CIMPAIHIA 11/JURADIRA IRAS/li/IA Opera em todos os ramos Sede Rua Barão de ltapetininga, 18 Caixa Po stal1798 Telegrama5 Cosebras Telex 021.232 São Paulo
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ABRIL DE 1972
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nreocupaçoes venaemos alegria de viver.
A COMPANHIA INTERNACIONAL DE SEGUROS trabalha para pessoas conscientes dos seus problemas. Que não se satisfazem com pouco. Que querem ser donas de cada momento, de cada alegria. Se você ê uma dessas pessoas, procure a INTERNACIONAL. Para . saber por que a INTERNACIONAL vem conservando a liderança em , todos os ramos de seguros desde 1920. E você verá que nós não gostamo ~ de ver as pessoas preocupadas.
Companhia Internacional de Seguros
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GENERALI
SEGUROS DE VIDA E RAMOS ELEMENTARES Avenida Rio Branco, 128 - RIO DE JANEIRO - (Edifício Próprio) Diretor: ELETI'O CONTIERI SUCURSAIS: SAO PAULO - Rua Bráulio Gomes, 36 (Edlftclo PrOpriOI PORTO ALEGRE - Annida Borges de Medeiros, 308 SALVADOR - Rua Miguel Calmon, 37 IIELO HORIZONTE - Avenida Amazonas, 491 RECIFE - Av. Dantas Barreto, 576, 6.• andar CURITIBA - Rua Errnel!no L eão, 15 - grupo 5 ~ INSPE'l'ORIA: JIDZ nE FORA - Rua Halfeld, 414. s/501
AGf:NCIAS
GERAIS:
SAO LUtS: Maranhão Industrial S .A. VITORIA: Clne111 Schwab & Cia. Ltr!a. JOINVILE: .JH.J Empreendimentos e Partlcipa<:ões Ltda.
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LA FONCIERE Compagnie d'Assurances et de Réassurances, Transports, Incend.ie, Accidents et Risques Divers -
Fundada em 1879 -
Avenida Rio Branco, 128 -RIO DE JANEIRO Representante Geral: Dr. André Migliorelli SUCURSAIS: São Paulo Pôrto Alegre Belo Horizonte Salvador e CUritiba Agência: FORTALEZA
Recife -
MERCURIO COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROS -
Fundada em 1945 -
CAPITAL REALIZADO E RESERVAS .. . .·..... ... . . . . . . . . . . . . .. Cr$ 2.368 . 992,00 Sede Própria: Av. Rio Branco, 128 -
RIO DE JANEIRO
DIRETORIA DR. ANDRt MIGLIORELLI - DR. EM:fLIO MILLA - DR. ELETTO CONTIERI ARY MACEDO e ALTAIR MACHADO SUCURSAIS: São Paulo AG~NCIAS:
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Põrto Alegre - Salvador - Belo Horizonte Curitiba São Luís - Fortaleza- Recife -Manaus - Joinvile
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COMPANHIA SOL DE SEGUROS COMPANHIA HEMISFtRICA DE SEGUROS SEGURADORA DAS AMÉRICAS S. A. Capital e Reservas:
Cr$ 10 .987.547,95
MATRIZ: rua do Ouvidor, 108 (edifício SOL DE SEGUROS) tel. 252-6023 caixa postal 488 - ZC-00 - end. telegráfico: SOLSEG Rio de Janeiro SUCURSAIS:
RAMOS:
Rio de Janeiro rua do OUvidor, 108, 8. andar tel. 252-6023 e 252-1333 São Paulo av. Ipiranga, 318, bloco B, 17.• andar tels. 257-0025, 257-2267 e 257-3941 Curitiba - rua Marechal Floriano Peixoto, 96 - 13. 0 andar - Sala 131 - Tel. 23-9568 POrto Alegre - rua Sete de Setembro, 1 . 116 - 4. 0 andar tel. 24-3741 Belo Horizonte - rua Rio de Janeiro, 462 - 19.• andar Con. 1901/5 - tel. 22-3556 0
Recife av. Dantas Barreto, 507 Tel. 24-5879 Belém - rua Santo Antônio, 355, s/208
GRUPO
grupo 601/4
V1da - Incêndio Lucros Cessantes Transportes Acidentes Pessoais Automóveis - Roubo Casco - Tumultos Responsabilidade Civil Riscos Diversos Crédito e Garantia Aeronáuticos
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SEGURADOR
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MUNDO
ITAMARATY
COMPANHIAS NACIONAIS DE SEGUROS GERAIS
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REVISTA DE SEGUROS
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A MAIOR POTÊNCIA SEGURADORA DA AMERICA LATINA • SEDE PRóPRIA: RUA DO ROSARIO. 90 - RIO DE JANEIRO-GB TELEFONE- PABX- 221-2872 TELEX -
RIO -
564
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Companhia de Seguros
ALIANÇA DA BAHIA C oG oC o 15 0144 o017/001
Seguros de Incêndio, Lucros Cessantes, Transportes Marítimo, Terrestres e Aéreo, Responsabilidade Civil Obrigatório e Facultativo, Roubo, Vidros, Cascos, Riscos Diversos, Crédito Interno, Acidentes Pessoais, Tumultos, Motins, Automóveis e Fidelidade CIFRAS DO BALANÇO DE 1971 Capital e Reservas o oo o oo o oo o. oo oo oo o o oo o o oo o oo Cr$
30 0196 o372,11
Recerta :0 0 00 00 00 000 000 o o 00 00 00 00 00 000 0 00 00 000 Cr$
69 o634 o150J7
Ativo em 31 de dezembro o o o oo oo o o oo oo o o oo o o oo Cr$
55 o798 o280,53
Sinistros pagos nos últimos 3 anos o oo oo o o oo o Cr$
42 o498 o382,82
* Sede: SALVADOR, ESTADO DA BAHIA DIRETORES: Dro Pamphilo Pedreira Freire de Carvalho Paulo
Sérgio
Freire
de
Carvalho
Presidente
Gonçalves
,,
'fourinho
Diretor-Superintendente Diretor-Caixa
Dro Jayme Carvalho Tavares da Silva -
i•
Dro Luiz Carlos Freire de Carvalho Gonçalves Tourinho -
Diretor-Secretário Tosé Maria de Souza Teixeira Costa -
Sucursais nas cidades de : -
Pôrto Alegre -
*
Salvador Fortaleza -
Diretor-Adjunto
Rio de Janeiro Recife -
São Paulo
Belo Horizonte
Agências em todo o País
REVISTA DE SEGUROS ___j
Revista REDAÇÃO: AV.
de
Seguros·
F~ANKLIN
ROOSEVELT, T e l e f o n e 152-5506
39- Grupo
414
BRASIL
RIO OE .JANEIRO
ASSINATURAS Brasil, porte simples
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Cr$ 30,00
Estrangeiro, porte simples ..... Cr$ 35,00 Número avulso Cr$ 3,00 Edições especiais (Jun, e Dez.) .. Cr$ 3,50 •
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ABRIL DE 1972
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N. 0 610
Editada por TtCNICA EDITORA LTDA. . Franklin R oosevelt,. 39, gr. 414 Rio de J aneiro - GB
A inaguração de uma delegacia do IRB em Londres constitui si ntoma e importante passo concreto no sentido de uma transformação de profundidade no intercâmbio externo, não só do próprio Instituto, mas i nclusive do mercado segurador brasileiro.
* DIRETORES I vo R osas Borba Elslo Cardoso
Diretor da Rt'ldacão: LUIZ 1\IENDO NÇA
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Diretor-Técnico: WILSON P . DA SIL V,\
*
Redator:
Flávio C. Mascarenhas
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Secretária: CECILIA DA ROCHA MALVA
*
<;U l\I A RIO
IRB em L ondres Colabora~:ão
n o ra-
o seguro (Alfredo Gu ima rães ) rêsa mista fa rá s <'lg uro d e Crédito a exportação - Seg uro d e ~da tem tarifa úni ca Rcovat : denização decorre da r esp. civil o proprietário do veicu lo - Mar etlng : o futu ro do s eguro (Ed undo F onseca ) - Politica d e Sle guros beneficia armadores ( L . F . Plster) Se~:ões
I R B EM LONDRES
O Sistema Nacional de Seguros atravessa uma fase de mudanças estruturais. Pretende-se que ele adquir a expressão econômica bem mais vigorosa, de maneira a compatibilizar-se ca,m a ordem de grandeza já atingida pela estrutura da nossa produção de bens e serviços. Assumir riscos, em níveis cada vez mais elevados, é a meta desse fortalecimento do nosso mercad,o interno. Por outro lado, a estrategia externa para o desenvolvimento econômico nacional enfatiza o aumento contínuo e substancial do nosso comercio internacional. Exportar cada vez mais, principalmente manufaturas, é imperativo da necessidade crescente de importações destinadas à ampliação da capacidade produtiva da nossa estrutura industrial. É claro que, nessa estratégia externa, o seguro será chamado a ter participação gradativamente mainr, uma vez que as exportações aparentes geram, necessariamente, as exportações " invisíveis", entre estas as de seguros. Os dois fatos aqui apontados - fortalecimento inte:rno do seguro e expansão do seu engajamento no comércio exterior - tendem, i nevitavelmente, a alterar a estrutura do intercâmbio externo do mercado segura-· dor brasileiro. O IRB, portanto, i nstalando-se desde logo em Londres, destina-se a ser instrumento das transformações em vias de ,ocorrerem. Seu papel desdobra-se em várias facetas, e uma delas é constituída pelo trabalho de atualização permanente do mercado brasileiro com a evolução do mercado internacional, através da informação sistemática dos fatos correntes. Oomeça o segu.1'o brasileiro, assim, nova e importante etapa da sua evolução, tudo indicando que os rumos agora seguidos conduzwn a novos êxitos.
