólice·, mas o Codigo Civil, no art. 334, tratando das l'elações de parentesco, declara: "Cada conjuge é a! iodo aos parentes do outro pelo vincl,llo da afinidade". · A indenização paga ao genro se comunica á esposa, filha do segurqdo .

:

I

Não bosta que tenha havido um acidente com o automovel do segu rado; é preciso que se prove a sua culpa c'ivil, da qual resultou o dano so, frido . pela terceira pessoa e consequentemente o dever de indenizar. Da obrigoçÕo do ~ropr1etorio do automovel é que próvem · b seu diréito 'd e pe-dir á seguradora qué lhe pague o que houver pago ao p~ejudic.ado pelb acidente.


REVISTA DE SfGUROS

A indenização paga ao genro do segurado se comunicaria á esposa daquele. Haveria assim não somente uma relação de parentesco como de interesse pecuniario. A regra é que o seguro não se responsabiliza por fato& pessoais do segurado ou dos seus. O dano deve provir de outrem ou ser causado á pessoa estranha. Uma companhia italiana foi aqui acionada. Alegava alguem ter sido ferido num desastre d~ outomovel dirigido pelo sogro - segurado - e aquele queria, por isto, uma indenização da seguradora · contra acidente a terceiro. Disto resultaria que o pagamento da indenização seria feito a um membro da família, por fato- do seu chefe - o segurado. Haveria assim um premio indireto ao "chauffeur" imprudente e responsavel. A Companhia demandado ganhou a questão. O ,osso diretor tinha sido ouvido sobre o suposto direito do segurado e fez ver á pessoa que o consultara, que a seguradora não tinha obrigação alguma . Não obstante, tentaram a pleito, confiados na apregoada prevenção dos juizes, contra o seguro!

Perdas exagerados é um caso frequente no seguro. Muitos 'segurados alegam prejuízos alem, dos reais ou mesmo superiores aos valores d9s apolices. · As apolices impõem a decadencia do direito do segurado, q~andq ele exagera o valor do prejuízo. As exage•rações são mais ou menos desculpaveis; algumas vezes elos se explicam tão naturalmente que os valores parecem verdadeiros. Muitos segurados se creem no direito de atribuir, notadamente aos seus mo - bili.arios, o -valor que eles tinham no momento do aquisição. Quando a exageração se refere á quantidade e· a diferença é muito grande, pode -se ver _nisto a intenção de fraudar a Companhia . E' uma tentativa ~e escroquerie, que pode cair sob a lei penal. Ao segurador cabe demonstrar a má fé do segurado. Se se tratar de prova feita com documentos falsos ou escrita comercial viciada, então a idéia da fraude torna-se evidente e a decadencia deve ser pr.onunciada. A ordem pública assim o exige. O contrato de seguro é uma das formas da previsão de rJscos, que por ess~ meio podem ser · resarcidos. Essa industria só pode ser e·x ercida entre nós por companhias anonimas e companhias mutuas. As associações de classes podem fazer seguros dos seus associados . .Todas as coisas corporeas podem ser seguradas, assim como certos direitos e privações de uso e gozo das coisas. Os riscos se estendem tombem á sat,Jde, á integridade física e á fi.delidade dos eynpregados; enfim todos os intere-sses podem ficar acobertados pelas instituições de previdencia.

173


Monopolío do estado na política de seguros DAVID CAMPISTA FILHO Fazer da industria de seguras monopolio da Estada é idéia antiga tantas vezes suscitada em téses enganosas, ou tentada em experiencias que fa lharam . Em quasi todas nações tem vindo o mono polia a debate, principalmente quando os orçamentos publicas a balados procuram novos al entos para receitas enfraquecidas. E a industria de seguros apresenta-se como as reservas das compa vasto campo promissor, nh ias seduzem como tesouros .acumulados, capazes de saciar a fome fiscal. Os preconisado res das vantagens do mo;,opo!io sentem - se, entretanto, vencidos deante da demonstração de que o fiscalismo crestaria quaisquer florescimentos industriais e de que o Estado não tem, nem pode ter, o genio mer.can'til indispensavel ao exito das iniciativas privadas e fator de sucesso das industrias. Essa ausencia determina fatalmente a incapaci dade industrial do Estado, cuja intervenção compatível com sua dignidade, com sua elevada missão, consiste em ser o orientador, o controlador e jamais, o empresario, comerciante ou industrial. Embora vitor ioso esse principio, a idéia do monopolio de seguros retorno periodicamente e, pelas colunas de um jornal, surgiu iluminada pela impressão lisongeira que o Snr. Renato Costa trouxe da política de Battle y Ordonez que creando no Uruguai o Banco de Seguros do Estado, ali implantou o monopolio do industria . Foi, no entender do escritor, uma iniciativa ouda t iosa e feliz realização do socialismo de Estado, levado a bom termo pela sorte auspiciosa de outros monopolios o da s Usinas Eletricas e o do Banco do Republico . Convenhamos em que a anomalia adotada pela polít ica de" seg uros no Urugua i, tenha logrado fort una jamais alcançada em outros países e que ali possGJ vicejar como planta exotica em campanula, mos, que enco ntraria dest ino tunesto si transplantada a outros cl imas. Dizíamos que o tema do monapolio tantas vezes invocado, acabava qu osi sempre por emudecer nas tentativas de projetas parlamentares ou falhava em experiencias desastrosas. E' hoje uma tése vencida que ha um século vem sofrendo derrotas em toda parte.

• •• Na patria do segu ro a lnglatrrra onde primeiro se reclamou a intervenção do Estado, atualmente, a mais liberal por ~ignif i car mais uma ex-

pressão de cortezia oficial do que a vigilancia suspeitosa do gendarme e onde o seguro é sinonimo de garantia absoluta, pois bem, ali surgiu ha mais de 50 anos, tombem, o proposito do monopolio, não só com fins orçamentarios como social pelo seguro obrigatorio nacional . Foi tema desenvolvido pelo reverendo Backley, desdobrando-se em projetos que se dissiparam ante a ind iferença impassível dos companhias e dos Ll oyds cujas atividades óquele tempo fizeram o edade de ouro do seguro. Mais ardorosamente se agitou em França a teoria do seguro pelo Estado. Era sonho dos socialistas -em 1848 abolir os males da sociedade, graças á associação e ao segu ro, e, somente o Estado seria copaz de realizar o improvovel á ini~iotiva particular. · Foi, então, que o corrente de idéias que se avolumava desde o.s primeiras anos do século passado, chegou ao Conselho de Estado inicialmente no projeto de seguros agrícolas e pecuarios. Máo grado o prestigio que lhe emprestara Napoleão 11 I, o proje~o, fortemente combatido, não passou de uma ilusão socialista. ' Apezar disso, o governo fundou a Caisse Generale des Assurances, mas seu sucesso não correspondeu a tontos esforços e, depois de prolongado marasmo, foi forçada á liquidação. Por muitos anos sucederam-se projetos de seguros pelo Estado apresentados ao parlamento; numerosos que foram, variavam sobre uma ou outro modalidade de seguros, enaltecendo os vantagens do monopolio, mos tiveram todos o mesmo destino; sendo um dos ultimas apresentados em 1919, sobre o qua l, a Comissão de legislação civil atirou o simples e definit iva pá de cal - "le manopole de I'Etat seroit mortel pour l'ossuronce". Mais fortes partidarios da tése do manopolio, foram os que na Alemanha sustentaram suas vantagens e adopção. O pro fe ssor Wagner desenvolv ia demonstrações em favor do Estado Segurador que se assentavam em dois principias incontestaveis : 1° - o barateamento do premio consequente da au~encia de lucro industrial e da unificação dos administrações seguradoras; 2° a aumenta da garantia pública, sempre maior que a particular. Daí resultaria fatalmente, desenvolvimento do seguro por se estender o todas as classes sociais. Bi smarck imbuído de idéias socialistas como Battle y Ordonez, considerava o seguro instituição pública que devia facilmente se oferecer á coletividade.


REVISTA DE SEGUROS

Entretanto, dos principias incontestoveis justificati vos do monopo lio derivou surpreendente e indubitovel verdade o incapacida'de industrial do Estado. No Austria, Dinamarca, Suisso, ha muito que existiam a s Ca ixas Oficiais, comunais ou municipais, operando ao lo do dos sociedades privadas que não lhes tem iam a concurrencia, e a Alema nha procurou faz er desse tipo de sociedade por onde comeÇasse o Estado Seguràdor. Foram as Societaten de seguros ·oficiais, cujas condições erar;' de modo a entravar, em Joga r de desenvolver as operações. O velho economista Roscher observava que as Caixas oficiais contra incendios, moo grado todas prerrogativas, tinham movimento decrescente de operações, ao contra rio das soci edades privadas. Os tratadi stas alemães que tal relatam, são Unon imes no conclusão de que só a iniciativa privada será capaz de conduzi r o seguro ao ideal de suo fi nolidode pelo complexo do orte do segurodoF, pelo técnico das operações, sob ·a sábio vigi loncia e o ri entoção do Estado. A eloquencia do exemplo italian o evide ncia-se no breve lembrança de que em 1863, Victor Emmonuel suprimia monopolios existentes em alguns Esta dos e Du<!ados pelos maus resultados tonto poro o Estado como para o público, o que não impedia que em 1912 o minist~rio Giol itti creosse o monopoli o do seguro de vida pelo Inst ituto Nacional de Segu ros, abol ido em 1923, poro subsistir, entretanto, como simples estabelecimento autonomo de segurador 5elft monopolio.

Da maior ia das noções onde o potencial assecurotorio ·é -sem duvido mais e levado, assistimos á teoria do monopolio armar-se em tentativas ou frustor-se em experiencios ruinosos, e sob ta l imp ressão, o político do Urugua i afiguro-se como uma excepção sem origina lidade, possivelmen te adequada ao seu climax segurado r e jamais como exemp lo o ser imitado. · A velha tése falida da intervenção direta do Estado pelo monopolio, contraporemos a da inter-

vençã o indireto. Emquonto uma asfi xio o seguro pelo burocraci a e pelo . fiscalismo, outra estímulo, an imo e cria pe los diretrizes que lhe imprime e pelo prestigio do nobre empenho com que assiste ao seu evol uir. E' o que o seguir abordaremos.

SAO PAULO

INDUSTRIAL CRIMINOSO Por despacho de 21 deste, da lavra do juiz José Augusto de Lima; titular da 2." Vara Crimi nal, o industri al :Moysés Drys um foi pronunciado pela au toria de uin .crime de incendio proposital, ficando sujeito a sanções que variam entre um e seis :mos de pri.f;ão celular. ·· O acusado foi processado, como incurso nos dispositivos do · art. 140 da Consolidação Penal, por haver, no dia 2 .de maio de 1938, ateado fogo criminosamente eÍn sua fabrica de tecidos de Jérsey, que funcionava ,num b':uração dos fundos do predio n.O 33 da rua José P aulino. O 1:éu tinha o seu estabelecimento comercial no segu ro junto á Cia. de Seguros Novo Mundo, com a apolice de 50'. contos, e fazendo lavrar o incendio em sua casa, com as proprias m ãos, como ficou averiguado pela Polici a Tecnica, pretendeu auferir o premio da indenização . 'o processo correu á revelia do indiciado, que não .foi encontrado para v,er-se sumariar, por não ter procurado se interessar pela ação da .Justiça, no se u caso, pelo ·que aquele magistrado, em se11 despacho; recomendou á Policia os melhores esforços no sentido de descobrir y prender o comerciante delinquente, que se evadiu des ta capital para lugar ignorado.

t:vmpanh ia . ~a.:ivnal de Jeifur-vs IPir-anua ' .

175

FUNDADA EM 19 3 8 S .é d e : S Ã O P A U L O CAPITAL-2 400:000$000

SEGUROS CONTRA FOGO ACIDEN TES DO TRABALHO ACIDENTES PESSOAIS - AUTOMOYEIS Praça Antonio. Prado, 9 Rua da Alfandega , 47 São Paulo Rio de Janeiro


O seguro de vida na França Resumo Historico

Buscando as origens do seguro de vida na França, Alemanha e Italia, encontramos que nestes países a evolução desse instituto seguiu, pouco mais ou menos, os m esmos tramites . que na Inglaterra, mas vencendo uma maior resistencia. Em 1826, fundou-se e~ ;Milão a primeira companhia de Seguros e pela mesma época outra ,e m Napoles, a "Societá di Assicurazioni Diverse". A evolução do seguro foi rapida, contando-se em 1908 · 35 empresas . que seguiam as pégadas das inglesas. A primeira companhia de resseguros foi fundada em 1852, em Colonia com o nome de "Kolnische Ruckversicherung G.", vindo depois outras ·em 1853, 1857 e 1862. Na Fra'nça, não sucedeu o mesmo que na Inglaterra. Na realidade, os princípios de Tonti tiveram grande influencia na França nos seculos XVII e XV,LII, creandose as "tontinas" francesas, enquanto o seguro de vida mantinha um carater especulativo que fazia esclamar Pothier: "Ele vai ·contra o bem estar e a moral publi-ca, porque dá pr·eço á vida dos homens". Baseando-se nos princípios da tecnica atuarial ,inglesa, fundou-se em 1787 a Compagnie Royale des Assurances sur la Vie, a que se seguiram outras. Em 1793, foi decretada a liquidação das companhias. Esta medida deu em re.sultado que, enquanto a Inglaterra legislava para que o seguro se desenvolvesse protegido pelas normas juri-d icas, na França ele era perseguido e hostilizado até grande parte do seculo XIX. Porlalis, na discussão do Codigo de Napoleão, dizia em estilo grandiloquente, condenando o seguro de vida: - "Nós sabemos que é contrario ás idéias '(fa sã moral e brota de mil Yil espírito de comercio o seglll'o sobr · : a vida dos homens". Pardessus, em 1815, pretendeu refutar estes conceitos e demonstrar a utilidade deste método de previdencia. Estas coli.troversias prepararam o ambiente, e em 181S poude M. de Gourcouf apresentar um estudo baseado na tecnica inglesa e pedir a utorização para .fundar uma companhia de s.e guros. É interessante mencionar o que disse

o Conselho de Estado: - "O Conselho de Estado é de parecer .que a obrigação de pagar uma soma determinada por morte de um individuo, mediante uma prestação anual feita pelo mesmo individuo, pode ser autorizada, mas não se deve permitir o segvro sobre a vida de uma pessôa sem .o seu consentimento". Em 1819 foi fundada a Compagnie Générale d' Assurances sur la Vi e des Hommes . Em 1830, a Compagnie Royal passou a ser La National, uma das mais importantes companhias de seguros. Em· 1829, foi fundada L'Union e em 1844 El Phenix. Não obstante, era ainda grande a prefer en cia pelas "tontinas", a:Lé 1840, quando estas entrara'm em decadencia, atingindo os máus resultados dessa forma de previdencia a propria instituição do seguro de vida, que sómente no Segundo Imperio voltou a se desenvolver. Um acontecimento curioso contribuiu muito para o desenvolvimento do seguro na França. Foi o envenamento de uma cliente do Doutor La Pommerais, a qual tinha um seguro sobre sua vida no valor de 550.000. A jurisprudencia, como na Inglaterra, veio em auxilio do seguro de vida quando ocorreu a estrondosa falencia da sociedade de credito "Union Générale", que arrastou a "Crédit Viager". Desde então, a industria do seguro em França teve uma legislação adequada .

