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VIDACASH BAMERINDUS.AMANEIRAMAIS fAcILDEVENDER SFCUK^'
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1^*^ BAMERINDUSSEGUR^ Naofagaseguronoescuro. Pe^aparaveranossapi'of
FENASEG
Federa9ao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitaliza^ao
DIretoria
Presidente: Joao Elisio Ferraz de Campos
Vice-Presldentes: Claudio Afif Domingos, Eduardo Baptista Vianna, Julio de SouzaAvellar Neto, Renato Campos Martins Fiiho, Ricardo Ody, Rubens dos Santos Dias. DIretores: Camiiio Marina, CesarJorge Saad, Niiton Molina, Pedro Augusto Schwab, Pedro Pereira de Freitas, Sergio Timm.
Conselho Fiscal -
Membros Efetlvos: Joao Bosco de Castro, Joao Juiio Proenga, Orlando Vicente Pereira. Sup/enfes. Jorge Carvaiho, Jose Maria Souza Teixeira Cos Lucio Antonio Marques.
Conselho Consultlvo
Presidente: Joao Elisio Ferraz de Campos
Membros Efetlvos: Aifredo Fernandez de t-arre
Ararino Salium de Oliveira, Carvaiho, Dario Ferreira Guarita Fiiho, Francisco Caiuby Vidigal, Henrique da Siiva Saraiva Jayrne
Brasil Garfinkel, Jos6 Americo Peon de Sa, Jos Castro de Araujo Rudge, Luiz de CamPOS SaNe
Luiz Eduardo Pereira de Lucena, Luiz ...•
L. de Vasconceiios, Mario Josb Gonzag ..'
Nicolas Jesus Di Salvo, Paulo Sergio Barto
Roberto Baptista P. de Aimeida FNtio Roberto Cardoso de Sousa, Rony Castro de O Sergio Syivio Baumgarten Jr.
Membros Natos: Ademir Francisco D (g
O. Continentlno de Araujo, Antonio Carios Bapjiste
Pereira de Almeida, Antonio lavaxes dynggel
Giiberto Possiede, Jorge Estacio da Junqueira Pereira, Octavio de Magalhaes.
REVISTA DE SEGUROS
6raao informative da Federa?ao Em-presas de Seguros Privados e de Capitaiizafao
PUBUCAQAO iNTEGRANTE iMPRENSA DO MERCOSUL-COPREME^Mercado juntocom SiDEMA(Servigo1"'°'''"® ^ gi eL Segurador da Repubiica Argentina^, el PRODUCTOR (Pubiicagao da Associag tes e Produtores de Seguro d®^ P |jgg.go do do Uruguai) e Jomai dos S^uro capitaii- Sindicato dos Corretores de Seguros e de Cap zagao do Estado de Sao F®®'®]'
Edigao: Angeia Cunha .gg & Assessoria
Coordenagao Editorial: V.M. T 240.2016
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5 ENTREVISTA
Amaury Silveira, da Anapp, fala sobre as expectativas com a reforma da previdencia
8
CAPA INTERNACIONAL
Estudo mostra que use do cinto de seguran^a ja salvou 5,4 mil vidas por ano
18
O future do mercado depende da formacao de blocos economicos
CAPITAUZAQAO
Novas regras impoem mais rigor ao mercado de capitaiizafao
Sul America faz 100 anos e comemora com espetaculos raros
Empresas estrangeiras deverao ter livre acesso ao mercado brasileiro
editorial 4
SAUDE 14
CULTURA 20
seguro BANCARI0....22
% i ■■ If:- t^.," ^ ^>.TS " ;?
tTffTTTf''rwsTr-1'^ "■y'z 'y/ v,
Central de Seguros Bamerindus telefone (078) 8005022! Liga?ao gratuita para todo o Brasil
1
•J-: ♦ ,1
30
ESPECIAL 38 CONJUNTURA
26 CONSUMIDOR
CONGRESSO 35 MARKETING 36 SEGURANgA "40 EXPORTAgAO 42 LIVROS 45 OPINIAO 46 NOVOS PRODUTOS 47 RAPIDAS 48
NOTAS....50
C0MP0RTAMENT0....24 PARCERIA
28 CORRETOR 32 ARTIGO 34
NOMES E
amaury soares silveira
O Presidente do Conselho Superior da Associa^ao Nacional de Previdencia Privada (Anapp), Amaury Soares Silveira, entende que o pais nao pode prescindir de manter urn sistema basico de previdencia publica, devido ^ grande massa de trabalhadores na economia informal.
A^oes institxicionais
Bmboraosdadosaindanaoestejamfehados,omercadoseguradorbrasileiro
sabe que 1995 foi o melhor ano de sua histdria. Nao so a produgao global cresceu, como — o que e mais importante — vai aumentar a sua particlpagao na formagao do Produto Interno Bruto. Essa tendencla, que se Iniciou no segundo semestre de 1994, demonstra que a ativldade seguradora, a partlr da estabilizagao da economia, esta se desenvolvendo acima das demais atividades produtlvas.
Lima pesquisa de opiniao, encomendada pela Fenaseg e pela Funenseg, revela essa perspectlva que, para persistir, so depende da atuagao do mercado segurador. Comeg3 a se formar, entre os braslleiros, a consclencla da necessidade do seguro para enfrent^'^ sltuagoes adversas e a maiorla esta satlsfelta com os servlgos prestados. Uma grande parte acha Importante estar e ter seus bens segurados e, entre os fatores que afastam boa faixa de possfveis cllentes, o mais comum e o desconhecimento. Mesmo sem saber citar qualquer dado concreto, essa falxa de entrevistados tem a sensagao de que 0 seguro e muito caro e nao conhece as varias modalldades exlstentes. Nota-se na pesquisa que, apesar de nao ser prioridade, ha uma pre-disposigao das pessoas para fazer seguros. Os espagos, portanto, estao abertos. A renda dos braslleiros, em geral, melhorou depois do Piano Real e temos uma moeda estavel, condigoes^baslcas para o desenvolvimento do setor de seguros em qualquer Pals. E se as condigoes baslcas estao estabelecldas, daf para a frente o que vale e a competencia e a capacidade de crlar e oferecer produtos de acordo com os interesses e o oerfil dos cllentes.
Essas consideragoes, obviamente, nao esgotam a pesquisa. Os dados estao sendo analisados em prolundldade para que as conclusoes slrvam de subsfdlos para agoes Instltuclonals do mercado ja que, Indlvldualmente, as companhlas seguradoras atuam fortemente, atraves de suas estrateglas de marketing junto ao publlco 0 que falta — ® al deve se concentrar o esforgo das entldades representatlvas — e um trialho mais slstematlco e conslstente para que o setor de seguros conqulste, deflnltivamente a Importancla aconomlca e social que deve ter em socledades do iamanho e complexldade da brasllelra. Essa e a nossa dlretrlz para 1996
QmaurySoaresSllvel-
ra — que tambem preside a Federagao Naclonal de Prevlden^'9 Prlvada (Fenaprev) — obque as reservas hoje dlsPonlveis em poder de entlda^^s^abertas e fechadas de pre- ll'^^nclano Brasll glraaoredor ® 60 bllhoes, "o que deJhonstra a vltalldade desse se0 Presldente da Anapp dlz iae possivel perceber a sen^"^ilidade do governo em apolo ^®^se segmento com poupansuflciente para alavancar de^®nvolvlmentoeconomlco."Mas
Podemos esquecer que 50% P uiassa atlva de trabalhadoPa Informalldade. Ou seja, fern
. 'Us uma deformagao", ponA segulr, os principals treda entrevlsta que ele con-
Cede'u ^ Revista de Seguros.
setorprivado no Brasilesta P''^paradoparaassumirparte previdencia socialnopats, ^ Partlr das reformas constl^^clonals?
'^ao me parece que a refor-
maconstltucional na to previdenciarlarepresenteaprivatizagao daprevidenciasocial no pats. Eu penso que sao aIteracoes de naturezaestrutural queseraotrazldasaessesetoratra vesdepropostasPuevfJ®] nirexatamenteoqueeaprevi
dencla privada, Para da T exemplo, aprevidenciaprivada nSvaemumunlcoartigona
0 qual era vedado a entdades dessa natureza ter auxi lo ou subvengaogovernamental.Hoje sefalaemprevidenciacompi
mentar facultativaetc. Entao a previdtaciaprivadapassaa ; SxisBrrciaeletiva^^
gaofederal apartirdestaretor ma constltucional.
□ Essamudangade wotlvada por gnais fatores Terlamsideas reservas que esse setorpossw.
te da economia naclonal. Esse valor corresponde a tres vezes ds reservas acumuladas pelo decantado sistema chlleno de pre videncia. Agora, a preocupagao do governo de crlar Incentives fiscals para as entldades de pre videncia demonstra a senslbllldade de que as reservas dessas entldades constituem uma poupanga, que permitlra alavancagem para o desenvolvimento economlco do Brasll. Entao, eu percebo que o governo tem esse entendlmento. Talvez haja uma certa frustagao por sentlr que sera mantldo o teto de dez sa laries mfnimos, pelo que me consta nas tratatlvas e no relatorlo do deputado Euler Ribelro (PMDB-AM).
□ IRouve pressSo do setor prlvadopara que os tetos dopagamento de beneftclos fossem atterados?
— Houve relvindlcagao grande da area empresarlal, do setor privado, por entender que a redugao de tetos garantlria uma ocupagao malor de espagos. Me
parece que sera mantldo mes mo 0 nfvel de dez salaries. Mas veja 0 seguinte: sao dez salari es comommlmo em R$ 100,00. No memento em que o mfnlmo subir para R$ 200,00 ou R$ 300,00 certamente esse teto pode ser reduzldo. 0 que se pensa e que a previdencia social estenda-se ate o nfvel de R$ 1 mil como cobertura maxima. Mas esse tema de teto salrla da constituigao e passarla para a leglslagao ordlnarla ou atd complementar. E a partlr daf, entao, haveria a complementagao pelas entldades prlvadas.
□ De acordo com o que se encamlnha, como e que devem Hear OS percentuais de contrlbulgao?
Eu acho que nos chegamos ao limlte do aumento dos valores de contrlbuigao quer seja do empregado ou da empresa. Alem dos nfveis que nds temos hoje nao e possivel avangar mais. E essa situagao ja traz problemas porque uma empresa hoje, quando val admitir alguem, ja pensa
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Joao Elisio Ferraz de Campos
^0 REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO OB k
^ ." V.
SiU5ao.artigo2022-
IVRseobiiws.oj"'
NOVEMBRO DEZEMBRODE 1995 REVISTA DE SEGUROS
nos encargos que tera nessa area. Eu nao acredito que os percentuais de contribuigao possam diminuir, mas tambem nao creio que haja condigoes de aumenta-los porque no Brasil esses indices ja se tornaram inibitivos ao emprego. E preciso que, com medidas gerenciais de combate a sonegagao e &s fraudes, nos tenhamos uma receita da previdencia social bem mais efetiva do que a que ocorre hoje.
□ A possibilidade. entao, e de quese tenha um sistema misto obrigatorio ou facultativo?
— Obrigatbria a contribuigao publica e facultativa a privada. 0 sistema que se esta delineando no Brasil segue os padroes anteriores com atteragoes estruturais, especialmente no que se refere k concessao de beneffcios. A grande mudanga vira das fontes de custeio que definira o que e assistencia, o que e saude e 0 que e previdencia. Deve acontecer a quebra de alguns privilegios, de algumas coisas que nao podem continuar. Deve haver discussao em torno de aposentadorias especiais, por tempo de servigo passando para parametros de tempo de contri buigao e idade. Existe ainda a questao do direito adquirido. Se eu estou num sistema do qual eu ja cumpri dois tergos, vou ter um beneficio dois tergos ligado ao passado e um tergo ao futuro. Ha quem diga que nao. Se eu entrei ontem e a lei for aprovada daqui a um mes eu tenho direito ao sistema anteri
or por ter entrado em regime diferente. Sao coisas que certamente serao discutidas na esfera juridica.
□ A/a sua visao, quale o modelo de previdencia que serve ao Brasii?
— Penso que o Brasii perde a oportunidade de criar um siste ma parecido com o argentino, onde existem varias solugoes que poderiam ser adotadas. Toda proposta, no entanto, tem que passar pela necessidade de manter a previdencia publica basica devido ^s caracterfsticas da populagao brasileira. Hoje, nos temos 50% da massa ativa
a contribuigao de quem desconta em foiha para a formagao de um boloquelhes de tranqOilidade.
□ 0 modeio chiieno, portanto, nao serve ao Brasii?
— A privatizagao total da pre videncia foi feita no Chile, um pats com situagao muito dife rente da nossa. A populagao chilena e menor que o numero de aposentados que nos temos.
E 0 que vigora no Chile nao se instalou em nenhum outro pals da America Latina porque ha uma coisa chamada direitos adquiridos e e muito ruim o nao respeito a isso. Alias, no Chile a mudanga radical so aconte-
mudar. Por exempio, contribuinte podera ser considerado todo aquele que consume — e todas as pessoas consomem agua, luz, transporte, alimentos etc. Sao coisas que nao sao consumidas apenas pelos tra balhadores com carteira assinada. Entao, para mim ha trgs pontos fundamentals na reforma constitucional. Primeiro ^ a revisao das fontes de cus teio. Depois a separagao de assistgncia, previdgncia e saude, trgs coisas completamente distintas e, por fim, a revisao dos criterios de concessao de be neffcios porque existem coisas que nao estao de acordo com a realidade.
□ 0 senhor acha que devehaverumadepuragao entre as empresas de previdencia privada em fungao do prophO mercado que faz uiua exciusao natural daquelas menos sadias?
do Brasii na economia informal. Temos, assim, uma deformagao. Ou seja, 50% da massa ativa contribuem para formagao de be neffcios que hoje atendem k totalidade das pessoas no Brasii. At6 quem nunca contribuiu tem, pela constituigao, o direito a um subsfdio assistencial que atualmente e de um salario mfnimo ao atingir 75anos de idade. Veja, nada tenho contra a aposentadoria na area rural concedida a uma massa de pessoas que nada contribufram. Se me disserem que 0 beneficio deles e pelo trabalho, nao ha duvida. Entao, quem deveria atender esta parcela da populagao e a assistgnclasocial, naoaprevidenciacom
ceu porque de um dia para o outro durante o governo de Pi nochet, a legislagao que prevalecia foi deixada de lado e uma nova tomou o seu lugar. 0 que pode ser feito no Brasii e um sistema misto corn a participagao da previdgncia privada sem excluir a publica.
□ 0 senhorabordou o probiema da economia informalno Brasii. Ja existe uma ideia Clara de como ficaria esse coniingente corn as mudangas?
Possivelmentesehouveruma
revisao das fontes de custeio outros conceitos tambem vao
tados gs novas regras e nao foi permitido.. Isso gerou situagoes de pessoas recebendo beneffci os muito pequenos e que nao foram corrigidos. Depois vieram OS pacotes economicos que tamf^em trouxeram problemas pela falta de parametros de corregao dos pianos. Entao, ate pode acontecer de ocorrer fusao de Pequenas empresas para que alas tenham no mercado uma Presenga maior. Mas nao acre dito em quebradeira de empre sas. Depois dessa lei, as enti dades estao sendo devidamenfo fiscalizadas e orientadas.
Q Qual e 0 pertil do setor de previdencia privada hoje no pats?
□Ospianoshojeoterecidosnas areas de aposentadoria e compiementagao de renda devem termudangas signiticativas a partir do momento em que passarem a atender demandas de varies grupos socials?
— Mudando a legislagao sera possfvel, por exempio, ter pia nos com maior extensao no que se refere ao embasamento financeiro. Pode acontecer ainda que as empresas tenham incentives de natureza salarial que facilitem a colocagao dos pianos. Agora do ponto de vista mercadologico se poderia dizer que estamos bastante adequados e
ma imediato de gerenciamento reduzem o beneficio e aumentam a contribuigao. Mas as re gras do conserto de longo prazo determinam que fagamos at teragoes estruturais, desenvolvendo a economia. Ha uma serie de medidas que podem fazer com 0 sistema se desenvolva e tenha outro nfvel de atuagao. Agora, nao sao apenas com medidas de natureza gerencial que vamos resolver o problema da previdgncia social.
□ 0 Brasii sd percebeu essa situagao agora ou ja havia se dado conta e agora, etetivamente, toma uma atitude?
da foIha das empresas, em 1965. Hoje, 30 anos depois, comprometem 20% e a projegao para 0 ano 2025 e de que comprometam 48%, mantendo-se a contribuigao do empregado como esta hoje. Isso mostra que nao ha mais condigoes de manter a situagao como esta ou va mos chegar ao caos.
— Depois da lei 6.435, normatizando a previdgncia priva da, as coisas se colocaram da uma forma bastante estavel. Nao temos casos de liquidagao de instituigoes. Nos ultimos 20 anos duas entidades foram li' quidadas e no mesmo perfodo possivelmente ja foram liqui' dadas 30 seguradoras e um nd' mero de bancos mais ou me nus igual. No passado, os problemas enfrentados por essas empresas foram decorrentes eiais de decisoes governamen' tais do que das prdprias em' Ptesas. Um exempio dissoe qoe quando a lei surgiu, nos do setor privado querfamos que os pianos do passado fossem adO'
^ Temos em torno de "loo entidades, algufPas com nfvel de ope'"agoes muito incipienfas e certamente com 3s mudangas constituaionais havera espago Para que essas tam bem participem mais do mereado. Efetivamente operando, existem em torno de 60 a 70 ^mpresas. E isso representaalgo torno de 3,5 milhoes a 4 biilhoes de segurados.
A maioria desses segurados ingressa atraves das suas em presas ou buscam seus pr6priospianosparticuiarmente?
^ Aumentou muito o numero be empresas que possuem seiis btoprios pianos junto k rede bOvada de previdgncia. Mas se boderia dizer que nesse numeexiste um equilfbrio, metade b metade, de quem entra atra ves de empresa e diretamente.
a tendgncia e a de continuarmos atentos a essas necessidades muito especfficas que por Ventura possam surgir.
□ 0 senhoracredita que o sis tema vigente tem condigdes deassegurarosbenetfciosde todos OS contribuintes neie inciutdos, por quanto tempo mais?
Se nenhuma modificagao fosse feita ele duraria muito poucotempo. Eg nao sei se nos terfamos condigoes de conviver com 0 sistema atual por mais cinco ouseisanos, mas naochegarfamos na prbxima decada com certeza. As regras do siste-
—■ 0 problems da previdgn cia social no Brasii e o mais diffcil de ser atacado, na minha opiniao, porque ele toca no bolso das pessoas. Quan do alguma proposta contraria interesses, e um Deus nos acuda. Os que se sentem atingidos nao dormem direito e vao tratar de fazer lobby para influenciar quem tem poder de decisao. E uma guerra. Precisamos de vontade polftica e coragem para mexer nessas coi sas. E hoje nos temos um pre sidents que \k declarou que estg disposto a isso. Eu fiz uma pesquisa que demonstra o seguinte; as contribuigoes pre videnciarias significavam 8%.
□ Com a estabiiizagao da eco nomia, apos 0 piano Real, houve um crescimento tanto na area de seguros como na venda de pianos de pre videncia privada. tJlesmo assim ainda e pequena a parceia da populagao bra sileira que tazseguro oupia no previderrciario 0 que acontece, os pia nos estao muito ca res, a renda e baixa ou taita cuitura nesse sentido?
— As pessoas geralmente se inscrevem em pianos cujos valores nao atendem suas necessidades futuras. E muitasvezes constatam que a famflia nao ficara integralmente assistida. Entao 0 nfvel de renda entra af como um dos componentes. 0 ou tro, sem duvida, e a cuitura. Ningugm pensa que vai morrer, e quando o sujeito se aproxima de uma idade mais avangada e que se preocupa em procurer uma entidade. Os pia nos, entao, sao muito caros por que 0 tempo de contribuigao sera muito pequeno. Na Holanda, 60% das pessoas tgm pianos ,de previdencia privada e no Brasii, menos que 10%.
"O
BrasU precisa de um sistema misto de previdencia — privada e publica — porque 50% da massa de trabalhadores estao na economia informal"
REVISTA DE SEGUROS
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"A projegao para 2025 e de que as contribui^oes previdenciarias comprometam
48% da foIha das empresas. Nao ha como manter o sistema como esta"
DEZEMBRO DE 1995 (ft., ii "^OTUBRO NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1995 REVISTA DE SEGUROS
'Por Jussara Machado
Estudo mostra que uso do cinto ja salvou
5,4 mil vidas por ano
Etaxista Roberto Car-
valho, 55 anos, conhece na palma da mao OS pontos negros do transito carioca. Ha trinta anos ganha a vida transportando passageiros e tendo sobressaltos, Sao medos, sustos e imagens de acidentes, com mortos 0 feridos. Ha um mes ele se convanceu qua o uso do cinto da seguranga pode adiar a morta. "Eu tinha tudo para nao aderir. Em 1970 sofri um acidente a so nao morri porqua estava sem o cinto da seguran ga. Fiqual oito mesas internado", conta Roberto, diretor do Sindicato Nacional dos TaxistasRio, "Mas 0 uso do cinto a uma quastao de intel igencia a da salvar vidas. Tam qua virar habito", acradita.