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SEGURADORA
COMPANHIA
.I.
INDUSTRIAL E MERCANTIL S. A.
SEGURADORA INTERCONTINENTAL
C.G . C. 10.774.941
C .G . C . 33.122 .441
COMPANHIA DE SEGUROS BOA FÉ C .G. C . 33.401.282
EMPRÊSAS DO
GRUPO FINANCEIRO IPIRANGA Operam em seguros de: Acidentes Pessoais, Aeronáuticos, Automóveis, Cascos, Crédito Interno, Fidelidade, Incéndic, Lucros Cessantes, Responsabilidade Civil, RcoVat, Riscos Diversos, Roubo, Transportes em Geral, Tumultos e Riscos Congêneres e Vidro. MATRIZ: Av. Rio Branco, 99 - 17.• and., Tel.: 221-5177 Rio de Janeiro - GB - End. Telegráfico: SEGUTILSA
MATRIZ: Av. Rio Branco, 99 - 3.0 and., Tel.: 221-2462 Rio de Janeiro - GB - End. Telegráfico: COSEGURINTER
SUCURSAIS e AG:f!:NCIAS: Manaus, Belém, São Luiz, Terezina, Fortaleza, João Pessoa, Recife, Maceió, Salvador, Niterói, São Paulo, Curitiba, Pôrto Alegre e Belo Horizonte.
SUCURSAIS e AG:f!:NCIAS: Belém, Caxias (RJ), Curitiba, Fortaleza, Manaus, Pôrto Alegre, Pôrto Velho, Recift1, Salvador, São Luiz, Sâ;o Paulo.
COMPANHIAS DE SEGUROS PHOENIX
PERNAMBUCANA
GRUPO
SEGURADOR
CONFIANCA ,:,
SEDE EM RECIFE FUNDADA EM 1869
C.G.C. 33 .054. 883 FUNDADA EM 1872 Capital e Reservas: Cr$ 3 . 272 .941,05
PHOENIX PAULISTA
ESPERANÇA
SEDE EM SAO PAULO FUNDADA EM 1960
CAPITAL E RESERVAS Cr$ 13. 183.750,42 RAMOS: Incêndio, Transportes, Cascos, Acidentes Pessoais, Responsabilidade C i v i l , Automóveis. Lucros Cessantes, Tumultos, Roubo e Riscos Diversos.
Sucursais
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Agências em todo o País
C.G.C. 33.054.891 FUNDADA EM 1956 Capital e Reservas Cr$ 1.113 . 936,70 Diretoria: OCTAVIO F. NOVAL J ú NIOR Diret or-Presid en te RENATO FEHREIRA NOVAL Diretor-Superintendente ORLANDO DA SILVA GOMES Diretor-Gerente Sede própria: Rua do Carmo, 43 - 8.• andar Tels.: 222-1900 (rêde interna) 232-4701 e 222-5780 RIO DE JANEIRO Sucursal em São Paulo (sede própria): Largo de São Francisco, 34, 6.• andar Tels.: 32-2218 e 35-6566 Agên cias em vários Estados do Brcuil REVISTA DE SEGURQl
eformas Ramo
lv'ida LUIZ MENDONÇA
Embora não seja o mais antigo, o seguro de vida é o que atingiu maior grau de conscientização do público. As razões são óbvias. O risco não corre por conta do acaso, mas de um determinismo, que é o biológico. Portanto, não envolve probabilidades, mas certeza, tornando-se EWentual apenas a época da sua ocorrência. A finalidade da cobertura, por outro lado, corresponde ao nobre de~o de proteçã-o da família. Risco e finalidade do seguro, consequentemente, jogam com instintos básicos do homem. Mas
seguro de vida é função tam-
bém de fatores econômicos e financeiros,
sujeitando-se às leis desses domínios. São essas leis qne explicam, por sinal, a marcha regressiva cumprida por tal seguro no Brasil, a partir da aceleração do nosso processo inflacionário. O mercado decerto reagiu, criando mecanismos de defesa contra esse: fenômeno que o ameaçava. Logrou por isso recuperar o ritmo de crescimento daque~ le ramo, embora não o elevasse ao mesmo nível atingido por outras modalidades. Essa reação prossegue, já agora com vistas a h'orizon tes mais largos. O que atualmente se pretende, seguindo a própria lógica da pc•iítica l.!e desenvolvimenIEVISTA DE SEGUROS
to nacional, é conduzir o seguro de vida à massificação. Ultrapassada a fase da luta contra inflação, caberia a partir daí ingressar na batalha da revisão e atualização dos processos de comercialização, solucionando-se toda a problemática remanescente de longo passado durante o qual tiveram que ficar relegadas importantes questões de "rr.arketing". Medidas recentes procuram: criar instrumentos ~.dequados para a solução de problemas dessa natureza. A nova regulamentação do SBgnro de vida em grupo é um exemplo disso. A Circular n.o 23/ 72 da SUSEP contém disposições altamente salutares, convindo destacar, dentre as que estão na linha da idéia de massificação do ramo, as que disciplinam os seguros de grupos abertos e os seguros de cônjuges e fill:us. Havia um tabu crmtra os grupos abertos, acreditando-se aue a falta de denominador camUJm entre seus prováveis componentes os tornaria heterogêneos e anti-seletivos, tendendo a polarizar os riscos de indicadores técnicos negativos. Essa concepção ao que parece foi vencida, pois agora se oficializaram os seguros de tais grupos, que podem ser tão bem selecionados como outros, com a vantagem acticional de estabelecerem largas aberturas para a massificação doramo vida. O seguro de cônjuges e filhos abrangendo a família no seu todo, não só introduz novo ponto de vendas, como sobretudo se adapta à realidade sócioeconômico do País. O orçamento familiar a esta altura já não é mais constituído unicamente pr-la renda individual do cabeça do casal. Tornou-se um agregado em que se acurr.ula o produto do trabalho de todos 01:: membros da família. O desaparecimento de qualquer um desses membros representa, assim, apreciável perda econômi -:=t para o grupo familiar. 335
Outra :medida de largo alcance e significado, também tomada pela ..... . SUSEP, é a r egulamentaçãio do seguro de vida de prestamistas. Tal seguro abre largo espectro de garantias ao orçamento familiar, criando condições para uma programação financeira que pode ganhar nova e :naior dimensão por se isentar de riscos. Dívidas e compromissos financeiros de variadcs tipos podem ser objeto de garantia do seguro vida, trazendo à família a certeza plena de que sua programação financeira não sofrerá solução de continuidade com o desaparecimento do responsável direto pelos débitos contraídos. De acordo r.:·jm :wrmas estabelecidas, podem ser cobertos: a)
devedores hip0tecários;
b)
participantes de consórcios de automóveis ou de outros bens duráveis;
c)
particip2ntes de fundes de investimentos Oil poupança:
d)
compradores por crediários;
e)
d,;:vedores de empréstimos :
f)
participHntes de outros tipos de operações análogas que possam ser pcrfdt.amente dP-finidas e caracterizadas.
Tal espécif: de seguro, como se vê, abrange amplo leque de operações, podendo levar i.Jmportante contribuição aos mercados financeiros e de capitais, bem como ao incremento da comercialização de bens e serviços. E um seguro, portanto, que visa, atender a outro tipo de necessidade da família na moderna sociedade de cons ~1mo. Gerou-a a expansão do crédito, hoje dominante em vastas áreas do consumo, e consiste na eliminação do risco da incapacidade de pagamento de quem assumiu dívida ou compromisso.
RODR JIGUJE§ PINA • Corretôra de Seguros Ltda. Corretagem -
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REVISTA DE SEGUBOJ
As Seguradoras
e o Mercado financeiro Angelo Mário Cerne, vice-presidente executivo da Companhia Internacional de Seguros
Existe uma idéia generalizada de que o destino das seguradoras é, no futuro, serem controladas por bancos. Essa impressão não decorre de qualquer dispositivo legal, ou de manifestação das autoridades do mercado financeiro, mas sim das limitações impostas à atividade seguradora. Os bancos vêm operando com capitais mais elevados do que as companhias de seguros; daí a maior facilidade que encontram para adquirir o controle acionário das seguradoras, que, em virtude dos capitais muito reduzidos com que vinham operando, não têm, de pronto, · ponibilidade para comprar bancos, m seus capitais elevados já fixados pelo Banco Central do Brasil. É fato patente a tendência de facilitar aos bancos a prestação de vários serviços a seus clientes, no intuito de diminuir-lhes o custo administrativo, serviços como turismo, venda de passagens, venda de títulos, ações, etc., enfim, todos as operações correlatas do sistema financeiro nacional.
