T1787 - Revista de Seguros - out/nov/dez de 1994_1994

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I I I I AO OFICIAL 1} iA*v' 1 w n •h

Cartao Safra Empresarial

Seus executives merecem um beneficio como este.

Esua empresa merece a economia que ele proporciona.

Sr. Empresario,finalmente no Brasil tudo o que o seu Departamento Financeiro poderia querer para descomplicar controles de viagens, verbas de representaqao e outros gastos de seus executives, aqui ou no exterior. O Cartao Safra Empresarial paga passagens, hoteis, despesas em geral, organiza os gastos e faz relatorios. Um Contas a Pagar que cabe no seti bolso e ciista muito menos que uma secretaria executiva. Cartao Safra Empresarial - nao e toda reduqao de custos na sua empresa que significa necessariamente uma reduqao de beneficios.

FENASEG Federafao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capltallza5§o

Presidente: Joao Elisio Ferraz de Campos

Vice-Presldente: Eduardo Baptists Vianna, Nilton

IVIolina, Oswaldo Ityiario Pego de A. Azevedo, Ricardo Ody, Rubens dos Santos Dias. Diretores: Antonio Carlos Baptista P. de Almeida, Camillo Marina, Fernando Antonio Sodre Faria, Nilton Alberto Ribeiro, Paulo Sergio Barros Barbanti, Pedro Pereira de Freitas, Sergio TImm.

ConseltiQ Fiscal

IVIembros Efetlvos: Joao Bosco de Castro, Joao Julio Proenpa, Lucio Antonio Marques, Orlanao Vicente Pereira, Pedro Augusto Schuab.

IVIembros Nates: Ademir Francisco ®

0. Continentino de Araujo, Antonio Tavares

Claudio Afif Domingos, Joao

Miguel Junqueira Pereira, Octdvio de Magalhaes, Renato Campos Martins Filho. _ porra?

Presidente Conselho Consultlvo: Joao

IVlembro^s Efetlvos: Ararino Sallum

Armando Erick de Carvalho, Dario ^fj( Filho, Eduardo Mariani BIttencourt, GuHherme Am Domingos, Henrique^da Silva Saraiva, J me Bras.

Garfinkel, Luiz de Campos Salles, luiz

Pereira de Lucena, Luiz Henrique S.^®

Vasconcellos, Manuel Sebastiao r,, gg|yo

MSrio Jose Gonzaga Petrelli, Nico.as p j,g

Roberto Baptista P. de Almeida Robert® Frojr^

Duarte, Ronaldo Xavier de Lima, Ro y

Oliveira Lyrio, Sdrgio Sylvio Baumgarten J .

IVIembros Nates: Ademir Francisco Doni ' ^

0. Continentino de Araujo, possiede!

Claudio .Afif Domingos, -J®®® luiaoalhaes, Miguel Junqueira Pereira, Octavio

Renato Campos Martins Filho.

REVISTA DE SEf"ROS^,,^3

- Fenaseg. _ nn CGNVENIO DE PUBLICAQAO INTEGRANTE DO c p IMPRENSA DO MERCOSUL-cO conjunto com SIDEMA (B®'7'C Arqentina), EL Mercado Segurador da ' Associaqao de PRODUCTOR (P®''"®®';^geauro da Repiiblica Agentes e Produtores de 9 seguros Oriental do Uruguai) e _ ...gg de Seguros (Publicaqao do Sindicato dosC paulo).

e de Capitalizagao do Estado de Sao Supervlsao: Ronaldo Youie

Edigao: Vania Absalao (f^b. - Tels. Coordena9ao Editorial. 240 2016 (021) 262.5215/240.0556 e PaMOaU 240

Jornallsta Resp: Vania Mezzon ( Programagao CeciliaBarroso, Colaboradores: Bebel p^, |stanzlone, Cecilia Guedes. ^XtiskausKas Equipe Simone Goldberg ® . g Adriana Beltrao

ASCOM: Angela ^unna ^ (secretaria). Equipe '^/"ggg/Brasflia - SCN/Ouadra Machado., Escritorio Center - saia 1607

1/Bloco C - Ed. Brasilia ^,puivo Fenaseg e Fotografia: Fatima Batista, Arq Agencia O Globo

SS..'.. s.— Comunicaqao Socia Janeiro (RJ) " l/bp74/13= andar, Centio - B O ^p^ES ^ itro - Mio p^gc 2a031-201 - Telex_ (02^)3^ ^lO.IZOA - Ramais Fax:(021)220.0046 -Tel..(0

140/156 X'.xa-tral

Perlodlcldade: Tnmejral

Tiragem: 5 mil ®x®^P'";®s assinados sao de As matdrlas e ® g Asmateriaspubicadas responsabiiidade dos aut g3 gg identificada nestaediqaopodem ser epro^ a fonte. Distribuiqao G

Luiz Felipe D. Martins acredita que o setor vai rcsponder por 1,2% do PIB em cuito prazo

8 CAPA

Governo acaba com a corregao monetaria para os contratos de seguro 16

Banco Safra

Tradicao Secular de Segurand^

Terceira edi^ao do simposio consolida parceria entre seguro e informatica

MARKETING

IV Concurso premia os melliores do marketing do mercado de seguros

18

MERCOSEGUROS

Os quauo paises pregam a uniao para solucionar impasses que ainda persistem

24 FUNENSEG Programa dnaiiga a imagem institucional do segtu-o nas escolas de 1*^ grau editorial 4

28

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ENTREVISTA
MULTIRISCO
SALVADOS
OPINIAO
SAUDE
PREVIDENCIA
CGNVENIO
ESPECIAL
GARANTIA
EMPRESAS
LIVROS
COMPORTAMENTO
SINDICATOS
CARTAS
NOVOS
RAPIDAS
REVISTA DE SEGUROS FIUADAAABERJE
20 GER. DE RISCOS 22
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PRODUTOS^y44
46 NOMES E NOTAS 50

LUIZ FELIPE DENUCCI MARTINS

Um novo cenario em 95

historia brasileira vai reservar ao ano de 94 um iugar de destaque. Depois de tantas tentativas

frustradas, o Govemo e a sociedade encontraram no Piano Real a forma mais consistente de combater a inflagao e estabilizar a economia. E um dos problemas que afetavam todas as atividades e, particularmente os negdcios de seguro — a falta de uma moeda forte-— esta solucionado.

Diante desse cenario animador, que nos aponta para uma nova ordem polftica, social e economica, o mercado segurador se antecipou ^s reformas e abragou dois grandes projetos, que estao intimamente ligados ao seu crescimento: o Piano Setorial da industria do Seguro e a criagao do grupo de Mercoseguros, com vistas ao Mercosul.

0 Mercoseguros 6 a forma de integrar-nos aos esforgos de nossos pafses na construgao de um mercado comum em nosso continente. Lima decisao polftica importante do ponfo de vista economico, que atinge um estagio decisive dentro de alguns dias, quando comegam a vigorar as tarifas comuns. 0 Mercosul tem o grande merito de revelar que a nossa forga esta na uniao regional de nossas potencialidades. Sera muito diffcil o sucesso isolado de qualquer de nossos pafses. Ou alcangamos em bloco um estagio mais elevado de desenvolvimenfo ou continuaremos como nagoes perifdricas na busca

da prosperidade e bem estar.

0 Mercosul se consolida em um memento muito propfcio para os nossos objetivos. Os interesses economicos encontram os nossos pafses politicamente identificados e ideologicamente voltados para os novos conceitos de relacionamento entre as nagoes. A tendencia de formagao de blocos e irreversfvel e, nesse contexto, a aproximagao entre OS nossos povos se transforma no mais poderoso aliado.

Falta-nos, ainda, no que se refere ao Brasil, medidas institucionais que deem ao mercado segurador condigoes de operar de acordo com os princfpios de liberdade de empreender. Temos conseguido progresses significativos nos ultimos anos e a expectativa e de que conseguiremos acelerar esse ritmo com o novo Governo e a reforma constitucional a ser promovida pelo Congresso brasileiro em 95. 0 presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso, ja reiterou sua decisao de atacar firmemente questoes como a privatizagao, monopolios publicos e previdencia social, entre outros. 0 mercado segurador esta confiante no future e atento aos novos tempos, que serao marcados pelo crescimento das atividades produfivas e, consequentemente, per grandes transformagoes em toda a sociedade. E e isso que nao so os seguradores, mas todos os cidadaos desejam para o nosso Pats.

uma expansao de 15% de seus negdcios, o mercado de seguros, Previdencia e capitalizagao, que Pfovimenta fioje cerca de LIS$ 7 'rilhoes per ano, deve crescer, Pelo menos 20% em 1995. A Previsao ofimista e do Pcperintendente da Sfjperintendencia de Seguros '^rivados (Susep), Luiz Felipe '^enucci Martins, que aponta a ®stabilizagao como o principal 'ptor determinante do Prescimento da atividade, que ^em sofrendo uma profunda Iransformagao, desde a 'Piplantagao do real, em julho Pitimo.

'^e acordo com Denucci, esta ®rti curso uma completa renovagao de mentalidade de Jrabalho em torno do produto "seguro". "Em Iugar de se Ppoiarem no fictfcio ganho ''nanceiro resultante da infagao Plevada, as empresas Prtipenham-se agora em^ 'ncrementar sua produgao, co 'lase na redugao de seus Pustos, que se reflete em tan dials acessfveis aos

Formado em Ciencias Economicas pela Faculdade de Economia e Administragao da Universidade do Rio de Janeiro (Fea/UFRJ) em 1965,_e doutor em Ciencias de Gestao, pela Universidade de Pans (197-), Luiz Felipe Denucci Martins, no comando da Susep desde o dia 31 de rnaio dltimo.^apressa 0 ritmo para que o drgao,^ agora informatizado, seja agil para atender o mercado. Favoravel a tiexibilizagao do monopblio do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), Denucci Martins entende qua a questao nao emperra a entrada do Pais no Mercosul, mas se insere no processo brasileiro de abertura e desregulamentagao economicas, como ocorreu na Argentina, e, mais

recentemente, no Uruguai.

□ Qual e a sua expectativa a respeito do crescimento do mercado de seguros, com a consolidagao da estabilizagao economica?

o superintendente da Susep (Superintendencia de Seguros Privados), Luiz Felipe Denucci Martins, ha apenas seis meses a frente do orgao, acha que o momento economico e propfcio a profissionaliza^ao do mercado de seguros, que deve ter um crescimento acelerado nos proximos anos, dgindo uma fiscaliza^ao atenta. Sua expectativa e de que. exi no curto prazo, o setor responda por 1,2% do PIB. segurados", explica o superintendente. Os seguros de longo prazo, segundo ele, sao hoje a maior atragao desse mercado, e servirao como instrumento para o financiamento do ^ desenvolvimenfo economico brasileiro.

Os dados mais recentes demonstram que houve um aumento consideravel da produgSo, a uma media mensal de 28%. Com base nesse numero, e possfvel prever um aumento de 15% da produgao este ano, em comparagao com 1993. E precise frisar que esse crescimento se acentuou apos a implantagao do Piano Real, sobretudo a partir do mes de agosto, quando deixaram de existir problemas decorrentes da elevada inflagao, que represou a demanda, que agora esta sendo atendida.

□ Como precisara se comportar o mercado de seguros, nos proximos meses, para que ta! crescimento se sustente?

0 crescimento do mercado de seguros ocorrera por um processo normal de aplicagao de inveslimentos. Antes, com

uma economia indexada e altamente inflacionaria, nao tiavia como fazer uma previsao dos resultados das apiicagoes. Com uma economia estavel, sentimos que o investidor estd mudando sua visao em relagao ao mercado de seguros, de previdencia e de capitalizagao. 0 investidor comega a poder se planejar financeiramente, para seus recursos no curto e no longo prazos. 0 crescimento verificado no setor, desde agosto ultimo, nao e uma boltia. No meu entender, os tres ultimos meses computados pela Susep indicam que fia uma constancia nesse processo. □ Como tera de se comportar a inflagao, no infcio de 1995^ para que o mercado de seguro continue se expandindo?

Ela tem que ser a menor possfvel, quanto menor for, mais crescera o mercado. A inflagao baixa e, certamente, uma pre-condigao para fortalecimento do setor, alem de uma economia estavel e sem indexagao. 0 maior incremento vira dos seguros

'''.Ji". ii " v\ i ^ SEGUROS EDITORIAL
Joao Elisio Eeiraz de Campos
* ' \ ( REVISTA DE SEGUROS ad iii
Bom a perspectiva de
REVISTA DE SEGUROS

de longo prazo, do tipo individual, de previdencia ou capitaiizagao. Sao tipos de seguro que constam de proposta encaminhada peia Susep ao ministro da Fazenda, Giro Gomes.

□ A Susep esta estruturada para atender a expansao do setor de seguros?

A Susep fez uma autocntica de sua performance, a partir de seu pessoai, com a superagao dos problemas institucionais atraves do programa de qualidade e produtividade do drgao. Depois de 20 anos, foram empossados, em novembro, 100 novos funcionarios.

UPor que esse reforgo demorou tanto tempo?

Porque nesse perfodo nao foi feito concurso. A Susep, que em 1988 tinfia cerca de 400 funcionarios, hoje nao conta com mais de 200, para afuar num mercado muito maior. Estamos tambem nos informatizando, para fer custos decrescentes.-e ferceirizando uma serie de servigos, para que fenhamos uma maquina agil, compefenfe e que atue, prioritariamenfe, nas afividades de regulagao e fiscalizagao.

□ Ha urn longo caminho a ser trilhado pelas empresas, para que estas se modernizem e sejam mais competitivas?

Eu acredito que estamos entrando, de fato, numa economia de mercado. Os uifimos seis meses de 1994 podem ser considerados atfpicos, de adapfagao S uma nova sisfemafica de adminisfragao e de produgao. As empresas vao procurar

oferecer ao mercado produtos mais compefitivos, diminuindo seus cusfos, e fransferindo essa diferenga para o segurado, o que proporcionara a absorgao de uma parceia maior do mercado.

□ Qua! e o volume de recursos que o setor de seguros no Brasit movimenta anualmente? Alguma previsao para o ano que vem?

Um volume que varia entre US$ 6,5 bilboes e US$ 7 bilhoes/ano. Acredito que o incremento em 1995 devera

decrefar a liquidagao das empresas, mas torna-las saudaveis, para nao fraudar a expectativa do segurado.

□ 0 Sr. acredita que a questao da quebra do monopollo seja resolvlda ainda no governo Itamar Franco?

Nao fenho nenhuma informagao a esfe respeito. Eu acredito que esta suposigao seja baseada nos cenarios que estao sendo deiineados sobre o fufuro legal do mercado segurador, nao so com relagao ao resseguro, mas ao setor como um todo, que

concorrencia nesse setor?

Em primeiro lugar, eu considero que 0IRB e uma instituigao fundamental para o mercado de seguros. Com a economia intlacionaria dos ultimos 30 anos, certamente o numero de quebras e solvencias teria sido muito maior, se nao tivessemos uma instituigao com a competencia tecnica e solidez do IRB. A discussao da quebra do monopollo decorre da nova etapa da economia, de um novo cicio economico que o mundo esta vivendo. Dai a necessidade de tiexibilizagao deste monopblio, que podera ocorrer a medida em que houver maior competitividade das taritas e, consequentemente, uma redugao.

levou a desequiltbrios e a eecessidade de se tazer liqiiidagoes, como as duas que llz, ja como superintendente da Susep. Nesse caso especftico, a i^oncorrencia predatoria nao flecorreu da flesregulamentagao, Pi'opriamente, mas do tato de estarmos em um ambiente de 3ltas taxas intlacionarias. I^elizmente, acredito que essa ®lapa ja tenha sido ultrapassada.

Os problemas que ^ificuitam a conciusao do Acordo do Mercosui, ^3 versao seguro, se ^^stringem a questoes u'e iegislagao, ou ha Sutras barreiras?

'^cho que a questao do Pionopblio do IRB e 'Piportante, mas nao "bpede que se avance Pas negociagoes.

gradual, como propoe o Piano Setorlal, ou nao?

Eu nao entraria na discussao do Piano Setorlal. Eu acho que a tiexibilizagao, no meu entendimento, pode admitir uma lei complementar ou outro tipo de Iegislagao que tente detinir o que e um brgao oticial ressegurador, e se assim tor, devera ser de todo o mercado. Ou especiticamente OS resseguros ligados a area governamental, que impliquern riscos poltticos. A tiexibilizagao podera levar a uma reserve de

'Ad

ser, no mfnimo, 20% superior ao apresenfado esfe ano. Imagine que, se conseguirmos manfer essa taxa de crescimenfo por cinco anos, dobraremos a produgao.

□ Com a establlldade economia, o que muda na atuagao da Susep?

Ele se baseia em tres afividades fundamentals: fiscalizagao, a metodologia de solvencia, que estara pronto no dia 2 de Janeiro proximo, e a intensa parficipagao em seminaries nacionais sobre o mercado brasileiro. A fiscalizagao hoje e mais intensa, levanfamos os problemas das empresas e idenfificamos as dificuldades — inclusive as normas que nao estao de acordo com os procedimentos fixados pela Susep. 0 que importa nao e

envolve uma serie de quesfoes. isto depende de uma reforma consfifucional, que altere o texto do artigo 192 da Constituigao. Outra proposta seria alterar esta sifuagao por leis complemenfares, que regulamenfem o artigo 192, para especiticar como tuncionara o drgao regulador e fiscalizador do mercado de seguros, que e o drgao oticial ressegurador. E ha um terceiro cenario: a de continuar como estamos. iVIas a edigao de uma Medida Provisdria que trate desta questao, agora, nao passa de um exercicio academico. Porque ela so sera adotada se tiver amparo legal e embasamento jurtdico.

□ 0 Sr. e favoravel que se restrlnjam os produtos e tarllas de resseguro, o que retira, em grande parte, a criatividade e a

□ Na sua avallagao, ha concorrencia predatoria no setor, em razao da desreguiamentagao de taritas, que 0 Sr. considera indevida?

Na realidade, a desreguiamentagao 6 necessdriaE preciso apenas avaliar o momenta em que isso deve set feito. Temos como exempio mais patente a questao dos automdveis, em que a desreguiamentagao teita levou a uma concorrencia predatoria, oo seja, com o objetivo de captat recursos para aplicar no mercado tinanceiro. Estas empresas nao estavam operando como companhias de seguro, mas como captadoras de recursos para aplicar no mercado tinanceiro. Isto fez com que estas empresas operassem a qualquer prego, pagando qualquer corretagem, o que

^ A demora do Brasil, em ^^mar uma posigao em relagao ^0 monopollo, nao traz '^onsequencias serlas para o '^sis no IWIercosul?

^arece que a Argentina se Pianitestou sobre isso. Sei que o '-Ituguai saiu de um monopblio Piuito maior do que o nosso. ^ortanto, deve haver um Ptocesso de autocrttica. Nbs

^amos que examiner nossa Realidade. 0 Brasil representa aerca de 70% do PIB que aircula no ambito do Mercosui, a nao podemos tomar qualquer atitude arriscada neste aspecto. ^ discussao do monopblio e jalevante, mas nao e 'hipeditiva.

1^ Quanto tempo sera tecessario para que a guebra do monopollo se concretize.

Isto deve ocorrer de torma

existencia de varies brgaos reguladores e tiscalizadores. 0

IRB e um brgao regulador, o Conselho Nacional de Seguros Privados idem. No setor bancbrio, por exempio, isto nao ocorre, sb existe o Banco Central A multiplicidade de comando taz com que nbs nao tenhamos poltticas de longo prazo, taz com que tenhamos um brgao institucionalmente entraquecido o que representa um mercado traco. Detendo a existencia de apenas um brgao regulador e tiscalizador para

parceia do mercado como clientela cativa, teriamos 70% do mercado, cuja concorrencia 0 IRB tambem participaria. Por isso, e necessario uma regra que permita a concorrencia para que grupos nao venham repetir o que hoje e considerado economicamente superado.