Dr. E. C. de Bastos (•Revista Financiera, Madrid )

AMERICO FERREIRA RODRIGUES

Com este título publicámos em nosso numero ·p assado uma notícia sobre as homenagens tributadas ao velho servidor da "São Paulo" - Comp. Nac. de Seguros de Vida- Sr. Americo Ferreira de Carvalho. Infelizmente, trocámos o nome desse nosso amigo, tornando a nossa lembrança um motivo de aborreciment o '1:' :·:1 o. h'omenageado, que é assaz conhecid.o em nosso meio segurador. 'Aqui fieam a retificação e as nossas desculpas ao Sr. Americo Ferreira de Carvalho pelo erro que cometemos.


"Uma mensagem a Garcia" Transcrevendo o trabalho abaixo,

temos

em

Yisto prestar um serviço ao seguro. !'Umo mensagem

a Garcia" deve ser conhecido de todos os agentes comerciais e de seguros. Um contrato de trabalho em un:'D companhia seguradora é tombem uma "Mensagem a Garcia" ou melhor "Uma mensagem ao segurado", Ela deve ser entregue, não impórto como e onde. Antes de transcrever esse trabalho, expliquemos a sua origem : Este . artigo foi traduzido em todos os li(lgu~s, e, já no ano de 1913, havia atingido uma publicida de de mais de quarenta milhões de exempleres. No entanto, nada mais - édo •que a n~rraçõo despretenciosa e sem atavios literarios de um feito, IICI suo aparencio trivial, porém, verdadeiramente extraordinario, no fundo. A' primeira visto a suo leitura pouco oÜ nada nos diz. Parece um conto para crianças; mas a medida que a formos analisando mais nitidamente, o seu conceito infiltrar-se-á em nosso animo e apoderar-se-á-•da .nossa vontade com a força de todoS'\os grandes exemplos. 1 No decorrer da nossa vida todos havemos de nos vêr - se não nos temos visto já - no caso de levar UMA MENSAGEM A GARCIA ou de .encontrar quem a leve, de nosso parte. O exito da em preitada terá dependido ou dependerá, do gráu de disposição da nossa vontade, ou antes, da · decisão com que soubermos vltalisa - la poro levar a bom termo o empreendimento. Todo aquele que consigo levar UMA MENS.A/GEM A GARCIA nos c:ondições em que' foi ' levada pelo Sr. Rowan, está fadado a triunfar. Na vida só triunfam, com ~ verdadeiro triunfo, os que resolutamente, sem vacilações nem palavros ociosas, encontram um dos muitos GARCIAS, que existem espa lhados por este mundo a fóra , dispostos o recom pensar generosamente os que onda·m á Súa procura e sabem encontra - los.

ziam, esforçando-me por incutir-lhes rod io-atividade. A idéia original, entretanto, veio-me de um pequeno argumento ven tilado pelo meu filho Be·rt, ao tomarmos café, quando ele procurou sustentar (ter sido Rowan o verdadeiro heroe da Guerra de Cuba . Rowan paz-se a cominho sózinho e deu conta do recado - levou a MENSAGEM A GARCIA, disse comigo mesmo, o rapaz tem toda a razão; o heroe é aquele que ' dó conta do recado que leva a •MENSAGEM A GARCIA. Levantei-me da mesa e escrevi "UMA MENSAGEM A GARCIA" de uma assentada. Entretanto liguei tão pouca im~rtancia a este artigo que até foi publicado na Revista .sem qualquer. título. Pouco depois da edição ter saído do prélo começaram a afluir pedidos para exemplpre,s odcionais do numero de Março de "Philistine" : uma . duzia; cincoenta; cem, e quando a American News Company encomendou mais mil exemplares perguntei a um dos meus empregados qual o artigo que havia levantado o pó cosmico. Esse de "GARCIA" retrucou-me ele . No cjia seguinte chegou um telegrama de George H. Daniels, do Estrada de Ferro Central de Nova York, dizenqo : "Indique preço para cem mil exemplares artigo · Rowom sob forma folheto, com

APOLOGIA DO AUTOR

anuncio estrada de ferro no verso. Diga tombem até quando pode fazer entrega " . ., Respondi indicando o preço e acrescentando que podia entregar ~s folhetos dali a dois anos. Dispunhamos .de facilidades restritas e cem mil folhetos afiguravam -se-nos um emprestimo de monto . O resultado foi' que autorizei. a Snr. Daniels a reproduzir o artigo conforme lhe aprouvesse . Fe-Io entôo em forma .de folhetos e distribui-os em tal profusão que duas ou tres edições de meio milhão ·exgotorarn-s~ rapidamente. Alem disso, foi o artigo repr0 duzido em mais de duzentos revistas e jorn0 is. Tem sido traduzido, por assim dizer, em todas as lí nguas faladas.

Esta insignificancia ' literario, UMA MENSAGEM A GARCIA, escrevi-o uma noité, depois do jantar, em uma hora . Foi o 22 de Fevereiro de 1899, ani versario natalício de Washington, e o- numero de ·Março da nossa revista "P~ILISTINE" estava prestes a entrar no prélo. Encontrava-me com disposição de escrever e o artigo brotou expontaneo do meu coração, redigido, como foi, . depois de um dia afanoso, dural)te o qual tinha procurado convencer plguns moradores um tanto renitentes do lagar, que deviam sair do estado comatoso em , que se compra-

Aconteceu que, justomer:'te quando o Sr. Daniels estava fazendo a distribuição .da MENSAGEM A GARCIA, a Príncipe Hilakoff, Diretor das Estradas de, Ferro Russas, se encontrava nesse País. Era hospede da Estrada de Ferro Central de Novo Y9rk, percorre(ldo todo o país acompanhando o Sr. Doniels. O príncipe viu o folheto que o interessou mais pelo foto de ser o proprio Sr. ,Doniels quem o estava distribuindo em ... tõÇJ , granqe quantidade que, propriamente por qualquer Oljtro motiva. Como quer que seja, quando o príncipe regressou á suo potrio, manaou troduzir o folheto para o

,A


178

REVISTA DE SEGUROS

russo e entregar um exemplar a cada empregado da estrada de ferro da Russia. A breve trecho foi imitado por outros países; da Russia o artigo pas~ou para a Alemanha, França, Turquia, Hindostão e China . Durante, a gl!erra entre a Russia e o Japão, foi er.~tregue um exemplar da "MENSAGEM A GARCIA" a cada soldado russo que se destinava ao "front".

Os japoneses, ao encontrarem os livrinhos em poder dos prisioneiros Russos, chegaram a conclusão qe ql.le ha'l!ia de ser coisa bôo e não tardaram em verte-lo para o japonês. Par ordem do Mikado foi distribuído um exemplar a cada empregado, civil 'ou militar, do Governo Japonês. Para cima de quarenta milhões 'de exemplares de "UMA MENSAG~M A GARCIA" tem sido impressos o que é sem dúvida a maior circulaçõo jamais ~tingida por quaiquer ·trabalho !iteraria durante a vida do autor graças a uma serie de circunstancias E. R. felizes. "E'ast Aurora, Dezembro 1, 1913.

..

--..:\'"'" UMA MENSÁGEM A GARCIA

.

.

Em todo este caso cubano, um homem se destaca na horizonte de minha me~·oria como o planeta Marte no seu perifelio; quando irrompeu a guerra entre o Espanha e os Estados Unidos, o que ir:nportava a estes era comunicar-se rapidamente com o chefe dos insurretos, GARCIA que se sabia encontrar-se em alguma fortaleza no interior do sertão cubano, mos -sem ·que se pudesse precisar exatamente onde. Era imposs ivel comunkar-se com ele pelo correio ou pelo telegrafo. No enlanto, o Presidente tinha que trator de assegurar -se da sua colaboração, e isto quanto antes. Que · fazer? Alguem lembrou ao Presidente : " Ho um homem chamado Rawan; e se atguina pessôa é capaz de encontrar GARCIA, ha de ser Rowan '(. Rowan foi trazido a presença do Presidente, que ihe confiou uma carta com o incumbencia de entrega - la a GARCIA . De como este homem, Rowan, tomo'u a carta, meteu-a num envolucro impermeavel, amarrou -a sobre o peito, e, após quatro dias, saltou de um barco sem coberta, alta noite, nas costas de Cuba; de como se embrenhou no sertão, para depois de tres semanas, surgir do outro lado da ilha, tendo atravessado a pé um país hostil e entregada o carta a · GARCIA - são coisas que nõo vêm ao caso narrar pormenorisadomente . O ponto que desejo frisar é este : Ma c Kinley deu o Rowan uma carta · paro ser

entregue a GARCIA; Rowon pegbu na carta e nem sequer perguntou : "Onde é que ele está?" . Hasanna '! Eis aí um homem curo busto merecia ser fundido em bronze imarcessivel e suo estdtut~ colocado em toda escola dó país. Não é de sabedoria livresca que a juventude precisa, nem de inst"[u• ção sobre isto ou aquito. Precisa, sim, de um endurecimento de vertebras, poro poder mostrar-se fiel no exercido de um cargo; para atuar com diligencicr, para dar conta do recado; para, em suma, levar UMA MENSAGEM A GARCIA. O General Garcia já não é deste mundo, mas ha outros GARÇIAS.

A nenhum homem que se. tenha empenhado em levar a~onte uma emperso, em que a ajudo de mui tos se torno preciso, tem sido poupado momentos de verdadeiro desespero ante o inhobilidode ou falta de disposição de concentrar a mente numa determinada coisa e faze-la . Assitencia irregular, desatenção tola, indiferença irritante e trabalho mal feito parecem ser a regra gêral. Ning_u em pode ser verdadeiramente bem sucedido, ·_ solvo se lançar mão l:ie todos os meios ao seu alcance, quer da força, quer do subo·mo, paro obrigar outros homens a ajuda-lo, Ó nõo ser ·que Deus Omnipotente, na sua grande mis&ticordia, faço um milagre, enviando-lhe como auxiliar um on'jo de luz. leitor amigo, tu mesmo· podes tirar o prova. Estás sentado no teu escritório, rodeado de me io duzio de empregados. Pois bem, chamo um i:leles e pede-lhe : "Queira ter 'o bondade de consultor o enciclopedio e de me fazer o descrição sucinta do vida do Correio". Dar-se-á o coso do empregado dizer colmomente : "Sim, Senhor" e executor o que se lhe pedi-u? Nado disso ! Olhar-te- á perplexo e de ~osloio para fazer uma ou mais das seguintes perguntas : Quem é ele? Que é enciclapedia? Onde é ·que esta o enciclopedla? Fui eu ocaso contratado para ' fazer isso? Não quer dizer Bismarck? E se Carl'os o fizesse? Já morreu? Preciso disso com urgencio? Não será melhor que eu trago a livra -para que o senhor mesmo procure o que quer? Para que quer saber isso? E oposto dez contra um que, depois de . hove-· res respondida o tais perguntas, e explicado o maneira de procurar os dados p~ "'ir'os ~ ,., razão por que deles precisos, teu emp · :)c , 'o irá pedir a um companheiro que a ajude a encontrar GARCIA e depois voltará para te dizer que tal homem não éxiste . Evidentemente pode ser que eu perca a aposta,


