T1794 - Revista de Seguros - jul/ago/set de 1996_1996

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Cancamento

FENASEG

Federa9ao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalizagao

Diretoria

Presidente: Joao Elisio Ferraz de Campos

Vice-Presidentes: Claudio Afif Domingos, Eduardo Baptlsta Vianna, Julio de Souza Avellar Neto, Renato Campos Martins Fiitio, Ricardo Ody, Rubens dos Santos Dias. Diretores: Camillo Marina, Cesar Jorge Saad, Nilton Molina, Pedro Augusto Scliwab, Pedro Pereira de Freitas, Sergio Timm.

Conselho Fiscal

Membros Efetivos: Joao Julio Proenga, Orlando Vicente Pereira. Suplentes: Jorge Carvaiho, Jos6. Maria Souza Teixeira Costa, Lucio Antonio Marques. Conselho Consultlvo

Presidente: Joao Elisio Ferraz de Campos

Membros Efetivos: Alfredo Fernandez de Larrea, Ararino Saiium deOiiveira, Armando Erikde Carvaiho, Dario FerreiraGuarita Fiiho, Francisco CaiubyVidigal, Henrique da Siiva Saraiva, Jayme Brasii Garfinkei, Jose Americo Peon de Sa, Jose Castro de Araujo Rudge, Luiz de Campos Saiies, Luiz Eduardo Pereira de Lucena, Luiz Henrique S. L. de Vasconceiios, Mario Jose Gonzaga Petreiii, Nicolas Jesus Di Salvo, Paulo Sergio Barros Barbanti, Roberto Baptlsta P. deAlmeida Fiiho, Roberto Cardoso de Sousa, Rony Castro de Oiiveira Lyrio, Sergio Syivio Baumgarten Jr.

Membros Natos: Ademir Francisco Donini, Alberto 0. Contlnentino de Araujo, Antonio Carlos Baptlsta Pereira de Almeida, Antonio Tavares Camara, Eugenio Oiiveira Meiio, Joao Giiberto Possiede, Jorge Estacio da Siiva, Miguel Junqueira Pereira.

REVISTA DE SEGUROS

Orgao informativo da Federagao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalizagao - Fenaseg.

PUBLiCAQAO INTEGRANTE DO CONVENiO DE IMPRENSA do MERCOSUL-COPREME. Em conjunto com SiDEMA (Servigo informativo do Mercado

Segurador da Repiibiica Argentina), EL PRODUCTOR (Pubiicagao da Associagao de Agentes e Produtores de Seguro da Repiibiica Oriental do Uruguai) e Jornai dos Seguros (Pubiicagao do Sindicato dos Corretores de Seguros e de Capitaiizagao do Estado de Sao Paulo).

Editor: Jose Luiz Costa Pereira

Editora Executive: Angela Cunha (MTb. 12.555)

Coordenagao Editorial: l/Ot tttUeTeis. (021) 262.5215 / 240.0556 e Fax. 262.4736

Jornalista Resp: Vania Mezzonato (MTb. 14.850)

Programagao Visual: Mariza Good (Tel.: 227.1102)

Colaboradores: Ana Cristina Machado, Cecilia Barroso, Eli Teixeira, irany Tereza, Patricia Stanzione, Randoipho de Souza, Roseniido Ferreira, Rozane Monteiro, Suzana Liskauskas e Valeria Machado. Equips ASCOM: Adriana Beitrao e Valeria Machado. E scritorio Fenaseg/Brasiiia - SCN/Quadra 1/Bioco CEd. Brasilia - Trade Center - saia 1607

Fotografia: Fatima Batista (RJ), Luiz Aionso (SP), Jiiiio Fernandas (DP) Divulgagao Rede Giobo e Arquivo Fenaseg.

Ilustragao: Janey

Capa: Scalia Assessoria e Design

Fotolitos: Dressa Color

O Dicionario de Seguros e uma publica9ao da Funenseg Editora. Elaborado por um grupo de tecnicos do IRB, e uma ferramenta indispensavel para quem trabaiha no setor.

A obra pode ser adquirida na Funenseg, atraves dos telefones: 532-3699 ou 532-3322, ramais: 16 e 57, falar com Suely.

R$ 12,00

5 ENTREVISTA

O Ministro Francisco

Dornelles fala sobre a abertura de mercado e OS projetos para o Rio de Janeiro

8 CAPA 18 IV SIAS

Mercado lan^a nova campanha: mais um round na luta contra a industria do roubo

Simposio vai apresentar mais de 20 solu^oes proprias para o setor

26 TRANSITO

Privatiza^ao da Via Dutra, que liga Sao Paulo ao Rio de Janeiro, deve reduzir roubo de cargas

30 MARKETING

Bradesco vai promover festa de Natal para resgatar imagem do Rio

Grafica: Zit Grafica e Editora

Distribuigao: Servigos Gerais/Fenaseg

Redagao e Correspondencia: Assessoria de Comunicagao e imprensa - Fenaseg (Rua Senador Dantas, 74/12= andar, Centro - Rio de Janeiro (RJ) - CEP. 20.031-201 - Telex: (021) 34505 - DENES

Fax: (021) 240.9558 - Tel.: (021)210.1204 - Ramais

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Periodicidade: Trimestrai

Circulagao: 5 mil exempiares As materias e artigos assinados sao de responsabiiidade dos autores. As materias pubiicadas nesta edigao podem ser reproduzidas se identificada a fonte. Dis tribuigao Gratuita.

32 ESPECIAL

Kio 2004 vai mobilizar R$ 4 bilboes em investimentos

EDITORIAL 4 FUNENSEG 40

RESSEGURO 16 OPINIAO. 42

NO CONGRESSO 24 INTERNACIONAL 43

MERCOSEGUROS 35 NOVOS PRODUTOS....44

C0MP0RTAMENT0....36 RAPIDAS ..45

CONDOMINIO 38 NOMES E NOTAS 46

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Um novo alerta Qmercadosegurador,

como fez ha dois anos, volta a alertar a sociedade, atraves de uma campanha publicitaria, sobre o absurdo numero de furtos e roubos deveiculos, particularmente em cidades como 0 Rio de Janeiro e Sao Paulo.

Os anuncios procuram chamar a atengao para o problema e despertar os cidadaos para que todos participem de um esforgo que, em ultima instancia, se traduz em mais seguranga para todos.

0 furto ou 0 roubo de carros nao se dissocia do quadro da criminalidade geral e, portanto, qualquer agao que os reprima passa pela repressao de outras atividades ilegais. A responsabilidade maior, obviamente, e das autoridades, mas a mobilizagao da sociedade pode se tornar fator decisive para que campanhas como esta das entidades representativas do mercado segurador se transformem em agoes permanentes por mais seguranga.

For isso, OS esforgos do mercado segura dor nesse sentido, atraves de entidades como

a Fenaseg, a Fenacor e a Funenseg, nao se resumem a cam panhas publicitarias. Temos colaborado com o poder publico e estreitado nosso relacionamento com as autoridades, colocando a sua disposigao recursos e equipamentos, alem de contribuir com a instituigao de mecanismos que dificultem a transferencia e tacilitem identificagao de veiculos roubados. Nosso interesse maior, do de Qunpos ecooomico, e com 0 futuro do ramo de seguros de Autombveis, que o crescimento dos riscos pode inviabilizar — ou porque nao mais interessem as companhias seguradoras ou porque o prego dos seguros tenham que subir tanto para suportar os prejuizos que so um pequeno numero de clientes podera paga-los. Isso e importante, mas o que interessa mesmo, a todos nbs, envolvidos ou nao com o mercado segurador, e que a se guranga que nos seja dada nao permita que a nossa vida e o nosso patrimonio corram riscos acima dos aceitaveis para o nosso grau de desenvolvimento e civilizagao-.

ocupava a chefia da Receita Federal, Francisco norneiies administrou a primeira abertura de fronteiras em um pais de economiatipicamentefechada; aimplantagao dos freeshops para os passageiros de voos internacionais. Em 1996, ele passou de deputado federal do PPB a Ministro da Industria e do Comercio, tornando-se o porta-voz do setor no Governo Fernando Henrique Cardoso. E para o seu ministerio que se dirigem as cn'ticas que despertam a atengao para o nsco de um retrocesso no processo de abertura da economia brasileira e onde empresarios, ao mesmo tempo, costumam bater na porta, quando querem promover medidas de protegao contra os produtos importados — como aconteceu recentemente nos setores tdxteis e de brinquedos.

^os 61 anos, casado, duas

FRANCISCO DORNELLES

O Minisfxo da Industria e Comercio fala sobre os projetos para o Estado do Rio de Janeiro, adianta que anunciara novidades em breve para a area do comercio internacional e promete continuar lutando para que as microempresas — grandes geradoras de maode-obra do Brasil tenham tratamento diferenciado. "Faciiitar a sua constitui^ao, eluninando toda a burocracia e o seu custo sao medidas prioritarias do Ministerio".

filhas, 0 ex-titular do Ministerio da Fazenda no Governo Jose Sarney garante que ninguem mexe em allquotas, sem antes passar pelo crivo do atual Ministro da Fazenda, Pedro Malan. Alem disso, nao se tomam medidas que dizem respeito a questoes diplomaticas sem contar com a aprovagao do Presidente da Republica. Apesar dafase de intense trabalho em que vive e da agenda cheia, o Ministro deuaseguinteentrevistaa Revista de Seguros.

□ Seu !\/linislerio anda sendo apontado como protecionista em alguns setores, como. por exempio, com a recente sobretaxa ao setor de brinquedos e textels. Como 0 Sr. encara estas crtticas, levando em consideragao que 0 Brasil vem se abrindo tortementepara o mercado externo e as importagdesserviram como

ancora contra a alta da intlagao?

— A abertura da economia e um dos elementos centrals do programa de estabilizagao, sendo, portanto, irreversfvel. Por outro lado, o Governo nao pode permitir que empresas organizadas fechem suas portas e demitam trabalhadores por conta de danos ocasionados pela concorrenciadesleal. As medidas mencionadas nao representam retrocesso. Foram tornadas ao amparo de regras estabelecidas pela Organizagao Mondial de Comercio (OMC), no sentido de permitir a protegao da industria nacional diante desses eteitos.

□ Como um ex-deputado federal de um partido de pensamento liberal como o PPB se sente ao ser acusado deprotecionista depots queassLimiuapasta da Industria e do Comercio?

—Vivemos uma situagao parecida com a dos anos 60, na Receita Federal. A imprensa divulgou que uma multinacional foi multada pelo orgao e a noticia virou manchete. Chegaram a dizer que a empresa estava ofendida, que iria deixar o pafs e, consequentemente, os investimentos estrangeiros iriam secar. Nada aconteceu e 0 capital estrangeiro continue ingressando no pais com a certeza de que a maioria destas empresas sao contribuintes exemplares, ou seja, pagam os seus tributos e impostos corretamente e em dia. As criticas que se fazem hoje a nossa polftica comercial caminham da mesma forma: tem muita gente falando do que nao conhece.

□ Na questSo de taxa e altquotas, o Governo nao estaprejudicando 0 consumidoraoproteger umaposstvel ineticiencia da

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Joao Elisio Ferraz
□a14anos,quando
RE\/ISTA DE SEGUROS JUlho/agosto ISETEMBRO DE 1996 JULHO AGOSTO SETEMBRO DE 1996 0*^
revista de seguros

indjstria brasileira?

—Emprimeirolugaraatual situagao politico-economicado Brasil ediferente. Urn paiscom economiafechada nao se utiliza

perceber que os consumidores estavam submetidos a uma enorme fraude por parte dos importadores de tecido, que vendiam poliestercomose

aspecfficos daeconomia, saoas microempresasqueacolhemas pessoasqueperderamseus empregos.

□ Quala avaliagaoqueo

Sr.fazda

campanha "0 Rio no Real", quepartiude umainiciativada

Associagao

□ Agora que a campanha acabou e OS pregos voltaram ao normal, qual sera o impacto na inflagao e no consumo?

de Finangas, mas ainda encontra reslstencias. 0 importante e que nao vamos abandonar esta causa no Rio

disponibilidade de recursos humanos.

demedidascomoodireito

compulsdrio e salvaguardas. No passado, o Brasi nunca usou esses instrumentoscomoesta fazendoagora, porque naohavia importagao eesses recursos foramcriadosnospafses desenvolvidos, como os Estados Unidos, aFrangaeaAlemanha, ondeaeconomiaestaaberta ha anos.

□ 0 Sr. acha que o empresariado brasileiro esta preparado para a abertura do mercado?E0 Governo?

— Estamos passando por uma ampla fase de aprendizado, enquanlo que, como eu disse anteriormente, existem pafses que possuem tecnicos com ate 50 anos de experiencia no comercio internacional. Nos temos um pessoai bem tormado, com preparo, mas sem nenhuma experiencia pratica e isso nos criou alguns problemas, pois, ja que nao temos uma legislagaoadequada e meios de liscalizar corretamente, nem sempre conseguimos efetuar o controle de qualidade ideal. 0 problema maior do Brasil e que ele demorou muito tempo para

fosse seda pura. Agora, Isso nao e majs possfvel. Mas estamos avangando e eu pretendo, brevemente, divulgar novldades na area.

□ Um dos temas que atualmente esta sendo bastante discutido nopaise a questao das microempresas. Qua!a proposta do I^inisterio da Industria e do Comercio para fodalecereste setor?

—Asmicroempresassaoas grandesgeradoras de mao-deobranoBrasil. Desonera-las, tacilitarasuaconstltulgao, eliminandotodaa burocraciae o seucustosaomedidas prioritarlas do Minlsterio. Ful autordodlspositivo constituclonal que estabeleceu um tratamento diferencladoparaas microempresase, agora, como ministro, tenho a obrigagaode lutarparaqueele setorne realidade. Afinal, elas saoresponsavelspor61%dos

Comerciatdo EstadodoRio de Janeiroecontoucomaadesao dosshoppingcenters, cinemas, restaurantes, companhiasaereas eteatros, entreoutros?

— A importancia 6 a contribuigao dessa inlclatlva vao aldm dos efeltos locals, na medida em que se constituiu em um saudavel exempio de mobilizagao do comercio. As condigoes macro-economicas necessarias d queda da inflagao foram estabelecidas pelo Piano Real. Contudo, apos decadas de elevado cresclmento nos pregose a consequents criagao de uma "cultura Inflacionaria", e Imperative

— Certamente havera um impacto favoravel. Alem dos efeitos multiplicadores acima mencionados, a estabilizagao dos pregos ao nfvel do comercio permits ao consumidor programar melhor 0 seu orgamento, dando-lhes maior facilidadeeseguranga na distribuigao dos gastos, Inclusive naqueles direcionados para entretenimento e lazer.

□ De que forma a sua gestao no Minlsterio da Industria e do Comercio vai coiaborar efetivamente com a economia do Rio de Janeiro?

^ A industria nortefluminensereclama 0

Q A industria naval e uma das prioridades do Govemo FernandoffenriqueCardoso. Que pianos que o Sr. tem

A avalia^ao do custo benefifcio decorrente da renuncia fiscal de um Estado e uma questao delicada e intrinsicamente dependente de fatores locals"

(Mercosul). Ja existe uma empresa de navegagao brasileira operando com navies porta-containers. 0 porto do Rio de Janeiro ja reduziu em 50% suas tarifas portuarlas. 0 movimento ainda e pequeno,

mas a perspectiva de cresclmento e animadora.

mesmo incentivo fiscal dadoao Espfrifo Santo, o causa uma enorme evasao de divisas. Quala sua opiniao sobre o assunto?

para recuperar 0 setor?

area da industria audiovisuale quando sera implementado o Polo de Audiovisual do Rio de Janeiro?

"A

— 0 Rio atravessa uma fase importante de seu desenvolvimento, como mostram os compromissos do Governo Federal com projetos como 0 Porto de Sepetlba, a conclusao da Usina de Angra II, 0 Polo de Gas, a Reflnaria Norte-Fluminense, o Polo s microempresas sao respoiisaveis por 61% dos empregos no Brasil e, sempre que ha algum problema conjuntural, sao elas que acolhem as pessoas que perderam seus empregos"

^Aavaliagao do custo beneffcio decorrente da renuncia fiscal de um Estado e uma questao delicada e 'utrinsicamente dependentede fetores locals. Nopiano tedrico, 0 bom senso Indica due a concessao de incentives motivada por impulses

Pmduzldos pela denominada Querra fiscal", pode levar, no ''mite, a umaagao predatdria be recursos dos Estados, na Predidaem que os montantes b serem "renunciados" d'lrapassamosbeneffcios uriundos da implantagao de projetos. E importante

— Apesar do longoperfodo de balxa ocupagao de nosso parque Industrial naval, com a defasagem tecnoldgica decorrente e o desemprego de mllhares de trabalhadores especializados, nao houve o sucateamento dessa Industria. Este fato permite apostar em uma retomada do cresclmento do setor, tao logo sejam removidos certos obstaculos, entre eles os relativos ao financlamento e a necessldade de adequagao da lei n1.125 a realidade brasileira e as praticas do transporte marftimo internacional.

Para isso, e necessario que, alem dos custos portuarlos, outros itens que compoem o custo operacional de carga e descarga,tambem sejam reduzldos, fato este que, mais uma vez, evidencia a urgencia da lei n- 8.630/93, conheclda como Lei dos Portos.

□ Um dosprincipalsentraves a redugao do custo das exportagdes e o elevado custo da mao-de-obra

— A medida provisdria que alterou a lei do setor audiovisual, asslnada recentemente pelo presidente Fernando Flenrique Cardoso, concedeu maior amplitude aos beneffcios na area do imposto de renda. Esta medida devera estimular umaforte elevagao nos investimentos, ampliando a cooperagao entre o empresariado e a comunidade artfstica brasileira. 0 Polo Audiovisual do Rio de Janeiro, langado no ultimo dia 2 de, setembro, quando foram anunciadas novas medidas de apoio ao setor, com o intuito de transformer o Estado no principal polo produtor audiovisual do Brasil e da America Latlna. Um dos

"Oporto do Rio de Janeiro ja reduziu em 50% suas tarifas portuarlas. O movimento ainda e pequeno, mas a perspectiva de cresclmento e animadora"

empregos no Brasil e, sempre quehaalgum problema

conjuntural emsetores

que 0 comportamento dos consumidores, produtores e comerciantes se ajuste a nova realidade, contribuindo para a sustentagao do programa de estabilizagao economica em curso no pats.

Audiovisual, 0 Teleporto e 0 PdloTecnoldgIco de Xerem. E precise criar um mecanismo que estenda ao nortefluminense os Incentlvos ficals do Espfrlto Santo. 0 sistema ja fol aprovado pela Comlssao

quea uealizagao de um projeto e uma decisao que cabe, em 'r'tima instancia, ao investidor, due alem de eventuais 'Pcentlvos estaduals, levaem ^Prislderagao outrosaspectos, ^Pmo, porexempio, a "dfraestrutura local e a

□ Como andam os pianos para a construgao da hidrovia Rio-BuenosAires?

— A chamada "Ponte Maritime Rio-Buenos Aires" e um instrumento importante paraviabilizaraexpansao do comdrcio do Brasil com os nossos parcelros do Mercado Comum do Cone Sul

portuaria. Como esse problema pode ser solucionado?

— A solugao definitive desse problema se dara com a implementagao da ja

mencionada lei n- 8.630/93, que concedera as empresas llberdadenacontratagaoe

licitagao nas operagoes de carga e descarga.

LI Quais OS investimentos na

instrumentos para que isso ocorra sera a criagao de um espago comum para a localizagao de atividades correlates a produgao de cinema, audio e video, e a formagao de um nucleo de produgao equiparado aos melhores do mundo industrializado.