Um estudo realizado pala Sociedada Brasilaira da Ortopedia a Traumatologia - Regio nal Rio da Janeiro, am convenio com 0 Hospital Municipal Miguel Couto, damonstra qua o taxista tam razao. Os dados do astudo ravalam qua o cinto da saguranga ja salvou carca da 5,4 mil vidas por ano a amanizou o
Apopula^aodoRiodeJaneirolderiulTdJJJ^
sofrimanto de 42,6 mil qua ficaram com algum tipo da se quela, As fichas da internagao do hospital escondam um outro dado astarracador: 90% das 6,8 mil vitimas da acidentes da transito atandidas nos ultimos quatro anos machucaram a cabaga a o paito.
ao uso do cinto de seguranga
As chances de as vitimas da acidentestraumatizaramacabega a a coluna cervical — paries mais protagidas palo uso docinto daseguranga—sao muito gran- das. Para cada tres acidentes, um provoca asta tipo da lasao", revala o medico Marcos Muzafir, chafe da emargencia do
as com idadas antra os 19 a 44 anos a causada por acidentes da transito — a as batidas ocori^em quasa sampra a manos da oito quilomatros da rasidencia da vitima a am valocidada abaida 60 quilomatros por hora. "Muitos motoristas ou passagai•"os, qua nao usam cinto da saQuranga, morram am valocidada abaixo da 20 quilomatros. Va locidada da quam asta astaciooando", diz 0 medico, um apaixonado pala saguranga no transito, conta qua 46% das vi timas da acidentes sofram da Iraumatismos na cabaga— isso inclui a face, o cerabro a a co luna cervical Pica para sampra 9 dor da quam dasprazou o cin to de saguranga.
As lesoas mais graves sao na cabaga, afirma. "0 cinto da saguranga tam como uma das suas principals fungoas impadir qua as passoas batam com a cabaga no vidro". Sagundo ale, 70% das camas dos hospitals publicos da emargencia no Bra sil sao ocupadas por vitimas da acidentes da transito. Em primeiro lugar vem os atropalados, dapois as vitimas de acidentes da vaiculos a os motociclistas. Na opiniao da Muzafir, o cinto funciona, na verdada, como um capaceta para o motorista alem da pravanir o trauma da 0 mantem no controla cabaga.
Queda dos acidentes deve ajudar DPVAT
Hospital Miguel Couto a diratoi" da Sociedada Brasilaira da Ortopadia a Traumatologia.
Baixa velocidade — SO' uiente no municfpio do Rio de Janeiro sao ragistrados nove ecidentes por hora, sando dois com vitimas. Sagundo Muzafio a maioria das mortas da passO'
Pelos corradoras do Hospi tal Miguel Couto, no Lablon, ^ona Sul do Rio, da um lado Para o outro, axaminando as Vitimas da acidentes da transito estandidas am macas na UTI Ou na sua apartada sala da SBOT, na Lapa, no Cantro da cidada, envolvido com organizagao da seminarios sobre a sua aspacialidada a campanhas educativas "—, Muzafir nao se conforma com Os numeros dassa sangrento campo da bataiha qua virou o asfalto. "Os dados sao astarracedoras. Para cada passoa qua niorra am acidentes da transito, 11 sobrevivam mas fleam com sequalas para o rasto da vida. 0 transito no Brasil mata uma passoa a cada 13 minutos," informa.
0 prasidanta do Convenio DPVAT, Alfredo Carlos Dalbianco, a um defensor ardoroso do uso do cinto da sa guranga. Nao bastassa respondar pala carteira qua a afatada diratamanta palo alto indice da acidentes do transito, Dalbianco foi tastemunha ocu lar, duranta 38 anos, da muitas mortas a pardas totals da vaiculos, quando raspondia pala liquidagao da sinistros a riscos pessoais da Itau Saguros. "Na epoca dos automovais grandas, ha uns quinza ou vinta anos, era tarrival. As passoas nao usavam cinto de saguranga a o que rnorria de genteera imprassionanta. Batia 0 carro, morria", ralembra. Morador de Sao Paulo, o prasidanta do convenio a hoja mais um dos milharas da mo toristas queenfrantam os transtornos a angarrafamentos do trSnsito caotico da maior matropoia daAmerica Latina pro-
tagidos palo cinto da sagu ranga. Quando antrou em vi gor a lai qua tornou sau uso obrigatdrio am Sao Paulo, no inicio dasta ano, houva uma grande polemica am torno do assunto. Mas o bom sanso acabou prevalacando. Hoja, diz ale, a dificil var motoristas ou passageiros sam o cinto. "Eu naosei dirigirsem usaro cin to da saguranga. Dasda o tem po am qua os carros s6 aram aquipados com o cinto abdo minal, au ja usava", conta, acrascantando qua ficou surpraso com a sua acaitagao.
"0 paulistano acaitou a ideia da obrigatoriedada do uso do cinto sam maiores dificuldadas. Nao sai sa foi por causa da multa, mas o fato a qua a campanha funcionou." Por isso, espera Dalbianco, as autoridades a a iniciativa privada nao devem deixar de estimular as campanhas educati vas no transito, para que nao
caiam no esquecimento.
0 Convenio DPVAT ainda nao dispoa da dados estatisticos sobre uma eventual queda nos indices dasinistralidadeda carteira em fungao da redugao da vitimas de acidentes, palo uso do cinto de seguranga. "Nao a possival dimansionar a ralagao custo-beneficio do uso do cinto seguranga para efeito do seguro DPVAT, qua a um seguro de danos pessoais. 0 DPVAT cobra assistencia medica, mortaa invalidezem consequenciade acidentes detran sito a nao leva em conta se a vitima usava ou nao o cinto" explica 0 prasidanta do Con venio. "Mas ja asta provado que, com o uso do cinto, o numero da acidentados graves diminuiu. A propria prafeitura de Sao Paulo ja constatou qua vem gastando menos com as Unidades deTratamento Intensivo (UTI), para salvar uma vida", diz.
^ '1 -I T- "'"T# W - ■ I ! '.'Ill I I I ,> , 1. I I'
"• """" ' ■ijl'P".
REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO NOVEMBRO DE2EMBR0 DE 199® .4
Para cada tres acidentes de transito, um provoca lesao na cabega e coimia cervical
1
« O grande '^charme' do cinto de seguranga e que ele educa as pessoas'
Marcos Muzafir
OUTUBRO NOVEMBRO! DEZEMBRO DE 1995 REVISTA DE SEGUROS
DMA QUESTAO DE SEGURANCA
Uma pesquisa da U Sociedade Brasileira de ^ jTraumatologia /RJ, em P* Iconvenio com o Hospital I |Miguel Couto, revelou que f Bo numero de
Depois
das vitimas do transito machucam vitimas de ^ 'acidentes que nao ^ usavam cinto de '"'seguranpa foi reduzido para 20% em setembro. ■Antes, eram 80%.
O transito no BrasU mata uma pessoa a cada 13 mmutos.
PESSOAS PODERIAM SOBREVIVER A CADA ANO, SE ESTIVESSEM USANDO 0 CINTO NA HORA DO ACIDENTE
PESSOAS FICAM COM SEQUELAS EM ACIDENTES DE TRANSITO, QUANDO NAO USAM 0 CINTO
Os acidentes de transito sao as principals causas de morte dos 5 aos 40 anos
' dos leitos hospitalares sao ocupados ® por vitimas do transito
acidentes por hora, sendo dois com vi'timas
[•B No Brasil, os acidentOo: matam uma pessoa a cada
O cinto de seguranqa
MITOS
1) 0 cinto prende o ocupante ao veiculo em casos de incendios ou submersao.
tamento de motoristas e passageiros. Uma pesquisa realizada pela Sociedade de Ortopedia, tambem em convenio com o Hospital Miguel Couto, revelou gue no mes de setembro — um mes apbs o inicio da vigencia da lei — apenas 20% dos 62 acidentados que deram entrada no hospital nao usavam cinto. Em junho, a proporgao era bem maior: das 92 pessoas acidentadas que foram atendidas no Miguel Couto, 80% nao usavam cinto, "Em junho, a gravidade das lesoes era bem maior. Em setembro, notamos que, principalmente na cabega, na coluna cervical e na face, a gravidade das lesoes foram reduzidas em 40%", revela Muzafir.
dando, com certeza e uma pes soa que preza mais a vida", diz. Muzafir sugere que as companhias de seguro promovam campanhas de educagao no tran sito, com faixas de orientagao sobre os pontos negros. "Todos OS dias entre bs 18:00hs e 20:00hs ocorrem dois ou tres atropelamentos na Avenida Presidente Vargas, em frente a Cen tral do Brasil. Isto e diario. Entao, por que nao colocar um si nal luminoso com um tempo
maior para o pedestre atravessar ou construir uma passarela para evitar que isso acontega?", questiona, indignado.
Pelos calculos da Socieda de Brasileira de Ortopedia e Traumatologiaedo Hospital Mi guel Couto, 0 tratamento de cada dqente vftima de acidente de transito, custa R$ 10 mil. "Se as empresas do mercado segurador investirem nas campanhas de educagao de transito para o uso do cinto, e aconselhar a
diregao defensiva, os acidentes vao diminuir e, consequentemente, a economia sera grande", acredita Muzafir. Ele acha que e preciso haver uma grande reflexao por parte das autoridades, dos fabricantes de vefculos. das seguradoras, dos postos de gasolina, e de todos aqueles que, direta ou indiretamente, dependem do transito. "A vacina para OS males do transito e o cinto de seguranga", prega.
Por Tim Lopes
Em busca de parcerias para campanhas educativas
da diregao, "Essa e a grande chance de mudar o comportamento do motorista. Usando o cinto ele passa a dar mais valor a vida, a respeitar mais o pedestre, a correr menos e a avangar menos o sinal, Este e o charme do cinto de seguranga: ele educa".
Adesao — Desde o dia 29 de junho passado o prefeito C6sar Mala sancionou a lei, de autoria do vereador Nilton
Para cada um que morre, 11 sobrevivem com seqiielas REVISTADESEGUROS
Nahum, que tornou obrigatdrio 0 uso do cinto de seguranga, no Rio — a exempio do que ja ocorria em Sao Paulo, desde o inicio do ano. A adesao foi quase total no transito louco das duas metropoles. Ainda bem. E exatamente nos cruzamentos das ruas e avenidas das grandes cidades brasileiras~e nao nas estradas — que sao registrados 88% dos acidentes de transito. Setenta por cento deles, ocorrem nos primeiros dez minutos de diregao. 0 cinto de segu ranga nao reduz o numero de acidentes, mas reduz o numero de acidentes graves e a gravidade das lesoes de quem se machuca. Por isso, sao importantes as campanhas para o uso do cinto" diz 0 medico.
Os primeiros estudos feitos apbs a obrigatoriedade do cinto de seguranga ja demonstram sinais de mudanga no compor-
2) Os cintos provocam lesoes.
3) Os cintos sao uteis so em estradas e em viagens longas.
4) 0 outro motorista e que e pior e causa acidentes.
5) Mesmo apbs ingerir bicool, controla-se o veiculo.
VERDADES
1) Menos de 1% dos acidentes ocorre por incendio oQ submorrr ^ ocupantes ejetados
2) Raramente. Mas, quando provocam, e pelo uso inadequado.
3) Cerca de 2/8 dos acidentes ocorrem nas cidades, prbximos da casa das vitimas. A maioria, a menos de 40 Km/h.
4) Talvez. Porem todos estao igualmente expostos aacidentes.
5) A droga e o alcool estao presentes em cerca de 40% dos acioentes.
Pontos negros — Na avaliagao dos medicos, e preciso que OS governos invistam em cam panhas educativas nao sb para tornar o uso do cinto um habito, mas para conscientizar as pes soas, de um modo geral, a se comportarem adequadamente no transito. Os maiores riscos de batidas, por exempio, estao na irresponsabilidade do motorista, no mau pedestre e nossinais com defeito. 0 diretor do Hospital Miguel Couto, Paulo Pinheiro, ja conhece de longe a vitima de transito que usava ou nao o cinto na hora do acidente. "Quando o paciente e retirado da ambulancia de maca, certamente nao Usava 0 cinto. Mas se entra an-
As primeiras nogoes de educagao no transito devem ser ensinadas desde o infcio da vida escolar. Esta e a prin cipal estrategia da Companhia de Engenharia de Transito (CET-Rio), que criou o Projeto Sala de Aula — parte integrante do Programs de Edu cagao do Transito na Escola — com 0 objetivo de contribuir para a melhoria do trbnslto. Atraves de h'stbrias em quadrinhos, os personagens Pedro e Rita brincam e ensinam nogoes de transito. A diretora do Centro de Educagao para o Transito, Flora Har Zahav, lembra que nao foi diffcil a aceitagao do carioca ao
cinto de seguranca. "Contamos com a ajuda do Zico e de associagoes como Abpa (Associagao Brasileira de Prevengao de Acidentes). 0 uso do cinto e uma questao de cidadania. Usb-lo e tao fundamen tal como nao jogar papel no chao", ensina.
A propalada falta de recursos oficiais deixa Flora bvontade para procurar parceria na iniclativa privada e,- assim, conseguir promover as cam panhas educativas. Ela acha que a obrigatoriedade do cin to aqui no Rio deu um empurrao definitivo para que o usuario nao veja o carro como uma arma. "Sua vida por um
cinto", "Cinto de seguranga: seu amigo do peitd', "Sinta seguranca: use o cintd', "Use cinto. De segurangd'. 0 obje tivo da diretora e conseguir o patrocfnio de empresas privadas para a confecgao de faixas que estampem estas mensagens — e que teriam seus nomes e marcas estampados num dos extremos das faixas.
A Prefeitura, atraves da CETRio, ficaria encarregada de distribui-las em pontos estrategicos de ruas e avenidas da cidade, "Seria um grande marke ting e um estimulo a educagao no transito", diz Flora, que agoratorce para que aparegam OS interessados.
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OUTUBRO/ NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 1995 REVISTADESEGUROS
AXXV
Conferencia
Hemisferica de Seguros da Fides reuniu 1,4 mil seguradores em Washington
O future do mercado depende da forma^ao de blocos economicos
s seguradoras que ficarem pensando apenas na sua politica interna, preocupadas com 0 "quintal" do concorrente, podem acabar perdendo o mo menta atual, no qua! o mercado como um todo comega a dar urn grande salto de qualidade. 0 fu ture do novo segmento segurador sera desentiado, indiscutivelmente, a partir da formagao de blocos econdmicos e de estrategias conjuntas. 0 importante agora e sa ber exatamente como se posicionar nesse processo de "reengenharia" polttico-economica. Essa conclusao pode ser tirada de um encontro de porte. que acaba de
ser realizado em Washington, a Fides'95, XXV Conferencia He misferica de Seguros, entre os dias 29 de outubro e 01 de novembro. 0 evento — que acontece a cada dois anos —, reuniu um total de 1.400 seguradores, resseguradores e prestadores de servigos — nao apenas dos paises ibero-americanos, mas tambem de outros blocos importantes, como Alemanha, Inglaterra e Japao. A boa organizagao ficou por conta da International Insu rance Council, entidade norteamericana que Integra a Fides.
De todos OS palses participantes do encontro, o Brasil se destacou como verdadeira blue-
cA/iD.Asimportantesreformasque
0 governo vem fazendo o colocam como um dos mercados com maior potencial de crescimento.
E se a economia como um todo e vista como promissora um
CO politico para essa regiao. Nlarcando presenga—Do Brasil seguiram 60 seguradores e corretores, "Nosso pals precisa marcar presenga em fbruns como 0 da Fides. Podemos tro car experiencias e tragar estrate gias em conjunto com outros pa lses", explicou Cllnio Silva, membro honorario da Fides e unico presidente brasileiro que ja comandou a entidade. A conferen cia desse ano deu especial aten gao a discussao sobre tecnologia; junto &s palestras foi realizada a INTEREXPO com exibjgao do que ha de mais moderno em suporte paraa industria de segu ros. A IBM, por exempio, apresentou suas novas "arquiteturas" especialmente montadas para
atender as necessidades especlficas desse segmento. Dois representantes brasileirosforamconvidadosaapresentar palestras, com grande sucesso: JulioAvellarNetto, vice-presidente da Sul America e da Fenaseg, falou sobreseguro de automdvel, e Jose Americo Peon de Sa, pre
sidente da Aurea Seguradora e tambem conselheiro da Fenaseg
— eleito na Conferencia diretor paraa area de informatica na nova composigao da Fides—demonstrou como funciona o seguro de vida no Brasil.
Sem duvida,o Brasil foi oassunto do dia na Conferencia, que acabou se transformando em um grande encontro de negdcios. A perspective de abertura de nos so mercado — com a flexibilizagao nos monopolios de resseguro e acidente do trabalho despertou o interesse de inves tidores estrangeiros. Um encon tro de tantos homens de negdcio nao poderia deixar de ser uma oportunidade para alinhavar ou ate fazer contatos e parcerias.
Gera^ao do ccp amor" nao faz seguro
setor espectfico tem despertado a atengao dos investidores estrangciros. A sensibilidade desses executivos, e de que o segmento segurador brasileiro e um dos mais atraentes do grupo conhecido como emergente. "E impor tante que 0 mundo se aperceba do potencial de alavanca do mer cado de seguros como grande gerador de poupanga, principalmente para paises emergentes que necessitam de recursos, como os daAmerica Latina", lembrou, logo na sessao de abertura, o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Enrique Iglesias, que anunciou o projeto para criagao de um seguro de ris-
A geragao norte-americana do "paz e amor" e seus filhos nao ligam para a necessidade de fazer seguros. Por conta disso, as seguradoras dos Estados Unidos estao precisando reformular sua estrategia de vendas. Especialistas do mercado ja detectaram que se algo vai mal, o principal motivo pode serexplicado pelo total desinteresse dos ex-jovens de Woodstock — hoje bem-sucedidos executivos ou profissionais liberals em cuidar da preservagao de seu patrimbnio. 0 melhor exam ple desse fenomeno pode ser sentido na Prudential, maior companhia de seguros de vida nos Estados Unidos.
Apenas em 1994 houve uma perda de US$ 1,2 bilhao no balango do grupo, um pre-
juizohistoriconogrupode120
anos, que agora e perseguido atodo custo. Acabadeser "importado" do Banco Chase Manhattan o novo presidente da companhia, o especialista em marketing, novos produtos esolugoestecnologicas,Arthur Ryan, 52 anos, o primeiro que nao foi guindado ao posto depois de seguir carrelra dentro da propria Prudential. Sabemos que estamos enfrentando momentos diflceis. E precisamos correr para melhorar o quadro", conta Robert ^de Felippo, diretor de Relagoes Fublicasdo grupo. A boa notlcia ja pode ser comemorada; no primeiro semestre desse ano 0 resultado ficou no azul e aexpectativaateofinal de1995 e de voltar a fechar novamente com lucro.
Para conquistar esse publico-alvo, chamado de "Ge ragao X", a Prudential acaba de preparar um pertil do consumidor potencial. Tem hoje entre 40 e 50 anos, mas como pegou "carona" na filosofia dos tempos de Woodstock, acha que nao precisa cuidar do seu patrimonio e future. E 0 que e pior; os filhos dessa geragao tambem nao demonstram 0 menor interesse para 0 seguro. A estrategia tem side correr atras desse grupo em revistas e programas de radi os especializadas nessa ge ragao. Alem disso, estao sendo contratados corretores do mesmo perfil e nem mesmo a rede Internet foi poupada. Todas as baterias estao voltadas para esse grande esforgo de vendas.
Know how— "Vou nas conferencias da Fides ha 20 anos, mas nunca vi o Brasil ser tao procurado", contou Jorge Estacio da Silva, vice-presidente da Bradesco Seguros e presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro. Um dos assuntos que chama a atengao dos concorren tes estrangeiros, por exempio, e 0 know-how brasileiro a partir do modelo de intermediagao e cobranga bancaria. Os delegados perceberam que realmente esse e um momento especial para o fu ture do mercado segurador. "E uma demonstragao clara de que 0 Brasil esta no caminho certo, que precisamos continuar as profundas reformas ja iniciadas inelusive na area de seguros, quebrando OS monopolios aindaexistentes", completou Antonio CarlosPereirade Almeida, vice-presidente da Cia. Paulista de Se guros e presidente do Sindicato das Seguradoras de Sao Paulo.
Joao Elisio Ferraz de Campos, presidente da Fenaseg, ficou satisfeito com a expressiva presenga brasileira. "Precisamos apertar 0 passo para nao perdermos o bonde da modernidade". Na reuniao em Washington houve tambem eleigao na Fides. 0 chileno Francisco Serqueira, 44 anos, foi sscolhidoparaocuparapresidencia da Federagao em lugar do colombiano William Fadul para um mandato de dois anos. "0 Brasil tem um enorme potencial. E um grande pats. Mas o comercio e uma via de mao dupla, necessitando de regras claras e estaveis. Isso naopodeseresquecido", afirmouoadvogado.queganhounotoriedade principalmente por ter sido um dos "pais" da reforma da previdencia privada chilena. A proximareuniaoseranacidadedo Mexico, em 1997.