~NISTA

mos, segundo as leis das médias jogo na certa. Ora, se fôres prudente não te darás· ao trabalho de explicar ao teu "ajudante" que Corr~io se ·escreve com "C" e não com ">!<;", mas limitar-t e,.ás a dízer •meigcJmente, esboçando 10 melhor sorrisó: ." Nãd fdz mal; nãó se incomode", e, dito isto, léval'ltar-te-ás e procurarás tu mesmo. E esta incapacidade de atuar ihdependentemente, esta inepcio moral, esta invalidez do vontade, esta ohofio de disposição de solicitomenta poro se pôr em campo e agir - são os coisas. que recuam poro um futuro tão remoto o advento do socialismo puro. Se os homens não tomam o iniciativa de ogjr em. seu proprio proveito, que farão quqndo .o resultado do seu esforço redundar em beneficio de todos? Por enquanto, parece que os homens ainda precisam de ser feitorados. O que montem muito ernpr~goclo no seu posto ~ o foz l trabalhar é o medo de, se não o fizer, ser despedido. no fim, do mês.• Anuncia precisar de um taquígrafo e nove entre dez candidatos á vaga não saberão ortografor nem ptln'tuar - e, o que é mais, pensam que não é necessario sabe-lo! Poderá uma pessôa dessas escrever uma carta a , GA~€1A? "Vê aquele guarda-livros" dijia-me o chefe de IJma grande fabrica. "Sim, que ~em?1 ' "I;', 1.1m · excelente g'l!larda-livros. C:ontudo, se o rpandos:~e· faze um r.eoodo, talvez se desobrigasse da inç1.1mbencip o contento, mas tombem podro muito bem ser que no cominho entrasse em duas ou tres cosas de bebidas e que quando chegasse ao seu destino já (não se recordasse do incumbencLo que lhe fqra dopo". Será possível confiar-se o um tal homem uma - carta paro entrega-la o GARCIA? • Ultimamente temos ouvido muitas expressões sentimentais externando simpatia para com os pobres entes que mourejam de sol o sol poro com os ~~felizes desempregados á coto de trabalho honesto, ~udo isto, quosi seJTipre, entremeadp de miJito pclavro duro poro com os homens que estão com o poder. Nado se diz do patrão que envelhece antes do ~empo, num baldado esforço poro eternos de~gosto­ ~s e descontentes a trabalhar conscienciosamente; nado :se diz de suo longo e paciente procuro de pessoal, que, no entanto, muitos vezes nado mais foz do $;1Ue "mo.tor o tempo" logo que ele volve os costas. Não ho empresa que nõo esteja despedindo pessoal ;que se mos.tro incapaz de zelar pelos seus interesses afim de substitui-lo por outro mais apto. Este ;processo de seleçã.o por eliminação opero incessantemente, em tempos de prosperidade, como em tem~? adverso, ·com o unico diferença que, quando os

S~GURóS

179

tempos são móos e o trabalho escasseio, a se!eção se foz mais escrupulosamente, pondo-se fóro, paro sempre, .os incompetentes e os inoproveitoveis. E' o lei do lsqbrevivencio do mais opto. Cada patrão, no seu propr(o interesse, troto sómente de guardar os aqueles que podem levar uma· mensamelhores gem A GARCIA. Conheço um homem de aptidões realmente brilhantes, mos sem o fibra preciso paro gerir um negocio proprio e que, ademais se torno completamente inutil para qualquer outro pessôo devido o suspeita insana que constantemente · obrigo de que seu patrão o esteja oprimindo ou tencione oprimi- i?. Sem poder mondar, não tolero que olguem n mon~ . Se lhe fosse confiado uma MENSAGEM A GARCIA, re_truca~io provavelmente. "Leve-a vooê mesmo". Hoje este homem perambulo errante pelas rlias em busc;:a de trabalho : em quosi situação de mise rio . No entanto, ninguem que o conheço .se aventuro o dor-lhe trabalho, porque é o personificação do descontentamento e do espírito de replico . Refrot~ ­ rio o qualquer especie de conselho ou admoestação, o unico coisa capaz de nele produzit vagamente al gum efeito, seria um bom pontapé dado com o ponta do bota de numero 42, de solo •grossa e de bico largo. Sei, não resto duvido, que um individuo moralmente aleijado como estef não é me,nos digno de 1 compaixão da que um fisicamente aleijodo, 1 Entretanto, nesta demo~straçõo de compaixão, vertamos tombem uma logrima pelos homens que se esforçam por levar avante uma grande empresa cujos horas de troba,lho não estão limitados pelo som do apito e cujos cabelos ficam prematuramente encanecidos no incessante luto em que estão empenhados contra o indiferença desdenhoso, contra o imbecilidade crass'? e o ingratidão atroz, justamente daqueles que, sem o seu espírito empreendedor, andariam famintos e sem lar. par-se- á o coso de eu ter pintado o situação em cores demasiado carregados? Pode ser que sim; mos, quando todo o mundo se se oproz em .divagações, deve-se lançar uma palavra de simpatia ao homem que imprime exito o um empreendimento, de homem que, o despeito de uma porção de empe~i­ lhos, sobe dirigir e coordenar os esforços d,e outros, e que, após o triunfo, talvez verifique que nocfo ganhou; nado, solvo o suo mero subsilitencio . Tombem eu ' carreguei marmitas e . trabalhei 1 como jardineiro, como tombem, tenho .sido patrão. Sei portanto, que algumas coisas se pode diz~r de ambos os lodos. Não ho excelencio na pobreza de ·per si; fo~­ rop@s não servem de recomendação. Nem todos os


REVISTA DE SEGUROS

180

patrões sõo gananciosos e tiranos, da mesma forma que nem todos os patrões sõo virtuosos. Toda os minhas simpatias pertencem ao homem que trabalha conscienciosamente, quer patrão seja, quer nõo. E o homem que, ao lhe ser confiada uma corto poro GARG:IA, tranquilamente toma . o missiva, sem fazer perguntas idiotas, e sem o intenção oculto de joga - lo no primeira sargeta que encontre ou praticar outro feito que não seja entrega-la ao des tinatario, este homem nunca fica encostado nem tem que se declarar em greve para fer çar um aumento de ordenado. insistentemente, A civilização busca ansiosa, homens nestas condições. Tudo que um tal homem pedir, se lhe ha de ·conceder. Precisa-se deles em cada cidade, em cada vila, em cada loja., fabrica ou venda. O grito do mundo in teiro pra tica mente se re stime nisto : Precisa -se e precisa-se com urgencia, de um homem capaz de levar UMA MENSAGEM A GARCIA. ELBERT HUBBARD". I

Jav

vaul()

Companhia Nacional de Seguros àe Vida Em nosso numero passa-do fizemos uma ligeira apreciação aos resultados apresentados 'pela "São Paulo" sobre as operações de 1940. Percorrendo agora o seu . balanço desse periodo, constatámos a continuação do seu progresso sem declives e sem vacilações.

Ôs premios que arrecadou em 1940, de novos seguros, elevaram-se a 3245 contos·, contra iL 042 em 1939, e os premios de renovação a ... U.309 contos, contra 10.127, em 1939, tendo havido1 no total , um aumento de premios arrecadados ·de 8 % sobre essa receita de 1939. Numa épo<ta, como já. tetnos frizado , de intensa anormalidade economica, esse resultado obtido ·pela "São Paulo" confirma plenamente a opinião tantas vezes externada destas colunas sobre a per.feição dos metodos' adotados 'POr essa seguradora do ramo vida . Somente · as organizações perfeitas podem vencer num período como este que atravessamos . . Mas a "São .Paulo" fez mais ainda. A sua .reeeita geral atingiu 18 439 contos, com um aumento de mais de 2. 000 mil contos sobre a sua anterior de 1939, aumento que corresponde a 12,3 % . , E' deveras confortadora a · firmeza desse Instituto, revelada nos ·algarismos apresentados pela seguradora modelo que estamos apreciando·' Nos meios seguradores e segurados a "São Paulo" é urna companhia >~ de r nome respejtado pela excelencia ·de sua a-dministração, pelo seu continuado progresso e peLo cl'iterio que adota em todos os seus negocios. Oportunamente faremos uma apreciação mais ampla dos resultados robtidos por essa seguradora que honra o segUfo de vida no Brasil. ,

f:()mpanhia de J e uur()§ da 13âhla TERRESTRES, MARITIMOS, FLUVIAES E FERROVIARIOS -Endereço Telegraphlco: ~SSEGURO Capital, 5 . 000 :000$ 000 - Realisado, 2 . 000 :000$ 000 Reserva s, 1 . 496 :01 4$600 Premies no 1. 0 anno de operações 1929 159 :133$119 · 1930 564 :6:7$9fi6 2 .0 3 .0 1931 851 :212$61)0 1.218:486$3')7 4 .0 " " ' 1932 5. 0 1933 ],j34:523$813 6.o,, 1934 1 .603 :497$915 ... 7 .0 1935 1 . 728:511$1(8 8.0 1936 1 . 974:383.$5.00 9 .0 . ,._ 1937 2:256 :878$2?b 10. 0 1938 .. .. .. 2 . 540 :034$'710 11. 0 ~ -1939 . .... . 3 . 007:885$350 Conselho Geral: BERNARDO MARTINS CA 'l.'HARINO·, PEDRO BACEL~R DE SA' LUIZ BARRETO FILHO, FERNAND0 ARI ANI MACHAPO & ALFREDO · H. AZEVEDO Agencia Geral: RIO DE JANEIRO __: Rua G e r e n t e : - TH. OTTONI 1.0 de Março 51, 1. 0 - Caixa Postal 1795 Teleph. 23-3518 Séde nn. B ahia, rua Torquato Bahia, S

11

: :=::: = ==:=::::,:::::: :s;:=:s=:, ::: 2 ::;:;s::::::,:;,:,s::;;::::;s; :::: ;::: :=== , :;::a


Assicurazioni ·Generali ~i lrieste e Venezia COMPANHIA

DE

SEGUROS

FUNDADA EM 1831

Seguro de Vida, em todos os planos. Seguro Contra Accidentes Pessoaes. Seguro Seguro Seguro Seguro Seguro

de Responsabilidade Civil. de Automoveis. Contra Roubo. Contra lncendio. de Transportes Marítimos e Terrestres. /

Fundos de Reservas mais de Rs.

2.368.000:000$000 Séde: Rio de Janeiro, Avenida Rio Branco 128 · Succursal: S. Paulo, R. Dr. Falcão Filho 56-10° Edlflclo de Propriedade da Oompanhia no Rio de Janeiro A venlda Rio Branco 128, esquina da rua 7 de Setembro

Agencias nos

principaes Estados

ASSURANCE COMPANY LTD.

em 1864

Fundada

INTEGRIDADE Companbia de Seguros J.\<laJ.'itimos ~

Companhia · Ingleza de Seguros

Capital e Reservas i. 105.000.000 SEGUROS CONTRA FOGO E SEGUROS DE AUTOMOVElS Agentes geraes na Brasil:

FRISBEE & FREIRE LTDA. 34, Teófilo Otoni, 34 Telefone 23-2513 - Tel: "Pearlco" RIO DE JANEIRO

Terrestres

Fundada em 1872

Sede

R. Buenõs Aires, RIO DE .JANEIRO TELEPHONES:

Dlrccto•·ln: 23-3614 - Expediente: 23-3111 Capital integralizado e reservas . . . . . . . . . . . . . . . • 1 . 950:000$000 AJlOiices , lnnnoveis e outros Yalores de sua propriedade . . . . . . . . . . . . . . 1. 991:185$700 Deposito no Thesouro . . . 200:000$000 Sinistros pagos . . . . . . . . . 9.184:582$340 DIRECTORES:

P residente: Dr. Octa.v io da Rocba 1\firanda Tbes oureiro: Raul Costa.

Secretario: Raul Conrado Cabral


COMPANHIA IDE SE.GWR0S ): ======

: : : : ===-=-:=-:.- -

R U A 1° D E M A R Ç O, 4 9 =: ==

: :

(EDIFICIO PROPRIO) TELEPHONES: Administração -

23-3810

Expediente -

23-3600

· Capital integralisado ... ·. . . . .

2. 500':000$000

Reservas e outras verbas . . . . . .

6. 126:696$900

~eposito

no Thesouro .. . .· . . .

200:000$000

Sinistros pagos . . . . . . . . . . . . .

20 . 313 :048$377

Dividendos distribuídos e bonificações ..... ... : . ..... . Taxas

17 . 480:000$000

modicas

•• • • '"""""

=:

:

: :=_=:::;:,:

: :

:::=:

=:

=:=:=:=: :

:= : =:=:

:

= :

:=:=

:=

:

=:=


REVISTA DE SEGUROS

SOLDADOS SEM ARMA Corporação habituada a enfrentar imprevisi.os, por isso que seu inimigo se apresenta inesperadamente, em qualquer lugar e a todas as horas, o Corpo de Bombeiros é servido por homens que se empenham com o risco e, não raro, o sacrifieio àa p:opria vida para que, no fim dos combates, com o ultimo toque de clarim de comando, saiam sempre vitoriosos. Infelizmente, nem sempre a disciplina, o espírito do cumprimento do dever e a Y0nlade de vencer bastam apenas p:-u·B. que n tarefa gloriosa de defender vidas e haveres seja levadn a bom termo. E' que o homem não pode, sozinho, dominar a impe. tuosidade das chamas . Houve tempo em que os soldados do fogo l utavam com a escnssez de material. Hoje, o Corpo de Bombeiros possue carros, escadas, maquinas ele produtos químicos que lhe permitem entrar ein ação nos arranha-céus, nos nrmazens, nos depositas de inflamaveis cu nos focos em que se desprendam g:\ses Yenenosos. Para tudo estão aparell"\ados esses herois de todas as batalhas. Para lu do no que diz respeito aos seus proprios recursos. H a uma lacuna, porém. E que fa lha. Falta-lhes, precisamente, o auxiliar numero um - a agua. Disso não são culpados os bombeiros. E' que deles independe o Lerem um serviço proprio para uso exclusivo do combate ao fogo. Nos Estado'!> Unidos, por exemplo, os bombeiros tên1 canalização propria, caixas dagua e reserv:ltoi·ios sempre cheios e prontos a atender aos apelos angustiosos nos momentos de aflição. Aqui, os soldados do fogo ligam as

AL CI

a·N C E

181

mangueiras aos seus hidrantes na canalização publica e, abertas as chaves, sofrem . a decepção de continuarem secas e vazias as linhas. Ainda ha pouco, chegaram os bombeiros ao local do incendio, á rua l\abuco de Gouvêa, mal se iniciára o sinistro. E, dolorosamente, á falta dagua, perm:meceram inativos por longo tempo, enquanto ns chamas tudo devoravam. Casos assim são .frequentes. Todos sabemos que a rêde de agua tem de ser bre\'emente mudada ,por isso que o abastecimento da cidade pouco tem se valido dos novos mananciais e adutores porque os canos velhos não suportam a pressão. PoT que não aproveitar o ensejo para, ao ln.d0 do abastecimento, instalar a rêde exclusiva e indispensavel ao Corpo de Bombeiros? Preenchida essa Jac"tma, -e starão os soldados do fogo aptos a desempenhar, como desejam, o m istér que lhes ·c nhe. Dêem agua aos bombeiros porque é essa a arma principal de que carecem. Corágem, bravura, desprendimento e · consciencia do dever eles têm, cem por cento.