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"O Govemo nao pode permitir que empresas organizadas fechem suas portas e demitam trabalhadores por conta de danos ocasionados pela concorrencia desleal"
REVISTA DE SEGUROS
JULHO / AGOSTO SETEMBRO DE 1996 Lw
|®ssaltar,tambem,
AGOSTO SETEMBRO DE 1996 REVISTA DE SEGUROS

CABRa AINDAVAO TE

ROUBAB OUTRO

Exatos dois anos depois do primeiro chamado a tomada de consciencia da sociedade contra a indiistria do toubo de veiculos, a Federa^ao Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitaliza^ao (Fenaseg) convocou os mesmos aliados de 1994 para um segundo e decisivo round da refrega contra a criminalidade, a omissao oficial e os prejuizos para o setor delas decorrentes. No prinieiro confronto, o grito de alerta — Carre. Ainda vdo te roubar um — impactou os cidadaos, despertou proprietarios da passividade e dividiu as autoridades entre os que simplesmente se ttritaram e os que se dispuseram a tomar providencias. Na segunda etapa, criadores e patrocinadores tevitalizaram a formula ja exitosa, ^cgundo a qual o choque e a ante^^a da consciencia, por sua vez prerequisito para a cobran^a aos governos de medidas eflcazes contra OS iadroes e seus socios.

SE A SOCIEDADE DER 0 ALARME, 0 ROUBO DE VEfCULOS DIMINUI

Qam.Aindavaoterou

baroutro, avisou, du rante 0 mes de agosto. um dos modelos de outdoors e paineis para onibus espaltiados pelo Rio e Grande Rio, Grande Sao Paulo e Brasi lia. Num custo de R$ 1,5 miIhao, veiculada nas ruas, revistas, jornais e radios do eixo RioSao Paulo e da capital federal, a segunda campantia anti-roubo e furto patrocinada pela Fenaseg sempre em alianga com a Fundagao Escola Nacional de Seguros (Funenseg), Federagao Nacional dos Corretores de Se guros (Fenacor), Federagao Na cional dos Frabricantes de Vei culos Automotores (Fenabrave), Sindicato Nacional da Indiistria de Autopegas (Sindipegas) e Confederagao das Associagoes Comerciais do Brasil — teveo mesmo objetivo da experiencia anterior: despertar e mobilizar. Ainda esta prevista uma terceira campanha e o custo total das tres e estimado em R$ 4 milhoes.

Participagao — "E preclso que a sociedade, como um todo, participe", convocou Joao Elisio Ferraz de Campos, presidente da Fenaseg, na coletiva de

langamento da campanha, no dia 30 de julho. "Embora a solugao do problema esteja alem das nossas atribuigoes, suas causas nos sao conhecidas, identificou Fer raz de Campos: "a omissao e a conivencia justamente daqueles aos quais caberia coibir o aumento de roubos e furtos".

Sondagens encomendadas pela Fenaseg e demais entidades permitiram aos dirigentes do setor verificar um aumento da incidencia do segundo roubo ao mesmo proprietario. Esta a origem do agresslvo mote dos paineis e pegas para midia impressa — ao todo 220 outdoors para o Grande Rio, 300 para a Grande Sao Fauio e 30 para a Brasilia, alem de464 paineis para onibus pauiistanos e cariocas. "Ha 0 iado da deiinqtiencia e o lado do proprietario que se descuida. E um problema cultural", analisou, na coletiva de langamento, 0 pubiicitario Mauro Salles, da Salles DMB&B Fublicidade S.A., 3 ag§ncia responsavel pela criagso e estrategia de veiculagao das duas fases da campanha.

Embora com sdaptagoes ao novo memento vivido pelo mercado segurador e pelo pais. o

A(tTi(jrO J-K/ba^PiDO iJ. qooL\^^ />•/ ■// CAMPANHA PUBLICITArIA ijn-" >>'7 r. M NOWO j1,^ n / /■ ' f f .1 'k'll-.i. i!i0 TE ROUBftR TRO. 1"^. trV.^ -i
e H»ri,uoBr»dlo, p™id.„Sdo
DMB&B - observado por Joao Elisio Ferraz de Salles, ta ^ carnpanha durante coletiva a imprensa
Sincor-RI Tr' k carnpanha durante coletiva a objetivos da
FENACeR
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SINDIPFCAS Fenaseg
REVISTA DE SEGUROS 'hiVJULHO/AGOSTO/SETEMBRO DE 1996 -'OLHO/'^QOSTO SETEMBRO DE 1996 REVISTA DE SEGUROS

ij- mk ■sr

0 Sindicato das Empresas de Seguros do Rio de Janeiro (Serj), o Detran e a Secretaria de Seguranga Pubiica fluminense estao de maos dadas na bataiha per reduzir ainda mais o indice de roubos e furtos no estado. /4s palavras de ordem dessa tripla parceria sao: agilizar o recadastramento dos veiculos, para a inclusao do Rio no Renavam: melhorar as condigoes de trabalho repressivo da poHcia; e facilitar a comunicagao entre as vftimas de roubos e da populagao em geral com as autoridades policiais para denuncias andnimas contra suspeitos e quadrilhas.

0 Serj doou a Secretaria equipamentos

no valor de R$ 20 mil para a implantagao do Disque-Roubo, uma divisao do ja consagrado servigo DisqueDenuncia (que atende pelo 021-2531177). 0 Disque Roubo esta em funcionamento desde agosto. Segundo o tenente-coronel Mitton Correa da Costa, chefe da assessoria tecnica da Secretaria, 0 Disque-Roubo vai receber denuncias andnimas e orientar as vftimas para que procurem uma delegacia ate sets boras depots da ocorrencia. A Secretaria vai contirmar se o autor da ligagao fez o registro e vai informar ao Serj, por fax, sobre os dados dos vefcuios roubados e furtados, bem como sobre os recuperados.

0 Sindicato assumiu tambem as despesas, para o Detran, da implantagao de um sistema de recadastramento de vefculo por teiefone, alem de reatizar uma auditoria permanente nos postos de emplacamento para detectar e denunciar a chefia do drgao eventuais falhas no processo. Com o recadastramento iniciado em 1- de agosto, o estado pretende registrar 1,7 milhao de vefcuios. No primeiro mes, com a ajuda da fiscalizagao exercida pelo Serj, 50 vefcuios irregulares foram tirades de circulagao. Ate janeiro de 1997, revela Lucio Antonio l\/larques, presidente do Serj, espera-se encontrar 40 mil automoveis em situagao Irregular.

OS NUMEROS DO DRAMA

Rio de Janeiro

De cada mil veiculos, 30 sao roubados ou furtados a cada ano. A media historica dos ultimos anos era de 400/1000 - houve uma redugao de 25%.

Sao Paulo

Vinte e cinco carros roubados ou furtados em cada grupo de mil, anualmente. Como a media historica era de 17/1000, houve um incremento de 50%.

objetivo da campanha 96 continua sintetizado no slogan que encerrou cada uma das pegas publicifariasde1994 8dest0ano; Seasociedade dero a/arme, o roubode veiculosdiminui. Esse selo perrnite uma dupla leitura", explica Augusto Carvaiho, um dos nito publicitarios da Salles diretamente envolvidos no pro- jeto. "E possivel depreender dele um sentido de parceria entre a sociedade e as autoridades, mas tambem permite responsabillzar a todos OS que se omitem, In clusive OS proprietarios menos cuidadosos",

A escoiha dos locals e meics de veiculagao foi criteriosa: a inai, Sao Paulo e Rio concen'fam, juntos, metade da frota cacional (cerca de 24 mllhoes, segundo estatfstlcas dos Detrans)

c iQual proporgao da frota segu- [ada do pai's. Brasilia foi inclu'ca pela necessidade de levar a campanha ao territdrio das au'ondades naclonais, 0 publico ciais elitizado, economica e culuralmente, foi alcangado atracs da midia Impressa, enquanc OS outdoors, palneis de dnlram ^ ° adapfado para o '0 Procuraram capitalizar mo®'^'cs de utilizagao dos vefcucs, alem de dar o tom polftico s iniciatlva, "Ninguem espera- ^ pue 0 cidadao entrasse em Cdfato com a campanha e fos^ 3 rua interromper o tranc diz Augusto Carvaiho, 'Stem OS representantes do 'jl'o, que sao os que podem Cfiuenclar e ser criatlvos para a violencia".

na — Criatlvldade c faltou no direclonamento das ensagens, "Eu so quero e sen ciu tnanquiiamente na nasci/Epoder

tou, pelas ondas radlofonicas, a nova letra do rap consagrado. Para as ruas de Sao Paulo, onde 0 fndlce de roubo e furto de automdvels vem crescendo assustadoramente, paralelamente a queda do fndlce de recuperagao dos vefcuios (veja infografico), foram criados outdoors especfficos: "Rodfzio aqui e asslm. Hoje voce usa seu carro. Amanha e a vez do ladrao"; "Nao e a poluigao na cidade que esta dlmlnuIndo. Os carros e que estao sendo roubados"; "Roubo de Carro: ou voce toma uma atltude agora ou um taxi depois". E, ainda, um texto sobre algemas: "Esta e a unica tranca que pode dim!nuir 0 roubo de carros".

A reagao suscitada pela contundencia das mensagens nao podia ser mais ampla e diferenclada. Enquanto o Incomodado leltor Fernando Velga, em carta publicada pelo Jornat do Brastt em 11 de agosto, pediaaPenaseg que parasse de veicular a publicidade, um editorial do Estado de S. Pauto eloglava: "Na campanha, as seguradoras foram direto ao ponto certo: o mais efl-

Julio Avellar: "Os cidadaos das grandes metropoks tem que cobrar. E com esse engajamento que vai se transformar o atual estado de coisas"

ciente dispositivo antifurto e o protesto da sociedade", (0 desmanche' e o roubo dos carros, 8/8/1996). A campanha tambem motivou uma cena na novela das 20hs da Rede Globo, "0 Ret do Gadd', atraves do personagem Marcos Mezenga (Pablo Assungao) que, ao ter seu carro roubado, pega uma carona com um caminhoneiro e fala da necessi dade de a sociedade se unir para combater a violencia.

Impacto — Nao foi casu al a repercussao maior da cam panha em Sao Paulo, ao contrarlo do que aconteceu em 1994, quando a polemica e os resultados mais visfvels tiveram como paico 0 Rio de Janeiro. 0 roubo de vefcuios no estado de Sao Paulo — dono de 41 % da massa de automoveis segurada do pafs — cresceu, no primeiro semestre de 1996, 75,51% em relagao ao primeiro semestre do ano passado. Ainda nos mesmos sels primeiros meses do ano, o (ndice de recuperagao de vefcuios rou bados diminufa 10% em Sao Paulo, enquanto cr0scia16%no Rio de Janeiro.

"Nao e precise satr do predio daAssembteta Legistattva de Sao Pauto para tentar entender OS motives dessa forte campa nha asstnadaporsets enttdades nactonais, cujos associados, de um modo ou de outre, sao seriamente prejudicados por esse ttpo de crimd, anallsou o citado editorial do Estadao de 8 de agosto. "Uma Comissao Partamentardetnqueritosobreo Crime Organizadodivutgouretatdrioparciat, emfeveretrodesteano, apontando 0 envotvtmento da menctonadaDtvecar{D\mw de Furtos e Roubos de Vefcuios e Cargas da Polfcia Civil de Sao Paulo) e do 41^ Distrito Pottctat com os ChamadOS desmanches'de car ro que, segundo um dos tntegrantes da CPt, deputado Etot Pieta, concentram35% dosrou bos de carros em Sao Pauto."

0 impacto de denuncias como esta sao de valor inestimavel para o cumprimento dos objetivos da campanha. "A questao esta sendo mais percebida em Sao Paulo,porque a cidade e o estado estao vivendo um momento muito particular, de tomada de consciencia da deterioragao so cial", Interpreta Julio Avellar, da Sul America, presidente da Co missao de Seguros de Automo veis da Fenaseg. "De repente, os paullstas estao se dando conta que 0 inferno e la mesmo e que e precise se mobillzar, tal como a populagao do Rio ja fez".

Avellar acredita que a cam panha da Fenaseg e demais entidadesvemcumprindo papel im-

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NUMERO DE CARROS ROUBADOS OU FURTADOS 1° SEIVIESTRE/95 2° SEMESTRE/95 FROTA TOTAL FROTA SEGURADA 24,2% RIO DE JANEIRO SAO PAULO L
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agosto SETEMBRO DE 1996 REVISTA DE SEGUROS

cio de mobilizagao por que passa a populagao paulistana. "As solugoes sao as mesmas. Os cidadaos das grandes metrdpoles tern que cobrar. E com esse engajamento que vai se transformar o atual estado de coisas".

Justamente porque ja comegou a mobilizagao da sociedade paulista, diz Aveliar, ja se pode falar, em reiagao b maior cidade do pais, em resultado positive da campanha, embora a iniciativa nao tivesse urn objetivo imediato. "0 que visamos e uma agao comportamental de medio prazo, de mudanga de mentalidade", revela.

"Nossa intengao e despertar a consciencia de que o roubo de vefculos nao e um crime menor, mas uma moeda de troca e um agente realimentador de uma cadeia de crimes, entre os quais figuram os sequestros, os assassinates, o trafico de armas eotrafico de drogas". Segundo Aveliar, o carioca percebeu isso noultimosdoisanos, cobroude suas autoridades, estas atuaram e a populagao comega a destrutar de resultados. "0 beneflcio desse alerta volta para os cidadaos com juros e corregao monetaria".

Aumento — 0 diretor do Sindicato das Empresas Seguradoras do Rio de Janeiro, LucioAntonio Marques, respons^vel pelaComissaodeAutomoveisda entidade, aponta uma tendencia de mercado que comprova a tese de Aveliar. Embora continue alto 0 fndice de sinistralidade no Rio — 30 velculos, a cada conjunto de 1000, sao roubados ao ano —, a queda constante na incidencia de roubos e furtos nos ultimos 24 meses ja foi suficiente para justificar uma elevagao menor nos pregos das apolices. Nos proximos meses, en-

Repressao intensilicada, enxugamento do pessoal e combate a burocracia da propria polfcia forarn os ingredientes de que langou mao a Secretaria de Seguranga Publica do Rio de Janeiro na iuta por ievar o estado a perder 0 triste tftuio de campeao de roubo de automoveis. ^ incidencia de roubo e furto no Rio ainda e a maior do pars (veja iniografico), mas uma tendencia constante a queda, registrada nos ultimos 24 meses, ja permite comemoragao.

0 Rio registrou em 1994 mais de 51 mil furtos e roubos de automoveis. No ano seguinte, pouco menos de 44 mil, numa queda de 14,7%. Sao Paulo, enquanto isso, passou de 82, 3 mil cases em 1994 para mais de 101 mil em 1995, num incremento de 18,6%.

Na comparagao entre OS sets primeiros meses de 1995 e 1996, 0 Rio tambem tem razoes para festejar: de janeiro a junho deste ano, foram registrados no estado 18, 3 mil cases, numa queda de 19,2%. Na mesma comparagao, Sao Paulo viu seu numero absolute de roubos e furtos sattar de 41,2 mil para 66,4 mil — 61 %> de aumento.

Ha quem atribua essa troca de papeis a intensificagao, em territdrio fluminense, do combate as quadrilhas especiatizadas, que teriam se mudado para o estado vizinho. Titular da Detegacia de Roubos e Furtos de Vefculos Automotores (DRFVAT), entre janeiro e julho deste ano, o deiegado Vinicius George, 31 anos. Ires na polfcia. foi responsavel peta reorganizagao e limpeza' do orgao. Dos 300 policiais lofades naqueia

detegacia, restaram, depois de transferencias, aposentadorias e varias sindicancias para apurar irregularidades, apenas 80 homens.

"A poiftica ainda e reprimir o crime cometido por quem quer que seja", avisa Vinicius, hoje trabalhando na Inspetoria Geral da Secretaria.

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"Alias, se o crime for cometido por agente pubtico, pier ainda: tem que ser reprimido com' mais veemencia". 0 trabalho de enxugamento e moralizagao foi possfvel porque, na gestao de George, o governador do Rio de Janeiro, Marceiio Aiencar, tomou medida fundamental: a descentralizagao da repressao as quadrilhas. Desde junho, o registro e investigagao de cada caso de roubo ou furto esta a cargo da detegacia da area da ocorrencia, o que liberou a DRFVATpara supervisionar a agao em todo 0 estado e agitizou o atendimento as vftimas antes submetidas ao martfrio de vagar por quatro a cinco repartigoes ate regularizar a situagao de seu carro, quando encontrado.

George avalia que contou com a ajuda do aumento do policiamento nas ruas, mas esta convencido de que e precise terminar de fechar o cerco aos ferros-velhos (os desmanches locals). "E um absurdo ferro-veiho vender outra coisa que nao seja ferro vetho", protesta o detegado, que propoe uma mudanga na tegislagao que permite a venda de pegas por esses estabelecimentos. 0 ex-titutar do combate aos roubos e furtos de carros coincide com seu sucessor na DRFVAT, o deiegado Renato Chenicharo, ao depositar esperangas no ingresso do estado no Registro Nacional de Veicuios Automotores, o esperado Renavam. "Fara combater esses crimes, nao se pode pensar num estado isoladamente".

Nilton Molina: "E precise que as autoridades acordem, tomemprovidencias, reconhe9am afalha policialeabramos olhos para o quadro social dramatico" guanto OS pregos de seguros estiverem sendo corrigidos em 25% a 30% em Sao Paulo, no Rio a alta deve ficar em torno dos 15% a 20%. E mais: ate inicio de 1997, espera Marques, OS descontos fornecidos por algumas seguradoras ja vao comeQar a representar uma verdadeira goeda de pregos para os cariocas motorizados. "Claro que e Preciso que a tendencia h queda 00s furtos continue", diz Lucio Marques.

Segundo estatfsticas dos Detrans, 0 Brasil tem hoje 24 oiilhoes de vefculos, numero que jonde a cair para 18 a 19 mi'odes quando finalizados 0 reooiplacamento e a inclusao de 'oda a frota no Registro Naciode Vefculos Automotores (Renavam). Apenas 20 a 25% da frota (0 percentual varia de 001 estado para outro) estao segurados. Dos 2,2 milhoes de automoveisquecirculam peloRio, oarca de 570 mil tem seguro. E dos 6,6 milhoes de carros que ''odam em Sao Paulo, apenas 1,6 d"mao estao segurados.

0 grande desafio para 0 mer- odo em crescimento— hoje, 0 P^'dr de seguros ja representa ■'% do PIB, contra 1% que

significava antes do real — e conseguir uma expansao mais acelerada na carteira de Auto moveis, que vem sendo responsdvel por 65% do valor total pago em indenizagoes anualmente. 0 mercado visa inverter a atual reiagao frota segurada / frota nao segurada, e chegar a uma situagao em que 75% dos automoveis brasileiros estejam cobertos — 0 que so sera pos sfvel quando 0 pafs registrar um fndice anual de roubos e furtos proximo do 1% do total da fro ta. (No Rio, hoje, 2,15% da fro ta sao roubados anualmente.)

"Ha um longo caminho a percorrer. Esta campanha ajuda, como toda campanha", avalia

Claudio Afif Domingos, da In diana Seguros, vice-presidente da Fenaseg. "Mas e preciso que as autoridades acordem e tomem providencias, nao apenas quanto ao roubo do carro em si", alerta Nilton Molina, da Icatu, tambem vice-presidente da Federagao. "E preciso que reconhegam a falha policial e abram OS olhos para 0 quadro social dramatico".

PorAnaCristinaMachado

e Rozane Monteiro

Veiculadaentrejunho eagosto de 1994, aprimeiracampanhada Fenasegcontra0 rouboe0 furtode vefculosrepresentouum marconahistoriadoretacionamentoentre0mercadosegurador, asautoridadespoliciaiseasociedade. Alem doaltograu de fixagaodacampanhanamemoriadoconsumidorpotencial— quem nao se lembra dos outdoors Car/o, ainda vao te roubar um oudachocantepegapara TVem que 0motorista, como num filmedeterror, escutaa vozdoladraoatravesdo toca-fitas?—a iniciativamexeunasconsciencias, moveu0poderpubtico, arrebatoupremiospublicitariosesetraduziu,pelomenosnoRio, noiniciodeumcombatecomresultadospromissores. Janoprimeiromesdacampanha, apoifdiafluminense desbaratou, nobairro deAustin, umprimeiro, massimbolico, ponto daindustriadodesmancheeocupoudurantetresboras aquelemonumentoaimpunidadeconstitufdopetafeirainformal depegaseacessoriosdeAcari—conhecidacomoRobauto, que funclonava havia20anos.