Por Sonia Araripe
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"Precisamos marcar presen^a em fomns como este para trocar experiencias e tracar estrategias em conjimto com outros paises"
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REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO / NOVEMBRO DEZEMBRO DE 1995 ••■■'■ ■••'v. ... f'
"O interesse dos concorrentes peio Brasil e uma demonstra^ao clara de que estamos no caminho certo"
Antonio Carlos P. Almeida
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1 OUTUBRO/NOVEMBRO/ DEZEMBRO DE 1995 13
REVISTA DE SEGUROS
Seguradoras aderem a campanhas e oferecem descontos para nao fumantes
te 0 fim deste ano, tres milhoes de pessoas vao morrer no mundo inteiro vi'timas de doengas causadas pelo tabagiS'mo. A Organizagao Mondial da Saude (OMS) indica qua, no ano 2020, 0 numero de dbitos relacionados ao mesmo mal alcangara a marca de dez milhoes. Maior causa isolada evitavel de morte no mundo, o tabagismo mata mais qua a AIDS, a heroma, a cocama e o alcool jun tos. As chances de um amante do tabaco morrer prematuramente sao 50% maiores em relagao a um nao fumante. Se voce nao liga para sua saude, pense no meio-ambiente. 0 cultivo do fumo exaure o solo e devasta a mata nativa. Em numeros, isso significa que 300 cigarros fumados equivalem a uma arvore derrubada. Se a ecologia tambem nao convence, o jeito e apelar para o bolso.
Cientes de que o tabagis mo e responsavel por 90% das mortes em conseqOencia de cancer pulmonar; 85% dos dbi tos registrados por enfisema e bronquite; 55% dos casos de
derrame com morte; 45% das doengas coronarianas fatais; e 30% dos dbitos registrados por cancer em geral, as segurado ras brasileiras estao comegando a privilegiar os antitabagistas. Afinadas com os mercados europeu e norte-americano a Executivos e a AGE Brasil Seguros ofe recem descon- rii tos de 15% para nao tumantes. Desc 0 n 10
— Luiz
Fernando Behring,
superintendente de Marketing da Executivos Seguros, diz que a ideia de criar o desconto esta baseada na expectativa de vida maior que o nao fumante tem. "Resolvemos beneficiar o cliente que nos da a chance de te-lo conosco por mais tempo", justifica Behring.
Na AGE, que langou o servigo em 1990, dois antes que a Exe cutivos, a preocupagao e com
a comprovagao das informagoes prestadas pelo seg'urado. Quando anunciou o servigo, a seguradora verificou que a maioria de seus clientes se dizia nao fu mante. Behring, no entanto, acha que isso nao e problema.
"Quando vendemos um seguro de vida para um nao fumante, temos o cuidado de conferir a veracidade da informagao.
cobrir que vai receber um beneffcio por preserver sua sau de".
Programas — A pediatra Luisa da Costa e Silva, respon savel pelo Projeto Escola dentro do Servigo de Controle do Tabagismo ligado ao Inca, co menta que 10% do total de municfpiqs do pafs, cerca de 500, ja abragaram a campanha. "Isso nao significa que as agoes fiquem restritas d Sernana Na cional de Combate ao Eumo ou a data que celebra o Dia Mundial Sem Tabaco, 31 de maio. 0 trabalho se desenvolve durante todo o ano, dividido em tres programas: empresas, unidades de saude e escolas", detalha Luisa.
hi
Eazemos uma pesquisa, que revela a verdade, ainda que o cliente tenha mentido na hora de acertar o contrato", afirma o superintendente de Marketing da Executivos. Para ele, seguro implica reiagao de confianga entre a seguradora e segurado. Behring comenta que a seguradora preparou um ma terial promocional especial para explicar as vantagens conferidas aos inimigos do tabaco. "0 nao fumante seorgulhaao des-
Se depender do Governo, o brasileiro nao fumante tem bons motives para continuar se orgulhando de desprezar o cigarro. No dia 29 de agosto, que encerrou a Semana Nacional de Combate ao Eumo, o Ministro da Saude, Adib Jatene, e o diretor do Instituto Nacional do Cancer (Inca), Marcos Moraes, apresentaram a campanha publicitaria "Largue o Cigarro Correndo". De acordo com o diretor do Inca, o objetivo e estender a campanha a todo o pafs, atraves das coordenagoes de programas de controle do ta- bagismo das secretaries estaduais e municipais.
Ci Pro-
Em todo 0 Brasil, 100 em presas estao envolvidas na Cam panha de Controle do Tabagis mo. A medica do Trabalho, Tereza Eeitosa, coordenadora do Projeto Empresa do Servigo de Controle do Tabagismo, diz que 0 fumante nao deve ser perseguido, mas simajudado para melhorar a qualidade do ambiente de trabalho.
"Por essa razao, a campanha nas empre sas e dirigida tambem aos nao fumantes e k equipe de saude interna", completa Tereza. No Brasil, 0 (ndice de fumantes entre a populagao economicamente ativa — 20 a 49 anos — chega a 37,5%.
As chances de um amante do tabaco morrer prematmramente sao 50% maiores em relacao a um nao fumante Onco/INCa/M.S.
Esses dados, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatfstica), acabam pesando nos cofres dos empresarios. Tereza conta que esta comprovado o aumento das despesas com empregados fu mantes. "Eles interrompem mais vezes 0 trabalho, causam mais acidentes e incendios, aumentam OS gastos da empresa com limpeza, tendem a adoecer com frequencia e representam premios mais altos para a segura doras", lista Tereza.
Homens —Paraqueaindustria do fumo nao diga que se trata de intriga da oposigao, 0 diretor do Inca adverte que mais da metade dos pacientes de doengas cardiovasculares tem em comum a dependencia do tabaco. "Entre 100 pacientes de cancer de pulmao, 95 fumam mais de 20 cigar ros por dia", exempl ifica
Moraes. Nesse universe, a pneumologista Renata Pereira Dias, da Santa Casa de Misericbrdia, afirma que os homens fuman tes sao mais suscetfveis que as mulheres. "Entre as vftimas do carcinoma epidermoide, tipo de cancer, 90% sao fumantes", ex-
I, plica Renata.
Certos de que o mal se corta pela raiz, o alvo do Servigo de Contro le do Tabagismo ago ra esta centrado nas escolas. No proximo ano, a equipe chefiada por Luisa da Costa e Silva poe em pratica 0 projeto piloto, que sera desenvoivido em quatro es colas de rede municipal do Rio de Janeiro, ainda nao escolhidas. No ano seguinte, o programa se ramifica em todo o territorio nacional ate atingir es colas publicas e particulares do Oiapoque ao Chuf. "0 primeiro passo sera o treinamento de professores, que terao papel de agentes multiplicadores", diz Luisa.
Num pafs onde ha 30,6 milhoes de fumantes, sendo que 2,8 milhoes estao entre 5 e 19 anos e 31.943 tem menos de dez anos, segundo o IBGE, o
controle de tabagismo deve comegar bem cedo. Luisa explica que a estrategia e estimular 0 espfrito crftico na faixa que vai de 10 a 15 anos, o que corresponde ao universo de 4- a series. Ilustrada por Ziraldo, a campanha nas escolas tem conotagao ludica. "Vamos entrar no currfculo e criar espfri to crftico atraves de metodos anticonvencionais", anuncia Luisa.
Dados da Pesquisa Nacional sobre o Estilo de Vida (IBGE,1990)
□ 30,6 milhoes de fumantes (> 5 anos de idade) o que equivale a 23,9% desta populagao;
□ Eaixa etaria de maior concentragao de tumantes: 30 a 49 anos em ambos os sexos;
□ 18,1 milhoes de homens fumantes;
□ 12,5 milhoes de mulheres fumantes;
□ Nas faixas etdrias mais baixas. as mulheres fumam em maior quantidade;
□ A proporgao de fumantes na zona rural e maior do que na zona urbana;
□ 0 numero de fumantes menores de 10 anos (30.531), na zona rural, e bem maior do que o numero de fumantes da mesma faixa etaria (1.412), na zona urbana.
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No Brasil, o indice de fiimantes entre a popula^ao economicamente ativa cliega a 37,5%
OUTUBRO ; NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 1995
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MUITO MELHOR Pro-Onco/INCa/M.S inca
if OUTUBRO NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 1996 15 REVISTA DE SEGUROS
Piiblico se mteressa pela historia do seguro
□DiadoSecuritarioedoCorretor
de Seguros foram comemorados, este ano, de uma maneira muito especial. A Funenseg.Eenacor e Federapao Naclonal de Seguros — com o apoio da Fenaseg, do IRB, da Susep e da Prefeitura do Rio de Janeiro — se uniram para promover o ma/orevento ao ar livreja realizado pelo setor: o Rio Seguro 95. Com instalagoes montadas na Praia de Copacabana, o Rio Seguro 95 aconteceu entre os dias 13 e 15 de outubro. Alem detres grandes espetaculos — da Orquestra Sinfonica, sob a regencia do Maestro Diogo Pactieco; Elba Ramalho e Jorge Benjor, que reuniram mais de 50 mil pessoas —, o evento contou com urn pavilhao, "0 segu ro sem segredo", onde foi apresentada a historia do seguro em videos e paineis. 0 "tunel", como ficou conhecido pelo piibli co, recebeu mais de seis mil visitantes. Quem passou pelo "tiinel" recebeu um biIhete da Loterj, e concorreu a um automdvei Corsa e varies outros premios.
0 domingo foi dedicado as criangas, que tiveram, de graga, uma serie de atividades. Segundo a Secretaria Executiva da Funenseg, SuzanaMunhozdaRocha, "essa foi a primeira de uma serie de iniciativas da entidade para popularizar a cultura do seguro". Gonhega a seguir o resultado da enquete feita pela Revista de Seguros durante o evento.
r RIO SEGURO 95
"Gostei de visitar este evento, porque sempre five seguro e nao conhecia sua historia. Sou professora e, por isso, sempre busquei seguranga, pels nao ganho wuito. Tenho seguro contra Incendio paraprotegermeu apartamento, dois seguros de vida e tambem de saude. Meu marido tambem tem. Nos buscamos se guranga para o nosso patrimonio e pensamos no future, em deixar alguma coisa para nosso filho de 9 anos. E o prego e acessfvel. Tem seguro de vida que voce faz ate com R$ 15 por mes".
□ Mara Vieira, 27 anos, desempregada, Itaipava (SP).
"Achei a ideia de contar a historia do se guro muito interessante, eu nao conhecia nada sobre esse assunto. Ja five seguro de saude e de vida, pela empresa em que trabalhava. Agora, que estou desempregada, nao tenho mais. Sei que e importante, mas nao tenho di nheiro que sobre para isso".
"Tenho seguro de automovel, vida e sau de. Fiz ha dois anos. Visitei a exposigao e ache que valeu: e sempre bom estar informado, embora eu tenha consciencia de que seguro, principalmente nos dias de hoje, e muito importante".
□
Depois que eles
acordarem, pode aplaudir.
los Souza, 34 anos, vigilante.
" Visitei a exposigao, peguei meu bilhete da Loterj e aprendi coisas interessantes, que eu nao conhecia. Eu nao tenho nenhum tipo de seguro, mas gostaria de ter, pelo menos de vida. 0 probiema e o dinheiro: acho caro. Mesmo tendo uma profissao de risco, a empresa nao da seguro de vida nem assistencia medica ou seguro de saude".
A Bradesco Seguros acaba deganhara MarketingBest 95
"Tenho seguro de 1 automdvel e de vida. 0 primeiro, fiz atravesda empresa; ode vida, ganhei coma assinatura de uma revista. Acho impor tante ter seguro, e estou gostando muito deste evento".
com o case 'Torque o mercado de seguros tambem tem soluqdes maravilhosas", sobre o langamento do SuperVida Bradesco
com Emprestimo. Vamos comemorarjuntos o sucesso de um prodiito que revolucionoii o mercado de seguros. bradesco
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REVISTA DE SEGUROS
□ Reinaldo Viana, 23 anos, comerciario.
□ Zildatnar Pe^anha Gentil Jordao, 47 anos, professora.
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Sergio Barce-
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□ Jose Eduardo Colosso, 37 anos, faturista, Itaipava (SP).
OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO DE 1995
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SEGDRBS
Novas regras impoem mais rigor ao mercado de capitaliza^ao Emercadodecapitaliza-
gao tern novas regras desde novembro. Segundo Helio Portocarrero, diretor da Susep, qua acompanhou o processo de revisao das leis que regulamentam a ca pitalizagao, 0 objetivo e acabar com a interpretagao dubia que a atual legislagao proporciona e dar mais transparencia ds regras de comercializagao dos titulos, facilitando ao investidor entender o que e capitalizagao. Entre as modificagoes da Susep estao o aumento do valor minimo do resgate de 41% para 50% inclusao de urn seguro de vida nos pianos de capitalizagao, a obrigatorledade de envio de extratos semestrais para os investidores e a publicagao de balancetes mensais, que hoje sao publicados trimestralmente pelas empresas de capitalizagao.
Mas em que estas regras podem afetar o mercado de capitali zagao? Para Sergio Diuana, diretor de Finangas e Planejamento da Sul America Capitalizagao e presidente da Comissao de Capi talizagao da Fenaseg, com o surgimento de novas empresas,
as regras atuais tem deixado o mercado muito flexivel — e a Circular 23/91 da Susep da margem a duplicidade de interpretagao. "Um mercado melhor regulamentado, com regras mais Cla ras so tem a ganhar", aflrma.
Para Luiz Carlos Pedroso, diretor-superintendente da Interunlon S/A que comerclaliza um dos titulos especlais de capi talizagao, 0 PapaTudo, as novas regras nao afetarao especlflcamente a Interunlon. "Apoiamos qualquer decisao para dar mais seguranga ao investidore ao mercado„mas se ficar muito regula-
mentado, o mercado pode se tornar inviavel", avalia. Ja a Lideranga Capitalizagao acredita que a nova legislagao trara mais transparencia e beneficiara o mer cado.
Crescimento—Tantaceleuma em torno deste mercado explica-se, em parte, pelo cresci mento vertiginoso obtido nos ultimos anos. Apenas no primeiro semestre de 95 as companhias de capitalizagao movimentaram R$ 900 milhoes, todo o movlmento do ano passado, com um crescimento de 231% emcomparagao ao-mesmo periodo de
94. A estimativa da Susep e fechar 0 ano com uma receita de R$ 2 bilboes.
A estabilldade economica ^ apontada como a causa princi pal deste crescimento, mas nao se pode negara contribuigao dos titulos do PapaTudo e TeleSena, vendldos nos Correlos e com sortelos feltos pela televlsao, que ajudaram a alavancar o setor. A LIderanga Capitalizagao ocupa o primeiro lugar no ranking das empresas de capitalizagao da Fenaseg, referente ao primeiro semestre deste ano. A empresa tem um crescimento anual de
cerca de 20%, desde o langaoiento da TeleSena, em outubro de92. A Interunlon estaem quarto lugar, ficando atras apenas de dois grupos ja consolidados no mercado: Bamerindus e Itau, resPectlvamente.
Alvos de investigagSo Com a legalldade muitas vezes oontestada, estes titulos tem side Pivo de processes de investiga?ao e comparados a bingos lelevisivos. 0 deputado Euler Ribeiro (PMDB-AM), em seu disPurso de 22 de agosto na Camara dos Deputados, compara os titu los de capitalizagao "a jogos baratos, como os bingos que tem Proliferado pelo Pais afora". Ele Propoe a criagao de uma Comlsaao Parlamentar de Inquerito para a capitalizagao, nos moldes da CPI do Bingo. "Recebemos mullas denuncias de varies setores da sociedade contra esses titulos
e estamos ainda em processo de recolhimento de assinaturas atlrma, sem Informar quando devera ser instaurada a CPI. ^ Para o deputado, a Susep e ineficaz na fiscallzagao do merca do. A entidade se defende dlzendo que as fiscalizagoes sao feitas e que reclamagoes envolvendo capitalizagao sao muito poucas.
"Os titulos do PapaTudo e
Helio
Portocarrero
TeleSena sao muito simples, o que recebemos sao mais pedidos de informagoes do que propriamente reclamagoes", afirma o diretor da Susep, Flelio Portocarrero.
Representantes da Interunion e da Lideranga entraram em contato com 0 deputado para esclarecer 0 que e capitalizagao e mostrar que eles nao podem ser confundidos com bingos. A Fenaseg enviou tambem um oficio em resposta ao discurso do deputado explicando que todos os pianos langados no mercado sao aprovadosanteriormente pela Susep. "Os titulos de capitalizagao nao se resumem em meros sorteios. Tem como finalidade precipua a formagao de economia", esclarece o documento da Fenaseg.
0 sistema funcionacomo uma especie de caderneta de poupanga tendo como maior atrativo os sorteios a que o investidor concorre durante o prazo de pagamento, que varia de acordo com
cada piano. Existem pianos com sorteio unico, que e o caso da TeleSena e PapaTudo, mensal e ate mesmo semanal. Quando nao e sorteado o investidor recebe, ao final do prazo estabelecido para o resgate, uma parte do dinhelro capitallzado acrescido de TR mais juros do mercado. "A capitalizagao e uma tonte de poupanga pouco utilizada", acredita 0 diretor da Interunion, Luiz Car los Pedroso.
Gosto pelo risco—Estetipo de investimento atende a um publico muito especifico e curioso, conforms define Helio Por tocarrero, diretor da Susep. "Sao pessoas de patrimonio limitado, com gosto pelo risco, mas que tambem querem retorno." Com um sistema de comercia lizagao muito acessivel — sao vendidos nos Correios, com cota unica e pregos baixos — e apoiado por um esquema de marketing invejavel os titulos especlais do PapaTudo e da TeleSena se tornaram as estrelas do mercado, atendendo, prlncipalmente, a uma massa de investidores de baixa renda e desprezados pelo sistema tinanceiro. "Os bancos nao fazem poupanga de R$ 20", atirma o diretor da Interunion.
Pegando carona no sucesso desses pianos, os bancos tambem estao Investlndo pesado neste setor. 0 Banco do Brasil por exempio, criou uma empresa de capitalizagao ha tres meses, a Brasilcap, que acaba de langar o Ourocap, piano que capitaliza 100% do premio, mas sem corregao monetaria. E outros novos produtos estao sendo langados a todo momento, consolidando um mercado que', a despeito da polemica, ainda tem muito o que crescer.
Por Valeria Machado
> ■y'.iV CAPITALIZAQAO
"Um mercado nielhor regulamentado, com regras mais claras so tem a ganhar"
Sergio Diuana
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"Os titulos do PapaTudo e TeleSena sao muito simples. Recebemos mais pedidos de informa^oes do que de reclama^oes"
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REVISTA DE SEGUROS 18 OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO DE 1995 CIUIUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO DE 1995 19 REVISTA DE SEGUROS
□ezenasde
criangas
uniformizadas a com mochilas nas costas entram no predio histdrico do Centro Cultural Banco do Brasil — CCBB, no coragao do Rio de Janeiro — no Centro da cidade, ansiosas para ver a exposigao do artlsta plastico Joan Mlrd. A mostra, uma das maiores do ar tlsta catalao feita no Brasil, traz seis esculturas, nove obras graficas, 17 pinturas e 144 dese-
CULTURA
Medidas de preven^ao e seguro garantem a realiza^ao de atividades culturais
Centro de referencia cultural no Rio de Janeiro e no pais, o CCBB recebe, em media, 200 mU visitantes por mes
nhoslneditos avaliados em cerca de US$ 6 milhoes. As crlangas, excitadas, circulam pelas tres salas de exposigao do Centro Cultural e se identificam com aqueles "desentios infantis". Enquantolsso, umaequipe de monltores do CCBB da informagoessobreoartlstaesuaobra dsprofessoraseas criangas que participam do projeto educative para escolas de 1» Grau.
"Museu vivo" — Centro de referencia cultural edlssemi-
nador de informagao no Rio de Janeiro e no pais, o CCBB, do Banco do Brasil, recebe, em media, 200 mil visltantes por mes, formado em sua grande maloria porestudantes. Avidopor adquirir conheclmento, partlcipar de fdruns de debate ou simplesmente divertir-se, opublico que freqiienta este espago de 17.000 metros quadrados dedicado a cultura, nao imagina que as multiplas atividades que agitam este "museu vivo" so acon-
Desde a inauguragao do Centro Cultural, em outubro de 1989, ate hoje, nap ha reglstro de nenhum roubo, ou pelo menos tentativa, de algum objeto do acervo.
Existe ainda uma Brigada contra incendio treinada pelo Corpo de Bombeiros de plantao 24 boras por dia. Enquanto o publlco aprecia as pegas em cartaz no Centro Cultural, uma pessoa da equipe da Brigada fica sempre prdxima a saida das duas sa las de teatro para dar instrugoes em caso de emergencia. Para evitar tambem qualquer dano ^s obras, todas as salas de exposi gao sao climatizadas e possuem controle da temperatura ambiente. Um termo-hlgrografo registra o fndice de umidade e ha um con trole de luz permanente.
tecem porque obedecem a rigi' dos padroes de seguranga ® muitas vezes estao amparadas por um seguro que permite realizagao.
