10 Mundo, com taxa de 8% ao ano, atraindo investidores ... estrangeiros, inclusive do setor de seguros. S0.0 seguro de vida cresceu 162% em 2006
Temos excelentes motivos para comemorar o ano de 2006. Prêmio relatório bancário
CAPA
certamente muitos frutos para colher em 2007.
Desejamos a todos um Feliz Natal e um 2007 repleto de realizações, sucessos e bons negócios.
FELIZ 2007
ENTREVISTA
Norman Sorensen, CEO da Principal, chama a atenção para o crescimento do mercado de seguros na Índia
INTERNACIONAL
19 BALANGO
Sindicatos de seguradoras apontam o crescimento expressivo do setor muito além do desempenho econdmico do Pais. O VGBL (Vida Gerador de Beneficios Livres) foi o produto que mais se destacou
O MERCADO E O PAÍS
Em um encontro com o presidente Lula, João Elisio, presidente da Fenaseg, mostra importância da indústria de seguros no desenvolvimento sustentável do País pede estímulos para a expansão do setor
Com 300 milhdes de consumidores de classe média e 8% de crescimento econdmico no dltimo ano, a India desporita como um dos mercados mais promissores do mundo. Atraindo cada vez mais os investidores estrangeiros, o setor de seguros é um dos destaques da economia. Só em 2006 cresceu mais de 160% no ramo vida 2
BALANÇO SOCIAL
0 mercado segurador devolveu 2 à sociedade R$ 42,9 bilhões em indenizações, benefícios e Temuneragoes em 2005, apresentando um aumento de 13,71% em relagiio ao ano anterior
ENERGIA
Investimentos da Petrobras geram forte impulso no mercado segurador. Somente no setor de gás natural, o valor estimado pela estatal chega a US$ 224 bilhões IO EMAIS..
Mercado segurador brasileiro obtém sucesso na busca pelo alinhamento aos padrões internacionais
FUNENSEG
Escola de Seguros forma sua primeira turma no Curso Superior
MERCADO E SOCIEDADE
Natal do HSBC é a grande vitrine do projeto social do banco
CINEMA
Seguradoras brasileiras despertam interesse pelo mercado da sétima arte
COMUNICAÇÃO
Empresas investem em treinamento para melhorar a comunicação dos funcionários
EVENTO
40 ESTATISTICAS
41 BIBLIOTECA 4 OPINIAO
.L triste ;) [)Zf:loi-dmd EDITORIAL de acidentes de trânsito no 2 RAPIDAS Brasil. Segundo pesquisa, foram registrados 220 mil acidentes nas rodovias federais entre 2004 e 200.
Encontro promovido pela Fenaseg discute o potencial do setor de Tecnologia da Informação par: evitar fraudes reduzir custos e
A Fenaseg
Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização
Presidente: João Elisio Ferraz de Campos
Vice-Presidentes: Casimiro Blanco Gomez, Luiz Tavares Pereira Filho, Nilton Molinz, Olavo Egydio Setúbal Junior, Oswaldo Mário Pêgo de Amorim Azevedo Renato Campos Martins Filho.
Diretores: Antonio Eduardo Marquez de Figueiredo Trindade. Federico Baroglio, José Ismar Alves Torres, José Luiz Valente da Motta, Mauro César Batista, Sidney Gongalves Munhoz e Vilson Ribeiro de Andrade
Conselho Fiscal Membros Efetivos: Jorge Carvalho.Lúcio Anténio Marques Marivaldo Medeiros,
Um ano memorável
2006 ficará na história do seguro brasileiro como um período especialmente marcante. Não apenas pelos números do setor, que repetem o bom desempenho dos últimos anos sempre bem acima do crescimento do PIB mas pelas transformações que vêm ocorrendo do ponto de vista institucional de representação do setor.
O projeto de mudança da estrutura de nossa representação, com a criação de uma confederação quatro federações, está praticamente concluído e deverá ser implementado em 2007. O projeto de lei que, na prática, abre o mercado de resseguros, depois de uma longa espera, foi aprovado na Câmara dos Deputados e seguiu para o Senado.
Um outro fato relevante foi a entrega ao Presidente da República, em audiência no Palácio da Alvorada em Brasília no início de dezembro, do documento O País, a Sociedade e Mercado Brasileiro de Seguros, Previdência Complementar e Capital
Foi a primeira vez que entregamos em mãos, a um Presidente da
República, um documento com um conteúdo dessa natureza. Conteúdo que, deve-se ressaltar, embora tenha sido elaborado por professores da Pontifícia Univer: dade Católica do Rio de Janeiro, está baseado nas idéias e opiniões colhidas em 12 reuniões realizadas com 238 participantes entre as principais lideranças do setor. Reflete, portanto, a visão que nós, seguradores, temos do País e dos caminhos que precisamos trilhar para promover desenvolvimento econômico e social.
O presidente Lula demonstrou que reconhece a importância do selor como agente econômico e em seu papel de proteger pessoas e patriménios. Além disso, manifestou inter imediato em algumas propostas e sugestões, tanto que de- signou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, como interlocutor do governo para estudar, junto com representantes do setor, a possibili- dade de adotá-las.
Nesse cenário, não há dúvidas de que 2007 será um ano de muito trabalho e realizações,
Suplentes: José Maria Souza Teixeira Costa Luiz Pereira de Souzà Conselho Consultivo
Presidente: João Elisio Ferraz de Campos
Membros: Acacio Rosa de Queiroz Filho, Antonio Cássio dos Santos. Carlos dos Santos, Francisco Caiuby Vidigal, Federico Baroglio, Jayme Brasil Garfinkel, Jorge Estácio da Silva, José Américo Peón de Sá, José Castro Araújo Rudge, José Ismar Alves Torres, Luis Emilio Maurette, Luiz Carlos TrabucoCappi, Mário José Gonzaga Petreili, José Roberto Marmo Loureiro, Niltor Osvaldo Nascimento, Patrick Antonio Claudede Larragoiti Lucas. Pedro Pereira de Freitas, Pedro Purm JuniorRyoji Fujil Membros Natos: Alberto Oswaldo Continentino de Araújo, Antonio Tavares Câmara, João Gilberto Possiede, Luiz Tavares Pereira Filho.Miguel Junqueira Pereira, Mucio Novaes de Albuquerqu Cavalcanti, Paulo Lickmann Paulo Miguel Marraceini.
REVISTA DE SEGUROS
Órgão Informativo da Federação Nacional das Empresas e Seguros Privados de Capitalização - Fenaseg, PUBLICAÇÃO INTEGRANTE DO CONVENIO DE IMPRENSA DO MERCOSUL - COPREME. Emconjunto com SIDEMA (Serviço do Mercado Segurador da República Argentina), ODUCTOR (Publicação da Associação de Agentes Produtores de Seguro da República Oriental do Uruguai) Joma dos Seguros (Publicagao do Sindicato dos Corretores de Seguros de Capitalização do Estado de São Pauto).
Conselho Editorial
Presidente: Salvador Cícero
Membros: Geraldo Bolda, Mauro César Batista, Nilton Molina. Paulo Amador, Marracini, Renê Garcia, Ricardo Xavier, Rita de Cássia Batista Suzana Munhoz
Editor-chefe: Angela Cunha (MTo/RJ12.555)
Coordenação Editorial: Editora Prosa (sequios@editoraprosa.com0/ Jornalista Resp.: Marcia de Souza (MTb/RJ 16.305)
Arte: Marl Colaboradores:BibasAdriana Beltrão, Cristiane Collich, Denise Buen Edna de Souza, Hylda Cavalcanti, Isabel Capaverde, Jorge ClapP. Marcia Alves, Murilo Fiuza, Sonia Araripe, Solange Guimarães Suzana
Fotografia:Liskauskas Adriana Loretti. Fernando Cavalcanti, Julio Fernandes Rosane Bekierman
Equipe ASCOM: Adriana Beltrão. Claudia Mara Valéria Maciel Fenaseg/Brasília - SCN/Quadrat/Bloco - Ed. Brasilia Center - sala 1607
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Distribuição: Servigos Gerais/Fenaseg
RedaçãoCorrespondéncia: Assessoria de Comunicagao Socie!
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Periodicidade: Trimestra)
Circulação: mil exempiares
As matéras artigos assinados são de responsabilidade dos autores. As matéri reproduzidas se Distribuição Gratuita
Aposta no modelo indiano
Norman Sorensen, CEQ da Principal, acredita no crescimento do mercado de seguros na Índia e se prepara para formar a quarta joint venture no pais em 2007
0 mercado de seguros da India tem chamado a atenção de investidores do mundo inteiro. Praticamente toda semana a midia internacional noticia a entrada de um novo concorrente numa inddstria que cresce num ritmo anual de 40% nos tltimos três anos. Apesar de ser quase do mesmo tamanho da indistria brasileira, com prémios aproximados de US§ 25 bilhdes em 2005, o governo indiano tem se empenhado em flexibilizar a entrada de novos competidores, estabelecendo e seguindo um calenddrio, o que gera confianga no investidor estrangeiro.
"0 resseguro jd estd mais aberto do que a indústria de seguros", afirma Norman Sorensen, presidente e CEO da Principal International, Inc, e vice-presidente sénior do Principal Financial Group, que no Brasil é sócio da Brasilprev, empresa de previdéncia do Banco do Brasil. De acordo com Norman, um especialista em
Latina, Europa a formar a quarta joint 8rupo opera em trés segmentos, em parceria com bancos eslalais, e estd muito satisfeito com os resultados. Não é para menos, Em apenas seis anos a Principal já conta com 700 mil cotistas em fund los de investimento, 4 mil cliente s empresariais e outros 400 corretagem de seguros. V. entrevista de Norman Sorensen, cinco línguas e v REVISTA DE SEGUROS
mil na área de )a a seguir a que fala fluentemente ios dialetos, sobre o merc seguros e previdência da Índia. ado de
A Quando ocorreu a decisão da Principal em atuar na Índia?
Norman Sorensen Em 1996. Entramos no mercado indiano através de um escritório de representação e consultoria financeira. Antes de efetivarmos nossa presença, iniciamos a abertura de uma instituição de fundos de investimento e asset management. Fizemos uma parceria com um sócio indiano, em 2000, para operarmos em fundos de investimento e gerenciamento de ativos (asset management), corretagem de seguros, serviços de planejamento financeiro e seguros de vida. No momento, atuamos nos três primeiros e faremos uma joint venture para entrarmos em seguro de vida, o que estd previsto para 2007.
A Quais as principais razões da Principal estar presente na india?
Norman Sorensen Trata-se de um mercado emergente potencial, onde a classe média e a média alta têm recursos disponiveis para compra de servigos financeiros focados em poupanga de longo prazo e previdéncia. um país que tem atuado forte na liberalização do setor de seguros, com uma regulamentação apropriada e saudável tanto para seguros como para fundos de investimento. Além
disso, os fundamentos econômicos estão fortalecidos, com crescimento expressivo do PIB e moeda estável.
A Como foi o processo de escolha entre a atuação direta ou mediante a busca de parceiros estratégicos?
Norman Sorensen O processo de escolha foi relativamente fácil. A lei exigia, e ainda exige, um limite máximo de investimento estrangeiro em companhias de serviços financeiros, e a parceria com sócio indiano é obrigatória. Escolhemos dois grandes bancos como parceiros: o Punjab National Bank, com 4,5 mil agências, 80 mil empregados, 36 milhões de clientes, e o Vijaya Bank, também com números expressivos: mil agéncias, 12 mil empregados, 8 milhdes de clientes.
A Quais são os diferenciais do parceiro escolhido naquele pais?
Norman Sorensen Estrategicamente, os nossos parceiros são bancos estatais, com grandes bases de clientes de classe média que evidenciam forte lealdade com os servigos do banco que confiam nos conselhos financeiros do gerente da sua agéncia. A participacio da base de clientes em fundos de investimento e seguros é bastante baixa, o que
oferece grandes oportunidades de ientes. vendas rápidas ef
/A Houve impasses burocráticos ou políticos para formar a parceria?
Norman Sorensen As dificuldades em formar a joint venture foram basicamente burocráticas dos reguladores bancário, segurador e da bolsa de valores. Politicamente não houve quase problemas.
A quanto à assimilação da cultura local de seguros ou previdência?
Norman Sorensen As dificuldades operacionais foram basicamente na rede de distribuição. Os clientes dos bancos e os empregados de vendas não tinham quase familiaridade com fundos de investimento e com seguros. O processo de treinamento precisou de bastante tempo e ainda continua nas redes dos parceiros: Sistemas, operações e adminis tragdo foram problemas simples ¢ faceis de resolver.
A Qual é a expectativa de crescimento dos negócios e quais os produtos mais negociados?
Norman Sorensen Os nossos ne gbcios tém crescido num ritmo anual acima de 40% nos últimos três anos: assim como o mercado de seguros. A nossa perspectiva de crescimento na® trés dreas em que estamos atuando é de crescimento anual acima de 25%; com atuagdo nacional.
A Quais são os canais de distrib dos produtos e qual a politica de custos de comercializagiio e administrativa?
Norman Sorensen Os nossos ca
nais de distribuigdo são através de agéncias bancérias dos nossos parceiros. Os custos de comercializagio são muito mais baixos que os custos percentuais existentes nas redes bancirias brasileiras. Os custos de administragdo são 60% mais baixos que os equivalentes brasileiros.
A Existe alguma obrigatoriedade na aplicagdio da carteira dos recursos financeiros da companhia?
Norman Sorensen As reservas técnicas da companhia são aplicadas no mercado de renda fixa, tipicamente papéis do governo. A regulamentação do mercado indiano exige que uma parcela dos investimentos das empresas de seguros seja dedicada a setores de infra-estrutura ou de interesse social . Esta percentagemé normalmente de um minimo de 6%. No entanto, na prética, as empresas não conseguem identificar projetos de investimento nesses setores que tenham solvéncia aceitdvel para normas internas de investimento. Entdo os regulamentos existem, mas na pritica 0s investimentos não entram no setor indicado. Ha vários fundos de infraestrutura procurando investidores.
A Como tem sido o resultado da companhia?
Norman Sorensen O resultado das companhias tem sido um pouco abaixo das expectativas da Principal, mas o break-even (ponto de equilibrio) aconteceu no quarto ano de operação.
A Os acionistas da Principal estão satisfeitos com os seus investimentos
mercado indiano?
Norman Sorensen Claro que sim. Temos pontos positivos fortes como 700 mil clientes em fundos de investimento emitidos pela joint venture, 4 mil clientes empresariais, 400 mil clientes de seguros (corretagem).
Além disso, os nossos custos são baixos e o capital investido foi bem menor do que o alocado em outros paises da Asia. Mas há pontos negativos. A demora e a burocracia dos reguladores para aprovar produtos tém sido um problema. Os bancos do governo tém desvantagens comparadas aos bancos privados.