EramosprimeirossinaisdequeosUS$ 1,5milhaoempregados nacampanhateriamretornopteno. Duranteasdozesemanasde veiculagao, maisde40materiasforampublicadasemjornaise revistasdopafs, semcontabitizarasreportagensdoradioeda televisao. Umespagoque, sepagoapregosdemercado, teria custadoa Federagao nadamenos que US$ 1,6milhao. Nosegundosemestrede 1994, coma OperagaoRio, quecotocou asForgasArmadasnasruasdoGrandeRioemagoesofensivase defensivascontraacriminalidade, foipossfvelregistrar,peia primeiraveznadecada, umaquedade9,4%nototalde vefculos roubadosnoanonoestado.Aconqulstaestevediretamente retaclonada, tambem, com0fechamentodefinltlvodaRobauto. Foramdotsmilcarrosamenosnasestatfsticasdorouboefurto nacomparagaoentre 1994eanoanterior, numaeconomia,para OScofresdasseguradoras,deR$12milhoes,emIndenizagoes. Felaousadiaerepercussaoqueobteve, acampanhacriadapela SallesmereceuamedaihadeouronacategoriaRegional-Riode JaneirodoFremioAbrildeFublicidade 1994eamedaihadegrata da edigao de 1996do New YorkFestivals. Osmelhorespremiosaindaestavamporvir. 0exitodacampanha eOSprimeirosresultadospositlvosmarcaram, noRio, 0iniciode umaparceriaprodutivaentreaFenaseg, SerjeSincor-RJ, deum lado, eautoridadesdetransitoepoliciais, deoutro—setadacom adoagaodecarroseequipamentosparaapolfciaporpartedas entidades, comapromogaodoSeminarioInternacionalsobre ViolenciaUrbanaecomarecenteparticipagaodoSerjna fiscalizagaodoreemplacamentodosvefculosnoestado.

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REVISTAOE SEGUROS JULHO / AGOSTO / SETEMBRO DE 1996 JULhoIagosto SETEMBRO DE 1996 Revista de seguros

REPERCUSSAO

"A cidade de Sao Paulo ultrapassou o Rio de Janeiro numa disputa que nao e propriamente motivo de orgulho. 0 fndice de roubo de carros na capital pauiista aumentou 62%, enquanto o Rio registrou uma queda de 22%. No rastro dessa triste arrancada, a Fenaseg patrocinou uma campanha pro-seguros de automoveis cujo principal anuncio traz em letras garrafais a frase: Carro, ainda vao te roubar outro. A propaganda, espalhada nos outdoors de Sao Paulo, foi encarada como antipatica por varias pessoas, que a consideraram ofensiva e intimidadora".

Revista Isto E, 17.08.96.

"A Fenaseg e outras entidades assinam campanha, pedindo a populagdo para protestar contra o aumento descomunal do furto e roubo de automotores no primeiro semestre deste ano, comparado a 1995, em todo o pals".

Caderno Propaganda e Marketing, Folha da Tarde, 13.08.96.

"As seguradoras acionaram um grande alarme contra o roubo de carros. Uma campanha publicitaria, convocando a populagao a ajudar no combate a esse crime (...). 0 objetivo e alertar para o aumento de 60%> nos furtos e roubos de veiculos so no Estado de SSo Paulo".

Zero Hora, 04.08.96.

A partir de agosto, a Fenaseg estara langando uma nova campanha contra roubos de automoveis (...), que tem como caracteristica mais marcante conciliar um tom de contundente indignagao com bom humor e ironia".

Jornal do Commercio,04.08.96.

Com 0 novo mote Carro. Ainda vao te roubar outro a campanha da Fenaseg'tem um tom mais agressivo do que a realizada ha dois anos, mas mantem a mesma linha informativa de alertar a sociedade para o grave problema de roubo e lurto de veiculos e suas conseqOencias."

Monitor Mercantil, 01.08.96.

Desta vez ninguem vai reclamar. Sao Paulo tomou do Rio mais um titulo. o de cidade com maior numero de roubos e furtos de carros. Essa lideranga translormou a capital pau iista no alvo preferencial da nova campanha das empresas de seguros".

o Dia, 31.07.96.

A campanha tambem motivou uma cena na novela "O Rei do Gado", da Rede Globo, atraves do personagem Marcos Mezenga (Fabio Assun^ao): "a sociedade deve se unir para combater violencia"

"Amanha, as seguradoras vao acionar um grande alarme, contra o roubo de carros. Comega a ser veiculada uma campa nha publicitaria assinada por cinco entidades , convocando a populagao a ajudar a combater esse crime. Para isso, a agenda Salles/DMB&B criou o seguinte slogan: Se a sociedade der o alarme, o roubo de veiculos dimlnui".

O Globo, 31.07.96.

"A Fenaseg anunciou ontem o langamento da campanha contra o furto e o roubo de vefculos em todo o Pafs. (...) A Intengao dos comerciais e mostrar a sociedade que e ela quem mais sofre com os roubos e furtos de carros".

Estado de S. Paulo, 31.07.96.

"A Fenaseg langa terga-feira sua segunda campanha de prevengao contra roubo de carros. 0 slogan Cuidadol Ainda vao te roubar outro carro e uma adaptagao do mote de dois anos atras: Cuidadol Ainda vao te roubar seu carro. Pelo andar da carroga brasileira, ano que vem so ladrao vai ter carro".

Informe JB, Jornal do Brasil, 28.07.96.

Hoje, nenhuma empresa de seguros pode conviver com as froudes, sem um conjunto solido de base de dados.

Para isso, a MEGADATA desenvolveu um sistema completo de protegao para seguradoras.

A comegar pelo SNVA - SERVigO NACIONAL DE VEICULOS AUTOMOTORES - um conjunto de dodos que permite a seguradoro liquidagao de sinlstros e recuperogao de veiculos.

E nao e so: atraves do CNS - CADASTRO NACIONAL DE SINISTROS - a seguradoro impede a cobrongo do mesmo sinistro em mais de uma seguradoro identificondo a tentotivo de froude do seguro, grogos a um completo conjunto de base de dodos. A MEGADATA e o verdodeiro seguro do seguradoro.

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Congresso promulga emenda que pos fim ao monopolio

Emonopolio do instituto

de Resseguros do Brasil (IRB), que durou 57 anos,4 mesas 818 dies, foi extinto numa solenidade que' durou meia hora. No dia 21 de agosto,0 Congresso Nacionai promulgou a emenda constitucional n-13, que pos fim ao monopolio estatal do resseguro. "Os tempos sao outros", constatou o presidente do Senado, Jose Sarney, lembrando que o monopolio do res seguro foi uma decisao polltica correta para os anos 30, pois o Estado Novo queria transformar o seguro num forte setor da economia inferna.

Assim, a emenda nada mais fez do que fornar claro na Consfifuigao o casamenfo do seguro com 0 resseguro "no regime de plena reuniao funcional, isfo e, ambos operados em regime de mercado e de livre concorrencia", acrescenfou 0 presidenfe do Senado.

Peranfedezenas de depufados, senadores e represenfantes da area de seguros, no azulado plenario do Senado, em Brasilia, o presi denfe da Fenaseg, Joao Elisio Ferraz de Campos, fesfejou a promulgagao da emenda, a primeira mudanga na Ordem Economica e Financeira da Constifuigao de iniciafiva exclusive do Congresso, Concorrencia — "Esfe d um dos momenfos mais imporfanfes da tiisfdria do seguro no Brasil. Tao imporfanfe quanto a criagao do IRB, ha cerca de 60anos",com-

presidente do Senado, Jose Sarney, entre o presidente da Fenaseg, Joao Elisio Ferraz de am^s,e o presidente da Camara dos Deputados, Luiz Eduardo Magalhaes, discursa na so em ade de promulgaijao da emenda:"Os tempos sao outros"

parou Joao Elisio, em seu discur um diminufo numero de pafses aufor da emenda constituciona so durante a cerimonia. Para ele, OS brasileiros ja nao aceifam mais OS monopdiios como forma de alcangar progresso e bem-esfar. "Hoje, so a concorrencia e a dis pute por mercados podem beneficiar OS consumidores", afirmou, 0 Brasil esfava na companhia de

onde 0 resseguro ainda e afribuigao exclusive do Estado. Mas esses consumidores serao beneliciados de imediafo? As empresas privadas ja podem fazer resseguros, compefindo com o IRB? "E posslvel", responde o depufado Cunha Bueno (PPB-SP),

O presidente da Fenaseg conversa com

o Senador Jose Sarney: "Este 6 tun dos momentos mais unportantes da historia do seguro no Brasil"

se quebrado o monopolio do res seguro.

Contorme Jose Ignacio, a emenda feve o merito de permitir que uma lei compiementar disci pline a area de seguro e ressegu ro, "a salvo de questionamentos jurMicos", na nova redagao do inciso II. A mesma opiniao tem o senador Bernardo Cabral (PELAM), que acompanhou a discussao da emenda na Comissao de Constifuigao e Justiga do Senado.

0 presidente da Fenaseg tambem e cauteloso — no discurso que fez no Senado, pediu ao Conqrosso discussao e votagao da lei compiementar prevista no artigo "192 — 0 mesmo, por sinal, que fixou OS juros reais em 12% ao ano, nunca cumpridos por falta de uma lei compiementar.

Tramite em tempo recorde

Para uma emenda consti tucional que mexe profundamente num setor da economia, OS 16 meses entre a apresentagao da emenda na Camara Federal e sua aprovagao final no Senado mostram que a proposta angariou muito apoio. Alguns projetos ievam ate sete anos nesse percurso—0 novo Codigo de Transito, po'rexemplo, tramita no Congresso tia quatro anos.

A emenda do resseguro foi apresentada em abril de 95pelo deputado Cunha Bueno(PPBSP), sem qualquer apoio do governo. No primeiro ano, uma

comissao especial de deputa dos fez varies debates publicos para discussao do assunto. Uma opiniao fundamental para convencer os parlamen tares mais recalcitrantes foi a do presidente do IRB, Demos thenes M. de Pinho Filho, favoravei ao fim do monopolio. Em dezembro do ano pas sado, a emenda foi votada po los deputados, em dots turnos, obtendo a maioria dos dots tergos de votes favoraveis, exigidos para qualquer mudanga constitucional. No Senado, casa revisora dos atos da Ca mara, foram cinco meses de

tramltagao, tendo como relator 0 senador Jose Ignacio Ferrei ra (PSDB-ES), um dos mais respeitados juristas da Casa.

Na Comissao de Constifui gao e Justiga, 0 senador Ber nardo Cabral, ex-relator da Constltulnte, temeroso de que 0 fim do monopolio pudesse permitir que 0 governo privatizasse 0 IRB, deu parecer em separado para destacar que a mudanga nao mexe com 0 IRB. Em julho, a emenda foi aprovada pelos senadores em primei ro turno, sendo promuigada pelas mesas do Senado e da Camara no dia 21 de agosto.

que derrubou o monopolio. Bueno acredita que as seguradoras em operagao no pats ja podem aceitar resseguros, desde que tenham interesse. Ele decidiu consultar os melhores juristas do ramo para verificar se isso e posslvel, por entender que o artigo 82 do Decreto-lei 73/66 abre essa possibilidade—esse Decreto regulamenta 0 seguro no Pals.

Lei compiementar — Na opiniao do ex-procurador e sena dor Jose Ignacio Ferreira (PSDBES), que foi o relator da emenda no Senado, o mercado deve esperar uma lei compiementar para atuar no resseguro. Essa lei esta prevista no artigo 192 da Constifui gao, que recebeu uma pequena mudanga no inciso II para que fos-

Competigao — Um detaihe, no entanto, e cristalino para juris'as e parlamentares: a quebra do monopolio do resseguro ira bai'^ar OS pregos assim que as empresas privadas entrarem na comPetigao. 0 senador Bernardo Ca bral preve que o IRB caminhara para um novo patamar de eficiencia e qualidade — o que resultaria am menores pregos para o consumidor. Para Cunha Bueno, os funcionarios do Instituto tambem serao beneficiados com a quebra do monopolio. "Eles sao os unicos que entendem de resseguros no brasil e,com certeza, serao dispu'adlssimos pelo mercado", preve. Os ganhos na area de resseguros serao amplos. Esse mercado, que boje movimenta cerca de R$ 1 bi'bao por ano,crescera rapidamente para R$ 1,5 bilhao, na previsao de Joao El isio Ferraz de Campos.

Com a estabilizagao da moeda, 0 mercado de seguros tambem cresuera, superando rapidamente 0 fa'uramento de R$ 14 bilhoes obtibo no ano passado.

Um estudo encomendado pela benaseg confirma as expectativas ij alimentadas pelo mercado: a

Representantes do setor presentes a promulga^ao da emenda

•Ademir Francisco Donini (General Accident)

•Alfredo Del Bianco (Itau Seguros)

•Alfredo Fernandez de Larrea (Vera Cruz Seguradora)

•Antonio Carlos B. P. de Almeida (Paulista de Seguros)

• Carlos Alberto Protasio (IRB)

• Cesar Jorge Saad (Unibanco Seguros)

• Dario Ferreira Guarita Filho (FInasa Seguradora)

•Eugenio de Oliveira Mello (AGF Brasil Seguros)

•Joao Gilberto Possiede (J. Malucelll Seguradora)

•Jorge Estacio da Silva (Bradesco Seguros)

•Jose Americo Peon de Sa (Aurea Seguradora)

•Julio de Souza Avellar Netto (Sul America Seguros)

• Luiz Eduardo Pereira de Lucena (Golden Cross Seguradora)

•Luiz Henrique S. L. de Vasconcellos (Real Seguradora)

• Pedro Schwab (Itacolomi Cia. de Seguros)

•Renato Campos Martins Filho (Seguradora Motor Union)

•Ricardo Ody (Novo Hamburgo Cia. de Seguros)

• Rubens Dias (Itau Seguros)

•Sergio Timm (Vera Cruz Seguradora)

entrada de empresas nacionais e estrangeiras na disputa mudara 0 perfil do setor.0 trabalho concluiu que, em dois anos, 0 capital estrangeiro sera capaz de moditicar 0 ranking das dez maiores companhias do mercado segurador. Oligopolio — 0 deputado Cunha Bueno nao acredita no risco de 0 monopolio do resseguro virar oligopolio de grandes em presas. "0 governo esta ai exatamente para impedir isso", lembra.

Tambem 0 senador Jose Ignacio Ferreira ressalta que a Constifui gao e dotada de instrumentos juridicos-legais que permitem resguardar 0 papei que 0 Estado brasileiro deve exercer como agente normative e regulador da atividade economica, em defesa dos interesses nacionais — esse papel do Estado consta do artigo 174 da Carta de 88. Agora, os esforgos do setor de seguros se concentrarao na lei compiementar que vai regulamentar 0 artigo 192 da Constituicao.

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revista de seguros JULHO / AGOSTO / SETEMBRO DE 1996 ''ULHO / AGOSTO / SETEMBRO DE 1996 revista de seguros

IV SIAS vai trazer mais de 20 solugoes proprias para o setor

m 1990, quando a Fenaseg promoveu o primeiro Simpdsio Internacional de Automagao em Seguros (SIAS), o mercado nacional nao somava nem tres solugoes informatizadas para o sefor de seguros. Seis anos e tres simposios depois, ha mais de 20 solugoes prdprias para o setor segurador brasileiro — crescimento que vem despertando o interesse de empresas estrangeiras, principalmente as americanas. Na reta final para os preparatives do IV SIAS,a comissao organizadora do evento—que acontece entre 27 e 29 de novembro.no Ho tel Inter-Continental, no Rio de Janeiro — queratrairaatengao do profissional do ramo que nao trabaiha num CPD (Centre de Processamento de Dados).

Com 0 tema "Globalizagao e as Novas Tecnologias: Um Futu re sem Fronteiras", e um publico estimado em torno de mil pessoas, a versao 96 do SIAS tem come objetivo aproximara mao-de-obra especializada do ramo segurador (corretores, tecnicos ern seguros e dirigentes de empresas)de quem desenvolve solugoes, usando a in-

Ricardo Romeiro:"O evento deste ano vai apresentar um fdrum de debates para integrar os profissionais de seguros e de informatica"

formatica come ferramenta.

0 coordenador da Comissao

Organizadora do IV SIAS, Ricar do Romeiro,explica que este ano sera mantida a enfase na area de solugoes para o setor de segu ros, mas com um enfoque maior nas experienclas e produtos internaclonais,aproveitando-se do momento de grande Interesse estrangeiro pelo mercado brasilei ro. Alem da area de exposigao,

que deve contar com a participagao de 40empresas— no ultimo SIAS, real izado em 94 participaram 25 empresas —, o evento deste ano vai apresentar um forum de debates para Integrar os profissionais de seguros ede Infor matica.

Nessa area, a divlsao e felta por palneisepalestras. De acordo com a Comissao Organi zadora, OS paineis que serao apresentados pelos expositores vao mostrar as solugoes que existem para 0 mercado segurador, enquanto as palestras enfocarao temas de Interesse global e seus respectlvos rumos no setor. Os temas foram escolhldos a partir de pesquisas feitas entre os particlpantes dos simposios anteriores.

Internet — Assunto em nove entre dez rodas de amigos, a Internet esta entre os princi

as areas de resseguro, previden cia, seguro de vida, gerencia de risco e seguro-saude.

Os niimeros da quarta edi^ao

pals temas dos 12 paineis apresentados durante o simpdsio. 0 publico dos paineis vai saber como a maior rede de computadores do mundo pode auxiliar o desenvolvimento da industria de seguros. Ambientes estruturados na tecnologia cliente/servidor e 0 desenvolvimento de sistemas a partir da orientagao a objeto tambem fazem parte desse grupo de debates.

Com enfoque na globaliza gao e nas mudangas do mercado segurador em todo o mundo, as palestras vao abordar 16 temas, sendo quatro conduzldas por convldados estrangelros (veja box). A partir de assuntos que estao mudando as expectativas no mercado brasileiro, como a quebra do monopblio no resseguro, desestatizagao do seguro de acidentes de trabalho e previdencia privada, a selegao de palestras vai esquentar as discussoes no simpdsio mostrando que so a tecnologia traz o grau de competitividade necessario para sobreviver no novo cenario. Os palestrantes brasileiros vao apresen tar as solugoes envolvendo in formatica e telecomunicagoes para

Potencial do mercado "Em 1990,0 total arrecadado pelo mercado segurador brasileiro slgnificava 0,98% do PIB. Hoje, a fatia representa 2,6% do PIB. Esse crescimento deve-se,em boa par te, aos Investimentos em tecno logia.0 interesse pela informati ca no setor de seguros colocou 0 Brasil na lideranga do ranking na America Latina. 0 mercado percebeu que so a tecnologia tornaria possfvel reduzir custos adntinistrativos e elevar a qualidade dos servigos",comenta o consuitor Carlos Leonardo dos San tos, integrante da Comissao Or ganizadora do SIAS.

Internaclonalmente, a estimativa e de que os investimentos do setor de seguros em automa gao e informatica representem 2% do total de premlos arrecadados. Uma cifra que esta na casa dos LIS$ 300 milhoes.

Romeiro comenta que as em presas estrangeiras estao percet^endo 0 potencial do mercado segurador brasileiro na area de Informatica e querem firmar parcerias para oferecer suas solugdes. Ele lembra que, em maio, '"cpresentantes de 30 segurado"■as estiveram aqui para pesquisar 0 mercado com o apoio da I^IDES (Federagao Interamericadade Empresas de Seguros), que Inclui este ano o SIAS no seu salendario oficial de eventos. "No simpdsio anterior, em 1994, a I^M recebeu um convite para apresentar no Uruguai a palestra diontada para o evento braslleiFatos como esse e a visita dos ''spresentantesdaFIDEScompro^am a internaclonallzagao do ^lAS", afirma Romeiro.

Por Suzana Liskauskas

0 sucesso do simpdsio se confirma na expansao da area de exposigao, que este ano vai ocupar 527 metros quadrados — mais do que o dobro dos 245 metros quadrados reservados aos expositores em 1990 —, na sofisticagao do material dedivulgagao—queinclul uma pagina na Internet (http:// www.pontocom.com.br/sias) e um video — e na valorizagao dos expositores. A comissao criou dois premios para contemplara empresa queapresen tar 0 estande mais organizado e aquela com a melhor solugao. Houve tambem uma preocupagao com as estrategias de marketing. No IV SIAS, os ex positores vao contar com varios elementos de merchandi sing.