A Companhia Nacional de Seguros, FOWfALEZA, filiou-se ao Sindicato de guradores do . Rio de Janeiro. Vizinhança é a proximidade de um Jogar ou a pouca distancia de -um sitio. Vizinho é o que mora ~ chegado ou proximo. Em seguro não ._se deve dizer predio vizinho, para indicar a casa imediata, e sim predio contiguo, palavra esta que significa muito junto, adjacente.

AS SURANCE

C O.• , L. T D ·~

ESTABELEC I DA EM 1824

OPERA

EM

Seguros de Fogo,

Mariti~os

e Accide ntes de Automoveis.

RESERVAS EXCEDEM f. 30 . 000 . 000

AGENTES GERAES: -

$

~~

·

WILSON, SONS & CO., LTO.,

AVENIDA RIO BRANCO, 37 T ELEPHONE 23-5988


182

REVISTA DE SEGUROS

HENRIQUE BLUHM Em viagem de negocios, demorou-se algum tempo nesta .capital o nosso amigo Sr. H·e nrique Bluhrm, Re resentante Geral Sindicato dos Seguradores do \Rio de Janeiro,exercendo o cargo de seu unico Comissari o de Avarias . rio Rio Grande do Norte, Maranhão Ceará e Piauí. Desdmd~nte de uma .família que se especialisou no ramo de Regulador de Avarias marítimas e fluviais e de acidentes de automoveis, o seu progenitor trabalhara nesse mistér durante 40 anos na praça de São Luiz. O seu irmão, Guilherme Bluhm,

falecido ha pouco mais de um ano, era rclacionadissimo no meio segurador do Brasil e foi o primeiro Comissario de Avarias do Sindicato dos Seguradores do Rio de Janeiros, em São Luiz. Continuando as tradições da familia, ha ainda um irmão do Sr. Henrique Bluhm que dirige os seus escritorios em Mossoró, sendo tarnbem um especialista em liquilações de avarias. Muitíssimo grato ao Sr. Henriqu'e Bluhm pela visita que nos fez e pela gentileza em assumir a nossa representação naqueles Estados, o que muito nos desvaneceu. \

.,


183

REVISTA DE SEGUROS

INSENSATEZ! No dia 21 de Janeiro ultimo os bombeiros a,c;udiram a um chamado tral)smitido da caixa c;le socorro n ." 175, que fica no cruzamento das ruas Senhor de Matozinhos e 'armo ,Neto. Chegando ao local, verificaram os sol·dados do fogo tratar-se de um rebate falso. ·Alguem, criminosa, mente, havia praticado a infeliz pilheria de ulilizar·.-se da caixa de alarme daquele ponto, partindo-lhe o vidro e acionando a respectiva , manivela interna. Ao local acudi'll tainbem a policia do 11 14." distrito. , ' Verificada a inutilidade do sinal, o comissario Pizal'fo ·de Morais entrou em diligancias no• sentido de identificar os que se entregaram a gesto tão condenavel . E, afinal, a autoridade isso conseguiu, prendendo-os . Tinham sid'o autores de .tudo Antonio Cardoso e Hdefonso Moura, moradores á rua Frei Caneca · n. 382, e Diomedes Pais de Souza, que reside á mesma rua n ."

·

~86.

Os dois ultimos fizeram · "p~rede" escondendo Antonio Cardoso •. ' enquanto este quebrava o vidro e acio'nava a !manivela de alarme. ' · · Presos e confessos, aqtiela aut.o ridade de tudo fe·z dente a~ . c'oma-ndante do Corpo de Bombeiros, que determino~1 fqsse aplicada a multa de 50$000 a Antonio Cardoso. fs!!o foi feito, e, em se.g uida, ' tanto Ailltonio como seus companheiros foram. recolhidos &o xadrez, onde passarão algumas horas .

SIDNEI

Corretor de Seguros .

.

Com mais de 15 anos de pratica no ramo, opera em todo o Estado de Santa Cataúna. Interessa-·se em conhecer condições de trabalho de Companhias de Seguros em gEJral~ com as quais ainda não tem ligação. Fornece abundantes referencias de sua ati vidade e conduta.' Escrever para o · Caixa Postal .34, ltajaí, Santa Catarina, ou telegrafar parçr NOCETI, mesma localidade. As, companhias de seguros queixam-se constantemente da insegurança em que vivem, com as constantes transformações na respetiva legislação. E' incontestavelmente uma ··industria perseguida. Agora mesmo, um projeto de regula)nentação .. da corretagem .ameaça a instituição -de completo ·m arasmo. Sofrerão a economia nacional, a industria seguraoqora e o Fisco. federal, em beneficio de poucos correto,res, que estão .aparelhados para uma espec.ie , de monopolio, levando á fome centen.as d~ _pessoas que vivem de angariar .seguros. ~XJJIJ~XXXIXXJXXIXXXXXXXXXXXXXXXX~

COMPANHIA DE SEGUROS

Seguros contra os riscos de Incendio e Transportes

, I

Capital integralizado

NOSSO COMENT ARIO

A penalidade imposta a estes indivíduos foi muito suave e não atende á gravidaC.e da falta que comete~am. Quando .o Corpo de Bombeiros sai para apagar um .iogo todo o trafego na sua frente vai fi.c~mdo desimpedido, e · ele percorre o seu caminho sem aten,der a sinais e até mesmo a mqp. .Mui tas vezes, na pressa que pre~isa. ter para ~tjngir o loGal do incendio, acol)tece uma derrapage de consequencias graves para os abnegados soldados do fogo. E niío raro a,contece atropelar um pedestre ou chÇ>car.-_se cow outro veiculo. C.:.m 'lider:wdo a im.p ortancia dessas consequencias, a pilheria daqueles moços não foi hast')ate recomrr.nsada.

NOCETI

Rs. 1.000:000$000 FUNDADA EM 1903 •

Sinistros pagos ·8.893:730$319 DIRECTORES:

Manoel Lopes Fortuna Jr. e Arlindo Barroso Séde: ' Av. Rio Branco 128, 6° andar

a

RIO DE JANE1RQ

,.

Caixa Postal 1324

Tel. 42-6010 (rêde

aXXJX: :;·~:)X:X::d~X:e~:·X~::~:~JXJn 1


J 84

REVISTA Dt SEGUROS

ASSOC IAÇÃO CUBANA DE ESTUDOS DE SEGUROS Na secção destinad~ á Associação Cubana de Estudos de Seguros, a Revista "Seguros", de Cüba, publica as 10 seguintes questões .sobre o seguro incendio, destinadas a uniformizar a apolice desse ramo: 1) Com referencia á nulidade do seguro pela ocultação ou falsa declaração de um fato de importancia material por ])arte do segurado, qual a prova para decidir si tal fato é ou não material? 2) - Quais os efeitos que não são seguraveis sob as condições da apolice miifol'me? 3) Nomeiem.-se cinco riscos especificas fóra do controle do segurado e que não estejam cobertos pela apolice uniforme. 4 - Si o segurado não .fôr o unico dono, que direito terá ele sobre a apolice? Que mudança de domínio da propriedade pode ter lagar sem tornar nula a apolice? 5 ~ Si o risco ou perigo fôr aumenta·do por qualquer meio com o consentitimento do segurado, qual o efeito quanto á responsabilidade da companhia? Em caso de .desacôrdo, si tal a1Jmento de risco ou de perigo fôr material ou não, como . se resolve a questão? 6) - Nomeiem-se, no mínimo, 5 suhstancias inflamaveis ou explosivas, cujo uso no local onde se ache instalada a propriedade segurada requeira uma permissão especial? Que efeito produzirá, quanto á responsabilidade da companhia, o uso de ditas substancias sem permissão? 7) Sobre que especie de propriedade são proibidas as óp~rações de seguros entre 22 e 5 horas? . 8) Que condições deverão ser expostas a um cliente sobre as elaUSl.Jlas de explosão e de raiõ.? 9) Si um segurado obtem um emprestimo com garantia de bens movei~ ·sem dar conhecimento á companhia seguradora, fica por. isso anulada a sua apolice? Esclareça quais são os direitos e os deveres das partes interessadas neste caso. 10) - Descreva claramente os direitos e obrigações de um credor hipotecario, inclusive os relativos ao cancelamento da apolice, por qualquer áto ou omissão do proprietario, após a verificação de prejuízos por incendio.

OS BOMB EIROS NO. R).DIO Existia até pouco tempo e desá{lareceu inesperadamente de entre os progrà'rtias de nosso radio uma transni'is's ão de qtwrto de hora que, cremos, se irraáia'\ia aos do" mingos á tarde, so'b a legentia· "Quarto de hora do bombeiro". · 1 • Esse quarto ; de .hora do bombeiro 1 era, principalmente, do povo ·. •' ' Tr·atava-se, realmente; ·de um óti'-Mo programa de educação coletiva e de ólicia preventiva do fogo que, ·certamente, estava produzindo os melhores 1frutos ·:· Casos dolorosos de precipitação, · de panioo, de ausencta de espirito, pertencem á cronica de sinistros do · fogo, impondo providencias como as que se consubstantanciavam naquele programa. N·a queles quinze minutos em que o .microfone era ocupado por um soldado. dd fogo com capacidade doutrinádora, esclarecia-se a população quanto ás providencias pr-eventivas e aos primeiros combates ao ' fogo, quanto aos meios proprios de extinção das chamas, em todos os cas,q~ previstos, e de salvame:t:ttq em caso de sinh!tro, p~incipal­ mente em recintos fechados de . gral)de ajuntamento, ·onde, quasi sempre o p~nico faz mais vitimas que, o fogo. Pois, apezar da benemerencil'l desse programa dos .bombeiros, ele de~apareceu de nwn~ira inexplic;tv.el. , , O radio brasileiro .,ainda não oferece muito espaç? aos progr,amas eQucativos : Aí está. ( Do Imparcial) '

"EQUITATIV,A

llt

CLUBE"

Recebemos do "EquitatLva •Club" , um UJuavel convite : para tomar. parté ~a festa que realizou 1a .• 16 deste no Edii<icio Et{uita ti v a. " Dentr-o· de um invejavel espírito ~ associativo, a festa -decorréw animadissima ~ e as pessoas presentes·, sociós convidadós, tiveram uma agradabilíssima impressão da mesma, pela sna distinção· e pela maneira gentil como todos foram 'tratados.l ·. Ao amigo Pedro Nunes, que nos •dirigiu o convite, envian1os os 'hossos · agra-decimentos e os >nossos parabens 'p elo ·magnif.ico entretenimento eom ' que nos · obse., ' t•, qui ou.

e


REVISTA DE SEGUROS

COMPANHIA DE SEGUROS " UNIÃO BRASILEIRA" I

185

Não era possível; pois, que o "União Brasileiro" apresentasse um resultado posti ivo nos suas operações de 194 0.. atendendo-se á multiplicidade dos fatores adversos que pezom sobre o industrio, demora11do o suo marcho . ' Ela muito fez e mu itíssimo fará, com os homens que constituem o suo administração, pertencentes o uma classe das mais uteis e das mais importantes do país .