A A Principal tem dirigente estatutdrio indicado para compor direção da companhia? E governanga, com é exercida na joint venture?
Norman Scrensen A Principal tem dirigente estatutdrio e tem Conselho de Administração na parceria. São seis diretores, trés da Principal, dois dos bancos e um independente. A governanga se dá através do Conselho que se reúne a cada trés meses e através do time gerencial.
A Como estd o processo de abertura do mercado segurador ressegurador indiano?
Norman Sorensen O processo
continua evoluindo, mas o limite máximo de investimento estrangeiro estd ainda em 26%, embora o governo queira ampliar para 49%. O setor de resseguros já está mais aberto.
A Que comparação poderia ser feita entre os mercados indiano e brasileiro? Como estd o processo regulatério?
Norman Sorensen O mercado indiano tem menos penetração de servigos financeiros, incluindo seguros, que o brasileiro. O processo regulatério brasileiro está em uma fase mais evoluida que o indiano, cerca de 5 ou 7 anos frente.
A Quais são as suas impressdes e consideragdes finais para o segurador brasileiro que eventualmente esteja interessado em ampliar a sua atuação no mercado indiano?
Norman Sorensen O segurador brasileiro que deseje entrar no mercado indiano deve considerar o custo elevado da rede de agentes de seguros de vida. É preciso considerar parcerias com bancos, que possibilitará um custo operacional mais baixo na entrada no país. No setor seguros o limite é de 26% e mudará para 49% nos próximos dois anos. Mais a exigência de um parceiro indiano. A
E um pais que tem atuado na liberalização do setor, com uma regulamentação apropriada tanto para seguros como para fundos de investimento
"0 segurador brasileiro que deseje entrar no mercado indiano deve considerar o custo elevado da rede de agentes de seguros de vida no
Potencial a INDIA encanta o mundo
Com uma população de mais de 1,16 bilhão de habitantes, metade com menos de 25 anos, a Índia também atrai os investidores estrangeiros por manter instituições democráticas, dar continuidade ao processo de abertura comercial e pela qualidade de sua mão-de-obra.
0 setor de seguros, que neste ano cresceu mais de 160% apenas no ramo vida, é uma das grandes apostas para o futuro, por conta da maior liberdade de mercado, cuja próxima etapa será iniciada em 2007
Trezentos milhões de potenciais consumidores de classe média e 8% de crescimento econômico no último ano. A Índia é dona desses números e de muitos outros que estão encantando o mundo. Cerca de 1,16 bilhão de habitantes, mais da metade com menos de 25 anos, sustentam a economia do país, que já é a segunda que mais se desenvolve no mundo. Na área de seguros os números são impressionan-
tes. Segundo a Insurance Regulatory and Development Authority (IRDA), órgão regulador e fiscalizador do setor, o seguro no país tem crescido na média anual de 22%. Neste ano, até o primeiro semestre, mercado de seguros indiano havia contabilizado
US$ 28 bilhões em prêmios, 84% em vida e 16% em ramos elementares. Na última estatística do RDA, referente a setembro, os prêmios na área de vida cresceram 161,98%, em relação ao mesmo período de 2005.
O desenvolvimento do seguro na Índia é recente, e tem como ponto de partida a abertura do setor iniciada em 1999. Até então, o mercado era operado apenas por companhias estatais, sendo quatro seguradoras de ramos elementares (non life) uma de vida (life). Essas cinco companhias resultaram da fusão promovida pelo governo em 1973 no total de 170 companhias privadas que operavam naquela época. Em 2000, a liberação para a entrada das estrangeiras mudou um pouco as caracterfsticas desse mercado que hoje é constituido por 16 companhias de vida, sendo uma estatal 12 companhias de ramos elementares, das quais quatro são pablicas.
A liberalizagdo do mercado de seguros não foi um fato isolado na economia indiana que, bem antes dissos já havia comegado soltar as amarrasSegundo andlise do prémio Nobel de Economia de 1992, Gary S. Becker, na década de 80 a economia indiana era extremamente regulamentada, com fortes controles sobre os investimentos
privados das companhias locais, muitas exigéneias de licenciamento, elevadas tarifas e outras barreiras a importagdes, escasso interesse em exportagdes. Becker recorda que os investimentos estrangeiros diretos eram despreziveis, 80 passo que as empresas estatais proliferaram . Entretanto, a [ndia se rendeu às reformas em 1991, quando uma crise se abateu sobre a balanga comercial, e quando percebeu o sucesso econdmico da China, seu vizinho gigante.
Nessa época, o governo indiano mudou de rumo e comegou a desmarntelar o velho sistema. A Índisefoi obrigada a reformar a economia porque já perdia o folego, devido à asfixia Ésta%al, e também porque precisava dimmu'u- a defasagem em relação à China , disse o presidente do escritório indiano (Fa consultoria McKinsey, Ranjit Pandit, à revista Exame. A economia então passou a ser mais voltada para o mercado, permitindo que empresas privadas indianas entrassem na maioria dos setores sem prévia aprovação governa-
mental. Também abrandou as tarifas elevadas e afrouxou tanto o sistema de quotas, que impediam a entrada de mercadorias estrangeiras, como as severas limitações a investimentos estrangeiros diretos. O resultado foi uma aceleração do crescimento do PIB para cerca de 6% ao ano desde 1991. As reformas foram continuadas pelo atual governo, que promoveu a privatizagéo de diversas empresas estatais e a redução adicional de barreiras tariférias.
Hoje, o país possui um respeitdvel parque industrial, com destaque para o setor de informética, no qual detém 65% do mercado mundial de tecnologia da informação (TI), farmacéutico, em
A AÀ Índia mantém suas tradições, mas iniciou um processo de abertura econémica que colocou o país num ritmo de crescimento acelerado e melhora da condicao de vida de seus habitantes
que figura entre os quatro maiores fabricantes de medicamentos do mundo. A qualidade da mao-de-obra indiana aliada à tradigio no uso da lingua inglesa estimularam as companhias americanas a terceirizar atividades na Índia, entre elas o desenvolvimento de software, tarefas burocrátic. de retaguarda empresarial, testes farmacêuticos outras atividades administrativas. Isso está transformando a Índia numa potência mundial em alta tecnologia , afirma Gary S.Becker. Para futuro, as previsões são mais que otimistas. Segundo banco americano Goldman Sachs, a Índia terá a terceira economia do mundo até 2035 e, de acordo com o Instituto McKinsey, até 2015 deve- rá atrair 70% dos empregos que as grandes indústrias transferirão para os países emergentes,
No mesmo compasso da economia, 0 setor de seguros também se desenvolve a passos largos. A Life Insurance Corporation of Índia (LIC), estatal que domina 79% do mercado de vida, no
qual também operam outras 15 companhias privadas, aumentou o volume de prêmios em 91% e cresceu 178% entre abril e setembro deste ano, superando a média de mercado e registrando um faturamento aproximado de US$ 2,3 bilhões. Os números da LIC são superlativos: 180 milhões de clientes, 110 mil funcionários, 646 agentes corporativos e 1 milhão de agentes individuais. Em 2005, a companhia pagou 42 mil sinistros por dia, ou um sinistro a cada dois segundos. Em ramos elementares, o governo está presente em 76% do mercado. A The Oriental Insurance
Company é uma das quatro estatais que operam no ramo, respondendo por 21% desse mercado. A maior carteira da companhia é automével, cuja sinistralidade beira os 60%.
Criado em 1999, o IRDA mantém até hoje as rédeas do setor. Além de obrigar as companhias a investirem em projetos de infra-estrutura e sociais do governo, o órgão também determina que um percentual do total de prémios seja destinado à oferta de coberturas para as classes menos favorecidas. Mas é no seguro de responsabilidade civil obrigatério de automével que se
mede o tamanho dessa interferéncia.
A The Oriental, por exemplo, atingiu 230% de sinistralidade apenas nessa cobertura. O governo determina que as seguradoras aceitem essa cobertura, estabelecendo o prémio em US$ 8 por ano, mas ndo limita as indenizagGes.
Para operar no mercado de seguros, IRDA exige das companhias de seguros um capital minimo de US$ 25 milhões e de US$ 50 milhões para as resseguradoras. As estrangeiras podem entrar no setor apenas em parceria com as companbhias locais, limitada à participação de 26% do capital. Em visita a0
Brasil, onde participou de um seminário internacional sobre resseguro, no dia 27 de novembro, o diretor da IRDA, K. K. Srinivasan, adiantou que o órgão estuda ampliar esse limite para 49% em 2007, quando também serão adotadas novas medidas para dar maior liberdade ao setor e promover mais crescimento. Dados do IRDA indicam que a relação prêmio versus PIB ainda é baixa, na casa dos 3,14%, dos quais 2,53% no ramo vida, sendo que o prémio per capita atinge apenas US$ 22,70, desses US$ 18,30 no ramo vida.
representantes da companhia estatal Llé R
'MISSAO BRASILEIRA NA INDIA
Rússia 43%
Africa Africa do Sul 17%
Argentina 0,9%
Brasii 07%
AméricaLatina Chile 2.8%
México 21%
Venezuela -0,5%
Fonte: FMl e Buncu Mundial,
Elaboração: CNI Fonte: FMI-World Economic Outlook, Sep(emben 2006. Elaboração Própri? do Instituto de Estudo para Desenvolvimento Industrial (IED)
Embora a abertura do setor de seguros indiano seja conduzida de forma lenta e gradual, ainda assim é uma grande promessa para as estrangeiras, que apenas esperam uma oportunidade para conquistar uma fatia do mercado, hoje quase totalmente operado pelas estatais. Para essas empresas, a possibilidade de poder aumentar o capital no país, mesmo que limitado a 49%, pode representar a expansão do volume de segurados, o que na Índia é bastante significativo dado o número de habitantes. Esse é o caso da MetLife. No país desde 2001, onde emprega 600 pessoas e atua com mais de 3 mil agentes, a empresa espera aumentar o número de clientes de 100 mil para 5 milhões até 2010, segundo Rajesh Relan, CEO da MetLife. Outra interessada a italiana Generali, que desde setembro aportou no país, formando uma joint-venture com o grupo varejista Pantaloon. Nossa expectativa é conquistar os 100 milhões de clientes que visitam nossa loja, chegando a 200 milhões no préximo ano , diz Kishore Biyani, CEO
é posslvel apostar muitas fichas no desenvoly mento do mercado e seguros indiano. Para conhecer de perto esse mercado, uma mlssaotde executlvos brasileiros da área de seguros esteve 'naquele pals, entre Ne 13 de outubro L4, eles visitaram três companhias de oorgaoreghlador eflscahzador da área, com uma Passagem rapida segulram para a Chlna onde pamc:param da 132 Conferent;la Anual da IAIS
Paulo Mlg el Marracml. da AGF Brasil, e Joao Gilberto Posstede, da J Malucelll. observaram que a tqndenma de expansao do seguro indiano, por
me mo leva "vamagem segundo ele, por não dlspor de um sistema d segundaàe»socxal como o INSS do Brasil, cuja lacuna , acredita, pode ser preenchida pelo seguro" José IsmanAlves Torres, membro do conselho de admmlstraç ão da Aliança do Brasil, considera que o maior desafio da Índia s será melhorar a d tnbulçao de renda . Por esse lado, o vice-pr dente da |ExcelslorSeguros Mucio Novaes de Albuquerque Cavalcanti, admite que o Brasil também tem muito potencial. Um diaisso vai acontecer, eu sei", prevé. (MA)
do grupo. Também a Aviva, uma das seis maiores seguradoras do mundo, tem expectativa em relação a maior liberdade de mercado. Responsável por trazer o conceilo de bancassurance para India, hoje empresa comercializa 66% de seus produtos de vida em 1057 agéncias de bancos. Ainda temos muito que crescer, porque além de ser um país jovem, grande parte da população não tem seguro , afirma Bert Paterson, diretor da Aviva.
O resseguro na Índia, apesar de aberto, também se ressente da falta de mais liberdade. Todas as resseguradoras são obrigadas a ceder de 20% do total de prémios de ramos elementares para a Corporagio de Seguros Gerais da India (GIC), grupo ressegurador que surgiu após desvinculação das quatro seguradoras estataisà época da liberação. Atualmente, conforme Srinivasan, diretor da IRDA, a GIC trabalha para aumentar o nivel de retengio de
resseguro no país. Fora da Índia, só podem ser colocados resseguros em empresas com classificação BBB, pela Standard & Poors, até o limite de 10%, acima disso é necessária a autorização do órgão. Embora a liberação do mercado tenha reduzido o nível de retenção em muitas carteiras, como incêndio, que caiu de 93% para 65%, entre 1999 2005, ou casco, que reduziu de 43% para 21%, avaliação de Srinivasan é positiva, porque possibilitou que novos players participassem em 20% do mercado. Se abríssemos e novos players não ganhassem mercado, então teria sido em vão , diz. Ainda que não totalmente liberado, o diretor do IRDA comemora o crescimento do resseguro em dois dígitos nos últimos cinco anos. Os antigos estão perdendo mercado , observa.
TRADIÇÕES EM PERIGO Embora seja lugar comum apontar a Índia como um país de contrastes, essa a realidade. Um terço dos indianos vivem na miséria absoluta, a infra-estrutura é precária e os indicadores so alarmantes,
como o analfabetismo, que atinge 40% da população. Ainda são altas a divida externa de US$ 124 bilhões a inflação anual de 5,50%. Apesar da multiplicidade de linguas 18 reconhecidas pelo governo e cerca de dois mil dialetos , de religides e de classes sociais, o pais tem se esforgado para manter sua identidade, construida com base na filosofia hinduista, praticada por 80% da populagdo. Para eles, a vida é um eterno retorno e as dificuldades materiais não são motivos para raiva ou revolta, assim como 0s erros não são uma questio de pecado, mas de imaturidade da alma. Acreditam que a posicio das pessoas em cada vida transitéria. Mas, segundo analistas a tendéncia que o crescimento econdmico melhore avida dos mais pobres. O governo indiano tem se esforgado na implantação de programas sociais, como o microcrédito 0 microsseguro (veja boxe), para aumentar o poder de consumo dessa faixa. Um dos consultores econômicos mais festejados da atualidade, o indiano C. K Prahalad, afirma que as classes de menor poder aquisitivo representam
TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL DE ACORDO COM CENSO ECONOMICO
Entre 1998 e 2005, o Censo Econdmico da India apurou um crescimento de 4,80% no numero de empresas. Nas áreas furals, as empresas cresceram em média 5,53% ao ano, nas dreas urbanas, 3,71%. Nesse periodo, também aumentou em média 2,49% numero de Pessoas empregadas, sendo 3,33% nas dreas rurais e 1,68% nas áreas urbanas.