0 esquema de seguranga ® muito bem montado. Alem d® uma equipe espalhada em poa' tos estrategicos do predio, tO' das as salas possuem camera^ internas, ligadas a uma Ced' tral de Vigilancia, instalada a" 6- andar do predio, que gra^® todas as imagens e as arqui^a^
Tecnica especial — Osegundo maior acervo numlsmatico do Brasil pertence ao CCBB. Sao patacas, reis, vintens, cruzados, cruzeiros, reais, entre outras tantas moedas, contando de forma divertida e informativa na exposigao "Dinheiro, Diversao e Arte", a histdria polfticoeconomica do pais. A biblioteca, instalada no 5- andar, possui 140 mil tftulos, compreendendo basicamente artes e literatura. Preocupado com a boa conservagao do acervo, o Cen tro Cultural montou um laboratdrio de restauragao, com uma tecnica especial de restauragao de papel. Alem disso, faz uma parceria com a APAE, que possul um deposlto em Benfica, para onde vao os "casos mals gra ves". Todo esse patrimonio his tdrico esta segurado. "0 seguro foi feito dentro do patrimonio geral do banco, por isso nao temos esse dado", atirma f\/lartha Pagi, chefe-adjunta do Cen tro Cultural.
Mas essas medidas preventivas nao garantem quetodasas atividades culturais acontegam. Principalmente quando o projeto envolve exposigao de obras de artes um fator pode embargalo; a falta do seguro. "Nds ja tivemos aqui pelo menos um caso de uma exposigao que nao foi realizada por falta de seguro' garante Martha, sem citar qual foi. Para a chefe-adjunta, o que mais inviabiliza a realizagao de
O publico que freqiienta nao imagina que as multiplas atividades que agitam este "museu vivo" so acontecem porque obedecem a rigidos padroes de seguranga
que a obra ficou exposta no Brasil — de outubro a dezembro.
0 CCBB tambem tern buscado nas parcerias com outras entidades culturais uma forma de viabilizar os projetos. "Por enquanto estamos fazendo par cerias apenas com entidades cul turais, mas estamos abertos a parcerias com as empresas tam bem", informa. A unica empresa de seguros a fazer uma par ceria com 0 Centro Cultural Banco do Brasil foi a Sul Ame rica, que possibilitou trazer ao publico carioca uma exposigao em comemoragao aos 70 anos da Arte Moderna. A seguradora patrocinou o seguro das obras, que vieram de Sao Paulo, e entrou como co-patrocinadora do evento.
grandes exposigoes e o seguro de artes, que, segundo ela, tern um custo muito alto. "Gostaria de fazer um apelo aos seguradores, atraves da Revista de Seguros, para estudarapossibilldade de se pagar apenas o seguro do percurso feito pelo acervo das obras que vao ser expostas", relvlndlca.
Martha explica que quando um acervo e cedido para ser exposto em algum Centro Cultu ral, este e obrigado a fazer um seguro que inclua alem do per curso, 0 valor da obra. 0 que as entldades culturais criticam e a necessidade de se fazer um se guro de arte durante o perfodo de exposigao da obra, ja que o acervo sempre esta segurado pela entidade a que pertence. Para viabilizar a exposigao do artista catalao Joan Mird, por exempio, 0 seguro foi pago pela Fundacion
Pilari Joan MIro de Palma de Mallorca, da Espanha. 0 premlo foi de US$ 56,5 mil e cobriu, alem do percurso, o perfodo em
Difundir cultura — 0 objetivo do Centro Cultural Banco do Brasil e ser um centro de divulgagao da cultura. Para isso, esta sempre em busca de novas linguagens nas artes, sem deixar de valorizar tambem um trabalho de pesquisa que possa trazer ao publico o que ha de melhor na cultura mundial. Exigindo um padrao de qualidade altfssimo das produgoes que apresenta, um Comite analisa todos OS projetos que sao enviados ao CCBB, levando em conta criterios pre-estabelecidos, de acordo com cada area — musica, teatro, exposigao e cinema e fecha toda programagao com antecedencia de um ano. "No teatro, por exempio, esta mos sempre em busca de um 'mix' entre artistas nacionais e estrangeiros, dando preferencia a pegas com uma linguagem nova efora do circuito comercial", Fazse ainda um acompanhamento desses projetos, indicando sem pre determinada abordagem que 0 Centra Cultural deseja dar.
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"Nos ja tivemos aqui pelo menos um caso de uma exposigao que nao foi realizada por falta de seguro"
Martha Pagi
i OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO DE 1995 21 REVISTA DE SEGUROS
Clientes de bancos
liqiiidados terao garantia
de ate R$ 20 mil
EConselho Monelario
Nacional aprovou, em 16 de novembro, o estatuto que cria o seguro de depdsito bancario. Chamado oticialmente de Fundo de Garantia de Credito (FGC), o novo seguro vai garantir a cada cliente dos bancos que forem liquidados ou postos sob Intervengao a restituigao de ate R$ 20 mil do saldo depositado, excluindo apenas as aplicagoes em fundos. 0 limite vale para o conjunto dos recursos que o cliente tiver em conta corrente, poupanga, Gertificados de De pdsito Bancario (GDBs), Recibos de Depdsitos Bancario (RGBs), letras de cambio, letras imobiliarias e letras hipotecarlas, Quem tiver conta em mais de uma agencia do mesmo banco sd poderd sacar R$ 20 mil da soma do dintieiro depositado no banco, Quem ja sacou R$ 5 mil da poupanga e R$ 5 mil da conta corrente sd recebera R$ 10 mil para completar o limite. A cobertura e por pessoa e nao por CPF — menores que usam o GPF dos pais ou mulheres que
\i)ceJa%iEste FilmeAntes. MasNao ComTanta _ Teaiologja.
Fundo de Garantia de Depdsitos e Letras Imobiliarias (FGDLI). 0 primeiro tem R$ 420 milhoes provenientes do pagamento das taxas por cheques sem fundos. 0 segundo tem R$ 90 milhoes formado por contribuigoes dos bancos para garantir as cadernetas de poupanga ate o limits de R$ 5 mil.
usam 0 GPF dos maridos tambem estarao protegidos pelo limite de R$ 20 mil.
Beneliciados — Os primelros beneliciados por esta nova modalldade de seguro serao os clientes do Economicoede outros 16 bancos liqui dados ou postos sob intervengao desde julho do ano passado, quando foi implantado o Piano Real. Quando anunciou a
criagao do FGG, o presidente do Banco Gentral, Gustavo Loyola, disse que os depositantes destes bancos teriam seu dinheiro devolvido ate dezembro.
Os recursos para cobrir os depdsitos dos 14 bancos liqui dados apds a vigencia do Real e de outros tres sob intervengao virao dos fundos ja existentes e que serao incorporados ao FGC — o Recheque e o
Mas 0 fundo do seguro depdsito sera formado por con tribuigoes mensais dos bancos; 0,025% dos saldos deposltados, excluindo os patrimonlos dos fundos. Os recursos do Rechequs e do FGDLI tambem entrarao nO fundo. 0 custo do novo segufo sera repassado aos clientes 3 criterio de cada banco, prov3' velmente atraves do aumento das tarifas ou nos juros cobrados mas nao como desconto expd' cito nas contas correntes.
Em caso de emergenda, 0Pamcary Resgate Cavg^ dd urn shour de efidencio.. Entra etn cena unui ^quipe espedaliz'^da com amais alta tecnologia e assume o controle total da situagao: desde as ^ formalidades legais ate^ as operagoes de protegao, socoTTO, salvamento, ^ontratagdo do veiculo para o transbordo e despacho da carga W:rada ate o destino.
Tudoisso atraves de uma sofisticada rede de telecomunicagoes interligada em todas as rodovias pelo Sistema OmniSAT, que permite o acompa,- ^ nhamento e a transmissao de mensagens via sateate entre uma Central de Operagoes e cada unidade de resgate ern tempo real. Isso ndo e ficgao, i a mais purarealidade.
E 0 final todo mundo conhece: e sempre feliz-
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BANCARIO
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REVISTA DE SEGUROS
O custo do novo seguro sera repassado aos clientes a criterio de cada banco
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OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 1
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Executivos investem etn viagens e corridas para aliviar a tensao
cotidiano cada vez mais estressante das grandes metropoles leva urn numero crescents de pessoas a desenvolverem atividades alternativas h retina de trabalho, como forma de aliviar as tensoes do dia-a-dia e evitar problemas de saude. Essas iniciativas sao compartilhadas por tres executi vos do mercado: o diretor de Controls e Finangas da Golden Cross, Horacio Cata Preta; o vicepresidents de Controls do Grupo Sul America, Samuel Monteiro dos Santos Junior; e pelo diretor da Arbi Divisao de Seguros, An tonio Cfear Boiler Pinto. 0 primeiro adora as viagens exoticas, e OS outros dois preferem o treinamento fisico e correm religiosamente todos os dias — faga chuva ou sol.
Viagens — 0 fascmio de Horacio Cata Preta pelas viagens taz lembrar algo de Marco Polo, Ulysses ou histdrias de Julio Ver ne. Viajar e a palavra magica e porta de entrada para fantasias, descobertas e emogao. Para o di retor financeiro da Golden, o mundo realmente nao cabe numa
telinha de computador. "Ferias e viagem, transports de sentidos e espagos geograticos", define. Cata Pretacultivaesse hobbycom especial atengao ha mais de 17 anos. Decidido o roteiro, o pre pare eminuciosoeocupasua cabega por pelo menos 60 dias an tes da viagem, periods em que passa colhendo informagoes sobre OS locals que pretends visitar, consultando guias e observando peculiaridades. "Mas quando pego o aviao, tudo fica para tras. Vivo exclusivamente a viagem", assegura.
Com vistos de entrada no passaporte em varios pafses europeus,AfricaeAmericasdoSul, Central e Norte — alem de passagens porlugaresinusitadosno
Brasil, como a visita ao arquipelago fluvial de Anavilhanas, o maiordo mundo, noRioNegro—
Cata Preta guarda lembrangas mais recentes da viagem feita a exotica liha de Pascoa, em pleno Pacffico. 0 lugare extremamente mfstico. A iiha e pequena e pode-se conhece-la andando. E uma pequena vila que tem um hotel, um ports e um aeroporto.
Mas 0 clima mistico e marcante. Toda a histdria da iIha esta gravada nas parades dos dois vulcoes, hoje extintos. Nao ha arvores ou madeira na iiha. A populagao nativa foi exterminada por guerras e doengas. Masapresenga de mais de 400 altares de pedras gigantescos nos levam aantigas questoes: quem os colocou la? Que tips de pessoas teriam habitadoaiiha?", relata.
Roteiro romantico—Qutro ponto curioso da lIha de Pas
polls, no Para — unica praia de mar do estado. "Levava agua, comida e acampava em praias virgens. Lugares que ninguem tinha ouvido falar", conta.
Horacio Cata Preta acaienta o sonho de fazer um roteiro roman tics nas prbximas ferias: conhecer a regiao bem ao norte da Escdcia, se hospedando em castelos e participando de cerimoniais inesquecfveis. Outra opgao agendada e a peninsula Escandinavia e seus fiordes. Das muitas viagens feitas, Cata Preta acumulou um verdadeiro arsenal de filmes, mapas, fotografias e dicas que funcionam como uma especie de terapia para aliviar o volume exces sive de trabalho. Mas se depender da sua mais recente leitura— sempre com poderes de influenciar seus roteiros—Horacio Cata Preta tragara um roteiro original e mesmo milenar: "estou lends 'Os Manuscritos do Mar Morto', de Edmund Wilson. A histdria do achado desses manuscritos efascinante", conta.
Corridas — Esportista desde crianga, quando se dedicava d pratica da natagao, futebol de salao e de camps evolei, ovice-presidente de Controle do Grupo Sul America, Samuel Monteiro dos Santos Junior, participa de corri das de longa distancia, inclusive de algumas das mais tradicionais
Uma rotiiia diaria mantida ha 15 anos
0 diretor da Arbi Divisao de Seguros, Antonio Cesar Boiler Pinto, 33 anos, tambem e amante dos esportes. Na adolescencia praticava remo e jogava volei. Mas nos ultimos 15 anos corre religiosamente dez quilometros por dia, entre as 6h e 7h da manha. Sempre sozinho e perto de casa. "Corro pela Praia do Flamengo. Saio do Museu de Arte Moderna, vou ate a pista Ciaudio Coutinho, na Urea, fago abdominals, barra e volto. Assim mantenho meu con-
Aiitonio Boiler Pinto: exercicio diario na Urea dicionamento fisico e relaxo das tensoes do trabalho", conta.
Embora nao dispute maratonas e outras provas do genero, Antonio Boiler pratica 0 esporte mesmo quando vi-
aja para fora do Rio de Janei ro. "Quando saio da cidade sempre procure um lugar para correr. Em Petropolis, corro na Rio-Juiz de Fora — sem pre na contra-mao e mante nho um ritmo forte", conclui.
coa, segundo Cata Preta, e a vi sita a um dos vulcoes, onde s6 armazena a agua da iiha. "La dentro sao cultivados jardins, horta^ e parreiras em diversos pianosPode-se fazer caminhadas e des' ceralgunsmetrosdeprofundida^ de naextintacraterado vulcao muito interessante".
Para esse mineiro de Mud' ae, asviagensvem de longadat3' Em menino, foi escoteiro. No^ anos 70feztodo o circuits do C®' ara de jipe, subindo para SalioO'
Provas em todo o mundo, como a Maratona de Nova York e de Pa ds, ha seisanos.
"Quando me mudei para a Barra da Tijuca, Zona Oeste do Bio, em 1982, observei as pesso as correndo no calgadao da praia.
Besolvi experimentar, gostei e decidi me informar sobre estetips de esporte, atraves de livros tecdicos americanos", contaSamuel.
Ele percebeu, porem, que nao po dia simplesmente correr. Era preaiso se submetera uma bateria de
exames, como prova de esforgo e eletrocardiograma, para saber se estava fisicamente apto. Samuel nao se considera um profissional pois nao vive em fungao do esporte — mesmo as sim, conta com apoio do preparador fisicoJose Roberto Francaiacci, responsavel pelo programa fisico de Zico, no Flamengo; do ortopedista Joao Carlos Serpa, ex-superintendentedolNSS;eda acupunturista argentina Blanca Alicia, responsavel pelo atendimento dos atletas da selegao brasileira de basquete masculine.
Tres vezes por semiana, na Academia Akxe Sport Side Club, na Barra, faz uma hora de abdomi nals e exercicios para reforgar a musculatura das pernas, com o professor Paulo Leao.
Futebol •— Alem disso, o vice-presidente de Controle da Sul America joga futebol de salao as segundas-feiras, durante duashoras, no ColegioSanto Ina-
cio, em Botafogo, Zona Sul do Rio. Nos finals de semana, intensifica 0 treinamento, percorrendo 16 quilometros. "As corridas permitem descarregar a tensao e tambem planejar toda a retina diaria. Com isso, chego bem disposto ao trabalho e nunca me sinto cansado ou estressado", garante.
0 executive faz parte do ran king nacional de corredores de maratonas, na categoria master; tambem Integra a Associagao de Corredores de Rua do Rio de Ja neiro (Corja) e participa de pelo menos tr§s provas de 42.125 me tros por ano, sendo duas no exte rior e uma no Brasil, onde da preterencia as competigoes no Rio de Janeiro e em Brasilia. Samuel ja participou de 15 maratonas, sendo cinco em Nova York, uma em Paris, umaem Sao Francisco, seis no Rio de Janeiro, uma em Brasi lia e uma em Blumenau — e de pelo menos 20 meias-maratonas, inclusive a da Aeronautica, da
PonteRio-Niterdieadalndepen-
dencia.
Samuel Monteiro tambem participa da Corrida de Sao Silvestre, a prova de rua mais tradicional do Brasil, realizada no ul timo dia do ano, em Sao Paulo. Noanopassado,percorreu os15 quilometros em 1 hora e 15 minutos, um recorde em sua faixa etaria. "Foi omeu melhordesempenho em corridas de longa dis tancia", afirma o esportista carioca, de 49 anos, casado ha 26, com dois filhos e uma neta.
Antes das corridas, o executivo da Sul America cumpre uma rotina que inclui de 15 a 20 mi nutes de exercicios de alongamentoemaislOoulSde aque- cimento."Nahorada largada, sinto-me calmo e costumo correr como se estivesse passeando Procure me abstrair, descobrindo coisas novas e interessantes nocaminho, queajudamaesquecerolongo percurso", conclui.
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Horacio Cata Preta: paixao por lugares exoticos
REVISTA DE SEGUROS 24 OUTUBRO NOVEMBRO DE2EMBRO DE 199^ OUTUBRO/ NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 1995 25 REVISTA DE SEGUROS
Entidades de seguro: impulso para combater a criminalidade
Violencia une setores publico e privado para resgatar cidadania do carioca
alvar o Rio de Janeiro da arise de autoridade em qua se encontra, devolvendo-Ihe o titulo de Cidade Maravilhosa, pelo goal ele sempre foi conhecido no Brasil e no exterior. Este e o trabaltio qua entidades civis, em parceria com drgaos governamentais, estao realizando para resgatar a cidadania do carioca qua,fia muito tempo, vem se sentindo prisioneiro da onda de vio lencia qua asfixia o Estado nos uitimos anos. Com 0 nome otimista de Movimento Viva Rio, uma agaoorganizada da sociedade civil surgiu em setembrode1993eapresentou seu primeiro mani festo dois meses de pots, para demonstrar a sua forga ao paralisar toda a cidade, nodia 17 de dezembro,e promover dois minutos de silencio, afim de dar um tempo para que as pessoas pudessemrefletirsobreocaosurbano. No dia 28 de novembro deste ano,a entidade,em conjunto com vdrias outras da sociedade civil organizada, promoveu uma gigantesca manifestagao contra a
violencia. 0 "Reage Rio" reuniu ricos e pobres, anonimos e famosos pedindo pela paz e pelo fim da violencia. "Trata-se de um mo vimento nao-politico, nao-partidario,que visa mobilizaraprdpria sociedade para levantar o astral da cidade", afirma o coordenador do movimento, Rubem Cesar Fernandes.
Nomes — A coordenagao estaentregue a 16 pessoas deex-
nuel Costa Lima; o Ifder dos moradores da Favela Dona IVIarta, Itamar Silva; e diretores de organs de comunicagao, como 0 Dia, 0 GloboeJornal do Brasil. 0 grande foco do Viva Rio esta centrado no combate a vio lencia,envolvendo tambem medidas como a criagao de lobby para retomada do desenvolvimento economico do Estado, a execugao de projetos socials em favelas e
brica da Esperanga, que tem a diregao do pastor (Jaio Fabio, tam bem um dos coordenadores do movimento, e a Casa da Paz, na Favela de Vigario Geral, coordenada pelo socidlogo Caio Ferraz.
Na area social, o Viva Rio esta iniciando projetos nas Favelas do Leme, Chapeu Mangueira, no Morro da Babil6nia(ZonaSul), na favela de Acari (Zona Norte) e Antares, em Santa Cruz (Zona Oeste), com a instalagao de centres comunitarios, crecties e saneamento basico.
proposta de criar um grupo de trabalho,formado por especialistas, para angariar recursos junto aos diversos setores produtivos, ao Estado, Municfpio, a sociedade civil e ate de entidades internacionais,como o Banco Mondial e o Banco Interamericano de Desen volvimento, para financiar seus projetos, detaiha o representante do Movimento.
0 Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro (Serj) tornou-se a primeira entida de empresarial a firmar uma parceria com o Governo do Estado do Rio, no sentido de suprir as necessidades ma terials da Secretaria de Seguranga Publica. Em abril, ap6s a posse de sua nova diretoria, foi feita uma doagao, juntamente com o Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (Sincor), de 37 carros da marca Santana e duas Kombis, alem de equipamentos, principaimente na area de comunicagao e vigilancia.
mos fazer auto-promogao, pois temos consciencia de que, reduzindo a criminalidade, o numero de assaltos a residencias, assassinates, sequestros e roubns de carros, o desempenho financeiro das companhias de seguro vai melhorar e, consequentemente, o custo do seguro vai diminuir e o produto vai ser massificado", explica.
pressividade em diversos segmentos da sociedade,como o socidlogo Herbert de Souza, o Betinho;0 presidente da Associagao Comercial do Rio de Janeiro, Humberto Motta; o presidente da Federagao das Industrias do Es tado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvea Vieira; 0 presidente do Sindicato dos Metalurgicos do Rio. Carlos Ma-
ate a educagao para o trdnsito, juntamente com a Fundagao Escola Nacional de Seguros(Funenseg) e com a Companhia de Engenharia do Transito (CET-Rio), iniciado pelas escolas de segundo grau de Copacabana, um dos cartoes postals da cidade.
Rubem Cesar Fernandes explica que muitos projetos surgem no bojo do Viva Rio, como a Fa-
Linhas de credi' to — "Outro projeto que consideramos muito Importante e a concessao de uma IF nha de credito parainstalagao de micro-empresas em favelas. A verba pa^a estes programas nas areas carentes e resultants do leilao de imbveis promovido recentemente pela Governo Federal no Rio", conta o coordenador do Viva Rio, destacando que o maior merito do MO' vimento e atuar como elementa catalizador e, ao mesmo tempa' mobilizador.
0 Viva Rio tambem tem uma
Prioridades — No comba te a violencia, Rubem Cesar Fer nandes diz que uma das priorida des a ser dada pelas entidades que compoem o Viva Rio e tragar pro gramas especfficos para alguns setores da Secretaria de Seguranga. Entre eles, cita o reaparelhamento da Divisao Anti-Sequestro (DAS) que, na sua opiniao, esta precisando, urgentemente, de um projeto bem feito e de qualidade internacional.