O ' Balanço de 1940 dessa seguradora revela que a mesma se 'traçou 'um programa e que o vem re~ll za ~do, cbm o dPoio d~s classes conservadoras da pais e especialmente da dos Comerciantes Atacadistas do Rio de Janeiro, de onde se arigi J ou . Tendo i ~Íc,iado ps s~as operaç,ã es em 4 de Ja11 -Ao finalizar esta ligeiro apreciação ao trabalho neiro, qUO~dO emiti~ f 0 I SUQ primeir0 0p0lice ~Q ramO do " Umião Brasileira", queremos congratular-nos com incendio, o União Brasileiro obteve dessa data' até 1 1 suo diretoria. -pelo maneira acertada como se vem 3 1 de ''bezemb~o de 1'9 40 a som~ de mais de 500 conduzindo á frente dos negocias dessa seguradora, cor tos sómente nes~e ra~o . 'Esta realização reprediretoria que é composta dos senho res Cornelia Jarsenta um "tour de force", atendendo · a concorrencia r• r1 1 ·1 } dim, presidente, Orlando Soares de Carvalho, vicecada vez maior e oo fóto dos seguradoras poderem , r ) t presidente, José Candico Francisco Moreira, tesoucontar só mente I com o ~ ~ uas proprios corteir.~s em reiro e Manoel da Silvo Matos, secretario, todos inseguros dirétos . Formar uma carteiro incendio nos tegrados nos destinos da seguradora que fundaram, condições atuais não é empreendimento facil, tendoassim como faz jús aos parabens do ~ercodo seguse em vista o .praprio . so~uroçqo do mercado e que rador a ação do Sr. Eduardo Lobão de Brito Pereira, o .mundo atravessa , uma época onorn;~alissimo que gerente geral, cuja experiencia . nos negocias de senão permite a expoRsõo de qualquer atividade. guros tem dado á "União Brasileira " o impulso comFoi ; pois, ~esultado de um trabalha. perfeito, patível com os ideais que animaram os organizadores disciplinado e constitue um exemplo do que se póde de tão promissor empreendimento . fazer quando estõo conjugados dois fatore~ :• in te ligencio- e forço, de vontade. Na•.decorrer do ano ·de. 1940 o "União Brasileiro " inic iou tambE!rn operações nos ramos de transportes ter-restres e moritimos e de outomoveis . As primeirqs opolices emitidos do ramo transportes o A correspondencia entre o risco e o premio for,o'11 em 9 ,de Abri I e,do ramo automoveis em No- 'constitue o fundamenta da existencia do' seguro. vembro .c{o (llesmo 0(10 de , 1940, tendo mesmo assim Ertre nós, por muito tempo, tomar um seguro conseguido uma receita de premias de cerco de 100 era um favor feito á Companhia . O segurado não contos. Isto condiz com os valores que constituem via que comprayo a sua tranquilidade . Considerava e dirigem essa promissora seguradora . o premio p9go' como gasto dispensavel ; era um fa Sabendo-se que o receito de premias dos ramos vor feito á empresa . Quando porem acontecia o ristransportE;~ e outomoveis 'é estimada . em .apentls 1 I 3 co, então se lhe crescia o desejo de lucrar, receber do c(ue realizo ·o jl"o'ma f-ogo, • o r~eita J de · 1 00 contos mais do que o ~ecessario ou o devido. conseguida nesses ramos pelo "União Brasileiro"•, . em As companhias que faziam b seguro á prazo e 8 rnêse,s. no raiT)Ç) transportes e em um apenas no a preço vil e eram, ao mesmo tempo, largas na inrárno , outomoveis, póde-se fConfar em uma organidenização, julgando que assim faziam propaganda zação rcoma 1 esta; c'i'poi ,de1 at!!fi,gir-. rapidamente o da instituição, acabaram se colocando numa situalagar que lhe compete na cênorio segurador bro~ileiro. ção subalterno, de forma que o sinistrado já não t ,predso considera~ , ainda que tudo isto foi admitia discusséio quanto á indenização: a que ele caf1Sl!guid6 em um período 1de organização dos seus.exigia, era o devido! Servi!;as, incly$ive o do creoção de agencias, ·serviAinda hoje o seguro é quiçá o unico negoc io ços que demondafTl· o rnaxirno ,de oténçõo, 1pais deles que se liquida com grosseria. O segurado jul'g a - se no depençlem o sucesso de uma seguradora . direito de ser, alem de exige;..;te, desaforado. A "União Brasileiro", creou em 1940, 5 ogenRaro é o homem comedido ou consciencioso. A çias 1nos· capitais dq spgl-'f fltes , Estados~ ..:....,.. ,S. -P.aulo, idéio do lucro é dominante. Rio Grande do Sul, Ceará, Pernambucor e · Alagôas . Vamos ver se, dagora em diante, com a interConstituir uma 1 agencia 1-çpenas demanda s~rio travenção do IRB, nas casos de resseguros e com o balho, imagine-se, Ol;Joro, ,o estabelecimerta de cinco presti9io do ~eu oficialismo, as liquidações se farão de~~es organismos •em um ano, , qupndo os esforço~ dentro dos limites legais e se a propria justi ça proodcninistrqtivos-1estõo· ,vol,t9dos .para outros problemas cede.ró ou não com mais prudencia, , nos se us julde. importoncia copi~al_.. ~mo .sejpm a constituição gados. dos carteiras e o organização interno dos serviços.


186

REVISTA DE SEGUROS

CLUBE SUL AMERICA

~l

Essa prestigiosa agremiação dos fundonarios das organizações "Sul Americ'l", da qual fazem parte funcionarios· da Sul America Vida, Sul Amrrica Terrestres, Sul America Capitalização e Lar Brasileiro, leve a amabilidade de renovar o ingresso permanente, que nos concedeu em 1940, para as suas reuniões sociais e esportivas de 1941. Somos gratissimos aos dirigentes do "Clube Sul Ameri~a", especialmente ao nosso distinto amigo Gotlschalk Coutinho, seu atual presidente, por esta gentileza que muito nos desvanece, quanto mais que se trata de uma associação dos mais elevados .fins, cujas reuniões esportivas ou recreativas sempre se revestiram de um cunho dos mais distintos.

Entre as empresas seguradoras, antitigamente, esiabelecia-se a concorrencia. Essa concorrencia reduzia as tarifas, pondo em risco a solvabilidade das empresas. Desde 1922, o governo, pelo seu orgão fiscalizador dos seguros, começou a ver os máus resultados dessa concorrencia, que baixava os premi os a valores mínimos . A.s empresas tinham obrigação de formar reservas .p ara garantia dos segurados, mas era preciso evitar a imprudencia de certos administradoces. Dai, a lei que esta beleceu as taxas mínimas . As companhias fracas não foram eliminadas; antes , lhes foram ofer'e cidos elementos para o desempenho da sua missão. A técnica as aparelharia para o exito e a estabilida,de nos negocios.

ratas de Sicília e d'Isaiiria, que infestàvam o Mediterraneo, interceptavam os viveres á Roma e arruinavam o comercio. O pirata anda roubando pelo mar . Pirata de toda a roupa era o que roubava a amigos .e a inimigos . O Corsario é o que é mandado ou . autorizado pelo respectivo governo a correr sobre · o inimigo, segundo, as ipstruções recebidas. · Antigamente, os colsarios não podiam sair da barra sem .entrarem os navios que se viam de ióra. (Carta Regia :de 7 de Janeiro de 1694 ) . Para ser corsario era ne..cessario ter licença e "dar fiança, segundo o Alvará de 7 de dezembro de 1796. ' -"'

Na . Idade Media, comprar antecipadamente poro revender era um . delito; comprar por atacado para revender o varejo, outro delito. Os padeiros ingleses amassavam michos que não apresentavam o peso legal ou quando os proprios freguezes traziam o mossa paro coser, tinham um rapazinho escondido debaixo do balcão poro furtar um bocado da mossa, antes de o meterem no forno . Como castigo, eram expostos no pelourinho, com os suas michos fraudulentos pendurados ao pescoço. A um mercador que vendera mo11 vinho, derramava-se o resto do lfquido sobre a cabeça. De.baixo do nariz do vendedor de carne estragado queimava-se a sua mercadoria, para que ele sentisse o mau cheiro.

Es-tampamas neste numero o arti~o com o título: UMA MENSAGEM A GAIRCJ.A·. E' uma leitura util a todos quantos' queiram ter a devida compreensão do dever e da energia, 'p ara se destacarem na are· Uma Companhia de seguro recebeu na da vida. Todas as companhias de seguros e touma reclamação. O segurado · apresentou dos os homens de negocios deveriam ler e uma mobilia queimadá, mas no aposento a que se referia o seguro, não havia nenhum . meditar sobre esse escrito e dar conhecimento dele aos seus auxiliares. ves tígio de fogo. Uma Sociedade de Capitalização, Um jornal noticiou que um caminhão, quando iniciou as suas operações, fez coque conduzia uma mobilia, tinha sido inlocar, na sala ocupada pelos seus agentes, cendiada na praça da Bandeira e fôra levado á estação do Corpo de Bombeiros. E esta legenda: "Precisa-,se de um homem para levar "'lais, que a mobilia era do reclamante. uma mensagem a Garcia". Fala-se agora muito em piratagem ou ' Talvez nern todos soubessem o que pirataria. i to signifiea.va; entretanto, muito podiam 'Houve em 67 antes de Cristo uma es- aproveitar com a leitura, que ora ofereçe~ pedição dirigida por Pompeu contra os pi- mos.

I


REVISTA DE SEGUROS

187

Relação dos incendios havidos no Distrito Federal e nos Estados Mês de JÁ NEIRO Distrito Federal 4 - Rua S. Francisco Xavier 741, fabrica de cêra para lustrar soalhos e de tintas de es.crever. O ·p redio foi quasi totalmente destruido, salvando-se apenas a parte onde era instalado o escritorio. 7 - Rua Sendaor Euzebio 202, carpintaria. Incendio total. Prejuízos de mais de 100 contos. 8 - Travessa do Ouvidor 25, Drogaria Gesteira. O fogo teve inicio no 2.0 andar, onde havia uma pensão. Grande parte da cumieira do predio ficou destruída, tendo a agua causado sérios danos ao terreo, na drogaria, e ao 1.• andar. 11 - .Rua Guimarães 528, Rocha, Fabrica de cordas. Parte do predio foi destruída e as mercadorias e fibras que nele se achavam·. Um caminhão ·c arregado de rôlos de barbante, que estava em uma dependencia ·d o predio foi presa das chamas. 12 - Rrua Frei Cane·c a 21, marcenaria . O predio é de dois pavimentos, sendo a loja ocupada pela marcenaria, que tambem ocupava parte dos fundos do 1.• andar, e o restante pelo Hotel Rio Chie, cujO!' prejuízos foram pequenos. Os prejuízos da marcenaria, que .foi totalmente desh·uida , não vão além de 60 contos. O predio não estava no seguro. 15 - Rua Camerino, 66, Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Terrestres. Edifício de 3 pavimentos, sendo o terreo ocupado por um deposito de mercadorias das Lojas Americanas, onde teve inicio o fogo. Os andares superiores eram ocupados pelo aludido sindicato. O predio foi totalmente destruido e estava segurado por 250 contos. Os prejuízos totais sobem a mais de 500 contos. Durante o incendio, ruio uma parede lateral do predio sinistrado, indo atingir a casinha do Restaurant União, dando-làe um prejuízo de cerca de 20 contos. - Rua Catumbí 85, casa 11~ re.sidencia. Principio de incendio causado pela explosão de um fogareiro. Prejuízos insigni!icant·es .

16 - Rua São .José 8, loja, deposito e exposição da firma Paul J. Christoph &C. Principio de incendio originado de um curto circuito em uma das geladeiras expostas. Não houve prejuízo. 21 - •Rua Ana Leonidia 156, deposito de papel. Incendio parcial facilmente debelado. 22 - Rua Pompilio de Albuquerque 141 , Encantado (barracão). Fabrica de cêra -clandestina. O fogo destruiu completamente o barracão. Faltou agua. Os prej uizos se elevam a pouco mais de 5 contos. Dois operarias receberam queimaduras de 1.0 e 2.0 gráus. - Rua. Paulino Fernandes, 55, Botafogo, Laboratorio do Sal de Uvas ·Picot. Principio de incendio debelado a baldes dagua, mesmo antes d.a chegada dos bombeiros. Pequenos prejuízos. - Praia de S. Cristovão, deposito da Fabrica de Polvo r a de Piquete . O sinistro ocasionado pela combustão de acidos. Apezar da violencia do incendio, não houve vitimas a lamentar e os prejuízos foram de pequenas proporções. 23 - Rua da Gambôa 120, garage. Incendio parcial. Pequenos prejuízos. 27 - Rua Barão de /M esquita 78, fabrica de perfumes Mirurgia. Os bombeiros extinguiram o incendio ainda em começo. Suposta causa: - ação dos raios solares sobre papel eelofane. Prejuízos avaliados em menos de 500$000. - Rua Ribeiro Guimal'ães 23, perfumaria Mirta . O fogo foi· dominado rapidamente , sendo os prejuízos de pouca monta. 28 - Rua S. Pedro 282, 1.0 residencia. O fogo teve ini cio na casinha do predio onde reside o proprietario da ·c arpintaria que funciona no pavimento terreo. Em menos de uma hora eram debeladas as chamas, ficando destruídas a casinha e parte do corredor do referido 1.• andar. · - Avenida Suburbana 2845, armazem de seco.s e molhados. O incendio destruiu totalmente o predio. Tanto o armazem como o predio estavam segurados. - Rua Guineza, 121, residencia. O f o-