1y of Stlsics and Programme Implementation (wwramospigovin)
a maior oportunidade de mercado na histéria do comércio mundial. É nessa mudanga de padrdo de consumo que os investidores estrangeiros estiio mirando. 0 último a aportar na Índia foi a rede varejista norte-americana Wal-Mart, um icone do mundo ocidental, que no final de novembro anunciou uma parceria com o grupo indiano Bharti Enterprises, de telefonia celular. Outra que percebeu há mais tempo esse potencial foi a Nokia, que instalou uma unidade com 2,5 mil trabalhadores em Sriperumbudur, préxima a Chennai, onde produz meio milhão de celulares por més. Custando cerca de 2 mil ripias (US$ 44), o celular um fendmeno de venda na Índia. Não há um condutor de rickshaw (táxi motorizado de três rodas) que não tenha um aparelho.
Por enquanto são os jovens da classe média indiana que estão adotando hábitos e comportamentos de consumos mais parecidos com os ocidentais, em franca ruptura com o modelo tradicional vigente. Almoçam nos restaurantes das cadeias Pizza Hut Domino Pizza e marcam encontros no fim da tarde nos cafés da Coffee Day. Os rapazes ilo ocidental cortam o cabelo no e e as moças trocam os coloridos por jeans e camiseta. Os jovens abandonando as tradições e passando a cobiçar os valores ocidentais , diz o brasileiro Marcos Rojo, professor PhD em yoga que morou na Índia. Para analistas, nesse caminho sem volta, a Índia tem pela frente o desafio de manter o crescimento sustentável e promover a inclusão social, sem perder de vista seus valores identidade cultural. -a
MICROSSEGURO CONTRA A EXCLUSAO SOCIAL
Atrelado ao microcrédito como garantia de pagamento de empréstimos de baixo valor às comunidades rurais mais carentes da Índia, microsseguro tem contribuido para a inclusao social e também ajudado a difundir cultura do seguro entre essa populagao. O assunto foi tema de um workshop sobre Microinsurance, realizado no dia 28 de setembro na pequena aldeia rural de Hagari Bomannahalli. A Cauvery Mahila Credit Co-op Society, cooperativa de crédito agricola,e aseguradora indiana ICICI Lombard realizaram o evento para apresentar essa experiénciaa um grupo de trabalho sobre microssaguros, constituido por duas entidades internacionais. O Joint Working Group on Microinsurance foi formado no inicio deste ano pela IAIS, entidade que congrega supervisores de seguros de 180 pafses, e pela Consultative Group to Assist the Poor (CGAP), formada por agéncias internacionais, públicas e privadas para promover a expansão dos serviços financeiros em países pobres e em desenvolvimento.
Como em muitas comunidades da Índia, em Hagari Bomannahalli mais da metade do povo (56%) analfabeto e a maioria (98%) depende da agricultura familiar para a sua subsisténcia. Mas essa condigao de exclusao vem sendo alterado gragas ao microcrédito, sistema que concede empréstimos de baixo valor aos que nao tém acesso aos servigos bancérios e também a qualquer outro tipo de assisténcia social. Criado em 1983, na vizinha Bangladesh pelo atual Nobel da Paz, Muhammad Yunus, o sistema ja ganhou a adesão de 34 paises e cerca de 500 milhões de pessoas, segundo balango do Banco Mundial. Na Índia, beneficiou 32 milhdes de pessoas com um volume total de US$ 1,5 bilhão. Nas comunidades, os empréstimos sao concedidos as mulheres e giram em torno de US$ 100, baixos para os padroes ocidentais, mas suficientes para, por exemplo, consertar um telhado, erguer um banheiro ou comprar uma vaca. Nada que lembre o assistencialismo, como é praticado no Brasil com o Bolsa Famflia, e longe de ser como o crédito consignado brasileiro.
A A partir da esquerda, Arup Chatterjee (IAIS), Serap Gonulal (Banco Mundial), Norhayati Abdul Kadir (Malasia), Patrick Ward (Africa do Sul), Regina Lidia Giordano (Susep), Ramesh Bhattarai (Nepal) e Katherine Gibson (Africa do Sub: encontro para difundir a cultura do seguro
Há dois anos, um outro produto Pegou carona na boa receptividade do microcrédito. Para garantir o pagamento do empréstimo, em caso de falecimento ou incapacidade do favorecido, ao invés de tomar o único bem de famílias pobres e numerosas- uma vaca ou até mesmo a propriedade-o microsseguro foi atrelado aos canais de distribuição do microcrédito, com o incentivo do governo indiano. No Brasil, esse produto está mais para o seguro prestamista, um tipo de seguro popular. Para um crédito de US$ 100, por exemplo, o tomador do empréstimo Paga um prêmio de apenas US$ 5 ao ano.
Além de um eficiente instrumento de desenvolvimento e inclusão social, microsseguro conseguiu na Índia o que parecia impossível em qualquer país emergente: elevar o consumo do seguro entre a População de baixa renda , mais do que isso, criar consciéncia quanto a importancia de se proteger avida e o patriménio. Muitas comunidades desper- taram o interesse por outros tipos de seguro, como o agricola e o de saúde, ainda que com coberturas bastante reduzidas. Representando a Susep no grupo de trabalho conjunto IAIS-CGAP, a coordenadora de Relagoes Internacionais, Regina Simoes, esteve em Hagari Bomannahalli e se disse surpresa com o conhecimento sobre seguros demonstrado pelos moradores. O objetivo do grupo de trabalho, segundo ela, será elaborar um paper que Poderá servir de guia aos reguladores de seguros que desejarem implementar politicas de microsseguros em seus pajses, (MA)
Caminhos para o DESENVOLVIMENTO
Grande formador de poupança, o setor de seguros, previdência complementar e capitalização pode se tornar grande aliado do governo na promoção do crescimento sustentável do País.
Documento entregue ao presidente Lula por empresários do setor mostra como isso pode ser feito
EDNA DE SOUZA
A estabilidade econômica fez com que a população brasileira deixasse de ser preocupar com os reajustes diários de preços e passasse a pensar mais no futuro. mudança de comportamento foi um impulso para a expansão do setor de seguros, previdência e capitalização. Somente na última década, a participação do volume de recursos arrecadados pelo setor em relação o Produto Interno Bruto (PIB) soma de todas as riquezas do país saltou de 2,53% em 1995 para 3,39% em 2005.
Apesar do considerável crescimento, esse número ainda é bem inferior ao apurado em economias desenvolvidas como Estados Unidos (9,2% do PIB), Alemanha e Canadá (7% do PIB). No cenário atual, onde o País não tem dinheiro para fazer os investimentos necessários para sustentar o crescimento, os gargalos para a expansão do setor ganham maior espaço na discussão sobre a condução da política econômica por ser um estimulador da poupança de longo prazo.
Convictos da importância do setor para o crescimento do País e redução das desigualdades sociais, uma comitiva integrada por representantes do mercado segurador brasileiro entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 7 de dezembro, em audiência no Palácio do Planalto, documento O País, a Sociedade e o Mercado de Seguros, Previdência Complementar e Capitalização , elaborado pelos professores Dionísio Dias Carneiro e Luiz
Roberto de Azevedo Cunha, da PUC do Rio de Janeiro, a pedido da Fenaseg.
O estudo faz um balanço do setor nos últimos anos e mostra os empecilhos existentes para o crescimento. Dentre as sugestões apresentadas estão a harmonização estabilidade das regras de me: do, o aperfeiçoamento dos seguros Rural, Habitacional, Garantia e de Crédito à Exportação, além da redução de impostos o fim dos monopólios do resseguro e do seguro de acidentes do trabalho.
Esses dados e sugestões de aprimoramento foram coletados a partir de 12 reuniões com 238 lideranças e
especialistas. Não é um documento reivindicatério, mas querfamos mostrar ao presidente Lula que o setor precisa de alguns estímulos para continuar expandindo , explicou o presidente da Fenaseg. A previsdo de crescimento do mercado de seguros é de 17% neste ano a da economia brasileira deve ser de 2,8%. Ainda temos muito espago para crescer porque a base de clientes ainda muito baixa , acrescentou Jodo Elisio Ferraz de Campos.
O presidente Lula recebeu o documento, dizendo que este chegava em hora oportuna, quando o Governo faz definição de politicas e agdes voltadas para destravar o Pafs. Vamos analisar seu conteúdo e aproveilar as sugestoes que forem pertinentes , afirmou. Lula designou ainda o Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que o acompanhava na audiéncia, para ser o interlocutor com o mercado segurador.
Segundo o documento, um dos grandes empecilhos para o crescimento do Pafs é justamente a falta de poupanca de longo prazo. Estimular
populagdo brasileira a aplicar em seguros, previdéncia complementar e capitalizagio ajuda na acumulagio de capilal, que normalmente tem sido utilizada para financiar a divida pablica. Os administradores dessas empresas aplicam suas reservas, hoje em R$ 175 bilhões, em titulos públicos federais por terem o retorno alto, atualmente a taxa básica de juros (Selic) é de 13,25% a0 ano, e sem risco. Com a queda dos juros, no entanto, outros tipos de aplicações podem passar a ser atrativas.
REGRAS CLARAS O crescimento do mercado segurador depende de um marco regulatério transparente e claro. Para isso, documento apl'esenladx) ao presidente Lula defende uma revisdo do atual estrutura do Sistema Nacional de Seguros para que as empresas do setor se coloquem no mesmo patamar de outras instituigges financeiras. Nao temos medo de fiscalização , afirmou o presidente da Fenaseg. A possibilidade de se criar uma agéncia de estimulo A poupanga de longo prazo foi outra ssa seria proposta levada ao governo.
uma alternativa para a falta de investimentos necessdrios para a sustentagao do crescimento econémico de 5% do PIB a partir do préximo ano.
Para ampliar interesse do consumidor por esses produtos, seria necessário, conforme o documento, diminuir a tributação incidente sobre os rendimentos auferidos nos planos de seguros de pessoas com cobertura por sobrevivéncia, estruturados nas modalidades de contribuição definida varidvel para atender, principalmente, a população de baixa renda. Isso estimularia formação de poupanga de cariter previdencidrio como ampliaria a proteção ao maior niimero de brasileiros , informou o estudo apresentado ao presidente Lula. Recentemente, governo federal diminuiu a aliquota do Imposto sobre Operagdes Financeiras (IOF) de 7% para 0% do seguro de vida, que contribuiu significativamente para aumento desse tipo de negócio nas seguradoras. O presidente da Fenaseg sugeriu expansdo desse beneffcio para os outros produtos oferecidos pelas empresas do selor.
FIM DE MONOPOLIOS Outro ponto que precisa ser analisado pelo governo e que pode resultar em uma queda dos custos para o consumidor final é justamente a abertura do mercado de resseguros. A expectativa de João Elisio Ferraz de Campos é de que até o final deste ano seje aprovado o projeto de lei que trata do as-
sunto. Com a abertura do resseguro vai haver grande mudanca de preco porque passard a haver concorréncia , ressaltou. O monopélio do resseguro no Brasil, instituido em 1939, impede a entrada de investidores estrangeiros no Pas. Mas não é apenas este mercado que precisa ser aberto para a competição no Pais. Também seria interessante para o governo, trabalhadores e empresas, que o Seguro de Acidentes de Trabalho (SAT) deixasse de ser oferecido apenas pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Essa seria uma saída para diminuir a pressio das despesas com acidentes de trabalho sobre as contas da previdéncia social. A entrada de outras companhias nesse mercado poderia provocar uma queda na diminuição do prego do seguro. Não se trata de uma privatizagio do SAT, mas uma flexibilização do novo regime restabelecendo a condição anterior na qual o trabalhador poderd optar em contratar o seguro em referéncia com o Regime Geral de Pre- vidéncia Social (RPGS) ou com o setor privado. A proposta nio implica, pois, em alijamento da Previdéncia Social, mas sua convivéncia com agentes do setor privado substituindo o monopólio pela multiplicidade de oferta , explicaram os professores da PUC no
documento O País, a Sociedade o Mercado de Seguros, Previdência Complementar e Capitalização .
Além do SAT, os seguros rural, habitacional, de garantia e de crédito exportagdo precisam de aprimoramento. O seguro rural se destina proteção de lavouras rebanhos contra os riscos como catdstrofes climiticas. A Fenaseg e o Ministério da Agricultura estdo trabalhando juntos na elaboração de um projeto de lei complementar que cria mecanismo de protegio. O seguro habitacional cujas operações e três anos depende de estímulos como redução a zero da alíquota do IOF para
m R$ 2,3 bilhões nos últimos continuar crescendo. Também é preciso permitir que os juros que integram as prestações dos financiamentos para aquisição de moradia própria sejam deduzidos do Imposto de Renda.
Outro gargalo existente é complexa regulamentação incidente sobre o seguro saúde. Atualmente, as empresas estão submetidas tanto da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) quanto da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Também é preciso encontrar uma saída para que os preços dos seguros acompanhem os reajustes dos custos médico-hospitalares pa ra que o negócio continue sendo uma operação viável financeiramente para as seguradoras de saúde. Outra sug tão do setor é estabelecer regras mais severas para o combate de crimes como seqiiestro, roubo e furto de automóveis e transportes de c:
Atualmente, existem no país 131 empresas ofertando diversos tipos de
seguros, 20 empresas comercializando títulos de capitalização, 57 empresas operando com planos de previdência complementar aberta 73.653 corretores, pessoas físicas e jurídicas, responsáveis pela geração de mais de 200 mil empregos diretos. Em 2006, as empresas devem retornar aos agentes de R$ 45 bilhões por meio de pagamentos
produtivos e à sociedade mais de indenizações, capitais segurados, capitais segurados, resgates parciais e totais de recursos alocados em planos de seguros de pessoas de previdência complementar aberta, benefícios e resgates ou sorteios de títulos de capitalização. Só em tributos, serão destinados cerca de R$ 6 bilhões aos governos municipal, estadual e federal.
PRONUNCIAMENTO FEITO PELO PRESIDENTE DA FENASEG; JOAO ELISIO, NA AUDIENCIA COM O PRESIDENTE LULA
Estamos aqui, senhor presiden* te, Mercado Segurador, representado por suas principais liderancas, para em tregarVossa Exceléncia o documento O Pais, a Sociedade e o Mercado Brasileiro de Seguros, Previdéncia Complementar e Capitalizagao . 0 documento foi elaborado pelos professores Dionisio Dias Carneir? e Luiz Roberto de Azevedo Cunh& da PUC do Rio de Janeiro a partir d¢ opinides, idéias e sugestdes colhida® em doze reunides com a participaga® de 238 liderangas e especialistas 4 setor.
Na primeira parte, retrata a iM porténcia da nossa atividade e depºis traz propostas e sugestdes para º desenvolvimento sécio-econémico dº Pais e, conseqtientemente, do setorem que atuamos.