Ele destaca que ha necessidade de se criar um banco de dados, que permita o cruzamento e checagem rapidas de informagoes; o treinamento da polfcia no momen ta da negociagao com os seqOestradores e na hora do assalto (quando o cativeiro e invadido).
"Todo este trabalho exige tecnicas e rotinas aprimoradas, ja usadas em larga escala no exterior, e que podem ser implantadas aqui por meiodeconsultoria",concluiocoordenador do Viva Rio.
Por Cecilia Barroso
"0 Estado do Rio precisava de um impulso para combater a criminalidade, a fim de proporcionar um beneffcio direto a populagao", afirmou o primeiro-tesoureiro do Serj, Orlando Vicente Pereira, que tambem e do Conselho Fiscal da Fenaseg e diretor-adjunto da Marftima Companhia de Seguros Gerais, para quem o Governo fluminense precisava receber outros apoios. alem do oferecido pela UniSo. "Se nos, cariocas, nao fizermos, isso, quem vai fazer?". questiona.
0 executive comenta que 0 retorno das seguradoras, basicamente, e o reconhecimento de que alguem esta preocupado com a sua seguranga e com a melhoria de sua qua lidade de vida. "Nao quere-
Reduzindo a criminalidade, o desempenho financeiro das seguradoras vai melhorar
A Serj tambem sugeriu ao Governo estadual que seja o primeiro a cumprir a determinagao do Conselho Nacio nal de Transito (Contran) para a implantagao imediata da Inspegao Veicular Obrigatoria. A vistoria anual dos carros em circulagao, que so sera exigida em todo o Brasil a partir de 1998, pela proposta de uma comissao especial que estudou OS procedimentos em outros palses, podera ser iniciada em rnargo do proximo ano. 0 servigo devera ser terceirizado, nao acarretando onus para os cotres publicos, conta Orlando Vicente Perei ra.
Este projeto tem o objetivo de evitar que vefculos sem condigoes de seguranga e em mau estado de conservagao continuem nas ruas, causando acidentes, engarrafamentos e grande numero de mortes.^ A proposta do Sindicato esta sendo analisada pela Se cretaria de Planejamentoe pelo Detran, podendo ser posta em pratica apds a abertura de licitagao para as empresas especializadas. Os proprietari es de carros nao aprovados na inspegao receberao um prazo para cum prir as exigencias, caso contrario, terao seus ve fculos proibidos de transitar.
0 trabalho das segu radoras no combate ds fraudesjaobteve o reconhecimen to das autoridades dos Poderes Executivo e Judicidrio. "Como esta ilegalidade tem crescido significativamente, o Serj ja pensa em implantar um banco de dados, em par ceria com empresas de informatica. Isso permitira verificar, atraves de consulta previa, se uma pessoa jd possui 0 mesmo tipo de cobertura em outra empresa, o que caracteriza a intengao de fraude. Este cadastro serd feito em nfvel estadual", esclareceu Orlando Pereira. Alem de evitar o pagamento indevido de indenizagoes, este trabaItio tambem ajudara a dimi nuir 0 custo dos seguros,
nI' /\ -V PARCERIA //
REVISTA DE SEGUROS 26 OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE ♦ -M .1 i •' V.. f
"O Viva Rio e um movimento nao-politico, nao-partidario, que visa mobilizar a propria sociedade para levantar o astral da cidade"
Rubem Cesar Fernandes
0- -■ *4. OUTUBRO / NOVEMBRO DEZEMBRO DE 1995 •» ♦
27 REViSTA DE SEGUROS
Moeda aumentou procura pela prote^ao do seguro
estabilidade do piano economico do governo vem refletindo positivamente no mercado de seguros no Brasil. A chegada do real parece ter acabado de vez com o fantasma da inflagao e ficou mals facil planejar a vida. A sensagao de que OS salarlos eram corrofdos dia apos dIa e que o valor real dos bens havia se perdido em melo ^ confusa danga dos numeros cedeu lugar d certeza de que, agora, e possfvel construir e garantir o patrlmonlo. Esta tendencia aumentou a procura pela protegao do seguro por parte dos assalariados, proflsslonais liberals e empresarios, cada vez mals convencldos de que este e 0 melhor caminho para estabillzar suas conquistas. Quern nao fazia seguro, passou a fazer, e quem ja possufa uma apdiice, pensa em ampllar seus pianos para assegurar bens que ainda nao faziam parte da cartelra contratada.
0 supervisor de Administragao de Recursos do Banco Fonte, Hedmilton Cardoso, 31 anos,-6 um dos que nao gosta
de correr riscos, "Ao fazer um seguro, se adquire a posslbllldade de ter 90% de protegao dos seus bens o tempo todo, e nao 100% um dIa e, no outro, nada", diz. Totalmente adepto d filosofia dos seguros, Hedmilton acredlta que a esta
bilidade economica favorece a compreensao em relagao ao que e ganho e perda de fato, levando as pessoas a investirem mals em seguros.
Corrida dos pregos
"A Inflagao causava uma impressao falsa de que aplicar na
Abflio Mendes apenas o carro — um Fiat Tlpo 95 —, mas afirma que faria o seguro contra roubo e Incendlo de seu apartamento se recebesse essa proposta. "Falta uma ofensiva maior por parte das seguradoras para que as pessoas invistam em seguro residencial. Sempre recebo telefonemas de corretores queren-
do vender pianos de saude, mas nunca recebl um para fazer um seguro desta natureza. E oiha que eu farIa, porque acho que ninguem quer colocar em rlsco 0 future da famflia", diz.
Melhor prevenir — Oempresario Abflio Mendes, done de uma fabrica de pre-moldados de concrete e Isolamentos termlcos, tambem Integra o grupo dos que acredltam na maxima "melhor prevenir que remediar". Ele possui todos os bens segurados: o carro, com segu ro total; a casa e a firma con tra roubo e incendio. Fago se guros ha 20 anos e nao sabe ria viver de outra forma, diz. Abflio nao se queixa nem do perfodo inflaclonario, quando
Maria das Gragas Luna precisou usar, pela unica vez, em todo este tempo, sua apdii ce. "Ha tres anos, meu carro pegou fogo e fui ressarcido corretamente pela seguradora", conta.
No caso da anatomo-patologista Maria das Gragas Luna, fazer seguro sempre foi a forma encontrada de se defender do que ela chama de "riscos da vida
moderna". Para a medica, a in flagao tornava cada vez mals diffcll se pensar em dispor de uma reserva para a hora de um eventual sinistro. Assim, ela sem pre optou pela contragao do se guro. "E a melhor forma de fugir dos riscos", afirma. Alem do carro e da residencia assegurados, ela e a famflia tambem sao associados de um piano de saude privada. "Com a carga tributaria que o brasileiro tem, 0 governo teria a obrigagao de garantir assistencia medica gratuita. Mas nao podemos contar com isso e a safda e aderir aos pianos privados. Quem pode pagar R$ 4 mil por 10 dias numa UTI?", questiona.
Por Gloria Santos
Hedmilton Cardoso
poupanga era melhor do que fazer seguro., Mas o dinheiro era apenas corrigido, nao havIa ganho real. Por outro lado, a inflagao abocanhava o premio dos se guros e, para acompanhar a cor rida dos pregos, era necessario pagar a diferenga as seguradoras. Isto gerava a Idela de que se estava sendo enganado.
Mas OS tempos mudaram", analisa. Ele lamenta, no entanto, que 0 habito e a forma de se fazer seguro no Brasil ainda estejam longe dos criterios adotados no Primeiro Mundo.
"La, 0 seguro e mals barato a a consciencia de que ele a necessarlo e bem maior".
Hedmilton tem assegurado
1.« n ■■ I » » ,' w to ' i" . • •, v. -.i'' * "•T ' .•».* •• ( CONSUMIDOR •/I
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"A inflacao causava uma impressao falsa de que aplicar iia ppupan^a era melhor dp que fazer seguro"
"Fa^o seguros ha 20 anos e nao saberia viver de outra forma.
Todos OS meus bens sao segurados"
"Sempre optei pela protegao do seguro. E a melhor forma de fugir dos riscos"
'k. Banco o banco DE REBULTADGS UA HADDOCK C E P : D L D B o > 14 146S4 - Tel.; (Qi i ) □ OD - Sao Paulo a 9 V - 3 "7 S P Q O REVISTA DE SEGUROS 2a OUTUBRO NOVEMBRO/ DEZEMBRO DE 19®®
Seguradora faz 100 anos e presenteia o piiblico com espetaculos raros
a pele de Dom Jose, I .\ I marido traido da ci1^1 gana Carmen, o bai-
■■■ larino espanhoi Anto nio Gades, 58 anos, despertou a magia do tiamenco na plateia que lotou o Teatro Municipal do Rio de Janeiro na ultima semana de setembro. Mas, por tras dos "taconeios" perfeitos de Gades e Stella Arauzo, a Car men, havia mais que a dedicagao de 29 bailarinos, quatro cantores, tres guitarristas. Quem assistiu &s apresentagoes de "Carmen" ou "Paixao Andaluza", exibidas entre setembro e outubro em nove cidades brasileiras, talvez nao soubesse que os espetaculos nao contavam apenas com os vigorosos 58 anos de Gades, mas comemoravam um centenario, Patrocinada pela Sul America, a turne de Gades, que esteve no Brasil pela ultima vez em 1988, foi um dos presentes que a seguradora deu ao publico brasileiro em cornemoragao aos seus 100 anos de fundagao. Responsavel pelo crescimento da semente do marketing cul tural no Brasil, a Sul America iniciouacelebragao do seu cen-
Empresa pretende patrocinar eventos internacionais
fora do eixo RioSao Paulo, no proximo ano
tenario, tres meses antes da apiS' sentagao de Gades, com os eS' petaculos da Parsons Dance Company. Patrocinando tia quinze anos, em parceria com o jot' nal 0 Globo, o Projeto Aquarius, a empresa consolidou nos ulti' mos 50 anos seu apoio a arte. principalmente a erudita, Nesse periodo, proporcionou ao publi' CO brasileiro espetaculos conno Bale Bolstioi e apresentagoes d" tenor Luciano Pavarotti e do quinto Beatle, George Martin. ^ agenda cultural para o proxieno ano nao esta fechada, mas Patrio'^ Larragoiti Lucas, trineto do fuO' dador da empresa — Joaqu''^ Sanchez Larragoiti — e vice-pi"®' sidente da Sul America, garan'® que a meta e montar apresen'O' goes internacionais fora do eik® Rio-Sao Paulo, como as turn^® de Parsons e Gades.
Heranga cultural — Lucas explica que a preocupagao da Sul America .em patrocinar es petaculos eruditos esta relacionada com a tradigao da empre sa. "Nos preocupamos com a comunidade e por isso trazemos espetaculos diferentes, mais ra ros". 0 vice-presidente da Sul America diz que, ao investir em culture, a seguradora esta "mostrando a responsabilidade soci al que a empresa tem com a sociedade" e observe que no mundo inteiro o envolvimento das seguradoras com as artes e um movimento natural. Ele herdou da famfiia a visao global necessaria a todo empreendedor.
Criada em 5 de dezembro de 1895, a Sul America Companhia Nacional de Seguros de Vide carrega na veias um pouco do sangue espanhoi derramado na cena final de "Carmen". Incubido de expandir os negdcios da New York Life Insuran ce Company na America Latina, 0 espanhoi Dom Joaqufn Sanchez de Larragoiti, nascido em Cadiz em 1845, pisou no Brasil pela primeira vez em 1882. Treze anos depois, fundou a Sul America Companhia Nacional de Seguros de Vida na Rua do Hospicio, hoje Rua Buenos Aires. Otimista, Larragoiti nao hesitava em afirmar, nos ultimos anos do seculo passado, que o Bra sil seria o principal pais da Ame rica Latina em 50 anos.
0 sucesso da seguradora, que hoje tem16sucursaise500 escritdrios em todo o territdrio brasileiro, alem de atuar na Ar gentina, Equador, Peru, Uruguai, Chile e Espanha, prova que o fundador da companhia estava certo. Em cem anos, a Sul Ame''ica se firmou como Ifder no niercado nacional e disseminou do pals as primelras sementes
do marketing, investindo em cultura e esportes. Hoje cada apresentagao da Orquestra Sinfonica Brasileira, que quase foi obrigada a se despedir do publico brasileiro por dificuldades econdmicas — mas ha dez anos tem suas apresentagoes garantidas pela Sul America , revela um pedacinho da paixao que a famfiia Larragoiti tornou publlca no fim da decada de 40.
Violoncelo — Antes de tomar uma decisao importante ou as vesperas de cada reuniao da Satma (Sul America Terrestres,
Maritimos e Acidentes) — brago da companhia na area de se guros terrestres e maritimos , Antonio Sanchez Larragoiti Jr., neto do fundador da companhia, tinha encontro marcado com seu violoncelo. Talvez tenha sido no meio de uma aria de Bach um de seu pteferidos — que Junior decidira inaugurar um novo predio para a Satma, na Rua Ouvidor, com uma exposigao de arte moderna. Estavam la Renoir, Lautrec. Miro, Matisse, Leger... Durante a inauguragao, surgiu uma ideia que a diretoria da companhia nunca mais abandonou: apoiar a montagem de exposigoes de arte que valorizassem, sobretudo, os artistas nacionais.
Omesmo apoio que a famf iia Larragoiti deu a Di Cavalcanti, Jos6 Pancetti, Orlando Teruz, Candido Portinari.Tarsila e Djanira...a Sul America nao negou ao Museu de Arte Mo-
derna do Rio(MAM). Depois de perder parte de seu acervo num incendio, na decada de 70, o museu foi reconstruido com ajuda da iniciativa privada. Nesse mo vimento de reconstrugao, chegou ao MAM um Volpi, "Sem TItulo", doado pela Sul Ameri ca, que contribuiu com seu proprio acervo.
"As atividades seguradoras devem tocar as pessoas", diz o trineto do fundador da Sul Ame rica. Nesta tarefa, Lucas afirma que as seguradoras tem papel fundamental no desenvolvimento das artes e do esporte. A Sul America e recordista nas qua dras de tenis. Com a Copa Sul America de Tenis, a empresa da um empurraozinho aos novos talentos. Essa veia esportiva salta no hipismo, atraves da Copa Sul America de Hipismo, que esta na 15^ edigao e esta presents ainda em maratonas e provas de iatismo.
t't SUL AMERICA
REVISTA DE SEGUROS
A empresa patrocinou a apresenta^ao do Bale Antonio Gades em nove cidades brasileiras
■ r I I,
Orquestra Siiifonica Brasileira. sinronias na Lagoa, dentro do Projeto Aquarius
A Sul America disseminou no pais as primeiras sementes do marketing, investindo em cultura e esportes
OUTUBRO'NOVEMBRO / DEZEMBRO DE i OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 1995
REViSTADE SEGUROS
Reforma exigira especializa^ao e mveis de comissao mais baixos
reforma estrutural do mercado de seguros exigira, a toque de caixa, melhora da eficiencia de todos os pares do setor. Diante do quadro de aumento crescente da concorrencia, o gantio de economia de escala sera a palavra de ordem da atividade — o que significa que, a curto e medio prazos, as seguradoras deverao adotar medidas efetivas para reduzir custos administrativos, hoje considerados elevados frente aos padroes internacionais. Os corretores, por sua vez, terao de conviver com nfveis de comissoes menores e proximos dos praticados pelas economias estabilizadas. Essas foram as principais conclusoes do VIII Congresso Nacional dos Corretores de Seguros, realizado em outubro, no Rio de Ja neiro, na avaliagao do presidente do Sindicato dos Corretores do Estado do Rio de Janeiro (Sincor/RJ), Henrique Brandao.
0 corretor esta convicto de que a revisao da atual legislagao do mercado de seguros brasileiro, junto com a reforma da Previdencia Social e a reprivati-
Noroeste e MBM
cresceram cerca de 65% com a estabilidade
Autoridadcs cstaduais, dcputados e senadores prestij^iarani o VIII Congresso Nacional dos Corretores de Seguros
zagao da apolice de Acidente do Trabalho, contribuira para um salto expressivo do taturamento nos prbximos anos. Para Bran dao, a regulamentagao do artigo 192 da Constituigao Fede ral, que trata do sistema tinanceiro e do tuncionamento do mercado de seguros, tornara o mercado mais competitivo, ja que a abertura do setor provocara uma disputa acirrada entre as seguradoras locais e internaci onais, 0 que atraira uma maior gama de consumidores da se guros — decorrente da queda de pregos e melhoria das coberturas dos produtos.
Concorrencia —Para que 0 crescimerito do setor se contirme, no entanto, as seguradoras terao de rever a sua estrutura de custos, com vistas a manter uma presenga ativa na captagao de negbcios, preve Brandao. Do contrario, acredita, as companhias locais vao reduzir sua participagao no setor, pelo tato de as concorrentes estrangeiras trabalharem com custos administrativos baixos de 8% a 12% dos premios ar! recadados, em media — e, por ! isso, terem condigoes de oterecer coberturas com pregos mais baratos no Pats.
Para Henrique Brandao, so quando as despesas administrativas das seguradoras atingirem os padroes internacionais, OS dirigentes das companhias poderao reclamar queda nos atuais ntveis de comissoes de corretagem. "Nao se pode repensar os custos de comercializagao de seguros sem qu® antes as seguradoras queimem gorduras embutidas nas des pesas administrativas" afirma-
0 novo pertil do mercado brasileiro exigira tambem refor ma no atual modelo do orgao normatizador e fiscalizador do setor, diz Brandao. Ou seja, a Superintendencia de Seguros Privados (Susep) tera de meIhorar a qualidade de fiscalizagao da soivencia das segura doras, de modo a evitar a quebra de empresas e, com isso, arranhoes na credibilidade do setor. "Um mercado de concor rencia plena exige um orgao de fiscalizagao torte e eficiente no controle da soivencia. Do con trario, 0 setor perde a credibi lidade e nao consegue atingit a expansao projetada para os proximos anos", conclui
Edesempenho surpre- endente no mercado das pequenas e medias seguradoras vem confirmar o velho ditado: "Quem nao e o maior, tem que ser o melhor". A paul ista Noroeste Seguradora e a MBM Seguradora S.A., de Porto Alegre, mostram que souberam aproveitar o piano economico do Governo para abocanhar maior numero de segurados. E, e claro, aumentar os valores de seus premios. De modo geral, as empresas apresentaram um crescimento medio de 65% no primeiro semestre desse ano.
Jose Luiz Dragone Sabattini, presidente da Noroeste, nao esconde a estrategia tragada pela seguradora: "Fazer com que os produtos alcancem o seu publico alvo — pequena e medias empresas e pessoas ftsicas. Investimentos ainda em consultorias, reengenharia, tele-atendimento e servigo de linha direta com OS clientes". Tudo foi feito para agilizar a empresa e atrair mais segurados.
Estabilidade — A Noro este alcangou a citra de US$ 41
milhoes de premio no primeiro semestre de 1995,eespera chegar aos US$ 100 milhoes ate o final do ano. Para Sabattini, o crescimento acentuado das pe quenas e medias seguradoras foi proporcionado pelas estabilida de economica do Piano Real."As pessoas tiveram mais condigoes de adquirir bens e seguros pessoais". E essa tatia do mercado, autombvel e vida, representa 80% do taturamento da companhia. Ate 0 final de outubro, o crescimen to de 1995 havia atingido 37% comparado com o desempenho do ano passado.
Sabattini, porem, nao espera 0 mesmo desempenho no pro ximo ano. Ele acredita que com
a liberagao do credito e a estabilizagao economica, as variagbes dos valores serao peque nas. "A saida e minimizar ao maximo os gastos com a parte administrativa", acentua. "0 corte nas despesas podera reverter em pregos e condigoes melhores a serem oferecidas aos clientes.
Mas ha lugar para as pequenas continuarem independentes e a Noroeste nao pensa, no momento, em fazer nenhuma fusao e, Sim, buscar sempre adequagao ao mercado e oferecer atendimento diferenciado nas carteiras de massiticados", tinaliza.
Seguro coletivo — A MBM Seguradora tem nas carteiras de Vida em Grupo e Aci-
dentes Pessoais Coletivo seu maior publico alvo. Apresentando crescimento de 100% no primei ro semestre de 1995 em comparagao ao mesmo perfodo do ano passado, sua arrecadagao, atb outubro ultimo, ultrapassou OS US$ 5 milhoes de premio.
Para o diretor-presidente da MBM, Paixao Carneiro Martins, 0 crescimento da seguradora deve-se "a sua excelente penetragao no seu meio cativo Polfcia Militar — aliado k sua credibilidade, muito trabalho e dedicagao aos clientes". Atuando preferencialmente em segu ros coletivos, a MBM anuncia sua maior participagao em outras carteiras ainda este ano.
Apesar de admitir a boa marca conseguida no ultimo ano, Paixao Carneiro Martins acre dita que este resultado esta intimamente ligado ao sucesso do piano economico do Governo. Para ele, "caso sejam feitas restrigoes na economia, a conseqiiente recessao e o desemprego levarao o consumidor a ter outras prioridades que nao o seguro", diz o diretor-presiden te da MBM Seguradora.