188

REVISTA DE SEGUROS

go foi motivado por execesso de .fuligem na chamas. Este incendio durou mais "de 1 O chaminé do predio e foi dominado em pou~ horas. Parece tratar-se de um incendio cricos minutos pelos bombeiros. minoso. Ainda no dia 3 havia fogo nos 30 - Praça Olavo Bilac, 9, café e res- escombros. Não fôra a colaboração do rebotaurante. O incendio foi extintto a bald'e s· cador \' Dorat" lodo o cais teria sido devodagua ainda no começo, pelos bombeiros rado pelo fogo, . pois o aparelhamento do que acudiram. corpo de bombeiros em Paranaguá é o mais - Travessa S. Diogo, 13, fabrica de obsoleto possível. moveis. O fogo destruiu completamente a 8 - Pernambuco - R ecife - Houve fabrica, pois faltou agua. Os prejuízos dessa mn principio de . incendio no deposito da fabrica, cujo proprietario já tivera um ou. Perfumaria Falconi, á rua da Praia 143. tro sinistro á rúa General Pedra 192, são O fogo foi logo extinto pelos bombeiros, estimados em mais de 150 contos. ten do sido diminutos os prejuízos. 9 - Idem, idem - Manifestou-se in- Rua General Caldwell 78, fabrica rle moveis. Foi quasi totalmente destruída cendio, cerca de 1 hora da madrugada, na e o fogo ainda atingiu sériamente uma .fa- loja de calçados "Casa Riomar", á rua da brica de doces ao lado, n." 80. Os prejuízos Penha 7. O Jogo teve inicio em umª oficina de marcenaria que funcionava nos ex<Cedem de 150 contos. 31 - Praça da Bandeira. Tncendio em fund os do l.o andar do pr.edio e daí propaum caminhão. Estavà carregado de moveis gando-se aos pavimentos terreo e superioe foi extinto pelos bombeiros da Praça da res, onde residiam varias familias. · O preBa~deira, pois que a chaufer teve a dio visinho de n." 13, onde era estabelecido calma de conduzi-lo pa1'a frente ·mesmó do o Bazar "S. José", muito sofreu tambem. preflio · ila Estação de Bombeiros que fica- O incendio durou mais de tres horas. TanYa proxima ao local onde se declarara o to a "Casa Riomar " ~orno o "Bazar S. José" incendio. Os moveis .ficaram bastante da- muito . sofreram, quer pelo .fogo quer pela agua, especialmente aquela. Os prej uizos nificados. sobem a mais de 200 contos. Havia seguro. ESTADOS 8 - Rio Grande do Sul - Genel'al Camar·a Incendiou-se a Fazenda Guaiba·, 3-- Paraíba - João Pessôa - Um in- neste municipio, pertencente ao Dr. Lincendio destruiu na Avenida Silvino Mon- dolfo Boll, que tem ali grande plantação de teiro 4 casas de taipa cobertas de palha. A linho . Arderam a residencia e o deposito, policia deteve um menor da Es·c ola Corre- havendo prejuízo de mais ·de 200 contos. cional "João Pessôa", a quem se atribue a Ignora-se se havia ·seguro. culpa de haver ateado o fogo. 15 - Rio Grande do Sul - Cidade do 1 - Paraná - Pal'ana•g uá - Os ar- Rio Grande - Um .g rande incendio devomazens 5, 7, 9, e 12, do Porto D. Pedro li, rou a Fabrica de Calçados Llopard, situade propriedade do Estado, arderam na ma- da a Avenida Portugal. Muito contribuiu drugada de l.o de Janeiro ultimo. O fogo para a propagação do fogo o fato \de que irrompeu, ao que se supõe, em vagões car- as dependencia s da fabri ca eram de maregados de madeira. Os armazens sinistra- deira. Durante o incendio explodiu uma dos, em uma extensão de cerca de 300 me- caldeira, voando pelos ares s ua parte sutros de frente, .e stavam 'n a sua maioria ·perior que foi cair, com a violencia dos cheios de madeira para exportação. Os seu 200 quilos, sobre uma carroça, inutiprejuízos que a principio foram avaliados lizando-a e matan do um menino de 14 anos em mais de 10 mil contos, não ultrapassa- que ia ao lado do condutor do veiculo, o rão de 5. 000 contos. Os armazens estavam qual nada sofreu. A fabrica fi-cou complearrendados a firi.nas particulares e tanto tamente deslruida e talvez, por efeito da os armazens como as mercadorias estavan1 chuva que caia com intensidade, a propaseguradas, exceto 5 vagões de madeiras do gação não foi maior, pois podia . ter ardido Sr. Elísio Cardoso, que tudo perdeu. A falta Lodo o quarteirão. O fundador da fabrica, dagua muito dificultou a ação dos },ombei- Sr. Llopard, antigo copsul espanhol em ros. Esteve sériamente ameaçada a alfan- Rio· Grand.e, foi ha dois anos alcançado por dega de Paranaguá de ser tragada pelas uma polia dessa fabrica, vindo a ter morte


189

REVISTA DE SEGURO$

instanlanea. Na fabrica trabalhavam 210 operar ios que ficam sem emprego. Os seguros sobem a n1ais de I. 000 contos. '27 - Rio Grande do Sul- Porto Állegre - Foi destrtJ.ido por · violento incendio o Hotel Ideal, localizado no coração da cidade. Ignoram-·se os prejuízos e si havia seguro. 12 - Rio de Janeiro (Estado) - S. Gonçalo - Na noite de hoje violento incendio destruiu a fabrica de conservas "Coqueiro", á rua Cel. Faoria, . 27, em Porto Velho. As chamas tiveram inicio na parte da .frente da fabrica. O corpo de bombeiros ·d e N~teroi, que acudiu prontamente, teve certa difi·culdade no -começo porque faltava agun, mas estendendo as suas mangueiras até o ,porto que fica nos fundos da fabrica, tiveram-1na em abundancia. Com a demora dessa operação, as chamas dominaram o estabelecimento, que .ficou completamente destruido. Os prejuízos são calcnlados em 50 contos. - Rio de Janeiro (Est~do) - Niteroi - O fogo destruiu todo o material de uma fabrica de raquetes e caixas para embalagem de empolas, .á rua Alvaro de Azevedo 26. O predio quasi nada sofreu e os · prejuízos da fabirca foram pequenos. A .fabrica não 'estava . no seguro. 1H - São Paulo - Campinas - Manifest ou-se um incendio em um galpão ocupado por uma oficina dé marceneiro, situado á rua Francisco Glicerio 11:l04. Os bombeiros se esforçaram para dominá-lo durante 40 minutos, quando o conseguiram. Os prej uizos vão a 20 -contos. O galpão foi de~truido e o maquina rio muito sofreu. 2'2 - São Paulo ~ Francà - Mani-

PRUDENCIA CAPITALIZAÇÃO

---- -----

---

---

festou-se incendio na fábrica de bel).efidar café da Fazenda Salgadinho, em Ribeirão Corrente, neste município . O .fogo, apezar da ch\1~a que caía, destruiu o edifício, o stock de mercadorias e inutilizou as maquinas. Os prejuízos são totais e se elevam ·a cerca de 300 contos. Estavam segurados. Totais provaveis de prej uizos pot· incendio em Janeiro de 1941 : ~o Rio . 1.. 600:000$ Nos Estados 6.870:000$ 8.470:000$000

IL t!JIU. ~II~()~ tl' Assurnnee" eontre l'Incen dle,

Ies

Aecldents

ct

Risques Divers

-FUNDADA EM PARIS EM 1828Autorizada a funcionar no Brasil em 1898 Capital int~lramente realizado Capital realizado para o Brasil •

-. - - 50 1\lilhões 'de francos - - - 2. 000:000$000.

}'RIO DE JANEIRO - LUIZ JOSE' NU~ES Rua Uruguayana, 87 4°. andar SÃO PAULO MAX POCHON - Rrla 3 de Dezembro 17, 5" RECIFE - ARISTIDE BRUERE Rua do Bom Jesus 226, 2• CURITIBA - A. BARROS & C • .- Rua Marechal Flot•lano 98, sob.

PORTO ALEGRE- REI-IE' LEDOUX- Rua Uru;Jupy 91, solo 107. BELO HORIZONTE -

--

ALFREDO PINTO 1\IARTINS -

Av. A.fonso Pena 759, 2•


190

REVISTA DE SEGUROS

A G U A O Coronel Afonso Romano concedeu á "Noite" no dia 20 deste mês uma entrevista muito interessante sobre o problema da água no Rio e apresentou os remedios par'a conjura-lo. Feitas as obras compJementares do reforço de Ribeirão das Lages, disse o Cel. Romano, deve -se ampliar as rêdes de distribuição ás zonas suburbana e rural, aumentando-se-lhes o diametro, generalizar o uso do hidrometro, adotar o limite maximo para consunio, além do mínimo já estabelcido, afim de e·v itar desperdícios de água potavel r~rimir os gastos da mesma nos grandes edifícios de apartamentos~ obrigando o estabelecimento de poços nos que se forem construindo, para l;>anho e limpeza, ficando .o água potavel para beber e cosinhar apenas. Com a capacidade desses poços de 20.000 e 30.000 litros diarios, · tem-se assim feito uma economia no consumo de água potavel muito apreciave·1, equivalente a 80 % dos gastos atuais. A .água desses poços seria .empregada tom. r

lnsurance Company IJimited • (COl\lPANHIA INGLEZA DE SEGUROS) Fundada em York, lnglatena em 1824

FOGO MARITIMOS - TRANSPORTE AUTOMOVEIS ACCIDENTES PESSOAES Dlrecção par·a o Bras il

RIO DE JANEIRO Rua General Camara n. 66 -

loja

G. E. HARTLEY Representante Geral Succursal de São Paulo:

·Rua Boa Vista n. 46-sob. S. A. HANSEN Gerente Agencias em;

SANTOS, CURITYBA, RIO GRANDE, PORTO ALEGRE, VICTORIA , BAHIA, MACEIO', RECIFE, NATAL, FORTALEZA, PARNA- - HYBA, BEL~M e MANÃOS. - -

bem nos estabelecimentos industriais onde se consome muita água ·. . Outra medida que o Cel. Romano 'lembra é a do uso da. água do mar para apaga( os incendios, colocando nas grandes avenidas que se vão construir bocas de incendio de 4 polegadas, de modo que os abnegados soldados do fógo tenham em abundancia o pr-ecioso liquido para apagar os incendios. Enquanto a água para irrigação das ruas, as autoridades abririam poços em legares apropriados, evitahdo o desperdício dágua potavel em um serviço que póde ser execu-tado com água do sub-sólo. Transcreve·ndo em síntese as sugestões do abalizado e competente tecnico que é o Cel. Afonso Romano, atinentes ao problema da água no Rio de Janeiro, congratulamo-nos com o mesmo pela clareza da sua exposição e pelas medidas que apontou para resolver este eterno problema que tanto aflige a nossa população e que evitará os perigos de ·uma calamidade publica pela propagação de um grande incendio no centro da cidade, agravado com a falta dágua .

RETROSP.ECTO DO SEGURO NOS ESTADOS UNI DOS Os seguradores do ramo vida teriam .continuado o seu ·esplendido record não fosse a epidemia de influensa que assolou to~a a costa do Pacifico, atingindo-os tambem durainente. · O seguro de fogo teve que atravessar um tempo difícil proveniente da estreita margem de Iurros pela taxação excessi v:1 nesse ramo e aumento de despesas em geral. Não obstante, ha esperanças de qne esse ramo tenha dado lucro razoavel . A guerra influenciou decididamente o ~eguro mnritimo cÓm um numero importante de mercados que .foram praticamente perdidos. ' Qua11to ao seguro de automove , é · cada vez mais desencorajante. As suas apolices registram hoje um considerava! aumento de beneficios, enquanto as tarifas ·d esse seguro são eada vez mais baixas. (The Weekly Underwriter)


Tendo sido pedido em juizo o homologação do regulação da avaria grossa desse vapor, os varias .interessados a impugnaram . Eis aqui uma dessa impugnações : Exmo 6nr. Dr. Juiz de Direito da 2 .a Vara Civel . A COMPAN!-IIA ALIANÇA DA BAIA e a COMPANHIA ALIANÇA DO PARÃ, a primeiro com representação ne~ta Capital, á rua do .Ouvidor ns. 66 é 68 e a segundo coni séde na Cidade de Belém, Capital do Estado do Porá, tendo sido intimadas oara dizerem nos . autos de homologação de avaria grossa do vapor "Potengy", requerida pelos respectivos armadores e proprietarios do navio - a Companhia Comercio e Navegação vêm impugnar a dita regulação, por seus advogados abaixo assinados, conforme os instrumentos de procuração juntos, afirmando que a mesmo, data venia, não póde ser homologada, como pretende a Companhia Comercio e Navegação, já P~.lo seu os.pecto legal, já pelo seu aspecto moral.

O ASPECTO LEGAL PRELIMINARMENTE :

' I .q direito parp a ''regulação da avaria incorreu

em . PRESCRIÇÃO . A meteria é ; egulada, coma se sobe, pelo artigo 449, n.0 1, do n/ Codiga Comercial : "Prescrevem igualmente no fim de um ano: As ações entre contribuintes para avarias grossa5, si a sua regulação e rateia se não intentar dentro de uma áno, a contar da 'data da · terminação da viagem· em que tiver lagar a perda. A lei é expressa: a regulação e rateia das avorias gros~os QUE SE NÃO INTENTAREM DENTRO DE UM AN9, a contar da data da terminação da viagem em que tiver lagar a perda, não dão direito, POR PRESCRIÇÃO, ás ações entre os seus contribuintes. f\plicada ·o lei 100 coso · em debate, o erguida prescriçéo resulta insofi'smavel . Efetivamente, pela proprià '·re~;~ulaçõo, nos outcis, 1 se vê . que o sinistro ocorreu em i3 de ~témbra de 1938, enquanto que · a regutatação só foi iniciada ' em 1. 0 de Julho de 1940, - dato da assinatura do compromisso do arbitro' regulódor. A regulação de uma avaria grossa é um processo de ·arbitramento, dando ser o seu óto inicial a ROmeãtão do arbitro . Do' sirrtples confronto dessa~ datas;

23 DE SETEMBRO DE 1938 E 1. 0 DE JULHO DE 1940 verifica-se que a regulação da avaria grossa sé foi intentada quando decorrido muito · mais de um ano, donde haver se operado a prescrição anua do artigo 449 n. 0 1 do Codigo Comercial . Não ha como se pretender que o processo regular a que .esteve submetido o caso no Tribunal Maritimo Adiministrativo teria operado a interrrupção da prescr~ ção. O argumento não tem qaalquer subst;mcia . A lei que instituiu o Tribunal Moritimo Administrativo (Dec. 1) . 0 24.585, de 5 de Julho de 1934) · não creou, nem explicito nem implicitamente. um novo caso de interrupção de prescrição. Tanto mais improcedente será o argumento se se considerar que em meteria de prosas o nosso Codigo Comercial é de um rigor absoluto, especialmente tratando-se de prescrição.; todos os prosas nele marcados, no dizer do seu artigo 441 , são fatais e improrragaveis, sem que contra a sua prescrição se possa alegar reclamocão, ou beneficio de restituição, ainda que seja a favor de menores. Semelhante argumento é inteiramente destituido de qualquer apoio legal. A interrupção do' prescrição, em meteria comercial, está expressamente prevista na rigida enumeração do artigo 453 do·. nosso Codigo Comercial: "A prescrição interrÓmpe-se por algum dos modos seguintes : 1.0 )

.2. 0

)

-

-

-

Fazendo novação da obrigação ou renovando-se o titulo primordi(]! deles; Por via de citação judicial, ainda mesmo . que tenha sido só para juizo conciliatorio; Por n;~eio de protesto judicial, intimado pe~soalmente o devedor ou por Ejditos oo ausente de que se não tiver notiéia ".