Nao é um documento com caracté risticas reivindicatorias até porque tudo que for bom para o Pais a sociedad® será bom para o nosso mercado.
Se houver mais seguranga, se a5 pessoas tiverem mais saúde e educd ção, se viverem mais, se houver meno$ acidentes no transito, tudo isso serd bom para a sociedade e para o nosso negócio.
(SulAmeric:
INTEGRARAM COMITIVA: Alberto Oswaldo Continentino de Araújo (Sindicato das Seguardoras-MG Minas Brasil), Francisco Alves de Souza (Sindepp/SP Sindicato das Entidades Abertas de Previdência Privada), Jayme Brasil Garfinfel (Porto Seguro), João Elisio Ferraz de Campos (Fenaseg), Jorge Estácio da Silva (Prutendial do Brasil), José Américo Peón de Sá (Áurea Seguradora), José Ismar Alves Torres (Brasil Capitalização), Luiz Carlos Trabuco Cappi (Bradesco Seguros), Marco Antonio Rossi (Anapp Bradesco Vida e Previdência), Mauro Cesar Batista (Mapfre Seguros), Nilton Molina (Mongeral Seguros), Oswaldo Nascimento (Anapp Itaú Vida e Previdência ), Patrick Larragoiti Seguros), Pedro Pereira de Freitas (America Life Cia de Seguros) e Renato Campos (Funenseg). A
Isso aparece claramente no traba lho dos professores, quando revelam que quanto maior o IDH de uma popu lagao, maior a procura pela protega0
dos seguros e previdéncia. Quanto menor a desigualdade social de um Pais A João Elisio entrega o documento ao presidente Lula
melhor a sua distribuicao de renda, mais forte seu setor de seguros.
Noés trabalhamos, presidente, para oferecer as pessoas suas familias protegao contra riscos pessoais ou de patrimdnios, além de termos um papel importante na formagao de poupanga de longo prazo.
Alguns números ilustram essas afirmagdes: as nossas reservas técnicas, que constituem a poupanga citada e que estão aplicadas na economia do Pais, atingem a casa de R$ 175 bilhes. As indenizagdes pagas, anualmente, para reposigao de bens, ou amparo a familias beneficiarias de seguros de vida ou previdéncia, atingem R$ 36 bilhões.
As quantidades fisicas possibilitam uma compreensao melhor do que isso significa: o seguro de automaveis pagou, no ano passado, 2,2 milhGes de ocorréncias, ou seja, cerca de mil por dia. Só em reposição de veiculos chegou a 250 mil, o que dá, mais ou menos, 690 por dia. As oficinas mecénicas, receberam, pela realizagao de reparos, R$ 3,2 bilhões em 5,4 mil indenizagdes por dia.
Os números, na area do segurosaúde, também sao expressivos. Foram indenizados, no ano passado, 107 milhdes de procedimentos no valor total de R$ 7 bilhdes.
Temos certeza que a nossa atuação tem um impacto positivo no desempenho do setor automobilistico e no segmento
de serviços de salide privada, não só no aspecto econdmico, mas, principalmente, pela contribuigdo que da à manutencaoe criação de empregos. E isso acontece em todos os setores em que nossa atividade está presente.
Considerando o aspecto de protecao que o seguro oferece e preocupagao de Vossa Exceléncia com as classes menos favorecidas, permito-me deixar aqui uma idéia para reflexao. A exemplo de programas como o Bolsa Familia, seria possivel criar um seguro de vida para amparar essas familias em seus inforttinios com um custo muito reduzido.
Finalmente, senhor presidente, quero ressaltar que, no seu Governo, o mercado segurador teve avangos importantes.
0 Congresso Nacional manteve a decisão de que o seguro de acidentes dotrabalho pode ser atendido tanto pelo sistema publico quanto pela iniciativa privada e o Poder Executivo tomou iniciativa de encaminhar a Cdmara dos Deputados o projeto de lei que, na pratica, acaba com o monopolio do resseguro no Brasil.E,
antes disso, ja havia adotado medidas de estimulo ao setor, como a subvenção ao seguro rural, a tabela regressiva do imposto de renda para previdéncia privada e a redugéo do IOF sobre seguro de vida.
São medidas muito positivas e que precisariam até ser ampliadas porque, independente do efeito que tenham sobre o mercado, beneficiam diretamente as pessoas que procuram protecao para os riscos a que todos nés estamos sujeitos.
Quero dizer também à Vossa Exceléncia, que o mercado segurador tem grande honra de operar o seguro DPVAT, um seguro eminentemente social, que protege todos os 180 milhões de brasileiros em caso de acidentes de transito.
Nós entendemos que essas decisdes, como todas as mini-reformas que vém sendo feitas na economia, merecem 0 nosso apoio e o nosso estimulo para que o Governo de Vossa Exceléncia continue a seguir esse caminho e faca as reformas estruturais necessarias para destravar a economia e promover o desenvolvimento do Pais, Presidente, disse que nao faria nenhuma reivindicagao, mas ha uma sugestão que tomo a liberdade de fazer. Todos nós, seguradores, entendeMos que o nosso setor, pela importancia que tem na acumulagéo e gestao de poupancas, deveria ter um só érgéo regulador e fiscalizador de todos os segmentos de seguros e previdéncia.
6 A exemplo de programas como o Bolsa-Familia, seria possivel criar um seguro de vida para amparar essas familias em seus infortónios com um custo muito reduzido.
Perto do PADRÃO MUNDIAL
Basiléia estão para setor bancirio e as da Tosco para o mercado de capitais.
Tivemos 12 representantes do nosso setor de seguros, além dos observadores da Fenaseg e da Bradesco Seguros, o que mostra o interesse de ne a indistria em se modernizar.
Mercado brasileiro ganha com alinhamento às tendências mais modernas do mercado a brasileira de seguros está obtendo sucesso na busca pelo alinhamento aos padrões internacionais. Quanto mais afinado o setor estiver com o mercado mundial, mais modernidade seus produtos terão e mais investimentos vai atrair. são conclusões comuns a três dos participantes da 13º Conferência Anual da Assa iação Internacional de Supervisores de Seguros (IAIS), realizada de 18 a 21 de outubro, na China: Regina Lidia Giordano Simões (Susep), Ricardo de Sá Acatauassi Xavier Alberto Protdsio (Fenaseg) e Car (Associação Brasileira de Corretoras de Resseguros Abecor-Re)
O objetivo das conferéncias da IAIS é apresentar as tendéncias em termos de regulação de seguros, buscando a convergéncia normativa da atividade e a disseminagao do conhecimento da atividade de supervisao nos autoridades supe
setor (representantes de inte- mais de 130 paf gram IAIS, que responde pela elaboração dos principios basicos do segmento. Esses ado principios estdo para o me segurador como as regras do Comité de
O Brasil foi mencionado em vérias reunides técnicas, indicando reconhecimento pelo esforgo do Pafs em aperfeigoar seu mercado. Além disso, fomos aprovados para sediar a conferéncia em 20097, afirma a coordenadora de Relações Internacionais da Susep, Regina Simões. A representante da Susep ressaltou que o cr imento do setor de seguros estd diretamente lig; ado à convergéncia com os principios mundiais. De acordo com Regina Simões, o me ado saudável garante resultados para as empresas e proteção para os consumidores.
A A China sediou a 13" Conferéncia Anual
Na opinião do presidente da Abecor-Re, C: setor de seguros em todo o mundo caminha arlos Alberto Protásio,¢ para a regulamentagdo unificada, uma exigéncia do préprio processo de globalização. Para ele, o aprimoramento do mercado brasileiro se revela pela adoção de procedimentos cada vez mais modernos nas dreas de informação, élica, governanga e transparéncia. Como exemplo cita a instalagio de ouvidorias pelas empre:
INDÚSTRIA cresce, apesar da ECONOMIA
Dirigentes dos Sindicatos das Sequradoras do Pais avaliom que em 2006 o sefor superou a conjuntura adversa e discutem os caminhos para garantir o desenvolvimento do mercado em 2007
iOLA\N(, CUIM: \RML
Uma das discussoes mais oportunas para o Brasil ocorreu em torno do seguro social, com destaque para a apresentação da experiéncia indiana de microsseguros, com apólices de até US$ 2 mensais , acre: AÀ 13º Conferên composta por duas etapas
centa. ia da TAIS foi as reuniões
Assuntos Institucionais da Fenaseg Ricardo Xavier, a abrangência dos temas dos painéis foi importante para a atualização dos participantes brasileirosAssuntos como transparência, governança corporativa, seguro popular, seguro agrícola, soluçõ: para o sistema nacional previdência e normas internacionais de contabilidade certame
escimento econdmico Apesardo ¢ ter ficado aquém das expectativas, o mercado segurador não tem muito do que reclamar de 2006. Mais uma vez setor consegue registrar laxas de crescimento muito superiores ao do restante da economia, impulsionado principalmente pelo VGBL (Vida Gerador de Beneficios Livres), produto que revigorou o segmento de seguros de pessoas.
No infcio de 2006, preocupagio de que o ano eleitord havia a estagnasse a economia, 0 que não aconteceu. Até bem pouco tempo, em ano de eleigdo o Pafs reduzia suas atividades, aguardando o resultado do pleito e as novas politicas governamentais, mas as eleigdes presidenciais deste ano não afetaram a economia e o ritmo dos negécios , constata pre-
sidente do Sindicato das Seguradoras de Santa Catarina (SINDSEGSC), Paulo Liickmann. Ele revela que o mercado segurador do seu estado de- verd alcangar uma produgdo superior a R$ 1,7 bilhão no ano.
Para dar sustentagio ao desen- volvimento do mercado no estado, o sindicato vem desenvolvendo agdes descentralizadas com grupos de trabalho em todas as cidades-pélo que, juntamente com as comissdes técnicas buscam solugdes para diver- sos problemas do dia-a-dia, além de aproximar e integrar o mercado com os demais setores da sociedade. O SINDSEGSC realizou em Criciúma a primeira etapa dos seminários regio- nais, que deverão continuar ao longo de 2007, e encerrou o ano com a 1º Conferência Catarinense de Seguros, ocor da no inicio de dezembro na cidade de Blumenau.
0 sindicato paulista criou esta campanha, que explica o significado do seguro e é voltada para estudantes do ensino médio e universitdrios
MURILO FIUZA
Mais um promissor nicho de negócios para mercado de seguros e resseguros desponta no Pafs. Trata-se do segmento de energia, que vive um momento de expansio no Brasil em fungéo do novo Plano de Negécios da Petrnbr_as, anunciado em julho deste ano. Com investimentos, até 2011, de US$ 87 bilhdes 66% maior que o plano anterior -, a petroleira quer atingir a ambiciosa meta de produzir 4,556 milhdes de barris de petréleo e gás por dia em 2015. Deste total, 6% (US$ 75 bilhõ: projetos no Pafs, tanto em exploração produgdo como nas unidades de refino terminais dutos, além de estaleiros e fornecedores de bens e servigos.
Apenas no setor de gás natural, 0s investimentos estimados pela Petrobras no Plangás (Plano de Antecipagdo da 0 de Gás) chegam a US$ 22,4 s, no perfodo 2007 a 2011. Deste total, US$ 17,9 bilhoe nvestidos pela Petrobras e US$ 4,5 bilhdes, por s em 2011. Os investimentos incluem a construgdo e ampliagio de gasodutos, exploragio de novos pogos extração em dguas profundas, estago de tratamento e bombeamento de gá natural, além de plataformas e outros equipamentos. Somente na expansio da rede de gasodutos serão aplicados 6,5 bilhões até 2011.
A intenção da companhia é aumentar a produgdo de gás dos atuais 15,8 milhdes de metros cúbicos por dia para 40 milhdes, em fins de 2008. Ou
Aumento de investimentos da Petrobras, sobretudo na área de gás natural, impulsiondm mercado segurador no País
Capitalização
contribui para a educação financeira do brasileiro
OSVALDO DO NASCIMENTO
Com a estabilidade da economia e inflação controlada, os títulos de capitalização vêm se consolidando como uma opção cada vez mais atraente para aqueles que buscam uma forma planejada e segura de poupar seu dinheiro, além de contribuir com uma série de benefícios para auxiliar no crescimento da economia do país, como a geração de empregos e o reforço da poupança interna. Até setembro deste ano, o setor acumulou R$ 5,1 bilhões em faturamento e R$ 11 bilhões em reservas, uma variação de 8,13% em relação a idêntico período do ano passado. Assim, a expectativa é que alcance vôos ainda mais altos com a proposta da Susep de uma regulamentação clara e transparente para a atuação dos agentes do mercado de capitalização. Além de propiciar ao consumidor a oportunidade de juntar dinheiro de forma programada, dentro de suas necessida-
técnicas previstas para serem apliàs normas contratuais e à cada:
SS ção dos títulos em modalidades distintas regem as expecdo mercado de capitalização
<imo ano. Esse período
ão, iniciado em 2006, para o pró de transiç a a vontade das empres s do mar segmento em, cada vez mais, falar a linguagem dos consumidores com total transparência e auxiliá-los na escolha do título adequado às suas
des, os títulos de capitalização distribuiram aos titulares R$ 247 milhões em prêmios em dinheiro até setembro, através da Loteria Federal, possibilitando a antecipação de projetos e de sonhos idealizados. Diante da evolução do setor e versatilidade na criação de produtos (economia programada, ações de incentivo fidelização e adimplência de outros produtos, garantia de contratos de aluguel, etc.), a Susep está elaborando novo normativo para a capitalização, já em audiência pública. O aprimoramento do mercado está sendo aguardado com bastante otimismo. Entre as principais novidades que devem entrar em vigor no próximo ano estão a segmentação dos títulos de capitalização, que deverão ser classificados em quatro modalidades: tradicional, compra programada, popular e incentivo, em contraponto à legislação atual, única para todos os produtos. As alterações nos termos contratuais para uma linguagem mais palatável para o varejo, entre outras mudanças que Espera sas iniciativas mos que estejam em vigor no segundo semestre de 2007, período em que as companhiasjá pod lançar produtos de acordo com as novas resoluções comenta
vislumbram a modernização do setor também serão importantes. Com ess? conjuntura de regras definidas e econo mia estdvel, serd possivel formarmos consumidores mais conscientes e pré parados. Poderemos também reduzir® desconhecimento sobre os tipos de pro dutos e os beneficios que eles propor cionam, tornando o plano de capita lização um instrumento inqueslionávºl para auxiliar na disseminação da eul tura de poupar.