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DE CORRETORES
REVISTA DE SEGUROS 32 OUTUBRO!NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 1995 A EMPRESAS
OUTUBRO/ NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 1995 33 REViSTA DE SEGUROS
om muitas saudades dos amigos e da Industria de Seguros do Brasil, comego dizendo que a minha primeira surpresa per aqui foi quando recebi uma carta do Comissionado de Seguros (equivalente no Brasil a nossa Susep), comunicando-me que estariamos sendo auditados, a exempio do que ocorre a cada dois anos, por uma grande empresa de auditoria americana por ele determinada e que o custo desse trabalho poderia chegar a tacitos US$ 30 mil, pagos por nbs. Surpreendente, nao e? Voce pagar para que um orgao do Governo Ihe audite e, diga-se de passagem, minuciosa e extremamente profissional, isenta de qualquer tipo de influencia. Sem duvida fiquei surpreendido, mas ao mesmo tempo feliz em saber que existia um metodo eficiente, seguro, constante e justo para todo o mercado, trazendo com isto seguridade, liquidez e o bem estar dos clientes da industria de seguro.
A segunda surpresa foi quando me deparei com um percentual de 2% que e pago sobre o valor dos premios do ano anterior, e que destina-se a uma instituigao chamada "Associagao de Garantia de Seguros Miscelaneos", cujo objetivo 6 que, mesmo considerando toda a seguridade existente, caso haja alguma companhia de segu ros que tenha que encerrar suas
ARTIGO
Acacio R. Queiroz Filho conta, atraves deste artigo, o que viu de novo e qual a sua impressao sobre a atividade seguradora em Porto Rico — um mercado aberto, com mfluencias e regras de quase 100% do mercado americano.
Um ano depois... e muitas surpresas
operagoes por questoes de liquidez, a associagao garantira todos os direitos dos segurados da compa nhia em questao.
0 mais interessante e o sistema que estabelece o grau de riscos existentes e o total que as compaTihias devem aportar, sendo que quando se atinge o limite necessdrio, cessam as contribuigoes das companhias de seguros e comega 0 recobro desses valores para o prpprio mercado, o qual e feito atraves de um custo adicional de apolice, paulatinamente. Nesse ano de 1995, por exempio, que e a primeira vez que 0 sistema de recobro entra em agao, o percentual parcial a se recobrar e de 0,70%.
Em suma, atraves deste siste ma, as companhias de seguro financiam a associagao e o custo real deste financiamento e o tempo que se disponibiliza o capital, entre o pagamento da contribuigao e seu recobro.
A terceira surpresa foi quando fiquei sabendo que tfnhamos que comunicar ao Comissionado de Seguros todos os sinistros abertos e nao liquidados dentro de 45 dias, pedindo entao uma prorrogagao. Se as companhias de seguro nao cumprirem esta determinagao, estarao expostas as respectivas penalidades e, quero mencionar que, no ano de 1995, 0 mercado ja acumula 1JS$ 1,6 milhoes em muitas desta natureza. A seguradora se da o direito
de defesa, mas este nao sendo exercido atraves de explicagoes devidamente cabiveis, o debito sera mantido. Sem duvida, este e mais um eficiente sistema em prbl do consumidor.
Para nao me estender muito, gostaria de encerrar este artigo mencionando uma ultima surpre sa, a quai diz respeito a importancia do Best rating.
Normalmente, as cotagoes de mercado referentes a medios e gran- | des riscos, sempre vem acompa- ' nhadas do requerimento do Best rating, o que quer dizer que dependendo do ratingex\g\(\o, somente determinadas companhias poderao participar do processo de cotagao.
Embora sabendo tratar-se de um sistema bastante conhecido, tomo a liberdade de dizer que o Best rating e um fndice estabelecido pela AM Best Company de New Jersey, que classifica as companhias de seguro (tendo estas que existir por mais de cinco anos). 0 resultado desta classificagao se sabe atra ves de um anudrio chamado "Best
Key Rating Guidd'. 0 processo inicial de classificagao de uma segu radora leva aproximadamente um ano, e a cada ano que se segue, AM Best Company faz uma nova analise e reafirma o rating mmle ou estabelece um novo rating para cada empresa, gerando anualmente uma edigao onde se mostra o
rating de confiabilidade e a capacidade financeira de todas as com panhias dos Estados Unidos qualificadas, de acordo com os parametros estabelecidos.
Sem duvida, apesar de serem surpresas, fiquei bastante feliz em defrontar-me com elas, uma vez que traduzem solidez e seguridade ao principal personagem da Industria: 0 segurado.
Em uma proxima oportunidade, estarei dividindo com voces outras experiencias de um merca do aberto e diferengas existentes entre um mercado com exposigoes catastrpficas e um mercado isento destes eventos naturals, como o nosso querido e abengoado BrasilPara que se tenha uma ideia do tamanho do mercado que estamos falando, de seu desenvolvimento e criatividade, considerando as mesmas linhas de negdcios exercidas no Brasil, Porto Rico, Estado livre e associado aos Esta dos Unidos, com apenas 3,7 mi lhoes de habitantes, gera um premio de aproximadamente 2,5 bilboes de dblares, de acordo com os ultimos relatorios da Industria.
Acacio R. Queiroz Filho f"' Diretor do Sindicato das EiH' presas de Seguro de Sao Pau lo, Vice-presidente da Fenaseg e Presidente do Conselho
DPVAT.* Atualmente, exerce ^ presidencia da Cigna, em SaU Juan, Porto Rico.
CONGRESSO
Quebra do monopolio do IRB e aprovada em segunda vota^ao
Qepois de mais quarenta anos em vigor, o mo nopolio do Instituto de Resseguro do Brasil has operagoes de resseguro esta Por um fio. A Camara dos DePutados aprovou em segunda ^otagao, no dia 13 de dezembro, a proposta de emenda consbtucional do Deputado Cunha Bueno propondo a quebra do mo nopolio, por 337 votos a favor, 93 contra e nove abstengoes. A Primeira votagao teve 330 vo tes a favor do fim do monopo lio e 94 contra. A emenda se9ue, agora, para o Senado. Se houver aprovagao no Senado, as regras que definifao as operagoes do resseguro inclusive a participagao do Capital estrangeiro — serao detalhadas pela Lei Complemen ter que regulamentara o Artigo 192 da Constituigao — que dispoe sobre o sistema financeiro e o setor de seguros. 0 Brasil e o ultimo pafs da Amefica Latina a se livrar dos entraves do monopolio do resse9uro, 0 que vintia prejudicando as negociagoes do setor no : ^mbito do Mercosul. ;
Substituto aprovado na Comissao
fixa
novos criterios de carencias para OS pianos de saiide
Pianos de Saude — No mesmo dia em que foi aprova da em segundo turno a quebra do monopolio do resseguro, a Comissao de Seguridade Soci al da Camara aprovou, numa sessao de muita poiemica e tensao, 0 substituto do deputado ibere Ferreira que regulamenta OS Pianos de Seguro Saude. 0 projeto preve, entre outras me-' didas, que seguradoras, empresas de medicine de grupo, co operatives medicas e firmas de auto-gestao em assistencia medica ficarao sob o vmcuio de um mesmo orgao fiscaiizador, aiem de fixer novos criterios de carencias para os pianos de saude.
Os pontos mais poiemicos
da sessao foram protagonizados peios partidos de oposigao, principalmente o FT, que apresentaram emendas propondo que as seguradoras tivessem registro no Conseiho Federal de Medicine; discordaram da composigao do Conseiho Especial do CNSP; exigiam que os pianos de sau de garantissem cobertura uni versal; e queriam passer a tarefa de fiscaiizagao das segura doras da Susep para o CNSP. Todas as propostas foram rejeitadas.
Prevldencia — Um dia an tes da discussao destes dois itens, tambem seriam votadas, na Comissao Especial, as pro postas de reforma da Prevlden cia Social. Mas a presenga de cerca de dois mil manifestantes da CUT e da Forge Sindicai, no auditdrio da Camara, impediu a votagao. No dia 5 de dezembro, 0 governo havia fechado uni acordo com o reiator, deputado Euier Ribeiro, que mexia nas regras de aposentadoria do se tor pubiico e garantia a votagao da emenda da reforma no infcio do proximo ano. Mas ate o fechamento desta edigao, em 13
Latina a se livrar dos entraves do monopolio do resseguro de dezembro, nao havia nova data marcada para que a reforma da Prevldencia voitasse & pauta de votagao do pienario.
Peio acordo fechado com o governo, ficou definido que a partirdapromuigagao da emenda ate a aprovagao de uma lei compiementar, so receberiam aposentadorias integrals os servidores pubiicos que estiverem no cargo ha peio menos dez anos se tiverem contribufdo durante peio menos 30 anos(muiheres) e 35 (homens), e que tiverem no mfnimo 50 anos (muiheres) e 55 (homens). Mas as regras para o trabaihador privado que interessam diretamente ao setor de seguros — serao fixadas na Lei Compiementar.
REVISTA DE SEGUROS
i'
34 OUTU8RO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 199^ OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 1995 35
O Brasil e o ultimo pais da America
REVISTA DE SEGUROS
"La Maja desnuda", de Goya: reprodu^ao em outdoors
Filmes que remontam ao passado e obras de arte: novas armas do mercado
om 75 anos no mer cado, a Itau Seguros langou uma campanha institucionalcomafinalidada da destacar sua marca entre as seguradoras do Pais. A campanha pretanda distinguir o noma da marca ligada ao banco, introduzindo um novo concaito de especialista no ramo. "Nosso trabalho a cuidar de voce" e "Es pecialista em cuidar de voce", sao OS slogans utilizados em todas as pegas que retratam varias fases na vida de pessoas consideradas publico-alvo. A
Oceanica tambem aposta nas campanhas publicitarias para ganhar mercado, mas sua estrategia e voltada para o pubiico clas ses A e B, A empresa quer llgar sau nome as obra da arte: "Um bom seguro e uma obra de arte".
Lembrangas — A cam panha da Itau foi criada palo publlcitario baiano Nizan Quanaas, da DM9 Propaganda, com um custo inicial de R$ 18 miIhoas, SItuagoes como o nascimento de uma crianga, a infancia e o sonho do primeiro carro sac retratadas em preto e
branco para dar uma idela de lembrangas do passado as pessoas. Sao quatro tllmes de 30 segundos para teve e sels pegas para anuncios em jornais e revistas que mostram o lado positive de se fazer um seguro
De acordo com a gerente de propaganda da Itau Seguros, Rosane Campos, a campanha institucional quer atlngir o publlco consumidor de seguros massificados como os de carro, de vIda, de empresa e de casa. "Temos a marca Itau que e uma forga positlva e representa solldez no mer-
cado, masqueremos mostrar, codi a campanha, nossa especialid^' deemseguros",atirmou. Segund^ ela, a Itau Seguros ja patrocin^' diariamente, a hora certa do nal da Globo e pretende mant®^ a veiculagao ainda no primed" semestre do ano que vem. Ros"' ne atirmou que os pianos 96 ainda estao indetinidos. tamos estudando o orgamenj" para o proximo ano e analisan" alternativas",disse. Elaafirm^^^ porem, que a campanha instiW^ cional, langada no final de s" tembro, devera ser mantida "
assessoria de imprensa da Itau Seguros.
proximo ano, mas com novos temas.
Plagio — Acusada de plaQiar a campanha da empresa de modas americana Moschino, a Itau Seguros levou um baque logo no inicio. Pelo menos dois anun cios foram considerados "cdpias" dos americanos: um em que aparecem os pes de adultos entrelagados com os de um bebe e Um outro de um motoqueiro segurando uma crianga. Rosane Campos nao quis falarsobre prejutzos com a retirada dos anun cios, mas atirmou que a DM9 criou varias opgoes de anuncios "e se comprometeu a substituir OS supostamente copiados".
0 criador das pegas, o pu blicitario Nizan Quanaes, ganhador de dois Leoes de Ouro de Propaganda, em Cannes, alegou "coincidenciade imagens", conforme explicou Juarez Camargo, da Essencial Comunicagoes — empresa que cuida da
Obras de arte — Criada para atrair pessoas de classes A e 8, a campanha publicltaria da Oceanica Seguradora quer ligar 0 nome da empresa a uma obra de arte: "Um bom seguro e uma obra de arte". "Foram tres me ses de pesquisas com quadros e esculturas ate se chegar a ima gens de quadros de pintores famosos, OS quais eram conhecidos nao so pelo nome dos autores ou de suas obras, mas que, de alguma forma, estavam no inconsciente das pessoas que ja tiveram acesso a elas", expli cou 0 publlcitario argentine Gerardo Hanna, da Art Express Comunicagoes, e criador dacam panha.
Quadros como "La Maja Des nuda", de Goya, "Negociantesde Tecidos", de Rembrandt, "Quar to de Dormir", de Van Gogh e "Le Dejeuner sur L'herbe", de Eduard Manet, poderao ser vistos em owWoocsespalhados pelas principals capitals brasileiras e em luminosos coloridos instalados nos aeroportos Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e em Congonhas, em Sao Paulo.
A campanha quer unir a obra de arte ao privilegio de se ter um seguro: "A verdadeira arte em seguro" ou "A unica cobertura indispensavel e o seguro", des-
taca dois dos anuncios. Hanna explicou ainda que as imagens foram catalogadas e reproduzidas diretamente dos quadros expostos em museus do mundo inteiro, pela agenda internaclonal Keystone, com licenga de veicu lagao de um ano.
Pintura internacional Hanna disse ainda que a nova satra de anuncios para o proxi mo ano vai dar destaque a fase contemporanea da pintura inter nacional. Q nome da Qceanica Seguros vai estar ligado a pintores como Picasso, Salvador Dali, entre outros. Q publlcita rio, ha dois anos criando anun cios para a seguradora, lembrou ainda seus pianos para o segundo semestre de 96, comintrodugao da fase braslleira da pintura ligada ao nome da Qceanica Se
guros. Hanna, porem, nao quis falar em custos, mas destacou 0 nome tradicional da empresa seguradora, da qual esta por tras nada menos do que 18 empresas,dentreasqualsaFrota Oce anica, a Alcalis, a Aerofrota, todas ligadas ao grupo Fragoso Pires.
A Oceanica esta em trlgesimo lugar no ranking, mas quer manter um perfil de "absolute compromisso com os negdclos eas necessidades dos clientes". Segundo Hanna, a seguradora pensa em Introduzir em 1996, a Previ Qceanica, um outro rarno de seguro privado. A empresa atua, entre outros, com seguros de vida, de grupo, saude, empresas, automdveis e nautico.
Por Happy Carvalho
SEGURANgA EM SEGUROS.
-7: L * ;-X «■ # '■'" rA -K " MARKETING ISPENSAVEL E 0 SEGURO
O publicitario
Gerardo Hanna passou tres meses pesquisando quadros e esculturas para a campanha da Oceanica
E quando fizar 14 anos vai pedir pra voc6 parai 100 mctros da oscola.
Um dos filmes da campanlia da Itau, criada pela DM9
RINI Advogadosassociados »Advocacia Crimina!, Civel e Trabalhista para o mercado segurador.
CNIS e Negrini Advogados Associados, 18 anos de estreita relagao de trabalho e confianga com as Companhias de Seguro. Rua Alfredo Pujol, 1170 - CEP 02017-002 - Sao Paulo SP - Tel.: (Oil) 959-2999 - Fax: (Oil) 267-2344 Cadastre Nacional Informatica e Servicos •Auditoria de fraudes •Aijalise de custos medico-hospitalares REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO / NOVEMBRO DEZEMBRO DE 996
Empresas estrangeiras deverao ter livre acesso ao mercado brasileiro
elo menos duas propostas ja sao consensuais em torno do programa da reforma esfrutural do mercado: a plena liberdade de acesso pelas seguradoras estrangeiras e a quebra do monopblio do resseguro. Essas medidas contribuirao para a forte expansao do setor, que podera faturar cerca de LIS$ 50 bi lboes, no infcio do Secuio XXI, dependendo da reforma constituclonal e, em conseqijencia, do virtual repasse dos seguros so cials para a iniciativa privada.
0 Governo quer atrair, por meio deste segmento, mals investimentos estrangeiros e garantlr a injegao de novos recursos na economla. Em virtude dlsso, tem procurado rever o perfil protecionlsta da legislagao. A11berallzagao tem,ao mesmo tem po,0 objetivo de forgar as companhias brasilelras a melhorar a eficiencia, com a oferta de se guros Inovadores e pregos mals reduzidos.
Contralempos—Haquem
acredite que as seguradoras bra silelras terao alguma dificuldade para suportar a concorrencia
estrangeira, sobretudo as de pequeno e medio portes que, por conta da quebra do monopblio e do pequeno volume de negbcio nas operagoes de ressegu ro, poderao ter contratempos para repassar o excedente de responsabilldade. Em virtude disso, muitos especialistas acreditam que 0 numero de seguradoras no Pals, cerca de 134, caira substancialmente, atraves de fusoes e incorporagoes entre as empre sas. "As fusoes, associagoes e joint-ventures nao deixam de ser alternativas interessantes para que as pequenas e medias em presas permanegam competitivas em urn mercado aberto", assinala o presidente da Notre Dame Seguradora, Paulo Barbanti.
Rony Lyrio
Ele acredita que a concorren cia acirrada, gerada pela liberalizagao, provocara uma "selegao natural" no setor, com a virtual redugao do numero de operadores, especlalmente entre as se guradoras de menor porte. Mas assinala que as representantes das medias e pequenas terao chances de se manter no mer cado, caso optem pela especlalizagao, sobretudo nos ramos
Thomaz da IVIotta eflcientes ja apresentam custos operaclonals prbximos das con correntes fixadas em m.ercados tnals desenvolvidos.
Para Rony Lyrio, o mercado brasileiro sb enfrentara dificuldades se o Governo, conforms Proposta do Minlstro da Fazenda, Pedro Malan,autorlzaracompra direta de seguros no exteri or. "Neste caso, eles terao vantagens competitivas porque em seus pafses os custos operaclo nals sao menores", afirma. "Mas aqui, dificilmente terao condigoes de atuar com a competitividade apresentada nos pafses de orl9em", arremata ele.
pessoals, e pela segmentagao do publico por faixas etarias —,all' ado a uma gestao adequada de custos e qualldade nos servlgosPais continental — ^ perspectiva de abertura do met' cado nao tira o sono dos dirigeb' tes das grandes seguradoras. 0 presidente da Sul America, Rony de Castro Lyrio, acredita que ae maiores estao aptas a superar os concorrentes estrangeiros. "Fala' se muito que os custos adminiS' trativos podem afastar as segO' radoras brasilelras da concorreO' cla. Mas as despesas nao estd" tao elevadas, se levarmos eto conta 0 fato de que elas atuatf em um Pals de dimensoes cotr tinentals". Ele destaca que, aio' da assim, as seguradoras mals
queda brutal das tarifas de segu ros e, em consequencia,o aumento da base do mercado de consumo. Ao referlr-se a onerosa carga fiscal e tributaria existente no Pals, lembra que ela impedlra que os seguradores estrangei ros apresentem o mesmo grau de eficiencia apresentado em seus pafses de orlgem, o que, na pratica, evitara que os pregos das coberturas sejam similares aos cobrados no exterior.
Custos enxutos — 0 dlretor da UAP Seguros, Jose Tho maz da Motta, tem uma opiniao contraria a dos seguradores brasllelros. Ao reiterar que as multinacionais dispoem de tecnolo-
gias mais avangadas e de custos enxutos, ele deixa claro que a presenga das estrangeiras sera um passo importante para gerar a queda de pregos dos seguros. Sobretudo com a perspectiva de exploragao de novos nichos de mercado, especlalmente na linha de produtos de pessoas, ele preve que as multinaclonals vao se interessar pelo mercado brasilei ro, aumentando fortemente a con correncia e trazendo beneffcios para os consumldores — que terao produtos mais abrangentes e com pregos menores.
Em virtude do quadro de flexibilizagao do mercado, Thomaz da Motta acredita que a partici-
pagao das seguradoras estrangei ras no mercado local — hoje estlmada em 20% da arrecadagao anual — melhorara substancialmente nos prbximos anos. Mas nao provocara estragos na participagao das seguradoras lo cals no faturamento do setor."0 mercado brasileiro oferecera, a partir de sua reestruturagao, no vas oportunidades de negbcios para as seguradoras, nacionais ou estrangeiras, instaladas no Pafs. Portanto, todas poderao experimentar aumento na sua produgao de^premios,desde que tenham efi ciencia para abordar os novos nichos de mercado",justifica ele.