□ Ha entraves tecnicos a livre participagao brasileira no Mercoseguros? Como ticam questoes como harmonizagao do regime de prescrigao, para OS casos de responsabilidade contratual e extracontratual?

mercado, na medida em que nao haja mudangas na Constituigao e que a lei complementar detina o espago de agao do brgao ressegurador no Brasil.

□ 0 Piano Setorlal propoe que a Suseppasse a ter mais independencla, a partir de uma gestao profissional, com termo tixopara o superintendente e a diretorla. 0 superintendente teria de seraprovadopelo Senado Federal. Tais mudangas tortalecem a Instituigao, ou nao? Qual e a sua opiniao a respeito?

0 Piano setorlal e uma contribuigao importante para avaliar a problematica do mercado e o desenvolvimento de uma polttica no setor. Quanto & questao do tuturo da Susep, consideramos que um dos problemas graves e a

representar um mercado forte. Isso implica que a Susep tivesse seus dirigentes com mandatos, sendo sabatinados no Senado Federal, antes de tomarem posse em seus cargos, o que da maior transparencia, dentro de um Estado democrbtico.

□ Com a abertura do resseguro ao mercado, existe o risco de o resseguro ticar concentrado nas maos de grandes empresas nacionais de seguro, como Bradesco, Sul America, Itau e Bamerlndus, por exempio?

Na realidade. eu nao tenho condigoes de tazer um comentario protundo na materia porque nbs nao temos ainda a forma jurtdica que vai ser adotada. Admitindo que a tiexibilizagao mantenha uma

Estamos tratando a questao do Mercosui a partir de quatro pontos. A questao das dificuldades jurtdicas para a tormagao das empresas, sociedades anonimas ou mutualistas, como existe na Argentina; a atuagao do capital estrangeiro no Pats; a solvencia, por meio do tundo de garantia do capital sobre o patrimonio, e a modernizagao do meicado de seguros e da Susep.

Q Como se posicicnara a Susep no Mercoseguros?

Priorizamos os temas mencionados, e criamos grupos de trabalho ja pretixando o que seria discutido na ultima reuniao, e com prazo muito claro para termino dessa discussao. Levamos em conta, nao so as reunioes do Mercosui, mas tambbmi a experiencia intemacional e, particularmente, a da Comunidade Economica Europbia (GEE).

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REVISTA DE SEGUROS REViSTA DE SEGUROS

Governo acaba com a corre^ao monetaria para OS contratos de seguros

pesar de ainda haver divergencies na equipe economica do governo sobre a conveniencia de se estabelecer a desindexagao total da economia, ate o fim de janeiro, o ministro da Fazenda, Giro Gomes, deu mais um passo para acabar com a atualizagao monetaria no pats. No die 23. de novembro, Giro Gomes assinou a resolugao n® 11 ad referendum do Gonselho Nacional de Seguros Privados (GNSP), que protbe a corregao monetaria do valor segurado, do premio e dos demais valores relatlvos ^s operagoes dos ramos elementares, que excluem os seguros de vida.

Apenas em real — A nova regra entrou em vigor em 1" de dezembro e veta qualquer clausula de indexagao nos contratos de seguros, assinados a partir dessa data, que passam a set obrlgatoriamente expresses apenas em real. 0 flm da

indexagao no setor nao exclui, no entanto, a cobranga de juros no pagamento de premlos em prestagoes.

A Superlntendencia de Seguros Privados (Susep)

divulgou a Gircular n- 25, que regulamenta a decisao

de Giro Gomes, no dia 24 de novembro. Atraves desse documento, a cobranga de juros preflxados no parcelamento dos premios passa a ser uma pratica totalmente autorlzada pela Susep. Isto signiflca que os seguros pagos a prazo terao

decisao do Governo e •eonsequencia do sucesso do piano economlco. "0 exito do Real, como moeda forte 0 estavel, convenceu o Governo de que e agora o Piomento para dar-se mais dni passo decislvo no dombate h inflagao: a desindexagao da economia", dvalia.

0 presldente do Sindlcato das Seguradoras do Rio de daneiro, Renato Gampos, e Pdepto da mesma tese. Para die, a desindexagao no setor de seguros e uma donseqiiencla natural do f^lano Real. "Quando o Poverno instltulu o novo Piano economlco sabia que dials cedo ou mais tarde a 'ddexagao e qualquer outro Pistema de corregao dionetaria serlam extintos. E dnia consequencia natural do que se pretende atraves do Piano Real. E, e claro, Poe 0 setor de seguros deria atlngido tambem", dfirma Gampos.

Renato Campos

de valor fixo a ser pago em caso de sinistro.

Instrumento politico Afif, no entanto, acredita que a medida e um instrumento de uso politico. Segundo o presidents do Sindicato das Seguradoras de Sao Paulo, ha alguem no governo que apostou numa redugao dos pregos a partir da desindexagao, mas essa suposigao nao corresponde d realldade do mercado.

0 mesmo tratamento de um financiamento normal, que esta sujelto Ss taxas de juros do mercado flnanceiro.

Conseqiiencia natural

A nottcia nao provocou multo alvorogo no mercado. Para o presldente da Fenaseg, Joao Elisio Ferraz de Gampos, a

¥0 presldente do SIndicato das Seguradoras de Sao ^aulo e dlretorPoperintendente da Indiana, Glaudio Afif Domingos, Poncorda que o sucesso do '^lano Real depende do flm da Indexagao, mas acha Pstranho que a medida ^enha atlngido so o mercado Pegurador num primeiro diomento. "0 governo tern Pue criar coragem e acabar oom a Indexagao. Porem, dao da para ellmlnar a Indexagao com juros de 4,5% ao mes. Outro ponto Pue me intriga e a Pntecipagao da medida no niercado segurador. Se a

equipe economica planeja extinguir a TR e a Ufir em janeiro, por que as regras no mercado segurador foram alteradas em dezembro?, questiona. Na avaliag_ao de Joao Elisio, a decisao do governo se justifica, pois o Governo deve ter entendido que dos indexadores

"Se a govemo quer extingiiir a TR e a Ufii cm janeiro, por que as regras para seguros foram alteradas em dezembro?"

existentes, o do contrato de seguros d o que causa menos impacto no processo inflacionario. "Essa atualizagao, daqui para a frente, nao serd mais automatics. Isso obriga o proprio consumidor de seguro a checar suas apdiices, pericdicamente, revendo os valores", acrescentou

Ad referendum ~ Para o secretario-aOjunto de Polttica Economica do IVIInisterio da Fazenda, Jose Gechim, a resolugao ad referendum deve acarretar uma redugao no valor dos premios, Segundo o secretario, isso sera posstvel porque as seguradoras tambdm contarao com um benettcio

"0 fim dos mecanismos de corregao no mercado segurador nao vai afetar os pregos, que continuarao os mesmos. Alguem no governo alega que as seguradoras embutiam no prego instrumentos de corregao e acha que a medida servlu para reduzir OS valores cobradas pelas empresas de seguro. Mas esse pensamento esta errado. Gom o nova regra, o benettcio do segurado diminui e o consumidor vai pagar juros de mercado quando optar pelo pagamento do premio a prazo. 0 governo gerou uma falsa expectativa no consumidor, que vai contlnuar pagando a mesma importSncia por um beneftcio menor", avalia Afif.

Influencia — 0 racioctnio do diretorsuperlntendente da Indiana e Idgico no que diz respeito ao consumidor. Um bom exemplo para entender como a nova regra vai influenciar o bolso do consumidor e o seguro de automdveis. Se o dono de um automovel que vale hoje

■■7 V - - DESINDEXAQAO
REVISTA DE SEGUROS ^rnrriii
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"Quando o govemo criou o novo piano economico sabia que, mais cedo ou mais tarde, a indexagao seria exlmta"
REVISTA DE SEGUROS

R$ 10 mil fizer um seguro dentro das novas regras, ele pode sair perdendo. Dels meses depois, imaginemos que o valor desse carro no mercado atinja R$ 11.500. No caso de sinlstro. a seguradora vai pagar uma quantia correspondente ao valor do bem quando o seguro foi felto, ou seja, R$ 10 mil. E 0 consumldor vai ter que amargar um prejuizo de R$ 1.500.

Contrato — Assim, toda vez que a indenizapao for insuficiente para que o consumidor consiga repor o bem perdido, sera precise fazer um adendo no contrato, aumentando seu valor. Apesar do mercado ja adotar esse procedimento, uma vez que as apdiices em vigor antes do dia 1- de dezembro eram corrigidas pela TR, e a valorizagao dos carros superava a variagao desse indexador, o problema sera agravado. Sem qualquer correfgao, a elevagao do valor segurado devera ser feita com mals freqiiencla.

Adaptagao — Depois que 0 ministro Giro Gomes assinou a Resolugao n' 11 do CNSP, todo 0 mercado segurador nacional nao quer nem pensar no fracasso do piano. "As seguradoras do mercado paullsta vao procurar se adaptar da melhor forma d nova realidade, mas, se o piano nao funcionar, o maior prejudlcado sera o consumldor", sentencia Afif.

0 presidente do Sindlcato das Seguradoras de Mlnas

Gerais, Alberto Oswaldo Contlnentino de Araujo, tambem esta torcendo para a inflagao balxar. "Enquanto houver indexadores, a ' mentalidade Inflaclonarla tambem vai existir. Se nds acreditamos no piano, temos que apoiar a desindexagao. Nao acredltb que as taxas atuais de Inflagao permanegam na casas dos 2,5% a 3% por mulfo mals tempo. A tendencia e de estabillzagao", diz Contlnentino.

Fundamental — 0 presidente do Sindicato de Minas acha fundamental que 0 setor aposte tudo na redugao da inflagao. Mesmo

sobrevlver e se acostumar aos tempos de inflagao alta, sera fad tambem se adequar ao novo cenario. No seguro de automoveis, por exempio, com nfveis baixos de inflagao, as prestagoes serao fixas, o que e otimo", dIz Campos.

I0 presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio acredita que o perfodo de adaptagao sera curto e indolor.

otimista, Continentino nao descarta uma desastrosa volta do implacavel dragao da inflagao. "Se voltarmos a operar com uma inflagao mensal de dols dfgltos, havera prejufzos e sera precise pensar em dispositivos para corrigir os pregos, mas as perdas serao certas. De qualquer forma, ja vimos esse fllme antes, o que importa agora e o sucesso do Piano Real", afirma.

A desindexagao nao surpreendeu o mercado segurador e, de acordo com Renato Campos, as empresas vao se adaptar bem bs novas regras. "Se o mercado conseguiu

Conserto — Na opiniao de Oswaldo Mario de Azevedo, vice-presidente da Sul America e da Fenaseg, a declsao do ministro da Fazenda acabou reparando o que nao deveria ter acontecido. "0 governo, ao Introduzir corretamente a FAJ nos seguros de vida, tornando-os competitlvos com a poupanga, por simpliflcagao, estendeu o criterlo para os demals ramos, no meu entender indevidamente", esclareceu.

0 fato e que eventuais alteragoes nos custos dos bens, com a Implantagao do Piano Real, sao decorrentes baslcamente da lei da oferta e da procura, como e o caso de automoveis e como acontece em outros pafses com Inflagao balxa.

A unlca duvlda do vlcepresidente da Fenaseg esta relacionada & extingao da TR, que hoje e voltada para produtos vida. Segundo Oswaldo Mario, a safda, no caso, seria a utilizagao de um novo fndice do BNDES, que seria utilizado para corrigir poupangas de longo prazo.

Por Suzana LiskauskaS

Mercado vai encaminhar ao novo governo as metas prioritarias do setor

tomercado segurador tera em maos, para apresentar ao novo Governo que toma '^osse em margo, o ^^talhamento dos programas ^sfinidos como prioritarios no ^'ano Setorial da Industria do SQuro. As forgas-tarefa ^''niadas para esse trabalho ®sfao se empenhando para ''be a equipe do presidente

^'aito Fernando Flenrique Cardoso saiba quais sao os '^amintios para que o setor '^bssa, enfim, usar todo seu ''bfencial, aumentar sua '^Si'ticipagao no PIB e ''dntribuir para a retomada do ''^escimento economico do '^afs, com 0 incremento dos 'bndos de longo prazo que a ^'ividade proporclona.

Consulta as liderangas

^"0 importante e que, no l^rincfplo do proximo governo, mercado tenha concordado

^obre OS principals tdplcos

''be interessam ao seu "esenvolvimento", dlz o

'Professor Antonio DIas Leite, Ibe coordenou os trabaltios "e elaboragao do Piano

Setorial e permanece a frente desta fase de detaltiamento dos programas. Ele esteve viajando por todo o pafs, no ultimo perfodo, numa extensa consulta as liderangas do mercado. "Nosso objetivo era saber o que essas liderangas esperam da Fenaseg", diz o professor. Nessas viagens, ele se fez acompanhar por consultores da McKinsey, recontratada apos ter prestado servigos junto com a Delphos na elaboragao do Piano Setorial, para auxiiiar no detaltiamento do programa da forga-tarefa FenasegOrganlzagao e Sistemas de Informagao.

Com 0 andamento dos trabalhos, duas modificagoes aconteceram. A forga-tarefa

Vida Previdencia e Acidente do Trabalho desmembrou-se, ficando a Previdencia com um grupo e os outros dois toplcos agrupados. A forgatarefa Promogao e Imagem do Setor teve troca de comando. Henrique Saraiva, presidente da Divisao de Seguros do Grupo Arbl,

cedeu lugar a Jose Rudge, presidente da Nacional Seguros. Saraiva permanece como coordenador-geral das forgas-tarefa.

Complexidade

Segundo o professor Dias Leite, a velocidade de trabalho nos grupos e diferenciada, de acordo com a complexidade do tema e seu envolvimento com outras areas, nao integrantes do mercado. A forga-tarefa Funenseg, por exempio, ja esta em fase de analise dos pianos de treinamento e de alternatlvas para um novo piano. "0 debate, agora, concentra-se em questoes como terceirlzar ou nao tarefas, grau ae centralizagao das atividades na propria

Fundagao etc.", explica Dias

Leite. Para esse grupo, foi contratado um consultor especlalizado em

Treinamento, Pedro Buarque

Franco Neto.

Uma das consequencias das discussoes detonadas a partir do Piano Setorial e o

consenso a que o mercado chegou quanto a uma das questoes mals impprtantes para seu desenvolvimento: o monopdiio do resseguro. "Ha pouco mais de um ano as divergencias, nesse ponto, eram muito grandes", recorda o professor. Perfodo de transigSo Henrique Saraiva afirma que, cada vez mais, vem sentindo, por parte das seguradoras e corretores, unanimidade de que a proposta mais Idgica para essa questao d um perfodo de transigao no qual 0 IRB seja saneado - alguns riscos de credito b exportagao, colocados por decisao polftica, algo em torno de US$ 600 milhoes -, tenha suas despesas administrativas reduzldas e entao, mals competitivo. possa enfrentar a concorrencia Internacional. "Nao podemos desprezar o patrimdnlo que ele •representa do ponto de vista t6cnlco, administratlvo e atuarial", diz.

"As altera^oes nos custos dos bens sac decorrentes da lei da oferta e da procura, como e o caso de automoveis"
Oswaldo Mario de Azevedo
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PLANO SETORIAL
REVISTA DE SEGUROS 10 REVISTA DE SEGUROS

Palestra de Jean Paul Jacob

Um arsenal de ofertas

Mais de 1,3 mil pessoas visitaram os 49 estandes espalhados pelo Gentro de Convengoes do Hotel Intercontinental, no Rio de Janeiro, nos tres dias de reaiizagao do evento (30/11 2/12), disputados pelos fornecedores de produtos e

servigos, que travaram uma competigao silenciosa peia atengao do pubiico. A seguir, a Revista de Seguros da uma pequena mostra do arsenal de ofertas de produtos e servigos apresentados na terceira edigao do SIAS; e resume as palestras

apresentadas pelo pesquisador da IBM, Jean Paul Jacob: pelo presidente da Geneico Corporation, David Johnson; e pelo presidente da Comissao Permanente de Informatica da Fides, Jose Rodolfo Gongalves Leite.

Terceira edi^ao do simposio consolida parceria entre seguro e informatica

apresentagao de sofisticados produtos desenvolvidos especificamente para o setor de seguros e o numero de pessoas que prestigiaram as palestras e a feira de exposigao garantiram nao so o sucesso da terceira edigao do SIAS, como demonstraram que a parceria com a informatica e fundamental para que as empresas reduzam custos, aumentem receitas e se tornem mais competitivas.

Os temas debatidos durante o 3SIAS — globalizagao,

competitividade, especiaiizagao etc, — enfatizaram para os visitantes a necessidade de um 'casamento' sdlido entre o seguro e a informatica. "integrar esses dois segmentos e encontrar soiugoes que agiiizem os processos, garantam a criagao de novos produtos e a prestagao de servigos cada vez mais sintonizados com as necessidades dos consumidores", discursou Gilza Gusman, presidente da Comissao Organizadora do 3° SIAS, na abertura do simposio.

Mercado atiaente — 0 presidente da Fenaseg, Joao Elisio Ferraz de Campos, destacou, em seu discurso, que a rapida evoiugao dos produtos de automagao faz com que as seguradoras se transformem num atraente mercado para a informatica. "0 setor de seguros, no Brasil, ingressou definitivamente no caminho da modernizagao. A evoiugao dos produtos colocados d disposigao do consumidor exige permanente atengao por parte das empresas", acrescentou.

Na avaiiagao de Joao Elisio, o mercado segurador esta cumprindo sua parte para alavancar o desenvolvimento da industria do seguro, mas os resultados dependem da conscientizagao do poder pubiico e da sociedade para a importancia do seguro como agente economico, que precisa de independencia para atuar.

"Quando isso ocorrer, o setor sera um efetivo instrumento de poupanga e fonte de desenvolvimento para o pais", previu.

Quern nao foi apresentado ao futuro no 2® SIAS teve a oportunidade de coniiece-lo na palestra mais esperada do 3® SIAS, a de Jean Paul Jacob, pesquisador da IBM. Realidade virtual combinada com uma capacidade de entretenimento de plateias digna de um showman fizeram da palestra um verdadeiro happening. Jacob deu continuidade aos temas abordados no 2® SIAS: massificagao com personalizagao — servigos digitals — casamentos felizes. "Isso porque o futuro nao mudou. Ele obedeceu a boa parte das minhas instrugoes e esses tres cenarios continuam validos", disse. Neste ano, a plateia pode se deliciar com a ultima palavra em tecnologia: a realidade virtual. Vozes e imagens tornam os sistemas cada vez mais amigdveis. Atende-se a uma massa de usuarios com servigos personaiizados, o que so a informatica permite.

No fim da palestra, "para coroar o bom relacionamento com o pubiico", Jacob apresentou 0 sexo virtual. "Afinal, e assim que acontece na vida", disse o pesquisador.

O COINSERV e a solu^ao COLD Oiimiit to Laser Disc) VcompuKr Output to Laser Disc) comercializado pela ^^r»/»rinmento 6 reel

comercializado peiaUnisys para amazenamentoerecupera^aode infonna^ocs em alta velocidade,

substantial da produtividade na rccupera,aoeusodasinformagoes.

A Funea.scg apresentou a "Biblioteca Eletronica", sistema de 'comunicacao \ia moden que 'interiiga a biblioteca da Funda^ao e da informa^oes gerais sobre os cursos, materiais didaticos, agenda, indices economicos, dicionario eletronico etc., e custa R$ 414,00. Outra novidade e um programa desenvolvido para elaborar provas via computador, aplicadas aos candidatos ao cargo de corretor de seguros.

msYs UNISYS UNISYS

megadata 0

A Megadata apresentou no SIAS o servi^o que lan^ou em setembro,e que ja tem grande aceita^ao no mercado: o Sistema National de 1; Veiculos Automotores(SNVA) um conjunto de bases de dados que disponibiliza para as seguradoras os dados do Renavam,Detrans e DPVAT. Dentrc os clientes que jd usam o SNVA estao a Sul America, a Cia. Paulista de Seguros, Minas Brasil, Concdrdia,Sun Alliance c Aurea.'