Osvaldo do Nascimento é diretor superintendente da Itaú SeguroS pitalização e entre 7% º 8% de ampliação nº faturamento. Estamo® otimistas também em relação à previsão de crescimento econômicº do país no que diz res peito ao aumento do PIB. Dess? s,|diretor de da Fenaseg. apitaliz
O executivo define como perspectivas para os préximos 12 meses exsrvas de ca-
forma, com o salto na renda do bra sileiro haverd mais recursos a sere!! poupados, aspecto que pode im pulsionar a capitalizagio , avali Fre
Nos dias de hoje, a palavra poupar vem se tornando, cada vez mais, fundamental não somente no vocabulário do brasileiro, mas principalmente na hora de fechar o orçamento do mês. Essa realidade também não é diferente quando o assunto diz respeito às contas públicas. Considerados uma experiência brasileira de sucesso, os títulos de capitalização são capazes de transitar nesses dois universos distintos. Isso se deve ao fato de ambos necessitarem da composição de recursos a longo prazo para, futuramente, alcançarem a evolução financeira desejada, o que retrata fielmente o objetivo da capitalização. Dessa forma, os produtos oferecidos pelas empresas do setor reúnem potencial para beneficiar a donade-casa, o jovem que está iniciando sua vida financeira e, até mesmo, a economia de um país. Segundo ɪdo_l?uclllpmfessur de finanças do Ibmec São Paulo, os títulos de capitalização conquistaram seu espaço como uma alternativa de poupança. Sua principal vantagem é o incentivo ao hábito periódico de guardar dinheiro , comenta o especialista. Para ele, a capitalização foi um dos segmentos favorecidos com a estabilidade econômica e com a migração de recursos antes alocados na compra de imóveis e de automóveis par obtenção de ganhos financeiros. As pessoas abriram sua mente a outros instrumentos como capitalizagdo e fundos previdencidrios, por exemplo , acrescenta.
Para [Antonio Penteado Mendonga, advogado, jornalista e professor da FIA e FEA-USP, o brasileiro estd poupando mais do que hd alguns anos. Esse comportamento faz com que a ção também seja mais vista capitali e percebida como uma opgio de poupanga. Isso é positivo em função de seu caráter disciplinador , avalia. Além disso, Penteado Mendonça esclarece que os titulos se encaixam nas finangas pessoais tanto do cidadão de baixa renda quanto do de classe média. O que muda é a motivação da compra. Quem tem poucos recursos vai ser estimulado pelo aspecto do sorteio de prêmios, já grupo bancarizado procura formar uma poupança, visando garantir compra de um bem ou serviço , complementa o acadêmico.
Círculo virtuoso
Com o aumento das reservas técnicas das empresas seguradoras que viabilizam a capitalização, Rocha destaca a possibilidade da consolidação do chamado circulo virtuoso com o auxílio desse setor. Ou seja, as com-
panhias podem utilizar parte desse excedente de poupança para compra de títulos de dívidas de empresas de capital aberto. Esse tipo de investimento pode ajudá-las a estabilizar sua situação financeir: ea ampliar sua cadeia produtiva, impactando de maneira positiva para determinado setor e para a ec nomia brasileira , informa. Somado e fator e ao recolhimento de impostos, há ainda o aus o à poupança interna, já que os recursos da capitalização estão, em boa parte, aplicados em títulos público: resulta num apoio ao finar de operações governamentais. Para que haja um melhor aproveitamento dos recursos financeiros seria importante alinhá-los às reais necessidades, longo prazo, da dívida interna , acrescenta Penteado Mendonça.
Esses fatores indicam que mercado de capitalização concentra ainda diversas frentes a serem exploradas. Acoplar os títulos a outros produtos é um dos caminhos para o crescimento do setor. Por exemplo, desenvolver um seguro de vida ou de automóvel premiável pela capitalização com o objetivo de incrementar a venda dos titulos, além de utilizá-los como um diferencial de marketing. Com isso, a tividade do segmento á, sem dúvida, primordial para sua expansão nos próximos anos , conclui Penteado Mendor
LEITURA
Livro apresenta
completo e renovado do setor
Durante 18 meses, Edmilson Gama da Silva, Marcos Eduardo de Carvalho e Ryvo Matias Pires dos Santos, executivos da Caixa Capitalização e membros da Comissão de Capitalização da Fenaseg, dedicaram seus finais de semana a um trabalho minucioso de pesquisa. O resultado desse empenho conjunto pode ser conferido no livro Capitalização Histórico, Conceitos e Perspectivas , lançado pela Escola Nacional de Seguros. À obra chega para disseminar a compreensão do funcionamento dos produtos e do segmento, bem como para complementar a bibliografia existente do setor com uma visão renovada e aprofundada.
Fontes de inspiração
O levantamento dos dados para a elaboração do livro englobou, basicamente, cinco frentes de análise e depuração de informações, vindas dos estudos desenvolvidos pelos autores ao longo de suas vidas profissionais na Caixa Capitalização, desde 1996, ano de criaçã: o da companhia; pes-
demais empresas atuantes no mercado casos de sucesso; elementos informativos dos sites das empresas do setor e de órgão: Susep, Bacen e Fenaseg; e ve ação de referéncias bibliográficas sobre a apitalização e histéria econômica e social do Brasil do mundo.
panorama
O cruzamento das informagdes obtidas em todo esse processo não poderia ser melhor. Em linguagem acessivel, o livro apresenta ao leitor temas que retratam a origem da capitalizagio, o que é produto, direitos e deveres do consumidor, a relagio entre poupanga capitalização, normas aplicáveis do setor e, ainda, valem ser destacados a abordagem inédita dada a criagdo de um produto de capitalização, além do capitulo dedicado as perspectivas para os préximos anos. Esse item discorre sobre a atual proposta, elaborada pelas empresas em conjunto com a Susep, que visa modernizar a legislação e criz modalidades de titulos (tradicional, compra programada, popular e incentivo).
Importancia para o mercado
quatro.
como el Cap uma publicago da Comisséo de Capitalização da Federa
Segundo os autores, o livro representa mais capitalizagiio no pafs, pois vai a fundo uma conquista na histéria da nas esséncias técnica e legal do mercado e nas etapas de desenvolvimento de um produto. O que desmistifica a figura do titulo e viabiliza uma percepção mais concreta, harménica e efetiva de seu papel como instrumento democritico de economia programada e geragio de recursos para investimentos produtivos alavancador crescimento econdmico do Brasil.
do
Para Rita Batista, presidente da Comissio de Capitalizagio da Fenaseg,
São Paulo / SP Tel.: (11) 3064-4575 franpress@franpress.com.br
Geréncia de Atendimento: Frank Rogério
Reportagens, Edição: André Rofoel Furtado (MTb 28.122)
a public avango do setor. Tanto o público em geral quanto os profissionais do mercado foram agraciados com uma obra completa com contetido de extre-
¢do comprova mais um ma qualidade , comenta a executiva. Compartilhando essa idéia, Cldudio Contador, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Funenseg, acrescenta que o livro sintetiza os conceitos e a legislação indispensdvel para quem deseja se dedicar à capitalizagio .
~ Servigo:
ks
Capitalizacao
Histórico- Concoitos -Perspectivas.
À obra está à venda nas 15 unidades regionais da Escola Nacional de Seguros por R$ 20. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 3132-1004 ou pelo e-mail: vendas@funenseg.org.br.
1ção Nacional das Empresas de Seguros Privados de Capitalização - FENASEG
Projeto Gréfico, Redação Edição: Fran Press Assessoria de Imprensa - Alameda Santos, 2.441 Conj. 11 Cerqueira César CEP 01419-002
Fotos: Divulgação / Bonco de Imagens Prática Design www.pratica.eti.br
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5.000 exemplares Distribuicao: O Jornal Leia Cap um enc
seja, um acréscimo de 24,2 milhões de metros cúbicos/dia, diminuindo, assim, a dependência da instável Bolívia, que é responsável pelo envio de metade do gás consumido no hoje País.
Somados aos US$ 75 bilhões da Petrobras, teremos mais US$ 25 bilhões que virdo de outras companhias petroliferas, que estdo de olho no Brasil.
Ou seja: serão US$ 100 bilhdes que o Pafs ird receber nos préximos cinco anos. Esse volume de investimentos vai movimentar ndo apenas a inddstria de transformagdo, fornecedora da Petrobras, como o mercador segurador , afirma El6i Fernandez y Fernandez, presidente da ONIP (Organizagdo Nacional da Indistria do Petrdleo), a qual a Fenaseg é associada.
De olho na expansio do mercado de energia e, conseqiientemente, em todas as peculiaridades que ele demanda para a drea de seguro e resseguro (veja quadro), o IRB Brasil Re criou uma diretoria especializada para atender ao setor, separando-o da carteira de prospects, que reúne clientes cujos prémios e sinistros são de menor valor. Hoje, o
o mercado segurador nacional como não vemos há muitos anos , comemora Elder Pereira Muniz, gerente de Riscos de Energia do IRB Brasil Re.
Segundo ele, os primeiros contratos de seguros da petroleira serão para construgio de plataformas offshore (build risks) e de petroleiros de grande porte, contratados pela Transpetro, subsididria da Petrobras, além dos seguros de garantia e contra-garantias. A Petrobras já comegou a consultar mercado segurador internacional , conta o executivo.
A Anténio Trindade: obras 0 gerar grande movimentação no mercado segurador
da obra. Haverd uma movimentagdo muito grande. Serão anos em que esses investimentos vão afetar o volume de negécios do mercado brasileiro de seguros , avalia Trindade. Além da cadeia de fornecedores, os recursos aplicados no setor, estima o executivo, vão gerar milhares empregos ¢, com isso, muitas apélices de seguro de vida serão contratadas durante as obras.
Já o diretor de Beneficios da Unibanco-AIG, Antônio Trindade, ressalta que além dos contratos de seguros ligados diretamente aos projetos da Petrobras, haverd um infinddvel número de apélices que serão demandadas por cada fornecedor contratado pela estatal. Pela legislagdo, todos esses fornecedores terao que contratar o seguro como garantia para a realização
Para se ter uma idéia, pelas contas feitas pela Petrobras, a pedido da Revista de Seguros, no pico das obras previstas no Plangds (no inicio de 2008), serão criados 140 mil empregos diretos e indiretos, beneficiando principalmente os estados do Rio de Janeiro e do Espirito Santo, uma vez que a maior parcela do volume de gds vird das Bacias do Espirito Santo e de Campos.
É justamente por causa da nova política para o setor de petróleo e gás do governo boliviano, que aumentou tarifas, nacionalizou as reservas de gás ameaça expropriar plantas de gás da Petrobras, que o Milhões m/dio - E cano (S o IRB conta com US$ 300 ss o Vo Brasil decidiu reduzir sua Urucu 70 A milhdes para projetos x dependéncia das importada carteira de energia. - Roncador et ções de gás do país vizinho. 1P-54)
CURVA DE ENTREGA DE GAS NATURAL g
Em caso de dividas, crificas ou sugestoes, entre em conlato pelos e-mails relacionados abaixo: frank@franpress.com.br
Frank Rogério
André Rofael Furtado -
andre@franpress.com.br
Sabemos que a maior 20 (ol 2011 O Brasil consome em torno - Jubarte s parte dos contratos vao 50 oG 20m a TM a2 de 50 milhdes de metros 3 ficar com seguradoras e, 205 ESS 130 M1 (?53) cúbicos de gás por dia, dos W 2008 PS 2000 resseguradoras interna- 2006 2008 quais cerca de 25 milhões " 30 Peroá-Cangoa 2 P cionais, mas, em fungio 275 e Fase? o de metros cúbicos são im- Roncador 2007 GNAssociado 8 o do volume de recursos 2 s | e - oumionssein | | POrtados da Bolívia. Atacora - 2007 e Rl É investidos pela Petrobras, o à:ªãy A s Congenentar 3 O restante vem sendo Mod. e 2 o que ficar no Brasil serd 206, MO K 2007 £ atendido pela produção q 2006 _ A " H P' ç suficiente para aquecer º TG o T 2 T 2m T m interna. Estão mantidas -
As vozes9 NATA
0 coral do HSBC, em Curitiba, encanta o País e revela um amplo projeto social que beneficia centenas de crianças
CRISTIANE COLLICH SAMPAIO
Já virou tradição no Pais. Todo ano um coral composto por 160 criangas entre 5 e 14 anos, de sete instituições, se apresenta, em dezembro, no Pal4cio Avenida, em Curitiba, a simpática capital paranaense. Este ano, o espetáculo de Natal do Grupo HSBC do Brasil se chama Pro mundo cantar feliz . Tudo a ver com o espírito da festa. O tema da transformação do mundo pela música, como os outros cinco que orientaram o espetáculo nos anos anteriores amor, amizade, paz e união, meio ambiente e brir -adeira foi definido durante um trabalho feito em 2000 junto a crianças, psicólogos e educadores da idade. O objetivo era conhecer e selecionar os principais sonhos que eles gostariam de ver concretizados no novo milênio.
Ana Paula Gumy, diretora executiva do
Instituto HSBC Solidariedade que administra a política de investimentos do grupo no campo social , explica que, em 1997, quando comprou o Banco Bamerindus, HSBC Bank Brasil resolveu manter o projeto. Na época, ele era um evento de foco cultural, que destinava recursos a crianças menos favorecidas. Porém, segundo a diretora, o caráter da iniciativa foi alterado. As cerca de 850 crianças e adolescentes, de O a 18 anos, dessas sete instituições um número que engloba as que participam do coral de Natal as 40 do coral permanente passaram a ser assistidas pelo HSBC Educação, recebendo, entre outros benefícios, seguro saúde,
assisténcia odontológica pedagógica.. e capacitação profissional.
POR UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL Ana
Paula Gumy- que trabalha no grupo há cerca de 18 anos, dois dos quais em responsabilidade social, e possui especialização nas áreas de finanças, marketing e administração de instituições financeiras lembra que o Natal do HSBC é apenas a parte mais visível de uma ação de abrangência nacional, executada pelo grupo nas áreas de educação, meio ambiente e comunidade (geração de renda). Segundo ela, as iniciativas visam o desenvolvimento das comunidades nos aspectos econômico, tecnológico, ambiental e social para transformação da sociedade , , por isso, não têm cunho meramente assistencial. Todas as empresas e pessoas físicas que têm Imposto de Renda a pagar podem doar parte desse valor até 1% e 6%, respectivamente para organizações não governamentais (Ongs) e projetos sociais desenvolvidos no seu entorno, por meio do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA) e dos Conselhos dos Direitos da Infância e Adolescência, municipais e estaduais, como fazem as empresas ligadas ao HSBC, lembra a diretora.