Os anuncios podem estar nasplacasdirecionais, nasinalizagaodassalas,em placascom a programagao do Congresso e relagao dos fornecedores, em banners de parede e de audltdrio, em baloes que ficarao na area externa do hotel e no videowall, que mostraraaagen da do evento. "0 expositor tera

Flavio Faggion Junior: "Um que reveia a competencia do e a fidelidade das empresas participantes"

mais espago para publicldade e podera explorar melhor a apresentagao de suas solugoes", diz Romeiro.

Criado com a meta de diminuir a distancia entre OS for necedores de solugoes de tec nologia e 0 mercado segura dor, 0 SIAS tornou-se, em sels anos, 0 evento mais Importante da area seguradora no setor de tecnologia. Quando se parte para uma analise numerica, flea facil comprovar essa evolugao.

0 SIAS contou comapresengade 12 empresas divididasem 23estandes. A versao 92 apresentoulBexposifores numa area de 34 estandes. "Um fator que reveia a com petencia do evento e a fidelidade dasempresas participantes.Amaior parte dos exposi tores dos dois primeiros eventos continua confirmando sua pre-' senga ate hoje", comenta Fla vio Faggion Junior, membro da Comissao Organizadora e diretor executivo da AGF Seguros. No ultimo evento, foram 25 expositores instalados em 43 estandes.

Os dados da comissao apontam um crescimento no setor de servigos e produtos para automagao do mercado segurador e o aumento de softwarehouses especializadas no assunto.

C0A INFORMATICA , F,'
UIMINTE
SQLUgOK.S PAKA:1^Seguradoras ^ Corretores &vRepresentantes de Seguradoras VISITE-NOS NO "IV SIAS ESTANDE: "21" SibwiDo «je Afjniiniai.rTi^isij Reprcseutacoes ^ Informatica NOSSO NEG6CI0 t "SEGURO" www.sena.coni.br Matriz: Av. Sargento Herminio, 2148 SfioPanln 9P Talas 203/205 - ElleryCep. 60.350-501 Fnrtaleza-Ce Fone/fax:(0B5)-243.4705 Salvador - BA Campo Grande - MS REVISTA DE SEGUROS 18 JULHO / AGOSTO / SETEMBRO DE 1996 ■•OLHo/ AGOSTO / SETEMBRO DE 1996 REVISTA DE SEGUROS
SUA PRODU^O, QUALIDADE E AGILIDADeI REDUZIUDO seus custos OPERACjlgl^AIS.

OS PRODUTOS DE EXPOSITOR

^ ADJOIN CONSULTORIA E SISTEMAS (antiga RCBC Consultores)

Vai oferecer urn sistema que propiciara maior eficacia no procassamanto da rassaQuro, bam como apoio tacnico a consultoria quanto a malhor forma da estruturapao dos satoras inarantas a araa

^ CONSIST

SIS — Orientado ao usuario final - Sisfama Intagral da Saguros. Ofaraca facilidada a rapidaz na criagao da novos produtos. Infaqra informagoas, parmitindo trafar da igual forma qualquar saguro in dividual ou colativo, da riscos pessoais ou patrimoniais. Possui modulos funcionais, utilizando a tacnologia da Softwara AH APLICATIVOS CORPORATIVOS, DATAWARE HOUSE a ESPERANT.

^ KRAFT COMPUTAgAo GrAfICA

A Kraft Computagao Grafica apresantara solugoas da calculo a emissao da propostas da saguro, da produgao da imprassos a partir da bancos a da automagao da ascritbrio am ambianta MS-Offica Ser angado duranta o avanto o Kraft Info, software para Sistamas da Informagoas Garanciais para MS-Offica.

^ JETFORM

A JatForm b lider am solugoas qua manipulam os procassos da nagbcios pala amprasa a na Intarnaf a Intranaf, usando arnnln racursos da workflow" a automagao da documantos opera d harmonicamenta com as varias plataformas a sistamas axistentas n produto JatForm auxilia aorganizagao na radugao da custos atavp, da ganhos na aficiencia dos procassos ^

^ 1ST IMAGE SERVICE

A 1ST, afinada am sau concaito da Tacnologia da Solugao Integral, criou 0 Hisbowl, um sistemae matodologia para geranciamento da infor magoas. Os usuarios acessam um unico sisfama qua disponibiliza qual quar documanto dasejado, nao importando como asta garado ou onda astaarmazanado. Solugao complatacom consultoria, softwara a sarvigos.

^ MEGADATA

A Magadata astara demonstrando as possibilidadas da uso do Sistema: como auxiliar na acaitagao de apblices, no suporta para racuparagao de vafculos etc., usando cadastros dos aplicativos SNVA

- Sistema Nacional da Vafculos Automotoras (Ranavam/DPVAT), CNS - Cadastro Nacional da Sinistros, Sistema do Saguro da DPVAT —aproximadamanta 40'milhoes da dados. Programa Compara&Compra, uso am PCs, qua ravoluciona o sau dapartamanto de compras.

^ SENA INFORMAtICA

A Sena Informatica aprasentara sau langamanto: 0 "SAS for Windows", um sisfama da apoio aos profissionais da area de seguros, facil da usar a qua propicia um controle maior dos diversos sarvigos a informagoas axisfantas no dia-a-dia da uma amprasa de saguros. Para seguradoras, sera damonstrado na pratica como a a sua prasfagao da sarvigos a como os saus produtos podam ajudar a aumanfar a sua produtividade a compafifividada.

^ SOFT CONSULTORIA

A Soft Consultoria aprasentara sistemas EIS dasenvolvidos am SAS para o tratamanto dos dados da sua amprasa. Ensina como explorar informagoas financairas a atuariais a como invastir com seguranga no marketing da saus produtos.

^ LDA SISTEMAS & CONSULTORIA ^ VIA INTERNET INFORMAtiCA

A LDA vai oferecer quatro aplicativos para o sator seciiritbrinBONUS - pacofe que atanda a toda oparagao da uma corratora Up saguros; AutoBONUS Win - pacote para calculo da saguro da aiitn movais para varias seguradoras; Club Vida Win - sisfama na administragao da Apblices da Vidas; Sinauto Win - sisfama nara Controle da Sinistros da Automovais. A LDA a Gold-Partner NovpII a Ravanda Autorizada Hewlett Packard, fornacando ampla qamrrip produtos a softwares para rada de computadores.

Emprasa Ifder am solugoas Intarnaf para o marcado sagurador, aspecializada am provimento da informagoas a solugoas da comarcializagao saguras da produtos, atraves da Rada Mondial da Compu tadores Intarnaf(autorizadanoBrasil parausodasoftwaradacriptografia SSL), a rasponsaval pelo dasanvolvimanto a manutangao do site Saguros am Dia (www.saguros.com.br) a palo concaito Virtual Insu rance Company, primairo projato foi a BrasilSauda (www.brasilsaude.com.br).

^ SISTRAN

Lider no fornecimanto da solugoas informaticas para segurado ras (85 na America Latina, sando 14 no Brasil). Enfoqua no SIAS: SISE/E - Varsao do SISE para seguradoras emargantas; Rassaguro

Livre - A Sistran se praparou para o fim do monopblio do IRB a; SIE - Sisfama da Informagao para Exacutivos am Visual Basic a Excel - atua sobra a Base da Dados do SISE.

^ NOVA GERAgAO INFORMATICA

Aprasentara saus sistamas da Transportes, Automovais, Riscos, Incendio a Resseguros, sendo que alguns deles ja disponfvais am varsao Windows 95. Dasenvolvidos am Visual Basic 4.0, intaragem parfaitamanta com o Office, aprovaitando os racursos do Windows 95, com isso aumantando a produtividade no uso dos aplicativos da Nova Geragao.

^ USS - UNIDADE DE SERVigOS DE SEGUROS

Aprasantagao da tacnologias desanvolvidas pala USS ou com auxflio da parcairos, com o objativo de atander o marcado sagura dor, agregando valor a produtos a sarvigos. Alem da uma aprasan tagao institucional multimfdia, sarao axpostos: o Sisfama Farmacia 24 Horas; o Softwara da Assistencia 24 Horas; a o Sistema da Informagoas da Transito.

^ INTERCHANGE

A Intarctianga apresantara uma solugao qua parmita a troca ®l6tr6nica da informagoas antra a seguradora a sous parcairos da 'tsgbcios. Demonstra tambem um inedito garanciador qua fornaca '.t'ormagoas complatas do trabalho de seus parceiros, realizados nos '^'^'nios dias, meses, com um consolidado dos ultimos anos, apre- ^®ntacjo am relatbrios a graficos.

^ UNANIMA consultoria e SISTEMAS (antiga Ergondata)

A Unanima asfara aprasantando solugoas back-officer Ar frontpara seguradoras, anfidadas da pravidencia privada abarm a 6chada a empresas de capitalizagao, abrangando da^simulagao a t^nagao da produto ate a disponibilizagao da informagoas a clianfas ^'9 Internet.

^ EXECPLAN

FAST EIS e uma matodologia dasanvolvida pala Exacplan, ja adotada por grandas amprasas, para exacutivos qua necassitam da informagoas precisas para agilizar a tomada de decisao, mas que nao podam asparar um a dois anos, qua a o tempo medio gasto com a impiantagao da um EIS tradicional. A Exacplan disponibilizara, ainda, ampla gama da sarvigos da consultoria.

^ CINCOM

A Cincom damonstrara Solugoas Espacialistas am Saguro da Pravidencia Privada, Poupanga Programada e Saguro da Vida, de sanvolvidas am plataforma cliante/sarvidor utilizando Tacnologia de Objetos. Sara aprasantado, ainda, o Aurora/DS, qua parmita desde a criagao, garagao, arquivamanto a recuparagao da documantos, ate a saida am imprassao local ou ramota.

^ DELPHOS

DPVAT — Sistema para administragao dos sinistros do seguro obrigatbrio DPVAT; PISIS — Sistema Intagrado da Saguros, cobrindo aspactos tecnicos, administrativos a financairos. Possibilita procassamanto padronizado da todos os ramos a trabaiha em ambiante cantralizado ou distribufdo; Sisfama DbAnalisar — para analisa das bases da dados, podando sar ambutido ao sisfama a produzir dados para raajusta-lo.

^ IBM BRASIL

REGOMS Rada da Comunidade da Saguros a sua interligagao com 0 mundo Internet. 0 intarcambio de informagoes dos corretores com as seguradoras que oparam no Brasil a destas com as rassaguradoras no pafs a no exterior, atraves da IGN-IBM Global Network. Farramantas Lotus para o marcado sagurador. 0 Smart Card IBM a sua aplicabilidada am saude a saguros. As novidadas am softwares IBM.

^ EMBRATEL

A Embratal colocara a disposigao o INFOSERV via Intarnaf; Servigo DDG-800 (Discagam Dirata Gratuita-800); Sarvigo 0900 (Plataiorma de Sarvigo Tarifado-0900); TV Executiva a Video Conferencia, um recurso modarno integrando negbcios e mercados, via satelite, com mais aconomia, e o DATAFAX, um sarvigo que reduz despesas, aumenta qualidada, seguranga e velocidade de sua informagao.

'■IVl-
REVISTA OE SEGUROS JULHO / AGOSTO / SETEMBRO DE 1996 "•ULHo AGOSTO SETEMBRO DE 1996 21 REViSTA DE SEGUROS

DATAVIX

A Datavix apresentara seus sistemas de processamento de documentos baseados em imagem. Estarao sendo expostos urn sistema de arquivamento de documentos em larga escala e uma aplicagao de fluxo de trabalho (Workflow) na emissao de apollces de seguros e na reguiagao de sinistros.

^ AMBERDON SISTEMAS (MGN Informatica)

A Amberdon apresentara o Sistema Policy Plus — uma terramenta de desenvolvimento projetada para oterecer total e ampla solugao a todas as areas do mercado de seguros. Multiples platatormas computacionais e sistemas operacionais host-base % cliente/ servidor. Banco de Dados e Processamento Distributdos.

SLA (Sistemas de Informatica e Automa^ao)

A SIA estard langando a solugao InsureAt?/! um sistema especialista vokado para aceitagao de risco totalmente escrito em Java. Esta aplicagao permite que os corretores conectem-se as seguradoras atraves da Internet. Tambem estara sendo apresentado o software PowerFlow. uma solugao de workflow da Optika Imaging Systems representada no Brasil pela SIA, que tem como tinalidade automatizar e controlar processes de aceitagao de risco e analise de sinistros

^ DEXBRASIL

A DexBrasil e a unica empresa braslleira que oterece solucoes abrangentes para adminislragao de negdcios em todas as areas de seguros. Serao apresentados: COMMSURE, para administracao de Ramos Complementares e Vida Basico; HBMS, para administrprgn de Sesuro-saude: e GIS VIDA E PREVIDENCIA, pa,a administra ao de Previdencia e Vida Universal. ^

^ ENGEVAL

A Engeval Engenharia de Avaliagoes vai expor como trabaiha uma das maiores empresas do ramo, que ha 20 anos presta servlgos de avaliagao para seguro em todo o territdrio nacional e America Latina Sera mostrada a tecnologia de ponta, desenvolvida a ntvel mundial em avaliagoes, pela ernpresa lider na Europa com atuagao em 26 palses de seis continentes, a TROOSTWIJK, associada da Engeval OBS.: A Unisys tambem estara presente no tV StAS.

Dia 27/11/96

PROGRAMA^O

Dia 28/11/96

Dla 29/11/96

9:00t}s

• Recep^ao e credenciamento dos congressistas

14:001(1$ as 14:40tis

• Painel 1

Executive Information System Object Oriented

Geraldo Machado Costa - Objecto Tecnologia

• Painel 2

Solugoes Integradas de Seguros

Francisco M. CamposConsultor

• Painel 3

InsuranceNet -

Aceitagao de Riscos na Internet

Alexandre Saldanha

Marinho - SIA

14:50tjs as 15;30hs

• Painel 4

Tecnologia Cliente/ Servidor

Alvaro NascimentoSistran Consultoria

• Painel 5

Acidentes do Trabalho

- Unisys

• Painel 6

Internet - Um Elo de Eigagao entre Seguradoras, Corretores e Clientes

Alexandre Mele - LDA

Sistemas e Consultoria

I5:40t}s as 16:20l'js

• Painel 7

Orientagao a Objeto no Desenvolvimento de Sistemas Cliente/ Servidor

Eduardo Gongalves Galucio - Objecto Tecnologia

• Painel 8

A Seguradora sem Papel

Carlos Fox - JetForm

• Painel 9

Internet e Intranet na Cia. de Seguros

Manuel Dantas MatosVia Internet

I6:30Ijs as 17:Whs

• Painel 10

Automatizando a Producao de Propostas de Seguros e a Emissao de Apolices: Um Case de Software para Massificagao de Produtos

Roberto BntndaoKraft Computagao Grafica

• Painel 11

Policy Plus - Uma Ferramenta de Seguros

Euiz Octiivio BrasilAmberdon Sistemas

18:00l]s as 19:00tjs

Solenidade de Abertura e Corte da Fita

Inaugural

19:00hs as 21:00tos

Abertura dos Estandes e Ctjquetcl

8:00hs

15:30t]s as I6:20hs

8:001}$

a:

— P-ecepgao e credenciamento dos Congressistas

9:00hs as 10:15hs

• InternacionaJ 1

Ano 2.000 — O Desafio do Milenio

Steven D. BessellieuUnisys

10:45bs as 12:00hs

• Internacional 2

Resseguro Internacional Perspectivas para a America Latina

Federico PerazaSoftware Distributor (Stiiga)

14:001}$ as 14:50hs

• Palestra 1

Otimizagao de Recursos a Tecnologia de Iniagem - Unisys

• Palestra 2

Uerencia de Risco Como as Grandes Empresas Compram Seguro

^oacyr InocenteUelphos

• Debate 1

Seguro de Auto: Contratagao, Prevengao

^ Controle da Fraude

• Palestra 3

Como Agilizar a Decisao e Gestao nas Seguradoras com o Novo FAST EIS e a Tecnologia OLAP

Antonio Jose AugustoExecplan

• Palestra 4

Data Warehouse

Flavio Andrade Bolieiro

- Consist

• Debate 2

O Marketing no Seguro e o Suporte da Tecnologia da Informagao na Operacionalizagao do Produto

17:001}$ as 17:50hs

• Palestra 5 Resseguro Internacional

Juan Pablo Lastoiia Sistran

• Palestra 6 Intranet Comunicagao de Dados na Seguradora luri B. Habib - Delphos

• Debate 3

A Popularizagao do Seguro

19:00hs as 21:00tjs

• Happy Hour

• Recepgao e credenciamento dos congressistas

9:00hs as 10:15hs

• Internacional 3

Seguro de Vida nos EEUU — Perspectivas e Solugoes

Thomas H. KellyLIMRA International

10:451}$ as 12:00hs

• Internacional 4

Tendencias da Industria de Seguros no Mundo

Joseph M. CooperIBM

14:001}$ as 14:501}$

• Palestra 7

Solugao de Seguro de Vida

Dan 1-eSeure - Cincom

• Palestra 8

Como as Seguradoras

Podem Repensar a sua Interface de Comunicagao com o Mercado

PiUilo Bitffmi - Cincom

• Debate 4

O Mito da Globalizagao (Tendencias, Causas e Efeitos)

15:301}$ as 16:20hs

• Palestra 9

Previdencia Privada A Operacionalizagao da Carteira no Novo Mercado Brasileiro

Phillip Adams Sanceau e Roberto Adolfo BirleControlbanc/IBM

• Palestra 10

Globalizagao do Setor e 05 Impactos na Tecnologia

Marcus Cardoso - Ernst 6 Young

• Debate 5

A Contratagao de Resseguro em Mercado Aberto

17:00I}S as 17:501}$

• Palestra 11

Reestruturagao de Processos na Area de Seguro-Saiide

Sergio NobreControlbanc/IBM

• Palestra 12

A Embratel Viabilizando Tecnologia de Informagao

Luiz Fernando Resende - Embratel

• Debate 6

A Competigao no Mercitdo

Desregulamentado

19:00hs as 21:001}s

• Happy Hour

^
CONTINUAMO DOS PRODUTOS DE CADA EXPOSITOR
REVI.STA DE SEGUROS 22
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO DE 1
AGOSTO / SETEMBRO DE 1996 Revista de seguros

Camara estuda re

g

pos dar sequencia a uma serie de audienciaspublicas.em que foram ouvidos os mais amplos setores do Sistema Financeiro — inclusive da area de seguros (leia a Integra do discurso do presidente da Fenaseg, a seguir)—,aComissao Especial do Sistema FInanceiro,constitufda na Camara dos Deputados para regulamentaroArtigo192daConstituigao, prepara-se para a conclusao dos trabalhos, A expectatlva e de que, a partir de outubro, o relator apresente seu parecer Inlcial. "Um dos grandes problemas da Comissao e o paragrafo 3-, do Artigo 192, que limlta a taxa de juros em 12% ao ano", adianta Antonio Mazurek, representanteda Fenaseg em Brasilia.

Segundo ele, uma oas possibilidades e a Comissao propor, atraves de emenda supressiva, a retirada da Constituigao de todo o paragrafo 3-. "Deve haver entendimentos no sentido de considerar esta paragrafo um dispositivo indcuo, afropelado pelas leis de mercado", acredifa o representante da Fenaseg. Se contirmada esta possibilidade, a tramitagao da emenda supressiva devera ocorrer antes da proposta de regula-

ulainenta<^ao Artigo 192 do

"Segiiro e institui^ao financeira"

""Sr. Presidente Gonzaga i/totta, Sr. De putado Sauto Queiroz, Srs. Deputados, meu compantieiro de Federagao, Dr. tidario Petretti, Dr. Leoncio Arruda, Presidente da Fenacor. Em primeiro iugar, e uma satisfagao muito grande estar aqui, tioje, nesta Casa, para fazer atgumas observagoes sobre a regulamentagao do Art. 192.