SIAS s
Na abertura do 3° SIAS,da esquerda para direita: Gilza Gasman (pres. Comissao Organizadora)^Dem6stl^^ de Pinho (pres. do IRB),Joao Plisio F. Campos (pres. da Fenaseg), Paulo Maun'cio C. Branco (Secret. Man. de Ciencia, Desenvolvimento e Tecnologia), Willian Fadul (pres. da Fides) e Jose Rodolfo G. Leite (pres. Comissao Informatica Fides)
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13 revista de seguros

Palestra de David Johnson

0 presidente da Geneico Corporation (parceira da Dexbrasi), David Johnson, apresentou urn painel sobre 0 sistema de saude norteamericano e os problemas que as seguradoras vem enfrentando com o crescente aumento nos Gustos dos servigos medicos. 0 executivo, com 30 anos de experiencia na area, abordou ainda a terceirizagao dos servigos administrativos de saude.

Os dados apresentados mostram a evoiugao dos custos nos EUA. Em 1950, OS gastos com saude representavam 4% jJo PIB dos EUA. Hoje, essa relagao e de 14,5% (cerca de US$ 884 bilhdes). "A informdtica e uma terramenta preciosa para o levantamento dos custos e outras informagoes, comparando-as estatisticamente e buscando uniformizar os procedimentos", destacou.

A maior parte do atendimento privatizado e oterecido pelas empresas, num sistema de beneficios que comegou na decada de 40 — 80% da populagao norte-americana estao cobertos por seguros de saude e 20% sao assistidos por programas do governo.

delphos ii

A Delphos apresentou o SYNCHRONICnY 2.0 — a primeira ferramenta descnvolvida para apHcagoes ciienteservidor a ligar modelos de objetos com banco de dados relacionais. Trabalha em conjunto com o ambiente de desenvolvlmento da Smalltalk Enfin.

Um dos produtos mais atrativos oferecidos pela Embratel foi o Datafax, um servi9o de transmissao de fax que alia baixo custo — a assinatura mensal basica custa US$ 28,00 — a rapidez e economia de equipamentos e mao-de-obra. O usuario pode ter ate 90 listas de distt-ibuigao, com ate 999 endereqos e, com um unico fax emitido para o sistema Embratel, atingira todos os destinatarios. E atravds desse sistema que a Fenaseg transmite releases para imprensa e faz convocagao para as reunioes das suas comissoes. Durante o 3° SIAS, a Embratel comercializou mais de dez assinaturas do sistema DataFax.

Palestra de Jose Rodolfo

Na palestra "A globalizagao do seguro na America Latina", Jose Rodolfo Gongalves Leite, rnembro da Comissao Permanente de Informatica e Produtividade da FIDES, destacou o crescimento da concorrencia, e a necessidade de as empresas se adequarem a esta realidade.

"Precisamos.nos preparar para a competitvidade que 0 mercado exige. E imperative que as empresas invistam na qualiticagao do seu pessoal", disse.

A IBM pretende lanqar, nos primeiros meses 1995,o Simon, um Assitente Pessoal Digital, que acumula, nuifl so aparelho, as fun^oes de telefoO^ celular, transmissao e recep^ao de fax, agenda eletronicSi calculadora, EMail e calendarioAcumula, tambeif' ftingoes de fuso horario.

Na sua avaliagao, esta necessidade se acentuou ainda mais depois da abertura de mercado que trouxe para a disputa concorrentes estrangeiros, velhos usuais da tecnologia de ponia, com qualidade. Jose Rodolfo, que tambem e diretor de Produtos e Tecnologia da Bamerindus Seguros. falou ainda sobre as barreiras culturais que podem atrapalhar a^ tentative de expansao das empresas brasileiras em outros mercados. A adaptagao e fundamental. Um marketing agressivo, por exempio, pode agradar aos argentinos.

Famcan

Ja esta ha um mes em operaqao o Rastreamento de Veiculos apresentado no 3" SIAS pela Pamcar\', e desenvolvido em parceria com a Autotrac Comercio e Telecomunicacoes S/A. Atraves do sistema, e possivel localizar qualquer veiculo que esteja a servigo de uma enipresa, seja em pen'metros urbanos,seja em estradas. Darcio Centoducato,engenheiro da Pamcar)', garante que o sistema vai atenuar o roubo de cargas e veiculos. Para utilizar o sistema, basta que o motorista acione um botao.

A Consist — Consultoria, Sistemas e Representagoes — apresentou o Sistema de Infornia^ao de Seguros (SIS),desenvolvido pela Software

AG.O sistema tern dois modulos para contratos,cosseguros, resscguros, prestagoes e controle de agentes

A Proccda Tecnologia e Informatica lanqou um servi^o eletromco de transmissoes de saiide desenvolvido em parceria com a Sul-America Saiide que visa a elimma^ao de manipula^ao de papeis entre OS prestadores de servigos e as empresas de assistencia medica. O servi^o, ainda em fase de testes, subsutui o processo manual por um eletromco,onde e realizada a autoriza^ao e a captura da conta medica. O custo do servi^o dependeri do volume das transa^oes realizadas.

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Integrado de Seguros , um software integrado que administra todos os processos das seguradoras. A empresa, com matriz na Argentina, ja instalou sens sistemas em oito seguradoras brasileiras. O SISE roda

em ambiente cliente/ servidor UNIX ou Windows-NT.

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A Sistran Consultoria k-uicouoSISE-Sistema
REVISTA DE SEGUROS 14 15 REVISTA DE SEGUROS

IV Concurso premia os melhores do marketing do mercado de seguros

mercado segurador ill reuniu-se no dia 23 111 de novembro, no

■■ Sheraton Rio Hotel, para aplaudir os vencedores da 4- edigao do premio "Os Melhores do Marketing de Seguros". A testa, organizada pela Comissao de Marketing da Fenaseg, foi um show a parte, Tres teloes de alta definigao exibiam imagens incessantemente, oTa compondo um unico painel, ora fracionando-se em tres diferentes imagens. Um espetacuio h altura da qualidade dos trabalhos apresentados.

Solenidade — A jornalista

Leilane Neubarth, da Rede

Globo de Televisao, conduziu a solenidade, como mestre de cerimonias. 0 vice-presidente de Marketing da Sul America

Seguros, Felice Maria Fogiietti — que tambem preside a Associagao Brasileira de Marketing e a Comissao de Marketing da Fenaseg afirmou que os cases apresentados mostravam

Jose Candido Sobrinho, presidente da Funenseg qiiando a campanha vencedora foi criada, recebe o trofeu de Joao Elisio F. Campos e Felice M. Fogiietti

"alguns exemplos importantes de empresas que fazem o mercado acontecer, numa serie infindavel de atos criativos destinados a gerar, conquistar e manter clientes".

Rumo a modernidade — 0 presidente da Fenaseg, Joao Elisio Ferraz de Campos, chamou a atengao dos presentes para o importante^ momenta que o pai's vive. "E um momenta muito rico, temos

um Brasil diferente, hoje. C mercado segurador deve ficar atento para acompanhar os grandes passos rumo d modernidade. Temos que depositar esperangas no futuro governo", atirmou.

C premio "Cs Melhores do Marketing de Seguros" de 94 mostrou a forga que o marketing como um todo — e nao apenas as campanhas de televisao — vem ganhando na

estrategia das seguradoras. No ano passado, foram 24 cases concorrendo. Neste ano, 40 cases foram inscritos e 27 selecionados pelo juri, formado por jornalistas e publicitarios.

C concurso premiou as categorias Novos Produtos, Comunicagao Interna e Comunicagao Externa, Promogoes Institucionais, Promogoes de Venda, Marketing Direto e Especial.

IVpr4mio OsMelhoresdoMarketingde Seguros",nanoite deentregados trofeus Osrep7esentantesdasempresasvencedorasclo p

OS PREMIADOS

Produto

Categoria

Empresa

BCN Seguradora

Generali

Prever

Bamerindus

Bandepe/lcatu

Coplaven

Itau Seguros

Sul America

Funenseg

SOS Residencia

Gen-Mar

Prever Promo

Seguro Franchising

Superpoupanga

Cozinhando Eiefante

Marketing incentive

Comunicagao interna

Vocagao da Mulher

Novos P. Pessoa Fislca

Novos P. Pessoa Fisica

Novos P. Pessoa Juridica

Novos P. Pessoa Juridica

Promogao de Vendas

Promogao Institucional

Promogao de Vendas

Comunicagao P. Intemo

Comunicagao P. Externo

* t M <tl ' t * t ' » A * • 1 , tT— I I. MARKETING
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REVISTA DE
SEGUROS
17 REVISTA DE SEGUROS

D'E EIVfPR[-Q A c icofuL

Autondade,prc»e„ra abcrtut.da VIII Rc„„ia„ d„Mcrcoaeguros,dacaquerda paraTdS^

Carlos Del^adilho (Paraguai), Sergio Messina(Argentina), Joao Elisio Ferraz de Campos (pres. Fcnaseg)

Luiz Felipe Martins (superintendente Susep), Willian Fadul(pres. Fides), Fnio FemandL Caro ^ (Uruguai) e Miguel Junqueira Pereira (Brasil)

Os quatro paises pregam uniao para solucionar impasses que persistem

pesar das diferengas ainda exisfentes entre OS distintos mercados de seguros dos pai'ses que integram o Mercosul terem levado os delegados do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai a adiarem para 1- de jultio de 1995 0 inicio das operagoes de seguros, a VIII Reunlao do Mercoseguros toi marcada por urn torn conciliador. As prinoipais autorldades presentes no evento destacaram a necessidade de os governos dos quatro paises deixarem de iado as divergenclas regionais e

buscarem, unidos, uma solugao para os impasses que ainda persistem.

Os representantes dos mercados de seguros dos dois paises de maior peso economico do Cone Sul — o presidents da Fenaseg, Joao Elisio Ferraz de Campos, e o superintendente de Seguros de La Nacion

Argentina, Alberto Fernandez ctiegaram a lembrar, em seus discursos, a luta travada por Simon Bolivar por uma America livre e unida. 0 setor de seguros e urn dos poucos que ainda tem arestas a serem

chegada a hora de comegar a mudar a historia"

"nossa forga esta na uniao regional de nossas potencialldades". E previu: "Ou alcangamos em bloco um estaglo mals elevado de desenvolvlmento ou contlnuaremos como nagoes perifericas na busca da prosperidade".

GiobalizagaG — 0 discurso do superintendente de Seguros de La Nacldn Argentina teve o mesmo tom."E chegada a hora de comegar a mudar a historia que, inexplicavelmente, nos manteve desunidos, e comegar a fazer com

aparadas, antes de comegar a operar no Mercado Comum do Cone Sul — o Mercosul, cujo inicio oficial esta previsto para 1- de Janeiro do proximo ano.

Harmonia — 0 ministro Beni Veras, da Secretaria de Planejamento, Orgamento e Coordenagao da Presidencia da Republica — que representou o presidents Itamar Franco no evento —,destacou o papel "altamente relevante" do setor de seguros nas eoonomias modernas e conclamou a todos OS especialistas envolvidos "a se desarmarem", procurando ver os

beneficios maiores advindos de uma solugao harmonica para as suas respectivas economias. "0 segmento de seguros privados deve se estruturar de forma rdplda dada a sua fungao estrategica no contexto das relagoes comerciais", ressaltou.

Destacando a histbria das relagoes entre os povos dos paises envolvidos no Mercosul que se caracterizou pelas rivalidades Insufladas por Interesses externos, Joao Elisio Ferraz de Campos disse que uro dos grandes meritos do Mercosul e o de revelar que a

que a integragao seja uma realidade. E precise que as fufuras geragoes nao sigam pensando em uma uniao latinoamericana como algo impossivel, sempre desejada e nunca alcangada", ressaltou, acrescentando que a globalizagao de economias e uma experiencia dificil e que, mais dificil ainda, e globalizar economias que estao ^ saindo de crises.'A unica saida e a tirme convicgao de levar ern frente a bandeira da integragao, pregou. Naavaliagaode Alberto Fernandez, OS principals entraves a Integragao dos mercados _ : seguradores para o Cone Sul sao 0 monopdiio do resseguro brasilelroe a reserve de mercado no Uruguai. Mas destacou qua a determlnagao dos quatro paises, principalmente do Brasil e Uruguai,em se adapter Ss regras do livre comercio podem superar estes obstaculos. Os representantes dos governos brasileiroeurugualogarantirami que seus respectivos paises estao trabalhando para agilizar o processo de integragao. A desmonopolizagao dosistemado Uruguai esta avangada e as

assimetrias serao resolvldas em tempo habll", prometeu Enio Fernandez, presidente do Comite uruguaio e primeiro sub-gerente geral do Banco de Seguros del Estado.

Livre oomercio — Jaa proposta do governo brasileiro e ajudar a promover o acesso imedlato ao livre comercio, segundo garantlu Luiz Felipe DenuccI fvlartins, superintendente da Susep, no encerramento do encontro. Para DenuccI, a nova realldade economica do Brasil, hoje, permlte planejamentos antes impraticavels. "Fla alguns meses, a situagao da econbmia brasileira era incompativel com OS propositos do mercado unlficado". Ele discorda, entretando, que a quebra do monopdiio do resseguro seja condigao basica para funcionamento do Mercoseguros. Na sua opinlao, o processo deve ser lento e gradual, para nao haver distorgoes "Varias empresas, principalmente braslleiras e argentinas, ja atuam em sociedade sem qualquer problema em tungao do monopdiio. Nao ha motivo para • tanta pressa", alegou.

Principals resultados da VIII Reuniao

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supereisionadas pelos pessoais) e

lei basica para os ooolralos permiPra que as

□ Carteira de seguf" (g respectiva carteira

Otimlsmo —Odelegado brasileiro, Joao Giiberto Possiede, esta otimista com relagao a perspectlva de solugao para as assimetrias ainda detectadas nas negoclagdes e ve 0 adiamento do inicio das operagoes do Mercoseguros como apenas um detalhe. "Nao ficaremos parados esperando esta data. As seguradoras ja estabeleceram convenios operacionais e vamos continuar trabalhando para que o intercamblo seja finalmente implementado", dIsse.

Mercosul e cumpra os requisitos estabelecidos pelas Autorldades de Gontrole da reterida cessionaria,

□ Seguros obrigatdrlos: As delegagoes abstem-se de sugerlr a adogao unitorme dos seguros obrigatdrios tendo em vista que o setor deve estimular a conscientlzagao da realizacao de seguros de modo optative. Seguros de cunho social competem ao Estado regulamentar e decidir sobre sua obrlgatorledade.

□ Capital: 0 capital minimo foi fixado em US$ 500 mil para instalagao de sucursais nos quatro paises-membros.

□ Riscos: Elaboragao de propostas de classiticagao de riscos por ramos, visando um documento unico, de consenso.

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"A data de 1° de julho e apenas um detalhe"
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Estatisticas geradas em banco de dados servirao para calculo das tarifas

concorrencia acirrada nas carteiras de multirisco e automdveis esta pressionando o mercado a mudar o sistema de caculo das tarifas. Na segunda quinzena de outubro, Camillo Marina, vice-presidente da Generali, propos d Fenaseg a reestruturagao dos processos para calcular as tarifas de multirisco.

A solugao apontada per Marina, que tambem e diretor da Fenaseg, e a formagao de um banco de dados que geraria estatisticas a partir da experiencia de cada companhia de seguros na area de multirisco. Atraves dessas estatisticas, segundo ele, sera possfvel compor taxas referencias para a area de multirisco, que cresce desde sua criagao, ha cinco anos, e hoje corresponde a 10% do faturamento total das empresas — cerca de US$ 500 mi lhoes.

Carteira de massa "Com a desregulamentagao,

as companhias ficaram livres para estabelecer as tarifas. Flouve, entao, uma competitividade geral, e a falta de uma polftica baseada em levantamentos estatisticos agravou esse quadro. Pensei

Vna carteira de multirisco porque e um setor em crescimento, que praticamente substituiu a carteira de incendio e se caracterizou como uma carteira de massa" revelou, acrescentando que

Generali, a formagao do banco de dados coordenado pela Fenaseg d necessaria porque nenhuma companhia oiantem carteiras suficientemente grandes para gerar estatisticas precisas.

Tarifa referenclal — 0 gerente de desenvolvimento da Fenaseg, Joel Gomes, apdia a iniciativa de Marina e avalia que a formagao de um banco de dados e imprescindivel para a composigao de uma tarifa referenclal. "0 mercado Precisa de elementos estatisticos que garantam a elaboragao adequada das taxas. As seguradoras que atuam ha menos tempo no niercado necessitam de um sistema como esse para direcionar sens calculos. 0 processo e adequado ainda para empresas mais antigas que nao tenham suas notas tecnicas aprovadas pela Susep", justifica Gomes.

ate agora, porem, as seguradoras nao organizaram estatisticas que pudessem direcionar a composigao dos pregos estipulados para essa carteira.

Para o vice-presidente da

planejamento estrategico de empresas que operam com risco —, reestruturou a composigao das taxas da carteira de automdvel da Porto Seguro com a criagao de um sistema que levava em, conta analises de cada risco, situagao interna da seguradora e dados de mercado. De acordo com Jayme Garfinkel, vicepresidente executive da Porto Seguro, o projeto surgiu com a necessidade de se estabelecer pregos mais justos num mercado competitivo.

0 piano tragado se divide, segundo Westenberger, em duas fases. "A etapa inicial esta relacionada ao lado interne da seguradora e a seguinte. ao mercado. Segundo ele, primeiro sao detectados os tatores que atenuam ou agravam os riscos, depois avalia-se que elementos de risco explicarn uma determinada situagao. E exemplifica: "Ha mais chances de ocorrer uma

colisao de automdvel quando 0 motorista nao dirige bem, o carro nao tem manutengao ou trafega freqOentemente por locals malconservados. Enfim, levantamos os possfveis efeitos de risco que justificam 0 aumento de acidentes ou sinistros", detaiha Westenberger.

Coberturas — A segunda fase do projeto e direcionada para a concorrencia. Westenberger explica que e feita uma comparagao entre o produto da seguradora e os de outras companhias. Porem, e precise que os dois produtos analisados apresentem as mesmas coberturas. "Essa analise pode ser feita tambem atraves dos relatdrios da Fenaseg, que apresentam o estudo da matriz de portitdlio do produto. Assim, podemos identificar quais OS pontos mais promissores da seguradora em relagao ao mercado. Com todos OS dados reunidos das primeira e segunda fases, podemos, entao, fazer uma

Camillo Marina prospecgao do seguro analisado nos prdximos anos", diz. 0 perfodo, no entanto, vai depender muito de fatores politicos e economicos do pai's.

Para Garfinkel, a informagao bem estruturada e fundamental no processo de formagao das tarifas. "A modernizagao do-setor e aumento de informagoes exigiram a analise estatistica correta de cada tipo de risco. Nesse caso, a formagao de um banco de dados d fundamental. 0 processo e tao inevitavei que nem conseguimos nos diferenciar tanto no mercado porque todo o setor logo passou a usar o mesmo sistema".

Riscos- No seguro de automdveis, a ideia de gerar tarifas a partir de estatisticas do setor ja foi colocada em pratica. Ha cerca de cinco anos, 0 consultor Antonio Westenberger, hoje sdcio e gerente da Icone especializada em

Embriao — 0 projeto de estatisticas desenvoivido na Porto Seguro serviu de embriao para a Icone, que elaborou, sob a coordenagSo de Antonio Westenberger, projetos semelhantes nas areas de automdveis e multirisco. Segundo Westenberger, os sistemas de estatisticas da fcone ja estao em prdtica na Seguradoras Indiana, Panamericana. lOCHPE e Commercial Union.