É taxativo . Só, de ocôrdo com, um desses numeras a interrupção da prescrição poderia se ter operado.: Nen.hum . deles foi tentado, c;omo manda taxativamente a lei.

A ,PRESCRIÇÃO OP,EROU-SE, POIS, IRRECUSAYELMENTE

pE MERITIS Além do vicio insonavel da prescrição alegada e provada, como preliminar, a .regulação da avaria grossa, no seu ,merito, apresenta não menos graves


192

REVISTA DE SEGUROS

irregularidades, de modo o comprometer o suo homologação . Enumeramos os mais chocantes: a)

a trabalha tio arbitramento não foi feito pelo arbitro compromissado, Snr. Hermogenes Marques.

Realmente. 'ndicoto de Seguradores do Rio qe Jane iro, como orgão dos companhias de seguros as mais intere.ssodos no regulamentação do avaria grosso - dirigiu, ao Snr. Hermagenes Marques, em I I de Stembro do corrente ano, o seguinte corta : "I Imo . Snr. Hermogenes. Marques - Ruo Nesta - Avario Grossa Alziro Brandão 26 s/ s "Potengy" Am igo e Snr. Tendo este Sindi ~ coto iniciado. o estudo do regulação do avario grosso em epígrafe, no interesse geral de suas Associodos, como é costume nos· casos da especie, precisamos que V . S. nos informe, especificodomeryte, qual o carga que o vapor trens ~ portava no porão n.0 2., de vez que no impresso do regulação se foz alusão o essa cargo, nos sÍ!guintes termos: Nestas condições não .inclui no mossa contribuenda os donos advindos á cargo estivado no porão n. 0 2, aos prejudicados cabendo o recurso de agir contra quem de direito, se assim lhes ditarem seus interessem, entrtanto,- relacionar essa corgá . ses Gratos, desde já pelos ditos informações, subscrevemo-nos, com apreço e consideração, etc. Essa corta teve o resposta que se · segue, c~nforme translado do Registro de Títulos e D<lcumentos (doe, . 1 l : "Rio de Janeiro, 16 de Setembro de 1940. limo. Snr . Diretor do Sindicato dos Seguradores do Rio de Janeiro - Presado Sr . Em res posta á suo corta de 1 I -9-40, venho comunicar o V. S. que causou-me sumo extranhesa o aparecimento de um folheto já impresso, c"on·tendo o regulação do avario grosso do vapor "Potengit", resuitante do acidente que sofreu em Natal, em 23 de Setembro de 1938, figu ·rondo meu nome como tendo assinado o laudo, pois não assinei tol , reguloção. - Devo esclarecer que só assinei em relação' o essa avario grossa o termo de compromisso, o ·qual foi tra zido á minha residencio pelo Sr . Dr .- Stoll Gonçalves, por estar eu doente . - O trabalho estava sendo preparado por colaboradores, poro meu exame e· ossihoturo, e· muito extronho que tenho sido impresso ri dado• á publicidade, sem minha ciencio . outorizacão assinatura. Nesta doto es~ou tomando os . n~cessorios providencias para apurar o autoria dessa irreguioridode, poro os devidos fins . - Quanto aos

.e

esclarecimentos pedidos por esse Sindicato, em relação ás cargos do porão 2 do "Potengy", teria o maior prazer em enviá-los, tão cedo me venham ter ás mãos os documentos do sinistro. - Subscrevo-me, com todo estimo e cor.~sidero­ ção, de VV . Am. At. Obr. (oss.l Hermogenes Marques". Não importo que, mais tarde, o Sr . Hermogenes Marques tenho pretendido uma explicação para· a grdve irregularidade já confessada; .como se vê de sua corto seguinte (doe. 2) : "Rio de Janeiro, 23 de Setembro de 1940 limo. Srs. Direto~es do $indicoto de Segurodores do Rio de Janeiro-Pre~odos Srs.-Ref.Avoria grosso vapor ""Potengy"- Confirmondo o minha corto de 16 do corrente, e agora melhor informado sobre os fótos que motivaram os termos do mesmo, cumpre-n:'e voltar á presença de VV. SS . afim de esclarecer como se passaram os aludidos fá tos : Confotnie ficou dito no minha referida corto, o trabalho foi confiodo o colaboradores, não só pelo corencio de tempo como ainda pelo meu precorio estado de soude por ocasião do ossinoturà do cómpromis$0, doença esta que se agravou posteriormente e ainda perdura, resultando terem os referidos colaboradores mandado o referido · trabalho poro impressão á minha revelia, certos de que eu opr.ovorio e assinaria um dos exemplares impressos, o qual só me foi entregue após terem sido os demais enviados á armadora, inadvertidamente. Nesta doto estou subscrevendo o· oludi'do impresso de vez que, feita por mim o revisão do traoolho e de confor':Tlidode com as explicações que me foram min istrado ~, nado encontrei que obstasse tal assinatura . Quanto ao pedido desse SlndioôtP, contido na corto de I 1 do corrente, estou pedindo á a rmadora uma relação detalhado da carga .:ontido no porão 2, visto não constar dos documentos fornecidos para o regulação _nenhum el-:!mento que permitisse o feitura do. aludido relação. Collocondo-me ao inteiro ·dispôr de VV . SS. • poro quaisquer novos esclarecimentos, aproveito o ensejo poro me, s.1,1 bscrever com o mexi ma estimo e elevado apreço, de.. VV. SS Am. Obr. (oss. ) Hermogenes Marques" , O . .trabalho do regulação não foi · feitQ pelo arbitro regulador, Sr. Hermogenes Marques, conforme o afirmamos . A REGULAÇÃO FOI FEITA POR COLABORADQRES . A provo é ple~:~o4 pois que , resul to do confissão. t:. incontrover!i.Q que a função, de arbitro ~ eminentemente pessoal e intransferível . Não se COrt)preende que um arbitro confie a terceiros, sob o eufe-

~


193

RE\l-ISTA DE S'EGUROS nlsmo de COLABORADORES, o seu trabalho de arbitramento, poro subscrevê-lo afinal, sem qualquer I'Qf'Celo de iniciativa, no confecção do làudo arbitral que lhe cumprio apresentar. O trabalho não foi feito com o colaboração de outros; outros fizeram o trabalho no seu todo_. integralmente, em substitui çõo de quem devia fazê-lo, por força do compromisso arbitral assinado . A regulação - foi preparada e impressa, subscrevel")do-a assim o regulador, depois do mesma haver sido ultimado ó sua inteiro revelia . como se vê de suas· cortas de 1 6 a 23 de Séten"bro de 1940 já transcritas: (does. 1 e 2 ora juntos): " . . . . . . o trabalho foi confiado a colaboradores, não só pelo carencia de tempo, como ainda pelo meu precario estado de saude ... . .. à " . . . . . da'í terem os ·referiilos colaboradores mandado o réferido 'ffabalho poro impre$5Õo á minha revelia . .. " "Nesta data estou subscrevendo o aludido impresso .. .jl ·

E. de notar ' que o impresso de regulação tem a dota de 20 de Julhp de 1940, como se vê de suo pag. 1-1 in fine, sob o nome do Sr. Hermogenes Marques, e~ quanto que o Sr . Hermogenes Marques só o SUBSCREVEU em 23 de ~tembro de 1940!! bl -

·Os danos advindos a carga estivada no 'orão n. 0 2, não foram levados a debito da armad01, como seria de direito, em • face ,do decisão .do Tribu11al Marítimo Administr11tivo que · condenou o vapor a eues danos .

De fáto, á pog., 1O. do impresso da. re~ulac;õ'o n.0 IV, sob o titulo "Tribunal MarHimo Administrativo", isso é confessado ~ ' ' ".' " A declaração final que se lê naque je titulo "Não inclui ria mossa contribuendo os danos advindos á carga estivodo no porão n .0 2, aos prejudicados cabendo o recurso de agir contra quem de direito, se assim lhe ditarel"(1 . seus interesses" - Não satisfaz . Se a regulação achou que não devia incluir esses danos no maaso contribuenda, por que os incluiv entre- 05 varias particulares a cargo ,dos mer-. cadorlas, isto é, como méras avarias particulares, olforriando assim a responsabilidade do armador, o que se deduz expressamente ·do decisão do Tribúhol Marítimo Administrativo? E. possível que o regulador ignore que os interessados aceitando o laudo,' ter'omr aceitado o clt~s• sificoção por ele dado a esse danos, ficando, com isso, irremediavelmente prejudicado o teour~ insinuado?

Evidentemente, se esses donos eram para ser discutidos por fóra; não deviam constar da regulação. E, sobretudo, não deviam figurar com a suo situação jurídica invertida, isto· é. tirando o responsabilidade de quem o tinha e apresentando-se como avarias particulares o cargo dos prejudicados .

E. cloro o intenção de beneficiar o armador, em ' detrimentÓ dds legitimas interesses dos portes prejudicadas .

.

Num trabalho honesto e regular os danos sofridos pelas corqos do porão 2 deveriam ser levados a cargo elo armador, poro que ele os indenizasse, como Ih~ cumpria, dado que os mesmos foram levadas á conta de sua responsabilidade pela decisão do TribunoJ 1 Moritimo Admioistratiyo. A providencia se im1 punha. O arbitro comP,romissado nada viu do flagrante irregularidade apontada "nadei er;JCOntrei que obs ta sse tal assinaturaà nos termos de sua' carta de 23 de Setembro de 1940 (doe . 2). quando se referiu á sua .. tardia assinatura da regulação, assumindo a paternidade do trabalho de outrem . < •

O instituto de avaria grossa tem as suas regras ditadas pelo principio da equidade . A suo finalidade precipua é classificar os prejuizos, no sentido de distribui-los ·pelas tres colunas "A cargo do vapor" "'A cargo das mercadorias" "Avaria grossa " ,....,., paro · afinal ~ser atfibúido a co dó um o sa ldo que lhe couber na conta de liquidação das avarias, conforme de direito . De direito.. os prejuízos nos cargas do porão 2 deveriam ter sido ·ncluidos na coluna "A cargo do armador" - e não o foram, deixando assim o mesmo. de responder pelo respectivo inde nização . E b •arb itro regulador nado encontrou no regulação do avario grosso que os seus pseudb colaboradores por ele fizeram , d.e ~odo o obstar o suo OS5inoturo ho respeCtivo impresso rl! ' PergUnta: pÓde ser homologado uni laudo arbitral com ; o vicio insonovel de não ter ' si Cio feito , CONFESSADAMENTE, pelo arbitro compromissado, poro o fim de . obrigar os interessados? P~sÍ tivomente: não. Escuso comentarias .

*'

() -

A regulação, como se apresenta nos autos, não permite siquer o exame util das interessados ,qua.nt~ ó dupesa '· que a mesma consigna.

De fáto .. a regulocão relacionà uma despesa de I . Rs . 69 :61 3$5ÔO. sem entretanto apresentar os neces:;orios c provante.s!!! Desse modo, a conto dos ·aespesos não póde ser conferido . Uma tal regulação, dato .v~nia, juridicamente, não pód ~ ser homo logada.


194

REVISTA DE SEGUROS O ASPECTO t.\ORAL

Essa famigerada avaria grossa, no seu aspecto moral , é uma causa de t~o lastimovel . Encerro cambalachos, burlo, clandestinidades, prevaricações . O arbitro. escolhido poro fazer o regulação não foi o Sr . Hermogenes , Morques e sim o Dr . J. Stoll Gonçalves! l'roto-se de um Juiz do Tribunal Marí timo Administrativo que funcionou no julgamento do processo perante' aquele tribunal! Cogito-se do unico Juiz do Tribunal Marítimo Administrativo que pretendeu exculpor o vapor do responsabilidade dos pre juízos sofridos pelos cargos do porão 2, embora no processo a culpo do copitpo tivesse ficado apurado desde o respectivo inquerito procedido pelo Capitania do Porto local, o de Natal! Todo o Tribunal Ma rítimo Admin istrativo votou, no caso. pelo responsabil idade do capitão, só ele votou pelo irresponsabi lidade!! (Doc. 4) Não fosse essa circunstoncio altamente comprometedora e não ·se compreenderiam os diligencias do Sr . Dr. Stoll Gonçalves junto do Sr . Hermogenes Marques; como resulto expresso no 'corto do proprio Sr . Hermogenes Marques, de 16 de Setembro de 1940, (doc. 1) . "Devo esclarecer que só · assinei em reJoção c essa avario grossa o te'rmo de compromisso, O QUAL FOI TRAZIDO A' MINHA RESI DENCIA PELO SR . DR . STOLL GONÇALVES, por estar eu doente" . Tratando-se de ( um documento o compromisso - de iniciativa do armador do navio, a Companhia Comercio e Navegação, evidente torno -se que o Sr. Stoll Gonçalves estava o serviço do dito empreso de navegação, no avario grosso!! Ho provo do escandolo de que o arbitro escolhido pelo armador poro cegulor o avario grosso, o verdadeiro regulador, foi o Sr . Dr. Stoll Gonçalves, Ju iz do Tribunal Marítimo Administrativo? Forneceo o seguinte memorondum do agencio do Companhia Comercio e Navegação, em Natal : por seus Agentes 'e procuradores Fernandes & Companhia Limitado: " Natal, tres de Fwereiro de 1 mil novecentos e trinta e nove - limos. Senhores Diretores do Com-

panhio de Seguros "Aliança do Porá ": Ruo Quinze de Novembro numero cento e quarenta e tres . Belém . Via· Aereo. Em resposta á suo estimado corto de vinte de Janeiro p . . passado, vimos informar- lhes que o regulador. do avario do vapor "Potengy" é o Doutor J . Stoll Gonçalves, á Avenida Rio Branco, numero noventa e um, terceiro andor, no Rio de Jane iro, de quem poderão W . SS . obter todos os informes relativos a ovo rio do referido vapor. Sem outro mot ivo, subscrevemo-nos com elevado estimo e consideração . -De W. SS. Amgos. Atos. Ob~os. P . p·. Fernandes & Companhia Limitado ". (Doc. 3.). Sem nenhuma duv ido e sem camentàrios !!!