Até 2005, ao lado dos projetos próprios, a instituiA Coral em ação: o tema deste ano é Pro mundo nascer feliz
ção recebia ouiros, de Ongs e outras instituições, e implementava os que mais benefícios poderiam trazer a cada lade de comunidade. Todavia, divers enfoques dificultava a escolha. Assim, naquele ano foi criado o Comitê HSBC de Responsabilidade Social, um fórum dedicado à discussão e definição de políticas de investimentos voltados a temas específicos, e, em abril de 2006, nascia o Instituto HSBC Solidariedade, um passo além na politica social do grupo. Com isso, ao longo de 2006, o instituto abriu inscrições para seis processos de seleção distintos, direcionados projetos nas áreas de capacitação profissional de portadores de deficiência física, geração de renda para mulheres e jovens, qualificação das escolas rurais, de uso de energia renovável de baixo custo para a base da pirâmide social, e dos já aprovados pelos Conselhos Municipais e Estaduais dos Direitos da Infância Adolesc e do desenvolvimento de comunidades.
Até novembro, 39 projetos haviam sido implementados com o apoio do instituto, um número que deve se elevar para aproximadamente 45 até o final do ano, por conta da abertura de nova seleção para iniciativas que possuem o aval dos conselhos municipais e estaduais, a exemplo da que já havia sido feita no primeiro semestre.
incia, no campo da educação
INVESTIMENTOS SURPRESAS Ao todo, estão em andamento atualmente 139 projetos em diferentes pontos do País. Segundo Ana Paula Gumy, tivas beneficiam mais de essas inici 360 mil habitantes e absorvem R$ 6,5 milhões, oriundos de doações, de aportes do grupo e de produtos serviços lançados com esse fim, como o Cartão Instituto HSBC Solidariedade e o Fundo FIC Referenciado DI Ação Social, entre outros. Desse valor, 75% vão para as ações ligadas a educação, 15% para meio ambiente e 10% para geração de renda.
Além dis 0, os cerca de R$
milhões por ano apurados com a comercialização e o uso de um outro produto, o Cartão de Crédito HSBC Solidariedade, revertem para as obras da Pastoral da Criança, parceiro do instituto. Hoj º, além da pastoral, a entidade tem como parceiras divers instituições nacionais e internacionais ligadas à educação e ao desenvolvimento comunitário, como o Instituto Brasileiro de Educação em Negócios Sustentáveis-Ibens, Amigos do Zippy e pelo Movimento Comunitário Estrela Nova, e ao meio ambiente, como a Botanic Gardens, Earthwatch, World Wild Foundation -WWF e a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental-SPVS, À executiva comenta que no momento o instituto se concentra na análise dos projetos implementados e no planejamento das políticas para o próximo ano. E, embora sem revelar os pontos da agenda para 2007, adianta que haverá boas surpresas . Ao analisar os resultados da política de responsabilidade social do HSBC o banco número um do mundo nesse campo, conforme relatório da revista Fortune , ela diz que quando se pensa e se investe em iniciativas como S, a conseqiiência é a melhoria da qualidade de vida, a inclusão e a evolução da consciência da sociedade. Naturalmente, a inclusão social traz, na ponta da cadeia, o desenvolvimento econômico, com ref S positivos para o mercado, o País, como um todo. Para saber mais sobre o Instituto HSBC Solidariedade, basta acessar o site www.porummundoma lizorgbr. A
Prestação de contas SOCIEDADE
Patrícia
Universidade Federal de São João del Rey: trabalho em linguagem clara demonstra os beneficios do seguro para a sociedade brasileira
como relevante instrumento de ação social. Em 2005, de acordo com dados do Balanço Social, pagamento de indenizações totalizou R$ 707,6 milhões: foram 55.024 sinistros de morte, 31.121 de invalidez permanente e 88.876 de despesas com atendimento médico-hospitalar.
SÔNIA ARARIPE
A atividade seguradora está diretamente ligada, na memória do grande público, à garantia, tranqiiilidade e prudência, enfim, a uma rede de proteção para assegurar um futuro sem sobressaltos. Vem crescendo também o reconhecimento pelos consumidores em geral que por trás da solidez e segurança do mercado brasileiro de seguros, previdência complementar e capitali existe um lado profundamente social humano.
Como uma corrente do desenvolvimento, os benefícios são sentidos por um número cada vez maior de pessoas. O crescimento da venda de contratos permite que mais empresas e pessoas tenham seus patrimônios preservados. As empresas, por sua
vez, precisam investir no longo prazo, gerando uma espécie de colchão de reservas que fortalece a economia do País. O resultado animador: mais empregos são gerados, o bem-estar aumenta e o crescimento econômico e social se consolida.
Na sexta edição, o Balanço Social de Seguros, Previdência Complementar Aberta e Capitalização 2005 realça dados relativos a 131 companhias 73 nos seguros de danos, 12 no de saúde e 54 no de pessoas (algumas dessas mantendo atividades também em danos), sendo que 30 empresas seguradoras e 27 entidades abertas de previdência complementar (EAPCs) atuaram no segmento de previdência complementar aberta e 20 companhias no segmento de capitaliz
O mercado como um todo cresceu 9,9% em volume de receitas brutas em 2005 comparado a 2004 - atingindo R$ 66,01 bilhões - assim como na devolução à sociedade: 70% de tudo o que foi gerado retornaram à sociedade na forma de pagamentos de indenizações benefícios, remuneração de planos, resgates de títulos sorteios. Foram R$ 42,88 bilhões,
no ano anterior.
13,71% acima do que foi devolvido Mercado segurador mostra que 70% da arrecadação em 2005 voltaram como pagamento de indenizações, benefícios e remunerações
Deste total, as seguradoras indenizaram os consumidores em R$ 21,65 bilhões no ano passado (11,7% a mais do que em 2004); o segmento de previdência complementar aberta pagou R$ 14,68 bilhões (19,9% acima do período anterior) e as empresas de capitalização geraram R$ 6,55 bilhões à sociedade (7,9% a mais do que em 2004).
Para dar uma idéia de como funciona esta corrente do desenvolvimento, apenas no caso da carteira de automóveis, foram indenizados 200 mil vefculos em 2005. Isso equivale a cerca de um més de produgio de todas as
PLANOS PREVIDENCIARIOS
M = Milhões de Reais
montadoras instaladas no País, segundo dados da entidade que reúne o setor, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. No caso do segmento de saúde, os dados também impressionam: foram 22,8 milhões de consultas médicas, 62,1 milhões de exames clínicos e laboratoriais, 613 mil internações e 21 milhões de outros casos, totalizando cerca de 107 milhões de procedimentos.
Uma outra soma também considerável R$ 5,4 bilhões retornou sociedade na forma de pagamentos de diferentes tributos. Só para dar uma noção de como este número é expressivo:
ele corresponde a R$ 1,4 bilhdo menos do que o total arrecadado (R$ 6,8 hilhdes) pelo Imposto de Renda entre as pessoas fisicas em 2005, de acordo com dados da Receita Federal.
É interessante notar também o papel de fortalecimento dos investimentos de longo prazo do Pais. O volume de reservas técnicas para garantir capilais e bens assegurados, beneficios e resgates atingiu R$ 107,9 bilhdes, com um crescimento de 24% em relação a 2004. Este valor equivale 43% de todo o Orçamento Social da União em 2004, de R$ 248,9 bilhões.
E o seguro obrigatório de veículos automotores, DPVAT, consolidou-se
A Responsabilidade Social insere-se perfeitamente em todo este contexto. Todos estes segmentos, como poucos, estdo intimamente ligados ao futuro. Na sexta edição, o Balango Social 2005 de Seguros, Previdéncia Complementar Aberta e Capitalização apresenta dados relativos a 48 empresas, a Fenaseg e seis sindicatos que investiram ao todo mais de R$ 70 milhões em diferentes ações nas áreas de cultura, educação, lazer, esporte e assistência social. São milhares de crianças, jovens e adultos assistidos por programas sociais desenvolvidos de forma participativa e estruturante.
O balanço social vem demonstrar os benefícios do setor de seguros para a sociedade brasileira, indicando ser uma ação pró-ativa que mostra
PGBL R$4.477 M
um desenvolvimento nos métodos de gestão das relações empresa-sociedade , avalia Patricia Ashley, professora do Departamento de Ciéncias Administrativas e Contébeis da Universidade Federal de São Jodo del Rey e coordenadora do livro Etica e Responade Social nos Negécios. sabilid
A especialista reforga a impor\ancia deste instrumento. O Balango Social, em linguagem clara, objetiva e adequada é um dos veiculos que demonstram uma atitude pré-ativa da empresa em busca da transparéncia e da boa governanga , diz Patricia Ashley.
TOTAL DO RETORNO A SOCIEDADE
Retorno
Segurosm
Recomposigao dos Bens
Recomposição das Rendas Familiares
Preservagao da Saude
Previdéncia Complementar Pagamento de Beneficios + Resgates
Remuneragéo Poupanga
Capitalizagao
Titulos Resgatados + Sorteados
Remuneragéo Poupanga
Total Retorno a Sociedade
Luz, camera, ação! Em cen2 () SEGURO
0 Brasil comeca a seguir os passos de Hollywood e as seguradoras entram no roteiro das produgdes
ISABEL CAPAVERDE
Vieira de Faria ressalta que a sociedade
nomista e consultor Lauro se beneficia e muito da existéncia destas instituições. Diversas atividafortemente des teriam suas produçê reduzidas e até inviabilizadas se não tivessem ac 550 às operagoes de seguros. Basta tentar imagi o setor petrolifero, o automobilistico o de saúdese: na garantia dos seguros. Portanto, embora
a participagio do insumo seguro na médiada economia função de produç; nacional, expressa pela razão prêmios/ PIB, seja pequena (de cerca de 3,5% do PIB) sua importância é grande, pois, sem ele, diversas atividades ficariam severamente prejudicadas.
A expeclativa é que com maior
Lauro Vieira de Faria, economista consultor, diante dos resultados do Balango Social: o mercado segurador ajuda a garantir a estabilidade financeira nacional
crescimento, não só o setor se beneficie, mas todo o Pais.
A relação entre desenvolvimento uros é de econdmico mercado de mio dupla. O seguro é, cerlamente, um produto do desenvolvimento econémico e tende a avangar mais do que proporcionalmente ao crescimento da renda, pois a sua contratação exige capacidade de poupanga e esta só comega exi: ir quando as famílias sobem na :ala social. Por outro lado, o seguro incentiva o crescimento econômico. As companhias seguradoras e de previdência complementar faz em parte do conjunto de intermediários financeiros, enciais como instrumentos de dicia de riscos.
ra de Ao proteger a situação finance indivíduos, famílias e organizaçõe es, 0 mercado segurador garante a estabilidade financeira nacional complementa Lauro Vieira Faria. A
Um casamento por convenié cia, uma mulher infeliz, um marido em dificuldade nos negécios. Emily Bradford (Gwyneth Paltrow) é casada com Stephen Taylor (Michael Douglas), mas se apaixona pelo artista pldstico David Shaw (Viggo Mortensen) e tem um caso. Stephen ao descobrira infidelidade da mulher, resolve investigar a vida de seu amante. David é na verdade um vigarista acostumado a dar golpes em mulheda faléncia, res ricas. Como estd à be Stephen oferece dinheiro a David para que mate Emily. Tudo é arquitetado a parecer um acidente. Só assim fim de Stephen receberd a fortuna do seguro de vida da mulher. Mas as coisas não acontecem conforme plnnejzulu. Esta é a trama de Um crime perfeito, de 1998, refilmagem de Disque M para matar, de 1954, clássico de Alfred H itchcock. Hollywood sempre utilizou © seguro no enredo de seus filmes. Exemplos não faltam desde a década de 1940 com Pacto de sangue, de
Billy Wilder. Reflexos da sociedade norte-americana que não faz nada sem antes contratar um seguro. L4, como bem diz o cineasta brasileiro Rosaldo Cavalcanti, que rodou o documentário Tow in surfing no Havai na Califórnia, fazer seguro é meio automático . 0 seguro é parte da cultura do povo e num mercado como o cinematografico que movimenta nos Estados Unidos cerca de US$ 25 bilhdes anuais não ar de fora. Nem como tema poderi e muito menos como pré-requi to indispensivel a qualquer produção. E o Brasil começa a seguir os de Hollywood. Márcio Garcia
vai filmar em 2007 O golpe, histéria idealizada por ele com roteiro de René Belmonte (do sucesso Se Eu fosse vocé). Um dos temas do longa serd o golpe do seguro de vida. A histéria começa com dois 1sais e uma aparente traigio amorosa. O marido de uma se apaixona pela mulher do outro. O caso vira um golpe do seguro de vida. Num terceiro momento, o piblico descobre que a verdadeira armagdo era bem maio: conta Má Mesmo sem querer revelar o fim da histéria, ele adianta ao mercado segurador que as coisas não dardo certo para os golpistas . Se como tema o seguro é uma
novidade para o nosso cinema, atrás das câmeras a relação evoluiu bastante. Que o diga Vany Majdalany, especialista em risco de produções cinematográficas e publicitárias da Apoio Corretora de Seguros e diretora de Entretenimento da Bruder Consultoria. Há mais de 20 anos na área, ela avalia que hoje cerca de 40% das produções contratam seguro. Existe mais conhecimento e conscientização, especialmente da chamada Responsabilidade Civil. Antes as produções contratavam as coberturas básicas de Elenco, Negativos Filmados, Equipamentos e deixavam de fora Responsabilidade Civil. Também os produtores passaram a entender de seguro não se espantam mais ao ver uma apólice . Vany Majdalany é tão detalhista que não lê somente sinopse, mas o roteiro do filme e faz visitas ao set. Assim posso ajustar melhor as coberturas.
Mas apesar da relação ter evoluído, o mercado segurador ainda não se mostra muito interessado na área. São poucas as segura(loras que atuam no nicho no Brasil. Entre elas, Gen rali Seguros e a Chubb Seguros. É compreensivel que as seguradoras não queiram aceitar o Temos poucos téenicos especializados na andlise de & o de produções cinematográficas. É necessário investir mais na capacitação desse profissional , diz Vany. À Generali opera no mercado de produ¢ desde 1994 e credita a falta de interesse das demais cinematogrific de mio-de- seguradoras na es {a. Também aponta como obra qualif
fator de inibição do mercado, o baixo volume de prémios, diretamente ligado ao número de produções que contratam seguro. Realidade que vem se transformando nos últimos anos. Tanto que a Generali, em conjunto com o IRBBrasil R, tem coberturas especificas para despesas com a interrupgio da produção, animais e objetos de cena e bens de terceiros, entre outros.