Por Suzana Liskauska,s

MULTIRISCO
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"A modemiza^ao do setor exige unia analise estadstica correta de cada tipo de n" nscos
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"A iiiforma^ao bem estrutiirada e fundamental no processo de forraa<jao das tarifas"
Jayme Garfinkel
"A area multiriscos. criada ha cinco anos, se caracterizou numa carteira de massa"
REVISTA de -SEGUROS

Gerencia de riscos ganha impulso no Brasil e melhora a produtividade

0primeiro Congresso da

Associagao LatinoAmericana de Administradores de Riscos e Seguros (Alaris), que reuniu representantes de 20 paises entre 30 de outubro e 3 de novembro, em Cancun, no Mexico, mostrou que as empresas instaladas em nagoes da America Latina estao associando a gerencia de riscos ao aumento de produtividade. Segundo o presidente da Associagao Brasileira de Gerencia de Riscos (ABGR), Moacyr Inocente, esse movimento, que e muito forte no Mexico, comega a sensibilizar os empresarios brasileiros e criar rafzes na America do Sul. Alem do Brasil e do Mexico, so a Argentina e a Venezuela contam com associagoes nacionais de gerencia de riscos. 0 Congresso da Alaris, porem, provou que este quadro pode mudar em breve.

Modelos — Apesar dos dez anos de fundagao da ABGR, a gerencia de riscos so ganhou impulso. no mercado segurador

brasileiro a partir da abertura de mercado. "Depois da desregulamentagao surgiram novos tipos de seguros. 0 mercado delxou de usar modelos de tarlfas do IRB e comegou a taxar o seguro de acordo com a qualidade do risco. Esse procedimento criou situagoes para as empresas identificarem os riscos, dividflos com a seguradora e aumentar o trabalho de

prevengao para diminuir o valor do premio", explica Inocente.

Hoje, segundo acrescenta, a maioria das empresas faz gerencia de riscos porque quer um produto mais adequado Ss suas atividades, tem interesse na redugao da tarifa de seguros ou simplesmente passa a ter consciencia de que a prevengao dos riscos e salutar para o processo de produtividade. 0 mercado segurador mexicano.

seguro de perdas patrimoniais s equivalente a R$ 16 mil, em 1993, quantia que representa eienos de 10% do total 'aturado no mesmo perfodo, snquanto que em 1990 o valor Pago pelas seguradoras em sinistros foi de R$ 3,11 aiilhoes. Esse resultado Positive foi alcangado gragas a Programas intensivos de Prevengao de riscos disseminados entre os 'pncionarios pela Herco, ampresa do grupo que presta Ponsulforia nas areas de flerencia de riscos, seguros Patrimoniais e seguros e beneffcios pessoais.

Com um faturamento

exemplifica Inocente, ja apresenta produtos modernos e ajustados a necessidade de cada empresa. "Esta caracteristica o torna extremamente apto a lldar com a concorrencia estrangeira", constata.

Hering — Dm dos pioneiros do pais na prevengao de riscos e 0 grupo Hering. Com um faturamento anual de R$ 1,8 bilhao, 0 grupo gastou em

A experiencia bem-sucedida do grupo Hering em gerencia de riscos atraiu novos clientes Para a Herco. A empresa ja Psta comercializando o Programa de Gerencia de l^iscos, que inclui um software Para cadastrar todos os dados referentes a perdas — o SCOP (Sistema de Controle de Rerdas) —, que roda em DOS, e ate o final do ano ganfia tambem a versao para Windows. Segundo o responsavel pela gerencia de riscos do grupo Hering, Paulo Alberto Michels Bento, um dos rpais recentes clientes da Herco e a Usiminas. A utilizagao desse softwam sera muito util na contratagao de Seguros, suas respectivas franquias e riscos assumidos avalia.

Mesmo com 17 anos de experiencia no setor de gerencia de riscos, os^ programas de prevengao riscos da Herco ganfiara forga nos ultimos cinco ano quando foi criado o Progra de Prevengao de Perdas, qu

faz parte do Programs de Seguros Integrado e preve o treinamento de funcionarios, auditorias nas fabricas e a adogao do SCOP. "Hoietemos condigoes de reduzir perdas de enctientes, por exempio, atraves da reformulagao das instalagoes. Alem disso, ha quatro anos. criamos nosso manual de gerencia de riscos, distribuldo para todos os funcionarios. 0 manual funciona como um codigo de_ transito. Depois da sua criagao, nenhum ato nas empresas do grupo e feito sem seguir determinados padroes detaiha Bento.

Outra boa estatfstica do grupo Hering foi alcangada no ano passado com uma economia equivalente a 32 carros Gol zero quilometro. Essa marca foi conquistada com 0 Programa Viva no Transito, um curso de diregao defensive elaborado pela Herco para manter o controle absolute da frota, reduzir custos de operagao e manutengao e diminuir a incidencia de acidentes. 0 programa, que conta tambem com um software — o SIAV (Sistema de Investigagao de Acidentes com Vefculos) — ultrapassou as fronteiras do grupo Hering e ja esta em plena atividade na Brahma, que assinou o contrato com a Herco em setembro. Riscos nominadDs — A Rhodia conseguiu uma redugao de premies anuai de US$ 1 milhao gragas a adogao, nos ultimos dois anos, de apolices de riscos nominados. Segundo 0 chefe do departamento de seguros da empresa, Antonio

Estimulo a pratica da gerencia de risco

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Associagao que essa fiiosofi A Alaris latino-Americana de Administradores de Riscos foi criada durante o Congresso da Risk Insurance Management ^ Society (Rims), associagao de gerencia de EUA e Canada, em 1993. 0 obietivo era desenvolver a pratica de gerencia de riscos e estimuiar o surgimento de associagoes nacionais em toda a America Latina para

a de administragao se tornasse reaiidade nas empresas. I^o congresso de Cancun, toi discutida a revoiugao no mercado de seguros mundiai e, sobretudo, no mexicano, que e totaimente liberal.

Integram a Alaris a ABGR iBrasii), a ADARA (Argentina), a ASVARS (Venezuela) e a IMARAC

Carlos Catai, o sistema de apolices de riscos nominados e muito moderno e perfeitamente adequado as necessidades da Rhodia, que apresenta um patrimonio superior a US$ 2 bilhoes. Segundo ele, o caminho para a redugao dos custos de premio na Rhodia esta num conjunto que une riscos protegidos, processo de gerenciamento de riscos e uma parceria estabelecida entre a AGS Seguros do Brasil, IRB e a empresa de consultoria Johnson Higgins. 0 processo de gerenciamento de riscos na empresa so ganhou forga nos ultimos cinco anos. Com o processo caracterfstico de riscos protegidos, a empresa partiu para novos contratos com seguradoras e corretoras que, segundo Catai, tiveram rJtima receptividade junto ao IRB. "Chegamos, entao, Ss apolices de riscos nominadas, que proporcionaram ainda redugao de trabaihos operacionais e nos permitiu tiancar franquias compatlveis com nosso pqrte", acrescenta.

Para Moacyr Inocente, a fiiosofia de gerencia de riscos estd, como todo conceito, se sedimentando aos poucos. As empresas precisam encontrar motivagoes para incorporar essa fiiosofia. Esses estfmulos devem ser apontados pelo mercado. Quando as empresas entenderem que a prevengao de riscos pode diminuir as taxas de juros de seguros e que a paralisagao causada por um dano ou acidente e fatal para o processo produtivo, a gerencia de riscos teta seu lugar gaiantido".

RISCOS
REVISTA DE SEGUROS
"Quando o mercado entender que a preven^ao de riscos pode duiiinuir as taxas de juros de seguros, a gerencia de riscos tera seu lugar garantido"
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Moacyr Inocente
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REVISTA DE SEGUROS

Programa divulga a imagem institucional do seguro nas escolas de grau Qsalunosdeseisescolas

de primeiro grau do Rio de Janeiro tiveram aulas diferentes, nos uitimos dois meses. Com video, revista de histdria em quadrinhos e muitas atividades preparadas peios professores, as crianpas e adolescentes aprenderam o significado de conceitos como seguranga, prevengao, protegao d vidaeao patrimdnio. Foia primeira etapa do programa "Educagao para a ProtegaoSeguro: UmProJeto de Vida", da Funenseg, 0 programa foi langado no dia 5 de outubro. A solenidade, realizada no Museu Flistdrico Nacional, contou com a participagao do ator Edson Celulari como mestre de cerimdnia. Estava "entrando no ar" um sonho que a equipe da Funenseg acalentava desde 1992. "Esse programa e paixao antiga, e 0 fato de ter apresentado excelente desempenho na fase piloto mostra que escolhemos o caminho certo", diz Marilia Scofano de Souza Aguiar, Superintendenfe de Ensino da Fundagao.

A fase piloto concentrou-se no Rio de Janeiro, e envolveu 1 895 alunos, alem de seus pals e professores. "Nessa etapa buscamos validar a ideia", explica a chete do Departamento de Ensino, Suzana Kaz. Assim, apds cumprido o cronograma estabelecido para cada escola, e feito um relatdrio do desenvolvimento do projeto naquela unidade e uma reuniao com a diregao da escola para avaliagao. "Com esses dados fazemos os ajustes necessaries para a melhoria do programa, visando

sua expansao", completa Suzana.

Criatividade —A operacionalizagao do programa e simples. A Funenseg, apds a assinatura do acordo com a escola, reune-se com a diregao e orientadores educacionais e, entao, e feito o freinamento com OS professores que dura, no maximo, um dia. Eles recebem um roteiro para orientagao no desenvolvimento da tematica. 0 programa e passado ^s criangas durante as aulas, e ai a experiencia do corpo docente e fundamental

video com a histdria do seguro, sua evolugao atraves dos tempos e seus beneficios para uma vida melhor. Tambem sao distribuidos cartazes e folhetos, que abordam 0 assunto de forma alegre e descontraida. Os adolescentes das 7® e 8- series e os professores recebem um kit diferenciado, contendo bloco de anotagoes, um folder e caneta.

O presidente da tuneiiscg, Joao Klisio Terra/, de Campos,e o atof Tdson Ctelulari, durante o lan^aniento do programa, no Museu Ilistorico Kacional

"Os professores de Ingles, por exempio, usam termos lecnicos de seguro, utilizados nesse idioma pelo mercado, para motivar seus alunos", diz Marilia. A revista, distribuida a todos os alunos e professores, da 1 - a 8series, tem uma histdria em quadrinhos cujo personagem principal, o Prevenildo, conta a histdria do seguro desde a Aritiguidade ate os dias de hoje, mostra sua importancia no cotidianoe explica quaisas principais coberturas oferecidas.

A Fundagao fornece, ainda, um

Alternativas—As escolas tambem criam outras alternativas para motivar os alunos. Palestras com 0 Corpo de Bombeiros que m.ostram a importancia da prevengao de incendios e como o trabalho da corporagao se desenvolve — e com representantes da Golden Cross que abordam o seguro saude ja toram realizadas, com sucesso,em algumas escolas."Estamos abrindo 0campo para que o pessoal do mercado possa entrar, inclusive dando palestras para os pals dos alunos", diz Marilia. Os pais se envolvem diretamente com 0 programa. Eles sao chamados a ajudar seus filhos nas pesquisas, em casa, para confecgao de trabalhos, e votam nas melhores pegas, produzidas pelas criangas no concurso promovido pela Funenseg.0 concurso estabelece categorias,^ de acordo com a faixa etaria/serie do aluno. Os menores fazem desenhos, os de nivel intermediario produzem frases e OS "maisvelhos-.composigoes. Alem dos pais, os prdprios alunos e OS professores participam da votagao para a escoiha dos premiados.

Os primeiros colocados,em cada categoria, recebem uma ^ de poupanga no valor de R$ 50,00. A escola participante recede equipamentos de presente — video, retroprojetor ou projetor

de slides — 6 os professores, camisetas com a logomarca do programa.0 concurso e realizado em cada escola.

"Os trabalhos feitos pelas criangas sao muito interessantes e, para nossa satisfagao, revelam queelasabsorveramoconteudo do programa", diz Suzana^. A criatividade dos alunos nao tem limites. Um deles, para iluslrar a importancia do seguro de vida que exige um nivel de abstragao { bastanteelevado—desenhouum

: anjinho muito arrependido por nao

! ter feito uma apdiice para sua familia. Cidadania — Seguranga, prevengao, protegao a vida e ao patrimonio nao sao conceitos valorizados apenas pelo mercado segurador. Consciente disso, a

: Funenseg mostra aos envolvidos no programa que, mais que ' conceitos, sao direitos

! inalienaveis dos cidadaos, e fundamentals para o pleno exercicio da cidadania. "Nao estamos ndo as escolas para vender apdiices. Nosso ! trabalho e a divulgagao institucional do seguro.0 mercado se ressente dessa divulgagao, da faita de conhecimento das pessoas sobre

concurso nacional sobre o tema.

Em 1995,0 programa "SeguroUm Projeto de l//cfa"devera, ainda,ganhar uma versao para estudantesdo^graue universitarios. Para esses publicos, a concepgao e o material didatico terao que ser adaptados.

a importancia do seguro, e o efeito multiplicador da juventude e muito grande", afirma Marilia. A prevengao de sinistros, e sua conseqiiente redugao, e um subproduto desse trabalho, tambem de vital importancia nos dias de hoje.

Uma boa noticia para o mercado segurador sao os pedidos das escolas para que o programa se repita e se amplie. "Os professores e os pais reivindicam mais tempo e mais agao com relagao ao seguro. Na avaliagao deles, OS alunos ficaram muito motivados", explica a Superintendente de Ensino da Fundagao.

Com as primeiras seis escolas abordadas — Escola Eliezer Steinbarg, Colegio Fontainha, Fundagao Osorio, Mabe, Colegio Riode Janeiro eVeiga de Almeida — o programa atingiu 1.895 alunos. Ate 0 final doano, 0 programa deve ser implementado em Curitiba, em cooperagao com a Secretaria Municipal de Educagao. No ano que vem, deve-se expandir no Rio de Janeiro, que sediou o projetopiloto, e outros estados. Existe uma proposta de realizar um

Profissionais liberals Mas os pianos da Funenseg para a divulgagao do seguro nao param por at. Um publico muito especial deve ganhar um projeto para o ano que vem: os profissionais liberais. Alem das possibilidades imeoiatas de venda para esse publico. nao se pode esquecer que medicos, dentistas e advogados sao um grupo bastante especftico entre OS tormadores de opiniao.

Como forma de motivar os diferentes segmentos, a Funenseg estuda, ainda, a criagao do Premio Imprensa, para as melhores reportagens sobre seguro, e a expansao do Premio Tecnico de Seguro, criado no ano passado, destinado aos melhores trabalhos produzidos pelo pessoal do mercado.

Neste ano,a Funenseg realizou um ciclo de palestras sobre Direito do Seguro, voltado aos magistrados.0 ciclo aconteceu de 4 a 7 de outubro, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), e teve como objetivo contribuir para aprofundar o conhecimento da categoria sobre o assunto. Para o ano que vem, esse projeto deve ser ampliado,atingindo,alem dos magistrados, promotores e advogados."A ideia e realizar uma serie de cursos e palestras sobre Direito do Seguro,tema pouco aprofundado nasfaculdades, mas de grande importancia nodia-a-dia", diz Marilia Aguiar.

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Unw duna da MABE — Modema Associa^ao BrasUeira de Ensino —,durante a Semana da Educagao para a Prote(^ao
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Seguradoras investem nos leiloes de veiculos para diminuir prejuizos

I I Ihe duas, dou-Ihe I I tres. Vendido para

IH 0 cavalheirol" As companhias seguradoras descobriram nos leiloes uma forma pratica e vantajosa de se desfazerem de seus salvados — aqueles veiculos slnistrados que retornam as suas maos apos a indenizagao do segurado. De acordo com uma avallagao felta porJulio Avellar, vice-presidente de AutomPveis da Sul America Seguros e membro da Comissao Tecnlca de Automdveis da Fenaseg, pelo menos 40 mil veiculos salvados sao comercializados anualmente pelas seguradoras, atraves de leiloes.

Os cllentes Interessados nesse tlpo de veiculo variam de proprietaries de oflclnas mecanlcas a consumidores comuns, passando per comerciantes e empresas de compra e venda de carros usados. Nao ha uma regulamentagao especifica a respeifo do assunfo, e as tormas de comerciallzapao

desses veiculos podem variar de empresa para empresa. Alem dos leiloes, as companhias praticam tambem a vpnda individual e mantem contratos com empresas especializadas.

Valor de mercado — "0 salvado e um amenizador do prejuizo indenlzado pela seguradora em um determinado pagamento de sinistro", explica 0 gerente de Indenizagoes de Auto da Bamerindus Companhia de Seguros, Mario Sergio Baltazar. No case de automdveis, o salvado proveniente ,de acidente so e comercializado se os prejuizos ultrapassarem 75% de seu valor de mercado. Abaixo disso, a seguradora cobre os custos do reparo e o veiculo volta para o proprletario.

Mesmo sem regulamentagao, e norma das companhias ! seguradoras enviarem para os leiloes OS salvados recuperados de roubo ou furto.

Ja OS envolvidos em acidentes quase sempre sao vendidos atraves de contratos, firmados com as empresas ou pequenos

Carros com chassi adulterado tem uma reducao de pre^os que varia entre 5% e 10%

comerciantes. 0 leiloeiro Murilo Chaves e o pioneiro em leiloes de salvados. Ele conta que teve a Ideia em 1976, logo encampada pela Cia .Internacional de Seguros.

"Na epoca nao havia salvado de roubo, so os colididos. Eu apregoava, inicialmente, no galpao da seguradora, em Ricardo de Albuquerque, suburbio do Rio de Janeiro, depols adqulrl o meu prPprio depdsito e acabel vendendo o da Internacional tambem em lellao", lembra ele. Em seguida, outras seguradoras se interessaram em negoclar com ele, como a Vera Cruz (hoje lochpe) e a Generall.

Escola — Desde entao, os leiloes para venda de carros passaram a atrair um publico

75% de seu valor de mercado

cada vez malor e fizeram escola. Um dos maiores lelloelros de salvados hoje, Acir Joaqulm da Costa reune cerca de duas mil pessoas, a cada mes, interessadas em adquirlr os 300 veiculos que, em media, ele apregoa em dole leiloes mensals. No depdsito de 10 mil metres quadrados, no municipio de Duque de Caxias, na Baixada Elumlnense, OS candidates a uma boa oferta de veiculos podem encontrar, alem de sucatas e carros em perfelto estado de conservagao, automdveis importados. "Se o ultimo lance nao alcanga o valor minimo estabelecido pela seguradora, eu bate o martelo e vendo em condlcional. A compra efetiva do veiculo passa a depender, entao, de um acordo entre a seguradora e 0 comprador", explica Acir.

Os leiloeiros sao unanimes em exaltar as vantagens desse tipo de venda e afirmam que, muitas vezes, os veiculos atlngem um valor bem aclma do estlpulado.

Normalmente, e a seguradora quem estabelece o valor

minimo pelo qual o veiculo ' podera ser vendido. Essa avaliagao e feita por peritos ' de automdveis, com larga experisncia na conferencia j dos orgamentos de veiculos ' batidos junto as oflclnas No caso dos contratos, a Itau Seguros, por exempio, realize concorrencia entre os compradores de grande porte do mercado e fecha com aquele que oferece o maior prego. IJm veiculo recuperado ! de roubo/furto, mas em perfeitas condigoes, pode valer ate 70% de seu valor de mercado. Os provenientes de acidentes quase nunca superam em 50% os de igual modelo e ano, enquanto as sucatas valem cerca de 10%, em relagao ao mercado. As perdas das companhias giram em torno de 50%.

Contratos — A Itau Seguros vende os salvados do estado de Sao Paulo atraves de dois leiloeiros. Ja OS veiculos de outros estados segurados pela companhia sao vendidos diretamente pela seguradora a quatro compradores exclusivos, mediante contrato. No Grupo Bamerindus o esquema de vendas nao e muito diferente, Os salvados recuperados de roubo/furto sao comercializados em leiloes semanals realizados em

Curitiba, enquanto os anvolvidos em acidentes saem atraves de contratos com as empresas especializadas.

"A venda atraves de leilao e transparente. 0 comprador confia. Os carros a serem apregoados sao colocados d disposigao do interessado na vespera do pregao. Ele pooe examiner atentamente e escolher o que mais Ihe agrada. Tem-se assim um carro bom, por um prego vantajoso". Assim Acir da Costa justifica a grande procura por esse tipo de venda. Murilo Chaves conta que chega a reunir cerca de 600 pessoas em dia de leilao de carros em seu depdsito, 0 leiloeiro Sergio Sampaio, discipulo de Murilo Chaves, tem seus pregoes frequentados, inclusive, por moradores de outros estados.