Sinto-me em casa e a vontade, porque fui Partamentar ha muitos anos. Gostaria de fazer atgumas observagoes. tniciaria fatando sobre a necessidade da regulamentagao do Art:'192. Entendo que esse e um assunto compiexo, porque envoive os bancos, ha o problema da autonomia do Banco Central, da fixagao dosjuros em 12% e uma sdrie de outros problemas. 0setor de seguros e, vamos dizer, mais light, mais teve. Na verdade, nao terfames nenhum grande impasse. Diria a V. Exas. que a necessidade da reguiamentagao do Art. 192 e nao apenas para que o mercado segurador saia fortaiecido ou que OS seguradores passem a ter suas companhias maiores. A industria de seguro e a unica na economia do mundo que tem reser ves de tongo prazo, nem os bancos tem direito a essas reserves.

0 Brasit e um Pats carente de recursos. Nos seguradores, somos, no mundo moderno, desenvotvido, um dos maiores investidores institucionais, porque somos obrigados a fazer reserves de tongo prazo. Quando fazemos seguro de uma pessoa de 25 anos, somos obrigados a fazer uma reserve de peto menus 30 anos. For isso, as seguradores sao as grandes investidoras institucionais nos paises de Primeiro Mundo. Entao. par

PetreUi, da Fenaseg (a esq.), e do presidente da Comissao, reeulamenr - Motta (a dir.), Joao Elisio Ferraz de Campos faz a defesa da gu amenta^ao em separado do Artigo 192.

mentagao do artigo.

Fla ainda uma emenda de autoria do entao deputado Antonio Kandir, hoje Ministro do Planejamento, em tramitagao na Camara, que propoe o desdobramento do Artigo 192, para que cada setor que compoe o Sistema Financeiro

possa ser tratado em lei ordinaria especlfica. "Esta emenda podera servir de instrumento para solucionar o impasse criado pelo Su premo Tribunal Federal, que aponta para a necessldade de se regulamentar o Artigo 192 como um todo", pondera Antonio Mazurek.

Leia,a seguir,a Integra do dis curso feito pelo presidente da Fe naseg, Joao Elisio Ferraz de Cam pos, na Comissao Especial do Sis tema Financeiro, na Camara dos Deputados, no dia 17 de julho, em defesa da regulamentagao em separado do Artigo 192.

que no Brasit nao e assim? Porque a indus tria de seguro e pequena. A uitima reguiamentagao que tivemos foi em 1966, o Decreto-iei n'73. De la para ca, nao houve mais nenhuma reguiamentagao. Entao, se fosse possfvet, deixaria aqui um pedido para que a parte que nos interessa do Art. 192 fosse regutamentada separada dos bancos, porque 0 seguro e instituigao financeira, mas nao e bancaria, ha uma diferenga.

Entao, por que, no Brasit, a industria de seguro e pequena? For uma serie de moti ves. Um dos probiemas e a moeda. Para que

V. Exas. percebam mais ou menus o que estou tentando dizer, em 24 meses de Piano Beat, de um ptano de estabitidade economica, a industria cresceu quase tres vezes. Nao existe nenhum pafs desenvoivido em que a industria de seguro nao seja desenvoivida. Vejam os Estados Unidos, Japao, Sufga, 1ngiaterra ou quaiquer pafs. No Brasit enfrentamos uma serie de probiemas, um dates e a faita de atengao.

V. Exas. sao testemunhas, nesta Casa, de que de todas essas reformas que o Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso esta propondo, so uma reforma no nosso setor teve origem nesta Casa. 0 Deputado Cunha Bueno apresentou uma emenda que ftexibitiza o monopdtio do resseguro. A emen da passou por esta Casa, peto Senado Fede ral e agora sera promutgada no dia 14 de agosto.

Entao, vejam V. Exas., estamos meto como titho sem pat. A regulamentagao do Art. 192, creio, daria um imputso ao setor de seguros, e, conseqilentemente, ao Pafs, por

que as nossas reservas sao aptteadasem imoveis, agdeseem titutos do Governo. Nao existe outra forma a nao ser os fundos de pensao e as segutadoras, que tem recursos de tongo prazo. 0Pats esta carente, necessitando dessas reservas de tongo prazo. Acho que e bastante importante conseguir a regulamenta gao. Diria que nos temos atguns probiemas, atgumas brigas intestinas. Esta aqui o Presi dente da Federagao Nacionai dos Corretores, que faz parte do mercado segurador. Acredito que terfamos condigdes de apresentar d Mesa, ao Sr. Presidente e ao Sr. Beiator, um projeto, uma sugestao de projeto sem gran des divergencias.

Eum apeto que fago aos Srs. Deputados, porque acho que para o Pafs e importante. Pretendi fazer essa expticagao bastante rapida e nao me afongarpara poder responder as indagagdes que os Srs. Deputados queiram fazer. (...)

Agradego mais uma vez esta oportunidade. Cotoco-me inteiramente a disposigao de I/. Exas. para que possamos fazer sugestdes e dar expiicagdes. Acho que o mercado e transparente, que cresceu muito nestes 24 meses, que amadureceu nestes uttimos 30 anos, desde que eu comecei a trabathar em seguro, e que hoje d um mercadoja respeitado. Acredito que e o memento de cotocarmos a industria de seguros do Brasii onde eia merece.

Sr. Presidente, agradego muito esta oportunidade e cotoco-me mteiramente a dispo sigao dos Srs. Deputados."

UMA PARCERIA SEGURA.

A CNIS - Cadastre Nacionai Informatica e Servigos tem desenvoivido, ao longo de 18 anos, uma estreita relagao de trabalho e confianga com as Companhias de Seguro. Uma antiga parceria que se consolida com a Negrini Advogados Associados. Velhos amigos, uma parceria segura.

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NO CONGRESSO
RfVISTA DE SEGUROS
24
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO DE 1996 "IS
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privatizagao esla mudandoaface da princi pal via de escoamento do pais, a Presidente

Dutra, quo liga o Rio de Janeiro a Sao Paulo. Depois de anos de abandono, periodo no qual dividiu com a Regis Bittencourt (a rodovia da morte), que llga Sao Paulo ao Parana, o posto de plor estrada do Pais, a Dutra comega a dar sinais de revitalizagao. Isto foi possivel gragas a investimentos de US$ 114 milhoes, realizados pela NovaDutra,empresa criada pelas construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Correa, que venceram o processo de concorrencia que privatizou sua administragao,

Os sinais de melhora devemse ao ritmo feerico de obras feitas ao longo dos 407 quilometros da rodovia. Segundo o diretor adminislrativo-financeiro da NovaDutra, Fabio Andrade Cor rea, somente com verbas para reequipamento da Policia Rodoviaria Federal foram destinados R$ 280 mil por mes. Este montantesublu para R$470 mil apds 0 Inicio da cobranga do pedagio. emprimeiro deagosto. Esses Investlmentos deverao resultar na dimlnuigao do roubo de cargas na rodovia, que responde por60% da movimentagao de cargas no pais.

Gonstruida no inicio da decada de 50eduplicadaem1967, a Via Dutra acabou sendo "engolida" pelas cidades que a margei-

Privatiza^ao

Dutra deve reduzir roubos de cargas

am, principalmente no Vale do Paraiba (Sao Paulo) e na Baixada Fluminense(Rio de Janeiro). Este fenomeno—conhecido como conurbagao—fezcom que o trafego se torne mais dense e perigoso em varies trecfios.

Para solucionar o problema, a NovaDutra vai construir vias marginais para escoar o chamado "transito local", principalmente nos trechos Sao Paulo-Guarulhos, Jacarei-Sao Jose dos Campos e na Baixada Fluminense, num to tal de 39 quilometros.

Acidentes fatais — Conslderados pontos negros, estes trechos colaboram para engros-

Um dos trechos das obras feitas ao longo dos 407 Km da Via Dutra: sinais das mudangas ocorridas apos a privatiza(jao

sar as estatisticas de acidentes fatais. No periodo margo-junho deste ano foram registrados 3.812 ocorrencias na Dutra, resultando na morte de 162 pessoas e no ferimento de outras 1.061 (ver tabela na pag. 28).

0 numero de vitimas esta abaixo do registrado em igual periodo do ano passado. Contudo, a ocorrencia de acidentes cresceu 25,14%, no periodo, com destaque para o mes de junho onde foram contabilizados 1.022 contra 727 em junho de 1995. 'A melhora do piso acaba aumentando a velocidade media dos veiculos 0 que facilita a ocorI'encia de acidentes", avalia Faf^io Correa. Segundo ele, isto I'eforga a necessidade de consfnjgao de rodovias marginais.

"Estas obras deveriam ter sido feitas ha muito tempo, porque hoje 0 trafego da rodovia se confunde com o transifo urbano, o que acaba gerando mais aciden

tes em que os pedestres sao as maiores vitimas", destaca. Pedagio — A cobranga do pedagio, iniciada em agosto, causou polemica. Por um lado di-

Entrada do 1° pedagio, sentido Sao Paulo-Rio. Guararema(SP)

versos usuarios reconhecem a importancia do sistema para a conservagao da rodovia. Por outro, OS chamados profissionais do volante reclamam do custo da tarifa e da sistematica de co branga, feita em quatro postos e nos dois sentidos (Rio - Sao Paulo / Sao Paulo - Rio). "0 pedagio esta matando a gente", desabafa o caminhonei-

Sinistralidade chega a 80% dos premios

Responsavel por cerca de 60% da movimentagao de car gas no Pais, a Via Dutra tambem exibe numeros impressionantes no tocante ao roubo e furto de carga. As ocorrencias, de acordo com o diretor presi dente da Cooperativa Brasileira dos Transportadores Rodoviarios de Bens, Nelio Boteiho, sao mais IreqUentes na Baixada Flu minense e na Grande Sao Pau lo (Guaruihos e Aruja).

A privatizagao da gestao da rodovia e apontada por espeoialistas do setor de seguros oomo um fator positivo. "Acreditamos que as agues de me lhora da infra-estrutura da Dutra deverao resuttar na redugao da ocorrencia de sinistros", diz o superintendente tecnico da Sul America, Sergio Wilson Ramos dOnior.

IOs numeros sao impres-

sionantes. De acordo com a Superintendencia da Policia Rodoviaria Federal, somente nos 236 quilometros do trecho paulista foram recuperados 37caminhdes entre janeiro e jutho deste ano. Ao longo de 1995, foram 59. A estimativa e de que 0 volume global de ocorrBncias deve ser, pelo menus, 0 dobro do total de vefculos recuperados. A expectativa de queda, de acordo com o diretor da NovaDutra, Fabio An drade Correa. esta associada a recuperagao da capacidade de atuagao da Policia Rodoviaria. "Os recursos para reequipar os postos de fiscalizagao sao importantesnesteaspecto", completa.

Prejufzos — Ramos Ju nior diz, ainda, que o elevado fndice de sinistros. principal mente na carteira de respon-

sabiiidade Civil Facultativa de Despachos de Carga (RCFDC) da prejufzo as empresas. "Na Sut America, por exempio, os gastos com sinistros no segmento transporte de cargas representa cerca de 3% do faturamento com premios", diz.

Por conta disto, a Pamcary Sistemas de Gerenciamento de Riscos desenvolveu um siste ma de rastreamento de vefcu los. Segundo o vice-presidente da empresa. Arthur Santos, este mecanismo permite reduzir as perdas ocorridas principalmente com transportadores autdnomos.

A Pamcary possui um ca dastre com 0 historico profissional de 500 mil caminhoneiros. 0 dispositivo, batizado de Telerisco, e utilizado por 600 empresas. "Pelas nossas esta tisticas, 50% dos sinistros, nos anos 80, davam-se por apro-

priagao indebita de carga, feita i porfatsos caminhoneiros. Atual- ' mente, este percentual caiu para1%>", refata.

Contudo, ete destaca que 0 fndice de sinistralidade no transporte de cargas chega a 80% dos premios pages. As empresas conveniadas a Pam cary tambem dispdem de um mecanismo que permite rastrear, via satelite, a trajetoria dos caminhoes.

Para o superintendente tec nico comercial da Itau Segu ros, Luis Carlos dos Santos, a carteira de transporte requer um gerenciamento especial por parte das companhias. Isto, segun do ele, deve-se ao fato de o risco de perda por acidente ser administravel. "0 que prejudica a rentabilidade das compa nhias sao OS sinistros por roubo ou furto de cargas", diz. J

TRANSITO
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Automovel e Utilitarios Comercial por eixo Motocicleta RS 2,86 RS 2,86 RS 1,43
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO DE 1996 ^CLHo / agosto / SETEMBRO DE 1996 27 REVISTA DE SEGUROS

ro Genivaldo Francisco dos San tos, 36 anos. Com 10 anos de estrada, eie trafega pela Dutra duas vezes por mes, desembolsando R$ 45,76 em cada trajeto.

Apesar disto, els reconhece que as meihorias ajudam a diminuir o desgaste de seu Instrumento de trabalho. "Nao posso deixar de destacar que as benfeitorias ja melhoraram em 90% as condigoes da estrada", lembrou.

0 mineiro Jose Bernardo da Silva Filho, 50 anos, que utilize a estrada duas vezes por semana, faz coro com Genivaldo. "0 que eu acho errado e termos que pagar nos dois sentidos ao contrarlo do que ocorre nas rodovlas estaduais paullstas", protesta.

"As obras estao causando retengao em varies trectios", quei- | xa-se Antonio Lucio, 40 anos, ha cinco anos trabalhando como ! caminhoneiro autdnomo.

A cobranga do pedagio tam- | bem e polemica entre os usuari- [ OS nao-profisslonais. A tarlfa dos carros de passelo esta fixada em R$ 2,86, mas nem por isto e con-| siderada menos salgada. A ad- ' vogada paulistana Ana Cristina DIas, 27 anos — que utilize a rodovia eventualmente — destaca que a cobranga nos dois sen tidos e care. Ao passar pela Du tra no die 20 de agosto ela disse que as meihorias mais vislveis foram no piso. "A sinalizagao nao apresenta grandes mudangas", opine.

Para ela, a cobranga do pe dagio, assim como qualquer imposto ou taxa, deve ester vinculada a benfeltorlas. "Tenho consclencia da importancia do peda gio. Entretanto, o cidadao brasileiro ja page muitos impostos neste Pals e nem sempre tem o retorno adequado", avalia.

Investimentos — 0 dire-

tor da NovaDutra diz que a co branga do pedagio ocorreu dentro do prazo previsto no contrato de concessao. E cite, em numeros, o volume de benfeltorlas ja reallzadas: pavlmentagao de 142 quilometros de piste; capina e roga de 800 hectares de mates; limpeza e recuperagao de 304 pontes, viadutos e passarelas; substituigao e implantagao de 35 mil metros de barrelras rfgldas de concrete; execugao de 36 pontos de terraplanagem, entre outros.

Do total investido na primeira fase, R$ 56 miIhoes foram destlnados as obras, R$ 32 mllhoes a compra e instalagao de equlpamentos e os R$ 26 mllhoes restanfes a operaclonalizagao da ro dovia. Ate 0 final desta decade, as obras consumlrao R$ 469 mllhoes, enquanto o gasto com equipamenfosatlngiraR$ 54 mllhoes. Neste pacote, Incluemse a implantagao de uma rede de comunicagao digital (via fibre dtica), paineis de mensagens, circuito fechado de televisao, sensores metereoIdgicos e instalagao de 826 call box (telefones de emergencia).

Atualmente, os motorisfas ja contam com 11 bases de apoio (SOS Usuario) equipadas com 21 forgoes de inspegao de trafego, 25 guinchos, 11 ambulancias e 11 viaturas de resgafe, inclufdas af a frota dos Anjos

REVISTA DE SEGUROS -r.r
M& 1995 1996 Acidentes Feridos Mortos Acidentes Feridos Moitos Mar^o 744 277 49 908 266 41 AbriJ 730 265 52 906 228 41 Maio 845 335 53 976 260 36 Junho 727 201 44 1022 307 44 Total 3046 1078 198 3812 1061 162
Ana Cristina Dias:"Tenho consciencia da importancia do pedagio"
Acidentes
(comparativo 1995/1996)
Santos reclama: "este pedagio esta matando a gente" do Asfalto.
28 1 Vr .it. , ^
"1 A'.
O mt u JULHO / AGOSTO / SETEMBRO DE 1996 r E S T A U R A N t e Rua Senador Dantas, Z4 - 17° and. - Tel.: 220.9597/533.1098/532.6121
Por Rosenildo Ferreira
Em nenhum outro restaurante do Centr comida desce tao bem.
Palavra
do nosso ascensorista

Bradesco faz festa para resgatar imagem da cidade

j ma grande festa de confraternizagao para meItiorar a imagem do Rio de Janeiro e recuperar um pouco do tftuio de "Cidade Maravilfiosa", perdido com o crescimento da violencia. Assim 0 membro do Conselho Administrativo da Bradesco Seguros, Carlos Frederico Lopes da Motta, define o "Natal Brasileiro", projeto patrocinado pelo Banco e Seguradora Bradesco e idealizado pela agencia da seguradora, Artplan Publicidade. De 22 de novembro a '6 de Janeiro, o carioca podera contemplar na Lagoa (zona sul da cidade) uraa decoragao majestosa,como pede uma grande festa de Natal.

Uma arvore de Natal multicolorida e com efeitos especiais controlados por computador vai ser colocada no meio da Lagoa Rodrigo de Freitas, Com 56 metros de altura — o que corresponde a um predio de 20 andares — e 17 metros de diametro, a arvore vai ficar sobre um flutuador, com estrutura de ferro e cabos de ago. Seis miIhoes de micro-lampadas estarao acessas para ilumina-la e

tambbm as 360 arvores que fazem parte da paisagem da La goa.0 toque da tecnologia cinematografica fica por conta do logotipo da empresa que faz parte da decoragao, mas so podera ser visto por bculos de terceifa dimensdo, que serao distribufdos & populagao por meninas vestidas de Mamae Noel.

promover uma grande festa de confraternizagao para o povo carioca"

Presengas — A solenidade de abertura do projeto, prevista para o dia 22 de novem bro, deve contar com a presenga do Ministro da Cultura, Fran cisco Weffort, 0 governador do Rio de Janeiro, Marcello Alencar, e o prefeito Cesar Maia, entre outras autoridades. A apresentagao da Orquestra Sinfonica Bra-

sileira e do Coral do Teatro Mu nicipal — este ainda nao confirmado—marcara o infcio da festa, que tera tambem queima de fogos. A inauguragao coincide com a visita do presidente do Comite Olfmpico Internacional, Juan Antonio Samaranch, que vem conhecer as condigoes oferecidas pela cidade candidate a sediar as Olimpfadas de 2004. "Nds nao idealizamos esta festa visando a Rio 2004, mas sabemos que isso pode ajudar", afirma Carlos Motta.

A Prefeitura por sua vez abragou 0 projeto e dara apoio tecnico e institucional. atraves da Rioluz, Cet-Rio, Guarda Munici pal e Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalizagao. "A Pre feitura nao vai desembolsar um centavo nessa festa", afirma Motta, referindo-se a polemica que causou a festa do ultimo Reveillon promovida pela Prefeitura. 0 pro jeto custara R$ 3 milhoes, entre despesas com montagem, divulgagao e publicidade.

Mas a festa nao para por al. Um torneio de corais esta sendo organizado a, durante o tempo que durar o evento, se apresen-

tarao em um paico montado pro ximo a Lagoa. 0 torneio sera aberto a c.orais do Brasil inteiro. Ao final, ainda sem data marcada, um juri composto pelo jornalista Pericles de Barros, de 0 Globo; maestro Marcos Leite, do flrupo Garganta Profunda, e o barltono Paulo Fortes, entre outros, vai escolher os vencedores que gravarao um Compact Disc com a musica tema do pro jeto Natal Brasileiro, composta pelo maestro Wagner Tizo e com letra do compositor Ro naldo Basios. A musica tam bem sera triiha do filme insbtucional de 30 segundos com a mensagem de Natal Que sera veiculada nas Phncipais emissoras de TV do pafs.

Marketing Cuitu—Com esta iniciativa, a Bradesco Geguros, que semP^e teve seu nome pssociado ao esPcte, comega a cxplorar tambem cm novo filao: a cultura. "Este e um Pi'Djeto que envolve Natal, mu®'ca, cultura. Pode-se dizer que ® 0 primeiro de uma serie de P^ojetos culturais que pretende- ' ^os patrocinar", afirma Maria : Fernanda Jorge, superintenden- |c be marketing e comunicagao.