Por Vagner Ricardo
Susep prepara projeto
Concorrencia bem-vinda 0 vice-presldente da Bradesco Seguros, Jorge Estacio da Silva, estaconvencidodequeaconcorrencia nao afetara a partlciPagao das seguradoras brasileltas no faturamento do setor. "A concorrencia e bem-vinda e contribuira para o aperfeigoamento do setor. Nao ha temor com a disPuta externa, ate porque as seQuradoras brasileiras tem capacldade tecnica e patrimonial para Se sair bem dentro de um quadro de concorrencia acirrada", afirma ele. Mas admite que boa Partedascompanhiasteradefazer ajustes para melhorar seus Custos administrativos,sobretudo antre as pequenas e medias em- , Presas. '
Para Jorge Estacio, a concor- ! tencia externa nao provocara, Conforme imagina o Governo, a
0 projefo de reestruturagao do mercado de seguros voltou aserdlscutldo este ano, dianfe da retomada dos debates sobrearegulamentagao doartigo192 da Constituigao Fede ral, que disclplinao funcionamento das seguradoras e das instituigbes bancarias. A dlregao da Susep tem reallzado diversas reunloes com os pa res do mercado, com vistas a apresentar um projeto de consenso ao Governo, para o seu posterior encaminhamento ao Gongresso Nacional. Paralelamente b iniciativa do Executlvo, ja existe uma comissao especial do Gongresso tambem estudando a materia, que deve ser votada no prbximo ano.
para apresentar ao governo bra do monopblio e a liberalizagao do setor ao mercado estrangeiro. Na opiniao de Pi nho, a abertura plena do mer cado para as multinaclonals devera preceder o programa de quebra do monopblio nas operagoes de resseguro do IRB. Mas 0 Institute, reconhece ele, precisara de algum tempo para se prepararparaadlsputacom OS resseguradores estrangei ros. 0 presidente do IRB, Dembsthenes Madureira de Pi nho Fllho, estima que 0 brgao precisara de pelo menos um ano apbs a regulamentagao do artlgo 192 para suportar a concorrencia.
droes de concorrencia interna cionais, que oscllam entre 5% e 10% dos premios arrecadados, mas os esforgos para reduzir custos garantirao forte competitividade ao brgao ressegurador brasileiro", diz ele para quem o novo IRB devera ter uma feigao regional, com destacada atuagao na Ameri ca Latina.
Segundo o diretor da Su sep, Francisco Pinho, dols temas estao pratlcamente definidos no ambito das reunloes promovidas pela Susep: a que-
Ele acredita que o IRB tera condigoes de competir em pe de igualdade com os concor rentes internacionais, com a conclusao de reforma estrutural. "As despesas administrativas do IRB estao fora dos pa-
Entre as Iniciativas adotadas para o fortalecimento do IRB, Dembsthenes destaca a criagao do piano de afastamentovoluntariodeservldores,que esta em execugao e reduzira 50% do atual quadro funcional e diversos programas de melhoria dos sistemas de gerenciamento de informagao; de treinamento tecnico dos funcionariosque permanecerao no institute, com vistas a aumentar aagilidadeeeflcignciada empresa.
1\'CONJUNTURA
REVISTA DE SEGUROS
"Despesas admiiiistrativas sao compativeis com as dimensoes do Brasil"
"As empresas poderao aumentar seus premios, se abordarem novos nichos de mercado"
38 OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 19®^ '^UTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 1995 39
REVISTA DE SEGUROS
Fiocmz desenvolve trabalho de alto risco e nao e protegida per seguro
entro nacional de referencia para fabricagao de soros e vacinas, a Fiocruz (Fundagao Oswaldo Cruz) nao tern urn seguro que proteja todo seu patrimonio. 0 belo castelinho, em estilo neomourisco, que comegou a ser construfdo em 1904, nao esta segurado. Os outros predios do campus de Manguinhos, o Insti tute Fernandes Figueira, em Botafogo, e os centres de pesquisas Rene Ractiou, em Belo Horizonte, Aggeu Magalhaes, em Recife, e Gongalo Moniz, na Batiia, tambem nao foram contemplados com nentium programa de segu ro para cobertura de riscos diversos. Mas nem tudo esta perdido na fundagao nascida do Institute Soroterapico Federal, criado em 1900 pelo Barao de Pedro Affonso, com a ardua tarefa de debelar epidemias, come a peste e a febre amareia, que exterminaram parte da populagao brasiieira no infcio do seculo.
Em sintonia com a Lei 8.974 de janeiro de 1995 — que diz respeito &s atividades desenvoividas com organismos geneticamente modificados, isto d, en-
Leila Macedo Oda:"A vida nao tem pre^o, per isso precisamos de a^oes preventivas"
gentiaria genetica — a vice-presidencia de produgao e desenvolvimento tecnoldgico da Fio cruz se uniu aos funcionarios para criar um projeto interne de biosseguranga, Desde o inf cio desde ano, 22 pessoas, dividas em comites, trabalfiam no Projeto de Biosseguranga da Fio cruz — Monitoramento de Ris cos.
Radiografia —Acoordenadora do projeto, Leila Mace
do Oda, explica que o objetivo e minimizar os riscos atraves de uma "radiografia" de todos ; OS setores da fundagao. A intengao e fazer um ievantamento complete das condigoes de ; trabalho em todas as unidades para que se possa identificar com precisao cada area de risCO. Leila diz que so o seguro nao basta. "A vida nao tem prego, ' por isso precisamos de agoes preventivas", afirma a coorde-
nadora do projeto.
0 trabalho orientadp pelos 22 integrantes do projeto de Bi' osseguranga, sob a chefia de Leila, comega com um questi' onario elaborado especialmen' te para este programa. Baseado em estudos de atividades desenvolvidas em pafses do Pd' meiro Mundo, o "instrumento'. come a equipe de biosseguranga costuma chamar o questionario, e um roteiro que sera ana' lisado e servira como fonte paf^ 0 cruzamento de dados, conno atividade, faixa etaria etc.
"Cada um das 22 pessoaS que trabalham diretamente nO projeto de biosseguranga e reS' ponsavei por uma comissao, Qb® por sua vez se divide em corni' tes, que se ramificam em celb' las multiplicadoras", detalb® Leila. 0 trabalho comega com ® distribuigao do questiondriO' seguidas das entrevistas. P®'^^ evitar que se cometa erros generalizagao, cada unidade ® funciondrio recebem acompanb®' mento da equipe de biossegb' ranga na hora de responder 3^ perguntas. Leila afirma que ess® proced'imento e essencial 3
Projeto de bioseguran^a
faz levantamento
das condicoes de traballio nas unidades para identificar areas de risco
projeto, que vai aiem das ativi dades relacionadas a engenharia genetica. "Nossa meta e mapear todas as dreas de risco, que podem ser qufmicos, bioldgicos, radioativos etc", observe Leila.
Fase preliminar — Com termino previsto para o fim de 1996, 0 projeto esta em fase Preliminar. A coordenadora diz
que 0 programa atravessa a etapa de identificagao. "Estamos distribuindo os questiondrios e so teremos aigum resuitado depois que todas as entrevistas estiverem compietas. Nessa fase poderemos partir para andlises estatfsticas". Ate agora, a primeira etapa do trabalho foi cumprida na Escola Poiitecnica, do Rio, e no Centro de Pesquisa Gongalo Moniz, instalado em Salvador, onde sao desenvolvidos estudos sobre epidemioiogia e profilaxia da Doenga de Chagas, leishmaniose e esquistossomose. Para controlar o avango dessas doengas, os pesquisadores iigados ao Gongalo Moniz realizam trabalhos de campo em municfpios vizinhos d capital da Bahia.
Depois do Centro Gongalo
Moniz e da Escoia Poiitecnica, 0 proximo da fila e Far-Manguinhos — unidade responsavel pela pesquisa basica e desenvoivimento de materias-primas para as campanhas de saude. Leila comenta que o projeto deve transcorrer gradativamente para que nao se atropele nenhuma etapa. Durante as entre vistas, a equipe de biosseguranga observa todos os detalhes para que depois possa apontar que unidades da fundagao estao funcionando sem instalagoes compatfveis com as atividades desenvolvidas no ambiente. Leila adverte que nao basta deixar o ambiente perfeito, e precise sa ber se as pessoas estao sobrecarregadas.
Mapeamento "Por deficiencia de pessoal, a carga de
Centro de referencia para fabrica9ao de vacinas e soros, a Fiocmz nao tem seguro para o seu patrimonio
trabalho aumenta e, consequentemente, um unico funcionario pode estar sujeito a riscos ra dioativos, biolbgicos e qufmi cos", comenta Leila. Para a co ordenadora, promover mudangas significativas na quaiidade do ambiente de trabalho exige um mapeamento dos riscos em cada unidade, mas acrescenta que cada uma delas tem uma rotina particular e merece analise detalhada. "Por isso devese respeitar todos os prazos do programa".
Antes da impiantagao do projeto, Leila conta que os problemas nao estavam "organizados" e sequer podiam ser atribufdosauma determinada cau sa. "Vamos agora identificar solugoes associadas aos processos de trabalho", garante.
SEGURANQA
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REVISTA DE SEGUROS 40 OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 199® OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 1995 4t REVISTA DE SEGUROS
Egovernobrasileirotera
Funcex estuda propostas de reativa^ao do seguro credito a exporta^ao
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que adotar, em breve, urn sistema de seguro a exportagao, acabando com essa grande lacuna no mercado. Esta avaliagao e unanime entre os exportadores brasileiros: nao ha como o governo se furtar a garantir algum tipo de protegao paraevenluais riscos politicos — como guerras, por exempio —,ou naturals—como terremotos e catastrofes.0seguro de credito a exportagao e urn dos instrumentos de polftica de comercio exterior e existe praticamente em todos os pafses do mundo.
Ltdio Duarte, gerente do Departamento de Credito Interno e Garantia de Riscos Governamentais do IRB, explica que desde a criagao do seguro, pela Lei n4.678, em 1965 — que vigorou ate 1991 — o sistema adotado foi 0 misto. "As seguradoras privadas emitiam apdiices, cobrindo riscos gerenciais de medio e iongo prazos, e resseguravam no IRB seus excedentes", diz.0 proprio instituto cobria os riscos poitticos e extraordinarios com aval do Tesouro Nacionai. Na
de
vizar 0 pagamento da dfvida externa, era extremamente agressiva". Outro fator negative: neste mesmo perfodo, diversos pafses aivos das exportagoes brasiieiras sofreram probiemas macroeconomicos de natureza financeira, como o IViexico, a Argentina, 0 Chile, a Venezuela e o proprio Brasii, que deciarou a moratdria.
COS poifticos; e a evoiugao, por parte dos poderes poifticos, em avaiiar o que significaria esta nova modaiidade de seguro no contexto de uma polftica de comercio exterior.
Sobre as atuais propostas de reativagao do seguro de credito h exportagao — estudo preparado pela Funcex a pedido da Associagao Comerciai do Rio de Janeiro —,Lfdio diz que, mes mo com provisoes otimistas, uma
empresa desse porte so podera a vir a funcionar dentro de dois anos."A tecnologia se dispersou, temos que treinar quadros de operadores e especialistas na materia. infelizmente, nao ha staffcom conhecimento suficiente no as sunto nos escaioes do Ministerio da Fazenda", conciui.
Estudo — Mas enquanto o IRB restringe-se em abrir corredores de acesso aos exportado res brasiieiros em busca de se guro no exterior—ou buscar no mercado internacionai quem ressegure as exportagoes nacionais —,a Funcex coioca um ponto final ao estudo que vem sendo feito junto a consuitores internacionais,envoivendo companhias privadas, seguradoras nacionais e estrangeiras, bancos, exportadoras e o governo. 0 es tudo, feito a princfpio a pedido da Associagao Comerciai do Rio
de Janeiro, hoje conta com a parceria dos tecnicos do Ministerio da Industria, do Comercio e do Turismo, em busca de uma soiugao para o setor.
Ricardo Markwaid, consuitor da Funcex, diz que o documento preve a criagao de uma companhia com capital iniciai entre US$ 50 miihoes a US$ 100 miihoes e que apds dois a tres anos de funcionamento poderia arcar com cerca de 10% do total das ex portagoes brasiieiras. Segundo eie, a estimativa e alta, ja que em pafses com ionga tradigao no ramo as taxas variam de 18% a 25%.
Markwaid ressaita que as pequenas e medias empresas terao cobertura integral do valor de suas remessas e nao seria exigido 0 princfpio da generaiidade — haveria reiativa iiberdade sobre a escoiha dos embarques
a segurar — e tambem nao seria cobrado o princfpio da giobaiidade (seguro de todas as mercadorias). Em contrapartida, para aceitar a cobertura de uma carga de alto risco para Uganda, por exempio, a companhia podera exigir a in; ciusao de seguro para uma venda aos Estados Unidos, de risco mais diiufdo. As grandes empre sas terao uma cobertura de 85% no maximo, para se evitar gran des riscos.
Mas eie esciarece que o do cumento passara por questoes iegais a serem discutidas com o governo, assim como o termo fi nal sobre a participagao pubiica nos casos de riscos poifticos. 0 governo teria oferecido 50% de cobertura, mas a Funcex defende um percentuai maior, preferiveimente de 100%.
Por Dylza Freitas
epoca havia urn fundo que garan tia a iiquidez desse sistema.
Com as mudangas trazidas pela polftica de comercio exteri or do governo Coiior, que extinguiu a Cacex, surgiu uma enorme discussao sobre a criagao de seguradoras de credito especiaiizadas, que pudessem arcar com OS onus neste ramo. 0 IRB, em agosto de1991,paraiisouas negociagoes que fazia em seu nome e por conta do Tesouro Nacionai, ja que, segundo Duarte, a conta desinistroa iiquidar era superi or &s reserves existentes no fun-
do de iiquidez. Eieavaiiaqueatuaimente a conta de sinistro estaria entre US$600miihoesaUS$
700 miihoes e OS fundosdisponfveis,porvoita de US$150 mi ihoes. Entretanto, o proprio Go verno eocredor decercade US$ 500 miihoes.
Fatores negatives — Lfdio Duarte aponta aigumas das causas que geraram esse desequilfbrio e resuitados pouco encorajadores:"A polftica de comer cio exterior, adotada peio Governo a fim de gerar saidos comerciais consistentes que viessem a sua-
Para o gerente do IRB, as perspectivas em reiagao a abertura do seguro d exportagao nao podem fugir de alguns pontos capitals, como a criagao de uma seguradora de credito especiaiiza' da operando com seguro de credito a exportagao, seguro de garantia interna e externa, segU' ro de credito interno —; manutengao da concepgao original no aspecto do resseguro garantido peio Governo, que devera assU' mir as responsabiiidades dos ris-
0 SIS DA CONSIST GARANTE.
^ SIS foi desenvolvido para ofereas seguradoras facilidade e ra-
Wdez na criagao de novos produ-
^Os. Este sistema possibilita flexi-
'^ilizagao nas formulagoes de tari-
^ao e selegao de riscos. Atraves simulagoes, pode-se comprovar
^ validade da formulagao ou fazer
ajustes de tarifas. Orientado para 0 usuario final, sua utilizagao e simples e seu aprendizado rapido, rapido. Consulte a Consist sobre o SIS - Sistema de Informagao de Seguros. Com eie, voce vai fazer seguro ate pra navio com casco conversivel.
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REVISTA DE SEGUROS
Estudo preve que pequenas e medias empresas terao cobertura integral do valof de suas remessas
tecnologia se dispersou. Infelizmente, nao ha staff com conhecimento suficiente no assunto"
Lfdio Duarte
PODE FAZER SEGURO ATE PARA CARRO COM PARABOLICA.
NOTA TFXNICA LONTRATiJS PFISSOAS COSSKGL'ROS RKDK SINISTROS RESSKGL'KOS COMKRCIAL \DABAS NATURAl PREDICT N.ATCRAL CONSTRUCT PREDICT CASE
42 ^iJtros 3plic3tivo5 Consist 3 disposi^so do sus ompross. SistGm3 Cont^bil Fin3ncGiro, Controlo P3triiTioni3l, Cont3S 3 P3Q3r, Cont3s 3 RocGbGr, '^^gsmentos e Recursos Humsnos, Administrsgso de Comprss, Gest30 de Estoques, Gerador de Relstorios e Fungoes Comuns. CONSIST.Av. das Nagoes Unidas, 20.727 - Sao Paulo - SP - CEP:04795-100 Tel:(011)253-2333 -Fax:(011)253-4988 Telex: 11 57613 ■OnsiST Consultoria, Sistemas e Representagoes Ltda. OUTUBRO/ NOVEMBRO DEZEMBRO OE Filiais em: Belem, Belo Horizonte, Brasilia, Curitiba, Floriandpolis, Fortaleza, Goiania, Manaus, Porto Alegre, Recife, Ribeirao Preto, Rio de Janeiro, Salvador e Vitoria. .J
Oseguro e a criminalidade
□atividadedoseguro
esta diretamente afetada pela criminalidade.
Alem de ser chamado a indenizar sinistros decorrentes de agoes criminosos de terceiros (furtos, roubos, danos, lesoes, homicidios, incendios, etc.), 0 seguro sotre as conseqOencias das fraudes praticadas peios prdprios segurados. Para suportar o aumento da sinistralidade decorrente de atos criminosos de terceiros, e absolutamenta necessario que as seguradoras contem com um eficiente gerenciamento de riscos por parte dos segurados. Sem que OS segurados adotem uma constante prevengao contra o risco (controle do Risco), e impossivel as seguradoras efetuar 0 financiamento das perdas sem que eias proprias suportem uma operagao extremamente ruinosa, na relagao sinistro/premio.
A carteira de transportes, hoje, e 0 exempio cabal de uma situagao de sinistralidade insuportavel. 0 risco, sem qualquer gerenciamento, foi operado por longos e longos anos.
Houve total despreocupagao com 0 risco, por parte do segurado de transporte, pois o se guro pagava tudo. A pergunta que se colocava era a seguinte: "por que gerenciar o risco, se a carga e segurada?"
Ante um sistema de trans porte de carga totalmente indefeso, a criminalidade cresceu
sem qualquer repressao. A car ga tornou-se presa sempre facil e convidativa. Assaltar um caminhao transportador de carga valiosa e sempre mals tranquilo e mals rendoso do que assaltar um banco.
Esse nao gerenciamento de risco contra a criminalidade no transporte de bens equivale a um incentive a criminalidade. Hoje a situagao e a seguinte: as se guradoras se afastam da cartei ra, nao interessando quaisquer taritas.
No entanto, alem de indeni zar sinistros decorrentes de agoes criminosas de terceiros, as se guradoras sao vitimas tambem de fraudes dos prdprios segu rados.
Essas traudes sao cometidas pelo segurado: ao contratar com dolo, ao provocar sinistro, ao alegar sinistro inexistente, ao agravar resultado de sinistro, ao receber indenizagao que sabe indevida, ao entregar coisa deteriorada ou a menor.
Ao tentar a pratica de fraude contra o seguro - crime fim, o fraudador ja cometeu inumeros crimes-meio:
• falsidade de documento (art. 297 do Cddigo Penal)
• falsidade ideoldgica (art. 299)
• talso reconhecimento de firma (art. 300)
• certidao ou atestado ideologicamente talso (art. 301)
• falsidade de atestado medico (art. 302)
• uso de documento talso (art.304)
• comunicagao falsa de crime ou contravengao (art. 340)
• talso testemuntio ou falsa pericia (art. 342)
• corrupgao ativa de testemunha, perito etc. (art. 343)
0 fraudador nao e um bandido sanguinario. Nossa sociedade impressiona-se muito com OS crimes de sangue, mas estes sao OS crimes que geram prejutzos financeiros relativamente insignificantes, se comparados as perdas dos crimes de colarinho branco. Aqueles provocam a atuagao imediata e vigorosa da PoIfcia e do Ministerio Publico, enquanto estes, os crimes do colarintio branco, nao assustam a sociedade, principalmente se cometidos contra sociedades ..anonimas.
Quern e o fraudador? 0 fraudador e aquele que aplica a Lei de Gerson, que leva vantagem em tudo, que nao respeita OS cbdigos socials. 0 fraudador nao e o favelado, nao e o pobre, nao e o inculto.
0 fraudador pode ser o tuncionario.publico, o executive, o profissional liberal, o protissional da Informatlca. Muitas vezes tem curso universitario. Pode ser 0 advogado procurador de vitimas fictfcias, o medico que agrava o relatorio da doengas, das lesoes, dos tratamentos, o engenheiro que elabora laudos ideologicamente falsos.
Ha uma somatbria de razoes que fazem com que o seguro atue em desvantagem quando vai agi[ contra o fraudador. Uma delas e essa condescencia que se tem para com criminoso do colari nho branco, principalmente quan do ele age contra o bem publico ou uma sociedade anonima. Afinal 0 crime nao prejudicou ninguem especificamente e a vitima nao e uma pessoa ffsica identificada.
Os fraudadores levaram a quebra o sistema nacional de saude e a previdencia socialPodem levar d falencia a previ dencia privada, o seguro-saude, 0 DPVAT.
Essa criminalidade toda qoe afeta o seguro, na realidade pmjudica a sociedade em geral:
• impede o segurador de ope' rar determinadas carteiras;
• faz com que o segurador se afaste de determinadas cam teiras (e o caso hoje da cam teira de seguro de transpof tes);
• causa aumento de taritas efO virtude de aumento do fndice de sinistralidade.
Combater eficientemente 3 fraude e o crime em geral e poS' sfvel. 0 passo Inlcial e abandO' nar a atitude de absolute passi' vidade.