Capi'tulo a parte — Os veiculos recuperados de roubo/ furto e que tiveram a

numeragao do chassi adulterada formam um capitulo ^ parte nesse tipo de negdcio.

"Eu confecciono catdlogos e neles informo sobre essa peculiaridade do carro. Ou seja, quem compra sabe que esta levando um carro cujo j chassi tera que ser remarcado", j explica Acir. Para Julio Avellar, a adulteragao e um contratempo, mas nao chega a ser um problema serio para quem compra um veiculo nessas condigoes. "A primeira providencia das seguradoras ao recuperar um veiculo roubado e dar baixa da placa na delegacia policial. Com isto, o veiculo sal da relagao de carros rouoados", explica ele.

De acordo com as seguradoras, os carros com chassi adulterado tem uma ! redugao de pregos que varia entre 5% e 10%. Murilo

Chaves, entretanto, afirma que 0 estado de conservagao do ' veiculo influi muito mais no

valor do que o fato de ele ser roubado. Mario Sergio Baltazar, da Bamerindus Seguros, lembra que em razao do processo de unificagao dos CIRETRAN's e da criagao de sistemas de protegao, a regularizagao dos veiculos tornou-se morosa, podendo levar ate cem dias, em determinados casos. 0 Grupo Bamerindus encarrega-se de resolver todas as pendencias, inclusive a remarcagao do chassi com o numero original.

Mas nem sempre e assim. A Itau Seguros deixa todas as provioencias a cargo do comprador. Para aquelas pessoas desacostumadas aos labirintos da burocracia dos drgaos de transito, no entanto, OS leiloeiros costumam ensinar 0 "caminho das pedras" e aumentam, assim, as chances de 0 comprador ter em macs um carro dentro dos padroes ! exigidos pela lei.

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SALVADOS
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Salvados de acidentes sao comercializados se OS prejuizos ultrapassarem
galpao doieiJociro Acir,em Caxias: 300 veiculos em oferta mensalmente
REVISTA DE SEGUROS 26 27 REVISTA DE SEGUROS

□ Luiz Mendonca e jornalista e consultor rccnico de seguros

e tanto inartelado ern I I I publico,umaforismodos I ■ I economlstastornou-sede Imll clareza meridianapara

toda a sociedade: a corregao monetaria realimenta e eterniza a inflagao. Segue-se dai qua para acabar com uma e indispensavel acabar com a outra, axioma desde a primeira hora injetado nos alicerces do Piano Real.

Mas, com a entrada da nova moeda em circulagao, tambem teve inicio de vigencia uma decisao do CNSP: 0 reajuste obrigatorio dos valores contratuais do seguro, acompanhando a evolugao da TR, 0 premio no entanto ficou excluldo disso, admitindo-se porem a incidencia de Juros de mercado, quando parceiado o seu pagamento.

0 proposito evidentemente da medlda foi proteger o consumidor com 0 escudo da indexagao, no caso do retorno da inliagao. A importancia segurada em continuo crescimento implicaria consequente aurnento da cobertura da apdiice Isso, sabe-se agora, lave como pressuposto a ideia de que 0 aurnento de cobertura nao seria uma dadiva das seguradoras, polselasiriamcuidardeembutir no prego do seguro uma adequada

A omelete dos juros

contrapartida de extrapremio. Mas 0 mercado, na santa ignorancia desse pressuposto, manteve o antigo tiabito de praticar tarilas convencionais, sem a camuflagem de qualquer tipo de extrapremio. Tal aconteceu porque, segundo tradigao normativa firmada sobre a materia, a indexagao nunca foi nem poderia ser compensada por via tarifaria. A tese que prevaieceu sempre, desde o advento da indexagao oficiaiizada, faz isso aiguns anos, foi a de que as seguradoras deveriam indexar os vaiores segurados, buscando compensagao para esse encargo nos ganhos das apiicagoes financeiras dos premios arrecadados.

Transcorridos agora cinco meses, 0 Real tern provado bem no fesfe da esfabiiidade; e a infiagao, sem escapatdria, tem assumido comportamento bastante razodvei.

Teria, pois, chegado o momento para banir da economia o que ainda resta de indexagao, como sao OS casos, por exempio, da UFiReda TR-seguro, 0 segurado, acredifa-se, ja nao precisa do escudo da indexagao, nada cusfando remove-io, Mas esse apendice contrafual, ao contrario do pressuposfo que

estaria impiicito na resoiugao nova do CNSP, e absoiutaiiienfe neutro e em termos de seguro tera impacto mercadoldgico: o probiema de uma infundada expecfativa de redugao farifaria, soprada peios ventos de um noficiario equivocado; mais um abacaxi para o mercado descascar.

Outro probiema e do aientado contingente de consumidores sem condigoes de pagar seguro a visfa. Muitos deies terao duvidas sobre a viabiiidade do seguro a prestagoes, uma vez extinta a indexagao do premio, A duvida e ingenua e improcedente porque nunca fiouve essa indexagao.

Como em foda venda a prazo, fambem cabe e e legifima a cobranga de juros no seguro a presfagoes. Neste, porem, adotouse 0 criferio de juros pds-fixados, para que eies se acomodassem ao estrito comporfamento da TR, isto e, a niveis mais favoraveis ao consumidor. Mas a pds-fixagao impiica, e dbvio, um probiema operacionai: a diffcii contagem dos juros no apressado guiche da agencia bancaria, ao ser paga cada presfagao. Para soiugao desse probiema criou-se um operador que faciiita ao extremo a

soma do principal e juros, no pagamento da prestagao; o cfiamado FAJ-TR, que tem a falsa aparencia de um indexador, mas que e na reaiidade apenas um fator de juros, como fantos outros fatores usuais em mafemafica financeira. Mas, como a duvida do leigo nao e conveniente, e como e deboapoifticaapagaramemdria da indexagao, teria de haver o casamento da desindexagao dos vaiores segurados com o enterro do FAJ-TR.

0 seguro a prestagoes, todavia, nao tem queda para virar especie em extingao; Como sua garantia de sobrevivencia ha a pratica dos juros prefixados. Fiaja boia de cristai Convenhamos que riesse caso e tanto mais diffcii acertar na mosca quanto maior o prazo do financiamento do seguro. Quem paga os inevitaveis erros de pontaria? Qual o custo das distorgoes, voiuntarias e invoiuntarias?

Enfim, nao se faz orneiete sem quebrar os ovos. E uma das virtudes da economia de mercado e exatamente a de adestrar os concorrentes no prepare de boas omeiefes.

Pubticado no Jornal do Comniercio, em 25/11/94

pianos de seguro saude usassem os servigos a que tem direifo de forma mais racionai, OS custos cairiam e os usuarios pagariam um prego menor. Muitos segurados aproveitam a cobertura e abusam de consultas medicas e exames caros, as vezes soiicitados sem necessidade comprovada. Segundo Julio Bierrenbach, direfor da Sui America e membro da Comissao de Seguro Saude da Fenaseg, cerca de 30% dos custos do setor poderiam ser evitados, se houvesse um uso menos abusivo. Mas eie garante que nao se trata de fraude. "0 uso inadequado encarece o produto para o consumidor", diz.

Bierrenbach representou a Fenaseg em mesa f^donda organizada peio jornal Foiha de Sao Pauio no dia 29 de setembro, que reuniu especiaiistas em pianos de seguro saude para debater a fiscalizagao do setor. Eie diz que 0 nfvei de fraude no ramo

de seguro saude no Brasii deve ficar em torno de 10% dos custos, semelhante a paises de primeiro Mundo como os Estados Unidos e a Australia. Ja 0 abuso de utiiizagao seria responsavei por 20%. Dos 32 mithoes de pessoas que tem cobertura de pianos privados de saude, cerca de 15% sao ciientes de seguradoras, que predominam nas grandes capitals.

Mercado — Ja os pianos de medicina de grupo que dominam o mercado nas cidades do interior, abocanham 46% dos usuarios. Na

•■'Cerca de 30% dos custos do setor poderiam ser evitados, se houvesse menos abuso""

avaiiagao de Bierrenbach, os ciientes estao satisteitos com o servigo e dificiimente ha reciamagdes. Prova disso e que de janeiro a junho desse ano 0 Procon de Sao Pauio, por exempio. registrou apenas

320 reciamagoes contra seguradoras que atuam no ramo saude e cerca de 11 mil contra empresas de pianos de saude ou medicina de grupo. "isso nao quer dizer que somos meihoies, mas como eies sao maiores, proporcionaimente ha mais insatisfagao", saiienta Bierrenbach. 0 ramo saude contabiiiza um miihao de sinistros por dia, inciuindo seguradoras, medicinas de grupo, cooperativas medicas entre outras.

A boa receptividade que as seguradoras que operam no ramo saude encontram junto ao publico se deve, na avaiiagao de Bierrenbach, ao fato de terem se consoiidado no mercado junto com o amadurecimerito da consciencia dos consumidores — aiem, e claro, da fiscalizagao da Susep. "0 setor de seguro saude cresceu ao mesmo tempo em que 0 novo cddigo de defesa do consumidor ganhava torga, tornando o cliente mais exigente e ansioso por servigos de boa qualidade", atesta.

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SAUDE
Uso abusivo dos pianos representa cerca de 20% dos custos do setor
aeOSseguradosde
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PREVIDENCIA PRIVADA

Projeto propoe revisao na lei que regulamenta os fundos de pensao

Susep e a Associagao Nacional de Previdencia Privada (Anapp) se uniram para desmitificar os fundos de previdencia abertos. Ha cerca de seis meses, o superintendente da Susep, Luiz Felipe Denucci Martins, iniciou com 0 presidents da Anapp, Luiz Carlos Trabuco Gappi, um trabalho para regulamentar as atividades de previdencia privada. "Trata-se de um projeto de revisao da legislagao que regulamenta os tundos de previdencia abertos para dar mais tiexibilidade as entidades do segmento que operam com previdencia privada", explica Trabuco. Segundo o presidente da Anapp, a partir desse trabalho, as empresas podem ter mais criatividade para estruturar novos produtos. A situagao atual dos modelos estatais de previdencia tavorece, na opiniao de Trabuco, a valorizagao e o desenvolvimento dos tundos privados. "Estamos presenciando, em todo o

mundo, a crise dos sistemas estatais de fundos de pensao, que se baseiam no pacto de geragoes, ou seja, assalariados e empregados na ativa custeiam os aposentados. Porem, tatores como a

precocidade da idade de aposentadoria e aumento da expectativa de vida estao mudando esse quadro", diz o presidente da Anapp, que tambem preside a Bradesco Previdencia Seguros.

. aproximadamente 1,2 anos de vida a mais apds a aposentadoria, mas a estimativa, para o ano 2000, e de que os trabalhadores tenham de 25 a 30 anos a mais de vida depois de aposentados. Alem disso, e preciso levar em consideragao a diminuigao das taxas da natalidade", adverte o presidente da Anapp.

Modeio importado — A estrutura de previdencia social estabelecida no Brasil corresponde a um modeio Importado, que vigora ha cem anos. "Usamos um modeio recente que so gera equillbrio quando ha uma proporgao de cinco trabalhadores na ativa para cada aposentado, o que nao q a realidade no mundo. No inlcio do seculo XXI na Alemanha, por exempio, para cada aposentado havera um trabalhador na ativa. No Brasil, existem 15 milhoes de aposentados contra 35 milhoes de trabalhadores com carteira assinada", detaiha Luiz Trabuco, que atribui a crise no modeio privldenciario estatal ao aumento de aposentados e a diminuigao da populagao economicamente ativa.

"Esse quadro e agravado pelo aumento da sobrevivencia. Na decada de 60, a expectativa de vida media de uma crianga ao nascer era de 55 anos, hoje ja q de 60 anos e, no Japao, chega a 80 anos. No intcio do seculo, as pessoas tinham

Cofres publlcos — As alteragoes na piramide demogratica acabaram prejudicando a relagao entre a previdencia social e os cotres publlcos. Luiz Trabuco comenta que nos EUA os gastos com previdencia social ultrapassam 22% do orgamento do Estado, chegam a 30% do orgamento da Unlao na Italia e, no Brasil, onde OS gastos consomem 7% do orgamento, a situagao ja e critica. "E nessa crise do modeio tradicional que a previdencia social encontra caminho para se desenvolver, e 0 Brasil nao toge a regra. Segundo o presidente da Anapp, 0 modeio ideal para o Brasil e o posslvel. "Aquele em que 0 Estado detina o quanto pode garantir de aposentadoria para seus contribuintes. 0

INSS ja prometeu benetlcios de 20 salaries minimos, mas hoje a maior aposentadoria esta na taixa de sete salaries. Se o Estado garantisse uma aposentadoria basica e universal, os trabalhadores procurariam, entao, os pianos de previdencia para complementar a renda no future", acrescenta Luiz Trabuco.

Para que o sistema de previdencia privada se

ancs que resolvem abrir mao de consume para tormar uma poupanga de longo prazo", argumenta Trabuco.

soliditique no pals, ainda e preciso contar com reformas na previdencia e na economia. "Os tundos previdenciarios privados funcionam em regime de capitalizagao e sao poupangas de longo prazo, para atrair o investidor, e preciso que haja uma economia estavel e moeda forte. Tambem femos que ter condigoes de oferecer nos pianos voluntarlos um tratamento tributario especial para jovens na taixa de 25

Reforma — Os caminhos para estimular o consume de pianos de previdencia privada estao, segundo Trabuco, centrados numa reforma da Previdencia Social e na estabilizagao da economia. "As poupangas de longo prazo representam a grande mola de geragao de empregos", dIz Trabuco. Nos EUA os tundos de previdencia privada equivalem a 50% do Produto Interne Bruto (PIB), que hoje esta na taixa de US$ 6 trilhoes. No Chile, que estabeleceu a reforma da previdencia social ha quatro anos, a poupanga previdenciaria ja constltui mais de 30% do PIB. "No Brasil, no

entanto, ainda temos um longo caminho pela trente para alcangar 30% do PIB, o que corresponde hoje US$ 120 bilhbes, em poupanga previdencial, pois so a carteira de investimentos de tundos abertos (previdencia privada administrada por seguradoras) nao representa mais que 1% do PIB", lamenta.

I
"Os fimdos de pensao que se baseiani no pacto de gera(^6es estao em crise em todo o mundo"
Luiz Carlos Trabuco Cappi
A carteira de investimentos de fundos abertos, no Brasil, nao representa mais que 1% do PIE
Nos EUA, OS fundos de previdencia privada equivalem a 50% do PIB, hoje esta na faixa de US$ 6 trilhoes
Beneficios do INSS Porcentagem salarial lOO.f"" 90Fonte: Btadesco Previdencia 'KTm: 60 79 80 90 100 Numero de salaries na ativa (quarenta) f A ^ 1 £ T r vc ic\f ^ salai-ios iiu'iiimos. Ao se aposeiitar pela previdmcia oficial, essa pessoa receberia d nienos e 30% deste valor. REVISTA DE SEGUROS 30 REVISTA DE SEGUROS

Roubo de cargas causam prejuizos anuais de US$ 100 milhoes em SP

Fenaseg e o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Estado de Sao Paulo e regiao assinaram convenio na primeira semana de outubro para reduzir o roubo de carregamentos, que neste ano ja soma cerca de US$ 100 milhoes em prejuizos no Estado, com 1 mil ocorrencias, contra cerca de 850 no ano passado. No Rio de Janeiro, o numero deste tipo de roubo este ano ja registra 2,2 mil ocorrencias, mas como os vaiores individuals das cargas sao menores, a perda soma US$ 70 milhoes.

De acordo com Ciaudio Afif Domingos, presidente do Sindicato das Seguradoras do Estado de Sao Paulo e membro do conseiho da Fenaseg, o acordo inciui apoio institucionai e tecnoidgico aos envoividos no combate ao furto de cargas. Como fruto do convenio, a Divisao de Roubos de Veicuios e Desvio de Carga do Estado ganhou 15 veicuios novos para investigagao, com

Refax: dicas para evitar roubos

Para ajudar no combate ao roubo de autombveis, o Sindicato das Seguradoras do Estado de Sao Paulo, langou, ha cerca de dois meses, o Refax, um boietim diario distribuido para jornais e emissoras de radio e teievisao, seguradoras, corretoras entre outras instituigoes iigadas ao setor de seguros. 0 Refax traz informagoes sobre roubos, dados estatisticos sobre esse tipo de crime e da dicas sobre como evitar que 0 veiculo corra riscos.

Segundo Ciaudio Afif Domingos, presidente do sindicato, centenas de entidades estao recebendo o Refax, Eie diz que o roubo de autombveis no Estado de Sao Paulo sofreu uma iigeira queda este mes, devido ao meihor funcionamento da Poiicia e bs campanhas da Fenaseg. Nos uitimos tres meses, a media de roubo estava na faixa dos 13 mil veicuios por mes, mas jb caiu para 11 mil. Sb na grande Sao Pauio sao roubados 70% do total registrado no estado.

combustivei e equipamentos de radio, cedidos peio Sindicato das Locadoras de Veicuios e peia associagao do setor.

Piano de Agao — 0 convenio e resuitado do esforgo do Grupo de Trabalho no Combate ao Roubo de Cargas (GTCRC) e permite que autoridades, sindicato e seguradoras, atraves da Fenaseg, tenham um piano de agao contra a ousadia dos

ladroes, que a partir do segundo semestre desse ano, intensificaram agoes de assai'to diretamente nos terminais de cargas. Alem da cessao dos autombveis novos, a integragao de esforgos conta ainda com campanhas institucionais conjuntas, troca de informagoes e assessoria juridica. Cientes das deficiencias da Poiicia, os ladroes tem atuado cada vez

Ciaudio Afif

mais dentro da cidade. So esse ano, 52% dos roubos de cargas aconteceram na capital, enquanto que nas estradas, as ocorrencias nao uitrapassaram OS 10%. Os dados foram passados peio assessor executivo do GTCRC, ligado ao Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Sao Paulo, Francisco Amarai Peres.

"Tambem estamos enviando proposta ao Ministerio da Justiga, sugerindo aigumas modificagoes no Cddigo Penal, de forma a tornar mais rigido 0 combate ao desvio de cargas", diz Amarai Peres.

Uma das sugestoes preve que 0 receptador de mercadoria roubada nao seja mais visto como comprador de boa fe. A ideia e aumentar tambbm as penas dos ladroes. Todo esse trabalho de eiaboragao de propostas para modificar a lei esta sendo feito com auxiiio de juristas contratados peio convenio. Alem desse, ha outro trabalho legal sendo patrocinado peio acordo.

Trata-se do acompanhamento das investigagoes de roubos de carga por parte de advogados, que seguem o processo do comego ao fim.

Escassez de recursos

Os empresarios do setor de transportes de carga querem que 0 poiiciamento seja

Qostensivo nos horarios e locals de maior incidencia de roubos e estao dispostos a contribuir com equipamentos de forma a suprir a Poiicia, que iuta contra a escassez de recursos.

De acordo com a Amarai Peres, a Fenaseg auxiiia financeiramente os trabalhos do Grupo contribuindo com aigo em torno de 5% a 7% dos recursos arrecadados mensaimente peio Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas. 0 setor participou, de 25 a 27 de outubro, o Encontro Sul-Americano sobre Roubo e Furto de Veicuios,

'Irealizado em Sao Paulo. Entre as sugestoes para se combater com mais eficiencia 0 roubo de cargas, estb a integragao por computador de todos OS postos da Poiicia Rodoviaria Federal, ainda em estudos. De todas as cargas roubadas, as preferidas dos ladroes sao as de produtos texteis. seguidas pelos medicamentos, maquinas e equipamentos, alimentos, calgados e pneus que, juntas, representam cerca de 65% dos roubos, de acordo com informagoes do sindicato.

i ! ' ' ' y CONVENIO
Tipo de cargas roubadas (em %) Acuniulado de jan/out de 94 Produtos texteis 15,9% Medicamentos 15,3% Maquinas e equipamentos 11,7% Alimentos 11% Calgados 6% Pneus 5,2%
"O acordo incliii apoio iiistitiicional e tecnologico aos envoividos no combate ao fiirto de cargas"
"Estanios enviando proposta ao Ministerio da Justiga, sugerindo niudan9as no Codigo Penal. A ideia e aumentar as penas dos ladroes"
REVISTA DE SEGUROS 32 33 REVISTA 06 SEGUROS

Seguro especial protege a maior casa de espetaculos da America Latina

Qseguro que protege a maior casa de espetaculos da America Latina — o Metropolitan, inaugurado em setembro deste ano, no Rio de Janeiro — e tao grandioso quanto os numeros que ela apresenta. Fechado pela Generali Seguros, com intermediagao da CDA Administragao e Corretagem de Seguros, a apdiice engloba riscos diversos, qua vao de incendio a coberturas de responsabilidade civil.