Já Chubb Seguros, norte-americana que iniciou operagdes no Brasil em 1973, criou um departamento para Entretenimento somente em 2000 e acaba de receber o título de ch vl radora do Cinema no III Festival de Cinema Hispano Brasileiro, realizado no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Segundo Juliana Santos, executiva de contas da Chubb, mesmo a seguradora tendo experiência global nessa área, aqui tudo ainda muito novo. Temos sentido um crescimento na procura, Em 2005, das dez maiores bilheterias do cinema nacional, oito foram seguradas pela Chubb. Este ano até outubro, cinco das dez
A Juliana Knust e Zezé Polessa em Achados e perdidos: o diretor José Joffily (à esquerda) pede mais atenção das seguradoras
maiores bilheterias fizeram seguro com a empresa. Oferecemos as produgdes apólices com as mesmas coberturas das oferecidas as produgdes européias, pois identificamos que existem semelhangas entre os mercados , afirma. Para Juliana Santos esse aumento na procura não é devido apenas a mais informação por parte das produtoras, mas aos orgamentos das produgdes. As leis de incentivo ajudaram na captagdo de recursos os orgamentos estdo maiores. Hoje um dia de paralisação nas filmagens pode custar as produtoras R$ 200 mil. Que produção tem condigdes de arcar com um prejuizo desses sem seguro? . Entre os filmes segurados pela Chubb estão Traire cogar, é só comegar, O maior amor do mundo e Fica comigo esta noite.
Produtora de Fica comigo esta noite e dos filmes da Xuxa, a Diler & Associados reconhece um amadurecimento no mercado segurador. É o que acha Geraldo Silva, um dos sécios da produtora. Nos últimos seis anos as coisas melhoraram muito. As coberturas são mais dirigidas ao cinema. Também com o uso do sistema digital nas filmagens, os riscos diminufram. Mas o que dizer
dos riscos de um documentário que usou câmeras de cinema, feito com surfistas em meio a ondas maiores que um prédio de seis andares? Em Tow in surfing, os surfistas precisaram ser rebocados por jet ski para pegar as enormes ondas. Rosaldo Cavalcanti, um dos diretores, diz que o seguro foi contratado no exterior, já que as filmagens foram no Hawaí e na Califórnia. Lá fora ninguém filma sem seguro. No nosso caso era uma operação de guerra com seis câmeras espalhadas pela água, em helicópteros e nos penhascos. Fora os médicos dentro d'água para atender aos surfistas e os planos de evacuação caso algum deles se machucasse. Tudo coberto por segu10. Cuidados que minimizaram o risco
e fizeram com que custo do seguro ficasse em torno de 1% do orcamento de R$400 mil do filme. Vany Majdalany esclarece que no Brasil o seguro de uma produção pode comprometer aproximadamente de 1,5% a 3% do orgamento.
Cineasta com quase 30 anos de carreira, José Joffily, de Achados e perdidos, filme de R$ 3 milhdes rodado nas madrugadas de Copacabana, acha que o mercado segurador brasileiro carece de conhecimento sobre cinema. Sinto que existe uma desconfianga de parte a parte pela falta de conheci-
Administracao
A Márcio Garcia trabalha na pré-produgio de O golpe: o seguro como tema
mento. No exterior há um seguro que cobre todo o projeto até a finalização do filme, garantindo assim o dinheiro investido pelos patrocinadores. Aqui isso não existe. Com cerca de 40 longas produzidos ao ano no Brasil, cinema é um mercado a ser considerado pelas seguradoras . Para a Generali é possível que no futuro as seguradoras passem a analisar a concessão da cobertura citada por José Joffily. Tudo dependerá do crescimento da indústria cinematográfica brasileira. A
e se destacar no mercado de seguros,
"Corporações investem c TREINAMENT
Funcionários agora ganham
aulas até para aprender como escrever e-mails corretamente
Ações que fazem parte do dia-adia de uma empresa, como escrever uma mensagem eletrônica ou redigir um comunicado direcionado a funcionários, podem parecer simples. Porém, em todo o mundo, corporações vêm perdendo com o uso indevido da comunicação. Um levantamento feito pela LCM Treinamento e Consultoria mostra que, de cada dez informações passadas ao cliente, quatro estio incompletas. Denise Pagnussatt, diretora da Comunicative+Ideale, empresa especializada em consultoria de comunicação para o ambiente porativo, afirma que as conseqiiências sos de comuni- decorrentes de pro cação mal estruturados vão desde a desinformag o perda de clientes e de profissionais competentes.
Carlos Alberto Paula Motta, consultor na drea de comunicagio, autor do livro Como escrever melhor (Edi-
tora Publifolha), professor da Escola Superior em Propaganda Marketing (ESPM) e instrutor da LCM, comenta que as corporagdes no Brasil já têm consciéncia de que zelar pela qualidade na transmissio da informação é um dos poucos diferenciais num mercado extremamente competitivo. Afinal, de que vale ter centenas e centenas de certificagdes de qualidade no prodito, no servigo e na preservagao o de do meio ambiente, na participag politicas socioculturais, se o cliente (interno e externo) ndo consegue perceber toda essa exceléncia, única e exclusivamente, por causa da falta de
qualidade na informagao? , comenta Alberto Paula Motta.
Para o consultor, toda empresa contemporénea deve saber que aprimorar a eficicia da comunicagio e investir na qualidade da informação são indispenséveis para se manter na vanguarda dos grandes negécios.
Denise Pagnussatt, que atua no mercado gaticho, reforça a importincia da utilizagdo dos instiumentos de comunicagdo de uma forma bem-sucedida. Ela explica que, de um modo geral, as pessoas falam como elas entendem a mensagem e não necessariamente como o receptor do discurso em questao compreenderia. No ambito profissional, as pessoas, a não ser as que tenham alguma formação na arte da retérica, como vendedores e gestores, não têm noção da importancia da construgio da mensagem , diz Denise Pagnussatt.
De acordo com o professor e consultor Carlos Alberto Paula Motta, o livro Servigos com qualidade vantagem competitiva , de Karl Albrecht, mostra que os prejuizos reais causados economia em todos os paises devido a informagdes incorretas ou falhas nos processos de comunicagio são imponderaveis .
PRINCIPAIS DIFICULDADES Para o professor e consultor Carlos Alberto Paula Motta, a maior dificuldade no ambiente empresarial está em superar o preconceito contra uma comunicação ágil e moderna, estruturada para atender às necessidades de informação do cliente. Ele comenta que é comum encontrar nas suas turmas executivos que resistem à idéia da clareza, da objetividade, da precisão, da concisão e, sobretudo, da simplicidade. Levantamentos feitos pela LCM mostram que o funciondrio de uma empresa privada permanece, em média, 10 horas por semana conectado à Internet, e o executivo brasileiro gasta, aproximadamente, um tergo de seu tempo lendo, respondendo, apagando e armazenando mensagens eletrônicas, os conhecidos e-mails.
É incrivel como, em plena era da internet, da comunicagéo instantdnea e do atendimento on-line, ainda há quem inicie um e-mail com vimos pelo presente ou Tem este finalidade de. Ou também finalize um relatério com periodos como aproveitamos o ensejo para renovar nossos protestos da mais
como redação de e-mails, pareceres, manuais, informativos, conjuntos de normas e procedimentos, folders, cartazes e textos direcionados para ambientes como intranet e portais da internet. Há ainda treinamentos voltados para aprimorar atendimento por telefone e consultorias específicas para scripts de call center.
A Ajuda que vem dos livros: ótimas lições para escrever com clareza, objetividade, precisão e simplicidade
alta e levada estima e consideragio , comenta o professor. Ele afirma que este tipo de conservadorismo não confere & comunicagdo um processo agil. Mas ele também chama a atengio a modernismos de linguagem herdados de cursos de pós-graduação e MBAs. Esses modismos têm o objetivo de vender ao cliente uma imagem de sintonia com os ideais dos gurus norte-americanos. No frigir dos ovos, acabam infestande a linguagem do dia-a-dia com os nefastos estrangeirismos neologismos. Esta erudição às avessas torna a informação pouco clara e imprecisa, valorizando muito mais a aparência do que o conteúdo da informação , alerta.
Cientes dessa lacuna na formação dos funcionários, inúmeras instituições estão se preocupando em oferecer aos colaboradores treinamentos específicos em comunicação. São cursos que orientam no desenvolvimentos de diversos tipos de comunicação escrita,
A demanda é muito significativa, já estão percebendo que a mais eficiente das ações de pois as empres: marketing, interno ou externo, concentram-se em atividades corriqueiras como um bom atendimento por telefone, um e-mail bem redigido, um relatório com orientações objetivas, um cartaz que motive a participação dos colaboradores em um determinada campanha etc. , detalha Carlos Alberto Motta.
Denise Pagnussatt completa a afirmação do consultor dizendo que há dois benefícios diretos, redução de ruídos e falhas de comunicação entre a equipe e estabelecimento de um padrão na comunicação. Quando as pessoas sabem que forma de percepção em relação um dado é diferente de um ser humano para outro, porque cada um tem uma história, uma formação cultural uma forma de aprendizado, a comunicação feita com base em informações necessárias para que o outro execute com a devida perfeição. Além disso, a padronização gera uma comunicação com identidade. Há uma unidade na comunicação , afirma. A
"A padronização gera uma comunicação com identidade Denise Pagnussatt
>ma ALERTA
Pesquisa traça panorama dos acidentes nas estradas e mostra que o País teve mais de 200 mil ocorrências entre 2004 e 2005
O Brasil possui uma triste estatistica de acidentes de trénsito. Conforme pesquisa, entre 2004 e 2005 foram registrados 222.202 acidentes nas rodovias federais, envolvendo 871.072 pessoas. Destas, 172. 535 saíram feridas e 20.634 morreram. Além de dramáti cos, 0s números mostram que tais acidentes acarretaram, de um modo geral, custo médio de R$ 24 bilhdes (que envolve perda de produgdo, cuidados com satde assisténcia hospitalar e pré-hospitalar. Nas rodovias federais, o custo registrado foi de R$ 8,082 bilhdes, o que representa uma média de R$ 73 mil por cada caso. Nas rodovias estaduais, o prejuizo é ainda maior: chega perto de R$ 16 bilhdes.
permitird a elaboração de novas politicas publicas que levem a redução do quadro. O trabalho estd sendo realizado em conjunto entre o Departamento Nacional de Transito (Denatran) e o Instituto de Pesquisa Econdmica Aplicada (Ipea). Ele também observa o impacto econdmico e social dos acidentes, levantando os custos referentes a partir das classes de rodovias, regiões, tipos de veículos e gravidade.
UMA MORTE A CADA 18 ACIDENTES situação foi mais grave em 2004, quando houve uma morte para cada 18 acidentes nas rodovias federais. Outros dois pontos destacados pelo trabalho são o
transporte de cargas nos veículos envolvidos com estes acidentes quantidade de mortes nos atropelamentos de pedestres. À pesquisa constatou que 28% dos acidentes observados no período envolveram cargas (animais, produtos alimentícios e eletroeletrônicos, entre vários outros). Já em relação aos atropelamentos de pedestres, ficou comprovado que para cada 34 dos casos observados no mesmo ano, 10 peSSºªS morreram.
Os dez estados onde foram registrados maiores custos de seguradoras, empresas e cidadãos de um modo geral com acidentes nas rodovias foram Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Goiás, Pernambuco, Mato Grosso, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Paraíba.
ACIDENTES NAS RODOVIAS FEDERAIS (2004/2005)
A possibilidade de consolo, entretanto, vem do fato de que essa radiografia sobre a situaciio dos acidentes llesos de transito como ocorrem, Feridos quando, de que forma e que Mortos pessoas e veiculos envolyem
Total de acidentes Pessoas envolvidas
Os que menos apresentaram
problemas foram os estados do
112457 109.745 Amazonas, Acre e Amapá.
456.409 414,663 Os pesquisadores apontam
359.495 pessoas 319.429 pessoas
87.722 pessoas
10.192 óbitos
84.813 pessoas
10.422 óbitos
Fonte: Denatran/Ipea
como ações que vêm sendo implementadas para prevenção, projetos de pesquisa já em desenvolvimento pelo Ipea, o
CUSTOS DO ACIDENTES NAS RODOVIAS FEDERAIS Implicação média no custo total do acidente, associada a cada veículo envolvido (01jul04 a 30jun05)
Custo médio Custo médio [ do dano ao adicionado ao veiculo (R$) acidente (R$) BXM
75'671+ 1A 765000
c 22189 2907
|Bicicleta 95/ 46.879 5°°°°j A
jutitáro 9005, 15526 25000
Caminhdo 21177 27.828|
re q o Fiannal 0 [Onibus 9.366 122.883| gl glgl 5 gl
P Gl B * 2 & £ 2 3
Outo 223141 31.251 | gonte: Denatran/Ipea E a ?
programa de redução de morbimortalidade por acidentes de trânsito (do Ministério da Saúde) e experiências observadas em outros estados que poderiam ser estendidas em âmbito nacional. Coordenado pela técnica ITêda Lima, o trabalho também sugere outras ações como capacitação dos profissionais envolvidos com o setor de trânsito, implantação de sistemas de informações sobre estes acidentes e melhoria dos já existentes.
DADOS REFLETEM SITUAÇÃO DA MALHA Na avaliação do membro da Comissão de Transposte da Fenaseg, Adilson Néri Pereira, os dados refletem a situação de risco das estradas uma malha rodoviária de aproximadamente 1,6 milhão de quilômetros, conforme a Confederação Nacional do Transporte. Os riscos de acidentes e a insegurança são velhos conhecidos dos que atuam nesse segmento, não só lransporladºres como fabricantes, distribuidores, varejistas, seguradoras, corretores de seguros e até consumidores, chegando ao poder público , afirma.
De fato, a última pesquisa rodoviária da CNT confirma a necessidade de melhoria das condições das rodovias. Entre junho e agosto deste ano, os técnicos da CNT percorreram 127.867 quilômetros e avaliaram 84.382 quilômetros de rodovias. Da malha pesquisada, 75% apresenta algum tipo de deficiéncia. Do total, 10,8% da malha (9.097 km) obtiveram classificagdo 6tima, 14,2% foram tidas como em boa situação; 38,4% foram consideradas em estado regular. Enquanto 24,4% do total pesquisado foi considerada ruim e 12,2% (o equivalente a 10.323 km), tida como péssima.
ACIDENTES NAS ROD. FEDERAIS: MORTE DE PEDESTRES (2004)
3.996 atropelamentos de pedestres, 3,55% do total. Dados que mostram ocorréncia de atropelamento a cada 2 horas
1.176 mortes de pedestres
Acada 18 acidentes registrados nas rodovias federaisem 2004, ocorreu morte
Acada 34 atropelamentos de pedestres no mesmo ano, foram registradas 10 Mortes
Fonte: Denatran/Ipea
As concluses da CNT são de que as esferas de poder precisam investir com novas ações e alocagio de mais recursos para o sistema rodovidrio. Para que ele atinja, de imediato, os padrões necessdrios de seguranga, seriam necessdrios R$ 20 bilhdes na conservagao e manutengio. Segundo o diretor da Porto Seguro, esses resultados interferem também no mercado segurador, já que o aumento de acidentes também acarretard no aumento do valor dos seguros e pode levar muitas pessoas a deixar de segurar seus veiculos. Tanto para os corretores como para a sociedade, o ideal é que não acontegam tantos acidentes , analisa Adilson Néri Pereira.