Tsta e uma tendencia que vem Crescendo cada vez mais entre cc empresas. As leis federais e cctaduais de incentive a cultura, bue geram vantagens fiscais, urnam este tipo de investimento c^uito mais atraente. Outro dado 'ciportante, e comprovado por Pcsquisas, e que o patrocfnio de )[Pntos culturais traz a perma. ®ucia da imagem da empresa jPPto ao publico. Para o prbxiP ppo, OS projetos culturais ain-

da estao sendo guardados a sete chaves. "Certamente vamos investir em cultura tambem. Temos varies projetos sendo analisados, mas ainda nao podemos adiantar nada, acrescenta Maria Fernanda.

Para uma empresa que teve lucre Ifquido de R$ 202,7 mi lhoes apenas no primeiro semestre do ano, o marketing e utilizado como ferramenta vital. A ideia e estar sempre antenado as ne- | cessidades do consumidor. "0 seguro e prestagao de servigo, visa 0 consumidor, e nds temos que estar sempre d frente de seus

dades desse novo consumidor que surgiu no mercado com 0 sucateamento da rede publica de saude e 0 impulso de consumo proporcionado pelo Piano Real. "A ideia e ter um bom piano, que atenda bem ao nosso associado e que seja em torno de 40% mais barato do que um seguro-saude medio", explica Maria Fernan da. Tanto investimento em saude tambem pode ser explicado pelo crescimento dacarteira, que passou de 32,1% de participagao, em 95, para 38,8%, no pri meiro semestre de 96.

Seis milhoes de micro-lampadas vao

Uuminar a arvore de 56 metros de altura

anseios para induzf-lo a comprar", afirma a superintendente de marketing e comunicagao. Um exempio disso e o piano de medicina de grupo direcionado a classe C/D que a seguradora pretende langar no infcio do ano que vem. A agencia Salles DMB&B estd fazendo uma pesquisa para detectar as necessi-

Parceria — Mas, mais do que langar novos produtos, a estrategia e dar folego aos produ tos "antigos", atraves de pequenos diferencias. 0 seguro-saude Bradesco ganhou o Saude Drogasmil, uma parceria com esta rede de drogarias que oferece, sem nenhum onus aos associados, desconto de 30% em cerca de 1 mil medicamentos vendidos nas 31 lojas da rede. Langado apenas no Rio de Janeiro, o convenio vai se estender a todo Brasil. "0 convenio foi um sucesso, em menos de um mes de langamento seis mil segurados ja utilizaram o novo servigo". A carteira de AutomPveis foi incorporado o Auto Premiavel, um servigo de auto 24 horas que da premios aos segurados e ao corretor. Valorizar o corretor e outra estrategia que vem sendo utilizada pelo marketing para incrementar as vendas dos produ tos da seguradora. "0 corretor e 0 nosso primeiro consumidor e todos OS novos produtos sao apresentados a ele", conclui Maria Fernanda mostrando que marke ting tambem se faz com parceria.

Por Valeria Machado

PfATvGO r/vJbexA-^ <30 MARKETING
REVfSTA DE SEGUROS
Carlos Motta: "Queremos
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revistade seguros

APELO A MOBILIZA^AO

Evento vai mobilizar US$ 4 bilhoes em investimentos

cidade do Rio de Ja neiro esta na luta para sediar as primeiras Olimpiadas do Secuio XXI. Alem dos expressivos valores que o evento exige, sua realizagao e o maior canal de divulgagao internacional para a cidade e 0 pats onde se realiza. Sao US$ 4 bilhoes de investi mentos jd definidos que poderao ser triplicados em termos de faturamento.

Para sensibilizar o Comite Olfmpico Internacional (COI)foi criado o Comite RIO 2004, sob 0 comando do embaixador Ronaldo Cezar Coelho, que tera a incumbencia de executar grandes projetos como os seis cen tres olimpicos que receberao atletas de todo o mundo, localizados na liha do Fundao, Centro, Copacabana, Barra da Tijuca, Vila Militar e Gloria-Botafogo.

Apesar do sucesso com a realizagao da Eco-92, que contou com a presenga 110 Chefes de Estado, o Rio de Janeiro tem problemas serios que terao de ser eqOacionados nos proximos oitoanos.Asegurangabumdeles —■ razSo pela qual a presenga

do mercado segurador sera de grande importancia para a garantia do evento. 0 setor aguarda maiores possibilidades de definigao do Rio como sede das Olimpiadas do Ano 2004, mas algumas seguradoras ja deram partida — como a Icatu Hartford e a Golden Gross, que esperam atuar decididamente nos multiplos tipos de seguros que po- dem ser contratados. Atinal ja existem acertados US$ 1,7'biIhao, e US$ 793 milhoes so de

significara tun impulso fantastico para o esporte brasileiro"

direitos para transmissao pela televisao.

Efeito multiplicador 0 presidente do Comite Olfmpi co Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, garante que a realiza gao dos Jogos de 2004 no Rio de Janeiro "significara urn im pulso fantastico para o esporte brasileiro". A exempio do que ocorreu recentemente na Coreia do Sul e na Espanha, destaca que, de imediato, milhares de jovens voltariam-se para o esporte com

"E fiindamental a grande participa9ao da popula^ao no processo de defesa da candidatura, de mode a gerar uma verdadeira mobiliza^ao nacional". O apelo e do presi dente do Comite RIO 2004, Ronaldo Cezar Coelho, responsavel pela ardua tarefa de colocar a cidade do Rio de Janeiro como a sede da primeira Olimpiada do Seculo XXI.

Q Qualaimporlancia, nacionale inlemacional, da Olimpiada 2004 para a cidade do Rio de Janeiro?

Carioca, empresario da area financeira, deputado federal e ex-secretario da Indus tria, Comercio e Turismo do Estado do Rio de Janeiro, de onde saiu para comandar o Comite, na qualidade de embaixador, Ronaldo Cezar Coelho relata a Revista de Secures o que representara para o Brasil a Olimpiada de 2004.

a perspective de disputar as Olim piadas em seu pals. "Esses jo vens, certamente, ganhariam o apoio de orgaos publicos, empresas e patrocinadores que ja estariam envolvidos na organizagao dos Jogos Olimpicos".

Para ele, "o efeito multipli cador traz quantidade o que, por si so, ja seria beneflcio para o pals pela importancia do esporte na formagao dos jovens — e da quantidade nasce a qualidade".

Lembra que a Coreia do Sul e hoje, oito.anos apbs os Jogos de Seul, uma potencia ollmpica, que saiu de Atlanta com 27 medalhas.

"E a Espanha tornou-se uma forga em muitos esportes", lembra.

As instalagoes esportivas, construldas e recuperadas para OS Jogos Olimpicos, segundo o presidente do COB, transformariam o Rio e o'pals em excelentes sedes para qualquer competigao internacional. "Alem desses beneflcios esportivos que se refletirao em todo o Brasil, o Rio tera beneflcios imensos em todas as areas — social, economica, polltica e de infra-estrutura — se vier a sediar os Jogos Olimpicos", avalia Nuzman.

ROC — A realizagao dos Jogos

Olimpicostem importancia estrategica no desenvoivimento da ci dade e do pals, pois significa ligar urn poderoso motor para o progresso economico e social, com mlevantes reflexes imediatos nos setores de educagao, esporte e saude, alem de gigantescos inves timentos em infra-estrutura. Com investimentos de cerca de US$ 4 bilhoes, o conjunto de obras para a cidade e o fluxo de turismo em consequencia das Olimpiadas, o Rio de Janeiro e o Brasil passam aser um dos maio res destines turlsticos no mundo.

Conquistar as Olimpiadas 2004, primeiras do Seculo XXI, rePresentam tambem uma homenagem a todo um piano de estabilizagao da moeda brasileira, de retomada do desenvoivimento e a nova polltica externa brasileira. ^ale reforgar tambem a projegao ba imagem dacidade—cerca de tres bilhoes de pessoas no munbo estarao acompanhando todas imagens atraves dastelevisoes ® da Imprensa.

Que beneflcios diretos e indlcetossuarealizagao trara?

RCC —Os Jogos Olimpicos geram profundas transformagoes nascidadesescolhidas,possibilitando, de forma concreta, a meIhoria da qualidade de vida da populagSo. Desde Barcelona (1992), 0 Comite Olfmpico Internacional (COI) vem utilizando o evento como forma de revitalizar as cidades que os sediam. Por- tanto, para0 Rio deJaneirosigni ficaapossibilidadedegrandesinvestimentos em infra-estrutura urbana.naosbesportivaedelazer, comotambbmviaria.Duranteoito anos,pelomenos,emfungaodas obras, havera estlmulo ^ geragao de empregos para cerca de 100 mil pessoas.Alemdeincentivara

industria e o comercio.

□ Comoestaluncionandoacoordenagao do Comite RIQ2004?

RCC —0 Comite RIO 2004, primeiramente desenvolveu o trabaIho de elaboragao do dossie de candidatura, com580 paginas, entregue em Lausanne, Suiga, no dia 15 deagosto ultimo. No documento, 0 Rio declara suas condigoes para abrigar as Olimpiadas e expoetodo 0 projeto. Essa etapa tecnica se complementa com a visita S cidade de uma comissao de avaliagao do COLentre osdias 21 e 25 de novembro proximo. A outra etapa importante nesse projeto d o damobilizagao dasociedade.Nds

precisamos empolgar e emocionar o pals. E fundamental a gran de participagao da populagao no

processo de defesa da candidatura, de modo a gerarverdadeira mobilizagao nacional. Para atingir esse objetivo o Comite esta iniciando uma serie de campanhas e eventos que permitam a participagao popular.

□ Quals OSgrandes numeros do projeto (volumedeInvestimen tos, obras de engenharia, emprego de pessoal, Infra-estru tura, sistema de comunlcagao etc.) e 0 queja existe deflnldo sobrerecursosaseremapllcados?

RCC — Caso a cidade do Rio de Janeiro seja escolhidacomo sede dos Jogos Olimpicos de 2004, OS beneflcios serao incalculaveis. Sao mais de 100 grandes obras, que vao desde a despoluigao da Bala da Guanabara a uma refor ms substancial no Estadio do Maracana. Para isto, estao previstos investimentos em torno de US$4 bilhoes, que irao revolucionar o sistema de transportes, a infra-estrutura esportiva, o turis mo e o lazer. Por exempio: na area de saude os investimentos somarao US$ 57,1 milhoes para complementar a estrulura atual, de modoabeneficiar maisde um milhao de pessoas. Um dos pro jetos prevearecuperagao do Hos pital Universitario Clementino

RIQ BEjekI OLIMPIADAS 'iv
REVISTA DE SEGUROS
Carlos Arthur Nuzman: "Rio 2004
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Fraga, na liha do Fundao, cujas obras estao orgadas em R$ 26 milhoes para os proximos oito anos,alemd8R$8miihoesdestinados a compra de equipamentos. A organizagao da infra-estrutura esportiva custara cerca de US$ 1,7 bilhao, com recursos da iniciativa privada, mais de 70% do exterior, venda de direitos para televisao, participagao na receita dos patrocmios internacionais, venda de licenciamento etc, A transmissao pela televisao ja foi vendida por US$ 793 milhoes.

□ 0querepresentaraa Olimpfadaespecificamenleparaaeconomia do Rio?

RCC — Com a melhoria da qualidade de vida que ocorrera no Rio - quesito importante na decisao da escoiha do local de uma fabrica ou empresa - se espera que a cidade passe a ser mais procurada para abrigar os mais diversos investimentos. Todos OS setores da economia se beneficiarao.

□ Evento de tat ports implica grandes riscos. Como os organizadores resolvem esse probiema?

RCC — 0 Rio tem larga experiencia na organizagao de grandes eventos, Basta lembrar que em 1992 acidade recebeu 110 Che- fes de Estado na Eco 92, encontromundialpromovidopelaONU para discutir0tuturo do planeta, alem de todo ano realizar, nas areias de Copacabana, 0 reveillon dos mais concorridos do mundo, reunindo mais de urn milhao de pessoas em perfeita harmonia. E,ainda,ocarnaval,quecongrega tambem grandes massas, anualmente, sem registro de incidentes significativos, Por Randolpho de Souza

0 sucesso dos Jogos Oh'mpicos atuais ou de qualquer outro grande evento esportivo. como campeonato mundial de futeboJ, depends da sua seguranga e dos meiosdecomunicagao. Tao importante como ter garantida a transmissao por televisaopara qualquer parts do mundo, a garantia da realizagao do evento, emtodasaspro ves com horario e

MERCOSEGUROS

Comite Brasileiro colhe experiencias na Uniao Europeia

Projeto de localiza9ao dos Centres Ob'mpicos na cidade presenga dos atletas inscritos, e o ponto funda mental dos Jogos modernos.

Aperspectivapara o mercado seguradorbrasilelroedasmaiores, principalmenteaposapreselegaoparaacandidaturadoRiodeJaneiropara sededas Olimpfadas2004. Variesseguradorasja estao se movimentando nessesentido, masdues, porexperiencias em Jogos anteriores, ja deram partida concreta: Golden Cross e Icatu Hartford.

A Seguradora Golden Cross esta colocando em execugao uma estrategia contendo uma serie de projetos que envolvem os Jogos Oltmpicos em geral. Sergio Azevedo, diretor de marketing daempresa, informouqueseramantidaaparceriacom o COBestabelecidadesdeaconvocagao dosatletasparaas OlimpfadasdeAtlanta, quando a Golden desembolsou R$ 1 milhao com marketing, exames egarantia deassistencia medico-hospitalarpara os466Integrantes da delegagao brasileira, queainda estao cobertos ate31 de dezembroproximo. A empresa, que vemamplandosuaatuagaonoramodesaude,partepara 0 concetto dequeesportee vIda. "Parapratica106precisoestarnaplenitudedasaudeeaGolden quer que as pessoas, entre etas os atletas te-

nham uma vida saudavel".

Experiencia — A Icatu Hartford Seguros e outra que esta estudando formas deapoio ao COB para a realizagao da Rio 2004. Carlos Trindade, vice-presidente executivo da empresa, tambem ressalta a historicaparticipagao em even tos esportivos, sempre apoiadapelo sou controlador, Antonio Carlos de Almeida Braga. Ele lembra, por exempio, que has Olimpfadas de Atlanta a seguradora fezcobertura de seguro de vida por acidente no valor de R$ 200 mil e outro de despesas medico-hospitalar de R$ 40 mil para 356 integrantes da delegagao brasilei ra. A cobertura inclufa desde a convocagao ate a desconvocagao do atleta, o que permitiu a famflia do mesa-tenista Claudio Kano receber o seguro pela sua morte ocorrida aInda no Brasll.

A Brasll Seguros tambem esta aguardando a deflnigao do Rio como sede para as Olimpf adas 2004. Eta podera contar com a experiencia da sua associada francesa AGE, que tem histbrica participagao em eventos oh'mpicos, como OS Jogos de Inverno, a exempio do que ocorreu na regiao de Albertvllle e Savoie, aos pes dos Alpes franceses.

ma delegagao formada por membros do Co mite Brasileiro do Mercoseguros — Miguel Junqueira Pereira, Nilton Alberto Ribeiro, Ricardo Bechara Santos e Joao Fernando Moura Viana — visitou varias companhias se guradoras e entidades represen tatives do setor na Espanha e Portugal, em junho passado, para colher informagoes sobre os caminhos percorridos pela industria de seguros da regiao, com a formagao da Uniao Europdia. 0 objetivo e tentar reduzir o tempo de assimilagao das etapas do Mercoseguros, com base na ex periencia acumulada por aqueles Pafses.

A ligao numero um: a livre Prestagao deservigos, caracterizada pelafaculdade de umasegura dora poder operar em outro pais, aem a obrigatoriedade de Id estadelecersucursal ou buscarparce- das, e um processo muito lento.

"Kl r- i^a Europa, foram necessarios 20 300S paraquea livre prestagao de ^®rvigos fosse assimilada", comPora Miguel Junqueira.

Germe da integragao ^ dase legal do processo de in

tegragao do mercado comum europeu e ditada por diretlvas as primeiras comegaram a ser eiatioradas na decada de 70, embora o germe da integragao tenha surgido nos ands 50. Elas referem-se aos passos iniciais da integragao: permitem a livre instalagao de sucursais e subsidiarias de seguradoras com sede social em qualquer pais da comunidade, independente da origem do capital e dos tipos de constituigao e formas jurfdicas. Um de seus aspectos mais importantes e a incompatibilidade entre os seguros vida e nao vida, corn proibigao de constituigao de empresas que operem nos dois grandes ramos.

Somente no final da decada passada, em 1988, foram estabelecidas as segundas diretlvas, que tratam da chamada livre presta gao de servigos em todo o territorio da comunidade economica europeia. Na pratica, as empre sas tiveram autorizagao para atuar em todos os pafses, sem que fosse necessaria a instalagao de uma sucursal. Nesta fase, foram ampliadas tambOm as possibilidades de contratos de cessao de

Na Europa, foram necessarios 20 anos para que a livre prestagao de servigos fosse assimilada

carteiras e introduzidas normas relativas Os moedas permitidas nos compromissos assumidos pelo segurador. Nos grandes ris cos foram admitidas previsoes contratuais da legislagao de qual quer pais comunitOrio escolhido, mas OS seguros de massa passaram a ser regidos pela legislagao do local de risco.

Maiorequilibrio—Asterceiras diretlvas, implementadas jO na decada de 90, tiveram o objeti vo de proporcionar maior equllfbrio entre a liberdade dos segura doras em operar no mercado unico e 0 adequado nivel de protegao aosconsumidores. 0 aspecto mais impactante desta etapa 0 o reconhecimento mutuo das diferentes legislagoes nacionais—naexpe riencia dos paises-membros do Mercosul, este tem sido um dos maiores entraves.

Esta terceira fase do proces so de integragao do mercado se gurador da Europa admite que as sociedades sejam firmadas sob todas as formas jurfdicas aceitas na legislagao de cada pafs-membro. "A organizagao que encontramos no mercado de seguros destes pafses ultrapassou todas as expectativas que alimentavamos", conta Junqueira. "Comegamos a manter alguns entendimentos com vistas a aumentar ainda mais a contribuigao daquele mercado para a operagao do Mercoseguros. E possfvel que algu'ns especialistas espanhois e Portugueses venham ao Brasll proferir palestras", acrescenta.

Outros aspectos que cfiamaram a atengao dos visitantes brasileiros: as empresas tem liber dade para aplicar suas reserves em qualquer pafs, independente do local da sede, localizagao do risco ou contratagao do seguro; inexiste a obrigatoriedade da fi gure do corretor na contratagao de qualquer seguro; tia liberdade de utilizagao de moedas nos contratos; e os sistemas de crdditos preferenciais sao diferentes de pafs para pafs.

REVfSTADE SEGUROS
O mercado se prepara para garantir a realiza(jao do evento
21km NdAo\j VILa miutafT MARAC^NA OLdRtA-DQTAFOGQ LAGOA BAR^A£ATtJUCA "a®
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SEOURO X APOSENTADORIA

A HOKA E A WET DA TERCEIRA IDADE

Quem acredita na maxima ''a vida come^a aos 40 anos , e investe nesse mercado, esta descobrmdo um filao que parece inesgotavel a medio prazo. Embora ainda nao haia estatfsticas oficiais — a revoliigdo dos velhos e recente — a participa9ao de pessoas da terceira idade no bolo da economia brasileira esta em plena ebiili9ao. A procura crescente por bens e services criados especialmente para eles esta levando ao surgimento de uma indiistria que movimenta bilboes a cada ano, nos setores de confec9ao, cosmeticos, turismo e services Esta

Tervl' r" O envelhecmento da popula9ao brasileira.

0eacordocomdadosdo

IBGE(Institute Brasileira de Geogralia e Estatlstica), ha 40 anos a expeciativa media de vida do brasileiro era de 65 anos. Em 1991, data do ultimo censo, a expectativa de vida aumentou para 78 anos. Com a queda da taxa de natalidade, a partir da decada de 80,0 pals tem hoje quase 8% da populagao formados por velhos — algoem torno de12milhoes de pessoas.