IBVISTA DE SEGUROS
A concessão de facilidades para operar em turismo, venda de passagens, distribuição de títulos, sociedades financeiras, corretagem de ações de valores, etc., não só iria diminuir o custo administrativo das companhias de seguros, mas dar-lhes-ia a oportunidade de também prestar tais serviços à sua freguesia, resultando numa competição mais equitativa, já que a intenção do Governo é fortalecer tanto os bancos quanto as companhias de seguros. A dificuldade para as companhias de seguros alcançaram esse objetivo é a própria Lei de Seguros, que lhes veda q exercício de qualquer outra atividade econômica, que n ão seja de seguros; nem mesmo a administração de bens, cuja prática era usual antigamente, lhes é mais permitida. As companhias de seguros, no seu próprio interêsse, possuem departamentos especializados para exame do mercado de títulos e para os serviços gerais que atendem a movimentação de seu pessoal administrativo, de produção e de auditoria, que lhes permitiram prestar igual serviço a seus fregueses. Muitos corretores de seguros também vendem títulos, letras, ações e carteiras de poupança, dentro dos limites fixados pela Lei de Mercado de Capitais, isto é, por conta de terceiros; não é de crer que esses corretores se recusassem a executar igual tarefa para as companhias de seguros. A lei também regulamentou a profissão do corretor de seguros, proibindo a diretores e funcionários de companhias de seguros o exercício de tal profissão; no entanto, gerentes e funcionários de bancos, de financeiras, de distribuidoras de títulos, de bancos de investimentos etc., podem livremente fazer corretagem de seguros. É preciso libertar as companhias de seguros de tabus que, em outras épocas,
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talvez tivessem justificativa, dando-lhes, por exemplo, as mesmas facilidades que têm os bancos, para obter título de corretor de seguros para seus gerentes e funcionários. Recentemente, Maurício Cibulares, no Boletim Cambial, comentava o papel preponderante dos corretores de valores, independentes, e explicava que estes tinham maior maleabilidade de servir a seus clientes, do que os corretores de valores ligados a bancos, que ficavam presos aos padrões e aos negócios de fregueses do próprio banco. O mesmo comentário poderia ser aplicado ao negócio de seguros. As companhias de seguros independentes, sem vínculo a bancos, também têm maior maleabilidade para atender à sua clientela; tanto que há casos de segurados que n ão querem entregar seus seguros a seguradoras ligadas a bancos.
Há campo suficiente para a competição entre as companhias de seguros ligadas a bancos · e as independentes; todas buscam um mesmo fim, o de fazer seguros bem feitos e o de bem servir à sua clientela. Mas é injusto não conceder certos estímulos às companhias independentes, para que possam, também elas, tornar-se mais poderosas. A própria competição entre as companhias ligadas a bancos e as independentes, em base de igualdade de vantagens, no que concerne a corretagem, financiamento de prêmios com recursos próprios e outras atividades econômicas, resultará em melhoria de serviços. Nossa intenção é veicular estes informes, que colocarão o problema nos seus justos limites, de ordem técnica, econômica e política, buscando cumprir, tão-somen te, o objetivo do Governo, de estimular a atividade seguradora.
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Companhia Paulista de Seguros Fundada em 1906
Em 31112/1970: Capital e Reservas Bens Imóveis CValor contabilizado Transportes (marítimos, terrestre e aéreos) Incêndio Aciden tes Pessoais Roubo - Fidelidade Lucros Cessantes Vidros - Tumultos Responsabilidade Civil Facultativa e Obrigatória Automóveis Crédito Interno Vida em Grupo
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REVISTA DE SEGUB
2 será o áno da Massificação do Seguro Calcula o Sr. Rafael de Almeida l\'laplhães que o processo de fusão e incorporação reduzirá o número de seguradons de 183 para 60.
ALFREDO GUIMARÃES
A economia brasileira, segundo se anuncia, alcançou a expressiva taxa de 11% de crescimento no ano que se encerra, com índices de expansão harmônicamente distribuídos entre os seus setores terciários, secundário e primário. Pelas informações que se podem colher junto aos órgãos financiadores oficiais e aos diversos setores governamentais incumbidos de orientar políticas aetoriais, é de supor-se a persistência de um clima favorável à manutenção, em 19'72, do ritmo de expansão observado em 19'71. Os fatôres que eventualmente poderiam conter o atual surto expansionista, a ponto de representar pontos de estrangulamento ao processo em marcha, parecem sob contrôle e sem possibilidade real de infletir a tendência desenvolvimentista. Em conseqüência, e falando apenas em termos de crescimento econômico, tudo indica que o ritimo expansionista não será interrompido em 1972; mais ainda: deverá evoluir em consumo interno e em mercado externo.
A aceleração industrial do Brasil de hoje é bem o testemunho dessa premissa, que é menos afirmada e pregada pelos brasileiros que pelos países que mantêm nas mãos o controle e a força econômica mundial. Modificações de estrutura O Presidente da Federação Nac,ional das Empresas de Seguros, Sr. Rafael de Almeida Magalhães, informa que o sistema segurador nacional sofrerá, certamente, em 1972, importantes modificações quantitativas, em sua estrutura, fruto de alterações profundas introduzidas no curso de 1971, principalmente no correr dos meses de novembro e dezembro, cujas conseqüências, conforme diz, evidenteme;nte se farão sentir no curso do próximo ano. E enumera modificações profundas, expressas nas seguintes coordenadas:
1 . aceleração do processo de fusão e incorporação, que reduzirá o número de seguradoras de 183 para 60; 2. atualização de valores dos ativos imobilizados das seguradoras remanescentes, elevando, substancialmente, a ca}lacidade de retenção do sistema; 3. melhoria acentuada de produtividade no setor; 4. expansão qualitativa e quantitativa dos serviços prestados pelas segur adoras; 5. criação de instrumentos para dinam izar a comercialização do seguro, visando a sua massificação. 6. implantação de novas modalidades de seguro, inclusive o "performance bond"; 7. elevação do nível de retenção do sistema nacional de seguros, voltando o IRB a operar, basicamente, como ressegurador; 8 . abertura do capital de algumas empresas. 339
Deste conjunto de modificações quantitativas, o Presidente da Federação Nacional das Empresas de Seguro admite supor-se que advirão alterações substantivas no esquema de poder básico que disciplina o sistema segurador, sobretudo se não houver reversão da tendência aglutinadora dos seguradores com a área bancária. Acredita, não obstante, que a melhora global dos resultados operacionais decorrentes das mutações apontados só terão expressão em 1973, pois, de modo geral, as modificações estruturais não não produzem seus melhores resultados no ano em que são efetivamente introduzidas. De qualquer maneira, diz ele, é provável que a produção global de prêmios alcance cerca de 1,8 % do PNB, aproximando-se em consequência, do índice fixado pelo Governo. Modelo Econômico
Os eventuais pontos de estrangulamento que podem tolher, em tese, o crescimento da economia nacional são apontados pelo Sr. Rafael de Almeida Magalhães, prioritariamente: a) tensões sociais decorrentes da acentuação dos desníveis de rendas; b) tensões sociais resultantes do agravamento dos desequilíbrios regionais; c) tensões sociais resultantes da incapacidade congênita do modelo de gerar emprego em volume adequado à absorção da oferta de mão-de-obra; d) insuficiente expansão do mercado consumidor interno; e) eventuais reflexos no campo político das tensões apontadas, com repercussão imediata sobre as expectativas empresariais; f) redução do ritimo de expansão das exportações brasileiras, quer por terem encontrado o seu limite superior de 340
mercado, quer por uma conjuntura internacional de crise nos países de economia desenvolvida, quer exarcebem políticas nacionais protecionistas. O Presidente da entidade máxima dos seguradores brasileiros está certo de que, em vista da atual estrutura institucional do País, eventuais tensões internas não encontrarão canais de manifestação que lhes permitam afetar a eficácia do modelo político sobre o qual, por seu lado, repousa o êxito do modelo econômico. Diz ele que o único fator não controlável é o da eventual redução no ritmo de crescimento das exportações brasileiras, sobretudo diante do ressurgimento de políticas nacionais ou regionais assinaladamente protencionistas. "Ora, sendo evidente que o esforço de exportação foi uma hábil resposta ao problema da insuficiência do mercado interno - e, pois, de uma estrutura de distribuição de renda interna fortemente regressiva - é claro que qualquer queda no seu ritmo de crescimento tenderá a afetar o nível das atividades econômicas, condicionando-o, de novo, nas suas proporções, à capacidade de consumir do mercado doméstico". O Sr. Rafael de Almeida Magalhães diz poder admitir, de outro lado, que o êxito alcançado nos últimos cinco anos torne exequível um processo de desenvolvimento econômico auto-sustentado permitindo, sem grandes conflitos, intro-' duzir, no modelo básico, corretivos mais vigorosos aos desequilíbrios sociais e re· gionais, alargando, portanto, o potencial do mercado interno. Problemas
Os principais problemas que envolvem o setor de seguros do País situamse nas seguintes áreas: 1) equilíbrio do poder dentro do sistema, visando a conferir-lhe maior impulso e velocidade; REVISTA DE SEGUROS
2) excesso de contrôles apriorísticos formais e inibidores; 3) dinamização da SUSEP; 4) coexistência no IRE de funções normativas e operacionais; 5) critérios para determinação de ativos líquidos das seguradoras; 6) Lim.ites de retenção de planos de resseguros; 7) simplificação de procedimentos administrativos; 8) estrangulamento dos canais de comercialização; 9) excessivo número. de empresas; 10) concorrência predatória.