Diretor de Transporte Ramos
Elementares da Porto Seguro Seguros, ele diz que a entidade procura sempre manter contato com as demais instituigdes para buscar alternativas que melhorem as condigdes de tráfego nas estradas e, também, avaliar formas de reduzir tais ocorréncias, O que deverá aconte ra partir dos resultados finais do trabalho do Denatran/Ipea. A
A Sidney Dias da Silva durante o encontro: desafio é escolher produtos adequados para o consumidor
Foco na GRANDE REDE
Encontro promovido pela Fenaseg discute a tecnologia da informação e o avanço cada vez maior da infernet no mercado de seguros
e evita fraudes.
missão de Tecnologia da Informação da Fenaseg, Sidney Dias da Silva, a indústria de seguros no Brasil e no mundo é fortemente baseada em processos que utilizam recursos da TI. O desafio, diz o executivo, é atender às necessidades dos consumidores com produtos adequados às suas características particulares, rapidez e preços que viabilizem a comercialização.
Saldo positivo com superação de expectativas. Este foi o resultado do II Insurance IT Meeting promovido pela Fenaseg, por meio de sua Comissdo de Tecnologia da Informação e de sua Diretoria de Projetos e Servigos, entre os dias 27 29 e outubro, no Hotel Portobello, em Mangaratiba, no Rio de Janeiro. Cerca de 130 pessoas, entre profissionais de seguros, fornecedores e representantes de outras comissdes técnicas e empresas que apoiaram o evento, tiveram a oportunidade de trocar idéias e experiéncias, além de conferir de perto a grandeza o potencial do setor de Tecnologia da Informação voltado para mercado de seguros.
0 tema central foi Padronizagio de Processos para o Mercado Segurador: Desafio da Modernizagdo , onde se discutin a implementacdo de novas tecnologias e ferramentas e sua utilização para otimizar os processos, o que, consequentemente, reduz custos
Números apresentados durante palestra O Uso da Tecnologia da Informagdo na Criação de Negécios Competitivos em Seguros , ministrada por Dorival Júnior, da Serasa, mostram um futuro promissor para essa drea. Segundo Dorival Júnior, o Brasil tem um alto potencial de crescimento devido à tendéncia da baixa de juros e à grande competitividade, o que acaba gerando uma maior pressdo. Só nos últimos cinco anos o número de internautas cresceu 418%, totalizando 26 mil usudrios. Em todo mundo são cerca de um bilhdo de pessoas que navegam na grande rede. Dentro deste cenário, o e-commerce também cresce cada vez mais e, até 2010, deve chegar um faturamento de 270 bilhões de dólares nos Estados Unidos, e de 263 bilhões de euros na Europa. O montante de fraudes bancárias também esceu no primeiro semestre de 2006, atingindo 630 milhões de dólares nos EUA.
Na opinião do presidente da Co-
Um outro tema que também mereceu atenção foi o combate e a prevenção fraude no mercado de seguros, com palestra Criação de Indicadores para uso em Processos e Sistemas de Mercado , ministrada por Neival Freitas, diretor de Proteção ao Seguro da Fenaseg, e por Therezinha Vollá, gerente de Gestão da Informação, também da Federação. Eles abordaram, entre outros aspectos, a importância do combate e prevenção da fraude e as respectivas ações que estão sendo adotadas, isoladamente, e, também, através de parcerias com as Secretarias de Segurança e com o Ministério Público. Na opinião do diretor da Fenaseg, preciso haver uma mudança cultural da população em relação à fraude.
Organizadores do evento prevêem uma terceira edição do encontro, que deverá acontecer em 2007. Com o progresso a renovação do evento a cada ano,a expectativa para a próxima edição é de uma maior oferta de soluções e ferramentas disponíveis para incrementar ainda mais o setor de TI. A
FENASEG RECEBE MISSAO CHINESA E ANGOLANA
Representantes do órgão regulador de seguros e de empresas de seguros da China visitaram a Fenaseg no dia 1° de dezembro
objetivo de conhecer mais de perto o mercado brasileiro, especialmente os segmentos de Vida de Previdéncia. Os chineses foram recepcionados pelos diretores da Fenaseg, Ricardo Xavier Luiz Peregrino, e Guillermo Leon, da Unibanco AIG.
Com foco direcionado para o seguro obrigatério DPVAT - modelo de seguro social que pretendem implantar em seu país, trés representantes do mercado de seguros de Angola também estiveram na Fenaseg, no dia 7 de dezembro (foto à direita), visitando o Con-
vénio DPVAT. Eles foram recebidos pela diretora da Fenaseg Maria Elena Bidino, e pelo diretor e Ouvidor do DPVAT, Marcio Norton e Paulo Amador, respectivamente. Participaram também do encontro, o superintendente da Susep, René Gacia, e as funcionérias da Coordenagio de Relações Internacionais da Susep, Regina Lidia Giordano e Maria Augusta (foto à esquerda), com o
de Queiroz Alves.
bebidas alcoólicas
NOVIDADES
A SulAmérica
- que levam umapesso entre 18 er24 Sfrer atos d' ,
a'*enh' Was _ngto para;g iudar 'na d e ou a renda fami biente onde ele SR ANA sim suas escolhas pessoais, como o uso de desta organizagao.
SEGURO RURAL
Representantes do governo, instituições de ensino e do setor de seguros discutem na maneira de incluir o seguro rural como matéria na grade de cursos de UM s do País. Esse foi o tema de reunião realizada ciências agrárias nas universidade: na sede da Fenaseg. O projeto, que ainda 0 objetivo difundir a cultura do seguro, contribuir para a stá em fase de estruturação e é inédito no Brasil ,tem com especialização dos pw ssmn'\ls e oferecer mais oportunidades de trabalho. Ao término do curso eles re eria com Escola Nacionalde Seguros - Funenseg.
ceberdo o certificado de Especializagdo, conferido pelas faculdades em parc Queremos somar esforgos para que 05 alunos terminem o curso (npamtados entou Welington Soares de Almeida, diretor do Departamento de Gestão de entou W Risco Rural do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAP,
langou uma nova versao do seguro de pessoas direcionada aos pequenos e médios grupos. Trata-se do SulAmérica
Vocé Pequenos e Médios Grupos (PMG)", especialmente desenvolvido para grupos de 5 a 50 pessoas. Entre as novidades estao a cobertura de cesta basica e a opgao para as empresas de dar ao funcionario segurado a extensao do direito a cobertura ao parceiro. Outro diferencial é que o valor do prémio seré definido em funcao da faixa etaria de cada segurado. O novo produto prevé também aimplantagao de apdlices com vigéncia de anos.
Mercado evolui 13,4% em dez meses
Volume de indenizações cresce 7,2% e provisões técnicas somam R$ 125,3 bilhões
De janeiro a outubro de 2006, o mercado de seguros devolveu à sociedade, sob a forma de pagamento de indenizações, R$ 19,237 bilhões, registrando aumento de 7,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. No ramo Auto o montante em indenizações foi de R$ 6,7 bilhões e em Vida, foram pagos R$ 3,2 bilhões em sinistros.
O mercado segurador faturou R$ 59,2 bilhões nos dez primeiros meses do ano, apresentando um crescimento de 13,4%.0 setor de Seguros cresceu 17,9%, o de Capitalização 2,2% e o de Previdência Complementar Aberta sofreu um decréscimo de 6,2%.
0 saldo das provisões técnicas, que garante o pagamento das indenizagdes, beneficios e resgastes aos segurados, alcancou o valor de R$ 125,3 bilhões. Isso significou uma evolução de 22,7% em relagdo ao mesmo periodo do ano p
0 estuflo (?a Fenaseg é baseado nos números da Susep e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). a
PRÊMIO)DE SEGUROS (JANEIRO/OUTUBRO2006)
GUILHERME DE FREITAS LEITE
Bacharel em Administração de Empresos
Especiolização em Gestão Empresoril. Professor Universitdrio Gerente de Projetos de Tecnologia do Informação
Anita, a princesa de Kapurthala
PAIXÃO ÍNDIA.
São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2006 389 páginas.
Autor: Javier Moro
Paixão Índia um livro fascinante não
Fonte: SUSEP e ANS
PROVISOES TECNICAS (COMPARATIVO OUTUBRO 2005/2006)
outusro 2005 8
apenas pela sua qualidade e beleza, mas também por se tratar de uma história real. Um conto de fadas verdadeiro. A história começa nos primeiros anos do século XX. Educada em rígidos preceitos morais, Anita e sua irmã Vitória vivem cheia de privações- Embora desagrade aos pais, trabalham como dangarinas em um café de Madri.
como dote. Forjando indignagdo, mas tentada com tamanha quantia, dona Candeldria encarrega-se de convencer a filha.
1) Prêmio de Seguros = Prêmio Emitido + Cosseguro. Aceito -Cosseguro Cedido - Cancelamento- Restituição -Descontos
2) Receita com Títulos de Capitalização Contribuições Previdenciárias
Valor acrescido dos registros dos Riscos Vigentes Não Emitidos (RVNE), conforme estabelecido pela Circular SUSEP nº 314/2005.
Durante os preparativos de casamento de Afonso XIII com a.inglesa Vitéria Eugénia de Battemberg, a capital espanhola recebe uma comitiva de estadistas e principes. Entre eles, Jagatiit Singh de Kapurthala, um marajd da Índia medindo quase dois metros de altura. Ao assistir ao espetáculo das irmas Delgado, o rajd se apaixona por Anita, que, intimidada, impõe uma certa resisténcia às investidas de Jagatjit. Sem safda, o rajá procura Dona Candeldria, mie de Anita, e oferece uma fortuna
Com menos que a metade da idade de seu principe, Anita cede e comega uma longa preparagdo para se tornar sua esposa. Na viagem a caminho da Índia, sua nova residência, descobre que está grávida. Apesar de muito solitária, Anita aprende a enfrentar seus medos, atitude que tomou ao longo dos tumultuados anos de sua vida. Enfrenta rejeição das outras quatro esposas do rajá, as desconfianças e diferenças dos costumes locais, o não reconhecimento dos ingleses, administradores da Índia, como uma legítima esposa, além da saudade de sua familia.
Mas o rajá a trata diferente das outras e, mesmo as esposas indianas, acosiumadas a ocupar um lugar à sombra, morrem de ciúmes. Anita se mantém no coração do rajá transformando-se numa mulher culta companheira. Aprende equitação, os costumes locais e a falar hurdu, a língua local. Fica casada durante 18 intensos anos. Porém o coração lhe prega outra peça. Acaba apaixonan-
do-se e engravidando de Karan, seu enteado. Depois de se recuperar das complicações de um aborto, a princesa obrigada pelo rajá a assinar o divórcio, antes de ser expulsa da Índia. O rajá demonstra seu amor por Anita mantendo uma pensão o resto da vida. Sua forte personalidade, unida a seu passado exótico, tornam Anita uma pessoa que hoje em dia seria do jet-set. Apesar de manter a amizade com o marajd, seu coração seria sempre de Karan. Até o fim da vida, conserva uma foto dele em seu criado mudo.
Aos 77 anos, numa viagem à Europa, onde pretendia passear com seu filho e de Anita, a chama da vida do fabuloso marajá se apaga. Sentado em uma poltrona, despede-se da vida tão docemente quanto a vivera. Anita morre em 7 de julho de 1962, nos braços de seu filho. Mesmo após sua morte, continuou sendo incompreendida e alvo de preconceito. À muito custo Ajit, seu filho, consegue dar-lhe um enterro cristão já que o clero recusava a reconhecê-la como católica. Anita despediu-se desta vida da mesma forma que a viveu, causando admiração e inveja, e sendo superior todos os sentimentos mundanos e preconceituosos. Anita soube viver a superioridade do amor.
ANTÔNIO PENTEADO MENDONÇA
Jornalista especialista
em Seguros e Previdência
O Seguro, o Brasil e a Índia
Brasil e Índia estão entre os países aclamados como os futuros parceiros internacionais do mundo desenvolvido. Alguns estudos colocam os dois entre os dez maiores PIB's do planeta já em 2020. Outros mais conservadores deixam a data para 2050, mas aí colocando-os entre os cinco ou seis maiores faturamentos do planeta.
Para quem gosta de futurologia são previsões maravilhosas, mas para quem vive o presente das duas nações, ainda que estando entre as maiores democracias do mundo, estão longe de atingirem o estado de bem-estar social mínimo para dar às respectivas Populações condições de vida compativeis com as experimentadas pelos americanos, japoneses ou europeus do Oeste.
Os dois países são imensos, O Brasil tem uma área territorial maior, enquanto a população da Índia ultrapassa um bilhão de pessoas. São dados que precisam ser levados em conta em qualquer estudo estratégico ou geopolitico. Por outro lado, os dois têm problemas semelhantes, se bem que em escalas diferentes.
Ambos possuem pólos de tecno-
logia de ponta e ambos convivem com bolsões de miséria extrema. Ambos convivem com imensas diferenças sociais ambos vivem o drama do analfabetismo e do quase que absoluto desinteresse das camadas mais pobres em mudarem esta situação.
Alguém já disse que a diferença entre a pobreza e a miséria é que na miséria não há dignidade. É verdade. O miserável é pouco mais que um animal, condenado a subviver da forma que der. Já o pobre, mesmo sendo muito pobre, tem uma expectativa de melhora, de ascensão social, que lhe abre uma perspectiva de futuro, de investimento nos filhos, de poder acreditar.
Índia e Brasil enfrentam o desafio de erradicar a miséria e diminuir a po-
EPA
breza. É evidente que não há como comparar as duas realidades. Em termos de grandeza absoluta a India tem problemas mais sérios que o Brasil. Todavia, para os miserdveis reais, para os cidadãos que vivem abaixo da linha de pobreza, em qualquer dos dois paises a fome, a doenga e tudo o que decorre de uma vida praticamente sem assisténcia são os pontos de uma convergéncia negativa que unem Brasil e India, pelo menos no desafio de resolver suas HHIZEIHS SOCiªiS.
É neste ponto que o seguro entra em cena. E entra como um grande desafio, já que nos dois países as classes média e alta estão atendidas por apólices com coberturas satisfatórias. O que é preciso, tanto aqui como lá, é criar apólices simples, baratas e de fácil distribuição, que atendam aos mais pobres, evitando que eventos de causas naturais ou que os tsunamis do mundo moderno cobrem um preço muito alto, preservando assim a pequena poupança destas famílias para que possam investir em suas tentativas de melhorar de vida.
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"0 que é preciso, tanto aqui como lá, é criar apólices baratas, de fácil distribuição que atendam aos mais pobres