Culto ao corpo~0 bancdrio aposentado, Walter Vicen te Savino, 77 anos, e um exem-

plodessanova populagao. Com uma aposentadoria mensal de R$ 3,5 mil, ele se da ao luxo de aproveitar a vida da maneira que julga melhor:acorda as4:00hs,caminha, e faz musculagao, alongamento, sauna seca e a vapor em uma academia. Ele termina sua sessao de culto ao corpo as 11:30hs, com uma aula de hidroginastica."Quando me aposentei, decidi fazer um curso de segurosna Funensegetrabalhar como corretor. Mas desisti, achei Que estava na hora de curtir a vida". Ele jd fez curso de teatro com a atriz, escritora e professo-

O curso de informatica do Museu da Republica, criado especialmente para a terceira idade: 500 pessoas na fila de espera

ra Maria Clara,Machado, participou de comerciais e de programas pollticos. Mas vlajar e, hoje, sua primeira opgao de programa. "Ja conheci a Europa, Ar gentina e Estados Unidos. Ago ra, vou conhecera Disneyworld", planeja.

Cuidar do corpo e uma tendencia cada vez mais crescente entre as pessoas da terceira ida de.0 hobby de Maria de Lourdes

Pereira de Sousa,75 anos, donade-casa, e caminhar na praia da Barra da Tijuca (Zona Oeste do Rio), onde mora. "Adoro cami nhar. Fiz ginastica aerobica por

15 anos e ganhei um trofeu de Honra ao Merito. Mas five que parar.O corpo nao consegue mais acompanhar os movimentos", . confidencia. Outra adepta da ca: minhadaeFatimaFerreiraTendrio, 62anos,ex-funcionariapublica, aposentada ha seis meses. "Nao queroenvelhecernamolezaenem • ficar com reumatismo", diz.

Ondas da informatica 0 Museu da Republica, no Catete (zona sul)entrou na moda da terceira idade e criou um curso de informatica so para idosos.Funcionando ha 18 meses, 0 curso jaformou mais de 300 idosose

outros 500 engrossam a lista de espera, dispostos a desembolsar R$ 120,00, para navegarms ondas da informatica. "Ja trabaIhei com computador, mas queto saber manejar bem, Quem sabe oao faco trabalhos de digitagao?

Ainda sou nova", brinca Fatima Tenorio.

As duas fazem core sobre o oomportamento discriminatdrio dos jovens em relagao aos mais velhos. Costumam,inclusive, pre'erir programas com pessoas da oiesma idade para evitar cons'rangimentos."Os programas com pessoas da mesma idade sao oielhores. Ficacomplicadomesclar Publicos com interesses tao dis''ntos",diz Fatima. "Acho dtimo 'odos OS servigos oferecidos para 0 publico da terceira idade, mas echo que o trabalho de conscieotizagao deve comegar dentro de famflia. Muitas pessoas ficam elienadas porque nao tem opor'dnidade de atualizagao", questiPP3 Lourdes.

Cursos e projetos — Para eiudar a minimizar esses conflljos de geragoes, ha quatro anos 'oi desenvolvido um projeto de e'^tensao do Departamento de ^ervigo Social da Universidade ^ema Filho, no Rio de Janeiro, e ^dada a Universidade Aberta d ®''oeira Idade (Unat). A princidel proposta da Unat e buscar o ^Pdillbrio entre ocorpoeamante. A cabega da pessoa pode ser ®onpre estimulada, mas existem

Quando o assunto e seguro, todos tem a mesma opiniao: e um produto cam, comparado a realidade da remuneragao bra sileira na aposentadoria. "0saiario do aposentado nao conse gue acompanhar os aumentos de prego do seguro de vida, por exempio. Quanto mais veiho a genie fica, mais earn e o segu ro. So mantenho o meuporgue preciso resguardar minha fiiha numaemergencia", reciama Fa tima Tenorio. 0 bancario apo sentado Waiter Savino pagava um seguro de vida e possui'a outro peio banco em que traba-

aslimltagoesdocorpo. Econseguiresseequilibrioediflcil ,explica Leny Bravo, coordenadora do projeto.

A programagao das aulas e feita diariamente, de acordo com ointeresse dasalunas. "Ojulgamento dos acusados peio assassinato da atriz Daniela Perez, por exempio, despertou interesse. Gonvidamos um criminalista para dar aula naquele dia". 0 curso nao e so para idosos, pode ser feito por qualquer pessoa que se interesse pela questao. Tenho uma aluna de 20 anos, que faz companhia paraa mae", diz.

0 publico do curso da Unat e composto por uma maioria expressiva de mulheres. Para cada trintaalunas, ha um sdhomem. "Muitas ainda se ocupam apenas da casa e da criagao dos fiihos. Quando eles crescem,acabam suas fungoes. Aqui, elas aprendem sobre Economia, Nutrigao e Direito, tem aula de ioga e biodanga e se mantem atualizadas com o mundo", conclui Leny Bravo. Por Patricia Stanzione

ihava. Deixou de pagar o parti cular por causa do prego.

Na avaiiagao do Presidente da Comissao de Seguro de Pessoa da Fenaseg, Oswaido Piacites, a taxa do seguro de Vida para esta faixa etaria e aita devido ao risco de sinistro. Fie entende que esta nao e a me lhorepoca da vida de uma pes soa parasefazerseguroja que, peio menos teoricamente, na veihice a vidaja esta estabeiecida, OS fiihos formados e casa prdpria quitada. "As pessoas tem que entenderque a meihor hora de se fazer um seguro e

quando sao maisjovens, por que nesta epoca a sua faita, no sentido financeiro, sera mais sentida. 0risco nao e inerente a idade e sima necessidade".

Mesmo com todas essas reciamagdes, a carteira de se guro de Vida cresceu cerca de 60% no ano passado. Oswaido Piacites orienta aspessoas tambem no sentido de observer se as condigdes de reajuste mudam de acordo com a idade. "Aigunsgrupos tem o valorprefixado. Outros cobram um va loraos30anos, outro aos40, e assim sucessivamente".

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•"11 ''•uT-V
REVISTA DE SEGUROS
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO DE 1996
55
"Quando me aposentei fiz um curso na Funenseg. Mas desisti, achei que estava na hora de aproveitar a vida
Walter Savino
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T6cnicos
AGOSTO / SETEMBRO DE 1996 37 REVISTA DE SEGUROS

CONDOMINIOS

Segu]ro condommio: um leque de muitas op^oes

or muito tempo,seguro decondomfniofoitradu! zidoapenascomosinonimo para cobertura de riscodeincendioem predios. Somente a partir dos ultimos cinco anos,0 mercado comepou a abrir o leque de opgoescom relagaoao produto, a despeito de a obrigatoriedade legal deste seguro existir ha quase 20anos(decreto-lei 73/66e decreto 6.1867/67), mas apenas com relagao a destruigao por incendio.A abrangencia agora vai do logo aoalagamento,passando por acidentes — como o(echamento de urna porta automatica de garagern sobre um carro—eate prejuf-

zoscausadosportumultos.

Eissomesmo:tumulto.Pou: cagentesabe, mas ha muitas carteiras de seguro-condominio que oferecem ressarcimento por danos causados ao patrimonio do predio por uma confusao qualquer generalizada na rua: invasao, pisoteamento dojardim,derrubada da gra de,danificagao de bens. Mas a ampliagao da cobertura trouxe tambem 0 aumento de contratempos, tanto para condominos quanto para administradores—agrandemaioriacausada por desinformagao ou : laltadeorientagaoadequada

Seguro ideal - Alinal, qual 0seguro ideal para cada edi-

ftcio residencial? Na Barra da Ti juca(Zona Oeste do Rio de Janei ro), OS conjuntos de predios se muitipiicaram de tai maneira que foi criada a Camara Comunitaria da Barra, a qual estao associados 168 condommios. Lima das fungoes da entidade e dar orientagao sobre contratagao de seguro. A providencia basica e a reaiizagao de vistoria."0 levantamento e sempre necessario porque, atraves dele, pode-se adequar os vaiores segurados com o valor em risco. So assim se consegue eiaborar uma proposta de acordo com as necessidades do segurado", afirma Roberto Paimeira, diretor co-

Vidros; danos causados a veiculos na garagem;-desiocamento deequipamentos por vendavai, e danos eietricos. Os stndicos, em gerai, tem muitos probiemas quando contratam segurossem estas coberturas'^afirma.

Quebra da vidro — Neiia Oiiveira, funclonaria do Condominio Villanova das Fontes, na Tiiuca(Zona Norte do Rio), constatou isso, na pratica, ha sets meses, quando o vidro biindex da Portaria foi quebrado. "Nao tivemos probiema em recoloca-io por causa do seguro. Antes tmhamos dificuidades, porque na apoiice nao havia esta cobertura",comenta.

pamentos como eievadores,segu ro de vida dos funcionarios e roubo de bens do condominio.0 res sarcimento por roubo ainda e mui to pouco divuigado, mas e um diferencial que deve ser considerado na hora da contratagao,como expiica Roberto Paimeira.0 importante para os condominos e saber que todas as clausulas referem-se ao condommio,nao aos bens particularesdecadaum,aexcegaodos carros,quando estiverem na gara gem esofrerem algum danoem consequencia de falhas do condomi nio, como uma manobra ma!feita peiogaragista.

eUlOADOS NA pukmuia^Ao E e^LCULO eo sbquro BE eONOOMlNIO

1. Quando o valor segurado e menor do que a metade do valor em risco, isto ira acarretar ao condommio, automaticamente, participagao no rateio na hora do sinistro, gerando um onus que, em hipdtese alguma, caberia ao segurado, somente no caso de eie ter concordado com esta participagao na assinatura do contrato.

2. 0 valor para a cobertura de vida dos funcionarios do con dominio nao pode ser inferior ao estipulado em lei; 20 vezes 0 salario minimo, por empregado, para cobertura de morte por qualquer causa.

merciai da Maiiiorca Corretora de Seguros, que atua em parceria com a Camara Comunitaria.

Afora riscos especificos decada regiao—como o de queda de aeronaves em iocais vizinhos a aeroportos ou 0 de impacto de veiculos em construgoes a margem de uma auto-estrada—, ha sinistros que ocorrem com maior frequencia, como atesta Alexandre Peres Mandaji, coordenador de Produtos daAGFBrasii Seguros,empresa com uma das carteiras mats diversilicadas de seguro-domiciiio.

"Podemos dizer, sem risco de errar, que, pela ordem,as ocorrencias mais freqOentes sac quebra de

A alta incidencia deste tipo de sinistro recomenda que, durante a vistoria, sejam contados todos os Vidros do condominio."E uma boa Precaugao para ajudar a avaliar bem 0 seguro", diz Roberto Pai meira, que ha um mes teve entre S6US ciientes, um case de quebra be Vidro da portaria, em JacarePapua (Zona Oeste do Rio). Hacondominios hoje que equivalem a pequenascidades,com vanos conjuntos de predios, mais de nma centena defuncionarios,equiPamento de seguranga que inclui circuito inferno de TV e oferta de aervigos como lavanderia, video 'ccadora, escola, clube e ginasio be esportes. Tudo isso para uma Pania de3mil ou 4 mil moradores, Pcmoem algunsenderegos da Bar|a- Quanto maiorforaareaeaquanndade deequipamentossegurados, maior 0 cuidado com o contrato, aomo recomenda Ricardo Polite, 'mtor tecnico de Seguros da BON CQuradora,outraempresa de peso atendimento a condommios. p Qiferencial — 0 Seguro^endominio BON agregou a sua ^beira riscoscomo oacionamen^ mdevido do portao da garagem banos para veiculo, responm idadecivi naoperagao deequi

Os apartamentos tambem contam no seguro, mas apenas em caso de incendio, desmoronamento ou outros acidentes que danifiquem a construgao. 0 conteudo de cada unidade, seus bens e meIhorias, sao de responsabiiidade de cada condomino,"Ha pessoas que confundem e acham que o que esta no interior do apartamento tambem consta do seguro, mas, para garantir isso e necessaria a contratagao de outra cobertura, pessoal,que pode ate mesmo constar da mesma apoiice, mas significa um investimento a mais , diz Alexandre Mandaji.

Outro erro reiativamente comum,que costuma causar protestos dos condominos na bora do pagamento desua cota e a dupiicidade de pagamento por uma co bertura de incendio. Nestes cases, OSsegurados pagam a cota condominial e a da prestagao da mensalidade decompra do imdvei.E praticamente dinheirojogado tora,pois, em caso de sinistro, nao ira receberduasindenizagoes."Omaximo que pode acontecer e ele ser ressarcido dos danos integraimente, metade por uma apoiice e melade por outra",comenta Mandaji.

Por IranyTereza

3. A classificagao errada do predio para taxagao possibilita a seguradora, sob a alegagao de informagao incorreta, o nao pagamento da indenizagao em caso de sinistro. Por'exemplo: um hotel-residencia nao pode ser classificado como residencial, o mesmo ocorrendo com relagao a apart-hoteis. A taxa para condominio residencial e mais baixa que a de um apart e muito inferior (em torno de 60%) d de um hotel-residencia, por conta do aumento de risco de sinistro, causado, basicamente, pela rotatividade dos moradores.

O QUE B NECESSARIO RARA UM SEQURO-CONDOMfNIO BEM FEITOi

1• A vistoria e essencial para calcuiar hem os vaiores e eiaborar uma proposta de acordo com as necessidades do segurado.

2. 0 ideal e pedir duas ou mais vistoriais, para confrontar os resuitados e escoiher a melhor proposta.

3. Confrontar tambem orgamentos de duas ou mais seguradoras. Em caso de condominios muito grandes, o melhor e abrlr concoirencia pubiica.

4. Cumprir com as ieis de protegao ao trabalhador. 0 desconhecimento desses direitos legais trequentemente desencadeia agoes trabaihistas.

5. Ciassificar adequadamente o risco para que nao haja arqumento da seguradora na hora de indenizar um sinistro

II IHi I irti 11 H'lil >l' l ir ■■ ii; IIBI'ilJ imini ll'BI I I ■ i: Bl I I ITKl I ; If'I I ; " I i HI iia ;i! Ill r I III Bl III Bl M /\fiTl0)O
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Os condommios da Barra da Tijuca criaram a Camara Comunitaria da Barra, que orienta sobre contrata^ao de seguros
REVISTADE SEGUROS JULHO / AGOSTO / SETEMBRO DE 1996
'^GOSTO / SETEMBRO DE 1996 39 REVISTA de SEGUROS

Fundagao Escola Nacional de Seguros (Fu nenseg)optou pela mo dernidade ao brindar com 0 future seus 25 anos de existencia. Em solenidade concorrida no dia 20 de agosto, no Jockey Club Brasileiro, alem de reverenciar o passado com uma homenagem a ex-funcionarios e ex-professores, a entidade apresentou, em video, seus novos produtos na ^rea de ensino e de divulgagao do seguro, Estiveram presentes ao evento mais de 400

Da esq./dir.: Na mesa, Demosthenes Madureira de Pinho Filho (IRB), Leoncio de Arruda (Fenacor), Joao Elisio Ferraz de Campos (Fenaseg/ Funenseg), Marcio Seroa de Araujo Coriolano (Susep) e Suzana Mimhoz da Rocha (Funenseg) ouvem o discurso de Carlos Motta (do Conselho Administrativo da Bradesco Seguros), um dos honienageados

Escola de Seguros comemora 25 anos com modernidade

pessoas, entre dirigenfes de seguradoras e de entidades de se guro, corretores de seguros, e demais profissionais do setor e jornalistas.

0 presidente da Fenaseg/Funenseg,Joao Eliso Ferraz de Cam pos, ao abrir a cerimSnia, destacou 0 processo de modernizagao da Funenseg com vistas a acompanhar as transformagoes gue vem ocorrendo no mundo e,em parti cular, no setor de seguros brasi leiro: Nao farei, aqui e agora, o longoinventariodasatividadesatb

hoje desenvolvidas pela Funenseg, todas elas sempre acompanhadas e avaliadas, passo a passo, pelos respectivos interessados. Salientarei, no entanto, que, no decorrer da sua existencia, a Funenseg sempre esteve sintonizada com as mutaveis exigencies do seguro brasileiro e do ensino profisisonal no setor".

Disse ainda que a "economia pbs-real, impondo exigen cies novas em todos os setores produtivos do pais, e descortinando para o seguro brasileiro

jetbria da Escola, criada para former profissionais de uma area entao praticamente desconhecida pela populagao. Falaram tambem das dificuldades enfrentabas para a implantagao de um ensino de qualidade e os prazeres de se transmitir e de receber conhecimentos e experiencias.

0 grande salto dado pela Funenseg nos ultimos anos possibilitou-a a ampliar e a incrementar a sua base de ensino, ajudando a resgatar sua vocagao legftima de divulgador institucienal do seguro. Com os novos produtos apreseritados — CDRoms e disquetes de aula e telecursos sobre seguros, escritbrio modelo, nova apostila revieada e atualizada, apostilas de resseguro e CD-Rom institucio-

nal, a informatizagao da Biblioteca do IRB que esta sendo feita pela Escola, e mais os que ja estao em funcionamento —, a Funenseg mostra que esta completamente inserida no contexto de globalizagao da economia e do desenvolvimento tecnolbgico.

Ao discorrer sobre a missao da Funenseg, a professora Su zana Munhoz da Rocha, citou um conceito do lluminismo que considera fonte maior de inspiragao para o exito profissional em qualquer setor de atividade: ousar e pensar, sempre. E isso que impulsiona as pessoas a produzirem e a criarem, afirmou. Apbs a solenidade, houve uma exposigao dos novos produtos, onde toi servido um coquetel.

Por Angela Cunha

Homenageados recebem gravuras de Portinari

Ponto alto da solenidade comemorativa, a homenagem prestada a sete profissionais de seguros emoclonou a todos. Foram homenageados Carlos Frederico Lopes da Motta, que mats tempo presldiu a Escola (de 1980 a 1991), membro do Conselho de Admlnlstragao da Bradesco; OS ex-professores Francisco Antonio Finho de Barros, diretor da Susep, e Jose Francisco de Miranda Fontana, presidente da Socledade Brasileira de

Clencias do Seguro; os exalunos Flenrlque Jorge Duarte Brandao, presidente do Sincor-RJ, e Luiz Fduardo Fereira de Lucena, presidente da Golden Cross Seguradora; o funclonarlo Fvaldo de Souza Freltas; e 0 fundador da Funenseg Jose Lopes de Ollveira. Cada um recebeu copias, numeradas e autentlcadas, de gravuras do pintor Candldo Fortinarl, reproduzldas de obras originals pertencentes a famflia do artista.

perspectives nunca antes existentes, encontra resposta compatfvel, em termos de ensino profissional, na ample e profunda renovagao por que esta passando a Funenseg, com vistas ao continuo e indispensavel aprimoramento qualitative dos profissio nais do seguro".

Fatos marcanles — A evolugao historica da Funenseg ficou por conta dos homenageados que, durante os agradecimentos, relembraram fatos marcantes dos primbrdios e da tra-

A ADOCS surgiu da necessi- ^ dade da entdo Nacional Seg u r o s , hoje Unibanco Seguros. em organizar seus documentos e executor determinadas atividades fora de suas dependencias, Dois anos depots, a ADOCS mantem em seus arquivos cerca de 800 mil documentos organizados um a um pelo ramo de seguro, sucursal/fiUal produtora, sempre separados por um tipo de assunto.

CONTROLE E GUARDA DE DOCUMENTOS LTDA

cobranga dos docu mentos de cosseguros aceitos e cedidos, expedindo e recebendo cartas de sinistros e outros documentos. A entrega dos documentos solicitados sdo entregues em menos de 24 horas, protocolados, e sem risco de extravio.

Todos OS documentos recebidos sdo cadastrados em sistemas que controlam desde a sua chegada ao arquivo ate a data de expurgo para um arquivo morAlem de arquivar documentos, a ADOCS tambem faz o papel de interface ®fttre as seguradoras do mercadoe a Unihanco Seguros, efetuando o controle e a

O Unibanco Saude recentemente tambem contrcrtou os servigos da ADOCS para agilizar seus processes de andlise de cadas tre de sua rede referenciada,com o objetivo de manter sempre atualizado o cadas tre de seus prestadores de services e de terceirizar o controle e a guarda de seus documentos.