.

EM · CONCLUSÃO

M~stromos que o regulação do oyÇJ~iÇJ grosso incidiu em indisf9rçavel prescrição . Deixamos claro que e!o agiu tendenciosamente em favor do armador quanto ás avarias do porão 2, com inversão do situação jurídico de a js avarias. Consignamos o impossibilidade do necessario conferencio do conto das despesas do avario grossa, por omissão, dos respectivos comprovantes. Puzemos a ' nú á suo precorissimo situação moral '. ' Como se pretender que uma tal regulàçõo posso vir a ser homologada pela nosso justiça, sabendo\ .. se que a homologação represento um áto de graves consequencias poro os interessados prejudicados? "A sentênÇô que homologa a repartição dos avarias grossos com condenação de cada um dos contribuintes, tem forço de definitiva, e póde executar-se logo, ainda que dela se recorra" . (Cod . Com . ort. 793) . · Estamos · certos de que o M M julgador fará justiça, repelindo a 'pret~nção do armador de ver homologada semelhante regulação de avaria grossa, como um óto de moralidade e de d i rei~ . · Rio de JoneirÓ, 21 -12-1940 . Ass. Ass.

Abilio de Carvalho Cezar Coutinh·o de Oliveira

Agentes são encontrados nas principais praças do Brasil

AGENCIA GERAL PARA O BRASIL

R U·A · DA A L F A N. D E G A, Telephone 23-1784 • 1785


CAPITAL REALI&. 1.200:000$000 CAPITAL DECL. a . 000:000$000 •aNDO DESTINADO AO "AMO OE ACCIDI!NTES DO TRABALHO : ' CAPITAL OECL. 1•3IIIO:OOOSOOO CAPITAL REALIS. II00:000$000

SÉDE: RIO DE JANEIRO R U A O A A L F A N O E G A. 4 8 SEGUROS OE FOGO -TRANSPORTES MARITJMOS.. FERROVIA RIOS E AEREOS- AUTOMOVEIS - VIDROS- ACCIOENTES PES90AES E DO TRABALHO

======== ======= === == =========

~ : : === : ======= ===== ========

:õS:'?J

li ~unix Su~americano l COMPANHIA

ARGENTINA DE SEGUROS E M~R~TIMOS

T~RRESTRES

Séde : Buenos Aires

Bartolome Mitre, 226-3° Estabelecida em i8S8

CAPITAL SUBSCRITO

THE LIVERPOOL & LONDON & GLOBE

$ l.OOO.OOO.oo c/1. .

CAPITAL REALIZADO

$ 1.009.000 . oo c/1.

INSURANOE CO. LTD. Sinistros pagos - :e 184.000.000 Capital · realizado para o BruU RB. 1.680:000f000

Depar tamento no Brasil

SEGUROS DE FOGO, MARITIMOS E FERROVIARIOS RIO DE JANEIRO

FOGO- MARITDIOS- AUTOHOVEIS ROUBO VIDROS

Casa- Matriz para o Brasil: RUA BENEDICTINOS, 17 -

a.•

Rio de Janeiro .Agencias em: OURITYBA - PBRNAJIBUOO

BAHIA PORTO ALEGRE -

SANTOS e 8. PAULO

Rua da Alfandega, 48.-4.0 andar Gapital r ealizado no Bras il - 1 .260 : 000$000 End. Telegr. RESSEGUROS Fone 23-4515


North Brilish & Mercantile lnsurance Company Limited Cia. lngleza de Segut"os Sti;DE EM LONDRES

Fundada em 1809 Capital realizado para as operações no Br·as ll 2. 500:000$000 FOGO -

M AlUTIMO -

CfA. MACIONAL

DI

FERROVIARIO

DIRETORIA Age ntes pr incipaes no Brasil

Soe. Anon. Casa Nicolson RUA '(HEOPHUJO OTTONI N. 45

Rio de Jnnch:o RUA BOA

\~ I STA,

22

S. Paulo Age ncias CearA -

nos Es'tados d e:

Eng. Nelson Ottoni de Ruende Presidente Dr. Djalma Pinheiro Chagas Diretor Paulo Rodrisues Alves Diretor Zozimo Bastos Diretor Séde: Rio de Janeiro, OUVIDOR 102, 2o e 30 andares Filial: São Paulo, Barão de Poronapiacoba, 24, 6o Agencias e $'Ub-agencias em todo país

Parahyba do Norte-· AlagOasP ernambuco

SEGUROS GERAIS -

MENOS · VIDA .

.- Seguros Terrestres e Maritimos

SEGURANÇA

ABSOLUTA

Commercial Union Rssurance ettmpang bimited Funcc~onnmlo

no Br•as ll desd e 1870

FUNDAJ)A EM 1861

Agentes -: Walter & Cornp. RUA DE S. PEDRO, 71, Sob. Telephone , 23-1855

Autorisada a f-u ncclonar no Brasil pelo De• m·cto n. 3.224, (lc 23 de Fevereiro de 1864 Capital e reservas livres, declarados e reali :wdos }mra C"pcrações no Brasil OAPITAL . . . . . . . RS. 1.000:000$000 RESERVAS LIVRES RS. 2.000:000$000 . Fnndnda em t845

Matriz para o Brasil RUA BENEDICTINOS, 17 - 3. 0 and. Tei eph.

Agente em São Paulo:

JO H N

S P E. E R S

Rua Boa Vista, 127-sala 112/3 CAiXA POSTAL 604

43-6165 Teleg. - "ROYIN" RIO ' DE JANEIRO FOGO~ MARITIMO AUTOMOVEISROUBO VIDROS · Agencias c Soccursaes em todas u partes do mundo AGENCIAS EM:

Amazonas, Pará, Pernambuco, Bahia, 8lo Paulo e Rio Gr&Dde do Sul


.

SEGUREM SEUS PREDIOS, •MOVEIS' E NEGOCIO$ NA

A MAIOR COMPANHIA DE SEGUROS DA AMERICA

DO

SUL

CONTRA

FOGO E RISCOS DO MAR

9.000:000$000

. Em Capital . . .

52.108:045$375

Em Reserva ....

Responsabi Iidades em 1939 " · . ..

3. 321 . 457 :297$281

Receita em 1939 . . . . . . . . . . . .

24.2,68:894$030

Activo em 31 de Dezembro de 1939

· 73. 125 :4q0$999 .

D

·t

R EC T O R E S :

· Dr. Pamphilo d'Utra Freire de Carvalho, Epipha_n io José de Souza e Dr. Francisco de Sá

AGENCIA

GERAL:

. ( Edificio proprio ).

f

Telephones: 23

(;e rente : ARNALDO GROSS

"

2924

1 3345 L 6164

RIO DE JANEIRO


Está pensando em Seiuro 7 Eõ ::::,: õ :: ;: :;::::::::::: :;::::::::::::::::::::::::=:=: õ 2=õõ::;::=::::: iõ :;:

- - INCENDIO . · .Aiugueis -

TRA~'~ORTES ·

Aereos. Maritimos. Fluviaes. 'Terrestres. J

--BAGAGEM DE PASSAGEIROS --ROUBO . PROCUR~ A r

·-

J

"

The London Assurance Fundoda em 1720 Representantes Gerae5 no Brasil:

LOWND.ES & SONS, LIMITADA

RUA MEXICO, 90 (EDIFICIO ESPLANADA) RIO DE JANEIRO

E d ificio em cuja Loja está. installa da a Age n cia Geral no R io de Janeiro EDIFICIO ES:PLANADA Rua Mexlco, 90 (Es planada do Castello)

São Paulo Parto Alegre Rio Grande Recife Bahia Selem - : Fortàleza Juis de Fóra - Curitiba

1Rt.

MD!!!S~!!!DN ............. -._ ...

r H.:;:

.

PRUDENTIAL ASSURANCE COMPANY LTD.

UMITfD

.....,

SEGUROS CONTRA

ACCIDENTES

DE AUTOMOVEIS, FOGO, RISCOS MARITIMOS

E

Fundada

em 1848

FBRRO-VIARIOS.

SEGUROS DE BAGAGEM

A maior Companhia Ingleza I ·, de Seguros l • ' Capital e reservas em todos os Ramos: i. 302 . 000 . 000 SEGUROS CONTRA FOGO ' Age ntes geraes no Brasil:

Filial no Brasil

Edificio do Castello -

7° andar.

151, Av. Nilo Peçonha 'esplanada do Castello

-

RIO DE JANEIRO -

FRISBEE & FREIRE LTDA. 34, Rua Teófilo o· ~ n i, 34 Tele f. 23-2513 - 'fel.: " Prudasco"

' RIO DE JANEIRO

Teleph. '22-187d (Rêde particular) -:: :;

: ::=:=:

:=:=:==~=====

t • : :

-'

: : : :=


tXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXf.

Companhia de Seguros Marítimos e Terrestr~s

UNIÃO COMMERCIAL DOS VAREGISTAS COM:PANIDA DE

C O N ~I A N Ç A.

'rRES E

D I R E C TOR IA

Eng. José Pedreira do Couto Ferras Oswaldo Lopes de Oliveira Lyrio Pedro Nelson Jones de Almeida

S,éde -

23-3565 23-zg65

'

RUA DA QUITANDA, 111 (loja) Rio de Janeiro '

~IARITIMOS

Rua do Ouvidor 63, 1° e 2° andares

Rio de Janeiro - . BRASIL Capital realizado e Reservas 8.800:000$000 Receita tJnnual superior a 6.000:000$000 Sinistros pàgos desde a ..f.!!.!!dação . . . . . . . . 24.700:000$000 Accc ltu pt·ocnração para administrar ben s tle qualquer natureza, inclusive cobranças d e juo•os de apolices e outros tituIos de r enda, mediante modlca. commissão. DIRECTORIA:

End. Telegrophico "Seguran9a" Tele~;~hones

Preside nte, Oc tlnio Ferreh·a Novai Teso u reir o, Ootacilio de Cas tro Novai Secr etario, Rapba ei Gat·cla de Miranda Endereço teleg r.: "VAREGISTAS" Caixa do Con-elo n. 1.038 Teiepbone: 23-4362 ,Codlgo RIBEffiO.

A PIRATININGA COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROS GERAIS E ACIDENTES NO TRABALHO

TERRES·

FUNDADA HA 52 ANNO S

FUNDADA EM 1872

Capital Integralizado . . . . I . 00 0 :000$000 Deposito no Thesouro Nacional . . . . . . . . .. . . . . 200 :000 $000 Apolices da Divida l;'ubli bl ica Feder::~ I . . . . . . . . 742:93 I $200 Reservas em 3 I de Dezembro de I 938 . . . . 880:006 $400 Sinistros pagos até 3 I de Dezembro de I 93 8 . . I 6 . 454:003$243

SEGUROS

1836

1940

Copital subscrito 1 e realisado 1 . 500:000$000 Séde : SÃO PAULO RUA XAVIER DE TOLEDO, 14 3° an da r Tels. 4 -1223 e 4 - 1224 - Cai x~ Posta l, 3648 End. Telegrofico: · "RAMA" SUCURSAIS NO RIO DE JA NEI RO E BELO HORIZONTE AGENTES EM TODQ O PAIS DIRETORIA :

Dr. Fabio da Silva Prado Diretor Presidente Dr. Vicente Ráo Diretor Vice P-res idente Dr. Alberto Alvares Fernandes Vieira Çliretor

Dr. Adalberto Bueno Netto Diretor Dr. José E. Queiroz Mattoso Diretor

LEGAL

&

ASSURANCE SOCIETY,

LTD. DE

LONDRES

FI:.INDOS DE GARANTIA i. 47 . 000 . 000 Capita l para o Brasil l Rs. 2.500:000$000 Representante' Geral no Brasil J. S. FONTES R. ALFANDEGA, 47 - Tel. 23-5032 · Agentes no Rio de Janeil'o l\IURRAY, Sll\IONSEN & . CO. LTD. Agentes em São Paulo CIA. ARl\IAZENS GERAES DE S. PAULO

Outras Agencias em P E RNAMBUCO, BAHIA, CURITYBA e PORTO ALEGRE


~~grrR~~

IOIJITilTIVIl TIDREITRIS ACCIDENTES E Tmll.SPORTIJ


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.