Pedro Paulo Negrini e Advog criminalista, Prcsidcntc Cadastre Nacional
A Revimde Smuros selecionou um amplo leque de temas para a se?ao de livros desta edicao: novas t&nicas de vendas; os cajninhos que levam a produtmdade e a qualidade nas empresas sem chefes; o novo conceito de cidadania; a era da hipcrcompeticao, iniciada na decada de 80; e a revoKao em curso na area contabil E so escolher, com base nas resenhas, os assuntos que mais Ihe agradam.
rjld" df C
Informatics Services S/C Ltda c Assessor d" Convcnio
do Seguro DPVAl
Empresas sem chefes
— As equipes autogerenciais apontam o caminho para as empresas aumentarem sua produtividade e sua qualidade e sao uma importante resposta ao desafio da competitividade. Esta livro fornece novas ideias e informagoes sobre como alcangar essas metas. Os autores indicam o caminho para uma nova forma de lideranga e mostram que sao os lideres, e nao os chefes, que levam as equipes d autogerencia e a alcangar produtividade e qualidade. Segundo o livro, um numero cada vez maior de equipes autogerenciais e a arma secreta de empresas que apresentam um pleno desempenho. (Charles Manz e Henry Sims Jr., 264 Editora Makron pags Books, tel.: 011-820.6622)
Gestao estrategica de custos — Neste livro os autores tratam de forma direta os conceitos fundamentals da contabilidade gerencial que precisam mudar com urgencia. E mostram como a gestao estrategica de custos, a primeira estrutura analftica para relacionar informagao contabil com estrategia gerencial, esta revolucionando a contabilidade. (John Shank e Vijay Govindarajan, 356 pags., Editora Campus, tel.: 021-221.5340)
de vantagens temporarias. Paradoxalmente, as empresas tern que destruir suas vantagens competitivas para ganhar competitividade, afirma o autor. (Richard D'Aveni, 469 pags., Editora Campus, tel.: 021-221.5340)
trabalhadores e profissionais liberals, realidadas na PUC-Rio, com 0 objetlvo de implementar um novo conceito de cidadania. (Pe. Laercio Dias de Moura,S.J., Nelson Janot Marinho, Maria Martha Gomes de Matos Roche Moreira, 120 pags., Editora Makron Books, tel.: 011820.6622)
Hipercompetigao — Este livro define a era iniciada na decada de 80 como de hipercompetigao. Usando centenas de exemplos de areas hipercompetitivas como computadores e autombveis, fabricantes de brinquedos e refrigerantes, o autor mostra como elas criam uma serie
Construindo a cidadania — 0 exercicio da cidadania impbe uma renuncia a medida em que assegura um direlto — e a pouca importancia que eventualmente se da ao valor da renuncia e que malogra a construgao da cidadania em nossa sociedade. Esta e a conclusao de uma serie de palestras e debates reunidas neste livro — que contaram com a participagao de pessoas de diterentes breas de atuagao: professores, empresarios.
Pare de faiar e comece a vender! Este livro apresenta um nova forma de dialogo entre vendedor e cliente, e parte da premissa de que, ao domlnar o processo e a condugao do dialogo, o vendedor conseguira apresentar-se e diferenclar seus produtos dos concorrentes de tal forma que 0 cliente se tornarb o toco da venda. A nova tatica de abordagem sugerida pelo livro, segundo a autora, e capaz de criar um senso de parceria com o cliente mesmo os mais exigentes e inconstantes. Vale conferlr. (Linda Richardson, 260 pags., Editora Makron Books, tel.: 011-820.6622)
FRAUDE
LIVROS
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REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 1995 J OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO DE 1995 45 REVISTA DE SEGUROS
□ Lxiiz Mendon9a e jornalista e consultor tecnico de seguros
Roubo de automoveis
odo veiculo deve ser inscrito no Renavam, cadastre da frota nacional. 0 numero de tal inscrigao, que e a sua identidade, passa a figurar no DUT, certificado da licenciamento anual. Com 0 primeiro DUT e tambem emitido 0 certificado de propriedade, para use em futura alienagao do veiculo.
0 Renavam, base de dados para fins estatisticos, tambem o e para consultas especificas. Quem, per exempio, esteja para comprar um veiculo, pode tomar a precaugao de informar-se se consta, a respeito dele, alguma denuncia de roubo ou furto.
Existe, portanto, a valida presungao de que o Renavam pode servir de obstaculo a "industria" dos roubos e furtos de veiculos, atacando-a em ponto-chave: a comercializagao dos seus "produtos".
Tal presungao, no entanto, tem-se r-evelado mais tedrica
do que pratica. A demanda de informagoes e quase nula e, alem disso, algumas "industrias subsidiarias" evoluiram no pais: a dos fundos & falsificagoes de DUT's e a dos desmanches de veiculos para a venda de autopegas.
Mas isso, em vez de desestimular na sociedade o combate ao crime, deve ao contrario motivar a busca de novos e melhores instrumentos de agao. 0 Senador Romeu Tuma, por exempio, com larga e notdria sxperiencia policial, propoe esquema cuja ideia central sem suporte na legislagao argentina; ideia, alids, coincidente com a de antiga sugestao que, na epoca, nao conseguiu seduzir nossos legisladores.
0 projeto Tuma cria, no sistema notarial brasileiro, o registro da propriedade de veiculos, com fungoes analogas as do registro de imoveis. Assim, a alienagao de veiculo somente
produziria efeitos, eritre as partes e perante tercelros, depois de sua transcrigao no competente oficio de registro. E mais: pessoas fisicas e juridicas que se dediquem d venda ou revenda de veiculos teriam que inscreve-los em seu proprio nome, enquadrandose no crime de extorsao indireta exigir recibo em branco do alienante ou mandato de alienagao. Essas sao algumas questoes prim,ordlais, pingadas para compor uma visao panoramica do projeto, longo e minucioso em seu contexto normative. Claro que desde logo tal projeto sera acusado de complicar a simples compra de um bemde-consumo duravel. Mas cumpre nao esquecer: ao contrario do imovel imune ^ agao do "puxador", aquele bem-de-consumo virou objeto da crescente prosperidade de muitas quadrilhas; bem, alias, em media de valor equivalente
Seguro Educacional
NOVOS PRODUTOS Individual
ao da casa propria encalhada, aos milhoes, no cronico e vultoso deficit habitacional do pais. Outro projeto, mais simples, e o do Senador Joao Franga. Propoe a criagao de um "Documento Unico de TransferenciaDUT". Neste, as firmas do alienante e do comprador devem ser reconhecidas por tabeliao, tendo o comprador a obrigagao legal de registrar a transagao no Detran do seu domlcilio. 0 alienante, por lei e desde a data da venda, fica eximido de qualquer responsabilidade em relagao ao veiculo.
Sobre uma coisa nao ha duvida: os roubos e furtos de automoveis devem ser objeto de eficazes medidas de prevengao e repressao. E uroa dessas medidas e a criagao de mecanismos legais, que dificultem, o quanto possivel. a comercializagao do produto do crime, dentro e fora do pais.
A Santa Cruz Seguros, pertencente ao Grupo Arbi, esta apresentando ao mercado mais uma novidade: a Assistencia de Remogao Arbi. Destinado exclusivamente aos estabelecimentos de ensino, o novo produto garapte a seguranga pessoal do aluno dentro do estabelecimento escolar e no caminho de Ida e volta deste para sua residencia, fornecendo-Ihe remogao em caso de acidente, lesao ou doenga grave, que o impegam de se locomover.
A Bamerindus Seguros langou o Saude Bamerindus, seguro de assistencia medica e hospitalar destinado h pessoa fisica individual ou familiar, incluindo conjuge e filhos. Antes, o produto era apresentado
em versao empresarial. 0 seguro oferece diferenciais como: cobertura para doengas pre-existentes apos 12 meses de vigencia, nao possui limites de diarias hospitalares, e a abrangencia das coberturas inclui todo 0 globo terrestre.
Automa^ao
In Loco
A Minas-Brasil Seguradora oferece um servigo inedito no Pais no ramo de automoveis: o Atendlmento In Loco, que permite aos clientes da Regiao Metropolitana de Belo Horizonte terem um servigo imediato apds o acidente, acionado por telefone e apoiado por uma Loja Vip. Na loja, OS atendentes providenciam reboque, pericia, vistoria previa e encaminhamento do carro para oficinas credenciadas.
ServSeguro
A Companhia de Seguros do Estado de Sao Paulo langou um seguro de automdvel especialmente desenvolvido para os servidores publicos federals, estaduais e municipals. 0 ServSeguro, alem dos servidores na ativa ou aposentados, podera ser contratado pelos conjuges, filhos e pais de servidores publicos. A aceitagao estara restrita a veiculos de passeio com ate 10 anos de fabricagao.
Seguro unificado
AGP Brasil Seguros unificou os dois pianos de assistencia de seu seguro de autombvel passando a oferecer um servigo especial e diferenciado. 0 associado do AGE Auto sera assistido em todos os casos de emergencia, como pane, colisao, roubo ouincendio do veiculo, em qualquer horario e local do pais. Neste novo servigo, outro beneficio e a extensao da cobertura a todos os paises integrantes do Mercosui.
PREVIDENCIAPRIVADA—OSistema
Unimed langou a Unimed Previdenda
Privada, um fundo de previdencia privada exdusivo para medicos. O piano garante mna renda vitalicia para aposentadoria, alem de benefidos de risco, como pensao, aposentadoria por invalidez e peciilio (valor que, em caso de morte do titular, pode ser resgatado de uma so vez pelo beneficiario).
A KPMG — empresa sediada na Pensilvania, Estados Unidos — colocou no mercado produtos para automagao, que utilizam computagao movel. 0 know how da empresa permite desenvolver softwares para todas as atividades empresariais, de qualquer segmento economico. 0 Proadjust, proprio para o mercado segurador, fornece informagoes sobre apolices e possibilita registrar sinistros on line, agilizando o processo de inspegao. Outras fungoes podem ser incluidas, como 0 registro grafico das partes danificadas — em uma tela que traz o desenho de um autombvel — e o registro de dados sobre veiculos de terceiros envolvidos. Mais uma fungao que pode ser acoplada e a consulta de estimativa de despesa em diversas oficinas mecanicas. Com uma impressora portatil, e possivel imprimir comprovantes de inspegao. 0 software exige a assinatura do inspetor no final do registro, como dispositivo de seguranga, e bloqueia a alteragao dos dados sem autorizagao previa.
REVISTA DE SEGUROS u ■0 /// ' /
OPINIAO
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46 OUTUBRn / NinwPMODr* ru iTi iDDr» mov/pmrRO DEZEMBRO DE 1995 47
REVISTA DE SEGUROS
RAPIDAS
Agilidade
A AGF Brasil Seguros desenvolveu, em parceria com a GSI Servigos de Informatica, 0 projeto "Troca Eletronica de Informagoes de Cosseguro". 0 programa foi instalado na Finasa Seguradora e, desde entao, reduziu o custo medio de processamento per operagao de emissao de documentos, — que passou de R$ 2,37 para R$ 0,09 —, e para baixa de parcelas de R$ 1,78 para R$ 0,04. Alem disso, o sistema agilizou 0 fluxo dos processos de informagao para emissao, passando de 30 dias, em media, para apenas um dia.
Renda futura
A Porto Seguro Cia. de Seguros Gerais, completando 50 anos de atuagao no mercado segurador brasileiro, langou o Porto Seguro Previdencia — Renda Futura, um piano de previdencia privada. 0 novo produto assegura ao
participante o repasse anual de ate 80% dos excedentes financeiros. Com isso, mesmo depois do inicio do pagamento dos beneffcios, 0 investimento continua rendendo, com garantia de rentabilidade minima de 6% ao ano, acrescida de atualizagao monetaria.
Capitaliza^ao
0 Realcap — titulo de capitalizagao comercializado pelo Banco Real — amplia sua area de atuagao e passa a oferecer seus produtos em todo 0 pais. 0 Realcap conta com uma carteira de 120 mil tftulos de capitalizagao e um faturamento mensal de R$ 3,5 miitioes. A expectativa para 1995 e de um faturamento total de R$ 1,5 bilhoes, o que corresponde a um crescimento de 68% em relagao a 1994,
Descontos
A Itau Seguros esta adotando uma nova forma de faxagao no seguro Auto
Basico. A partir de agora, o seguro e calculado por um novo fator de risco: sexo e
Investimentos
A UAP Seguros aumentou em US$ 10 milhoes o capital social da empresa, que saltou, em novembro, de US$ 24 milhoes para US$ 34 milhoes. 0 novo aporte de recursos sera utilizado para concluir ou dar andamento a tres programas distintos: de informatizagao da seguradora; marketing e publicidade; e treinamento de 280 funcionarios. Cerca de 75% dos novos investimentos serao utilizados em automagao e marketing mais agressivo. A UAP Seguros, cujo faturamento nos 10 primeiros meses do ano foi de US$ 102 milhoes, fechara o atual exercfcio com uma arrecadagao de premios na casa dos US$ 110 milhoes, 37,5% acima do totalizado em 1994.
Porto Segiiro
A Porto Seguro aumentou o numero de produtos disponfveis aos seus segurados. Os segurados residentes em Sao Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba podem aproveitar o desconto de 30% oferecidos nos estabelecimentos da rede Estapar e Riopark. Alem disso, 0 Carro Extra Porto Seguro oferece aos clientes da seguradora uma locagao gratuita, sempre que seu vefculo ficar imobilizado por mais de 24 boras — alem de descontos de quase 50% nas demais diarias da Avis Rent a Car.
Solidariedade
A Funenseg decidiu se engajar no Programa Comunidade
RAPIDAS
idade do motorista do vefculo. Verifique a tabela de descontos, que devem ser aplicados sobre o Premio
Total, antes de somar o custo da apolice:
ate 25 anos dc 25 a 35 anos
mais dc 35 anos
Fcminino 10% 30% 40%
Masculine) - 20% 35%
Vitoria
A AIG Brasil, associada ao Grupo Americano AIG, inaugurou uma filial em Vitoria (ES). Atuando no Brasil desde 1948, 0 grupo AIG opera em mais de 650 cidades, em 130 paises. E tambem o 7- dos Estados Unidos em lucro e a 35® empresa no mundo em valor de mercado.
Solidaria, criado pela primeiradama, D. Ruth Cardoso, ' doando o material de apoio para divulgagao nas universidades. Nesta primeira I'ase, a previsao e de que cerca de 2 mil estudantes de graduagao, de 60 universidades publicas e privadas, deverao aderir espontaneamente ao Projeto. Os estudantes vao ! realizar trabalhos de infraestrutura basica de saneamento e assist§ncia medica e educacional, em 200 municipios do Nordeste.
Premios auferidos
Desempenho do Mercado
0 mercado de seguros faturou R$ 10,3 bilhoes sem considerar a atualizagao pela corregao monetaria integral —, nos dez primeiros meses deste ano, segundo dados divulgados pela Susep {*). Corrigido pela corregao integral, o total de premios auferidos no perfodo foi de R$ 11, 3 bilhoes. Apenas no mes de outubro, 0 volume de premios do mercado foi de R$ 1,1 bilhao. 0 ramo que mais cresceu neste mesmo mes foi 0 de saude, que passou a representar 21,2% do bolo geral, confra os 18,2% que representava em setembro. 0 fndice de
sinistralidade acumulado no perfodo (Janeiro a outubro)
chegou a 57,8% (R$ 5,38 bilhoes) e as despesas comerciais, a 20,4% (RS$ 1,89 bilhao). A carteira de Saude tambem liderou o ranking da sinistralidade em setembro (71,8%), mantendo-se proxima dos 71,2% registrados em setembro.
0 convenio DPVAT foi a carteira que teve o maior aumento de sinistros retidos, se comparado os desempenhos de setembro e outubro — passou de 49,9% para 70,3%.
("j Estes etam os uHims dados disponlveis sobre o mercado aid o fechamento desia edigao
Premia^ao
0 anuncio "Vamos Segurar o Rio", desenvolvido para a Real Seguros, foi premiado no "II Premio ABIH-RJ Campanhas Cariocas", organizado pela Associagao Brasileira da Industria Floteleira. A campanha foi encomendada com o objetivo de conscientizar a populagao da importdncia da preservagao das riquezas naturals da cidade.
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AUTO 36.2% VIDA 16.7% DEMAIS 5.5% TRANSPORTE 2.6% SAUDE 15.4% AP 3.2% - DPVAT 3.3% • INCENDIO 3.6% HABITACIONAL 4.9% RD 8.6%
Fonte: Susep
REVISTA DE SEGUROS OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE g96 OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 1995 49 REVISTA DE SEGUROS
Elei^ao I
Foi realizada eleigao no Sindicato das Empresas de Pernambuco para composigao de sua Diretoria, Conselho Fiscal e Delegados representantes no Conselho da Fenaseg. Foram eleitos: Ari Coifman, presidente; Americo Joaquim da Silva Filho, Eugenio Oliveira Mello, Octavio de Magalhaes e Roberto Penna Franchenetti, vice-presidentes; Antonio Telmo Carneiro de Novaes, Joao Afonso de Meio, Jose Alberto Mendonga
Meneses, Paulo Marques da Silveira e Raphael de Luca Junior, diretores; Fleleno Conceigao Costa, Edmilson Ribeiro da Silva e Paulo
Roberto Santos, conselheiros fiscais efetivos.
Eleigao II
Affonso Silva foi eleito diretor presidente da Banerj Seguros e Francisco Jovando Queiroz de Albuquerque, diretor da seguradora.
ISO 9000
A Ministra da Industria, Comercio e Turismo, Dorothea Werneck, entrgou ao presidente da Sul America, Rony Lyrio, o certificado ISO 9000, categoria servigos. A avaliagao sobre a qualidade dos servigos oferecidos pela empresa precisou de apenas cinco meses e nao dos habituais 18 meses.
NOMES E NOTAS Centenario
0 presidente da Sul America Seguros, Rony Lyrio, recebeu de Joao Elisio Ferraz de Campos, presidente da Fenaseg, uma escultura em marmore da artista plastica Celina Lisboa para selar a comemoragao dos 100 anos da empresa. Cerca de 90 presidentes e executivos de seguradoras estiveram presentes no jantar, realizado no Clube de Seguradores e Banqueiros, no Rio de Janeiro, no dia 21 de novembro. Rony Lyrio agradeceu a homenagem em nome do Conselho de Administragao da Sul America e reafirmou suas
esperangas de que o Brasil continue promovendo mudangas estruturais e que o Estado diminua, definitivamente, sua participagao na economia, "mantendo-se apenas nas atividades essenciais". Na
C0NDEC0RA(3;A0—opresidentedo
Smdicato das Seguradoras do Rio de Janeiro, Jorge Estacio da Silva (na foto, a esquerda), recebeu a medalha da Ordem do Merito Militar uma condecoragao entregue as pessoas e instituicoes que se destacam na prestagao de servigos ao setor de seguranga. A solenidade aconteceu no dia 1° de dezembro, dia em que tambdm foram condecorados; a primeira-dama do Estado, D. Celia Alencar; o vicegovernador do Estado, Luiz Paulo Correa da Rocha; o presidente da Alerj, Dcputado Estadual Sergio Cabral Filho; o presidente do Tribunal de Justiga, Desembargador Jose Gama Malcher; e os Secrctarios Estaduais de Seguranga e de Comercio, Industria e Turismo, respectivamente Niiton Cerqueira e Ronaldo Cdzar Coelho.
foto, ao lado da escultura, Rony Lyrio, Beatriz Sanchez de Larragoiti Lucas, Emma Sanchez de Larragoiti e Patrick Larragoiti Lucas que representaram o Conselho de Administragao da seguradora no evento.
Nomea^ao
A Comissao Permanente para o Seguro Flabitacional (COSEHA). nomeada pelo CNSP, ficou composta pelos seguintes membros: Paulo Oscar Franga, do Ministerio da Fazenda; Edsom Ortega Marques, do Ministerio do Planejamento 6 Orgamento; Jorge Gomes da Silva, da Susep; Sergio Leite Santiago, do IRB; Sergio Darcy da Silva Alves, do Banco Central; Luiz Tavares Pereira Filho, da Fenaseg; Eduardo Avelino Bergstein, da Associagao Brasileira das Entidades de Credito Imobiliario e Poupanga; Fernanda de Cassia Araujo Costa, da Ass. Bras, de COFIAB's, e Gilrnar Mangueira da Silva, da Coordenagao Nacional dos Mutuarios.
A HIST6RIA SE REPETE
NOS MOMENTOS DE GRANGES /VlUDANgAS, OS INVESTIDORES SEMPRE PROCURAM A TRADICAO DE SEGURANGA DO SAFRA PARA SUAS APLICAgOES. VEJA NO QUE DEU: NOS ULTIMOS DOIS MESES, O PATRIMONIO DOS FUNDOS SAFRATEVE UM CRESCIMENTO DE 49,73%, O MELHOR ENTRE OS 10 MAiORES FUNDOS DO MERCADO. SE VOCE NAO ESTA ENTRE ESSES INVESTIDORES, AINDA HA TEMPO DE SE DECIDIR PELO SAFRA. LlGUE HOJE MESMO PARA UMA DE NOSSAS AGENCIAS. FUNDOS SAFRA. SEMPRE, A MELHOR OPgAO.
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UMA
Tradicao Secular de Seguranca 50 OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO DE 996 .scimcnro dos patrimonies dos 10 maiores Fundos dc Investimento.s adminisirados por instituicoes financcitas privadas, em milhoes de dtjlates (Fontc: ANBIDI Crescim
Banco Safra
Em 100 anos, a Sul America so nao pode segurar uma coisa.
5 de dezembro de 1995. Prirneiro Ceuteudrio da Sul America.
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