A proximo a utilizar os servigos da ADOCS serd a Golden Cross, que apos pesquisa interna, concluiu que vale a pena terceiri zar essa retina de documentos.

//' n •i:| FUNENSEG
REVISTADE SEGUROS
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JULHO / AGOSTO / SETEMBRO DE 1996
INFORME PUBLICITARIO

□ Luiz Mendon9a e jomalista e consultor tecnico de seguros

□transportemodernofaria

cair de quatro o incredulo mortal do seculo passado, que tioje ressuscitasse. Mas, perplexo, nem perceberia a tremenda e traigoeira carga negativa detras de tanto progresso: 0 abundante aumento dos acidentes, fatais centenas de milhares deles, todo ano, no mundo inteiro. Foi essa carga negativa que ievou 0 pensamento juridico a rever por toda parte, no transporte, o princfpio da responsabilidade civil, concebida em tai revisao a teoria do risco como substituta da cidssica teoria da cuipa.

Onde ocorresse tai substituigao, iria ter bbvia e extraordinaria ampiiagao o campo de incidencia da responsabilidade. isso justificaria, portanto, uma contrapartida ao mesmo tempo jurfdica e economica, atinai surgida numa fdrmuia sensata e equitativa: a da respon sabilidade iimitada por urn teto de indenizagao. Fechando o circuio, entrou ai o princfpio do seguro obrigatdrio, este tuncionando como instrumento de garantia e protegao das vitimas e respectivos beneticiarios.

Como a grande maioria dos pafses, 0 Brasii tambem aderiu ^ teoria do risco. adotando todas as impiicagoes deia. Nosso G6digo

DPVAT: vitima de conspira^ao?

do Ar, por exempio, pertiihando-a, estabeieceu iimites para a respon sabilidade do transportador e, para garantia dessa responsabilidade, instituiu 0 seguro obrigatorio, Seguiu por esse mesmo camintio 0 chamado seguro DPVAT, impiantado ha 22 anos por lei que iimitou a responsabilidade do proprietario (e, portanto, do seguro obrigatdrio): 40 saiarios mfnimos, nos casos de morte e de invaiidez. Fioje, embora a lei continue a mesma, o teto e outro, ad latere: 45 saiarios mfnimos.

Ciaro que o teto da lei teve o objetivo primordial de abrigar a popuiagao de baixa renda, procurando tambem o ajuste (no reverse damedaiha,queeopregodoseguro)

d capacidade economica do proprietdrio de vefcuio, nem sempre aiojado no contortavei topo da piramide de distribuigao da renda. Mas cabe a respeito ponderar que esse proprietdrio tem a cobertura do seguro obrigatorio, cujo prego d que deve estar associado a sua capacidade de pagamento; prego que aiem do mais, por uma questao de ordem atuariai, varia com o iimite de indenizagao. Sobre isso, as observagoes que se seguem sao bastante ilustrativas.

0 premio anuai do DPVAT d hoje da ordem de R$ 34,00, apro-

Acidentes

fraudados

afetam seguradoras em Londres

ximadamente R$ 0,09 didrios, isto e, cerca de 1/3 do prego de um simples catezinho, Dual o dono de carro que nao pode paga-io? Faga entao as contas, ieitor: se o DPVAT fosse cobrado a razao de um catezinho didrio, seu premio anuai seria pouco menos de R$ 110,00, podendo o iimite de indenizagao subir para 112 saidrios mfnimos.

Essa forma correta e rigorosamente Ibgica de anaiise nao e, todavia, a que serppre norteou as decisoes oticiais. Por isso, o prego do seguro estd hoje aviitado, mesmo em reiagao ao teto indenitdrio de 45 saidrios mfnimos para morte e invaiidez. Tome-se para comparagao o autombvei particuiar, sempre o grosso da frota nacionai. Seu premio, quandooDPVAT foi criado, correspondia 0,87% do iimite de responsabilidade para morte e invaiidez. Em 1985, a reiagao baixou para 0,5%, e nunca mais voitou ao nfvei original. E baixou porque na epoca foi decidido elevar 0 teto de indenizagao, mas congeiado o prego do seguro.

Hoje, a reiagao e de 0,665%, inferior aos primitivos 0,87% e aiem disso deteriorada por duas razoes. A margem de prego reservada para as coberturas de morte e invaiidez foi reduzida por sucessivos aumentos de repasse, ao BUS, de parte da

arrecadagao de premios do seguro. Subiu de 20 para 30, e depois para 50 por cento, tudo de oreihada, no ctiute, sem quaiquer base estatfstica ou matematica. E mais ainda, por um absurdo juridico, promuigou-se iei que inciui na cobertura do DPVAT OS acidentes causados por vefcuios cujos proprietarios nun ca tenham feito ou nao tentiam renovado o seguro obrigatorio.

fTao se pode dizer que tudo isso tenha sido fruto de uma conspiragao para acabar com o DPVAT, deixando-os b mingua de recursos. Mas, se conspiragao tivesse havido, deia nao se teria podido esperar meihores ideias para o seu exito.

Nao se perca de vista o reievante aicance social do DPVAT, modeio de seguro que nos anos 70 foi objeto da curiosidade de varios pafses, sobretudo da America Latina, interessados em transpiantaio com ajustes as respectivas condigoes locals.

Uma coisa e patente e inquestionavei: a esta aitura, ou o DPVAT e revitaiizado para recuperar equiifbrio atuariai e viabiiidade econo mica, ou e substitufdo por nova e meihor fdrmuia. Esta, porem, nao podera descartar a teoria do risco na responsabilidade por danos pessoais.

Dscompanhiassegura

doras de Londres, na ingiaferra, estao enfrentando um novo tipo de as fraudes organizadas por Qrupos que 'pianejam' acidentes fiefransito para, depois, reivindiearem indenizagao do seguro dos Vefcuios e acidentes pessoais. 0 9oipe ja causou prejufzos de cen'enas de milhares de iibras esteriieas ds seguradoras.

A fraude comegaa ser montafla quando um membro do grupo '^OTipra, em um ferro veiho, um ^efcuioquetenhasofrido recente[^ente um acidente no transito. "spois de adquirf-io normaimenPoruma mbdicaquantia—cerde 50 Iibras esteriinas — o '^bvo proprietario faz o seguro ''bPipieto dovefcuio, Em seguida, um acidente e djaneiadoparaquesedeaimpresde que, por exempio, o carro ^ffapou para fora da estrada ou hocou-se contra uma arvore. Fiaimente, o segurado pieiteia a ^fbertura compieta do valor do ®'cuio, quase sempre com um J^bientodemuitosmilharesdeiietas,

'^alsas testemunhas

Em muitos casos, os goipistasaiegam que no memento do acidente havia passageiros no carro e passam, entao, a reciamar tambem um pedido de indenizagao do seguro para os supostos passageiros por aigum ferimento inferno que seja de diffcii comprovagao, e cu jos sintomas possam faciimente ser simuiados. "Nao estamos faiando de indivfduos, mas de grupos organizados", disse um porta-voz da Associagao dos Seguradores Britanicos (ABI). "Eies inciuem motoristas de um ou dos dois vefcuios acidentados, os passagei ros eate testemunhas, quetambem fazem parte dafraude".

Ha ddzias de tipos de fraudes nesse nfvei. Num deles, um oarro

cheio de pessoas e deiiberadamente jogado contra outro carro perteoente a um motorista inocente. Testemunhas faisas, que 'passavam' pelo local do acidente apoiam a versao de que o aciden te, de fate, foi causado pelo moto rista inocente.

Essetipo detestemunhas pode receberatb 200 iibras esteriinas por cada acidente. Uma deias, que 'trabaiha' reguiarmente comotestemunha de acidentes fraudados, confidenciou h revista ingiesa "Told Out": "Quando a poifoia ohega ao local do acidente, o motorista ja estacompietamenteestressado. Eie diz a sua versao real da historia, mas nos testemunhamos uma ver sao completamente diferente, para

parecer que a culpa foi dele. Sao cinco de nos confra somente um. Em quem vao acredifar?", desdenhou.

Profissionais desonestos — Em muitos casos, de acordo com OS dados da ABi, os grupos atuam iado a iado com advogados desonestos, contadores e me dicos para quecadavezmais provas de danos causados pelo aci dente sejam comprovadas. Os maiores grupos lideram duzias de fraudes ao mesmo tempo, "Ainda nao hd estatfstioas oficiais. Mas houve um aumento significative desse tipo de crime no ano passado", acrescentou o porta-voz.

AABiooiocou em prdticaum servigo de informagoes para ooordenar os pedidos de indeniza gao deseguros, com o objetivo de detectar um mesmo individuo fazendo muitipios pedidos—oque pode apontarsuspeitos. Aentidade criou um programa de treinamento paraseussupervisoresque recebem os pedidosde pagamentos dos seguros, como mais uma tentativedeidentifioaraspossfveis fraijde^_

Reportagem publicada na Re vista Told Out, em 10/07/96.

I'M
.1 w nOPINIAO
INTERNACIONAL
REVISTA DE SEGUROS 48 JULHO AGOSTO SETEMBRO DE 1996 AGOSTO SETEMBRO DE 1996 43 revista de SEGUROS

Chocolate segurado

A Chocolates Garoto contratou a Lazam Corretores de SeQuros para implantar e administrar urn piano global de seguros, A sua finalidade e racionalizar as apdiices contratadas, identificar e dimensionar os riscos existentes na operagao da industria e escolher a melhor maneira de transferi-los sob a forma de seguro. 0 primeiro trabalho realizado foi a renovagao da apdiice de riscos nomeados. Outro projeto em fase de definigao e a contratagao de uma apdiice de riscos de engenharia para um armazem inteligente, em construgao. Outros projetos a serem implementados sao na area de transportes, lucros cessantes, responsabilidade civil, vida e previdencia.

Transporte de cargas

A Minas-Brasil criou uma rede de assistencia ao transporte de cargas, com o objetivo de auxiliar os segurados no caso de acidentes ou roubo de cargas. A assistencia funciona 24hs, em qualquer parte do Brasil.

Instituto Ayrton Senna

A Credicard fechou contrato com a Brasil Assistencia para oferecer, aos associados do cartao de credito Instituto Ayrton Senna, o servigo de Assistencia 24h. Os clientes da versao nacional do cartao contam com cobertura em todo o territdrio nacional, a partir de 100 Km da residencia do segurado. 0 produto inclui informagoes previas para viagens, transmissao de mensagens urgentes, adiantamento para cobertura de gastos medicos, entre outros. Alem dessas

vantagens, o cliente do cartao ! internacional conta, tambem, com a cobertura ao vefculo, inclusive no Mercosul, e cobertura as bagagens e objetos pessoais, localizagao e ! envio de bagagens no Brasil e exterior. A Brasil Assistencia tambem fechou contrato com a Honda Automdveis para oferecer a assistencia 24h aos proprietarios de automdveis Honda 0 Km. Cerca de 4 mil clientes Honda deverao ser beneficiados com cobertura aos vefculos e seus ocupantes.

Oportunidade de trabalho

A Icatu Hartford, empresa especializada em seguros de vida e previdencia privada, esta cadastrando em todo o pats cerca de 1.500 corretores autonomos, que ganham por comissao, sem vfnculo empregattcio. Os requisites no mercado para ser corretor na area de vida sao disposigao e pelo menos segundo grau complete. 0 treinamento tica a cargo da empresa. Nao ha limite de idade. Atualmente, 38 mil corretores sao cadastrados no Pats, e de acordo com a Funenseg, responsavel pela habilitagao destes profissionais. ha espago hoje no mercado ! para o contingente alcangar 50 ! mil.

! Aposentadoria programada

Seguro-saiide

Copa 98

A Confederagao Brasileira de Futebol (CBF), atraves de seu Instituto de Assistencia ao Futebol Brasileiro, acaba de assinar convenio com a Bamerindus Seguros para langamento do TC Copa 98. Serie especial do TO Bamerindus, o novo produto e um piano de capitalizagao programado que proporcionara aos participantes a oportunidade de assistirem a Copa do Mundo de 1998, na Franga, integrando a Torcida Oficial da Selegao Brasileira.

Nova regional

A Bamerindus Seguros i'^augurou as novas instalagoes 6 enderego da sua regional Canipinas. A sucursal deixou seu tradicional enderego no eentro da Cidade e mudou-se para a principal avenida de Campinas. A regional tern lurisdigao sobre uma area de Qrande importancia — uma 'aixa que corta o estado de Cap Paulo, partindo do Sul de : '^inas e alcangando Itarare, f'estacando-se entre elas Campinas, Sorocaba, Jundiat, | P'racicaba, Araras, Americana, Cirneira e Rio Claro.

Novos beneficios

Esta em tramitagao na Assembleia Legislativa do Ceara o projeto de lei n- 23/96, dispondo sobre o pagamento da assistencia medicohospitalar do SUS, prestada a pacientes que tenham cobertura de pianos de saude ou de seguro-saude. Chamado a opinar, o Dr. Welton Coelho Cysne, membro da Consultoria Jurfdica daquela Assembleia, emitiu longo e bem fundamentado parecer, concluindo pela insconstitucionalidade daquele projeto, por ser privativa da Uniao a competencia para legislar sobre seguros. Com muita propriedade, lembra o Dr. Welton que, nos termos da legislagao federal, o contrato de seguro-saude estipula as condigoes da cobertura, taihando

essas condigoes de maneira a ajustar a cobertura a diversidade de conveniencias e necessidades do publico segurado. Uns preterem (e podem pagar) cobertura ampla; outros inclinam-se por cobertura mais restrita. 0 projeto em curso na Assembleia cearense, entretanto, levaria o SUS, no ambito estadual, a cobrar atendimento mesmo de segurado que estivesse a descoberto do seguro. Enriquecido na sua argumentagao por esse e outros exemplos que patenteiam a impropriedade da interveniencia legislativa estadual, o parecer do Dr. Welton nao deixa duvidas sobre a inconstitucionalidade do projeto n- 23/96 da Assembleia do Ceara.

Setor faturou R$ 8,69 hi entre janeiro e julho

A AGF Brasil Seguros langou um piano de aposentadoria programada AGF Previdencia, com a meta de chegar a 5 mil participantes ate o final do ano. A iniciativa fortalece a carteira de seguros pessoais, segmento da empresa que cresceu 191%, em 95. Extremamente fiexfvel, permite ao poupador adequar constantemente o contrato d sua capacidade financeira, fazendo depositos extras a qualquer momento, podendo diminuir ou aumentar o valor das contribuigoes ao longo do piano, e ter a possibilidade de fazer resgates parciais ou integrals dos dividendos e do fundo constitufdo.

^ Porto Seguro oterece 9''atuitamente aos portadores ^0 cartao de credito Porto Ceguro-Visa, diversas Vantagens a quern viaja de | PPtomdvel pelo Brasil, com ^'^Pla assistencia para o P^otorista, 0 vefculo e seus ' Passageiros. A novidade esta s assistencia antes so 'spontvel a quern tivesse seu ^^>■0 segurado pela Porto CQuro. 0 Porto Socorro ^/oce beneficios como ^^jocho ou socorro mecanico Ps, transporte para _ Pfinuagao de viagens, '"^'Qo de motorista, entre PPtros,

0 mercado de seguros movimentou R$ 8,69 bilboes em premios auferidos entre janeiro e juiho deste ano. No primeiro semestre, o mercado movimentou R$ 7,3 bilboes em volume de premios — um decrescimo de 1,4% comparado ao desempenho do mesmo periodo do ano passado,'segundo estatisticas da Fenaseg. Os cinco primeiros grupos em volume de premi- PREMIOS

AUFERIDOS

OS arrecadados 1' SEMESTRE DE 1996 foram, pela ordem: Sul Ameri ca (16,62%), Bradesco (13,32%), Itau (7,23%), Porto Seguro (5,98%) e Bame rindus (5,90%).

De acordo com OS dados do semestre, a car- < teira de Automdveis continua abocanhando a maior fatia do bolo, com 30 8% seguida de Vida (18,7%). Em terceiro lugar no ranking, esta a carteira de Satide (18,5%), que vem registrando um crescimento constante desde janeiro, quando participava com 18,1% do total de premios arrecadados.

Passe livre

A partir delude janeiro de 1997, qualquer jogador de futebol com 26 anos ou mais de idade vai ganhar passe livre, assim que encerrar seu contrato com o clube. Esta e a principal novidade da nova regulamentagao do passe, anunciada pelo Ministro dos Esportes, Edson Arantes do Ivlascimento, Pele. Em 1998, o limite de idade para obter o passe livre caira para 25 anose, a partir de 1999,0 limite sera 24 anos de idade. Pela legislagao atual, para obter passe livre, o jogador precisa ter pelo menos 32 anos de idade e estar ha dez no mesmo clube. Osclubes deverao ainda fazer seguros de vidaeacidentes pessoais para os jogadores que contratarem por emprestimo e para os com mais de 16 anos que nao assinaram contrato profissional.

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Novo desafio

Jose Thomaz da Mota, Agostin Castro e Gil Jourdan sairam da UAP e estao a frente de uma representagao comercial excluslva da Generali. A nova empresa funcionara como uma sucursal da seguradora, garantlndo estrutura para o corretor trabalhar e atender seus clientes. A Ideia e contar com 400 corretores cadastrados, ate o final de 1996.

Presidente

Vice-presidente

0 executivo Helio Novaes esta assumindo a vice-presidencia de Produgao da Sul America, empresa lider do setor de seguros no pais. Ele ficard baseado na matriz, no Rio de Janeiro. Novaes fez carreira na prdpria empresa, onde comegou a tfabalfiar ha vinte anos, como assistente de produgao. Passou depois a diretor comercial e, ha cerca de tres anos, foi promovido a vice-presidente executive, responsavel pela Sucursal Sao Paulo. Sob 0 seu comando, a sucursal paulista da Sul America conquistou, no ano passado, o primeiro certificado de qualidade ISO 9002 obtldo

por uma seguradora no Brasil. Para o seu lugar, na vice-presidencia em Sao Paulo, toi contratado o executivo Marcus Mascarenhas, ha 26 anos no mercado de seguros, vindo da Minas-Brasil Seguradora, de Belo Horlzonte.

Visita do Ministro da Indtistria e Comercio, Francisco Dornelles, ao presidente da Fenaseg, Joao Elisio Ferraz de Campos. O encontfo, ocorrido em agosto, faz parte de uma serie de visitas que o Ministro vem fazendo a dirigentes de entidades da area economica.

Eugenio Oliveira Mello, diretor executivo da AGE Brasil Seguros, e o novo presidente do Sindicato das Seguradoras de Pernambuco. Ele tomou posse em agosto, em virtude da renuncla de Ari Coyfman.

Comissao Consultiva

Antenor Ambrosio (Gia. Paulista de Seguros), Maurfcio Accioly Neves (Real Seguradora) e Jose Eduardo Batista (Parana Gia. de Seguros) foram indicados pela Fenaseg para compor a Gomlssao Consultiva de Recursos Administrativos, de modo a restabelecer a representatividade da Federagao. A indicagao sera analisada pelo Ministro da Fazenda, Pedro Malan.

^ara o safra,tradicao secular de seguranca

E TAMBEM INVESTIR NA NATUREZA HUMANA.

fu

P^'^3gista Roberto Burle Marx viveii em "faodoRomem e da natureza

Prese Multiplicou Projet, fvou a vida em mai,s de 2000 '"ealizados no Brasil e no exterior. '^isand,0 como Burle Marx, o Banco Safra

e informatizada, baseada na capacidade construtiva do Homem e na criagao das melhores condigoes para sua vida e seus negocios.

Valorizando a natureza hiimana, o Banco

Safra investiu na qualidade de vida de seus

^pre investlu em seu talento atraves iardins paineis e pinturas para suas ^

Clientes e funcionarios, con.struindo uma tradigao de investimentos seguros. "Nos nao vivemos isoladamente e sim em fungao da vida dos outros" - esta frase de

Burle Marx reflete claramente nossa filosofia

operacional: prestagio de servigos eficiente

BURIJE MARX - Jar dim Externo no Edificio-Sede - Sao PauloNOMES E NOTAS 'lt rii
REVISTA DE SEGUROS
JULHO / AGOSTO / SETEMBRO DE
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