A CDA e OS empresarios

Ricardo Amaral e Milton Radial, sdcios da casa, estao em enfendimento ainda para a contratagao de dois outros tipos de seguros que, com certeza, vao deixar mais tranquilos nao so os donos do Metropolitan como tambem o publico que ali comparece para prestigiar a programagao. A primeira apdiice preve a cobertura de riscos diversos em relagao aos shows, cobrindo todos os gastos decorrentes do cancelamento da programagao, seja em

fungao da desistencia do artista ou de sinistros ocorridos na casa noturna. 0 segundo e a contratagao de um Seguro de Acidentes Pessoais, que beneficiara o comprador do ingresso.

Grandes carleiras — "A ! atitude dos proprietarios do ; Metropolitan e importantissima, ' pois ainda e muito raro de se encontrar esse tipo de preocupagao com o cliente no

Brasil. 0 mercado de seguros precise descobrir que as grandes carteiras sao as de Seguro de Vida, Acidentes Pessoais e de Acidentes de Trabalho que, felizmente vem ganhando corpo", assegura o corretor Rodrigo Protasio, da CDA, responsavel pela contratagao do seguro do Metropolitan.

Ele define como su/ generis e de primeiro mundo o seguro

Rolling Stones

A maior banda de rock de todos OS tempos, os Rolling Stones, vai se apresentar no Hollywood Rock — dias 27 e 28 de janeiro, em Sao Paulo; e dIas 2 e 4 de fevereiro, no Rio de Janeiro

— coberta por tres tipos de seguros que, somados, envolvem US$ 13,3 milhoes: um novo records para shows no Brasil. 0 anterior pertencia ao de Michael Jackson (US$ 11 milhoes).

Os contratos foram fechados

pela Itau e Paulista, com Intermediagao da corretora fluminense Angra, e resseguro do IRB.

As coberturas se dividem em Responsabilidade CivilUS$ 10 milhoes (Paulista); Riscos Diversos - US$ 3,2 milhoes (Itau) — que cobre, por exempio, cancelamento do show por Incapacldade fisica do artista, alagamento, fogo, etc. —; e Roubo ou Perda de Ingressos (antes da venda) - US$ 100 mil.

Rodrigo Protasio da casa de espetaculos, estlpulado em LIS$ 3 milhoes. 0 valor e risco total da casa foram estlmados em R$ 6 milhoes, mas Rodrigo Profaslo explica que devldo as pecullarldades do Metropolitan, a apdiice nao preclsou atlnglr o valor total do patrlmonlo. Pesou nessa declsao o fato de "a maior casa de espetaculos da America Latina", que comporta um publico de quatro mil pessoas sentadas ou entre 10 mil e 12 mil pessoas em pe, estar situada dentro de um shopping center que, por si so, ja dispoe de um moderno e sofistlcado mecanismo de seguranga.

Dispositivos — De acordo com 0 corretor, comprovadamente o rIsco de um sinistro ali e efetivamente menor, uma vez que, alem dos prdprios dispositivos de seguranga a casa de espetaculos confa tambem com OS do shopping.

"Estabelecemos o seguro com base no dano maximo provavel, pols diflcllmente um sinistro all ImpHcara em perda total", expllcou ele. 0 gerente comerclal da Generali Seguros no Rio de Janeiro, Gustavo Machado, ressalta a Integragao entre segurado, corretor e seguradora ao falar sobre o sucesso do contrato. "0 processo de avaliagao do bem foi algo facil, mas as discussoes de gabinete, para formulagao da proposta, foram bem mais complexa. Mas tudo foi felto a contendo para permitir a realizagao de um seguro com excelentes garantias", conta Machado. 0 seguro mulflrisco do Mefropolifan privilegia diversas coberturas em uma so apdiice. A clausula basica, segundo expllcou Rodrigo Protasio, garante contra Incendio, que a de raio e explosao provocada por gas. Uma outra clausula preve ainda prejuizos decorrentes do aclonamento acldental dos sprinklers. A

Ross, no sliovv de iiiaugurasiio do Metropolitan. O seguro da casa de espetaculos cobrc palco e plateia apdiice, eniretanto, tern outras partlcularldades. como a cobertura de responsabilidade civil, conslderada por Protasio como de "extreme e suma ! importancla"

Palco e plateia — Pelo seguro de responsabilidade civil estao cobertos acidentes ate 0 valor de US$ 2 milhoes. , A apdiice protege quem estd no palco e na plateia, no caso, por exempio, de uma luminarla ! despencar do teto e atlnglr alguem.

A niesma apdiice tambdm preve a cobertura, pelos mesmos LIS$ 2 milhoes, por

danos materials. Gustavo Machado lembra que as apdiices de multiriscos vem ganhando adeptos em anos recentes. "Antes, o que prevalecia eram os diversos tipos de cobertura em apollces especfficas", diz.

Um outro item englobado pelo multlrlsco refere-se a cobertura de transporte de valores (dinheiro, cheques e Ingressos) dentro e fora das dependenclas do estabeleclmento. Alem de Intermediar o fechamento do seguro entre os empresarios e a Generali, a CDA tambem tem atuado junto aos segurados na

realizagao de estudos sobre a necessldade, ou nao, de contratagao de outros tipos de coberturas.

Festival de magicas

Recentemente, por exempio, OS partlcipantes de um festival de magica exiglram, para se apresentar, uma garantia contra posslveis acidentes. Com base na abrangencia do seguro contratado pela casa, entretanto, os empresarios foram desaconselhados a faze-lo. "0 seguro de responsabilidade civil preve cobertura envolvendo os artlstas, por Isso orientamos OS empresarios a nao aceltar a Imposigao", explica Protasio, um bachare! em Direlto, fllho e neto de profisslonais do setor de seguros e que atua como corretor desde 1989. As duas novas modalidades de seguro que estao em estudo, tambem serao contratados junto d Generali. Para Gustavo Machado. a companhia tem se esmerado em melhorar esse tipo de carteira e a escoiha de seu nome e um reconhecimento ao amparo tecnico dado por ela ao segurado.

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SEGURO MULTIRISCC
REVISTA DE SEGUROS
"Ainda e muito raro de se encontrar esse tipo de preocupagao com o cliente no Brasil"
"A escoUia da Generali e um reconhecimento ao amparo tecnico dado pela empresa ao segurado"
Gustavo Mactiado
Ag.
O Globo/Gabriel de Paiva
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A apolice preve cobertura de riscos para os shows, cobrindo todos OS gastos decorrentes do cancelamento da programagao
REVISTA DE SEGUROS

Um filao promissor, mas pouco explorado pelas seguradoras brasileiras

Eeismeses

depois de sua reintrodugao na Lei de Licitagoes, atraves da Medida

Provlsdria n- 472, aprovada peio Congresso Nacional em maio ultimo, o Seguro-Garantia continua a ser apontado como um filao promissor mas ainda inexplorado pelas empresas seguradoras. A iniblgao do mercado securitario diante dessa nova modalidade de seguro preocupa o presldente do Instituto de Resseguros do Brasil — IRB, Demosthenes

Madureira de Pinho Filho, que resolveu reconstituir o grupo de trabalho Seguro-Garantia.

Integrado per representantes da Fenaseg, Fenacor, Susep e IRB, 0 grupo tern por objetivo realizar estudos sobre a operaclonalidade da carteira e incentivar a criagao de novas modalidades de coberturas.

Atualmente, estao d disposigao do contratado tres tipos de garantias: a de indenizagao ao licitante, no case do vencedor da concorrencia deixar de assinar o contrato; a

indenizagao em decorrencia de prejuizos provocados por descumprimento das obrigagoes assumidas no contrato; e a garantia de adiantamentos.

Inercia ~ Presldente da Parana Seguros e do Sindicato das Seguradoras do Parana, Joao Gilberto Possiede assegura, entretanto, que o leque de aplicagoes e incontavel. Ele defende que, a exempio do que ja e feito rio exterior, as seguradoras brasileiras passem a operar

I encontra a agua llmpa. Os retardarios pegam o caminho ja aberto, mas bebem da agua ja turva", compara.

A Seguradora Braslleira de ! Fiangas (SBF) foi, de acordo ' com a Imagem criada pelo presldente da Parana Seguros, uma das primeiras a chegar ao riacho. Operando ha cerca ' de dols anos, a empresa atua exclusivamente no ramo de garantias e credito, e fern em seu cadastro de clientes nomes como a Cervejaria Brahma, MInisterio da Marlnha, Revlon Consumers Products Corporation entre ' outros.

tambem com garantias aduaneiras e fiangas judiciais.

Considerado um dos experts brasilelros no assunto, Possiede afirma que, embora todas tenham condlgoes de atuar, apenas 40 das cerca de 140 empresas seguradoras existentes no pais, operam hoje com esse tipo de carteira. Ele critica o que chama de "inercia" das companhias diante do novo mercado. "0 pioneiro vai na trente, se arranha todo desbravando a mata, mas ao chegar no riacho

' Receitas — Especlallstas do setor estlmam que a carteira de Seguro-Garantia possa gerar receitas da ordem de US$ 300 milhoes anuais para as empresas seguradoras. Alem desse atrativo, a modalidade tem a vantagem de apresentar uma baixa sinistralidade, ao contrario da carteira de automovels, cuja taxa e superior a 60%. Responsavel pelo Departamento de Credito, Seguro Rural, Habitagao e Vida do IRB, Jose Faria acredita que ja e hora das companhias perceberem que o filao e bom. "A persistir esse desinteresse, nao tenho duvidas que o mercado de Seguro-Garantia vai ser ocupado por empresas estrangeiras", teme.

Nos Estados Unidos, esse tlpo de garantia e obrigatorio e existe ha mais de cem an Mesmo em alguns paises da America Latina, como os vizinhos Paraguai, Uruguai e Argentina, a carteira e largamente difundida. Jose

Faria prefere atribuir ao desconhecimento e a desintormagao a falta de iniciatlva do mercado securitario brasileiro. Segundo ele, esse problems poderdjer superado com a deflagragao de uma Intense campanha de marketing.

Divulgagao — Na criagao do grupo de trabalho SeguroGarantia, em 1989, uma das sugestoes propostas — e nao levadas adiante foi exatamente a de uma divulgagSo institucional sobre a carteira. Segundo Faria, uma das alegagoes mais constantes do mercado segurador d a da inexistencia de obras de grande porte no pais- Ele, porem, rebate apontando um mercado potencial que sao as obras de despoluigao e as doncessoes para exploragoes de rodovias, Para Possiede, o problema esta no fato de as companhias

ficarao muito elevadas", avalia.

Com a nova lei, o seguro passou a ter condlgoes Identicas d fianga bancaria e as caugoes. Dessa forma, todas as licitagoes, compras ou contratagoes de servigos feitas pelos orgaos publicos, sejam eles federals, estaduais ou munlcipais, deverao estar cobertos por uma das opgoes de garantia previstas na lei.

seguradoras ainda verem o Seguro-Garantia mais como uma ativldade bancaria do que propriamente securitdria. "Os bancos sempre foram mais rapidos, mas, agora, com a estabilizagao economica, esse quadro devera se alterar, pois sem poder ganhar dinheiro com a ciranda financeira eles precisam cobrar pelos servigos que prestam. E al que as seguradoras vao entrar, pels as taxas bancdrias

Dividindo riscos — Na opiniao do presidents da Parand Seguros, o seguro e a melhor opgao de garantia, porque as seguradoras, ao contrdrio dos bancos, podem dividir OS riscos entre si. Ele aponta ainda como vantagem o fato de as empresas seguradoras terem autonomia para definir os limites de garantia de seus clientes. No caso de a capacidade da companhia exceder, ela pode valer-se do resseguro. Se ainda assim houver esgotamento da capacidade brasileira, resta a internacional.

"As gestoes para que o Seguro-Garantia fosse inserido na Lei das Licitagoes foram muitas. Entretanto, e decepcionante o comportamento do nosso mercado, ja que praticamente nao se registrou movimento algum em torno do assunto. 0 momento que estamos vivendo nos faz acreditar numa nova arrancada do crescimento, entao, e naturalmente mais rentavel nos dedicarmos a esse ramo", explica Possiede, acrescentando que o caminho para o setor de seguros aumentar o faturamento e ! atingir os 5% do PIB passam, necessariamente, pelo Seguro' Garantia.

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"E decepcionante o comportamento do nosso mercado. Praticamente nao se registrou movimento algum em torno do assunto"
Joao Gilberto Possiede
"A persistir esse desinteresse, nao tenlio duvidas que o mercado de Seguro-Garantia vai ser ocupado por empresas estrangeiras"
Jose Faria
REVISTA DE SEGUROS REVISTA DE SEGUROS

"aquela letrinha mluda", multo comum nos documentos normalmente lesivos aos segurados. "0 segurado tem que receber o contrato de seguro como se losse um manual explicatlvo de uso de um eletrodomestico", garantiu Pecegueiro.

Destaque — Ha apenas um ano e meio no mercado, a Edel Seguradora S.A., controlada acionariamente pela Edel Empresa de Engenharia S.A. um dos 30 malores grupos gauchos em razao do seu patrimony liquido —,se destacou ao saltar do 95° para o 56° lugar no ranking das seguradoras brasileiras, no primeiro semestre deste ano.

Com Isto, recebeu o Premio Top de Marketing da Associagao de Dirigentes de Vendas do Brasll (ADVB), segao Porto Alegre.

Parceria com corretores e politica agressiva de marketing: receitas de sucesso

sucesso nao fern formula magica. A

Interamerlcana

Companhia de Seguros

Gerais e a Edel Seguradora, duas empresas que, apesar de nao estarem ligadas a bancos comerciais, conseguiram, cada uma dentro do seu espago, se destacar no ramo segurador, obtendo desempenho expressivo no primeiro

semestre deste ano. 0 segredo esta na parceria com os corretores, na capacitagao tecnica dos funcionarios, na ousadia e na adogao de uma politica agressiva de marketing. Tudo visando qualidade e atendlmento rapldo e eficiente ao segurado.

A Interamerlcana, associada ao American International Group (Grupo AIG), ha 46anos no

Brasll, atua em todos os ramos do seguro. Segundo o diretor adjunto de marketing, Joao Pecegueiro do Amaral, a companhia consegulu obter um lucro operaclonal posltivo de R$ 738,27 mil no primeiro semestre deste ano, devido a uma politica administrativa multo bem tragada pela presldencia, comandada por Luiz Lucena. "Este trabalho esta baseado em um perteito equilibrio

nos controles dos custos administratlvos e das taxas de sinistralidade", explicou, Pesquisa — Um dos principais produtos da companhia, o Inter-Auto, nao cota 0 valor do premio pelo custo do veiculo e sIm pelo perfll do seu proprietary. Ja o Ela Clube Auto, comerclalizado pela Mesbla S.A, Corretores de Seguros, e um produto

destlnado especlalmente para a mulher que dirlge e garante descontos de ate 40% em fungao do seu score, apontado Por um questlonario especifico — se tem estacionamento techado em casa ou no trabalho, sua idade e o tempo de habllitagao etc. Segundo Pecegueiro, este produto foi criado a partir de uma pesquisa que o Grupo AIG fez nos diversos paises em que atua, comprovando que a rnulher causa 27,5% menos acldentes que o homem.

Desde abrll deste ano, a Interamerlcana de Seguros esta em primeiro lugar entre as companhlas que oferecem o meltior prego do mercado. A empresa Investe multo em pesquisas, na busca constante

por novos produtos adequados ^s nec'essldades dos consumldores", revelou Pecegueiro. Outra estrategia adotada para aumentar a produgao e a parceria com os corretores, incentivando-os a fornecerem o seu mailling de clientes e estudarem, em conjunto, produtos que se adaptem a este segmento da socledade.

0 respeito ao consumldor, segundo o diretor adjunto de marketing, e outro ponto fundamental para o crescimento da interamerlcana. Por Isso, ^ considerando que o seguro e uma coisa complicada, nos contratos da companhia, todas as clausulas sao escritas em letras perfeltamente visiveis pelos clientes, abolindo-se

faturamento de R$ 24 milhoes. "0 grande passo para a ampliagao do volume de negdcios foi a abertura da filial Sao Paulo, em margo. que proporcionou um crescimento da produgao entre 30% e 40%. Isto fez com que em novembro a companhia decidisse mudar a sede paulista para um predio na Avenida Libero Badard. no Centro, total mente intormatizado e fora das instalagoes da construtora", explicou Hello Fernandes.

Hello Fernandes Costa, presidente da empresa, justifica seu desempenho e a premiagao recebida pelo fato de estar trabalhando no sentido de modlficar a estrutura de comerclallzagao dos seguros no Brasll, crlando novos Instrumentos para modernizar um sistema que e o mesmo ha 50 anos. "0 nosso objetivo e unir OS esforgos das demais seguradoras e dos corretores a flm de que o volume de vendas cresga e faga com que a partlcipagao deste segmento economlco no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro atinja as mesmas proporgoes dos paises desenvolvido, — 5% a 7%".

Faturamento — Depots de atingir um crescimento de 2.088,45% entie os meses de janeiro e junho deste ano, o presidente da Edel preve chegar ao final deste ano com um

A Edel — que comegou com uma estrutura de pequeno porte — atua no Parana, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e na capital paulista, ja programando sua expansao para os paises do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul). As operagoes serao InlciadasapartlrdoUruguai, atraves de um convenio de cooperagao com o Grupo Aliansur, de Montevideo, de corretores de seguros, assinado ha cerca de um ano. Seu projeto 6 seguir o mesmo trajeto percorrido pela holding, que ja esta instalada nos Estados Unidos, Portugal, Argentina e Uruguai.

A Edel estd partlcipando, como co-patrocinadora, do Projeto Cultural do Seguro, no Rio Grande do Sul e Sao Paulo, em convenio com os Sindicatos de Corretores de Seguros, com a finalidade de difundir o uso do seguro no meio estudantil, principalmente na area universitaria. Hello Costa destaca que seu planejamento para 1995 preve um forte investlmento no setor de Previdencia Privada, para suprir a ineficiencia da Previdencia Estatal", concluiu o presidente da Edel.

V. EMPRESAS
I I
REVfSTA DE SEGUROS 39 REVISTA DE SEGUROS

LIVROS

O seguro e o tema principal de duas das tres publicagoes seiecionadas peia Revista de Seguros para a se^ao Livros, desta edi^ao. Um guia de produtos e servi^os, com cadastre complete das empresas e ramos com os quais operam, e um "livro de cabeceira" quase obrigatorio para os

profissionais do setor; o "Seguro, esse desconhecido" e um instrumento ideal para quem quer se aprofundar mais no universe do setor; e, per fim, um titulo que conta as historias de sucesso — ou de fracasso — de grandes empresas do mundo na busca da qualidade total.

Utopia ou um novo desafio>

OSI'IGL UO

□ 0 Seguro / Esse

Desconhecido / Contratos de Seguros / Seminario do Centro de Debates e Estudos (Cedes) — Esta publicagao sai um pouco tardia, mas pela sua importancia e mais do que atual. Em novembro de 1992, 0 Centro de Debates e Estudos (Cedes) do Tribunal de Algada Ctvel do Estado do Rio de Janeiro aceitou o convite do mercado segurador e participou de um ampio debate sobre contratos de seguros. 0 evento, realizado em Campos do Jordao (SP), foi a materia-prima para este livro, agora pubiicado pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj). Dr. Orlando Vicente Pereira, representando a Fenaseg, como seu conseltieiro, tez a palestra de

abertura que da nome ^ publicagao. "A comunicagao social do seguro e um processo ainda recente para nos. 0 aprendizado dara lugar a uma nova etapa — a do amadureclmento —, de malor e melhor provelto para a imagem do seguro".