Projetos A Federação Nacional das Empresas de Seguros resume, como meta de realização em 1972, a complementação das reformas de estrutura deflagradas em 1971, sobretudo no tocante aos processos de comercialização do seguro, adotando normas simplificadas de produção e flexibilidade dos mecanismos de intermediação. A soma dessas mutações substantivas e adjetivas permite ao dirigente da entidade afirmar que, no decurso de 1972, o seguro começará a ser massificado, alargando o setor o universo da de-
manda, que segue estreito em relação ao seu potencial. Mercado de Capitais O mercado de capitais não é setor concorrente do mercado segurador, con- . forme afirma o Sr. Rafael de Almeida Magalhães. Quando muito, diz ele, poderia haver uma certa superposição de interêsses com relação ao ramo vida, que equivale, efetivamente, a uma poupança individual. Mas o ramo vida individual tem sido relegado a plano secundário, observa, trabalhando quase exclusivam ente pelos montepios e organizações equivalentes. O Presidente da Federaçãp Nacional das Empresas de Seguros assinala que, se não há conflito básico de interêsse, é de se enfatizar que os seguradores podem colher grandes benefícios da expansão do mercado de capitais. Ao mesmo t empo, impulsioná-lo fazendo aplicações consideráveis, como investidor institucional, na constituição de suas reservas técnicas - para não se mencionar a possibilidade de se utilizarem do mercado primário para aumento de seu capital. (Reproduzido da revista "Indústria e Produtividade" - janeit·o/72)
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REVISTA DE SEGUROS
U!OMóVEL: PROBLEMA GRAVE O fenômeno mais característico do leglll'O contemporâneo ,é, nos países industrializados e semi-industrializados, o de hegemonia da Carteira de Automóveis DI Operação dos chamados ramos elementares. A matéria é de ordem a causar sérias preocupações. O segurador, além de perder dinheiro, ainda assiste à deterialiÇão da imagem pública da própria instituição do seguro. A incompreensão e a traude, infelizmente muito disseminadas entre segurados, incumbem-se da tarefa inglória de confundir e mutilar o verdadeiro papel do seguro. No Brasil, com a implantação e o desenvolvimento da indústria automobilistica, aquele fenômeno está vindo à tona. Hoje, no conjunto dos ramos elementares, o seguro de automóveis assume a liderança, com mais de 40 % da arrecadação total de prêmios. Daí surgem efeitos inevitáveis sobre o comportamento global do mercado, atingido no seu conjunto pelos maus resultados das operações da carteira de maior volume de negócios. O automóvel, incontestável fator de progresso e de civilização, age também como instrumento de destruição de riqueza material e de vidas humanas, tornando-se fonte de problemas sociais. No ano passado, segundo as estatísticas, o automóvel foi responsável por mais de 60% dos sinistros ocorridos na faixa do resseguro da carteira de Acidentes Pessoais. As agressões e os assassinatos vieram em segundo lugar, com cerca de 8%, e o avião, que tradicionalmente vi-
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nha ocupando os mais elevados postos, passou para o 11.0 lugar. Assim, o automóvel já agora não se resume e gerar problemas que interessem , apenas e diretamente, à modalidade de seguro que lhe é específica. Invade outras carteiras, como as de acidentes pessoais e de vida, alterando-lhes a sinistralidade, e influi nos resultados e tendências do próprio mercado segurador como um todo. Não há dúvida que esse fenômeno novo apresenta numerosos aspectos com enquadramento e soluções de natureza tarifária. Mas a isto não f i c a m confinadas suas implicações, já que muito existe por fazer e se deve fazê-lo - no campo da prevenção e proteção contra acidentes. Obras várias, planejamento racional do tráfego (cuj a execução deve contar com o suporte de um eficiente policiamento) e educação do público através de campanhas constant es e adequadas, tudo isso contribuirá para a redução dos acidentes a níveis pelo menos razoáveis. Ou o automóvel é enfrentado, como máquina de destruição, através de um esquema global, ou muito pouco se consegmra em relação ao objetivo de reduzir-lhe os efeitos negativos.
UM PROBLEMA DE MARKETING
Em valores corrigidos, o patrimônio líquido do mercado segurador brasileiro aumentou de 154 % , no período 19441970. No mesmo intervalo, as reservas tecnicas cresceram 57 % . Contra esses ín343
O P IN I A 0 - - - - - - - - - - - - - - - - - dices opõe-se o da expansão da receita de prêmios, que foi da ordem de 266 %. O ritimo lento e insastifatório de evolução patrimonial, num intervalo de tempo cuja última quadra é assinalada por um crescimento vertiginoso da economia do País, somente encontra explicação no processo de deterioração da rentabilidade do mercado. Com efeito, do nível de 10 % e até de maior percentual da arrecadação de prêmios, a rentabilidade chegou a baixar a 3% na fase de maiores taxas de v~ocidade da inflação. Foi por isso afetado o processo de capitalização das companhias de seguros, que experimentou declínio em vários anos. A perda de ritmo de crescimento das reservas técnicas, outro fenômeno que perturbou o desempenho do seguro como instituição vanguardeira no desenvolvimento nacional, deve-se à decadência do seguro de vida individual, condenado pela inflação à marcha regressiva que empreendeu. Essas reservas, em 1944, correspondiam a 121 % da receita de prêmios, caindo para 48 % em 1970. O decréscimo tornou-se mais acentuado a partir de 1959 e o fenômeno ace"' lerou a reação do mercado, traduzida na forma de crescente enfatização das operações do seguro de vida em grupo. Este, com efeito, possuía razoáveis mecanismos de resguardo contra o processo inflacionário, e ainda hoje exerce absoluta hegemonia no ramo vida, apesar de já haverem surgido no mercado alguns planos de seguros individuais com correção monetária. Por ser instrumento da constituição de reservas cumulativas, abrangendo todo o período de ·sobrevivência real das massas seguradas, o seguro de vida individual é por isso mesmo a modalidade que se torna, na area do seguro, a maior fonte de captação e emprego de poupan344
ça. Suas reservas são de lüngo prazo, enquanto as dos demais ramos e modalidades são apenas anuais. Os dois fenômenos aqui referidos são na v~rdade atacados pela atual política de seguros do Governo. Essa política visa dar ao mercado de seguros uma ordem de grandeza ajustada aos índice de evolução da economia nacional. Consequentemente, procura recuperar e reativar o processo de capitalização do mercado, através de medidas que não apenas promovem a melhoria da rentabilidade das companhias de seguros, mas também po.r meio da urdidura de uma trama de fatores que induzem a realimentação do patrimonio líquido em fac~ da expansão operacional das empresas. As reservas técnicas também recebem tratamento que faz tendê-las ao crescimento. O maior e mais substancial impulso, entretanto, somente poderia advir de novo e significativo posicionamento do seguro de vida individual no conjunto do mercado. Mas essa é matéria complexa, dependente de numerosos probLemas de comercialização, que serão decerto posto em foco para a procura de soluções na próxima Conferência de Seguros, em Porto Alegre certame que ocupará, predominantemente, de questões de "marketing" relativas a todas as formas de seguro. E o seguro de vida é hoje, um dos grandes problemas no planejamento global de "marketing" para a atividade seguradora nacional. UM FENôMENO NOVO
O Brasil caminha para se tornar nação desenvolvida no espaço de uma geração. Esse é o objetivo do modelo econômico que o Governo está construindo através do I Plano Nacional de Desenvolvimento. REVISTA DE SEGUROS
- - - - - - - - - - - - - - - - - - o P IN I A O São peças de presença obrigatória modelo a macroempresa e a empre• multinacional, pois desenvolvimento 4Gige produção em escala cada vez maior eu,por outras palavras, continuidade de elevada tax9: de aumento do produto nadona!. E isso demanda investimentos de magnitude só alcançável pela grand~ Com o desenvolvimento, portanto, modifica-se a estrutura empresarial na area da produção de bens materiais, fenômeno que induz e impõe necessária correspondência na area dos serviços, notadamente os de carater financeiro. Vivemos por isso a época dos superbancos e,com a diversilicação e sofisticação do erédito, a época dos verdadeiros supermercados financeiros. A estes o cliente se cUrige para obt~r toda a extensa e creseente linha dos serviços de que precisa no setor. Hoje, o banco já não pode confinarse ás tarefas tradicionais d€1 receber deplmtos e transforma-los em empréstimos por meio de duplicatas e promissórias. Dele se exige um serviço financeiro intep, em condições de atender à variada pma da procura de serviços da sua clientela. Nos países mais adiantados já se fala até de engenharia financeira, um amplexo de serviços que, recrutando as mais diversas categorias profissionais, destina-se ao completo atendimento de toaa sorte de problemas no campo financeiro. No Brasil foi notável a recente evolução de diversificação do crédito. Basta ter a linha de serviços hoje oferecida pekls bancos através dos seus conglomeraà. Ao advento da grande empresa industrial e comercial não poderia deixar de justapor-se o advento do grande banco de negócios. No campo da atividade seguradora
ocorreu fenômeno semelhante. A procura tornou-se bem mais variada e sofisticada. Creceu horizontal e verticalmente, determinando o imp&ativo de mudança na escala e dimensão da empresa seguradora. Este é, sem dúvida, o fundamento da política de fusões e incorporações, adotada pelo Governo Federal. Mas seguro, como serviço financeiro~ é atividade que se situa em zona muito próxima da categoria dos hodiernos serviços bancários. Com o desenvolv~mento do país, seria natural que surgissem formas práticas de extração de r€1lldimento funcional dessa vizinhança. Para tanto, motivação e impulso de grande importancia geraram-se com a criação da obrigatoriedade da cobrança bancária dos prêmios de seguros, ~tabelecendo-se a partir dai o primeiro ponto, de contato, na operação de seguro, entre bancos e segurados. Em sequência vieram outros, e hoje é cada vez maim a area de interseção, incluindo-se o seguro no elenco dos serviços financeiros integrados dos bancos. Não quer isso dizer que haja necessária tendência à absorçãc. de um setor pelo outro. Absolutamente. O fenômeno apenas assinala e significa a existência, no universo econômico, de uma area de interseçãü entre os serviços dos bancos e da:s companhias de seguros. E nessa area há vantagens para todos (inclusive para o público) em que €1Illpresas dos dois setores se associem para maior eficiencia e produtividade dos respectivos serviços, bem como para ampliação dos canais de comercialização de ambos os mercados. Tudo isso ·ocorre, cabe acrescentar. não por vontade ou capricho de empresários, mas por fatos que marcaram nossa evolução econômica e tornaram um detwminismo a mudança de estrutura na area dos serviços financeiros. 345