Terminologias e conceitos tecnicos — como provisoes, margens de solvencia e sinistros — foram detalhados para os magistrados. t sem duvida, um livro imperdfvel para quem deseja se aprotundar mais no universo deste ainda desconhecido mercado segurador. (139 paginas)

pela

Qualidade/Ds sucessos e fracassos da revolugao pela qualidade — Nada mais atual, do que a busca

incessante das corporagoes modernas pela qualidade total. Mas pouco, ou quase nada, foi dito dos casos de sucesso e principalmente de insucesso nesta verdadeira "guerra". Este e o desafio langado pelo jornalista Jeremy Main neste livro que acaba de chegar ^s livrarias pela Editora Campus. Com 0 faro de um "garlmpeiro" e 0 tolego de "maratonista", este jornalista — que participou do conselho editorial da revista Fortune — entrevistou diversos diretores-executivos em dezenas de grandes empresas como a Nashua, Motorola e Flevi/left-Packard para conhecer de perto de que forma foi alcangada ou nao a procura pela qualidade. 0 livro mostra que nesta bataiha a chegada ao sucesso e dificilima: grandes obstaculos sao encontrados no caminho. E atraves da experiencia de sucessos e fracassos, este langamento da Campus pode ajudar e muito as empresas que procuram alcangar a tao sonhada qualidade total. (460 paginas)

□ Guia Nacional de Produtos e Servigos em Seguros (volume 1) — Mais uma publicagao da competente Editora Manuais Tecnicos de Seguros Ltda., em sociedade com a Qualicon Consultores S.C., este guia e um verdadeiro "achado" para quem trabaiha com 0 mercado de seguros. Na primeira parte, e posstvel encontrar um cadastro das companhias seguradoras e, em seguida, ha um indice de produtos e servigos por ramo. Quem poderia responder, rapidamente, quantas empresas atuam no segmento de fianga locaticia, por exempio? Esta e varias outras perguntas sao respondidas pelo guia. A proposito, de acordo com este manual, apenas cinco seguradoras operam com tianga locaticia. 0 segundo volume devera ser editado no inicio de 1995. (197 paginas)

inseguranga. da instabilidade economica, das contradigoes 8 paradoxes politicos e sociais, 0 clima de constante violencia entremeado pelas agressoes a vida e os movimentos de detesa ecologica e humana — aliado aos desmandos de um mercado crescentemente competitivo sao exemplos de algumas das inumeras variaveis que atuam com simultaneidade na universalizagao dos processos de mudanga que ocorrem nas empresas.

Hoje, 0 ambiente que circunda as empresas nao Ihes permite mais a manutengao de suas caracterfsticas mecanicistas de outrora. Nao se vive mais perfodos de estabilidade. Esta imprevisibilidade do ambiente, com repercussao ampla nos mercados, tem acarretado mudangas que ocorrem sem uma resposta globalizada quanto as tinalidades sociais das empresas, nao integrando adequadamente objetivos de melhoria da qualidade de vi a aos necessarios planejamentos de desenvolvimento econdmico e sociai.

Um ambiente que se caracteriza por protundas e rapidas

transformagoes esta exigindo das empresas uma nova visao na qual, como organismos vivos, estruturados em sistemas abertos, mantenham permanente interagao com o ambiente, a partir do ajustamento de seus objetivos estrategicos as exigencies causadas por estas alteragoes. Nao mais se trata de apenas langar novos produtos no mercado e deies esperar retorno. Esta nova visao, que conceitua organicamente uma empresa, impoe a substituigao de padroes rigidos de normas e procedimentos administralivos pela adogao de politicas e diretrizes que questionem e redetinam a piramide organizacional, aproximando a decisao da agao, democratizando a circulagao de informagoes, priorizando as redes de relacionamentos funcionais e enfatizando a remuneragao dos funcionarios em fungao de sua efetiva contribuigao para os resullados alcangados pelas empresas Esta dinamica de desenvolvimento organizacional em que se situa sua dimensao presente, na dtica prospectiva da construgao de seu future, e que Itie contere uma nova postura de comprometimento com a realidade social na qual esta inserida e que a capacita a

entrentar os desafios que Ihe sao inevltavelmente impostos.

E preciso reconhecer que o impacto causado por estas transformagoes tambem atinge as pessoas, com reflexes no seu desempenho, que se ve infiuenciado diretamente pelas exigencias de maior qualiticagao pessoal para o exerclcio de suas fungSes.

VIsoes tradlcionalistas que priorizam apenas aspectos como assiduidade, pontuaiidade, obediencia Ss normas estao abrindo campo a outras caracterfsticas comportamentais para a definigao do novo e moderno profissional. Cada vez mais, as caracterfsticas do profissional moderno se deslocam da enfase na especializagao para a visao generalista e iritegradora do trabalho; do estrelismo personalista para o sentido do trabalho em equipe e; principalmente, da acomodagao e contormismo com o "status quo" e experiencias repetitivas para a inovagao, a criatividade e a coragem de correr riscos e entrentar desafios, Nas empresas, portanto, em consequencia do memento em que vivemos, os problemas principals sao: o desenvolvimento

dessas novas qualificagoes exigidas de seus profissionais: a definigao de novos padroes para a obtengao de desempenho excelentes, conquistar os funcionarios para maiores nfveis de participagao e engajamento nos objetivos da empresa, de forma a que aceitem maiores responsabilidades e riscos e o compromisso de verdadeiramente "vestir a camisa" da empresa.

A empresa moderna, comprometida com o seu sucesso, com objetivos de qualidade e de produtividade, tera que entrentar as dificuldades interpostas pela busca de novos caminhos para a gestao do desempenho humano que a tornem mais eticaz na obtengao dos resultados desejados.

Sera, porem, a descoberta desses novos caminhos para a gestao das pessoas nas empresas mais uma Utopia ou um novo desafio?

(*) Consultor de Reciirsos Humanos da Fenaseg e Consultor eni Desenvolvimento Institucional do Programa das Na^oes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)

J,".' L
H/D'
□ Guerras
n N A c: o N A L OE PRODirroS E S G R V C O S R M s i: 0 I' R 0 8
REVISTA DE SEGUROS 40 REVISTA DE SEGUROS

Reivindica^oes

0 Sindicato de Minas Gerais enviou a Federagao das Industrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) documento contendo as principais reivindicagoes do mercado segurador mineiro, que ira incorporar uma serie de sugestoes de interesse de varies ramos de atividades, que aquela federagao encaminhara ao future gevernader do Esfado. 0

Sindicato premoveu, com e apoio de Sincer-MG, palestra sebre e prejete para implantagae de sistema de acempantiamente da selvencia das empresas de segures, preterida per Marcio Serea de Arauje Coriolano e Helio Luiz Pinto Barbosa, diretores da Susep, 0 evente centeu com a participagao de mais de 100 convidados.

Sindicato, Americe Jeaquim S.Eilho, e executivos da area de sinistres das seguradoras. Estao sendo teitas negociagoes com diversas cencessionarias e eticinas, para reduzir e prego/tiera de servigos das pegas.

com uma das sugestoes centidas no Plane Seterial, que prega investimentes pesades nas areas de RFI, visando e crescimente de seter.

JForum de Seguros

Comissao Tecnica

0 Sindicato de Pernambuco tormou a Comissao Tecnica de Aute/RCF, visando a troca de intormagoes relativas h situagao operacional, pregos de servigos, credenciamente de eticinas, tipos de traudes praticadas, cadastre de traudaderes e outres assuntes relatives ao rame, A Comissao e termada pele Direter de

Meio Ambiente

0 Sindicato de Parana recebeu em Curitiba, em nome da Eenaseg, representantes das delegagoes da Argentina, Uruguai e Paraguai, que participaram do VIII Encontro do Mercosegures, para apresentar es projetes de preservagae do meio ambiente, desenveividos na capital. Curitiba se destaceu no cenarie mondial pela implantagae de sistemas veltados ae meio ambiente.

Com 0 apoio da Eenaseg e a celaberagae de varias seguradoras, e SINDESERGS e a Eunenseg — em conjunto com a Ajuris e Escola Superior'da Magistratura — realizaram em Gramado o 3' Edrum de Seguros de RS — 1° Cicio de Estudos de Direito Securitario. 0 evente toi presTigiado per Ministros do STE, Presidente do Tribunal de Justiga, Presidentes de Tribunals de Algada, Magistrados, Promotores, representantes dos Orgaos de Detesa do Consumidor, Advogados, Presidentes de Sindicatos de Empresas de Seguros e por Seguradores.'

DSeminario

0 Sindicato das Seguradoras de Rio de Janeiro, com e patroctnie da Eenaseg e apoio da Comissao Tecnica de Recursos Flumanes, realizou, pela primeira vez no pals, e Seminario Desatios de RH na Administragao das Seguradoras. A iniciativa esta sintenizada com e trabaltie que vem sendo desenvelvide pela Eunenseg — meltierar es investimentes em Recursos

Humanos das empresas — e

JNogdes basicas do seguro Emissao, pagamento, prazo e vigencia do seguro DPVAT, apresentada por Walter Gomes de Oliveira; Legislagao do DPVAT por Ricardo Bechara Santos; Instrugoes para cadastramento e recuperagao de sinistros, por Jose Bianco Sobrinho e Fraudes apuragao, investigagao, medidas aplicaveis, por Pedro Paulo Negrini.

□ "Parabenizamos a Eenaseg pela "nova" Revista de Seguros. Publicagoes desse tipo, com reportagens atrativas e de conteudo agradavel, contribuem para que a atividade seguros consolide sua posigao no mercado, Congratulamo-nos com OS responsaveis pela sua reaiizagao."

Eduardo Santos Diretor-Presidente da Banesles Seguros

de adequagao da linguagem. Espero continuar a recebe-la, desse jeito, por muito tempo ainda. tvluito agradecido, as mais sinceras congratulagoes pelo sucesso."

Ricardo Arcoverde Credie Advogado

Parceria

0 Sindicato de Santa Catarina, em parceria com a Eenaseg, realizou, em novembro, o Encontro das Seguradoras com o Convenio do Seguro DPVAT. Coordenado por Carlos Olavo Gorges Sctimidt, 0 encontro contou com as seguintes palestras:

Nova diretoria

Os novos diretores do Sindicato das Seguradoras de Sao Paulo tomaram posse no dia 15 de dezembro. Sao eles: Antonio Carlos Baptista P. de Almeida, Julio Bierrenbach, Edvaldo Cerqueira de Souza, Jose Carlos M. Abreu Eilho, Joao Bosco de Castro, Paulo Miguel Marracini e Casimiro Blanco Gomez {Diretores efetivos): Odilon P. Martins, Antonio Carlos Eerraro, Ronald Kautmann, Pedro Purm Junior, Antero Eerreira Junior, Moyses Leme e Sergio Ramos {Suplentes)] Osamu Matsuo, Erancisco Latini e Jose Eerreira das Neves

J[Conselheiros fiscais efetivos): Sergio Timm, Jorge Nassit Neto e Jose Ponciano {Suplentes): Antonio Carlos B. P. de Almeida e Julio de Albuquerque Bierrenbach

{Delegados representantes efetivos): Edvaldo Cerqueira de Souza e Claudio Atit Domingos {Suplentes).

J□ "Ha quatro anos aproximados recebo de V.Sas. a Revista de Seguros. A ultima, de n- 807, prendeu-me mais a leitura pelo modo novo de colocagao das materias, com nftida evolugao na qualidade da edigao. Senslvel a melhora sob o angulo da intormagao, do trabaltio grafico,

□ "As materias, o visual e a diagramagao da Revista de Seguros estao primorosas. A leitura desse veiculo por consequencia torna-se mais agradavel. Envio telicitagoes ^ Diretoria da Eenaseg e em particular a equipe responsavel pela Revista de Seguros por esse trabalho digno dos maiores elogios."

□ "E com satisfagao que constalo a modernizagao visual da nova Revista da Eenaseg. Nao so a diagramagao — mais agradavel — como a sequencia de materias, com a qualidade e protundidade adequadas. E o protissionaiismo informativo, batendo h porta do mercado de seguros, tao avido de transparencia. Parabens!"

Rafael Ribeiro do Vails

Diretor-Presidente do Grupo

DB&A/SAMVALLE

□ '"A Revista de Seguros (drgao oficial da Eenaseg) e a melhor noticia. Constatamos sua forma objetiva e inteligente de abordar materias cujo interesse vem ao encontro do seu pubiico aivo. Em relagao a seu projeto grafico... e um desatio aos talentos. 0

mercado segurador so tem a ganhar. Parabens!"

Diretor da Fontoura e Padiiia Corretora de Seguros

□ "Acuso recebimento do exemplar da Revista de Seguros, agradecendo envio, e soiicito estudar a possibiiidade de enviar regularmente a reterida pubiicagao, para a Associagao de Ensino Superior da AmazoniaAESA. (. .) Desde ja agradego" Cordiaimente, Senador Odacir Soares Vice-lider do PEL

A diretoriadaFenasegagradece todas as manifesta^oes recebidas pelo trabalho que vem sendo executado na Re vista de Seguros

MAIORNOVALORDOPREMIO

QUANDO SE TRATA

>DE VALORIZAR o tfcnico em seguros a Eunenseg nao faz por menos.

Por isso, ao langar

0 Premio Ticnico de Seguros 1994, aumentou a premiagao aos 3 primeiros colocados para R$ 500,300 e 200.

seus artigos tfcnicos, an4lises e materias especializadas.

CADERNOSDESEGURO

Os artigos deverao ter entre4a12laudas datilografadas e, se aprovadas pelo Conselho Editorial da Revista Cadernos de Seguro,serao publicadose wmm remunerados, concorrendo automaticamente ao prfimio.

0 prazo tamb§mfoi ampliado para que voc§ tenha mais tempo de enviar

Est4 na hora de voce divulgar o seu talento profissional. Solicite 0 Regulamento.

fundacAo escola NACIONAl DE SEGUROS

Rua Senador bantas, 74 ■ 6.- andar ■ CEP; 20031-201

Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Teletone: (021) 532-3322 • Fax: (021) 262-3248

ASSESSORIADE COMUNICAgAO

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SINDICATOS CARTAS
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REVISTA DE SEGUROS
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REViSTA DE SEGUROS

NOVOS PRODUTOS

NOVOS PRODUTOS

UAP Vida Empresa

A UAP Seguros langou urn produto para as empresas da pequeno e medio porte: o UAP Vida Empresa. A nova apdiice e uma versao simplificada da que ja era oferecida pela seguradora a grandes companhias, com vantagens e facilidades de contratagao para OS pequenos e medios empresarios, 0 piano da total asslstencia aos funclonarlos e seus famlllares, Como cobertura basica, garante o pagamento de uma Indenlzagao equlvalente ao capital segurado contratado e em vigor na data do evento, caso o cllente venha a faiecer no trabalho ou fora dele, por motives de qualquer natureza. As coberturas adiclonals sao direclonadas a situagoes de morte acldental e Invalldez permanente por doengas ou acldente.

Telefones celulares

A Porto Seguro esta realizando seguros para telefones celulares. As excegoes fleam por conta dos apareltios Instalados em taxis e/ou aparelhos pertencentes a locadoras. Os riscos cobertos sao: danos de causa externa; assalto a mao armada medlante emprego de violencia contra o segurado; furto quallflcado; Incendlo. 0 enquadramento 6 felto no ramo de Riscos DIversos, modalidade "Instrumentos Musicals e Equlpamentos de Som".

Carro-Seguro

0 Banco do Nordeste do Brasll (BNB) e a Sul

America Seguros decldlram unir forgas e langaram o BNB Carro-Seguro, A apdilce dispde de coberturas especials, a exempio dos atos danosos em pintura, frequentes nas grandes cidades, 0 novo produto tambem garante o pagamento de pneus e cameras de ar em caso de sinlstros, alem de asslstencia 24 boras. As

Multilife Empresa

A Multlpllc Seguradora langou

0 Multi life Empresa, seguro de vida para pequenas e medlas empresas. Alem da cobertura basica de morte por qualquer causa, 0 Multi life Empresa pode ser opclonalmente aclonado em caso de morte ou

Invalldez permanente acldentals, Outro beneficio alternatlvo e o reembolso de despesas medlco-hospltalares

Seguro condommio

Seguro resgatavel

condlgoes de pagamento Incluem ate quatro parcelas para cllente pessoas ffsica e sete para juridica, A corregao das parcelas e felta pelo Fator de Atuallzagao de Juros (FAJ/TR), 0 BNB trabaiha com seguros desde 1988 atraves de um pool de cinco empresas: Allanga da Bahia, MInas Brasll, Vera Cruz, UAP Seguros e Sul America, responsavels pelas garantlas dos emprestlmos do banco.

A AGE Brasll Seguros desenvolveu um novo produto dirlgldo aos condomfnios e passa a oterecer um seguro com malor capacldade operaclonal do mercado, US$ 40 mllhoes. 0 AGP Condommio traz 12 coberturas adiclonals que sao escolhldas de acordo com as necessldades do condommio, Entre as novidades da nova apdilce estao vida em grupo dos empregados, tumultos, roubo de bens e de valores do condommio e responsabllldade civil dos sfndlcos, 0 segurado tem ainda descontos nas renovagoes sobre seguranga para o condommio,

Cartao de credito

A AGE Brasll langou o AGP Resgatavel Programado, um seguro de vida onde o cllente recede de volta os premlos pagos ou o capital contratado em vida ao final do contrato. Em uma dnica apdilce, 0 cllente tem, alem das coberturas de morte e Invalldez permanente total por doenga ou acldente, a vantagem de construir de forma programada uma reserva para usufruir em vida. Entre as novidades do novo seguro esta o malor

Central de atendimento

llmite de capital contratado do mercado que vai ate R$ 300 mil. 0 produto tem aInda malores flexibllldades no prazo de vigencia do contrato, na escolha da data de venclmento das parcelas

e na periodlcldade de pagamento dos premlos, podendo ser felta de acordo com as necessldades do segurado; mensal, trimestral, semestral anual ou pagamento unlco.

Profissional liberal

decorrentes de acidentes de trabalho, A apdilce e contratada com um unico documento, sem a necessldade de cartoes-proposta e relagao mensal de segurados, 0 valor da apdilce pode ser unlco, sendo divldldo entre o numero de funciondrlos existentes na epoca da Indenlzagao, ou entao por multlplos salarlals.

A Porto Seguro esta langando o Porto Seguro Visa — um cartao de credito Internaclonal com vantagens excluslvas, Alem de oterecer credito rotatlvo, saques em dlnherro, asslstencia e seguro para vlagens, o novo cartao oferece ao titular o Porto Socorro, que garante auxillo mecanico e eldtrico 24 boras por dia ao automdvel, A segunda vantagem e reverter 0,5% de cada compra em credito acumulatlvo ao usuarlo, garantlndo descontos tanto no momento da renovagao, como tambem na aqulslgao de qualquer seguro da empresa, Outra novidade e o Seguro Acldente que, em caso de ' taleclmento do titular por acldente, quita automatlcamente a fatura do mes.

A Soma Seguradora tem agora uma llnha especial para atender os corretores de todo 0 Brasll. Atraves do numero 0800-164333, eles poderao llgar gratultamente e obter todo 0 tipo de Informagao, albm de fazer solicltagoes. A empresa Investlu forte em trelnamento de proflsslonais e contratou uma consultoria especlallzada em Implantagao e desenvolvlmento de marketing direto, para a reestruturagao da central de atendimento. Com o objetivo de ter um atendimento rapido e quallflcado, a central con a com sua equips de tratego que circula dentro da empresa para concluir a solicltagao o corretor.