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EM PREPARO A EDIÇAO DE 1972
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REVISTA DE SEGURCI
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mpresa Mista ará Seguro de Crédito à Exportação O presidente do Instituto de Resse-
guros do Brasil, Sr . José Lopes de Oliveira, admitiu o interêsse do Governo na criação de uma empresa de economia mista destinada a operar com o seguro · de crédito à exportação. Afirmou também que o mercado nacional de seguros jã está em condições de ajudar o setor privado na expansão do comércio mundial. A convite da Associação Comercial do Rio de Janeiro, o presidente do IRB debateu com os empresários a política de seguros desenvolvida pelo Governo nos últimos dois anos, destacando o seguro de importação como sendo a modalidade que apresentou melhores resultados econômicos para as empresas no exercício de 1971. FONTE
DE INVESTIMENTO
O Senhor José Lopes de Oliveira defendeu a idéia de que o seguro é uma exigência do próprio processo de desenvolvimento econômico de um país e, durante os debates, afirmou que o setor está recuperado e começa a ajudar ativamente na execução da política governamental, funcionando mesmo como agente institucional de investimentos. -Após lembrar que a baixa relação entre seguro e Produto Nacional Bruto REVISTA DE SEGUROS
no Brasil "não era um determinismo econômico, mas provocado por pressão de fatôres ocasionais ou estruturais", o Sr. José Lopes de Oliveira chamou a atenção dos empresários para o fato de que "enquanto larga faixa de procura se mantinha em estado de apenas latente, paradoxamente a oferta era induzida a um processo de crescimento". - Procurou-se, diante disso, traçar uma política dotada de instrumentos e mecanismos que corrigissem êsse paradoxo essencial. A contratação da oferta seria promovida através de estímulos fiscais e técnicos ao processo de aglutinação empresarial, eliminando-se o predomínio quantitativo da pequena empresa no panorama do mercado. Totalizando 156, as pequenas empresas no seu conjunto apenas detinham 49 % da arrecadação global do mercado, ao passo que os 51 7c restantes eram absorvidos somente por 22. -A empresa de menor porte não é condenável, desnecessária ou destituída de um lugar a ocupar no espaço econômico. Mas no caso do mercado segurador brasileiro, tendo em vista que o objetivo é elevar a 3 7o em médio prazo a relação Seguro/ Produto Nacional, tornava-se indispensável reduzir o número excessivo de pequenas empresas para dar-lhes dimensão mais compatível com as necessidades de previdência geradas pelo desenvolvimento econômico do País e, também para habilitá-las a maior participação no processo de crescimento do mercado, através da ampliação de capacidade operacional resultante de nova expressão patrimonial e do aproveitamento das vantagens da economia de escala. O processo de crescimento do mercado, que será naturalmente incitado pela alta taxa de expansão prevista para o Produto ,Nacional, depende de vasto e diversificado elenco de providências, de modo que a atividade seguradora nacional possa libertar-se de grilhões que, em termos de marketing, ainda a deixa ina347
bilitada para a execução de programas mais amplos de vendas. PONTOS BASICOS Sobre o seguro da importação, disse o presidente do IRE que "tal seguro continua facultativo. Nenhum importador é obrigado a fazê-lo. Mas, decidindo fazê-lo, terá que realizá-lo no País. Trata-se antes de tudo de regulamentação de preceito legal estabelecido desde 21 de novembro de 1966 pelo Decreto-lei n. 0 73, com o que passa o Brasil a praticar o princípio da reciprocidade de seguros tacitamente vigorante no intercâmbio comercial entre as grandes nações. Esse princípio consiste em se reconhecer ao comprador a liberdade de escolha do transporte e do seguro dos bens que adquire. A medida do Governo brasileiro não contém, portanto, qualquer componente de índole coercitiva ou antiliberal. Apenas se limita, numa legítima atitude de defesa cambial, a reduzir o fluxo de divisas atinente à colocação externa dos mencionados seguros". - Cabe frisar que se trata de reduzir esse fluxo, não de eliminá-lo inteiramente, pois a Resolução n. 0 3/ 71 do
Conselho Nacional de Seguros Privados admite, em casos especiais, a realização de seguro no exterior, o que flexibiliza e destitui de rigidez a norma adotada. Segundo o presidente do IRE, "a medida brasileira em nada destoa ou se distancia dos princípios correntes em matéria de comércio externo nos demais países do mundo, todos eles natural e justamente vigilantes na proteç:ão de seus interesses cambiais. A colocação interna de seguros de importações, aliás, no conjunto da política de comércio exterior é item que se pode considerar de bem menor expressão, comparativamente com outros tipos de medidas que vêm caracterizando o surto de neoprotecionismo observado entre países desenvolvidos". - Em substancia, o que o Brasil decidiu relativamente aos seguros dos importadores nacionais tem reflexos po- · sitivos no plano cambial. É orientação, portanto, que se harmoniza com as reiteradas recomendações do Fundo Monetário Internacional aos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, no sentido de adotarem medidas tendentes a equilibrarem seus Balanços de Pagamentos.
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REVISTA DE
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DOS JORNAIS ESCLARECERA OS -.n"'"11'"\l:! SOBRE A NECESSIDADE ATUALIZAREM AS APóLICES As companhias de ·s eguro decidiram
ldclar uma nova campanha de esclaredirigida especificamente aos ...tôminos e síndicos de edifícios sobre importância de o seguro obrigatório •tra incêndio estar permanentemente ltualizado. A decisão foi adotada após o incênque destruiu o edifício Andraus, em • Paulo, e cujo seguro, de Cr$ 11 roiestá provavelmente abaixo do que Bia necessário para cobrir as despesas • recomposição ou reconstrução do préfie, esta avaliada em aproximadamente 20 milhões.
Explicaram as companhias que a eontratação do seguro de incêndio pelos lindicos de edíficio envolvem sempre a ftlação de uma cláusula de rateio dos prejuízos. Se o seguro contratado estiver, por eremplo, 50 % abaixo do valor real de reeonstrução do prédio na época do sinistro, a indenização do seguro abrange também apenas 50 % dos prejuízos, dentro da cláusula de rateio. No caso do edifício Andraus, entreianto, o fato de alguns condôminos terem ftllizado por conta própria o seguro da correspondente à localização de seus mitórios, poderá contribuir para reduos prejuízos totais dos condôminos. companhias de seguro consideram fórmula, contudo, incorreta, pois pejudica os condôminos que confiam Jlll síndicos. SEGL'ROS
LEVANTAMENTO A Administração do Instituto de Resseguros do Brasil espera ter à sua disposição muito em breve um relatório preliminar do sinistro que envolveu o edifício Andraus, feito por um emissário especial da presidência. O relatório definitivo, e que servirá de base para o levantamento dos prejuízos e liquidações do sinistro, inclusive dos lucros cessantes das Lojas Pirani, deverá estar concluído dentro de duas semanas, quando se encerra o prazo concedido pelo presidente do IRB à delegacia regional do órgão em São Paulo. Isto porque, normalmente, os contratos de maior valor feitos pelas companhias seguradoras são ressegurados no Instituto, a quem caberá indenizar uma parcela dos prejuízos. -ooo-
COMPANHIAS ESTUDAM MEIOS PARA MODERNIZAR SE,GURO DE AUTOMóVEL
O crescimento do número de veículos em tráfego no País vem despertando a atenção das oompanhias de seguros tanto para a melhoria dos serviços prestados aos automobilistas como para os problemas gerado pelo aumento dos acidentes de trânsito. Essa preocupação é justificada pelo fato da carteira automóveis já representar cêrca de 40 % do total de seguros feitos no País e interessar a mais de 500 mil segurados. EXPERIÊNCIA Tendo a industria automobilística brasileira se consolidado apenas na última década, o seguro em massa dos veículos é uma experiência relativamente nova no País. A rumpliação da faixa do consumo 349
de veículos, através principalmente das facilidades criadas a partir de 1965 pelo mecanismo de financiamento a longo prazo, elevou quase que abruptamente o quadro relativo à frota nacional intensificando a circulação, alterandO! a qualidade e a extensão das rodovias e mudando os hábitos de utilização dos automoveis. Variaram paralelamente os riscos assumidos pelas companhias de seguro com a cobertura de danos materiais e sociais. A Comissão técnica de seguros de Automóveis da Federação Nacional das Empresas de seguro (Fenaseg) considera essas variações de tal forma bruscas a ponto de considera-las" sem preoedentes no campo dos seguros",não tornando possível, inclusive tal a rapidez do processo, o aproveitamento de muitos ensinamentos e da experiência colhidos em outros países. Entretanto, a experiência formada no país nêsse período já é considerada excelente, estando algumas empresas em condições de oferecer serviços de nível encontrado nos países mais desenvolvidos.
do, independente de interpelação judicial ou extrajudicial por parte do proprietário do veículo. As normas fecham as portas a quaisquer possíveis burlas por parte dos segurados, mas o que é mais importante é seu efeito modernizador do mercado. Pelas determinações da circular, as companhias terão de acelerar seus processos de emissão de apólices, para que seus cliente não fiquem expo!Stos a pr'ejuízos no caso de ocorrerem acidentes logo após terem procurado o córretor. Pelo sistema anterior essa emissão era lenta e durava até 30 dias, mas com a mecanização a que as companhias serão induzidas a introduzir o período pode ser reduzido a algumas horas, através da utilização dos serviços de processamento de dados. Emprêsas com maior visão, e que por isso mesmo já vinham utilizando computadores eletrônicos em sua organização, foram as mais beneficiadas com a circular, pois passaram a prestar melhores serviços aos segurados. Empresas ainda desaparelhada chegaram a sugerir um prazo maior para adaptação às novas normas, demonstrando que a tendência de mecanização é inevitável.
MODERNIZAÇÃO NôVO LANÇAMENTO Em janeiro deste ano a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão fiscalizador governamental, divulgou uma circular destinada a proporcionar um passo importante na melhoria dos serviços das companhias de seguro. A circular determinou que qualquer indenização sõ seja paga pela companhia de seguro mediante prova de que o pagamento do prêmio tenha sido feito antes da ocorrência do acidente. Segundo essa circular, a cobertura da apólice fica suspensa até que,dentro de 30 dias, seja ~fetuado seu pagamento. Se o prêmio não for pago no prazo estabelecido o contrato fica automaticwmente cancela350
As companhias brasileiras estão se preparando, portanto, para alcançar níveis internacionais nos serviços de seguros de autOIIllóveis. Um exemplo são os estudos que agora realizam para lançar no mercado a apólice de automóveis sem valor declarado, atingindo a uma etapa a que segundo observou um especialista, poucos países chegaram no ramo. Atualmente as apólices de seguras de auto móveis especificam o valor dos veículos no momento em que o segurado realiza o contrato. Esse valor, entretanto, serve apenas REVISTA DE SEGUBOI
como base para o cálculo do prêmio a ser pago pelo proprietário, já que, no caso de ocorrer a perda total do veículo em um acidente, a indenização é fixada no valor do automóvel à época do sinistro. Nenhuma companhia de seguro no mundo indeniza um veículo pelo seu preço de novo quando, por exemplo, um ano após a contratação do seguro já não é o mesmo. O valor declarado em apólice é, portanto, meramente indicativo quando ocorre o acidente. O valor verdadeiro do carro à época do sinistro é, entretanto, fâcil de identificar. As companhias de seguros consideram hoje fácil precisar o valor de novo de qualquer veículo produzido no país e mesmo estabelecer com igual precisão o valor de um veículo usado. Até mesmo para o segurado se tornou fácil saber o valor de veículo, de qualquer ano, pesquisando revistas especializadas. O lançamento dessas apólices sem valor declarado ocorrerá inicialmente nos contratos de seguro de automóveis de uso particular, que compreendem entretanto mais de 60 % dos veículos segurados no país.
Quanto as seguradoras,estas verão seus custos administrativos reduzidos e, conseqüentemente, terão menores prejuizos, com a administração da carteira Automóveis. PREOCUPAÇÃO
Esses prejuízos podem ser avaliados pelas últimas estatísticas divulgadas pelo Instituto de Resseguros do Brasil sôbre a Carteira Automóveis. Os dados extraídos do balanço consolidado das companhias, relativo a 1970, revelam que a relação sinistro/ prêmio chegou a 84,47 %, índice que se eleva para 124,04 % considerandose as despesas administrativas das empresas (22,51 %) e as de corretagem ( 17,06 %). Se as empresas conseguirem reduzir a parcela das despesas administrativas já terão uma redução nesses prejuízos. A relação sinistro/ prêmio é calculada com base nas despesas das companhias com indenizações, somadas às despesas administrativas e de corretagem sobre o valor dos prêmios arrecadados. Vários fatôres contribuem, segundo os técnicos do setor; para que a primei~a parcela smpre apresente um crescimento maior que a segunda. Um deles certamente é o volume de indenização pagas BENEFíCIOS em decorrência dos acidentes. As companhias calculam que um As modificações já introduzidas e as carro segurado sofre pelo menos um acique ainda se encontra em estudo tr'arão dente por ano, variando apenas a extenvantagens tanto para as empresas quan- são dos danos, que vão desde a simples to para os segurados. Em relação aos substituição de uma calota ou farol até últimos, terão a vantagem de verem a reposição completa do veículo. simplificados os processos de emissão de Prevêem que o índice sinistro/ prêapólices e liquidação de sinistros, cuja mio só tende a aumentar, na parcela de morosidade sempre foi o principal argu- indenizações pagas, partindo do princímento daqueles que não 11ealizam segu- . pio de que pouco vem sendo feito para ro. reduzir o número de acidentes de trânsiA simplificação permitirá, por exemto, ou pelo menos est abilizá-lo. plo, que a emissão das apólices possa ser Além do número crescente de veífeita praticamente no ato da contratação culos, são fatôres importantes nesse rado seguro pelos proprietários de veículos, ciocínio a constatação de que as velocique antes esperavam até um mês para dades dos carros aumentaram, a qualificação dos motoristas é cada vez mais receber o documento. IEVISTA DE SEGUROS
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Segundo informa a Comissão Organizadora, poderão se inscrever à II Semana Ibero-Americana pessoas e entidades, com direito de apresentar trabalhos e participar das discussões sobre os temas constantes da agenda.
duvidosa e a densidade do tráfego nas cidades provoca a cada dia maiores engarrafament os e a multiplicação de abalroamentos. A preocupação das companhias de seguros é tal nessa área que já iniciaram estudos para examinar se os prejuízos causados pelas Carteiras Automóveis não poderão, a curto prazo, influir em outras Carteiras, como a de Vida e Acidentes Pessoais, através da comparação do número de mortes violentas no trânsit o com outras circunstâncias.
REGULAMENTO Em conformidade com o Regulament o, é facultado a cada participante apresentar um trabalho escrito em duas vias, com um resumo ou conclusões. Os trabalhos classificados serão publicados, reservando-se à Comissão Organizadora o direito de selecionar os que devem ser postos em debate no plenário. Ao mesmo tempo, os fabricantes, representantes e distribuidores de materiais destinados à prevenção e segurança poderão apresentar protótipos e modelos de materiais, que serão exibidos na sala reservada à exposição, no Palácio dos Congressos. Para o debate dos assuntos for-am constituídas três Comissões, abrangendo os acidentes no trabalho, transportes e incêndios. Para maiores esclarecimentos, os interessados deverão dirigir-se à Secretaria da II Semana Ibero-Americana de Prevenção e Segurança: Nufi.es de Balboa, 101 , Madrid-6.
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No período de 27 de novembro a 1. 0 de dezembro deste ano, será realizada em Madri a II Semana Ibero-Americana de Prevenção e Segurança, destinada ao debate de problemas relacionados com aciden tes no trabalho, transporte (terrestre, marítimo e aéreo) e incêndios. O certame terá lugar na sede do Palácio dos Congressos e será ilustrado com a projeção de filmes e uma exposição de modelos de materiais usados na prevenção de acidentes.
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REVISTA DE SEGUROS
eguro de Vida tem Tarifa Única
guro e obtinha a apólice individual. Por ser um seguro de longo prazo, uma forma de acumulação de poupanças em período de tempo dilatado, a aceleração do processo inflacionário prejudicou a produção nesse setor. A desvalorização progressiva e excessiva do capital segurado provocou, em conseqüência, a retração da procura, impedindo a evolução do ramo. Solução
O diretor da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados, Mário Petrelli, ao fazer uma análise sobre a reforma realizada pela SUSEP no seguro lle vida, disse que a mudança teve ampla repercussão no mercado segurador, que há vários anos vem lutando para soludonar as dificuldades que o ramo enfrentava. Acrescentou que uma das alterações Introduzidas nesse setor é a eliminação da heterogeneidade da oferta que tanto tumulto causava ao mercado. Agora, friIOU, as coberturas e tarifas serão unifieadas e as seguradoras irão concorrer à u de prestação de melhores serviços, eom mais proveito para os segurados.
- O Governo - acrescentou lançou ao segurador privado o desafio de elevar a produção de seguros de 1 para 3 por cento do Produto Nacional Bruto. lias, por outro lado, também compreendeu, como agora demonstrou a Susep mais uma vez, que seria preciso rever e atualizar as condições de operações de Yários ramos dessa área, solucionandoae problemas de marketing que ainda emperram a atividade seguradora nacional.