Fraudes

A Patrol, empresa ploneira na Investlgagao de fraudes no ^ seguro no Rio de Janeiro, e a nova arma das seguradoras para reduzir as perdas decorrentes do pagamento de Indenizagoes Indevldas. Com esse novo servigo as seguradoras estao apresentando uma economia superior a R$ 100 mil por mes, com a recusa legal de Indenizagoes irregulares, Os estados do Rio de Janeiro, Sao Paulo, MInas Gerals e Espirito Santo sao os Ifderes da Incldencia de fraudes no seguro.

Livre escolha

A Porto Seguro criou um piano especial de saude com ampla cobertura para mddlcos, com benettclos que tambem podem ser estendldos aos dependentes e agregados; o Porto Saude LIvre Escolha para Medicos. 0 proflsslonal nao preclsa estar vinculado a nenhuma entidade de classes para se assoclar, passando a ter total llberdade de opgao por hospitals no Brasll e no exterior. 0 piano prove direlto a 90 dias de Internagao em apartamento privative, tratamentos de quimloterapia, radloterapla e fisloterapla e (tens opclonais como cobertura para parto. No caso de taleclmento do titular, aInda assegura aos dependentes cinco anos de assistencia medica gratuita.

0 afastamento das atividades proflssionais por motivo de doengas ou acldente e a consequente perda de renda sempre fol uma das principals preocupagoes dos proflsslonais liberals. A AGP Brasll Seguros desenvolveu um seguro dirlgldo a este pubiico que reune numa so apdilce coberturas para o profissional e sou consultdrlo ou escrltdrlo. A grande novidade do AGP Profissional Liberal e o pagamento de diarlas em caso de afastamento das atividades por motivo de doenga ou acldente, Inclulndo o periodo de convalescenga. Na nova apdilce, 0 patrlmonio do segurado sera tambem coberto por Incendlo, alem de roubo de bens e valores, Em caso de incendlo, o seguro cobre aInda as despesas tlxas do proflsslonal durante o periodo de parallsagao de suas atividades,

Fundos de pensao

Do Inicio do ano atd agora, mals 20 novos fundos de pensao tlveram sua criagao aprovada pela Secretaria da Prevldencia Complementar do MInlsterlo da Prevldencia Social, Os novos fundos estao ligados a empresas privadas de medIo e grande portes, Eles somam-se aos 300 existentes no Brasll, com um patrlmonio superior a US$ 49 bllhoes.

T •:
REVISTA DE SEGUROS 45 REViSTA DE SEGUROS

Vida

Investimento

A Soma esta langando um seguro de vida diferenclado e com caracterfstlcas financeiras. Trata-se do Soma Vida Investimento, um produto destinado ds pessoas que buscam a protegao de um seguro de vida e acidentes, com elevados capitais, mas tambem querem que as reservas de suas apdiices tormem um patrimonio financeiro que sera recebido em vida pelo segurado, ao final do prazo de vigencia do seguro.

Informatiza^ao

A Protege — Protegao em Transportes de Valores esta investindo US$ 1,4 milhao na informatizagao da empresa e acaba de langar a vigilancia eletronica para industrias, drgaos publicos e residencias. Com o uso da informatica, a Protege reduziu em 15% os custos operacionais do transports de valores e esta modernizando a compensagao eletronica de

Terceiriza^ao Parceria

Ucheques. 0 novo servigo de vigilancia eletronica monitora d distancia o que ocorre no imovel do cliente. Para isso, sao instalados sensores infravermelhos de intrusao, de impacto e de fumaga no local. Ate mesmo a ronda dos vigilantes pode set Informatizada: se nao enviarem informagoes a intervalos variaveis de 15 a 60 minutos, um alarms e disparado na Protege.

Vencedora

A Parana Seguros venceu em novembro a segunda fase da campanha "0 vencedor 6...", do Ciube dos Executivos, conquistando sete dos 13 premios. A empresa ficou com OS terceiro, quarto e quinto lugares entre os Corretores; primeiro e terceiro na categoria Promotor de Vendas; terceiro na Supervisor de Vendas; e segundo em gerencia. Desde julho, a Parana teve um incremento nas vendas de 45%, alcangando um faturamento de US$ 2,5 milhoes.

Edel no Mercosul

A Edel Seguradora, de Porto Alegre, acaba de fechar um protocoio com um pool de 23 corretoras uruguaias — a Aiiansur — e inicia no proximo ano a sua atuagao no Mercosul. A seguradora investird US$ 1 milhao e tera 65% do controle acionario de uma companhia que constituira em sociedade com a Aiiansur. 0 pool uruguaio, cuja sede flea em Montevideu, defem 15% do mercado do pais e distribui anualmente em premios US$ 220 milhoes. Um grupo de

tecnicos ja trabaiha na criagao de produtos que seguem os moldes brasileiros considerados mais modernos , mas que atendam ds necessidades do mercado uruguaio no setor de seguros. Incendio, condomfnios, residencias, pequenas empresas e^empreendimentos agricolas sao as cartelras com maiores possibiiidades de sucesso. A empresa acaba de ganhar o trofeu Leao de Honra, como Seguradora do Ano, no Rio Grande do Sul.

A Itacolomi Seguros, que atuava praticamente so com o ramo Vida, passou a comercializar tambem seguros de Ramos Elementares, atraves de outras companhias — um processo de terceirizagao. A empresa vends o produto da outra seguradora, que assume 0 risco e o gerencia. A princfpio, a Itacolomi recebe 5% do premio arrecadado a titulo de custo administrative. Depois, se participar do cosseguro com a seguradoramae, aumenta sua participagao para 40% do premio.

Coopera^ao mutua

A UAP Seguros Brasil S.A., filial brasileira da UAP L'Union des Assurances de Paris, e Multiplic Seguradora S.A., encontram-se em fase de estudos um acordo de cooperagao mutua entre as duas empresas,' com o objetivo de reforgar a atuagao dos dois grupos no Brasil, oferecendo produtos e servigos em todos OS ramos de seguro, para atender a abertura do mercado no pals. Os entendimentos objetivam, a curto prazo, a especializagao mercadoldgica e operacional da UAP e da Multiplic — uma em produtos de riscos patrimoniais, outra em seguros de riscos pessoais e pianos de previdenciarios, em consonancia com as diretrizes preconizadas pelo Piano Setorial da Industria do Seguro.

A AGE Brasil Seguros esta colocando em pratica uma importante filosofia da empresa: a de tratar seus corretores como verdadeiros parceiros comerclais. Para Isso, vem realizando uma serie de seminaries sobre riscos industrials, onde mostra sua atuagao no mercado segurador, apresentando seus produtos e services. Os seguros de riscos industrials sao responsaveis per 15% do mercado brasileiro em volume de premios. Outro fator importante sao as aliangas com parceiros internacionais: AGE Assurances Generales de France; FMI — Factory Mutual International e Flome Insurance.

Funenseg I

A Funenseg aumentou o valor da premiagao dos tres primeiros colocados do Premio Tecnico de Seguros 1994 para R$ 500, 300 e 200. 0 prazo de entrega dos artigos tecnicos expirou no final de outubro. Os artigos aprovados pelo Conselho Editorial da Revista Cadernos de Seguro, serao publicados e concorrerao automaticamente ao premio.

Funenseg II

A Funenseg promoveu um curso sobre seguro de incendio, visando o aperfeigoamento tedrico e pratico dos profissionais que atuam neste ramo. 0 curso foi realizado entre os dias 25 de outubro e 21 de dezembro.

Programa de Preven^ao

A introdugao de programas de prevengao de perdas dentro das organizagoes comega a ganhar corpo no Brasil. Grandes empresas passaram a investir neste segmento, como a Aracruz Celulose, Rhodia, Johnson & Johnson, Carrefour e Gessy Lever. Iniciado no ano passado, o trabalho esta sendo feito em parceria com a AGF Brasil Seguros. 0 objetivo d rentabilizar o programa de seguros industrials, investindo em seguranga de processes e obtendo redugoes nos premios de seguros pagos pelo complexo industrial. A prevengao de perdas busca reduzir e eliminar riscos de acidentes dentro das

Petrobras

IA Sul America venceu concorrencia para segurar as plataformas de petroleo da Petrobras, cujo capital soma US$ 4 bilboes. Com a concorrencia, a estatal vai economizar 5,6% no pagamento do premio, desconto oferecido em fungao da capacidade de retengao da seguradora. Outras quatro empresas participaram da concorrencia: Bamerindus, Itau, Alianga da Bahia, Bradesco, AGF Brasil e um pool liderado pela Nacional. 0 valor do premio gira em torno de US$ 12 milhoes.

IRB em

Pernambuco

Depois de tres anos desativada, a sucursal pernambucana do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) voltou a funcionar em Recife. Sua reinauguragao aconteceu no dia 8 de setembro. A gerencia da nova sucursal, localizada no Centro Empresarial da Boa Viagem, esta sob o comando de Josd Bartolomeu de Oliveira.

Copias

organiz

agoes, limitando e controlando a extensao de possiveis danos causados por incendios, explosoes, danos eletricos e ate vendavais e danos da natureza.

A Fenaseg distribuiu ds seguradoras associadas uma fita de video com as reportagens e anuncios veiculados na TV sobre a campanha contra roubo/turto de automoveis.

RAPIDAS RAPIDAS
REViSTA DE SEGUROS 46 REVISTA DE SEGUROS

Premia^ao

A Porto Seguro recebeu o premio da Revista Seguros e. Riscos, em setembro, que e destinado 20 melhores empresas do ramo no ano de 1993. Na classificagao final, a companhia ficou em 6® lugar, alcangando urn total de 72,74 pontos. Ha quase dez anos, a Revista publica dados sobre o mercado segurador, e criou no ano passado o Premio Seguros e Riscos, cujo objetivo e demonstrar a performance das seguradoras com base nos balangos publicados.

Venda

A Sociedade Victoire Belgium — filial da UAP na Belgica foi vendida a francesa AXA Belgium por US$ 187,61 milhoes, Ocupando o segundo lugar no mercado de seguros belga, o Grupo UAP fechou 1993 com um faturamento de US$ 1,74 bilhao. A Victoire Belgium e responsavel por 1,5% do setor segurador da Belgica e, no ano passado, teve um faturamento de US$ 172,60 milhoes. Desta recelta, 80% gerados por atividades de Danos, e 20%, de vida. Com esta nova aquisigao, o Grupo AXA consolida em 5% sua posigao no mercado belga.

Despachantes

0 despachante pode contribuir para reduzir a inadimplencia do seguro obrigatorio de carros no Brasil, estimada em 25% em relagao a frota nacional de 16 milhoes de vefculos. Essa foi a conclusao a que chegou o Gerente-geral da Fenaseg, Carlos Olavo Borges Schmidt, depois de participar do I Congresso Nacional do Despachante Publico, apoiado e patrocinado pela Fenaseg, entre 25 e 27 de outubro, no Clube Esperia, em Sao Paulo.

Cerca de 250 despachantes participaram do congresso onde foi discutido, entre outros temas, legislagoes, o papel do despachante, seguros e, principalmente, como mudar a imagem do despachante, cujo

Fenaseg doa carro

A Fenaseg doou, no mes de novembro, um carro da marca Voyage

zero

quilSmetro para o italiano

Mario Necci, que vive no Rio de Janeiro. Seu carro estava emprestado a Ivan Locci quando foi roubado no bairro de Botafogo (RJ). Esta foi a 12® vez que Ivan Locci vem ao Brasil para mais uma cirurgia plastica com o mddico Ivo Pitanguy para se

Bolsas de estudos

Negocios no Brasil

desempenho e visto de forma negativa por alguns setores da sociedade. "Queremos que o despachante seja bem instrufdo e qualificado, pois e um profissional importante para legalizar carros", sustentou Schmidt.

A Fundacion Mapfre oferece as "Bolsas Larramendi", com uma dotagao de US$15 mil, que permite ao candidato especializar-se ou dedicar-se a pesquisas, durante um ano, no seu pais de origem, na Espanha ou em qualquer outro local do mundo. E requisito essencial que 0 candidato seja apresentado por uma universidade, instituigao educativa ou de pesquisa. Informagoes complementares podem ser obtidas junto a Fundacion Mapfre pelo telefone (Oil)289.5455, com a Srta. Bute.

Reforma da 1691

A Associagao de Tecnicos de Seguros do Rio de Janeiro (ATS) esta concluindo o trabalho de reformulagao da Resolugao 1691, do CNSP, que dispoe sobre multas e penalidades do mercado segurador. A proposta foi encaminhada a Susep para avaliagao.

Premio

A Concdrdia Cia. de Seguros, empresa multinacional ha varios anos no Brasil, passou por uma profunda reestruturagao e, calcada em investimento externo e na larga experiencia internacional, pretende alavancar seus negocios no mercado brasileiro. Sua meta e intensificar a participagao no mercado de seguros nacional, oferecendo o mesmo padrao de qualidade dispensado a seus clientes em todo 0 mundo.

Brazilian Food

0 grupo Brazilian Food entra agora no ramo previdencia para dar consultoria a empresas privadas que queiram investir em fundos de pensao. A expectativa da empresa e conquistar,em um ano, pelo menos 10 contratos de adesao. Para dar suporte a essa empresa, a BPS estaformando um nucleo de estudos e pesquisas sobre seguridade para prestar atendimento as empresas interessadas neste mercado.

Internacional

recuperar de queimaduras sofridas quando tinha quatro anos. 0 carro que Mario havia emprestado nao tinha seguro. Alem do carro presenteado pela Fenaseg, a Sul America doou uma apblice deumano.

A Bamerindus Seguros conquista, pelo segundo ano consecutivo, o Premio "Melhores Empresas e Servigos do Ceara", instituido pela Prefeitura Municipal de Fortaleza e Secretaria das Finangas, num reconhecimento ds empresas que oferecem produtos e prestam servigos dentro dos padroes de qualidade.

A Fedeseg — Federacion Ecuatoriana de Empresas de Seguros — e a Fides promoveram,em novembro, no Quito(Equador), as Jomadas Internacionales de Seguros Ecuador'94. 0 objetivo d promovera discussao dos grandes temas de seguros e estimular as agoes convenientes ou necessarias para um melh^or desenvolvimento e cooperagao do mercado segurador mondial. Participaram representantesda Fedeseg, Fides e Associacidn Panamericana de Fianzas.

Bons resultados

Ao longo dos ultimos dois anos, a Prever Previdencia vem passando por um ampio processo de mudangas estruturais, um intense trabalho de desenvolvimento e aperteigoamento de produtos e uma atuagao mercadoldgica cada vez mais abrangentee agressiva. Nos primeiros sete meses deste ano seu desempenho foi superior ao alcangado em todo o ano de 1993,jamarcado por bons

resultados. Em 1994, as receitas totalizaram cerca de USS 32 milhoes. Dentro dessa filosofia de agressividade e ousadia a Prever langou o Fundo Prever Aposentadoria — seu mais novo produto para o mercado de pessoas ffsicas. 0 comercial criado para a campanha tem um alpinista "de verdade" — Lufs Marcos Yoshioca — fazendo a escalada de uma montanha, sem truques.

Alta em 1994

A Chubb Corporation obteve ate 0 mes de setembro resultados superiores ao mesmo perfodo registrado em 1993. Os premios Ifquidos em 1994 atingiram US$ 2,967 bilboes, representando um aumento de 7,48% em relagao ao ano anterior. A taxa combinada de perdas e despesas diminuiu de 119,9% no perfodo de nove meses de 1993 para 100,6% em 1994. Ja o resultado Ifquido foi de USS 372,6 milhoes, ou US$ 4,19 por agao, comparados com US$ 163,7 milhoes, ou US$ 1,89 por agao, no mesmo perfodo de 1993.

Conven^ao

Foi realizada em Sao Paulo, no Circo Escola Picadeiro, a 1Convengao de Prestadores de Servigos da Brasil Assistencia, empresa do grupo espanhol Mapfre. 0 evento serviu para estreitar o vfnculo ja existente

com todos OS prestadores de servigo e reuniu mais de 150 empresas, como autolocadoras, cooperativas de taxi, empresas de guincho, de ambulancia terrestre e aereo e profissionais da area de saude.

Encontro de previdencia

Foi realizado, em novembro, com 0 apoio da Icatu Seguros, 0 II Encontro Regional de Previdencia Municipal do Interior Paulista, no Teatro Municipal de Presidents Prudente. 0 evento faz parte do Gicio de P^lestras e Debates Icatu, que aborda a situagao da previdencia social brasileira, sob a analise tecnica de tres especialistas; Nilton Molina, Luiz Carlos Magalhaes Peixoto e Josb Arnaldo Rossi,

RAPIDAS RAPIDAS
M.iis Imtwronic do <\ue sublr lu i dear li em cliiu a vl<l.i intviia.
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REVISTA DE SEGUROS 48 49 REVISTA OE SEGUROS

Diretor de criacao

0 diretor da Salles/DMB&B, Arnaldo Rozencwaig, foi eleito

0 Diretor de Criagao do Ano pela Associagao Brasileira de Propaganda (ABR). Este premio e entregue pela ABR tia 45 anos, em homenagem aos profissionais da propaganda no Dia Mondial da Publicidade, 4 de dezembro. A Salles e a agencia de propaganda da Fenaseg, responsavel pela campanha Se a sociedade der 0 alarme, o roubo de vei'culos diminui.

NOMES E NOTAS

Lideres nacionais

0 Forum Gazeta Mercantil premia ha 18 anos os principais empresarios do Brasil nos mais diversos segmentos. No setor de Seguros e Rrevidencia Rrivada, OS destaques de 1994 ficaram com OS seguintes empresarios (em ordem alfabetica): Francisco Caluby Vidigal (A Mantima), Joao Flisio Ferraz de Campos (Bamerindus), Jose Luiz Osti Muggiati [Grupo Seguradora Bamerindus), Nilton Molina {Mombras Seguradora), Roberto P. Almeida {Paulista) e Rony Castro de Oliveira Lyrio {Sul America). A entrega dos premios para todos os 137 homenageados foi no dia 7 de novembro, no Centro de Convengoes Gazeta Mercantil, em Sao Paulo,

oberto Westenberger e Newton

RCezar Conde assumiram, respectivamente, a presidencia e a vice-presidencia da nova diretoria do Instituto Brasileiro de Atuaria (IBA). A elei^ao foi no dia 30 de setembro.

Dupla fun^ao

Kasuo Sakamoto, Secretario Nacionai de Transito, foi nomeado pelo Presidente da Republica, em novembro, presidenfe do Contran Conselho Nacionai de Transito, com mandafo de dois anos, passando a acumuiar as duas fungoes.

Bamerindus Seguros:as melhores propostas para quem compra e para quem vende

Ricardo F. M. Miragaia (foto) e o novo superintendente de controls financeiro da Prever Rrevidencia. Sua prioridade e a otimizagao dos processes e controles financeiros internes, visando a completa informatizagao da empresa, com todos OS processes nao so automatizados, come tambPm integrados e Paulo Pinto Pereira esta respondendo pela superintendencia de Marketing em Novos Produtos e Mercado especializada no desenvoivimento e administragao de pianos de previdencia complementar.

A Bamerindus Seguros sem're teve as melhores opgoes para (uem precisa fazer seguro. Prinipalmente porque ela esta sempre ^indo na frente e inovando.

For isso e hem mais fadl para oce, corretor de seguros, atener as expectativas de quem quer tzer um seguro. Porque voce semte vai encontrar na Bamerindus

Seguros aquela proposta ideal para cada caso.

Portanto, se voce quer fechar mais negocios, so precisa estar preparado para responder a pergunta:

Cade a proposta da Bamerindus?"

(078)800-5022. ^

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Para maiores informagoes, ligue para a Central de Seguros Bamerindus, telefone Ligagao gratuita para redo o Brasil.

Nada como um premio depois do outro. No ano passado, a ■ Sul America conquistou

0 Marketing Best com

24 Horas". Este ano, a Sul America voltou a ganhar o prestigiado premio, gragas a sua atua^ao no marketing institucional. SULAMERICA SEGUROS Vendendo saude desde 1895 H #

patrocinando importantes eventos artlsticos e esportivos em todo o pals. Se depender da Sul America, 95 vai ser o ano do tji.

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0 case 'Assistencia

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