Explicou o Sr. Mário Petrelli que, tradicionalmente, o seguro de vida era realizado em caráter individual. Cada Interessado, disse, fazia seu próprio seIIVISTA DE SEGUROS
Segundo o diretor da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados, o fenômeno teve reflexos profundos nos índices globais de potencialidade econômico-financeira do mercado segurador nacional. Regredindo a produção de seguros de vida declinou, em face disso, o volume de suas reservas matemáticas. Estas, por se acumularem a longo prazo, são as mais expressivas de todo o mercado de seguros, em fases de normalidade operacional. - Para se ter idéia da importância das reservas do seguro de vida - acentuou - basta dizer que no Brasil, por ter caído a produção da modalidade, no conjunto de todo o mercado, as reservas das companhias de seguros (abrangendo as de vida e as de ramos elementares) declinaram de 121 por cento para 48 por cento da arrecadação anual de prêmios, no período compreendido entre 1944 e 1970. -A solução inicial encontrada pelo mercado para enfrentar a inflação foi a promoção do seguro de vida em grupo. Esse tipo de apólice tornou-se coletiva e temporária, isto é, de curto prazo, renovável anualmente. Contornava-se, dessa maneira, o problema da erosão do capital segurado e a resposta do público foi positiva, formando-se uma procura capaz de p~mitir a recuperação do ritim,o de crescimento do ramo vida. Mas esse crescimento, ao longo do tempo, encontrou limites, principalmente em virtudes de 353.
impasses e restrições criados em termos de comercialização, pelos planos tradicionais de operações da modalidade. - A lentidão desse ritmo de crescimento- prosseguiu- pode ser medida comparativamente com a taxa de expansão do conjunto do mercado. No período 1945/70 ,e em termos reais, o seguro de vida cresceu apenas 138 por cento, quando todo o mercado, no conjunto das modalidades, apresentou o índice de evolução de 265 por cento. Reforma Mais adiante, ressaltou o Sr. Mário Petrelli: - O instituto da correção monetária, criado pelo Governo depois de 1964, veio de certo modo abrir oportunidade para a recuperação do tradicional seguro de vida feito em base individual. As companhias de seguros, encontrando meios para a aplicação de suas reservas com correção monetária, poderiam oferecer ao público novos planos, em que tanto os prêmios como os capitais segurados fossem corrigidos em função da desvalorização monet ária. Mas, lançados esses planos, é claro que o seguro de vida individual não poderia, a curto prazo, recuperar todo o atraso em que ficara. Para que as novas formas de contratação possam sedimentar-se nos hábitos da população será exigido um longo período de maturação. Assim, tal modalidade não apresenta, ainda hoje, um índice de r ecuperação que se possa considerar satisfatório. - A grande reforma acaba de ser feita pela Susep. O seguro de vida em grupo já está razoavelmente difundido e, assim, com as aberturas criadas para sua comercialização será mais fácil fazêlo desenvolver-se a uma taxa satisfatória de expansão. 354
Massificação Falando sobre "seguro para toda a família" e do "seguro de grupos abertos" declarou o diretor da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados que esse tipo de apólice é o que admite a in· clusão, no seguro, da esposa e dos filhos. Trata-se, disse, de medida que vem ao encontro da nossa realidade econômica e social. Antes, causava dano à família a morte de seu principal membro, pois toda a renda provinha apenas dele. Hoje, ao contrário, a renda familiar se origina do trabalho de todos os seus membros. Quando um deles desaparece, todos os demais sentem os efeitos da cessação de uma parte da renda global. Portanto, a admissão de todos os membros da família no seguro de vida em grupo corresponde à realidade atual da origem do orçamento de uma família. - O seguro de grupo abertos vinha constituindo, até explicou agora, uma espécie de tabu. Para se tor· nar viável, o seguro teria que abranger grupos nos quais cada componente estivesse ligada ao conjunto por um vínculo bem definido. Ser, por exemplo, empregado de um mesmo empregador, ou membro de uma mesma associação civil. A exigência do vínculo era uma limitação, por tanto, à expansão do seguro, vindose a acreditar, ultimamente, que os grupos aber t os, por sua heterogeneidade, n ão se tornavam tão anti-seletivos como os grupos fechados. - Regulamentando os grupos abertos, a SUSEP permite que o mercado dê um grande passo, no sentido da massüicação do seguro de vida. Agora, podem ser est ipulantes do seguro, não só os empregadores e associações civis, mas também pessoas jurídicas com firma corretora, sociedade seguradora ou qualquer outra entidade, cujos estatutos ou aU. constitutivos o admitem. REVISTA DE SEGUROS
critério de limitação. Este consiste em apurar-se a quarta parte do grupo que tenha recursos maiores, estabelecendo-se, entre esses capitais, uma relação de 2,5 vezes do maior para o menor.
CAPITAIS SEGURÁVEIS NO VIDA EM GRUPO
Número de Pessoas Seguradas Até
De
60 150 300 500 800 1.500 3.000 5.000
a a a a a a a em
59 149 299 -499 799 1.499 2.999 4.999 diante
Capital Máximo por Pessoas Cr$ 22 .800,0Õ 30.400,00 45.600,00 60 .800,00 76 . 000 ,00 91.200,00 106 .400,00 121.600,00 152 .000 ,00
GARANTIAS DO SEGURO DE VIDA 1 2 3 4 -
O capital dessa tabela não será conliderado no caso de ser superior a outro
5 6 -
Morte natural Morte acidental com dupla indenização Invalidez permanente total por doença Invalidez permanente total ou parcial por acidente Despesa hospitalaT-operatória Assistência em caso de doença, acidente, hospitalização e operação.
PRODUÇÃO DE SEGUROS (em valores corrigidos) Ano
Ramo Vida Em Cr$ 1.000
índice
1945 1946 1947 1948 1949 1950 1951 1952 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970
125.105 . 976 128 . 084.745 135.259.077 183 . 039 . 072 196.722.212 292 . 639.761 159.912.843 165.793.070 168 . 102.767 163.256.667 168.486 . 643 169.521.858 180 .871 . 303 203.735.048 176.924.815 173.769.226 153 .462.774 154.765 .067 132.647.054 122.915.283 133.318.329 147 . 298.136 173 .743 . 080 189.013.152 195 .089.778 298.236.796
100 102 108 146 157 233 127 132 134 130 134 135 144 162 141 138 122 123 106 98 106 117 138 151 155 238
DE SEGUROS
Todo o Mercado Em Cr$ 1. 000
454. 275.595 485 .477.085 499.236 . 764 303 .825 . 229 588.178.461 686 .408.202 590.003.575 636 .803 .754 615.348.632 613 .249.111 652 .472 .207 687 .307.647 750 .483.309 849 . 397 .646 839. 912 . 926 864 . 106 . 952 911 . 000.504 946 . 624.417 946.147.360 937 .041.044 939 .321 .762 936.254.628 989.830.194 1.325.836 . 202 1. 441.828.370 1. 659. 298 . 120
índice
100 106 109 66 129 151 129 140 135 135 144 151 165 187 185 190 201 208 208 206 207 206 218 292 317 365 355
(Conclusão da pág. 360)
náutica e que na linguagem do ramo classificam-se como negligência. Em fins de 1970, os seguradores ingleses para corrigir resultados estabeleceram novas condições para os seguros de casco, no que foram acompanhados por todo mercado europeu-americano. Estas novas condições não objetivaram o aumento de taxas, mas uma participação dos seguradores em todos os sinistros. A frota nova brasileira, que não contribuía para o mau resultado, passou a suportar as mesmas restrições já que cabia aos resseguradores do IRB fixar as taxas e condições dos seguros feitos no Brasil. Tendo fugido do ônus que poderia ter por associar seus resultados da frota velha os armadores da frota nova tiveram que arcar com ônus muito maior devido ao mau resultado apresentado pelo mercado segurador internacional. Livre o seguro brasileiro do ônus fiscal de 20 %, o IRB inteligentemente recor-
reu a uma forma de resseguro, o acesso de perda que, além de dar aos armadores brasileiros a oportunidade de terem suas taxas e condições fixadas de acordo com seu próprio resultado estatístico, dá ao mercado segurador brasileiro um aumento de receita quase 10 vezes maior que o de 1971 com uma elevação de responsabilidade líquida de apenas três vezes. Além disso há uma economia de divisas de quase Cr$ 55 milhões anuais. Os armadores brasileiros, se quiserem manter o privilégio que têm agpra de ter suas condições e taxas fixadas individualmente de acordo com méritos de cada um, devem fornecer ao IRB seus resultados estatísticos dos últimos cinco anos com a mesma riqueza de detalhes a que os obrigaram sempre os seguradores ingleses. Sem estatíisticas, sem informações ou números, não resistirá por muito tempo a iniciativa do IRB que tanto favorece aos armadores. (Jornal do Brasil -
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RCOVAT: Indenização decorre
da Responsabilidade Ovil do Proprietário
do Veículo
ceu urna escada e, correndo afoitarnente, avançou para o leito da via pública no instante em que por ela passava o automóvel, dando-se o acidente. Irnpossbilitado de trabalhar, o cidadão C moveu ação contra A e B, sendo por eles chamada a Juízo a companhia seguradora. Na sentença apelada, o Juiz pronunciou-se favoravelmente ao cidadão C, argumentando qu~: 1) corno terceiro, em relação ao contrato de seguro, ele tinha o direito de promover ação contra a seguradora; 2) ainda que culpado único do acidente, cabia-lhe o direito de pleitear a indenização. DIREITO DE AÇAO
A solução que melhor atende aos
objetivos da lei instituidora do seguro obrigatório é a de poder a vítima acionar diretamente a cornp~nhüt seguradora. I isso porque a lei procurou socorrê-la, proporcionando-lhe a possibilidade de obter a indenização que, em muitos calOS, poderá não suportá-la o causador do acidente -: declara em Acórdão a Sexta Câmara Civil jo Tribunal de Justiça de São Pau~o. Entretanto- assinala -,a indeniz.aç:?.o em favor de vítima de acidente de trânsito há de decorrer da RSponsabilidadt: civil Se ela não ocorre. não será de' ida a indenização.
Por votação unânime, a Sexta Câmara Civil discordou da sentença, exarando o seguinte parecer: "Essa decisão não pode subsistir, não quanto à ação direta da vítima contra a seguradora, mas, sim, quanto a ter sido a culpada única do evento, não tendo, em consequência, direito à reclamada indenização.
"Data venia" das decisões em contrário, a solução que melhor atende aos objetivos da lei instituidora do seguro obrigatório é a de poder a vítima acionar diretamente a companhia seguradora. E isso porque a lei procurou socorrêSegundo a Sexta Câmara Civil, não la, proporcionando-lhe a possibilidade de e pode falar em responsabili<lad<:: civil obter, eficaz e prontamente, a indenizap.ndo a vítima é a culpada única do ção que, em muitos casos, poderá não suacidente que sofreu. E, se não se pode portá-la o causador do acidente. falar em responsabilidade civil, a vítima Aliás, expresso é o artigo 21 do Detem direito a reclamar indenização. creto-lei 73, de 21 de novembro de 1966, no sentido de que, "nos casos de seguros legalmente obrigatórios, o estipulante HISTóRIA equipara-se ao segurado para os efeitos A decisão da Sexta Câmara Civil te- de contratação de manutenção de segucomo origem a Apelação Cível n .0 ro", esclarecendo seu § 1. 0 que, "para os 1, da Comarca de São Paulo, meti- efeitos deste Decreto-lei, estipulante é a pelo seguinte fato: o cidadão A se- pessoa que contrata seguro por conta de a via pública dirigindo o automóvel terceiros, podendo acumular a condição propriedade de B. De repente, C des- de beneficiário". DE SEGUROS
357
Acresce que, se com o seguro não se objetiva aumentar o patrimônio do segurado, mas preservá-lo de diminuição, então razoável parece também admitirse a ação direta da vítima, contra a seguradora, com o que se atenderá a esse último benefício em favor do contratante do seguro. RESPONSABILIDADE CIVIL
E conclui a Sexta Câmara Civil: "Por outro lado, há de se atende1 para a circunstância, especialíssima, de estabelecer o artigo 20 do citado Decretolei 73 , como obrigatórios, os seguros de responsabilidade civil dos proprietários de veículos. A indenização, portanto, em favor de vítima de acidente de trânsito , há de decorrer daquela responsabilidade civil, porque, incorrendo ela, não será devida a indenização. Ora, no caso dos autos não se podia falar em responsabilidade civil do proprietário do veículo ou de seu motorista, uma vez que foi a vítima a culpada úni-
IPIRANGA
ANCHIETA
ca do acidente que sofreu. E, se não podia falar em responsabilidade civil, então o autor não tinha direito à reclamada indenização. Para o contratante do seguro, sim, é dispensável a apuração de sua culpa, como decorre do artigo 5. 0 do Decretolei 814, de 4 de setembro de 1969, e isso porque o objetivo do seguro é evitar a diminuição de seu patrimônio. Em suma: a compulsoriedade do se· guro em nada interfere no instituto de responsabilidade civil, tal como é disciplinado nos artigos 159, 160, 1. 518 a 1 . 532 e 1 . 537 a 1 . 553 do Código Civil. Irrecusável é a conclusão - que decorre do apurado - de que foi a víti· ma a culpada única do acidente que sofreu e que causou o.s danos de que se queixa : correndo desceu uma escada e avançou afoitamente para o leito da via pública, no instante em que por ela passava o automóvel. Razão nenhuma tem o autor, portanto para insistir na procedência da demanda, inclusive quanto ao motorista e ao proprietário do automóvel".
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rketing:
o Futuro
do
Seguro EDMUNDO FONSECA
Que acha você do marketing? Cada qual tem sua maneira própria de enfocar o problema. Cada qual aplica marketing na dimensão de sua atividade. Luís Mendonça, assessor do IRB e da Fenaseg, acha que marketi'ng é uma função integral. Para cada estágio da economia há um tipo de problema e uma solução de mercado que até então não fora sequer aventada. Trata-se, pois, de uma ciência eminentemente mutável na forma, mas integral no conteúdo. Para um determinado estágio econõmi.co, o enfoque é dado sobre a produção, mais tarde sobre o consumo. Numa economia em estado primitivo, o consumidor ainda é um ser amorfo, sem definições de preferência ou que demonstre qualquer 'exigência em termos de preço e quaüct'ade. Daí porque, nesse estágio, importante é produzir, porque a procura praticamente absorve toda a oferta. São os artip de primeira necessidade, produzidos e consumidos imediatamente. Não é neum processo sofisticado de vende merchandising. desenvolvidas Luís Mendonça - o consumo a principal referência para os homens
..---~>'4"
DE SEGUROS
de marketing e em função dela é que passam a girar todos os esforços de planejamento da produção. Quando o consumidor se desenvolve, abre novas faixas de poder aquisitivo, não mais aceita qualquer produto e passa a ditar a regra do jogo. É o dono da bola. Só joga no seu time quem ele quiser. Só produtos que lhe ofereçam quali-· dade garantida é que são comprados. Nessa fase, o produtor já não consegue vender o que pode e quer produzir "vendo-se obrigado, inclusive pela concorrência, a produzir o que o consumidor quer comprar, por vontade própria ou motivada". Na sua área específica - o seguro - eis que o Sr. Luís Mendonça tem observações int eressantes, senão vejamos: - O nosso processo de desenvolvimento tem t ido uma característica: a rapidez. O seguro, afetado pela inflação, que tanto se prolongou e exarcerbou no passado, não pode acompanhar as radicais t ransformações econômicas ocorridas no País.
- Preso de outra parte, ao compasso normalmente lento da evolução dos regimes legais - pois se trata de atividade a eles sujeita - o seguro, por tudo isso, compreensivelmente, encontra-se ainda hoje muito vinculado ao passado. Tais amarras explicam a existência, ainda hoje, de tantas práticas como de tantas omissões que configuram acentuado desacordo em termos de marketing, entre a evolução do seguro e a expansão de nossa economia. Mas sem dúvida, a classe seguradora prepara-se para debater o problema- e vai ser na próxima conferência de Porto Alegre - o que vai trazer, certamente, resultados interessantes para esse vibrante ramo de atividades. (Reproduzido do "Correio da Manhã-Diretor Econômico" - 13-4-71) 359"
Política de Seguros Beneficia Armadores L. F. PIS TER MARTINS O Instituto de Resseguros do Brasil iniciou operações no ramo casco mais de 10 anos após sua fundação, isto é, depois de 1950. Antes disto e desde o fim da Guerra, em 1945, algumas seguradoras que trabalhavam livremente no ramo enfrentavam enormes prejuízos que resultaram na cassação de suas cartas patentes. O Instituto de Resseguros do Brasil entrou no mercado nesta ocasião para discipliná-lo e evitar a repetição destes fatos. A frota segurada na época era •e ntretanto composta principalmente de navios velhos ou excedentes de guerra, na forma de barcaças de desembarques transformados em navios mercantes. Somente o Lóide Brasileiro adquiriu navios novos, mas em virtude de vínculos financeiros no exterior o seguro era feito nos Estados Unidos e Inglaterra. Ainda que trabalhando tecnicamente <> IRB enfrentou alguns anos maus que também afetaram os resseguradores no exterior. Quando a Fronape comprou seu primeiro petroleiro, o Presidente Dutra, seguiu o exemplo do Lóide Brasileiro segurando-o diretamente no exterior. Os resultados do contrato de resseguros do IRB afetavam as taxas, de qualquer navio aí declarado·, devido ao mau resultado geral provocado pela parte da frota que :mais tarde ficou conhecida como frota podre. Além disto estas taxas sofriam primeiro o peso da comissão de resseguro de 18 % paga ao IRB, e mais ainda, as apólices de resseguros brasileiros estavam onerados de 20 % de impôsto e selo proporcional. Os prêmios de seguros de casco feito no Brasil levavam pois uma carga dt~ comissões e impostos que iam a cerca de 40 % sobre os prêmios. Isto, é a má expe360
riência do contrato, levaram a Fronape a procurar colocar diretamente no exterior mais de 95 % dos valores segurados de seus navios deixando no mercado local apenas o suficiente para atingir sua então pequena capacidade. Já na década de 60 começaram a crescer também as empresas de navegação privadas, agora, porém, de forma racional. Este crescimento acelerou-se a partir de 1964 e a legislação securitária modificada pela Revolução atendeu aos apelos dos armadores que não desejavam ver aumentadas suas despesas de seguro pelo ônus de impostos, comissões e principalmente pelo mau resultado estatístico da frota podre. O IRB pacientemente aguardavá que o crescimento da frota que então se formava passasse a representar no conjunto um peso muito maior que a frota podre, a fim de que os resultados dos seguros desta não pudessem representar um ônus para aquela. Neste interim o peso fiscal desapareceu pois que o imposto de 20 % foi substituído pelo Impôsto de Operações Financeiras de apenas 2%. A comissão de resseguro poderia, dependendo apenas de decisão do IRB, ser alterada no momento propício. A oportunidade surgiu em janeiro de 1970. O mercado internacional de seguros vinha sofrendo perdas anormais nos últimos anos em consequência das modificações introduidas nos navios mercantes tais como os supergraneleiros de 100 mil toneladas, automatização, velocidade, radar, etc. Aumentou a frequência dos acidentes por colisão, aumentaram as contribuições, a avaria grossa, como consequência lógica ao maior valor dos navios, aumentaram e bastante as perdas consequentes de culpa (Contínua na pág. 356) REVISTA DE SEGUROS
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